acompanhamento aula - processo penal iii

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Atos processuais Fato a) Propriamente ditos: é todo acontecimento humano ou natural. b) Judiciais: é todo acontecimento humano ou natural que repercuta no direito, criando, modificando ou extinguindo situações jurídicas. c) Processuais: é todo acontecimento humano ou natural que tenha relevância morte do ofendido: are!se possiilidade para que seu c"njuge, ascend usque a aç#o penal para responsaili$aç#o do agente%. Atos a) Jurídicos: declaraç#o de vontade que crie, extingue ou extinga uma rela b) Processuais: é uma declaraç#o de vontade humana que repercuta diretament Atos das partes a) Postulatórios: é aquele que seu conte&do requer o pronunciamento judicial ato processual postulat'rio da parte% b) Instrutórias: aqueles que auxiliam o magistrado na soluç#o do litígio (ex juntada de documentos perícia%. c) Reais: todos aqueles praticados pela parte que digam respeito ) coisa apreens#o% d) Dispositivos: é a pr*tica de acordos entre os sujeitos processuais (ex.: transaç#o penal% Atos do Juiz a) Atos decisórios +ecisões: qualquer pronunciamento judicial no corpo do processo. Interlocutórias toda decis#o que diga respeito a questões emergentes ou incidentes penal. (ex.: tutela antecipada: produç#o antecipada de provas% Terminativas -#o as que encerram a relaç#o processual, porém sem julgamento do mér den&ncia, a exemplo da manifesta causa excludente de licitude /rt. prescriç#o% No terminativas -#o aquelas que encerram uma fase do procedimento (ex.: decis#o autos ao conselho de sentença do j&ri% Terminativas de m!rito -#o aquelas que, sem julgar o mérito, resolvem o processo (ex.: as pr de ilicitude%. De"initivas 3aver* juí$o de valor sore as provas tra$idas, tanto pelo 45 quanto #ondenatória -#o as que h* o acolhimento da pretens#o punitiva estatal Absolutória Própria $ -er* pr'pria quando n#o provada ) autoria ou o fato criminoso Imprópria $ -' ocorre nos casos de inimputailidade (reconhece a autoria n#o ir* aplicar puniç#o prevista para o tipo ser* sumetido ) medida de segurança é a &nica decis#o asolut'ria impr'pria. b) Atos Instrutórios $ -#o aqueles que auxiliam o magistrado na formaç#o de su c) Atos de documenta%o $ -#o aqueles em que, por força de lei, compete ao ma porém sem qualquer juí$o de valor.

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Atos processuais

Fato

a) Propriamente ditos: todo acontecimento humano ou natural.b) Judiciais: todo acontecimento humano ou natural que repercuta no direito, criando, modificando ou extinguindo situaes jurdicas.

c) Processuais: todo acontecimento humano ou natural que tenha relevncia para o processo. (ex.: morte do ofendido: abre-se possibilidade para que seu cnjuge, ascendente, descendente ou irmo, busque a ao penal para responsabilizao do agente).Atos

a) Jurdicos: declarao de vontade que crie, extingue ou extinga uma relao jurdica.

b) Processuais: uma declarao de vontade humana que repercuta diretamente no processo.

Atos das partes

a) Postulatrios: aquele que seu contedo requer o pronunciamento judicial (ex.: queixa crime: ato processual postulatrio da parte)

b) Instrutrias: aqueles que auxiliam o magistrado na soluo do litgio (ex.: oitiva de testemunha; juntada de documentos; percia).c) Reais: todos aqueles praticados pela parte que digam respeito coisa ou a objeto (ex.: busca e apreenso)

d) Dispositivos: a prtica de acordos entre os sujeitos processuais (ex.: transao penal)

Atos do Juiz

a) Atos decisrios

Decises: qualquer pronunciamento judicial no corpo do processo.Interlocutrias

toda deciso que diga respeito a questes emergentes ou incidentes ocorrida no curso do processo penal. (ex.: tutela antecipada: produo antecipada de provas)

Terminativas

So as que encerram a relao processual, porm sem julgamento do mrito (ex.: rejeio liminar da denncia, a exemplo da manifesta causa excludente de licitude Art. 395; outro exemplo, a prescrio);

No terminativas

So aquelas que encerram uma fase do procedimento (ex.: deciso de pronuncia remessa dos autos ao conselho de sentena do jri)

Terminativas de mrito

So aquelas que, sem julgar o mrito, resolvem o processo (ex.: as provas revelam causa excludente de ilicitude).Definitivas

Haver juzo de valor sobre as provas trazidas, tanto pelo MP quanto pela defesa.

Condenatria

So as que h o acolhimento da pretenso punitiva estatal

Absolutria

Prpria - Ser prpria quando no provada autoria ou o fato criminoso

Imprpria - S ocorre nos casos de inimputabilidade (reconhece a autoria e materialidade, porm no ir aplicar punio prevista para o tipo ser submetido medida de segurana). Assim, a medida de segurana a nica deciso absolutria imprpria.

b) Atos Instrutrios - So aqueles que auxiliam o magistrado na formao de sua convico

c) Atos de documentao - So aqueles em que, por fora de lei, compete ao magistrado praticar, porm sem qualquer juzo de valor.

Atos dos auxiliares da justia

a) Atos de movimentao - So aqueles em que h o impulso do processo ou mesmo a sua movimentao (Ex.: abertura de vistas); se foi juntada nova prova pelo MP, caber ao juiz determinao intimao do defensor.

b) Atos de execuo - So os que decorrem de despacho judicial em cumprimento a determinao nele (ex.: citao do ru).c) Atos de documentao - So atos que dizem respeito regularidade procedimental (ex.: certido de intimao; certido de objeto e p: requer ao servidor pblico qual o teor da denncia, em que fase est quem o ru e autor...).Atos Processuais

Espcies de atos

a) Simples: aquele que realizado ou praticado por uma nica pessoa (ex.: pessoa intimada a realizar resposta acusao; recebimento de denncia por magistrado).b) Complexos: so os praticados em cadeia sucessiva (ex.: atos sucessivos prticos em uma audincia/sesso)

c) Compostos: so aqueles que dependem de outro para que tenham eficcia (ex.: perdo da vtima depende de aceitao)

Limites de lugar dos atos processuais

Art. 792, CPP: Os atos processuais devem ser realizados no frum ou Tribunais de Justia (STJ, STF).Excees:

Art. 222, CPP: Carta precatria: oitiva de testemunha em local diverso de onde tramita os atos processuais.Art. 792, 2, CPP: quando a testemunha no puder ir at o juzo, pode o magistrado, juntamente com defesa e MP, ir at a residncia da pessoa e realizar o ato processual.

Procedimento comumProcedimentos (art. 394, CPP)

a) Comum

1) Ordinrio: quando tiver por objeto crime com pena = ou maior que 4 anos de pena privativa de liberdade (ex.: homicdio);

2) Sumrio: quando tiver por objeto crime com pena inferior a 4 anos

3) Sumarssimo: para infraes de menor potencial ofensivo (pena menor que 2 anos).A interpretao da aplicao do procedimento sumrio por excluso, ou seja, caso no aplique o sumarssimo ou o ordinrio, ser aplicado o sumrio.b) Especial

Quando o CPP assim determinar ou quando em leis especiais houver profundas modificaes no rito procedimental (ex.: Tribunal do jri no CPP e Lei de drogas). Porm subsidiariamente aplicvel o procedimento comum (art. 394, CPP, 2 do CPP) .Lei Maria da Penha?

Lei n 11.340/06

Art. 41 da Lei determina o rito comum ordinrio. Veda expressamente a aplicao do procedimento sumarssimo. Dever ser utilizado o procedimento comum ordinrio, exceto se houver juizado especial para crimes domstico familiar.

Obs.: aos crimes previstos no estatuto do idoso( 4 anos, procedimento ordinrio.

Lei 10.741/03: os crimes que a pena mxima no for superior a 4 anos, aplica o disposto na Lei 9.099/95, mas somente em relao ao procedimento e no aos institutos despenalizadores (ADI 3096/DF) (IMPO).Procedimento comum ordinrio

Etapas do procedimento

a) Oferecimento da denncia (art. 41, CPP o oferecimento da denncia dever conter: exposio do fato criminoso; qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais possa identific-lo; classificao do crime; e, se houver rol de testemunhas): primeiro ato processual;

b) Rejeio preliminar (art. 395, CPP): anlise preliminar da denncia; no ser admitida quando:

b.1) for inepta, ou seja, no preencher os requisitos do art. 41, CPP.b.2) houver denncia genrica em regra no recebido, a exceo de quando for uma atuao coletiva.b.3) falta de pressuposto processual (competncia...) ou condio da ao penal (interesse de agir, causa de pedir e a legitimidade):

b.4) ausncia de justa causa para ao:

Fato for atpico: conduta, nexo de causalidade, resultado e tipicidade.

Quando houver causa extintiva de punibilidade: prescrio, perempo...

Inexistncia de indcios de autoria

Ausncia de materialidade (ex.: preso por ter disparado arma de fogo em via pblica sem provas laudo, capsula, arma, exame... STJ entendeu que quando no h prova da materialidade no incio da denncia, pode o juiz rejeitar liminarmente)

c) Recebimento da denncia ou queixa (a ao penal s tem incio com o recebimento da denncia)

Art. 396, CPP

Art. 397, CPP: fala em recebimento da denncia para fins de interrupo da prescrio.d) Citao e resposta acusao, defesa prvia existia antes das leis 11689 e 11719.

Procedimento comum ordinrio

Oferecimento da dennciaRejeio liminar (art. 395, CPP).Manifestamente inepta.Pressuposto Processual/condio da ao.Ausncia de justa causa (ausncia de materialidade; falta de indcios de autoria; fato tpico; causa extintiva da punibilidade)

Recurso cabvel: Recurso em sentido estrito (RESE) (art. 581, I, CPP) (na jurisprudncia quase nunca se v esse tipo de recurso)

Recebimento da denncia (ato formal que causa a interrupo do prazo prescricional)

Citao do acusado (art. 396, CPP) (h smula do STF considerando nula a citao por edital daquele que se encontra preso na mesma comarca, ou seja, deve ser citao pessoalmente; Art. 361: citao por edital: pressupe que tem que haver a citao pessoal)

Resposta acusao (art. 396-A, CPP): dever arguir preliminares e alegar tudo que interessa a sua defesa. (resposta a acusao obrigatria, caso no seja apresentada, dever ser nomeado defensor pelo juiz)

Fase de admisso da acusao

Absolvio sumria (art. 397, CPP) (recurso cabvel: apelao (art. 416, CC, 593, II, CPP)

Designao de audincia de instruo e julgamento (oitiva de testemunhas, vtima, pedidos, interrogatrio do acusado)

Fase de diligncias (art. 402, CPP)

Indeferidas (alegaes finais orais art. 402)

Deferidas (Alegaes finais por memoriais (art. 403, 3, CPP)

SENTENA

Procedimentos especiais

a) Previstos no CPP:

b) Previstos na legislao extravagante: h previso tambm na legislao extravagante (ex.: crimes da lei de drogas)

Limites de tempo

Art. 5, LXXVIII, CF/88 (EC 45/04): durao razovel do processo (as metas do CNJ tambm ajudaram a dar celeridade ao processo)

Prazo

Princpios

a) Igualdade de tratamento: todos os sujeitos processuais, que tiverem na mesma situao, tero os prazos processuais idnticos (ex.: prazo recurso idntico para a defesa e acusao); fixao legal de prazos para ser observado pelas partes que se encontrem na mesma situao (MP no tem privilgio no processo penal)

Excees:

Lei 1060/50, art. 5, 5: a Defensoria gozar de prazo em dobro em todos os feitos que atuar (abarcou tanto o processo civil quanto o penal)

Assistncia Judiciria: no detm prerrogativa do prazo em dobro, uma vez que a Lei 1060/50 trata somente da Defensoria.

b) Da brevidade:

Caractersticas (art. 798, CPP)

a) Contnuos: eles no podero ser interrompidos

Excees: ex.: fora maior; obstculo criado por uma das partes; impedimento do Juiz; frias forenses (4 do artigo 798)

b) Peremptrios: improrrogvel

Efeitos da perda do prazo

Precluso: efeito mximo da perda do prazo processual

a) precluso temporal: a passagem do tempo retira da parte a possibilidade de realizar o ato;

b) precluso lgica: aquela em que a realizao de um ato impede que seja praticado outro;

c) precluso consumativa: quando a prtica do ato se exaure em si mesmo (ex.: prazo de 5 dias para apresentar alegaes finais e no segundo dia ele apresenta as alegaes finais; ainda dentro do prazo percebe que esqueceu a tese principal: assim no pode emendar as alegaes finais, mesmo ainda dentro do prazo)

Espcies de prazo

a) Comuns: so aqueles que devem ser realizados pelas partes do processo (mesmo prazo) (ex.: alegaes finais) inclusive dos assistentes de acusao

b) Particulares: aquele que determinada e especfica quais pessoas devero realizar (ex.: representao; queixa crime nos crimes contra a honra 6 meses)

c) Prprios: so aqueles que a no realizao dos atos processuais no tempo importar alguma consequncia jurdica (ex.: precluso; decadncia; perempo)

d) Imprprios: aquele que a perda no trar consequncia jurdica (ex.: alegaes finais); se o serventurio da justia ou magistrado deixar de cumprir o prazo imprprio poder ser responsabilizado administrativamente

Contagem dos prazos (art. 798, CPP)

Exclui o dia do incio e inclui o vencimento (ex.: cinco dias para recurso de apelao pronunciada dia 20; exclui dia 20 e inclui 25.

Procedimento no Processo Penal

Leis n 11.689/08 e 11.719/08

A lei anterior no observava os princpios do contraditrio e ampla defesa: procedimento acusatrio (havia o recebimento da denncia com ulterior interrogatrio; a partir do interrogatrio era que abria prazo para defesa)

Com o advento da Lei 11.689/08, o interrogatrio passou a ser realizado aps a oitiva das testemunhas

Com o advento da Lei 11.719/08, o procedimento comum ordinrio passa a ser a regra (quando no houver determinao de outro procedimento, ser o procedimento comum ordinrio)

SENTENAOferecimento da denuncia

No recebimento da denuncia, rejeio liminar (Art. 395 CPP) manifestamente inepta, e os pressupostos processuais levarem a condio de ausncia da justa causa. Cabe recurso em sentido estrito (RESE Art. 581, I, CPP).

Recebimento da denuncia Citao do acusado (Art. 396, CPP) para resposta a acusao (Art. 396-A CPP), fase de admisso da acusao, designao de audincia de instruo e julgamento (Oitiva de testemunhas, vtima, pedido de interrogatrio do acusado, em caso de absolvio sumria (Art. 397 CPP) recurso cabvel: Apelao) de acordo com o Art. 416 C/C e Art. 593, II, CPP), Fase de diligncias (Art. 402, CPP), indeferidas, alegaes finais orais Art. 402), SENTENA.Rejeio Parcial da denncia

possvel? Sim, porm no faz coisa julgada material, ou seja, se houver no curso da ao penal prova, ou o MP faz o aditamento da denncia ou promove nova denncia.

Recurso: art. 581, I, CPP: recurso em sentido estrito

possvel o incio da ao penal sem a prova pericial (ex.: prova pericial definitiva do tipo de droga)

Rejeio da denncia posterior ao recebimento

Precluso Pro Judi cato: h exceo?

H dois posicionamentos:

a) H quem entende que h precluso pro Judi cato: o juiz no pode mais retornar e desconsiderar o ato de recebimento;

b) H quem entende que possvel, com fundamento no art. 395, CPP (a denncia ou queixa ser rejeitada): ser verificada as condies para a ao (extino do processo sem julgamento do mrito: art. 267, CPC);

Necessidade de fundamentao do recebimento?

Para a doutrina: sim (art. 93, IX, CF)

Para a jurisprudncia: no (por que em muitas daquelas hipteses h o verdadeiro ataque ao mrito da questo: ex.: excludente de ilicitude; excludente de culpabilidade) RHC: 32.375/RJ STJ

Nos procedimentos que preveem a defesa preliminar?

HC 76.319/SC STJ

Defesa preliminar: entre o recebimento da denncia e a apresentao da defesa (tem carter obrigatria).Defesa preliminar previsto no Art. 55 da Lei de drogas; art. 8 da Lei 9.099/95; Decreto-Lei 201/67, art. 2 (trata dos crimes de responsabilidade dos prefeitos)

Nos casos em que h previso de defesa preliminar, o juiz dever fundamentar o recebimento da denncia.

Consequncia do recebimento da denncia:Fixao da competncia (art. 83, CPP): o juiz que primeiro conhecer da causa ser o juiz prevento (quando despacha na causa ou esse tenha vnculo com a ao penal)

Interrupo da prescrio:

Se a incompetncia relativa (era competente e agora deixou de ser): h a interrupo da prescrio, uma vez que na poca da deciso ele era competente;

Por outro lado, caso seja incompetncia absoluta: (inqurito: 1544 STF): no h a interrupo da prescrio.Recurso cabvel contra o recebimento da denncia?

No h previso

Cabimento de habeas corpus

Smula 693/STF

Art. 399, CPP

INTIMAO DO ACUSADO X QUEBRA DA CELERIDADE

Prevalece a necessidade de intimao: sim

HC 111567 STF

obrigatrio o comparecimento do acusado

HC: 103963

Art. 400, CPP

Art. 5, LXXVIII

Ordem de oitiva e sua suspenso

Nulidade?

Interrogatrio e precatria

Interrogatrio ato obrigatrio ?

Art. 400, 1, CPP

-Oralidade como caracterstica

Art. 401, CPP

Limite de testemunha: infringncia a ampla defesa

limite pode exceder

Art. 402, CPP: somente para circunstncia surgidas no decorrer da instruo

Indeferimento? Necessidade de fundamentao: art. 93, IX, CF/88

Art. 403, CPP

Oralidade como regra: ser utilizado, em regra, quando no houver recebimento de diligncias e o requerimento indeferido

Excees:

a) Complexidade do fato:

b) nmero de acusados

Art. 404, CPP

Exceo oralidade

Diligncias deferidas

Art. 405, CPP

Necessidade de transcrio?

Aula 20/03

Revelia no processo penal

S h revelia quando o ru no responde citao.

Citao pessoal: art. 367, CPP

Citao por hora certa: art. 362, pargrafo nico, CPP

S ocorre a revelia nesses duas situaes acima.

A revelia no a mesma do processo civil. No processo penal, o ru revel deixa de ser intimado dos atos processuais posteriores. Caso ele se apresente ao juiz aps a revelia, ele dever ser intimado dos demais atos processuais.

Confisso ficta? (art. 197, CPP)

Necessidade de intimao da sentena?

Absolutria? no haver necessidade de intimao

Condenatria? haver necessidade de intimao (art. 577, CPP) (A intimao basta que seja publicada em rgo oficial

Absolutria reformada no TJ (absolvido no primeiro grau e condenado no segundo)?

HC 239349 STJ:

PROCEDIMENTO SUMRIO

1-FUNDAMENTO: ART. 531 A 538, CPP

.

2-QUANDO SER POSSVEL ? ART. 394, 1, II, CCP

aplicado por excluso. aplicado quando no se encaixar no ordinrio (pena superior a 4 anos) nem sumarssimo (pena mxima < 2 anos).

3-PROCEDIMENTO. Art. 394, 5, CPP

No tem todos os atos do procedimento ordinrio. Por isso, violaria a ampla defesa ? No, pois h disciplina jurdica tratando do assunto (art. 531 a 538, CPP), segundo o STF. O que se quer com isso reduzir tempo do processo. Aplicao subsidiria do procedimento comum ordinrio ao sumrio.

Aplicam-se as mesmas regras do ordinrio no que toca ao recebimento, rejeio liminar, citao do acusado, resposta da acusao.

4-DIFERENAS PARA PROCEDIMENTO ORDINRIO

-crimes que podero ser julgados (pena 2 anos)

-prazo para realizao da audincia (ordinrio at 60 dias, sumrio at 30 dias)

-quantidade de testemunhas que podero ser arroladas (ordinrio: mximo de 8, sumrio: mximo de 5)

-requerimento de diligncias. (Na regra, no sumrio no pode pedir ao contrrio do ordinrio, mas na prtica possvel).

5-ART. 533, CPP. Trata da audincia, primeiro ato processual do procedimento sumrio.

-APLICAO DOS DO ART. 400, CPP.

PROVAS PRODUZIDAS EM AUDINCIA oralidade da prova. A prova documental, se j existente poca do fato, ser juntada, at audincia de instruo e julgamento. A preferncia nesta audincia pela prova testemunhal.

INDEFERIMENTO DAS PROVAS IMPERTINENTES, PROTELATRIAS E IRRELEVANTES

feito pelo juiz.

ESCLARECIMENTO DOS PERITOS: PRVIO REQUERIMENTO

So feitos de forma escrita. O requerimento deve ser feito quando da apresentao da resposta acusao.

6-ART. 534, CPP

ALEGAO FINAL, ORAL

7-ART. 535, CPP

AUDINCIA UNA

EXCEO?

8-ART. 536, CPP

QUEBRA DA ORDEM DE INQUIRIO

9-ART. 538, CPP

HIPTESES DE MODIFICAO DA COMPETNCIA

ART.S 66 E 77, LEI N 9099/95

CC 105322/PR STJ

CC 102723/ MG STJ

PROCEDIMENTO SUMARSSIMO

Lei cominar pena mxima para a infrao penal de at 2 anos.

ART. 394, 1, III, C/C LEI 9099/95

COMPETNCIA

ART. 63, LEI 9099

teoria da atividade, onde/local ocorreu atividade, infrao penal.

NO SE APLICA:

-CRIMES MILITARES: art. 90

-VIOLNCIA DOMSTICA: art. 41, lei Maria da penha

Sumula 243-STJ: no possibilidade da aplicao do sursis para concurso material, formal imprprio que a pena superior a 2 anos.

ATOS PROCESSUAIS

ART. 66, LEI 9099

CITAO

S admite a pessoal (por mandado ou na sede do juizado).

-ADMISSVEL POR EDITAL/HORA CERTA ?

Se no for localizado, deve ser encaminhado os autos para a justia comum que adotar o procedimento sumrio.

-CONSEQUNCIA? ART. 66, NICO C/C ART. 538, CPP

INTIMAO

-SOMENTE PESSOAL?

FASE PRELIMINAR

LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO

PRISO EM FLAGRANTE ? ART. 69, NICO, LEI 9099

ENCAMINHAMENTO DO TERMO PARA O PODER JUDICIRIO

-AUDINCIA PRELIMINAR (ART. 70, LEI 9099)

A)COMPOSIO CIVIL DOS DANOS(ART. 72, LEI 9099) ressarcimento pecunirio pelo que sofreu. Se houver acordo, juiz togado homologa deciso e esta vale como ttulo executivo judicial. ato voluntrio.

HOMOLOGAO

DESCUMPRIMENTO?

B)AO PENAL PBLICA INCONDICIONADA

-DESCABE COMPOSIO CIVIL DOS DANOS

-CABIMENTO DA TRANSAO PENAL

C)AO PENAL PBLICA CONDICIONADA/PRIVADA

-RENNCIA AUTOMTICA DO DIREITO DE REPRESENTAO(ART. 74, NICO, LEI 9099) aceitao pelo autor gera homologao feita pelo juiz na audincia preliminar o que gera renncia.

-NO REALIZAO DA COMPOSIO (vtima no aceita acordo)? NASCE O DIREITO DE REPRESENTAO

Na prtica, na AP condicionada a representao j vem no TCO, oitiva ou termo de representao e no na audincia preliminar. Na AP privada, vem na queixa-crime.

Procedimento sumarssimo (Lei 9.099/95) (continuao)

1. Audincia preliminar (art. 70)

a) Composio civil dos danos: se houver a composio o juiz homologa e essa ser um ttulo executivo extrajudicial. (no caber vtima renovar o direito de representao); s cabvel nos crimes de ao penal pblica condicionada representao e na ao privada.

Na ao penal pblica incondicionada: no h a previso para a composio civil dos danos (poder o MP ofertar a transao penal)

Na ao penal pblica condicionada:

representao ou na ao penal privada

Renncia automtica do direito de representao (art. 74, pargrafo nico): havendo a composio civil por danos

No realizao da composio (direito de representao)

2. Transao Penal (art. 76)

Na ao penal pblica incondicionado-condicionada representao (MP quem apresenta a proposta de transao penal; no havendo, ser realizada denncia;

Aceitao: homologao judicial

Caso haja descumprimento da transao penal: RE 602.072 STF: pode haver nova representao

Possvel na ao penal privada?

Ao Penal Ordinria (APN) 634/RJ/STJ: seria possvel a transao penal em ao penal pblica privada, porm o titular no seria o Ministrio Pblico, mas sim o ofendido (a grande celeuma que se o ofendido poderia propor-nos mesmos termos do MP: h entendimento de que sim. Ou seja, aplicao imediata de pena no privativa de liberdade.

No aceitao da proposta:

Ao penal pblica: denncia oral (art. 77)

Ao Penal privada : queixa oral (art. 77, 3)

possvel a aplicao do Art. 394, 4 do CPP ao procedimento sumarssimo?

Sim, os art. 395 a 397 tem aplicao no procedimento sumarssimo, ressalvado o Art. 396, que trata do momento do recebimento da denncia.

Continuao procedimento sumarssimo (art. 77 a 81, CPP)

Sequncia de atos

a) Oferecimento da denncia ou queixa (para ao penal privada) oral (princpio da oralidade);

b) Citao do acusado (art. 78):

Se presente na audincia preliminar (citao imediata);

Se ausente audincia preliminar (citao pessoal)

No possvel citao por hora certa ou edital (Juizado especial no cita por edital, logo ser baixado e encaminhado a uma das varas criminais, que adotar o procedimento sumrio Art. 538, CPP)

Na citao o juiz designar nova data para audincia de instruo e julgamento (encaminhar termo de audincia que relatar o fato, marcando a audincia e dando a possibilidade de arrolar testemunha)

c) Audincia de instruo e julgamento

c.1. Resposta acusao; (recebimento da denncia ser aps a resposta acusao Art. 81 da Lei 9099/95)

Art. 395 e 397, CPP

c.2. Deciso quanto rejeio/Recebimento da inicial (caber recurso de apelao no prazo de 10 dias)

verificar se no existe nenhuma das causas do art. 395, CPP

Art. 395, CPP

c.3. Julgamento antecipado da lide (caber tambm recurso de apelao no prazo de 10 dias)

Art. 397, CPP

c.4. Inquirio do ofendido e testemunhas e interrogatrio do acusado

Tem-se admitido um nmero de 5 testemunhas de acusao e da defesa (similar ao procedimento sumrio, uma vez que no h previso da quantidade para o sumarssimo)

c.5. Debates orais (art. 81)

c.6. Sentena (art. 81 e 82)

Procedimento comumProcedimento sumarssimo

oferecimentooferecimento

recebimentoCitao do acusado

citaoDesignao de audincia de instruo e julgamento

Resposta acusaorecebimento

Procedimentos especiais

Lei 11.343/06 Lei de drogas

Art. 48 a 59

Inqurito policial: prazo para concluso:

Ru preso: 30 dias (no terminado o IP, dever o ru ser solto)

Ru solto: 90 dias

Priso preventiva: requisitos cumulativos: a prova da materialidade + indcio de autoria + GOP, GOE, CIC, AALP (Garantia da Ordem Pblica, Garantia da Ordem Econmica, , Aplicao da Lei Penal)

Sequncia de atos

1. Oferecimento da denncia (art. 54)

Prazo: 10 dias, a contar do recebimento do inqurito policial (relatrio da CPI ou outras peas informativas, se puder subsidiar a denncia)

Se ultrapassar o prazo?

Se o acusado tiver preso, dever ser colocado em liberdade (contudo, nesse prazo pode ser requerido priso preventiva, esvaziando o prazo de 10 dias)

Se solto, no trar consequncias caso no seja denunciado dentro do prazo

2. Notificao do acusado (art. 55) ( anterior ao recebimento da denncia pelo Juzo)

Apresentao de defesa preliminar (obrigatoriedade de defesa por advogado)

Aplicvel o Art. 395 do CPP?

So aplicveis o Art. 395 e 396-A e 397, em virtude do que dispe o Art. 394, 4 do CPP. Assim, dentro da resposta preliminar poder o acusado suscitar quaisquer das hipteses do Art. 395 (pressuposto de adminissibilidade da denncia ou queixa)

Se no apresentar defesa?

Nomeao de defensor dativo (art. 55, 3) caso no apresente defesa preliminar

3. Deciso do Magistrado (art. 55, 3)

Rejeio da denncia ou recebimento da inicial (aqui comea a contar a interrupo da prescrio)

4. Citao do acusado e designao de audincia (art. 56)

Nova defesa preliminar? Correntes:

1 Corrente: aps a citao do acusado dever ser aberto novo prazo para apresentao de resposta acusao (nova defesa); Art. 396 e 396-A, CPP.

2 Corrente: no seria possvel, uma vez que o artigo 55 repetio do Artigo 396-A do CPP. (entendimento majoritrio)

Citao do acusado e designao de audincia (prazo mximo de 30 dias). Ultrapassado os 30 dias, poder a defesa requerer a liberdade do acusado (revogao da preventiva), em virtude do constrangimento ilegal.

5. Audincia de instruo e julgamento

5.1 Interrogatrio do acusado;

5.2 Testemunhas (mximo de 5) para a defesa e acusao

5.3 Debates orais (excepcionalmente, em virtude da complexidade do caso, repartio da audincia, pluralidade de acusados, os debates sero por memoriais)

H uma inverso no que toca s inquiries, primeiro ser interrogado o acusado.

(Contudo, na prtica, os juzes, com fundamento no contraditrio e ampla defesa, tem interrogado o acusado somente no fim, que acabou se tornando uma regra entre os magistrados)

Sentena

Aps os debates orais, o juiz, Imediatamente ou em 10 dias, ir prolatar a sentena.

Para incio da persecuo penal basta um laudo provisrio. Contudo, para a sentena indispensvel laudo definitivo.

Ex.: laudo provisrio constatou que era entorpecente (geralmente s um exame que detecta todas as substncias presente na amostra). Porm, no laudo definitivo realizado mais exames que certificar da existncia ou no de substncia entorpecente.

Ex.: caso de acusado por trfico de drogas, quando na verdade era ureia.

O procedimento previsto nos artigos 513 e SS do CPP se aplica aos crimes funcionais prprios e imprprios?

O procedimento especial aplica-se ao corru no funcionrio pblico?

A notificao para apresentao da defesa preliminar obrigatria?

De acordo com a sumula 330 do STJ no.