aula 2 - manhà - ficha de acompanhamento - aÇÃo penal e prisÕes

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CURSO JUSDECISUM – BÁSICO – TURMA 2013 – TURNO MANHÃ E TARDE – CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – AULA 2 – FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE AULA – PROF. ANDREI ROCHA 1 9. DA AÇÃO PENAL PASSO A PASSO DA AÇÃO PENAL NOTICIA CRIMINIS QUAL É O CRIME? QUAL É O TIPO DA AÇÃO PENAL? CRIME “X“. AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO INCONDICIONADA A autoridade policial aguarda representação da vítima ou do representante legal. A autoridade policial não depende de nenhuma condição. Obs.: O crime em si que irá nortear qual o tipo da ação penal. Caso o crime seja omisso em informar qual o tipo da ação penal, o mesmo será caracterizado como ação penal pública incondicionada. EXEMPLOS CRIME DO ART. 121 DO CP CRIME CONTRA A HONRA CP, Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante QUEIXA, SALVO QUANDO, NO CASO DO ART. 140, § 2º (INJURIA REAL), da violência resulta lesão corporal. 9.1 CONCEITO DE AÇÃO PENAL A) CONCEITO

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FICHA&DE&ACOMPANHAMENTO&DE&AULA&–&PROF.&ANDREI&ROCHA&&

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9. DA AÇÃO PENAL

PASSO A PASSO DA AÇÃO PENAL

NOTICIA CRIMINIS

QUAL É O CRIME? QUAL É O TIPO DA AÇÃO PENAL?

CRIME “X“.

AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA

CONDICIONADA A

REPRESENTAÇÃO

INCONDICIONADA

A autoridade policial

aguarda representação da

vítima ou do

representante legal.

A autoridade policial

não depende de

nenhuma condição.

Obs.: O crime em si que irá nortear qual o tipo da ação penal. Caso o crime seja

omisso em informar qual o tipo da ação penal, o mesmo será caracterizado como ação

penal pública incondicionada.

EXEMPLOS

CRIME DO ART. 121 DO CP CRIME CONTRA A HONRA

CP, Art. 145 - Nos crimes

previstos neste Capítulo

somente se procede mediante

QUEIXA, SALVO QUANDO, NO

CASO DO ART. 140, § 2º

(INJURIA REAL), da violência

resulta lesão corporal.

9.1 CONCEITO DE AÇÃO PENAL

A) CONCEITO

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9.2 CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

São as condições exigidas pela lei para o exercício da ação penal.

Podem ser classificadas em:

A) CONDIÇÕES GERAIS (OU GENÉRICAS)

B) CONDIÇÕES ESPECIAIS (OU ESPECÍFICAS)

REQUISITOS GÉNERICOS DA AÇÃO PENAL

São aquelas exigidas para todas as ações penais. São elas:

POSSIBILIDADE

JURÍDICA DO

PEDIDO

A providência pleiteada deve ser admitida pelo ordenamento

jurídico. Ex.: seu delegado, fui furtado. Levaram toda minha

maconha!

INTERESSE DE

AGIR

Consiste no trinômio necessidade, utilidade e adequação.

Necessidade de se recorrer ao judiciário a fim de que o

interesse material seja satisfeito.

Utilidade do provimento pleiteado pelo autor, pois se o

provimento for inútil, se não for apto a produzir o resultado

almejado, não há interesse de agir.

Adequação. Deve-se utilizar a via adequada para o exercício

LEGITIMAÇÃO

PARA AGIR

(LEGITIMATIO AD

CAUSAM)

Têm legitimidade para a ação os titulares dos interesses em

litígio.

REQUISITOS ESPECÍFICOS DA AÇÃO PENAL

São as condições exigidas conforme a espécie de ação penal, condicionando o seu

exercício. Ex.: representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça, nas ações

públicas condicionadas

9.3 ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL – PÚBLICA E PRIVADA

CPP, Art. 100. A Ação Penal é Pública, salvo quando a lei

expressamente a declara privativa do ofendido.

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AÇÃO PENAL

PÚBLICA PRIVADA

É pública porque a titularidade é do MP,

orgão público responsável pela acusação do

indivíduo.

É privada porque o MP “empresta“ a

titularidade à vitima.

QUEM TEM A INICIATIVA DA AÇÃO

PENAL?

QUEM TEM A INICIATIVA DA AÇÃO

PENAL?

CONDICIONADA A

REPRESENTAÇÃO

INCONDICIONADA ! Vítima ou seu representante legal.

! Vitima ou seu

representante

legal ou

! Requisição MJ

! O MP

NOME DA PETIÇÃO: DENÚNCIA NOME DA PETIÇÃO: QUEIXA-CRIME

CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL

PÚBLICA

CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL

PRIVADA

CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO EXCLUSIVA

Confere a iniciativa do desencadeamento

da ação penal a própria vítima,

dependendo da modalidade de crime

praticado.

INCONDICIONADA PERSONALÍSSIMA

Confere a iniciativa do desencadeamento

da ação penal a um órgão público (MP).

Independe de qualquer condição especial.

X SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

É a regra no processo penal, uma vez que, no silêncio da lei, a ação será pública

incondicionada.

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9.3.1 AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

A) TITULARIDADE

Esquematizando…

PERSECUÇÃO PENAL DO ESTADO

AUTORIDADE

POLICAL

ENCAMINHA-SE AO

MP, VIA PODER

JUDICIÁRIO

MINISTÉRIO

PÚBLICO

INQUÉRITO

(titular do

Inquerito)

DENÚNCIA

(titular da Ação

Penal)

Crime x – ação penal

pública incondicionada

cabendo a este orgão

promover a ação desde

a peça inicial

RELATÓRIO OFERECIMENTO DA

PEÇA ACUSATÓRIA

PARA JUIZ

O JUIZ RECEBEU?

INICIO DA AÇÃO

PENAL.

QUESTÃO: QUAL O MOMENTO QUE COMEÇA A AÇÃO PENAL

PÚBLICA?

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B) PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA

OBRIGATORIEDADE Existindo elementos suficientes de autoria e materialidade, o

MP é obrigado a promover a ação penal.

INDISPONIBILIDADE Uma vez instaurada a ação penal, não pode o MP desistir da

ação (art. 42 do CPP)

OFICIALIDADE A ação penal pública é oficial, uma vez que é promovida por

um órgão estatal/público, qual seja o MP.

DIVISIBILIDADE

O processo, no caso de ação pública, pode ser

desmembrado, tendo em vista a conveniência da

instrução criminal.

INTRANSCENDÊNCIA

A ação penal não pode transcender da pessoa do acusado

(art. 5o, XLV, da CF).

9.3.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

A) TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA

Q289506 (Prova: CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual Penal / Inquérito Policial; Da Ação Penal -

adaptada) Por força do dever de persecução penal do Estado, assim que

tiver conhecimento da prática de crime, independentemente de

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representação do ofendido, a autoridade policial terá o dever de instaurar

inquérito policial.

B) CONCEITO DO TERMO “REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO”

Obs.:

DIFERENÇA ENTRE AS TITULARIDADES

TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL

PÚBLICA INCONDICIONADA OU

CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO

TITULARIDADE DA REPRESENTAÇÃO

DA AÇÃO PENAL

Exclusivamente do Ministério Público O ofendido/vítima maior de 18 anos, e, se

menor, também do seu representante

legal.

Obs.: Pode também ser exercido por

procurador com poderes especiais.

Obs.: No caso de morte do ofendido ou

quando declarado ausente por

decisão judicial, o direito de

representação passará ao cônjuge,

ascendente, descendente ou irmão

(C.A.D.I) (art. 24, § 1o, do CPP).

QUESTÃO. A QUEM É DIRIGIDA A REPRESENTAÇÃO DO

OFENDIDO?

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QUESTÃO. QUAL O PRAZO PARA O AGENTE REPRESENTAR

PERANTE O JUIZ OU MP OU AUTORIDADE POLICIAL?

CPP, Art. 38 - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu

representante legal, decairá no direito de queixa ou de

representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)

meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,

(…)

Q318321 (Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito / Direito

Processual Penal / Da Ação Penal)

Maria, vítima de estupro, comunicou o fato à autoridade policial na

delegacia de polícia. Chamada, seis meses depois, para fazer o

reconhecimento de um suspeito, Maria o identificou com segurança. A

partir dessa situação hipotética, julgue os itens

subsequentes. Maria tem o prazo de seis meses para representar

contra o suspeito, iniciando-se a contagem, inclusive, do dia em que fez o

reconhecimento na delegacia de polícia.

Q314560 (Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Procurador / Direito Processual

Penal / Da Ação Penal)

Em relação à ação penal de iniciativa privada, é correto afirmar que salvo

disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá

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do direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do

prazo de 6 (seis) meses, contado do dia do fato tido como criminoso.

C) RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO

CPP, Art. 25 - A representação será irretratável, depois de oferecida

a denúncia.

Obs.: É possível retratação da retração.

Q311441 (Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual Penal / Da Ação Penal).

Uma vez apresentada, a representação de crime de ação penal pública

somente pode ser retirada antes do oferecimento da denúncia, não se

admitindo retratação da retratação.

B) REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

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Obs.: A requisição do MJ não está sujeita a prazo decadencial.

9.3.3 AÇÃO PENAL PRIVADA

A) TITULARIDADE

Obs.:

QUESTÃO: QUAL O MOMENTO EXATO QUE COMEÇA A AÇÃO PENAL

PRIVADA?

B) PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA

OPORTUNIDADE OU

CONVENIÊNCIA

O ofendido pode exercer ou não o direito de queixa, de

acordo com sua conveniência, ao contrário da ação penal

pública, que é regida pelo princípio da obrigatoriedade

DISPONIBILIDADE Para o querelante a ação penal privada é disponível, até o trân-

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sito em julgado da sentença condenatória.

FORMAS DE DISPOSIÇÃO DA AÇÃO PENAL PRIVADA

RENÚNCIA DECADÊNCIA PERDÃO PEREMPÇÃO

art. 49 e 50

do CPP

art. 38

do CPP

arts. 51 a

59 do CPP

art. 60 do CPP

OFICIALIDADE A ação penal pública é oficial, uma vez que é promovida por

um órgão estatal, o Ministério Público.

INDIVISIBILIDADE

se o crime foi cometido em concurso de agentes, tendo o

ofendido conhecimento de todos eles, não poderá mover

ação penal em face de um ou alguns apenas, em detrimento

dos demais, pois não tem a faculdade de escolher o réu que

pretende ver processado e, eventualmente, condenado.

INTRANSCENDÊNCIA

A ação penal somente poderá ser proposta contra a pessoa que

praticou a infração penal, não podendo alcançar terceiros que

não participaram, de alguma forma, para a execução do delito

(art. 5o, XLV, da CF).

Obs.: RENÚNCIA X DECADÊNCIA X PERDÃO X PEREMPÇÃO

DISPONIBILIDADE

Para o querelante a ação penal privada é disponível, até o trân-

sito em julgado da sentença condenatória.

FORMAS DE DISPOSIÇÃO DA AÇÃO PENAL PRIVADA

RENÚNCIA DECADÊNCIA PERDÃO PEREMPÇÃO

art. 49 e 50

do CPP

art. 38

do CPP

arts. 51 a

59 do CPP

art. 60 do CPP

QUAL O MOMENTO DE CADA UM?

RENÚNCIA …DO DIREITO DE QUEIXA-CRIME.

RETRATAÇÃO …ATÉ O OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO.

PERDÃO DEPOIS DO OFERECIMENTO DA QUEIXA…ATÉ A

SENTENÇA.

QUESTÃO. COMO OCORRE A RENÚNCIA? A RENÚNCIA É O ATO

UNILATERAL DO OFENDIDO (OU SEU REPRESENTANTE LEGAL),

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ABDICANDO DO DIREITO DE PROMOVER A AÇÃO PENAL PRIVADA,

EXTINGUINDO-SE POR CONSEQUÊNCIA, O DIREITO DE PUNIR DO

ESTADO.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA RENÚNCIA

! Em regra, a renúncia só é cabível na Ação Penal Privada.

! É um instituto pré-processual da queixa.

! Obsta a formação do processo penal, pois ocorre antes da queixa

! É ato unilateral, isto é independe da vontade do querelado.

! Renunciando, expressa ou tacitamente, o direito de queixa não pode

ser exercido (art. 104 do CP);

! Havendo duas vítimas, a renúncia de uma não prejudica o direito da

outra, possuindo cada qual direitos autônomos.

Q311442 (Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual Penal / Da Ação Penal) Não se admite a

renúncia do direito de representação.

QUESTÃO. COMO OCORRE A PEREMPÇÃO? BASTA VISITAR AS

HIPÓTESES ESPECÍFICAS DO ART. 60 DO CPP.

CPP, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa,

considerar-se-á perempta a ação penal:

I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o

andamento do processo durante 30 dias seguidos;

II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não

comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de

60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o

disposto no art. 36;

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III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a

qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de

formular o pedido de condenação nas alegações finais;

IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir

sem deixar sucessor.

Obs.:

Q316664 ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de

Justiça Avaliador / Direito Processual Penal / Da Ação Penal; ) Julgue os

itens a seguir, relativos à ação penal, à ação civil e à competência. A

perempção, admitida tanto na ação penal privada quanto na pública,

acarreta o perecimento da ação penal e a extinção da punibilidade do

réu.

Q301619 ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-TO - Defensor Público / Direito

Processual Penal / Da Ação Penal; ) Acerca da ação penal, assinale a

opção correta. a) Admite-se a incidência da perempção na ação penal

privada subsidiária da pública se o ofendido não promover a queixa no

prazo de seis meses, atingindo a prescrição, também, o direito do titular

originário da persecução penal.

(CESPE/Defensor Público-AL/2009) Considera-se perempta a ação penal

pública condicionada quando, após seu início, o MP deixa de promover o

andamento do processo durante trinta dias seguidos.

QUESTÃO. COMO OCORRE O PERDÃO?

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PERDÃO

! Só é cabível na Ação Penal Privada.

! É ato bilateral, sendo indispensável que o perdão seja aceito expressa

ou tacitamente pelo querelado;

! O perdão concedido por um dos querelantes não prejudica o direito do

outro;

! O perdão concedido a qualquer dos querelados a todos aproveita

! Tanto o perdão quanto a aceitação são atos incondicionais (perdoa-se

sem exigências, aceita-se sem condições);

! Havendo duas vítimas, a renúncia de uma não prejudica o direito da

outra, possuindo cada qual direitos autônomos.

RENUNCIA PERDÃO

APENAS PARA O DIREITO DE QUEIXA OU

REPRESENTAÇÃO

CONTINUIDADE DA AÇÃO

OCORRE ENTRE A CIENCIA DA AUTORIA

DO CRIME ATÉ O DIREITO DE QUEIXA OU

REPRESENTAÇÃO

ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA

SENTENÇA

C) ESPÉCIES DA AÇÃO PENAL PRIVADA

DA AÇÃO PENAL É aquela que somente pode ser proposta pelo ofendido ou por

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PRIVADA

EXCLUSIVA

seu representante legal. No caso de morte ou au- sência

reconhecida judicialmente destes, pode ser exercida pelo

cônjuge, ascen- dente, descendente ou irmão (art. 31 do

cpp). Ex.: art. 145 do cp.

DA AÇÃO PENAL

PRIVADA

PERSONALÍSSIMA

Cabe única e exclusivamente ao ofendido. Legitimada é

somente a pessoa indicada na lei. No caso de morte ou

ausência judicialmente reconheci- da, nenhuma outra pessoa

poderá propor nem prosseguir na ação. Somente dois crimes

são de ação penal privada personalíssima: art. 236 do CP

(induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento).

DA AÇÃO PENAL

PRIVADA

SUBSIDIÁRIA DA

PÚBLICA

É aquela intentada pela vítima ou por seu representante legal

nos crimes de ação penal pública, quando o Ministério

Público não oferece denúncia no prazo legal (arts. 5o,

LIX, da CF, 100, § 3o, do CP e 29 do CPP). O ofendido neste

momento, oferta queixa-crime no lugar da denúncia do MP.

Neste caso, caberá ao Ministério Público aditar a queixa,

repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos

os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor

recurso (interveniente obrigatório), e, a todo tempo, no caso

de negligência do querelante, retomar a ação como parte

principal (art. 29 do CPP).

Essa espécie de ação somente tem cabimento diante da

inércia do Ministério Público. Prazo para a propositura da

ação privada subsidiária – 6 meses, contados do dia em

que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

10. DENÚNCIA E QUEIXA

10.1. CONCEITO DA PEÇA ACUSATÓRIA: DENÚNCIA E QUEIXA

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10.2 REQUISITOS DA DENÚNCIA E DA QUEIXA

Encontram-se enumerados no art. 41 do CPP

a) exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias;

b) qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa

identificá-lo;

c) classificação jurídica do crime;

d) quando necessário, o rol de testemunhas.

10.3 PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

10.4 PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA QUEIXA-CRIME

10.5 ADITAMENTO DA QUEIXA PELO MP

CPP, Art. 45 - A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do

ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá

intervir em todos os termos subseqüentes do processo.

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& 16&

QUANDO O MP PODE ADITAR A QUEIXA-CRIME?

AÇÃO PENAL PRIVADA

EXCLUSIVA

AÇÃO PENAL PRIVADA

SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

o MP, PODE ampliar e

complementar a queixa crime para

incluir circunstâncias que

influenciem na caracterização do

crime e sua classificação).

Prazo para a realização do

aditamento: 3 dias (art. 46, § 2o).

Nesta o MP é interveniente

obrigatório, tendo atribuições

mais amplas, conforme disposto no

art. 29 do CPP.

10.6 ADITAMENTO DA DENÚNCIA

&12. DA PRISÃO

12.1 CONCEITO

Obs.:

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& 17&

12.2 ESPÉCIES DE PRISÃO

PRISÃO PENAL

(PENAL)

Ocorre após o trânsito em julgado da sentença penal

condenatória na qual foi imposta pena privativa de liberdade. Tem

caráter repressivo.

PRISÃO

PROCESSUAL

(PROVISÓRIA)

(CAUTELAR)

É decretada antes do trânsito em julgado de sentença

condenatória, nos casos previstos em lei. Tem caráter cautelar.

Pode ser de cinco espécies: 1 – prisão em flagrante, prisão

preventiva, prisão temporária, prisão por pronúncia e prisão em

razão de sentença condenatória recorrível.

PRISÃO CIVIL

Decretada na hipótese constitucionalmente prevista: de alimentos

(art. 733, § 1o, do CPC) e de depositário infiel (art. 5o, lxvii, da cf).

Note que, em que pese haver previsão constitucional, a súmula

vinculante no 25 veda a possibilidade de prisão do depositário infiel.

PRISÃO

DISCIPLINAR

Permitida para os casos de transgressão militar e crime militar,

conforme autoriza a Constituição Federal (arts. 5o, LXI, e 142, § 2o,

da CF).

PRISÃO

DOMICILIAR

Os arts. 317 e 318 do CPP, de acordo com nova Lei no 12.403/2011,

apontam que a prisão domiciliar consiste no recolhimento do

indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-

se com autorização judicial. Poderá o juiz, mediante prova idônea,

substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:

I – maior de 80 (oitenta) anos;

II – extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6

(seis) anos de idade ou com deficiência; IV – gestante a partir do 7o

(sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco.

12.3 DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA PRISÃO

PROCESSUAL CAUTELAR/PROVISÓRIA

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& 18&

CPP, Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou

por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente,

em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no

curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária

ou prisão preventiva.

CF/88, art. 5o, XI. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela

podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de

flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,

por determinação judicial.

INGRESSO NO DOMICILÍO X PRISÃO EM FLAGRANTE X DETERMINAÇÃO JUDICIAL

FLAGRANTE DELITO, DESASTRE OU PRESTAR SOCORRO

SEM FLAGRANTE DELITO, DESASTRE OU PRESTAR SOCORRO

SEM ORDEM JUDICIAL E A QUALQUER HORA DO DIA

ORDEM JUDICIAL E DURANTE O DIA.

Q316666 (Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de

Justiça Avaliador / Direito Processual Penal / Da Prisão em Flagrante)

Julgue os itens seguintes, referentes a prisão, medidas

cautelares,liberdade provisória e prazos processuais. É considerada válida

a prisão em flagrante no período noturno, ainda que não haja mandado

judicial que a autorize ou ainda que ocorra violação do domicílio do

aprisionado.

12.3.1 DA PRISÃO EM FLAGRANTE

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& 19&

12.3.1.1 HIPÓTESES DE FLAGRANTE – ART. 302 DO CPP

CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está

cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é

PERSEGUIDO, LOGO APÓS, pela autoridade, pelo ofendido ou por

qualquer pessoa, EM SITUAÇÃO QUE FAÇA PRESUMIR ser autor da

infração; IV – (embora não tenha sido perseguido ou perdido de

vista) é encontrado, LOGO DEPOIS, com instrumentos, armas,

objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Explicando o Art. 302 do CPP… MODALIDADES DE FLAGRANTE DELITO

FLAGRANTE

PRÓPRIO/PROPRIAMENTE

DITO/PERFEITO/REAL

FLAGRANTE

IMPRÓPRIO/

IMPERFEITO/

QUASE-FLAGRANTE

FLAGRANTE

PRESUMIDO OU

FICTO

I - está

cometendo a

infração penal;

II - acaba de

cometê-la

É PERSEGUIDO, LOGO

APÓS, pela autoridade,

pelo ofendido ou por

qualquer pessoa, EM

SITUAÇÃO QUE FAÇA

PRESUMIR ser autor da

infração;

Obs.:

Embora não tenha

sido perseguido ou

perdido de vista é

encontrado, LOGO

DEPOIS, com

instrumentos,armas,

objetos ou papéis que

façam presumir ser ele

autor da infração

Obs.:

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& 20&

DA SITUAÇÃO DE FLAGRÂNCIA NOS CRIMES PERMANENTES

CPP, Art. 303. Nas infrações PERMANENTES, entende-se o agente em

flagrante delito enquanto não cessar a permanência.v

Q236130 ( Prova: CESPE - 2012 - Polícia Federal - Papiloscopista da

Polícia Federal / Direito Processual Penal / Da Prisão em Flagrante) Com

base no direito processual penal, julgue os itens que se seguem.

Considere que, no curso de investigação policial para apurar a prática de

crime de extorsão mediante sequestro contra um gerente do Banco X,

agentes da Polícia Federal tenham perseguido os suspeitos, que fugiram

com a vítima, por dois dias consecutivos. Nessa situação, enquanto

mantiverem a privação da liberdade da vítima, os suspeitos poderão ser

presos em flagrante, por se tratar de infração permanente.

12.3.1.2 PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE EM RELAÇÃO À

PRISÃO EM FLAGRANTE

Obs.:

12.3.1.3 SUJEITOS DO FLAGRANTE: ART. 301 DO CPP

A) ATIVO (QUEM PODE PRENDER EM FLAGRANTE)

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& 21&

SUJEITOS ATIVO PARA A REALIZAÇÃO DO FLAGRANTE

É dever das autoridades policiais e seus

agentes.

É faculdade de qualquer pessoa.

FLAGRANTE COMPULSÓRIO FLAGRANTE FACULTATIVO

B) PASSIVO (QUEM PODE SER PRESO EM FLAGRANTE)

SUJEITOS QUEM PODEM SER PRESO EM FLAGRANTE

REGRA

GERAL

Como regra, toda pessoa pode ser presa em flagrante.

EXCEÇÕES

! Quem, após o crime de autoria ignorada, apresenta-se

espontaneamente à autoridade (segundo entendimento do

STF). Neste caso, pode, porém, ser preso preventivamente;

! Autor de fato considerado de menor potencial ofensivo (após a

lavratura do termo circunstanciado) – art. 69, parágrafo único, da Lei

no 9.099/1995;

! Menores de 18 anos (inimputáveis);

! Diplomatas estrangeiros (Convenção de Viena);

! Presidente da República (art. 86, § 3o, da CF);

! membros do Congresso Nacional (art. 53, caput, da CF);

! Deputados estaduais (art. 27, § 1o c/c o art. 53, caput, da CF);

! Magistrados (art. 33, II, da LOMN);

! Membros do Ministério Público (art. 20, VIII, da LONMP).

Obs.: Os membros do Congresso Nacional, deputados estaduais,

magistrados e membros do Ministério Público poderão ser presos em

flagrante no caso de crimes inafiançáveis.

12.3.1.4 LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

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& 22&

12.3.1.5 PRAZO PARA A LAVRATURA DO AUTO

CPP, Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre

serão comunicados IMEDIATAMENTE ao juiz competente, ao

Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele

indicada

12.3.1.6 AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE - APF

12.3.1.9 RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Obs.:

12.3.2 PRISÃO PREVENTIVA

A) CONCEITO

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& 23&

CPP, Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do

processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de

ofício, SE no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério

Público, do querelante ou do assistente, ou por REPRESENTAÇÃO

DA AUTORIDADE POLICIAL.

MOMENTO DO PEDIDO DA PRISÃO PREVENTIVA

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CURSO NA AÇÃO PROCESSUAL

PENAL

ADMITIDA EM QUALQUER FASE DA PERSECUÇÃO CRIMINAL

- JUIZ DE OFICIO

REQUERIMENTO DO MP

QUERELANTE

ASSISTENTE,

REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE

POLICIAL.

REQUERIMENTO DO MP

QUERELANTE

ASSISTENTE,

REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE

POLICIAL.

12.3.2.1. FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA

CPP, Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como

GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, da ordem ECONÔMICA, por

CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, ou para ASSEGURAR A

APLICAÇÃO DA LEI PENAL, quando houver prova da existência do

crime e indício suficiente de autoria.

Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada

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& 24&

em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por

força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).

CPP, Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será ADMITIDA a

decretação da prisão preventiva:

I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade

máxima SUPERIOR a 4 (quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença

transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art.

64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a

mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com

deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de

urgência;

REQUISITOS PARA A PRISÃO PREVENTIVA AUTÔNOMA

1 ETAPA – art. 312 do CPP

PERICULUM LIBERTATIS FUMUS COMMISSI DELICTI

a) Garantia da ordem pública,

b) Garantia da ordem econômica,

c) Garantia da conveniência da instrução

criminal, ou

d) Assegurar a aplicação da lei penal

a) prova da existência do crime e

b) indícios suficiente de autoria

(justa causa).

2 ETAPA – art. 313 do CPP

Se o crime for DOLOSO punido com PPL SUPERIOR a 4 (quatro) anos

OU

Se for condenado por OUTRO crime DOLOSO, salvo reincidente

OU

se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,

adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução

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& 25&

das medidas protetivas de urgência

OU

DÚVIDA SOBRE A IDENTIDADE CIVIL DA PESSOA OU QUANDO ESTA NÃO

FORNECER ELEMENTOS SUFICIENTES PARA ESCLARECÊ-LA, devendo o preso ser

colocado imediatamente em liberdade após a identificação

Obs.: O Descumprimento de qualquer das medidas cautelares PODE ensejar

prisão preventiva. (Não é o simples descumprimento. Deve estar acumulado com

as demais hipóteses do art. 312 do CPP – 1 etapa –. E o art. 313? Não precisa).

Obs.: A quebra de fiança também pode ensejar a prisão preventiva

Obs.: A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz

verificar:

! As excludentes de ilicitude dos incs. I, II e III do caput do art. 23

do Código Penal;

! j

! Não é cabível em caso de contravenção, porque o Código de

Processo Penal refere‐se a “crime”;

! g

! Não comporta para crime culposo, porque o art. 313 só se refere

a “crime doloso”;

! g

! Crimes cujas penas sejam iguais ou inferior a 4 anos;

Neste caso, o juiz concederá a liberdade provisória, impondo, se for

o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.

CPP, Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão

preventiva será sempre motivada.

CPP, Art. 316 - O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr

do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de

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& 26&

novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

12.3.2.2. APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA x PRISÃO PREVENTIVA

12.3.2.3. DURAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

12.3.2.4. SUBSTITUIÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA PELA

DOMICILIAR

CPP, Art. 318. Poderá o juiz SUBSTITUIR A PRISÃO PREVENTIVA

pela domiciliar quando o agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6

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& 27&

(seis) anos de idade ou com deficiência;

IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta

de alto risco.

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos

requisitos estabelecidos neste artigo.

13. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO

A) REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES

CPP, Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão

ser aplicadas OBSERVANDO-se a:

I - necessidade para APLICAÇÃO DA LEI PENAL, para A

INVESTIGAÇÃO ou a INSTRUÇÃO CRIMINAL e, nos casos

expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;

II - adequação da medida à GRAVIDADE DO CRIME, circunstâncias

do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. Serve para

qualquer modalidade de prisão.

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& 28&

B) DA ACUMULATIVIDADE DAS MEDIDAS CAUTELARES

CPP, Art. 282, §1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas

isolada ou cumulativamente. (entre si).

§2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a

requerimento das partes ou, quando no curso da investigação

criminal, por REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL ou

mediante requerimento do Ministério Público.

C) DOS LEGITIMADOS PARA O PEDIDO DE DECRETAÇÃO DAS

MEDIDAS CAUTELARES

C) DO DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS CAUTELARES –

FUNGIBILIDADE DAS MEDIDAS CAUTELARES – PRISÃO

PREVENTIVA SUBSTITUTIVA /SUBSIDIÁRIA DA MEDIDA

CAUTELAR

REQUISITOS PARA A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES –

ART. 282 DO CPP

APLICAÇÃO DA LEI PENAL,

INVESTIGAÇÃO ou

INSTRUÇÃO CRIMINAL

E para EVITAR A PRÁTICA DE INFRAÇÕES PENAIS; (L.E.I.G)

OU

A gravidade do crime pedir.

LEGITIMADOS PARA O PEDIDO DE DECRETAÇÃO DAS MEDIDAS

CAUTELARES

NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL NO CURSO NA AÇÃO PENAL

REPRESENTAÇÃO DO DELEGADO. JUIZ DE OFICIO

REQUERIMENTO DO MP REQUERIMENTO DO OFENDIDO

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& 29&

CPP, Art. 282, §4o No caso de descumprimento de qualquer das

obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento

do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, PODERÁ

substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, EM ÚLTIMO

CASO, DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA (art. 312, parágrafo único).

Sequência: 1) Descumprimento da medida cautelar;

2) Juiz ou requerimento do MP ou querelante;

3) Substituição ou imposição acumulativa das medidas;

4) Em ultimo caso Prisão Preventiva Subsidiária.

Obs.:

D) DA REVOGAÇÃO OU SUBSITUIÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR

CPP, Art. 282, §5o O juiz poderá REVOGAR a medida cautelar ou

SUBSTITUÍ-LA quando verificar a falta de motivo para que subsista,

bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a

justifiquem.

DIFERENÇA ENTRE DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS E

REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES

O JUIZ REVOGA DIANTE DO DESCUMPRIMENTO

Quando verificar a falta de motivo

para que subsista.

1) Juiz ou requerimento do MP ou

querelante;

2) Substituição ou imposição O JUIZ VOLTA A DECRETÁ-LA

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& 30&

Se sobrevierem razões que a

justifiquem a volta da medida

cautelar.

acumulativa das medidas;

3) Em ultimo caso Prisão Preventiva

Subsidiária. (QUANDO NÃO FOR

CABÍVEL OUTRA MEDIDA)

Q275003 ( Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia / Direito

Processual Penal / Da Prisão Preventiva; ) Uma vez decretada a prisão

preventiva, e revogada por falta de motivos para que subsista, é vedado

ao juiz decretá-la novamente.

D) DA EXTREMA RATIO DA PRISÃO PREVENTIVA EM RELAÇÃO ÀS

DEMAIS MEDIDAS CAUTELARES – PRISÃO PREVENTIVA

SUBSTITUTIVA

CPP, Art. 282, §4o §6o A prisão preventiva será determinada

QUANDO NÃO FOR CABÍVEL a sua substituição por outra medida

cautelar (art. 319).

Q235012 (Prova: CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia - Civil /

Direito Processual Penal / Da Prisão Preventiva) As medidas cautelares

previstas na recente reforma do CPP estão fundadas no binômio

necessidade e adequação. Em que pese tais medidas poderem ser

aplicadas isolada ou cumulativamente, não poderá haver sua cumulação

com a prisão preventiva. Logo, não poderá não poderá haver medida

cautelar sua cumulação com a prisão preventive

E) DAS MEDIDAS CAUTELARES EM ESPÉCIE.

CPP, Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

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& 31&

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições

fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares

quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou

acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas

infrações;

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando,

por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela

permanecer distante;

IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja

conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V - RECOLHIMENTO DOMICILIAR no período noturno e nos dias de

folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI - SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA OU DE

ATIVIDADE DE NATUREZA ECONÔMICA OU FINANCEIRA QUANDO

HOUVER JUSTO RECEIO DE SUA UTILIZAÇÃO PARA A PRÁTICA DE

INFRAÇÕES PENAIS;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes

praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos

concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código

Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - FIANÇA, nas infrações que a admitem, para assegurar o

comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu

andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;

Obs.: Não confuda essa fiança com a fiança do art. 310, III do CPP. Aqui,

a mesma é medida cautelar e a qualquer tempo, enquanto que o art. 310,

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& 32&

III, apenas subsidia a liberdade provisória.

IX - MONITORAÇÃO ELETRÔNICA.

F) DAS MEDIDAS CAUTELARES EM ESPÉCIE.

§ 4o A FIANÇA será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo

VI deste Título, podendo ser cumulada com OUTRAS MEDIDAS

CAUTELARES.

Obs.:

12.3.3 PRISÃO TEMPORÁRIA

A) CARACTERISTICAS GERAIS SOBRE A PRISÃO TEMPORÁRIA

Obs.:

Q301622 (Prova: CESPE - 2013 - DPE-TO - Defensor Público / Direito

Processual Penal / Da Prisão e da Liberdade Provisória;). Em relação às

prisões, às medidas cautelares e à liberdade provisória, assinale a opção

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& 33&

correta, segundo entendimento do STJ. a) É autônoma a regulamentação

da prisão temporária, e sua decretação depende da complexidade da

investigação e da gravidade intrínseca de algumas infrações elencadas na

lei de regência, NÃO SE VINCULANDO aos REQUISITOS DE

ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA E do exame do CABIMENTO

DE EVENTUAIS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO, tampouco

ao teto de pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos nos

crimes dolosos. Correta.

REQUISITOS PARA A PRISÃO TEMPORÁRIA

I e III ou II e III

REQUISITOS PARA OS CRIMES

(I) imprescindível para as investigações

do IP;

(III)fundadas razões de AUTORIA ou

PARTICIPAÇÃO nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso

b) seqüestro ou cárcere privado

c) roubo

d) extorsão

e) extorsão mediante seqüestro

f) estupro

l) quadrilha ou bando

m) genocídio

n) TRÁFICO DE DROGAS

o) CRIMES CONTRA O SISTEMA

FINANCEIRO

(II) não tiver residência fixa

ou

não existir elementos necessários de

sua identidade;

PRAZO DA PRISÃO PREVENTIVA

CRIME HEDIONDO NA LEI PRISÃO TEMPORÁRIA

30 + 30 5 + 5

DECRETADA PELO JUIZ

REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE

POLICIAL e

OUVIRÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO

DE REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO

PÚBLICO

Obs.:

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& 34&

12.5 DA LIBERDADE PROVISÓRIA

A) CONCEITO

CPP, Art. 321. AUSENTES OS REQUISITOS QUE AUTORIZAM A

DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, o JUIZ deverá CONCEDER

LIBERDADE PROVISÓRIA (quando houver prisão em flagrante

legal), impondo, SE FOR O CASO, as MEDIDAS CAUTELARES previstas

no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282

deste Código.

Obs.: Primeiramente, somente se discute liberdade provisória se a prisão

for LEGAL e em FLAGRANTE DELITO.

B) DOS REQUISITOS DA CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA

QUESTÃO: COMO SABER SE A PRISÃO PREVENTIVA PODE SER

CONCEDIDA OU NÃO PARA O ACUSADO?

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& 35&

C) DO PROCEDIMENTO DO MAGISTRADO AO RECEBER A PRISÃO

EM FLAGRANTE PARA FINS DE LIBERDADE PROVISÓRIA

CPP, Art. 310. Ao receber o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, o juiz

deverá fundamentadamente:

I - RELAXAR a prisão ilegal; ou

II - CONVERTER a prisão em flagrante em preventiva, quando

presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, E se

revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares

diversas da prisão; ou

III - CONCEDER liberdade provisória, com ou sem fiança.

Obs.:

RECEBENDO O JUIZ O APF

RELAXAR CONVERTER CONCEDER

QUANDO? QUANDO? QUANDO?

a Prisão Ilegal a prisão em flagrante em

Prisão Preventiva SE as

medidas cautelares não

forem suficientes

Prisão legal.

Liberdade Provisória,

com ou sem fiança

PASSO A PASSO

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CURSO&JUSDECISUM&–&BÁSICO&–&TURMA&2013&–&TURNO&MANHÃ&E&TARDE&–&CÓDIGO&DE&PROCESSO&PENAL&–&AULA&2&–&

FICHA&DE&ACOMPANHAMENTO&DE&AULA&–&PROF.&ANDREI&ROCHA&&

& 36&

1. Primeiro, tentativa de

aplicar algumas das

medidas cautelares no art.

319 e não for possivel +

1. Possibilidade de aplicar

algumas das medidas

cautelares no art. 319 se

for possivel.

2. Presentes os requisitos e

art. 282 do CPP e da prisão

preventiva previsto no art.

312 do CPP

2. Ausentes os requisitos

da prisão preventiva

previsto no art. 312 do

CPP e art. 282 do CPP.

Obs.: SE O JUIZ verificar,

pelo APF, que o agente

praticou o fato diante de

EXCLUDENTE DE

ILICITUDE do CP PODERÁ,

fundamentadamente,

CONCEDER AO ACUSADO

LIBERDADE PROVISÓRIA,

mediante TERMO DE

COMPARECIMENTO a

todos os atos processuais,

sob pena de revogação da

LP. (LP vinculada).

Q318323 (Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito / Direito

Processual Penal / Da Prisão em Flagrante; Da Prisão Preventiva; )

Considerando que um servidor público tenha sido preso em flagrante pela

prática de peculato cometido em desfavor da Caixa Econômica Federal,

tendo sido o crime facilitado em razão da função exercida pelo referido

servidor. Julgue os itens a seguir, com base na legislação

processual penal. Ao receber o auto de prisão em flagrante do

servidor, o juiz deverá converter a prisão em flagrante em preventiva e,

então, se for o caso, deliberar pela aplicação de medidas cautelares

diversas da prisão, como a suspensão do exercício da função pública.

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FICHA&DE&ACOMPANHAMENTO&DE&AULA&–&PROF.&ANDREI&ROCHA&&

& 37&

Obs.:

12.6 DAS NOVAS CARACTERÍSTICAS DA FIANÇA, TRAZIDAS PELA

LEI N 12.403/2011

⇒ Há dois tipos de liberdade sem fiança: com vinculação (acumulação

com outras medidas cautelares) – ART. 310, OU e sem vinculação –

ART. 321 DO CPP –.

Art. 310. Ao receber o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, o juiz deverá

fundamentadamente: (…) III - CONCEDER liberdade provisória, COM OU SEM

FIANÇA

AUSENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA e SE O CASO FOR DE

PRISÃO DESNECESSÁRIA

LIBERDADE PROVISÓRIA

SEM FIANÇA

LIBERDADE PROVISÓRIA

COM FIANÇA

COM MEDIDA

CAUTELAR

SEM MEDIDA

CAUTELAR

ESTIPULADO PELO

DELEGADO

ESTIPULADO PELO

JUIZ

SE FOR O CASO,

as medidas

cautelares previstas

no art. 319 c/c art.

282 do CPP.

LIVRAR-SE SOLTO Quando a PPL for

no MÁXIMO 4 anos

de fiança a ser

estipulada em

1 a 100

salários mínimos

Demais casos, a

fiança será

requerida ao juiz,

que decidirá em 48

(quarenta e oito)

horas

Leva-se em consideração a situação do

indivíduo.

HIPOTESES QUE IMPOSSIBILITAM A

FIANÇA

Art. 323 e 324 do CPP + RG + 3TH

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Obs.: SE O JUIZ verificar, pelo APF, que o agente praticou o fato diante de

EXCLUDENTE DE ILICITUDE do CP PODERÁ, fundamentadamente, CONCEDER AO

ACUSADO LIBERDADE PROVISÓRIA, mediante TERMO DE COMPARECIMENTO a

todos os atos processuais, sob pena de revogação da LP.

Q297862 (Prova: CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual Penal / Da liberdade provisória, com ou sem

fiança) O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a

concessão de liberdade provisória sem fiança, se não estiverem

caracterizados os motivos para decretação de prisão cautelar, em estrita

observância do princípio da inocência.

Q316668 ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de

Justiça Avaliador / Direito Processual Penal / Da Prisão e da Liberdade

Provisória; Da liberdade provisória, com ou sem fiança; ) Julgue os itens

seguintes, referentes a prisão, medidas cautelares,liberdade provisória e

prazos processuais. A liberdade provisória, com a consequente restituição

da liberdade, condiciona-se, em qualquer caso, ao pagamento de fiança,

salvo se comprovado o absoluto estado de necessidade do aprisionado,

caso em que se exige dele o compromisso de comparecer a todos os atos

do processo, sob pena de revogação

Impossibilidade de aplicação de fiança (arts. 323 e 324 do CPP):

a) nos crimes de racismo;

b) nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,

terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;

c) nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a

ordem constitucional e o Estado Democrático;

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d) aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente

concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a

que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;

e) em caso de prisão civil ou militar;

f) quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão

preventiva. &