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LINGUAGENS, CóDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS VOLUME 2 3 a . SéRIE 2. º SEMESTRE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Linguagens, códigos

e suas

tecnoLogias

VOLUME 2

3a. sériE

2.º sEMEsTrE

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IÇÃO

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AvaliaçãoDiagnóstica 

 do  E M2012

© Editora Positivo Ltda., 2012

Diretor-Superintendente Ruben Formighieri

Diretor-GeralEmerson Walter dos Santos

Diretor EditorialJoseph Razouk Junior

Gerente EditorialMaria Elenice Costa Dantas

Gerente de Arte e IconografiaCláudio Espósito Godoy

Supervisão EditorialMargil Feller

Coordenação EditorialSolange Gomes

AutoriaAna Cristina Ochôa (Língua Inglesa)Andrea Prendin (Artes)Maria Josele Bucco Coelho (Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Literatura Brasileira)Wilson Antonio Menoncin Junior (Educação Física)

IlustraçãoEduardo Borges

CapaRoberto Corban

Projeto gráfico e editoraçãoExpressão Digital

Pesquisa iconográficaMadrine Eduarda Perussi

ProduçãoEditora Positivo Ltda.Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 — Curitiba — PRTel.: (0xx41) 3312-3500Fax: (0xx41) 3312-3599

Impressão e acabamentoGráfica Posigraf S.A.Rua Senador Accioly Filho, 50081310-000 — Curitiba — PRFax: (0xx41) 3212-5452E-mail: [email protected] em 2012

[email protected]

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

O16 Ochôa, Ana CristinaAvaliação diagnóstica do EM 2012 : 3a. série : linguagens, códigos e suas tecnologias:

2º. semestre / Ana Cristina Ochôa ... [et al.] ; ilustrações Eduardo Borges. – Curitiba : Positivo, 2012.

2v. : il.

AlunoISBN 978-85-385-5759-3

1. Ensino médio – Currículos – Avaliação. 2. Línguas. 3. Artes. 4. Literatura brasileira. 5 Educação física. I. Borges, Eduardo . II. Título.

CDU 373.5

AvAlIAÇÃO DIAGnóSTIcA EM 2012REDAÇÃO E lInGUAGEnS, cóDIGOS E SUAS TEcnOlOGIAS

3a. série — volume 2 — 2°. semestre

Caro(a) Aluno(a)!

Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio.

Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), distribuídas por eixos de conteúdos.

Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido.

Leia as orientações abaixo:1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a proposta de produção textual e 45 questões do Eixo Linguagens, códigos e

suas tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Artes e Educação Física.

2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO que se encontram no final deste caderno. 3. Após o preenchimento, registre sua assinatura no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA e da FOLHA DE REDAÇÃO com

caneta esferográfica de tinta preta.4. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-

nas uma responde corretamente à questão.6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, pre-

enchendo, com caneta esferográfica de tinta preta, todo o espaço compreendido no círculo. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação.8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADER-

NO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação.9. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES, o CARTÃO-RESPOSTA e a

FOLHA DE REDAÇÃO.10. Durante a realização da prova, não é permitido:

a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas;d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Proposta de redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma-ção, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre a tolerância à corrupção no Brasil.

Texto motivador I

O jeitinho brasileiro de ser e a sua influência no dia a dia das organizações

O jeitinho brasileiro está presente no cotidiano das pessoas como uma forma de obter um rápido favor para si, às escondidas, e sem chamar a atenção; por isso, o jei-tinho pode ser também definido como “molejo”, “jogo de cintura”, habilidade de se “dar bem” em uma situação “apertada”, em que a versatilidade é o ponto ideal para encontrar os resultados desejados em curto prazo, princi-palmente porque, quando se fala em jeitinho, a primeira coisa que vem à mente é [...] suborno, esperteza, ambição.

Mas nem todo jeitinho é negativo, podendo ser tam-bém visto de uma perspectiva positiva.  Por outro lado, o jeitinho coloca o sujeito que o pratica em situação de tro-ca, por se sentir obrigado a retribuir o favor recebido, para que não seja chamado de  “ingrato” ou ser reconhecido como aquele sujeito que “cuspiu no prato que comeu”.

Se, por um lado, a prática do jeitinho, encontra-se in-serida no cotidiano das pessoas, o mesmo se dá nas organi-zações burocráticas, o que não é nenhuma surpresa, prin-cipalmente pela formalidade existente nessas organizações, que por ser extremamente racional e impessoal, leva o in-divíduo a lançar mão do “jeito”, permitindo a suspensão temporária da lei e das regras estabelecidas para atingir os seus objetivos. Para se pedir um jeitinho, são utilizados vo-cábulos “carinhosos”, pois agindo de  maneira contrária é provável que não consiga sucesso. Mas,  essa não é a única maneira de definir o jeitinho brasileiro, pois nem todo jei-tinho é negativo, já que, o mesmo pode ser visto tanto de uma perspectiva negativa ou positiva. O lado negativo do jeitinho está presente naquela situação em que o sujeito tenta conseguir a solução de algum problema pela trans-gressão de uma norma, ou simplesmente transgredindo os princípios morais  para defender seus interesses.

O que caracteriza a passagem do negativo para o po-sitivo é tipo de relação existente entre as pessoas envolvi-das. Essas  relações existentes entre jeito e favor podem ser consideradas normais já que pedir um favor não transgride

regras preestabelecidas, enquanto que o “jeito” transmite a ideia de infração, o que consequentemente, é preciso dar um jeito para não haver punição. MOURA, Ana Maria de Almeida. O jeitinho brasileiro de ser e sua influência no dia a dia das orga-nizações. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-jeitinho-brasileiro-

de-ser-e-sua-influencia-no-dia-a-dia-das-organizacoes/22249/>. Acesso em: 21 fev. 2012.

Texto motivador II

Corrupção, o ladrão faz a ocasiãoA promiscuidade entre poderosos interesses privados e

a gestão da coisa pública atingiu entre nós proporções ini-magináveis. As consequências estão à vista uma democra-cia moribunda, um pequeno grupo que enriquece à custa dos bens coletivos e os pobres, esses, cada vez mais pobres. Tudo isto com uma corrupção generalizada como pano de fundo. Como foi possível que a democracia de Abril, fundada sobre os valores da ética republicana, se tenha abastardado a este ponto?

Em primeiro lugar, porque o Estado é hoje um gran-de cliente, o maior cliente de serviços de toda a ordem, e é responsável pelos maiores investimentos (ou esbanja-mentos) – que são realizados habitualmente sem critério, com gastos descontrolados. É um Estado gastador, imenso e fraco, que subordina seus gastos aos interesses dos mais poderosos interesses instalados.

Por outro lado, e muito mais grave, porque é no apa-relho de Estado, através dos seus agentes políticos, que se decide, por despacho, quem enriquece. Pode ser através da atribuição de qualquer concessão por cinquenta ou setenta anos. Ou pela via da atribuição do estatuto de PIN (Projeto de Interesse Nacional) a qualquer projeto, o que permite que um dado promotor imobiliário adquira, por tostões, um terreno a um agricultor e o transforme em empreendi-mentos de milhões. Ou até pela alteração de um plano di-retor municipal, efetuada a pedido. Ou, por último, através do deferimento ilegal de um empreendimento imobiliário como contrapartida de financiamento partidário.

MORAES, Paulo. Corrupção, o ladrão faz a ocasião. Disponível em: <http://pravdailheu.blogs.sapo.pt/95569.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.

INSTRUÇÕES:

Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

3Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

(Opção Língua Inglesa)

Questão 1

A brief history of chocolate

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When most of us hear the word chocolate, we picture a bar, a box of bonbons, or a bunny. The verb that comes to mind is probably “eat,” not “drink,” and the most apt adjective would seem to be “sweet.” But for about 90 percent of chocolate’s long history, it was strictly a beverage, and sugar didn’t have anything to do with it.

[…]Sweetened chocolate didn’t appear until Europeans

discovered the Americas and sampled the native cuisine. […]

Chocolate didn’t suit the ‘foreigners’ tastebuds at first – one described it in his writings as “a bitter drink for pigs” – but once mixed with honey or cane sugar, it quickly became popular throughout Spain. […]

The creation of the first modern chocolate bar is credited to Joseph Fry, who in 1847 discovered that he could make a moldable chocolate paste by adding melted cacao butter back into Dutch cocoa.

By 1868, a little company called Cadbury was marketing boxes of chocolate candies in England. Milk chocolate hit the market a few years later, pioneered by another name that may ring a bell – Nestle.

BENSEN, Amanda. A brief history of chocolate. Disponível em: <http://www.smithsonianmag.com/arts-culture/brief-history-of-chocolate.html?c=y&page=1>. Acesso em: 20 fev. 2012.

O chocolate, como é consumido hoje, é o produto obti-do a partir da mistura de derivados de cacau, massa (ou pasta ou licor) de cacau, cacau em pó e/ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25% de sólidos totais de cacau. Segundo o texto,

A) a bebida feita com o cacau, como o “chocolate” era feito antigamente, já foi descrita como “uma bebida amarga para porcos”.

B) cerca de 90% do chocolate existente no mundo é produzido na Europa.

C) apesar de o chocolate ter sido no passado uma bebi-da, na maior parte da sua história ele é conhecido por seu formato em barra e seu sabor doce.

D) em 1847, Joseph Fry descobriu que as sementes de cacau derretidas na manteiga faziam uma bebida de-liciosa, que ele batizou de Dutch cocoa.

E) a Nestlé foi a pioneira na comercialização de caixas de chocolate.

Questão 2

Sixth sense technology will revolutionize the world

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Pranav Mistry, 28 year old, of Indian origin, is the mastermind behind the sixth sense technology. He

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

invented ‘Sixth Sense / WUW ( Wear UR World)’ which is a wearable gestural, user friendly interface which links the physical world around us with digital information and uses hand gestures to interact with them. He is a PhD student at MIT and he won the ‘Invention of the Year 2009’ – by Popular Science. The device sees what we see but it lets out information that we want to know while viewing the object. It can project information on any surface, be it a wall, table or any other object and uses hand / arm movements to help us interact with the projected information. The device brings us closer to reality and assists us in making right decisions by providing the relevant information, thereby, making the entire world a computer.

Disponível em: <http://theviewspaper.net/sixth-sense-technology-will-revolutionize-the-world/>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Pranav Mistry, estudante de Ph.D. do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ganhou o prêmio “Invenção do Ano de 2009” pela revista Popular Science por sua invenção Sixth Sense. De acordo com o artigo,

A) a invenção de Mistry é uma interface que conecta o mundo espiritual ao mundo físico ao nosso redor.

B) a tecnologia Sixth Sense faz uso de um dispositivo que projeta informações em uma superfície espe-cífica, ajudando o usuário interagir com essas infor-mações.

C) o dispositivo Sixth Sense conecta o mundo físico com informações digitais e usa gestos com as mãos para interagir com elas.

D) o prêmio rendeu a Pranav Mistry uma indicação ao MIT.

E) o Sixth Sense é um dispositivo capaz de ver o que nós vemos, mas deixa de fora as informações que quere-mos depois de vermos o objeto.

Questão 3

Graffiti: Street art – or crime?

A group of south London graffiti artists were jailed last week for up to two years for defacing public property. Yet as they begin their sentences, their work is to be championed by a New York gallery.

On the face of it, as a society, we seem to be a little mixed-up when it comes to “graffiti”, as you call it if you work in the local council’s cleansing department, or “street art” as you say if you’re the chap – and they do mainly seem to be blokes – wielding the spray can.

But the confusion now runs deeper than those who spray and those who remove the paint. Great British institutions have been polarised. Last week the might of English law delivered its verdict at Southwark Crown Court where five members of the DPM graffiti crew were jailed – one, Andrew Gillman, for two years – after admitting conspiracy to cause criminal damage costing the taxpayer at least £1m.

By contrast, just down the road, the riverside facade of Tate Modern had been covered in giant murals by six urban artists with international reputations, including Blu from Bologna, Faile from New York, and Sixeart from Barcelona, in the first display of street art at a major museum.Disponível em: <http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/features/graffiti-street-art-ndash-

or-crime-868736.html>. Acesso em: 23 fev. 2012

O excerto acima foi retirado do jornal diário britânico The Independent e trata da polêmica existente em torno do grafite, comumente definido como um tipo de inscrição feita em paredes. Uma das informações apresentadas é a de que

A) o trabalho dos grafiteiros que foram presos na se-mana passada recebeu vários prêmios de uma gale-ria em Nova Iorque.

B) o departamento de limpeza local multou os grafitei-ros em um milhão de libras.

C) uma das fachadas do Tate Modern foi coberta por murais de seis grafiteiros de reputação internacio-nal.

D) a Corte Southwark Crown sentenciou os cinco mem-bros da gangue de grafiteiros DPM a dois anos de prisão.

E) além de exigir o pagamento de uma multa por danos à propriedade pública, a sociedade londrina quer a prisão dos grafiteiros por um período de dois anos ou mais.

5Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

What is the difference?Cloning an animal, or any other

organism, refers to making an exact genetic copy of that organism. The techniques used

to clone organisms are described on this page.

Cloning a gene means isolating an exact copy of a single gene from the entire genome of an organism. Usually this involves copying the DNA sequence of that gene into a smaller,

more accessible piece of DNA, such as a plasmid. This

makes it easier to study the function of the individual gene in the laboratory.

Disponível em: <http://learn.genetics.utah.edu/content/tech/cloning/whatiscloning/>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Cloning can be defined as the creation of an organism that is an exact genetic copy of another. The passage above shows the difference between cloning an organism and cloning a gene. According to the information presented, cloning an animal is easier than cloning a human being.A) a plasmid is a small piece of DNA which can be used

in cloning. B) the techniques used to clone organisms are exactly

the same as the ones used to clone genes.C) the illustration above represents the cloning of a

human being. D) from time to time, researchers clone organisms

because this makes it easier to study the function of the individual gene in the laboratory.

E) from time to time, researches clone organisms because this makes it easier to study the function of the individual gene in the laboratory.

Questão 4

©Ca

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Stock

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Disponível em: <http://www.cartoonstock.com/lowres/rde5338l.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Multitasking is the ability a person has to do more than one thing at the same time. It can be inferred from the cartoon that

A) the wife is reprimanding the husband for doing all the housework alone.

B) the husband does not understand why the woman is so angry.

C) the couple has problems multitasking.

D) the baby is crying because the mom is multitasking.

E) the wife cannot believe the husband didn´t know what multitasking was so far.

Questão 5

Is cloning an organism the same as cloning a gene?

You’ve heard about cloning animals – sheep, mice, even house pets – in the news. From time to time, you may have also heard about researchers cloning, or identifying, genes that are responsible for various medical conditions or traits.

Human genome

Gene of interest isolated from genome

Gene inserted into plasmid

Plasmid inserted into bacteria population generating “clones” of the gene

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

(Opção Língua Espanhola)

Texto para as questões 6 e 7.

En la playa

El sol se puso un poco más rojo. Él volvió a cargar la máquina, apuntó bien y disparó otra vez. Páfate. Miró su aparato, no muy convencido de su eficacia. Ya había dado muerte a varios paisajes, pero no estaba conforme. Sus va-caciones eran tan perfectas que seguramente no las olvida-rá jamás: tomaba fotografías para recordarlas.

–¿Quién iba a confiar en la memoria?– Nenita – insistió Alicia.La niña los miró con escepticismo. Volvió despacio la

cabeza, consideró que el paisaje era más digno de observa-ción y se enfrascó en la contemplación del mar.

Seguramente es extranjera, no debe comprender nues-tro idioma – comentó Alicia.

– Todos somos extranjeros – dijo él, empeñado en re-tirar el rollo de la cámara.

Ella lo miró sobresaltada. A veces hacía afirmaciones cuyo sentido, aunque aparentemente claro, resultaba am-biguo, dudoso, y no había cosa que la hiciera sentirse peor que la ambigüedad. ¿Qué había querido decirle? ¿Qué to-dos los niños hablaban otro idioma? ¿Qué la infancia era otro país?

– No lo creo. Tiene un aspecto bastante normal – ase-guró ella.

– No pienses que los extranjeros son todos morenos y de narices anchas – agregó él.

PERI ROSSI, Cristina. En la playa. In: ABSATZ, Cecilia. 17 narradoras latinoamericanas. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2007. p. 173-174.

Questão 6

O fragmento do conto En la Playa, da uruguaia Cristina Peri Rossi, narra o encontro de um casal de turistas com uma menina durante as férias. Da reflexão gerada a partir desse encontro, a narrativa

A) questiona os estereótipos culturais que predominam na sociedade, pois indaga o que é considerado es-trangeiro.

B) valida uma visão do mundo infantil marcada pelos ques-tionamentos e dúvidas em relação ao universo adulto.

C) ironiza a busca dos turistas pelas férias perfeitas mar-cadas pelos registros da memória.

D) reflete sobre a necessidade de gerar mecanismos de controle do comportamento infantil.

E) aponta as dificuldades de convivência entre os casais, considerando a falta de diálogo.

Questão 7

Tomando como base a discussão engendrada no frag-mento – “todos somos extranjeros”, a narrativa revela cer-to desconcerto da personagem em entender a afirmati-va porque

A) o esposo da personagem possui uma linguagem mui-to rebuscada e, portanto, impossível de ser assimilada.

B) provavelmente a personagem não tem filhos, dessa for-ma, considera que o universo infantil é incompreensível.

C) menospreza as reflexões de cunho filosófico sobre de-terminados assuntos que o esposo gosta de manter.

D) está de férias em uma praia e preocupada com uma menina que foi encontrada sozinha.

E) ela considera a possibilidade de inserir-se nessa cate-goria – os estrangeiros são sempre os outros.

Questão 8

¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo del lenguaje? (EL)

Joan Lee, de la Universidad de Calgary (EE UU), ha llevado a cabo un estudio que revela que las personas que envían más mensajes de texto son también las más reti-centes a aceptar nuevas palabras. Sin embargo, sus experi-mentos muestran que quienes consumen más información en medios tradicionales como libros, revistas y periódicos aceptan mejor las palabras nuevas e incluso son capaces de entender mejor su significado. “Pensamos que los mensa-jes de texto fomentan un lenguaje menos restringido pero es un mito”, sostiene.

Según Lee, los medios impresos tradicionales exponen a las personas a una variedad y creatividad en el lenguaje que no existen en el intercambio de mensajes coloquia-les entre dos personas. Y esto afecta, sobre todo, a los jó-venes miembros de la apodada como “generación de los mensajes de texto”.

MUY Interesante. Disponível em: <http://www.muyinteresante.es/ilos-mensajes-de-texto-afectan-al-desarrollo-del-lenguaje>. Acesso em: 21 fev. 2012.

7Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

O fragmento da reportagem ¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo del lenguaje? apresenta os resultados de uma investigação sobre a linguagem que, foi motivada

A) pela falta de textos que tratem do desenvolvimento da linguagem entre jovens.

B) pela necessidade de averiguar as consequências do uso de novas tecnologias.

C) pelo desacordo que o autor do texto tem em relação ao uso de novas tecnologias.

D) pelo consumo desenfreado de novas tecnologias de comunicação em massa.

E) pelo desprezo do jornal pelas mensagens de texto no universo contemporâneo.

Texto para as questões 9 e 10.

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MAITENA, Burundarena. Todas las mujeres alteradas. Barcelona: Debolsillo, 2008. p. 127.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Questão 9

A partir da análise da estrutura composicional do texto Las injustas sensaciones que nos provocan los hijos de Él, é possível identificar alguns procedimentos textuais que operam de modo a produzir um efeito de humor, dentre eles

A) o uso da letra maiúscula no pronome “Él” foi um erro de ortografia, pois está no final da frase.

B) a apresentação de pares de situações com desenla-ces negativos indica a injustiça a que se refere o título.

C) não há distinção entre as situações apresentadas, pois, em todas, a mulher está agindo de forma incorreta.

D) os filhos estão isentos de atuar de forma incorreta, uma vez que os pais parecem sempre dar-lhes razão.

E) a representação do universo familiar é sempre cômi-ca porque o leitor pode visualizar algo de sua própria vivência.

Questão 10

Um dos fatores socioculturais que motivaram a produ-ção dessa história em quadrinhos foi

A) a evidência de que a relação entre mães e filhos é sempre complexa.

B) a inexistência de vínculos afetivos nas relações fami-liares contemporâneas.

C) o surgimento de novas relações familiares constituí-das de famílias de segundos casamentos.

D) a falta de participação da sociedade na constituição de vínculos afetivos mais concretos.

E) o rechaço que os filhos apresentam em relação a qualquer reprimenda feita pelos pais.

Questão 11

A visão é o mais aguçado dos nossos sentidos e, talvez, aquele que nos permite ter mais controle sobre o ambien-te que nos cerca. Por isso, podemos dizer que a imagem faz um elo fundamental entre o mundo que vemos e o mundo que compreendemos, nesses nossos mil séculos de vida. Também fica evidente a importância da imagem na

comunicação e no relacionamento entre as pessoas. Não é à toa que, ao longo do tempo, várias técnicas de registro e de reprodução de imagens foram criadas. E quase todas elas são utilizadas até hoje.

Mas, além de serem instrumentos importantes para explicar as coisas à nossa volta, as imagens assumem mui-tas outras funções nas sociedades: podem manter a fé e a religiosidade de pequenas ou grandes comunidades, reu-nindo multidões em templos monumentais ou em volta de figuras e objetos sagrados; podem servir de elemento de dominação, como nos majestosos desfiles militares da Roma Antiga, numa demonstração de força e poder; po-dem tornar-se instrumento de sedução, como acontece na propaganda; ou podem servir de fonte de reflexão. Elas são criadas para expressar ideias ou sentimentos que nos mostram como somos: é como se estivéssemos diante de um espelho mágico capaz de revelar-nos nossas almas.

A imagem é uma criação do homem, que o expressa e o reflete.

KON, Sergio. Imagem: da caverna ao monitor, a ventura do olhar. São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 2-3.

A partir das informações apresentadas, pode-se afirmar que a imagem

A) necessita, para sua percepção e compreensão, de to-dos os sentidos humanos de forma equivalente.

B) possui funções restritas nas sociedades, principal-mente com a ampliação, ao longo da história, de téc-nicas para sua produção e reprodução.

C) permite a comunicação entre culturas e inibe o poder de manipulação ideológico, devido à sua fragilidade como forma de comunicação.

D) oportuniza a expressão e a captação de informação, pois é considerada uma importante forma de comu-nicação.

E) divulga mensagens artísticas constantemente, em-bora impossibilite oportunidades reflexivas ou de manipulação.

Texto para as questões 12 e 13.

Os laços de família

A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer-se de que ambas estavam no car-ro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estra-bismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia.

9Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

– Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe.

– Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha divertida, com paciência.

Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica en-tre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam suportado; os bons-dias e as boas-tardes soavam a cada mo-mento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir. Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro. “Perdoe alguma palavra mal dita”, dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria, vira Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, a gaguejar – perturbado em ser o bom genro. “Se eu rio, eles pensam que estou louca”, pensara Catarina franzindo as sobrancelhas. “Quem casa um filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais um”, acrescentara a mãe, e Antô-nio aproveitara sua gripe para tossir. Catarina, de pé, obser-vava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a ser filho daquela mulherzinha grisalha... Foi então que a vontade de rir tornou-se mais forte. Felizmente nunca pre-cisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos – e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica.

LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro:  Rocco, 1998. p. 94.

Questão 12

O fragmento do conto Os laços de família, narrado em terceira pessoa, denota uma das características desse primeiro momento da escrita clariciana, marcada, em essência,

A) pela preocupação com o universo familiar desde a perspectiva feminina.

B) pela problemática contemporânea marcada pela fal-ta de tempo.

C) pelo apreço a uma linguagem formal.

D) pela reflexão filosófica existencialista.

E) pela representação de sujeitos marginalizados social-mente.

Questão 13

Os procedimentos composicionais utilizados no conto de Clarice Lispector para representar como se estabe-lece a relação mãe x filha ganham contornos concretos quando

A) o narrador aponta a ar zombeteiro com que a filha observa a mãe – “A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zom-baria e frieza assistia”.

B) a filha demonstra preocupação em relação ao estado de saúde do marido – “[...] e Antônio aproveitara sua gripe para tossir”.

C) denota-se a proximidade entre mãe e filha, conforme expresso em “A mulher e a mãe acomodaram-se final-mente no táxi que as levaria à Estação”.

D) o uso de ditados populares apontam o grau de afe-tividade familiar, como expresso em “Quem casa um filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais um”.

E) revela-se a dificuldade de relacionamento conjugal da filha – “Catarina, de pé, observava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar a um homem moreno e miúdo”.

Textos para as questões 14, 15 e 16.

O consumismo como personagem literário

As Coisas, de Georges Perec, fala do peso do consumo na vida de jovens dos anos 60 e permanece espantosamente atual qua-se 50 anos depois.

Em As coisas: uma história dos anos sessenta, seu livro de estreia, ele usa um narrador que descreve, sem rodeios, a vida de dois jovens inteligentes e ambiciosos, divididos en-tre a vontade de ter uma vida criativa e não convencional e a necessidade de trabalhar para ganhar dinheiro e atender a necessidades consumistas.

O tema do livro é, na verdade, o consumismo, que naquele início dos anos 60, assumia o papel de motor da sociedade. Os dois personagens, Jerôme e Sylvie, precisam de certos objetos e roupas para ser o que pretendem ser (pessoas de bom gosto e de bom nível cultural) e, princi-palmente, para mostrarem ao mundo o que creem ser. Eles são felizes por poderem prolongar a juventude devotada à

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apreciação do mundo, aos amigos e às descobertas – uma possibilidade que os anos 60 trouxeram. Por outro lado, estão constantemente frustrados com a dificuldade para obter os símbolos que os ajudariam a construir a imagem desejada de si mesmos.

As coisas é espantosamente atual ao descrever o con-sumismo em todas as suas nuances. Veja este trecho: “No mundo deles, era quase regra desejar sempre mais do que se podia comprar. Não eram eles que tinham decretado isso, era uma lei da civilização, um dado de fato, de que a publicidade em geral, as revistas, a arte das vitrines, o espetáculo da rua, e até, sob certo aspecto, o conjunto das produções comumente chamadas culturais eram as expres-sões mais adequadas”.

SILVA, Marleth. O consumismo como personagem literário. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1222669&tit=O-consumismo-como-

personagem-literario>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Questão 14

Considerando que o consumismo é um processo típico das sociedades capitalistas estimulado pelas campanhas publicitárias vinculadas principalmente nos meios de comunicação, o texto apresentado objetiva

A) criticar a influência dos meios de comunicação no que tange ao estímulo ao consumo.

B) divulgar um produto cultural que tem como tema central a questão do consumo na sociedade contem-porânea.

C) contestar uma determinada forma de atuação social que privilegia a compra de produtos sem necessidade.

D) informar sobre a constituição da sociedade na déca-da de 1960, caracterizada pelo consumo.

E) noticiar informações em relação ao consumismo com a finalidade de mudar padrões de compor-tamento.

Questão 15

A resenha O consumismo como personagem literário apresenta uma determinada visão da sociedade con-temporânea marcada por relações de consumo que se materializa textualmente por meio

A) da apresentação das características e do enredo da obra As coisas, de Georges Perec.

B) da exaltação da necessidade de comprar considerada inerente à condição humana.

C) do rechaço à influência da literatura na conformação de padrões de comportamento.

D) do condicionamento do leitor a partir da apresenta-ção de informações em relação ao consumismo.

E) da negação do padrão de comportamento da juven-tude da década de 1960, marcado pelo consumo.

Questão 16

Segundo Antônio Candido, na obra Literatura e socieda-de, faz-se necessário perceber que a obra literária exerce uma influência no meio social a que pertence e atua na formação da sociedade que a engendrou. Nesse senti-do, ao divulgar as ideias que permeiam o texto As coisas, pode-se vislumbrar uma crítica à constituição identitária contemporânea marcada, em essência,

A) pela necessidade de trabalhar cada vez mais.

B) pela valorização de uma vida criativa.

C) pelo uso de meios de comunicação de massa.

D) pela imagem construída a partir dos produtos e mar-cas consumidos.

E) pelo ideal de vida da juventude da década de 1960.

Questão 17

Estudo realizado em escolas públicas no Rio de Janei-ro apontou índice de sedentarismo de 85% entre adoles-centes do sexo masculino e de 94% nos do sexo feminino. A participação em atividades físicas declina consideravel-mente com o crescimento, especialmente da adolescência para o adulto jovem. Alguns estudos identificam alguns fatores de risco para o sedentarismo: pais inativos fisica-mente, escolas sem atividades esportivas, sexo feminino, residir em área urbana, TV no quarto da criança.

ALVES, João Guilherme Bezerra; MONTENEGRO, Fernanda Maria Ulisses,OLIVEIRA, Fernando Antonio; ALVES, Roseane Victor. Prática de esportes durante a adolescência e

atividade física de lazer na vida adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 11, n. 5, set./out. 2005. p. 292.

Com base no estudo acima, conclui-se que

A) as meninas são mais sedentárias que os meninos devido ao hábito de assistirem à televisão por mais tempo.

11Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

B) o sedentarismo dos pais não influencia os filhos, pois pais inativos tendem a gerar filhos fisicamente ativos.

C) o fato de morar em áreas urbanas, que oportunizam maior número de locais para a prática de atividades físicas, pode contribuir para a diminuição do índice de sedentarismo entre os adolescentes.

D) a participação em atividades esportivas escolares pode desenvolver habilidades e proporcionar diver-são, criando bases para a atividade esportiva na vida adulta.

E) o tempo para a prática de atividades físicas é igual tanto para adultos quanto para adolescentes, pois, atualmente, os adolescentes também estão inseridos no mercado de trabalho.

Questão 18

O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) foi um dos pioneiros do Cubismo, uma proposta que transformou não apenas a técnica da pintura, mas, sobretudo, a ma-neira de se olhar a realidade e as formas de representá-la. Leia o texto a seguir sobre sua obra Guitarrista, de 1910.

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PICASSO, Pablo. Guitarrista. 1910. 1 color. Óleo sobre tela, 100 x 73 cm. Coleções Mnam/Cci/Centre Georges Pompidou, Paris.

Assim, em Guitarrista, a figura é legível não tanto pela semelhança de seus aspectos com a imagem reconhecível de um guitarrista, mas pela relação entre as formas circu-lares e as diagonais colocadas contra uma gelosia* retan-gular. A partir daí, lemos a cabeça (o cilindro do alto), os braços (as formas triangulares de ambos os lados) e uma guitarra (os arcos que se repetem no centro). Conserva-se ainda um grau decisivo e residual de semelhança – os co-tovelos são pontudos e guitarras têm uma abertura circu-lar no tampo da caixa de ressonância –, mas a disposição desses elementos e sua distinção das formas retangulares, num sistema de signos praticamente reduzido ao mínimo, é que são cruciais.*gelosia – Grade feitas de ripas de madeira cruzadas intervaladamente, que ocupa o vão de uma janela; rótula.

COTTINGTON, David. Cubismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 42-43.

Com base no texto e na Figura I, entende-se que o Cubismo

A) é uma técnica artística que evidencia o contraste cro-mático e o realismo das formas representadas.

B) exprime uma busca por novas formas de representa-ção da realidade.

C) explora intensamente aspectos da sociedade, como as diferenças sociais e étnicas.

D) representa um único ângulo, ponto de vista, para a observação e a apresentação da realidade.

E) desconsidera totalmente a realidade na sua forma de representação.

Questão 19

O ensino da gramática

Você está triste?Não sei. Talvez.Tristeza dá câncer, sabia?Pensei que dava verruga no nariz.Estou falando sério.Ultimamente você vive falando sério.Quando eu brincava você reclamava.Nem tanto ao mar nem tanto a terra.Você colocou vírgula depois de mar.Estou falando, não estou escrevendo.Mas na sua fala tinha uma vírgula depois de mar?Não. Você está fazendo uma análise sintática e morfo-

lógica da frase?Na frase há o uso da figura de sintaxe chamada elipse.

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3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Chega. É por coisas assim que eu não quero mais vivercom você.

Porque eu sei gramática e você não?Entre outras coisas.[...]

FONSECA, Rubem. Axilas e outras histórias indecorosas. São Paulo: Nova Fronteira, 2011.

Denominada brutalista por Alfredo Bosi, a estética de Rubem Fonseca é marcada pela presença de uma socie-dade onde imperam a violência, o tecnicismo e o indivi-dualismo. No texto O ensino da gramática, tais caracterís-ticas se materializam a partir

A) da temática em que se insere o texto – a questão da técnica – representada no uso da linguagem perti-nente aos estudos literários.

B) da dificuldade expressa entre os personagens narra-dores em entenderem-se efetivamente, marcando o individualismo da sociedade.

C) do uso do discurso indireto livre, que demonstra a versatilidade dos personagens ao considerarem o fim do relacionamento.

D) da linguagem com marcas da oralidade que repro-duzem a velocidade em que a discussão se esta-belece.

E) da referência aos valores que a sociedade contempo-rânea preconiza, a saber, a saúde e o bem-estar.

Texto para as questões 20 e 21.

Timidez: como usá-la a seu favor

Novas pesquisas mostram que os introvertidos podem ser mais concentrados, mais criativos – e mais bem-sucedidos

Eles estão em todos os lugares, na vida real e na fic-ção, da literatura clássica à cultura pop. O introvertido número um da literatura talvez seja Julien Sorel, protago-nista do romance O vermelho e o negro, do século XIX. Fã de filosofia e de leituras religiosas, o personagem criado pelo francês Henri-Marie Beyle, conhecido como Sten-dhal, leva centenas de páginas até conseguir se aproximar de sua amada, Madame de Renal – uma paixão proibi-da, pois ela é casada com o prefeito da fictícia cidade de Verrières. Na cultura pop, esse papel é exercido por Clark Kent, habitante de outra cidade fictícia, Metró-polis, que ganha a vida como repórter do jornal Planeta Diário. Criação do gigante dos quadrinhos DC Comics,

Kent treme quando se aproxima da colega Lois Lane, por quem é apaixonado, e só se torna mais desinibido quan-do veste a cueca por cima da calça e combate o crime com a capa de Super-Homem.

[...]Para os representantes dessa turma, o livro Quiet: the

power of introverts in a world that can’t stop talking (algo como Quietos: o poder dos introvertidos em um mundo que não para de falar), da americana Susan Cain, é mensageiro de uma boa-nova. A obra, que chegará às livrarias brasi-leiras em maio pela Editora Agir, contraria um lugar-co-mum, segundo o qual tímidos e introvertidos devem fazer um esforço para deixar de ser o que são, como se tivessem uma doença. Para Susan Cain, é exatamente o oposto. Os tímidos e os introvertidos mais bem-sucedidos são justa-mente aqueles que transformam timidez e introversão em aliados ao longo da vida.

[...]SPINACÉ, Natalia; ZIEMKIEWICZ, Nathalia. Timidez: como usá-la a seu favor. Revista Época. Disponível em:

<http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/02/timidez-como-usa-la-seu-favor-trecho.html>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Questão 20

A reportagem Timidez: como usá-la a seu favor, publicada na Revista Época, aborda os resultados de uma pesqui-sa. Considerando que o autor precisa respeitar os fatos, isentando-se de apresentar uma opinião em relação às informações apresentadas, pois o papel de avaliação é do leitor, o fragmento da reportagem apresentada con-tribui para o desenvolvimento do senso crítico e da pró-pria atuação do indivíduo em sociedade ao

A) contrariar o senso comum que percebe a timidez como uma faceta a ser reforçada no comportamento de um indivíduo.

B) destacar a influência que os produtos culturais – lite-ratura e revista em quadrinhos – desempenham na formação de opinião.

C) rechaçar o padrão de comportamento dos heróis juve-nis simbolizados pelo Super-Homem e por Julien Sorel.

D) divulgar uma obra que trata de uma pesquisa sobre como tornar-se uma pessoa bem-sucedida.

E) apresentar fatos que revelam um novo ponto de vista sobre a introversão.

13Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

D) cabe à Educação Física a difusão, a exploração e a massificação das práticas corporais para as crianças, mesmo que precocemente, pois o que é feito nas au-las tem influência no que é praticado também fora delas.

E) a mídia, em geral, transformou as práticas corporais em bens de consumo, divulgadas com discernimen-to crítico e defendidas como direito para todos.

Questão 23

Os textos a seguir apresentam a definição de arte pri-mitiva, de arte medieval e do termo clássico. Leia-os e observe as Figuras I, II e III.

Texto I

A arte primitiva, apesar de sua ilimitada variedade, compartilha um traço dominante: a reestruturação imagi-nativa das formas da natureza, em vez de observação cui-dadosa. Sua preocupação não é com o mundo visível, mas com o mundo invisível e inquietante dos espíritos. Para a mente primitiva, todas as coisas são animadas por espíritos poderosos.

JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 18.

Texto II

A Alta Idade Média oscila entre duas formas princi-pais de representação: a arquitetura das igrejas, palácios e templos, e a pintura de fundo religioso. Conhecida como a “era da Fé”, a Idade Média foi um ciclo de represen-tação que opôs duas linhas: o românico, estabelecido de forma múltipla em diversas regiões da Europa, entre os anos 1050 e 1200, e o gótico, considerado o auge da arte medieval.

JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 103.

Texto III

clássico – adj 1. Que se tornou um modelo; modelar, exemplar. 2. Que se refere à cultura, à literatura ou à arte dos antigos gregos e romanos. 3. Que segue, em matéria de cultura, letras e artes, o padrão destes povos. 4. Famoso por se repetir ao longo do tempo; consagrado.

Dicionário Barsa da língua portuguesa. São Paulo: Barsa Planeta, 2004. p. 216.

Questão 21

O autor de um texto busca, por meio de estratégias di-versas, interpelar o maior número de leitores possíveis. No fragmento da reportagem, um dos recursos usados pela autora para se aproximar do universo dos leitores é

A) a exposição do título da obra no original.

B) a indicação da editora que publicará a obra.

C) a apresentação de personagens de universos distin-tos – literário e HQs.

D) a apresentação da autora do livro.

E) o tratamento do tema pelo viés de uma linguagem mais formal.

Questão 22

O esporte, as ginásticas, as danças, as artes marciais e as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e objetos de conhecimento e informações amplamente divulgados para o grande público. Jornais, revistas, video-games, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas ao público adolescente. Crianças tomam contato precoce-mente com práticas corporais e esportivas do mundo adul-to. [...] A Educação Física deve assumir a responsabilidade de formar o cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das novas formas da cultura corporal.

BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e Educação Física. Campinas: Papirus, 1998. p. 17.

Com base no texto acima, conclui-se que

A) a difusão em massa por parte dos meios de comuni-cação só traz efeitos positivos, pois as práticas corpo-rais são amplamente exploradas e divulgadas.

B) a influência da mídia esportiva é percebida somente nas aulas de Educação Física nas quais se apresentam as novas tendências do esporte mundial.

C) por meio de um trabalho crítico e informativo sobre as práticas esportivas exploradas pela mídia, a Educação Física pode minimizar os efeitos negativos do contato precoce das crianças com as produções adultas.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

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Figura ISão João Evangelista, do Evangellho do Abade Wedricus.

1147 (aprox.). 1 color. Iluminura. Sociedade Arqueológica, Avesnes, França.

Figura IIMáscara da região de Bamenda, Camarões. Século XIX-XX. Madeira,

altura 0,67 m. Coleção E. v.d. Heydt, Museu Rietberg, Zurique.

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Figura IIIMANET, Edouard. O tocador de pífaro. 1866. 1 color.

Óleo sobre tela, 1,60 x 0,97 m. Museu d’Orsay, Paris.

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Ao relacionar textos e figuras, pode-se considerar que

A) a Figura I exemplifica a definição do Texto I.

B) a Figura III exemplifica a definição do Texto II.

C) as Figuras I, II e III são exemplos da definição do Texto III.

D) todas as figuras possuem relação de semelhança com a definição do Texto II.

E) as definições dos Textos I e III complementam-se e a Figura II as exemplificam.

Texto para as questões 24 e 25.

Tá com essa cara por quê?

Cientistas ingleses afirmaram que já é possível fazer transplantes de rosto. É isso mesmo. Eu li a notícia numa dessas revistas de ciências, no consultório do meu médico A ideia dos cientistas é retirar a pele do semblante de um doador e reimplantá-la em outra pessoa. Afinal, eles dizem, a pele é apenas mais um órgão humano e, se já é possível fazer trans-plantes seguros até do coração, que é muito mais complicado, por que não da pele?

Eu fiquei abismado. Primeiro que eu nem sabia que a pele era considerada um órgão. Segundo que essa operação oferece possibilidades que beiram a ficção científica.

É, porque, embora os tais cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é apenas recuperar pessoas desfiguradas por queimaduras, eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí.

Você agora pode mudar de cara, entende? Quem sabe se, daqui alguns anos, a gente não vai poder escolher novas feições numa clínica ou até mesmo num supermercado ou num shopping?

A maioria das pessoas com quem comentei a notícia ficou entusiasmada. Afinal, quase ninguém é muito feliz com a cara que tem. Um reclama do nariz mais protuberante. A outra, de suas orelhas de abano. Um terceiro que tem muitas espinhas. Todo mundo quer mudar de cara.

Apenas um dos meus amigos não gostou muito da ideia. E com certa dose de razão.

15Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

– Eu é que não troco a minha cara. Apesar de feia, com essa pelo menos eu já estou acostumado. E, mesmo se fosse para trocar, eu ia querer a cara de quem? É uma pergunta interessante. A cara de quem você gostaria de ter? Do Silvester Stallone? Não. Acho que eu prefiro alguma coisa um pouco mais intelectual, Talvez do Woody Allen. Não, também não. Eu nunca fiquei bem de óculos. Do Tom Cruise? Não. As fãs não iam me deixar em paz. Do BilI Gates? Bem, só se, junto com a cara, viesse também seu saldo bancário. A verdade é que é muito difícil escolher uma nova cara.

– E tem outra – continuou meu amigo –, já imaginou ter a cara de outro homem ali, o tempo todo, encostadinha em você? Cai fora, sô...

CARVALHO, Arthur. Tá com essa cara por quê?. Disponível em:<http://www.releituras.com/acarvalho_menu.asp>. Acesso em: 21 fev. 2012.

C) informar o leitor sobre o resultado de novas pesquisas.D) elogiar a atuação de pessoas consideradas como íco-

nes de sucesso.E) rechaçar a indústria cultural que cria ídolos para a cul-

tura de massa.

Textos para as questões 26 e 27.

Texto I

Do clima à fome. Da fome à guerraCientistas comprovam a relação entre o El Niño e a

ocorrência de guerras civis em países pobresQue as consequências dos conflitos militares são mais

graves em regiões com condições climáticas extremas é um fato comprovado há tempos. Um grupo de cientistas, no en-tanto, foi mais longe. Seu estudo, publicado na revista Natu-re, mostra o que muitos suspeitavam: as condições climáticas também podem agravar ou criar guerras locais. “O clima pode ser o último empurrão para a eclosão de uma guerra civil”, disse Solomon Hsiang, líder do grupo de pesquisa do Instituto da Terra da Universidade Colúmbia, em Nova York.

No Chifre da África, a atual seca é consequência do fenô-meno La Niña – resfriamento de parte das águas do Oceano Pacífico. Em outras partes do mundo, porém, é geralmente associada a outro fenômeno, de características opostas, o El Niño – aquecimento das águas do Pacífico. Com os dois fe-nômenos em mente, Hsiang e seus colegas analisaram a va-riação climática de 175 países e a ocorrência de conflitos civis entre 1950 e 2004. Notaram não só que as guerras eram mais frequentes nos anos do El Niño, mais quentes e secos, como também costumavam eclodir no segundo semestre, junto com os efeitos do fenômeno climático. Encaixam-se nesse padrão a retomada da guerra civil no Sudão, em 1983, depois de dez anos de armistício; os conflitos no Haiti, após o golpe de Estado de 1991; e o início da guerra civil na República Democrática do Congo, em 1997.

SORG, Leticia. Do clima à fome. Da fome à guerra. Revista Época. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Mundo/noticia/2011/09/do-clima-fome-da-fomeguerra.html>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Questão 24

Um dos recursos utilizados pelo autor para chamar a atenção do leitor e que conferem ao texto certo grau de ironia éA) a busca do indivíduo pela cara perfeita – Bill Gates,

Tom Cruise, Silvester Stallone, Woddy Allen –, ressaltan-do os ícones de beleza da cultura de massa.

B) a representação de um diálogo entre amigos – Ape-nas um dos meus amigos não gostou muito da ideia –, revelando a importância da opinião na escolha de um novo rosto.

C) o elogio ao consumo – [...] a gente não vai poder es-colher novas feições numa clínica ou até mesmo num supermercado ou num shopping? –, desvelando as re-lações de comércio na contemporaneidade.

D) o rechaço aos avanços científicos – embora os tais cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é ape-nas recuperar pessoas desfiguradas por queimaduras, eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí.

E) a retomada do bordão popular – Tá com essa cara por quê? –, usado, normalmente, para sugerir um esta-do de ânimo. Há de se observar que, na crônica, essa expressão é usada para chamar a atenção para os as-pectos físicos do rosto.

Questão 25

O texto Tá com essa cara por quê? elucida, por meio de uma linguagem simples e direta, o objeto de crítica e re-flexão do cronista que intencionaA) divertir o leitor com o relato de uma situação vivida

por ele.B) criticar o uso comercial de descobertas cientificas.

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3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Texto II

África: fome e guerra

Um continente assediado pela fome. Pelas estatísti-cas recentes, as cifras desse flagelo não param de crescer, tornando-se mais graves e mais preocupantes. A cada ano, 27 milhões de africanos, a maioria crianças, estão ameaçados de morrer de fome. Dos 800 milhões de ha-bitantes, pelo menos 150 milhões vivem em debilitante escassez de alimentos. Os países mais atingidos pelo fla-gelo são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola. Além disso, são os mais atingidos por violentos conflitos internos, que ameaçam aumentar a ruína. No fluxo do comércio mundial, no qual a África não tem condições de tomar parte, contribuem com mo-destíssimos 1,5%. ROSSI, Carlos. África: fome e guerra. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/history/1832853-

%C3%A1frica-fome-guerra/#ixzz1nDMdGujf>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Questão 26

Para reconstruir o sentido de um texto, o leitor precisa estar atento aos recursos linguísticos e estéticos esco-lhidos pelo autor. Nesse processo, o reconhecimento do uso das figuras de linguagem se converte em uma importante ferramenta que amplia a expressividade da mensagem apresentada. No Texto I, uma das figu-ras de linguagem utilizada pelo autor é

A) a elipse, haja vista que ele não explica o que é o fe-nômeno El niño – “Cientistas comprovam a relação entre o El Niño e a ocorrência de guerras civis em países pobres”.

B) a gradação, pois demonstra como um fenômeno leva a outro – “Do clima à fome. Da fome à guerra”.

C) a metáfora, pois considera um fenômeno natural como algo passível de ter gênero, “a atual seca é con-sequência do fenômeno La Niña”.

D) a antítese, ao contrapor as origens de dois fenôme-nos climáticos – el Niño e La niña.

E) o pleonasmo, pois repete várias vezes a ideia que o clima influencia no surgimento de conflitos.

Questão 27

Em relação às ideias apresentadas nos dois textos sobre o desenvolvimento de conflitos, pode-se considerar que

A) o Texto I apresenta uma situação hipotética em re-lação à influência do clima no desenvolvimento de conflitos.

B) o Texto II faz uma descrição da situação vivida por países africanos que corrobora as ideias apresentadas no Texto I.

C) os dois textos apresentam dados sobre a influência do clima na manifestação de conflitos na África.

D) no Texto II, pode-se perceber a presença de dados econômicos que contrariam as ideias defendidas no Texto I sobre a influência do clima.

E) ambos os textos divergem em relação ao tema, já que o Texto I apresenta dados de uma investigação, enquanto o Texto II descreve as dificuldades vividas pelos africanos.

Questão 28

As atividades de luta representam uma necessidade infantil manifestada principalmente entre os meninos sen-do, na maioria das vezes, reprimidos e punidos. Contudo, na Capoeira, essas questões são abordadas de forma hu-manizadora. O professor (mestre) age de modo dinâmico vindo com a proposta de fazer uso de jogos de lutas, per-mitindo o contato corporal de forma organizada em con-dições seguras, possibilitando a liberação da agressividade sem deixar de lado o reconhecimento do outro suprindo sua necessidade. Trabalha-se numa constante renovação na transmissão do ensino, com a expectativa de levar o homem a ser melhor. Por meio de golpes e de outros movi-mentos específicos, a criança percebe seu corpo no espaço, motivada pelo ritmo, pelo som das músicas e dos instru-mentos e pela vibração das palmas.

PAULA, Luiz Carlos de; CAMPOS, Luiz Antonio Silva. A capoeira na integração com a Educação Física escolar na promoção do crescimento e desenvolvimento infantil além do aspecto motor.

UNIUBE/Uberaba. UNIPAM/Patos de Minas. MG. 2008.p23

Com base no texto, constata-se que

A) a capoeira é uma manifestação violenta, mas que pode ser controlada nas aulas de Educação Física com a condução correta por parte do professor.

17Linguagens, códigos e suas tecnologias

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B) a capoeira é uma atividade motivadora que permite a liberação da agressividade das crianças de maneira controlada, organizada e segura, por meio de golpes e outros movimentos específicos conduzidos pelo professor ou mestre durante as aulas de Educação Física.

C) a capoeira é uma modalidade que pode ser trabalha-da nas aulas de Educação Física apenas com meni-nos, pois consegue controlar a agressividade dos ga-rotos pelos movimentos específicos conduzidos pelo professor ou mestre.

D) as meninas devem praticar a capoeira nas aulas de Educação Física para, além de se defender, poderem liberar a agressividade contra os meninos que pos-suem a luta desenvolvida desde a infância.

E) o professor de Educação Física deve ser formado em capoeira para poder ensinar os movimentos técnicos específicos, bem como os valores inerentes a ela: hu-manização e igualdade.

Questão 29

A música brasileira desenvolvida a partir da década de 1960 contava com autores e intérpretes que se torna-ram referência tanto para a história como para a poé-tica da música atual. Alguns nomes de artistas surgem como expoentes desse período e ainda demonstram sua arte com produções e lançamentos de CDs, entre eles, pode-se citar Chico Buarque (Francisco Buarque de Hollanda, nascido no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1944).

Leia trechos de uma reportagem que trata da obra desse artista nos séculos XX e XXI:

Chico Versus Chico

A cada novo disco, um espelho se ergue diante de Chi-co Buarque. Porém, como um Dorian Gray às avessas, é a imagem do artista jovial e engajado da década de 1970 que se reflete no aço. Nesse confronto consigo mesmo – promovida não pelo cantor, mas por parte do público e da crítica –, o gongo costuma soar rápido: vitória por nocaute do Chico de outrora.

[...]

Trata-se mais uma vez, do espelho. Quando se pro-curam, no Chico de hoje, as canções de ontem, impõem--se uma frustração de contornos nostálgicos. A saudade de uma época na qual o tipo de música feita por ele e seus colegas de geração, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, ocupavam um posto privilegiado na cultura brasi-leira, funcionando como ponto de interseção de utopias e terreno para a purgação dos malogros da classe média urbana.

[...]“Ao longo dos anos 80, a MPB perdeu sua centrali-

dade”, resume Fernando de Barros e Silva, autor do livro Chico Buarque (Publifolha). O próprio compositor já afirmou que “a canção, como a conhecemos, é fenômeno próprio de século passado”. Na esteira da sedimentação da indústria cultural e da crescente democratização do con-sumo, o modelo formatado por Noel Rosa nos anos 30, e depois redesenhado pela bossa nova, tornou-se apenas mais um entre tantos.

[...]Na reverência ao passado, o compositor não tira o

olho do futuro, em uma peleja sem derrotados. Como dis-se Caetano Veloso certa vez, Chico arrasta a tradição, mas anda para frente.

MOUTINHO, Marcelo. Chico versus Chico. Bravo. São Paulo: Abril, ago. 2011. p. 40 - 43.

De acordo com o texto, é correto afirmar que

A) o artista é figura isolada na produção musical a partir da década de 1960 e sua aceitação e crítica mantêm--se constantes e favoráveis.

B) a obra atual desse compositor é mais exaltada do que a realizada no século XX, pois esta foi rejeitada pelo público e pela crítica.

C) a canção é colocada como algo estável na cultura brasileira, principalmente as de Chico Buarque, que, desde a década de 1980, segue repetindo os mesmos temas em suas composições.

D) o artista mudou sua maneira de se expressar du-rante a vida e, por esse fato, sua genialidade criati-va é unânime para a crítica especializada e para o público.

E) Chico Buarque é referência na MPB e sua obra atual recebe críticas por se mostrar diferente da produzida na década de 1970.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Textos para as questões 30 e 31.

Texto I

A evidência

Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acredi-tem e passem, doravante, a chamar este escritor de men-tiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes. Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém se espantou, muito menos o garçom do restaurante. Era apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, rati-nho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O gar-çom andou de lá pra cá e de cá pra lá, como fazem todos os garçons durante meia hora, na preliminar de atender fregueses, mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçom, acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou, pois o garçom e perguntou ao ratinho o que desejava co-mer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor:

– Primeiro você me traga Roquefort aublinnis. Depois, Couer de baratta filet roti à la broche pommes dauphine. Em seguida, Medaillon lagartiche foie gras de Strasbourg. E, como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit estraguèe avec cerises jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um La-ffite Porcherrie Rotschild 1934.

– Muito bem – disse o garçom. E, dirigindo-se ao tigre – E o senhor, que vai querer?

– Ele não quer nada – disse o ratinho.– Nada? – tornou o garçom – Não tem apetite?– Apetite? Que apetite? – rosnou o ratinho enraiveci-

do – Deixa de ser idiota, seu idiota! Então você acha que se ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?

Moral: É necessário manter a lógica mesmo na fantasia.FERNANDES, Millor. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1964. p. 89.

Texto II

Supermercado Millôr

ANO I – Nº. 1(Autobiografia de mim mesmo à maneira

de mim próprio)

“[...] Dou um boi pra não entrar numa briga. Dou uma boiada pra sair dela... Aos quinze (anos) já era famoso

em várias partes do mundo, todas elas no Brasil. Venho, em linha reta, de espanhóis e italianos. Dos espanhóis her-dei a natural tentação do bravado*, que já me levou a pro-curar colorir a vida com outras cores: céu feito de conhas de metal roxo e abóbora, mar todo vermelho, e mulheres azuis, verdes ciclames. Dos italianos que, tradicionalmen-te, dão para engraxates ou artistas, eu consegui conciliar as duas qualidades, emprestando um brilho novo ao humor nativo. Posso dizer que todo o País já riu de mim, embora poucos tenham rido do que é meu.”FERNANDEZ, Millor. Supermercado Millôr. Disponível em: <http://www.releituras.com/millor_bio.asp>.

Acesso em: 21 fev. 2012.

*bravado – expressão usada para se referir a uma pretensa valentia, a uma falsa coragem.

Questão 30

Com base no título e no enredo do Texto I, pode-se con-siderar que entre eles se estabelece

A) uma correspondência, pois o jantar do ratinho com um tigre é uma evidência de que o felino não estava faminto.

B) uma contradição, afinal, nas fábulas, os ratos e os ti-gres não podem ser amigos.

C) um contrassenso, pois os ratos não conhecem a culiná-ria francesa, o que compromete a coerência do texto.

D) um equívoco, pois a fábula não apresenta nenhuma moral explícita em relação ao episódio descrito.

E) uma sátira, uma vez que o ratinho possui conheci-mentos sofisticados em relação ao cardápio.

Questão 31

Considere o trecho do Texto II – Autobiografia de mim mesmo à maneira de mim próprio –, das características mencionadas nesse texto, materializam-se textualmente no Texto I

A) a tenacidade em lutar por seus ideais – Dou um boi pra não entrar numa briga. Dou uma boiada pra sair dela – expressa na audácia do ratinho.

B) a busca pelo reconhecimento – Aos quinze (anos) já era famoso em várias partes do mundo – ao mencio-nar o cardápio em francês.

19Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

C) o novo brilho ao humor nativo – ao escrever uma fá-bula com personagens já reconhecidos pelo público, mas a partir da realidade local.

D) a tentação do bravado – expressa pela naturalidade da descrição de um jantar entre um ratinho e um tigre.

E) a insatisfação perante a crítica – Posso dizer que todo o País já riu de mim – expressa na moral da história narrada.

Textos para as questões 32, 33 e 34.

Texto I

GUERRA, Cristina. Retratos. 1989-1997. Fotógrafo: Marcelo Zocchio. In: FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 142.

Texto II

Uno, nessuno e centomila

Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora, acreditara ser para mim, quem era eu?

Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu na-riz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos meus olhos; na estreiteza ou na amplidão da minha testa, e as-sim por diante. Aquele era o meu nariz, aqueles os meus olhos, aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim, nas quais, levado por meus negócios, tomado por minhas ideias, entregue a meus sentimentos, não podia pensar.

Mas agora pensava: E os outros? Os outros não estão dentro de mim. Para

os outros que olham de fora, minhas ideias, meus senti-mentos possuem um nariz. Meu nariz. E possuem um par

de olhos, que eu não vejo e eles veem. Que relação exis-te entre minhas ideias e meu nariz? Para mim, nenhuma. Eu não penso com o nariz, nem me ocupo com o nariz, quando penso. Mas os outros? Os outros que não podem ver dentro de mim minhas ideias e veem de fora o meu nariz? Para os outros, as minhas ideias e o meu nariz têm tanta relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias e este, por sua forma, muito esquisito, começariam a rir.

PIRANDELLO, Luigi. Uno, nessuno e centomila. In: FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 154.

Questão 32

A análise das ideias defendidas no texto Uno, nessuno e centomila, evidencia que o texto está centrado na dis-cussão sobre A) a dificuldade de o personagem-narrador se fazer en-

tender por seu interlocutor.B) a necessidade de adequar a imagem externa de acor-

do com as ideias que o indivíduo tem.C) a falta de consideração que as pessoas têm pelo as-

pecto físico atualmente. D) a percepção de como a imagem externa pode influen-

ciar a forma pela qual as pessoas julgam os demais.E) o elogio das características físicas do narrador-per-

sonagem que menospreza a imagem que os outros fazem dele.

Questão 33

No texto Uno, nessuno e centomila, o fragmento que melhor explica e exemplifica a importância da imagem mental e afetiva na recepção de um discurso é A) “Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora,

acreditara ser para mim, quem era eu?”B) “Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu na-

riz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos meus olhos”.

C) “Aquele era o meu nariz, aqueles os meus olhos, aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim.”

D) “E os outros? Os outros não estão dentro de mim.”E) “Para os outros as minhas ideias e o meu nariz tem tanta

relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias e este por sua forma muito esquisito, começariam a rir.”

20

Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

Questão 34

Considere as ideias apresentadas no fragmento do tex-to literário Uno, nessuno e centomila e analise o quadro Retratos, em que se pode visualizar uma obra artística constituída de representações de pessoas. A partir da análise comparada dos textos, pode-se afirmar que

A) o Texto I aborda apenas a questão da imagem externa, uma vez que descreve características físicas do narrador.

B) o Texto II representa a diversidade identitária marca-da pelas diferentes imagens feitas dos indivíduos.

C) o Texto I está constituído de sequências descritivas, uma vez que retrata o que sente o autor em relação a seu próprio corpo.

D) o Texto II não apresenta mensagem alguma, já que não possui texto verbal.

E) o Texto I possui um caráter persuasivo, pois tenta convencer o leitor a mudar seu comportamento a partir da relação entre imagem x ideias.

Questão 35

Leia o texto que apresenta aspectos da obra e da pro-posta artística do pintor de origem holandesa Piet Mon-drian (1872-1944).

O Neoplasticismo tem ligação indissolúvel com a obra de Piet Mondrian. Suas pinturas em forma gradeada bus-cam revelar a ordem espiritual e atemporal que subjaz à aparência infinitamente variável do mundo. As teorias de Mondrian foram exploradas e expostas por artistas associa-dos à revista de arte holandesa De Stijl.

Em relação às pinturas geométricas abstratas de Mon-drian, o Neoplasticismo se refere a linhas negras horizon-tais e verticais em fundo branco acinzentado, no qual ele acrescentou blocos de cores primárias. Mondrian defendia pinturas sem centro, e muitas de suas obras não têm um ponto óbvio sobre o qual o olhar se fixa. As margens são tão importantes quanto o meio. As linhas verticais e hori-zontais sugerem a calma e a suspensão que surgem de duas forças opostas e equilibradas entre si. Mondrian se motiva-va pela crença de que sua arte revelava a estrutura espiritual que sustentava o mundo como o sentimos.

LITTLE, Stephen. ...ismos: para entender a arte. São Paulo: Globo, 2010. p. 116-117.

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MONDRIAN, Piet. Composição com vermelho, amarelo e azul. 1928, 1 color.Óleo sobre tela, 42,2 x 45 cm. Ludwingshafen do Reno, Wilhelm-Hack-Museum.

Com base na relação entre o texto e a Figura I, é correto afirmar que

A) o artista desenvolveu um estilo essencialmente cro-mático e testou a bidimensionalidade da tela sempre a partir de um ponto visual central.

B) o neoplasticismo caracteriza-se como forma precisa de descrição das obras do artista e de seu estilo pes-soal de pintar.

C) o neoplasticismo fundamenta especialmente a pro-posta artística de Mondrian, demonstrando as con-sequências da irreverência do artista.

D) o artista é referência de um estilo e de uma concep-ção de arte na qual o equilíbrio e a espiritualidade possuem uma relação reflexiva e estética.

E) tanto o artista como sua produção demonstram uma arte intuitiva, aleatória, casual e desprovida de pesquisa.

Questão 36

Já podeis da pátria filhos

Sabe-se que o estrangeiro, ao jogar futebol, ataca o ba-lão de couro como se fosse inimigo. Há quem diga que o joelho empedrado é natural do gringo, variando uma besteirinha de acordo com a espécie. Isto devido à comida que eles comem, que e muito melhor do que a comida que o brasileiro come, com exceção de que o joelho fica empe-drado. Porém a comida dá enormes sustanças e, além dis-

21Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

so, eles usam foguetes e o raio leise. Ninguém me diga que a Hungria não usou o raio laser em cinquenta e quatro, quando eles davam de 11 a 8 e 19 a 15 e 48 a 0 em quem aparecesse, eles não facilitavam. Disse seu Góes, que não esteve nessa Copa, aliás não esteve em Copa nenhuma, mas esteve com Pongó que o primo esteve nessa Copa, que eles vinham lá de baixo do campo parecendo uns cavalos, tudo falando hurunguês e dando aqueles passes de joelho empedrado, situque-situque. RIBEIRO, João Ubaldo. Já podeis da pátria filhos. In: Livro de histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

p. 59.

O título do texto – Já podeis da pátria filhos – remete ao primeiro verso do Hino da Independência do Brasil, le-vando o leitor a inferir que o fragmento de texto apre-sentado refere-se ao contexto nacional, pois faz uma reflexão de cunho político a partir

A) do futebol, considerado um dos ícones da cultura brasileira.

B) dos estrangeiros e seus hábitos alimentares.

C) da pobreza a que o narrador do texto está submetido.

D) da imaginação do narrador que acredita no uso de raio laser na Copa de 1954.

E) da ignorância do narrador que afirma que os jogado-res falavam hurunguês.

Questão 37

O encontro médico-paciente

Mas a linguagem médica não é feita só de palavras. Há uma comunicação não verbal, que começa já no ambiente. Suponhamos que alguém esteja doente e vá procurar um médico. Ou médica: a presença da mulher na profissão é cada vez mais frequente, o que, aliás, representa uma mudança. Durante milênios, a atividade médica era uma coisa quase exclusivamente masculina. Claro, havia partei-ras, mas sua atividade era considerada auxiliar. E, quando as mulheres começaram a se diplomar medicina, iam em geral para certas especialidades, como pediatria e gineco-logia (cirurgia, por exemplo, nem pensar). Uma curiosa exceção, mas ainda não isenta de preconceito, ocorreu na finada União Soviética. Lá, dava-se preferência às mulhe-res nas escolas de medicina, sob o argumento de que seu perfil psicológico tornava-as mais aptas a cuidar de pes-soas (além disso, os homens, que andavam em falta após

as terríveis baixas da Segunda Guerra Mundial, ficavam liberados para outras tarefas).SCLIAR, Moacir. A linguagem médica. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.

br/livrariadafolha/1052130-leia-trecho-de-folha-explica-a-linguagem-medica.shtml>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Ao refletir sobre as características da linguagem médica no fragmento apresentado, Scliar toca em uma questão de gênero, evidenciando

A) a falta de preparo das mulheres para atuar na medicina.

B) o preconceito em relação aos homens que não são bons cuidadores.

C) as práticas sexistas em relação ao exercício da medi-cina por mulheres.

D) a falta de opção para as mulheres no mercado de tra-balho.

E) a inexistência de preconceito na antiga União Sovié-tica em relação às mulheres.

Questão 38

A produção de arte contemporânea conta com propos-tas artísticas que incluem instalações e performances. Um dos artistas que inovou e promoveu discussões sobre arte pelas suas performances foi o alemão Joseph Beuys (1921-1986). Em sua primeira mostra individual para uma galeria privada, Beuys entrou com uma lebre morta no colo, rosto coberto com mel e pó de ouro e visitou a exposição co-mentando com o animal sobre as obras dispostas nas pa-redes. Por três horas as pessoas puderam observar a mo-vimentação do artista, mesmo sem ouvir o que ele dizia. Esta performance intitulada Como Explicar Desenhos a uma Lebre Morta, e realizada em 26 de novembro de 1965, na galeria Schmela de Düsseldorf, Alemanha, além de gerar opiniões controversas sobre a arte, demonstrou que a arte contemporânea vem buscando novas propostas de inte-ração com o público, bem como novas possibilidades de compreensão dos próprios caminhos da arte. Além disso, as intenções do artista podem conter aspectos simbólicos, como em rituais, conforme apresenta Gisele Kato em re-portagem (Bravo, set. 2010, p. 40) sobre uma mostra desse artista realizada em 2010 em São Paulo: “o mel para reme-ter à sociedade organizada das abelhas, tida por ele como um exemplo, e o ouro por simbolizar o poder e a conexão com o Sol. A própria lebre, presente na maioria de suas

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

peças, também carrega diversos significados implícitos. Na mitologia grega, estava ligada à deusa da beleza e do amor, Afrodite, e, no cristianismo, representa a ressurrei-ção.” Desta forma, estas manifestações artísticas exigem um olhar mais atento e disposto a análise para a constru-ção de sentido e significado para o observador, apesar de o próprio artista considerar que “Toda pessoa é um artista”, em seu dito mais famoso (segundo comentário de Gisele Kato na mesma reportagem).

Tendo a obra de Beuys como exemplo, pode-se colocar que, em uma performance, o artista

A) articula ideias, sentimentos e conceitos na arte con-temporânea.

B) reúne diferentes artistas na reprodução de visões de arte do século XIX.

C) explora os limites da arte, embora seja facilmente compreendida pelo público.

D) expõe o artista fisicamente na obra apenas em espa-ços públicos.

E) reforça a cultura de massa na qual a produção indus-trial é predominante.

Questão 39

A funda de DaviEra uma vez um menino chamado Davi N., cuja pon-

taria e habilidade no manejo da atiradeira despertavam tanta inveja e admiração entre seus amigos da vizinhança e da escola, que viam nele – e, assim, comentavam entre si quando os pais não podiam escutar – um novo Davi.

O tempo passou.Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava dispa-

rando pedrouços contra latas vazias e pedaços de garrafa, Davi descobriu um dia que era muito mais divertido exer-cer contra os pássaros a habilidade com que Deus o tinha dotado, de modo que dali em diante a exercitou contra todos os que se punham ao seu alcance, em especial contra Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos, cujos corpi-nhos sangrentos caíam suavemente sobre a grama, com o coração ainda agitado pelo susto e a violência da pedrada. 

Davi corria alegre até eles e os enterrava cristãmente.Quando os pais de Davi se aperceberam desse costume

do seu bom filho se alarmaram muito, lhe perguntaram o que é que era aquilo, e denegriram a sua conduta com

termos tão ásperos e convincentes que, com lágrimas nos olhos, ele reconheceu sua culpa, se arrependeu sincero, e durante muito tempo se aplicou em disparar apenas sobre os outros meninos.

Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segunda Guerra Mundial, Davi foi promovido até general e conde-corado com as cruzes mais altas por matar sozinho trinta e seis homens, e mais tarde degradado e fuzilado por deixar escapar com vida um Pombo mensageiro do inimigo.

MONTERROSO, Augusto. A ovelha negra e outras fábulas. Rio de Janeiro: Record, 1983. p. 71.

Augusto Monterroso, contista contemporâneo, reinventa um signo há muito conhecido na história ocidental – a do jovem Davi que, em uma luta desigual, vence o gigante ao atirar uma pedrada em seus olhos. No entanto, o conto apresentado é uma crítica aos valores dos novos heróis contemporâneos e, por extensão, à sociedade em que es-tão inseridos. Tal reflexão se estabelece por meio da apre-sentação de uma contradição expressa no fragmento

A) “Era uma vez um menino chamado Davi N., cuja pon-taria e habilidade no manejo da atiradeira desperta-vam tanta inveja e admiração entre seus amigos da vizinhança e da escola.”

B) “Quando os pais de Davi se aperceberam desse cos-tume do seu bom filho se alarmaram muito, lhe per-guntaram o que é que era aquilo, e denegriram a sua conduta com termos tão ásperos e convincentes [...].”

C) “Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava dis-parando pedrouços contra latas vazias e pedaços de garrafa, Davi descobriu um dia que era muito mais divertido exercer contra os pássaros a habilidade com que Deus o tinha dotado, [...].”

D) “[...] de modo que dali em diante a exercitou contra todos os que se punham ao seu alcance, em espe-cial contra Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos, cujos corpinhos sangrentos caíam suavemente sobre a grama, com o coração ainda agitado pelo susto e a violência da pedrada. 

E) “Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segun-da Guerra Mundial Davi foi promovido até general e condecorado com as cruzes mais altas por matar so-zinho trinta e seis homens, e mais tarde degradado e fuzilado por deixar escapar com vida um Pombo mensageiro do inimigo.”

23Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

Questão 40

Rubem Fonseca vence Prêmio Literário Casino da Póvoa

O escritor brasileiro Rubem Fonseca, 86, venceu o Prêmio Literário Casino da Póvoa, anunciado nesta ma-nhã durante o 13.º encontro literário Correntes D’Escritas, na Póvoa de Varzim, em Portugal.

Convidado especial da edição, o escritor venceu os finalistas Teolinda Gersão, Maria Teresa Horta, Hélia Correia, Yvette Centeno, Enrique Vila-Matas, Leonardo Padura, Inês Pedrosa e Mário Cláudio.

Segundo o jornal “Público”, em seu discurso de agra-decimento, o escritor recitou de memória “O Melro” e sonetos de Camões.

“Amo a língua portuguesa, é uma língua lindíssima”, disse Fonseca. “Adoro poesia. Lembrei-me de Camões. Vocês me permitem que eu leia Camões?”

Fonseca, que recebeu 20 mil euros pelo prêmio, será ainda condecorado com a Medalha de Mérito Cultural pelo secretário de Estado da Cultura (cargo equivalente ao de ministro), Francisco José Viegas.RUBEM Fonseca vence Prêmio Literário Casino da Póvoa. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.

folha.uol.com.br/ilustrada/1052548-rubem-fonseca-vence-premio-literario-casino-da-povoa.shtml>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Nessa notícia, o jornalista privilegiou algumas infor-mações, destacando alguns dados sobre o prêmio e o autor. Considere que tais subsídios contribuem para a construção de sentidos e evidenciam que

A) o autor premiado buscou abrilhantar a literatura do país que lhe concedeu o prêmio, recitando Camões.

B) o valor dado no Prêmio Literário Casino da Póvoa era menos significativo que a condecoração oferecida ao ganhador.

C) o objetivo do texto é divulgar a literatura brasileira por meio do escritor Rubem Fonseca.

D) a linguagem formal usada no texto contrapõe-se ao uso das aspas para citar a fala de Rubem Fonseca.

E) a função social da notícia – divulgar a literatura por-tuguesa – ocorre por meio da apresentação do autor português: Camões.

Questão 41

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Figura ITeatro kabuki

O teatro kabuki é um espetáculo tradicional e popu-lar japonês. A palavra kabuki pode ser traduzida como a arte de cantar e dançar. Sua apresentação busca o exagero como uma forma de torná-lo fantástico ou com aspectos de sobrenatural. Nesse sentido, as cores e o requinte dos trajes; a quantidade de adereços; a maquiagem estilizada; a precisão, a movimentação e interpretação bem definida dos atores, até como se fossem estátuas; o som bem mar-cado pelo uso de matracas e também por instrumentos de corda como o shamisen, possuem uma grande importân-cia. Todos os recursos resultam em um choque visual para expressar a força, a perfeição, os sentimentos em cada uma das atuações dos atores e no seu conjunto.

O kabuki, para os japoneses, é uma arte dedicada para a gente comum, diferente de outros espetáculos desen-volvidos para a aristocracia. Em sua origem, século XVI, mulheres também atuavam, mas, desde o século XVII, ele é encenado somente por homens, inclusive os papéis femininos, o que exigiu o desenvolvimento e a especiali-zação de atores para esta modalidade cênica. Tendo como público inicialmente os mercadores, sua beleza ampliou sua popularidade e ele se tornou uma expressão artística duradoura.

Disponível em: <http://www.culturajaponesa.com.br/htm/kabuki.html>. Acesso em: 2 mar. 2012.

Sobre o kabuki, pode-se afirmar que

A) consiste em arte cênica japonesa dedicada original-mente à aristocracia que se tornou popular ao valori-zar principalmente a simplicidade de recursos.

B) é um espetáculo que, pelo exagero de recursos visuais e interpretativos, busca a expressividade de sentimentos.

24

Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

C) como arte japonesa, é valorizado mais em outros países que em seu próprio país de origem.

D) explora a visualidade chocante no palco, passando para o público uma visão realista do cotidiano.

E) nesse espetáculo japonês, a interpretação dos atores é mais valorizada que outros recursos cênicos.

Questão 42

Conclusões de Aninha

Estavam ali parados. Marido e mulher.Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roçatímida, humilde, sofrida.Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,e tudo que tinha dentro.Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. 

O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra.A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudarE não abriu a bolsa.Qual dos dois ajudou mais?[...]

CORALINA, Cora. Vintém de cobre – meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2001. p. 174.

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma grande poetisa brasileira que, sendo doceira por profissão, foi responsável por uma produção poética simples, atrelada ao cotidiano e aos temas da vida interiorana. No fragmento do poema Con-clusões de Aninha, pode-se perceber uma reflexão sobre a atuação das pessoas frente a alguém que necessita de ajuda. Essa situação pode ser sintetizada pelo ditado po-pular

A) A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.

B) Quem não tem cachorro que cace com gato.

C) Deus ajuda quem cedo madruga.

D) Há males que vêm para o bem.

E) Depois da tempestade, sempre vem a calmaria.

Questão 43

No ritmo do Fórum Mundial da Bicicleta, veja 10 motivos para começar a pedalar

Além de ser cada vez mais difundida como uma al-ternativa para a mobilidade urbana, andar de bicicleta é uma atividade física que reduz o estresse, evita o infarto e aumenta a imunidade. É o que garante o médico Has-san Ahmed Yassine Neto, cirurgião torácico do Hospital e Maternidade São Luiz e coordenador médico World Bike Tour, realizado no fim de janeiro, em São Paulo. É ele também quem lista as 10 razões para começar a pedalar:

1. Combate estresse e depressão 2. Desintoxica 3. Emagrece 4. Melhora o sono 5. Reduz colesterol e triglicerídeos 6. Evita o infarto 7. Diminui a pressão arterial 8. Aumenta a imunidade 9. Melhora a respiração 10. Garante boa forma e fôlego de atleta 

NO RITMO do fórum mundial da bicicleta. In: Jornal Zero Hora. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3672008,No-ritmo-do-Forum-Mundial-da-Bicicleta-veja-10-motivos-para-

comecar-a-pedalar.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.

Considerando que cada texto desempenha uma função social entre a comunidade de leitores, o texto publicado no jornal Zero Hora objetiva

A) apresentar informações que possam auxiliar no pro-cesso de mudança de comportamento.

B) exaltar práticas de atuação que podem aumentar o número de participantes do Fórum Mundial de Bici-cleta.

C) divulgar o evento que acontece em Porto Alegre so-bre essa modalidade de transporte urbano.

D) destacar a bicicleta como único meio de transpor-te urbano disponível que combina saúde e bem- -estar.

E) incentivar o uso da bicicleta como meio de transpor-te ecologicamente recomendável para as cidades.

25Linguagens, códigos e suas tecnologias

Avaliação Diagnóstica EM 2012

Questão 44

A cultura brasileira recebeu contribuições e influências da cultura africana. Pode-se constatar essa presença, popula-ridade e força em aspectos da culinária, da língua, da religião, das artes. Leia o texto a seguir:

Instrumentos musicais africanosO Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, polí-

ticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias ou-tras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil. As principais características dos africanos são a musicalidade e suas danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos musicais, entre eles podemos destacar: afoxé, agogô, berimbau, caxixi, cuíca, kora, reco-reco, tambores.

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Instrumentos musicais africanos. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Com base no texto, pode-se afirmar que a contribuição da musicalidade da cultura africana na constituição da música brasileira A) manteve-se na reprodução da pluralidade de rituais religiosos.B) destaca-se na presença e na elitização de ritmos regionais.C) explora a diversidade rítmica e a criatividade dos instrumentos. D) valoriza as danças que exprimem os conflitos sociais atuais divulgados na mídia .E) privilegia o Brasil mostrando-se presente apenas em nosso país.

Questão 45

Narcisismo no “Face”Cuidado! Quem tem muitos amigos no “Face” pode ter uma personalidade narcísica. Personalidade narcísica não é

alguém que se ama muito, é alguém muito carente. [...]Em 1979, o historiador americano Christopher Lasch (1932-94) publicava seu best-seller acadêmico “A cultura do

narcisismo”, um livro essencial para pensarmos o comportamento no final de século 20. Ali, o autor identificava o traço narcísico de nossa era: carência, adolescência tardia, incapacidade de assumir a paternidade ou maternidade, pavor do envelhecimento, enfim, uma alma ridiculamente infantil num corpo de adulto.

O Facebook é a plataforma ideal para autopromoção delirante e inflação do ego via aceitação de um número gigan-tesco de “amigos” irreais. O doutor Viv Vignoles, catedrático da Universidade de Sussex, no Reino Unido, afirma que, nos EUA, o narcisismo já era marca da juventude desde os anos 80, muito antes do “Face”. Portanto, a “culpa” não é dele. Ele é apenas uma ferramenta do narcisismo generalizado.

PONDÉ, Luiz Felipe. Narcisismo no “Face”. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/37302-narcisismo-no-quotfacequot.shtml>. Acesso em: 16 abr. 2012.

Ao tratar do uso do Facebook, o autor busca consolidar sua opinião em relação à sociedade contemporânea marca-da, segundo ele, por uma cultura narcísica. Entre os tipos de recursos mobilizados pelo autor para persuadir o leitor, destaca(m)-se, nesse texto, A) as relações de causa e consequência, apresentando o resultado ou efeito do uso intensivo do Facebook.B) o raciocínio lógico, descrevendo como se constituem as plataformas de autopromoção do Facebook.C) o argumento de autoridade, usando citação/paráfrase de fonte confiável, a fim de consolidar as ideias apresentadas.D) o argumento de provas concretas, apresentando dados estatísticos que comprovam como se constitui a sociedade narcísica.E) o argumento baseado no senso comum, descrevendo as crenças populares em relação ao uso das ferramentas de

comunicação midiática.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

3a. série – Volume 2 - 2º. semestre

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AvALIAçãO DIAGNóSTICA DO EM 2012 – 3a. SÉRIE – vOLUME 2 – 2.º SEMESTRELINGUAGENS, CóDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Nome da escola: _______________________________________________________________

Aluno(a): _____________________________________________________________________

Série: ______________________ Turma: ___________________________________

Data: ______________________ Assinatura: ________________________________

2000.39147