acompanhamento aula - penal v

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Bibliografia Damásio de Jesus Guilherme Nucci Renato Brasileiro César Bitencourt Luiz Flávio Gomes Fernando Capez Rogério Greco Assunto Crimes contra a Administração Pública Lei de drogas Interceptação telefônica Prisão Temporária Crimes Hediondos Estatuto do desarmamento Abuso de autoridade Tortura Identificação e-mail: [email protected] Telefone: 74 9995-3339 Conteúdo primeira prova: crimes contra à administração; hediondos e receptação

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Page 1: Acompanhamento Aula - Penal V

Bibliografia

Damásio de JesusGuilherme NucciRenato BrasileiroCésar BitencourtLuiz Flávio GomesFernando CapezRogério Greco

Assunto

Crimes contra a Administração PúblicaLei de drogasInterceptação telefônicaPrisão TemporáriaCrimes HediondosEstatuto do desarmamentoAbuso de autoridadeTorturaIdentificação

e-mail: [email protected]: 74 9995-3339

Conteúdo primeira prova: crimes contra à administração; hediondos e receptação

Page 2: Acompanhamento Aula - Penal V

Crimes funcionais

Art. 312 a 327

Raul Horta: há uma diminuição de importância na medida em que aumenta a numeração dos artigos do código penal

CP.: Art. 7º, I, C: ExtraterritorialidadeCP: Progressão de regime: só pode haver progressão de regime com o pagamento do dano ao erário (professor critica no sentido de que fere o princípio da isonomia; outra disposição é que pode afastar esse regramento através da analogia em “bonam partem”)

Lei de Improbidade Administrativa: Lei 8.428/92Pergunta-se: todo crime funcional implica em um ato de improbidade administrativa?Sim, todo crime funcional implica em improbidade administrativa. Se há crime funcional, invariavelmente, haverá a hipótese de enriquecimento ilícito, dano ao erário ou ofensa aos princípios da Administração Pública, em especial, ao princípio da legalidade. Art. 9: enriquecimento ilícitoArt. 10: dano ao erário Art. 11: ofensa aos princípios

Todo ato de improbidade é um crime funcional?Não, há algumas condutas culposas que não tem correspondência no rol dos crimes funcionais. Único crime funcional culposo: Art. 312, §2º, CP – Peculato culposo

Sujeito ativo dos crimes funcionaisEm regra funcionário público

Sujeito passivo:Primário: Administração PúblicaSecundário: particular que eventualmente tenha sido prejudicado

Funcionário Pública para fins penaisArt. 327, CP: Quem exerce cargo, emprego ou função, ainda que transitória e sem remuneração

Síndico de falência (administrador judicial): antes era considerado funcionário público, contudo, atualmente não pode ser equiparado a funcionário público, uma vez que é considerado um munus público (encargo)Advogado dativo: Prevalece entendimento que o Advogado Dativo é considerado funcionário público para fins penais. Razões:

1. Atua fazendo às vezes da defensoria pública;2. Atua em face de convênio com o estado; 3. Recebe diretamente do estado.

Art. 327, §1º: Funcionário Público Atípico ou por equiparaçãoEquipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração PúblicaEx.: concessionária de energia pública; administração de rodovias; saúde; cartório

Art. 327, §2º, CP: Aumento de pena de 1/3Se o agente ocupar: Cargo em comissão, função de direção ou assessoramento nos seguintes órgãos

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públicos: Administração direta; Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundações. Ao agente de autarquia não é possível a majorante de 1/3 em virtude da proibição da analogia em malan partemAos chefes do Executivo (presidente, governador e prefeito) também se aplica a majorante, uma vez que o STF entendeu que eles exercem função de direção

Crime funcional próprioÉ aquele que faltando a qualidade de servidor público o fato passa a ser um indiferente penal, ou seja, é hipótese de atipicidade absoluta. (ex.: crime de prevaricação: somente o funcionário público pode praticar)

Crime funcional impróprioÉ aquele em que faltando a qualidade de servidor público o fato deixa de ser um crime funcional, ajustando-se a um crime comum, ou seja, é hipótese de atipicidade relativa (ex.: peculato furto: se não for funcionário público o crime será de furto)

Crimes contra a Administração Pública em espécie

Art. 312, CP: Peculato

1. Peculato Apropriação: art. 312, caput, 1º parte (peculato próprio)2. Peculato Desvio: art. 312, caput, 2º parte (peculato próprio)3. Peculato Furto (art. 312, §1º)4. Peculato culposo (art. 312, §2º)5. Peculato estelionato (art. 313)6. Peculato eletrônico (art. 313, “a” e “b”)

Peculato Próprio (art. 312, caput, CP)

Sujeito ativo: é aquele funcionário público do conceito previsto no 327, CP. Crime funcional é crime próprioO particular pode ser responsabilizado por crime funcional, desde que tenha ciência da condição de funcionário público de seu comparsa. Sempre que o sujeito ativo for o prefeito municipal, o código penal será norma geral e o Decreto Lei 201/67 será norma especial. Diretor sindical: responde por peculato (art. 552, CLT): não foi recepcionado, uma vez que o estado não pode exercer ingerência no sindicato (parte da doutrina entende isso). Contudo, as últimas decisões do STJ é no sentido de que esse artigo foi recepcionado.

Sujeito passivo: Administração Pública.

Conduta do 312, caput, 1º parte (apropriar-se)

1. Desviar2. Dinheiro/valor/bem móvel3. Público ou privado4. De quem tem a posse;5. Em razão do cargo6. Para si ou para outrem (Pólo específico)

Peculado-desvio: Desviar

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Elemento subjetivo Animus de aponderamento definitivoAnimus de uso

ConsumívelNão consumível

Mão-de-obra: ela é serviço, logo via de regra não existe peculado de mão-de-obra, uma vez que ela é serviço e não coisa. Exceção: Decreto lei 201/67: prefeito responde por peculato mão-de-obra (ex.: prefeito que manda funcionário da prefeitura fazer serviço em sua residência)

Consumação e tentativaPeculato apropriação: consuma-se no momento em que o agente passa a exteriorizar os poderes de propriedade; Peculato-desvio: consuma-se no momento que o agente dá a coisa destinação diversa da que é prevista em lei.

Ambas as condutas admitem a tentativa

É possível a aplicação do princípio da insignificância?Duas correntes: 1º corrente: tratando-se de crime contra a moralidade administrativa é inaplicável o princípio da insignificância (STJ tem prevalecido essa corrente);2º corrente: sendo o princípio da insignificância um vetor de aplicação gerado pelo direito penal, é cabível a aplicação do princípio da insignificância com relação aos crimes contra à Administração Pública. (corrente que tem prevalecido)

Peculato-desvio Art. 312, CP Emprego irregular de vergas públicas Art. 315, CP

No peculato-desvio desvio há um desvio Também há um desvio

O desvio visa a satisfação do interesse privado (pessoal do funcionário público ou de outrem)

O desvio visa o interesse público (ex.: verba destinada para a educação e é direcionada à pessoas em calamidade pública com medicamentos e outras ajudas

Basta alegar estado de necessida para tentar se eximir da penalidade

Peculato-furto (Art. 312, §1º)

Sujeito ativo: funcionário público do Art. 327, CP

Sujeito passivo: Administração pública e particular prejudicado

Peculato-desvio Peculato-furto

O agente por ter a posse legítima ele se apropria ou desvia a coisa

O agente não tem a posse e por isso ele subtrai ou concorre (facilitando a ocorrência da subtração) para que aja a subtração

Por ter a posse é que esse peculato é chamado Como não há posse é chamado de peculato

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de próprio impróprio

Conduta: a subtração da coisa é facilitada em razão do cargo No crime de furto a subtração não tem nexo com o cargo

Elemento Subjetivo: dolo exigindo o animus de aponderamento definitivo

Consumação: Idêntica a do furto

Peculato-culposoÉ o único crime culposo do rol dos crimes funcionaisCrime de menor potencial ofensivo

Sujeito ativo: funcionário público do Art. 327, CP

Sujeito passivo: Administração pública e particular prejudicado

Elemento subjetivo: concorrer culposamente para a prática de crime de outrem

Crime de outrem pode ser qualquer crime?Duas correntes: 1º corrente: O parágrafo 2º do artigo 312 merece interpretação topográfica e o crime de outrem só pode ser conduta prevista no 312, caput e no seu parágrafo primeiro (corrente que prevalece) 2º Corrente: Apesar do parágrafo 2º estar no artigo 312 a expressão crime não restringe espécie de infração penal abrangendo por consequência qualquer crime

Elemento Subjetivo: culpa (tem que ser provada a modalidade de culpa do agente)

Consumação e tentativa: Consuma-se com a consumação do crime praticado por outremNão há participação culposa em crime doloso, ou seja, o funcionário público será responsabilizado culposamente e o agente pelo crime que ele praticou.

Aula 24/02

Peculato mediante erro de outrem (Art. 313)

Sujeito ativo: funcionário público

Sujeito passivo: Administração pública em geral podendo concorrer com ela o particular.

Art. 312 Art. 312 §1º Art. 313

Conduta Apropriar-se Furtar Apropriar-se

Posse O agente tem a posse e essa é legítima em razão do cargo

Não há a posse O agente tem a posse, porém essa é ilegítima, uma vez que é fruto do erro de outrem (tem que ser um erro espontâneo). Se for um erro provocado pelo

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funcionário público haverá o crime de estelionato

Elemento Subjetivo: dolo

Consumação: no momento em que ele percebe o erro de outrem e não o desfaz. Se houver apropriação sem saber do erro de outrem não há crime (maioria da doutrina entende)

Peculato Eletrônico (Art. 313-A e 313-B):

313-A 313-B Disfunção

Pena2 a 12 anos 3 meses a dois anos

(Infração de Menor Potencial Ofensivo)

Desproprorcionalidade das penas (alterar o sistema completamente é menos danoso que alterar um dado)

Sujeito AtivoFuncionário público autorizado a manejar os dados do sistema

Funcionário Público do Art. 327, CP

Sujeito Passivo

Administração Pública em Geral, podendo ela concorrer um particular prejudicado (regra geral)

Administração Pública em Geral, podendo ela concorrer um particular prejudicado (regra geral)

Conduta Inserir ou facilitar a inserção de dados falsos ou excluir ou alterar dados corretos

Modificar ou alterar o próprio sistema ou programa

ExemploFuncionário do Detran que insere dados falsos na carteira de um inimigo

Invasão do sistema

Objeto material

A conduta do agente recai sobre os dados constantes no sistema (há uma preservação do sistema; sendo modificado somente os dados)

O próprio sistema de dados

Elemento Subjetivo

Dolo acrescido de finalidade especial (locupletamento ilícito ou causar dano a alguém)

Dolo sem exigência de finalidade específica

Consumação O crime é formal, logo O crime é formal, logo

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consuma-se com a prática dos núcleos previstos no tipo, dispensando o resultado naturalístico

consuma-se com a prática dos núcleos previstos no tipo, dispensando o resultado naturalístico

Tentativa Cabe tentativa Cabe tentativa

Observação

Exige que o fucionário público seja autorizado e, caso não seja autorizado, ficará equiparado ao particular, praticando o crime de falsidade ideológica (Art. 299, CP)

Consussão (Art. 316, CP)

É a extorsão qualificada pela qualidade de funcionário público do agente.

Sujeito ativo: é chamado de concursionário e pode ser funcionário público no exercício da função; pode ser também, o funcionário público fora do exercício da função e o particular na iminência de assumir o cargo ou função (é a exceção aos crimes funcionais)Observação: se o sujeito ativo for responsável pela arrecadação tributária (fiscal de rendas), a exigência de vantagem indevida caracterizará o crime do Artigo 3º, inciso 2º da Lei 8137/90 – Crime contra a ordem tributária.

Sujeito passivo: Administração Pública em Geral, podendo ela concorrer um particular prejudicado (regra geral)

Tipo Objetivo: exigir pressupõe um ato intimidativo, coercitivo, que é diferente de solicitar. Exigir para si ou para outrem direta ou indiretamente, explicita ou implicitamente

Vantagem indevida: a natureza da vantagem indevida pode ser qualquer uma (patrimonial, econômica, sexual...)Se a vantagem for devida e relacionada a tributo e o agente for fiscal de renda: haverá o comentimento de excesso de exação; Se o agente não for fiscal de rendas: haverá abuso de autoridade

Só se configura a concussão se o agente público tiver competência para praticar o ato. (ex.: delegado exigindo dinheiro para não oferecer denúncia – nesse caso, o delegado não responderá por concussão, mas sim por extorsão). Assim, para configurar concussão, é preciso que o sujeito ativo tenha competência, atribuição para realizar o mal cometido, em caso de não atendimento (ex.: médico clinicando pelo SUS e exige vantagem – pratica concussão; se ele solicita, será corrupção; se ele simula que a vantagem é devida vantagem, será estelionato)

Consumação: crime formal, consumando-se com a mera exigência. O recebimento da vantagem é exaurimento do crime.

Tentativa: É possível, mediante carta concussionária, caso ela seja interceptada.

Page 8: Acompanhamento Aula - Penal V

Corrupção passiva (Art. 317, CP)

Exceção pluralista à teoria monista316 – exigir – 2 a 8 anos317 – Solicitar – 2 a 12 anos Desproprorcionalidade entre as condutas

Sujeito ativo: mesmo agente do art. 327. Para o fiscal de rendas o crime praticado será o crime contra a ordem tributária (art. 3º, II, Lei 8137/90)Sujeito passivo: primário a administração pública, secundário o particular, desde que ele não tenha sido autor da corrupção ativa.

Corrupção passiva Corrupção ativa

Solicitar; receber; aceitar promessa ou vantagem indevida

Dar; oferecer; prometer vantagem indevida

Não existe a bilateralidade, ou seja, a corrupção passiva não pressupõe a corrupção ativa

Espécies de corrupção ativa

Art. 333 Art. 337-B Art. 343 Corrupção Eleitoral

É a corrupção praticada em face do funcionário público (oferecer ou prometer)

É a corrupção pratica em face do funcionário público estrangeiro

É a corrupção praticada em face de testemunha

Dar não é crime; oferecer e prometer é crime

Dar é crime; Oferecer e prometer também é crime

A conduta de dar também é crime

A conduta de dar também é crime

STF: É constitucional o § 4º do Art. 33 do Código penal que condiciona a progressão de regime à reparação do dano ou devolução do produto do ilícito praticado, facultando-se o parcelamento

Espécies de corrupção passiva Própria: tem por finalidade a realização de um ato ilegal (ex.: solicitar quantia para facilitar a fuga de presos)Imprópria: tem por finalidade a prática de um ato legítimo

Corrupção passiva antecedente: o agente solicita para depois praticar o ato que ele deseja praticar.

Corrupção passiva subsequente: o agente pratica o ato para depois solicitar

Corrupção ativa antecedente: Oferece a recompensa para ver ou ser praticado

Corrupção ativa subsequente: realiza-se o ato e depois há o oferecimento da recompensa (esse oferecimento é conduta atípica).

Elemento subjetivo da corrupção passivaDolo específico com finalidade especial (para si ou para outrem)

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Tentativa É crime formal. Contudo, no núcleo receber o crime é material

Corrupção passiva majorada (§1º, art. 317, CP):Maioria da doutrina entende que só atinge a corrupção passiva própria (deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o praticar infringindo dever funcional

Corrupção passiva privilegiada (§2º, art. 317, CP): § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Prevaricação imprópria (art. 319-A) Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Antes da Lei 11.466/07 Depois da Lei 11.466/07 Depois da Lei 12.012

O agente público que não vedava o acesso de aparelho celular a presídio praticava fato atípico

Agente público ou diretor que se omite em vedar pratica crime (art. 319-A)

Idem

O preso surpreendido com aparelho celular: fato atípico

O preso surpreendido com aparelho celular: será falta grave (art. 50, VII – Lei de execuções penais)

Idem

O particular que introduzia aparelho de comunicação no presídio era fato atípico

O particular que introduzir aparelho de telefone no presídio a conduta é atípica

O particular passou a responder pelo delito do art. 349-A do Código Penal

Bem jurídico tuteladoa segurança interna e externa dos presídios

Sujeito AtivoDiretor de penitenciária ou agente público que tenham o dever de vedar que os presos tenham acesso aos aparelhos de comunicação

Sujeito passivo: Administração e a coletividade

Tipo ObjetivoÉ crime omissivo (deixar de cumprir a vedação)Guilherme Nucci: Acesso ao aparelho: (ato de entregar pelos sujeitos ativos também é considerado uma conduta omissiva

Objeto materialCelular; notbook; rádio (desde que permita a comunicação com o meio externo)

Na visão da jurisprudência, o chip também está incluído

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Elemento subjetivo

Dolo sem qualquer fim especial

Consumação

A mera conduta omissiva (omisso puro); não há necessidade do preso ter acesso ao aparelho

Tentativa

Não cabe tentativa

Aula 09/03

Falso testemunho (Art. 342, CP)

Crime de mão própria

O advogado que orienta a testemunha a mentir, responde por falso testemunho.

Condutas

Fazer; negar ou calar a verdade

O que vem a ser verdade?

É a perfeita correspondência entre a realidade e sua expressão

Quando não há correspondência: poderá ensejar em erro ou na mentira. O erro, é a falsa percepção da realidade (fato atípico); por outro lado, a mentira é a intenção de enganar (há crime de falso testemunho).

Falso testemunho pode acontecer em processo judicial, administrativo, inquérido policial;

Com a retratação da testemunha ou do agente antes da sentença, o fato deixa de ser crime.

Não é crime de menor potencial ofensivo, logo pode haver flagrante. Contudo, segundo maioria da doutrina, não pode haver o flagrante em audiência, só podendo declarar o falso testemunho com a sentença, que caracterizará o falso testemunho, quando será aberto novo processo imputando a pessoa como falso testemunho.

Legislação Penal Especial

Lei das interceptações telefônicas

Previsão constitucional (Art. 5º, inciso XII):

Interpretação literal: só poderia haver quebra do sigilo das comunicações telefônicas (é uma interpretação que não procede, uma vez que nenhum sigilo é absoluto). Assim, é falsa a premissa de que somente o sigilo das comunicações telefônicas pode ser violado, já que todos os sigilos de forma excepcional podem ser violados, com base no princípio da razoabilidade, proporcionalidade e convivência das liberdades públicas.

Lei de Execuções Penais: art. 41: as correspondências dos presidiários são invariavelmente violadas. (HC 70.814: o sigilo das comunicações telegráficas são violáveis)

E-mail corporativo: violação sem autorização judicial

Interceptação telefônica: É o ato de captar a comunicação alheia, ou captar comunicação dirigida a

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outrem.

Natureza jurídica: Meio de obtenção de prova caracterizado como medida cautelar processual.

Requisitos constitucionais para interceptação telefônica:

1. Tem que haver uma lei regulamentadora do inciso XII do Art. 5º da CF (deverá regulamentar os casos e a forma de como a interceptação será realizada) – Cumprido com Lei 9.296/96. Antes da edição da lei, o juiz deferia a interceptação com base no art. 57, inciso II, alínea “e” do Código Brasileiro de Telecomunicações (HC 81.494, STF: todas as interceptações telefônicas realizadas antes de 1996, foram considerados provas ilícitas).

Conceitos:

Interceptação telefônica: é a captação da conversa telefônica por um terceiro sem o conhecimento dos interlocutores da conversa;

Escuta telefônica: a escuta é a captação da conversa telefônica feita por um terceiro com o conhecimento de um dos interlocutores;

Gravação telefônica: chamada pelo STF de gravação clandestina: é a captação da conversa telefônica por um dos próprios interlocutores da conversa (há doutrina que diz que é prova ilícita, uma vez que depende de autorização judicial. Contudo, o STF entende que a gravação telefônica é clandestina, mas será considerada como prova lícita, pois não se trata de interceptação telefônica, não precisando de ordem judicial)

Interceptação ambiental: é captação da conversa ambiente, feita por um terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores

Escuta ambiental: é a captação da conversa ambiente, feita por um terceiro, com o conhecimento de um dos interlocutores

Gravação ambiental: é a captação da conversa ambiente, feita por um dos interlocutores da conversa.

Das seis, somente as duas primeiras se submete a lei 9.296/96, por dois motivos: primeiro, há interceptação telefônica e há a figura de um terceiro interceptador;

Gravação ambiental feita pela polícia para obter confissão é prova ilícita, pois configura espécie de interrogatório subrreptício, onde o acusado não é informado de seu direito ao silêncio. (Exceção: Lei 12.850/13: Art. 3º, inciso II: de acordo com a lei do crime organizado, a polícia pode realizar gravação ambiental para poder obter qualquer prova, inclusive a confissão do acusado, desde que tenha ordem judicial).

Quebra de sigilo telefônico não se confunde com interceptação telefônica, uma vez que a quebra do sigilo se refere aos dados telefônicos, ou seja, identificar que número ligou, com data horário e tempo de duração (necessita de ordem judicial, por conta do direito à intimidade, inciso X, Art. 5º da CF)

A utilização pela polícia, sem ordem judicial, das ligações registradas na memória do celular apreendido é prova lícita, porque não configura nem interceptação, nem quebra do sigilo telefônico.

Interceptação das comunicações telefônicas do advogado: poderá ter sua conversa interceptada a depender do contexto fático. As conversas telefônicas interceptadas quando o advogado é o investigado, trata-se de prova lícita, ou seja, não há sigilo profissional.

2. Para fins de investigação criminal ou instrução processual penal

Prova emprestada para a área cível ou administrativa?

Pode haver o empréstimo da interceptação telefônica produzida na investigação criminal para a área cível ou administrativa (STF e STJ)

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Jurisprudência entende que pode haver autorização da interceptação telefônica mesmo sem a instauração do inquérito policial. (a lei trata de investigação criminal: e essa investigação pode ser realizada também pelo MP).

3. Por ordem Judicial (art. 5, XII, CF)

Deve ser emanada do juiz competente para a ação penal (assim, juiz da vara cível não pode autorizar a interceptação telefônica).

Se o crime for militar, quem autoriza a interceptação será o juiz militar.

Modificação da competência: descobriu por meio da interceptação que o juiz estadual não é competente para julgar a ação, mas sim o juiz federal. Pergunta-se: a interceptação autorizada pelo juiz estadual será válida? Quando ocorrer modificação da competência, justamente pelo que foi descoberto na interceptação telefônica, esta diligência autorizada pelo juiz anterior é plenamente válida (HC 66.873 STJ)

Normas de organização judicial: visão do STF: o juiz da central de inquéritos, que não atua na ação princípal em decorrência de normas de organização judiciária, também pode autorizar a interceptação telefônica. (é possível, pois a interceptação telefônica pode assumir o caráter de medida cautelar preparatória para a ação penal )

Na hipótese de crime permanente que envolve várias comarcas: a competência se define por prevenção (o primeiro que atuar) – HC 85.068 STF

CPI (Art. 58, §3º, CF): Possui poderes próprios de juiz:

CPI:

Não pode autorizar interceptação telefônica.

Não pode decretar prisão preventiva e nem temporária;

Não pode determinar busca e apreensão domiciliar.

Por outro lado, a CPI pode determinar quebra de sigilo: telefônico, bancário, fiscal e eleitorial.

O advogado só tem direito a diligências já documentadas e constando do processo ou inquérito policial (se a diligência estiver em curso, não terá direito) – Súmula vinculante 14 STF.

Art. 1º, parágrafo único, da Lei 9.296/96: é constitucional a interceptação das comunicações via informática (VOIP)? A Constituição não prevê a quebra desse tipo de comunicação. Há duas correntes:

1º Corrente: a expressão “salvo em último caso” prevista no art. 5º, inciso XII da CF se refere somente as comunicações telefônicas;

2º Corrente: a expressão “salvo em último caso” prevista no art. 5º, inciso XII da CF se refere às comunicações telefônicas e de dados (se referente às comunicações via informática) (prevalece essa corrente) – STJ e STF seguem essa corrente. Os dados que estão armazenados na base física do computador não tem proteção jurídica nenhuma (assim, o que estaria protegido é a comunicação: skype por exemplo); conversa de bate papo no computador registrada não tem proteção alguma

Art. 2º da Lei 9.296/96: Requisitos legais para a interceptação telefônica Não será admitida quando:

não houver indícios de autoria ou participação; houver outro meio de prova; fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

Assim, interpretando a contrário senso, podemos afirma que os requisitos legais são: a) Indícios razoáveis de autoria ou de participação na infração penal (fumus comissi delicti e

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periculum in mora); É possível haver a interceptação de uma pessoa indeterminada? Caso a investigação da polícia ainda não tenha um suspeito, mas tendo ela conhecimento do fato, pode haver interceptação da linha telefônica individualizada no pedido de pessoa indeterminada visando assim descobrir sua autoria ou participação.

b) a interceptação for o único meio para a obtenção da prova (se houver outro meio, não cabe a interceptação)

c) crime punido com reclusão (não se permite interceptação telefônica para investigar contravenção penal e crime punido com detenção)A exceção se dá quando há conexão de crime punido com detenção com crime punido com reclusão (fundamentos: a lei 9.296 não exige conexão entre os crimes; o Estado não deve manter-se inerte diante da notícia de um crime; e se a interceptação for determinada por ordem judicial não há que se falar em ilicitude) – HC 69.552, STJSúmula vinculante 24: sem o lançamento definitivo não há a “punibilidade concreta”

Aula 16/04

DESCOBERTA FORTUITA DE NOVOS CRIMES E NOVOS CRIMINOSOS

a- tráfico+b – homicídio

A jurisprudência afirma que a interceptação pode ser utilizada desde que o novo crime ou novo criminoso tenham relação com o crime ou criminoso indicados no pedido de interceptação telefônica.

QUEM PODE DECRETARjuiz, na fase de IP ou processual, de ofício ou por requerimento do delegado de polícia ou MP.

QUANDO O JUIZ DECRETA DE OFÍCIO É CONSTITUCIONAL OU INCOSTITUCIONAL ?É inconstitucional pois viola o sistema acusatório, devido processo legal, inércia, imparcialidade para LFG.Para paulo rangel só é inconstitucional se decretado durante o IP.ADI 3450 foi apresentada pelo PGR para pedir a inconstitucionalidade. Ainda não foi julgada.

Se delegado requer e juiz indefere, não existe recurso. Se for o MP requerendo, e o juiz negar ou indeferir, o MP pode impetrar MS.

A decisão de interceptação deve ser fundamentada sob pena de nulidade (art. 93, IX, CF).Para LFG, devem constar os seguintes fundamentos da decisão que defere:-indícios que autorizam a interceptação-quais as provas de existência da ação penal-juiz deve constar que se trata de crime punido com reclusão-deve constar que a interceptação é necessária em virtude de inexistência de outro meio para investigar-descrever com clareza a situação objeto da interceptação-quando possível indicar o sujeito passivo-individualizar a linha telefônica -quais meios empregados para diligência -forma da execução da diligência

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-duração da medida-intensidade da medida-tudo deve ocorrer em segredo de justiça

ART. 5º DURAÇÃO DA INTERCEPTAÇÃO15 dias, renováveis por mais 151ª corrente: a renovação da diligência só pode ocorrer uma única vez.2ª corrente: a renovação da diligência só pode ocorrer uma única vez, porém havendo necessidade devidamente justificada pode haver outras renovações observando-se a razoabilidade.3ª corrente: o limite máximo é de 60 dias, art. 136, §2º, CF.4ª corrente: pode ser renovado indefinidamente desde que haja devida fundamentação do juiz. Posição da jurisprudência.

CONDUÇÃO DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICASconduz : autoridade policial. Polícia deve dar ciência do procedimento ao MP . Se não fizer isto, é mera irregularidade e não nulidade.Obs.: STJ considerou lícita condução pela PRF, pois o art. 1º, X, do decreto 1655/95, diz que compete a PRF colaborar na prevenção e repressão aos crimes.

ART. 6,§1ºregra: a conversa gravada deve ser transcrita ou degravada. Para a jurisprudência, só transcreve o que for pertinente para a apuração do crime.O que tiver pertinência com a situação deve ser transcrita. O que não for, deve ser destruída, após a elaboração do auto circunstanciado.MP e acusado pode requerer a destruição.

ART. 6,§2ºrelatório feito pelo delegado e enviado para juiz: auto circunstanciado.Se enviar para MP, será mera irregularidade e não nulidade.

Art. 10 – TIPO PENAL INCRIMINADOR3 condutas:-realizar interceptação sem autorização judicial, -realizar interceptação com fins não permitidos em lei -quebrar segredo de justiça. SA : qualquer pessoaconsumação: quando a pessoa intercepta e tem acesso a conversa, ainda que parcialmente.Tentativa: é possível na modalidade quebrar segredo de justiça o crime é próprio.Elemento subjetivo: dolovia de regra, a competência é da justiça estadual, salvo se tiver interesse da união.CPI não pode determinar quebra de sigilo.

Aula 23/03

Crimes Hediondos (Lei 8.072/90)

Três sistemas1. Sistema legal (art. 5º, XLII): será crime hediondo aquele previsto em lei (adotado pelo

direito Brasileiro)Crítica: Ignora a gravidade do caso concreto (ex.: namorados, que tiveramm relação sexual, onde um dos parceiro é maior de idade e o outro possui 13 anos)

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Observação: Tráfico Terrorismo e Tortura (TTT) são crimes equiparados a hediondos2. Sistema Judicial: por esse sistema é o juiz que analisando o caso concreto decide se a

infração é hedionda ou não? Crítica: ofensa ao princípio da taxatividade (segurança jurídica) (não há lei prévia definindo a conduta)

3. Sistema misto: nesse sistema o legislador apresenta um rol exemplificativo de crimes hediondos, permitindo o juiz encontrar outros casos.

É o mais criticado, uma vez que reúne os dois sistemas anteriores. 4. O STF vem adotando um quarto sistema, chamado sistema mais justo: o legislador dispõe o

rol taxativo dos crimes hediondos e o juiz analisando o caso concreto, confirma a hediondes ou não da conduta.

Crimes militares Com a adoção do sistema legal em nosso ordenamento, hediondo será o crime previsto no Código Penal, bem como na Lei 2.889/56, jamais podendo ser considerada como tal a infração penal prevista como crime militar

Rol de crimes hediondos (art. 8072/90) Lei 2889/56: único crime fora do Código Penal que é hediondo é o genocídio Alberto silva Franco: fala que a lei de crimes hediondos é uma lei elitista, uma vez que os crimes praticados, em regra, são praticados por pessoas das camadas mais baixas da população.

1. HomicídioNão estava previsto na Lei 8.072/90, só veio a ser com a Lei 8.930/94, o homicídio passou a ser hediondo (assinato de Daniela Peres e a chacina da candelária ocorrido em 1992)

Homicídio simples é hediondo? O qualificado será sempre hediondo, o simples só será hediondo se praticado por atividade típica de grupo de extermínio. Homicídio simples para ser considerado hediondo é chamado de homicídio condicionado. Lei 12.720/12: introduziu uma nova causa de aumento de pena (art. 121, §6º, CP): a pena será aumentada de 1/3 até a metade quando praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.Natureza jurídica do homicídio praticado por grupo de extermínio; 1ª corrente: criou-se um novo tipo penal, especial, do homicídio simples2ª corrente: é mero pressuposto para o mesmo ser considerado crime hediondo (prevalece)Grupo de extermínio: grupo de pessoas com objetivos, características e interesses comuns, trata-se de crime plurisubjetivo (hipótese de necessário concurso de agentes)O que vem a ser grupo: 1ª corrrente: basta a presença de duas pessoas (não se confunde nem com bando, nem com quadrilha) 2ª Corrente: são necessárias no mínimo três pessoas (o grupo não se confundo com concurso de agentes, que necessita de 2 pessoas pelo menos, não se confunde com a quadrilha que são quatro) 3ª Corrente: são necessárias no mínimo quatro pessoas Não há uma corrente prevalente.

Feminicídio (Art. 121, §2º, VI, CP):

Homicídio qualificado praticado contra mulher, no contexto de violência doméstica e familiar ou menosprezo/discriminação à mulher. Pena: 12 a 30 anos

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§7º Causa de aumento de pena: (1/3 a ½): Durante à gestação; Contra pessoa de menor de 14 e maior de 60 anos ou deficiente;Na presença de descendente ou ascendente da vítima.

Homicídio qualificado privilegiado é hediondo?Não é hediondo por ausência de previsão legal. Além disso, também haveria uma grande incongruência em se considerar hediondo um homicídio praticado por relevante valor moral ou social.

Latrocínio É hediondo (roubo não é hediondo)Quem julga é o juiz singular e não o Tribunal do Júri (não é crime doloso contra a vida)

ExtorsãoSerá considerada hediondo se qualificada pela morte

Sequestro relâmpago qualificado pela morte não é crime hediondo por ausência de previsão legal.

Extorsão mediante sequestro e na forma qualificadaTambém são considerados hediondo

Estupro de vulnerávelÉ hediondo Vulnerabilidade não se restringe a ditada pela lei (ex.: menor de 14 anos), mas dependerá do caso concreto (ex.: embriaguez)

Epidemia com resultado morteSó será hediondo se houver o resultado morte

Falsificação, corrupção ou alteração de produtos destinados a fins terapeuticos ou medicinaisSó será crime hediondo a conduta praticada na forma dolosa.

Genocídio Único crime fora do Código Penal que é hediondo é o genocídio, previsto na Lei 2.889/56. Não só o crime de genocídio, mas também a associação para a prática de genocídio

Diferença

Genocídio Homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio

Aula 31/03

Crimes equiparados a hediondos (TTT)Tráfico: Lei 11.343/06Tortura: Lei 9.455/97Terrorismo: (não há lei específica)

A doutrina minoritária entende que está no Art. 20 da Lei 7.170/83 (conceito muito aberto).

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A doutrina majoritária entende que não há lei específica

Anistia, graça e indulto

Anistia: é uma espécie de indulgência soberana por meio da qual o crime se torna inexistente, tendo por objeto fatos definidos como crimes e não pessoas Art. 48, VII, CF: compete ao Congresso Nacional conceder anistiaNatureza jurídica de causa extintiva da punibilidade (Ex.: geralmente são os crimes políticos, militares, eleitorais)

Graça: é espécie de indulto individual que tem por objeto crimes comuns. Compete ao Presidente da República conceder a GraçaÉ concedida por meio de decreto a um indivíduo determinado que foi condenado irrecorrivelmente (pressupõe o trânsito em julgado)Natureza jurídica: causa extintiva da punibilidadeObservação: como a graça é uma espécie de indulto individual, pode a mesma ser requerida nos termos do artigo 188 da Lei de Excuções Penais por meio de petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa.

Indulto: é uma espécie de indulgência coletiva que se dirige a um grupo indefinido de condenados, devendo ser delimitado pela natureza do crime e quantidade de pena aplicada, além de outros requisitos que por ventura sejam impostos por decreto. Compete ao Presidente da República conceder indulto, porém, essa competência pode ser delegada a Ministro de EstadoNatureza jurídica: causa extintiva da punibilidade Observação: pode a ser requerido, nos termos do artigo 188 da Lei de Excuções Penais, por meio de petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa.

São forma de renúncia estatal de seu poder de punir

Com relação a anistia e graça, a CF federal prevê vedação aos crimes hediondos. A Lei de crimes hediondos veda todos os institutos (graça, anistia e indulto): Surgiu duas correntes (é constitucional essa previsão?):

1. É inconstitucional, uma vez que o rol de vedações da Constituição é um rol máximo, não podendo ultrapassar o legislador ordinário;

2. É constitucional, pois o rol de vedações da Constituição é mínimo, inclusive o próprio constituinte diz que a lei definirá os crimes hediondos. (posição que prevalece)

Lei de tortura: não traz previsão de vedação ao indulto (somente veda a graça e anistia). Dessa forma há uma derrogação? (duas correntes:

1. a lei de tortura revogou tacitamente a vedação de indulto previsto na lei de crimes hediondos em virtude do princípio da isonomia

2. a lei de tortura não revogou tacitamente a previsão de vedação de indulto previsto na lei de crimes hediondos (corrente adotada pelo STF)

Lei de drogas (11.343/06): prevê a vedação aos três institutos

Observação: indulto humanitárioPrevalece o entendimento de que nas hipóteses de grave deficiência física ou em virtude de estado de saúde debilitado é possível a concessão do indulto mesmo na hipótese de prática de crime

Page 18: Acompanhamento Aula - Penal V

hediondo

Liberdade provisória No HC 91.556 do STF foi decidido que a vedação da liberdade provisória está implicita na vedação da concessão de fiançaNo HC 92.824 do STF passou a autorizar a liberdade provisória nos crimes hediondos (confirmou a aplicação de um sistema mais justo)

Aula 06/04 LEI DE DROGAS – Segunda prova1-TRATAMENTO CONSTITUCIONALART. 5º, XLIII, CFcrime inafiançável e insuscetível de graça e anistiaART. 5º, LI, CFbrasileiro naturalizado poderá ser extraditado se comprovado envolvimento dele em tráfico de drogas.ART. 144,§1º, CFfunção institucional da PF é combater o tráfico de drogasART. 243, CFtoda gleba de terra cultivada com planta psicotrópica será expropriada (diferente de desapropriação).Art. 4º e 5º – princípiosa lei de drogas é uma norma penal em branco, pois não define o que é drogas. Esta encontra-se na portaria 344/98 da ANVISA.

LEI 6368/76 LEI 10409/02 LEI 11343/06

Tinha previsão dos crimes e procedimentos

Tinha previsão dos crimes e procedimentos, mas PR vetou todos os crimes, seguindo os crimes da lei anterior e o procedimento dessa

Tinha previsão dos crimes e procedimentos

INOVAÇÕES DA LEI 11343/061ª – Não se chama mais entorpecente mas sim drogas.2ª – utilizou a definição da portaria da ANVISA para drogas3ª – aplicação do princípios da proporcionalidade, pois as leis antigas puniam todos os envolvidos na escala do tráfico com a mesma pena.4ª – inseriu a aplicação de multa visando atingir o patrimônio do traficante

Aula 07/04

Lei 11.343/06 – Lei de Drogas

Art. 28: UsuárioUsuário comete crime? Há três correntes

1º Corrente: é crime, em virtude de sua localização (dos crimes); fala em reincidência (art. 28, § 4º); Art. 30 fala em prescrição (posição do STF) 2º Corrente: não é crime, mas sim uma infração penal suigêneres (Luiz Flávio Gomes). O nome do

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capítulo nem sempre corresponde ao seu conteúdo (ex.: Decreto-Lei 201/67 chama de crime contra prefeitos, quando na verdade é infração política); o fato de se falar em reincidência não significa crime, pois o termo foi utilizado no seu sentido vulgar, não significando que a conduta é penalmente repelida; prescrição não é insituto próprio de crime, uma vez que os ilicitos civis e administrativos também estão sujeitos à prescrição; em relação à pena, o crime é punido com reclusão ou detenção, porém a contravenção penal é punida com prisão simples, logo não havendo previsão de nenhuma dessas punições, logo não é crime, mas sim uma infração penal suigêneres; o usuário não é levado à delegacia de polícia, mas apresentado ao Juiz. 3º Corrente: é fato penalmente atípico. A lei de drogas fala em medida educativa e não em medida punitiva; o descumprimento da medida ou da “pena” não gera consequência nenhuma; trabalha com o princípio da intervenção mínima; por fim, fala que a saúde individual é bem disponível.

Sujeito Ativo: qualquer pessoa

Sujeito passivo: a coletividade

O tipo penal possui cinco núcleos: punido a título de dolo.

Consumação e tentativa É possível a tentativa na modalidade tentar adquirir

PenasSão penas alternativas com natureza de pena principal, uma vez que não substitui pena privativa de liberdade. As penas são:

Advertência sobre os efeitos;Prestação de serviços à comunidade; Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo (5 meses e no caso de

reincidência, por 10 meses);O Artigo 28 da lei de drogas não pode se valer da prescrição comum, logo o prazo prescricional será sempre de 2 anos (art. 30 da Lei de drogas)

Tráfico de Drogas (art. 33 da Lei 11. 343/06 – Lei de drogas)

Aula 27/04Art. 33, Caput – Tráfico propriamente dito

Art. 33, caput Art. 33, §1º Art. 33, §§2º e 3º Art. 33, §4º

Tráfico pripriamente dito

Tráfico por equiparação Formas especial do tráfico

Tráfico privilegiado

Bem jurídico tutelado: Primário: saúde públicaSecundário: são indivíduos que integram a sociedade

Crime comum: qualquer pessoa (sujeito ativo)

Sujeito passivo: Primário: sociedade, podendo com ela concorrer aquele que queira ser prejudicado.

Vender drogas para menor é crime de tráfico ou o Art. 243 do ECA?Pelo princípio da especialidade, só se configura o crime do Art. 243 do ECA se o produto causador

Page 20: Acompanhamento Aula - Penal V

da dependência for diverso daqueles intitulados como drogas da portaria 244/1998 da ANVISA (ex.: cola de sapateiro – não está na portaria da ANVISA, logo é enquadrado no Art. 243 do ECA).

Cessão gratuída de droga para outrem: Antes da Lei 11.343/11 tinha três correntes: 1º corrente: respondia por tráfico (art. 12, da lei 6368)2º corrente: era tráfico, porém sem considerar crime hediondo (art. 12, da lei 6368)3º corrente: era uso, ou seja, deveria ser considerada como usuária (corrente que prevalecia) – Art. 16 da Lei 6368.

Depois da lei de drogas (lei 11.343/11): Pode ser tráfico (art. 33, caput) ou é conduta do Art. 33, §3º

Se a pessoa praticar mais de um núcleo do art. 33, caput, é um crime ou mais de um crime?O fato de praticar mais de um núcleo, o crime é único se ocorrer em um mesmo contexto fático. Tem que haver proximidade comportamental (ex.: trazer consigo e vender para uma pessoa e em seguida vender para outra.

Se não for no mesmo contexto fático, haverá o concurso de crime.

Vender droga por estar em estado de necessidade. Não há ocolhimento do estado de necessidade com relação ao tráfico de drogas

TentativaCrime é punido a título de dolo Não se admite a tentativa

Crime de perigo abstrato ou de perigo concreto?Tem que ser provado o perigo não? O crime de perigo abstrato não precisa comprovar o perigo, ao contrário do de perigo concreto. O crime de tráfico de drogas é de perigo abstrato, ou seja, o perigo advindo da lei de drogas é advindo por lei.

É possível o concurso de crimes com o tráfico de drogas?Plenamente possível o concurso de crimes (ex.: tráfico e receptação; tráfico e furto – furtou e depois vendeu a droga);

Tráfico e sonegação fiscal pode ser cumulado?Os penalista entendem que não é possível esse concurso, uma vez que o agente não é obrigado a produzir provas contra si. Contudo, na jurisprudência há julgados que entendem ser possível.

Tráfico por equiparação (art. 33, §1º, inciso I) Nas mesmas penas incorrem quem...Difere do caput em virtude do objeto material. No art. 33, caput, é a droga em si prevista na portaria da ANVISA. Já o 33, §1º, trata da materia prima (ex.: éter sulfúrico)

Observação: não só as substâncias destinadas exclusivamente à preparação da droga, mas essa conduta abrange também as substâncias que eventualmentese prestam a essa finalidade (ex.: acetona). Quem irá definir é o contexto fático, ou seja, se a substância estiver sendo utilizada para a preparação de drogas. É indispensável o indicativo da ilicitude da conduta (é indispensável agir sem autorização ou em

Page 21: Acompanhamento Aula - Penal V

desacordo com a determinação legal ou regulamentar) – mesma situação para o art. 33, caput.

É indispensável perícia para atestar que a perícia servia para preparação de drogas.

Elemento subjetivo: crime punido a titulo de dolo

Consumação: se dá com a prática d e qualquer dos núcleos

Tentativa: é admitida

Art. 33, §1º, inciso II

Elemento indicativo da ilicitude: Observação: a planta não precisa apresentar o princípio ativo, pois a planta é apenas a materia prima, podendo ser adicionada a outras substâncias para transforma-se em drogas.

Plantar para uso próprio?Será crime, porém depende do caso concreto para enquadrar no Art. 33, §2 ou art. 33, caput.

Elemento subjetivo: Punido a título de dolo e se consuma com a prática de qualquer uma das condutas

Se for cultivar, a conduta é permanente

Tentativa: Admite a tentativa.

Art. 32, §4º: nas glebas onde se cultive substância psicotrópica serão expropriadas para destinar a reforma agrária e programas de habitação popular (não dá direito a nada) (art. 243 da CF) Se o bem for de família e for único haverá a perda do bem da mesma forma. (é legítima a expropriação de bem de família, mesmo que único)

Art. 33, §1º, inciso III Pune quem cede imóvel para o tráfico. É irrelevante se a posse é legítima ou ilegítima da pessoa que cede o imóvel. Sujeito ativo: não precisa visar o lucro, basta ceder o imóvel

Consumação: se consuma com o efetivo proveito do local.

Aula 28/04

Art. 33, §2º

Conduta: Induzir, instigar ou auxiliar Induzir: fazer nascer a ideia na pessoaInstigar: reforçar a ideia já existenteAuxiliar: assistência material O incentivo genério dirigido a pessoas incertas e indeterminadas caracteriza o delito do Artigo 287 do CP (apologia ao crime). O MP tentou impedir a marcha da maconha, porém o STF entendeu que não era apologia ao crime.

Page 22: Acompanhamento Aula - Penal V

Elemento subjetivo: punido a título de dolo.

Crime formal, dispensando-se o efetivo uso pela pessoa induzida, instigada ou auxiliada. (esse posicionamento não é passífico)

Na doutrina prevalece o entendimento de que esse crime é material, ou seja, tem que ter o efetivo uso (consumo)

Admite-se a tentativa por meio de carta (a carta tem que ser interceptada)

Art. 33, §3º, Lei de Drogas

Oferecer, eventualmente, e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento. A doutrina chama de tráfico de menor potencial ofensivo

Sujeito ativo: Tem que ser pessoas que devem manter um relacionamento prévio de qualquer ordem (ex.: casal, amigo). (não dá para enquadrar o conhecido pela primeira vez)Se não for pessoa de seu relacionamento, será enquadrado no Art. 33, caput

Sujeito passivo: Contuta: oferecer droga. Esse oferecimento tem que ser:

1. Eventual (se for habitual, será tráfico do Art. 33, caput);2. Finalidade tem que ser de consumo em conjunto (é um elemento subjetivo positivo do crime

– a ausência desse elemento descaracteriza o crime); 3. Sem objetivo de lucro (se houver objetivo de lucro será tráfico do Art. 33, caput) (elemento

subjetivo negativo do crime);

Consumação: o mero oferecimento da droga, não precisa haver o consumo.

Crime de menor potencial ofensivo: Pena de 6 meses a 1 ano

Admite-se a tentativa por meio de carta

Art. 33, §4ºDoutrina afirma ser Tráfico privilegiado Causa especial de diminuição de pena. Para incidir são necessários quatro requisitos cumulativos, ou seja, ausente um deles não será enquadrado:

1. Ser o acusado primário;2. Ter bons antecedentes; 3. Não integrar organização criminosa; e4. Não se dedicar a atividade criminosa.

O juiz pode reduzir de 1/6 a 2/3, a depender do caso concreto.

Art. 34Maquinário ou instrumentos para preparação O objeto material desse artigo é o tráfico de maquinário

Art. 33, caput Art. 33, inciso I Art. 33, inciso II Art. 34

Page 23: Acompanhamento Aula - Penal V

Objeto material Droga Matéria prima da droga

Plantas Maquinário

É Crime subsidiário, ou seja, se ocorrer o tráfico de drogas ele fica absolvido (princípio da consunção)

Sujeito ativo: qualquer pessoa

Sujeito passivo: coletividade

Não existe aparelho específico para a fabricação de drogas, o que irá determinar é o contexto fático (ex.: balança de precisão)

Punido a título de dolo e se consuma com a prática de qualquer dos núcleos

É possível a tentativa

O Art. 34 não prevê a redução de pena (a doutrina entende que cabe a aplicação baseado na analogia em bonam partem)

Art. 35 – Modalidade especial de quadrilha ou bando

Trata-se de delito autônomo O tráfico não absolve a associação, ou seja, se houver o tráfico e associação, será concurso material;

Punido a título de dolo: é o animus associativo: vontade de se associar de forma estável e permanente a alguém (difícil de provar);

A associação se dá com a mera reunião: basta duas pessoas

Maioria da doutrina admite a tentativa (ex.: uma carta convidando a associar-se, que foi interceptada)

Art. 35, parágrafo único

Difere do caput em virtude de sua finalidade (são finalidades diferentes). Refere-se ao crime do Art. 36, enquanto o artigo 35 se refere ao crime do art. 33. Registre-se que é crime autônomo em relação ao crime do artigo 36 (como acontece no art. 35)São dois crimes autônomos

Art. 36 Financiar ou custear a prática

Financiar: sustentar os gastos do tráfico; o sustento é condição de existência do crime

Consumação: crime estantâneo ou habitualDuas correntes: 1º corrente: o crime não é habitual, conumando-se com o efetivo sustento ainda que realizado através de uma só conduta (tem prevalecido essa corrente); 2º corrente: o crime é habitual, portanto exige comportamento reiterado para caracterização do delito.

Tentativa: doutrina majoritária admite a tentativa.

Page 24: Acompanhamento Aula - Penal V

Art. 37 Colaborar como informante

Pune-se aquela pessoa chamada de “papagaio”

ObservaçõesÉ crime inafiançável, porém admite liberdade provisória Regime inicialmente fechado é incostitucional (dependerá da dosagem da pena)Conversão em restritiva de direito é possível Foi fiel a lei de crimes hediondos vedando a anistia, graça e indulto

Progressão de regime a) 2/5 se réu primáriob) 3/5 se reincidente

Aula 18/05

Lei de abuso de autoridade (Lei 4898/65)Prevê a responsabilização penal, civil e administrativa

Objetividade Jurídica: dupla objetividade jurídica. A primeira imediata e a segunda mediataImediata (ou prinicipal): proteção dos direitos e garantias individuais e coletivas das pessoas físicas e jurídicas. Mediata (ou secundária): normalidade ou lisura do serviço público. O abuso de autoridade será sempre a má prestação do serviço público.

Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica, ou seja, não há abuso de autoridade na modalidade culposa. Além do dolo impõe-se a finalidade de abusar (agir abusivamente).

Formas de conduta: pode ser praticado na forma comissiva ou omissiva, ou seja, por ação ou omissão. (ex.: nos crimes do artigo 4º, alíneas c, d, g e i só podem ser praticados por omissão, são cirmes omissivos próprios ou puros)

Consumação e tentativa: as condutas criminosas estão nos artigos 3º e 4º da lei 9848/65

Os crimes do artigo 3º não admitem tentativa, uma vez que são crimes de atentados (crime de atentado: a mera tentativa já configura o crime na modalidade consumada. Contudo, Rogério Greco, admite a tentativa no crime de atentado)

Os crimes do artigo 4º das alíneas c, d, g e i não admitem tentativa, os demais sim.

Ação Penal Ação penal públicaAgindo de ofício o delegado e MP Art. 12, Lei 4898/65: a representação não é condição da ação, significa o direito de petição (informar da ocorrência de um crime a autoridade pública)

Competência: Em regra, será do JECRIMPena: 6 meses (IMPO – Infração de Menor Potencial Ofensivo)

Page 25: Acompanhamento Aula - Penal V

Exceções: 1. abuso de autoridade praticado contra servidor público federal no exercício das suas funções

é de competência da Justiça Comum Federal2. Abuso de autoridade praticado pelo servidor público federal: Duas correntes.

a) competência do JECRIM federal: b) Competência do JECRIM estadual: desde que não haja ofensa a interesse, bens ou serviços da União

3. Abuso de autoridade praticado por servidor público federal fora de suas funções, mas em razão dela: competência da JECRIM estadual

4. Abuso de autoridade praticado por militar: competência do JECRIM estadual ou federal a depender do militar, uma vez que abuso de autoridade não é crime militar.

Concurso de crime

O STJ e STF pacificaram o entendimento de que o abuso de autoridade não absolve os crimes conexos a ele. Tortura: para a doutrina fica absolvida o abuso de autoridade, porém para a jurisprudência não fica absolvido o abuso de autoridade.

Sujeitos do abuso de autoridade

Sujeito ativo: Autoridade: O conceito para fins de abuso de autoridade é muito amplo, abrangendo qualquer pessoa que exerça função pública, pertença ou não à administração pública, ainda que o exercício dessa função seja de forma gratuito e temporária (ex.: mesário da justiça eleitoral)

Funcionário demitido, exonerado ou aposentado não pratica abuso de autoridade, mas responde pelo crime praticado quando em atividade.

As pessoas que exercem munus público não praticam abuso de autoridade (ex.: curador dativo, depositário judicial), uma vez que exercem um encargo atribuído pelo juiz ou pela própria lei

Particular pode responder pelo abuso de autoridade?Responderá por abuso de autoridade quando estiver em concurso de agentes (ex.: autoridade praticando um abuso e o particular, sabendo dessa condição, pratica também o ato)

Sujeito passivoDois sujeitos passivos protegidos (dupla subjetividade): mediato e imediatoMediato: Administração Pública, representado pelo autor do abusoImediato: Pessoa física que sofreu o ato dolosos

Autoridade pública pode ser vítima de abuso de autoridade?Pode haver em relação ao superior hierárquico. Pode haver outros casos, como por exemplo, policial militar e delegado.

Pessoa jurídica também pode ser vítima de abuso de autoridade

Criança pode ser vítima de abuso de autoridade se não houver nenhum tipo específico no ECA – Estatudo da Criança e do Adolescente.

A lei de abuso de autoridade não tem dispositivo sobre a prescrição, aplicando o que dispõe o Código Penal, ou seja, 3 anos (menor prazo previsto atualmente no código penal).

Page 26: Acompanhamento Aula - Penal V

Assunto prova segunda unidadeLeis de drogasPrisão temporáriaAbuso de autoridade