5ª edição jornal fiodeback

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Quarta-feira, 20 de março de 2013, Nº5 Cambada Futebol robótico: um verdadeiro desafio para a área da robótica cooperativa Programa de Mobilidade Conhece a Finlândia Atualiza-te Ensaio Autobiográfico Conversas Informais Prof. Susana Sargento Agora podes ter o teu Tamagotchi no teu Android

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Page 1: 5ª Edição Jornal Fiodeback

Quarta-feira, 20 de março de 2013, Nº5

CambadaFutebol robótico:

um verdadeiro desafio para a área da

robótica cooperativa

Programa de Mobilidade

Conhece a Finlândia

Atualiza-te

Ensaio Autobiográfico

Conversas Informais

Prof. Susana Sargento

Agora podes ter o teu Tamagotchi no teu Android

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Página 02 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013

EDITORIAL

VOLTÍMETRO

Ficha Técnica:Jornal Oficial do Núcleo de Estudantes de En-genharia Eletrónica e Telecomunicações de As-sociação Académica da Universidade de Aveiro

Propriedade:Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NEEET-AAUAv)

Morada:Universidade de Aveiro - DETISala 120, Campus Universitário de Santiago 3810-193, Aveiro

E-mail: [email protected]

Site: neeetaauav.com

Equipa Editorial:Andreia CostaJoão AndradeGonçalo GomesRita RibeiroJosé Dias

Colaboração:Prof. António NevesTiago AlmeidaCoordenação do NEEET-AAUAvProf. Susana Sargento

Design e Paginação:Andreia Costa

Revisão:Ana Afonso

Tiragem:300 exemplares

1. O NEEET-AAUAv não é responsável pe-las ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assi-nados são da autoria da equipa editorial.

2. A colaboração do Jornal Fiodeback está aberta a toda a Comunidade Académica.

Distribuição gratuita!

Ana AfonsoCoordenadora

NEEET-AAUAV

Caros colegas ET’s,

Depois de uns meses de intenso es-tudo para os exames da Época Normal e de Recurso, cujos resultados espero que tenham correspondido ao vosso esforço e às vossas expetativas, já nos encontramos quase a meio do segundo semestre, novamente mergulhados numa fase de muito trabalho. Apesar das variadas ocupações que todos temos, não devemos ignorar que a vida académica nos proporciona um conjunto de atividades desportivas, culturais e pedagógicas, capazes de nos fornecerem aprendizagens e com-petências indispensáveis para a nossa formação pessoal e profissional. Este semestre o trabalho do NEEET-AAUAv iniciou-se com as Conversas Informais, uma atividade de foro pe-dagógico, que teve por objetivo infor-mar e esclarecer cada um de nós, sobre o nosso curso e as suas potenciali-dades. Seguiu-se a realização da festa

Mega Rebel X que foi um sucesso dada a forte adesão evidenciada. O Núcleo em parceria com Professora Susana Sargento organizou uma visita ao Instituto de Telecomunicações, permitindo que os alunos observas-sem os laboratórios e as diversas in-vestigações tecnológicas que aí se de-senvolvem. O NEEET-AAUAv marcou presença no FORM@TE’13 que consiste num fim-de-semana de formação para os dirigentes e coordenações de núcleos da AAUAv. A discussão incidiu sobre vários temas ligados à atividade as-sociativa na Universidade de Aveiro, com especial destaque para as pro-blemáticas da ação social, promoção do desporto, promoção da cultura e projeto associativo. Para este semestre o núcleo está a or-ganizar o Segundo Ciclo de Conferên-cias – “Trabalha Para o Teu Emprego”. Vamos também apoiar a presença dos nossos colegas no Concurso de DJ’s

(CoDJ’s) organizado pela AAUAv. Re-alizar-se-ão outras atividades, umas com cariz mais lúdico, outras mais cultural, pedagógico e formativo. Nesta quinta edição do Jornal Fiode-back destaca-se de imediato a mudan-ça de imagem do nosso jornal e claro do logótipo do núcleo, em decorrência da mudança de imagem da Associação Académica. Damos a conhecer o pro-jeto da CAMBADA sobre o Futebol Robótico; um pequeno compêndio das Conversas Informais; a biografia da professora Susana Sargento, e um des-tino de Erasmus, desta vez a Finlân-dia, um país muito diferente do nosso sob todos os aspectos, entre muitas outras notícias e curiosidades. Resta-me desejar-vos a continuação de um excelente semestre e conto com a vossa participação nas nossas ativi-dades!

Saudações Académicas,Ana Afonso

Aveiro é cada vez mais conhecida, infeliz-mente, como a ‘Capital dos buracos’, grande parte das estradas do distrito carecem de condições mínimas para a circulação automó-vel e esse fenómeno já se alas-trou aos acessos à nossa Universidade.

Vários movimentos tem surgido na procura de uma solução para este inquietante proble-ma, mas os esforços até agora têm sido em vão.

Assim, esta bela cidade, com as vias em pés-simo estado torna-se incirculavel.

A Universidade de Aveiro recebeu, no dia 6 de fevereiro, uma reunião conjunta en-tre o Ministro da Educação, Reitores e Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades públicas portuguesas.

O encontro foi uma iniciativa do Professor Doutor, Manuel António Assunção, Rei-tor da UA, em articulação com o Conselho de Reitores, teve como pano de fundo o de-bate sobre as orientações estratégicas para o futuro do Ensino Superior em Portugal.

No dia 30 de janeiro realizou-se, no grande auditório da Reitoria da Univer-sidade de Aveiro, a tomada de posse de cerca de 341 universitários aveirenses.A AAUAV está de parabéns pelo trabal-ho realizado até ao momento nas suas variáveis vertentes, fruto do árduo tra-balho dos seus dirigentes, bem como de todos os estudantes em redor, que con-tribuem para o crescimento da mesma.Uma nova imagem foi também apresenta-da, imagem essa que procura cada vez mais fortalecer a ligação de todas as estruturas e membros da nossa grandiosa academia.

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ENSAIO AUTOBIOGRÁFICODr. SUSANA SARGENTO

NOME: Susana Sargento

NATURALIDADE: Mira, Coimbra

Susana Sargento é natural de Mira, distrito de Coim-bra. A sua vida académi-ca começou logo de uma forma um pouco diferente do normal pelo facto de ter iniciado a primária as-sim que fez 5 anos. Os seus pais, professores do en-sino secundário, tinham uma vida muito nómada, de escola em escola, o que fez com que, assim que conseguiram estabilizar na terra Natal (apenas durante 1 ano!) tenham optado por colocá-la na es-cola primária em vez de em ‘mais um’ infantário.

A sua apetência para as áreas ligadas às ciências, em detrimento das letras, foi notória desde o início. A matemática e a física sempre se tornaram áreas de conhecimento naturais que não colocavam muito esforço na sua compreen-são e ultrapassagem dos seus desafios.

A entrada para a Universi-

dade trouxe alguns ‘desgos-tos’ para os pais e restante família. Primeiro, a Susana devia ir para medicina. O facto de nem conseguir ver sangue era algo que se re-solveria com a experiência. Depois houve uma grande tentativa de sensibilização para arquitectura e econo-mia. Mas não, essas áreas não despertavam o seu in-teresse. Não havia dúvidas de que teria de ser Engenharia, pois matemática ou física não tinham muitas opções além do ensino. Foi assim que escolheu Engenharia Electrónica e de Teleco-municações, pois a área das telecomunicações também a fascinava, embora à data não tivesse grande conhec-imento na área.

A Licenciatura correu muito bem a todos os níveis, ainda melhor do que se esperava no início. Obteve alguns prémios, como o de melhor aluno da UA, no 3º ano, melhor

aluno que finalizou EET em 1996/1997, e um pré-mio oferecido pela Ordem dos Engenheiros em 1998 para o melhor estudante nacional licenciado em 1996/1997 na área de En-genharia de Telecomuni-cações.

Na altura da conclusão da Licenciatura as dúvidas eram muitas. Ir para uma Empresa para Lisboa era algo que não a fascinava, principalmente por ainda se sentir muito nova para sair de Aveiro. É verdade que, após 5 anos intensos em Aveiro, é muito difícil sair. Acabou por se decidir por uma das propostas que obteve na Universidade, para fazer investigação no

Grupo de Sistemas de Ban-da Larga sob orientação do Prof. Rui Valadas, atual-mente Prof. Catedrático no IST. O trabalho de investi-gação estava a correr bem, mas a Susana precisava de mais… Precisava de uma experiência de investi-gação fora do país. Foi as-sim que passou parte dos anos de 2000 e 2001 em Pittsburgh na Carnegie Mellon University e em Houston na Rice Univer-sity. Foram uns meses fan-tásticos a todos os níveis, mas principalmente ao nível do conhecimento de novas culturas. Os melhores amigos, de ira-nianos a indianos, mos-traram com muita amizade que se pode aprender imenso com todas as cul-turas.

No final do Doutoramento, em Setembro de 2002, in-tegrou o Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto,

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com a missão de iniciar um grupo de investigação na área de Redes de Comu-nicações, e coordenar esta área ao nível das discipli-nas desse departamento. Foi um grande desafio para uma recém-doutorada, mas foi determinante para a sua evolução como Do-cente e Investigadora, pois teve de iniciar um grupo de investigação (o qual ainda hoje se mantém), e tomar todas as decisões ao nível da docência de redes, as-sim como a coordenação da concepção de todas as disciplinas nesta área.

No entanto, em fevereiro de 2004 voltou para Avei-ro, por razões pessoais, agora como docente no DETI. A Susana reiniciou a sua atividade de investi-gação no DETI e IT como continuação do trabalho que estava a desenvolver no Porto e, embora tenha começado a desenvolver este trabalho integrada num grupo já existente, rapidamente ganhou a sua autonomia e criou um grupo de investigação, hoje designado de “Networks Architectures and Proto-cols” (http://nap.av.it.pt). Este grupo é composto por mais de 30 elementos com uma excelente interação, e tem estado envolvido em múltiplos projetos de in-vestigação, internacionais (Europeus e com os USA) e nacionais (com outras instituições de ensino e investigação e com Em-presas). A interação com as Empresas é um fator determinante deste grupo, tendo atualmente 5 Dou-torandos e 2 Mestrandos de Empresas (PT Inovação e NSN). As áreas onde tem desenvolvido investigação estão muito focadas nas

novas tecnologias de co-municação e nas redes de Internet do Futuro, onde a mobilidade, qualidade de serviço, virtualização, con-trolo e gestão da rede, têm uma importância muito preponderante. Embora sejam endereçadas as re-des com fios, as redes sem fios têm tido um papel muito importante neste grupo, como as redes WiFi, celulares, de curto alcance, e mais recentemente, as redes veiculares. Resul-tante do trabalho nestas áreas publicou mais de 200 artigos científicos.

Ao nível da parte docente, a Susana tem estado envolvi-da maioritariamente em dis-ciplinas de redes de comu-nicações dos vários cursos do DETI, mas tem também contribuído momentanea-mente nas disciplinas da área de informática e de sis-temas digitais. É sem dúvida uma parte do seu trabalho muito motivante, principal-mente quando sente o gosto dos alunos pelas matérias, aquele brilho nos olhos de quem finalmente percebe como funcionam as redes de comunicação.

Além das atividades leti-vas e de investigação, a Su-sana tem participado na organização de eventos na-

cionais e internacionais, é avaliadora de artigos das maiores conferências e re-vistas internacionais, sendo editora de edições especiais de algumas dessas revistas. Participa também em Júris académicos a nível nacional e internacional. A Susana tem ainda colaborado com a Comissão Europeia como membro do painel de avalia-ção de propostas e projetos Europeus, assim como tem colaborado com algumas Universidades europeias nos seus concursos de docentes.

Mas, como é impossível parar, no último ano a Su-sana abarcou um novo de-safio. Em conjunto com o seu colega João Barros da Univer- sidade do Porto, e a Robin

Chase e Roy Russel (ex-CEO e ex-CTO da ZipCar - recentemente adquirida pela

Avis), fundaram uma em-presa que se propõe cons-truir redes entre veículos, a Veniam’Works. A ideia de criar esta empresa surgiu de um projeto de investigação, levado a cabo pelas Univer-sidades do Porto e de Aveiro e o Instituto de Telecomu-nicações, em conjunto com outros parceiros. Apesar de ter menos de um ano de atividade, a Veniam’Works já ganhou o prémio da Track de Transportes e Energias do MIT Ventures Competi-tion, e tem um conjunto de parcerias muito importante. O que os moveu foi todo o desafio, mas muito mais im-portante, a vontade de criar condições para (à semelhan-ça de muitos outros) colo-car Portugal no grupo da frente da investigação e de-senvolvimento industrial e assim dar um pequeno con-tributo para o relançamento económico do nosso país.

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FUTEBOL ROBÓTICO:

De modo a superar grandes obstáculos que afetam as tarefas diárias as pessoas aprenderam que o trabalho cooperativo é uma ferra-menta poderosa, e muitos dos trabalhos feitos hoje em dia têm de ser reali-zados por equipas em vez de trabalhadores únicos. Contudo não é apenas o número de trabalhadores que dita o sucesso da op-eração, é também a sua ca-pacidade de comunicarem entre si e coordenarem os seus esforços.

Com o aumento da dis-ponibilidade de robôs em diferentes áreas da ativi-dade humana, é natural que estes comecem a imi-tar o comportamento hu-mano, tornando-se mais independentes e capazes. Progressos nas tecnolo-gias de comunicação sem fios permitem a equipas de robôs partilhar infor-mação em tempo real e co-ordenarem-se, enquanto a criação de baterias com maior capacidade e com-ponentes mais pequenos tornam possível a con-ceção de robôs simples e móveis para uso domés-tico.

Como a tecnologia ainda não está num nível que as pessoas possam confiar completamente em robôs para realizar as suas tare-fas diárias, tem de existir outra razão que encoraje os investigadores a de-

senvolver melhores algo-ritmos e melhores equi-pamentos. Nesta área, a competição internacional RoboCup atua como um catalisador para encorajar as equipas a mostrar todos os anos o seu trabalho e inovações em áreas especí-ficas como: futebol robóti-co, desafios em ambiente doméstico, simulação de salvamentos entre outros. Ao começar com um desa-fio específico num ambi-ente controlado, e aumen-tando a sua complexidade anualmente, a competição proporciona aos investiga-dores um desafio de cada vez em vez de múltiplos problemas de uma só vez, o que iria aumentar o grau de dificuldade exponen-cialmente.

Tendo a intenção de par-ticipar nestes desafios, a Universidade de Aveiro criou a equipa CAMBADA (acrónimo para Coopera-tive Autonomous Mobile Robots with Advanced Distributed Architecture), uma equipa de futebol robótico que participa na competição RoboCup Mid-dle Size League (MSL).

O modelo de coordenação da equipa CAMBADA baseia-se na partilha de informação do estado do mundo entre todos os robôs, usando para isto as suas capacidades de comu-nicação e base de dados em tempo real. A arquitetura

de decisões é baseada em Papéis (Roles), que tornam possível a execução de tarefas de alto-nível. Cada Papel é formado por uma combinação de Compor-tamentos que compõem tarefas de alto-nível.

Este texto introduz a im-portância dos Papéis na arquitetura de software da equipa CAMBADA, as-sim como a sua influên-cia no Desafio Técnico da competição RoboCup 2012 Middle Size League, onde a equipa conquistou o primeiro lugar.

Coordenação entre robôs

Os robôs da equipa CAM-BADA seguem uma abor-dagem distribuída, tanto na sua arquitetura de hard-ware como de software. O hardware está distribuído em três camadas, o que facilita a substituição e manutenção de peças. A arquitetura de software é constituída por 5 proces-sos executados concor-rentemente, e estes co-municam através de uma base de dados em tempo real, Real Time Database (RTDB), que está fisica-mente implementada em memória partilhada por todos os elementos da e-quipa. Uma ilustração da arquitetura de software pode ser vista na Fig 1.

Fig 1 - Arquitetura de Software

Sendo responsável pela comunicação interna dos 5 processos, a RTDB é um dos componentes mais im-portantes da arquitetura de software. Esta con-tem variáveis de estado essenciais divididas em duas secções, uma local que armazena informação necessária aos processos locais e que não é suposta ser partilhada entre robôs, e uma secção partilhada que está dividida entre todos os agentes em fun-cionamento e contém sub-secções de informação relativa ao mundo real se-gundo percebido por cada agente. Cada agente trans-mite a sua secção parti-lhada, mantendo assim a RTDB atualizada com in-formação válida. Para além disto a comunicação é feita através de tecnologia sem fios através de Wifi.

A escolha de fazer com que os robôs comuniquem por Wifi surgiu como sendo a melhor solução, já que esta tecnologia já provou ser robusta e adaptável a vá-

UM VERDADEIRO DESAFIO PARA A ÁREA DA ROBÓTICA COOPERATIVA

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rias situações, além disto existe uma grande número de equipamentos que a su-portam.

A capacidade que cada robô tem de comunicar com ao resto da equipa as suas informações é um re-curso importante na toma-da de decisões, já que cada robô é capaz de decidir que Papel é que vai assumir, sa-bendo quais os Papéis dos seus colegas. Isto perfaz outra característica im-portante da arquitetura de software, uma Arquitetura Dinâmica baseada em Pa-péis com Formação.Existem duas situações importantes durante os jogos, jogo livre e bolas paradas. Durante o jogo livre são usados dois Pa-péis: o Atacante que vai ser o robô mais próximo da bola, e os Centrais que assumem uma posição de-fensiva atrás do atacante. Nas bolas paradas é usada uma combinação de dois Papeis, o Passador que re-aliza o passe, e o Recetor que recebe e domina a bola. Em ambas as situações e-xiste sempre um robô en-carregado de desempenhar o papel de Guarda-Redes.

Para além dos Papeis dinâmicos, existe também uma formação dinâmica. Usando a Triangulação de Delaunay (DT), cada robô é capaz de escolher a melhor posição para onde se deve deslocar de acordo com a posição da bola. Com esta característica é possível ao treinador posicionar tati-camente todos os robôs num espaço contínuo.

Fig 2 - Triangulação de Delaunay (DT)

No futebol real, a principal entidade responsável pela coordenação da equipa é o treinador. Nesta versão do futebol também existe um treinador, que pode ser um computador fora do campo que toma decisões indiretamente. Por exem-plo, não é possível que o treinador ordene dire-tamente um robô a tomar uma ação, este apenas pode influenciar a decisão final que o próprio agente tem de tomar. A função do treinador é, por exemplo, mudar a formação através do DT de acordo com in-formações reunidas pelos jogadores.

O desafio técnico

O RoboCup é uma com-petição que envolve mui-tas ligas e competições. Este trabalho foca-se no Desafio Técnico do Robo-Cup 2012 MSL. Este de-safio é diferente todos os anos, e na última edição este era composto por três robôs ativos, um guarda-redes estacionário no cen-tro da baliza e pelo menos três obstáculos sensivel-mente do mesmo tamanho que um robô desta liga. A seguir é mostrado um es-quema simplificado do

procedimento necessário para completar o desafio:

• Robô B procura abola (1º passo)• RobôBpassaabolaao robô A (2º passo)• Robô A recebe abola, executa um drible durante 3 metros e no final passa a bola ao robô C (3º passo)• Robô C recebe abola, dribla durante 2 me-tros e depois remata para a baliza predefinida onde o guarda-redes se encontra (4º passo)

Fig 3 - Posição dos joga-dores

Na figura 3 podemos ver a ilustração do desafio. A posição dos robôs, ex-ceto do guarda-redes, são aleatórias assim como a posição da bola e obstácu-los. As setas representam os passes ou movimen-tações executadas pelos robôs, e estão numeradas de forma a criar uma se-quência. Os robôs também se encontram identifica-dos com uma letra ao seu

lado.

Cada equipa tem três opor-tunidades de completar o desafio, e a pontuação final é a soma das três rondas. Estão envolvidas penali-zações, por exemplo: os robôs não podem passar a linha de meio campo, a bola não pode sair fora do campo, e o robôs não po-dem tocar nos obstácu-los, entre outras. A equipa começa com 6 pontos em cada ronda, e cada penali-zação subtrai um ponto do total, tornando possível uma pontuação máxima de 18 pontos.

Para este desafio foram criados três novos Papéis, Role A, Role B e Role C. Foram dadas instruções muito específicas a cada agente, e a capacidade de comunicarem entre si foi essencial para avançar

nas várias fases do pro-cedimento, especialmente quando os robôs decidem criar uma linha de passe desobstruída entre eles, de maneira a que a bola não atinga nenhum obstáculo e saia fora do campo.

Resultados

Ao criar desafios com três rondas e pontuação acu-mulada, a organização do RoboCup estava a tentar premiar consistência, por

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exemplo 1 boa prova e 2 más iriam gerar apenas um terço da pontuação per-feita, isto para garantir que as equipas eram capazes de replicar os resulta-dos quantas vezes fossem necessárias, e não apenas uma única vez afortunada.

Ao criar um método de comunicação através de variáveis partilhadas por intermédio da RTDB, os robôs da equipa CAM-BADA poderão coordenar os seus passes e avisar os colegas de equipa quando era a vez destes de atuar. Outras equipas usaram a posição da bola no campo e a sua distância relativa para calcular em que fase estariam e qual seria a próxima, por exemplo se a bola estiver na metade predefinida do campo pro-vavelmente é a vez do robô A atuar, e se estiver na outra metade será a vez do robô B ou C dependendo de qual estiver mais perto da bola. Este procedimento é muito mais arriscado e dá lugar ao aparecimento de muitos erros.

A equipa CAMBADA foi confrontada com sérias dificuldades relacionadas com o sistema de visão durante a competição, as-sim como outras equipas, já que as condições de iluminação não eram in-dicadas, e durante toda a competição o sistema de controlo da bola também

foi alvo de falhas. Con-tudo, uma programação conservativa permitiu à equipa completar as três rondas com algum suces-so, completando o desafio duas vezes, e numa ter-ceira a bola saiu de campo depois de atingir um obs-táculo. A equipa terminou assim o desafio com no primeiro lugar.

Conclusão

A capacidade de interco-municação através da Real Time Database, o sistema de Papéis dinâmicos e o posicionamento através da Triangulação de Delaunay provaram ser as maiores vantagens que a equipa CAMBADA tem para su-perar os desafios propos-tos. Da mesma forma a sua arquitetura distribuída permitiu uma rápida adap-

tação, tanto em desafios familiares como os jogos de futebol, nestes desafios técnicos únicos, mas tam-bém outros que abrangem uma área completamente diferente como é o caso do CAMBADA@Home.

Estamos num ponto em que os robôs têm as ferra-mentas necessárias para partilhar o seu conheci-mento de uma maneira efi-ciente, contudo usar esta informação para tomar de-cisões otimizadas é o ver-dadeiro desafio.

Como trabalho futuro e-xistem dois objetivos que iriam melhorar imenso o comportamento e coo-peração. O primeiro seria permitir ao treinador de-cidir a melhor formação de acordo com o conhecimen-to que os jogadores parti-lham, e possibilitar que

esta fosse alterada durante o jogo. Neste momento existe uma formação es-tática atribuída no início de cada parte do jogo.

O outro objetivo seria a coordenação de passes en-tre robôs de uma maneira mais dinâmica. Atual-mente o destino do passe é dado pela posição atual do robô que estiver no papel recetor, mas o jogo seria muito mais interessante e dinâmico se os robôs tives-sem a capacidade de re-alizar passes em desmar-cação, onde dois jogadores determinam a posição do recetor antes de ele lá es-tar.

Queres dar a conhecer aos teus colegas o projeto que estás a desenvolver? Queres ver um artigo teu publicado na próxima edição do Fiodeback? Pretendes tornar pública uma teoria nova em que estás a trabalhar?

Vem fazer parte do Fiodeback, o jornal de todos nós.

Envia-nos as tuas sugestões e artigos para [email protected]

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CONVERSAS INFORMAIS“O ESTADO DA NAÇÃO ET”

Foi no passado dia 20 de fevereiro que se deu início à primeira sessão de Con-versas Informais, O Estado da Nação ET, organizada pela secção Pedagógica do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da As-sociação Académica da Universidade de Aveiro (NEEET-AAUAv).Para essa primeira sessão contamos com a presença do Prof. Dr. Pedro Fonseca como moderador da con-versa, o relato do aluno do 3º ano João Moreira, com a experiência do programa de mobilidade Erasmus do aluno finalista Bruno Cruz e ainda com o relato de 4 ex-alunos, sobre a mudan-ça da vida académica para a vida empresarial, com a Mestre Sara Lopes, o Mes-tre João Benzinho, o Mes-tre Renato Resende e ainda com o Dr. Pedro Cruz.

Nesta conversa foram

abordados temas que vão desde a organização do es-tudo, do tempo despendido para o mesmo e na melhor forma de conjugação do tempo caso se esteja en-volvido em alguma bolsa de investigação, o que se-gundo o aluno João Morei-ra, a melhor forma é acom-panhar a matéria desde o início e ao primeiro obs-táculo que surja, resolve-lo. Em relação à bolsa de investigação, sugeriu que os alunos adotassem mé-todos de trabalho de forma a desenvolver, o mais pos-sível, o projeto logo no iní-cio do semestre para evitar uma sobrecarga na época de exames.

É do conhecimento de todos os alunos univer-sitários que vivenciamos uma mudança drástica com a passagem do ensino secundário para o ensino superior, sendo bastante difícil para alguns alunos

conseguirem fazer todas as cadeiras do 1º ano.Para conseguirmos termi-nar esse primeiro ano com sucesso temos de adotar métodos de trabalho e con-seguir atingir os objetivos a que nos propusemos e é prova disso o aluno Bruno Cruz pois apesar de não ter começado bem no primeiro ano conseguiu recuperar e hoje é aluno finalista com sucesso. Salientou ainda a importância das soft skills,do saber falar e argumetar,

saber viver a vida aca-démica e a importância de fazer parte de projetos associativos para um im-portante amadurecimento dos estudantes. Quanto ao programa de mobilidade Erasmus vivenciado por 5 dos oradores presentes nas conversas, foi unâni-me por todos que era uma oportunidade única para enriquecer quer a nível pessoal quer a nível profis-sional.

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Passando agora para as opiniões dos ex-alunos de MIEET que já se encon-tram no mercado de tra-balho foram abordados temas que vão desde uma entrevista de emprego até mesmo à vida laboral.Foi concluído pelo Mes-

tre João Benzinho, que se encontra neste momento a trabalhar na Empresa Vodafone Portugal, que o processo de entrada numa grande empresa não é tão assustador como os alunos normalmente antecipam, concluindo que temos de ir mentalizados da grande diferença que se vai sentir do tipo e métodos de tra-balho de uma empresa em relação ao que acontecia na Universidade.Em contrapartida é ex-tremamente gratificante estarmos a fazer o que gostamos e sermos re-compensados por isso, ou monetariamente ou com a subida de posto dentro da empresa.Disse também que apesar da vasta oferta de emprego na nossa área, temos de nos mentalizar que a pos-sibilidade de sairmos da nossa zona de conforto é elevada, uma vez que, to-mando como exemplo a Vodafone Portugal, esta dá

preferência aos estudantes de Lisboa. Acabando por concluir que apesar dessa dificuldade, os métodos de trabalho e de aprendi-zagem de estudo que o nos-so curso exige, permiti-ram-lhe chegar onde está hoje.

A Mestre Sara Lopes apre-sentou-nos uma perspe-tiva profissional diferente pois optou por participar no programa Inov Con-tacto em que foi destacada para Sillicon Valley, na Cisco Systems. Garantiu que na empresa em que es-teve a trabalhar não existia tanto uma preocupação com o percurso académico mas sim com a capacidade

de cumprir o trabalho que lhe era proposto.Acabou por salientar a im-portância das soft skills pois permite-nos ser mais confiantes no nosso tra-balho, comunicar de forma eficaz, fazer uma melhor gestão do tempo e apren-der a definir prioridades o que nos permite fazer um melhor trabalho dentro da empresa. O Mestre Renato Resende apresentou-nos as suas experiências vividas no seu percurso profissio-nal, primeiro na Wavecom e atualmente na EDP-Renováveis.O tema da dissertação e os projetos académicos em que os alunos se envolvem, na sua perspetiva, não é muito relavente, pois as necessidades dos empre-gadores é que controlam os postos de trabalho e-xistentes, e com fequência os alunos trabalham em áreas muito distintas da sua especialização na Uni-versidade.

Por último, com a ex-periência do Doutor Pedro Cruz, ficamos com uma visão sobre o mercado de

trabalho para um Doutor, o que provavelmente para alguns alunos não corres-pondeu às expectativas que tinham.

Em Portugal, as oportuni-dades para um doutor são escassas mas a nível inter-nacional a visão é comple-tamente diferente. Man-tém a sua mente aberta a novos horizontes, uma vez que o seu estatuto o pode levar a cargos de nivéis de maior importância com melhor reembolso mone-tário. Não fecha a porta a ir trabalhar fora do país, mas a por motivos familiares é uma questão que pondera.No seu relato falou da im-portância da média final de curso e concluíu que al-guns alunos valorizam de-masiado esse parâmetro, o que na sua opinião não o deviam fazer uma vez que já comprovou que alunos com média inferior, em alguns casos, foram mais bem sucedidos profis-sionalmente do que alunos com média superior.

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ENTREVISTA A TIAGO ALVES

Como surgiu a entrada no associativismo? Vontade de participar civicamente, na cons-trução de uma sociedade melhor, mas, especial-mente, de contribuir para uma melhor Universidade de Aveiro foram fatores fundamentais na pro-moção deste interesse pelo associativismo estudantil. De membro do meu nú-cleo de curso a colabora-dor da direção nos CNU’s de Aveiro, algumas foram as experiências que foram alimentando a vontade de fazer mais. Contudo, acred-itava que podíamos fazer diferente, que poderíamos colocar a AAUAv no quo-tidiano estudantil. E as-sim ganha rosto um novo movimento politico. Uma equipa demasiado jovem, mas com muita vontade de mudar. Construía-se assim um movimento que gan-hava abrangência, força e consistência. Equipa que viria a ganhar as eleições. E assim entro pela primeira vez para uma direção da

AAUAv, como Presidente dessa equipa.

Qual foi o teu primeiro pensamento quando foste eleito?Todo o processo de definição e construção do projeto candidato aos órgãos sociais da AAUAv em 2010, exigiu um enorme envolvimento de toda a eq-uipa que compunha a de-nominada por lista Q “liga-te a nós”. Apesar de assente num forte compromisso de todo o movimento que tive oportunidade de liderar, sabíamos que vencer as eleições e assim quebrar uma continuidade era uma tarefa extremamente difícil, mas um passo es-sencial para poder mostrar que conseguíamos fazer diferente. O que tornou aquele momento num mis-to de sensações enorme. Orgulho e felicidade pela oportunidade que os es-tudantes da UA me estava a dar, mas também um senti-mento de enorme respon-sabilidade pelo significado que tinha aquela prova de

confiança. Sabíamos que não podíamos falhar!

É difícil ser-se presi-dente da Associação Académica? Liderar uma estrutura como a AAUAv é, sem dúvida, um projeto alta-mente desafiante. Uma instituição que tem como missão representar ins-titucionalmente todos os estudantes que esco-lheram a Universidade de Aveiro para prosseguirem a sua formação. Uma ins-tituição que movimenta 3 milhões de euros, uma in-stituição com 300 dirigen-tes, 12 funcionários e mais de uma centena de presta-dores de serviços. Uma instituição que intervêm nas mais diversas áreas de interesse da comunidade universitária, áreas essas que vão desde a cultura e o desporto à pe-dagogia, empregabilidade e em-preendedorismo e inter-venção cívica e social. No fundo uma instituição que pode ser comparada a uma empresa de média dimen-são mas sem fins lucra-tivos, onde os estudantes são o centro da sua missão. Tudo isto conjugado com uma equipa de voluntários, onde a sua dedicação asso-ciativa choca, diretamente, com os seus objetivos cur-riculares, em que a pro-teção desta equipa de voluntários está basica-mente ao encargo do seu agregado familiar, torna toda esta missão estimu-lante mas ao mesmo tempo

difícil. Liderar este pro-jeto foi, sem dúvida, uma enorme escola de vida.

Quais os principais pro-jetos que desenvolveste na AAUAv?Mais do que projetos quisemos construir definir um trajeto, uma visão, uma linha estratégica para toda a estrutura. Potenciar o Projeto Associativo dos es-tudantes da UA, centrali-zando a participação estu-dantil na legitima representante dos es-tudantes da nossa Uni-versidade, na AAUAv. Desenhando assim, uma instituição fundamental capaz de agregar todas as sensibilidades e de alber-gar as diferentes vonta-des e perspetivas dos seus membros, sustentada por estruturas cada vez mais sólidas, os núcleos. Uma instituição que garante uma uniformização no que respeita aos princípios democráticos de interven-ção, liberdade, transpa-rência, prestação e certi-ficação de contas e acima de tudo uma igualdade de oportunidades para a par-ticipação dos estudantes.Toda esta visão estrutural refletiu numa revolução gráfica da instituição, a construção de uma nova identidade gráfica. Projeto este que demonstra tudo aquilo que ambicionamos para a instituição, uma es-trutura abrangente, plural, como uma enorme diversi-dade e singularidade den-tro de um projeto comum a

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todos os estudantes. Foi, certamente, esta visão estrutural e de união as-sociativa na UA, que mais marcou os mandatos em que tive oportunidade de liderar os destinos da As-sociação Académica. Con-tudo, este período fica também marcado pela al-teração do conceito do Pro-jeto “Aveiro é Nosso”, uma marca alicerçada numa nova forma de comunicar que reflete a cultura da A-cademia Aveirense. Neste novo conceito encontram-se diferentes dimensões que atribuem a este proje-to um carácter transversal. Desde a dimensão social, cultural, desportiva e co-mercial (única vertente que se mantém da origem do projeto, onde se en-quadram os descontos em parceiros e cartões de sócio, que voltamos a en-tregar ao fim de mais de 6 anos de inexistência) são as diferentes formas da sua aplicação.No Plano Desportivo, ini-ciamos a discussão para a definição de uma visão clara e abrangente sobre o desporto na UA, avan-çando com projetos funda-mentais como a reforço da competição interna (Taça UA), apresentação de uma proposta de estatuto de es-tudante atleta, bem como de um plano de certificação e creditação das ACD’s.Reconstruir e Reorganizar administrativa e finan-ceiramente a AAUAv, con-solidar os procedimen-tos internos de gestão, recuperar financeiramente a instituição, bem como aumentar e mo-dernizar os serviços da estrutura (ex: alteração do Bar do Es-tudante), foram objetivos prioritários e fundamen-tais para a saúde financeira

da estrutura.Por último, destacava os anos de intenso envolvi-mento na discussão do Ensino Superior Portu-guês e da Universidade, em que salientava o re-forço do Fundo Social, onde a AAUAv teve um papel fundamental desde a discussão do reforço, à definição da distribuição do montante.

Qual foi a maior decisão que tiveste de tomar nos 3 mandatos?Muitas são as decisões que um Presidente de uma ins-tituição como a AAUAv tem que tomar. Liderar um projeto desta dimensão exige tomadas de posição constantes. Algumas delas extremamente complica-das pelo grau de importân-cia que têm para a estrutu-ra e, consequentemente, para os estudantes. Mas destacava, uma das de-cisões que mais me custou tomar. Quando assumi-mos o comando da AAUAv, deparámo-nos com uma instituição financeira-mente frágil. Recupera-la financeiramente seria en-tão um dos nosso maiores desafios. Vimo-nos, assim, obrigados a reduzir um conjunto de custos fixos que colocavam em causa a saúde financeira da in-stituição. Desde rendas e alugueres a gastos com pessoal, muitos foram os cortes. Sem dúvida, que dispensar funcionários, pessoas que dependiam daquela atividade para subsistir, foram decisões extremamente compli-cadas, mas que acreditá-vamos necessárias para o cumprir um objetivo na altura fundamental.

Voltarias a fazer o mes-mo? Incluindo as candi-daturas a presidente?Certamente que sim! Passar pela Associação Académica foi uma opor-tunidade única. O associa-tivismo é uma excelente experiência, uma escola de crescimento e aprendi-zagem. A atividade extra-curricular deveria ser mais reconhecida, o seu papel na formação dos estudantes enquanto indivíduos é fun-damental para o percurso de qualquer profissional.

Qual a importância da Associação Académica na UA?No contexto da Universi-dade de Aveiro a AAUAv intervêm nos mais varia-díssimos âmbitos. O seu envolvimento sente-se em inúmeras estruturas, nas mais diversificadas áreas de interesse. Desde a Peda-gogia e Acão Social ao Des-porto e Cultura, muitas são as missões e sensibili-dades abrangidas por esta estrutura. Enquanto estrutura repre-sentativa dos estudantes, atores fundamentais do “ser” da Universidade, é missão da AAUAv con-tribuir e intervir em todas as matérias que envolvam estudantes. Os estudantes têm sempre que demons-trar a sua posição sobre todos os temas da Univer-sidade, e a AAUAv, fazendo uso da sua missão enquan-to sua representante legíti-ma, corporiza este papel e toma as devidas posições. Por outro lado devemos demonstrar o sentido ins-titucional para com a Instituição que nos aco-lheu para prosseguimos os nossos estudos, e a melhor forma que temos de o fazer é manter uma postura pro-

activa e colaborativa me-lhorando-a continua-mente.

Como é que olhas para a AAUAv no momento da tua saída?A Associação Académica de hoje é completamente diferente daquilo que era há 3 anos atrás. Apesar de já o ser na altura, hoje respira-se uma instituição global e abrangente, desde os estudantes, aos núcleos e órgãos sociais, todos se sentem parte de um mes-mo projeto, intervêm nele, sentem a sua responsa-bilidade e a sua dinâmica. A instituição cresceu a vários níveis, aumentou a sua base de ação. Hoje ser parte de um núcleo é um motivo de orgulho, os cursos sentem a necessi-dade de se constituírem no seio da AAUAv, reativam-se antigos costumes da Acade-mia. Talvez tenha sido esta a maior das mu-danças efetuadas, o sen-timento de uma institu-ição na qual todos temos o dever de intervir, uma instituição de e para to-dos. Digo a maior porque mudou efetivamente o quotidiano dos estudantes na academia. Mas não cresceu apenas por aqui. Tornou-se uma instituição melhor preparada para os desafios constantes, para um futuro incerto e para o qual nos devemos alinhar. . Acre-dito que a AAUAv de hoje tem tudo para se demarcar de uma comum Associação de Estudantes, e ser verdadeiramente um ator privilegiado de inter-venção e colaboração em vastos sectores da socie-dade, setores estes de onde os estudantes, enquanto atores do futuro, não se de-vem alhear.

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SERVIÇO DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE

DE AVEIRO

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DIÁRIO DE UM ESTUDANTE EM ERASMUS

Cidade - Tampere, Fin-lândia

Relato de Francisco Ruivo

Escolha do país:

A escolha da Finlândia foi uma escolha relati-vamente fácil. Os países nórdicos sempre me inte-ressaram dada a sua orga-nização social,a economia e a capacidade de adap-tação às condições que os seus habitantes mostram. Algo que pesou na minha escolha em vir para Tam-pere foi a forte compo-nente industrial que en-volve a Universidade (p.e. atrás da Universidade é a sede de desenvolvimento da Nokia.).A localização também favoreceu a mi-nha escolha: a Finlândia (Suomi como aqui se diz) é um país quase diametral-mente oposto a Portugal com uma série de países

vizinhos com boas ligações em termos de transportes o que facilita o turismo para os estrangeiros que estão cá a viver/estudar.

Custo de vida:

Este é um dos pontos mais complicados da minha es-tadia por estas terras frias. As primeiras incursões aos supermercados foram uma grande aventura! Primeiro por falta do domínio do fin-landês o que fez com que em vez de comprar leite comprasse umas espécies de natas que um colega nosso aí da Universidade, mas de outro departamen-to ainda ferveu na esper-ança de se conseguir beber (tentativa falhada). Em se-gundo o preço das coisas.A Finlândia é um país com um nível de vida superior ao de Portugal mas pas-sado uma ou duas sema-nas aprende-se onde estão os produtos com melhor

rácio qualidade/preço e acaba-se por não se gastar tanto quanto se pensava num primeiro momento. Há artigos que se conse-guem comparar a Portugal, por exemplo 1 litro de leite que é produzido cá custa cerca de 70 cêntimos mas quando se fala de vegetais ou carne vermelha (a maio-ria tem que ser importado) o preço já fica 2,3,4 vezes maior (para não falar do peixe fresco).Nas cantinas da universi-dade (existe uma por de-partamento) os preços são semelhantes à UA: uma refeição completa a preço de estudante são 2,60€ e estão abertas aos almoços de segunda a sábado. Quanto ao álcool é um produto altamente taxado na Finlândia. Para bebidas com mais de 6% de álcool há uma cadeia de lojas es-peciais: Alko (nome suges-tivo). Uma garrafa de vinho custa sempre, pelo menos 6€ e uma garrafa de bebida branca de um litro nunca menos de 15€. Nos bares e discotecas, depende da noite mas preços como 5€ por um shot continuam a assutar-me. Para contor-nar esta situação o concei-to de “pre-party” torna-se obrigatório e é dos momen-tos sociais mais ativos de um estudante Erasmus por aqui. Todas as residências têm uma sala de convívio que normalmente é fretada para este efeito, outras ve-zes os estudantes abrem as portas de casa e deixam en-

trar 40-50 pessoas de uma vez. Assim, sair à noite sai apenas um pouquinho mais caro que em Portugal!

Vida académica:

A este nível muitas dife-renças podem ser desta-cadas. Em primeiro lugar a que mais me marcou foi que na maior parte das disciplinas as teóricas são dadas pelo Professor res-ponsável enquanto que as práticas e teórico-práticas são os seus assitentes, ou seja, alunos que estão a ini-ciar o doutoramento ou que estão a acabar o mestrado. Isso é uma grande vanta-gem porque os assistentes têm maior disponibilidade que os professores e eles próprios fazem com que a relação assistente aluno não se torne demasiado formal! Outra diferença é que ainda não encontrei aulas obrigatórias (embora saiba de algumas discipli-nas que as tenham) e nor-malmente existe um siste-ma de bonificação (carrot points) para quem as vai assistir. O método de aprendizegem passa muito por self-stud-ying orientado a proble-mas propostos pelos pro-fessores, muita revisão de artigos e projetos semes-trais (normalmente di-vididos em sub-projetos) com a criação de produtos finais com documentação e testes extensivos.A Tampere University of Technology (TUT) tem

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condições excelentes! Sempre quente (grande parte das pessoas anda de t-shirt dentro dos edi-fícios), laboratórios com equipamentos de ponta e muito importante: muitos sofás onde os estudantes convivem e às vezes tiram um siesta (o sítio preferido para isso é na biblioteca porque é onde são mais confortáveis e há mais silêncio). As aulas são to-das em Inglês visto que a grande maioria dos alunos TUT são internacionais ( a maior parte proveniente da Ásia e Rússia).

Lazer e viagens:

Em termos de lazer Tam-pere é a cidade ideal na Finlândia visto que é a ci-dade, por três anos conse-cutivos, eleita pelos fin-landeses como a melhor para viver no país. Há sem-pre eventos a acontecer e em termos de espaços

de entertenimento há para todos os gostos. Inclusivé existe um parque de di-versões aqui (só que está fechado durante o Inver-no).Tampere é uma cidade de dimensões pequenas, mas como em todos os lugares na Finlândia é rodeada pela Natureza. É sempre agradável passear pelos bosques à beira dos lagos (a Finlândia tem 187 888 lagos) onde muitos esco-lhem fazer jogging (mesmo com temperaturas negati-vas! ).Viajar é algo fácil para fa-zer, os transportes funcio-nam muito bem e o cartão de estudante garante 50% de desconto. Num dia, con-segue-se ir até à Estónia de barco e voltar. Viagem que muitos finlandeses e não só, aproveitam para rea-bastecer o stock de álcool pois lá os preços são muito baixos. Como a Finlândia é

um país em que faz algum frio e as horas de “luz” são bastante reduzidas du-rante o Inverno a qualidade de vida indoor é muito boa. Por exemplo, a residência onde moro tem ginásio e sauna ao dispor de quem quiser usar.Fazer parte do programa Erasmus é uma experiên-cia incrível! Para além de ser uma oportunidade única a nível académico é muito concretizante a nível pessoal. Todos esta-mos aqui em pé de igual-dade: longe de casa, numa cultura (e clima) comple-tamente diferentes e pron-tos a absorver todas as ex-periência.

Isso permite que se cri-em laços de amizade que tenho a certeza que vão ficar para a vida mesmo que depois destes meses centenas ou milhres de quilómetros nos separem durante a maior parte do ano. Aprende-se a respeit-ar os outros culturalmente e tem-se a possibilidade de aprender sobre muitos outros países. No fundo é uma maneira muito con-fortável e informal de sair da “zona de conforto”.Se estavam a pensar vir fazer Erasmus para Tam-pere espero que depois do que leram não continue a ser só uma ideia! “Kiitos ja näkemiin!”.

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A VOZ DOS ET’SJornal FiodeBack (JF): O que achas da nova imagem da AAUAv e da sua integração com os Núcleos, serviços e atividades?

“Confesso que à primeira vista a nova imagem da AAUAv não me despertou qualquer tipo de reação especí-fica. No entanto, acho notória a integração que há com os vários núcleos. Falando em particular do NEET-AAUAv, penso que tem um potencial incrível, intervindo na pedagogia, no apoio social e participando na construção diária da universidade de Aveiro. Gostaria que continuassem a realizar os mais diversos even-tos e atividades continuando a despertar o interesse da comunidade académica.”

Estudante do 1º Ano,Maria Brandão

JF: Como classificas Aveiro como cidade para viver? Achas que esta se encontra bem guarnecida para as principais necessidades dos jovens e estudantes que nela residem?

“A meu ver a cidade de Aveiro só é digna desse título graças à própria Universidade. Aveiro foi promovida de aldeia a cidade aquando da sua construção e, como tal, obtivemos um aglomerado de edifícios que tem como coração a UA.É fácil de ver que Aveiro se adaptou com facilidade e rapidez a esta nova mentalidade. Como exemplo disso temos os inúmeros senhorios que adaptaram as suas casas a estudantes universitários, as lojas de fotocó-pias em cada esquina, e até mesmo os descontos feitos a estudantes por quase todos os comerciantes.Vivemos numa cidade que cresceu em torno da Universidade ao longo dos últimos anos, e é, por isso, natu-ral que hoje em dia seja um exemplo de cidade dedicada especialmente ao estudante universitário.”

Estudante do 2º Ano,Diogo Batista

JF: Qual o teu balanço dos 3 anos do Tiago Alves à frente da AAUAv?“Para mim falar de Tiago Alves é falar da AAUAv e do trabalho que desenvolveram ao longo destes 3 ultimos anos. Só recentemente com o surgimento do nosso núcleo de curso é que me apercebi do quão distante o nosso curso estava da AAUAv e o que realmente perdia com isso. Já que em muitas situações é através do núcleo que tomamos conhecimento de eventos organizados pela AAUAv como por exemplo a Semana do Emprego, Taça-UA, Corrida de Bateiras, etc. Nesse sentido acho que o Tiago Alves como presidente teve o importantissimo papel de promover o surgi-mento de mais núcleos quer de curso, quer desportivo-culturais. Assim alcançando um maior número de estudantes defendendo os seus interesses e representando-os.”

Estudante do 3º Ano,André Ferreira

JF: Cada vez mais se vêem raparigas a apostar no ramo da engenharia para futura formação académi-ca, e o nosso curso não foge à regra. No teu entender como explicas este fenómeno?

“Uma formação academica é sempre um grande investimento e cada vez é mais dif-icil fazer render esse investimento devido aos tempos de crise e desemprego que hoje se vivem. Assim muitas jovens estudantes tentam encontrar no curso de ET, devido ao seu prestigio e empregabilidade, uma solução para este problema. Atualmente também é muito comum, desde cedo, as crianças passarem horas em frente a uma

televisão ou a um computador e deixarem-se fascinar pela tec-nologia, isto leva a que mais tarde essa área tenha muitos ad-miradores. Estes dois aspectos fazem com que haja cada vez mais engenheiras entre nós, o que tende a ser muito benéfico para a academia devido às novas ideias que elas conseguem in-cutir, bem como a beleza que trazem ao nosso departamento.”

Estudante do 4º Ano,David Breda

JF: Pensas ficar em Portugal, ou o estrangeiro é a mais forte opção para o teu futuro profissional? Porquê?

“Na minha opinião trabalhar no estrangei-ro apresenta-se como uma excelente op-ção. Aprender e viver numa nova realidade contribui muito para o nosso desenvolvi-mento enquanto trabalhadores, para um dia mais tarde voltar ao nosso país com novas ideias que dinamizem os ramos das áreas tecnológicas. Claro que o fator económico também tem um grande peso numa decisão deste género. Portugal está

um pouco parado a nível económico, o que não motiva nem atraí os novos jovens trabalhadores. Estas experiências tam-bém possibilitam criar novos contatos e ligações que podem ajudar a evoluir muitas coisas em Portugal. Mas tudo depende da vontade de cada pessoa em tentar novas aventuras equacio-nando todas as possibilidades, dentro e fora de Portugal.

Estudante do 5º Ano,Nuno Vicente

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ATUALIZA-TEGoogle quer carros autónomos entre três a cinco anos

A Google lança a pers-petiva mais otimista, até hoje, na área dos veículos automáticos pela mão de Anthony Levandowski, re-sponsável pela área de con-dução autónoma da Goog-le, que pretende implantar no mercado o seu carro autónomo num prazo de três a cinco anos. Mas cla-ro, a principal dificuldade parece ser mesmo con-vencer as autoridades e as empresas seguradoras da sua segurança.De acordo com a Google, este tipo de veículos vai ser mais seguro que o habitual. No entanto, há cenários onde demasiada tecnolo-gia pode ser uma causa de acidentes em vez de um mecanismo de segurança.

Nvidia Tegra

É uma série de sistemas in-tegrados, que incorporam todos os elementos de um computador, ou outro sis-tema electrónico, em ap-enas um chip. O processador Tegra in-clui desta forma um CPU com arquitectura ARM, northbridge, southbridge e controlador de memória num único pacote. O que destaca esta série de pro-cessadores é o seu baixo consumo de energia e a sua performance na re-

produção de áudio e vídeo.O mais recente Tegra 4 (codename “Wayne”, uma referência ao herói de BD, Batman) anunciado a 6 de janeiro de 2013, apresenta um CPU quad-core, que inclui um outro processa-dor (invisível para o SO), que consome 1/5 de ener-gia para efetuar tarefas de segundo plano. Os gráficos apontam para que seja 20x mais rápido que o Tegra 2 e 6x mais rápido que o Tegra 3. Poderemos encontrá-lo em aparelhos móveis em agosto deste ano.

Para quando a nova Xbox?

Quando a indústria parecia estar adormecida surgem datas e nomes para a nova “Xbox 720”, ou mais conhecida por Project Durango. Os rumores começaram quando algu-mas editoras vieram anun-ciar que iriam lançar os seus jogos na corrente e na nova geração de siste-mas. Com isto, veio tam-bém, a pressão imposta pela Sony com a notícia do lançamento da Playstation 4. Ideia que tomou forma muito rapidamente e veio surpreender os consumi-dores, e tem como previsto o seu lançamento para ou-tubro deste ano.Outros rumores apontam para um novo conceito no mundo das consolas,

em que alguns jogos irão requerer instalação, à se-melhança do que acontece nos PC’s, mas que esta se pode desenrolar durante o jogo, não havendo então o tão moroso compasso de espera. Há também infor-mações de uma política anti-jogos usados, bem como constante ligação à internet para o combate à pirataria.Dos fãs da Xbox já é sabido que as apresentações das novas consolas da Micro-soft acontecem na E3, que já não está a grande dis-tância, o que deixa então ainda algum tempo para a especulação cada vez mais precisa, ou não, sobre a na-tureza exata da nova Xbox.Aquela que ainda não tem nome nem imagem oficial, pelo menos por parte da Microsoft, tem agora uma data prevista para o seu lançamento apontada pe-los críticos para ainda an-tes do final do ano.

Tamagotchi no teu An-droid

O animal de estimação vir-tual dos anos 90 voltou! O popular porta-chaves oval, já por muitos esquecido, mas que fez as delícias de muita gente, renasceu numa aplicação gratuita para o sistema Android, que permite replicar tudo

o que se conseguia fazer num dos “bichos” origi-ais. Tinha horas para ser alimentado, passeado e até para se limpar a “casa de banho”, os três botões sem qualquer descrição estão na mesma presentes nesta aplicação e até os sons e alertas são idênticos aos originais.A aplicação estreia ainda um novo modo de visuali-zação, o app view, que per-mite trocar a vista dos três botões por ícones táteis.A Namco Bandai, que foi quem preparou a versão para Android, deixa ru-mores de que pode estar a ser desenvolvida uma apli-cação para iOS.

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Telemóveis com siste-ma Ubuntu

Em Outubro serão postos à venda smartphones equ-ipados com uma versão de Ubuntu, um sistema operativo Linux que gan-hou reconhecimento em alguns círculos. O sistema para smartphones já tinha sido anunciado e, em Ja-neiro, a empresa divulgou que uma versão de Ubuntu para os telemóveis Gal-axy Nexus, da Samsung, estará disponível ainda neste mês para os que se quiserem aventurar e ten-tar a instalação por conta própria, bem como para os criadores de aplicações que queiram começar a trabalhar no sistema. Os equipamentos já com o sistema pré-instalado só

serão postos à venda em Outubro, de acordo com afirmações de Shuttle-worth ao Wall Street Jour-nal.

Cadeira de rodas inova-dora

Daniel Correia, João Ba-tista e Ricardo Pereira, estudantes do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA), venceram o Prémio Ser Capaz - In-vestigação e Tecnologia

2012, promovido pela As-sociação Salvador, com o projeto “Cadeira de Rodas Elevatória”. O projeto con-siste no desenvolvimento de uma cadeira de rodas que, sem qualquer fonte de energia externa, permite ao utilizador elevar-se o suficiente para, por exem-plo, alcançar um balcão ou um multibanco.

Chip desenvolvido no DETI

Este chip integra as fun-cionalidades de wi-fi,

bluetooth e GSM. Vai per-mitir a actualização de equipamentos, como os telemóveis, para novos tipos de comunicações sem fios, sem que seja necessário substituir o aparelho. Um aspecto que está a ser trabalhado no protótipo é o da eficiência energética, dado que as ve-locidades de comunicação mais elevadas aumentam o consumo dos aparelhos.

REBEL X

No passado dia 27 de fevereiro realizou-se mais uma festa de sucesso organizada pelo NEEET-AAUAv, inspirada na tão conhecida Rebel Bingo. Contamos com a presença das DJ’s Marta Ruby e Joana Best, com o DJ Tiago Gamelas e ainda com DJ Bacelo para animarem a noite. Não percam as próximas festas.

FORME-TE Nos dias 1, 2 e 3 de Março ocorreu a 2ª edição do Forma-te na cidade de Braga. Encontro este que é organizado pela associação académica da Universidade de Aveiro e tem como principal objetivo debater linhas estratégicas.Foram abordados temas como a pedagogia, cultura, de-sporto, nova imagem da Associação Académica e seus Núcleo de Estudantes e tambem da marca Aveiro é Nos-so.

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NOTÍCIAS

Estás neste momento a olhar para este artigo e deves estar a pensar “mas quem são estes?” E tens toda a razão, por isso va-mos apresentar-nos.Somos a Mão Académica – AAUAV, um grupo de es-tudantes da Universidade que nos juntámos para ajudar colegas nossos, que nos dias que correm infe-lizmente é lhes difícil con-tinuar a estudar e aqueles que continuam passam por enormes dificuldades. Como tu sabes, ao con-trário do que muita gente pensa, as propinas não são o encargo maior que um colega nosso enfrenta. Por isso é que queremos atuar em quatro grandes áreas, tais como, material esco-lar, deslocações, alimen-tação e alojamento. Somos um grupo com uma atitude informal, pois achamos que o formalismo é o que muitas vezes afasta os nos-sos colegas de pedir ajuda. Ainda estás a ler? Então dá-nos a oportunidade para dar os parabéns e um

enorme obrigado ao teu núcleo (NEEET-AAUAv), pois os teus colegas desde

os primeiros momentos que nos estão ajudar, para conseguirmos alcançar os nossos objetivos. Se ca-lhar até tu que estás a ler neste momento, já foste um dos que nos doou li-vros e divulgou o nosso projeto. Se foste um des-ses queremos te agrade-cer, pois a nossa existência não faz qualquer sentido se pessoas como tu não nos ajudarem. Caso ainda não tenhas ajudado e tenhas vontade relembro-te que está a decorrer uma cam-panha de recolha de livros no teu departamento. Por isso se tiveres um livro que já não uses ou já não preci-ses, entrega aos teus cole-gas do NEEET-AAUAv que eles depois encaminham para nós. Se quiseres par-ticipar mais ativamente, envia-nos um email para [email protected], que teremos todo o gosto em receber-te. Por vezes

sem nos apercebermos, temos mesmo ao nosso lado um colega nosso que precisa, agora cabe a nós sabermos se queremos as-sobiar e continuar a andar ou realmente ajudá-lo.

Caso tu ainda estejas a ler este artigo (obrigado por nos estares a dar um pouco do teu tempo) e sejas um daqueles colegas nossos que neste momento está com dificuldades em con-tinuar a estudar ou pen-sas mesmo em abandonar, vem falar connosco. Somos teus colegas e uma coisa te garantimos, iremos fazer tudo o que está ao nosso alcance para te ajudar. Hoje ajudamos-te, amanhã quem sabe não és tu que nos está a ajudar a nós.Não podíamos deixar de falar em ti, que estás neste momento no NEEET-AAUAv. A ajuda que nos estás a dar é fundamen-tal para nós, pois dá-nos motivação e faz-nos ver que estamos no caminho certo e mais colegas nos-

sos pensam como nós. Hoje em dia é raro ver-mos alguém ajudar sem nada em troca, mas no vosso caso é mesmo isso que está acontecer. Têm sido fantásticos para nós e queremos vos dizer que em tudo o que precisarem podem contar connosco.Grandes oportunidades

para ajudar os outros ra-ramente aparecem, mas pequenas delas nos ro-deiam todos os dias. É com enorme satisfação que a Mão Académica pode di-zer que o NEEET- AAUAv nos está a ajudar a agar-rar essas oportunidades, ajuda-nos tu também!

Santiago Figueira

Coordenador Mão Aca-démica – AAUAv

(www.facebook.com/mao.academica)

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PASSATEMPOSSUDOKU

LABIRINTO PALAVRAS CRUZADAS

SOLUÇÕES

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Caros colegas,

Depois de uma época de exames exigente, inicia-se ago-ra mais uma nova etapa do nosso percurso aca-démico. Inicia-se agora o segundo semestre deste ano letivo. O segun-do semestre implica o regresso às

aulas e uma maior presença na Universidade. Mas, a presença dos estudantes na Universidade não deve ser apenas nas salas de aula. Deve ser também nos espaços que promovam o convívio, o lazer, o debate, a reflexão, o crescimento pessoal e social, o desenvolvimento de competências transversais, a originalidade, a ir-reverência ou a criatividade. Nesta tipologia de espaços enquadra-se a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Quando falo na AAUAv, não me refiro apenas à direção mas também (e sobretudo) aos mais de quarenta nú-cleos ativos existentes. Falar na AAUAv é falar também no NEEET. O NEEET é parte integrante desta grande instituição e apesar da sua juventude (pouco mais de um ano) tem demonstrado grande proatividade em prol dos estudantes deste curso e permitir-lhes que desen-volvam todas as características acima referidas. Porém, para que tal seja possível, é necessário participação e envolvimento de todos vós. A participação e o envolvimento dos estudantes são fundamentais para uma vida académica mais rica, mais preenchida, mais vivida, com mais aprendizagem e mais sucesso. Viver a vida académica intensamente, com participação e envolvência, não é só tirar boas no-tas mas participar e desfrutar das atividades e iniciati-vas realizadas pela AAUAv, a defensora e legítima re-presentante dos teus interesses. Só com participação e envolvimento em atividades ex-tracurriculares podemos melhorar as nossas soft skills, as nossas competências transversais. Tal melhoria é extramente importante no contexto atual e as empre-sas valorizam cada vez mais este tipo de competên-cias. A competitividade na procura de emprego é hoje elevadíssima e não se pode comparar aquela que exis-tia no tempo dos nossos pais. É imperativo termos um currículo diferenciador. Neste sentido, a AAUAv é com certeza uma mais-valia para o percurso académico dos Estudantes da Universidade de Aveiro. É uma mais-valia para os estudantes de MIEET. Deste modo, não deixes de participar e envolver nas atividades extracurriculares. Não deixes de viver ardu-amente a tua vida académica. Participa ativamente nas atividades da tua Associação, da nossa Associação que é a AAUAv, porque a AAUAv somos nós!

Tiago Almeida

Presidente da Direcção da AAUAv