direito penal iii - roteiro de estudo

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  • 8/20/2019 Direito Penal III - Roteiro de Estudo

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    Direito Penal III

    Homicídio (Artigo 121 do CP) -

    1. Bem jurídico tutelado – vida humana;

    1. Sujeitos atio e !assio – tratando-se de crime comum, pode ser cometido por qualquerpessoa; sujeito passivo também pode ser qualquer pessoa viva.

    1. Consuma"#o e tentatia – consuma-se com a morte da vítima; a tentativa ocorre quando,iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheia vontade do a!ente. "tentativa pode ser per#eita $crime #alho% ou imper#eita.

    &. $lementos o%jetio e su%jetio do ti!o – admite-se qualquer meio de execução; podeser cometido por intermédio de ação ou omissão $art. 1', (&) do *+% ; por meios materiais oumorais; diretos ou indiretos. elemento subjetivo é o dolo, que pode ser direto $de 1) ou de &)!rau% ou eventual.

    '. Desist&ncia olunt'ria e arre!endimento eica na *i!+tese de *omicídio – adesistncia voluntria e o arrependimento e#ica/ são previstos no art. 10 do *+. "quela consistena abstenção de uma atividade; este tem lu!ar quando o a!ente, j tendo ultimado o processo deexecução, desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado morte. e o a!entedisp2e de vrias muniç2es no tambor da arma, mas, dispara apenas uma e cessa sua atividade,h desistncia voluntria ou não-repetição de atos de execução3 4esistncia voluntria. 5di#erente daquele que s6 e#etua um disparo por s6 ter uma munição no tambor. a!enteresponde pelos atos j praticados $é a tentativa quali#icada 7 retira-se a tipicidade dos atossomente com re#erncia ao crime em que o sujeito iniciou a execução% 7 se o sujeito desiste deconsumar o homicídio, responde por lesão corporal, mas, tanto na desistncia voluntria, quanto

    no arrependimento e#ica/, é preciso que não haja consumação.

    8. ,iguras tí!icas do *omicídio – *omicídio sim!les Atiidade tí!ica de gru!o dee.termínio . *omicídio sim!les – homicídio simples é a reali/ação estrita da conduta de mataral!uém. 9uando o homicídio simples é praticado em atividade típica de !rupo de extermínio, serhediondo. :xtermínio é a matança !enerali/ada que elimina a vítima pelo simples #ato depertencer a determinado !rupo ou determinada classe social ou racial. +ode ocorrer a morte deuma nica vítima, desde que com as características acima $impessoalidade da ação%.

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    ptria%; impelido por relevante valor moral – encerra um interesse individual, mas, um interessesuperior, enobrecedor $ex.= eutansia%. 5 preciso tomar como paradi!ma a média existente nasociedade e não analisar o sentimento pessoal do a!ente;sob domínio de violenta emoção,logo em seguida a injusta provocação da vítima – emoção é a viva excitação do sentimento, éuma descar!a emocional passa!eira. 5 preciso que se trate de violenta emoção e que o sujeitoesteja sob o domínio da mesma, ou seja, sob o choque emocional pr6prio de quem é absorvidopor um estado de ânimo caracteri/ado por extrema excitação sensorial e a#etiva. "lém disso, é#undamental que a provocação tenha partido da pr6pria vítima e que seja injusta, não permitida,não permitida, não autori/ada por lei. " injustiça da provocação deve justi#icar, de acordo com oconsentimento !eral, a repulsa do a!ente. +or #im, é preciso que a reação seja imediata, isto é,entre a causa $injusta provocação% e a emoção, praticamente deve inexistir intervalo $eximproviso%.

    >. /edu"#o da !ena – no caso de homicídio privile!iado, a pena ser redu/ida de 1?> a 1?'.:mbora o ( 1) do art. 1&1 mencione que o jui/  pode redu/ir a pena, não se trata de #aculdade,pois, ocorrendo qualquer causa de diminuição dentre as previstas no dispositivo, o réu tem direitosubjetivo redução. " #acultatividade est noquantum da redução.

    @. Concurso entre *omicídio !riilegiado e 0ualiicado – as privile!iadoras não podemconcorrer com as quali#icadoras subjetivas, mas, nada impede que concorram com aquali#icadoras objetivas. Aer art. 8B&, ( 1), do *++ e mula 1>& do CD. "plica-se a pena do (&), com a diminuição do ( 1), do art. 1&1 do *+.

      HIC3DI 45A6I,ICAD -

    •  7 otios 4ualiicadores – se!undo a doutrina majoritria, os motivos

    quali#icadores do homicídio não se comunicam, pois, são individuais e não constituemelementares típicas $sem os motivos quali#icadores continua a existir homicídio%. ,7til8 é o motivoinsi!ni#icante, banal $não se con#unde com a ausncia de motivo%; tor!e8 é o motivo repu!nante,abjeto, vil, indi!no, que repu!na a conscincia média; !aga e !romessa de recom!ensa8 é umadas modalidades de torpe/a. Ea pa!a o a!ente recebe perviamente e, na promessa derecompensa h somente uma expectativa de pa!a. " pa!a ou promessa de recompensa nãoprecisam ser em dinheiro, podendo se dar através de qualquer vanta!em. Fespondem pelo crimequali#icado quem executa e quem pa!a ou promete recompensa. Eão é necessrio o recebimentoda recompensa, basta a promessa. Se o !agamento ocorreu de!ois do crime sem 0ue ten*a*aido acordo !r9io: ou se *oue mandato gratuito: o crime n#o ser' 0ualiicado .

    •  7 eios 0ualiicadores – ;eneno8 s6 quali#ica o crime se utili/ado

    sissimuladamente $é um meio insidioso%. +ara #ins penais, veneno é toda substância que tenhaidoneidade para provocar lesão no or!anismo $ex.= açcar em excesso, ministrado para umdiabético%. ua administração #orçada ou com o conhecimento da vítima não quali#ica ocrime; ogo ou e.!losio8 podem constituir meio cruel ou meio de que pode resultar peri!ocomum; asi.ia8 é o impedimento da #unção respirat6ria e pode ser mecânica ou t6xica; tortura8 émeio que causa prolon!ado, atro/ e desnecessrio padecimento. e o a!ente tortura a vítima coma intenção de mat-la, responde por homicídio quali#icado; se tortura a vítima sem intenção demat-la, mas, a morte ocorre culposamente $crime preterdoloso%, responde por crime de tortura$art. 1), ( ') da Gei B.800?B@%; se inicia a tortura desejando apenas torturar, mas, durante a torturaresolve matar a vítima, haver dois crimes em concurso material $tortura e homicídio%; meio

    http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfOd0AA/apostila-direito-penal-3http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfOd0AA/apostila-direito-penal-3

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    insidioso ou cruel8 insidioso é o recurso dissimulado, consistindo na ocultação do verdadeiroprop6sito do a!ente, é o meio dis#arçado que objetiva surpreender a vítima; meio cruel é a #ormabrutal de perpetrar o crime, é o meio brbaro, martiri/ante, que revela ausncia depiedade; trai"#o8 é o ataque sorrateiro, inesperado, é a ocultação #ísica ou moral da intenção, é adeslealdade; em%oscada8 é a tocaia, a espreita, veri#icando-se quando o a!ente se esconde parasurpreender a vítima, é a ação premeditada de a!uardar oculto a presença davítima; dissimula"#o8 é a ocultação da intenção hostil, do projeto criminoso para surpreender avítima $o a!ente se #a/ passar por ami!o da vítima, por exemplo%; recurso 0ue diiculte a deesada ítima8 é hip6tese anlo!a traição, emboscada ou dissimulação, do qual são exempli#icativas$ocorre interpretação anal6!ica%;

    •  7 ,ins 0ualiicadores – assegurar a e.ecu"#o: oculta"#o: im!unidade ou

    antagem de outro crime8na primeira hip6tese, o que quali#ica o homicídio não é prtica de outrocrime, mas o #im de asse!urar a execução deste, que pode até não ocorrer; no caso de ocultaçãoou impunidade, a #inalidade do a!ente é destruir prova de outro crime ou evitar-lhe asconseqHncias jurídico-penais; no caso de vanta!em de outro crime a #inalidade é !arantir o xitodo empreendimento delituoso e a vanta!em pode ser patrimonial ou não, direta ou indireta.

    %s8 a !remedita"#o: !or si s+: n#o 0ualiica o *omicídio

    •  7 HIC3DI C56PS

    •  7 $strutura do crime cul!oso – no crime culposo não se pune a #inalidade ilícita

    da conduta, pois, !eralmente a conduta é destinada a um #im lícito, mas, por ser mal diri!ida, !eraum resultado ilícito. #im perse!uido é irrelevante, mas, os meios escolhidos são causadores deum resultado ilícito.

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    possível prestar o socorro. risco pessoal a#asta a majorante; c% n#o !rocurar diminuir asconse0?&ncias do com!ortamento8 não deixa de ser uma omissão de socorro; d% uga !araeitar !ris#o em lagrante8 a majorante incide em ra/ão do sujeito ativo procurar impedir a açãoda justiça. " #u!a por justo motivo a#asta a majorante, assim como ocorre na omissão de socorro vítima.

    •  7Homicídio doloso contra menor e contra maior de @ (sessenta) anos  7 a GeiJ.K>B?BK acrescentou essa causa de aumento no ( 8), &L parte, do art. 1&1 do *+. Crata-se decausa de aumento de nature/a objetiva e aplicação obri!at6ria sempre que o homicídio, emqualquer de suas modalidades dolosas $simples, privile!iado, ou quali#icado%, #or praticado contramenor de 18 anos. e o homicídio é praticado no dia em que a vítima completa 18 anos nãoincide a causa de aumento $não é mais, menor de 18 anos%. Cambém so#re aumento de 1?' apena do homicídio doloso praticado contra maior de >K $sessenta% anos. +orém, como esta re!ra#oi acrescentada ao *+ pelo :statuto do Mdoso $Gei 1K.@81?&KK'%, que entrou em vi!or em'K?1&?&KK', somente a partir desta data passou a valer. 5 preciso que a idade da vítima entre naes#era de conhecimento do a!ente.

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    •  7 Bem jurídico tutelado – vida humana

    •  7 aturea jurídica da morte e das leses cor!orais de naturea

    grae8 se!undo a doutrina majoritria a morte ou as les2es corporais de nature/a !rave

    constituem condição objetiva de punibilidade do crime de participação em suicídio. +ara *e/arFoberto Nitencourt as condiç2es objetivas de punibilidade não #a/em parte do crime, mas,pressup2es que este j esteja per#eito e acabado, sendo aquelas, apenas condiç2es paraimposição da pena. +ortanto, o re#erido autor entende que a morte e as les2es corporais !ravesdevem #a/er parte do dolo do a!ente e, assim, seriam elementos constitutivos do tipo, sem osquais, a conduta de quem insti!a ou indu/ se torna atípica.

    •  7Sujeitos atio e !assio – trata-se de crime comum e, por isso, sujeito ativo

    pode ser qualquer pessoa $capa/ de indu/ir, insti!ar ou auxiliar% 7 admite-se co-autoria eparticipação em sentido estrito; sujeito passivo é a pessoa indu/ida, insti!ada ou auxiliada que

    pode ser qualquer pessoa viva e capa/ de entender o si!ni#icado de sua ação e de determinar-secon#orme esse entendimento $é indispensvel capacidade de discernimento%, pois, caso contrrioestaremos diante de homicídio.

    •  7Consuma"#o e tentatia – consuma-se o crime com a morte da vítima $mero

    indu/imento, insti!ação ou auxílio não consumam o crime, pois, trata-se de crime material e não#ormal%. " tentativa, para al!uns é impossível $4amsio :. de Oesus% e, para outros, havertentativa quando a insti!ação, o indu/imento ou o auxílio não produ/irem a morte, mas, !eraremles2es corporais de nature/a !rave $*e/ar Foberto Nitencourt denomina essa situação detentativa quali#icada%.

    •  7Classiica"#o doutrin'ria – trata-se de crime comum, comissivo,

    excepcionalmente omissivo $auxílio%, de dano, material, instantâneo, doloso, de contedo variadoe plurissubisistente $se per#a/ por meio de vrios atos 7 é preciso a morte ou les2es corporais!raves%.

    •  7PPacto de morte – veri#ica-se o pacto de morte quando duas pessoas

    combinam, por qualquer ra/ão, o duplo suicídio. Eessa hip6tese, o sobrevivente responder porhomicídio, desde que tenha praticado ato execut6rio. e nenhum morrer, aquele que reali/ou atosexecut6rios contra o parceiro responder por tentativa de homicídio e aquele que #icou somente

    na PcontribuiçãoQ responder por tentativa de indu/imento, insti!ação ou auxílio ao suicídio, sehouver, pelo menos, lesão corporal !rave.

    :x.= " e N trancam-se em um quarto hermeticamente #echado. " abre a torneira de !s; Nsobrevive. Eesse caso, N responde por participação em suicídio.

    e o sobrevivente é quem abriu a torneira, responde por homicídio, pois praticou ato execut6rio dematar.

    s dois abrem a torneira de !s, não se produ/indo qualquer lesão corporal, em #ace da

    intervenção de um terceiro= ambos respondem por tentativa de homicídio um do outro, pois, osdois praticaram ato execut6rio de matar.

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    e um terceiro abre a torneira de !s e os dois se salvam, não havendo lesão corporal denature/a !rave, os dois não respondem por nada, pois sua conduta é atípica, mas, o terceiroresponde por dupla tentativa de homicídio.

    e os dois so#rem les2es corporais !raves, sendo que " abriu a torneira de !s e N não, aqueleresponde por tentativa de homicídio e este por participação em suicídio.

    Eos casos de Proleta russaQ o sobrevivente responde por participação em suicídio. Eo entanto, seum dos jo!adores #or coa!ido a participar e o coator sobreviver, responder por homicídio.

    Inanticídio (Artigo 12E do CP) -

    •  7 Bem jurídico tutelado – vida humana. +rote!e-se a vida do nascente e do

    recém-nascido.

    •  7 Sujeitos atio e !assio – somente a mãe pode ser sujeito ativo e, desde que

    se encontre sob a influência do estado puerperal . Crata-se de crime pr6prio. ujeito passivo é o próprio filhonascente $durante o parto% ou recém-nascido $lo!o ap6s%.

    •  7aturea jurídica do estado !uer!eral – tem nature/a jurídica de elemento

    normativo do tipo.+orém, deve conju!ar-se com outro elemento normativo que é a circunstânciade ocorrer durante o parto ou logo após. ão requisitos cumulativos. 4evemos observar, noentanto, que, com relação ao estado puerperal, quatro situaç2es podem ocorrer= 1% o !uer!9rion#o !rodu nen*uma altera"#o na mul*er $caso em que haver homicídio%; &% acarreta-l*e!ertur%a"es !sicossom'ticas 0ue s#o a causa da iol&ncia contra o !r+!rio il*o $caso emque haver in#anticídio%; c% !rooca-l*e doen"a mental $caso em que a parturiente ser isenta de

    pena por inimputabilidade 7 art. &>, caput , do *+%; d% !rodu-l*e !ertur%a"#o da sa7de mentaldiminuindo-l*e a ca!acidade de entendimento ou de determina"#o $caso em quehaver redução da pena, em ra/ão da semi-imputabilidade 7 p. nico, art. &> do *+%.

    •  7$lemento normatio tem!oral – é previsto na expressão Pdurante o parto ou

    lo!o ap6sQ. +ara o 4ireito, inicia-se o parto com a dilatação, ampliando-se o colo do tero eche!a-se ao seu #inal com a expulsão da placenta, mesmo que o cordão umbilical não tenha sidocortado. :ntre estes dois marcos, estaremos na #ase do Pdurante o partoQ. "p6s a expulsão daplacenta, inicia-se a #ase do Plo!o ap6sQ. " lei não #ixou pra/o, mas, devemos considerar o varivelperíodo de choque puerperal. " doutrina tem sustentado que se deve dar uma interpretação mais

    ampla, para poder abran!er todo o período do estado puerperal. "ntes do início do parto, haveraborto; ap6s o término do estado puerperal, homicídio.

    •  7Consuma"#o e tentatia – consuma-se o in#anticídio com a morte do #ilho

    nascente ou recém-nascido, levada a e#eito pela pr6pria mãe. Nasta que a vítima nasça com vida,não se exi!indo que tenha viabilidade #ora do tero. "dmite-se a tentativa quando o crime não seconsuma por circunstâncias alheias vontade da a!ente.

    •  7Concurso de !essoas no inanticídio – uma corrente sustenta a

    comunicabilidade do estado puerperal da autora e, assim, os concorrentes responderiam todos

    por in#anticídio; outra corrente sustenta a incomunicabilidade e, portanto, a mãe responderia porin#anticídio e o participante, por homicídio.

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    +ara *e/ar Foberto Nitencourt, a influência do estado puerperal constitui uma elementar típica doin#anticídio e, assim, de acordo com o que prev o art. 'K do *+, haver comunicabilidade, apesar de tratar-se de circunstância de caráter pessoal . +orém, é preciso analisar as se!uintes hip6teses=1% #e e terceiro !raticam a conduta nuclear do ti!o (!ressu!ondo a !resen"a doselementos normatios es!ecíicos) – para al!uns, de lege lata, haver co-autoria emin#anticídio. +orém, para outros, é preciso analisar o elemento subjetivo do a!ente. e a!iu comdolo de concorrer para o in#anticídio, responder por este delito. :ntretanto, pode ser que haja noparticipante dolo de matar o #ilho da puérpera e com isso, aquele se utili/a desta como meroinstrumento do crime, aproveitando-se de sua #ra!ilidade. Eesse caso, se a mãe não tinhadiscernimento, haver autoria colateral; se estava sob a in#luncia do estado puerperal, maspossuía discernimento, pretendendo cometer in#anticídio, responder por este crime enquanto oparticipante responder por homicídio. Eesse caso não haver quebra da unidade da açãoexistente no concurso de pessoas, pois, aplicar-se- mãe o ( &) do art. &B do *+; &% o terceiromata o nascente ou o rec9m nascido: com a !artici!a"#o meramente acess+ria da m#e – inquestionavelmente o #ato principal praticado pelo terceiro é um homicídio. 9uanto mãe, emra/ão de sua especial condição, dever responder por in#anticídio, mas, para que não haja quebrada teoria monista, ambos teriam que responder pelo mesmo crime. e dissermos que ambosresponderão por in#anticídio, haver inversão da re!ra de que o acess6rio se!ue o principal e, sedissermos que ambos responderão por homicídio, a mãe estaria respondendo por #ato mais !ravedo que aquele praticado. "ssim, deve ser aplicado o ( &) do art. &B do *+, pois, embora tenhahavido um crime nico $homicídio%, a puérpera quis participar de crime menos !rave e, dever ser-lhe aplicada a pena deste.

    •  7 Classiica"#o doutrin'ria – in#anticídio é crime pr6prio, material, de dano,

    plurissubisistente $se per#a/ em vrios atos%, comissivo e omissivo impr6prio, instantâneo e

    doloso.

    A%orto ( Artigo 12F do CP) -

    •  7 Bem jurídico tutelado – é a vida do ser humano em #ormação, embora,

    ri!orosamente #alando, não se trate de crime contra a pessoa, pois, o produto da concepção 7 #etoou embrião 7 não é considerado pessoa, para #ins de 4ireto. :xiste entendimento em sentido deque o nascituro j é pessoa. 9uando o aborto é provocado por terceiro, o tipo penal prote!etambém a incolumidade da !estante. 5 a vida intra-uterina $desde a concepção até momentosantes do parto%.

    •  7 Sujeitos atio e !assio – a% auto-a%orto e a%orto consentido (art 12F do

    CP) – sujeito ativo é a !estante e sujeito passivo é o #eto; b% no a%orto !roocado !or terceiro(art 12G do CP) – com ou sem consentimento da !estante, sujeito ativo pode ser qualquerpessoa; sujeito passivo, quando não h consentimento da !estante serão esta e o #eto $duplasubjetividade passiva%. Eo aborto não se aplica a a!ravante !enérica do art. >1, MM, h do *+.

    •  7 $s!9cies de a%orto

    A%orto !roocado !ela gestante ou com seu consentimento (art 12F do CP) – no primeirocaso, a pr6pria !estante interrompe a !ravide/ causando a morte do #eto; no se!undo, permiteque outrem lho provoque. Crata-se de dois crimes de mão pr6pria, pois, somente a !estante pode

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    reali/ar. +orém, admite-se a participação em sentido estrito. e o partícipe #or além da atividadeacess6ria, responder pelo crime do art. 1&> do *+ $esta é uma das exceç2es teoria monista%.

    A%orto !roocado sem consentimento da gestante (art 12G do CP)  7 para al!unsautores,pode assumir duas #ormas= sem consentimento real ou ausncia de consentimentopresumido $vítima não maior de 18 anos, alienada ou débil mental%. e houver consentimento da!estante, o crime ser o do art. 1&8 do *+ para esta e do art. 1&> para quem provoca o aborto$atipicidade relativa ou desclassi#icação%. Eão h concurso com o delito de constran!imento ile!al;não é necessria a violncia, #raude ou !rave ameaça, bastando que a !estante desconheça quenela est sendo #eito aborto.

    A%orto !roocado com con*ecimento da gestante (art 12@ do CP) – aqui, con#orme jmencionado, h quebra da teoria monista, pois, a !estante responder pelo art. 1&8 e o a!enteque nela provoca o aborto, pelo art. 1&> do *+. desvalor do consentimento da !estante é menor do que o desvalor da ação abortiva de terceiro. " conduta da primeira assemelha-se conivncia,embora não possa ser adjetivada de omissiva, enquanto a do se!undo é sempre comissiva. aborto consentido $art. 1&8, &L parte do *+% e o aborto consensual $art. 1&> do *+% são crimes deconcurso necessrio, pois, exi!em a participação da !estante e do terceiro.

    •  7 Consuma"#o e tentatia do a%orto – consuma-se o crime de aborto, em

    qualquer de suas #ormas, com a morte do #eto ou embrião. +ouco importa que a morte ocorra noventre materno ou #ora dele. Cambém é irrelevante que o #eto seja expulso ou permaneça nasentranhas da mãe. 5 indispensvel a comprovação de que o #eto estava vivo quando a açãoabortiva #oi praticada e que #oi esta que lhe causou a morte $relação de causa e e#eito entre aação e o resultado%. aborto para al!uns, pode ser praticado a partir da #ecundação $*e/arFoberto Nitencourt%; para outros, é preciso que tenha havido nidação."dmite-se a tentativa desdeque, a morte do #eto não ocorra por circunstâncias alheias vontade do a!ente. Eo auto-aborto,al!uns sustentam ser impunível  a tentativa, pois, o ordenamento brasileiro não pune a autolesão.Eesse caso, mais nos aproximamos da desistncia voluntria ou do arrependimento e#ica/ do quede uma tentativa punível.

    •  7 ,iguras majoradas do a%orto – art. 1&@ do *+ prev duas causas especiais

    de aumento de pena $e não quali#icadoras como prev a rubrica do arti!o% para o crime de abordopraticado por terceiro, com ou sem o consentimento da !estante. "ssim, se ocorrer lesão corporal!rave, a pena aumenta-se de um terço; se ocorrer morte da !estante, a pena é duplicada. 5indi#erente que o resultado mais !rave decorra do aborto em si, ou das manobras abortivas, ouseja, ainda que o aborto não se consume, se as manobras abortivas provocarem um dos doisresultados acima, haver aumento de pena."s les2es leves inte!ram o resultado natural daprtica abortiva. +ara que se con#i!ure o crime quali#icado pelo resultado, é indispensvel que oresultado mais !rave decorra, pelo menos, de culpa $art. 1B do *+%. e houver dolo também emrelação aos resultados mais !raves, haver concurso #ormal.

    •  7$.cludentes es!eciais de ilicitude8 a%orto *umanit'rio e necess'rio 7 são

    previstas no art. 1&J do *+, cujo inciso M, tem a rubrica de Paborto necessrioQ e o inciso MM, a dePaborto em caso de !ravide/ resultante de estuproQ que a doutrina e a jurisprudncia encarre!am-se de de#inir como Paborto sentimental ou humanitrioQ. 9uando o *+ di/ que não se pune oaborto nas condiç2es acima, est a#irmando que, nesses casos, o aborto ser lícito.

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    A%orto necess'rio – previsto no art. 1&J, M, do *+, também conhecido como teraputico, constituiverdadeiro estado de necessidade. :xi!e dois requisitos simultâneos= a% perigo de morte dagestante; b% inexistência de outro meio para salvá-la. 5 necessrio o peri!o de morte, não sendosu#iciente o peri!o para a sade. e não houver médico no local, ainda assim o aborto pode serpraticado por outra pessoa, com base nos arts. &', M e &8 do *+. , ( '), M do *+%. "lém de tudo isso, o médico a!e no estrito cumprimento do dever le!al nesses casos.

    A%orto *umanit'rio ou 9tico – previsto no art. 1&J, MM, do *+ pode ser licitamente praticadoquando a gravidez é proveniente de estupro e h o consentimento da gestante. " prova tantoda ocorrncia do estupro quanto do consentimento da !estante ou de seu representante le!al,deve ser cabal. "tualmente a doutrina e a jurisprudncia admitem, por analogia $j que trata-sede norma penal não incriminadora e a analo!ia é aplicada in bonan partem%, o aborto sentimentalquando a !ravide/ provém de atentado violento ao pudor. 5 desnecessria a autori/ação judicial,sentença condenat6ria ou mesmo processo criminal contra o autor do crime sexual e, além disso,a prova do estupro $ou do atentado violento ao pudor% pode ser #eita por todos os meios em 4ireitoadmissíveis. e o médico acautela-se da veracidade das in#ormaç2es, ainda que a !estante tenhamentido, a boa-#é daquele caracteri/ar erro de tipo, excluindo o dolo e a#astando a tipicidade desua conduta, mas, a !estante responder pelo delito do art. 1&8 do *+.

    6es#o Cor!oral (Artigo 12: C+digo Penal) -

    1) An'lise da ,igura

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    RS( 1) e resulta=M - Mncapacidade para as ocupaç2es habituais, por mais de trinta dias;MM - peri!o de vida;MMM - debilidade permanente de membro, sentido ou #unção;MA - aceleração de parto=+ena - reclusão, de um a cinco anos. RS

    e o ( &) que é a lesão corporal !ravíssima

    RS( &U e resulta=M - Mncapacidade permanente para o trabalho;MM - en#ermidade incuravel;MMM - perda ou inutili/ação do membro, sentido ou #unção;MA - de#ormidade permanente;A - aborto=+ena - reclusão, de dois a oito anos.SS

    *%  Gesão *orporal se!uida de VFC: ( ') quando o a!ente quer lesionar por culpadisso acaba matando. Eão h tentativa.

    RS ( 'U e resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o a!ente não quís o resultado, nemassumiu o risco de produ/í-lo=

    +ena - reclusão, de quatro a do/e anos.SS

    4% Gesão *orporal +rivile!iada ( 8) quando a lesão #or cometida mediante violentaemoção, lo!o em se!uida a injusta provocação da vítima.

    RS Diminui"#o de !ena

    ( 8U e o a!ente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob odomínio de violenta emoção, lo!o em se!uida a injusta provocação da vítima, o jui/ pode redu/ir apena de um sexto a um terço.SS 

    :% Gesão *orporal *ulposa ( >) , se a lesão #or culposa. Venos de lesão corporalcausada por veículo auto motor, que ser respondido pelo *CN $ *6di!o deCrânsito Nrasileiro%

    P( >U e a lesão é culposa=

    +ena - detenção, de dois meses a um ano.Q 

    '% +erdão Oudicial ( J)P( J) - "plica-se lesão culposa o disposto no ( 0) do art. 1&1.Q

    RS"rti!o 1&1,  0) GJ - Ea hip6tese de homicídio culposo, o jui/ poder deixar de aplicar a pena, se as

    consequncias da in#ração atin!irem o pr6prio a!ente de #orma tão !rave que a sanção penal setorne desnecessria. P

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    8% "umento de +ena ( @) .9uando houver 4G de lesão corporal.e ocorrer as hip6teses do ( 8) e ( >) do arti!o 1&1

    P"umento de pena

    FJ Eo homicídio culposo, a pena é aumentada de 1?' $um terço%, se o crime resulta deinobservância de re!ra técnica de pro#issão, arte ou o#ício, ou se o a!ente deixa de prestarimediato socorro vítima, não procura diminuir as conseqHncias do seu ato, ou #o!e para evitarprisão em #la!rante. endo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1?' $um terço% se o crimeé praticado contra pessoa menor de 18 $quator/e% ou maior de >K $sessenta% anos.

    @J " pena é aumentada de 1?' $um terço% até a metade se o crime #or praticado por milíciaprivada, sob o pretexto de prestação de serviço de se!urança, ou por !rupo de extermínio. P

    0% Aiolncia 4oméstica ( B) , ( 1K) e ( 11)Eão se re#ere apenas a violncia a mulher, mas sim a qualquer pessoa no âmbitodoméstico. "umenta-se a pena quando é cometido contra pessoa portadora dede#icincia. $ 5 popularmente conhecida como PGei Varia da +enhaQ%

    *aso seja cometido contra mulheres, ser mais !rave ainda.

    P;iol&ncia Dom9stica

    ( Bo  e a lesão #or praticada contra ascendente, descendente, irmão, cInju!e ou companheiro,ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o a!ente das relaç2esdomésticas, de coabitação ou de hospitalidade=+ena - detenção, de ' $trs% meses a ' $trs% anos.( 1K. Eos casos previstos nos (( 1o a 'o deste arti!o, se as circunstâncias são as indicadas no (Bo deste arti!o, aumenta-se a pena em 1?' $um terço%.

    ( 11. Ea hip6tese do ( Bo deste arti!o, a pena ser aumentada de um terço se o crime #orcometido contra pessoa portadora de de#icincia.Q

    >% *irur!ia de mudança de sexo= 9uando trata-se de inte!ridade #ísica, o bem éME4M+EMA:G, ou seja, não pode a doutrina diver!ir sobre o #ato. +or se tratar de lesãocorporal, mesmo que a pessoa permita.

    $ " corrente mais #orte entende como crime, e a outra corrente mais #raca entende comonada criminoso%Eão h arti!o no c6di!o sobre tal #ato.

    • *rime +reterdoloso 7 4olo no antecedente e *ulpa no *onsequente.:xemplo= "borto, "rti!o 1&B ( &), A- 9uando o a!ente 9T:F não s6 lesionar.ser então tipi#icado como lesão.

    9uestão de +rova= cara bate na mulher, sabendo da sua !ravide/, e pelas les2es ela aborta, :G: F:+E4:+F G:W *F+F"G XF"AMMV" : "NFC :V *E:ECMV:EC 4" X:C"EC:,ele responde por concurso #ormal impr6prio onde se somam as penas.

    Crimes contra a Honra –

    1) Cal7nia ( Artigo 1EK do C+digo Penal) 8

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     "cusar al!uém publicamente de um *FMV: ou al!o sem +FA" $ quando narra ocrime%+ena= 4etenção de > meses a 1 ano

    bem jurídico tutelado é a

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    Bem jurídico tutelado é a

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    Mnjria real é aquela que consiste em violncia ou vias de #ato que, pela sua nature/a ou pelo meioempre!ado, se considerem aviltantes $art. 18K, ( &) do *+%.

    +or violncia entende-se a lesão corporal, tentada ou consumada, em qualquer de suas #ormas=leve, !rave ou !ravíssima; por vias de #ato, deve-se entender todo comportamento a!ressivodiri!ido a outrem, desde que dele não resulte lesão corporal. 9uando o sujeito comete injria realempre!ando vias de #ato, estas são absorvidas pelo delito de maior !ravidade $injria%. 9uando,porém, a injria é cometida por intermédio de lesão corporal, o sujeito responde por dois crimesem concurso material. 5 o que determina o preceito secundrio do ( &), do art. 18K do *+, em suaparte #inal. Ea verdade, se!undo 4amsio de Oesus, trata-se de concurso #ormal impr6prio $art.@K, &L parte do *+%.

    empre!o das vias de #ato ou da violncia devem ser aviltantes, por sua nature/a ou meioempre!ado. :x. ras!ar o vestido de uma mulher $vias de #ato aviltantes por sua nature/a%; atiraresterco no o#endido $vias de #ato aviltantes pelo meio empre!ado%. er sempre imprescindívelo animus injuriandi.

     Inj7ria 0ualiicada8

    art. &) da Gei B.80B?B@, acrescentou um tipo quali#icado ao delito de injria, impondo penas dereclusão, de um a trs anos, e multa, se cometida mediante Putili/ação de elementos re#erentes araça, cor, reli!ião ou ori!em.

    4amsio de Oesus critica esta posição do le!islador, pois, a injria nestes casos é apenada de#orma mais !ravosa do que delitos como homicídio culposo $pena de 1a ' anos de detenção 7 art.1&1, ( ') *+%; com a mesma intensidade de delitos como o auto-aborto e aborto consentido $arts.

    1&8 e 1&0 do *+, respectivamente%. "lém disso, *e/ar Foberto Nitencourt acrescenta que, alémdo ri!or sancionat6rio, a Gei B.80B?B@ equivocou-se quanto nature/a da ação penalcorrespondente injria quali#icada que manteve-se de exclusiva iniciativa privada.

    Perd#o Mudicial 1J -RS 1J - jui/ pode deixar de aplicar a pena=

    I - quando o o#endido, de #orma reprovvel, provocou diretamente a injria;II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injria.SS

    Dis!osi"es Comuns8  "umento de pena "rti!o 181, *+

    PArt 1F1 - "s penas cominadas neste *apítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimesé cometido=

    I - contra o +residente da Fepblica, ou contra che#e de !overno estran!eiro;II - contra #uncionrio pblico, em ra/ão de suas #unç2es;III - na presença de vrias pessoas, ou por meio que #acilite a divul!ação da calnia, da di#amaçãoou da injria.I; - contra pessoa maior de >K $sessenta% anos ou portadora de de#icincia, exceto no caso deinjria. $Mncluído pela Gei n) 1K.@81, de &KK'%

    http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfOd0AA/apostila-direito-penal-3?part=5http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622653/artigo-140-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622430/artigo-141-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622430/artigo-141-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfOd0AA/apostila-direito-penal-3?part=5http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622653/artigo-140-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622430/artigo-141-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940

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    Par'grao 7nico - e o crime é cometido mediante pa!a ou promessa de recompensa, aplica-sea pena em dobro.Q

    :xclusão do crime "rti!o 18&, *+LArt 1F2 - Eão constituem injria ou di#amação punível=I - a o#ensa irro!ada em juí/o, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;

    II - a opinião des#avorvel da crítica literria, artística ou cientí#ica, salvo quando inequívoca aintenção de injuriar ou di#amar;III - o conceito des#avorvel emitido por #uncionrio pblico, em apreciação ou in#ormação quepreste no cumprimento de dever do o#ício.Par'grao 7nico - Eos casos dos ns. M e MMM, responde pela injria ou pela di#amação quem lhe dpublicidadeQ

    Fetratação "rti!o 18', *+LArt 1FE - querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calnia ou dadi#amação, #ica isento de pena.Q

    +edido de explicaç2es  "rti!o 188, *+PArt 1FF - e, de re#erncias, alus2es ou #rases, se in#ere calnia, di#amação ou injria, quem se jul!a o#endido pode pedir explicaç2es em juí/o. "quele que se recusa a d-las ou, a critério do jui/, não as d satis#at6rias, responde pela o#ensa.Q

     "ção +enal "rti!o 180, *+LArt 1FG - Eos crimes previstos neste *apítulo somente se procede mediante queixa, salvoquando, no caso do art. 18K, ( &), da violncia resulta lesão corporal.Par'grao 7nico. +rocede-se mediante requisição do Vinistro da Oustiça, no caso do inciso M do

    caput do art. 181 deste *6di!o, e mediante representação do o#endido, no caso do inciso MM domesmo arti!o, bem como no caso do ( 'o do art. 18K deste *6di!o.Q

    Constrangimento ilegal (Artigo 1F@: CP) –Bem Murídico

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    $.cludentes de ilicitude8

    I6ICI $seis% meses, ou multa.

    Par'grao 7nico. omente se procede mediante representação.Q

    Bem Murídico

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    menos, mesmo que ela não #ique atemori/ada, que tenha a possibilidade de perturbar

    psicolo!icamente um homem em condiç2es normais.

    Consuma"#o e K $sessenta% anos;

    $Fedação dada pela Gei n) 11.1K>, de &KK0%

    II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de sade ou hospital;

    III - se a privação da liberdade dura mais de quin/e dias.

    I; - se o crime é praticado contra menor de 1J $de/oito% anos; $Mncluído pela Gei n) 11.1K>, de &KK0%

    ; - se o crime é praticado com #ins libidinosos. $Mncluído pela Gei n) 11.1K>, de &KK0%

    2J - e resulta vítima, em ra/ão de maus-tratos ou da nature/a da detenção, !rave so#rimento #ísico ou moral=+ena - reclusão, de dois a oito anos.Q

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    Bem Murídico condi"#o an'loga > de escraos ( Artigo 1F) –

    LArt 1F Fedu/ir al!uém a condição anlo!a de escravo, quer submetendo-o a trabalhos#orçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condiç2es de!radantes de trabalho, querrestrin!indo, por qualquer meio, sua locomoção em ra/ão de dívida contraída com o empre!adorou preposto= $Fedação dada pela Gei n) 1K.JK', de 11.1&.&KK'%+ena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente violncia. $Fedaçãodada pela Gei n) 1K.JK', de 11.1&.&KK'% 1o Eas mesmas penas incorre quem= $Mncluído pela Gei n) 1K.JK', de 11.1&.&KK'%I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o #im de ret-lo nolocal de trabalho; $Mncluído pela Gei n) 1K.JK', de 11.1&.&KK'%II - mantém vi!ilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetospessoais do trabalhador, com o #im de ret-lo no local de trabalho. $Mncluído pela Gei n) 1K.JK', de11.1&.&KK'% 2o " pena é aumentada de metade, se o crime é cometido= $Mncluído pela Gei n) 1K.JK', de11.1&.&KK'%I - contra criança ou adolescente; $Mncluído pela Gei n) 1K.JK', de 11.1&.&KK'%II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, reli!ião ou ori!em. $Mncluído pela Gei n) 1K.JK',de 11.1&.&KK'%Q art. 18B do *+ de#ine o delito de pl!io ou redução a condição anlo!a de escravo.

    +l!io é a sujeição de uma pessoa ao domínio de outra. le!islador prote!e a liberdade emtodas as suas #ormas de exteriori/ação. Eão se trata de o sujeito submeter a vítima escravidão. texto le!al se re#ere a Pcondição anlo!a de escravoQ; #ato de o sujeito trans#ormar a vítimaem pessoa totalmente submissa sua vontade, como se #osse escravo. tipo não visa umasituação jurídica, mas sim um estado de #ato.

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    Eesse caso o consentimento do o#endido é irrelevante, pois, a liberdade do homem constituiinteresse preponderante do estado.

    Bem Murídico B?BK $:*"% que prevalecerão sobre o tipo penal do art.18B do *+, em #unção do princípio da especialidade.

    Consuma"#o e

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    I - qualquer compartimento habitado;II - aposento ocupado de habitação coletiva;III - compartimento não aberto ao pblico, onde al!uém exerce pro#issão ou atividade. GJ - Eão se compreendem na expressão ^casa^=I - hospedaria, estala!em ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restriçãodo n.)

    II do par!ra#o anterior;II - taverna, casa de jo!o e outras do meQ

    Eo que se re#ere ao conceito de domicílio, o *+ não prote!e o domicílio de#inido pelo le!isladorcivil. le!islador penal procurou prote!er o lar, a casa, o lu!ar onde al!uém mora, como abarraca do campista, o barraco do #avelado ou o rancho do pescador. " expressão PcasaQ contidano caput do art. 10K do *+, tem sentido amplo $ver, também, art. 0), _M, da *D?JJ%.

    Bem Murídico

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    Fo Ea hip6tese do ( 'o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divul!ação,comerciali/ação ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou in#ormaç2es obtidos.$Mncluído pela Gei n) 1&.@'@, de &K1&% Ai!ncia Go "umenta-se a pena de um terço metade se o crime #or praticado contra= $Mncluído pela Gein) 1&.@'@, de &K1&% Ai!nciaI - +residente da Fepblica, !overnadores e pre#eitos; $Mncluído pela Gei n) 1&.@'@, de &K1&%

    Ai!nciaII - +residente do upremo Cribunal Dederal; $Mncluído pela Gei n) 1&.@'@, de &K1&% Ai!nciaIII - +residente da *âmara dos 4eputados, do enado Dederal, de "ssembleia Ge!islativa de:stado, da *âmara Ge!islativa do 4istrito Dederal ou de *âmara Vunicipal; ou $Mncluído pela Gein) 1&.@'@, de &K1&% Ai!nciaI; - diri!ente mximo da administração direta e indireta #ederal, estadual, municipal ou do 4istritoDederal. $Mncluído pela Gei n) 1&.@'@, de &K1&% Ai!ncia "ção penal $Mncluído pela Gei n) 1&.@'@,de &K1&% Ai!nciaQ

    Bem Murídico

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    *e/ar Foberto Nitencourt entende que o tipo prote!e também a vida e a inte!ridade #ísico-psíquica do incapa/, pois, embora não haja de#inição expressa no tipo penal do art. 1'', o*apítulo no qual o mesmo est inserido intitula-se P4" +:FM*GMC"YW 4" AM4" : 4""Z4:Q.

    5 irrelevante o consentimento do o#endido em ra/ão da incapacidade de consentir do sujeitopassivo e da indisponibilidade dos bens jurídicos tutelados $embora ap6s o advento da Gei n)B.KBB?B0, a inte!ridade #ísica passou a ser relativamente disponível em ra/ão da exi!ncia derepresentação do o#endido para que seja promovida ação penal por les2es leves e culposas%.

    Sujeitos atio e !assio

    ujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde 0ue ten*a es!ecial rela"#o de assist&ncia e!rote"#o com a ítima: ou seja, desde que a vítima esteja sob seu cuidado, !uarda,vi!ilância ou autoridade $é crime pr6prio%.

    sujeito passivo pode ser qualquer pessoa que esteja numa das relaç2es acima re#eridas$cuidado, !uarda, vi!ilância ou autoridade% e não somente o menor e desde que seja incapa/de de#ender-se dos riscos decorrentes do abandono. :sta incapacidade não se con#unde comaquela disciplinada no direito privado, bastando que a vítima seja #aticamente incapa/.

    Consuma"#o e tentatia

    *onsuma-se o crime com o abandono e#etivo do incapa/ e desde que este corra peri!o real,e#etivo, isto é, concreto, ainda que momentâneo, pois, é irrelevante a duração do abandono. 5indispensvel a comprovação da e#etiva exposição a peri!o.

    Ceoricamente é possível a tentativa, pois, pode haver um iter criminis. :x.= o a!ente podeabandonar um incapa/, mas, antes que se con#i!ure o peri!o, a vítima vir a ser socorrida porterceira pessoa.

     ,ormas 0ualiicadas

    s (( 1) e &) do art. 1'' prevem #i!uras quali#icadas pelo resultado $ou preterdolosas%, se doabandono resultar $a% lesão corporal de nature/a !rave, ou $b% a morte da vítima.

    9uem abandona incapa/ com o qual tem especial relação de assistncia ou proteção, criacom sua conduta, o risco da ocorrncia do resultado e, nesse caso, assume a condição de!arantidor, mas, não aquela prevista no art. 1', ( &) do *+, pois, no caso do art. 1'', o a!entenão responde pelo resultado.

    ( ') do art. 1'' prev duas causas de aumento da pena caso $a% o abandono ocorra emlocal ermo, ou $b% o a!ente seja ascendente ou descendente, cInju!e, irmão, tutor ou curadorda vítima.

    ,orma cul!osa

  • 8/20/2019 Direito Penal III - Roteiro de Estudo

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    Eão h previsão de modalidade culposa para o delito tipi#icado no art. 1'' do *+. Eo entanto,se, decorrentes do abandono culposo, que é impunível, resultarem danos para a vítima, oa!ente responder por eles.

    bs.= a ação penal é pblica incondicionada.

      $OPSIQ 5 ABAD D$ /$CR-ASCID

    e!undo a melhor doutrina, as express2es PexposiçãoQ e PabandonoQ não #oram utili/adascomo sinInimas, nem mesmo como equivalentes na cabeça do art. 1'8 do *+. :ntende-seque a exposição interrompe a !uarda, mas, não a vi!ilância, #icando o a!ente, a distância oudis#arçadamente, na expectativa de que al!uém encontre e recolha o exposto, ao passo que,no abandono, interrompe-se a !uarda e a vi!ilância.

    Bem jurídico tutelado

    bem jurídico prote!ido é a se!urança do recém-nascido, que, de acordo com *e/ar FobertoNitencourt, s6 pode seer quem veio ao mundo h poucos dias, não ultrapassando um ms ecujo nascimento não se tenha tornado pblico, j que exi!e o especial #im de a!ir $elementosubjetivo do tipo% Ppara ocultar desonra pr6priaQ.

    Cambém de acordo com o autor supra prote!e-se, em termos !enéricos, a vida e a inte!ridade#isiopsíquica do recém-nascido.

    Sujeitos atio e !assio

    sujeito ativo do crime de abandono de recém-nascido, para a doutrina e jurisprudnciamajoritrias, somente pode ser a mãe $crime pr6prio%, visto que objetiva ocultar desonrapr6pria. :ntendo, porém, que não somente a mãe pode ser sujeito ativo deste delito. uponha-se que um padre mantenha relaç2es sexuais com uma das #iéis de sua par6quia e esta venhaa conceber e dar lu/ uma criança. "quele, tentando ocultar sua desonra pode abandonar orecém-nascido.

    4amsio de Oesus entende que o pai incestuoso ou adltero também pode ser sujeito ativodeste delito.

    +ara os que entendem que somente a mãe pode ser sujeito ativo do crime, esta deve sermulher honrada.

    sujeito passivo é o recém-nascido, com vida, #ruto de relaç2es extramatrimoniais, vindo aomundo h poucos dias, não ultrapassando a um ms.

     Consuma"#o e tentatia

    *onsuma-se esse crime com o abandono e#etivo do recém-nascido, desde que este corraperi!o e#etivo, isto é, concreto, ainda que momentâneo, pois, é irrelevante a duração do

    abandono.

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    5 possível a tentativa j que, h um iter criminis a ser percorrido pelo sujeito passivo.:xemplo= a mãe pode abandonar o #ilho recém-nascido, mas, antes que se con#i!ure o peri!o,haver a intervenção de terceira pessoa.

     ,orma 0ualiicada

    e!undo Nitencourt, com a Fe#orma da +arte Xeral do *+ e o advento do art. 1', ( &), os ((1) e &) do art. 1'8, assim como os (( 1) e &) do art. 1'' so#reram revo!ação. Eo caso do art.1'8, a mãe que abandona recém-nascido é duplamente !arantidora, na condição de !enitora$art. 1', ( &), alínea a, do *+% e como criadora, com sua conduta anterior, do risco daocorrncia do resultado $art. 1', ( &), alínea c, do *+%. "ssim, sobrevindo o dano, a mãeresponder por este, como autora, na #orma de omissão impr6pria.

    4amsio de Oesus pu!na pela manutenção das quali#icadoras dos arti!os 1'' e 1'8 do *+,mesmo ap6s a Fe#orma da +arte Xeral do *+.

     ,orma cul!osa

    Eão h previsão de modalidade culposa. +orém, se, decorrentes do abandono culposo $quenão é previsto%, resultarem danos para a vítima, o a!ente responder por eles.

    aus-tratos ( Artigo 1E@ do CP) -

    crime de maus-tratos vem previsto no art. 1'> e ((, do *+.

     Bem jurídico tutelado

    s bens jurídicos prote!idos são a vida e a sade da pessoa humana, especialmentedaqueles submetidos a autoridade, !uarda ou vi!ilância para #ins de educação, ensino,tratamento ou cust6dia.

     Sujeitos do delito

    sujeito ativo é somente quem se encontre na condição especial de exercer autoridade,!uarda ou vi!ilância, para #ins de educação $atividade destinada a aper#eiçoar a capacidadeindividual%, ensino $ministrar conhecimentos visando a #ormação cultural bsica%, tratamento

    $cura e subsistncia% ou cust6dia $detenção de uma pessoa para #im autori/ado em lei%. Crata-se, por conse!uinte, de crime pr6prio.

    Eão é qualquer pessoa, i!ualmente, que pode ser sujeito passivo do crime de maus tratos,mas somente pessoa que se encontra subordinada para #ins de educação, ensino, tratamentoe cust6dia. 9ualquer outra subordinação ou submissão, para qualquer outra #inalidade, alémdessas relacionadas no tipo, não con#i!urar o crime de maus-tratos.

     A rela"#o de su%ordina"#o entre os sujeitos atio e !assio como elementardelitia

    +ara tipi#icar o crime de maus-tratos é indispensvel a existncia de uma relação desubordinação entre os sujeitos ativo e passivo.

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    Crata-se, no entender de *e/ar Foberto Nitencourt, de uma elementar típica especiali/ante,isto é, que torna essa #i!ura típica um crime pr6prio ou especial, que s6 pode ser praticado por quem tenha uma das modaliddes vinculativas elencadas com a vítima. " ausncia dessaespecial relação de subordinação, a#asta a adequação típica, mesmo que a conduta do sujeitoativo dirija-se a um #im educativo, corretivo ou disciplinar. 4a mesma #orma, ainda que exista are#erida relação, se a #inalidade das condutas tipi#icadas não se destinar a educação, ensino,tratamento ou cust6dia, não haver o crime de maus-tratos.

     Distin"#o entre maus-tratos e tortura

     " distinção entre maus-tratos e tortura se #a/ por meio do elemento subjetivo, isto é, o dolo doa!ente. Ea tortura, a vontade do autor é a de causar dor, so#rimento; j no crime de maus-tratos, a vontade do a!ente é a de corri!ir, de educar.

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     Concurso de !essoas

     " rixa é um crime de concurso necessrio, pois, caracteri/as-se pela pluralidade departicipantes, que nunca ser in#erior a trs. +articipante, como re!ra, ser todo aquele queestiver presente no lu!ar e no momento da rixa e entrar diretamente no con#lito ou auxiliandoqualquer dos contendores. #ato de tratar-se de um crime de concurso necessrio nãoimpede, por si s6, a possibilidade de existir participação em sentido estrito, uma ve/ que opartícipe não intervém diretamente no #ato material, Pnão pratica a conduta descrita pelopreceito primrio da norma penal, mas reali/a uma atividade secundria que contribui,estimula ou #avorece a execução da conduta proibida. Eão reali/a a atividade propriamenteexecutiva. :ssa contribuiço do partícipe, que pode ser material ou moral, ser per#eitamentepossível, especialmente na rixa ex proposito.

     /i.a e! proposito e e! improviso

     " rixa ex improviso é aquela que sur!e subitamente enquanto a rixa ex proposito é proposital,

    ou seja, a rixa é combinada por trs ou mais pessoas.

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     ,iguras tí!icas8 ri.a sim!les e ri.a 0ualiicada

     " rixa simples é aquela prevista no caput  do art. 1'@ do *+, cuja pena é a de 10 $quin/e% diasa & $dois% meses, ou multa.

     " rixa quali#icada vem prevista no par!ra#o nico do art. 1'@ do *+, com cominação de pena

    de > $seis% meses a & $dois% anos.

     " ocorrncia de lesão corporal !rave ou morte quali#icam a rixa,respondendo por elainclusive a vítima da lesão grave. Vesmo que a lesão !rave ou a morte atinja estranho nãoparticipante da rixa con#i!ura-se a quali#icadora. 9uando não é identi#icado o autor da lesão!rave ou do homicídio, todos os participantes respondem por rixa quali#icada; sendoidenti#icado o autor, os outros continuam respondendo por rixa quali#icada, e o autorresponder pelo crime que cometeu em concurso material com a rixa quali#icada $no meuentender, nesse caso, deve haver o dolo de lesionar ou matar e o dolo de participar da rixa,sob pena de se aceitar a responsabilidade penal objetiva%.

     " morte ou les2es corporais !raves devem ocorrer durante a rixa ou em conseqHncia dela;não podem ser antes ou depois, isto é, deve haver nexo causal entre a rixa e o resultadomorte ou lesão corporal. " ocorrncia de mais de uma morte ou lesão corporal não altera aunidade da rixa quali#icada que continua sendo crime nico, embora devam ser consideradasna dosimetria da pena.

    resultado a!ravado dever recair sobre todos os que dela tomam parte, inclusive sobre osdesistentes e sobre aqueles que tenham sido vítimas das les2es !raves.

    bs.= atual *6di!o +enal não recepcionou os sistemas da solidariedade absoluta e dacumplicidade correspectiva. +elo primeiro, todos os rixosos respondem pelo homicídio oulesão !rave, se ocorrer durante a rixa; pelo se!undo, não sendo apurados os autores dos#erimentos causadores da morte ou das les2es !raves, todos responderiam por esseresultado, #ixando-se, porém, a pena num termo médio entre a que caberia ao autor e aquelaque se aplicaria ao partícipe. *+ vi!ente pre#eriu o sistema da autonomia, incriminando arixa, independentemente da morte ou lesão !rave, que, se ocorrerem, somente quali#icarão ocrime.

     /i.a e legítima deesa

     "pesar de existir muita diver!ncia entre os doutrinadores, 4amsio de Oesus e *e/arFoberto Nitencourt entendem ser possível a le!ítima de#esa no crime de rixa. 9uem, porexemplo, intervém na rixa em de#esa pr6pria ou de terceiros poder invocar a excludente, poisnão h participação na rixa com animus rixandi . 4amsio entende que, mesmo quehaja animus rixandi , se um dos indivíduos passa a ter um comportamento mais violento, como,por exemplo, utili/ar uma #aca, os outros podem a!ir em le!ítima de#esa contra o mesmo.

     " le!ítima de#esa, porém, não excluir a quali#icadora se houver les2es corporais !raves oumorte em ra/ão da aplicação daquela excludente de ilicitude. "ssim, quem mata em le!ítima

    de#esa durante a rixa, não responde por homicídio, mas, responde por rixa quali#icada, assimcomo os outros rixosos.

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    e houver reação a uma suposta a!ressão $le!ítima de#esa putativa%, estar a#astada atipi#icação do crime de rixa, ainda que o erro seja evitvel, pois, #alta a vontade livre econsciente de participar de rixa e, além disso, este delito não admite a modalidade culposa$ver art. &K, ( 1) do *+%.