2ª edição jornal fiodeback

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Segunda-feira, 04 de junho de 2012 - Nº2 “(...) mais do que quaisquer provei- tos económicos, confesso muito sin- ceramente que o verdadeiro gozo que tive com o SAPO foi muito gra- tificante assistir ao seu sucesso e à marca que deixou na história da Internet em Portugal. (...) O SAPO é apenas um dos muitos exemplos de sucesso da UA e do nosso Departa- mento.” (Pág. 12) Ensaio Auto-biográfico Prof. Borges de Carvalho (Pág. 03) Conhece os projetos que os in- vestigadores do IEETA e do IT andam a desenvolver (Pág. 08) Entrevista a um dos fundadores da SAPO- Fernando Cozinheiro Programas de Mobilidade Conhece Zagreb (Croácia) e Lódz (Polónia) Relatos de estudantes que por eles passaram. (Pág. 10) CAMBADA Futebol robótico na Universidade de Aveiro. 3º Lugar no campeonato Robo-Cup DutchOpen. (Pág. 06) Responsável Financeiro do NEEET-AAUAv, Miguel Nó- brega, eleito Presidente da mesa do Conselho de Núcle- os da AAUAv (Pág. 20) Rescaldo das Atividades do NEEET - I Ciclo de Conferências (março) - KIT-NEEET (Pág. 04)

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Page 1: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Segunda-feira, 04 de junho de 2012 - Nº2

“(...) mais do que quaisquer provei-tos económicos, confesso muito sin-ceramente que o verdadeiro gozo que tive com o SAPO foi muito gra-tificante assistir ao seu sucesso e à marca que deixou na história da Internet em Portugal. (...) O SAPO é apenas um dos muitos exemplos de sucesso da UA e do nosso Departa-mento.”

(Pág. 12)

Ensaio Auto-biográfico Prof. Borges de Carvalho

(Pág. 03)

Conhece os projetos que os in-vestigadores do IEETA e do IT andam a desenvolver

(Pág. 08)

Entrevista a um dos fundadores da SAPO- Fernando Cozinheiro

Programas de MobilidadeConhece Zagreb (Croácia) e Lódz

(Polónia)Relatos de estudantes que por eles passaram.

(Pág. 10)

CAMBADA

Futebol robótico na Universidade de Aveiro.3º Lugar no campeonato Robo-Cup DutchOpen.

(Pág. 06)

Responsável Financeiro do NEEET-AAUAv, Miguel Nó-brega, eleito Presidente da mesa do Conselho de Núcle-os da AAUAv

(Pág. 20)

Rescaldo das Atividades do NEEET

- I Ciclo de Conferências (março)- KIT-NEEET

(Pág. 04)

Page 2: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 02 // Jornal Fiodeback // 04 -06-2012

Ficha Técnica:Jornal Oficial do Núcleo de Estudantes de En-genharia Eletrónica e Telecomunicações da Asso-ciação Académica da Universidade de Aveiro

Propriedade:Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da AAUAv

Morada:Universidade de Aveiro - DETI Sala 120Campus Universitário de Santiago3810-193 Aveiro

E-mail: [email protected]: www.neeetaauav.com

Equipa Editorial:Ana AfonsoGonçalo GomesJesse BrandãoPatrícia Aleixo

Colaboração:Professor Nuno Borges CarvalhoAntónio NogueiraIvo AngélicoJonathan CarvalhoTiago AlvesCoordenação do NEEET-AAUAvDesign e PaginaçãoAna Afonso

RevisãoLuís Fernandes

Tiragem:300 exemplares

1. A Comissão Instaladora do NEEET-AAUAv não é responsável pelas ideias expressas em ar-tigos assinados, sendo que os que se encontram assinados são da autoria da equipa editorial.

2. A colaboração do Jornal Fiodeback está aber-ta a toda a Comunidade Académica.

Distribuição gratuita

Caros ET’s,Com a chegada do fim do ano letivo 2011/2012, chega também o fim dos primeiros seis meses do mandato do vosso Núcleo. Seis meses estes recheados de ativi-dades extra-curriculares tendo em vista o vosso enriquecimento.Sendo o nosso curso, um curso curricularmente exigente, auto-maticamente o nosso empenho e dedicação também não podem ser menos exigentes. Contudo, é errado pensar que apenas nos devemos focar e concentrar em fazer cadeiras ou em ter uma boa média. É claro, que este é o principal motivo pelo qual entra-mos e estamos no curso, mas um bom engenheiro não é só aquele que tem boa média, também é aquele que tem boa média e que

está preparado para se adaptar ao mundo laboral e às suas, cada vez mais, exigências. Ao nos concen-trarmos unicamente no nosso curso, estamos a fecharmo-nos em torno de nos próprios e, aci-ma de tudo, estamos a prejudicar o nosso futuro quando saírmos do mesmo.Neste ponto, o papel dos docentes não é menos importante, está também muito nas suas mãos, esta mudança de paradigma no nosso Departamento e, em par-ticular, no nosso curso. Olhemos para o caso de outros Departa-mentos, onde toda a comunidade docente sem excpeção promove a participação dos seus estudantes em atividades como por exemplo conferências (às vezes até se che-ga ao ponto de justificarem faltas aos alunos que participaram nas

mesmas). Não estou a dizer que é isto que se deve fazer, não! Bem pelo contrário, a tarde de quarta--feira foi e poderá continuar a ser uma boa alternativa para os alu-nos não terem que faltar às suas aulas. Contudo, com isto quero dizer que a comunidade docente deve preparar uma estratégia massiva de divulgação destas atividades nas suas aulas e ince-tivar e motivar os seus alunos a participarem nas mesmas.Porque sozinhos podemos ajudar lentamente a mudar esta mental-idade, mas juntos é praticamente certo que a vamos mudar muito mais rapidamente. Até para o ano!Saudações Académicas,André Reis

EDITORIAL

Coordenador

Comissão Instaladora do NEEET-AAUAv

VOLTÍMETRO

Queres dar a conhecer aos teus colegas o projeto que estás a desenvolver? Queres ver um artigo teu publicado na próxi-ma edição do Fiodeback? Pretendes tornar pública uma teoria nova em que estás a trabalhar?Vem fazer parte do Fiodeback, o jornal de todos nós. Envia-nos as tuas sugestões e artigos para [email protected]

UNIVERSIDADE FICOU ÀS ESCURAS

CAMBADA DE PARABÉNS! O DETI É NOTÍCIA EM TODO O PAÍS

EM BAIXO NO PONTO EM ALTA

No passado dia 18, todos os alunos, funcionários e professores foram surpreendidos com a escuridão que se fez sentir no Campus da UA. Após 12 horas sem se ver um eletrão, fi-nalmente a luz voltou. Mesmo as-sim, existiram aulas que não foram lecionadas, para tristeza dos alunos do DETI.

Mais uma vez, a equipa CAMBA-DA trouxe o troféu para a UA. Con-quistaram o 3º lugar no Campeonato Europeu de Futebol Robótico (Robo-Cup DutchOpen) que se realizou em Eindhoven, Holanda, levando além fronteiras o bom nome da nossa Uni-versidade e do nosso departamento.

Pelos melhores motivos, o DETI foi noticiado em vários órgãos da comu-nicação social. “Cem por cento dos alunos formados no DETI estão no mercado de trabalho”, afirma prof.Nuno Borges. Esperemos que a di-vulgação do Departamento seja uma mais-valia e que traga aos alunos ainda mais oportunidades.

Page 3: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 03 // Jornal Fiodeback // 04 -06-2012

ENSAIO AUTOBIOGRÁFICO DO PROFESSOR NUNO BORGES CARVALHO

Em 1990, decidiu tirar o curso de Engenharia Eletrónica e Telecomuni-cações em Aveiro, pois de todas as Universidades em Portugal, Aveiro era e é das mais conceituadas no ensino de Telecomu-nicações. A maior moti-vação para escolher este curso era a sua paixão pelo estudo dos sistemas de rádio especialmente pelas antenas.Desde 1990, ano em que iniciou os seus estudos superiores, seguiu sem-pre os seus objetivos de coordenar e inovar novos desenvolvimentos na área das comunicações via rádio.Em 1995, terminou a Li-cenciatura e iniciou os seus estudos de Douto-ramento na área de rádio comunicações, termi-nando-o em 2000. Em 2009 apresentou as suas provas de Agregação em Metrologia para Rádio Comunicações.Atualmente, é Professor Associado com Agre-gação no DETI, é Diretor de Curso do programa doutoral em Engenharia Eletrotécnica, pertence à Comissão de Gestão do IT, Co-coordena a área temática de “Wireless Communications” do

IT e é responsável pelo grupo de Sistemas Rádio (radiosystems.av.it.pt) do Pólo de Aveiro. Inter-nacionalmente, é ainda o chair do comité de medi-das do IEEE-Microwave Theory and Techniques e editor associado do IEEE Microwave Magazine.Neste percurso académi-co, já lecionou um eleva-do número de disciplinas de eletrónica e telecomu-nicações, focando a sua missão na transmissão de conhecimentos, mas também e principal-mente na motivação dos alunos por esta área fas-cinante de trabalho que são os sistemas de rádio comunicação.

Do ponto de vista cientí-fico o Prof. Nuno Borges Carvalho tem vários li-vros e capítulos de livros publicados, mais de 100 artigos científicos em revistas internacionais e conferências inter-nacionais, assim como 6 patentes aceites ou em revisão, recentemente foi ainda proposto como

orador convidado do IEEE MTT-11.Neste percurso, o seu grupo propôs um dos primeiros sistemas de localização em cenários interiores, sem recorrer a sinais GPS. Com os seus estudos de Doutoramen-to, propôs a maximização da largura de banda e ex-plicação dos fenómenos de distorção não linear em amplificadores de potência para comuni-cações móveis, trabalho realizado em colaboração com o seu orientador de doutoramento Prof. José Carlos Pedro.

Recentemente, coorde-nou ainda as equipas e projetos que construíram o primeiro sistema de teste e medida de transís-tores de nitreto de gálio no espaço, experiência que aguarda indicações para voar a bordo de um satélite de telecomu-nicações até ao fim do ano. Coordenou ainda a proposta de um dos primeiros front-end’s de

rádio 100% digitais e com maximização de gama dinâmica, e iniciou re-centemente trabalho de investigação numa área de interesse futuro que é a transmissão de energia via ondas eletromagnéti-cas. Em 2000, viu o seu tra-balho reconhecido quan-do foi o vencedor de um prémio internacional, o 2000 IEE Measurement Prize, atribuído pela Or-dem dos Engenheiros Inglesa. Durante a sua carreira já ganhou diver-sos prémios nacionais e internacionais.Em Aveiro, no DETI e no IT encontrou o ambiente de trabalho ideal, mas promove sempre que possível para si e para a sua equipa a oportuni-dade de passar algumas fases da sua vida no es-trangeiro, tipicamente pela possibilidade de contactar outras reali-dades e outras formas de ver a vida. Nesse sentido, passou o seu ano sabático nos EUA, nomeadamente na Universidade da Caro-lina do Norte em Raleigh e no Laboratório Natio-nal Institute of Stan-dards and Technology, NIST em Boulder.No dia-a-dia, o Prof.

Nuno Borges Carvalho gosta de inovar e desen-volver novas ideias na área de comunicações rá-dio, assim como motivar equipas de alunos e in-vestigadores a ultrapas-sarem os seus objetivos. Não suporta a passivi-dade e tenta sempre que possível quebrar cenári-os de desânimo, tentando promover o trabalho e a dedicação.Não passa sem as ferra-mentas atuais de ligação à rede e é viciado eme-mail, por vezes é mais simples contactá-lo por e-mail do que por tele-fone. A sua máxima é que sempre que existe um percalço, ou porque um artigo foi rejeitado ou um projeto não foi finan-ciado, nunca se deve de-sistir, pois através do tra-balho e da persistência conseguir-se-á melhorar o que foi, numa primeira fase, recusado, de forma a atingir os objetivos a que se propõe, por mais complexos e difíceis que pareçam ser.

NOME: Nuno Borges Carvalho

NASCIMENTO: 1972

CIDADE NATAL: Luanda, Angola (Viveu grande parte da sua juventude em Viana do Castelo. )

Page 4: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 04 // Jornal Fiodeback // 28 -05-2012

RESCALDO SOBREAS ATIVIDADES DO NEEET-AAUAv

- Secção Pedagógica:

No dia 14 de Março, tivemos connosco a Maksen, uma em-presa de Consultoria sediada em Lisboa, a apresentar o seu pro-grama de Recrutamento. No ano passado, a Maksen foi eleita pela segunda vez consecutiva como “A melhor empresa para jovens”, em Portugal.

MaksenFundação: 2003.Sede: Lisboa.Missão: Prestação de serviços de consultoria de negócio e de siste-mas de informação.

Áreas de actuação: - Consultoria; - Engenharia; - Gestão de Tecnologia da Infor-mação.

Projectos em destaque: Muito diversificados.

A segunda parte desta sessão, foi marcada por uma conferência, no âmbito do empreendedoris-mo, que teve como principal ora-

dor o Professor Doutor Daniel Polónia, antigo aluno e Professor do nosso Curso. A conferência incidiu sobre “Como apresen-tar uma empresa aos potenciais financiadores”, uma temática de grande interesse para os alu-nos de MIEET, visto que muitos deles ingressam pelo campo de I&D e pretendem criar empre-sas que lancem os frutos da sua investigação para o mercado. O Professor fez-se acompanhar de dois profissionais da área de Eletrónica e Telecomunicações, Doutor Licínio Kustra Mano e Engenheiro Daniel Castro Trigo, que deram os seus testemunhos como criadores das suas própri-as empresas, !uz Technologies e TetraCis-PluriRede, respetiva-mente.

!uz TechnologiesFundação: 2007.Sede: Aveiro.Missão: Fornecimento de soluções baseadas em tecnologia inovadora que criam valor sus-tentável para os seus clientes.

Áreas de actuação: - Manufaturação; - Distribuição; - Gestão de stocks; - Assistência médica; - Governo local.

Projectos em destaque: - OnQoL; - SecureISNow; - WiseMun.

TetraCis-PluriRedeFundação: 1992. Sede: Aveiro.Missão: Vanguarda da inovação e referência no mercado.Áreas de actuação: - Iluminação LED; - Sinalização LED; - Electrónica; - Prestação de serviços.

Projectos em destaque: -TUBE; -MOON; - VEGA; - E-VISION; - Sinalética;

- OSLON; - Iceland Plus.

Para terminar esta sessão, tive-mos a participação do Profes-sor Doutor José Carlos Pedro, também antigo aluno do nosso Curso, que expôs o tema “Como apresentar um projeto cientí-fico”. O Professor do IT apre-sentou exemplos de documen-tos científicos e explicou cada detalhe que um aluno, que está atualmente a elaborar uma tese, deve ter em conta.

Nº aproximado de presenças: cinquenta.

Apesar da taxa de empregabilidade dos alunos de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações ser bastante elevada, a pre-paração da sua entrada no mercado de trabalho não deve ser menosprezada. Para o efeito, o NEEET-AAUAv promoveu durante o mês de março, o I Ciclo de Conferências neste âmbito – Trabalha Para o Teu Emprego. Este evento, dedicado principalmente aos finalistas, decorreu nos anfiteatros de DETI e consistiu na realização de quatro conferências, sempre às quartas-feiras desse mês, que abordaram as etapas do percurso académico de um estudante universitário, destancando a fase de entrada no mercado de trabalho. Foi de extrema importância o apoio que obtivemos quer de empresas, quer de entidades da Universidade de Aveiro.

Na primeira sessão, realizada a 7 de março, convidámos dois an-tigos alunos de gerações difer-entes: Professor Doutor Ber-nardo Cunha (frequentou LEET, em 1982) e Engenheiro Vasco Baptista (frequentou MIEET, em 2006). Os dois oradores ex-puseram, durante a conferência, os seus percursos académicos e profissionais. O público pre-sente pode conhecer o antigo funcionamento do Curso, ainda Licenciatura, e da UA em geral, através do testemunho do Pro-fessor Doutor Bernardo Cunha,

cujo percurso académico ficou marcado pela fundação da Asso-ciação Académica e da Semana do Enterro, em conjunto com outros colegas. Seguidamente, o Professor do IEETA falou da sua entrada no mercado de trabalho como Engenheiro e da sua vida profissional na Universidade de Aveiro, na qual ensina e inves-tiga desde 1999. De notar o seu enorme contributo na equipa de futebol robótico CAMBADA, participante assíduo em campe-onatos mundiais. Já o Engenhei-ro Vasco Baptista, recém-for-

mado em MIEET, falou do Curso tal como a maioria dos alunos o conhece. O antigo diretor do jornal “Electrão” e antigo mem-bro do IEEE Student Branch da Universidade de Aveiro realçou a sua participação no programa ERASMUS, na Faculdade In-ternacional de Engenharia de Lodz, Polónia, durante cerca de um ano e meio, período que considerou muito importante, especialmente, a nível pessoal. Entrou no mundo laboral, em 2011, na empresa que acolheu a sua investigação para a tese de

Mestrado, a Micro I/O.

Nº aproximado de presenças: quarenta e cinco.

1ª Sessão (Percurso Académico e Profissional) – 7 de março

2ª sessão (Programa de recrutamento da Maksen + Como apresentar uma empresa aos potenciais financiadores + Como apresentar um projeto científico) – 14 de março

Page 5: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 05 // Jornal Fiodeback // 04 -06-2012

- Secção Administrativa: No início do mês de março o NEEET-AAUAv lançou a cam-panha Kit-NEEET através de um vídeo publicitário, extrema-mente apelativo com o tema do vídeo-jogo, Super Mário, que se revelou um sucesso desde o primeiro minuto, uma vez que teve mais de 350 visualizações. Este kit abrangia a camisola de curso e o cartão de sócio do NEEET a um preço económico. O cartão de sócio permite ao aluno obter descontos nas ativi-

dades pagas ao longo do percur-so académico, o que leva a um retorno rápido do investimento. A camisola de curso também se revelou um sucesso, uma vez que conseguimos quase o dobro dos pedidos, quando aumentá-mos o prazo de inscrição. Por fim, quando entregámos o Kit aos alunos verificámos que, de uma maneira geral, estes tam-bém ficaram satisfeitos com am-bos os produtos. Uma outra atividade que a

secção administrativa tem vin-do a acompanhar, é a divulgação do curso nas escolas secundári-as, após o estabelecimento de contactos com os professores responsáveis nessa matéria, começam a surgir alunos inter-essados em acompanhá-los e partilhar a sua experiência no curso.

Coordenadora da Secção Adminis-trativa,

Marina Jordão

3ª Sessão (Programa Talento 2012) – 21 de março

O principal intuito da 3ª sessão foi a apresentação do “Pro-grama de Talento 2012” desti-nado a alunos que se encontram no final da Licenciatura ou do Mestrado e que consiste na con-cessão de bolsas de investigação. Desta apresentação fizeram parte três empresas parceiras da região de Aveiro: a PT Inovação, a Inova-Ria e a MAISIS. As três empresas fizeram uma breve autopromoção apresentando o seu funcionamento geral, bem como os serviços que prestam e os projetos atuais. Relativa-mente ao “Programa Talento 2012”, foram apresentadas vá-rias bolsas, condições de acesso às mesmas e ainda os processos de candidatura.

PT InovaçãoFundação: 1999.Sede: Aveiro.Missão: Promoção do processo de inovação ao nível dos serviços,

tecnologias e operações.

Áreas de actuação: - Engenharia; - Testes e consultoria; - Formação; - Divulgação; - Divulgação da inovação; - Estudos e investigação apli-cada; - Desenvolvimento de sistemas e serviços de integração de soluções.

Projectos em destaque: - Cartões Pré-Pagos para Comu-nicações Móveis; - Sistema de Localização de Veículos com Base em GSM; - Plataforma de Ensino à Distân-cia; - Solução de Suporte para Tel-emedicina.

Inova-RiaFundação: 2003.Sede: Aveiro.Missão: Criação e consolidação

de um agrupamento de telecomu-nicações que contribua para o de-senvolvimento e competitividade da região de Aveiro.

Áreas de actuação: - Telecomunicações; - Redes e sistemas informáticos empresariais; -Sistemas de informação e ges-tão; - Electrónica industrial; - Formação, consultoria e certi-ficação; - Contabilidade e fiscalidade; - Marketing e comunicação; - Conteúdos multimédia; - Serviços bancários.

Projectos em destaque: - ACTOR; - AveiroEmpreendedor; - Factor Crítico na Internacion-alização TICE; - Parque de Sustentabilidade; - QuEria; - RUCI;

- TICE.PT; - FIN-URB-ACT; - Programa Talento; - TELESAL.

MAISISFundação: 1994.Sede: Aveiro.Missão: Desenvolver soluções tecnológicas, destinadas a servir de forma diferenciada cada cli-ente. Áreas de actuação: - Telecomunicações; - Redes e sistemas informáticos empresariais; - Sistemas de informação e ges-tão; Projectos em destaque: - ACTOR; - AveiroEmpreendedor; - Factor Crítico na Internacion-alização TICE;- Parque de Sustentabilidade;

Nº aproximado de presenças: quinze.

4ª Sessão (Como elaborar um Curriculum Vitae + Dicas de entrevista) – 28 de março Na última sessão, convidámos a Doutora Dora Ribeiro, fun-cionária do Gabinete de Está-gios e Saídas Profissionais (GESP) da Universidade de Aveiro, que falou de técnicas úteis para a elaboração do Cur-riculum Vitae e deu dicas de entrevista àqueles que estão prestes a entrar no mercado de

trabalho. A Doutora Dora fez ainda questão de salientar o papel do GESP na vida dos fi-nalistas, como por exemplo, o aconselhamento face à procura de emprego e o reencaminha-mento para determinado tipo de empresas, consoante o perfil do aluno.GESP (Gabinete de Estágios e

Saídas Profissionais – Univer-sidade de Aveiro)Fundação: 2003.Sede: Aveiro.Missão: Promoção da inserção no mercado de trabalho dos diploma-dos da Universidade de Aveiro.

Áreas de actuação: - Contacto entre estudantes e em-

pregadores; - Orientação e inserção profis-sional; - Mobilidade e estágios.

Projectos em destaque: Muito diversificados.

Nº aproximado de presenças: trinta.

Fazendo um balanço geral, o I Ciclo de Conferências cor-respondeu às expetativas do NEEET-AAUAv em termos de organização, mas esperava maior adesão do alunos. Veri-ficou-se uma quebra significa-tiva do número de presenças na

sessão de 21 de março, visto que coincidiu com um evento da Fai-na de MIEET, a guerra de balões. As atividades de âmbito ped-agógico terminaram até ao final deste ano letivo, mas estão já a ser discutidas algumas propos-tas, tanto por parte de coorde-

nadores e colaboradores do Nú-cleo, como por parte de outos alunos de MIEET, que fizeram chegar até nós as suas ideias. É essencial deixar claro que um maior envolvimento e inter-esse nas atividades do NEEET-AAUAv por parte dos alunos do

nosso Curso, leva a uma maior dinamização do mesmo e tam-bém do nosso Departamento.

Coordenadores da Secção Ped-agógica,

Inês Oliveira e Rui Filipe

Propaganda ao KIT-NEEET no YouTube

Page 6: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 06 // Jornal Fiodeback // 04 -06-2012

CAMBADA@HOME1 ContextualizaçãoÉ decerto conhecido de todos o projeto CAMBA-DA e os seus sucessos no futebol robótico. Talvez já só seja do conhecimen-to de alguns que antes da criação da equipa CAM-BADA, a investigação em robótica girava em torno de interação humano-robot, com o velhinho robot CARL (Commu-nication, Action, Rea-soning and Learning). Recentemente a ATRI decidiu recativar esta linha de investigação agora enriquecida com as experiências da equipa CAMBADA. A oportuni-dade surgiu com a par-ticipação no projeto Liv-ing Usability Lab (LUL), uma parceria entre uni-versidades (UA/IEETA e FEUP/INESC Porto) e empresas (Microsoft, Micro I/O e Plux) que visa o desenvolvimento de tecnologias e serviços para permitir e poten-ciar o envelhecimento ativo e independente da população idosa. Neste contexto a participação do IEETA passa pelo de-senvolvimento de uma plataforma robótica que complementará as tec-nologias desenvolvidas e fará parte integrante do “laboratório vivo”.A equipa CAMBADA@Home foi formada em Ja-neiro de 2011 de modo a aproveitar os resultados do projeto LUL aplican-do-os no ambiente de competição do RoboCup. Esta equipa é composta por investigadores da Atividade Transversal em Robótica Inteligente

do IEETA e por alunos do Departamento de Eletrónica, Telecomuni-cações e Informática.

2 RoboCup@Home O RoboCup é uma inicia-tiva internacional com o objetivo de avançar os campos científicos da robótica e da inteligên-cia artificial. Embora o desafio proposto inicial-mente se tenha focado no desenvolvimento de uma equipa de robots capaz de jogar futebol robótico, desde cedo o RoboCup se ramificou noutras com-petições. Em 2007, pela altura da décima edição do RoboCup, surgiu a competição RoboCup@Home com o objetivo de aproximar a comunidade científica do RoboCup da sociedade em geral, po-tenciando o desenvolvi-mento de robots capazes de executar tarefas em ambientes domésticos na presença de humanos.A competição do Robo-Cup@Home processa-se em três fases de dificul-dade crescente. Cada fase é composta por difer-entes desafios que visam testar as capacidades dos robots em competição em diversas situações do nosso quotidiano. À exceção de alguns desa-fios, o RoboCup@Home decorre numa arena que se assemelha a um am-biente doméstico, uma casa composta por algu-mas divisões adaptadas à presença de robots, como por exemplo com pou-co mobiliário e amplas áreas, ou com ausência de degraus de modo a fa-cilitar o movimento dos robots que se deslocam maioritariamente à base de rodas. Na primeira fase partici-pam todas as equipas em competição em desafios tão diversos como: • “Robot Inspection and Poster Session (RIPS)” onde o robot se apresen-

ta perante um painel de júris e entrega uma ficha de inscrição, oficiali-zando assim o registo na competição. • “Follow me” - um de-safio onde o robot segue um operador humano através de um ambiente adverso que inclui situ-ações como perda de vis-ta do operador, ou a pre-sença de outras pessoas no ambiente.

• “Who is who” desafio onde o robot desempen-ha o papel de um anfitrião que recebe três convi-dados desconhecidos e traz uma bebida difer-ente a cada um deles. A dificuldade deste desafio prende-se com o facto de os convidados trocarem de posições entre si no momento em que o robot vai buscar as bebidas. • “Clean up” que como o nome indica é um desafio onde é pedido a um robot que se desloque a uma divisão, na qual alguns objetos foram tirados do lugar, e os arrume num contentor previamente definido. • “Open Challenge” um desafio livre que os grupos de investigação aproveitam para demon-strar capacidades dos seus robots, por vezes mais técnicas, que po-dem não se enquadrar nos restantes desafios.Depois de apurados os resultados da primei-ra fase, passam à fase seguinte metade das eq-uipas em competição. Esta segunda fase, ape-sar de composta por um

menor número de testes, eleva de modo signifi-cativo os padrões de ex-igência definidos para uma participação bem-sucedida.Os desafios que com-põem a segunda fase da competição são: • “General Purpose Ser-vice Robot” consiste em gerar aleatoriamente uma ordem que pode ser “Ir à cozinha buscar uma lata de sumo e deixá-la na mesa da sala”. O facto da ordem ser escolhida ale-atoriamente impede que as equipas desenvolvam um código antecipando uma ordem pré-definida de ações. • “Restaurant” este de-safio envolve colocar um robot num ambiente semelhante a um res-taurante, previamente desconhecido, e desem-penhar um papel de em-pregado de mesa, servin-do bebidas após um tour de apresentação ao local onde estão os objetos rel-evantes.

• “Dr. Demonstration” o desafio livre da segunda fase. Tem a particulari-dade de ter um tema as-sociado, o qual as equi-pas em competição terão de incorporar nas suas demonstrações. No Rob-oCup’2012 o tema este desafio é a Saúde.Para a fase final apuram-se as cinco melhores eq-uipas da fase anterior. A final consiste num último desafio livre onde as equipas apresentam os seus trunfos, resul-tado do ano de trabalho nas respetivas linhas de

investigação, de modo a impressionar o painel de júris que atribui a pontu-ação à equipa vencedora. É portanto fácil de de-duzir que um robot que compete no RoboCup@Home precisa de estar dotado de um vasto leque de capacidades, quer ao nível de perceção, como por exemplo detetar e reconhecer pessoas e objetos, ouvir e produzir linguagem falada, quer ao nível da decisão, como por exemplo, navegar de forma segura num am-biente com obstáculos estáticos e dinâmicos, manipulação de objetos, execução de planos, etc.

3. O robot CAMBA-DA@HomeA equipa do CAMBA-DA@Home utilizou inicialmente uma das plataformas de futebol robótico da equipa CAM-BADA para todo o seu desenvolvimento. Para tal a plataforma foi adap-tada tendo-se adicionado sensores que permitiam uma melhor perceção do mundo em redor do ro-bot. O primeiro sensor adicionado foi o Micro-soft Kinect que permite obter uma imagem a cores do ambiente e uma imagem de profundidade possibilitando, assim, as-sociar informação de dis-tância à imagem obser-vada. Por outro lado foi também adicionado ao robot ao nível do chão um laser range finder, sensor este que mede distâncias aos objetos com grande precisão, até à distância 20 metros. Usando então uma plata-forma de futebol robótico adaptada, a equipa do CAMBADA@Home par-ticipou em 2011, pela primeira vez, no Robo-Cup que se realizou em Istambul, Turquia. Em-bora os resultados obti-dos estejam ainda longe dos sucessos da equipa

Page 7: 2ª Edição Jornal Fiodeback

Página 07 // Jornal Fiodeback // 04 -06-2012CAMBADA no futebol robótico, esta partici-pação foi extremamente importante pois per-mitiu testar o robot no ambiente da competição e avaliar o nível de per-formance da plataforma. Os resultados permiti-ram-nos concluir que a adaptação direta de uma plataforma de futebol robótico colocava alguns entraves à evolução do projeto. De tal forma que a equipa do CAMBADA@Home decidiu construir uma plataforma robótica de raiz, com os requisitos de um robot de serviço em mente. Este robot tem um siste-ma de locomoção semel-hante ao do CAMBADA, isto é, o robot desloca-se por meio de rodas hol-onómicas, neste caso quatro, separadas por uma distância angular de 90º, o que permite um movimento omnidire-cional. O sistema de lo-comoção é montado sob uma base de alumínio quadrada que mede 50 cm de lado. Sobre esta base é montada toda a

eletrónica do nível mais baixo tal como o controlo da velocidade dos mo-tores, e monitorização do estado das três baterias do robot. Nesta camada está também colocada o laser range finder. De modo a facilitar o seu acesso foi colocado na parte traseira, o por-tátil que funciona como o cérebro do robot. Isto permite que ao mesmo tempo que o robot opera seja possível ter feedback direto dos processos de decisão em execução. No topo do robot estará o sensor Kinect, mon-tado sobre uma plata-forma pan-and-tilt que desempenhará o papel de pescoço, permitindo assim que o robot foque o Kinect numa zona de interesse sem que seja necessário rodar toda a base do robot. No topo do robot estará também montado um array de microfones para que o robot seja capaz de per-ceber linguagem falada. Por outro lado o robot estará também dotado de uma coluna de som

para que se faça entend-er mesmo em situações com níveis consideráveis de ruído ambiente como são as competições do RoboCup. Finalmente um detalhe interessante desta nova plataforma é a coluna telescópica que permite elevar o torso do robot a alturas entre os 95 e os 140 cm. Esta car-acterística vai de encon-tro a um desenvolvimen-to futuro, já planeado, que será a adição de dois braços robóticos que irão dotar o robot de capaci-dades de manipulação. A coluna telescópica irá potenciar esta capaci-dade, possibilitando que o robot manipule obje-tos quer ao nível do chão quer a alturas mais eleva-das.O desenvolvimento da nova plataforma está numa fase de intensa atividade e a expectativa será demonstrá-la no RoboCup 2012 no próxi-mo mês de Junho. Dado que o projeto se encontra numa fase ini-cial, a arquitetura de software de controlo do

robot ainda não se en-contra plenamente defi-nida. Bebendo inspiração da equipa CAMBADA, a arquitetura é composta por uma unidade de pro-cessamento central, o portátil, que funciona como camada de coorde-nação de alto nível do robot que comunica com um sistema de controlo distribuição do de baixo nível, enviando coman-dos para os atuadores e recebendo informação sensorial.O software é baseado na framework Robot Oper-ating System (ROS -ww.ros.org) que implementa um paradigma produtor-consumidor, permitindo desenvolver arquiteturas de software modulares. Esta framework é desen-volvida por uma comuni-dade open-source com-posta por investigadores em robótica de universi-dades de todo o mundo. Deste modo facilita-se a disseminação dos avan-ços científicos conquis-tados nas academias ao mesmo tempo que se evi-ta a “reinvenção da roda”.

Concluindo, a equipa CAMBADA@Home é uma equipa recente ain-da a dar os primeiros pas-sos na competição Robo-Cup@Home. Contamos ter, num futuro muito próximo, uma plataforma física que permitirá evo-luir o projeto de forma sustentada, aos elevados padrões a que a equipa CAMBADA habituou a Universidade e Aveiro. Aproveitando esta deixa, o CAMBADA@Home deixa o repto a todos os alunos do Departamento de Eletrónica, Telecomu-nicações e Informática para que venham dar o seu contributo. A equipa convida todos os alunos, independentemente do seu curso, ano curricular ou aproveitamento aca-démico. Os únicos req-uisitos necessários são o espírito de trabalho e a ousadia de querer apren-der a programar um ro-bot, nas diferentes vert-entes que isso implica.

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INVESTIGAÇÃO DO IEETA

ENQUADRAMENTO

Atualmente, uma das ameaças mais significa-tivas à segurança pessoal e das organizações é a proliferação de botnets. Nos últimos anos têm sido propostas algumas aproximações para a sua deteção. Contudo, es-tas estão em constante evolução, já que os proto-colos usados para as con-trolar estão em mudança e a sua própria estrutura está a mudar de uma ar-quitetura centralizada para uma distribuída. Um sistema eficiente e fiável de deteção de botnets deve ser inde-pendente do protocolo de controlo, da estrutura da botnet e do modelo de infeção e não deve exigir

qualquer conhecimento prévio das caraterísticas específicas da botnet.

OBJETIVO

O principal objetivo deste projeto é o de-senvolvimento de uma plataforma laboratorial para a deteção de bot-nets em tempo real e a subsequente implemen-tação de contra-medi-das. A aproximação de deteção proposta é ba-seada em diversos tipos de informação: no per-fil de tráfego histórico dos utilizadores da rede, em modelos de tráfego matemáticos que consig-am descrever de forma precisa o tráfego de rede e/ou os perfis dos utili-

zadores, em medições de tráfego que podem ser feitas por pontas de prova específicas e em sistemas de inteligência artificial que peguem numa deter-minada combinação de entradas por forma a ger-ar uma saída relevante que possa ser utilizada por um sistema de apoio à decisão. Assim, a plata-forma proposta recolhe e armazena diversa in-formação de rede que poderá estar dispersa por diversos elementos da rede ou ser obtida de forma distribuída:

(i) variáveis de estado e estatísticas que são cal-culadas e mantidas porelementos de rede;

(ii) ficheiros de log que estão armazenados em diferentes tipos de servi-dores e elementos de rede;

(iii) capturas ou estatís-ticas de tráfego (estatís-ticas de 1ª e 2ª ordem, características multi-fractais, etc) que são ex-

traídas/inferidas e arma-zenadas em pontas de prova que se encontram distribuídas pela infraes-trutura de rede.

O jornal Fiodeback foi até ao IEETA(Instituto de Engenharia, Eletrónica e Telemática de Aveiro ) e ao IT(Instituto de Telecomunicações) saber o que os investigadores da nossa área andam a fazer. Deixamos-te aqui um projeto de cada Instituto para que fiques com alguma curiosidade.

METODOLOGIA

O sistema de deteção deve incluir, de forma subjacente, um sistema de medição, análise de tráfego e recolha de in-formação de rede. O sis-tema realiza uma análise conjunta das diferentes variáveis que caracteri-zam a rede e as carate-rísticas do tráfego, pro-curando relacioná-las no sentido de identificar desvios relativamente ao comportamento nor-mal. Comportamentos de rede normais ou legíti-mos serão descritos por certos valores das var-iáveis do sistema: isto pode ser visto como cor-respondendo a determi-nadas áreas num espaço multidimensional defi-nido pelas diferentes variáveis do sistema (a dimensão pode ser muito grande). Um módulo de

classificação baseado eminteligência artificial classifica cada novo con-junto de valores para asvariáveis do sistema no espaço multidimensio-nal por forma a detetar possíveis desvios do comportamento normal do sistema.

Para sistemas críticos, a plataforma é capaz de as-sociar o tráfego de rede às identidades virtuais dos utilizadores em vez dos simples endereços derede. A identidade virtual de um utilizador é um par formado pela identidadedo utilizadores e pelo seu papel na rede. Os papéis de rede fornecem per-spetivas diferentes das atividades de cada utili-zador na rede e ajudam a obter perfis de utiliza-dor mais focados. Assim, toda a informação recol-hida na rede deve conter

provas criptográficas e impossíveis de forjar da identidade virtual do remetente. Tal identi-dade virtual aumenta a precisão e a focagem na construção dos perfis de tráfego e melhora a ca-pacidade de deteção de desvios.

Nestes casos críticos, o sistema proposto foi melhorado no sentido de também proporcionar mecanismos que permi-tam uma autenticação forte das fontes do tráfe-go capturado. Contudo, pretende-se forçar a au-tenticação do tráfego emrelação a analisadores de tráfego autorizados e não em relação a rece-tores normais de tráfego que operem aos níveis das camadas de ligação de dados e de rede. Este é um novo requisito de aut-enticação e uma inovação

do sistema: os hosts de rede sob observação etiquetam o seu tráfego com novas marcas de autenticação de origem, calculadas a partir de chaves ligadas a identi-dades virtuais. O sistema também proporciona a arquitetura apropriada de distribuição de chaves capazes de produzir e validar as etiquetas.

Finalmente, o sistema desenvolvido imple-menta contra-medidas para problemas ou fal-has de segurança especí-ficas que tenham sido identificadas (alterar as estratégias e decisões de encaminhamento, alterar/otimizar as con-figurações dos diferentes elementos de rede, etc).

A.ntónio Nogueira

Localização dos peers (Bobax botnet)

Comportamento Genérico de uma Botnet

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INVESTIGAÇÃO DO ITO Instituto de Teleco-municações (IT) é uma organização privada, sem fins lucrativos, de inter-esse público, uma parce-ria de oito Instituições de investigação e desen-volvimento na área de Telecomunicações:* Instituto Superior Téc-nico (IST);* Universidade de Aveiro (UA);* Universidade de Coim-bra (UC);* Portugal Telecom Ino-vação, S.A. (PTIN);* Nokia Siemens Net-works (NSN);* Universidade da Beira Interior (UBI);* Universidade do Porto (UP);* ISCTE - Instituto Uni-versitário de Lisboa (IS-CTE-IUL).

O IT tem como missão criar e difundir o con-

hecimento científico no campo das telecomuni-cações.O IT está ativamente envolvido em investi-gação fundamental e aplicada tanto a nível nacional como internac-ional. Simultaneamente está empenhado em pro-mover o ensino superior e formação, através do acolhimento e tutoria de alunos graduados e pós-graduados. O IT desem-penha também um pa-pel perante a sociedade com iniciativas de con-sciencialização pública, transferência de conhec-imento para a indústria e fornecendo serviços de consultoria. O IT está organizado em três pólos: Aveiro, no Campus Uni-versitário, no Site II da Universidade de Coim-bra, e em Lisboa no IST. Além disso, possui filiais

no Porto, (partilhada pela Faculdade de Engenha-ria e Faculdade de Ciên-cias da Universidade do Porto), em Leiria, no Instituto Politécnico de Leiria (IPL), em Lisboa, no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e na Covilhã, na Universi-dade da Beira Interior. O conhecimento científico no IT, a partir do qual se baseiam as suas princi-pais atividades de inves-tigação e ensino, abrange as seguintes áreas:* Comunicações sem fios;* Comunicações óticas;* Redes e Multimédia;* Ciências Básicas e tec-nologias de suporte.

Os membros do IT (cerca de 200 doutorados) estão organizados em grupos de investigação com per-fis científicos específi-cos, cobrindo as áreas de

R&D. Em média por ano o IT recebe mais de 200 alunos de doutoramento e cerca de 400 alunos de mestrado. As áreas de R&D são suportadas em laboratórios cientí-ficos avançados, que dão suporte aplicado aos trabalhos realizados no âmbito de projetos na-cionais e internacionais, em parceria com institu-ições de investigação em todo o mundo. Todos os anos, o IT está envolvido em mais de 170 projetos, dos quais cerca de 30 têm financiamento europeu, obtidos numa base com-petitiva. O alto nível de investigação científica é atestado por um número sólido de publicações analisadas pelos pares internacionais e por outros indicadores de internacionalização e qualidade. Anualmente,

a produção científica do IT excede cerca de 40 liv-ros e capítulos de livros, 220 artigos em revistas internacionais de pares científicos de renome, 450 artigos em eventoscientíficos e mais de 10 patentes. O IT é gerido por um Conselho de Ad-ministração, e por con-selhos de gestão por pólo. As atividades científi-cas do IT são supervi-sionadas pelo Conselho Científico, que reúne duas vezes por ano para discutir o Plano de Tra-balhos e Orçamento. Os atuais membros do Con-selho de Administração do IT são:Prof Carlos SalemaProf José NevesProf Henrique SilvaDr. Marcelino PousaProf Carlos Cardoso Fer-nandes

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Quais os motivos prin-cipais que vos levaram à criação da SAPO, em 1995?Antes de falar propria-mente do SAPO, para uma compreensão mais abrangente do contexto subjacente ao seu apare-cimento, convém relem-brar que para o público em geral, e em termos de utilização individual, a Internet surgiu nos primeiros anos da década de noventa. Na verdade, os primeiros passos efe-tivos para o estabeleci-mento de uma rede para a comunicação de dados, foram surgiram duas dé-cadas antes, no início da década de setenta. Numa primeira fase, serviu para interligar institu-ições próximas num es-paço geográfico limitado, alargando-se progres-sivamente a coberturas nacionais, continentais, transcontinentais, es-paciais, … Os serviços de comunicação então disponibilizados, quan-do comparados com os utilizados atualmente eram bem rudimentares,

limitando-se à transfer-ência de ficheiros, à troca de pequenas mensagens e ao estabelecimento de sessões de trabalho re-moto. Essa Internet, no entanto, não tinha nada a ver com a que conhec-emos hoje, era só texto. O grande salto acontece com a “World Wide Web” (WWW), desenvolvida em 1980 no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra. A partir daí, a Internet passou a en-cher-se de páginas com imagens, sons, “links” entre páginas e tornou-se numa imensa rede de redes.O verdadeiro “boom” da Internet, como referido anteriormente, ocor-reu no início década de noventa, com a insta-lação de redes de comu-nicações mais rápidas (?), a disponibilização de serviços mais amigáveis, a “oferta” de computado-res pessoais e de perifé-ricos a preços modestos e mais fáceis de manu-sear, o que naturalmente resultou num crescente

número de utilizadores. Rapidamente começou a surgir uma panóplia de serviços de informação e comunicação diversi-ficados (WWW, Gopher, FTP, Archie, BBS e WAIS, entre outros), constituí-dos e disponibilizados por diversas instituições. O problema que surgia a quem começava a dar os primeiros passos na In-ternet e até mesmo para quem já tinha experiên-cia de utilização era saber que serviços existiam, os seus fins e os endereços de acesso. O Yahoo, o WebCrawler ou o Ly-cos foram dos primeiros servidores com fama na catalogação dos serviços de informação disponibi-lizados, embora com de-ficiências de enumeração de muitos servidores portugueses e não só.O SAPO foi disponibili-zado publicamente em quatro de Setembro de 1995 tendo tido por base ideias recolhidas de pro-jetos então disponíveis internacionalmente e al-guns conjuntos de apon-tadores mantidos até en-

tão por alguns dos seus criadores. O objetivo que presidiu à sua criação foi a referenciação, devi-damente classificada, das informações dis-poníveis em servidores nacionais ou mantidos internacionalmente por portugueses, independ-entemente do estatuto da temática ou espírito (científico, educacional, social, comercial ou out-ro) que presidiu à sua dis-ponibilização pelos cria-dores. Esses objetivos serão certamente mais facilmente apreendidos relembrando o lema ini-cial do SAPO: “de Portu-gal, para os portugueses, sempre em português”. O seu aparecimento e manutenção foram pos-síveis graças à determi-nação e dedicação dos membros da sua equipa. Desde muito cedo, mos-trou ser um projeto de interesse nacional, facto demonstrável pelo el-evado número de aces-sos, provenientes dos mais diversos países e continentes, sendo que o maior número de utili-

zadores usava sistemas interligados a redes na-cionais. Nesta figura são apresentados dados ilus-trativos dos acessos veri-ficados nos primeiros dezoito meses de vida, entre Setembro de1995 e Março de 1997.

Aquilo que parecia ser um simples projeto académico acabou por ganhar condições para avançar enquanto negócio e empresa na comunidade portu-guesa. Quando criar-am o SAPO alguma vez pensaram que isto po-deria vir a acontecer? Como se desenrolou este processo de pas-sagem para o mercado nacional?A atividade do Centro de Informática da UA, desde a sua constituição em termos genéricos, sempre foi caraterizada por uma postura de van-guardismo – atitude que

ENTREVISTA AFERNANDO COZINHEIRO

UM DOS FUNDADORES DA SAPO

“Mais do que os proveitos económicos, o que nos deu prazer verdadeiramente, foi ter-mos sentido o reconhecimento pelo esforço e dedicação enorme que dispensámos ao projeto, diariamente, sete dias por semana. Marcámos presença na história da Internet em Portugal… e isso foi (e é!) muito bom!”

No ano letivo de 1994/1995, cinco alunos do nosso Departamento (Celso Martinho, Benjamin Júnior, Hélder Bernardo, Sérgio Bernardo e João Luís) em conjunto com o então responsável pelo “Cen-tro de Informática” da nossa Universidade (Fernando Cozinheiro) fundaram o Servidor de Apontadores Portugueses, vulgarmente conhecido como SAPO. Passados dezassete anos deste passo importantíssi-mo na Internet Portuguesa o Jornal Fiodeback encontrou Fernando Cozinheiro.

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ainda hoje prevalece, há que dizê-lo!O SAPO surgiu por “caro-lice” dos seus criadores, que em horas tardias, até altas horas da madruga-da, depois de desempen-harem as suas obrigações enquanto funcionários do Centro de Informáti-ca, dedicavam as suas energias a uma inicia-tiva complementar for-temente pessoal. Sendo um serviço novo e graças à dedicação dos seus criadores, que se tradu-zia numa referenciação bastante exaustiva dos serviços de informação acessíveis na Internet “portuguesa”, o SAPO rapidamente se tornou um serviço de pesquisa de referência.Foram precisos poucos meses de vida para se verificar que o SAPO, para sobreviver, teria que adotar uma postura com-ercial. A este propósito, relembro alguns factos concretos que moti-varam os seus criadores a apresentarem uma proposta à Reitoria da UA, em Março de 2007, no sentido do SAPO deixar de estar ligado à rede académica nacional (RCCN), o que aconte-ceu até então, e passar a ser suportado por uma equipa de pessoal dedi-cada: o primeiro facto que relembro tem a ver com o número de mensa-gens de e-mail recebidas, que nessa ocasião, ron-dava já as 300 por dia; o segundo facto relevante prende-se com as muitas solicitações de exibição de faixas publicitárias com cariz claramente comercial, o que com-preensivelmente, não era permitido a servidores interligados à Internet através da rede académi-ca nacional.De forma sucinta, as evoluções ocorridas na gestão do SAPO, podem ser assim enumeradas: de 04 de Setembro de 1995 a Agosto de 1997, desen-volvimento, manutenção e alojamento a cargo do “Centro de Informática”

da Universidade de Avei-ro (UA); em Agosto de 1997, transferência para a empresa “Navegante”, instalada na “Incubado-ra de Empresas” da UA, tendo como investidores a própria Universidade e quatro dos seus cria-dores; posteriormente, cerca de um mês depois, venda do SAPO à em-presa “Saber & Lazer”, do Grupo “Porto Edito-ra”, mantendo-se ligado um dos seus criadores à nova equipa de desen-volvimento e suporte; finalmente, em 1999, aquisição do SAPO pelo grupo “Portugal Tele-com”, mantendo-se uma vez mais o vínculo de Celso Martinho – um dos seis criadores – à nova equipa.Hoje, o SAPO é o que era então… mas muito (muito mesmo!) foi acrescentado, quer em termos da diversidade dos serviços oferecidos, quer do volume de recur-sos humanos e técnicos afetos à sua gestão, quer mesmo das tecnologias de suporte, mas no fundo e para concluir, mantém-se verdinho como era (apesar dos sapos serem castanhos!).

Sendo alunos tão jovens como reagiram, na altura, ao prestígio que o vosso projeto académico estava a so-frer?Enquanto diretor téc-nico e executivo do “Cen-tro de Informática”, eu gostaria de relembrar a forma de estar do “Cen-tro de Informática” da UA, praticamente desde a sua constituição e ao longo da década de no-

venta, isto é nos anos que antecederam a criação do SAPO e que se man-teve mesmo depois da sua. Sempre defendi (e foi possível concretizar com o apoio de alguns dos responsáveis da Uni-versidade de Aveiro) a in-corporação de alunos nas atividades do “Centro de Informática” ou propos-tas pelos próprios, de-pendente um processo de seleção e de acordo com um plano de atividades previamente acordado. No meu entendimento, essa é uma excelente for-ma de proporcionar aos alunos um contato pro-fundo com a realidade e ao “Centro de Informáti-ca” de incorporar novos projetos e ou metodolo-gias de trabalho distin-tas. Os cinco colegas que comigo criaram o SAPO iniciaram as suas vi-das profissionais e a sua relação com o “Centro de Informática” da UA ex-atamente nesse contexto. O mesmo aconteceu com mais meia dúzia de co-laboradores, que no âm-bito de outras iniciativas concretizadas também no “Centro de Informáti-ca” atingiram resultados de sucesso.Respondendo objetiva-mente à questão colo-cada, foi com bastante prazer que sentimos o sucesso da iniciativa SAPO. Mais do que os proveitos económicos, o que nos deu prazer verdadeiramente, foi termos sentido o recon-hecimento pelo esforço e dedicação enorme que dispensámos ao projeto, diariamente, sete dias por semana. Marcámos presença na história da Internet em Portugal… e isso foi (e é!) muito bom!Porventura, com a nossa falta de experiência e a pouca idade, não nos apercebemos efetiva-mente da “galinha dos ovos de ouro” que tín-hamos na nossa posse. Na altura, recordo, não havia disciplinas nos currículos académicos que proporcionassem

os conhecimentos bási-cos inerentes à criação de negócios. Hoje, como sabemos, a UA colmatou essa lacuna e felizmente, os estudantes de “hoje” estarão mais despertos para criarem e explorar-em oportunidades de negócio. Em conclusão, poderá pois dizer-se que por não estarmos forma-dos e despertos para es-sas temáticas, o sucesso do SAPO pouco influen-ciou a nossa carreira aca-démica.

Atualmente o SAPO é reconhecido pelos portugueses como o maior e mais conceitu-ado portal na Internet em Portugal. A que se deve essencialmente este sucesso? Estavam à espera?O sucesso, inequivoca-mente, deve-se à mui-ta dedicação com que abraçámos o projeto SAPO, desde o primei-ro momento. Depois, aquando da saída da UA e com a adoção de uma postura comercial, a ma-nutenção do sucesso de-pendeu essencialmente da atualização da infor-mação, assim como da integração de novas fun-cionalidades, à semel-hança do que é feito por outros motores de busca. Sendo um pouco menos egoísta sabendo-se de fortes iniciativas de con-corrência, bem habituais nos casos de iniciativas de sucesso, reconheço que a sobrevivência do SAPO e mais a manuten-ção do seu sucesso, de-pendeu da observação inteligente das necessi-dades do mercado e da capacidade de as oferec-er por parte da respetiva entidade proprietária.

Aquele que era um sim-ples projeto académi-co acabou também por ajudar a consolidar a nossa Universidade e, em particular, o nosso Departamen-to na vanguarda das Universidades mais inovadoras, criativas e

modernas de Portugal e mesmo da Europa. Para além disso, hoje o projeto SAPO é tam-bém um dos princi-pais embaixadores do nosso curso atraindo para o mesmo muitos alunos de diferentes pontos do país. Com que sentimento é que hoje ouvem isto?Claramente esse é um motivo de orgulho. Con-forme referi anteri-ormente, mais do que quaisquer proveitos económicos, confesso muito sinceramente que o verdadeiro gozo que tive com o SAPO,foi mui-to gra-tificante assistir ao seu sucesso e à marca que deixou na história da Internet em Portugal. Es-colhi a Universidade de Aveiro para estudar há 32 anos, e ainda hoje como profissional, continua a ser a “minha universi-dade”. O SAPO é apenas um dos muitos exemplos de sucesso da UA e do nosso Departamento.

Se vos pedissem para deixar uma mensagem para os alunos de En-genharia Eletrónica e Telecomunicações da Universidade de Avei-ro o que diriam?Muito simplesmente e uma vez que me é pedida uma mensagem aprovei-to para referir, convicta-mente, que bastas vezes o sucesso está em ideias bem simples e que não requerem grandes inves-timentos financeiros… mas que claramente, depende da dedicação que lhe for dispensada. Fazendo uso de palavras que ouvi ainda ontem, direi que “sem trabalho e dedicação não é possível alcançar o sucesso”. Ob-viamente, há que ter em consideração a “janela de oportunidade” e a ca-pacidade de pôr em práti-ca a iniciativa. Não vale a pena pensar muito!

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“A atividade do Cen-tro de Informática da UA, desde a sua constituição em ter-mos genéricos, sem-pre foi caraterizada por uma postura de vanguardismo – ati-tude que ainda hoje prevalece.”

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DIÁRIO DE UM ESTUDANTE EM ERASMUS

A cidade:Zagreb é a capital da Croácia e está localizada entre a margem do rio Sava e o monte Medved-nica. Com uma área de 641,22 km2 alberga cerca de 804 200 habitantes.Há muita coisa a dizer-se de Zagreb, mas vou real-çar aquilo que mais me marcou. O centro históri-co é muito bonito. Por lá encontramos a Igreja de São Marcos e a Cate-dral de Zagreb. Também

achei o teatro interes-sante e imponente. Para além da parte histórica e dos monu-mentos, Zagreb possui um lago enorme onde as pessoas vão para dar uns mergulhos, apanhar banhos de sol e praticar desporto, como canoa-gem, ginástica, corridas, etc. Aliás, uma coisa que observei é que as pessoas residentes em Zagreb são adeptas fervorosas de atividades desporti-

vas e praticam-nas com grande regularidade. Para além deste lago, nos arredores da cidade há as montanhas, onde, nas alturas de neve, se pratica muito ski e snow-board.Um outro encanto da cidade, é a feira que se realiza todos os dias de manhã e que é muito fa-mosa pela variedade de produtos alimentares característicos da zona.

Cidade– Zagreb, CroáCia

Ilustração: Jonathan Carvalho

A Universidade:Fakultet elektrotehni-ke i računarstva, mais conhecida por FER, é a melhor universidade de Engenharia Eletrónica e de Computadores da Croácia. Baseia-se numa política de exigência e da prática do bom ensino. As instalações têm boas condições e oferecem um ambiente agradável. A biblioteca interna é acolhedora, mas o acesso aos livros é dificultado porque não se encontram em exposição. Locali-za-se a 15 minutos das residência para quem preferir ir a pé, mas no Inverno eu aconselho o elétrico número 5.

Para mais informações,

Web: http://www.fer.hr/E-mail: [email protected]

Como chegar:É muito simples che-gar a Zagreb visto que o aeroporto se encontra nos arredores da cidade. Depois disso é possível chamar um táxi ou sim-plesmente usufruir do autocarro da Croatia Airlines que se encontra à saída do aeroporto. A cada 30 minutos há um disponível e que vos dei-xará muito próximo, quer

seja do centro da cidade, quer da faculdade e até mesmo das residências. Podem usar os elétricos que são sempre uma boa opção.

Experiência:Como experiência afirmo que foi das melhores que já vivi, tanto a nível pes-soal como a nível profis-sional. Foi o verdadeiro desafio! Fez-me crescer, fez-me abrir os hori-zontes desmitificando os sonhos de criança, fez- -me ver o mundo para lá de Portugal, conhecer outras pessoas, outras culturas, e uma nova rea-lidade, evidenciando o quanto é difícil a adap-tação a um novo ambie-nte.Vou começar por falar da minha experiência a ní-vel académico. Em Za-greb as cadeiras são clas-sificadas em 3 níveis: as cadeiras que se encon-tram no nível 1 são dadas na língua materna, ou seja, em croata, as cadei-ras do nível 2 são lecio-nadas em croata, mas é dada ao professor a hipó-tese de intercalar com inglês, já as cadeiras que se encontram do nível 3, é suposto serem dadas em inglês. Nas minhas escolhas, fiz questão de

incluir cadeiras de nível 3, pois, como é de certa forma óbvio, não tenho noções de croata, e o in-glês deixava-me mais à vontade. O que aconte-ceu na realidade, é que estas regras dos 3 níveis não foram seguidas à risca e a verdade é que muitos professores opta-ram por lecionar as aulas na língua materna, sem se importarem com os alunos provenientes de outros países, tratando os alunos de Erasmus como qualquer outro alu-no. Isto foi de certa forma um entrave na aprendi-zagem, pois não acom-panhávamos com muita facilidade as aulas e da parte dos professores também não tínhamos o devido acompanhamen-to.A uma das cadeiras que frequentei, “Algoritmos Avançados e Estruturas de Dados”, o professor estava sempre ocupado, e nunca se mostrava inte-ressado e disponível para nos esclarecer as dúvi-das. Assim sendo tive-mos o apoio de um grupo de alunos, que se sentia mais à vontade com a matéria e organizaram umas aulas de esclareci-mentos de dúvidas, dadas aos fins-de-semana na

universidade. Devo dizer que foi importantíssima esta ajuda dos nossos co-legas.De igual forma, foi muito importante a ajuda dada pelos assistentes de cada professor, na sua maio-ria, alunos de doutora-mento.Em termos práticos, fa-lando de exames, acho que de certa forma o nível de exigência não foi muito grande, o que per-mitiu concluir com suc-esso esta fase.Quanto à vida de Eras-mus, de festa, de folia, devo dizer que trago muito boas recordações no coração. Esta foi a primeira vez que a uni-versidade de Zagreb in-gressou no programa Erasmus. Penso que de certa forma não estavam muito preparados, que concluo ser, essencial-

mente devido à falta de experiência, e isso refle-tiu-se em todo o espírito de Erasmus. Não consigo afirmar com exatidão, mas penso que seriamos à volta de 100 alunos de Erasmus instalados em Zagreb, distribuídos pe-las diferentes faculdades.A falta de experiência dos responsáveis que nos re-ceberam não invalidou a realização de inúmeras festas e convívios. Quase todas as semanas havia uma festa, um encon-tro, enfim, nós fazíamos questão de nos juntar-mos e aproveitarmos a companhia de todos os que estavam a viver a mesma experiência. Foi muito gratificante tudo o que aprendi com as dife-rentes pessoas, de várias nacionalidades, com culturas muito difer-entes e formas de estar

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às quais não estava habi-tuado. Afirmo, com toda a certeza, que foi nestes

encontros e trocas de ideias que mais aprendi, e onde mais cresci.

Para além destas festas organizadas entre o pes-soal, a ESN também or-ganizou visitas a museus para divulgar a parte cultural da cidade, e a ci-dades de países vizinhos, como Viena e Bratislava.Devo realçar o espírito aberto com que fui re-cebido pelos restantes Erasmus. Por diversas vezes bateram-me à por-ta do quarto para me con-vidarem para ir dar uma volta, ou simplesmente, para ficarmos a conver-sar e a partilhar ideias e experiências.Entre o estudo também houve tempo para pas-sear e tanto eu como o Bruno Tavares, com-panheiro e amigo nesta

experiência, tivemos a oportunidade de viajar. Visitei cidades como Amsterdão, Budapeste e Viena. Entre todas elas, estas foram as três que mais me cativaram, pelo sentido arquitetónico, espírito urbano e modo de vida.Para quem pensa ingres-sar nesta experiência aconselho vivamente a criarem uma poupan-ça para puderem fazer bastantes viagens pois vale a pena conhecer cidades maravilhosas como as que eu visitei.

Orçamento:Viagem: 260 € num voo da TAP (return ticket)Alojamento: 100€/mês

nas residências da uni-versidade de Zagreb em quarto duplo.Transporte: 11€/mês em passe para os elétricos ZET.Alimentação: uma mé-dia de 0.80€/refeição nas cantinas, em restau-rantes o preço ronda 6€ por pessoa.Lazer: não tenho a noção do quanto gastei, mas estimo que os gastos su-perem os 500€

Bolsa: 1024€ para um se-mestre.

Jonathan Carvalho

Realizou Erasmus no 4º ano de estudos, 2011/2012 (1º Semestre)

Se já participaste num programa de mobilidade, par-tilha a tua experiência connosco. Contacta-nos através do e-mail:[email protected]

Nome: Tomek Kulig.Idade: 24 anos.Estuda: Eletrónica e Tel-ecomunicações.Cidade Natal: Łódź, Polónia.

Łódź é a terceira maior cidade da Polónia a julgar pela população ou quarta a julgar pelo território. Está situada no centro da Polónia. É totalmente diferente de Aveiro, bem maior, mais populosa, parece ser mais suja, e bastante cinzenta.Estou no programa de mobilidade designado

Campus Europae por um ano letivo, desde a última semana de Agosto de 2011 até final de Junho de 2012.Escolhi a Universi-dade de Aveiro, princi-palmente pelas reco-mendações dos meus amigos, que me falaram bem da universidade, pelo facto de o meu curso ser bem lecionado aqui, pelo custo de vida baixo, pela cidade e pelas pes-soas.A cidade é mais tran-quila e menor, basica-mente podes deslocar-te para qualquer lugar a pé. Parece que todos se conhecem. As pessoas têm mente aberta e estão sempre prontas a ajudar,

muitas delas, especial-mente as mais jovens, falam Inglês. Não têm pressa. Em Łódź, por exemplo,

ninguém começa o dia no café tomando café e lendo jornal. Também não há intervalo para al-moço nas universidades. Acho que os Portugueses (em Aveiro, em particu-lar) vivem de forma mais lenta.A cultura é um pouco

diferente uma vez que ambos os países têm histórias diferentes. Mas ambos são ricos e vale a pena conhecê-los.O conteúdo das discipli-nas é mais do que satis-fatório. Há muitas aulas práticas, muitos projetos (mais do que em Łódź University of Technol-ogy). Eu diria mesmo que há demasiados. Na minha opinião, o nível de dificuldade é um pouco maior do que na Polônia. Felizmente todos os nos-sos professores falavam Inglês e foram muito co-operantes.O Programa de mobili-

dade, tais como Campus Europae ou Erasmus tem apenas benefícios (exce-to o fato de que tens que gastar um pouco mais do que recebes do Erasmus, mas vale a pena!). Podes conhecer pessoas fan-tásticas de todo o mundo, passar um bom momento com elas, ir a muitas fes-tas, viajar muito, conhec-er culturas diferentes, a gastronomia, etc, mel-horar extraordinari-amente o meu Inglês, e aprender um pouco de Português.

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A VOZ DOS ET’S

Faz do Fiodeback a tua opinião!

Envia-nos as perguntas que queres ver abor-dadas na “Voz dos ET’s” da próxima edição.

«A meu ver, os laboratórios encontram-se bem equipados, pois dispõem de todos os equipamen-tos necessários ao normal funcionamento das au-las. Contudo, penso que o facto de o departamento apenas estar aberto entre as 9h e as 24h constitui um problema para os alunos, uma vez que, tendo uma carga horária elevada, muitos de nós estudam maioritariamente durante a noite. Para além disto, considero que o facto de existirem alguns laborató-rios que apenas estão acessíveis aos alunos durante o período da aula constitui uma falha grave, pois não nos confere a possibilidade de usufruir desses labo-ratórios como parte integrante de um estudo mais completo. No entanto, estas falhas têm sido, de certa forma, colmatadas com a disponibilidade e boa von-tade dos docentes do departamento. Considero que a situação se poderia resolver caso existisse um con-trolo e responsabilização de quem, hipoteticamente, faria uso dos equipamentos. Não obstante as falhas, penso que os alunos têm ao seu dispor ótimos labo-ratórios e condições a que possivelmente não te-riam acesso noutras universidades. »

Estudante do 3º Ano, Gonçalo Pessoa

«Apesar de apresentarem bom equipamento, como por exemplo os osciloscópios, estes não estão uni-formizados em todos os laboratórios. Alguns até apresentam uma idade já avançada. Outro prob-lema é o acesso aos laboratórios em si e ao material de certas Unidades Curriculares (ex.: Sistemas de Comunicação I) em que por vezes é escasso, ou até nulo, quando por iniciativa do aluno.»

Estudante do 5º Ano,Diogo Branco

JF: O que achas das condições dos laboratórios do DETI?

«Embora cada grupo tenha conseguido expôr com clareza o trabalho desenvolvido até à data, poderiam ter dado mais re-levância à parte das dissertações propostas para o próximo ano letivo, pois em algumas situações esta não foi totalmente explorada.»

Estudante do 4º Ano, Ricardo Figueira

JF: O que achas da abordagem dos temas das teses apresentadas para o próximo ano letivo?

Jornal Fiodeback (JF): O que achas sobre o horário de funcionamento do DETI? Achas que este deveria estar aberto até mais tarde?

«Sendo eu aluna do 1º ano, não tenho ainda projetos nos quais apenas só possa trabalhar no departamen-to. Para os alunos do 1º ano, o horário de funciona-mento do DETI é compatível. No entanto, em anos futuros, talvez não nos seja suficiente trabalhar ape-nas até às 22h e seria útil os alunos terem um acesso noturno ao departamento.»

Estudante do 1º Ano, Marta Pereira

«A mim, até agora, não me fez grande falta usar o DETI até tarde, mas quando se estuda, se pudesse-mos ter um sítio no departamento onde podessemos estar até mais tarde a estudar ou a trabalhar seria bom.»

Estudante do 2º Ano,Hugo Lopes

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COMISSÃO DE CURSO DE MIEETSabes o que é o Sistema de Garantia da Qualidade? Para que servem os inqué-ritos pedagógicos? Como podes fazer comentários à forma como correram as unidades curriculares?

SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O SGQ (Sistema de Garantia da Qualidade) tem por objetivo a melhoria contínua do funcionamento de cada unidade curricu-lar, que prevê quatro fases de desenvolvimento: o Diagnóstico, a Melhoria, a Garantia e a Supervisão.

Fase A - Diagnóstico:Nesta fase, são reco-lhidas as informações necessárias ao diagnósti-co da forma como decor-reram as unidades cur-riculares. Embora este processo abranja todas as unidades curriculares, é dedicada especial im-portância à identificação das situações em que de-terminada unidade cur-ricular se afasta de um padrão de normalidade, quer pela positiva (de for-ma a poder servir como exemplo), quer pela nega-tiva (de forma a poderem corrigir-se os problemas detetados). As situações extraordinárias que fo-rem desta forma deteta-das são obrigatoriamente analisadas e tratadas.São usadas 3 fontes de in-formação: os inquéritos pedagógicos preenchidos pelos alunos, os relatórios de discência preenchidos pelas comissões de curso e informações estatísti-cas recolhidas no PACO. A informação recolhida nos inquéritos, e através do PACO, é reunida de uma forma quantitativa

sendo definidos crité-rios quantitativos para detetar situações ex-traordinárias (exemplos: média de respostas a uma dada questão do inqué-rito com valor <=3.5, ou <=2.5 a um conjunto de 2 ou mais questões; taxa de aprovação a uma unidade curricular inferior a 60%). No caso dos relatórios de discência preenchidos pelas comissões de curso, a informação recolhida é qualitativa, podendo estes identificar situações extraordinárias. Nestes relatórios, são identifica-dos os pontos positivos e negativos da forma como decorreu cada uma das Unidades Curriculares,podendo as comissões apresentar propostas de melhoria ou boas práticas que devem ser aplicadas a outras unidades. Para o preenchimento destes relatórios, as comissões de curso auscultam os alunos de forma a perce-ber o que estes consider-am que deve ser incluído nos relatórios. É nesta fase que os alunos podem fazer todos os comen-

tários que acharem per-tinentes, sendo o seu con-tributo fundamental para que os problemas possam ser detetados e corrigidos.

Fase B - Melhoria:Nesta fase, os docentes das unidades curricu-lares elaboram relatórios produzindo uma análise global da unidade cur-ricular. Para além disso, é nesta fase que os do-centes têm possibilidade de elaborar planos de melhoria para a unidade curricular. O plano de melhoria deve conter a identificação das acções corretivas, bem como os recursos necessários à sua implementação. Nos casos identificados, como situações extraordinári-as durante a Fase A, a elaboração de planos de melhoria é obrigatório. É através desta obrigação de elaboração de planos de melhoria (e seu cum-primento) que o Sistema de Garantia da Qualidade permite uma melhoria contínua do processo ensino-aprendizagem. Estes planos de melho-

ria são posteriormente analisados pela comis-são de curso que indica se os planos estão ou não adequados.

Fase C - Garantia:Nesta fase, a Comissão de Análise do Departamento (constituída por alunos e professores) vai analisar toda a documentação existente, concentrando--se principalmente no plano de melhoria elabo-rado pelos docentes e no parecer dado pela comis-são de curso. Após esta análise, é elaborado um relatório global cujos tópicos principais são: análise das situações desviantes; identificação de boas práticas; identi-ficação dos recursos para implementação dos pla-nos de melhoria e sumário executivo que caracterize o funcionamento de todas as unidades curriculares. Este relatório global é posteriormente enviado ao Presidente do Con-selho Diretivo do De-partamento que é res-ponsável pela aprovação do relatório global e por

definir o grau de compro-metimento do Departa-mento face à execução dos planos de melhoria.

Fase D - Supervisão:Nesta última fase, o Con-selho Pedagógico exer-cerá as funções de su-pervisão do Sistema (por exemplo garantindo que o plano de melhoria está a ser aplicado), promoven-do a sua adequada imple-mentação e, em situação de conflito entre inter-venientes no processo, de mediação. É também este orgão quem promoverá a análise e divulgação dos resultados deste proces-so.

A comissão de curso de M.I.E.E.T. relembra que se encontra sempre dis-ponível para esclarecer dúvidas relativamente a este ou qualquer outro assunto. Contacta-nos através do nosso email [email protected] ou contacta diretamente o representante do teu ano (encontra os contactos em http://cpc-eet.web.ua.pt ).

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INQUÉRITO

O Fiodeback quer agradecer a todos os estudantes que contribuiram para esta sondagem. Esperamos que continuem assim, muito partici-pativos nas nossas propostas e atividades.

Resultado do inquérito realizado aos alunos do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações (MIEET).

Objectivo: Satisfação dos alunos com o curso escolhido.Número de pessoas inquiridas: 124

A média de idade dos alunos que responderam ao inquérito ronda os 20 anos (sendo que a pessoa mais velha tinha 27 anos e a mais nova 18 anos).A média do número de matrículas desses alunos anda à volta da 3ª matrícula (sendo que 7 matrículas é o número máximo).Em média o público alvo tem 5 unidades curriculares em atraso.

Através da análise do inquérito efectuado, podemos concluir que os estudantes de Mestrado Integrado em Engenha-ria Eletrónica e Telecomunicações se encontram satisfeitos com o curso.

É de se notar o facto de na geralidade do público alvo apenas ter 5 unidades curriculares em atraso, diminuindo assim a média de anos para terminar o curso.

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ATUALIZA-TEUbUntU 12.04 – PreCise Pangolin

Um pouco de história:Ubuntu foi fundado por Mark Shuttleworth na África do Sul. Foi lançado pela primeira vez a 20 de outubro de 2004, com o code name, Warty Warthog, e desde então com a sua comu-nidade ativa e pronto a ajudar aqueles que precisam, têm sido a distro (abreviação de dis-tribuição) com o maior cresci-mento a nível de computadores pessoais que usam Linux.Os mais acostumados à utili-zação de Ubuntu devem já saber que a cada 6 meses é lançada uma nova versão, e a cada dois anos é lançada uma versão LTS (Long Term Support). O último lançamento correspondeu à versão 10.04. As versões estão relacionadas com as datas de lançamento. Sendo que 12.04 corresponde ao seu lançamento em abril de 2012.A partir de 2006 com o lan-çamento de Dapper Drake, versão 6.06 na altura, passou-se a utilizar code names no for-mato “adjetivo animal” em que cada lançamento segue a letra seguinte no alfabeto e o adjetivo geralmente está relacionado com a filosofia/aspeto principal da versão a lançar.Esta última versão focou-se principalmente no tratamento de bugs e em tornar o sistema operativo o mais estável e rápi-

do possível. Daqui, surgiram bastantes aspetos novos que va-mos apresentar agora.HUD (Head’s Up Display):Já todos conhecemos os nos-sos antigos amigos, os menus que nos ajudam a fazer aquilo que queremos, desde guardar os nossos ficheiros, editar as nos-sas preferências e todos as ha-bilidades que os programas nos possibilitam fazer.Neste novo lançamento, Ubuntu decidiu mostrar que ainda se po-deria aumentar a facilidade com que lidamos com os menus, es-pecialmente, os menus que con-têm muitos submenus.Com um simples clique no botão Alt pode escrever-se o que que-remos, HUD dá-se ao trabalho de procurar as várias possibili-dades que o manuseador deseja. Se não gostarem, não se preocu-pem, porque os antigos menus ainda estão presentes.Menu antigo:

Novo HUD:

Privacidade:Agora foi adicionado nos system settings uma nova secção para editar as opções de privacidade, para poderem escolher qual a in-formação sobre vós que pode ser guardada pelo computador.

Video Lens:Agora pode fazer-se uma simples procura, no dash do unity para encontrar vídeos de qualquer uma das várias fontes de vídeo na internet. Também temos o Home, Applications, Files & Music Lens-es de origem mas é possível adi-cionar mais como o Wikipedia Lens que está à direita.

The Dash:No dash, além de poderem lançar as vossas aplicações, podem tam-bém receber informações e usa-rem “quicklists” ações a gerirem a aplicação, quer isto seja lançar a aplicação com privilégios de administrador ou escrever um

e-mail. Neste caso, podem ver o número de e-mails que têm para ler ou o estado das vossas trans-ferências.

Shorcut List:Se forem daquelas pessoas que gostam de usar shortcuts, mas infelizmente esquecem-se de vez em quando, ou o rato sim-plesmente não quer cooperar e ficam a pensar: “Ora bem... qual era o shortcut para eu chegar aos menus outra vez?”. Bem, agora se ficarem a pressionar o botão “SUPER” também conhecido por botão Windows, é vos apresenta-da a lista de shortcuts que podem usar.

E estes são alguns dos novos as-petos que podem apreciar no Ubuntu 12.04. Se não o utilizam há algum tempo está na hora de experimentarem novamente.

Samsung Galaxy Beam Com certeza que muitos de nós gostaríamos de ter um projetor sempre à mão para mostrarmos ideias, ver filmes com os colegas ou mesmo usá-lo para apresen-tações. Isso teria salvo o nosso maravilhoso professor de Prop-agação de Ondas Electromagné-ticas, Armando Rocha, quando a eletricidade do departamento decidiu faltar. Enfim, as possibi-lidades são imensas e a maneira como a Samsung achou que nos deveria dar isto é através daquele dispositivo que anda em quase todos os nossos bolsos, o telemóvel, e este chama-se o Samsung Galaxy Beam.O Galaxy Beam incorpora ago-ra um projetor 15 lúmens que pode atingir distâncias de 1 a 3

metros sem perder qualidade de imagem, a definição da ima-gem corresponde a uma reso-lução de 640x360 e o tempo de projeção vai até 3 horas. Possui também um processador Dual Core Cortex-A9 a 1Ghz, 6GB de RAM, 8GB de memória Flash, uma câmara de 5MP atrás e uma câmara frontal de 1.3MP e ainda um ecrã WVGA TFT de 4 po-legadas com uma resolução de 800x480. O Sistema Operativo que traz de origem é o Android 2.3 (Gingerbread) mas é pos-sível fazer o upgrade para Ice Cream Sandwich. Pode ser que esta nova feature nos telemóveis se torne eventualmente numa norma. Mas só o futuro o dirá.

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NOTÍCIASAVEIRO

Uma tenda, cinco eventos, milhares de visitantes É um ovo de dinossauro gigante? É uma base lu-nar? É um novo departa-mento? Nada disso. É a tenda multiusos onde a Universidade de Aveiro recebe nas últimas sema-nas cinco grandes even-tos. Instalada nas tra-seiras do Departamento de Educação, envolvida pela Biblioteca do mes-tre Siza Vieira e pela pai-sagem lagunar, a grande sala oval preparou-se para ser uma imensa sala de visitas da academia. Educonteck, Fórum 3e, Competições Nacion-ais de Ciência, INVTUR e cerimónia de entrega

dos diplomas têm sido os eventos que têm desfila-do nesta tenda com 1800 metros quadrados. Fonte: uaonline.ua.pt

Reitor da UA ga-rante que propinas em atraso são recu-peráveis No relatório da auditoria, foi apontado que, entre 2007 e 2009, o valor de propinas por cobrar as-cendia a 1,7 de milhões de euros. O montante é significativo, mas segun-do atesta Manuel Assun-ção, é “recuperável”. “A UA estabelece planos de

pagamento com os alu-nos que têm as propinas em atraso, na certeza de que antes de levantarem a certidão final de curso, os estudantes, forçosa-mente, deverão ter as contas regularizadas com a universidade”, ex-plica o reitor.“De acordo com a lei, os alunos não se podem ma-tricular no ano seguinte sem terem as propinas em dia. A UA dá a pos-sibilidade de eles se po-derem inscrever no ano seguinte, mas não perdoa o valor das propinas devi-das”, esclarece Manuel Assunção. Desta forma, os responsáveis pela ins-tituição de ensino supe-rior aveirense acreditam estar a evitar que “muitos alunos abandonem a uni-

versidade”, criando tam-bém maior abertura para “o reingresso de alunos que já têm créditos feitos na UA”.Fonte: http://www.dia-rioaveiro.pt

Universidade extrai biodiesel de micro-algas da riaAs algas Chlorella vul-garis naturais da ria de Aveiro «podem muito bem substitur o petróleo», segundo co-municado da Universi-dade de Aveiro que divul-ga a descoberta de uma equipa de investigação

quanto à forma de pro-duzir biodiesel.

«Para já, o biocombustí-vel extraído é apenas uma amostra das quantidades que os investigadores querem ver circular no mercado», segundo o co-municado.

O objetivo do projeto dos cientistas dos departa-mentos de Engenharia Mecânica e de Biologia da UA é «um dia, ao en-costar o carro numa bomba de abastecimento de combustível, qualquer condutor possa optar pelo ‘petróleo da ria’, pro-tegendo com isso a eco-nomia nacional e o ambi-ente».Fonte: http://www.oln.pt

MUNDOUma torre com cerca de 31,9 metros de altura foi construída em Seul, na Coreia do Sul, para comemorar os 80 anos de lançamento das peças Lego. Na construção, que demorou mais de cinco dias, participaram 4000 crianças e foram utiliza-das mais de 50 mil peças da Lego.A construção converteu--se na torre mais alta do mundo feita com peças Lego, pelo que o feito fi-cou assinalado no livro de recordes. A última torre que havia sido cons-truída em França tinha a

altura de 31,6 metros.A última peça da torre foi colocada pelo príncipe Frederik da Dinamarca, país onde a empresa que fabrica as peças nasceu.A Coreia do Sul foi es-colhida como local para comemorar os 80 anos da Lego devido à forte pre-sença do brinquedo no

país e na Ásia.Fonte: http://www.jn.pt

EDUCAÇÃODados pessoais de 220 mil estudantes estiveram aces-síveis no site da DGES Os dados pessoais de 220 mil estudantes bolsei-ros do ensino superior estiveram acessíveis du-rante várias semanas no site da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES).Os nomes completos e os números dos bilhetes de identidade e de iden-

tificação fiscal dos mais de 220 mil alunos candi-datos a bolsas de estudo podiam ser consultados sem grandes dificuldades numa área específica do site da DGES. O sis-tema permitia também aceder aos mesmos da-dos pessoais dos pais e restantes elementos do agregado familiar destes estudantes do ensino su-perior.A situação foi corrigida, mas vai ser investigada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).

Fonte: www.publico.pt

CULTURA Pablo Alborán e Carmi-nho vão passar por Aveiro no dia 10 de Junho para um concerto integrado na digressão em Portu-gal. Artista do ano em Espanha, o álbum estreia de Pablo Alborán, “Pablo Alborán”, chegou em Fe-vereiro de 2011. Desde a sua edição, permaneceu 18 semanas no 1º lugar de vendas em Espanha e rapidamente alcançou a marca de quádrupla platina. O concerto reali-za-se no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.

sabias QUe ? O prémio Turing, em homenagem ao matemático britânico Alan Ma-thison Turing, considerado pai da ciência da computação, é uma es-pécie de prémio Nobel da área. Pa-trocinado pela Intel, dá aos premi-ados o valor de $250.000,00.

O Mozilla Firefox, antigamente, era de-signado por Phoenix. Em 2003, o nome foi alterado e pas-sou a ser chamado de Firebird. Mas esse era o nome de um soft-ware livre de base de dados, então o navegador acabou por ser chamado de Firefox.

O telemóvel mais vendido do mun-do é o Nokia 1100. Barato, simples e resis-tente, ficou conhecido, pois uma das suas versões tinha uma pequena lanterna na parte supe-riorA Microsoft ( junção de micro-computer com software) foi fun-dada em 1979, por Paul Allen e Bill Gates. Os dois pretendiam, primeiramente, desenvolver um sof-tware em linguagem BASIC para o Altair 8800 da IBM.

WIKIPÉDIA- o sufixo “wiki” vem de uma palavra havaiana “wiki-

wiki” que significa rápido/veloz, tendo sido por este motivo escol-hida para ser a raiz da enciclopédia livre mais procurada no mundo, quando adicionado o sufixo “pedia”, que significa “conhecimento”.

Segundo dados da Agência Es-pacial Europeia (ESA), cerca de 200 novos objetos, caracterizados como lixo espacial, são lançados na órbita da Terra todos os anos.O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a adotar o tel-efone, graças ao interesse demon-strado por D.Pedro II na invenção

de Graham Bell durante a Feira do Centenário na Filadélfia, Estados Unidos.

Aparelho de FAX - Muito comum desde a década de 70 até 90. Rep-resentou um passo aferente do telégrafo. Pouca gente sabe que foi inventado por um alemão, Rudolf Hell, na década de 20. Chegou a ser usado na 2ª Guerra Mundial.

Microondas – Inventado pela Raytheon no final da década de 40.

Fonte: http://www.curiosidades10.com

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PASSATEMPOSO Jornal Fiodeback deixa aqui alguns “jogos” conhecidos por todos nós, mas com ligeiras alterações. lançando assim um pequeno desafio a todos os seus leitores.

SOPA DE LETRASTenta localizar, na grelha, as palavras da lista, que estão escritas em todos os sentidos.

SUDOKUPreenche a grelha com números, sem que nenhum deles se repita em cada linha, coluna ou caixa.

Soluções

Sudoku 1 Sudoku 2

Sudoku1 Sudoku2

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A Gestão das Universidades na mão dos estudantes

Os consumidores são sempre, e em qualquer circunstância, os melhores avaliadores de um produto e, ao mes-mo tempo, os melhores críticos e im-pulsionadores de uma produção mais cuidada, com um produto final mais

adequado, espelhando as reais necessidades, através de um processo de desenvolvimento congregador das diferentes sensibilidades. No caso das Universidades, apesar de não ser apropriado falar em produto e consumidor final, a re-alidade é que os estudantes são uma parte fundamental que não pode ser esquecida por instrumentos legais que os rel-egam, face a uma existência anterior que vinha revelando os seus frutos, mas que, força da evolução, perdeu o seu es-paço. Evolução aqui deve encarar-se não apenas como uma melhoria, mas como um processo de adaptação, que nem sempre foi o mais adequado.

Hoje em dia, perto dos cinco anos da implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, a realidade é bem diferente daquela que se assistia à época. Apesar dos esforço das estruturas estudantis em assegurar que o papel dos estudantes na gestão das Universidades se iria manter, ou pelo menos aproximar, esse cenário acabou por se transfigurar. O exercício que hoje aqui é expresso é exatamente esse. A constatação de que o nosso processo evolutivo, enquanto seres humanos, é o resultado de uma tentativa-erro, que nos faz, continuamente, repensar as consequências dos nossos atos e decisões tomadas em determinada altura. Esta é, também, a capacidade de nos questionarmos e avaliarmos constantemente, que nos faz pensar no desenvolvimento não como um objetivo, mas an-tes como um percurso.

Os estudantes do Ensino Superior, seres em maturação, do-tados de uma criatividade sem limites, principais agentes do projeto educativo, e da missão de uma Universidade, são os sujeitos deste desenvolvimento. Não podem ser afasta-dos do processo de construção da Universidade, enquanto Instituição de Ensino Superior pluralista, democrática e valorizadora de toda a opinião que vise o desenvolvimento comum.

As estruturas estudantis no seio das Universidades, no caso de Aveiro, a sua Associação Académica, tem vindo a expressar esse sentimento. A participação dos estudantes é fundamental. É por eles que existe Universidade, será por eles que continuará a existir e serão, também eles, que con-tinuarão a fazer da Universidade cada vez melhor.

Contudo, se é elementar que esta participação seja fo-mentada e estimulada, realçando aqui o papel que as Uni-versidades devem ter em ouvir os representantes dos seus estudantes, também é importante que estes comecem a ol-har para as Instituições como “casas” do seu crescimento enquanto indivíduos, devendo-lhes, mais que tudo, o seu próprio envolvimento.

A Universidade de Aveiro em particular precisa, com toda a certeza, da nossa presença e acção. Cooperemos!

Tiago Alves - Presidente da Direção da AAUAv

No passado dia 30 de Maio, o responsável Financeiro do NEEET-AAUAv, Miguel Nóbrega, foi eleito Presidente da Mesa do Conselho de Núcleos da Associação Académica da Universidade de Aveiro. Segundo o mesmo “esta é prova que o nosso Núcleo é um Nú-cleo já visto por todos os outros como um Núcleo credível e com força na estrutura da AAUAv” acrescentado que “é muito bom ver e sentir que em tão pouco tempo já conseguimos ser eleitos para orgãos tão importantes como este”.

Miguel Nobrega, Responsável Financeiro do NEEET-AAUAv, eleito Presidente da Mesa do Conselho de Núcleos da AAUAv