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*.1~ *.1~ 1~, 4111 Iu 1 v il i dl , r4< %A o ký 61% iilu TOYOTA LAND CRUISER diesel ....... - PÃGINA 1 Arq. Hist. de Moç. A exemplo do ano passado, TEMPO oferece aos seus leitores este suplemento especialmente dedicado 'à edição de 1974 da Feira Internacional de Lourenço Marques. Aimportância económica deste certame é, só por si, motivo suficiente para que sobre ele nos debrucemos em particular., procurando levar até junto do grande público as realidades expostas por industriais, comerciantes, agricultores e criadores de gado. A verdade do êxito da FACIM, ano após ano, é confirmada pelo crescente número de expositores e pela afluêcia de público que ali acorre em número cada vez mais elevado. Efectivamente, as potencialidades da economia moçambicana têm encontrado na FACIM a montra ideal para serem mostradas e até comparadas com as estrangeiras que são trazidos até nós. Mais de 40 mil pessoas visitaram a FACIM-74 nos três primeiros dias, o que é extremamente significativo quanto ao interesse que este certame está a despertar. Apesar da Feira Internacional de Lourenço Marques ter como finalidade fundamental a divulgação agro-pecuária, comercial e industrial, tem constituído também um ponto de apoio à projecção das artes em geral. Dos variadissimos aspectos que a feira nos proporciona, Interessou-nos vivamente o sector pecuário pela sua importância económica para Moçambique. Este ano, 500 cabeças de gado escolhido de Moçambique e de alguns países estrangeiros significam uma enorme atracção para todos quantos se dedicam à Pecuária, cujo interesse culminará com o leilão daquele gao que se verificará no dia 2 de Junho.

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- PÃGINA 1Arq. Hist. de Moç.A exemplo do ano passado, TEMPO oferece aos seus leitores este suplementoespecialmente dedicado 'à edição de 1974 da Feira Internacional de LourençoMarques.Aimportância económica deste certame é, só por si, motivo suficiente para quesobre ele nos debrucemos em particular., procurando levar até junto do grandepúblico as realidades expostas por industriais, comerciantes, agricultores ecriadores de gado.A verdade do êxito da FACIM, ano após ano, é confirmada pelo crescente númerode expositores e pela afluêcia de público que ali acorre em número cada vez maiselevado.Efectivamente, as potencialidades da economia moçambicana têm encontrado naFACIM a montra ideal para serem mostradas e até comparadas com asestrangeiras que são trazidos até nós.Mais de 40 mil pessoas visitaram a FACIM-74 nos três primeiros dias, o que éextremamente significativo quanto ao interesse que este certame está a despertar.Apesar da Feira Internacional de Lourenço Marques ter como finalidadefundamental a divulgação agro-pecuária, comercial e industrial, tem constituídotambém um ponto de apoio à projecção das artes em geral.Dos variadissimos aspectos que a feira nos proporciona, Interessou-nos vivamenteo sector pecuário pela sua importância económica para Moçambique. Este ano,500 cabeças de gado escolhido de Moçambique e de alguns países estrangeirossignificam uma enorme atracção para todos quantos se dedicam à Pecuária, cujointeresse culminará com o leilão daquele gao que se verificará no dia 2 de Junho.

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Como nos anos anteriores, este leilão de gado merece o apoio da Direcção doServiço de Veterinária com subsídios aos compradores e da DETA com descontoaos criadores do Norte que à FACIM venham comprar gado no leilão.Eis, pois, as razões fundamentais que nos moveram na elaboração especial destesuplemento.

(Empresa Insulana de Navegação)A MAIS ANTIGA COMPANHIA PORTUGUESA DE NAVEGAÇÃO UMAFROTA MODERNA E VELOZ AO SERVIÇO NAS LINHAS NORTE DAEUROPA E COSTA ORIENTAL DA AFRICA CARREIRAS REGULARES DELISBOAPara: 0 Açores* América do Norte* Norte da Europa o Costa Ocidental da Africa e* \Costa Oriental da Africa SEDE EM LISBOA: AV. 24 DE JULHO, 132+Agentes Gerais para MoçambiqueCompanhia Industrial da Malola, S. A. R. LSERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO E TRANSITO RUA CONSIGLIERIPEDROSO, 396 TELEFONES 28041/6 ENDEREÇO TELEG.: «SENATRA» -'ELEX: 6220. CIM- MOLOURENÇO MARQUEL'FIRA INTERN4marco iportaeconómico de EDecorre este ano a X Feira Internacional de Lourenço Marques que à capital deMoçambique obrigará a deslocar inúmeras pessoas ligadas ao comércio,indústria, agro-pecuária e agricultura que -não só mergulharão no mundo deinteresses económicos que a FACIM proporciona como terão oportunidade deconhecer a cidade e seus arredores. Desta forma, além de cumprir a sua especificamissão de montra económica e ponto de encontro de homens de negócios,contribui de forma relevante para o desenvolvimento do nossoturismo.A FACIM é membro da Uniãodas Feiras Internacionais por mérito próprio, o que significa ser um certame cujonivel ultrapassa fronteiras e é realçado por todos

CIONAL DE LOURENÇO MARQUES w no desenvolvimento Dçambiqueos economistas que não regateiam elogios à sua organização e à forma eficientecomo os diversos sectores são apresentados aos visitantes.O prestígio da nossa Feira Internacional junto de nacionais e estrangeiros é de talforma elevado que o seu desenvolvimento tem sido crescente de ano para ano, aponto de se disputar com antecedência as áreas de exposição no recinto da Féira.Os muitos milhares de contos movimentados em negócios durante os períodos deFeira serão a maior prova da importância deste certame. As realidades e

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potencialidades de Moçambique mostradas em público originamconsciencialização do quanto se faz neste território, proporcionam aquisi-ções de alto valor além de aproximar empresários que em comum tentam resolveros problemas que os afectam.No recinto da FACIM não só se têm concretizado negócios de elevadaimportância como se têm resolvido problemas técnicos devido, exactamente, auma maior aproximação entre empresários e técnicos que ali se deslocamigualmente para acompanhar o desenvolvimento nesta mostra.SECTOR -OFICIALA exemplo dos anos anteriores, tahbém na FACIM-74 estarão presentes asactividades oficiais numa demonstração pública dequanto têm feito em prol do desenvolvimento desta terra assimcomo para apresentar os seus projectos com vista ao futuro.A Câmara Municipal de Lourenço Marques terá este ano o seu pavilhão dedicadoàs actividades dos Serviços Municipalizados de Água e Electricidade. A expansãodos SMAE no fornecimento de água e energia eléctrica à capital será largamenteprovada com mapas comparativos e documentação fotográfica. As suas receitas edespesas serão apresentadas em público demonstrando a aplicação das verbasdestinadas e auferidas por aqueles serviços. Evidentemente que a programaçãopara um futuro curto será também explicada aos visitantes.O Gabinete do Plano do Zambeze estará também presente com um pavilhãodedicado exclusiva

,GINA 4CABORA BASSA E MASSINGIRDOIS EMPREENDIMENTOS NA FACIMmente à grandiosa obra de Cabora Bassa que se encontra prestes a entrar emactividade. Com a projecção de filmes, os visitantes poderão documentar-se comas diversas fases de construção da gigantesca, barragem, onde tantasesperanças estão depositadas.O Gabinete do Plano do Limpopo estará igualmente presente também com asua barragem: Massingir. Neste pavilhão serão demonstradas as dificuldadesencontradas na construção da barragem, explicadas as diversas fa-ses de edificação e provadas as vantagens de que a zona do Limpopo virá abeneficiar com este empreendimento.Angola vem este ano em força até à Feira Internacional de Lourenço Marques. Aspotencialidades angolanas, já com enorme prestígio entre nós, poderão ser agoraaquilatadas através de tudo quanto estará exposto nos pavilhões dedicados aoterritório irmão. A indústria angolana estará em Lourenço Marques para osmoçambicanos e estrangeiros numa de- monstração de vitalidade económica. Poroutro lado, o café uma das maiores riquezas do território do Atlântico - estarámais uma vez presente. Em pavilhão próprio, o Instituto do Café de Angoladistribuirá gratuitamente aos visitantes a deliciosa bebida numa prova pública dacapacidade cafeeira que. Angola detenta.O Centro de Informação . Turismo de Moçambique participa mais uma vez nocertame em desenvolvimento da sua missão 'especifica de, divulgar o nosso

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turismo. Os centros turísticos da nossa terra e as suas potencialidades serãofacultados aos visitantes demonstrando-lhes quanto de bom já possuimos semtermos necessidade de recorrermos ao estrangeiro. Por outro lado, o nosso famosofolclore deliciará todos. Este maravilhoso folclore, que há poucos anos começou aser apoiado oficialmente, será apresentado por diversos grupos de diferentesregiões do nosso extenso território.O artesanato de artistas moçambicanos estará mais uma vez representado, não sóem peças executadas como na laboração de novas criações. Peças que noutraslatitudes têm uma procura extraordinária, que lhe proporcionam valores de altacotação, poderão ser admiradas por quem ali se desloque.Um novo pavilhão surge este ano com a missão específica de divulgar a fauna e aflora de, Moçambique. No sector da fauna podemos rever todos os animais livresque povoam o território, numa autêntica alegoria à cinegética. Como atracção,pelo seu aspecto inédito entre nós, aparece a fauna marinha das nossas águas.Peixes e crustáceos, que tão famoso têm tornado o Canal de Moçambinue, estarãorepresentados na FACIM-74.

CARTONAGENS DE MOÇAMBIQUE. LIMITADAAssociada de:National Containers (Pty.), Limited - Durban F. Dica, Limitada - LOURENÇOMARQUES T Escritório: 22071/2 - 25881 - 28483 - 24824 Telefones Secção deVendas e Pãbrica: 733352 731752 Caixa Postal 221 - Endereço Te;egrafico:CARMOC Lourenço Marques

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E-ANGOLA EM FORÇA NA CORRIDA- AO MERCADO MOÇAMBICANOA Comissão" de Monumentos Nacionais e o Arquivo Histórico de Moçambiqueoferecem aos visitantes da Feira Internacional de Lourenço Marques um pavilhãototalmente dedicado à Arte. O fabuloso" património artístico de Moçambiqueserá representado numa divulgação a todos os títulos benéfica. A História destanossa terra tem nos seus monumentos e demais obras'de arte documentospreciosíssimos que a Comissão de Monumentos e o Arquivo Histórico têmpreservado e reconstruído, 'missão digna dos mais rasgados elogios. Não somosum povo que surgiu hoje, assim o testemunha a larga documentação exposta naFACIM.REPRESENTAÇOES ESTRANGEIRASO interesse que alguns países têm posto no desenvolvimento económico deMoçambique é ete ano mais uma vez provado na Feira Internacional, sugerindomaquinarias e outros produtos que poderão ter interesse para os nossos

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empresários, assim como é propagandeado o turismo daqueles países com ademonstração dos prazeres que ali poderão ser encontrados.Oficialmente, este ano estão presentes a Grã-Bretanha, a África do Sul, a Rodésiae a Suazilân. dia, países -que têm largas afinidades comerciais com Moçambique.Por outro lado, firmas moçambicanas representantes de produtos estrangeiroslevarão até à FACIM artigos oriundos da Itália, Japão e Alemanha, emprestandoao certame um movimento extremamente variado.A par daquelas representações a indústria e o comércio de Moçambique surgemem dezenas de pavilliões de decoração esmerada onde as nossas potencialidadesestão expostas à apreciação dos visitantes.PECUARIAO sector pecuário da Feira Internacional de Lourenço Marques tem sido, desdesempre, dos mais

-500 CABEÇAS DE GADO NO MAIOR LEILÃO DE MOÇAMBIQUEanimados pela sua importância para a economia de Moçambique. Animais de 'açapura ou de estudados cruzamentos são expostos e vendidos no certame,- indoenri-quecer várias zona do' território.Este ano estarão expostas 500 cabeças de gado oriundas de diversas regiões deMoçambique, Alemanha, Ãusria,1, Itália, África do-Sul e Rodésia.O interesse por este sector é demais conhecido de todos, pela sua importância,tanto assim que a DETA colabora este ano, de novo, com descontos concedidosnas passagens aéreas aos criadores do Norte que se desloquem ao leilão de gado.Este leilão, ponto culminante deste' sector da FACIM, terá lugar no próximo dia 3de Junho, esperando-se um enorme interesse em redor dos animais.Em medida de anoio ao povoamento pecuário de Moçambiaue. a Direcção dosServiços de Veterinária concederá - a exemplo dos anos anteriores - subsídios atodos os compradores moçambicanos.PÚBLICO EM GERALA FACIM - 74 não é certame apenas para homens de negócios,é também para o público em geral que toma noção das realidades moçambicanas,ao mesmo tempo'-que- tem oportunidade de divertir-se.Restaurantes variados e diversões para todas as idades estão à disposição dosvisitantes numa autêntica manifestação de equilíbrio entre o pesado problema dosnegócios e o-público simplesmente visitante.Os Serviços Municipalizados de Viação, numa colaboração efectiva aodesenvolvimento. da Feira Internacional, promovem o transporte dos visitantes detodos os pontos da cidade para o recinto da Feira cujo inicio se verificou no dia 25do corrente mês de Maio e encerra no próximo dia 10 de Junho.O horário do certame foi elaborado de forma a permitir a todos teremoportunidade de o visitar. Durante os dias úteis a abertura verifica-se pelas 19horas e o encerramento pelas 23 horas. Aos sábados, domingos e feriados aFACIM abre às 14,30 horas e encerra às 23,30 horas.

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PÁGINA 10"NA ACTUALIDADE pede-se, constantemente,aumento de produtividade, maior, rendimento, melhores condições de trabalho.Comunicações são o meio que mais concorre para se alcançarem esses objectivos.Estamos à inteira disposição de V. Exas. para colaborar na solucão do seuproblema NOS ESCRITORIOS, NA: FABRICA, NO LAR.

OS PROBLEMAS DA PECUÁRIA E A NOVA LEI DE TERRASEmbora o aspecto mais espectacular e mais patente do desenvolvimento dapecuária moçambicana se situe na exploração empresarial da criação de gado, temtambém 'função preponderante na economia territorial, o grande manancial dapecuária, do sector tradicional.Com efeito, denfo dos circuitos produtivos do teritório, a pecuária tradicional nãoýsõ cobre as necessidades locais de carne e tèite, como sustenta a base económicade muitos agregados do interior e constitui elemento preponderante da fixaçãorural.Precisando naturalmente decada vez mais unidades de criação a nível empresarial, que criem condições parao melhoramento das raças, aumento de produtividade na obtenção de carne e leite,satisfação do consumo interno e exportação, Moçambique não pode contudodescurar o trabalho de fomento pecuário no sector tradicional.2, pois, com esta premissa que o órgão responsável pelo 'fomento edesenvolviimento da pecuária moçambicana - os Serviços de Veterinária - ,partepara a importante tarefa de lançamento das estruturas de fomento nas áreas rurais.Represa em Magude

-Bebedouro duplopara animaisABASTECIMENTO DE AGUAA gigantesca -tarefa- de lançamento das infra-estruturas que irão impulsionar apecuária em zonas de aptidões naturais, reveste-se no entanto de consideráveisdificuldades, áe atendermos que existe um território imenso a cobririrregularmente, e consoante a distribuição demográfica.Na verdade, não é fácil definir uma política global de desenvolvimento, enquantoas populações viverem dispersas pelo mato e em agregados de constantemobilidade pelas zonas do interior, à procura de subsistência.São hábitos ancestrais difíceis de modificar. No entanto estão-se elaborandoesquemas de reordenamento rural, que não são necessariamente os aldeamentos,onde se pretendem lançar as experiências de produção comunitária.Os resultados são já animadores. Fixando-se em aglomerados distintos,correspondendo a zonas convenientemente escolhidas para o efeito, têm sidoultimamente lançadas importantes obras de auoio à criação animal -especialmente boi e porco.E note-se que se trata de uma tarefa que implica também atenção sobre osaspectos humanos, uma. vez que dando-se condições para a criação, com a

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resolução do problema, por exemplo de abeberamento, também se tem que irresolvendo casos como o do abastecimento de água às próprias populações.Em diversos pontos de Moçambique, brigadas técnicas dos Serviços deVeterinária não só constroem represas, abrem furos, instalam sistemas debombagem e condução de água dos rios, como através de outras brigadas móveisasseguram o perfeito funcionamento do equipamento.COMBATEA GLOSSINAOutro problema salientado pelo dr. Fernando Pais4na, na entrevista concedida aosuplemento de «Tempo» dedicado à Facim, refere-se ao trabalho de protecção dosefectivos bovinos contra a invasão da glossina, verdadeiro flagelo da pecuária deMoçambique.Especialmente nas regiões de

1~M1INA 13I) v v vWESPECIALPARA DONAS DE CASAAs 3 condições mais impOrtantes para um detergentede nãquias de lavar roupa ser considerado excepcional.ACCAO BIOLOGICAP OXBENIO Ac'TVO 0X1r ESPUMA CONTROLADAO que a accão biolgicaÉ a resultante da accão das enzimac contra as nódoas de suor, manchas de ovo,sangue, urina e outras. As enzimas devoram a sujidade! E o oxigénio activoO oxigénio activo, branqueia, desinfecta, destrói as causas do contágio e eliminaos maus cheiros.A oxidacão suave, natural, proteje as fibras têxteis e desencarde todos os tipos detecidos.E a espuma controladaTodos os detergentes têm espuma. Alguns maisoutros 'menos.No detergente paramáquinas de lavar, a espuma tem que ser produzida por medida e controlada, poisem demasia prejudica as máquinas. A espuma controlada serve de lubrificantepara o escorregamento das peças de roupa umas sobre as outras, evitando odesgaste prematuro das mesmas.. PÁGiNA 13

1PÁiIN f4BANCODE FOMENTONAC IONALo. Depósitos a prazo. " Crédito à indústria. " Crédito agro-pecuário. " Crédito paraa produção e venda a prazo de bens de capital. o Crédito para a exportação debens de equipamento e servigos.-BANCO DE FOMENTO NACIONAL

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dinamiza o progressoLourenço Marques-Av. da Repúblca,988 Beira -Av. Paiva de Andrata, 66

Massangena e Muabsa, constitui-se uma importante frente de combate à glossina,de forma a impedir o seu avanço para sul, o que constituiria grave perigo para ascriações localizadas nesta região.Por outro lado, intensificou-se o melhoramento de qualidade dos animais, com aintrodução de reprodutores de corte nas regiões menos evoluídas e onde sepretendem implantar os tais núcleos de povoamento.Tudo isso é tarefa giganteca que exige a mobilização de grandes meiosfinanceiros de que a Veterinária, infelizmente, não dispõe, pois o seu orçamento émodesto em relação às necessidades e os técnicos nãõ serem em númerosuficiente para tanto trabalho.A PECUARIAEMPRESARIALPara o abastecimento dos grandes centros de consumo e tambémpara a exportação, Moçambique precisa, no entanto, de grandes empresas deexploração pecuária, convenientemente estruturadas e que investem largamenteno sector.Mas tem havido um retraimento flagrante dos investidores, em virtude de aindasubsistirem alguns problemas de fundo na nossa legislação de terras para acriação. Mas uma nova lei de terras que vai ser aprovada parece que irá resolver oproblema.A questão resume-se no facto de qualquer grande empresa de exploração pecuárianecessitar de grandes propriedades rurais para manter os efectivos bovinos nascondições ideais de crescimento, aproveitando bons pastos.Essas propriedades têm sido até aqui concedidas a título precário, por seentender que essas vastas terras, concedidas definitivamente aos industriais, iriam&V jýNA. 4ý4414421:v5RUvTrabalho de combate à glossina numa das áreas afectadas de Moçambique

PÁGINA 16Estação de captação de água por bombagemobstar a natural expansão urbana das regiões onde se inserissem.Mas esse facto tem, por outro lado, impedido que os criadores invistam no terrenoo seu capital, em obras de infra-estruturas e de apoio, que a breve trecho poderiamperder, não sendo os terrenos de propriedade plena.

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A-nova lei de terras define novas directrizes que pas suas linhas gerais, traduzema satisfação dos interesses de ambas as partes. Assim, fixa-se que as empresaspoderão obter por arrendamento as áreas que necessitarem para a exploraçãopecuária.Poderão esses criadores no entanto, entrar em regime de pro-priedade plena, numa parcela da propriedade em que implantaram as referidasobras de apoio, considerada o núcleo central.Isto significa que o Estado não concede os terrenos definitivamente, podendoportanto dispor deles em qualquer altura e recebendo durante o tempo deconcefsão receitas pelo arrendamento, só lhe sendo vedado violar as tais parcelasque constituirão os núcleos centrais.Ficam portanto contempladas neste diploma a exigência dos investidores e asatisfação dos interesses da comunidade.

Houve até agora, generalizada tendência para subestimar o valor do vastoempreendimento que decorre na área do Limpopo, anteriormente e agoraparalelamente à construção da barragem de Massingir, no rio dos Elefantes,afluente do Limpopo.Na verdade, a história do Colonato funcionou primeiro como modelo decolonização e fixação à terra de um grande contingente de famílias com algumaexperiência de vida agrária e tantas outras sem qualquer habilitação profissional.Mais tarde foi aparecendo como imagem da perfeita vida comunitária, mas semque se vissem verdadeiramente os resultados positivos dessa congregação, talvezpela frustração de uma parte desses esforçados membros.Finalmente, apareceu-nos como a zona por excelência do futuro agrícola deMoçambique, com o lançamento da referida barragem, apontada como a soluçãomilagrosa dos problemas de ocupação da terra, .naquela região.Fspelhando-se por estes primas, nunca teríamos efectivamente a imagem real davida -na região do Limpopo, cujo aspecto é manírêstamente diferente, poisconstituijá grande expoente no sector industrial de Moçambique. Qual é então a situaçãodo Colonato e como se processa a arrancada industrial do Limpopo?EXPLORAÇÃO COLECTIVAJá se disse várias vezes que na ocupação comunitária da região, funcionaramnegativamente muitos aspectos que se wconsideravam secundários mas que,afinal, se acabou por reconhecer serem de primordial importância para o seufuturo.Por outro lado, as dificuldades de exploração agrária, sem a indispensávelestrutura de regadio, originou protestos que sem uma análise correéta,condenavam o desacerto da escolha do local onde se implantou essa e-ýperiênciade vida comunitária.Tudo isto esteve nabase da tal imagem desfavorável de que nos referimosanteriormente e que provocou o desinteresse de muita gente. Más o que não nospodemos esquecer é de que a visão, tanto dos técnicos que iniciaram a obra comodos aue ficaram com o encargo de dar continuidade à «mesma», ia muito além daimagem actual do vale. .,

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Sabe-se hoje que os técnicos tinham já consciência da gravidade do problema dasalinidade dar terras e das dificuldades de fixação de famílias agrícolas e que, porisso, projectavam já a construção de uma barragem e preconizavam o lançamentode muitas medidas tendentes a modificar os planos iniciais.Com a criação do Gabinete do Plano do Limpopo, começou-se efectivamente aesboçar com arrojo todas essas iniciativas que irão culminar com o grandeprojecto da barragem, a qual irá permitir o aproveitamento de 90 mil hectares deterras agrícolas irrigadas.GRANDIOSIDADE0 vasto plano de desenvolvimento do vale do Limpopo, cuja execução estácometida ao Gabiinete do Limpopo, não só prevê a concretização da fixação daspessoas à terra, transformando a agricultura do carácter de sobrevivência inicial,para a de mercado, mas também o crescimento de uma indústria de apoio.O contributo decisivo da expansão do Colonato, com o desenvolvimento dasexloraç"es agro-pecuárias, permitirá o lançamento

da actividade privada no campo da produção e da comercialização- tudo de grande importância para a nossa economia.A primeira fase desse grandioso plano, está já a decorrer, antes mesmo daconclusão da barragem de Massingir, que ficará pronta em fins de 1975.Com efeito, uma panorâmica geral da actividade industrial naquela área, acaba,muito expressivamente, de ser mostrada ao público através do excelentedocumentário cinematográfico lançado pelo Gabinete do Limpopo.Trata-se de um trabalho elaborado pela Tele-Cine de Moçambique e que constituio documentário n.o 3 sobre Massingir, o qual apresenta no entanto aspectosdiferentes das acções divulgadas anteriormente sobre a mesma região.Com efeito, foi através dele que nos pudemos aperceber da grande arrancadaeconómica que ali se processa impulsionada pela Cooperativa Agrícola doLimpopo e com o apoio técnico do Gabinete do Limpopo.Vejamos o que de mais saliente se realiza nas instalacões fabris da Cooperativaem prol dos associados, tanto no sector da industrializacão dos produtosaMrícolas e pecuários, como no fomento das bases de exploração dessas duasriquezas.REALIDADES ECONÔMICASUma das maiores riquezas do Colonato é o arroz .«Arroz amargo» - no dizer dopovo, mas que constitui uma das bases da exploração agrícola da região. Ela seráum das culturas que mais ganhará com a irrigação permitida pela barragem deMassingir.Na actividade industrial, da Cooperativa Agrícola do Limpopo, temos dedestacar o importante papel da fábrica de lacticínios, com a produção de queijo emanteiga para o abastecimento de Moçambique.Por outro lado, sobressai a fábrica de salsicharia que produz em quantidadessignificativas paio, fiambre, banha, presunto, chouriço, salpicão, farinheira,morcela, iscas de. fígado e salsichas de diversos tipos, em bases verdadeiramenteindustriais.

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Trata-se de uma das actividades mais significativas da indústria transformadoralocal, que en*prega centenas de trabalhadores, possuindo também apoio detécnicas evoluídas que garantem qualidade aos produtos fabricados.Também provém- do Limpopo, grande parte do tomate em conserva consumidono mercado mocambicano. produto dos associados da Cooperativa aue 'depois éenlatado e comercializado pelo órgão associativo.....Tudo isto traduz o grande empienho da Cooperativa em revolucionar as bases detrabalho de cada agricultor ou criador, dando-lhe condições - em bases cooperativas- de entrar em técnicas cada vez mais evoluídas de exploração.FOMENTOSão as acções de fomento as ,que maior importância e atenção têm merecido dosdirigentes da Cooperativa e do Gabinete do Limpopo. No que diz respeito àagricultura, além da concessão de créditos, elabora-se a \ introdução de culturashorto-industriais designadamente tomate e pimento, além do fornecimento desementes e outros propágulos seleccionados.Na pecuária, cujos efectivos actuais de bovinos e suínos são já bastanteanimadores, tem-se facultado aos criadores associados a entrega de reprodutores,melhorando-se por outro lado, as instalações e arraçoamentos.É por tudo isto que teremos que concluir de que já se esboça no Limpopo umaactividade industrial de grande envergadura, cuja expansão se prevê espectaculardepois de lançadas as infra-estruturas.e

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Está fora de discussão a influência que.' a evolução politico-econ6mica dos paisestem nos seus sistemas monetárids e financeiros. E se é certa que à independênciapolítica não corresponde de imediato a independência sócio-económica. atéporque esta se encontra minada por iodo um sistema orientado paradesenvolvimentos periféricos beneficiando os interesses dos paisescolonizadores, também é verdade que as atitudes de nacionalismo e liberdade

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conducentes à independência são acompanhadas por esforços de um aceleradodesenvolvimento económico que exigem um ajustamento das estruturas em que omesmo se apoia.É pois natural que a irroversível caminhada de Moçambique para aindependência, quer esta se verifique de imediato, bu como se depreende doprograma da Junta de Salvação Nacional e que parece ser o mais aconselhável, acurto prazo, vá provocar alterações profundas nas estruturas em que se baseia odesenvolvimento económico, nomeadamente no sistema bancário vigente.Não é nosso objectivo apontar defeitos ou sugerir soluções correctivas aosistema bancário em vigor, mas tão só referir muito brevemente a suaconstituição, não deixando porém de salientar algumas das deficiências que o"afectam.

ACTIVIDADE BANCARIA EM MOÇAMBIQUEQ Decreto-Lei 45 296 de 8 de Outubro de 1963, diploma fundamental que regulao exercício das funções de crédito e a actividade bancária nas ProvínciasUltramarinas, embora com as adaptações introduzidas .posteriormente pelosdecretos-leis 46243 e 48369 e já recentemente pelo decreto,lei 72/74, reparte osistema bancário por quatro tipos de instituições de crédito:- Institutos de crédito doEstado- Bancos emissores- Bancos comerciais- Estabelecimentos especiais de crédito.O Instituto de Crédito de Moçambique passou a ser, depois da integração daCaixa de Crédito Agrícola, recentemente operada, o único instituto de Crédito doEstado em Moçambique.A sua criação data de Maio de 1969 sbndo o seu objecto «a concessão decrédito a médio e longo prazos, com vista ao desenvolvimento económico esocial' do Estado e à realização dos superiores interesses do Pais»,par:icularmente a concessão de crédito industrial, predi e agrícola; a conces-são de crédito a pessoas colectivas de direito público; a, realização de operaçõespara fins específicos de fomento, de conta e ordem do. Estado ou de outraspessoas colectivas de direito público, com capitais por elas subministrados e aindaa participação no capital de empresas constituídas ou a constituir e a subscriçãoou compra de obrigações emitidas por pessoais colectivas de direito público oupor empresas privadas.Para além dos valores que estavam afectos à Caixa Económica Postal integradano Instituto de Crédito quando da criação deste, os seus recursos compreendemos Depósitos "brigatóriós, as importâncias provenientes da emissão depromissórias de fomento ultramarino que forem postas à sua disposição peloGoverno do Estado e outros valores que lhe sejam atribudos.Independentemente da utilização destes recursos o Instituto de. Crédito pode, parao financiamento das. operações compreendidas no seu objecto, aceitar depósitosremunerados às taxas de juro estabelecidas, (Portaria 208/70), emitir obrigações,contrair empréstimos e rea-

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lizar outras operações de crédito quando autorizadas pelo Governador-Geral.Duas limitações são impostas ao crédito a conceder pelo Instituto de Crédito deMqçambique. A primeira respeita ao prazo: a concessão do crédito só pode serfeita a médio e longo prazos. Uma excepção apenas a esta norma e que dizrespeito aos créditos, já sob a forma de empréstimo, já sob a forma de depósitos, abancos comerciais. A segunda concerne à finalidade dos empréstimos: deverãoser dirigidos para empreendimentos considerados de interesse aodesenvolvimento económico do Estado.A Instituição de crédito que em Moçambique, detém o exclusivo ý- -missão denotas é o Banco Nacional Ultramarino e como tal compete-lhe:a) - promover a coordeda circulação monetária com as necessidades' daactividadeeconófnica; .b) - regular o funcionamento dos mercadosmonetários;_j) - servir: de banqueirodo Estado;d)-ctuar como prmsta-

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ACTIVIDADE BANCARIA EM MOCAMBIQUEmista do sistema bancário.Para além do privilégio de emissão o Banco Nacional Ultramarino exercetambém as funções de banco comercial e as de banqueiro. e agente do fundocambial. A criação do Instituto de Crédito de Moçambique dilou .,Rue todos osdepósitos que por força de disposições legais, regulamentares ou contratuaisdevessem ser efectuados no BNU em razão das suas funções de enissor e deagente e banqueiro do fundo cambial, passassem a ser efectuados naqueleinstituto do Estado. As frequentes revisões a que a actividade do banco emissortem sido submetida, cr última das quais data de 1972, tem permitido ao Esta-do uma interferência crescente na sua orientação. A nomeação do Governador, deum vice-Governador e de um administrador compete ao Conselho de Ministros,ficando ainda sujeita ao Mi-* nistro do Ultramar a ratificação da eleição pelaAssembleia-Geral do outro Vice-Governador. Por outro lado a existência de umcomissário do Governo e os poderes de que se encontra investido, nomeadamentea faculdade de vetar qualquer resolução da Assembleia-Geral, pretendem garantira defesa dos interesses do Estado. A circulação fiduciária é garantida por umaúnica reserva monetária constituída por notas do Banco de Portugal, títulos dadivida pública do Estado Português,ouro-metal e prata fina, mas esta apenas para cobertura exclusiva das notasrepresentativas desse metal quando a sua emissão tenha sido consentida peloGoverno. Presentemente desenvolvem. a sua actividade em Moçambiquequatro',bancos comerciais e uma casa bancária. Dos quatro bancos comerciaisexistentes apenas um possui a sua Sede neste Estado, o Banco Standard-Totta deMoçambique, que em" 1966 substituiu o The Standard Bank Ltd. Dos restantes,dois são exclusivamente ultramarinos, com a sua sede em Angola: o Banco déCrédito Comercial e Industrial e o Banco Comercial de Angola que em 1971tomou a posição do Barclays Bank DCO em Moçanbique. O Banco Pinto &Sotto Mayor 'possui a sua sede em Lisboa embora estenda a sua actividade aosdois grandes territórios portugueses em Africa. A Casa Bancária deMoçambique iniciou a sua actividade na cidade da Beira em 1971. A expansão dabanca comercial em Moçambique foi iniciada pelo Banco d? Crédito Comercial eIndustrial em 1965 e desde tal data, pese embora as limitaçves que lhe foramimpostas fá pela criação de um Instituto de Crédito do Estado, já pelasdesvantagens em que se encontraram face ao mesmo Instituto e aosEstabelecimentos especiais de crédito, já ainda pelo simples ftcto de o bancoemissor desenvolver, diremos confundida com a que deveria ser a sua principalfunção, a act-

ridade de banco comercial, i sua projecção em Moçam>ique vem-se acentuandojUr em extensão quer em Linsão, contribuindo de :rma acentuada para amoLetarização da economia do etado.

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Os valores máximos das as taxas de juro em opeaes activas e passivas, isprimeiras limitadas à conesísão de crédito a curto razo e as segundas à aceiçao dedepósitos à ordem, om pré-aviso e a prazo insrior a um ano, são fixados m funçãoda taxa de desonto do banco emissor. As disponibilidades de :aixa dos bancoscomerciais Wcm já no corrente ano, xadas em:a) 20% das suas responsabilidades à vista em moeda nacional com curso legal noEstado; b) 12% do total dos dep6sitos a prazo ou com pré-aviso iguais ousuperiores a 30 dias e até90 fias inclusive;c) 8% do total dos depósitos constituídos por prazo superior a 90dias.Paralelamente impâs-se na Lesma data a obrigatorie:ide de possuirem títulos da,vida pública do Estado íjo valor nominal não seja ferior, a qualquer momena4% do total das res,nsabilidades em moeda 2cional com curso legal emoçambique.Anesar de a concessão de édito dos bancos comerais se limitar ao curto praý salvose resultar da molização dos seus próprios IPitais, a legislação emvigor prevê a constituição, junto dos bancos comerciais, de departamentosfinanceiros, serviços especializados e autónomos, orientados para a realização deoperações de crédito a médio e longo prazos.Nos estabelecimentos eslecíais de crédito encontram-se incliidos em Moçambiqueo Banco de Fomento Nacional, a Caixa Económica do Montepio de Moçambiquee o Mealheiro Cooperativo (da Sociedade de Moçambique para o Fomento deConstrução de Casas, SCRL).O Banco de Fomento Nacional com sede em Lisboa é um banco de investimento ecomo tal exerce «funções bancárias e financeiras, nomeadamente a emiÈsão deempréstimos por obrigações a aceitação de depósitos a prazo superior a um ano ee colocação de capitais próprios ou alheios, por sua conta e risco, emparticipagões no capital de empresas e em operações activas de crédito a médio ea longo prazos.-Para além dos recursos próprios e alheios atrás referidos podem ainda os bancosde investimento socorrer-se do Estado, bem como do banco emissor, contraindoempréstimos.A constituição de um banco de investimento neste Estado requere uma afectaçãode capital não inferior a 200 mil contos.A Caixa Económica do Montepio de Moçambique, como auxiliar do Montepiode Moçambique na prossecução dos seus objectivos, integra-se nosestabelecimentos especiais de crédito, e como tal pode receber de-pósitos à ordem, com Pré-aviso e a prazo, conceder empréstimos caucionados eainda empréstimos ao Governo do Estado ou por estes avalizados.Os corpos gerentes são os do Mòntepio de Moçambique e dos seus membros sãonomeados pelo Governador-Geral o presidente e vice.-presidente da mesa daAssembleia-Geral, o presidente, vice-presidente e seis vogais da Direcção, e opresidente, vice-presidente e quatro vogais do Conselho Fiscal.A Caixa Económica de Auxilio Mútuo - MÁealheiro Cooperativo'é a únicaInstituição de crédito em Moçambique do tipo «Cooperativa de Crédito». A sua

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criação em 1955 visou mobilização de poupanças dos sócios da Sociedade- deMoçambique para o Fomento de construção de casas, com vistas aodes'envolvimento das realizações' sociais que esta se propõe.Autorizado a receber dosseus sócios depósitos à ordem e a prazo e a realizaroperações de crédito a longo prazo não superior a 15 anos sob a forma deempréstimos para financiamento da construção de habitações, também só para ossócios da Cooperativa, o Mealheiro Cooperativo deverá manter como garantiapermanente dos reembolsos disponibilidades de Caixa equivalentes a 20% dosseus depósitos. Por portarias de Novembrodo ano transacto tanto o Mealheiro Cooperativo como a Caixa Económica doMontepio de Moçambique foram autorizados a receber depósitos a mais de umano.Parece pois, analisando a estrutura instituida do sistema bancário emMoçambique, que estão criados os instrumentos e instituições capazes deassegurar o desenvolvimento económico do Estado, preenchidas que sejam aslacunas que tal estrutura evidencia.Referimos o facto de o banco emissor, paroi Moçambique, pese emibora à!interferência que estatutariamente lhe é reconhecida na orientação da políticaeconómica, continuar sobrepondo à sua função primordial a função de bancocomercial.Tal -sitúação não repugna quando esteja em jogo o estabelecimento de umpadrão para as operações bancárias em geral, a substituição dos bancos comerciaisem áreas ou operações onde a sua actividade se manifeste inadequada, ou ainda aextensão das suas facilidades aos domínios privados de reconhecido interessepúblico. Todavia à medida que o funcionamento do sistema bancário se forrevelando mais adequado o banco emissor deverá restringir pouco a pouco assuas operações directas com o público em beneficio das funções que como tal lhesão inerentes e em particular da sua qualidade de prestamista do sistema bancário.E presentemente a extelhsão e dimensão atingida pelos bancos comerciaisextensão e dimensão essas que, se por um lado alargaram a capacidade decaptação de poupanças criadas por força da introdução na economa de mercado depopulações que dele andavam arredadas, possibilita-

- i . 1 41 i¶= ' --.....-..ram também um mais perfeito apoio às necessidades correntes do comércio,principal campo da sua actuação, a par do continuo aperlei.çoamento da técnicaintroduzida nas suas operações, parecem ter criado a situação capaz de permitir aoinstituto emissor orientar particularmente a sua actuação para as .funções.que lhedevem competir como responsável que deve ser pelo equilíbrio entre a--estabilidade monetária e o crescimento da economia.Aos bancos comerciais está interdita, como ficou referido, a concessão decrédito a médio e longo prazos, embora esteja prevista a criação junto dosmesmos de serviços especializados autónomos a que'é facultado tal privilégio.

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Baseia-se tal proibição em" razões de segurança, procurando evitar-a mobilizaçãoa longo prazo de fundos exigíveis à vista ou a curto prazo. Sendo certo que afrequente renovação dos prazos iniciais transforma os financiamentos a curtoprazo eÜi financiamentos a médio prazo a proibição referida perde muito do seusignificado.Não pondo em causa as razões de segurança expostas é de admitir que, dada aausência de mercado de capitais, uma grande parte dos depósitos da bancacomercial, sobretudo depósitos de particulares, como verdadeiros depósitos depoupança que são, poderão ser canalizados para o financiamento de investimento.Tal «transformação» requererá porém legislação adèquda limitando a .determinadapercentagem a possibilidade de mobilização de tais fundos para investimento. Ese ao criterioso controlo dos créditos assim outorgados se juntassem facilidadesespecificas ao seu redesconto junto do instituto emissor, estar-se-ia em presençade uma forma de satisfazer a imperiosa necessidade de créditos a médio e longoprazos exigidos pela economia de Moçambique. A presente inexistência dedepartamentos financeiros, as limitações estruturais do instituto de -crédito doEstado e da delegação do banco de investimento, a par da característica deeonomias subdesenvolvidas que se traduz pela expansão relevante do créditoimobiliário, implica a utilização máxima da dinâmica da banca comercial naprossecução do desenvolvimento económico.Mas tal dinâmica não poderia prescindir do apoio e orientação do institutoemissor.Concluiremos pois que se o apoio do sistema bancário ao desenvolvimentoeconómico de Moçambique não se tem traduzido nos beneficios que seriam deesperar, tal não resulta tanto da sua estrutura em si, mas do inadequadoapetrechamento das instituições que o integram e do impedimento da máximautilização controlada das suas potencialidades.Mas mais que a experiência vivida pelos países que já passaram por situaçõesparalelas à actual de MQçambique, será a evoluçãõ da sua política económico-social que ditard os ajustamentos a introduzir no sistema bancário instituido.

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Fachada da Fábrica Nacional de Salsicharia Bonsuíno, na Matola, vendo-se emprimeiro plano as novas instalações e ao fundo, asactuais instalações.

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PRODUTOS DE SALSICHARIA DE MOÇAMBIQUE PARA EXPORTAÇÃOCrescimento espectacular da «Bonsuino»Ao falarmos da industrialização de Moçambique e conhecermos alguns aspectosnegativos de determinados investimentos neste sector, todos queremos saber qualé efectivamente o tipo de indústria que interessa ao território e quais as unidadesque temos a trabalhar parà o nosso desenvolvimento econàmico.Ainda recentemente um técnico ligado ao sector eco,i6mico afirmou que se anossa política industrial estava errada, tinha sido naturalmente por nos termosdesviado do verdadeiro rumo que encetáramos: industria-lizar a matéria-prima local.Era portanto nesta base que deveria assentar o nosso crescimento económico. Épor isso que é justo destacar determinadas iniciativas que se nortearam pelaexploração do que cá temos ou podemos ter em grandes quantidades.Está neste caso a Bonsuino- Fábrica Nacional de Salsicharia, Lda., que é um empreendimento industrialespecializadò na produção de produtos alimentares de origem animal, cujaposição no sector económico de Moçam'bique há muito lhe .confere lugar dedestaque de entreas iniciativas do mesmo género.O que é a BONSUINO e qual o papel que desempenha na nossa economia?MODELO DEINDUSTRIALIZAÇJOInaugurada em Março de 1970, a Fábrica Nacional de Salsicharia, Lda., cujasinstalações estão localizadas na Matola (distrito de Lourenço Marques) constituihoje a maior unidade de fabricação de produtos de salsicharia de todo o territóriomoçambicano.Além de chouriços, salst

~IN&30Em baixo: máquina automática de enchimento,e de purcionar e torcer.A direita: caldeira a vapor, a instalar nas novasdependências da Bonsuíno.chas, salpicão, fiambre, etc., a Bonsuino prepara-se para fabricar «corned beef»,em primeiro lugar para satisfazer as necessidades do mer-. cado interno,reservando os excedentes para exportação.Aliás, já nesta altura a fáJbrica exporta, grande quantidqde de seus produtos paraAngola, Cabo Verde e Jdrica do Sul, concorrendo decididamente para a aquisiçãode cambiais, de que Moçambique tanto precisa para equilibrar a sua balança depagamentos.Mas _vale -cr- perf- visitar as instalações industriais daBonsuírio, para apreciar a sua funcionalidade e sobretudo a grande mecanizaçãodo trabalho de laboração da carne, de, animais que ela própria cria e tambémabate em matadouro próprio.

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Cabe _aqui abrir um parêntesis para destacar o facto de a Bonsuino estar ligada a.um grupo de Moçambique que explora a suinicultura e que abastece uma partedas suas .necessidades de fabricação.1Assim, temos a Agro-Pecuária Bonsuíno, Lda., ligada à Granja do Sul, Lda. -instaladas em Goba - onde se

- afaz a criação de suínos cujos efectivos nesta altura se estimam em cerca de 3000cabeças, mas que serão brevemente aumentadas em mais de 3000 cabeças.Depois, existe a fábrica da Matola de que nos estamos a referir e que constitui aunidade de abate, laboração e acondicionamerto das várias especialidadesalimentares lançadas no mer-. cado.Para completar o circuito, há a unidade de apoio comercial e q" e funciona comodistribuidora, a firma Garcias & Catarino, Lda., ins-talada em Lourenço Marques, que é um importante armazenista distribuidor detodos os produtos da Bonsuino.INVESTIMENTOS E AMPUIAÇAOTraduzindo um investimento superior a 40 mil contos, a Bonsuino prepara-se paraentrar numa segunda etapa de sua vida, com a transferênciàa da fábrica parainstalaç6es novas, mais amplas e funcionais, do que aquelas onde está a laborarpresentemente.C m1 efeito, decorrem acelerada:tiente as obras deconstrução de um complexo industrial contíguo às actuais instalações, cuja áreacoberta se aproxima dos 800 metros quadrados, para onde se transferirá a fábricade salsicharia.Trata-se de instalações que váo permitir à Bonsuino elevar a sua produção a maisdo triplo da actual, dispondo de maior número de frigorificos para congelação dacarne, com uma capacidade de mais de 300 toneladas, um matadouro mais amploe moderno, e equipamento adquirido recentemente na Europa.Quer dizer, para um abate actual de cerca de 60 cabeças por dia, equivalente apoucomais de 5 toneladas de carne, passar-se-á a apr5' ximadamente a abates naordem dos 150 porcos diários, com mais de 15 toneladas de carne para laboração.Tal como nos foi dado apreciar, o circuito de fabricaçao de enchidos, grandeparte' do qual mecanizado. vai do abate à inspecção (por médico veterinário),passando a carne aos frigoríficos e, daqui para o desmanche e selecção, ;edúinao

finalmente para as diversas linhas de fabricação.E vale realmente a pena acompanhar o funcionamento de todas estas fases, onde émínima a intervenção manual, pois a fábrica labora com equipamento queconstitui o último grito da es.pecialidade.A CAMINHODA EXPORTAÇAOEm conversa com os responsáveis da Bonsuino, ficámos a saber de que constituiuma das principais metas da fábrica, o lançamento sobretudo para exportação, de«corned beef» produzido em Moçambique e aumento de produção de fiambrepara o abastecimento local e também para os mercados exteriores.

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Os proprietarios afirmamigualmente que o aumento de produção, que se vai garantir nas novas instalações,visa satisfazer cada vez mais e melhor as necessidades de consumo interno, queregista nítido crescimento de ano para ano.Aliás, acaba-se de contratar um conceituado técnico alemão que virá não sómelhorar e rever as técnicas de produção das linhas de fabricação actuais, mastambém estruturar a fabricação de novos produtos.E é justo salientar que além do equipamento, apenas se importa, com poucodispêndio de divisas, as tripas e os condimentos necessários à fabricação deenchidos, por elas não se produzirem ainda neste Estado.No intuito de satisfazer o paladar dos mais exigentes,Em cima: aspecto do desmancho de carcaças eselecção das carnes.Em baixo: autoclave electrônico para esterilização e cozimento, que iráfuncionar nas novas instalaçóes. É a única existente no Estado de Moçambique.a Bonsuino fabrica diversos tipos de chouriço manualmente, para todos aquelesque gostam de enchidos leitos à mão, à boa maneira europeia.É por tudo -isto que a Fábrica Nacional de Salsicharia se guindou ao lugar derelevo na indústria alimentar de Moçambique, mercê da qualidade de seusprodutos e da alta capacidade de fabricação. A Bonsufno desempenha assimimportante papel da economia do território.É por este caminho, efectivamente, que deverá assentar a industrialização deMoçambique.

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SITUAÇÃO ECONÓMICADE MOÇAMBQIUEITENSIFICACAODASEXPORTACOES COMO MEIO IDE OBTENCAO DE CAMBIAISDEPOIMENTO DO DR. BENTO CORREIA DOS SERVIÇOS DE COMÊRCIODE MOÇAMBIQUE Entrevista de C. CaldeiraNo intuito de completar a informação. sobre o comportamento do nossomovimento exportador, «Tempo». entrevistou o dr. Bento Correia, dos Serviçosde Comércio e elemento ligado ao sector oficial das exportaçóes de Moçambique.O dr. Bento Correia, con-fiou-nos as seguintes opiniões sobre o comportamentoda economia do Estado: «Eu julgo que neste, problema de cambiais, que é ao fime ao cabo, a situaçao mais delicada que o Estado enfrenta, há a considerar muitos

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aspectos. «Mas naquilo que me diz respeito e apenas portanto no sector dasexportações,que talvez seja uma das vias que haja e que nós tenhamos que considerar, podeencontrar-se a solução para esse problema, Intensificando-se as medidas quelevem à melhoria das exportaçóeu para a obtenção de cambiais.«julgo e disso tenho plena consciência, de que o problema não é muito fácil de serresolvido a curto prazo. Mas ainda hoje, debrucei-me sobre alguns números donosso comércio externo e analisei uma série que me era apresentada numtrabalho que estava a ser executado no nosso serviço comercial e verifiquei que ataxa de cobertura das

SITUAÇÃO ECONÔ0MICA DI MOAMBOIUEeXportações' em relação, às Importações, vem sofrendouma certa deterioração.«Por exemplo, em 1963,realizávamos umas exporta ções cujo montante cobria uma maior parte dasimportações. Verifica-se, por exempIo, que em 1971, essas exportações jácobriam uma tracção menor. Quer dizer, em termos de percentagens - e eu julgoque estes números não serão muito irreais - em 1963, as exportações cobriam73 por cento das importações, e em 1971, que é o ano em que as estatísticasacusam maiores valores na importação, as nossas exportações apenas cobriam 37por cento.«Ora isto parece-me que permite apreciar mais realisticamente a situação eacabar por concluir que se assim efedtivamente contisuqrmos e se as nossasexportações se forem deteriorando, há-de haver uma altura em que estaremosquase que impossibilitados de importar, quer dizer, nós não teremos capacidadepara importar. Ora isto, quanto a mim, é o probl--a mais grave que Moça ,uepode enfrentar.»DECRÉSCIMONA PRõDUÇAOPergunta .- Mas, sr. dr.. o que é que temos feito para modificar este panorama e oque é que podemos fazer?«Dir-lhe-ei que temos feito alguma coisa, mas o que temos feito talvez não tenhasido, quanto a mim, aquilo que efectivamente, poderIamos ter feito. Se não, vejauma coisa: se apreciarmos as principais mercadorias das nossa exportaçõesverifica-se que grade parte delas (um número, digamos reduzido) aumentaramefectivamente. Em contrapartida, há um número ainda mais elevado que sofreuuma redução nas quantidades disponíveis para exportação ehá outras que se mantiveram estacionárias.-Temos, por exemplo, oaçúcar, os crustáceos, a castanha de caiu. Ora, é aqui que se situam os principaisaumentos. E o que é que deu origem a esses aumentos? No açúcar, pois sãoempresas capitalistas que se dedicam à exploraçãodesta cultura.«É aqui, efectivamente, onde se tem situado um aumento mais significativo.Depois vem os crustáceos e depois, como eu disse, vem a castanha de caju. Os

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crustáceos, da mesma maneira, a exploração é feita por empresas do tipocapitalista- grandes empresas. (Algumas não serão muito grandes, mas para o tipo deexploração pódemos considerar como tal). E na castanha de caju, o aumento tem-se verificado pelo apoio que lhe tem sido dado pela industrialização, pois que aquijá não são as grandes empresas, pois é o sector tradicional que recolhe, digamosassim, o produto. Isso tem levado a uma melhoria dos preços pagos ao produtor eaqui tem-se verificado efectivamente, exportações significativas.«Veja, portanto, que há um sector, digamos assim, que é activado, impulsionadoou estimulado pelo tipo de empresa a que nós chamamos de capitalista. Querdizer, é uma empresa que não assenta na população ou no pequeno empresário.«Mas agora, vejamos o contrário. Aqueles produtos de que nós éramosexportadores tradicionais e continuamos portanto a exportar, qual foi o aumento?Temos, por exemplo, as oleaginosas que cada vez produzimos menos. E se nãoproduzimos menos, digamos na produção global. pelo menos prodAzimos nenospara exportação. Temos depois as madeiras, que são também produzidas porempresas dotipo capitalista, Nestas não se registaram grandes aumentos. Temos, por outrolado, os produtos hortícolas, as batatas por exemplo e as cebolas, o arroz e omilho, etc., que são aqueles produtos cuja produção se localiza no sectortradicional. É aqui, neste sector, que se não tem verificado efectivamente,aumentos de produção.«Temos outro caso, o do algodão, que já foi o nosso primeiro produto deexportação, mas que hoje já não é, sendo no entanto, ainda um produto muitoimportante. Com o algodão verifica-se o seguinte: numa determinada altura,talvez 90 por cento da produção era obtida através de empresas do sectortradicional, isto é, mini-empresas. Ora, talvez nos dois últimos anos, a exportaçãodeste produto tem sofrido como que uma inversão - decréscimo no sectortradicional e aumento nosector empresarial, O exemplo do algodão é talvez o mais significativo».DEVEMOS ACTIVAR O SECTORTRADICIONAL«Ora isto, é quanto a mim,- e é aqui que assenta um dos aspectos que eu considero mais importantes - o quenão tem merecido da nossa parte, da parte, claro está, das entidadesgovernamentais, aquela atenção que merecia. E não se procurou activar nestecampo a produção criando estímulos e accionando todo o sector, que é afinal umsector muito importante. Porque, veja uma coisa: nós em Moça~bique, que aindasomos um território subdesenvolvido, tmos baixos consumos. ' um territórioque'consome pouco, mas se consumíssemos mais as nossas dificuldades aindaseriam maiores e o que é verdade é que tendo

y<a,.Moçambique uma população de cerca, de 8,5 milhões de habitantes, nósdevíamos efectivamente fazer incidir toda a nossa acção produtiva, no sector emque nós temos maior abundância de factores.

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«Temos que numa definição clássica de economia, os sectores de produção são ocapital, o trabalho e a terra. Ora nós. neste caso, o que temos mais é o trabalho e aterra. Pois é precisamente, quanto a mim, o campo onde nós temos, digamos,exercido uma acção menos intensa, mas seria aquela em que nós teríamos custosmuito mais reduzidos e estaria efectivamente em condições de podermosincrementar. Mas eu vou dar um exemplo, pois isto pode parecer muito vago, oumuito teórico. Em Moçambique a produção, per capita, isto é do mocambicano-produtor. (produção média por homem) é de 650 escudos anuais. Veia que isto éuma taxa ifrisória, se se comparar com países semelhantes aMoçambique, por exemplo com a mesma população, o que é que nósverificamos? Verificamos, realmente, que nestes países, por vezes um só produtoconsegue valo, res muito superiores aos que nós obtemos através da exportaçãototal.«Posso dar-lhe o exemplo de Cuba,' que fica numa zona subdesenvolvida. Estepais produz actualmente cerca de 6 milhões de tonela-* das de açúcar, e exportauma quantidade muito aproximada da produção. Cuba, com seis milhões dehabitantes, com menos potencialidades do que Moçambique, obtém apenas numproduto cambiais que excedem em; muito as cambiais das exportações globais deMoçambique.»Pergunta - Em vez de Cuba, teríamos quaisquer outros exemplos mais pr6xímosde n6s?«Eu.conheço bem um Pais 'que é o Senegal, que tem uma população aproximadade 3,5 milhões de habitantes. O Senegal já produziu, mas hoje já não produzporque tem outras actividades e a mão-de-obra é escassa, em determinadasalturas, 900 mil toneladas de amendoim. Essas 900 mil toneladas de amendoim,transformadas em divisas dão um montante quase equivalente. ao valor total dasnossas .exportações. Mas eu tenho outro exemplo, aqui bem perto de nós, que é apequena ilha, que,, se não estou em erro, tem uma população de 700 milhabitantes e tem, digamos, potencialidades muito limitadas, mas que já chegou aexportar cerca de 900 mil toneladas de açúcar.«Mas agarrando-nos a um valor médio, pois que as produções agrícolas estãosujeitas às condições climáticas, imaginemos que eles exportem 600 miltoneladas, que vendidas a 6 escudos o quilo, diríamos que para eles basta umproduto para obterem aproximadamente quase o dobro do total dasnossas exportações em 1973:«Estes exemplos servem apenas para esclarecer qu em Moçambique," para umèpopulação de 8,5 milhões de habitantes e para uma ter ritório de cerca de 700quilómetros quadrados superfície e com potencialidades, digamos, que todosreconhecem - pois temos óptimas condições para a agricultura e outras culturas -tendo ainda uma faixa marítima'de dois mil e tantos quilómetros de extenso0 éclaro que temos que tirar uma conclusão: que o homem moçambicano passou avida quase que a dormir ou então, há qualquer coisa que se passa aqui que impedeque nós possamos produzir mais.«Eu fiz-lhe este breve relato pois que estou crente e acredito, que há-de ser ela,via da exportação que nós teremos possibilidade de obter a curto prazo o maior

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volume de cambiais. Como sabe, qualquer outro tipo de obtenção de. cambiais,tem

ýor vezes, efeitos contradiõórios.»ASPECTOSDA INDUSTRIALIZAÇAOPergunta: A industrializa. ção nao permite também coustituir uma fonte deobtenção de divisas?«Eu digo-lhe que sim, mas também lhe digo que se nós quisermos fazer umaarrancada para a industrialização, temos necessidade absoluta de despendercambiais para a importação de bens de equipamento. E esses equipamentos têmde ser pagos, pois têm prazos de amortização. E não há dúvida nenhuma que osaldo só passarã a ser verdadeiramente positivo, quando nós não tivermosencargos no exterior a suportar. Até lá, o que é que se passa com aindustrialização, ou melhor, o que é que se tem passado? «Nós temos realmenteincrementdo a exportação e seria injustiça se não disséssemos que têm aparecidonovas indústrias. Mas as unidades que têm aparecido 'o principalmente indústriase se destinam a evitar a importações. Mas esta 'intenção é iludida, pois que nósmuitas vezes deixamos de importar, começamos a produzir, mas aumentamos osconsumos. Quer dizer, nós que até ali tínhamos uma certa quantidade disponívelde mercadoria para comprar, pois a procura estava limitada, passamos a ter umaabundância de mercadoria que nos permite gastar mais «Eu até lhe posso citar umexemplo: o calçado Nós temos hoje efectivamente, uma indústria nascenteprodutora de calçado que se desenvolveu bastante nos últimos dois anos, mas oque é verdade é que nós, em matérias-primas importamos hoje mais do que,talvez. o produto acabado. Mas temos butro exemplo frisante.Nós importávamos detergentes em 1971/72, pela ordem suponhamos ] dos vinteou trinta mil contos, vá lá, 40 mil contos -- pois às vezes é difícil distinguir o queé verdadeiramente um detergente, pois que a classificação pautal não o permite.Mas nós hoje, só de matéria-prima, até ao ano passado, importávamos mais doque o produto acabado.«Mas porque é c'ue isso se verifica? Pois que há uma oferta maior junto, de umacerta massa populacional. É claro que isto não é um mal, é preciso que ss noteiPois que a industrialização, como sabe, tem um preço o nós temos que pagar essepreço, mas eu estou apenas a referir-me ao aspecto que se oferece àindustrialização, como meio da obtenção de divisas. É claro que se nós tivéssemosaqui outro tipo de indústrias - e seria por ai, por onde devíamos ter começado - eraaproveitar melhor as matérias-primas que nós produzimos e exportamos, valorizá-las mais. Pois se nós tivéssemos uma indústria de- apoio às matérias-primas dosector agrícola ou do sector agro-industrial, isso permitia-nos que com limitadasimportações de bens de equipamen to, pudéssemos realmente valorizar as nossasexportações.«Veja, por exemplo, que até há bem pouco tempo e isto é um caso concretochegáýmos a exportar os melaços obtidos da produção de açúcar, para a Holandaa 75 escudos por tonelada. Claro que hoje têm outro preço, pois os melaços vãoa mil e tal escudos. Mas já nesse tempo, os melaços que estávamos a enviar por

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aquele preço para o exterior, eram transformados ou misturados lá fora e vendidosa preços, que nem posso dizer, porque isso quase que podia ser considerado umescâmdalo! Quer dizer, dosmelaços obtinham-se variadissimas coisas que, digamos assim, eram altamentepagas nos mercados externos.NOVA ORIENTAÇAONAS EXPORTAÇOES.çOra, lu quero dizer com isto que a nossa industrialização deveriaverdadeiramente ter começado ou devia assentar no, aproveitamento das nossasindústrias. Veja, por exemplo, o que se passa no campo das madeiras. Nós hojeexportamos as madeiras, digamos, serradas e há muito pouco tempo é quecomeçámos a exportar «parquet». E isso verifica-se, porque os serviços oficiaisproibiram a exportação de toros, porque senão nós hoje ainda estávamos aexportar taros.«Mas isto é apenas .um exemplo, porque o que se passa com as madeiras e osmelaços, passa-se também com as oleaginosas. Há relativamente pouco tempo éque começámos a exportar verdadeiramente áleos de oleaginosas O óleo deamendoim começámos a exportar há verdadeiramente pouco tempo, quandoatingimos uma produção limitada e tivemos que recorrer a importação deamendoim. Mas temos casos mais Irisantes: o algoaao, por exemplo. Pois nósaurante muito tempo exportámos algodao em rama, quando auveriamos exportá-lo, digamos, semi-acabado, em fio, porque o fio de algodão tinha realmente ummercado garantido.«Mas temos mais exemplos. As rações alimentares que nós poderíamos produzir apartir das nossas matérias-primas e deixar de importar e até exportar. Pois temsido o 'ontrário, nós importamos rações alimentares para um sector de pecuária,digamos, ainda incipiente. No sector dos crustáceos que quanto 'a mim, é o sectormais positivo e aquele que tem registado um crescimento mais rápido. Mas issoverificou-se porque há cerca de dois anos, talvez, mudou-se de orientação. Atéaqui, e posso garantir de qie o ouvi de um responsável, afirmou-se publicamenteque os mares de Moçambique não tinham peixe - ouvi até numa conferência deum responsável do sector oficial das pescas de Moçambique. Eu não acreditei eaté interpelei o senhor, pois que achava isso um disparate, visto que há muitotempo se encontram no canal de Moçambique grande número de barcosestrangeiros a pescar atum, peixe serra e outros tiposde peixe. Pois isso era sinal de que o canal de Moçambique não era pobre empeixe, mas sim que nós é que não éramos capazes de o pescar.«Se nós tivéssemos orientado toda Q nossa política de pescas e captura de peixe,no sentido de aproveitar o pescado ,que" temos aqui à porta, pois eu julgo que issoteria resultado em benefícios muito apreciáv&is..REESTRUTURAÇO DA POITICA ECONÓMICAPergunta - Como 6 que se pode activar ou ,pr em execuçao u~a politica nossesentido, fazendo- Incidir toda uma acção, quer nó sector industrial, quer no sectoragrícola?

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«Ora muito bem, eu julgo que 'nós em Moçambique, mesmo falando em -termosde plano de fomento - o III Plano de Fomento, pois o IV quase que não chegou aexecutar-se - nós não seguimos o melhor caminho. E porquê?-Porque julgo que nesta situação em que nos-encontramos, com recursos edisponibilidades financeiras muito limitadas, o que se deveria ter feito, para <caso de. Moçambique - e este exemplo talvez não sirva para outros territórios -era termos efectivamente estudado um modelo de crescimento para este territóriopara encontrarmos uma estratégia adequadla. Toda a nossa acção deveria incidirnestas disponibilidades de factores de produção - quer sejam a mão-de-obra, otrabalho e a terra.«Se nós tivéssemos feito isso há muito tempo, nós hoje estaríamos numa situaçãobem diversa do estado em que nos encontramos. Veja que em Moçambique setêm verificado as situações mais extraordinárias. Eu sei que a agricultura é umaactividade que está sujeita a ciclos, mas nós até quando os anos eram muitofavoráveis para determinadas culturas, por vezes até tínhamos com esses anosfavoráveis grandes prejuízos. Houve aqui um ano em que a produção do milho foitão elevada que nós, por falta de estruturas para armazenar essa produção, nalgunscasos perdeu-se, disperdiçou-se e até num caso, em Quelimane, o milho teve queser enterrado,. porque se linha estragado. «Ora. isso quer dizer que nós, desde-que efectivamente tivéssemos definido um modelo de crescimento paraMoçambique e..sè tivéssemos adoptado uma estratégia

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adequada, pois que nós, digamos, calculados o crescimento provável dasproduções nesse período, teríamos que entrar em linha de conta com outrosaspectos, e nesses aspectos se situam a armazenagem e a comercialização. Ofactor comercialização também é muito importante, pois que se não cuidarmosdele, arriscamo-nos a estrangular todo o sistema de produção. Porque eu aindaacredito no potencial humano de Moçambique.«Mas é provável que digam alguns dos que venham' a ler estas palavras: o que éque ele sabe disso?EXPRESSIVOSENSAIOS«Ora eu posso dizer-lhe que durante doze anos em Moçambique estive emcontacto permanente com o mato, com o homem do mato, com o produtordigamos na sua fase mais elementar. E devo dizer que contactei com ele e aprecieia sensibilidade que ele manifestava ao falarmos destas coisas q nas exeperiênciasque fizemos no serviço em que eu estava a trabalhar. Verificámos - embora aexperiência fosse com um número reduzido de agricultores- efectivamente que erapossível vir a obter muito melhores resultados. «Devo dizer-lhe que nestas minhasandanças lá por Tete, nas pequenas experiências com pequeno número deagricultores, nós no regime de pura liberdade produtiva, apenas com apoioorientador do Gabinete do Plano do Zambeze, nessa altura chamava-se Missão do".ambeze, nós conseguimos a £ceitaç& por parte destes trabalhadores de todas asmelhorias técnicas que queríamos introduzir.. E assim foi fácil que agricultoresque até ai agrícultavam uM hectare - nem meio -hectare por vezes - mas emcampos de agricultura muito limitados, a partir dai, alguns fizeram cultivar cinco

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hectares e seis* hectares, e devo dizer que o resultado liquido desta produção, digamos, algodoeira (a cultura que ali estávamos a experimentar) foramfrancaIitente positivos.«Um agricultor que até alie durante alguns anos teria obtido algumas centenas de escudos, pois que nemchegava aos milhares, pois obteve nesta cultura muitos.milhares de escudos. E isto era apenas um ensaio, claro que o .ensaio levado auma escala maior, não se obtém o. mesmos resultados, masos resultados foram/ efectivamente francamente animadores. Devo dizer que nadafoi dado aos agricultores, apenas lhe foi dada a semente que nos foi dada a nós.Tudo o mais, digamos, os próprios trabalhos que nós realizámos em favor doagricultor, foram pagos pelo agricultor. Não a taxas muito elevadas, também éverdade, pois que estávamos numa fase inicial, mas estamos certos que se as taxasfossem elevadas a um outro nível ' os resultados teriam sido da mesma maneiramuito positivos.- Eu vou até citar-lhe um exemplo, também interessante, que nósestávamos ali também para observar, para apreciar, e eu apreciei, dado que oalgodão é uma agricultura sazonal, pois que não abrangia todo o ano, havia umperíodo morto, pois nós conseguimos - a Missão do Zambeze conseguiu fazeruma experimentação com dez agricultores que passariam a fazer produtoshortícolas e devo dizer que ainda neste campo da horticultura, foi um dos maiores.êxitos que eu realmente tenho verificado.«E um êxito tão grande que para as pessoas que não estão debruçadas sobre estesproblemas, possam observar, é que estes dez agricultores, apenas em três mesesde trabalho, voluntário, trabalho livre, apenas orientado em que toda a gestãodentro destes poucos hectares de terra, eram hectares irrigados pois se tratava dehorticultura, eles ,apenas em três meses de trabalho, obtiveram em dinheiro, nãoincluindo os produtos que eles utilizaram para o seu próprio consumo, mais nestestrês meses do que poderiam obter num contrato anual, suponhamos nosCaminhos de Ferro.Quero apenas testemunhar com isto que por vezes, eu julgo, chego mesmo apensar, que havia interesse em manter estas estruturas.Estou certo que em Moçambique, se nós quisermos efectivamente sair desteimpasse, sair destas dificuldades terríveis que nós atravessamos agora em»matéria de cambiais, há-de ser EFECTIVAMENTE no sector produtivo que nósteremos oportunidade de obter, que se não irão cobrir, digamos, as nossasnecessidades de importação totais, irão pelo menos apr.oximar-se muito dessetotal das importações.Quer dizer, nós ficar9amo muito mais aliviados e ficaríamos em condições depensar realmente em termosde desenvolvimento..«Pois se assim não acon-SITUAÃO. ICONOMICADE MOAMBUIUEque, como caminho para uma sociedade mais evoluida, seria m caminho óptimo.Mas há aqui uma coisa paradoxal. Enquanto nós fizemos esses aldeamentos quaseque apressadamente, por necessidade imperiosa de defesa, nós não cuidámos

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reconheço que nós não tivemos tempo (mas se tivéssemos tempo éramos capazesde fazer o mesmo) que os nossos aldeamentos têm sido rotulados no Mundo comocampos de concentração. Ora eu penso que isto é uma maneira pouco correcta denos julgar, mas o que também é certo é que estes aldeamentos não foramrealmente tidos e considerados, como vhrdadeiras unidades de produção quedeveriam ter sido considerados. Porque, aqui perto de nós, na Tanzânia, há umasexperiências, digamos assim, neste mesmo campo (no campo dos aldeamentos)onde se -constitui.ram uns agregados populacionais em certas zonas mais válidaspara a agricultura, ,para o desenvolvimento e devo dizer que ainda há poucotempo a revista 'Ceres» faz referência a essa experiência, digamos, humana econsidera que é o caminho mais válido e mais positivo pra a valorzçaço cultural e,digamos assim, económica das populações. «Ora veja como o mesmo,procedimento em campos diferentes merece uma consideração diferente por partedas pessoas que não estão nem em Moçambique nem na Tanzônia. Mas o que éque eu queria dizer com isto? Queria explicar com isto que não houveefectivamente do nosso lado nestes agrupamentos populacionais o cuidado detransformar estes agregados sociológicos empregamos este nome paraimpres"ionar ainda mais _ não cuidámos, digamos, de verificar o que é quecarecia um agrupamento deste tipo para se transformar numa unidade produtorae nalguns casos até o que aconteceu é que a unidade formada foi também umaunidade alimentadora. Quer dizer, é uma unidade que.temos que ser nós, tem que aer o próprio Estado quase que a alimentar estapopulação. Eu bem sei que étecer, a pouca capacidade;tecer, a pouca capacidade que nós temos de importar, há-de nos privar sempre depensar em desenvolvimento neste Estado.POLITICA DEALDEAMENTOS«Já me referi mais atrás sobre o problema da industrialização e considero que aindustrialização entre nós, embora não negue o interesse e valor de algumasindústrias que se fixaram aqui, mesmo quando se trata das indústrias para reduziras importações - também é positivo o papel dessas indústrias, mas eu quero dizerque essas unidades, nem mesmo a longo prazo permitirão que nós possamosrecolher cambiais da exportação. É claro que nós não tenhamos ilusões de queMoçambique nãõ será a curto prazo um exportador importante em produtosacabados, digamos, de alta precisão, de máquinas, de peças. Poderá vir aacontecer que nós possamos vir a fazer algumas peças ou parte de algumasmáquinas, mas nós estarmos a pensar que podemos aqui criar indústrias paraexportar essas peças, digamos, estes piodutos acabados, determinados tipos demáquinas para países industrializados, é quanto a nós, acreditar em milagres«Esse milagre não se viráa verificar a não ser que as próprias indústrias .dos países altamentedesenvolvidos tivessem interesse em se fixar aqui e a produção daqui tivesseefectivamente como aestino outros grandes mercados doutras indústrias.

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De contrário, nós não iremos muito mais longe do que introduzir em Moçambiquemini-indústrias, indústrias com muito pouca capacidade de exportação, indústriascom pouca agressividade comercial.«Ora como vê, é este maisou menos o aspecto em que eu ponho o problema da carência de cambiais emMoçambique.«Nós não temos de factocaminhado no melhor sentido. Pois como sabe há pouco tempo, por circunstânciasvárias, por questões, digamos assim, de defesa, aldeamos as populações. E devodizer

SITUAÇÃO ECONÓMICA DE MOÇAMBOIUEpossível que lia)a uma razão forte para que tenhamos procedido assim, mas dequalquer maneira, 'essa razão forte não justifica, digamos, o não termos observadodeterminados princípios que eram absolutamente necessários respeitar.«Ora, em matéria de cambiais obtidas pela via da exportação, julgo que já lhedisse aquilo que pensava. O que eu pensava é o resultado de uma exexperiênciaque tenho através do serviço onde me encontro, pois que verifico que umterritório com a dimensão de, Moçambiqué, com as potencialidades deMoçambique, tinlia obrigação de teT um nível de exportações muito maiselevado. É claro que, por .vezes acontece que um pais não exporta muito masproduz muito. Mas isso já é outro aspecto que teria de ser considerado doutramaneira, quer dizer, seria equacionado noutra base, não nestas em que eu disse.Eu quis apenas falar de que nesta fase em que nós temos um nível de consumorealmente baixo, este procedimento seria quanto a mim o procedimento mais útilp mais válido para nós. Mas claro que nós deixamos os problemas sempre emmeio. Eu queria citar-lhe um exemplo aqui no Sul do Sove, com 1,"a pro4!4ção.A produ-ção a que me quero referir, é a produção do óleo de maurra.«Durante muito tempo processou-se, aqui há uns anos, uma política de fomentoda mafurra. E dava-se até um ,escudo, se não estou em erro, por cada árvore quese cuidasse, árvore que aparecesse. Pois o interesse foi real,mente razoável, teveefectivamente interesse por parte das populações, mas verificámos que ao fim dealguns anos, poucos anos, a produção de mafurra já se tornava superior às nossasnecessidades e o que é que se verificava? E que os próprios interessados nacompra dessa mafurra, não a compravam. Quer dizer, de uma fase de promoção,nós calmos numa fase de abandono e de desinteresse. Ora, isto é muito grave eespecialmente quando se trata de populações que ainda se encontram numestágio de evolução muito primitivo. Se nós tivessemos cuidado deste problemana totalidade, pois isto nunca viria a acontecer, nem mesmo que o próprioGoverno tivesse que ter estruturas para suportar o armazenamento desteproduto, pois como sabe na agricultura há um ano de safra e outro de contra-safra. Acontece quase sempre assim.«Portanto eu julgo ter dito o suficiente para que nós nos possamos entender,pois se queremos minorar a nossa situação cambial pela via da exportação, nóstemos que considerar primeiro: 'um incremento da produção, utilizando técnicas

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de produção mais adequadas, utilizando a população da melhor maneira, fazendochegar junto da população os conhecimentos técnicos que qualquer cultura exigenos tempos modernos.FOMENTO DAEXPORTAÇAOPergunta - O que é que os Se'viços de Comércio têm feito ou os serviços onde seprocessam as tref as de exportaçao?«Ora eu digo que realmente não tem produzido nada, pois que a nossa função nãoé produzir, mas o Serviço Comercial da Direcção dos Serviços de Comérciopretende apoiar as exportações, te não têm produzido nada, da seguinte maneira:com as produções industriais, dos produtos semi-acabados ou produtos acabados,nós participamos em feiras, vamos em missões comerciais prospectar mercadose o Serviço Comercial apoia os exportadores interessados.Fazemos mais: temos levado junto dos prováveis exportadores informações sobremercados externos, informações sobre dijiculdades do nosso mercado, sobreaspectos da comercializaçáo de determinados produtos que possamos vir aproduzir. Quer dizer, estamos a fornecer-lhe uma informação quase permanente.Não será uma informação completa, nós começámos há pouco tempo atrabalhar com esta finalidade, mas eu estou convencido que num curto prazo detempo daremos aos nossos exportadores um serviço de apoio informativo deextraordinário alcance. Basta só para isso que eles nos procurem. Isso temefectivamente acontecido, eles procuram-nos, mas nós temos verificado que nãohá ainda em Moçambique uma verdadeira mentalidade industrial.«Porquê? Realmente, todaa nossa política industrial tem permitido aparecer o pequeno industrial, industrialque por vezes vai para a indústria porque é mais fácil a indústria do que aactividade comercial e nem sequer se apercebe das rmuitas dificuldades que temque enfrentar como exportador.,2 claro que ele talvezesteja apenas Interessado ser industrial de pequena dimens~o e apenas orientadopara o mercado interno. Mas isso também tem os seus limites e não permitirá irmuito longe até às próprias indústrias, pois que a exportãção para os mercadosexternos há-de ser em deteratinados *sectores, a única viabilidade que nós temos,digamos, para singrar no campo da industrialização, se realmente nósexportarmos. Mas como sabe, a actividade exportadora é uma qctividadeespecifica, uma a tividade que exige um somatório, de conhecimentos grande,exige correr alguns riscos (é preciso efectivamente a actividade estadual cobriresses riscos) ou então a empresa estar em condições de suportar esses riscos. Seassim não acontecer, se não houver esse proteccionismo por parte do Estado -proteccionismo aqui não quer dizer subsidio- mas se não houver apoio no campo, por exemplo, da prospecção de mercados,no campo de crédito à exportação, do seguro da pr6priaexportação, de determinadas facilidades internas para penetrar nos mercadosexternos, não há dúvida que muito dificilmente nós poderemos conquistar essesmercados.

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aS eu continuo: esses mercados externos para Moçambique ou para qualquerterritório em vias de desenvolvimento, no mesmo estádio de desenvolvimento deMoçambique, esses mercados são absolutamnte indispensáveis.Eu julgo que nós, até porque isso seria limitar muito o nosso desenvolvimentoeconómico, o nosso'crescimento, não podemos apenas limitar-nos à produção deprodutos agrícolas. Nós temos é que industrializar produtos. De-' vemos começarpelos produtos agrícolas, mas efectivamente industrializar aqueles produtos paraos quais nós temos alguma aptidão e temos possibilidades. Se se trata realmentede uma indústria de técnicas muito elevadas, técnicas digamos m u i toadiantadas, pois não poderemos correr o risco de fracassar nesse tipo deindústria.«Esse tipo de indústriavamos reservá-la realmente àqueles países que têm uma mão-de-obra Já muitoevoluida, uma mão-de-obra muito especializada. São portanto estes aspectos quejulgo de considerar e que haveria conveniência em dizernesta altura.» 1 1

Á evolução das exportações Wçambicanas nos últimos dez s (1963-1972),conforme se observa no quadro I, regista em valor *um aumento de, 1877milhares de contos, representando esse aumento em percentagens um crescimentoanual de pouco de mais de 5 por cento.Em termos físicos esse au. mento apresenta uma evolu. ção menos significativa,podendo até apurar-se que os aumentos verificados na exportação die certasmercadorias foram anulado4 pela me, lhoria verificada na exporta. ção de outrasmercadorias.As exportações moçambicanas caracterizam-se pela predominância de brodutosoriginados do sector agrícola traduzidos em matérias-primas de produtos semi-acabados e bens de consamo corrente. Do total exportado em 1972, os produtosacabados e a energia, apenas representam um pouco mais de 10 pQr cento.A taxa de crescimento das exportações foi de 70 por cento em 1963, decrescendopara 37 por cento em 1971. Foi ne3te ano que se registou o maior Ivalor naimportação. PoderáPRESPECTIV DASIS1 EXPORTAÇÕESMOÇAMBICANAScoflcluir-Ée da análise destes dados que a uma evolução das exportaçõescorresponde um aumento bastante supe. rior das Importações.Comparando as exportações efectuadas em 1972 e aquelas que foram licenciadasem 1973 (valores ainda sujeitos a revisão) verifica-se que os produtos queapresentam dife. renças de nível negativo são: castanha de caju,,- 71851 contos;citrinos, -27 573 contos; milho, - 200 905 contos; óleo de amendoim, -94 538contos; açúcar, -81346 contos; tabaco não manipulado,- 19 043 contos.Aqueles produtos cujos valores de exportação representaram em 1973 aumentosbas. tante significativos foram os seguintes: crustáceos, +52 860 contos; bananas,

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+13 352 con. tos; copra, +122639 contos; óleo de copra, +63 731 contos; óleo decaju, +10618 contos; amêndoa de caiu, +201527 contos; bagaços deoleaginosas, +66 645 contos; madeiras, +91661 contos; algodão em rama,+511068 contos; sisal, +138 429 contos; cordéis e cordas, + 16205 contos.Estes aumentos devem.se

eni grnde parte a uma melhoria de preços verificada nos mercados externos apartir do 2.0 semestre de 19.73. Daqueles produtos cujos valores exportados em1973 foram inferiores aos de 1972, destaca-se a castanha de caju devido a umamaior industrializaáção local; o chá regista valores inferiores em 1973 devido auma baixa de preços do produto nos mercados externos; os citrinos, milho,açúcar, óleo de amendoim e tabaco, a redução corresponde aos valores exportadosem 1973, comparados com os de 1972, deve-se a uma baixa de produção que sereflectiu nas quantidades disponíveis para exportação.Os resultados globais de 1973 apresentam uma grande melhori em relação a 1972.Essa melhoria deve-se a um ligeiro aumento de preços que se acentuou no 2.*semestre de 1973, do que a um aumento de produção em termos físicos,A exportação é uma necessidade , vital para todos os-países e muito em especial para todo$ os países em vias de desenvolvimento. Acarên. cia de divisas para importar é em grande parte minorada pelas exportações.Sendo assim, parece que a uma política de exportação deveria corresponder a umapolítica de produção. Não tem acontecido assim em Moçambique.EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES POR SECTORES 1971 1973Designao (1000 Esc.) (1000 Esc.)Agricultura ........ 1 084 637 1316 853nergia . ...... .358 548 285103Matérias-primas 813 149 758 616Semi-acabados .... 456 921 501 947Produtos acabados: 138 861 119 539Bens/Equipamento 1 760 746 1 785 973Bens/Consumo . *FONTE : Boletim Estatístico.EVOLUÇÃO DO COMÍRCIO EXTERNO NOS ULTIMOS 10 ANOSQUADRO 1Importação %(1000 Ese.)100,00 2896170100,00100,00 110,16122,32 146,66 140,51 165,42 183,61229,81 236,5 218,721963 40745591964 44887191965 49841811966 59757191967 5 725 172

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1968 6 740 1371969 74811991970 93631881971 9 638 7491972 8911824FONTE:, Boletim Estatístico.Exportação (1000 Ese.)2 896 1703042681 3105987 3223078 3500350 4 420 172 4080115 4496866 4612861 4 708031105,00 105,06107,24 111,29 120,86152,62 140,88 15,27 15927164,63.1 ____________________ OEXPORTAÇÃO DE PRODUTOS ContosProdutos 1970 j 1971 197Total .......... ......... 4 496 866 4012861 4768031758 57 fiO 80Algodão ............Açúcar (ramas) ...........Caju (amêndoa) . ... ......Caju (castanha) ...........Copra (S) ..............Chá ............ . . .õleo de amendoim ........ Sisal (fibra) ............Algodão (B) .............Derivados de petróleo ...... IMadeiras . .. . . . ..Principais mercadorias.758 597 555 203 463359 391 799238841 234 071 89553 75020 66310 36 598 196 725687 418 660 355 332 985 232 211 275 59040226 59818 00572340435 190 025810 962 384436131784 293 891 110 178 59666,44907 275455 213 458DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE MERCADORIAS1 E 1 ETerritórios portuguesesC. E. E.alargadaE. F. T. A.1 1 1 11969785 1977246 2003738660775 608979 750320

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62 764 36166 31837E. U. A.416791 623 521 613 6511 ~ .1 J -.do SulJaplio464944 42127434447 62699387 562 .72157Anos1LContosTotal44908664612881 47680314 768 0314 812 =6

A fase de soldadura de umo mola. de aço do tipo destinado ao materialcirculnte d<,ami,,hoa de fe~o- EM CAUSA: MOLAS DE AÇO Grande parte das molasTrata-se da Molaço, Lda.,DE PRODUÇAO LOCAL de 'aço aplicadas emý viatu- empresaindustrial especiaras automóveis, máquinas lizada no labrico de umaindustriais e em material vasta gama de molas de focirculante de caminhos delha, produzidas com aço esferro, sao produzidas em pecial de liga silicio-mangaMoçambique por uma im- nâs, cujas característicasportante unidade industrial principais são a sua enorinstalada em Lourenço Mar-me resistência, . alto poder ques. de elasticidade, excelente

PAPÉIS QUíMICOS PARA MAQUINAS- Plastex-5555- Carboplãstico extra- Quimifilme - Metalizado- Pramaq - Original- P. T. L. vermelhoPAPÉIS QUíMICOS MANUAIS- espachante- Multiscripto-1001-FITAS DE SEDA, NYLON e ALGODÃO para Máquinas deescrever e somarROLOS DE PAPEL para máquinas de smnar, calcular.,

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registedoras, telex e contabilidade ROLOS DE PAPEL GOMADO MAQUINASPARA APLICAR PAPEL GOMADOTelefone 27560/23256 - Fábrica 71832 Caixa Postal 1517 - Telegramas- PTLLOURENÇO MARQUEStenacidade e segurança de rotura.Por se tratar de uma unidade cujaa características se evidenciam no nosso algovacilante parque industrial, impunha-se conhecer em pormenor as actividades da4ábrica e saber também, qual o papel que ela de, sempenha no sector económicode Moçambique.ESCASSEZDE MATRA-PRIMAAntes de mais, convém salientar que Moçambique é grande consumidor de molasde aço industriais, não apenas pelo já expressivoparque automóvel, mas também e em parcelas significativas, pelos Caminhos deFerro e igualmente pela indústria.Mas estará a Molaço, efec-, tivamente, à altura de abasý tecer o nosso mercado econseguir produzir molas a preços competitivos, em relação aos produtossimilares importados?- A nossa fábrica tem realmente capacidade para produzir molas em quantidadessuficientes para abastecer o mercado moçambicano e mesmo até para se lbnçar naexportação para o Estado de Angola, como está previsto para breve-

f~I,1TúãRcO oi1ý MpMRq'IUm pormímor de fabrieo de mola p~ Iocomoti a produz"as pela Molaço, Lda.esclarece um dos sócios-gerentes da empresa. Mas acrescenta:- Porém, o que sucede que, excluindo os Caminhos de Ferro, e poucos outrosclientes, fazem-se encomendas muito limitadas de cada tipo de molas, devido àdiversidade das mesmas. que existem dois tipos de mola para cada modelo deviatura, considerando-se diferentes para os rodados dianteiros e traseiros. Por estarazao nós temos dificuldades em estabelecer uma linha de fabrico que nospermitisse uma laboraçao continua e, assim, reduzir os custos. Aliás, quan-to à produço de molas em série, tal s6 seria também possível com a -olaboraçãode todos os principais vendedores.Tal como nos explicam os responsáveis, a Molaço trabalha fu-idamentalmente porencomenda dos clientes, não só porque é impossível produzir um tipo de molapadrão de consumo quase geral, como porque nesta altura de escassez de aço nomercado internacional, nao é aconselhável nem económico, imobilizfr «stocks»que no sejam para vender imediatamente.Em relação aos pre'çs e à escassez da matéria-prima,o nosso interlocutor explicar-nos-ia:--A Molaço tem estado a lutar com algumas dificuldades quanto à obtençao noexterior da indispensável matéria-prima, o aço especial, que até aqui nos vinhaem grande parte da África do Sul. Mas a escassez mundial do produto, trouxecomo consequência a sua imediata valorização, tornando-se .maior a sua procura.E acentua:

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- Nós aqui em Moçambique estamos em situação. desfavorável, uma vez quetemos, como sabe, dificuldade em obter boletins de

Vm «stocc» de molas de divç,rsostipos fabricadas pelaMolaooimportação com as devidas oportunidades, em virtude do sistema e das quotas quenos são, atribuidas, serem bastante divergentes das nossas reais necessidades.Devido aos atrasos nas confirmações de encomendas ou na regularização dosdespachos e pagamentos, temos até tido cancelamentos de saldos de encomendas,não nos tendo os fornecedores colocado nas suas listas de preferência.«Ora isto é uma situação bastante grave e que nos tem provocado gravesprejuízos, pela não satisfação, dos nossos cliehtes em devido tempo. Mesmoassim, conseguimos fornecer ao mercado molas de nosso fabrico emcondições de preço competitivas com outras importadas, tendo-se em conta ovolume da encomenda, em função da sua economia no tempo fabril erentabilidade da produção em série.MOLASHjL,;O1 bAISEntretanto, a Mola.o está a preparar-se para fabricar nas suas instalações, os maisvariados tipos de molas helicoidais, a partir de varão especial e arames de, aço.Presentemente está, efectuando ensaios de alguns. tipos de molas desta espécie.Mas, o lançamento desta linha está dependente de um cuidado estudo econ6iicoque os responsáveis estão elaborando, não apenas para definir quais os tipos deequipamento a adoptar futuramente, mas igualmente da rentabilidade dafabricação, disponibilidades de matérias-primas, outros pormenores técnicos evariedades.Enfim, há um caminho muito longo a percorrer. Mas a Molaço avança certa, edecidida rumo ao futuro, contribuindo cada vez mais para o crescimentoeconómico de Moçambique.

NOS CAMINHOS DO FUTURO.., UMA NOVAtbgUTfiCUMA ORGANIZAÇÃO JOVEM COM MAIS DE 1/4 DE SICULO DEEXPERIÊNCIA EM:Decapagens a «jacto abrasivo» Metalizações «Metal Spray» Pinturas decorativase de protecçãoPara melhores acabamentos em: Construções Industriais e residências Estruturas epontes metálicas e de betão Maquinaria industrial, viaturas e embarcaçõesSinalização de estradas, e aerõdromos. Montagens decorativas e publicitárias, etc.,etc

PRODUTORES DE:0 OXIGÉNIO GASOSO E UQUIDO0 AZOTO GASOSO E UQUIDO0 ACETILENE DISSOLVIDO 0 ANIDRIDO CARBÓNICO0 ELÉCTRODOS PARA SOLDADURA

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0 SOLDAS E DESOXIDANTESDEPARTAMENTOS TÉCNICO-COERCIAIS DE:" SOLDADURA OXI-ACETIINICAk " SOLDADURA ELICTRICA "SOLDADURA AUTOMÁTICAE SEMI.AUTOMATICA " METAUZAÇÃO " COMPRESSORES " MATERIALDE EXTINÇÃODE INCINDIOIo EQUIPAMENTO HOSPITALARE MÉDICO-CIRORGICO0 COZINHAS E LAVANDARIASINDUSTRIAISA TÉCNICA PORTUGUESA AO SERVIÇO DA INDSTRIA DEMOÇAMBIOUEFABRICASEM LABORAÇO:LOURENÇO MARQUES BEIRA NACALA TETEAGENTES OU DISTRIBUIDORES EM:VILA CABRAL PORTO AMÉLIA NAMPULA ANTóNIO ENESQUELIMANEMAXIXE INHAMBANE JOÃO BELO LOURENÇO MARQUESSOCIEDADE MOCAMBICANA DE GASES COMPRIMIDOS, SARLC. POSTAL 501 -LOURENÇO MARQUESC. POST&A 8,40 - BEIRA - C. POSTAL 222 - NACALA C- . POSTAL 226 -TETEPÁGINA H4

PÁGINqA 5TFCNICIA DAý [HMiDC, Ao SER VICO DE MOCAMBIODEDa ENIMOC (Electricidade Naval e Industrial de Moçambique, S.A.R.L.) podedizer-se - e neste caso com inteira propriedade - que é aquela empresa que faziafalta em Moçambique. Não fora o receio de cairmos num já demasiadamenteestafado lugar comum e acrescentariams que veio preencher uma lacuna que hámuito se fazia séntir, embora com maior premência a partir do inicio das grandesrealizações industriais, altura em que as solicitações de uma técnica especializadase tornaram mais evidentes. É que a ENIMOC é uma empresa de prestação deserviços do ramo electrotécnico, com capacidade de realizar trabalhos demontagem, conservação, reparações, 'enáaios e calibrações, dentro dum vastocampo de actividaýdesý,que se esténde pelos àectores da electricidade Baixa eAlta tensão, electrónica industrial, naval, médica e laboratorial, instrumentospneumáticos e/ou electrónicos de controlo, automaçã6o rádio e TV, telex,telefones e intercomunicadores, bobinagens, ar condicionado refrigeração eclimatização.aquecimento e ventilição, linhas de transporte e' distribuição de energia eléctrica,electrodomésticos, ali de outros.TÉCNICOS E INSTALAÇES

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Para o cabal desempenho de todas estas múltiplas funções, dispõe q ENIMOC decerca de uma centena de técnicos, de importante parque automóvel e deinstalações oficinais cobrindo uma área de 1600 metros quadrados e devidamenteequipadas para atenderem eficientemente toda a espécie de trabalhos que lhevenham a ser solicitados.Possuindo como principal vocação a gestão de mã8d-de-obra - por isso se trata deuma empresa de serviços - está apta a resolver os problemas de natureza técnicadas pequenas e grandes empresas. Nas orimeiras porque as dispensa de contratartécnicos privativos que procedam à montagem e mantenham em permanentes eperfeitas condições de funcionamento todas as maquinarias, que de dia para dia sevão tornahdo cada vez mais sofisticadas;nas segundos porque soluciona a dificuldade de angariação de pessoalespecializado. A ENIMOC está apta a servir umas e outras, na exacta medida dassuas necessidades, actuando directamente ou por meio de contratos avançados.Por outro lado deve salientar-se igualmente, pois que se trata de um pontosumamente importante, a referida empresa, que nao representa quaisquer marcasde equipamentos ou materiais, está em posíi o de completa imparcialidade no quea elas se refere, encarregando-se de igual modo da instalação e assistênciatécnica de umas e outras, sem pressionar os clientes a preferir qualquer delas. Aexistência da ENIMOC dispensa também, para a execução de trabalhos de certacomplexidade, a vinda de técnicos das fábricas fornecedoras, sempre bastantedispendioso como facilmente se calculará. O seu pessoal técnico é altamenteespecializado em todos os ramos da sua actividade, executa todos esses trabalhosem condições necessariamente mais econômicas,DIVERSIDADENA ASSISTÊNCIAA circunstância de ser associada da ENI de Lisboa (empresa de serviçoscongénere, da CUF e da LISNAVE. que dispõe anualmente de 2 000 000 de horasde técnicos especializados), permite-lhe, para casos especiais de obrasimportantes e a realizar em curto prazo, utilizar esse potencial técnico, o quecoloca a sua capa-. cidade de acção e realização em condições de poder enfrentarqualquer eventualidade dentro do âmbito das suas funções.Para além disto adiante-se que a ENIMOC sendo membro da ISES (InternationalShip Electric Service), organização de empresas espe-. cializadas em montagens,reparação, conservação de instalações eléctricas navais e industriais distribuídaspelos principais portos do mundo, pode garantir em qual: quer destes portosuma assistência técnica em condições de qualidade, prazo e preço exigidos pelosarmadores.Mais ainda: os, membros da ISES estão preparados

1~AO LADO:A Enimoc, está em Cabora lassa colaborando na montagem de subestaçã Apoio.EM BAIXO:Pormenor de um dos sectores oflcinais onde se procede à reparaçío deaparelhagem de controlo IndustriaL

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para, uma voz iniciado o trabalho num navio, lhe poder dar continuidade quer abordo do navio em viagem quer em qualquer porto onde haja um membrodaquela organização internacional.Sendo a ENIMOC especializada em reparações eléctricas navais nos campos da.electricidade e da electrónica, encontra-se deste modo em condições de prestarserviços desta natureza, em todas as condições e circunstâncias.Um tipo de serviço muito importante que a ENIMOC está igualmente em posiçãode poder prestar, relaciona-se com a assistência técnica a aparelhos que deixaramde ser representados por qualquer das firmas vende-doras em actividade entrenós, e que, por isso mesmo, raramente encontram quemdeles se queira ocupar. Esta situação, que quase sempre criava sérios embaraçosaos possuidores desses aparelhos, foi também solucionada pela ENIMOC, poisque, como se disse, não sendo representante de qualquer marca, dá assistência atodas indistintamente.TRABALHOS IMPORTANTES EM 1979No decurso de 1973, ano em que foi fundada, a empresa a que nos estamosreportando realizou importantes montagens em quase todos os sectores daelectricidade (alta e baixa tensão e correntes fracas) e efectuou algumas centenasde reparações domésticas, industriais e navais. No capitulo das instalaçõeseléctricas de iluminação, força motriz,instrumentos de controlo, redes de distribuição e em relação ao ano transacto, aENIMOC esteve presente em quase todo o Moçambiquecitamos especialmenteMueda, Inhambane, Ilha, Tete, Songo, diversas povoações e aldeamentos noCentro, Lourenço Marques e seus arredores.A ENIMOC, cujo diversidade de campo de acção lhe' permite actuar em conjuntoem qualquer traballQ, que pode começar por um problema de electrónica e acabarnum outro de ar condicionado, está igualmente já dimensionada para a prestaçãode serviços técnicos aos eventuais estaleiros navais da Lisnave, que estaimportante empresa proje.tou construir em Lourenço Marques.

exuigencia......na decisão da escolha.No simples gesto de o acender. No prazer d'o umar. Na alegria de o oferecer!EXIGÊNCIA, marcando o ritmo no trabalho, na acção e no prazer![M Um cigarro completo. Equilibrado.IM Um cigarro totalmente conseguido.

LACTOBDELAFARINHA LACTEA COMPLETAO RLlDEDTO IDERI PnRn TOR n FmliLin

si2 o cooperativismo fórmula ideal para' responder aos gra. ves problemas de índoleeconômica (e, Vamos lá, até sociais) que-Moçambique vem atravessando nomomento 'presente? Será o cooperativis. mo a teoria acerrimamente defendida

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pelo anterior Go. verno, chamada de «corporati. vismo», tantas vezes confundidoeste último com aquele primeiro?Foi então o motivo que nos levou a falar com o DirectorPermanente da COOP, dr. Oliveira Nunes, um dos mais reputados técnicosportugueses da especialidade, pessoa a quem se devem realizações práticas degrande alcance no sector do cooperativismo. E mesmo, porque uma grande partedos associados ignora bem qual o significado de cooperativismo, o que ele podee deve fazer por Mo. çambique no momento pre. sente.P. - Após o recente golpeNII

NI1 ISICOOPERATIVISMO, DESENVOLVIMENTOE O MOMENTO PRESENTEde Estado, qual a sua opinião sobre a esperança duma cooperativização em largaescala do Pais, com vista a um mais eficaz desenvolvimento?]L,- Todas as esperanças no aproveitamento desses esforços sio mais que funda.das. . .Como fundamentos: o trabalho da cooperatívização da Guiné ao tempo doGovernador. António de Splnola; o que conhecemos do seu pensamento nestedomínio e o programa do Governo Provisório que, sobre esta matéria, diz -oseguinte:«reconverter a estrutura da actividade agrícola pe-la via da livre coçperativizaçio».P. - Significa isso, consequentemente, que entraremos numa cooper4tivizaçãoque pode deixar de ser livre?. R. - A independência política é caracterlstica docoope-. rativismo, que resulta da livre associaçio dos indivíduos, segundo osseus interesses comuns. A intervenço do Estado é, não obstante, desejávelquando, em presença da necessidade de imprimir desenvolvimento, uma socidadese revelar incapaz de gerir seus próprios destinos. Evidentemente que estaintervenção deverá observar os princípios cooperativos da

-~ f ~ 5?Ib;gestão democrática: por isso a intervenção do Estado não deverá desenvolver-secom autoritarismo; dentro dum dirigismo condenável. A Intervenção do Estadodeve exercer-se no domínio da educação e da preparação dos homens para ocooperativismo, numa acessória que respeite os prineipios cooperativos e osórgãos sociais das cooperativas.P. - Será possível ao actual Governo aCelerar o desenvolvimento agrícolamoçambicano, a que mesmo os aldeamentos não conseguiram responder, atravésda instituição de cooperativas?P. - Creio bem que essasérá uma Intenção bem deflnida do Governo. Caso contrário o seu Programa nãoestabeleceria o seguinte:

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«o Governo reserva-se naturalmente, o direito de intervir neste domínio sempreque a iniciativa privada revele incapacidade de resposta ao ritmo desejado dedesenvolvimento ou tenda a afastar-se do quadro social em que se perspectiva anova sociedade portuguesa».Vê-se portanto do disposto que existe um conhecimento das situações e umametodologia asente para assegurar «uma resposta ao ritmodesejado de desenvolvimento».P.- O regime deposto fomentava o cooperativismo?R. - Definitivamente q u e não! O pouco que promoveu sobre cooperativismo,estamos em crer com a finalidade de as estatísticas mostrarem que nos territóriosultramarinos portugueses se exercia uma actividade cooperativa. Em termosestatísticos o Pais assim merecia percorrer os caminhas seguidos no TerceiroMundo e iguãlava-se aos países em vias de desenvolvimento',.. É certo, porém,que o Governo deposto combateu sempre a actividade cooperativa livre e quandoesta <4ormilagre» sobreviveu pretendeu esterilizá-la; criou-lhe dificuldades de toda aordem, obstando ao desenvolvimento e que o homem lutasse pelo estabelecimentodo seu bem; estar,Esta atitude do Estado faz-me lembrar uma frase de Alvaro Cunhal em que seafirma que «o verdadeiramente trágico para o capitalismo é ser a rotina suaresponsabilidade, quando o fomento é seu desejo e o seu interesse».P. -E quanto à COOP, houve pressões estatais?R. -Sim, e de que formal Claro que essa acção estadual não se desenvolveumediante

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a puiblicaço prévia dum decreto.Na altura em que estas coisas sucederam em Lourenço Marques aconteciamidénticos casos na Metrópole. Amada é exemplo- flagrante. A legislação anti-cooperativa do Ministro Rapazote é dessa altura e constitui um exemplo demaisconhecido do público o que me dispensa de referir à acção que o, Governofascista desenvolveu contra o cooperativismo nos últimos anos da ditadura.P.- Uin dos problemas ou acusações com que a COOP e Os seus homens tiveramde enfrentar foi de .que Os sócios africanos (perdão, negros, porque africanos sãoos nascidos cá, não importa a éor) foram alvo de tremendas pressões, no entidode descrerem da sua efectiva associação à COOP e, consequentemente,abandonã.la. É esta afirmação correcta?R. - Na minha *opinião a resposta é afirmativa.Ainda hoje, em meios definidos, se censura a COOP por não ter construido casascom destino a este tipo económico de sócios e acusa-se a associa. ção cooperativade servir apenas uma minoria pequeno-burguésa-branca. P. - Mas, sendo verdadeque 'a COOP. não construiu casas para Os sócios atricanos, isso significa queexiste apenas uma «reflexão», sendo verdadeira a conclusão do benefício parauma minoria

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que desta ascendeu à posição de proprietário.... R. &- Perdão. Considero que essaatitude é, não só uma «censura», como um «contra-vapor», que prejudica oexemplo de convivência rácica nmais harmonio3a existente em Moçambique porfazer des. crer das possibilidades do cooperativismo e, digamos, do . homembranco, pois a COOP tem sido dirigida até há pou. cos anos por pessoas brancas easiáticas; não há dúvida de que foi realizado por eles o melhor trabalho deMoçambique para melhorar a condição da vida material e social do negro.A COOP fez muito. Assim as criticas que lhe forem dirigidas nesse sentido sãoconversa-fiada, são «ant-cooperativismo». Tendem a retirar aos homens as suasforças anímicas, diminuindo-lhes as capacidades Indispensáveis a motivação quecria a esperança, que é geratriz dos grandes trabalhos cooperativos. Lembro-meque o antigo Secretário Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores,Agostin Souchy, analisando o niovime'nto cooperativo sueco conclui que o«referido movimento é da maior impotãncia sociológica pois desenvolve o.espírito de entendimento e do trabalho voluntário em comum, ou seja acooperação, sem a qual não pode haver ordem socialista....»P.- Logicamente essas cri-tIcas são oriundas de sectores adversos....R. - Não conheço suficientemente bem as pessoas autoras de tais afirmações. Nãosei, portanto, em que sector político se sentirão mais à vontade: direitas,esquerdas, centro, partidos intermédios? Sei, porém, que roubando a esperançaque o africano tem na COOP - como disse, a única associação de Moçambiqueque o ajudou e promoveu até agora - atrasa o trabalho da COOP e a evolução dopróprio Homem.Eu entendo em última análise que o combate á COOP é a crítica das suas políticase estratégicas só poderá fazer-.-se conhecendo-se bem os problemas ou, então, oferecendo mais e nflhor. Criaropções, está certo. Destruir, não. O momento presente é um momento em que énecessário acertar e não desacertar actividades, em que todos somosindispensáveis, dentro das capacidades próprias de cada um. Só assim, é possívelrecuperar com pressa um pouco do tanto que se perdeu.P. -Sendo negra a maioria dos sócios populares, que fez a COOP em seubeneficio, conçretamente?R.- Não fez tanto quanto mostrou desejar fazer. Resumo essa actividade nosseguintes pontos mais importantes pois muitas outras diligências e trabalhosforam realizados.Aquisição dum terrenoANUE1 BIUDO

w:03 Micom 50. ha. praticamente dentro da cidade para aconstrução dum Bairro(o Governo-deposto contrariou este desejo da

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CooP.) ,<Não aprovou os planos e deu à área una utilização sempre diferente dapretendida: desde estação de tratamento de esgotos, aé lixelra, encontrando-senesta altura classificada como zona verde e zonaindustrial!....)Nesta aquisição a COOP envolveu quantias muito mais elevadas do que aquelasque lhe entregaram os s~cios populares no seu conjunto. Isto é Importante saber-se pois,-4 até já ouvi afirmar queIconstrumos casas para sócios brancos com dinheiro, entregue por. sócios negros!Serviço de Empréstimos Este serviço processou-se em moldes de nivelarsocialmente o homem negro ao ,homem branco. Antes da instituição deste serviçocooperativo o homem negro não inha direito ao beneficio do crédito emMoçambique. Não me consta que antes, da cooperativa tivesse sido concedido aum homem negro um empréstimo pessoal, garantido por um mero aceite de letras.Eleva. ,das quantias foram concedidas em crédito pessoal para a construção decasas.... O sócio africano pode beneficiar do movimento cooperatt-

111~ 'J*~Ã 1I1 ISIvo no domínio do consumo o que é muito Importante, embora com a desvantagemda localização dos estabelecimentos cooperativos, e de não se' ter encontradoainda a possibilidade de estender a a c ç ã o do Supermercado Cooperativo aoutras áreas. De qualquer forma, parece-nos conveniente fixar uma Importanteexpressão do cooperativismo: m e s m o o cooperatvlsiho de crédito, apenasreflecte um Ideário de ajuda-mútua; nunca o de assisténcla. Assim, os muitopobres quese ligarem em cooperativas poderão fazer menos do que os pobres, eestes menos do que os remediados embora todos possam fazer eobter mais com o cooperativismo do que sem ele. E para além disto ascooperativas de habitação, por exemplo, só poderão realizar trabalho de montaquando os poderes públicos as financiam a longo prazo - para cima dos 24 anos -e a baixa taxa de juro. Doutra forma os pobres não poderio pagar a amortizaçãodos seus empréstimos, obtidos para a construção de casas. P. - Sendo o créditoum dos problemas fundamentais para a actividade de qualquer empresa, dequalquer tipo, gostaríamos de saber quais as condições em que a COOP oobteve?, ....R. - Mas a COOP pode di-zer-se que não obteve crédito. Teve de criar a sua própria organização de crédito àsombra duma lei da 1.1 República, que o Governo fascista, ao conhecer autilização que fizemos dela, se apressou a revogar não fossem suceder-se os mausexemplos, como o nossolP.- Que pensa do problema dos preços?

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R. - O problema dos preços é um problema que só pode resolver-se com aliderança do Governo e a estratégia a prosseguir visará a conquista económica deMoçambique numa guerra de paz que durará decénios embora em cada ano sesintam os efeitos dos esforços produzidos.P.- De modo algum descurando os fenónemos geradores das depressões ou coisasinflaccionárias, poderia dar-nos uma ideia de cbmo seria a solução, ao seuentender, para se aguentar a alta constante dos preços?R.- A resposta não é muito fácil. A situação é mesmo muito complexa, envolvemuitos aspectos e problemas. Assim, a minha Ideia não pode ser tomada aquisenão como uma contribuição para se considerar uma tomada de medidastendentes à minoração da situaç4o de esgotamento económico, e psíquico em quenos encontramos. A sustação, da subida de preços parece-nós ser um dosPÁG INAi i !ii Oi i iii -'!iii!i

o QIFZOCAFÉ DE ANGOL-A TOFAMOSO E DIFERENrE?. ALTA OUAUDAE. GRANDE ECONOMIAUSE CAFÉ DE ANGOLAJ NOS SEUS LOTESWINFORMAÇOES:#ITUT1 DO CAFE DC ~U A 1 J~O DE FOMNTO E CE PFOAAC DO CP342 ~AUA3- AMLA CAFE NWI1Q DO UL ^AMAR L~ - 3

primeiros objectivos a atingir, já 'que de forma alguma pudemos consentir que elacontinue de arraiais assentes, por razões de ordem interna. A , especulação poderáser controlada naturalmente desde já nas localidades aonde estiverem instaladosestabelecimentos cooperativos e desde que estes não sejam pri. vados (como atéaqui têm sido) de poder comprar sem intermediários pelo 'melhor preço possível;de gerir os seus stoeks dentro das boas regras; de poder comprar ao prolutor nasquantidades necessárias a uma boa gestão de stocks.A adopção destas pequenas medidas permitirá que baixemos os preços,abaixamento que s e r á necessariamente acompanhado pela concorréneia. Ascooperativas constituem em todo Mundo um barômetro de preços das mer-çadorias, e beneficiam da sua acção não só os sócios das cooperativas mas toda apopulação. O exemplo do preço dos livros em Lourenço Marques é flagrante. Issodeve-se à Nossa Livraria.O Governo tem no movimento cooperativo e na COOP o melhor aliado que podeter para atingir esse fim. Ambos têm o mesmo desejo e a mesma necessidade.P.- Gostaríamos que sintetizasse um pouco mais o problema da inflacção deMoçambique.R. - Quando medito nestes problemas, e muitas vezes tem sido, penso no que fariase, de algum modo, tivesse uma parcela, que fosse, de responsabilidade naresolução do problema. E não fico tranquilo. O problema da inflacção resolve-se apartir da produtividade. O, regi me "conómico do País é nítida-mente do tipo colonial, com exclusão da área do Limpopo ou pouquíssimo mais.As dimensões do Pais são tre. mendas. A nossa forma im. provisada de trabalho.

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As tensões políticas e sociais actuais. A organização do crédito. A falta deinvestimentos públicos. A assistência técnica a sectores como a agricultura e apecuária. Em presença disto tudo fico tremendo, tremendo de medo. Trata-se de fa z e r tudo 'praticamente. Como? Como pôr milhões de indivíduos a trabalhar!P.-O que faria se tivesse a tal parcela de respon. sabilidade?R.-Satisfaço o pedido mais como fim de ajudar a vencer a prostração em quetemos vivido do que propriamente para subscrever um esquema pessoal deactuação. A não participação na discussão e resolução dos pro-blemas públicos levam-nos a isto - a uma dúvida mais sistemática do que orazoáveldos problemas. Que me lembre votei uma vez na década dos trinta.Depois, os direitos políticos foram-me retirados sem Julgamento. Mas parece-meque no- caso, e a mero ,titulo de sugestão para refle, xão, defenderia os seguintesprocedimentos:1- Trazer para Moçambique os centros dinâm.cos de produção por forma a evitar-se que tanto a prosperidade coma a depressãoprovenham de forças que não sintamos nem possamos controlar (se não estouem erro este ponto faz parte do programa do Governo). 2-Criar condições legaislegais para o estabelecimento do crédito cooperativo, f-derado

num Banco Cooperatvo.(Há 12 anos que o requerimento p a r a a constituição do Banco Popular deMoçambique se mantem adormecido nas secretarias do extinto Ministério dasColónias).8-Criar uma bolsa demercadoris quede entre outros fins teria a atribuição de, em presença do preçomundial dos produtos, certificar a concordância de valores de exportação, á datado encerramento do negócio e só então se permitida a exportação de produtos.4--Dotar o Pais dumaagricultura e duma pe.cuária que responda ao estimulo duma procura crescente quer na ordem internaquer naordem externa.5- Criar uni órgão que seocupasse do estudo da flutuação da procura externa, da manutenção emestabilidade donível de preços, etc.6-Dotar o Governo duminstrumento fiscal justo (que não assente na tributação do Trabalho mas sim naRenda) e que retire as Isenções aos sectores da indústria que efectivamente estãosendo beneficiadas por um desenvolvimento (mais aparentedo que real) que é fruto do trabalho de todaa colectividade.7 - Estimular as explorações mineiras existentas e o estabelecimentode outras..P.- Para quanto tempo, este plano?

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R. -Para já e eom força. Tenho a impressão de que se encontrarão muitos adeptosque não se importarão de ir para Os campos buscar a Paz que lhes falta na cidade.P.- Qual o papel do cooperativismo?R. -O trabalho a fazer é de Homens. O cooperativismo em tais condições terásempre um papel importante a desempenhar.ANAUSI1 [SIUDO

mil e uma solucão radicalres ..' c , IOs tractores DEUTZ são a solução radical para os trabalhos que requeirampotência e elevado rendimento. Motor arrefecido por ar garanto perfeitofuncionamento em regiões 'tropicais., Sistema de injecção directa asseguraeconomia* de 20% de combustível em relação a tractores doutras marcas depotência equivalente. DEUTZ é a qualidade alemã reconhecida emtodo o Mundo.COMEL-Consórcio de Máquinas e Electricidade, Lda,Esq. Avs. Alvares Cabral e Paiva de Andrada - C. P. 459 - L. Marques

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4LDUDECO MADOUEScontiua a ser a "cidade - iardm''Lourenço Marques ainda é considerada cidade-jardim - aliás com muitajustificação - porque não é de facto das cidades mais desfavorecidas no que dizrespeito a parques e jardins, bem como de amplas zonas verdes acessíveis àpopulação. Mas, temos que concordar que, se há bairros amplamente contem-plados com os chamados «pulmões da cidade», a verdade é que outras áreas dacapital têm um flagrante «deficit» de parques e jardins. Vamos, por exemplo, parao' primeiro caso, citar o bairro da Malhangalene em que em cada esquina - naschamadas pracetas há sempre um ajardinadozinho acolhedor, onde a população se

instala livremente para repousar.São zonas abertas e agradáveis a que a Câmara Municipal e os próprios habitantesdão a sua melhor atenção, no intuito de preservá-las da invasão de obras que nãosejam as do interesse comum. No segundo caso, teuios o bairro do Alto Maé,onde as construções de cimento não deixaram lugar para qualquer iniciativa deste

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género, estrangulando os espaços vazios que seriam necessários para implantar aszonas verdes.Um ou outro caso, como o Jardim 28 de Maio, não chega de facto para solucionaras necessidades de desintoxicação dos seus habitantes, que vivem em flagrantesufocação pelas compartimenta*ões de cimento que se erguem à sua volta,A zona da Baixa não tem que se queixar e da mesma maneira a faixa da Polana,pois que possuem parques e jardins em profusão, além de separadores de via

LOURENCO. MARQUESconuna a sera "cidade - iardim"ajardinados que embelezam e refrescam essas zonas.Além do Jardim Botânico, temos o parque José Cabral dentro destes dois 'lomerados populacionais, coif condições extraordinárias para recreio e descanso,além de constituírem importantes atracções pelos acervos floristicos e espécimensbotânicos que possuen.Pena é que dentro das zonas deambos os parques, se localizem obras de alvenaria que condicionam as suas áreasverdes.oçambique filnes, Ida.* DISTRIBUIÇÃO CINEMATOGRÁFICA EM TODA A PROVINCIA oDISTRIBUIDORES DE ELL & HOWELL E CINEMECCANICA . CINEMADICCA E ESTODIO 221 DE LOUR9NCO MARQUESREPRESENTANTE EXCLUSIVA PARA A PROViNCIADE MOÇAMBIQUEPÕE AO SEU DISPOR TODA A GAMA DE MATERIAL DE 35 mm DACONCEITUADA MARCA ITALIANAE AINDA TODA A GAMA DE MATERIAL DE 16 mmi BELLsHOWELLVENDA E ALUGUER DE LENTES DE CINEMASCOPE COM ADAPTADORPARA QUALQUER MAQUINA TRAVESSA DO VARIETA. N." 1 - C. P. 2607- TEL. 22434

LDUfRENCO MARQUESconinua a sera cidade lardimA ezten, zona verde da Mawaquene, em Lo=%enço Marq~es, excelente lOca de",er,teio da cidade.No jardim Vasco da Gama estão as instalações do Clube de Ténis que bempoderiam ir para outro lugar, deixando livre o espaço que ocupam há muitos anose que constitui área pertencente ao Município.No parque José Cabral, também não se justifica a presença dos C.T.T. com assuas instalações detelecomunicações e escola profissional. Também lá estão as instalações da antigaMocidade Portuguesa a encurtar a zona verde do parque e certamente a asfixiar asua flora.

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PLANOS FUTUROS:O Município, através de departamento próprio, não descura 0 melhoramento doâ.pai*ques e jar-

GR UPO DE EMPRESASJOÃ00 FERREIRA DOS SANTOLUMA, DAS MAIORES ORGANIZAÇO1: DO 'ESTADO DE MOÇAMBIQUE,eSede - Ilha de Moçambique Escritórios Centrais em Nampula e LourençoMarquesCOMERCIO PRINCIPAIS RAMOS DE ACTIVIDADE:" Viaturas Automóveis " Tractores0 Alaias Agrícolas C oembustíveis Óleose Lubrificantes.* Produtos Agricolas* Produtos Químicos ePulverizações Aéreas* Materiais de construção* Electrodomésticos* Mercearias por grosso* Tecidos* Agentes de Navegação* Estiva* TrAnsito* RepresentaçõQs diversasAGRICULTURA PRODUÇÃO DE: " -Sisal " 'Algodão " Arroz* Girassol C Castanha de Caju CR AO DE GADO INDúSTRIAS FABRICASDE: . Algodão* SisalSUCURSAIS EM:* Antônio Enes* Beira* 7.oo* Lourenço Marques* Moçambique* Montepuez* Nacala* Nampula* Nova Freixo* Arroz * Porto Amélia" Caju " AlfaiasORGANIZAÇÃO FUNDADA EM 1897 PARA SERVIR MOÇAMBIOUI

PARA ALEGRIA DAS CRIANÇASPROTALestará presente naFACIM

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1974O total da receita do Comboio da PROTAL destina-s à OBRA'j "ZÉ 'DOS POBRES"

continua a ser a "cidade-iardim"dins existentes e a criação de outras zonas verdes na cidade. Simple enté em áreasnovas levanta-se o problema da 'água, onde .ela ainda não chegou canalizada.Das iniciativas que irão num futuro não muito distante ser levadas a cabo, estão ojardim que ocupará o espaço do actual cemitério de S. Francisco Xavier,localizado nos limites entre as partes baixa e alta da cidade.epois, teremos um outro impodante jardim na zona do AltoMaé, que ficarã localizado nas proximidades do bairro Fajardo e instalações daMissão Suiça - o qual se destina a servir essa grande população carecida de«pulmões».Outros parques e jardins estão .previstos nos planos de urbanização de LourençoMarques, como por exemplo, aquele que irá ser implantado no lugar da antigalixeira, na avenida de Angola para servir a população dos subúrbios. NaMalhangalene, cada vez maisfavorecida de parques e jardin está previsto construir um out: ajardinado no lugaronde esti instalados os actuais estaleiros c Coop.Não há dúv' a de que Lourem Marques, neste aspecto, não esi mal servido dezonas verdes par repousar. Ainda bem! A cidac cresce espectacularmeýite e mal cnós se nos esquecêssemos de d4 sintoxicá-la. Seríamos esmagadc pelo cimento.

LOURENÇO MARQUESEXPROPRIACRO DE TER.ENOS[ GRANDE PROBLEMAUm aspecto das obras (ta estrada Malanga, que vai substituir a estrada da8Estâncías. Trata-se de uma artéria de via dupla, cN sepaador cenvia dupaotral.Um dos maiores problemas com que o Municipio de Lourenço Marques sedefronta, ao encetar a execução de qualquer obra de carácter urbanistico dacidade, é sem dúvida o da expropriação de terrenos na área do seu foral. Noscasos de abertura ou alargamento de vias, o problema assu--t

$~Ma de«:VeíiiuLue,.5 G L9 Lda*IL leofflfi~. toa.

me muitas vezes proporções que comprometem seriamen.te os planos, sempre quese levantam litígios entre os proprietários dos terrenos e organismo municipal.E na cidade de Lourenço Marques esses casos são tão frequentes, que várias obrasque a. Câmara Municipal pretende, lançar, ficam a aguardar anos e anos a suaexecução, pelas demoradas diligências de expropriação.

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Na capital de' Moçambique, o Estado -é detentor de pouco mais de dez por centodos terrenos localizados dentro do foral da cidade. O resto são terrenos de proprie-dade particular, cujos interesses-nem sempre são conciliáveis com as realizações de interesse comum.O que se verifica frequentemen-te é que o Município necessitando dar execução a qualquer empreendimento denatureza urbanísticà, tem que negociar com os proprietários dos terrenos acedência das parcelas que pretenda ocupar.E das duas, uma: ou o proprietário acede imediatamente às propostas daCâmara, pagaudo esta as respectivas indemnizações e o assunto fica resolvido; ounão se chega a acordo amigável e o Município tem que recorrer aos tribunais paratratar da expropriação.Por esta via é bem de ver a morosidade das diligências judiciais que,naturalmente, vão reflectir-se no andamento das obras de que a cidade precisacom urgência, mas as quais dificilmente se con-cretizam com tais problemas.Qualquer obra de abertura de via de trânitó acaba por ficar comprometida comtais atrasos, sem que, no entanto se possam atribuir quaisquer responsabilidades àCâmara a qual, como qualquer outra entidade, tem que agir através das viaslegais.Porque depois, o Município não tem problemas quanto à execução dosempreendimento, pois dispõe de equipamento, materiais e pessoal especializadopara levar a cabo todas essas obras de interesse para a cidade.Mas o nosso órgão municipal, embora se regule actualmente pelo Estatuto deGrande Cidade, tal como Lisboa, Porto e Coimbra, luta desesperadamente compro-

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LOURENÇO MARQUE iEXPROPRIACO DE TERRENOS! GRANDE PROBLEMASMUNICIPioblemas de falta de verbas para acorrer às solicitações da cidade em crescimento.Porém, isso será outra questão a debater oportunamente porque se trata de assuntocujo âmbito transcende a competência do próprio município.PLANO DA MALANGAUma das obras que o Município está a atacar em força, é a da abertura da via -queestá incluída no Plano de Urbanização Parcial da Malanga, cuja importância éjusto destacar, pelo papel que vai desempenhar no escoamento do trânsito da zonada Baixa. Trata-se de um trabalho prioritário, uma vez que se destina a resolver

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um dos problemas crónicos que é o do congestionamento de trânsito das vias desaída da cidade, servidas presentemente por estradas deficientes.A nova via, que terá ampla faixa de rodagem, irá substituir a antiga e estreitaestrada das Estâncias, a qual pelo seu estado tem vindo a constituir verdadeiroquebra-cabeças aos, automobilistas e perigo para peões.Rasgada entre a zona industrial e zona habitacional daquela parte da cidade, anova estrada da Malanga terá faixa dupla com separador central e passeios lateraispara pees.As obras já se encontram em adiantado estado de construção, pelo que se prevêela possa ser utilizada ainda este ano, se não surgir qualquer percalço nosrespectivos trabalhos.

i« CASAL GARCIA»VINHO VERDEENGARRAFADO NA QUINTA DA AVELEDA-PENAFIEL