2ª edição do jornal lider

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n ano I n Nº 2 Araguaína - Tocantins 1º a 30 de junho de 2015 Preço simbólico: R$ 1,00 Governo Marcelo Miranda chega ao sexto mês em passos lentos Em seu sexto mês de gestão, o governo peemedebista de Marcelo Miranda passa ao público a imagem de inércia e ineficiência. As principais ações realizadas até agora são as muitas nomeações em cargos de confiança e o engavetamento de concursos públicos. O procurador-geral do MPE - Ministério Público do Tocantins, Clenan Renaut de Melo Pereira divulgou uma moção de apoio ao promotor Alzemiro Wilson Peres Freitas por causa das declarações do prefeito Ronaldo Dimas (PR) de que o promotor estaria fugindo de suas funções. No texto o procurador garante que Alzemiro Freitas não irá se amedrontar e continuará fazendo seu trabalho com responsabilidade. Dimas questionou a atuação do promotor porque ele pediu para a justiça afasta o prefeito do cargo por três vezes. Com a aproximação do ano eleitoral, Dimas está buscando cuidar da imagem. n n n IMAGEM Enquanto as grandes obras ainda estão no papel as áreas de lazer já existentes em Araguaína, e que antes eram usadas pela comunidade estão abandonadas, entregues à ação do tempo. ESPORTE 10 AÇÃO PARLAMENTAR 5 Combater o tráfico de drogas não tem sido uma tarefa fácil. A cada dia está mais fácil o acesso a entorpecentes, principalmente o crack, que tem sido comercializado por dez reais a pedra com cinco gramas. Esse mal do século deixou de ser um problema de “indigentes” e está hoje, nas classes altas, fazendo com pessoas larguem uma vida com estabilidade para morar nas ruas. No Tocantins, o crack já chegou a pequenas cidades, como relata a pesquisa da CNM. Cresce o número de usuários de crack no Tocantins Divulgação CIDADES 3 CIDADES 9 INTERAGINDO 6 ESTADO 7 INTERAGINDO 6 Anuncie na Rede de informações de sua confiança REDE LIDER JORNAL LÍDER TV LÍDER Rua Nuvem Passageira, St Sonhos Dourados CEP: 77.818-846 . Araguaína-TO CONTATOS: (063) 3412 1666 (063) 9282 98 01 Sua POR DR. RADU SERBU Papo de POR SILENE BORGES Leila Mel/Ascom Fernando Almeida/Araguaína Notíciasw X Falta estrutura para lazer e esporte em Araguaína Jorge Frederico quer o fim das cobranças abusivas da Obebrecht Ambiental Dicom/AL

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Page 1: 2ª Edição do Jornal Lider

n ano I nNº 2

Araguaína - Tocantins

1º a 30 de junho de 2015

Preço simbólico: R$ 1,00

governo Marcelo Miranda chega ao sexto mês em passos lentosEm seu sexto mês de gestão, o governo peemedebista de Marcelo Miranda passa ao público a imagem de inércia e inefi ciência. As principais ações realizadas até agora são as muitas nomeações em cargos de confi ança e o engavetamento de concursos públicos.

O procurador-geral do MPE - Ministério Público do Tocantins, Clenan Renaut de Melo Pereira divulgou uma moção de apoio ao promotor Alzemiro Wilson Peres Freitas por causa das declarações do prefeito Ronaldo Dimas (PR) de que o promotor estaria fugindo de suas funções. No texto o procurador garante que Alzemiro Freitas não irá se amedrontar e continuará fazendo seu trabalho com responsabilidade. Dimas questionou a atuação do promotor porque ele pediu para a justiça afasta o prefeito do cargo por três vezes. Com a aproximação do ano eleitoral, Dimas está buscando cuidar da imagem.

n

n

n

IMAGEM

Enquanto as grandes obras ainda estão no papel as áreas de lazer já existentes em Araguaína, e que antes eram usadas pela comunidade estão abandonadas, entregues à ação do tempo.

ESPORTE 10

AÇÃO PARLAMENTAR 5

Combater o tráfi co de drogas não tem sido uma tarefa fácil. A cada dia está mais fácil o acesso a entorpecentes, principalmente o crack, que tem sido comercializado por dez reais a pedra com cinco gramas. Esse mal do século deixou de ser um problema de “indigentes” e está hoje, nas classes altas, fazendo com pessoas larguem uma vida com estabilidade para morar nas ruas. No Tocantins, o crack já chegou a pequenas cidades, como relata a pesquisa da CNM.

Cresce o número de usuários de crack no tocantinsDivulgação

CIDADES 3

CIDADES 9

INTERAGINDO 6

ESTADO 7INTERAGINDO 6

Anuncie na Rede de informações de sua confi ança

REDE LIDERJORNAL LÍDER

TV LÍDERRua Nuvem Passageira, St Sonhos Dourados

CEP: 77.818-846 . Araguaína-TOCONTATOS:

(063) 3412 1666 (063) 9282 98 01

Sua Por Dr. raDu serBu

Papo de Por silene BorGes

Leila Mel/Ascom Fernando Almeida/Araguaína Notíciasw

X

Falta estrutura para lazer e esporte em araguaína

Jorge Frederico quer o fi m das cobranças abusivas da obebrecht ambientalDicom/AL

Page 2: 2ª Edição do Jornal Lider

Araguaína-TO, 1º a 30 de junho2 oPiniÃo

editorial

Jornal Líder

Por Cristiano MachadoJornalista e diretor do site [email protected]

Shopping Vale do Boi: um sucesso

terceirização de serviços é inconstitucional?

O Shopping Vale do Boi (foto), que abriu as rodadas de ne-gócios da Expoara 2015 foi um sucesso. Dos 130 repro-

dutores e matrizes Nelore com ava-liação genética positiva, 70% foram vendidos com preços acima da média. O evento aconteceu no sábado, na Fazenda Vale do Boi, município de Carmolândia, Norte do Estado. De acordo com Ricardo de Andrade, bons negócios foram realizados. “Vendemos fêmeas por R$ 6,1 mil e machos por R$ 8,2 mil, acima da média, já que os reprodutores estão sendo comerciali-zados por R$ 7,9 mil”, explicou.

Expoara: ingressos à venda A venda de ingressos para a maior

Feira Agropecuária do Estado, Expoara 2015 já começou. Os ingressos estão disponíveis em três pontos de vendas, Pezinho & Cia, Lojas Rezende e Agro-minas. O Sindicato Rural de Araguaína (SRA) disponibiliza também o cartão passaporte, 1° lote R$ 180; 2º lote R$ 200 e 3º lote R$ 220, que dará direito a entrada nos shows e rodeio. Estão a venda na Agrominas, Lojas Rezende, Supermercados Baratão, Pezinho & Cia e Planet Bolsas.

Referência em qualidade genética O Tocantins foi sede no último

domingo de um leilão de gado que mantém o Estado como referência em qualidade genética. Foi o 3º Leilão Progênies IATF (Inseminação Artifi cial em Tempo Fixo), em Paraíso do Tocan-tins. O evento gerou R$ 12,6 milhões em vendas. Cerca de mil pessoas pres-tigiaram o leilão no Parque de Exposi-ções de Paraíso.

Matopiba: última fronteira agrícola Ainda repercute o lançamento do

Matopiba, última fronteira agrícola do país formada por partes do Mara-nhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O de-senvolvimento da região, oficializada por decreto pela presidente Dilma Rousseff, é a bandeira da ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Uma agência de desenvolvimento será criada para concentrar os recursos e as políticas públicas para o local. Kátia Abreu lançou o Matopiba no dia 13 de maio, em Palmas.

Tocantins tem 38% da área do Matopiba O Tocantins conta com 38% da área

de 73 milhões de hectares da região do Matopiba. É o maior em termo territorial. Dos 139 municípios tocan-tinenses, 132 possuem área de Cerrado e integram o Matopiba. Antigamente, só eram considerados 12 municípios. Juntos, os quatro estados somam um total de 337 cidades.

Produção de grãos A produção de grãos, na região, é a

mais marcante nos quatro estados, e deve crescer 4,37% na safra 2014/2015 no com-parativo com a safra 2013/2014, saltando de 7,322 milhões de hectares para 7,642 milhões de hectares, conforme as estima-tivas da Companhia Nacional do Abasteci-mento (Conab). Em termos de produção, o salto é de 18,107 milhões para 19,539 milhões de toneladas.

Área plantada A área plantada no Matopiba é de

7,6 milhões de hectares com potencial de produção de 19,5 milhões de tone-ladas de grãos. A produção de soja na região, por exemplo, saltou de 84 mil para 7,6 milhões de toneladas entre 1993 e 2014, de acordo com dados do Censo Agropecuário.

Abreu Júnior Ademir dos Anjos

Divulgação

Paulo Roberto da Silva Advogado e Professor Universitário

Deambula-se com que a recente discussão a respeito do PL 4330/04 e com a grande possibilidade de que ele seja realmente aprovado

pelo congresso nacional, começou-se a ouvir algumas vozes que pregam a sua inconstitu-cionalidade. Mas será que a lei que prevê a terceirização, em especial da atividade-fi m de uma empresa é, de fato, inconstitucional?

Para que se responda isso, ainda mais em um breve texto que tem a pretensão de ser lido, devem ser analisados apenas alguns parâmetros.

Nesse diapasão, não se pode negar e é corrente, que o valor médio salarial dos ter-ceirizados é inferior ao dos contratados de forma direta. A terceirização da atividade-fi m não garante o padrão salarial dos empregados contratados diretamente. Antes pelo contrá-rio, é fato a redução signifi cativa no ganho dos trabalhadores terceirizados em empresas de telecomunicações, por exemplo, que exercem trabalho ligado à atividade-fi m. O mesmo ocorre com as subcontratações havidas pelos bancos privados, que terceirizam parte de sua atividade-fi m, ao arrepio do artigo 17 da lei 4.595/65, às empresas de cobrança e de captação de clientes. Estes empregados são contratados por um salário, na média, inferior em 50% o salário dos empregados bancários, já bastante defasado.

Defl ui-se que terceirização da atividade-fi m cria, empregados de segunda categoria dentro da mesma empresa. Ora, se o obje-to a ser perseguido pelos trabalhadores é o mesmo, a inclusão interna e a sensação de

pertença devem ser as mesmas. Se o trabalho destina-se a garantir o acúmulo de dinheiro nas mãos do tomador dos serviços, como justifi co que dois trabalhadores que geram exatamente a mesma quantidade de riqueza, ou seja, que exerçam as mesmas atividades recebam salários diversos? Vale trazer a baila a Declaração da OIT sobre os Princípios de Di-reitos fundamentais, havida na 86ª Sessão da entidade em Genebra na Suíça, em seu item 2, letra “d”, repudia toda e qualquer forma de discriminação em matéria de emprego, o que, aliás, é o que faz a Constituição brasileira de 1988, em seu artigo 5º, cabeça, bem como a CLT em seu artigo 461.

De outro lado, não há, pela nossa legisla-ção, espaço para dupla exploração da “mais valia”. Isso quer dizer que como é inerente ao contrato de emprego a sujeição, a exploração econômica do empresário sobre o empregado, o limite para que isso ocorra deve levar em conta o que preceitua a Constituição Federal. E é nesta mesma constituição, em seu artigo 7º, cabeça, que consta os limites interpreta-tivos em matéria laboral. Se toda e qualquer alteração legislativa e, se serve para os legis-ladores, em razão da harmonia dos poderes, serve para os juristas, deve vir para a melhoria da condição social dos trabalhadores. É evi-dente que toda e qualquer interpretação deve ter por objetivo a melhoria da condição social do trabalhador. De que forma há melhoria na condição social (e não apenas econômica) do trabalhador quanto está ele sujeito à dupla exploração? Quando está ele exposto à dupla subordinação? Quanto ele se sujeita a dois se-

nhores? Esta dupla exploração, dupla subordi-nação e dupla sujeição aplica-se perfeitamen-te à terceirização, em razão de que, pelo que preceitua o artigo 6º caput, e parágrafo único, da CLT, a subordinação jurídica é estrutural e envolve não apenas ordens diretas mas ordens estruturais envolvendo não só a atividade-fi m, mas igualmente e pelos mesmos motivos, a atividade-meio da empresa tomadora.

Ainda, se é direito dos trabalhadores “rela-ção de emprego”, nos exatos termos do inciso I do artigo 7º da CF/88, e se os incisos sujei-tam-se ao “caput”, como justifi car que uma lei possa garantir tamanho retrocesso, em si-tuação onde haja dupla exploração da “mais valia”, dupla subordinação e dupla sujeição? Ou seja, como pode haver dois senhores, quando a regra, aquela prevista na época da aprovação da Constituição, era a contratação direta, sem intermediários, nos termos dos artigos 2º e 3º da CLT? A lei da terceirização altera, por via transversa, sem legitimação democrática, a Constituição. E o pior é que, para a doutrina de Bonavides, as normas de direitos sociais são, assim como as que preveem os direitos e deveres individuais e coletivos, cláusulas pétreas. Ora, uma lei que autoriza a subcontratação de trabalhadores, uma vez aprovada, “revogará” em parte o que preceitua o artigo 7º, I, primeira parte, da CF/88, e o fará por “quórum” simples, dando à CF/88 a hierarquia de lei ordinária, retiran-do seu caráter de fundamento de validade de todo o ordenamento jurídico nacional.

Alfi m não podemos perder de vista que a Constituição é fruto do processo de enten-

dimento comunicativo. Há uma presunção de que os deputados eleitos atuaram sem as sujeições aos poderes administrativos e outra causa são os debates da assembleia nacional constituinte que foram abertos a todos em igualdade de condições, com os mesmos es-paços para deliberações, reuniões e acessos. Este debate fruto do processo comunicativo de formação da constituição é que é a re-gra quanto à forma de se ler e interpretar a constituição. E mesmo nos casos em que a Constituição autoriza a ação estratégica/ins-trumental (meios/fi ns), a forma, nestes casos, de interpretação destas situações devem ter por conta o processo de formação da Consti-tuição, comunicativo. Se faz parte do processo comunicativo as ações de coordenação e de entendimento, ainda que se tenha uma situa-ção em que haja sujeição (como por exemplo a relação de emprego), a forma que se deve ler esta relação é com base no entendimento, inclusão do outro e democracia, comunicativa portanto. Isso, aliás, está escrito nos artigos 1º, III e IV, 3º, I, III e IV e 4º, II, sem falar do preâm-bulo, sem função vinculante conforme o STF, que assegura os direitos sociais, a igualdade a justiça como valores supremos.

Se a terceirização, no mundo fático, cria dois tipos de empregados dentro do mesmo campo de trabalho e se permite a dupla ex-ploração da “mais valia”, dupla subordinação e dupla sujeição, é ela, então inconstitucional.

Tirem suas conclusões!

Paulo roberto Da silVa

aDvoGaDo e ProFessor universitário

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Jornal Líder é uma produção daTeleama Teledifusão da Amazônia Ltda.

Sirlene BorgesDiretora Geral

CONTATOS:(063) 3412 1666

[email protected]

Rua Nuvem Passageira, St Sonhos DouradosCEP: 77.818-846 . Araguaína-TO

10.000 (dez mil)exemplares

Ana Maria NegreirosJornalista Responsável - DRT/TO - 117

Érika SandraDiagramação - [email protected]

ENDEREÇO TIRAGEM

rui Barbosa defi nia a imprensa como sendo “as vistas da nação”. informar o que está acontecendo na sociedade e de que maneira atitudes infl uenciam na sua rotina é dever dos veículos de comunicação. O JORNAL LÍDER nasceu com o intuito de levar assuntos de inte-resses públicos ao conheci-mento de todos, pautando-se pela ética e compromisso com a verdade.

Muitas vezes, acredita-se que o JORNALISMO tenha lados. Na verdade, o LADO de um bom jornal é o do povo, para que assim, a vida em comunidade possa ser mais segura, desenvolvida e com a garantia dos seus direitos.

Quando as ações, princi-palmente do poder público, interferem de maneira a ferir os direitos do cidadão, é ne-cessário que a imprensa de-nuncie. Aplaudir as boas ati-tudes também faz parte deste papel. Infelizmente, a cada dia, nota-se que notícias boas do poder público fi cam cada vez mais escassas. As grandes obras anunciadas levam anos e até mesmo décadas para se tornarem novidades. Hoje o anúncio de que uma obra será construída já não tem a credi-bilidade de antes e isso ocorre por inúmeras pedras funda-mentais que foram colocadas no ponta pé de uma grande ação que benefi ciaria toda a sociedade, a exemplo da cons-trução do Hospital Geral de Araguaína que já fez vários ani-versários e continua, parada.

A segunda UPA – Unida-de de Pronto Atendimento no Nova Araguaína é outro

exemplo. Ela chegou a ser construída, mas sua estrutu-ra está em processo de dete-rioração, afi nal faltam condi-ções fi nanceiras para o que o Município abra suas portas. Para funcionar precisa que Governo Federal e Estado ofereçam as condições.

As boas ações noticiadas, como nesta edição, surgem mesmo no seio da socieda-de local. O cuidado como ser humano que a missionária Carmem Bessa tem tido é algo que precisa tornar-se público. Um Centro de Reintegração Social está funcionando, e graças a cidadãos que acre-ditam na transformação que suas ações podem realizar.

Ações de transformação que podem tirar das ruas de Araguaína pessoas que estão morrendo graças ao mal do século: o crack , que tem to-mado as ruas dos 139 muni-cípios tocantinenses, arran-cando pessoas do seio de sua família, destruído vidas e au-mentando a violência.

Hoje, a sociedade é quem faz a diferença. E cabe ao jor-nalismo, demonstrar o quan-to esse povo tem voz e pro-move a vez!

Rui Barbosa

Page 3: 2ª Edição do Jornal Lider

Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 3

Crack , o mal do século

drogas ganham mais espaço no tocantins

Circulação cresce e falta políticas públicas para o combate

Veja São Paulo

os becos que antes solitários agora são ocupados pelos usuários. E pessoas de todas as idades e gênero entram nessa sem conseguir sair...

Jornal Líder SOCIEDADE

Funcionária pública federal. Profi ssional de carreira com a vida estável e tran-

quila, como conta a nossa personagem que prefere não ser identifi cada, e que cha-maremos de Maris. Sua vida mudou, hoje aos 35 anos e aparentando 50, vaga pela região de Araguaína conhe-cida como Feirinha. Ela per-deu tudo por conta do crack.

Assim como ela, Daiane Paula Silva tinha uma vida normal, com sua família no Pará. Há dez anos se viciou em crack e agora se prostitui na Feirinha para manter o vício. Sua fi lha, não sabe o que é ter um lar estruturado, com o companheirismo e a união de uma família.

Há seis anos Joelson Cha-ves Borges também deixou sua família no Maranhão e tornou-se um zumbi do crack na região da Feirinha, também conhecida como cracolândia. A história dele se confunde com a do jovem de 19 anos, Washington da Silva Leal, que aos 13 come-çou a usar maconha e agora, vive da prática de roubos e furtos para manter seu vício em crack.

São vários os casos de pessoas que perderam tudo, seu lar, o amor pró-prio, sua vida, para viverem da ilusão do prazer que o crack falsamente propicia. De acordo com uma pes-quisa da FIOCRUZ - Funda-ção Oswaldo Cruz publica-da em 2014, até aquele ano, havia no Brasil 370 mil usu-ários regulares dependen-tes do crack. No entanto, alguns estudiosos calculam que este número hoje seja até três vezes maior.

Morte anunciadaUm em cada três usuários

de crack morre nos primei-ros cinco anos de consumo da droga, segundo estudo da Unifesp. Veja as principais causas da morte.

CrackNo Tocantins, principal-

mente em Araguaína, a droga mais comercializada é o cra-ck. Ela vicia de forma rápida, em dois tragos, o usuário já sente o desejo e a angustia por consumir mais, uma vez que ele é inalado. Esse cresci-mento tem alarmado a socie-dade e aumentado os índices de atos de violência contra o patrimônio e a vida humana.

Surgido nos Estados Uni-dos, o crack é grosso modo a cocaína em pedra, para ser fu-mada em cachimbos ou latas. Ao ser tragada a droga atinge os pulmões e entra na cor-

rente sanguínea instantanea-mente, chegando ao cérebro em menos de dez segundos, ao contrário da cocaína em pó, que leva cerca de dez mi-nutos para fazer o trajeto. “Ao tragar, o barato é instantâneo. E, para piorar, curto”, conta o psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo, da clínica Vitó-ria, em Embu, a 30 quilôme-tros da capital. “Você sempre quer mais e mais”, confi rma Gabriel Mori, há pouco mais de três anos “limpo” — termo usado pelos viciados para de-fi nir os abstinentes. Morador do Butantã, Mori, 26 anos, em-presário, é o retrato da realida-de ainda pouco conhecida no universo do crack.

A história de Mori foi bem sucedida, diferente da jovem tocantinense, de família rica, que hoje tem 24 anos e se prostitui para consumir dro-gas. Aos 17 anos ela começou

a usar crack por infl uência de amigos e um ex-namorado.Aos 20 foi internada em uma clínica para tratamento. Fi-cou dois anos. Após isso vol-tou para sua família pensando estar curada, mas se reapro-ximou das antigas amizades e seu desejo pelo crack foi maior, a ponto de abandonar a família e morar na rua. En-gravidou, sua família tomou a criança e agora faz programas por 50 reais e até menos para manter o vício.

A jovem conta que usou a primeira vez para “fazer parte da turma, diversão”. Mas que começou a gastar o patrimônio da família. Seu maior sonho era largar as drogas, cuidar do fi lho e vol-tar para sua casa. “ A droga é mais forte do que eu. Não consigo me livrar e sei que meu futuro é a morte, mas preciso usar”, revela.

Seja por curiosidade para saber os efeitos, por infl uencia de colegas, ou simplesmen-te para fugir da realidade, em busca de um prazer momen-tâneo preenchendo um vazio, muitas pessoas buscam o cra-ck ou outras drogas. Um enga-no que destrói e leva na maio-ria dos casos a um caminho sem volta. Quem pensa que essa é uma realidade distante, que sequer poderá bater a sua porta, está enganado. De acor-do com um policial que estuda os craqueiros em Araguaína e que prefere não ser identifi ca-do, as drogas estão nos locais mais improváveis e de fácil acesso. “Uma festinha da tur-ma da escola, na faculdade, na saída da igreja, em um ponto de leitura, os distribuidores de drogas estão presentes e seu esquema de entrega por meio dos aviões difi culta o fl agrante a ser feito pela polícia”, expli-cou o profi ssional.

Ainda segundo este poli-cial, a grande preocupação da Polícia em Araguaína hoje é com o alto índice de homi-cídios resultantes da rivalida-

de por partes dos chefes do tráfi co de drogas em relação aos espaços e locais de ven-das de entorpecentes. “Infe-lizmente não temos o efeito e aparato necessário para combater o tráfi co e vemos a cada dia mais assassinatos em função da drogas”.

O policial explica ainda que no mundo das drogas há suas próprias regras, sendo uma delas, a do recebimento do pa-gamento pelo entorpecente fornecido. “O trafi cante tem certeza de que vai receber, porque se não houve o paga-mento, ele mata o usuário para que assim sirva de exemplo. E infelizmente em Araguaína há muitas mortes por conta disso”, comentou.

Na visão do policial, o po-der público precisa agir ur-gente no trabalho de recupe-ração desses usuários, uma vez que eles para compra-rem o crack são capazes de qualquer coisa como roubar, causar lesões corporais, até crimes contra a vida para ad-quirir recursos e meios para comprar e consumir.

A circulação da droga já avança pelo interior do Estado, atingindo assim até os menores municípios, que não contam com estru-tura adequada para com-bater os males provocados pelo entorpecente. A proli-feração da droga foi iden-tifi cada pelo Observatório do Crack e outras drogas, da CNM - Confederação Nacional de Municípios.

Divulgado no fi nal do ano passado, o resultado da pesquisa aponta que dos 139 municípios do Tocantins, 72 afi rmaram possuir a circula-ção de crack.

Destes, 26 gestores mu-nicipais falaram que o nível de consumo do crack é alto, 26 avaliaram como baixo, sendo que 44 classifi caram como médio e um não iden-tifi cou o nível de inserção.

Para a CNM, outro dado preocupante é a quantidade de cidades que não instala-ram os conselhos munici-pais antidrogas e os CAPS - Centros de Atenção Psicos-social para realizar o aten-dimento aos usuários. Em muitos municípios, como em Araguaína, segunda

maior cidade do Estado, os usuários tem atendimen-to precário, e pouquíssimos tem acesso.

Mais de 80% dos usu-ários perambulam pelas ruas e praças da cidade, mendigando trocados para adquirir a pedra. Pontos de venda não faltam na ci-dade, e ao contrário, estão espalhados pelos quatro cantos. A maior difi culda-de da polícia é identifi car quem é usuário e quem é trafi cante. Nas imediações da “feirinha” , nas proxi-midades da vila cearense e AraguaÍna Sul, são pontos mais críticos.

Araguaína, apesar da ca-pacidade econômica e den-sidade eleitoral, ainda não recebeu dos poderes consti-tuídos, uma casa de apoio e tratamento de drogas. No fi -nal deste mês a Prefeitura pu-blicou o edital para licitação da empresa que irá construir o centro de reabilitação.

A OMS – Organização Mundial de Saúde já reco-nheceu que o uso de drogas não é apenas crime, e sim uma doença, porque pro-voca dependência química.

42% foi o crescimento da procura de dependentes de crack pelo PROAD - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre 2005 e 2009

Números que assustamO governo federal promete investir 90 milhões de reais para dobrar de 2 500 para 5. 000 o número de leitos para dependentes químicos em hospitais do SUS.O preço médio de uma pedra pequena, de aproximadamente cinco gramas e sufi ciente para três tragadas é de 10 reais.

Efeitos no organismoBoca: Porta de entrada da droga sofre com queimaduras, infl amações na gengiva, cáries e perda de dentes.

Sistema digestivo: Como o organismo passa a trabalhar em função da droga, o dependente não tem vontade de comer e emagrece muito rápido. Por isso, fi ca desnutrido. Úlceras gástricas e diarreias também são frequentes.

Sistema reprodutor: Quem usa crack fi ca mais exposto a comportamentos sexuais de risco. Pesquisa da Unicamp com 252 usuários de cocaína e crack mostrou que 20% tinham o vírus HIV e 67% dos entrevistados nunca usaram preservativo nas relações sexuais. O dependente pode perder o interesse por sexo ou apresentar impotência.

Dedos: De tanto acender o cachimbo de crack, muitos queimam os dedos a ponto de deformá-los.

Cérebro: O uso crônico leva a danos cerebrais. A droga compromete a atenção, a fl uência verbal, a memória e as capacidades de aprendizagem, concentração e planejamento. Paranoias também são comuns. Se ouve um barulho, o dependente pode pensar tratar-se de um helicóptero que o está perseguindo, por exemplo. Surtos psicóticos, perda de valores éticos e agressividade são outros comportamentos observados.

Pulmões: São os primeiros órgãos expostos às substâncias do crack. Tosse por irritação dos brônquios e chiados no peito podem aparecer dentro de minutos ou após várias horas de uso. Há casos de edema pulmonar.

Sistema cardiovascular: São comuns sintomas de taquicardia, aumento da pressão arterial e até arritmias, especialmente quando a droga é combinada com álcool. Isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a um infarto agudo do miocárdio, mesmo em pessoas jovens.

Sintomas dos uso de crack

n Alteração na forma de falarn Euforian Olho avermelhadon Dedos queimadosn Perda de peson Agressividade

Saúde x Crime

Antes restrita a indigentes, o crack hoje é consumido por pessoas de todas as classes sociais

Page 4: 2ª Edição do Jornal Lider

Araguaína-TO, 1º a 30 de junho4

Projeto comunitário Centro de reintegração Sião reintegra dependentes químicos à sociedade

CUrtaS Jornal Líder

A coordenadora do projeto, missionária Carmen Lídia Bessa

beM assiM

Gente Que FaZ

Segurança

Grades

Decadência

Condições

Medicina

Repressão

Concurso

Imagem

Substituto

Patrimônio

VoosSalvador

Triângulo

Violência

Efetivo

Oportunidade

Elogio

Pulando fora

Ricos

Condenação

Aumento

A onda de violência em Araguaína tem chamado a atenção para discussão da segurança pública no município

Enquanto se espera por um super herói, sem efetivo e viaturas, é melhor que a sociedade se tranque em casa, de pre-ferência com grades, afi nal, pode ter que ligar no 190 mais de 15 vezes e não ser atendido, por falta de combustível para um dos três carros rodar.

A decadência da segurança pública não é um problema só da Polícia Militar em Araguaína. Mas sim, consequência de uma crise de Estado, no qual, não há verbas para investir, capacitar e ter a mão de obra necessária para o funcio-namento dos equipamentos públicos.

Mas será que ele seria o herói com apenas três viaturas para cobrir 14 municípios com população estimada em mais de 250 mil habitantes?

Araguaína terá o curso de Me-dicina público e gratuito. Serão 60 vagas disponibilizadas pela UFT – Universidade Federal do Tocantins anualmente. Por semestre, serão 30 vagas. A forma de ingresso levará em conta a nota obtida pelo can-didato no ENEM – Exame Na-cional do Ensino Médio e será ordenada por edital específi co a ser lançado pela faculdade. Com a nota deste ano o candi-dato poderá concorrer a uma das vagas.

Será que a repressão tão parabe-nizada é a melhor solução para os problemas da segurança pública, que vão desde o tráfi co, o desem-prego, educação precária , falta de cultura e lazer, falta de princípios e valores familiares e sociais. Hoje, a humanização é esquecida para que o consumismo seja exaltado.

Outra oportunidade é o concur-so do IFTO – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-logia do Tocantins. Estão sendo ofertadas 54 vagas para técnicos administrativos em educação. Sa-lários chegam a R$ 3.666.54. As inscrições podem ser feitas até 19 de junho. As provas acontecem em 02 de agosto. Saiba mais em www.ifto.edu.br.

A imagem do prefeito Ronaldo Dimas (PR) anda sendo motivo de preocupação para quem quer concorrer uma reeleição. A pré-campanha já chegou e a tentativa de aproximação popular acontece com a realização do programa Prefeitura nos Bairros. Várias outras ações, como o pro-grama de rádio Fala Prefeito estão sendo feitas. Mas pelo visto, ainda não vingou.

O presidente da Câmara de Aragua-ína, Marcus Marcelo (PR) já começa a ser trabalhado como um possível substituto para o nome de Dimas nas próximas eleições.

Segundo o levantamento Gaguim aparece no 11º lugar do ranking e declarou patrimônio total de R$ 10.346.563,22. Entre os bens declarados pelo peemedebista estão um apartamento em um apart-hotel, no valor de R$ 300 mil e uma casa de R$ 4 milhões. Irajá Abreu aparece em 22º lugar da lista e declarou possuir patri-mônio de R$ 5.750.552,90.

Exemplo disso é o helicóptero da Polícia, que está prestes a ganhar um bolo pela comemoração de um ano na manutenção, parado aguardando uma peça no valor de R$ 300 mil.

Alguns políticos e imprensa têm coloca-do o ex-comandante Major Silva Neto como o Salvador

O triângulo do crime representa muito bem o atual momento do Tocantins. Hoje, o ci-dadão (vítima) precisa tomar todo cuidado para que o infrator (bandido) não tenha a oportunidade de praticar o crime. Agora, o meio social (ambiente) deve ter a estrutura necessária para a segurança pública, como por exemplo, o policiamento ostensivo pre-ventivo, direito garantido na Constituição Federal, mas que se tornou utopia.

A necessidade de ter na sociedade consu-mista provoca o aumento de roubos, furtos, homicídios, crimes diversos contra a pes-soa e o patrimônio.

Será que apenas um comandante com um défi cit de 100 policiais apo-sentando em 2015 e nenhum novo profi ssional substituindo, conseguiria manter a ordem?

O curso de Medicina da UFT cria novas oportunidades de trabalho, uma vez que a instituição irá realizar concurso para técnico administrativo e professores. Além disso, o hospital universitário que é o HDT – Hospital de Doenças Tropicais também terá concurso, feito por sua nova admi-nistradora, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

O deputado estadual Jorge Frederico (SD) elogiou a sua colega de parlamen-to, deputada Valderez Castelo Branco (PP) dizendo que “em um ano foi me-lhor do que o Dimas em três”.

Tanto é que tem vereador pulando fora do bar-co de Dimas e com isso sua base na Câmara Municipal está sendo esvaziada. Será por que ações em véspera de ano eleitoral sempre são vistas como “eleitoreiras”?

Tem deputado federal tocantinense na lista dos 30 mais ricos da Câmara feita pelo portal Terra. São eles, o deputado federal e ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e o deputado Irajá Abreu (PSD), fi lho da ministra Kátia Abreu. As informações são do patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos pró-prios deputados nas eleições de 2014.

É mais fácil condenar uma comandante mulher, do que, avaliar a falência do Estado e das suas instituições que hoje não conseguem manter o mínimo necessário de efetivo e veículos nas ruas.

Enquanto isso, a Assembleia Legislativa ao invés de discutir o investimento do recurso público onde precisa, aumentou foi o salário de todos os deputados, servidores, e assim, cada um vive de acordo com seus interesses.

Mantido com amor e esforço por pessoas com sensibilidade, o proje-to comunitário Centro de Reintegração Sião atua em Araguaína com o intuito de acolher, tratar e reintegrar à sociedade, dependentes químicos que não possuem capital fi nanceiro, para pa-gar por tratamento em clí-nicas particulares.

O surgimento do cen-tro de reintegração veio da necessidade de atender o grande índice de pessoas com problemas com dro-gas e que não tinham onde receber esse tratamento no munícipio. As pessoas en-

volvidas no projeto acre-ditam que não basta com-bater a criminalidade que surge com as drogas, mas sim, tratar o vício como um problema social, e de saú-de. Infelizmente em Ara-guaína (e não só) existem muitas críticas aos viciados em drogas, e muitas co-branças, mas pouca ajuda.

Além de tratamento de saúde, os dependen-tes químicos precisam ser reintegrados à sociedade. Precisam de emprego, de acompanhamento, e de amor. E é isso que o Cen-tro de Reintegração Sião se propõe a oferecer

Localizado em uma chácara ampla, segundo Carmem Bessa “cedida pelo Dr. Armando da as-sociação do câncer” na rua Colmeia s/n, setor Bela Vis-ta, o projeto almeja abrigar 50 internos, que irão usu-fruir de uma estrutura que inclui o tratamento de saú-de, alimentação, palestras e estudos bíblicos. Conta com uma área de lazer com piscina e campo de futebol.

Apesar de estarem a fren-te o pastor Antônio Francis-co e a missionária Carmem Bessa, o projeto é laico, e aceita voluntários indepen-dente de sua religião.

O projeto não tem fi ns lucrativos e precisa de do-ações para ser mantido em funcionamento. Quem qui-

ser contribuir, pode con-tribuir seja com alimen-tos, móveis, produtos de higiene e limpeza, roupas,

dinheiro, seja com visitas, palestras de apoio, divulga-ção do projeto.

É bom lembrar que pro-jetos como esse são impor-tantes para a construção de uma sociedade melhor, uma cidade melhor e um mundo melhor. Contri-buindo para projetos como esse, você contribui para uma Araguaína mais justa e livre de drogas.

Os telefones para con-tato são (63) 9235-8205, ou (63) 9252-6966. Nesses tele-fones você falará com a mis-sionária Carmem Bessa, ou o pastor Antônio. O centro está aberto a visitação.

Márcio Vieira/SECOM

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 5

Jorge Frederico quer o fi m das cobranças abusivas da obebrecht ambientalDICOM/AL

Jornal Líder AÇÃO PARLAMENTAR

A conta de água tem sido uma dor de cabeça para muita gente. A Odebrecht

Ambiental, antiga Saneatins, tem cobrado abusivamente uma taxa de esgoto no valor de 80% da conta. O depu-tado Jorge Fredereico (SD) quer que essa cobrança che-gue ao fi m, para isso, está buscando os meios legais para reduzir esse valor.

Segundo Jorge Frederi-co é inadmissível que a po-

pulação de Araguaína seja penalizada desta forma. “Não podemos admitir que a população sofra com essa cobrança desleal”, afi rmou. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para suspender imediatamente esse abuso”, completou o parlamentar.

Hoje diversos bairros da cidade de Araguaína rece-bem o tratamento de esgo-to, serviço pelo qual o con-tribuinte é taxado em 80% do valor de sua conta de

água. Assim, quem conso-me R$100,00 de água em um mês, pagará R$ 180,00 de fa-tura para a empresa Odebre-cht Ambiental.

Outra medida tomada pelo Parlamentar para evitar que os consumidores tocan-tinenses sejam lesados pela empresa, foi a proposição de um Projeto de Lei que prevê a instalação de bloqueadores de ar nos hidrômetros, evi-tando assim que o ar entre na tubulação, sendo cobrado

como água. Vale ressaltar que a instalação dos bloqueado-res deverá, de acordo com a proposta ser feita pela con-cessionária, sem custos para o consumidor.

O deputado Jorge Frede-rico foi um dos parlamenta-res engajados na criação da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, na Assembleia Legislativa, que investiga a empresa Odebrecht Am-biental. A CPI está suspensa por uma liminar da justiça

Valderez Castelo Branco propõe audiência púbica para discutir a Cultura no to

Vereador Xeroso luta pelo retorno do crédito educativo

O Plenário das Comis-sões da Assembleia Legisla-tiva será em 06 de agosto o palco de uma audiência pú-blica para discussão da situ-ação da cultura do Estado. O requerimento que solicitou a realização do evento é de autoria da deputada do PP, Valderez Castelo Branco.

A intenção da deputada Valderez é que os deputados possam juntamente com a sociedade civil, unidades gestoras da cultura estadu-al, representantes da área de todos os 139 municípios possam juntos discutir a cultura do Estado. “Quere-mos que a população e o setor cultural tenham voz

nesta Casa. É uma audiên-cia para aquele que é can-tor, cantora, poeta, poetisa, dançarino. Também para os representantes da área dos 139 municípios e ainda para que todos aqueles que fazem parte da cultura de modo geral possam dar a sua contribuição para a va-lorização deste segmento no Estado”, disse Valderez.

De acordo com Valderez, o pedido se faz necessário tendo em vista a importân-cia desta área para a socie-dade tocantinense. “Pre-cisamos debater a gestão, a execução das atividades de conhecimento, resgate, proteção, preservação, re-

cuperação e divulgação do patrimônio cultural do Es-tado”, completou.

O secretário de Estado da Cultura, jornalista e pro-dutor cultural Melck Aqui-

no aprovou a iniciativa da deputada. Para ele, “a au-diência pública proposta pela deputada Valderez é de suma importância porque vai nos permitir apresentar aos parlamentares e à socie-dade em geral o estado de sucateamento que encon-tramos a área da cultura no Estado. E vamos poder ainda demonstrar o esforço do go-vernador Marcelo Miranda em honrar os compromissos assumidos, e o trabalho que vem realizando a Secult para estabelecer parcerias com o setor privado e o Ministério da Cultura para que possa-mos efetivamente construir os pilares de políticas públi-

cas consistentes para o setor cultural do Tocantins, expli-cou o secretário”, explicou.

AproximaçãoA deputada defendeu

que o debate na Assembleia de assuntos de interesse da sociedade aproximam o povo do parlamento. “É fundamental para a melho-ria de qualquer área, a dis-cussão e a participação pú-blica aqui na Assembleia. Esta audiência, por exem-plo, servirá para observar-mos o que precisa ser mo-difi cado, para inovar no que for possível e ainda para va-lorizar aquilo que tem que ser valorizado”, ressaltou.

Garantir que o acesso ao ensino superior seja fa-cilitado em Araguaína tem sido uma bandeira do vere-ador Edmones Matos (Xe-roso) na Câmara Munici-pal. Para isso, ele quer que a Prefeitura de Araguaína volte a oferecer o programa de crédito educação.

O vereador Xeroso ga-rante que “não vai mais permitir que os sonhos dos universitários de baixa ren-da sejam frustrados”. Para ele, a solução necessária é

o retorno do crédito edu-cativo, como alternativa de financiamento que permi-te aos jovens estudarem. “Muitos araguainenses não têm condições de custear os estudos e por isso es-tão fora das faculdades. É necessário que completem sua formação como inves-timento pessoal”, revelou preocupado o vereador.

Xeroso explicou ainda que apenas por meio da educação as portas são abertas no mercado de tra-

balho, e assim, o cidadão consegue ter maiores opor-tunidades. Conforme ele, o crédito educativo impulsa o acesso dos jovens ao en-sino superior.

Xeroso demonstrou sua tristeza pelo fim do crédi-to educativo, uma vez que por anos, ele contribuiu para a formação de profis-sionais que hoje possuem uma carreira de sucesso em Araguaína. O vereador lembrou que esteve fora da Câmara Municipal por

oito anos, período que o crédito foi suspenso. “In-felizmente estamos vendo centenas de alunos tran-carem suas matrículas no ensino superior por falta de condições financeiras para continuarem estudando. Meu retorno à Câmara me possibilita lutar para que o poder público contribua com o financiamento do ensino superior, e assim, todos possam ter a chance de mudarem sua história”, revelou o vereador.

Ulisses Holanda

ASCOM/CAMARA

A voz do povo, o programa que o cidadão faz a notícia

Jornalismo participativo e democrático

Horário: Ao vivo às 20h30. Reprise às 14 horas.Veiculação: Segunda a sábado

Apresentação: Silene Borges

Telefone: 63 34121266

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho6 interagindo Jornal Líder

Planejamento tributário: luxo ou necessidade? elisão ou evasão fiscal? o fim anunciado

Organize- Papo de

Sua

Por Gilson Freitas

Por silene BorGes

Por Dr. raDu serBu

Atualmente as micros e pequenas empresas geram uma importante fonte de renda e emprego para a economia do país. As informações contábeis confiáveis e a organização da empresa são aspectos fundamentais para manter qualquer empresa no mercado competitivo, bem como garantir sua continuidade nos negócios e no seu crescimento.

O planejamento tributá-rio tem por finalidade obter a maior economia fiscal possível reduzindo a carga tributária de forma lícita perante a le-gislação conforme direciona a Constituição Federal.

De acordo com Oliveira et al. (2004), Planejamento Tri-butário é uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exi-ge alta dose de conhecimen-to técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente cor-porativo. Já para o tributarista Latorraca (2000), costuma-se denominar de Planejamento Tributário a atividade empre-sarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente pre-ventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objeti-vo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais.

O Planejamento Tributá-rio é uma análise tributária, pode abranger as atividades de quaisquer empresas, desde uma padaria de pequeno porte até uma empresa de grande porte, do ponto de vista em-presarial, o planejamento tri-butário pode ser:

1- estratégico – quando im-plica na mudança de algumas características estratégicas da empresa, tais como: estrutura de capital, localização, tipos de empréstimos, contratação de mão de obra, etc e;

2- operacional – quan-do se referimos aos proce-dimentos formais escritos pelas normas, ou seja, na for-ma específica de contabilizar determinadas operações e transações, sem alterar suas características básicas.

Consideradas as complexi-dades e a importância de cada caso, fazemos a verificação da diferença entre a ELISÃO e EVASÃO FISCAL.

a eLiSÃo FiSCaL é um conjunto de sistemas legais, tendo como objetivo a redu-ção, postergação e até mesmo, a eliminação do recolhimento de tributos. A empresa contri-buinte tem por direito estru-turar seu negócio da melhor maneira possível, tentando reduzir os custos empresariais.

Para Fabretti (2003, p.133), “[...] a elisão fiscal é lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o orde-namento jurídico, adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas na lei.”

Por outro lado a EVASÃO FISCAL consiste na prática contraria a lei, geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária objetivando reduzir ou mesmo ocultar a carga tri-butária, ou seja, evasão fiscal está prevista na Lei dos Cri-mes Contra a Ordem Tributária Econômica e Contra Relação de Consumo (Lei 8.137/90), entre elas, podemos citar algu-mas práticas ilegais:

i - omitir informações ou prestar declaração falsa a Re-ceita federal;

ii - fraudar fiscalização tri-butária inserindo ou omitindo operações de natureza em livro ou documento exigido pela Lei fiscal; e

iii - falsificar ou alterar nota fiscal.

Apesar de todos os incen-tivos dados pelo Governo, como é o caso do Simples Nacional, essas empresas apresentam um alto grau de mortalidade nos primeiros anos de funcionamento.

Os benefícios do planeja-mento tributário nas micro e pequenas empresas demons-tra, ser uma ferramenta com-petitiva de grande importân-cia através da identificação

de práticas elisivas eficazes. Quando juntamente ao plane-jamento tributário realiza o le-vantamento dos custos de uma empresa, para contribuir para redução da carga tributária an-tes do fato gerador, permite a empresa uma contenção dos custos e conseqüentemente uma maior lucratividade frente ao seu concorrente.

É nesse momento que o planejamento tributário pode ser visto como uma ferra-menta indispensável à sobre-vivência das empresas.

Um planejamento bem elaborado e eficiente propor-cionará, as micro e pequenas empresas, todas às informa-ções necessárias para tomadas de decisões, além de contribuir para melhorar a utilização de suas disponibilidades e/ou re-cursos, bem como, ajustá-los às suas atividades prioritárias e redução da carga tributária.

Sem um bom planejamen-to tributário é difícil competir no mercado globalizado, as empresas têm que buscar re-duzir os custos mantendo sua permanência no mercado e garantindo um bom retorno para o capital investido.

Para tanto o contador tem que estar sempre atualizado na legislação fiscal para encon-trar soluções que possibilitem redução da carga tributária apoiada ao abrigo da elisão fis-cal, ficando fora da sonegação e fraude. Se a forma adotada é jurídica e lícita, cabe a Fazenda Pública respeitá-la.

Gilson César Freitas é contador, pós-graduado em Docência do Ensino Superior, mestrando em Educação do

Ensino Superior, MBA em Contabilidade Internacional,

Controladoriae Finanças, professor universitário,

consultor e empresário.

A febre reumática também chamada de reumatismo in-feccioso é uma doença infla-matória que se desenvolve após uma infecção anterior provocada pela bactéria do estreptococo. A febre reumáti-ca pode afetar as articulações, a pele e até mesmo órgãos vi-tais, como o coração e o cé-rebro.Principais causas:

As infecções causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes (ou estreptococo do grupo A), como a faringi-te estreptocócica e escarla-tina, são o ponto de partida para a febre reumática. Essa doença se manifesta como uma complicação de um pro-cesso inflamatório anterior. Mais especificamente, a fe-bre reumática é considerada uma doença autoimune, em que o sistema imunológico, por razões desconhecidas,

passa a identificar células e tecidos saudáveis do corpo como invasores, atacando-os e causando diversos proble-mas à saúde. As causas exatas da febre reumática ainda não foram totalmente esclarecidas cientificamente. Apesar dis-so, sabe-se que alguns fatores podem aumentar o risco de uma pessoa vir a desenvolver um quadro de febre reumáti-ca. Entre eles, está o histórico familiar. Ou seja: a causa para a febre reumática pode estar no sangue. Algumas pessoas podem carregar um ou mais genes que as tornam mais propensas a desenvolver a doença.Tipos de bactérias do estreptococo

Certos tipos de bactérias do estreptococo são mais propensos a levar à febre reu-mática, como as bactérias causadoras da escarlatina e

da faringite estreptocócica. A ocorrência de febre reumática está também associada a al-guns fatores exógenos, como superlotação, falta de sanea-mento básico e outras condi-ções que podem resultar na transmissão e contaminação pelas bactérias do estreptoco-co. A febre reumática costuma aparecer com mais frequência em crianças e adolescentes dos seis aos 15 anos de idade.

Os sintomas da febre reu-mática costumam variar. Al-gumas pessoas podem apre-sentar vários sinais da doença, enquanto que outras podem manifestar poucos sintomas. Eles também podem mudar conforme o curso da doença. A febre reumática geralmente aparece cerca de duas a qua-tro semanas após a infecção estreptocócica. Os principais sinais e sintomas da febre reu-mática podem incluir:

Febre reumática provoca doenças cardíacasn Febren Sensibilidade e dor nas articulações (na maioria das vezes nos tornozelos, joelhos, cotovelos e pulsos, e menos frequentemente nos ombros, quadris, mãos e pés)

n Inchaço, calor e vermelhidão nas articulações

n Surgimento de pequenos nódulos indolores sob a pele

n Dor no peito

n Sopro cardíacon Fadigan Artrite migratórian Prostração

n Inapetência

n Falta de ar

n Surgimento de manchas avermelhadas na pele (eritema marginado)

n Movimentos corporais incontroláveis - na maioria das vezes nas mãos, nos pés e no rosto

n Inflamação no músculo do coração (cardite)

n Sopro cardíaco, quando há comprometimento das válvulas do coração

n Coreia de Sydenham (instabilidade emocional, fraqueza muscular e movimentos rápidos, descoordenados e espasmódicos que afetam principalmente o rosto, os pés e as mãos)

Em caso de qualquer destes sintomas, procure um médico da sua confiança.

Dr. raDu serbu

é alemão com doutorado em cardiologia.

É sempre muito difícil colocar fim a uma rela-ção. Por isso, é simples entender porque adia-mos, mesmo percebendo que já não há mais cami-nhos a percorrer juntos.

Sempre faço questão de lembrar aos “rapazes”, que a mulher quando ama, investe tudo na re-lação, no bem-estar do homem amado, e tem uma capacidade incrível de perdoar. Para as mu-lheres, a maioria delas pensa assim, as relações de amor são sagradas, remetem à família. Mas, lembro também, que o mesmo sentimento in-tenso de amor que faz com que a mulher supere tantos obstáculos, se tor-na frágil diante de algu-mas situações. E então, o amor morre tão rápido e definitivamente, como uma roseira de estufa ex-posta ao sol.

Difícil para uma mu-lher ser traída, ver a trai-ção com seus próprios olhos, ou mesmo através de textos e vídeos. Não é “imperdoável apenas “ pelo aspecto físico. É que quando o homem faz isto, a mulher entende que ele traiu todos os sonhos e planos; que não deu va-lor aos cuidados dela, ao amor que ela lhe dedicou dia após dia, nos momen-tos mais difíceis. Admitir

seus erros, perceber seus pontos falhos, poderá fazer com que este de-samor, esta desatenção, percam o controle que têm sobre você. Todos co-metem erros. Na verdade, você pode estar mais er-rado do que certo. Mas a chave para o homem é reconhecer os erros e retomar o rumo. Mesmo que para esta relação não haja mais caminhos, vi-rão outras, para ambos.

Se você tomou uma di-reção errada, não precisa continuar seguindo esse caminho. Dê a volta e re-torne à estrada. Quanto mais cedo você estiver no seu rumo original, mais cedo chegará ao seu des-tino. E só assim poderá ser feliz com alguém. É preci-so ser verdadeiro, dialogar.

E você mulher, não tema o fim de um relacionamen-to. Muitas vezes esse mo-mento doloroso poderá ser o ponto de partida para que encontre pela vida afora, um companheiro melhor: mais sincero, mais verda-deiro, mais honesto com você e com ele mesmo. E que verdadeiramente te ame. Talvez você tenha tido um dia ruim hoje. Mas não adie suas decisões. Se per-mita ser feliz. Não desper-dice o tempo debatendo-se no mesmo ponto. Continue sua jornada. Continue do ponto onde parou e deixe

os obstáculos para trás. Siga em frente. É você quem de-termina a direção da sua vida. Não importa onde você esteja sempre poderá mover-se na direção dos seus objetivos e dos seus sonhos. E quer saber mais? Tudo um dia chega ao fim. Então, precisamos saber o momento certo para o ponto final. Para antecipar o que você chama de “não aguento mais”.

Aos rapazes, repito: sin-ceridade, lealdade e diálogo. Uma relação não pode ter apenas uma parte que puxa a corda, que se dedica, que dá carinho, que sente tesão. Mulher é bicho esquisito como já anunciou Rita Lee – mas quando “presta”, é o ser mais dedicado e apai-xonante que pode haver. Se transforma em muitas, se desdobra entre trabalho, casa, filhos, marido –ou namorado- e faz tudo sem reclamar. Mas para isto, ela precisa não apenas ser ama-da e respeitada. Ela preci-sa ter certeza disto. Precisa ouvir que é amada, e mais que isto: ter certeza disto. Do contrário, prepare - se, porque você já perdeu esta mulher, e ainda não perce-beu isto. Acorde.

silene borGes é pedagoga por formação,

jornalista, apresentadora e empresária

de comunicação.

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 7

resultado da Sindicância do igePPreV foi entregue ao MPe para providências legais

governo Marcelo Miranda chega ao sexto mês em passos lentos

Sindicatos pressionam por benefícios mas governo está acima do limite da lei para gastos com pessoal

Jornal Líder eStado

Já está nas mãos do procura-dor-geral de Justiça do Tocantins. Clenan Renault de Melo Perei-ra, uma cópia dos 13 volumes de documentos que integram a sindicância realizada entre os meses de janeiro e maio deste ano no IGEPREV - Instituto de Gestão Previdenciária . Agora, caberá ao MPE buscar as provi-dências legais relacionadas as aplicações e irregulares de recur-sos do Fundo Previdenciário en-tre 2011 e 2014. Os documentos foram entregues pelo presidente do instituto, Jacques Silva. Foram constatados investimentos em fundos sem liquidez que podem gerar um prejuízo na ordem de R$ 1,76 bilhão.

Os 13 volumes que integram o relatório também foram en-caminhados às autoridades que comandam a operação Lava Jato. Segundo Jacques Silva, cinco fundos que receberam investi-mentos do IGEPREV têm ligação com os envolvidos na operação. Um deles, o “Viaja Brasil”, era controlado pelo doleiro Alberto Youssef, personagem de desta-que nas investigações sobre cor-rupção que ganharam repercus-são nacional.

Jacques Silva ainda citou que foram realizados investimen-tos em produtos como quartos de hotel, no valor de R$ 600 mil cada, fl orestas de eucalipto, pré-dios antigos, resorts, terrenos em outros estados, entre outros. “Por lei, só podemos investir até 25% do patrimônio do fundo, porém, temos casos de até 100%. So-mente na rede de churrascarias Porcão foram investidos 40%, num total de R$ 400 mil”.

Jacques Silva demonstrou preocupação com a situação. “Nunca vi algo semelhante ao que ocorreu no Igeprev nos 30 anos em que fui auditor do Tribu-nal de Contas da União. Já temos um prejuízo irrecuperável de R$ 263 milhões. Estamos estudan-do o que fazer para reaver o que pode ser recuperado”, comentou o presidente do instituto.

Clenan Renaut disse que o Ministério Público Estadual já possui dados e ações prontas so-bre os investimentos da institui-ção previdenciária. “Vamos ana-lisar com cuidado este relatório ofi cial, fornecido pelo Igeprev”.

O procurador-geral do Es-tado, Sérgio do Vale, disse que também vai buscar a justiça para recuperar o prejuízo e punir os responsáveis por aqueles atos. São citados no relatório o fundo Porcão, Leme Brasprev, Golden, Vitória Regia, Patriarca e mais 15 fundos de investimentos

ÓrgãosReceberam o resultado da

sindicância o governador Marce-lo Miranda, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a Controladoria Geral do Estado (CGE), Tribunal de Contas do Tocantins (TCE), Ministério Público Federal do Tocantins, Ministério Público Federal do Paraná (Operação Lava-jato), a Superintendência da Polícia Federal no Tocantins e ainda os delegados que presi-dem os inquéritos das Opera-ções Miquéias e Lava-jato .

A expectativa agora é que o maior rombo já feito aos cofres públicos do Tocantins seja re-almente punido. Para isso cada autoridade comunicada deve tomar providências no sentido de aprofundar as investigações e de buscar a punição aos res-ponsáveis pelos danos ao patri-mônio fi nanceiro do instituto. “A sindicância foi apenas o início de investigações que precisam ser levadas adiante. Nós reali-zamos a análise de documentos que comprovam irregularidades, mas há detalhes que somente uma investigação policial pode mostrar, por exemplo, quem seriam os mandantes dos que atuavam dentro do IGEPREV”, ressaltou Jacques Silva.

ProvidênciasJacques Silva deixou claro

que a atual gestão do IGEPRE-VE está empreendendo esforços para não deixar que se percam mais recursos. Para isso, estão sendo identifi cados gestores e administradores dos fundos onde está aplicado o dinheiro do instituto. Além disso, também há providências no sentido de acompanhar a movimentação dos recursos destes fundos, bem como fazer o enquadramento das aplicações do órgão para atender ao que estabelece a le-gislação. “Através de atuações em várias frentes, nós estamos buscando melhorar a segurança das nossas aplicações para que nossos segurados possam ter a tranquilidade de receber suas aposentadorias no futuro”, fi na-lizou Jacques Silva.

AplicaçõesDe 2011 a 2014, conforme

apurou a sindicância, aplicações mais seguras em bancos como Banco do Brasil, Caixa Econômi-ca Federal, Bradesco e Itaú, den-tre outros, foram substituídos por fundos de liquidez duvidosa e que tinha grandes prazos de carências (alguns com mais de 30 anos) e taxas de saída muito altas, chegando a 35%.

Do patrimônio atualmen-te avaliado em cerca de R$ 3,35 bilhões do Igeprev-TO, cerca de R$ 2 bilhões estão em aplicações consideradas temerárias.

Em seu sexto mês de gestão, o governo pee-medebista de Marcelo Miranda passa ao pú-

blico a imagem de inércia e ine-fi ciência. As principais ações realizadas até agora são as mui-tas nomeações em cargos de confi ança e o engavetamento de concursos públicos. A ex-plicação para todos os proble-mas é sempre de que a gestão anterior deixou o Estado em falência. Mas será que organi-zar a casa demorará todo um mandato ou o governo con-seguirá encontrar equilíbrio antes disso?

Hoje, nota-se um caos na saúde, segurança pública, edu-cação, na administração como um todo. A fé do tocantinense na esfera pública está fi cando cada vez menor e as críticas nas redes sociais, comprovam isso.

No blog do jornalista pal-mense Luiz Armando, há uma análise na qual é dito que o “...setores produtivos da socie-dade e parte da população já fazem amplifi car a sensação de inércia administrativa não de um desgoverno, mas de não governo, o que é pior. No pri-meiro, pode-se corrigir rumos, no outro, a tarefa é maior: não há o que corrigir posto obvia-mente não existente. Necessita ser implantado. Isto, seis meses após a posse de fato e de direito da autoridade política constitu-ída”, declara o jornalista no ar-tigo publicado em 30 de maio.

O jornalista Luiz Armando lembra ainda que “...há, evi-dentemente, elementos positi-vos no projeto em curso. A du-biedade explícita na condução dessa nova ordem político-ad-ministrativa é que termina por alimentar a rejeição tão preco-ce ao Palácio Araguaia, fazen-do supor um governo em fi nal de mandato, quando cumpriu meros 10% do prazo concedi-do pelas urnas”.

Em Palmas, nos bastido-res políticos, e até mesmo membros do governo Marcelo

Miranda falam que decisões estariam sendo tomadas por pessoas que não pertencem à administração pública. Com defi nições fora do Tocantins, em escritórios particulares.

ServidoresMarcelo Miranda era con-

siderado até assumir a atual gestão como o governador do funcionalismo público. Hoje, o gestor que criou planos de cargos e carreiras, garantiu direitos e implantou o PLAN-SAÚDE (que está em desuso, por que falta de médicos, hos-pitais, clínicas e laboratórios que o aceitem), já teve sua atual administração taxada em notas públicas publicadas pelos sindicatos que repre-sentam as diversas categorias dos servidores, como sendo “incompetente”.

Conhecido por sua com-petência em análises políticas, o jornalista Luiz Armando já levou a público a refl exão so-bre o que iria acontecer, caso os 40 mil servidores que são representados pelas entidades, começarem a utilizar o discur-so de que o governo Marce-lo Miranda é “incompetente”. Certamente, haveria mais difi -culdades pela frente.

AraguaínaEm Araguaína, a sensação

é de que o governador estaria em um processo de esqueci-mento da cidade, talvez pela baixa votação recebida. Apesar de ser seu berço político, ci-dadã da qual Marcelo Miran-da é eleitor, ele saiu derrotado nas urnas para seu adversário, Sandoval Cardoso. Agora, os araguainenses sofrem com o sucateamento das instituições públicas, como a Polícia Mili-tar que está apenas com três viaturas funcionando e falta de efetivo. Outro exemplo é o Hospital Regional de Aragua-ína, que tem tido falta de soro e até mesmo de maca. Além disso, com o corte dos plantões extras, no mês de maio, houve escala para cirurgiões vascula-res só até o dia 18. A partir do dia 19 não havia escalas para estes profi ssionais, e havia uma luta para convencer os médicos a irem atender.

Há informações de que o Hospital Regional de Aragua-ína estaria recusando pacien-tes que entraram no Sistema Único de Saúde pela UPA24h do Araguaína Sul por falta de condições para atender. Pro-blema este também vivido pelo HDT - Hospital de Doen-

ças Tropicais, que neste caso, vive uma crise pior, porque ele é o único a ter determina-das medicações como para casos de tétano. Já aconteceu, na atual gestão, de familiares terem que recorrer ao Minis-tério Público para que o HDT recebesse um paciente com tétano. Apesar disso foi nega-do e só com a intervenção do promotor, conseguiram. Mas faltava o remédio para tétano.

O prefeito Ronaldo Dimas também já reclamou publica-mente do débito que o Estado tem para com a Prefi etura, o que vem invializando as ações na área de saúde. Agora, é es-perar que completados seis meses, o Governo do Tocan-tins comece a responder ao apelo popular, e efetive mu-danças no cenário atual.

Os passos do governo estão sendo lentos, menos quando o assunto é Medida Provisória para reorganização da admi-nistração direta e indireta do poder executivo, bem como, greves e paralisações. Nestes quesitos, essa gestão já entrou para a história, pela rapidez com que os problemas explodi-ram, bem como, por em apenas cinco vezes ocorrerem quatro reformas administrativas.

Marcado pelo históri-co hábito de ser cabide de empregos, o Governo do To-cantins se vê hoje em uma situação delicada. Afi rma não ter condições para arcar com direitos trabalhistas dos servidores públicos efetivos como o reajuste da data base na folha de maio, de 8.307% regido pelo INPC - Índice Nacional do Preço ao Con-sumidor. A proposta do go-verno é de pagamento em três vezes, que não foi aceita. Agora, fala-se em uma ou duas parcelas.

De acordo com o Go-verno do Tocantins caso o pagamento fosse feito das progressões e a data base dos servidores pú-blicos o impacto gerado seria de R$ 17 milhões. Com isso, a progressões

devem ficar para 2016.Já os servidores da Assem-

bleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público do Estado já foram benefi ciados com a sanção da data base tendo seus sa-lários corrigidos. Os profi s-sionais da Educação também tiveram concedidas as suas progressões. No caso, o trata-mento do funcionalismo pú-blico tem tido duas medidas. Para alguns, reajustes, para outros, esperar.

LRFToda essa discussão

trouxe novamente a público um problema legal, que o Governo do Tocantins tem enfrentado: a sua relação com a LRF - Lei de Respon-sabilidade Fiscal. Hoje, o gasto com folha tem sido

anunciado pelos porta vo-zes do governo com índi-ces diferentes. Ao Jornal do Tocantins o secretário da Fazenda, Paulo Afonso Tei-xeira falou em 49,96% de re-ceitas correntes líquidas. O líder do Governo na Assem-bleia Legislativa, deputado estadual Paulo Mourão tem dado declarações à impren-sa falando em 49,2%. Os nú-meros assustam na voz do secretário de Planejamento, Davi Torres que fala que o percentual é de 63%. O li-mite permitido pela LRF é de apenas de 49%. Em de-zembro do ano passado esse gastou chegou a 50.93%.

ComissionadosDesde que assumiu, o

governador Marcelo Mi-randa fala nas dificuldades

financeiras do Estado, mas o Diário Oficial tem sido re-cheado de nomeações. Ele anulou o ato que garantia o quadro reserva do concur-so público do Quadro Ge-ral feito pelo governo an-terior, e assim, não ter que ser obrigado pela justiça a nomear os comissionados, já que há tanta necessidade de contratações para que a máquina pública funcione.

Para validar as nomea-ções o governador mudou nomes dos cargos, crian-do várias assessorias es-peciais, para que não se enquadrassem a funções técnicas que exigissem servidores concursados, e assim, ele poder orga-nizar os empregos para quem esteve ao seu lado em campanha.

Governador Marcelo Miranda

Jacques Silva entrega ao procurador-geral de Justiça, Clenan Renault

Divulgacao/Secom

Elizeu Oliveira/SECOM

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho8 geraL Jornal Líder

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Benedito Boa Sorte é o nome escolhido para o Parque Cimba

MPe denuncia assassino de taxista araguainense

O pontapé inicial para as oberas de cons-trução do Parque Cimba já aconte-

ceram. O local será chamado de Parque Ecológico Benedi-to Vicente Ferreira, o senador Benedito Boa Sorte (in me-moriam), conhecido pelo pio-neirismo na comunicação no norte goiano. A obra será um espaço para o desenvolvido da cultura, esporte e lazer.

Na primeira etapa da cons-trução será feita a limpeza do terreno, a conformação da área e a instalação da rede de drenagem. “Em seguida será feita a instalação dos equipa-mentos, a pista de caminhada, a ciclovia, o gramado, as árvo-res serão todas praticamente preservadas”, informou o pre-feito Ronaldo Dimas.

Ainda segundo o prefeito, também será feito todo um le-vantamento da base da indús-tria que ficava no local, além das ruínas que estão no terre-no. “Vamos resgatar tudo para que possamos preservar essa memória”, completou.

De acordo com Dimas, o parque está no coração da ci-dade, que vai beneficiar a re-gião do entorno. “Vai ser um espaço de lazer, muito impor-tante para toda essa comunida-de, para toda essa região e para toda a cidade”, disse.

O prefeito explicou que para iniciarem as obras agora, teve

que passar por várias etapas, sendo que a mais demorada foi a de negociação com os pro-prietários do terreno, a família do senador Benedito Vicente Ferreira. “Já foi feita a aprovação de permuta da área na Câmara. A família foi compreensiva. É um resgate à história, um resga-te à memória do saudoso sena-dor Benedito Vicente Ferreira”, destacou Dimas.

Homenagem

O neto do senador Bene-dito Vicente Ferreira, Paulo Vicente Ferreira, representou a família e comentou sobre a homenagem de colocar o nome do seu avô no parque. No local, onde será construí-do o parque, estava localizada a indústria da sua família.

“Foi a primeira indústria da-qui de Araguaína, uma das pri-meiras do Norte do Brasil. Trou-xe muito emprego para a região. Meu avô foi um empresário de sucesso em Goiânia e resolver ser pioneiro em uma cidade que tinha só 1.300 habitantes, foi um ato de coragem da parte dele. E essa homenagem veio reconhecer o ato de bravura que ele teve, pois ajudou o de-senvolvimento de Araguaína e região”, declarou Paulo.

Parque

O contrato com a MVL Construções Ltda tem vigência de 12 meses, contados a partir da data de início da obra. O valor total estimado da obra para essa primeira etapa é de R$ 2.120.988,56.

O Parque Cimba conta com uma área de cerca de 200 mil metros quadrados, onde passa o Córrego Canindé. Essa pri-meira etapa licitada terá es-tacionamento, calçada, pista de 1,3 km para caminhada, ciclovia, toten de acesso, aca-demia ao ar livre, pontos para descanso, praça para esportes radicais, playground para as crianças, bicicletário e área de piquenique. O projeto dessa etapa está aprovado pelo Mi-nistério do Turismo e pela Cai-xa Econômica Federal.

Posteriormente, serão construídos também mirante, ponte, anfiteatro, lanchone-te, revitalização das ruínas de uma fábrica para recuperação da memória do município, es-paço de convívio.

Por Flávio Herculano

O Ministério Público Es-tadual (MPE) denunciou no último dia 31, Evandro Silva Araújo, de 22 anos, pelo assas-sinato do taxista araguainense Elesbão Alves da Silva, caso que teve grande repercussão junto à comunidade. O crime ocorreu em 19 de maio deste ano, após Evandro Silva con-tratar o serviço da vítima para uma viagem de táxi entre Ara-guaína e Santa Fé do Tocan-tins, premeditando anunciar um assalto durante o trajeto. Diante da recusa de Elesbão em entregar o veículo, objeto do assalto, foram desferidos os tiros que levaram à sua morte.

Evandro Silva Araújo, que informou ter a profissão de vaqueiro, foi denunciado pelos crimes de latrocínio consumado, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e por corrupção de menores, já que um primo adolescente o acompanhou durante todo o ocorrido. O Promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Si-queira, que assina a denún-cia, solicitou que seja man-tida a prisão preventiva de Evandro. Ele se encontra de-tido na Casa de Prisão Provi-sória de Araguaína.

O assassinatoSegundo a denúncia apre-

sentada pelo MPE, baseada no inquérito policial, Evan-dro Silva Araújo iniciou a corrida no táxi de Elesbão

na Praça das Nações, em Araguaína. Quando estavam num trecho da rodovia TO-222, próximo à cidade de Santa Fé do Tocantins, anun-ciou o assalto, efetuando três disparos contra a cabeça da vítima após o taxista se negar a entregar seu veículo.

Um outro disparo foi re-alizado na região abdominal da vítima, antes de seu corpo ser colocado no porta-malas do carro. Depois disso, o acu-sado dirigiu o veículo até as proximidades de um córre-go, onde o corpo de Elesbão Alves foi abandonado. Evan-dro Silva, acompanhado do adolescente, usou o táxi para fugir em direção ao Estado do Pará, mas o carro tombou nas proximidades da cida-de de Xinguara, onde ambos foram detidos por policiais militares.

Tanto Evandro Silva quan-to o adolescente confessa-ram a prática do crime.

Leila Mel/Ascom

Fernando Almeida/Araguaína Notícias

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 9

reconhecimento

ronaldo dimas luta para reconquistar o apoio popular

Prefeito acredita que promotor extrapola suas funções

Procurador-geral do MPe declara apoio e diz que atitudes do executivo não irão amedrontar

Promotor diz que cumpre seu papel

Leila Mel/Ascom

Jornal Líder CidadeS

Aclamado pela po-pulação como a esperança para uma cidade muito

melhor, o prefeito Ronaldo Dimas (PR) vive hoje mo-mentos difíceis, nos quais, está cada vez mais distante da população. Por isso, há uma luta para reconquistar o apoio popular e assim, po-der disputar a reeleição no próximo ano.

É impossível não se lem-brar do slogan “Araguaína tem jeito” utilizado por pre-feito Ronaldo Dimas(PR) na campanha eleitoral no ano de 2012. Da mesma forma, nin-guém esquece uma das frases preferidas do candidato: “ di-nheiro tem, falta gestão”.

Na época Ronaldo se apresentou como a solução para os problemas enfrenta-dos pela segunda maior ci-dade do Estado. Os eleitores apostaram que o então can-didato seria o novo herói dos araguainenses. Uma espécie de “Chapolin Colorado”. Nas urnas, Dimas saiu vencedor. Sua disputa pela vaga foi com a ex-prefeita Valderez Caste-lo Branco, sendo eleito com mais de 50 mil votos.

PatrimônioNo período em que regis-

trou a candidatura, Dimas apresentou à Justiça Eleitoral um patrimônio estimado em R$ 927.206.68, sendo uma casa no valor de pouco mais de 22 mil reais. Passou a ideia de um homem “remediado”, de poucos bens e pequena fortuna. O povo estava con-

tente com o candidato, que optou por uma campanha pesada na televisão, apresen-tando projetos magníficos, grandiosos e com maquetes lindíssimas. Ele prometeu ainda educação de qualidade e saúde via 0800.

SonhoA população voltou a sor-

rir e saiu em festa pelas ruas de Araguaína em carreata co-memorando a vitória junto com o candidato eleito. Mas, o que era sonho aos poucos foi se transformando em pe-sadelo para a população.

O prefeito Ronaldo, na opinião de uma maioria em formação, em nada parecia o Dimas candidato. Medi-das tomadas então pelo atual gestor começaram a desagra-dar aqueles que acreditaram que o atual prefeito seria a mudança necessária. Vieram as medidas assustadoras, como o caso do IPTU “abusi-vo”, no qual a Justiça precisou intervir. A educação seguiu problemática, faltando pro-fessores e merenda escolar na rede municipal de ensi-no. Na saúde, a piora chegou com o fechamento de pos-tinhos; fazendo com que a população inteira corra para a Unidade de Pronto Aten-dimento, a única em funcio-namento no Araguaína Sul. A UPA do Nova Araguaína segue fechada até hoje, aban-donada, cujo prédio apodre-ce um pouco mais a cada dia. Os grandes projetos anun-ciados jamais sairão nesta gestão, por questão de falta

de planejamento e tempo.O prédio da Prefeitura, que

atendeu todos os prefeitos eleitos, não foi suficiente para que Dimas ali se instalasse, optando por alugar um prédio em um dos pontos mais no-bres da cidade, a avenida José de Brito. Outros tantos prédios particulares seguem alugados pelo Município.

Transporte públicoO último drama vivencia-

do foi em relação ao trans-porte público urbano. Após uma licitação especifica para cooperativas, a empresa que venceu a licitação não conse-guiu colocar os ônibus anun-ciados nas ruas, em tempo hábil, previsto na licitação. Quando não havia mais o que fazer, e com a viação lontra fora da prestação de serviços, os ônibus da COOPERLOTA começaram a circular irregu-larmente, com linhas indefi-

nidas e sem emplacamento e licenciamento. Após denún-cias da imprensa e outras, os ônibus foram retirados de circulação, e outros veí-culos, com mais de 20 anos de uso, começaram a trans-portar passageiros. Segundo a própria AMTT - Agência Municipal de Transportes e Trânsito, “os ônibus foram locados pela COOPERLOTA”. Mas se a cooperativa vence-dora da licitação não con-

seguiu cumprir com prazo e objetivos, que poder ela tem para “sublocar”?

A AMTT informou ainda que a Prefeitura paga 180 mil reais por mês a esta nova em-presa “provisória”. Não seria obrigação da COOPERLOTA? Por outro lado, muita gente se animou com o valor de 1 real cobrado pela passagem. Mas se a Prefeitura já paga 180 mil, o povo não estaria pagando duas vezes?

Por três vezes o MPE – Ministério Público Estadual já pediu o afastamento do prefeito Ronaldo Dimas (PR) do cargo. Nesses casos, a justiça já negou duas e ainda falta o julgamento de uma. Para o prefeito, o promo-tor Alzemiro Peres Freitas estaria extrapolando suas atribuições e se utilizando do cargo de forma política para prejudicar a gestão e a imagem da cidade.

A quebra de braço entre a gestão Dimas e o MPE estão virando rotina. E na maioria das veze, o prefeito foi derru-bado. Ele tentou implantar uma nova planta de valores para a cobrança do IPTU. O MPE conseguiu que a Justiça derrubasse essa cobrança, que foi considerada abusiva. Depois, o então secretário de Saúde de Araguaína, Ge-nésio Pessoa Albuquerque Júnior deixou o cargo em virtude de uma Ação Civil Pública, também propos-ta pelo MPE, que pedia seu afastamento por acúmulo de cargos. Esta também foi uma ação de autoria do pro-motor Alzemiro Freitas.

Recentemente, o Tribu-nal de Justiça do Estado va-

lidou a decisão da Justiça araguainense que afastou do cargo a secretária de Trabalho e Ação Social de Araguaína, Cleomar Ribei-ro de Oliveira. Contra a ex-secretária também pesava a acusação de acúmulo de função. Por ser reincidente neste ato ilegal, o prefeito Alzemiro Peres Freitas pediu o afastamento do prefeito Ronaldo Dimas do cargo.

O promotor Alzemiro Pe-res Freitas comprovou que Cleomar Ribeiro de Olivei-ra era secretária municipal de Araguaína, professora da Rede Estadual e ocupou ainda, por um certo período a função de gerente do “É Pra Já”.

FiscalizaçãoQuando a ação que pedia

o afastamento do prefeito Ronaldo Dimas e da então secretária Cleomar foi pro-tocolado pelo MPE, a Asses-soria de Comunicação da Prefeitura de Araguaína en-viou um release à imprensa informando que o prefeito iria pedir ao Ministério Pú-blico Estadual que avaliasse e fiscalizasse “com mais ri-gor a conduta do promotor

Alzemiro Peres Freitas”. Na nota, a Assessoria in-

forma que o prefeito Ronal-do Dimas disse que “ainda que a Justiça negue os pe-didos do promotor, o seu comportamento prejudica a cidade, afastando investido-res e gerando insegurança jurídica na cidade, uma si-tuação que não pode perdu-rar. Queremos saber se este comportamento está dentro das normas do Ministério Público, porque está cau-sando estranheza em todos os setores da sociedade”.

O prefeito também de-clarou que levaria o caso para avaliação na Correge-doria do MPE e no Conse-lho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgãos responsáveis por fiscalizar a atuação dos promotores. O prefeito declarou ainda que “o que o senhor Alzemi-ro está fazendo é o jogo da oposição da qual ele parece fazer parte. Se quer ser po-lítico, então que renuncie à carreira de promotor, como manda a sua lei orgânica, e se candidate para fazer co-nosco um debate político honesto sobre os problemas da cidade”, finalizou

Fiscalizar o cumprimento da Lei por parte dos gestores públicos é uma responsabilida-de do promotor do Patrimônio Público, função esta desempe-nhada em Araguaína pelo ex-periente promotor Alzemiro Wilson Peres Freitas. À frente do cargo, o promotor já afastou vários prefeitos, dentre eles, o ex-prefeito Valuar Barros. Agora, sua atuação tem sido alvo de críticas por parte do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas. A quem o promotor diz que res-peita, e esclarece que não tem nada em desfavor “dele ou de qualquer outro” que já tenha tomado providências dentro do que a lei lhe permite.

Ao site AF Notícias, o pro-motor Alzemiro Wilson Peres Freitas descartou a conotação política em seu trabalho. “O Mi-nistério Público atua fiscalizan-do o cumprimento da lei. No momento em que a lei é ofendi-da é dever do promotor ajuizar ação, tendo indícios de prova ou provas cabais da irregularidade”.

Para Alzemiro a postura do prefeito Ronaldo Dimas por ser uma forma de “intimidar” ou um “sentimento de defesa”. Con-forme o promotor “um homem inteligente, de respeito, não faria isso por outro motivo. As vezes o administrador não entende bem essas questões, seja por orien-tação inadequada, ou porque

ele próprio conhece a situação, mas não quer tomar a medida adequada”, acrescentou.

Sobre o fato de ter sido fala-do sobre possíveis pretensões políticas do promotor em Ara-guaína, Alzemiro declarou ser “lamentável esse tipo de con-sideração”. “Todos que me co-nhecem durante esses 20 anos de exercício profissional sabem que venho desenvolvendo o mesmo modus operandi. A lei existe e eu aplico. Seja quem for. Doa a quem doer. Se isto é pretensão política, lamentável”, argumentou.

InformaçõesAlzemiro Freitas contou ao

site que envia muitos ofícios à Prefeitura, e que esses são res-pondidos, mas que “em alguns casos” a resposta é um pedido de prorrogação de prazos. O promotor exemplificou o caso citando o secretário de Educa-ção, que estaria obstruindo o fornecimento de informações. “Recentemente o Ministério Pú-blico pediu de todos os diretores escolares a relação dos servido-res contratados e a Secretaria de Educação do Município ex-pediu uma nota dizendo que não era para fornecer as infor-mações sem antes passar pela Secretaria. Com isso, alguns diretores que já haviam enca-minhado às informações, envia-

ram outros ofícios corrigindo as informações anteriores. Isso é um indicio muito forte de quem não quer cumprir a rigor com o seu papel”.

PrejuízoEm relação a declaração do

prefeito que o promotor esta-ria prejudicando a imagem da cidade, Alzemiro Freitas rebate alegando que, ao contrário do que alega o prefeito, as ações do Ministério Público estão “evitando prejuízo ao povo e à cidade”. “No caso da saúde, 140 milhões de reais de reais iriam ser gastos com uma organiza-ção social com fortes indícios de fraudes. O promotor evitou prejuízo ao povo e à cidade. O Ministério Público também en-trou com ação no caso do IPTU para buscar o consenso. Estou protegendo o interesse público”, lembrou.

Outro caso lembrado por Al-zemiro Freitas foram as discus-sões sobre a Planta de Valores do IPTU de 2014. O promotor conta que chegou a participar até certo ponto, por acreditar que o imposto seria reduzido, “mas não foi”. “Eu não estou obrigado a participar de um fato que entendo ser ilegal. A Planta de Valores foi feita de forma to-talmente viciada e maculada, tanto assim que caiu na justiça”, justificou.

As declarações do pre-feito Ronaldo Dimas de que iria pedir fiscalização sobre a atuação do promotor de justiça Alzemiro Wilson Pe-res Freitas fizeram com que o procurador-geral de Jus-tiça do Ministério Público Federal, Clenan Renaut de Melo Pereira, viesse a públi-co demonstrar seu apoio ao trabalho do órgão em Ara-guaína.

Em moção de apoio pu-blicada pelo procurador-geral, ele destaca que o promotor Alzemiro Freitas tem realizado “importante e destacado trabalho à frente da Promotoria de Justiça do

Patrimônio Público de Ara-guaína, cuja atuação tem sido feita com responsabili-dade, discrição e firmeza de caráter, sem fazer alarde de seu brilhantismo funciona”.

Clenan Pereira disse ain-da que o promotor não irá se intimidar pelas declara-ções do prefeito araguai-nense. “Tenho a certeza de que não se abaterá nem muito menos sentir-se-á amedrontado diante das úl-timas afirmações oriundas do Poder Executivo da mu-nicipalidade de Araguaína, posto que o nobre colega está fazendo nada mais do que o desempenho de suas

funções estabelecidas pela Constituição Federal, cum-prindo fielmente o papel do Ministério Público, ou seja,

incumbindo-se da defesa da ordem pública, do regime democrático e dos interes-ses sociais e individuais in-

disponíveis, diligenciando sempre, com prudência e severidade de juízo”, disse o Procurador-Geral de Justiça.

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho10 eSPorte Jornal Líder

Falta estrutura para lazer e esporte em araguaína

Poder público abandona praças e quadras já construídas

Prefeitura faz corte de gastos e extingue secretarias

durães critica a falta de oportunidade para os jovens

Quem anda por Ara-guaína sente falta de espaços conser-vados e construídos

para promover o la-zer e o esporte. Mas tem pro-messa de mudança nesse cená-rio! É que a Prefeitura resolveu tirar da gaveta alguns projetos.

A primeira boa notí-cia surgiu agora em maio. A prefeitura anunciou in-vestimentos com recursos provenientes de emenda parlamentar de pouco mais de cinco milhões de reais. O projeto contempla a cons-trução de um complexo Po-liesportivo e ainda o Parque Cimba. Espaços para espor-te, cultura e lazer.

Mas para isso a Câmara de Vereadores aprovou dois projetos de Lei do Executivo, em sessão extraordinária, que

tratam da desafetação e per-muta de áreas onde devem ser realizadas as obras. Por unanimidade foi aprovado a desafetação da área pública localizada no loteamento Jar-dim do Lago, área com total de 83.495,00 m² de extensão. Lugar no qual deve ser cons-truído o complexo esportivo. Outro projeto foi aprovado por maioria, com 12 votos fa-voráveis e cinco contrários, e versa sobre a permuta das áreas do Município nos lotea-mentos Mansões do Lago, Jar-dins dos Ipês II e III e Jardim do Lago, que serão trocadas pela área onde será construí-do o Parque Cimba.

Licitaçõesdo complexo esportivo Vai ser construído pela

empresa Morema Constru-

ções Pavimentações e Incor-porações Ltda. O valor total da obra é de R$ 3.613.891,80. A obra fi cará na Via Lago, em uma área de 7.000 m², onde será construído o gi-násio poliesportivo coberto com arquibancadas, áreas administrativas, vestiários, chuveiros, enfermaria, copa e depósito, academia ao ar li-vre, pistas de skate, arremes-so de peso, salto em altura, caminhada, atletismo, além de estacionamento, ciclovia e quadra de tênis para práti-cas esportivas.

Do Parque Cimba

A empresa que vai cons-truir o Parque Cimba é a MVL Construções Ltda. A vigência do contrato é de 12 meses, a partir da data do início da obra. O valor

total estimado da obra é de R$ 2.120.988,56. O parque deve contar com uma área de quase 200.000 m² onde passa o Córrego Canindé. Essa primeira etapa licitada terá estacionamento, cal-çada, pista de 1,3 km para caminhada, ciclovia, to-ten de acesso, academia ao ar livre, pontos para des-canso, praça para esportes radicais, playground para as crianças, bicicletário e área de piquenique.

Também serão cons-truídos um mirante, ponte, anfi teatro, lanchonete, revi-talização das ruínas de uma fábrica para recuperação da memória do município e es-paço de convívio. Os pro-jetos estão aprovado pelo Ministério do Turismo e pela Caixa Econômica Federal.

Enquanto as grandes obras ainda estão no papel, começan-do a serem lançadas, as áreas de lazer já existentes em Araguaína, e que antes eram usadas pela co-munidade estão abandonadas, entregues à ação do tempo. E nessa hora surge no pensamen-to uma lista enorme de lugares que já deixaram de ser frequen-tados por causa do abandono. A exemplo uma das praças mais famosas da cidade, a praça do bode, que fi ca no encontro dos bairros patrocínio e coimbra. Até o parquinho que existiu um dia, nada mais restou.

ConvênioAinda em janeiro de 2014 o

prefeito Ronaldo Dimas chegou anunciar que o município tinha recebido 7 milhões de reais para realização de obras na cidade. E na época assinou três termos de compromisso junto com a Caixa Econômica Federal, atestando que a verba seria usada em obras de reforma de praças e constru-ção de parque e complexo espor-tivo. Um milhão e quinhentos e sessenta mil reais, que vieram do Ministério das Cidades, seriam usados para a reforma da praça das nações no centro da cidade e da praça do JK. A quantia de dois milhões e 106 mil reais seria usada para primeira etapa da constru-ção do Parque Cimba, recurso que tem contrapartida do Municí-pio e do Ministério do Turismo. O terceiro e maior valor de recurso, vem do Ministério de Esportes, total de 3 milhões de reais, que seriam destinados a construção de um complexo de esportes.

SituaçãoAbandono e descaso ainda é

a situação do lazer na cidade. No Setor Jardim Paulista, a praça na entrada do bairro está esquecida. Nos últimos dias recebeu apenas demão de tinta, numa estrutura velha e desgastada. Nada novo no

lugar, somente os espaços vazios. No cercado, o alambrado está en-ferrujado, quebrado e os ferros expostos. As barras que deveriam servir para atividade física estão enferrujadas. A praça foi inau-gurada em julho de 2004, e nada mais foi feito aqui. Para a comu-nidade só resta usar a sombra, enquanto ela ainda existe.

Mas ainda no bairro, encon-tramos outra cena triste. A única quadra esportiva do lugar está abandonada há mais de dois anos. Do lado de fora já dá para perce-ber (veja a foto), como o lugar tem sido um problema para a comuni-dade. O lixo está por toda parte, o que preocupa com a facilidade da proliferação de doenças, como a Dengue e o Calazar. A sujeita tam-bém difi culta chegar até a quadra, o caminho tem que ser feito pelo matagal. Lá dentro a situação é pior, piso rachado, não existem traves e a ferrugem está por toda parte. A quadra esportiva foi dei-xada de lado, e está entre casas, construções abandonadas e bem perto de uma escola infantil da rede municipal. Mas nem isso fez o poder público, enxergar a situação.

Prefeitura não respondeO Jornal Líder enviou e-mail

a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Araguaína questio-nando por qual motivo o poder público não está fazendo a ma-nutenção das quadras de esportes existentes nos setores. Foi citada a quadra do Jardim Paulista que está cercada por mato como exemplo.

Além disso perguntou quan-do as praças serão revitalizadas e qual era o posicionamento do órgão sobre o abandono da praci-nha do Bairro de Fátima.

Este veículo buscou saber ain-da se os brinquedos/parquinhos das praças foram retirados e por qual motivo. Mas até o fechamen-to desta edição a Assessoria de Comunicação não respondeu e também não fez contato.

Certamente o esporte e lazer não é preocupação na atual ges-tão. O prefeito Ronaldo Dimas neste mês de maio extinguiu a Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer, que passou a ser uma dire-toria da Secretaria de Educação.

A justifi cativa da Prefeitura é gerar economia aos cofres do Município. “A Prefeitura vem tra-balhando para minimizar a cri-se fi nanceira que está em todo o país. Até o Governo Federal vem discutindo o corte no orçamen-to público da União, o que pode afetar os Municípios”, informou Prefeito Ronaldo Dimas, em nota enviada à imprensa.

MudançasMas o certo é que tais mu-

danças causam dúvidas. O en-xugamento na folha de paga-mento realmente aconteceu? Todos os funcionários da Secre-taria incorporada (no caso Se-cretaria de Cultura) foram exo-nerados? Perguntas que a atual gestão ainda não esclareceu, e só pontua que a economia fi ca algo em torno de um milhão de reais. Mas e o número de servi-ço? Aumenta ou diminui?

É certo que a justifi cativa uma vez para serem criadas pastas dis-tintas no inicio da gestão Dimas,

agora parece cair por terra. Não há mais problemas em unifi car. Já que não são somente secre-tarias que ultimamente andam fazendo “milagres”. A tal nucle-ação de diretorias de escola da rede municipal também faz parte dessa contenção de gastos. Onde a qualidade da prestação de servi-ço, parece fi car de lado.

Ainda no início do mês a Pre-feitura anunciou e publicou no Diário Ofi cial do Município, a exoneração de três Diretoras, e a nomeação de mais três servi-doras (que já são Diretoras) que incorporaram a lista desse novo modelo de gestão, onde uma Di-retora vai administrar duas esco-las e para isso receberiam 30% de gratifi cação, sobre o salário.).

Além da Secretaria de Espor-tes, que agora está na Educação, também foi extinta a Secretaria de Habitação, tendo sido esta incorporada à Secretaria de Tra-balho e Ação Social. Segundo a nota enviada à imprensa pela Prefeitura, todos os projetos e programas desenvolvidos pe-las secretarias serão mantidos; como o São João do Cerrado, Carnaval, Natal e a programação de aniversário da cidade, na área da Cultura; e programa Casa para quem Precisa, na Habitação.

O empresário Osvaldo Durães criticou a falta de oportunidade para os jo-vens em consequência da crise econômica. Para ele, é necessária a instalação de indústrias para o Tocan-tins gerar mais empregos para a população e divisas para os municípios. “Hoje a população do Tocantins vive em torno do Estado e dos Municípios, precisa-mos trazer as as fábricas, urgente, para o nosso esta-do crescer”, explicou.

Segundo Durães, a falta de industrialização no Es-tado atinge principalmente o jovens, e isso já pode ser sentido na cidade de Ara-guaína com o aumento da violência e muita apreen-são de drogas, colocando o município como uma das

cidades mais violentas do Brasil, segundo um estu-do feito pelo Ministério da Justiça. “A decadência dos jovens ocorre princi-palmente pelas drogas e os consequentes roubos. Essa

falta de emprego entre gera essa situação”, ponderou Durães.

Osvaldo Durães afi rma que as oportunidades cria-das por setores da econo-mia verde, novas tecnolo-

gias e o empreendedorismo contribuem para trazer es-perança aos jovens que por sua vez também sublinham a importância de ser pró-a-tivo e ter uma visão positiva para encontrar empregos decentes, tal como explicou o Leo, 28 anos, de Aragua-ína “Precisamos ser inova-dores, arriscar, criar, imagi-nar”, comentou.

O esporte é uma for-ma dos jovens vencerem a criminalidade. “Preci-samos buscar incentivos de emprego e políticas so-ciais para os jovens aliado também ao esporte que é uma grande ferramenta para combater as drogas e a violência. E assim, termos uma população mais hu-mana e coerente”, destacou Osvaldo Durães.

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 11Jornal Líder entreteniMento

Música

tocantinense é um dos novos violeiros do BrasilN

ascido na cidade de Cachoei-rinha e radicado em Brasília há 12 anos, o tocantinense Claudivan Santiago está cons-

truindo uma trajetória de sucesso no mundo da música caipira, a chamada música-raiz. Poeta, cantor, compositor, músico, escritor e também jornalista, ele se dedica à viola caipira há nove anos e já é considerado um dos grandes expoentes da nova geração de violeiros do Brasil, tendo seu talento comparado ao de gran-des mestres do gênero, como Almir Sater.

Músico autodidata, Claudivan San-tiago foi criado na roça pelos avós pa-ternos no pequeno povoado Brôco, mu-nicípio de Nazaré, de onde saiu aos 13 anos para morar com os pais, em Ana-nás, para cursar o ensino médio. Aos 14 anos começou a arranhar os primeiros acordes ao violão e aos 15 entrou para a banda de forró do pai, Raimundim To-cador, juntamente com seus três irmãos, onde tocava guitarra e cantava. Desde então se viu encantado pela música. Logo começou a compor suas primeiras canções e se enveredou pelos festivais. Ainda na cidade de Ananás, realizou dois grandes festivais ao lado do amigo Tita Borges, e nos anos de 1999 e 2001 ganhou o FABIP– Festival Aberto do Bico do Papagaio, em Araguatins.

No período de 1992 a 2002, Claudivan Santiago morou e estudou em Aragua-ína, participando ativamente da cena cultural da cidade. Integrou a Associação Cultural e ajudou a fundar a Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinen-se (Acalanto). Vocacionado para a arte, sempre esteve envolvido com a música, acompanhando duplas sertanejas, to-cando em bandas de baile e compondo.

O interesse pela viola caipira surgiu por volta de 2001, quando iniciou carrei-ra solo cantando nos barzinhos araguai-nenses. Seu repertório incluía músicas tradicionais da MPB e também de artis-tas caipiras, como Renato Teixeira, Pena Branca & Xavantinho, Rolando Boldrin,

Tião Carreiro, Almir Sater e vários outros. No fi nal de 2002 gravou o CD Menina dos Olhos, seu primeiro disco solo.

Três anos mais tarde, já morando na capital federal, Claudivan Santiago resolveu comprar uma viola caipira, e a partir daí não parou mais. Mergu-lhado no universo do instrumento, foi buscar referências do gênero e lançou em 2008 o CD Poesia Inviolada, um trabalho muito bem avaliado pela crí-tica musical. Mas a grande conquista veio em 2013, com o segundo CD de viola caipira. Intitulado Viola Pura Viola, o disco instrumental ganhou em São Paulo o Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira, na categoria Melhor CD Instrumental, o maior prêmio de viola caipira da atualidade. Entre os artistas nacionais premiados também estavam Almir Sater e Inezita Barroso.

Um show de violaAtualmente, Claudivan Santiago

apresenta um espetáculo dedicado à viola caipira. Com duas violas no pal-co e acompanhado de um violonista e um baixista, o artista une clássicos da música caipira a sucessos popula-res, dando uma nova roupagem ao ins-trumento, preservando, no entanto, a originalidade dos ritmos tradicionais brasileiros, como o Cururu, o Pagode de Viola, o Cateretê, a Guarânia, a Polca e a Valsa. O show já foi apresentado em teatros de Goiânia, Brasília e em casas noturnas brasilienses. Graças a esse reconhecimento, o artista tocantinense tem se apresentado constantemente em programas de rádio e TV de âmbito nacional, um feito extraordinário para um menino pobre “nascido no oco do mato, no interior do Tocantins”, como ele próprio defi ne.

Para saber mais sobre o violeiro acesse: claudivansantiago.blogspot.com.br, www.facebook.com/clau-divansanttiago, www.youtube.com/user/Claudivan38

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Araguaína-TO, 1º a 30 de junho12 Social Jornal Líder

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"(?) deMarço",canção

de Jobim

Cidade-estado daSuméria

(Ant.)

Queijo desoja da

culináriajaponesa

Licorconhecidocomo fa-da verde

Sétimaletra doalfabetogrego

A primeiradivindade,para Hesí-odo (Mit.)

Sabádo,em

francês

Canalinflamadona trom-boflebite

Ação dos bombeirosterminadoo incêndio

Diâmetrodo canoda armade fogo

Propaga-se no ar acerca de340 m/s

Terrenoforma-dor da

restinga

Fécula co-mestível

extraída depalmeiras

Aeronáu-tica

(abrev.)

Materialbrilhante

do interiorda concha

"Doctor",em PhD

Ser, em francês"(?) o Fim do Mundo",

filme do cineasta alemão Wim Wenders

Leitorústico Códigopostal

1, emromanosRadiano(símbolo)

Senhora(abrev.)

Agredia fi-sicamente

A políciasecretado IIIReich

Esvaziado

A dançado grupo

étnico

Fixadorde pentea-

dos

"Cidade(?)",

programa apresen-tado porMarceloRezende

(TV)

Encontrar(gír.)

Fósforo(símbolo)

Evidente;notório

Tipo de estrutura queforma o Vale do Rift,

na ÁfricaOriental

Diz-se docavalo depelagem negra commanchas brancas

Problema humanitá-rio decorrente da

crise naSíria

"In (?) wetrust",

inscriçãono dólar

Albert (?),filósofofrancês

4/caos — être. 5/ocado. 6/samedi. 7/el greco. 8/tordilho. 9/flagrante.

O advogado Geneton Figueiredo Júnior e sua namorada, a também advogada Tatiana Vieira Erbs.

O empresário Husthon Parente e sua esposa, a médica pediatra Nathalia Fontana.

O empresário Diordio Bandeira acompanhado pelas fi lhas Mariana Bandeira, Melissa Bandeira e sua esposa Mariele Bandeira ladeadas pela mãe do empresário, Clenir Bandeira,a sobrinha Ayla Bandeira, a irmã Luana Bandeira, o cunhado David Mota, a sobrinha Alicia Bandeira, o irmão Thales Bandeira e Bruna Lelis.

A delegada doutora Celina Faria e sua linda fi lha, Milena Faria.

O advogado, doutor Paulo Roberto da Silva e sua esposa Denise Borges.

O Vereador Alcivan Rodrigues sempre participando de eventos sociais.

O vereador Marcus Marcelo sempre atuante em seu trabalho.

O empresário Emídio Bravo e sua esposa Salvina Mocó Bravo com os fi lhos e netos. Na foto os empresários Fernando, Marcelo com sua esposa Amanda; Rodrigo e sua amada Daiane. As crianças Juliana, Melissa e Tiago.

O deputado estadual Elenil da Penha com sua fi lha Rebeca da Penha, sua esposa Patrícia da Penha e seu fi lho estudante de Engenharia Civil, Enil da Penha.

GGente que faz a diferença Um bom filme!Considerado um dos maio-

res clássicos da história do ci-nema e o melhor western de todos os tempos, esse fi lme lançado em 1968 tem a dire-ção de Sergio Leone e tem no elenco ícones do cinema ame-ricano como Charles Bronson e Henry Fonda, além da bela italiana Claudia Cardinale.

Curiosidades: Para a cena inicial onde o personagem de Bronson (Harmônica) en-frenta três pistoleiros, o dire-tor queria os atores do filme “Três homens em conflito”: Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleff, mas Eastwood tinha outros compromissos e não pôde participar. O per-

sonagem de Fonda (Frank) é considerado o primeiro vi-lão da carreira do ator, que chocou o público americano acostumado a vê-lo inter-pretar apenas mocinhos, ao aparecer na tela mas-sacrando uma família de fazendeiros, inclusive um menino de 9 anos.

SinopseEm virtude das terras que

possuía serem futuramente a rota da estrada de ferro, um pai e todos os fi lhos são bru-talmente assassinados por

um matador profi ssional. En-tretanto, ninguém sabia que ele, viúvo há seis anos, tinha se casado com um prostituta de Nova Orleans, que passa ser a dona do local e recebe

a proteção de um hábil atira-dor, que tem contas a ajustar com o frio matador.

sinoPse e Foto:

aDorocineMa.coM

Era uma Vez no Oeste

Wal nunes W. MeDeiros