processo penal iii- letcia.pdf

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N518c NEVES, Letcia Caderno de Processo Penal III Dom Alberto / Letcia Neves. Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010. Inclui bibliografia. 1. Direito Teoria2. Processo Penal III TeoriaI. NEVES, LetciaII. Faculdade Dom AlbertoIII. Coordenao de DireitoIV. Ttulo CDU 340.12(072) Catalogao na publicao: Roberto Carlos Cardoso Bibliotecrio CRB10 010/10 Pgina 2 / 48APRESENTAO OCursodeDireitodaFaculdadeDomAlbertotevesuasemente lanadanoanode2002.Iniciamosnossacaminhadaacadmicaem2006, apsaconstruodeumprojetosustentadonosvaloresdaqualidade, seriedade e acessibilidade. E so estes valores, que prezam pelo acesso livre atodososcidados,tratamcomseriedadetodosprocessos,atividadese aes que envolvem o servio educacional e viabilizam a qualidade acadmica epedaggicaquegeramefetivoaprendizadoquepermitemconsolidarum projeto de curso de Direito. Cincoanossepassarameumcicloseencerra.Afasede crescimento,deamadurecimentoedeconsolidaoalcanaseupicecoma formaturadenossaprimeiraturma,comaconclusodoprimeiromovimento completo do projeto pedaggico. Entendemosseresteomomentodenoapenascelebrar,masde devolver,sobaformadepublicao,oprodutodotrabalhointelectual, pedaggicoeinstrutivodesenvolvidopornossosprofessoresduranteeste perodo. Este material servir de guia e de apoio para o estudo atento e srio, paraaorganizaodapesquisaeparaocontatoinicialdequalidadecomas disciplinas que estruturam o curso de Direito. Felicitamosatodososnossosprofessoresquecomcompetncia nos brindam com os Cadernos Dom Alberto, veculo de publicao oficial da produo didtico-pedaggica do corpo docente da Faculdade Dom Alberto. Lucas Aurlio Jost Assis Diretor Geral Pgina 3 / 48PREFCIO Todaaohumanaestcondicionadaaumaestruturaprpria,a umanaturezaespecficaqueadescreve,aexplicaeaomesmotempoa constitui.Maisainda,todaaohumanaaquelapraticadaporumindivduo, nolimitedesuaidentidadee,preponderantemente,noexercciodesua conscincia.Outracaractersticadaaohumanasuaestruturaformal permanente. Existe um agente titular da ao (aquele que inicia, que executa a ao),umcaminho(aaopropriamentedita),umresultado(afinalidadeda aopraticada)eumdestinatrio(aquelequerecebeosefeitosdaao praticada).Existemaeshumanasque,aoseremexecutadas,geramum resultadoeesteresultadoobservadoexclusivamentenaesferadoprprio indivduoqueagiu.Ouseja,nasaesinternas,titularedestinatriodaao soamesmapessoa.Oconhecimento,porexcelncia,umaaointerna. ComobemdescreveOlavodeCarvalho,somenteaconscinciaindividualdo agente d testemunho dos atos sem testemunha, e no h ato mais desprovido detestemunhaexternaqueoatodeconhecer.Poroutrolado,existemaes humanasque,umavezexecutadas,atingempotencialmenteaesferade outrem,isto,osresultadosseroobservadosempessoasdistintasdaquele que agiu. Titular e destinatrio da ao so distintos. Qualquer ao, desde o ato de estudar, de conhecer, de sentir medo oualegria,temorouabandono,satisfaooudecepo,atosatosde trabalhar,comprar,vender,rezarouvotarsosempreaeshumanasecom talestosujeitasestruturaacimaidentificada.Noacidentalquea linguagem humana, e toda a sua gramtica, destinem aos verbos a funo de indicaraao.Semprequeexistirumaao,teremoscomoidentificarseu titular, sua natureza, seus fins e seus destinatrios. Conscientedisto,omdicoepsiclogoViktorE.Frankl,queno cursodeumacarreirabrilhante(trocavacorrespondnciascomoDr.Freud desdeosseusdezesseteanosedesterecebiaelogiosemdiversas publicaes)desenvolviatcnicasdecompreensodaaohumanae, consequentemente, mecanismos e instrumentos de diagnstico e cura para os eventuaisproblemasdetectados,destacou-secomoumdosprincipais estudiososdasanidadehumana,doequilbriofsico-mentaledamedicina como cincia do homem em sua dimenso integral, no apenas fsico-corporal. Com o advento da Segunda Grande Guerra, Viktor Frankl e toda a sua famlia foramcapturadoseaprisionadosemcamposdeconcentraodoregime nacional-socialistadeHitler.Duranteanossofreutodososflagelosqueeram ininterruptamente aplicados em campos de concentrao espalhados por todo territrio ocupado. Foi neste ambiente, sob estas circunstncias, em que a vida sente sua fragilidade extrema e enxerga seus limites com uma claridade nica, Pgina 4 / 48queFranklconsegue,aoolharseusemelhante,identificaraquiloquenosfaz diferentes, que nos faz livres. Durantetodooperododeconfinamentoemcamposde concentrao(inclusiveAuschwitz)Franklobservouqueosindivduos confinadosrespondiamaoscastigos,sprivaes,deformadistinta.Alguns, peranteamenorrestrio,desmoronavaminteriormente,perdiamocontrole, sucumbiam frente dura realidade e no conseguiam suportar a dificuldade da vida. Outros, porm, experimentando a mesma realidade externa dos castigos edasprivaes,reagiamdeformaabsolutamentecontrria.Mantinham-se ntegrosemsuaestruturainterna,entregavam-secomoqueemsacrifcio, esperavam e precisavam viver, resistiam e mantinham a vida. Observandoisto,Franklpercebequeadiferenaentreoprimeiro tipodeindivduo,aquelequenosuportaadurezadeseuambiente,eo segundotipo,quesemantminteriormenteforte,quesuperaadurezado ambiente,estno fatodequeosprimeirosjno tmrazoparaviver,nada os toca, desistiram. Ou segundos, por sua vez, trazem consigo uma vontade de viver que os mantm acima do sofrimento, trazem consigo um sentido para sua vida.Aoatribuirumsentidoparasuavida,oindivduosupera-seasimesmo, transcende sua prpria existncia, conquista sua autonomia, torna-se livre. Aosairdocampodeconcentrao,comofimdoregimenacional-socialista,Frankl,imediatamenteesobaformadereconstruonarrativade suaexperincia,publicaumlivretocomottuloEmbuscadesentido:um psiclogonocampodeconcentrao,descrevendosuavidaeadeseus companheiros,identificandoumaconstantequepermitiuquenoapenasele, masmuitosoutros,suportassemoterrordoscamposdeconcentraosem sucumbir ou desistir, todos eles tinham um sentido para a vida. Nestemesmomomento,Franklapresentaosfundamentosdaquilo queviriaasetornaraterceiraescoladeViena,aAnliseExistencial,a psicologia clnica de maior xito at hoje aplicada. Nenhum mtodo ou teoria foi capaz de conseguir o nmero de resultados positivos atingidos pela psicologia deFrankl,pelaanlisequeapresentaaoindivduoaestruturaprpriadesua ao e que consegue com isto explicitar a necessidade constitutiva do sentido (da finalidade) para toda e qualquer ao humana. Sentidodevidaaquiloquesomenteoindivduopodefazere ningummais.Aquiloquesenoforfeitopeloindivduonoserfeitosob hiptesealguma.Aquiloquesomenteaconscinciadecadaindivduo conhece. Aquilo que a realidade de cada um apresenta e exige uma tomada de deciso. Pgina 5 / 48No existe nenhuma educao se no for para ensinar a superar-se asimesmo,atranscender-se,adescobrirosentidodavida.Tudoomais morno, sem luz, , literalmente, desumano. Educar,pois,descobrirosentido,viv-lo,aceit-lo,execut-lo. Educarnotreinarhabilidades,nocondicionarcomportamentos,no alcanar tcnicas, no impor uma profisso. Educar ensinar a viver, a no desistir,adescobrirosentidoe,descobrindo-o,realiz-lo.Numapalavra, educar ensinar a ser livre. ODireitoumdoscaminhosqueoserhumanodesenvolvepara garantirestaliberdade.QueosCadernosDomAlbertosejamveculosde expressodestaprticadiriadocorpodocente,quefazemdavidaum exemplo e do exemplo sua maior lio. FelicitaessodevidasaFaculdadeDomAlberto,peloapoiona publicaoepelaadoodestametodologiasriaedequalidade. Cumprimentosfestivosaosprofessores,autoresdestebelotrabalho. Homenagens aos leitores, estudantes desta arte da Justia, o Direito. . Luiz Vergilio Dalla-Rosa Coordenador Titular do Curso de Direito Pgina 6 / 48Sumrio Apresentao.......................................................................................................... . Prefcio................................................................................................................... Plano de Ensino...................................................................................................... Aula 1 A garantia da durao razovel do processo no mbito daExecuo Penal...................................................................................................... Aula 2 Procedimento do Tribunal do Jri.......................................................................... Aula 3 Procedimento do Tribunal do Jri 2 fase........................................................... Aula 4 Juizado Especial Criminal...................................................................................... Aula 5 Procedimento Sumarssimo arquivo separado................................................... Aula 6 Juizado Especial Criminal Lei n. 9.099/95.......................................................... Aula 7 Procedimento da Lei de Falncia - Lei n. 11.101/2005 e Procedimento da Lei n. 8.038/1990............................................................................................................. Pgina 7 / 4834812162530384247Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Centro de Ensino Superior Dom Alberto Plano de Ensino Identificao Curso: DireitoDisciplina: Processo Penal III Carga Horria (horas): 60Crditos: 4Semestre: 6 Ementa Procedimentos Especiais.Jri. Lei deExecuesPenais.AesEspeciais: Habeas Corpus eMandado de Segurana. Ritos Penais Especficos: Lei Maria da Penha. Juizado Especial Criminal. Estatuto da Criana e doAdolescente.ContravenesPenais.CrimesdeImprensa.CrimesAmbientais.LeideDrogas.Estatuto do Desarmamento. Estatuto do Idoso. Abuso de Autoridade. Objetivos Geral:Proporcionaraosacadmicosconhecimentostericoseprticossobreosritosespeciaisdo Processo Penal. Especficos: Expor os fundamentos do tribunal do Jri. Detalhar os ritos do juizado especial criminal, estadual e federal. Apresentar as principais caractersticas das aes penais especiais e seus respectivos ritos. Inter-relao da Disciplina Horizontal: Direito Penal, Prtica Jurdica. Vertical: Direito Processual Penal I e II e Prtica Jurdica. Competncias Gerais Pesquisaeutilizaodalegislao,dajurisprudncia,dadoutrinaedeoutrasfontesdoDireito,para constante atualizao;Adequada atuao tcnico-jurdica, com a devida utilizao de processos, atos e procedimentos;Correta utilizao da terminologia jurdica ou da Cincia do Direito;Utilizao de raciocnio jurdico, de argumentao, de persuaso e de reflexo crtica; Julgamento e tomada de decises; Domnio de tecnologias e mtodos para permanente compreenso e aplicao do Direito. Competncias Especficas Interpretao e aplicao do Direito no mbito das aes penais especiais. Habilidades Gerais Capacidade de interpretar e aplicar o Direito ao caso concreto;Capacidade de pesquisar e de utilizar a legislao, jurisprudncia, doutrina e de outras fontes do Direito; Capacidadedeatuardeformaadequada,comadevidautilizaodeprocessos,atoseprocedimentosa cada caso concreto;Capacidade de utilizar de forma correta a terminologia jurdica ou da Cincia do Direito;Primarpeloraciocniojurdico,argumentativo,atravsdeinstrumentosdepersuasoedereflexocrtica diante das contingncias sociais; Capacidade de posicionar-se e de tomar decises de forma precisa;Dominar tecnologias e mtodos para permanente compreenso e aplicao do Direito. Habilidades Especficas Interpretar e aplicar o Direito Processual de forma adequada no mbito das aes penais especiais. Contedo Programtico 1. Procedimentos Especiais. Introduo. 2. Jri (definir itens).3. Juizado Especial Criminal Estadual e Federal. (definir itens).Pgina 8 / 48Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. 4. Aes Especiais. Hbeas Corpus e Mandado de Segurana. (definir itens). 5.Ritospenaisespecficos.LeideTxicos,LeiMariadaPenha,ArmasdeFogo,AbusodeAutoridade, EstatutodoIdoso,EstatutodaCrianaedoAdolescente,CrimesAmbientais,ContravenesPenais, Crimes de Imprensa. (definir itens). 6.LeideExecuesPenais.rgosdeExecuoPenal.EstabelecimentosPenais.ExecuodasPenas. Incidentes da Execuo. Da Execuo das Medidas de Segurana. Execuo Penal Diferenciada e Crimes Hediondos. (definir itens). Estratgias de Ensino e Aprendizagem (metodologias de sala de aula) Aulasexpositivasdialgico-dialticas.Trabalhosindividuaiseemgrupoepreparaodeseminrios. Leiturasefichamentosdirigidos.Elaboraodedissertaes,resenhasenotasdesntese.Utilizaode recurso udio-Visual. Avaliao do Processo de Ensino e AprendizagemAavaliaodoprocessodeensinoeaprendizagemdeveserrealizadadeformacontnua,cumulativae sistemticacomoobjetivodediagnosticarasituaodaaprendizagemdecadaaluno,emrelao programao curricular. Funes bsicas: informar sobre o domnio da aprendizagem, indicar os efeitos da metodologiautilizada,revelarconseqnciasdaatuaodocente,informarsobreaadequabilidadede currculos e programas, realizar feedback dos objetivos e planejamentos elaborados, etc. Para cada avaliao o professor determinar a(s) formas de avaliao podendo ser de duas formas: 1 uma prova com peso 10,0 (dez) ou uma prova de peso 8,0 e um trabalho de peso 2,0 2 uma prova com peso 10,0 (dez) ou uma prova de peso 8,0 e um trabalho de peso 2,0 Avaliao Somativa Aaferiodorendimentoescolardecadadisciplinafeitaatravsdenotasinteirasdezeroadez, permitindo-se a frao de 5 dcimos. Oaproveitamentoescolaravaliadopeloacompanhamentocontnuodoalunoedosresultadosporele obtidos nas provas, trabalhos, exerccios escolares e outros, e caso necessrio, nas provas substitutivas. Dentreostrabalhosescolaresdeaplicao,hpelomenosumaavaliaoescritaemcadadisciplinano bimestre. Oprofessorpodesubmeterosalunosadiversasformasdeavaliaes,taiscomo:projetos,seminrios, pesquisasbibliogrficasedecampo,relatrios,cujosresultadospodemculminarcomatribuiodeuma nota representativa de cada avaliao bimestral. Emqualquerdisciplina,osalunosqueobtiveremmdiasemestraldeaprovaoigualousuperiorasete (7,0) e freqncia igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%) so considerados aprovados. Aps cada semestre, e nos termos do calendrio escolar, o aluno poder requerer junto Secretaria-Geral, noprazofixadoeattuloderecuperao,arealizaodeumaprovasubstitutiva,pordisciplina,afimde substituir uma das mdias mensais anteriores, ou a que no tenha sido avaliado, e no qual obtiverem como mdia final de aprovao igual ou superior a cinco (5,0). Sistema de Acompanhamento para a Recuperao da Aprendizagem Sero utilizados como Sistema de Acompanhamento e Nivelamento da turma os Plantes Tira-Dvidas que so realizados sempre antes de iniciar a disciplina, das 18h00min s 18h50min, na sala de aula. Recursos Necessrios Humanos Professor. Fsicos Laboratrios, visitas tcnicas, etc. Materiais Recursos Multimdia. Bibliografia Bsica Pgina 9 / 48Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. CAPEZ,Fernando.CursodeDireitoPenal:legislaopenalespecial.Revistaeatualizadaatalein. 11.466/2007. 3.ed. So Paulo: Saraiva, 2008. v.4. MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. So Paulo: Atlas, 2007. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execuo Penal. So Paulo: RT, 2008. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal, vol.3. So Paulo: Saraiva, 2008. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal, vol.4. So Paulo: Saraiva, 2008. Complementar NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Jri. So Paulo: RT, 2008. BITENCOURT,CezarRoberto.JuizadosEspeciaisCriminaisFederais.2.ed.PortoAlegre:Livrariado Advogado, 2005. DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justia. So Paulo: Revista dos Tribunais. 2007. MIRABETE, Julio Fabbrini. Execuo Penal. So Paulo: Atlas, 2004. SARAIVA,JooBatistaCosta.DireitoPenalJuvenil:AdolescenteeAtoInfracional:Garantias Processuais e Medidas Socioeducativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado. Legislao:GOMES,LuizFlvioGomes;CUNHA,RogrioSanches;PINTO,RonaldoBatista.Comentrioss Reformas do Cdigo de Processo Penal e da Lei de Trnsito. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. CHOUKR, Fauzi Hassan.Cdigo deProcesso Penal: comentrios consolidados e crtica jurisprudencial. 2. ed. Rio de Janeiro: 2007. Peridicos Revistas:IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Cincias Criminais) Sites para Consulta www.cfj.jus.br www.tj.rs.gov.brwww.trf4.gov.br www.senado.gov.br www.stf.gov.br www.stj.gov.br www.ihj.org.br www.oab-rs.org.br www.ibccrim.com.br Outras Informaes Endereo eletrnico de acesso pgina do PHL para consulta ao acervo da biblioteca: http://192.168.1.201/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl8.cip&lang=por Cronograma de Atividades AulaConsolidaoAvaliaoContedoProcedimentosRecursos 1 Jri. Consideraes Iniciais. Princpios Constitucionais do Tribunal do Jri. AEQG 2 Jri.ProcedimentoealteraesintroduzidaspelaLei 11.689/2008 AEQG 3 Jri.ProcedimentoealteraesintroduzidaspelaLei 11.689/2008 AEQG/DS 4 Jri.DosRecursoscabveisnombitodo procedimento do Jri. AEQG/DS 5 Jri.ProcedimentoealteraesintroduzidaspelaLei 11.689/2008/Procedimentos Especiais TIQG 6 Procedimentos Especiais.AEQG 7 Juizado Especial Criminal Estadual e FederalAEQG 1 AEQG 1 AEQG/DS 8 AesEspeciais.HbeasCorpuseMandadode Segurana AEQG/DS 9 LeideDrogas.EstatutodoDesarmamento. Contravenes Penais AEQG 10 MariadaPenha.CrimesdeImprensa.Crimes Ambientais. AEQG Pgina 10 / 48Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. 11 AbusodeAutoridade.EstatutodoIdoso.Estatutoda Criana e do Adolescente AEQG/DS 12 Lei de Execues Penais 13 Lei de Execues Penais 2 2 3 Legenda ProcedimentosRecursosProcedimentosRecursosProcedimentosRecursos CdigoDescrioCdigoDescrioCdigoDescrio AEAula expositivaAEAula expositivaAEAula expositiva TGTrabalhoem grupo TGTrabalho em grupoTGTrabalho em grupo TITrabalho individual TITrabalho individualTITrabalho individual SESeminrioSESeminrioSESeminrio Pgina 11 / 48AgarantiadaduraorazoveldoprocessonombitodaEXECUOPENAL:oregular gerenciamento do processo executivo como forma de amenizar o passivo social e financeiro causado pelo excesso na execuo. Marcos Rondon Silva DefensorPblicodoEstadodeMatoGrosso;coordenadordoNcleoEstadualdeExecuoPenaleps-graduadoemCinciasCriminaispelaUnamaeInstitutoLFGeemDireitoAgroambientalpelaUniversidade Federal de Mato Grosso SILVA, Marcos Rondon. A garantia da durao razovel do processo no mbito da execuo penal: o regular gerenciamentodoprocessoexecutivocomoformadeamenizaropassivosocialcausadopeloexcessona execuo. Boletim IBCCRIM, So Paulo, ano 16, n. 195, p. 17, fev. 2009. En el processo el tiempo es algo ms que oro: es justicia Eduardo Couture Umadasemanaesdodueprocessoflawoprincpiodaceleridade,ouodireitoaduraorazoveldo processo,reconhecidoprimeiramentenaConvenoEuropiaparaSalvaguardadosDireitosdoHomeme dasLiberdadesFundamentais.AConvenoAmericanasobreDireitosHumanos(PactodeSanJosda Costa Rica)(1) tambm regula a matria (art. 8). A Emenda Constitucional 45 inseriu expressamente, no rol de direitos e garantias fundamentais do art. 5 da Constituio Federal, o inciso LXXVIII (a todos, no mbito judicialeadministrativo,soasseguradosarazovelduraodoprocessoeosmeiosquegarantama celeridade de sua tramitao). ConformelecionaAndrLuizNicolitt,agarantiacitadatemplenaaplicaonosprocessosexecutivosde pena,havendoanecessidade,inclusive,deumasintoniamaisfinanoquepertineaogerenciamentodo processo, de modo a que no seja o apenado prejudicado em seus direitos(2). Estaarazopelaqual,nombitodoprocessoexecutivodepena,ospoderesinstrutriosdojuiz sobrelevam-se, de modo a poder o magistrado determinar o quanto necessrio para o resguardo dos direitos doexecutado,gozandodeplenainiciativaparaprovocarosprocedimentosadmissveisemsedeexecutiva. Nesse sentido, o item 174 da Exposio de Motivos Lei de Execuo Penal: 174.Alegitimidadeparaprovocaroprocedimentoseestendeparaalmdainiciativajudicial,cabendo, tambm,aoMinistrioPblico,aointeressado,aoConselhoPenitencirioesautoridadesadministrativas invocar a prestao jurisdicional em face da natureza complexa da execuo. Ora,essadotaoinstrutriaespecialconferidaaomagistradoexatamenteparaqueesteimpeaa ocorrnciadedesviose/ouexcessosnaexecuopenal.TantoassimqueaLEPdizcompetiraojuiz, dentreoutrascompetncias,a dezelarpelocorreto cumprimento dapena e damedidadesegurana(art. 66, VI). Desse modo, na dico legal, o juiz guardio do correto cumprimento da pena. Nesse sentido, seu dever, percebendo que se aproxima o lapso temporal que possibilita o deferimento de quaisquer dos benefcios da LEP, aviar o quanto entender necessrio para verificar se o sentenciado conta com os requisitos legais, de modoque,comoimplementodolapsotemporal,jcontemosautoscomoquantonecessrioparaasua deciso. S atuando com esta necessria proatividade que o magistrado, zelando pelo correto cumprimento da pena, evitar, como seu dever, a ocorrncia de excessos na execuo penal. Pgina 12 / 48NessecontextoquedeveserlevadaemcontaaregraconstantedaLEPnosentidodequecompeteao magistrado inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providncias para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apurao de responsabilidade (art. 66, VII). Como ensina Antnio de Padova Marchi Jnior (grifo nosso): CabeaojuizdaExecuovelarpelamanutenodalegalidadeemtodasasetapasdocumprimentoda pena, tendo a possibilidade de atuar de ofcio, mesmo no plano administrativo, atravs da expedio de ordensdeservio,provimentoseportarias,respeitadaasuacompetncia(...).Assim,sejaparadecidir acercadosinstitutosjurdicosprpriosdaLeideExecuoPenal,sejaparaadotarmedidastendentesa preservar a legalidade de todas as fases de cumprimento da pena, torna-se indispensvel a presena do juiz nos estabelecimentos prisionais (...)(3). Ora,sepode(edeve)atuarojuizdeofcioatmesmonoplanoadministrativo,comvistasagarantiros direitos do recluso, quanto mais no o dever fazer no plano jurisdicional, de modo a evitar qualquer tipo de excesso na execuo da pena! Como diz Salo de Carvalho, Se a jurisdio o instrumento atravs do qual o Estado se apropria do conflito do sujeito lesado para resguardar a racionalidade da pena, esta deve operar de maneira otimizada na execuo, controlando os atos administrativos de forma a resguardar a dignidade e a humanidade dos apenados(4). Contudo, a experincia diria daqueles que militam na execuo penal, em especial da Defensoria Pblica, que, ao reverso, muitas vezes, o magistrado d causa, paradoxalmente, ao excesso, ao permitir, em razo de sua demora na prestao jurisdicional, a permanncia do preso em regime mais rigoroso por tempo maior do que permite a lei. Nuncademaisressaltar queomagistrado,quando permitetaissituaes,almdedesdenhardedireitoe garantia fundamental do apenado, albergados na Constituio Federal e em Tratado Internacional, afronta a dispositivos orgnicos e de conduta tica(5). Infelizmente,oquotidianodaDefensoriaPblicaemMatoGrossoquecertamentenoconstituiexceo emrelaosoutrasDefensoriasrevela,emmuitoscasos,certodesprezoderepresentantesdoPoder Judicirio no tocante a assegurar ao apenado a garantia da durao razovel do processo. So frequentes os habeas corpus manejados pelo Ncleo Estadual de Execuo Penal da Defensoria Pblica perante o Tribunal de Justia de Mato Grosso invocando a garantia do art. 5, LXXVIII da Constituio Federal, unicamente com vistas a incitar a atividade do juiz de primeiro grau que, provocado a manifestar-se acerca de direitos a que o apenado j faz jus, queda-se inerte, ou no atua com a solrcia esperada. A demora do Poder Judicirio, alm de ensejar, dependendo do caso concreto, direito a indenizao(6), pode ser causadora de espantoso passivo social e financeiro. Com efeito, cada unidade prisional pode ser avaliada comogeradoradeumpassivosocialefinanceiro.Opassivosocialrecaisobreoapenado,suafamliae comunidadeeguardarelaocomanoodetemposocial(7).ComodizRodrigoMoretto,otempono crcere,lento,longo,improdutivo,dessocializante,despersonalizante,estigmatizanteedesumano(8), dotadodeverdadeirocartercrimingeno.Almdisso,fluememnotveldescompassoostemposdentro (congelado) e fora (hiperveloz) do crcere. Quanto ao passivo financeiro, causa verdadeiro espanto observar o quanto a permanncia indevida do apenado no regime fechado impacta negativamente os cofres pblicos. De fato, em pouco mais de um ano de atividades(9), e apenas atendendo populao prisional da Capital e dacidadevizinhadeVrzeaGrande,oNcleoEstadualdeExecuoPenaljapurouapermanncia indevidanoregimefechadoequivalentea65.738dias,correspondendoaumgastoindevidodeR$ 2.629.080,00.Ascifrassoespantosas,sobretudolevando-seemcontaqueforamatendidosapenascerca de 35% da populao prisional(10). Pgina 13 / 48Comefeito,65.730diasequivalema180anosdeprisoindevidanoregimefechado.Admitindo-sequeo percentualdecasosemqueseverificaapermannciaindevidanofechadosejaconstantemasa tendnciadecrescimentoaprojeopara100%dapopulaoprisionalapenasdeCuiabeVrzea Grandeseriade187.822dias,ou514anos,comumgastoindevidoparaoscofrespblicosdeR$ 7.511.657,00(11)! Conclui-se,pois,queademoraprocessual,almdeprejudicaroapenado,afetatodaacoletividade.De qualquersorte,comovistonospargrafosacima,qualquerpassivo,sejasocial,sejafinanceiro,ser grandementeamenizadoseoprocessoexecutivodepenaforregularmentegerenciado,comomagistrado atendendo, normalmente e no prazo razovel, a seus deveres processuais e fiscalizatrios, de modo a evitar excesso na execuo penal. Notas (1) O Brasil aderiu a Conveno Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969) atravs do Decreto n. 678, de 6 de novembro de 1992. (2) NICOLITT, Andr Luiz. A Durao Razovel do Processo. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006. (3)DaImportnciadaFiscalizao Permanentee dasVisitasMensaisaosEstabelecimentosPrisionaisIn: ExecuoPenalConstataes,Crticas,AlternativaseUtopias,PINTO,FelipeMartins(org.).Curitiba: Juru, 2008, pp. 309/310. (4) CARVALHO, Salo de. Pena e Garantias: Uma Leitura do Garantismo de Luigi Ferrajoli no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002, p. 184. (5)Defato,aausnciadesolrciaporpartedomagistradocontrariadoisdosdeveresasiimpostospelos incisosIIeIIIdoart.35daLeiComplementar35/79,verbis:IInoexcederinjustificadamenteosprazos para sentenciar ou despachar; III determinar as providncias necessrias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais. Alm disso, ao dar causa demora processual, fere tambm o Cdigo de tica daMagistraturaNacional,aprovadopeloplenrioConselhoNacionaldeJustiaem26.08.08,cujoart.20 (CaptuloIVDilignciaeDedicao)prescreve(osdestaquessonossos):Art.20.Cumpreao magistradozelarparaqueosatosprocessuaissecelebremcomamximapontualidadeeparaqueos processos a seu cargo sejam solucionados em um prazo razovel, reprimindo toda e qualquer iniciativa dilatria ou atentatria boa-f processual. (6)SobreaResponsabilidadeCivildoEstadoemrazodaviolaodagarantiadoart.5,LXXVIIdaCF, consulte-se NICOLITT, Andr Luiz. A Durao Razovel do Processo. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006,pp.93/98.Consulte-setambmLOPESJR.,AuryeBADAR,GustavoHenrique.Direitoao Processo Penal no Prazo Razovel. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006, pp. 120/123.(7) Sobre a noo de tempo social consulte-se ELIAS, Norbert. Sobre o Tempo. Editora Jorge Zahar. (8)MORETTO,Rodrigo.CrticaInterdisciplinardaPenadePriso:ControledoEspaodaSociedadedo Tempo. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2005, p.101. (9) O Ncleo Estadual de Execuo Penal executa o PAS Programa de Assistncia ao Segregado, que teve incioem15.08.2007,comsuainstalaonaCadeiaPblicadeVrzeaGrande-MT,quefuncionoucomo unidade prottipo do programa. (10)OclculolevaemcontaumcustomensaldeR$1.200,00porpreso,deacordocomaSENASP Secretaria Nacional de Justia MJ, in Manual de Monitoramento das Penas e Medidas Alternativas. Braslia: Pgina 14 / 48SecretariaNacionaldeJustia,2002.Ocustonoregimesemi-abertonolevadoemconta,porduas razes:a)porqueemCuiabeVrzeaGrandenaprticaosemi-abertocumpridocomascondiesdo aberto;eb)porquenohdadosoficiaisdaSecretariadeJustiaeSeguranaPblicaacercadocusto mensal no regime semi-aberto. (11)OsdadoscontinuamsendolevantadosdiariamentepeloNcleoEstadualdeExecuoPenalda DefensoriaPblicadeMatoGrosso,apartirdeumaplataformadigitaloPASDIGITALde gerenciamento dos trabalhos executados pelo Ncleo. A meta mapear os dados de todo o sistema prisional deMatoGrossoe,apartirdeles,gerarinformaoeconhecimentoquepossibilitemaadoodeaes corretivas. Marcos Rondon Silva DefensorPblicodoEstadodeMatoGrosso;coordenadordoNcleoEstadualdeExecuoPenaleps-graduadoemCinciasCriminaispelaUnamaeInstitutoLFGeemDireitoAgroambientalpelaUniversidade Federal de Mato Grosso Pgina 15 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Procedimento do Tribunal do Jri O Tribunal do Jri est previsto na Constituio Federal artigo 5, XXXVIII no rol dos direitos e garantias fundamentais. Vejamos o que assegura a Constituio Federal: XXXVIII-reconhecidaainstituiodo jri, comaorganizaoquelhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votaes; c) a soberania dos veredictos; d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; Princpios Constitucionais relacionados ao Tribunal do Jri: a)Plenitudededefesa:exercciodadefesaemumgrauaindamaiorqueodaampladefesa.Compreende dois aspectos: primeiro, o pleno exerccio da defesa tcnica1 (liberdade na argumentao); segundo, o exerccio da autodefesa, por parte do prprio ru. b)Sigilodasvotaes:exceoaoprincpiodapublicidadedasdecises.Quandoadecisosedpor unanimidade devotos, quebra-seosigilo, poistodos sabemqueossetesjuradosvotaramnaquelesentido. H quem sustente que o quarto voto idntico deveria interromper a votao. c) Soberania dos Veredictos: implica na impossibilidade de o Tribunal tcnico modificar a deciso dos jurados pelo mrito2.d) Competncia constitucional para delitos contra a vida Procedimento do Tribunal do Jri - artigos 406 497 do Cdigo de Processo Penal: Trata-sedeumprocedimentobifsico,ouseja,formadoporduasfasesdistintas.Aprimeirased peranteoJuizpresidente,semaparticipaodosjurados.Jasegundafase,estasim,pressupea formao do Jri Popular. 1 Esta defesa dever ser fiscalizada pelo Juiz-presidente do Tribunal do Jri, que poder at dissolver o Conselho de defesa e declarar o ru indefeso - artigo 497, V, CPP. 2 Verificar as hipteses de apelao das decises do Tribunal do Jri noartigo 593, III, CPP, bem como a smula 714, STF. Pgina 16 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] a)Primeirafase:chamadadejudiciumaccusationisousumriodeculpa.Iniciacomooferecimentoda denncia e termina com a pronncia, impronncia, absolvio sumria ou desclassificao. b)Segundafase:chamadadejudiciumcausae.Iniciacomorecebimentodosautospelojuiz-presidentee termina com o julgamento pelo Tribunal do Jri. 1 fase do procedimento do Tribunal do Jri De acordo com o artigo 406, CPP, aps a citao, o ru ter 10 dias para apresentar a RESPOSTA ACUSAO. Casonoapresente:ojuiznomeardefensorparatanto(artigo408,CPP).Aapresentaoda defesa imprescindvel, sua ausncia gera nulidade absoluta. Narespostaacusaopoderoserargidaspreliminaresetudooqueinteressedefesadoru (art. 406, 3). Tambm dever arrolar testemunhas, no nmero mximo de 8. Aps sero ouvidos MP, o assistente da acusao se existir, ou querelante - no prazo de 5 dias. Dispe o artigo 410 que o Juiz determinar a inquirio de testemunhas e a realizao das diligncias requeridas pelas partes no prazo mximo de dez dias. Naaudinciadeinstruo,serotomadasasdeclaraesdoofendido(sepossvel),inquiridas testemunhasdeacusaoedefesa,osesclarecimentosdosperitos,asacareaes,oreconhecimentode pessoas e coisas, o interrogatrio doacusado e, ao fim, os debates. Ateno!!!Onovoprocedimentoconcentroutodososatosinstrutriosemumanica audincia art. 411, CPP. Outro fator importante que as perguntas sero feitas diretamente testemunha, no mais por intermdio do juiz. O juiz poder complementar, se for o caso. Encerrada a instruo o Juiz observar, se for o caso, o artigo 384 do CPP - MUTATIO LIBELLI. Ao fim, sero feitos os debates orais, prazo de 20 min. prorrogveis por mais 10 min, para cada parte. Se tiver assistente de acusao sero concedidos 10 min. prorrogando-se por mais 10. Pgina 17 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Nenhumatoseradiado,salvoquandoimprescindvelprova,determinandoojuizaconduo coercitiva de quem deva comparecer. Encerradaainstruoomagistradoproferirasentenaemaudinciaouem10diaspor escrito, caso que far concluso dos autos. Outra nova regra que o procedimento dever ser concludo no mximo em 90 dias - art. 412, CPP. A deciso referida no artigo 411, 9, CPP poder ser: a) Pronncia: deciso processual de contedo declaratrio em que o juiz proclama admissvel a imputao e encaminhaparaojulgamento peranteoTribunaldoJri.Aqui, h ummerojuzodeprelibao,peloqual o juizadmiteourejeitaaacusao,sementrarnomrito.Nopoderserfeitoumexameaprofundado,sob pena de se furtar a competncia do Jri. Por conseqncia, no gera coisa julgada, pois poder ser modificada pelos jurados.Nesta fase, vigora o princpio do in dbio pro societate, no h certeza. Art.413.Ojuiz,fundamentadamente,pronunciaroacusado,se convencidodamaterialidadedofatoedaexistnciadeindcios suficientes de autoria ou de participao. 1Afundamentaodapronncialimitar-se-indicaoda materialidadedofatoedaexistnciadeindciossuficientesde autoria ou de participao, devendo o juiz declarar o dispositivo legal emquejulgarincursooacusadoeespecificarascircunstncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 2 Se o crime for afianvel, o juiz arbitrar o valor da fiana para a concesso ou manuteno da liberdade provisria. 3Ojuizdecidir,motivadamente,nocasodemanuteno, revogaoousubstituiodaprisooumedidarestritivade liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretao da priso ou imposio de quaisquer das medidas previstas no Ttulo IX do Livro I deste Cdigo. Apsaprolaodapronnciapoderhaveralteraodecircunstnciasupervenienteque modifique a classificao do delito? Ver artigo 421, 1, do CP. Intimao da deciso de pronncia:Art. 420. A intimao da deciso de pronncia ser feita: I - pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministrio Pblico;II - ao defensor constitudo, ao querelante e ao assistente do Ministrio Pblico, na forma do disposto no 1 do art. 370 deste Cdigo. Pgina 18 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Pargrafo nico. Ser intimado por edital o acusado solto que no for encontrado. B) Desclassificao: artigo 419, CPP Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordncia com a acusao, da existncia decrime diverso dos referidos no 1 do art. 74 deste Cdigo e no for competente para o julgamento, remeter os autos ao juiz que o seja. Pargrafo nico. Remetidos os autos do processo a outro juiz, disposio deste ficar o acusado preso. C) Impronncia: rejeio da imputao artigo 414, CPP. Art. 414. No se convencendo da materialidade do fato ou da existncia deindciossuficientesdeautoriaoudeparticipao,ojuiz, fundamentadamente, impronunciar o acusado.Pargrafonico.Enquantonoocorreraextinodapunibilidade, poder ser formulada nova denncia ou queixa se houver prova nova.

D) Absolvio Sumria: artigo 415, CPP Art.415.Ojuiz,fundamentadamente,absolverdesdelogooacusado, quando: I - provada a inexistncia do fato; II - provado no ser ele autor ou partcipe do fato;III - o fato no constituir infrao penal;IV - demonstrada causa de iseno de pena ou de excluso do crime.V-medianteedital,nocasodonIII,seodefensorqueoruhouver constitudotambmnoforencontradoeassimocertificarooficialde justia; VI - mediante edital, sempre que o ru, no tendo constitudo defensor, no for encontrado. Pargrafonico.NoseaplicaodispostonoincisoIVdocaputdeste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cdigo Penal, salvo quando esta for a nica tese defensiva. Aps a exposio da matria, ser realizada uma atividade em aula. Pgina 19 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Quadro Esquematizado: 1 Fase, judicium accusationis (fase da acusao) de acordo com a Lei n. 11.689/2008 Ateno: Somente ser iniciada a segunda fase aps a precluso da deciso que pronunciou o acusado, nos termos do artigo 421 do Cdigo de Processo Penal. OMPofereceadenncia comat08testemunhas. (2, art. 406, CPP) OJuizaorecebera dennciaordenara citaodoacusadopara responderaacusaoem 10 dias. (art. 406, CPP) Emcasode inrcia,ser nomeado defensorpara faz-lo(princpio dadefesa efetiva).(art. 408, CPP) Norecebimentoda denncia. (art. 41, CPP) Rejeiodadenncia. (art. 395, CPP) Recebimento da denncia. (art. 406, CPP) RSE (inc. I, art. 581, CPP) TJRSApelao (inc.II,art.593, CPP) Demais TJ do Pas e TRFs RSE (inc. I, art. 581, CPP) Apresentada a resposta escrita abre-se vista acusao "sobre preliminaresedocumentos", paramanifestaoem5dias. (art. 409, CPP) OJuizdesignaraudinciaUNA deinstruoejulgamentoea realizaodasdiligncias requeridaspelaspartes,noprazo de 10 dias. (art. 410, CPP) Naaudinciadeinstruoserealizaraoitiva:1doofendido (quandopossvel);2testemunhasdeacusao;3testemunhasde defesa; 4 Peritos (quando houver); 5 Acareaes (se necessrio); 6 Reconhecimentodepessoasecoisas(senecessrio);7 Interrogatrio do acusado; 8 Debates orais. (art. 411, CPP) ATENOao3,art.411, CPP. IMPORTANTE:Asalegaesfinais seroorais,vide4,5e6, art.411, CPP. ApsosdebatesoJuiz proferirasentenaou determinaraconclusodos autos, proferindo em 10 dias. 9, art. 411, CPP Recursode ApelaoCriminal (art. 416, CPP) Ojuizdeterminaa distribuioparao juzo competente Alinguagemda decisodepronncia devesercomedida.E devecontero dispositivolegalem que o acusado estiver incurso,as circunstncias qualificadoraseas causasdeaumento depena.As circunstncias atenuantesno precisamser mencionadas,pois podemser reconhecidas independentementedeestaremprevistas napronncia.De igualmodo,nodeve omagistradotratar dascausasde diminuiodepena (art. 7, LICPP). Apresentapreliminares, documentos,provas,etc. Arrolaat8testemunhas. 3, art. 406, CPP. O juiz entende que no h pratica de crime doloso contra a vida. (art. 419, CPP) DESCLASSIFICAO Ojuizsingularque receberoprocesso deverobservarse hnecessidadede aplicar um dos arts. 383 e 384, CPP. O juiz no se convence da materialidade do fato ou da existncia de indcios suficientes de autoria ou de participao (art. 414, CPP) IMPRONNCIA OTJpoder confirmaradeciso ou reform-la. Coisajulgadameramenteformal. Assim,enquantonoocorrera extinodapunibilidadepoderser formuladanovaacusao. Pargrafo nico, art. 416, CPP O juiz est convencido da materialidade do fato e da existncia de indcios suficientes de autoria ou de participao (art. 413, CPP). PRONNCIA Recursoem Sentido Estrito (inc. IV, art. 581, CPP) OTJpoder confirmaradeciso ou reform-la. Restou provada a inexistncia do fato, ou no ser o acusado o autor ou participe do fato. O fato no constitui infrao penal ou restou demonstrada causa de iseno de pena ou de excludente de ilicitude. (art. 415, CPP). ABSOLVIO SUMRIA Recursode ApelaoCriminal (art. 416, CPP) OTJpoder confirmaradeciso ou reform-la. Apsotrnsitoemjulgadoda sentenadeabsolviosumria, havercoisajulgadamaterial, sendoimpossvelreabriro processo,mesmoquesurjam novas provas. Pgina 20 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] 2 Fase, chamada de judicium causae (fase da causa) OJuizPresidentedo Tribunal do Jri determinar acitaodoMinistrio Pblico e a Defesa. As partes tero 05 dias para arrolar at 05 testemunhas para depor em plenrio, juntar documentos e pedir diligncias. (art. 422, CPP) OJuizPresidenteordenarasdiligncias necessriaseelaborarumrelatriodocaso, determinando sua incluso na pauta. (art. 423, CPP) Estando o processo em ordem, o juiz presidente mandar intimar as partes, o ofendido, se for possvel, as testemunhas e os peritos, quando houver requerimento, para a sesso de instruo e julgamento (art. 431, CPP) Comparecendo, pelo menos, 15 jurados, o juiz presidente declarar instalados os trabalhos, anunciando o processo que ser submetido a julgamento (art. 463, CPP) Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentena, o juiz presidente esclarecer sobre os impedimentos, a suspeio e as incompatibilidades (art. 466, CPP) O juiz procede ao sorteio dos jurados para comporem o Conselho de Sentena (art. 467, CPP) A defesa poder fazer at 03 recusas imotivadas (art. 468, CPP) E nos casos de mais de um ru poder haver ciso do processo (1, art. 469, CPP) O representante ministerial poder fazer at 03 recusas imotivadas (art. 468, CPP) Prestado o compromisso pelos jurados, ser iniciada a instruo plenria (art. 473, CPP) A inquirio das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formular as perguntas antes do Ministrio Pblico e do assistente (1, art. 473, CPP) O Juiz Presidente, o Ministrio Pblico, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomaro, sucessiva e diretamente, as declaraes do ofendido, se possvel, e inquiriro as testemunhas arroladas pela acusao e defesa (art. 473, CPP) Interrogatrio do acusado (art. 474, CPP) Encerrada a instruo se dar incio aos debates orais (art. 476, CPP) Ser concedida a palavra ao Ministrio Pblico e ao assistente, ao termino da acusao, a palavra ser concedida a defesa do acusado. (art. 476 e , CPP) O tempo destinado acusao e defesa ser de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a rplica e outro tanto para a trplica (art. 477, CPP) Concludos os debates, o presidente indagar dos jurados se esto habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos (1, art. 480, CPP) A seguir, o presidente ler os quesitos e indagar das partes se tm requerimento ou reclamao a fazer, devendo qualquer deles, bem como a deciso, constar da ata. Ainda em plenrio, o juiz presidente explicar aos jurados o significado de cada quesito (1, art. 484, 1, CPP) O juiz presidente, os jurados, o Ministrio Pblico, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivo e o oficial de justia dirigir-se-o sala especial a fim de ser procedida a votao (art. 485, CPP) Encerrada a votao, ser o termo assinado pelo presidente, pelos jurados e pelas partes (art. 491, CPP) Em seguida ser lavrada a sentena de acordo com veredicto dos jurados. A sentena ser lida em plenrio pelo presidente antes de encerrada a sesso de instruo e julgamento (art. 493, CPP) Encerramento da sesso. Sentena AbsolutriaSentena CondenatriaSentena Desclassificatria Pgina 21 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Procedimentoantigo-paraestudocomparado:1Fase(DorecebimentodaDennciaao trnsitoemjulgadodaSentenadePronncia)-Chamadadejudiciumaccusationis-Faseda Acusao Of. Denncia, Arrola at 08 testemunhas, pede Diligncias.No Recebimento da Denncia 41 do CPP Recebimento da Denuncia art. 394 do CPP Rejeio da Denncia art. 43 do CPP RSE art. 581, inc. I, do CPP. Citao do Ru art. 394 do CPP Interrogatrio do Ru art. 394 do CPP Concesso do Trduo Defesa Prvia art. 395 do CPP (Prazo de 03 dias arrola-se at 08 testemunhas) Audincia para oitiva das testemunhas de acusao art. 398 do CPP Audincia para oitiva das testemunhas de defesa art. 398 do CPP Alegaes Finais (Prazo de 05 dias) art. 406 do CPP TJ/RS Apelao art. 593, inc. II, do CPP. Demais TJ do Pas e TRFs RSE art. 581, inc. I, do CPP Concluso ao Juiz Presidente do Tribunal do Jri art. 407 do CPP Sentena de Impronuncia art. 409 do CPP Sentena de Pronncia art. 408 do CPP Sentena de Absolvio Sumria art. 411 do CPP Sentena Desclassificatria art. 410 do CPP RSE art. 581, inc. IV, do CPP Sem Recurso Tribunal confirma a deciso Tribunal reforma a deciso e pronuncia o ru Arquiva-se o processo at que prescreva. Havendo novas provas, se desarquiva e se d prosseguimento. Sem recurso RSE art. 581, inc. IV, do CPP Tribunal confirma a deciso de pronuncia Tribunal reforma a deciso e despronncia o ru Trnsito em julgado da sentena o ru vai a Jri Recurso de ofcio (remessa superior instncia) Tribunal reforma a deciso e pronuncia o Tribunal confirma a deciso Remessa dos autos ao juiz competente Reaberto o prazo da defesa Audincia de inquirio das testemunhas arroladas pela defesa Requerimento e realizao de diligncias art. 499 do CPP Alegaes Finais art. 500 do CPP Sentena Pedem-se Diligncias Refutam-se as Nulidades art. 571, inc. I, do CPP. Opem-se Excees art. 95 do CPP Podem-se juntar documentosNo se junta documentos art. 406, 2, do CPP Pgina 22 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] 2 Fase (Do oferecimento do Libelo ao trnsito em julgado da Sentena proferida pelo Juiz Presidente do Tribunal do Jri na Sesso Plenria) Chamada de judicium causae - Fase da Causa Trnsito em julgado da Sentena de Pronncia dada vista ao representante ministerial para que no prazo de 05 dias oferea libelo acusatrio art. 416 do CPP Oferecimento do libelo acusatrio art. 417 do CPPPode-se arrolar at 05 testemunhas para depor em plenrio, juntar documentos e requere diligncias art. 417, 2, do CPP. Recebimento do libelo acusatrio, devendo ser entregue uma cpia ao ru no prazo de 03 dias se estiver preso, para que no prazo de 05 dias oferea a contrariedade. Se o ru possuir defensor, esse ser notificado Oferecimento da contrariedade ao libelo acusatrio. Pode-se arrolar at 05 testemunhas para depor em plenrio, juntar documentos e requere diligncias art. 421, pargrafo nico, do CPP. No caso de Queixa o acusador ser intimado a apresentar o libelo acusatrio no prazo de 02 dias art. 420 do CPP Concluso ao juiz presidente do Tribunal do Jri, para sanar nulidades ou esclarecer fatos que interessem a deciso da causa e designar o dia do julgamento art. 425 do CPP No dia do Jri o Juiz declara aberto os trabalhos da sesso.Ordenando, ainda, que o escrivoproceda a chamada dos jurados. art. 442 do CPP O Juiz apreciar as escusas apresentadas pelos jurados at o momento da chamada art. 443, 2, do CPP E aplicara multa aos jurados ausentes art. 443 do CPP Nos 03 dias teis antes do julgamento as partes podero juntar documentos que desejarem utilizar no dia do Jri art. 475 do CPP. Assim, recomendvel que se junte 04 dias antes, s 18h25min. A interveno de assistente do Ministrio Pblico em Plenrio deve ser requerida com 03 dias de antecedncia art. 447, pargrafo nico, do CPP Aberta a sesso, o Juiz procede a verificao das cdulas, anuncia o processo que ser julgado e ordena ao porteiro que apregoe as partes e as testemunhas. art. 447 do CPP O juiz ordena que o Ru se poste a sua frente, declarando nome, idade e se tem defensor constitudo. art. 449 do CPP. Nesse momento a defesa pode alegar as nulidades ocorridas antes e depois da pronncia art. 571, inciso V, do CPP Antes de constituir o Conselho de Sentena, as testemunhas separadas acusao e defesa, sero recolhidas a lugar de onde no possam ouvir os debates art. 454 do CPP. Antes do sorteio do Conselho de Sentena, o juiz adverte aos jurados de seus impedimentos art. 458, art. 462 do CPP O juiz procede ao sorteio dos jurados para comporem o Conselho de Sentena Os jurados prestam compromisso O Ministrio Pblico poder fazer at 03 recusas imotivadas A defesa poder fazer at 03 recusas imotivadas. E nos casos de mais de um ru poder haver ciso do processo art. 461 do CPP Interrogatrio do ru art. 465, art. 185 e seg. do CPP Aps o juiz procede ao relatrio do processo e expor o fato, as provas e as concluses das partes art. 466 do CPP Depois por ordem do juiz o escrivo far a leitura das peas do processo requerida pelas partes ou jurados art. 466, 1, do CPP Inquirio das testemunhas arroladas no libelo Inquirio das testemunhas arroladas na contrariedade do libelo Pgina 23 / 48Prof. Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Endereo eletrnico: [email protected] [email protected] Observaes: Art.424doCPPAleiespecificaosquatrocasosemquepoderserdesaforadooprocesso:a)seo interessedeordempblicareclamar;b)sehouverdvidasobreimparcialidadedojri;c)sehouverdvida sobre a segurana do ru; e d) se o julgamento no se realizar no perodo de um ano aps o recebimento do libelo, desde que para a demora no haja concorrido o ru ou a defesa.3 OsquadrosesquematizadossodaautoriadaAdvogada,EspecialistaemDireitoPenale Processual Penal, Tasa Salvi. 3 LEAL, Saulo Brum. Jri popular. 4 ed. rev. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001. p. 117. Aps o promotor far a leitura do libelo e os dispositivos que o ru se acha incurso e produzir a acusao por 02 horas art. 471, art. 474 do CPP Finda a acusao, o defensor ter a palavra, tambm, por 02 horas art. 474 do CPP Havendo mais de um ru, os debates passam a ter 03 horas para acusao e defesa art. 474, 2, do CPP Se for preciso haver a replica para acusao e a trplica para defesa, por um perodo de 30 min. Para cada lado. Podendo esse perodo de duplicado, em caso de mais de um ru art. 474, 2, do CPP O juiz indagar aos jurados se esto habilitados a julgar ou se precisam de mais esclarecimento art. 478 do CPP Procede-se a leitura dos quesitos, com a explicao da significao legal de cada um art. 479 do CPP Iniciando-se pela tese ou teses defensivas Na sala secreta se procede a votao e l se encontram os jurados, o juiz, o promotor e assistente de acusao, se houver, o advogado de defesa, oficiais de justia e o escrivo art. 481 do CPP Procede-se a quesitao dos jurados, com as explicaes pertinentes art. 484 a art. 490 do CPP Finda a votao, ser o termo assinado pelo juiz e jurados - art. 491 do CPP Lavratura da sentena de acordo com o veredicto dos jurados art. 492 do CPP Leitura da sentena em publicoSentena condenatriaSentena absolutria.Sentena desclassificatria Encerramento da sesso Pgina 24 / 48Prof.Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Procedimento do Tribunal do Jri 2 fase Nonovoprocedimentodojritransitadaemjulgadoasentenadepronnciadefinidaa competncia do Conselho de Sentena para o julgamento dos fatos o processo remetido ao juiz de direito presidente do Tribunal do Jri1. Vejamos o artigo 421 do CPP: Art.421.Preclusaadecisodepronncia,osautosseroencaminhadosaojuiz presidente do Tribunal do Jri. 1Aindaquepreclusaadecisodepronncia,havendocircunstncia supervenientequealtere aclassificaodocrime,ojuizordenararemessados autos ao Ministrio Pblico. 2 Em seguida, os autos sero conclusos ao juiz para deciso. Preparao do Processo para julgamento em Plenrio Quando o Juiz-presidente receber os autos intimar o MP e o defensor para que no prazo de 5dias,indiqueastestemunhasparadepoimentoemplenrio(5testemunhas2),juntemdocumentose requeiram diligncias.Importante a leitura dos seguintes artigos: Art.422.Aoreceberosautos,opresidentedoTribunaldoJrideterminara intimao do rgo do Ministrio Pblico ou do querelante, no caso de queixa, e dodefensor,para,noprazode5(cinco)dias,apresentaremroldetestemunhas queirodeporemplenrio,atomximode5(cinco),oportunidadeemque podero juntar documentos e requerer diligncia. Apsojuizdeliberarsobreosrequerimentos,ordenarasdilignciasparasanarqualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa. Por fim, ele far um relatrio sucinto do processo e determinar a incluso em pauta da reunio do Jri (artigo 423, CPP). 1 No procedimento anterior o Ministrio Pblico oferecia o chamado libelo-acusatrio, que era a pea acusatria a ser julgada pelo Jri. Hoje o texto da pronncia que traz a acusao. 2 Em relao as testemunhas importante destacar oseguinte artigo:Art.461.Ojulgamentonoseradiadoseatestemunhadeixardecomparecer,salvoseumadaspartestiver requeridoasuaintimaopormandado,naoportunidadedequetrataoart.422desteCdigo,declarandono prescindir do depoimento e indicando a sua localizao. 1 Se, intimada, a testemunha no comparecer, o juiz presidente suspender os trabalhos e mandar conduzi-la ou adiar o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua conduo. 2 O julgamento ser realizado mesmo na hiptese de a testemunha no ser encontrada no local indicado, se assim for certificado por oficial de justia. Pgina 25 / 48Prof.Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Desaforamento- artigos 427 428, CPP Sorteio e convocao de jurados Apsaorganizaodapautaojuiz-presidentedeterminaraintimaodoMP,daOABeda Defensoria para acompanhar o sorteio dos jurados que participaro da reunio peridica.O sorteio inicial dos 25 jurados. O artigo 433 do CPP disciplina o sorteio: Art.433.Osorteio,presididopelojuiz,far-se-aportasabertas,cabendo-lheretiraras cdulas at completar o nmero de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunio peridica ou extraordinria.1Osorteioserrealizadoentreo15(dcimoquinto)eo10(dcimo)diatil antecedente instalao da reunio. 2 A audincia de sorteio no ser adiada pelo no comparecimento das partes. 3Ojuradonosorteadopoderteroseunomenovamenteincludoparaasreunies futuras. Alistamento dos Jurados Anualmente, os jurados sero alistados pelo presidente do Tribunal do Jri. Nmero de JuradosComarcas / habitantes 800 1.500 juradosMais de 1.000.000 habitantes 300 700 juradosMais de 100.000 habitantes 80 400 jurados Menor populao (100.000 ou menos) Art. 425. Anualmente, sero alistados pelo presidente do Tribunal do Jri de 800 (oitocentos)a1.500(ummilequinhentos)juradosnascomarcasdemaisde 1.000.000(ummilho)dehabitantes,de300(trezentos)a700(setecentos)nas Pgina 26 / 48Prof.Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 comarcasdemaisde100.000(cemmil)habitantesede80(oitenta)a400 (quatrocentos) nas comarcas de menor populao.1Nascomarcasondefornecessrio,poderseraumentadoonmerode juradose,ainda,organizadalistadesuplentes,depositadasascdulasemurna especial,comascautelasmencionadasnapartefinaldo3doart.426deste Cdigo.2Ojuizpresidenterequisitarsautoridadeslocais,associaesdeclassee debairro,entidadesassociativaseculturais,instituiesdeensinoemgeral, universidades,sindicatos,repartiespblicaseoutrosncleoscomunitriosa indicao de pessoas que renam as condies para exercer a funo de jurado.

Art. 426. A lista geral dosjurados, com indicao das respectivas profisses, ser publicadapelaimprensaatodia10deoutubrodecadaanoedivulgadaem editais afixados porta do Tribunal do Jri. 1 A lista poder ser alterada, de ofcio ou mediante reclamao de qualquer dopovoaojuizpresidenteatodia10denovembro,datadesuapublicao definitiva. 2 Juntamente com a lista, sero transcritos os arts. 436 a 446 deste Cdigo. 3Osnomeseendereosdosalistados,emcartesiguais,apsserem verificadosnapresenadoMinistrioPblico,deadvogadoindicadopelaSeo local da Ordem dos Advogados do Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias Pblicas competentes, permanecero guardados em urna fechada a chave, sob a responsabilidade do juiz presidente. 4Ojuradoquetiver integradooConselhodeSentenanos12 (doze) meses que antecederem publicao da lista geral fica dela excludo. 5 Anualmente, a lista geral de jurados ser, obrigatoriamente, completada. Da composio do TribunaldoJri e da formao do Conselho de Sentena Art. 447. O Tribunal do Jri composto por 1 (um)juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que sero sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituiro o Conselho de Sentena em cada sesso de julgamento. Pargrafonico-Aintervenodoassistentenoplenriodejulgamentoser requeridacomantecedncia,pelomenos,de3(trs)dias,salvosejtiversido admitido anteriormente.

Ateno !!! Art.452.OmesmoConselhodeSentenapoderconhecerdemaisdeum processo,nomesmodia,seaspartesoaceitarem,hipteseemqueseus integrantes devero prestar novo compromisso. Da reunio e das Sesses do Tribunal do Jri Como formada a lista geralPgina 27 / 48Prof.Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Art.463.Comparecendo,pelomenos,15(quinze)jurados,ojuiz presidente declarar instalados os trabalhos, anunciando o processo que ser submetido a julgamento. 1 O oficial de justia far o prego, certificando a diligncia nos autos. 2 Os jurados excludos por impedimento ou suspeio sero computados para a constituio do nmero legal. Verificando a presena de, no mnimo, 15 jurados, o juiz-presidente sortear 7 jurados. Nomomentoemqueascdulasforemretiradasojuizalereadefesa,depoisoMP,podero RECUSAR OS JURADOS at 3 cada parte,sem motivar (artigo 468, CPP).Ateno !!! Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas podero ser feitas por um s defensor.1Aseparaodosjulgamentossomenteocorrerse,emrazodasrecusas, no for obtido o nmero mnimo de 7 (sete)juradospara compor o Conselho de Sentena. 2 Determinada a separao dos julgamentos, ser julgado em primeiro lugar o acusado a quem foi atribuda a autoria do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se- o critrio de preferncia disposto no art. 429 deste Cdigo. Instruo em Plenrio Art.473.Prestadoocompromissopelosjurados,seriniciadaainstruo plenriaquandoojuizpresidente,oMinistrioPblico,oassistente,o querelanteeodefensordoacusadotomaro,sucessivaediretamente,as declaraesdoofendido,sepossvel,einquiriroastestemunhasarroladas pela acusao. 1 Para a inquirio das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formular as perguntas antes do Ministrio Pblico e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critrios estabelecidos neste artigo. 2Osjuradospoderoformularperguntasaoofendidoestestemunhas, por intermdio do juiz presidente. 3 As partes e os jurados podero requerer acareaes, reconhecimento de pessoas ecoisas eesclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peas que se refiram, exclusivamente, s provas colhidas por carta precatria e s provas cautelares, antecipadas ou no repetveis -Interrogatriodoacusado:artigo474doCPPMP,querelante,defensor,assistente,poderoformular perguntas diretamente ao acusado. Os jurados perguntam por intermdio do juiz. - Debates orais: artigo 476, CPP. - Questionrio e votaes: art. 482, CPP - Sentena- Recurso da deciso.Pgina 28 / 48Prof.Letcia Sinatora das Neves - Disciplina: Processo Penal III - Aula n. 2 Referncias bibliogrficas: CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Saraiva, 2010.NUCCI, Guilherme de Souza.Manual de Processo Penal e Execuo Penal, RT, 2009.Marques,Jader.Tribunaldojri:consideraescrticas Lei 11.689/08deacordocom asLeis11.690/08 e 11.719/08. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009. Nassif,Aramis.Onovojribrasileiro:conformeaLei11.689/08,atualizadocomasLeis11.690/08e 11.719/08. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009. Pgina 29 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 1 Juizado Especial Criminal Segundo o artigo 24, inc. X e XI, da CF, compete Unio, aos Estados eaoDFlegislarconcorrentementesobre:acriao,funcionamentoe processodojuizadodepequenascausas(X);procedimentosemmatria processual (XI). Assimsendo,oartigo98,dispeacercadacriaodosJuizados Especiais: Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro: I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes paraaconciliao,ojulgamentoeaexecuodecausascveisdemenor complexidadeeinfraespenaisdemenorpotencialofensivo,medianteos procedimentosoralesumarissimo,permitidos,nashiptesesprevistasemlei,a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de primeiro grau; II-justiadepaz,remunerada,compostadecidadoseleitospelovotodireto, universalesecreto,commandatodequatroanosecompetnciapara,naformada lei, celebrar casamentos, verificar, de ofcio ou em face de impugnao apresentada, oprocessodehabilitaoeexerceratribuiesconciliatrias,semcarter jurisdicional, alm de outras previstas na legislao. 1LeifederaldisporsobreacriaodejuizadosespeciaisnombitodaJustia Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional n 45, de 2004) 2Ascustaseemolumentosserodestinadosexclusivamenteaocusteiodos serviosafetossatividadesespecficasdaJustia.(IncludopelaEmenda Constitucional n 45, de 2004)

Apsareferidaprevisoconstitucional,nodia26/09/95,foi sancionadapeloPresidentedaRepblicaanLei9.099,restringindosua aplicao ao mbito da Justia Estadual. Porsubseqente,em12/07/01,dispondoacercadainstituiodos JuizadosEspeciaisnombitodaJustiaFederal,foisancionadaaLein 10.259. Pgina 30 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 2 Deacordocomaprevisoconstitucional,osJuizadosseroprovidos porjuzestogadosoutogadoseleigoscompetentesparaconciliao,o julgamento e execuo de infraes de menor potencial ofensivo. Conceito de infraes de menor potencial ofensivo Anteriormente, segundo o art. 61 da Lei n 9.099/951, infraes de menorpotencialofensivosoascontravenespenais(Lein3.688/41)e aquelescrimescujapenamximaprevistanoultrapassa01(um)ano, excetuados os casos em que a lei preveja procedimentos especiais. Porm,comoadventodoartigo 2, nico, da Lei n 10.259/01, houveumaampliaodoconceitodeinfraodemenorofensivo, considerando como sendo aqueles que a lei comine pena mxima no superior a 2 (dois) anos ou multa. A jurisprudncia e a doutrina posicionaram-se no sentido de que a Lei 10.259/01teriaampliadooconceitodeinfraodemenorpotencial ofensivo, aplicando o mesmo conceito na Justia Estadual. Atualmente, com o advento da Lei 11.313/06, legislao que alterou as duasleis,consideram-seinfraesdemenorpotencialofensivo,paraos efeitosdeambasasleis(lei9.099/95e10.259/01),ascontravenes penaiseoscrimesaquealeicominepenamximanosuperiora2 (dois)anos,cumuladaounocommulta,logonohmaisoquese discutir.

1ALei9.099/95trouxeoutroconceitoimportantenoartigo89crimes de mdio potencial ofensivo aqueles cuja pena mnima no ultrapassa 1 ano. Suspenso Condicional do Processo.Importante diferenciar tais crimes dos crimes de bagatela, estes no possuem previso legal, pelo princpio da insignificncia, h excluso da tipicidade (material). Por exemplo, um crime de furto simples, poder ser umcrimedebagatelaenosetratadeumdelitodemenorpotencialofensivo,esimdemdio.Hquem sustentequeadefiniodecrimedebagatelaestsuperada,emrazodoconceitodemenorpotencial ofensivo,masnohqualquerrelaodoprincpiodainsignificnciacomocarterdemenorpotencial ofensivo. (Daniel Gerber e Marcelo Lemos Dornelles p. 115). Pgina 31 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 3 Outraalteraoproduzidapelanovaleifoiaexignciacontidana redaodoartigo60derespeitosregrasdeconexooucontinncia. Frisou a lei no pargrafo nico que na reunio de processos, perante o juzo comum ou tribunal do jri, sero observados os institutos da transao penal e da composio civil. Critrios e Objetivos ART. 62:CRITRIOS:C E I O - CELERIDADE, ECONOMIA, INFORMALIDADE E ORALIDADE S = SIMPLICIDADE (artigo 2da Lei n9.099/95 disposies gerais) OBJETIVOS: REPARAO DO DANO (diferente da ao civil ex delicto) APLICAO DE PENA NO PPL2(Sempre que possvel) Art. 63 Competncia determinada pelo local do fato; Art. 66 Citao: pessoal ou por mandado, no cabe citao por edital, se no for encontrado vai para o juzo comum (pargrafo nico, artigo 66). Situaes de remessa para o Juzo Comum: - complexidade ou circunstncia do caso art. 77, 2 e 3;- acusado no localizado;

2Cf.AdaPelegriniGrinover,AntnioMagalhesGomesFilho,AntnioScaranceeLuizFlvioGomes,in JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS..., So Paulo: Revista dos Tribunais, pg. 79 Comentrios ao artigo 62 daLei: Aspecto relevantssimo do Juizado a afirmao de que deveser evitada a aplicao de pena privativa de liberdade, em inteira consonncia com a tendncia da criminologia moderna.

Pgina 32 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 4 - com o advento da Lei 11.313/06, quando ocorrer conexo ou continncia3. Art.67eArt.68Intimao:serporcorrespondncia-AR(avisode recebimento pessoal) e contar expressamente a informao acerca danecessidadedeacompanhamentoporadvogado,sobpenadenomeaode defensor pblico. FASE PRELIMINAR TERMOCIRCUNSTANCIADO(69)autoridadepolicialprovidnciaas requisies dos exames periciais (diferente do exame de corpo de delito).O MP poder requisitar o Inqurito Policial, mas o TC serve de base para o oferecimento da denncia, esta poder ser oferecida com base somente nos examespericiaisequivalentesaoexamedecorpodedelito,comooboletim mdico ou prova equivalente (atestado mdico, exame laboratorial), mas nesta fase prescindvel o exame de corpo de delito, sendo exigvel somente para condenao (art. 77, 1). afastadaaprisoemflagranteparaosautoresquesecomprometema comparecer no JECrim.

Arts. 70 e 71 Audincia Imediata Na prtica o TC remetido ao JEC, aps remetido ao MP que far uma anlise prvia, aps marcada uma data para audincia. Assimsendo,haveraintimaonostermosdosartigos67e68.Intimao pessoal,informando,almdadatadaaudinciadeconciliaoanecessidadede acompanhamento de advogado.

3TalalteraocertamentesofrerferrenhascrticasdaquelesqueentendemacompetnciadoJECrim como sendo constitucional em razo da matria 98, I, CF/88.Pgina 33 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 5 AUDINCIA PRELIMINAR (72)O juiz esclarece sobre: Composio Civil4 5Transao (76) (acordo de cunho privado) Aceita a composio PRDPena Pecuniria Acordo homologado6 Caber transao proposta pelo MP para APPblicas e APP Cond. SENTENA HOMOLOGATRIA IRRECORRVEL (74) aceita a proposta de transao o Juiz aplicar a PRD ou multa EXTINO DA PUNIBILIDADE no importar em reincidncia; impedir Renncia 74, por 5 anos a utilizao do direito novamente. DESCUMPRIMENTO: Executa-se no cvelImportante: NO SE ADMITIR A TRANSAO (76, 2): I TER SIDO CONDENADO PPL II TER SIDO BENEFICIADO, ANTES, NO PRAZO DE 5 ANOS III AS CIRCUNSTNCIAS JUDICIAS NO INDICAREM

4 Ao Privada ou Pblica condicionada a representao: * A vtima foi intimada, mas no compareceu -------- acaba o processo; A vtima no encontrada ------------ extingue o processo; Oautordofatointimado,masnocomparece-----nohcomposio,nem transao. A vtima decidir se representa ou oferece queixa crime. O autor do fato no localizado ---------- adota-se a previso do artigo 66, remete-se para o Juizado Comum.5NasAESPENAISPBLICASINCONDICIONADASacomposiocivil noimpedeoprosseguimento da ao criminal, em face da titularidade da ao penal.6NereuGiacomolli,p.106.poderoseracordadososdanosmateriaisnaesferacriminaleosmoraisna esfera cvel. No aceita Procedimento Sumarssimo Caber apelao no prazo do artigo 82 - 10 dias No sendo realizada a C.C Pgina 34 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 6 Situaes: O MP no oferece a transao: oprpriojuizpoderoferecer,emfacedoscritriosdoJECrim,celeridade, informalidade (Prof. Dr. Nereu Giacomolli). Aplicaodoartigo28doCPPremeteaoProcuradorGeral,analogiacoma Smula 696 do STF da Suspenso condicional do Processo. (majoritria) Prossegueoprocesso,umavezquenoharbitrariedade(evidentementequem sustenta esta posio no v a transao como um direito subjetivo). DESCUMPRIMENTO DA TRANSAO TRS POSIES - JAMAIS PODER SER CONVERTIDA EM PRISO *Diantedodescumprimento,devolveoprocessoaorgoministerialquedecidirqual serocaminho,nemsempresercasodedenncia, eventualmente,poderterocorrido atmesmoaprescrio,porissoseremeteosautosaoMP(POSIO MAJORITRIA)7. *Atransaotorna-settuloexecutivojudicialdevendoserexecutadaperanteo Juizado Especial de Execuo de PRD e PM (STJ-RESP 190.194).

7 EMENTA:DESCUMPRIMENTO DE ACORDO FIRMADO EM TRANSAO PENAL. Incabvel a execuo doacordadonatransaopenal.Decisomeramentehomologatrianofazcoisajulgadamaterial.No cumpridas as medidas propostas na transao pelo aceitante, devem os autos ir com vista ao Ministrio Pblicoparaprosseguimentodofeito.PrecedentesdoSTF.PRELIMINARACOLHIDA-RECURSO PROVIDO,UNNIME.(RecursoCrimeN71001966597,TurmaRecursalCriminal,TurmasRecursais, Relator: Las Ethel Corra Pias, Julgado em 09/03/2009). EMENTA: HABEASCORPUS.DESCUMPRIMENTODATRANSAOPENAL.PROSSEGUIMENTODA AO PENAL. Legtima a remessa do processo ao Ministrio Pblico para as providncias que reputar cabveis,inclusiveproposituradaaopenal,quandododescumprimentodatransaopenal, conformejurisprudnciaatualdoSupremoTribunalFederal,queaplicadaaocasosubjudice. Projeto de Lei n 3.367/2004 que altera o art. 76 da Lei n 9099/95. HABEAS DENEGADO. (Habeas CorpusN71001984376,TurmaRecursalCriminal,TurmasRecursais,Relator:AngelaMariaSilveira, Julgado em 16/02/2009). Pgina 35 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 7 *Alternativadecontedoprtico,somentesehomologaatransaopenalapsa demonstraodeseuefetivocumprimentoporpartedoautordofato.Assimse descumprida, retornam os autos ao MP para prosseguimento e oferecimento da Denncia. Ateno !!! O STF recentemente reconheceu a repercusso geral da seguinte situao: EMENTA:AOPENAL.JuizadosEspeciaisCriminais.Transaopenal.Art.76daLein9.099/95.Condies nocumpridas.Proposituradeaopenal.Possibilidade.Jurisprudnciareafirmada. Repercussogeral reconhecida. Recursoextraordinrioimprovido.Aplicaodoart.543-B,3,doCPC.Nofereospreceitos constitucionais aproposituradeaopenalemdecorrnciadonocumprimentodascondiesestabelecidas em transao penal. (RE602072RG-QO,Relator(a):Min.CEZARPELUSO,julgadoem19/11/2009,DJe-035DIVULG25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-10 PP-02155 ) Proposta de transao: Art. 76 APPblica IncondicionadaO MP oferecer a transao APP condicionada a representao NoscasosdeAoPenalPrivadacabetransao,massediscutequemdever propor; O promotor como fiscal da lei a possibilidade mais provvel.Ex.: crimes de dano art. 163 e art. 345, crime de exerccio arbitrrio de direito. Supremo Tribunal Federal EMENTA:I.STF-HC-Competnciaoriginria.1.OrecursoTurmaRecursalcontrasentena definitiva de Juizado Especial tem a amplitude devolutiva da apelao e,assim, no julgamento dele, dado ao juzo ad quem conhecer, em favor do acusado apelante, de nulidades absolutas - que, no caso, o impetrante pretende ocorrentes - ainda quando no alegadas. 2. No o fazendo, o rgo recursal faz-seresponsvelpelacoao,comodajurisprudnciaconsolidadadoTribunal,relativamente apelao da defesa: precedentes. II. Crime contra a honra: decadncia: C.Pr.Penal, art. 44. 1. O defeito da procurao outorgada pelo querelante ao seu advogado, para requerer abertura de inqurito policial, semqualquermenoaoobjetodaacusaoaformular,constituihiptesedeilegitimidadedo representante da parte, que, a teor do art. 568 C.Pr.Pen., "poder ser a todo o tempo sanada, mediante ratificaodosatosprocessuais"(RHC65.879,ClioBorja);2.Presenteaudinciapreliminarde transao penal, a querelante, pessoalmente, descartou o acordo, e manifestou a vontade de levar a cabo apersecuopenal,oquebastaasuprirodefeitodaprocurao,comotambmvaleporrejeio Pgina 36 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] [email protected] 8 peremptriadaconciliaoprevistanoart.520doC.Pr.Penal.III.Inocorrnciadeofensa indivisibilidadedaaopenalprivadapelanoinclusodomaridodaquerelantenoplopassivoda queixa, nela apenas referido como destinatrio da propalao por terceiros da atribuio querelante de fatos danosos sua reputao. IV. Suspenso condicional do processo: inadmissibilidade. Prevalece na jurisprudncia a impertinncia ao penal privada do instituto da suspenso condicional do processo. De qualquer sorte, a proposta haveria de partir da querelante, que, ao contrrio, se manifestou pessoal e enfaticamente pela sua continuidade. (HC 83412, Relator(a):Min. SEPLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 03/08/2004, DJ 01-10-2004 PP-00028 EMENT VOL-02166-01 PP-00165 RTJ VOL-00191-02 PP-00581) Superior Tribunal de Justia TRANSAO PENAL. CUMPRIMENTO. PENA. O paciente foi condenado pena de seis meses de deteno aps a desclassificao do crime do art. 12 (trfico de entorpecentes) para o art. 16 (porte para uso) da revogada Lei n. 6.368/1976. Transitada em julgado a condenao, o juiz, de ofcio, props transao penal (a entrega de uma cestabsicaaumaentidadefilantrpica),oquefoiaceitoelogocumpridopeloru.Nesse panorama, mostra-se correto o entendimentoda jurisprudnciadeque a propostade transao, atoprivativodoMP,cabvelemmomentoposterioraooferecimentodadennciaseocorrera desclassificao do delito quando da prolao da sentena ou mesmo de que, em caso de recusa dorepresentantedoparquet,podeomagistrado,seentendercabvelobenefcio,remeteros autosaoprocurador-geraldeJustia(art.28doCPP).SucedequeasupervenienteLein. 11.343/2006 no mais prev pena privativa de liberdade conduta do paciente. Pesa, tambm, o fatodeelejtercumpridoadeterminaodojuzodepagaracestabase(punioquese amoldariaprestaodeservioscomunidade).Assim,amelhorsoluoaocasoentender extintaapenaemrazodeseuefetivocumprimento.Precedentecitado:REsp737.688-SP,DJ 16/10/2006. HC 59.776-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 17/3/2009. TRANSAOPENAL. DESCUMPRIMENTO. ACORDO.ATurmaconcedeuaordemereiterouo entendimentosegundooqualnocabeooferecimentodedennciatantonocasodeno-pagamento da pena de multa substitutiva, quanto no de aplicao da pena restritiva de direito de prestaopecuniria,resultantesdetransao.HC60.941-MG,Rel.Min.Hamilton Carvalhido, julgado em 21/9/2006. Pgina 37 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] 1 Procedimento Sumarssimo arquivo separado RECURSOS: ARTS. 82 E 83 importante mencionar queo recurso de apelaono JEC dirigido Turma Recursal, sendo interposta no prazo de 10 dias a contar da cincia da sentena. Apetioescritaeconterasrazeseopedido,noseaplicandooartigo 600, 4do CPP.Para contrarazoar o prazo o mesmo, 10 dias, artigo 82, 1e 2. Apelao CPPApelao Lei 9.099/95 5 dias 8 dias - razes 10 dias nica razes e pedidos Oral/ escritaEscrita Embargos Declaratrios (619) 382 pedido de declarao Embargos Declaratrios 2 dias5 dias Interrompesuspende * No mbito criminal do Juizado Especial Criminal, podem ser julgados nos juizados os seguintes casos (lista obtida no site da Justia Federal): - crimes contra o ndio (artigo 58 da lei n 6.001/73); - sonegao fiscal (artigo 2 da lei 8.137/90); - violao de domiclio - artigo 150 do Cdigo Penal; - crimes contra a organizao do trabalho - artigos 197 at 207 do Cdigo Penal; - moeda falsa recebida de boa-f - artigo 289, 2 do Cdigo Penal; -usodepapispblicosfalsificadosrecebidosdeboa-f-artigo293,4doCdigo Penal; - certido ou atestado ideologicamente falso - artigo 301 do Cdigo Penal; - falsidade de atestado mdico - artigo 302 do Cdigo Penal; Pgina 38 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] 2 - falsa identidade - artigos 307 e 308 do Cdigo Penal; - usurpao de funo pblica - artigo 328 do Cdigo Penal; - resistncia - artigo 329 do Cdigo Penal; - desobedincia - artigo 330 do Cdigo Penal; - desacato - artigo 331 do Cdigo Penal; - impedimento, perturbao ou fraude de concorrncia - artigo 335 do Cdigo Penal; - inutilizao de edital ou sinal - artigo 336 do Cdigo Penal; - comunicao falsa de crime ou contraveno -- artigo 340 do Cdigo Penal; - auto-acusao falsa - artigo 341 do Cdigo Penal;-fraude processual - artigo 347 do Cdigo Penal; - favorecimento pessoal - artigo 348 do Cdigo Penal; - favorecimento real - artigo 349 do Cdigo Penal; - exerccio arbitrrio ou abuso de poder - artigo 350 do Cdigo Penal; - violncia ou fraude em arrematao judicial - artigo 358 do Cdigo Penal; - crimes contra as finanas pblicas - artigo 359-A do Cdigo Penal [**]; - crimes contra as finanas pblicas - artigo 359-B do Cdigo Penal[**]; - crimes contra as finanas pblicas - artigo 359-E do Cdigo Penal [**]; e crimes contra as finanas pblicas - artigo 359-F do Cdigo Penal [**]. [**] acrescentados pela lei n 10.028/2000 JUSTIA FEDERAL: -crioualgunsrecursosquenoexistemnosJuizadosEstaduais.ARTIGO14DALEI 10.259/01. SMULAS IMPORTANTES REFERENTES MATRIA: 969 e 723 do STF 203 e 243 do STJBom estudo !!! Bom estudo !!! Bom estudo !!! Bom estudo !!! INFORMATIVO N 457 TTULO Ato de Turma Recursal de Juizado Especial Criminal: RMS e Competncia do STF Pgina 39 / 48Letcia Sinatora das Neves e-mail: [email protected] 3 PROCESSO RMS - 26058 ARTIGO NocabeaoSTFoconhecimentoderecursoordinriointerpostocontradeciso denegatriademandadodeseguranaemanadadeturmarecursaldejuizadoespecial criminal.Combasenesseentendimento,aTurmanegouprovimentoaagravoregimental emrecursoordinrioemmandadodeseguranaemquesealegavaocabimentodo recurso. Entendeu-se que a Constituio taxativa (art. 102, II, a) quanto interposio de recurso em mandado de segurana, o qual s cabe contra acrdo de tribunal superior, eque,apesardeasturmasrecursaisfuncionaremcomosegundainstnciarecursal, enquadram-se como rgos colegiados de primeiro grau. Ademais, afastou-se a pretenso de interpretao, por analogia, com o recurso em habeas corpus interposto contra rgo colegiadode1grau,hajavistatratar-sedeorientaosuperadaemfacedoque decidido,peloPlenrio,noHC86834/SP(j.em23.8.2006),nosentidodequecompete aos tribunais de justia processar e julgar habeas corpus impetrado contra ato de turma recursal de juizado especial criminal. RMS 26058 AgR/DF, rel. Min. Seplveda Pertence, 2.3.2007. (RMS-26058) Pgina 40 / 48Aula 6Aula 6 - - JuizadoJuizado EspecialEspecial Criminal Criminal Criminal CriminalPgina 41 / 48Juizado Especial CriminalJuizado Especial Criminal Lei n. 9.099/95 Lei n. 9.099/951)Suspenso Condicional do Processo1)Suspenso Condicional do Processo artigoartigo 89 da Lein. 9.099/95 89 da Lein. 9.099/95 AplicaoAplicao Infrao de mdio potencial ofensivo Infrao de mdio potencial ofensivo Natureza Jurdica Natureza JurdicaNatureza Jurdica Natureza Jurdica Quem oferece ? Quem oferece ? Caso no seja oferecido o Caso no seja oferecido osursissursis processual? processual? Quem julgar a medida? Quem julgar a medida? Revogao da SuspensoRevogao da Suspenso Pgina 42 / 48 Smula 723, STF Smula 723, STF Smula 243, STJ Smula 243, STJ Diferena Diferena entre entresursis sursis da da execuo execuo da da pena pena eesursis sursisprocessual processualSursis Processual- artigo 89 , Lei 9.099/95 Sursis da Execuo da Pena art. 77, CPSuspende o processo penal Suspende a execuo de uma penaOferecido junto denncia (regra) tambm em caso de desclassificaoAplicado na sentenaCabveis em relao s infraes de mdio potencial ofensivoCabvel em caso de condenao pena privativa de liberdade no superior a 2anosPgina 43 / 48Peculiaridades da Lei n. 9.099/95:Peculiaridades da Lei n. 9.099/95: Aplicao Aplicao subsidiria subsidiria do do CPP CPP - - artigo artigo 82 82, ,CPP CPP; ; Lei Lei 99. .099 099/ /95 95 ee Estatuto Estatuto do do Idoso Idoso Lei Lei 99. .099 099/ /95 95 ee Estatuto Estatuto do do Idoso Idoso Lei Lei n n. . 99. .099 099/ /95 95 ee Lei Lei Maria Maria da da Penha PenhaPgina 44 / 48 Turma Recursal Criminal Turma Recursal Criminal Recursos cabveis e smulasRecursos cabveis e smulas -- SmulasSTF: 640,SmulasSTF: 640, 690 690, 727 , 727-- Smula 203, Smula 203, 348 348, 376 , 376 Na sesso de 17/03/2010, a Corte Especialdeliberou pelo CANCELAMENTO CANCELAMENTO da dasmula smula n n. . 348 348..Pgina 45 / 48Pgina 46 / 48 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Prof. Letcia Sinatora das Neves Procedimento da Lei de Falncia - Lei n. 11.101/2005 e Procedimento da Lei n. 8.038/1990 Lei n. 11.101/95 - Falncia ALein.11.101/2005revogouasdisposiescontidasnoCdigodeProcessoPenal,previstasnos artigos 503 a 512. Trouxe a previso legal para os tipos penais falimentares (arts. 168 a 178 da Lei n. 11.101/2005). De acordo com o artigo 184 da Lei n. 11.101/2005, os crimes falimentares so de ao penal pblica incondicionada. Oprocedimentoutilizadoparaapuraroscrimesfalimentaresoprocedimentosumrio(arts.531 540, CPP), conforme o artigo185daLei especial. ImportanteregistrarqueanovaLeiaboliuafiguradochamadoInquritoJudicial(fasepreliminar presidida pelo Juiz de direito). A partir da lei n. 11.101/2005 se obedece a regra geral de qualquer outro crime, ou seja, se for necessrio se instaura o inqurito policial -artigo187. Ser competente para o julgamento da ao penal o juiz criminal da jurisdio onde tenha sido: 1)decretada a falncia, 2)concedida a recuperao judicial, ou3)homologado o plano de recuperao extrajudicial. As decises acima referidas so tidas como condio objetiva de punibilidade das infraes previstas na Lei especial (art. 180). Ateno !!! Smula564doSTF1(03/01/77)-estasmuladeverserlidacomressalva,emrazodamudana legislativa2. DuranteavignciadoDecreto n.7667/45haviaanecessidadeexpressa de que quandoojuizrecebesse a denncia era necessrio fundamentar a deciso.

1Smula564,STF:AAUSNCIADEFUNDAMENTAODODESPACHODERECEBIMENTODE DENNCIAPORCRIMEFALIMENTARENSEJANULIDADEPROCESSUAL,SALVOSEJHOUVER SENTENA CONDENATRIA. 2FernandoCapezsustentaquenomaissubsisteesseentendimento(CursodeProcessoPenal-p.616, 2010). Pgina 47 / 48 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Todavia,aLein.11.101/2005,nofezmenoexpressaaestaexigncia,logooquerestoua discusso que se faz em todos os procedimentos e crimes, se o recebimento da denncia dever ou no ser fundamentado. Questionamentoquesefaz,levandoemconsideraooartigo93,IXeX,daCF/88,emque assegura a fundamentao das decises. Pgina 48 / 48