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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DIANELE BORTOLI COLEÇÃO DE VESTUÁRIO INFANTIL FEMININO DOCES HISTÓRIAS Balneário Camboriú 2008-2

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

DIANELE BORTOLI

COLEÇÃO DE VESTUÁRIO INFANTIL FEMININO

DOCES HISTÓRIAS

Balneário Camboriú

2008-2

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DIANELE BORTOLI

COLEÇÃO DE VESTUÁRIO INFANTIL FEMININO

DOCES HISTÓRIAS

Trabalho apresentado ao Curso de Design de Moda, da Universidade do Vale do Itajaí – Centro de Educação Superior II, para avaliação de Conclusão de Curso.

Orientadora:Profª. Egéria Höeller Borges Schaefer

Balneário Camboriú

2008-2

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RESUMO O presente trabalho compreende a criação de uma coleção no segmento de vestuário infantil, apresentando o desenvolvimento das peças em duas linhas, festa e casual, atingindo o público feminino de um a seis anos. Através das pesquisas realizadas sobre os 100 anos da imigração japonesa e o livro “As Histórias preferidas das Crianças Japonesas”, buscou – se resgatar as formas, linhas, o lúdico e características. Por isso, aplicou – se uma metodologia que pudesse auxiliar no decorrer do projeto no sentido de dar coerência com um passo a passo de etapas a serem seguidas, utilizando técnicas e ferramentas de criatividade para se ter uma melhor coleção. Palavras – chave: Lúdico, Japão e Moda.

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ABSTRACT This work includes the creation of a segment in the collection of children's clothing, showing the development of the parts in two lines, party and casual, reaching the female audience from one to six years. Through surveys conducted over the 100 years of Japanese immigration and the book "The Children's Stories favorite Japanese", tried - get back the forms, lines, the playful and characteristics. So implemented - is a methodology that could assist in the course of the project in order to give coherence to a step by step of steps to be followed, using techniques and tools for creativity to have a better collection. Keywords: playful, Japan and Fashion.

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 01 Fluxograma 19

Figura 02 Alfaiataria 21

Figura 03 Alta Costura 22

Figura 04 Crianças Ricas no séc. XVIII 26

Figura 05 Roupas simples de 1790 27

Figura 06 Crianças aristocráticas do final do séc. XVIII 28

Figura 07 Vestimenta de Marinheiro 28

Figura 08 Vestimenta Marinheiro Feminino 29

Figura 09 Traje Fauntleroy 30

Figura 10 O Príncipe Shotoku 32

Figura 11 jûni-hitoe 34

Figura 12 Uchikake 35

Figura 13 Seibunkasha 36

Figura 14 Kimono feminino 37

Figura 15 Kurotomesode Sekaibunkasha 39

Figura 16 Furisode 39

Figura 17 Homem em Yukata Sekaibunkasha 41

Figura 18 Kimonos Comemorativos 42

Figura 19 Estilista Cris Barros 44

Figura 20 Roupas da coleção Cris Barros Mini 45

Figura 21 Logo Trielo 45

Figura 22 Vestidos Trielo 46

Figura 23 Roupas La e Lu 47

Figura 24 Vestidos La e Lu 47

Figura 25 Painel Estado do Design 51

Figura 26 Megatendências 52

Figura 27 Personagens 53

Figura 28 Esperança 54

Figura 29 Cores Tendências 55

Figura 30 Imaginação 56

Figura 31 Cores Tendências 57

Figura 32 Cores Tendências 58

Figura 33 Cores Tendências 59

Figura 34 Heroes 60

Figura 35 Painel Super Heróis 61

Figura 36 Balonê 01 62

Figura 37 Balonê 02 63

Figura 38 Babados 01 63

Figura 39 Babados 02 64

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Figura 40 Babados 03 64

Figura 41 Babados 04 65

Figura 42 Babados 05 65

Figura 43 Kenzo Takaia 66

Figura 44 Ronaldo Fraga 67

Figura 45 Petti Bimbo – Miss Blumarine 67

Figura 46 Petti Bimbo – Monnalisa 68

Figura 47 Petti Bimbo – Liu Jô 68

Figura 48 Petti Bimbo – Monnalisa 69

Figura 49 Petti Bimbo – Liu Jô 69

Figura 50 Petti Bimbo – Lolita Pocket 70

Figura 51 Petti Bimbo – Miss Blumarine 70

Figura 52 Petti Bimbo – Lolita Pocket 71

Figura 53 Petti Bimbo – Monnalisa 71

Figura 54 Vinda dos imigrantes ao Brasil 73

Figura 55 O navio Kasato Maru 74

Figura 56 Meiji 75

Figura 57 Trêm 76

Figura 58 Imigrantes 77

Figura 59 Fazenda cafeira 77

Figura 60 Imigrantes 79

Figura 61 Porto Novo Oriente 79

Figura 62 Praça Kunito 80

Figura 63 Colégio Nova Niponi 80

Figura 64 Cooperativas agricolas 81

Figura 65 Cooperativa agricola de Cotia 82

Figura 66 Getúlio Vargas 82

Figura 67 Hospital Santa Cruz 83

Figura 68 EscolaPromissão 83

Figura 69 Imigrantes 02 84

Figura 70 Livro I 87

Figura 71 Livro II 87

Figura 72 Painel Lúdico 91

Figura 73 Painel da Temática 92

Figura 74 Painel do Público Alvo 93

Figura 75 Painel de Conceito 101

Figura 76 Painel Cores 102

Figura 77 Painel Tecidos 104

Figura 78 Painel Aviamentos 107

Figura 79 Painel de Aplicações 110

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Figura 80 MESCRAI 01 112

Figura 81 MESCRAI 02 113

Figura 82 Painel Alternativa 01 115

Figura 83 Look 01 116

Figura 84 Painel Alternativa 02 117

Figura 85 Look 02 118

Figura 86 Painel Alternativa 03 119

Figura 87 Look 03 120

Figura 88 Painel Alternativa 04 121

Figura 89 Look 04 122

Figura 90 Painel Alternativa 05 123

Figura 91 Look 05 124

Figura 92 Painel Alternativa 06 125

Figura 93 Look 06 126

Figura 94 Painel Alternativa 07 127

Figura 95 Look 07 128

Figura 96 Painel Alternativa 08 129

Figura 97 Look 08 130

Figura 98 Painel Alternativa 09 131

Figura 99 Look 09 132

Figura 100 Painel Alternativa 10 133

Figura 101 Look 10 134

Figura 102 Painel Alternativa 11 135

Figura 103 Look 11 136

Figura 104 Painel Alternativa 12 137

Figura 105 Look 12 138

Figura 106 Painel Alternativa 13 139

Figura 107 Look 13 140

Figura 108 Painel Alternativa 14 141

Figura 109 Look 14 142

Figura 110 Painel Alternativa 15 143

Figura 111 Look 15 144

Figura 112 Calcinha Padrão 145

Figura 113 Painel Alternativa Escolhida 146

Figura 114 Calcinha Branca 146

Figura 115 Painel Alternativa Escolhida 147

Figura 116 Calcinha Rosa 147

Figura 117 Painel Alternativa Escolhida 148

Figura 118 Calcinha Azul 149

Figura 119 Protótipo 149

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Figura 120 TAG 163

Figura 121 Etiqueta 163

Figura 122 Sacola 164

Figura 123 Caixa 164

Figura 124 Cartão 165

Figura 125 Convite de Lançamento 165

Figura 126 Vogue 166

Figura 127 Catálogo 166

Figura 128 Tsuru 168

Figura 129 Marca 169

Figura 130 Coleção 169

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LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Cores preferidas 94

Gráfico 02 Lugares 95

Gráfico 03 Tecidos 95

Gráfico 04 Fechamento 96

Gráfico 05 Lugar do Fechamento 96

Gráfico 06 Estilo 97

Gráfico 07 Roupas de Verão 97

Gráfico 08 Compra 98

Gráfico 09 Itens para compra 98

Gráfico 10 Aviamentos 99

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

2 OBJETIVOS 14

2.1 Objetivo Geral 14

2.2 Objetivo Específico 14

3 METODOLOGIA 15

3.1 Metodologia de Pesquisa 15

3.2 Metodologia de projeto 16

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20

4.1 História do Vestuário 20

4.2 História do Vestuário Infantil 24

4.3 História do Vestuário Japonês 31

4.3.1 Na Antigüidade 31

4.3.2 Opulência Têxtil 32

4.3.3 Estilo Samurai 34

4.3.4 Gostos Burgueses 35

4.3.5 Tempos Modernos 37

4.3.6 Tipos de Kimonos 38

4.3.7 Kimonos Cerimoniais Infantis 41

4.3.8 DETALHES 42

5 CONCORRENTES 44

5.1 Cris Barros Mini 44

5.2 TRIELO 45

5.3 La e Lu 46

6 ESTADO DO DESIGN 50

7 PESQUISAS DE TENDÊNCIAS MERCALÓGICAS 51

7.1 Mega Tendências Para O Verão 2010 52

7.2 Megatendência: Esperança 54

7.2.1 A Cartela de Cores 55

7.3 A Imaginação 56

7.3.1 Cartela de Cores 57

7.4 Lembrança 58

7.4.1 Cartela de Cores 59

7.5 A Moda dos Heróis 60

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7.6 A Tendência Do Balonê 62

7.7 Babados 63

7.8 Moda Oriental 66

7.9 Tendência em Aviamentos 67

7.9.1 Lastex 67

7.9.2 Paetês 69

7.9.3 Botões 69

7.9.4 Zíperes 70

7.9.5 Fitas de cetim 71

8 TEMÁTICA 73

8.1 Os 100 anos da Imigração Japonesa 73

8.2 Temática de Inspiração 87

8.3 Lúdico 89

8.3.1 A moda e o Lúdico 90

8.4 Temática 91

9 PESQUISA DE CAMPO 93

9.1 Público – Alvo 93

9.2 Apresentação dos resultados da pesquisa de campo 94

9.2.1 Síntese do Questionário 94

9.2.2 Análise do questionário 99

10 CONCEITO 101

11 BRIEFING 102

11.2 Cartela de cores 103

11.3 Cartela de tecidos 104

11.3.1 Características físicas dos tecidos 105

11.3.1.1 Fornecedores de Santa Catarina 105

11.4 Cartela de Aviamentos 106

11.4.1 Características Físicas dos Aviamentos 107

11.5 Cartela de Aplicações 109

11.5.1 Características Físicas de Aplique 110

12 GERAÇÕES DE ALTERNATIVAS 111

12.1 Técnica de Criatividade MESCRAI 111

12.2 Coleção Doces Histórias 113

12.3 Release 145

12.4 Alternativas Escolhidas 145

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13 MEMORIAL DESCRITIVO 149

13.1 Protótipo 149

13.2 Fichas Técnicas 150

13.3 Função Técnica 156

13.3.1 Função Ergonômica 159

13.3.2 Função Estética 160

13.3.3 Função de marketing 161

13.4 Desenvolvimento da Marca 167

13.4.1 Doces Histórias 168

14 CONCLUSÃO 168

15 REFERÊNCAS 170

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1 INTRODUÇÃO

Segundo Treptow (2003, p. 24), afirma que “a roupa tem acompanhado o homem

desde o início de sua evolução. A moda se tornou um fenômeno de influências

sociais, de recursos disponíveis e de tecnologia”.

No setor infantil a moda também sofreu muitas transformações. Antigamente os pais

reprimiam os filhos e faziam com que os pequenos aceitassem o que eles

empunhavam, ultimamente adultos parecem ceder à vontade da criança. Pais e

mães levam meninos e meninas às compras e, dentro de suas condições

financeiras, dão uma liberdade considerável para que eles escolham o que comprar

em diversas categorias de produtos, de roupas, brinquedos e guloseimas a celulares

e produtos de higiene pessoal.

Nesta pesquisa o foco central está numa coleção de vestuário infantil inspirada nos

cem anos da imigração japonesa.

Através do tema principal citado à cima, buscou optar por uma temática que

entrasse diretamente no universo infantil. Foi então escolhido o livro “As histórias

preferidas das crianças japonesas” como fonte de inspiração principal, que

apresenta de certa forma uma sutil ligação com os cem anos de imigração japonesa,

que retrata e narra histórias lúdicas e aguça o imaginário. Este livro foi best seller em

vendas nos Estados Unidos e Japão.

O desafio para tal coleção está em unir a praticidade ao conforto tanto para os pais

quanto para os filhos. A alternativa seria propor uma coleção totalmente divertida e

lúdica, utilizando materiais que facilitam os movimentos de uma criança.

De acordo com o site moda-infantil “a roupa por estar em constante contato com a

pele, é preciso que proteja e enfeite, não que machuque ou incomode”.

Serão retratadas características orientais de uma forma singela, mas a intenção é

inserir um diferencial através das aplicações e na criatividade como um todo. Unir

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tecnologia à exclusividade com o conforto, e não descartar as formas e cores que

proporcionam toda uma estética única.

A revista Veja no mês de abril (2008), em entrevista apontou que a moda atual tem

prezado por um visual harmônico, mas também os estilistas escolhem os materiais

mais confortáveis para estar compondo as roupas. A PUC, Marisol, Malwee, Hering

Kids são marcas infantis e de muito sucesso no Brasil, não pensam diferente,

primam por tecidos maleáveis e tecnológicos justamente para proporcionar conforto

aos usuários.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma coleção para o público infantil feminino na faixa etária de um a

seis anos. Com o tema 100 anos da imigração Japonesa e tendo como inspiração o

livro “As Histórias preferidas das crianças japonesas”.

2.2 Objetivo Específico

• Adequar a temática a modelagens confortáveis visando versatilidade,

conforto, ergonomia e inovação;

• Criar duas linhas, casual e festa para atender as necessidades do público;

• Enfatizar a estética destacando nas peças as cores referentes à temática,

bem como suas formas e o lúdico que visa resgatar às características infantis.

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3 METODOLOGIA

As metodologias mostradas a seguir deram todo o suporte necessário para que com

base nelas se criasse um próprio método.

3.1 Metodologia de Pesquisa

O procedimento adotado para desenvolver esta pesquisa foi com base no método

científico que busca passo a passo identificar etapas a serem realizadas bem como

concluídas.

Segundo Gil (1999) e Lakatos e Marconi (1993) método científico é o conjunto de

processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação. É a linha

de raciocínio adotada no procedimento de pesquisa. Os métodos que fornecem as

bases lógicas à investigação são dedutivo, indutivo, hipotético – dedutivo dialético e

fenomenológico.

Já Chaffe (2000) divide a pesquisa em cinco partes. Primeiramente identificando

acontecimentos a serem investigados, visando à coleta de dados sobre o assunto,

desenvolvendo hipóteses ou teorias, testando estas hipóteses através de

experimentações, e por fim, avaliar os resultados obtidos. Adaptando a pesquisa do

autor à pesquisa em pauta foram recolhidos dados sobre o publico alvo escolhido,

sua convivência social, todo o processo evolutivo da vestimenta geral e infantil,

tendo como referência o resultado que vem através do questionário aplicado

diretamente ao público. Autores foram citados como fonte bibliográfica para melhor

entendimento do assunto e conseqüentemente executar o modelo volumétrico para

melhor adequar a roupa à criança, observando o acabamento para supostas

modificações.

Neste projeto foram feitos vários tipos de pesquisa, dentre elas a relação do produto

com sua natureza que pode ser básica ou aplicada, neste caso será utilizada a

pesquisa aplicada que gera conhecimentos para a prática dirigidos a solução de

problemas específicos envolvendo verdades e interesses locais.

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Em relação à abordagem do problema, escolheu-se a pesquisa quantitativa por meio

de um questionário para recolher informações e opiniões a fim de classificar e

analisar se o produto é viável ou não.

Do ponto de vista dos objetivos entrará a pesquisa descritiva que visa relatar as

características do público ou o meio em que vivem. A coleta de dados com o

questionário facilita nesta etapa.

Os procedimentos técnicos adotados é a pesquisa bibliográfica, que é usada para

definição do estado em que se encontra o mercado do produto a ser projetado,

auxiliando na fundamentação teórica para o desenvolvimento do produto e a de

levantamento, que ocorre quando a pesquisa é feita para o público a fim de

conhecer o seu universo.

A pesquisa de campo consiste na aplicação de técnicas de amostra e coleta de

dados. O questionário é a estratégia que consiste na elaboração de uma pesquisa

quantitativa através da qual seja identificada a percepção do público alvo em relação

ao mercado do vestuário infantil. Foram aplicados quarenta e cinco questionários,

compostos por dez questões objetivas, direcionado para mães de meninas entre a

faixa etária de um a seis anos. Os dois locais de realização desta pesquisa foram:

Creche Adélia Russi (Itajaí) e UNIVALI (Balneário Camboriú), entre os dias quinze e

vinte e seis de setembro.

3.2 Metodologia de projeto

Utilização do método de desdobramento em três etapas, por Santos (2000), o

chamado método MD3E.

Já a primeira parta está dividida em pré-concepção é engloba todas as atividades

que devem ser realizadas anteriormente ao momento em que serão geradas as

alternativas de solução para o produto.

Esta pesquisa esta dividida em cinco momentos;

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• Pesquisa bibliográfica - pesquisas relacionadas à história do vestuário

infantil, que tem como objetivo entender o contexto passado como base

para os fenômenos atuais, e os materiais que será utilizado, que define as

principais características de uso de um objeto e sua relação com as

tecnologias a serem empregadas;

• Pesquisa de mercado – faz-se uma pesquisa em relação ao mercado,

que consiste em analisar o estado do design, as tendências para

diferenciar o produto dos concorrentes.

• Pesquisa do cliente – Procura-se conhecer o cliente e o mercado do

projeto resgatando informações sobre a sua história, qual mercado

atende seus principais produtos, materiais e tecnologias que utiliza.

• Pesquisa da temática – Escolha da temática para ser a inspiração de sua

coleção;

• Pesquisa do público - Através de questionários e entrevistas, procura-se

saber as necessidades do seu público-alvo, para atingi-las com sucesso.

Esta é a base para todo o desenvolvimento de seu produto e projeto, pois

ela dará todas as informações necessárias que o designer preciso na

finalização de um produto.

A segunda parte é a conceituação, onde são feitas as gerações de alternativas e são

utilizadas as técnicas de criatividade (Santos, 2000).

A técnica abordada foi o MESCRAI, de acordo com Baxter (2000) tem como iniciais:

modifique (aumenta, diminui), elimine, substitua, combine, rearranja, adapte, inverta.

O painel semântico foi a ferramenta utilizada, que visa mostrar através de imagens

aquilo que o projeto deseja repassar e abordar ao público.

Após a geração de alternativas, são escolhidas as alternativas mais adequadas.

Segundo Santos (2000) deve-se levar em consideração ainda na escolha das

alternativas a adequação ergonômica pos é para o homem que o designer projeta e

é ele e suas necessidades a razão de existência do design.

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Devem ser considerados, portanto os aspectos de usabilidade, manipulação,

percepção, antropometria, conforto, interferência no comportamento e hábitos do

usuário, enfim, todos os aspectos que envolvem os fatores humanos não só o

estético.

Após, é feita a parte de pós - concepção. São elaborados os modelos volumétricos o

qual ajudará na adequação do produto e nos testes para que o mesmo seja

ergonômico, confortável, versátil e esteticamente agradável. Após esta etapa surge

o memorial descritivo. Esta parte está dividida em sete funções;

Segundo Santos (2000) deve-se levar em consideração ainda na escolha das

alternativas:

• Função estético-formal - Esta relacionada à parte externa do produto, a

aparência e organização visual da forma;

• Função de uso - Diz respeito à utilização do produto, podendo assim ter

outras funções, denominando-se como função de uso;

• Função ergonômica - A reflexão ergonômica do designer é indispensável. O

produto deve apresentar características ergonômicas que garanta ao usuário

conforto e segurança. Para isso deve ser feito teste de usabilidade e de

antropometria;

• Função técnica - Nessa etapa será apresentado os desenhos técnicos, o

processo de fabricação dos protótipos e são especificados os materiais e

tecnologias empregadas;

• Função operacional – São especificados todos os tipos de dispositivos que

fazem com que o produto funcione;

• Função informacional – É toda informação que o produto necessita trazer

inscrita em sua configuração, isoladas ou combinadas entre si, tais como

identidade ou marca do produto, tags de instruções;

• Função de marketing – especificação do mercado a ser atingido e do

composto mercadológico, como: promoções, anúncios, serviços ao cliente,

propagandas e sistemas de vendas.

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Abaixo está o fluxograma que descrevem estas etapas.

Figura 01. Fluxograma

Fonte: Adaptado de Santos, 2000.

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica deste projeto está baseada em pesquisas bibliográficas

realizadas em livros, sites, revistas, artigos e periódicos, proporcionando melhor

embasamento, extraindo idéias de diferentes autores, sobre conceitos de vestuário,

vestuário infantil e japonês, entre outros.

4.1 História do Vestuário Segundo Sílvio (2008) a moda nem sempre existiu. O filósofo francês Lipovetsky

(1989), um estudioso do assunto, aponta como fase inaugural da moda o século

XIV. De lá até o século XIX ocorre o que ele classifica como estágio artesanal e

aristocrático da moda.

Antes disso há a história do vestuário nas sociedades primitivas, da Antiguidade e

da Idade Média baseada numa visão conservadora de reprodução e respeito ao

passado. Mesmo os diferentes trajes e ornamentações existentes entre os

integrantes dessas sociedades obedeciam a tradições e normas coletivas rígidas e

praticamente permanentes. Durante séculos, os trajes no Egito, na Grécia e em

Roma permaneceram praticamente imutáveis. O mesmo fenômeno aconteceu no

Oriente.

O autor Silvio (2008) afirma que somente com o aparecimento de uma lógica

estética autônoma, e com a possibilidade de exercer o individualismo, nasce o que

hoje chamamos de moda. Para o sociólogo francês Jean-Gabriel de Tarde (1843-

1904), no mundo primitivo e Antigo predomina o prestígio da tradição, com a

imitação dos ancestrais, enquanto que com o surgimento da moda há um culto às

novidades e a imitação dos modelos presentes. A segunda metade do século XIV é

um marco nessa transformação que atingiu principalmente a alta sociedade da

época tomada por um desejo de novidades. Houve naquele momento uma revolução

no vestuário com a adoção de trajes nitidamente diferenciados entre os sexos: um

vestuário curto e ajustado para o homem, composto de jaqueta curta e estreita e

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calções colantes no formato das pernas, e longo e justo para a mulher, composto

por um vestido longo ajustado e decotado.

À medida que houve um avanço da burguesia ocorre também uma expansão da

moda. Ao longo dos séculos, os trajes que eram exclusivos das classes nobres

passaram também no século XVI e XVII, a serem dos novos ricos, oriundos das

atividades bancárias e do comércio. No século XVIII, a média e a pequena burguesia

urbana também começaram a poder seguir a moda, ainda que sem o mesmo luxo e

a ostentação da aristocracia. Mas já era possível desfrutar de uma certa liberdade

individual estética que no início se restringia aos monarcas e agora já alcançava

classes sociais intermediárias.

De acordo com Silvio (2008), nessa transformação que possibilitou o surgimento da

moda contribuíram, além das questões sociais, as condições econômicas e

históricas da Europa na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. O

crescimento econômico, motivado pelo comércio e trocas internacionais, o

renascimento urbano e o desenvolvimento das manufaturas e das fábricas de

tecidos aliados a uma maior estabilidade político-militar, com o fim das “invasões

bárbaras” e o início da formação dos Estados nacionais, possibilitaram às nobrezas

e à burguesia em ascensão dedicarem mais tempo para desfrutar do

desenvolvimento material e dos prazeres mundanos.

Figura 02. Alfaiataria

Fonte: www.pessoas.hsw.uol.com.br/industria-da-moda1.htm

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Mas é a partir do final do século XIX e durante o século XX que a moda estabeleceu-

se como a concebemos atualmente. O gosto e o desejo pelo novo ganharam novas

dimensões, tornaram-se mais intensos e freqüentes, e o acesso à moda chegou às

classes mais baixas. É nesse momento que surgem a Alta Costura e a confecção

industrial. Apesar de dominantes, esses dois modos de fazer moda convivem ainda

com as pequenas confecções e com as pessoas que preferem produzir suas

próprias roupas.

Silvio (2008) embasa que a Alta Costura é composta por criações de luxo feitas sob

medida. Cabe a ela inovar e lançar as tendências da moda para as próximas

estações. Já à confecção industrial cabe normalmente reproduzir essas tendências

em peças com qualidade muito inferior, mas com preços acessíveis às diferentes

camadas sociais.

O marco do surgimento da Alta Costura é a abertura entre 1857 e 1858 em Paris, no

ateliê de costura de Charles-Frédéric Worth, na Rua de Le Paix. Worth, em plena

Revolução Industrial, inovou ao desenvolver modelos inéditos e sob medidas para

suas clientes. Além disso, as peças eram apresentadas por mulheres jovens que as

desfilavam pela loja. Worth fundou com sua iniciativa um modelo de negócios que

estabeleceu as diretrizes da Alta Costura: criações exclusivas, lançamento de

tendências, elevação do costureiro à condição de artista e a promoção de

espetáculos publicitários sazonais baseados em grifes e modelos (manequins vivos).

Figura 03. Alta Costura

Fonte: www.pessoas.hsw.uol.com.br/industria-da-moda1.htm

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Desde então, na mesma visão de Silvio (2008), a Alta Costura projetou nomes de

criadores que viraram sinônimo de sofisticação e bom gosto. Roupas, sapatos,

bolsas, óculos, cintos, perfumes e cosméticos que levem a assinatura de costureiros

como Giorgio Armani, Coco Chanel, Yves Saint Laurent, Emanuel Ungaro,

Givenchy, Jean-Paul Gaultier, Dolce e Gabbana, Karl Lagerfeld, Christian Dior e

Donatella Versace, entre outros, são objetos de desejo ao redor do mundo.

Mas esse fenômeno é fruto essencialmente também da adesão das casas da Alta

Costura a um novo modo de fazer moda que surge em 1949, o prêt-à-porter (que

significa algo como “pronto para usar”). A idéia de produzir industrialmente roupas

com um acabamento superior e que seguissem as tendências da moda, mas que

fossem economicamente acessíveis, norteou o surgimento do prêt-à-porter. Após os

primeiros anos quando procurou apenas imitar os padrões da Alta Costura, o prêt-à-

porter deu uma guinada nos anos 60 e começou a oferecer um conceito de moda

voltado à juventude e à audácia.

O surgimento da cultura jovem a partir dos anos 50 e da elevação do adolescente à

condição de consumidor foram elementos fundamentais para a renovação que o

prêt-à-porter provocou no mundo da moda. O primeiro costureiro da Alta Costura a

aderir ao estilo prêt-à-porter foi Pierre Cardin em 1959.

Desde então, as últimas décadas têm mostrado o surgimento de múltiplos focos

criativos do modo de se fazer moda, com o rompimento da homogeneidade de

padrões e o predomínio de uma tolerância coletiva em termos de vestuários.

Mesmo com essa “democratização” da moda, prevalece ainda nas sociedades

urbanas e ocidentais o desejo por roupas e acessórios de grifes como forma de

distinção e até mesmo aceitação social. Paradoxalmente, o desejo de se

individualizar a partir da aparência caminha lado a lado com o de se identificar com o

seu grupo social, sua “tribo”, também através da aparência, o que leva a uma

homogeneidade de estilos ditada pelas múltiplas modas.

Na avaliação de Lipovetsky (1989), a moda une o conformismo e o individualismo

desde o seu começo. Para ele, a evolução da moda não levou a uma explosão de

originalidade individualista, mas a uma neutralização progressiva do desejo de

distinção no vestuário. Mas Lipovetsky (1989) ressalta que por outro lado o

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individualismo no vestuário aumentou notavelmente, pois atualmente nos vestimos

mais em função de nossos gostos do que por conta de uma norma imperativa e

uniforme.

4.2 História do Vestuário Infantil

De acordo com Lurie (1975), no século XIII, quando a criança deixava de usar os

cueiros, faixa de tecido que era enrolada em torno de seu corpo, ela era vestida

como outros homens e mulheres de suas condições. Hoje em dia, o traje esporte

adotado pelas crianças como pelas adolescentes, tende a substituir as roupas

típicas da infância do século XIX e inicio do século XX. Na Idade Média e por vários

séculos, a infância terminava por volta dos sete anos, muitas vezes antes. Crianças

bem pequenas vestiam batas ou vestidos compridos, e havia pouca diferença entre

a maneira de vestir dos meninos e das meninas. Entre os três e seis anos o menino

se tornava um homenzinho e a menina, uma mulherzinha. Então, vestiam versões

reduzidas da moda adulta. Fazia-se pouco ou nenhuma concessão à atividade física

livre. Os trajes eram resumidos em golas franzidas, anquinhas, calções bufantes,

mangas ornamentadas, saias compridas e pesadas, sapatos de salto alto e chapéus

carregados de penas e flores.

No século XVII, a criança de boa família, quer fosse nobre ou burguesa, não era

mais vestida como os adultos. Os meninos de aproximadamente dez anos, se

vestiam como um homenzinho, com uma capa em suas costas, que pertencia a

adultos. E meninos de aproximadamente quatro anos não se vestiam mais como os

adultos. Usavam vestidos compridos que eram abertos na frente e fechado com

botões ou com agulhas. Esse vestido foi usado pelos meninos pequenos durante

todo o século XVII. Em 1710, o vestido do menino não era mais abotoado na frente,

mas continuava diferente dos das meninas e não comportavam acessórios. Ele pode

ser muito simples ou suntuoso terminando com uma cauda.

Esse vestido não era a primeira roupa da criança depois que ela deixava os cueiros.

No século XVI, o traje dos meninos eram saias, vestidos e aventais.

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Aries (1975), na sua obra a História Social da Criança e da Família que está se

tornando hábito vesti-los como meninas, e estas, por sua vez, continuavam a se

vestir como mulheres adultas. A separação entre crianças e adultos ainda não

existia no caso das mulheres. As capas e túnicas muitas vezes tinham mangas que

se podiam vestir ou se deixar pendentes. Assim, para distinguir a criança que se

vestia como adultos, foi conservado traços dos trajes antigos que os adultos haviam

abandonado. Esse foi o caso do vestido, ou túnica longa e das mangas falsa. No fim

do século XVI, cada criança teria seu traje, reconhecida como uma entidade

separada.

Em 1714, colocava-se nas crianças uma camisola curta, meias quentes, uma

anágua grossa e o vestido de cima, que cobre os ombros e os quadris com uma

grande quantidade de tecido e pregas.

O regulamento de uma pequena escola paroquial de 1654 determinava que aos

domingos as crianças fossem levadas à igreja para assistir à missa, após a instrução

religiosa, e que não se misturassem os pequenos e os grandes, ou seja, os vestidos

curtos e os vestidos compridos e os pequenos de jaquette deveriam ser colocados

todos juntos.

Em 17 de julho de 1602 a roupa tornava-se visível as etapas do crescimento que

transformava a criança em homem. Em 1608, usava-se gibão e calças ate o joelho,

deixando o traje de criança, e começam a usar as capas e espadas. Nos colégios,

os semi-internos usavam o vestido por cima das calças justas até os joelhos.

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Figura 04. Crianças Ricas no séc. XVIII

Fonte: A Linguagem das Roupas. LURIE, Alison (1997) p.52

No livro a Linguagem das Roupas (1997), o traje feminino, tanto dos meninos

pequenos como das meninas pequenas, comportava um ornamento singular, que

não era encontrado no traje das mulheres: duas fitas largas presas ao vestido atrás

dos dois ombros, pendentes nas costas. Na metade do século XVIII, as meninas ao

invés de serem colocadas em armações e espartilhos, continuavam a usar batas de

musselina simples, decotadas e confortáveis de sua tenra infância. Esse privilégio foi

estendido para crianças mais velhas, por volta de 1780, também as adolescentes

usavam batas. Ao mesmo tempo os meninos deixaram de usar casacos compridos,

coletes justos, camisa de colarinho alto e culotes de seus pais. Ao invés disso, foram

vestidos com uma jaqueta curta, camisa com colarinhos mais confortáveis e calças.

Em 1790, as calças começaram a ser abotoadas na jaqueta. Foi usado pelos

quarenta anos seguintes pela maioria dos meninos entre três e sete anos.

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Figura 05. Roupas simples de 1790

Fonte: A Linguagem das Roupas. LURIE, Alison (1997) p.54

No fim do século XVIII, a moda infantil continua nos sendo familiar. As saias das

meninas só começaram a encurtar a partir da década de 1820, e o que revelaram

em primeiro lugar foram anáguas com a barra de renda e pantalettes (calças

compridas usadas de baixo da roupa e que apareciam sob a barra da saia). Com o

tempo passaram a ser mais curtas.

Em Linguagem das Roupas (1997), a obra aponta que o traje da criança se tornou

mais leve, mais folgado, deixando-a mais a vontade. Enquanto os meninos usavam

esse traje feminino, diziam que eles estavam de babador. Isso durava até por volta

de quatro a cinco anos. A gola do vestido era uma gola de homem. Os costumes,

dessa época em diante, ditaram regras de vestir para as crianças, de acordo com

sua idade, primeiro o vestido das meninas, e depois os vestidos de gola, que

também era chamado de jaquette.

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Figura 06. Crianças aristocráticas do final do séc. XVIII

Fonte: A Linguagem das Roupas. LURIE, Alison (1997) p.53

Para os meninos, as calças abotoadas nas jaquetas duraram até 1830. As túnicas,

continuaram a ser usadas pelos meninos entre 3 a 7 anos até a década de 1860, e

foram substituídas por calças e jaquetas, e cada vez mais pelo traje de marinheiro.

O uniforme recém-criado, nas escolas que treinavam rapazes para a Marinha, foi

rapidamente adotado pelas crianças burguesas, dos dois sexos. Para as meninas no

lugar da calça era a saia.

Figura 07. Vestimenta de Marinheiro

Fonte: A Linguagem das Roupa. LURIE, Alison (1997) p.55

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O livro A Linguagem das Roupas (1997), esclarece que logo o traje se tornou

comum tanto na América quanto na Europa continental e na Inglaterra. Eram mais

populares nas férias e à beira-mar. No começo do século XX, esse traje era o

padrão da roupa cotidiana para meninas e meninos da classe média. Na cidade e no

campo, em casa e fora de casa, em azul-marinho para aquecer ou em branco para o

verão e festas. Depois da segunda Guerra Mundial o traje marinheiro começou a

perder sua popularidade. As meninas aos domingos usavam blusa larga com gola

de marinheiro e saias, com um lenço de seda vermelho em volta do pescoço.

Figura 08. Vestimenta Marinheiro Feminino

Fonte: A Linguagem das Roupas. LURIE, Alison (1997) p.56

As meninas que não eram mocinhas, a idade media era 16, 5, eram vestidas como

crianças, corpetes justos e saias rodadas curtas, com pantalettes ou meias longas

por baixo.

No final do século XIX outro estilo surgiu, aponta o livro A linguagem das Roupas

(1997). Adorado pelos pais, mas detestado pelos meninos que eram obrigados a

usá-los. Esse traje chamado de Fauntleroy. Era uma jaqueta preta ou azul-safira de

veludo e calças usadas com uma camisa branca com um largo colarinho de renda

Vandyke. Era completado por uma faixa de seda colorida, meia de seda, sapatilhas

afiveladas, uma boina grande de veludo e cabelos cacheados.

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Figura 09. Traje Fauntleroy

Fonte: A Linguagem das Roupas. LURIE, Alison (1997) p.57

Depois de ter passado a época do traje Fauntleroy, os meninos passaram a usar

calças curtas, tanto no dia-a-dia quanto em ocasiões especiais, durante muitos anos.

Ente 7 ou 8 anos, usavam bermudas, depois calças ate os joelhos. As roupas de

esporte adultas são as roupas diárias das crianças. Com isso as crianças de ambos

os sexos (mais os meninos) vão à escola de moletom ou camisetas que imitam as

de futebol, camisas de beisebol e tênis.

Na América, as calças compridas para meninos começaram a estar disponíveis nos

anos 20, mas eram raras. Em 1940 meninos de 3 a 4 anos podiam usá-las para

brincar. Hoje as calças curtas são para épocas quentes e as calças até os joelhos

são desconhecidas. Na Inglaterra muitos uniformes escolares são de calças curtas.

Enfatiza o livro Linguagem das Roupas (1997), que hoje a distinção de roupas

segundo o sexo se inicia com o enxoval do bebê, brinquedos, berço e móveis

rosados para as meninas e azuis para meninos. O rosa, na nossa cultura, é

associado ao sentimento e o azul ao serviço. As implicações são que a preocupação

futura da menina será a vida da afeição e a do menino, ganhar a vida. Quando se

tornam mais velhas, o azul-claro se torna uma cor popular no vestuário da menina,

mas o rosa é raro para meninos.

Quando bebês, as roupas das meninas e dos meninos são muitas vezes idênticas

quanto ao feitio e tecido, pois seus corpos são semelhantes.

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Camisetas, calças sem fecho e os blusões com zíper para os meninos são

geralmente de cores escuras e estampados com desenhos envolvendo esportes,

meios de transportes e animais selvagens. As roupas das meninas são de cores

mais claras e decoradas com flores e animais domésticos. Pois o que nos passa é

que os meninos brincarão em casa e criara plantas e pequenos mamíferos. Também

as roupas dos meninos são mais largas nos ombros e das meninas, nos quadris,

antecipando seus corpos quando adultos.

As roupas dos meninos e dos homens, além disso, enfatizam os ombros com riscas

horizontais, dragonas e palas de cores contrastantes. As roupas das meninas e das

mulheres enfatizam os quadris e o traseiro através da coleção estratégica de

franzidos e adornos.

4.3 História do Vestuário Japonês

Segundo o site cultura japonesa, a história do vestuário japonês é em grande parte a

historia da evolução do kimono, e como os japoneses adaptaram a seus gostos e

necessidades, estilos e a produção de tecidos vindo do exterior.

O vestuário é dividido em duas categorias: wafuku (vestimenta japonesa) e yofuku

(vestimenta ocidental).

4.3.1 Na Antigüidade

Na Pré-história japonesa (Era Jomon - 10 mil a.C. a 300 a.C.), as pessoas usavam

túnicas de pele ou de palha. Na Era Yayoi (300 a.C. a 300 d.C.) a sericultura e

técnicas têxteis chegaram ao Japão através da China e da Coréia.

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Figura 10. O Príncipe Shotoku

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

O Príncipe Shotoku e dois de seus filhos: penteados, túnicas e acessórios de forte

inspiração chinesa na corte imperial japonesa. Agência da Família Imperial, Tóquio,

Japão.

O site cultura japonesa aponta que dos séculos IV a IX, a cultura e a corte imperial

no Japão receberam forte influência da China. Influenciado pela recém-importada

religião budista e pelo sistema de governo da corte Sui chinesa, o regente japonês

Príncipe Shotoku (574-622) adotou regras de vestuário estilo chinês na corte

japonesa. Posteriormente, com o advento do Código Taiho (701) e do Código Yoro

(718, eficaz só a partir de 757), as roupas na corte mudaram seguindo o sistema

usado na corte Tang chinesa, e foram divididas em roupas cerimoniais, roupas de

corte, de roupas de trabalho. Foi nesse período que se passou a usar no Japão os

primeiros kimonos com a característica gola em "V", ainda similares aos usados na

China.

4.3.2 Opulência Têxtil

Na Era Heian (794-1185) o contato oficial com a China foi suspenso pela corte

imperial, e esse afastamento permitiu que formas de expressão cultural

genuinamente japonesa florescessem nesse período. No vestuário isso se refletiu

em um novo estilo, mais simples no corte, mas mais elaborado em camadas e

sofisticação têxtil.

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Os homens da aristocracia passaram a usar o sokutai, um conjunto formal composto

por uma ampla saia-calça chamada oguchi, cuja aparência recheada e firme se deve

a várias camadas de longos kimonos por baixo chamados ho, e uma enorme túnica

bordada, de mangas longas e amplíssimas e uma cauda de cerca de 5 metros. Uma

tabuleta de madeira chamada shaku e uma espada cerimonial longa, a tachi, eram

complementos obrigatórios. Os homens ainda deviam usar um penteado chamado

kammuri - composto basicamente por um chapeuzinho sólido preto e uma ou mais

fitas de seda engomadas na vertical, tudo preso ao cabelo. De acordo com

variações (haviam 5 delas, referentes a quantidades de fita, se ela enrolada, se ela

pendia do chapéu, etc), sabia-se o status ou grau de importância do indivíduo na

corte. Uma versão simplificada do sokutai, o ikan, é usada atualmente pelos

sacerdotes xintoístas.

As damas da corte usavam o igualmente amplo e impressionante karaginumo, mais

conhecido pelo nome adotado após o século XVI jûni-hitoe, ou "as doze molduras da

pessoa". Trata-se de um conjunto de nada menos que doze kimonos da mais fina e

luxuosa seda sobrepostos chamados de uchiki, cada um levemente mais curto que o

anterior, de modo a deixar golas, mangas e barras aparecendo em discretas

camadas, criando um efeito multicolorido de impacto. O último uchiki, que serve de

sobretudo, era bordado e era freqüentemente complementado por um cinto

amarrado à frente em forma de laço no mesmo tecido, e uma cauda que podia ser

em outra cor ou textura. Um enorme leque decorado com cordões de seda e um tipo

de carteira de seda, encaixada na gola entre a 3ª e a 4ª camada, eram

complementos obrigatórios.

As mulheres não cortavam os cabelos, afirma o site cultura japonesa, eram usados

longuíssimos, lisos, soltos sobre as costas ou simplesmente amarrados um pouco

abaixo da altura do pescoço, freqüentemente com as pontas arrastando no chão

sobre a cauda do jûni-hitoe.

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Figura 11. jûni-hitoe

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

4.3.3 Estilo Samurai

Com referência relativa ao site cultura japonesa, na Era Kamakura (1185-1333), o

advento do xogunato e o declínio do poder e do prestígio da corte imperial trouxeram

ao vestuário novos estilos adotados pela ascendente classe dos samurais. Na corte

imperial e do xogum os grandes senhores e oficiais mais altos ainda usavam o

formal sokutai, mas o kariginu, antes um traje de caça informal da aristocracia - um

tipo de capa engomada com gola arredondada, longas e amplas mangas que

podiam ser decoradas com cordões - foi amplamente adotado pelos senhores

feudais e samurais.

As mulheres passaram a usar uma combinação de uchikis com um hakama, saia-

calça ampla com placa de sustentação nas costas, usada também por homens. Com

o tempo, uso do uchiki deu lugar ao kosode, que comparado ao uchiki é menos

amplo, tem mangas mais curta, e cuja forma aproxima-se mais dos kimonos

modernos. A amarra para fechar o kosode era feito com faixas estreitas, na altura da

cintura ou pouco abaixo da barriga.

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Figura 12. Uchikake

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

Na Era Muromachi (1333-1568) acrescentou-se o uchikake - também chamado de

kaidori - um kimono com a mesma forma, mas um pouco mais amplo que o kosode,

que serve de sobretudo e que podia ou não ter barra almofadada. O kosode com

uchikake era o traje formal feminino das altas classes. Hoje em dia o uchikake faz

parte do traje de noiva tradicional.

Na Era Azuchi-Momoyama (1568-1600), no site cultura japonesa, mostra que neste

período marcado por constantes guerras pelo poder entre os generais Hideyoshi

Toyotomi e Nobunaga Oda, os samurais continuaram a usar coloridos e ricos

conjuntos de peças superiores com calças, chamados de kamishimo - um kimono

masculino com uma saia-calça ampla, longa e estruturada chamada nagabakama,

tudo feito no mesmo tecido, às vezes complementado por uma jaqueta sem mangas,

com ombros alargados e estruturados em tecido diferente. O kamishimo continuou

sendo usado até a segunda metade do século XIX.

4.3.4 Gostos Burgueses

Durante os 250 anos de paz interna do xogunato Tokugawa (1600-1868), os chõnin

(burgueses, ricos comerciantes) deram apoio a novas formas de expressão artística

e cultural que não mais derivavam da corte imperial ou da corte do xogum. O teatro

kabuki e os "bairros do prazer" nas cidades de Edo (Tóquio), Osaka e Kyoto ditavam

moda. O kosode, que se tornou o traje básico para homens e mulheres, passou a

ser mais decorado, seja pelo desenvolvimento de técnicas de tingimento como

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yuzen e shibori, seja por outras técnicas artesanais de decoração têxtil com pintura,

bordados e desenhos desenvolvidos no tear. Os obis femininos, faixas largas e

compridas usadas para fechar os kosodes, feitos em brocado com fios de ouro e

prata, ganharam ênfase na moda e viraram símbolos de riqueza.

A haori, uma jaqueta com mangas amplas e gola estreita feita de seda, na qual

bordava-se ou imprimia-se símbolos que representavam a atividade profissional da

pessoa ou a insíginia (kamon, ou escudo circular) do chefe da família, passou a ser

amplamente usado. Uma versão popular, de mangas mais estreitas, feita em tecido

mais simples e resistente, passou a ser usada por trabalhadores e funcionários de

estabelecimentos comerciais. Chamada de happi, essa peça ainda é muito usada.

O site cultura japonesa relata que algumas peças surgidas no início desse período

refletem influência portuguesa. A kappa (capa longa de corte circular, com ou sem

gola, sem mangas, usada como sobretudo) deriva das capas usadas pelos

navegantes portugueses, assim como a jûban (camisa com forma de kimono curta

usada como roupa de baixo) deriva do "gibão" português.

Figura 13. Seibunkasha

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

No século XIX, o xogunato refez as normas de vestuário militar, e tornou o kosode, o

hakama com barra na altura do tornozelo e o haori o uniforme-padrão dos samurais.

O daisho (conjunto de duas katanás - espadas curvas - uma longa e outra curta) e o

penteado chonmage - a parte acima da testa é raspada, com os cabelos, compridos

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na altura dos ombros, presos em forma de um coque na parte superior atrás da

cabeça - eram de uso obrigatório. O conjunto kosode, hakama e haori é hoje o traje

do noivo em casamentos tradicionais.

4.3.5 Tempos Modernos

A partir da Restauração Meiji (1868), os japoneses lentamente adotaram o vestuário

ocidental. O processo começou por decreto: o governo determinou que todos os

funcionários públicos, militares e civis, passassem a usar roupas ou uniformes à

ocidental. Ao final da 1ª Guerra Mundial (1918), quase todos os homens já usavam

ternos, camisas, calças e sapatos de couro.

O mesmo site cultura japonesa também afirma que as mulheres adotaram mais

lentamente os estilos ocidentais. No início apenas a aristocracia usava vestidos de

gala, importados da Europa, usados em algumas ocasiões formais na corte Meiji e

em bailes do suntuoso salão Rokumeikan (de 1883 a 1889) em Tóquio. A partir da 1ª

Guerra Mundial, mulheres instruídas e com profissões urbanas passaram a usar

diariamente roupas ocidentais, mas só após a 2ª Guerra Mundial (1945) foi que o

vestuário ocidental passou a ser a regra em todas as classes sociais, homens

mulheres e crianças.

Figura14. Kimono feminino

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

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Atualmente a maioria das mulheres usam kimonos apenas em ocasiões especiais,

como casamentos e matsuris (festivais populares ou tradicionais). Homens usam

kimonos ainda mais raramente. O yukata, kimono leve de algodão estampado, típico

de verão, ainda é bastante usado por homens e mulheres nos festivais de verão e

em resorts, à ocidental ou estilo japonês. Desde a virada do milênio, entretanto, mais

pessoas têm resgatado o uso do kimono no cotidiano, gerando um movimento

informalmente apelidado de fashion kimono - kimonos de forma tradicional mas com

estampas modernas, obis (faixas de amarrar na cintura) que não amarrotam ou com

nós prontos, que agradam a um público mais jovem.

Fashion kimono: temas abstratos, geométricos e estamparia moderna e o

insubstituível toque da seda fizeram as japonesas voltarem a usar kimonos no

século XXI - Saita Mook, Shiba Park-sha.

4.3.6 Tipos de Kimonos

Parece simples, mas não é. Dependendo de estampas e cores, aponta o site cultura

japonesa. Os kimonos seguem uma etiqueta, uma hierarquia cujo uso depende da

ocasião, da estação do ano, do sexo, do grau de parentesco ou do estado civil da

pessoa que o usa. Veja a seguir os principais tipos de kimono:

• Kurotomesode - "mangas curtas preto", kimono preto com profusa decoração

das coxas para baixo e com 5 kamons (escudos de família) impressos ou

bordados em branco nas mangas, peito e costas. Usado com um obi de

brocado dourado, é o kimono mais formal das mulheres casadas, geralmente

usado pelas mães do noivo e da noiva num casamento.

• Irotomesode - "mangas curtas coloridas", kimono liso de uma só cor,

geralmente em tons pastéis, com profusa decoração das coxas para baixo e

com cinco kamons (escudos de família) impressos ou bordados em branco

nas mangas, peito e costas. Usado com um obi de brocado dourado, é um

kimono menos formal que o kurotomesode, e é usado por mulheres casadas

que são parentes próximas do noivo e da noiva num casamento.

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Figura 15. Kurotomesode Sekaibunkasha

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

• Furisode - "mangas que balançam", kosode feminino cujas mangas possuem

70 cm a 90 cm de comprimento. É o kimono formal das moças solteiras,

ricamente estampado, fechado com obi em brocado multicolorido e brilhante

amarrado em grandes laços nas costas. É geralmente usado no Seijin Shiki

(Cerimônia da Maturidade, no mês de janeiro no ano em que a moça

completa 20 anos) e pelas moças solteiras aparentadas da noiva nas

cerimônias e recepções de casamento.

Figura 16. Furisode

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

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• Houmongi - "traje de visita", kimono liso de uma só cor, geralmente em tons

pastéis, com profusa decoração em um dos ombros e uma das mangas, e das

coxas para baixo, sem kamons (escudos de família). Considerado um pouco

menos formal que o irotomesode, em cerimônias de casamento é usado por

mulheres casadas ou solteiras, que geralmente são amigas da noiva. O

houmongi também pode ser usado em festas formais ou recepções.

• Tsukesage - Comparado ao houmongi, o tsukesage tem uma decoração um

pouco mais discreta e é considerado menos formal que o houmongi. Dos

kimonos que podem ser usados diariamente por casadas e solteiras, é o mais

requintado.

• Iromuji - kimono de uma só cor, que pode ter textura, mas sem decoração em

outra cor, usada principalmente em Cerimônias do Chá. Pode ter um pequeno

bordado decorativo ou um kamon (escudo de família) nas costas. É um

kosode semi-formal, considerado elegante para uso diário.

• Komon - "estampa pequena", kimono feito com seda estampada com

desenhos pequenos repetidos por toda a peça. Considerado casual, pode ser

usado para sair pela cidade ou para jantar em um restaurante. Pode ser

usado por casadas e solteiras.

• Tomesode - "mangas encurtadas", kosode feminino de seda, forrado em seda

de cor diferente, cujas mangas possuem 50 cm a 70 cm de comprimento. A

expressão deriva do costume de que quando as mulheres se casavam elas

passavam a usar kimonos com as mangas curtas - ou cortavam as mangas

dos kimonos - como símbolo de fidelidade ao marido. A maior parte dos

kosode usados por mulheres são desse tipo.

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Figura 17. Homem em Yukata Sekaibunkasha

Fonte: www.culturajaponesa.com.br

• Yukata - kimono informal de algodão estampado, sem forro. Mulheres usam

os de grandes estampas, geralmente de flores, com obi largo, e os homens

usam os de pequenas estampas, com obi estreito.

• O yukata é mais usado em matsuris (festivais), mas também pode ser usado

diariamente em casa.

• Ryokans (hotéis ou pousadas tradicionais) e onsens (resorts com termas)

costumam disponibilizar yukatas para todos os hóspedes.

4.3.7 Kimonos Cerimoniais Infantis

Shichi-go-san (7-5-3) para o site cultura japonesa, é o nome de uma cerimônia

xintoísta na qual as meninas e 7 e 3 anos, e os meninos de 5 anos de idade, vestem

kimonos especiais e visitam o templo para pedir saúde e boa sorte em seu

crescimento. As meninas são vestidas como mini-gueixas, destacando-se a cor

vermelha, e os meninos usam uma versão miniatura de um traje formal completo de

samurai. A haori dos meninos é estampada com imagens de samurais famosos

(normalmente a figura de Minamoto no Yoshitsune, também chamado de

Ushiwakamaru, herói do Heike Monogatari - O Conto de Heike).

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Figura 18. Kimonos Comemorativos Fontes: www.culturajaponesa.com.br

4.3.8 DETALHES

Eis a seguir um vocabulário sobre aspectos e acessórios de kimonos:

• Geta - sandália de madeira, geralmente usada por homens e mulheres com

yukata.

• Kanzashi - nome que designa uma série de ornamentos para o cabelo

usados com kimono. Podem ter a forma de espetos com terminais esféricos

ou diversos formatos decorativos, flores ou de pentes. São feitos em madeira

laqueada, tecido, jade, casco de tartaruga, prata, etc.

• Obi - faixa usada amarrada à cintura para manter o kimono fechado. Varia

em largura e comprimento. Homens em geral usam obis de trama larga e

firme, em cores discretas, estreitos, amarrando com um nó às costas

circundando a linha abaixo da barriga. Mulheres em geral usam obis em

brocado largos, com desenhos feitos no tear, ao redor do tronco e amarrados

às costas. Cores e desenhos variam: os mais brilhantes e intrincados são

usados em ocasiões formais.

• Obijime - cordão decorativo em fio de seda usado para dar acabamento e

firmeza à amarra do obi. Usado por mulheres.

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• Tabi - meia de algodão na altura dos tornozelos ou metade das canelas, com

divisão para o dedão do pé, com abertura voltada para o lado entre as

pernas.

• Waraji - sandálias de palha trançada. Bastante comuns décadas atrás,

atualmente são mais usadas por monges.

• Zõri - sandália com acabamento em tecido, couro ou plástico. Os femininos

são estreitos e possuem a ponta mais ovalada, e os masculinos são mais

largos, retangulares, com as extremidades arredondadas.

Através desta pesquisa referente ao tema Cem Anos da Imigração Japonesa,

constata – se o quão rica em detalhes é a cultura deste povo. Por este motivo, as

principais características do vestuário oriental foram extraídas sutilmente. As cores

mostradas acima, o caimento dos quimonos, e toda sua essência estiveram

presentes.

Nota – se também que os quimonos atualmente se tornaram leves, são feitos de

algodão com estampas modernas, e geralmente vêm acompanhados com obis

(faixas de amarrar na cintura) que não amarrotam ou já acompanham os nós

prontos, agradando assim uma faixa etária mais jovem. Por fim, estas características

mostram – se foco em alguns modelos da coleção, fazendo uma mistura nos looks

do oriente, mas resgatando as tendências do ocidente.

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5 CONCORRENTES

Os concorrentes existem quando a marca que será lançada ou já existe no mercado

possui semelhanças com a alguma outra marca atual.

Essas semelhanças vêm ou pelo fato do estilo seguir uma mesma lógica, ou pela

igualdade de público alvo, etc.

5.1 Cris Barros Mini

Figura 19. Estilista Cris Barros Fonte: www.onne.com.br

As meninas estão começando cada dia mais cedo a se arrumar e a ficar

a par das últimas novidades da moda, se preocupando bastante com o visual. Cada

vez mais marcas estão lançando linhas para crianças e até mesmo salões de

cabeleireiro foram abertos com exclusividade para este público. Seguindo essa

tendência e procurando atender exatamente a esta demanda, Cris Barros deu

atenção especial às meninas entre um e doze anos e desenvolveu peças

diferenciadas, com seu toque especial.

Para o site onne, as meninas poderão usar as peças desenhadas por Cris Barros,

que são repletas de pequenos detalhes e cortes confortáveis. A nova coleção tem

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um sapinho como mascote, inspirado no brinquedo preferido do cachorrinho Lhasa

Apso da estilista, Zorro: um sapo de pelúcia.

As araras da Cris Barros Mini são ocupadas por shorts, bermudas, tops e vestidos.

Todas as peças seguem o estilo delicado que já virou marca registrada da estilista.

Listras, estampas florais e muitas cores garantem o visual mais divertido, mas cheio

de estilo.

Figura 20. Roupas da coleção Cris Barros Mini

Fonte: www.one.com.br

5.2 TRIELO

Outra marca de relevante importância no mercado de moda infantil é a Trielo.

Figura 21. Logo Trielo Fonte: www.trielo.com

De acordo com o site Trielo (2008), a marca nasceu para “vestir criança como

criança”. Esta onda de crianças vestidas como mini-adultos não é nada saudável.

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Salto alto faz mal à coluna, propicia quedas e torções, além de não combinar com o

visual das meninas, e é por isso que se encaixa como concorrente da proposta em

pauta neste projeto.

Criança não tem que parecer adulto, tem que aproveitar a infância com toda sua

inocência, pureza e fantasia. Essa é a especialidade da Trielo, criar roupas

adequadas ao movimento de cada idade. Por isso conforto, qualidade e muito estilo

são prerrogativas da criança Trielo.

Figura 22. Vestidos Trielo

Fonte: www.trielo.com

O tecido utilizado é de algodão egípcio, antialérgico, não faz bolinhas, não encolhe e

tem um toque extra-macio. As etiquetas internas das peças são de cetim, com corte

ultra-sônico que não incomoda as crianças. Trabalham com tecidos inteligentes,

duráveis e ecologicamente corretos.

5.3 La e Lu

O site La e Lu (2008), outro concorrente, tem sugestões fofíssimas para os

pequenos. O verão 2008 chega com cores muito intensas e diversificadas, mas com

alguns resquícios do inverno cinzento que passou. Sempre dentro das tendências, a

marca aproveitou o clima de férias para viajar pela riviera francesa. Sob o céu azul,

entre as flores e o mar de águas cristalinas, mergulhamos na história dessa

tradicional região.

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Da incrível experiência surgiram modelagens secas, peças clássicas repaginadas,

mix de estampas, muitos bordados e malhas com lavagens e tinturadas. Ganham

vulto também os chapéus, bermudas e biquínis com lacinhos. E esta será

justamente o estilo utilizado nesta pesquisa, os laços entrarão com força total.

Figura 23. Roupas La e Lu Fonte: www.laelu.com.br

Figura 24. Vestidos La e Lu

Fonte www.laelu.com.br

Após a analise dos três concorrentes notou-se o quanto eles se preocupam em criar

roupas adequadas sem deixar de lado a aparência que crescentemente predomina

no segmento infantil.

A partir de observações, constata-se que a concorrente Cris Barros agrega valor

ergonômico e une maxi estampas fazendo composses de elementos. Estas

características são um dos pontos fortes da marca Doce Acerolla, que busca pelos

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mesmos princípios, tanto a estética suave, quanto ao conforto. O item conforto é

dado ênfase na coleção desenvolvida, que se preocupada intimamente com o

público escolhido.

A La e Lu é uma das poucas marcas que lida com a criação de vestidos de festa.

Por isso torna-se um grande concorrente. Os tons agregados aos looks da marca, os

laços e o universo lúdico citado no histórico do site, que remete à região da riviera

francesa, narra um cenário clássico que explora os sentidos se tornando um

estimulo para aguçar o mundo imaginário. Esta “história” que foi abordada para

integrar como forma de chamariz as crianças foi um dos principais objetivos da

marca Doce Acerolla na escolha da temática do livro, e claro, para a realização da

coleção Doces Histórias.

A magia romântica e extremamente confortável esta inserida na proposta da Trielo e

este é o caminho que a marca Doce Acerolla seguirá. A intenção da Trielo é fornecer

conforto através dos tecidos usados na confecção das suas peças, e a diferenciação

nas etiquetas, que são feitas a partir do cetim, com corte ultra – sônico que não

incomoda as crianças. Outro fator importante é a preocupação em deixar a criança

ser criança, não as transformando em adultas mirins. Por isso, as peças são leves e

super infantis, transmitindo meiguice. Percebendo este aspecto da Trielo, buscou –

se também nesta pesquisa, desenvolver peças confortáveis que sejam ideais para

meninas entre a faixa etária de um a seis anos que procuram por roupas exclusivas

e que tenham o mesmo paradigma de resgatar a infância.

Conclusivamente, a partir destes concorrentes e notando o crescente mercado

infantil, vê – se que a independência das pequenas ao que diz respeito à compra e

ao seu gosto pelas roupas é notório, mas torna - se obvio de que os pais são últimos

e principal voz ativa no poder da aquisição ao decidir o que vai ser levado.

No contexto da moda, tanto no segmento infantil quanto adulto, pode-se dizer

segundo Treptow (2003, p.25) que as pessoas mudam sua forma de vestir em

função de influências sócias. A roupa, que a princípio era determinada apenas pelos

recursos disponíveis e tecnológicos, passa a variar em estilos conforme vogas da

época. Assim caracteriza-se a moda.

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Visando a tecnologia e o aprimoramento das formas e elementos surge o Design. De

acordo com relatos no site de Miguel Terroso (outubro, 2008) o design é uma

atividade criativa cujo objetivo é estabelecer as multi-facetadas qualidades dos

objetos, processos, serviços e os seus sistemas em todos os ciclos de vida. Como

tal, o design é fator central da humanização inovativa das tecnologias e o fator

crucial de troca cultural e económica.

Assim alcançando uma sustentabilidade global e proteção ambiental (ética global),

fornecendo benefícios e liberdade a toda a comunidade humana, individual e

coletiva, ao utilizadores finais, produtores e protagonistas do mercado (ética social),

suportando a diversidade cultural, apesar do mundo globalizado (ética cultural).

Como tal, o termo designer refere-se a um indivíduo que pratica uma atividade

intelectual e não simplesmente uma troca de serviços para empresas.

Com este aprofundamento no assunto moda e design, verificou-se que ambos

caminham juntos para se obter um melhor resultado nas criações. Para a marca

Doce Acerolla foi uma condição indispensável estabelecer um elo entre a moda,

pesquisando tendências, estado do design, que serão ícones inclusos na geração

dos looks propostos assimilando o design que virá trazendo um diferencial óptico,

em forma de aplicações exclusivas e a temática referênciada.

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6 ESTADO DO DESIGN

Segundo Garcia (2002), a valorização das peças segue cada vez mais um estilo

pessoal. O consumidor de hoje cria um visual com liberdade combinando cores

diferentes e gerando suas próprias alterações nas peças. O estado do design foca

justamente isso, trás tudo o que está nas vitrines, para seu acervo pessoal no

momento do desenvolvimento dos modelos.

A Doce Acerolla teve como objetivo unir as referências retiradas do estado do design

como o balonê e os temas étnicos (Japão), com a exclusividade que encontram-se

na própria marca.

Segundo a revista manequim (agosto, 2008), em reportagem demonstra que

pequeninas no tamanho as roupas infantis são grandes ao que diz respeito ao

esforço que demandam de quem atua nesse ramo da moda.

O que se vê hoje no mercado infantil são roupas cada vez mais confortáveis que

permitem as crianças de se divertirem, não esquecendo a estética. As roupas são

mini copias das coleções adultas.

As cores como azul céu, lilás, rosa, vanilla e branco predominam. Percebeu-se

então através desta pesquisa que o mercado atual apresenta semelhanças a marca

Doce Acerolla, no quesito cor e forma.

Os looks românticos com estampas florais e femininas, o uso de temas étnicos,

como África e China, os babados, drapeados, mangas fofas, fitas, balonês, são

destaques nas roupas infantis que se caracterizam pela riqueza de detalhes.

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Figura 25. Painel Estado do Design

Fonte: Elaborado Pela Autora

As imagens inseridas no painel são referentes às marcas: Lilica Repilica, PUC e Tirol

para o inverno 2008.

Por isso conclui-se de acordo com o que foi abordado acima que o estado do design

agrega conhecimento para que uma coleção tenha coerência e continuidade a fim

de se desenvolver novas propostas no segmento vestuário em estações futuras.

7 PESQUISAS DE TENDÊNCIAS MERCALÓGICAS

Segundo Treptow (2003) a tendência surgiu com o próprio fenômeno de moda, a

partir do Renascimento. Nessa época, a adoção de novos padrões visuais ainda não

era uma constante e a quebra das tradições era vista com reservas. Todavia alguns

grupos vanguardistas exageravam na adoção de novos valores não uma ruptura

com o passado, mas um processo de evolução.

Entende-se que uma tendência tem um período de vida curto. Ela acontece,

explode, é usada por todos, mas de uma estação para outra ela se modifica, se

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transforma e se adapta. Muitas vezes ela se torna cíclica, pois aquilo que foi moda

há alguns anos atrás todos haviam esquecido volta remodelada e com uma cara

nova para os tempos atuais.

Destaca-se também dentre as tendências as megatendências; são aquelas que

aparecem com um foco maior e que são utilizadas por muitas pessoas ao mesmo

instante.

7.1 Mega Tendências Para O Verão 2010 Dando ênfase ao que está por vir, o verão 2010 vem cercado de magia e

recordações. Tanto no armário adulto quanto no infantil as cores vibrantes

destacam-se pela sua alegria, e a volta ao passado reconstrói um futuro de novas

sensações.

Figura 26. Megatendências Fonte: www.usefashion.com

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A tecnologia, as mudanças no mundo em termos sociais e ambientais e a família

desenvolveram uma nova criança, mais esperta no trato com as tecnologias, mais

opinativa, mais atenta às mudanças. Talvez até mais consciente.

Novos valores ainda estão por vir. A criança independente passa a ouvir mais os

pais. O retorno às raízes, o simples como forma de luxo e as tradições como

relíquias podem ser sinais de novos tempos.

A busca pelo prazer retoma antigos hábitos trazendo uma espécie de paz de

espírito. Produtos antigos são reinventados. A união dos opostos fica por conta da

junção entre tecnologia e tradição. O que torna o gênero único.

A moda infantil não tem característica de mudança tão acentuada quanto a adulta.

Na verdade, ela vai incorporando elementos da moda adulta, se adapta à sua

realidade e, assim, se transforma em nova moda. Por isso, retomamos aqui algumas

tendências já apresentadas pela moda adulta.

Figura 27 Personagens

Fonte: www.usefashion.com

As mega tendências foram constituídas a partir das propostas apresentadas nas

feiras Premier Kids, Playtime, Pitti Bimbo e Fimi. Além disso, as tendências também

emergem da sociedade.

Estas mega tendências se dividem em três inspirações; a esperança, imaginação e

lembrança.

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7.2 Megatendência: Esperança

De acordo com a home page usefashion (2008), se nos negócios a preocupação

ambiental não é nova - François Quesnay e Thomas Malthus já tratavam do tema no

século XVIII - é agora que a moda mostra sua força. Novos processos e o

desenvolvimento de roupas para demonstrar que o usuário se preocupa com o meio

ambiente constituem a megatendência Esperança.

Figura 28. Esperança

Fonte: www.usefashion.com

A tecnologia, agressiva desde que Francis Bacon defendeu que a natureza possuía

segredos que deveriam ser arrancados mediante tortura de instrumentos mecânicos,

volta atrás e procura abrandar seu "ecological footprint".

Certa nostalgia faz lembrar os anos 80, que é a década em que se popularizou a

discussão de padrões de desenvolvimento com base na sustentabilidade.

Foi neste período que a Organização das Nações Unidas lançou o Índice de

Desenvolvimento Humano e o Relatório Brundtland - nome dado em homenagem

à primeira ministra da Noruega, que presidiu a comissão que escreveu o documento.

Não é à toa que o design escandinavo marca esta estação.

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As diferentes facetas da natureza são exploradas em coleções que têm como

referência a reciclagem, o Finnish Design e a vida urbana - sempre usando o

esporte como ligação. Em estampas, se destacam mensagens e aplicações

relacionadas com a natureza e a sustentabilidade do planeta. Nos bordados e

tecidos, proliferam materiais orgânicos, algodão produzido sem produtos químicos

nem pesticidas, o uso de fibras de bambu. Malhas com reciclagem de garrafas PET

constituem outra idéia interessante.

7.2.1 A Cartela de Cores:

Flores, cascas ou animais são apenas pontos de partida para as referencias à moda

baseada em fontes naturais. Há o aproveitamento de elementos da natureza e

também inspirações urbanas e humanas.

Cores luminosas dominam a cartela. Elas são características da moda esportiva que

tem referências dos anos 80 e influência do meio ambiente.

As combinações são alegres e aparecem em estampas e nas aplicações e

bordados. Sempre com alguma referência aos recursos naturais, claro.

• Destaque para os acordes: Amarelo e violeta; Azul e laranja.

• E o uso de cores análogas: Azul e rosa; Amarelo e rosa; Amarelo e

Azul.

Figura 29. Cores Tendências Fonte: www.usefashion.com

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7.3 A Imaginação

Herbert Marcuse, filósofo alemão famoso nos anos 60, escreveu em Eros &

Civilização que a arte é uma forma de oposição à realidade, e que o surrealismo é

uma das principais maneiras que a fantasia encontrou para sobreviver num mundo

voltado ao desempenho. Pois bem, no universo infantil, a imaginação é ainda mais

presente.

Figura 30. Imaginação

Fonte: www.usefashion.com

Segundo o site usefashion (2008), na mistura de cores, na sobreposição de

estampas que mesclam realidade e ficção, o design e as novas técnicas referenciam

um mundo antigo. É a artsy que invade a moda infantil. As principais influências são

os movimentos de contestação e sua relação com culturas de massa, ligando ao

punk e à rave, ao movimento hippie com ar rural romântico, ao glam rock, à pop art.

e ao surrealismo.

Efeitos gráficos com referências a Andy Warhol e Roy Lichtenstein viram

estampas. A arte naïf provoca ingenuidade nas estampas e a arte de rua propõe

grafismos e rabiscos originais. A alegre desordem, o exagero de flores ou mesmo

florais liberty, as geometrias, colagem e rabiscos da arte são destacados. Das

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histórias em quadrinhos, leituras favoritas das crianças surgem heróis e vilões com

seus poderes e frases de efeito.

A influência também vem de diferentes culturas. Da Índia, temos formas exóticas e

cores que remetem a aromas desconhecidos, como o rosa e o marrom. Da

Catalunha, as alpargatas ou espardenya, calçado típico confeccionado com tecido e

borracha reciclados nos "pueblos" de toda a região. Do México, a força de Frida

Kahlo.

7.3.1 Cartela de Cores:

Algumas fontes culturais ajudam na formação de uma cartela de cores. O estudo

das obras de arte serve de base para o desenvolvimento de vários padrões ou

tecidos. Características de uma região também têm relação com as cores. Formas

dominantes na arte popular, na tecelagem ou na tapeçaria de localidades como

México, Índia e Espanha, ou as lembranças dos anos 70, formam combinações ricas

em cores e contrastes.

Destaque para o uso de harmonia dupla entre vermelho e verde. Além disso, vemos

uma harmonia monocromática de roxo e de azul.

• Combinações em estampas e outras harmonias: Azul, amarelo e preto;

Vermelho, rosa e amarelo; Terrosos com branco.

Figura 31. Cores Tendências Fonte: www.usefashion.com

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O imaginário será o quesito mais focado nesta pesquisa, onde envolverá o lúdico e a

fantasia que existe no mundo infantil, estas inspirações cabem com harmonia tanto

à temática quanto ao tema escolhido.

7.4 Lembrança

"O pensar fiel àquilo que demanda ser pensado é, no fundo, de onde soa a

poesia". A frase de Martin Heidegger, da década de 50, traduz a essência da

megatendência Lembrança.

Figura 32. Cores Tendências Fonte: www.usefashion.com

O site usefashion (2008), afirma que antigos sentimentos retornam em babados,

rendas, camadas, pétalas e detalhes elaborados. Referências retomam o estilo

vintage, criam o neo romântico e denotam toques delicados. Dos anos 20, o ritmo do

charleston influência a silhueta e o uso do preto e branco. Dos anos 50, "A Princesa

e o Plebeu" é a inspiracão principal. Nos 60, "Bonequinha de Luxo", com Audrey

Hepburn, cumpre este papel.

O olhar se dirige para a região da Provença e Saint Tropez da década de 50.

Marcante também é a memória de azuis, branco, beges e da colônia de lavanda

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típica do sul da França. Rosas e lilás, assim como o xadrez vichy, evocam a idéia

de uma vida simples, tranqüila e familiar, bem romântica.

Com o New Look de Dior, vestidos em A volumosos e saias evasê, na altura dos

joelhos, combinam novos materiais ao algodão e tecidos tradicionais.

Tecidos leves e macios, transparências como de musselines, voil e organzas,

superfícies acetinadas e tules são os principais materiais, mesclando nostalgia às

novidades. Os florais são românticos e delicados, tanto grandes quanto pequenos.

Topes e fitas em cetim, listras, poás e rendas são elementos que completam o

quadro.

7.4.1 Cartela de Cores:

A tradicional cartela de cores romântica, onde os tons pastel predominam, ganha

complementos fortes e a inclusão do preto, influências do estilo Neo-romântico.

O conceito de romantismo adaptado à modernidade baseia-se em externar os

sentimentos. Os sonhos de ser a romântica típica e cor de rosa dos contos de fada

se misturam à realidade do dia-a-dia preto e branco.

A maioria das combinações tem o branco como cor dominante, o preto como cor

subordinada e o rosa ou o vermelho como tônica.

Figura 33. Cores Tendências Fonte: www.usefashion.com

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7.5 A Moda dos Heróis Segundo o site Meninas da Moda (2008), uma das macro - tendências de verão

2010 também são os super-heróis que mexem com o imaginário infantil.

Tanto suas roupas quanto seus acessórios chamam atenção pelas suas cores

vibrantes.

Os super-heróis fazem parte tanto do imaginário adulto quanto do infantil. Fazem

instigar o inexistente de uma forma real, trazendo referências mútuas e adaptáveis

no mundo de cada qual. Além de envolver o imaginário, transmitem características

que influenciam na personalidade de cada um, tanto é que se tornou sinônimo de

força, garra, perseverança e independência.

Figura 34. Heroes

Fonte: www.usefashion.com

As cores escolhidas para 2010 são:

• Ashen: a gama do cinza, com aparência desgastada.

• Dormant: cores do outono (verde, amarelo, laranja, telha).

• Abstract: cores como marrom e tons neutros.

• Suspense: tons de azul e cinza glaciais, verde, vermelho escuro.

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• Theatrical: cores radiantes como o pink, misturadas com os beges.

• Stark: cores primárias (vermelho, azul, amarelo), preto e branco.

Os tons citados acima estão ligados à tendência citada acima; a dos SUPER

HERÓIS. Muitas dessas cores farão parte das peças desenvolvidas que estarão

nesta pesquisa.

Tendo em vista tudo o que compreende a tendência dos heróis neste projeto a

proposta é envolver o público-alvo em histórias encantadoras narradas nos livros “As

Historias Preferidas das Crianças Japonesas”, fazendo com que as crianças que

usarem as peças tornam-se personagens ativos destes livros.

Figura 35. Painel Super Heróis

Fonte: Elaborada Pela Autora

Para melhor compreender a pesquisa que aborda o tema Heróis foi elaborado um

painel com imagens que retratam a maneira que as crianças incorporam seus

personagens, utilizando roupas de super-heroínas, sonhando com um mundo irreal e

mágico

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7.6 A Tendência Do Balonê

Chaves (2008) diz em reportagem ao site Moda Digital (2008), que o balonê está

com tudo nesta estação, porém esta tendência não é uma criação dos estilistas

atuais. Foi na década de 50 que o consagrado estilista Cristóbal Balenciaga lançou a

primeira peça, e em 1987, o também estilista Christian Lacroix a reeditou.

O termo surgiu originariamente para nomear a saia que parece um balão porque tem

a barra franzida, virada e presa. O modelo já apareceu em três temporadas de moda

anteriores, mas só agora caiu no gosto das mulheres.

Hoje, ele adquire novos ares, está presente em vestidos, shorts, saias e até em

blusas. Aparece geralmente em cetim, malha e Giorgetti, mas nada como um tecido

encorpado como o tafetá para criar o efeito armado do modelo.

Figura 36. Balonê 01

Fonte: www.modadigital.com.br

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Figura 37. Balonê 02

Fonte: www.cleanfashion.com.br

Neste projeto será utilizado o balonê, pelo fato de que as tendências 2010 trazem

este efeito e junto ao tecido tafetá, proporciona mais volume, remetendo ao perfil

das meninas, que são divertidas, espontâneas e com sua própria personalidade.

7.7 Babados

Segundo o site gringain (2008), com menos “frufrus” e jeito de boneca, o babados

continuam românticos, mas menos açucados, criados em várias versões, maiores,

em camadas, irregulares, feitos de várias séries de pregas ou plissados e também

tradicionalmente, formando tanto vestidos inteiros quanto enfeitando golas, mangas

e barras.

Figura 38. Babados 01

Fonte: www.fergolina.files.wordpress.com

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Os babados referentes às figuras acima são em camadas, com estamparia,

misturando tecidos e formando formas amplas. O uso das cores frias e singularidade

dos modelos fechados transgridem o século ao que diz respeito aos utilizados nos

anos anteriores.

Figura 39. Babados 02

Fonte: www.ego.globo.com

O estilo conceitual invade cada vez mais as passarelas, exploram os babados

simétricos bem como os soltos que proporcionam fluidez. As cores quentes quanto

às frias predominam.

Figura 40. Babados 03

Fonte: www.g1.globo.com

Até os babados mais sutis dão suavidade para o público infantil, que preza por cores

descoladas como o rosa, e optam por formas simples. Os vestidos e saias são

indispensáveis para as meninas, sendo extremamente femininos e românticos.

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Figura 41. Babados 04

Fonte: www.ego.globo.com

O preto é sempre preto e assume seu devido lugar de destaque. Transmitindo

sensualidade, a cor também traduz elegância e principalmente agregada aos

babados deixa – os mais suaves e menos volumosos.

Figura 42. Babados 05

Fonte: www.ego.globo.com

A cor bege está em alta, pode ser usada com qualquer outro tom que se envolva,

pois é extremante simples. Apesar desta característica, ela pode ser agregada aos

babados menores que favorecem as curvas e a cor da pele da mulher brasileira.

Esta tendência verão 2010, que inclui o uso dos babados, vem para afirmar que

diante das pesquisas, a marca Doce Acerolla resgatará em sua coleção camadas

coloridas e divertidas com muita delicadeza.

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7.8 Moda Oriental

De acordo com notícia no site Yahoo, o SPFW mostrou tendências para o verão

2009, trazendo estilistas diversos que tiveram como inspiração o Centenário da

Imigração Japonesa no Brasil, com o projeto SPFW Japão.

Kenzo Takada, conhecido internacionalmente mostrou suas peças no Japão, na

versão SPFW oriental, com um ar anos 80.

Não só ele, mas também outros estilistas brasileiros abordaram esta temática em

suas peças, mostrando referências japonesas, em cores, formas e linhas simétricas.

Figura 43. Kenzo Takaia

Fonte www.imagem.vilamulher.com.br

Assim como Kenzo, Ronaldo Fraga inclui muito o estilo japonês em suas criações.

Ele adapta as cores dando um ar de brasilidade com muita simetria e aplicações

belíssimas.

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Figura 44. Ronaldo Fraga

Fonte: www.mmmoda.com.br

Por isso, nesta coleção que será desenvolvida o estilo lúdico, imaginário se encaixa

perfeitamente na tendência que virá daqui a um ano. A busca pelas cores e formas

das histórias infantis abordadas como temática, buscarão conter linhas japonesas,

mas de uma forma infantil e singular, abstraindo sutilmente o que especialmente

agrada mais uma criança de um a seis anos.

7.9 Tendência em Aviamentos. 7.9.1 Lastex O lastex será um aviamento muito utilizado nas roupas femininas infantis verão

2010. Como vemos a seguir.

Figura 45. Petti Bimbo – Miss Blumarine

Fonte: www.usefashion.com

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Neste look da Miss Blumarine, vemos a delicadeza em que o lastex é utilizado,

tornando a peça harmoniosa e com um ar romântico, fazendo uma ótima

combinação com tecido leve e fluido, deixando as meninas mais femininas.

Figura 46. Petti Bimbo – Monnalisa

Fonte: www.usefashion.com

Nesta peça com ar hippie-chique, é quase imperceptível à utilização do lastex, onde

o mesmo mistura-se com a estampa.

Figura 47. Petti Bimbo – Liu Jô Fonte: www.usefashion.com

A ribana feita com o tecido lastéx mostra-se despojada e casual. A micro estamparia

entra para compor um visual romântico e com a cara do verão 2010.

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7.9.2 Paetês

O paetê é outro aviamento que terá grande destaque nas roupas das meninas,

deixando-as mais sofisticadas, transformando o básico em básico-chique. Dando

mais alegrias as peças.

Figura 48. Petti Bimbo – Monnalisa

Fonte: www.usefashion.com Como vemos nestas imagens o paetê é utilizado sutilmente ou em quase toda a

peça, transformando o look básico, para um look diversificado, básico-chique. Uma

brincadeira encantadora para a moda infantil.

7.9.3 Botões Os Botões servem como ornamento e dão um toque a mais para cada peça. Um

aviamento que predominará na temporada verão 2010.

Figura 49. Petti Bimbo – Liu Jô Fonte: www.usefashion.com

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Neste vestido da Liu Jô, vemos que os botões dão destaque à peça, um vestido

simples, todo branco, mas com as aplicações dos botões transforma-o em um

vestido requintado.

Figura 50. Petti Bimbo – Lolita Pocket

Fonte: www.usefashion.com

Já neste look, o botão além de ser um ornamento está servindo de fechamento para

a calça de cintura alta. Grande destaque na moda infantil verão 2010.

7.9.4 Zíperes Chegando com força no verão 2010, os zíperes dão destaque nas roupas, como

fechamento e também se tornando decorativo. Ele vem em jaquetas, calças,

macacão, vestidos, blusas e outros. Dando um charme a cada peça.

Figura 51. Petti Bimbo – Miss Blumarine

Fonte: www.usefashion.com

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Esta jaqueta com estampa de onça da Miss Blumarine vêm com um zíper como

fechamento, deixando-a descolada com um ar sofisticado.

Figura 52. Petti Bimbo – Lolita Pocket

Fonte: www.usefashion.com

Este macacão jeans além de ter os botões como ornamento na peça, vem

acompanhado do zíper, aviamento que esta servindo de fechamento na roupa e

destacando seu visual.

7.9.4 Fitas de cetim As fitas de cetim muito utilizadas nas peças infantis vêm como uma grande força no

verão 2010, deixando as roupas com um ar mais romântico e clássico, caem bem

para qualquer situação, seja no dia-a-dia ou em uma festa.

Figura 53. Petti Bimbo – Monnalisa

Fonte: www.usefashion.com

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Como podemos ver nestes looks acima, na blusa ela aparece mais sutilmente, já na

saia ela da um grande destaque pela sua cor. Mas ambas podem ser usadas em

qualquer momento, agregando sempre valor a peça e deixando as delicadas,

femininas e românticas.

Com esta pesquisa conclui-se que o uso de aviamentos é essencial para a peça.

Eles fornecem todo o acabamento necessário para se tornarem únicos. Na coleção

Doces Histórias os aviamentos utilizados serão os mais sutis, já que o púbico em

pauto é o infantil. Botões, fitas de cetim, swarovski e as aplicações exclusivas vão

transformar o tradicional em um diferencial com muita beleza estética.

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8 TEMÁTICA

Os Cem anos da imigração japonesa não é só um marco para o povo japonês, mas

um determinante para a miscigenação cultural do Brasil.

Pensando na cultura dos povos, o tema de inspiração surgiu. Resgatado do livro “As

Histórias Preferidas das Crianças Japonesas”, os elementos foram utilizados, tanto o

colorido, quanto a magia, as formas lúdicas, que aparecem no dia-a-dia na história e

na influência da moda, que se reflete de forma ativa aqui no Brasil.

Uma história, uma cultura, que une dois países, influenciados pelos mesmos

objetivos.

8.1 Os 100 anos da Imigração Japonesa

Figura 54. Vinda dos imigrantes ao Brasil.

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

De acordo com o site imigração japonesa (2008), no século XIX a economia do

Brasil era agrícola e extremamente dependente da monocultura cafeeira, por sua

vez, a cultura do café era feita por mão- de- obra escrava negra. Em 1888, o

governo brasileiro aboliu a escravidão no país, assim acarretando falta de mão- de-

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obra nos cafezais. Tentaram trazer imigrantes europeus, e de países como França e

Itália, mas com as péssimas condições de vida que os senhores do café

proporcionavam a eles, os paises impediram durante alguns anos a imigração para o

Brasil.

Decidiram imigrar os japoneses por serem conhecidos como pessoas boas,

obedientes, onde ganhavam muito pouco, trabalhavam muito, apanhavam quando

necessário, e quando tinham saudades da pátria esforçavam-se ou iriam embora.

Eles não eram desejados no Brasil, afirma o site imigração japonesa (2008), mas a

necessidade de trabalhadores era grande, que governos e contratadores tornaram-

se mais convenientes e menos exigentes. Desde 1880 já se cogitava no Brasil a

vinda de imigrantes japoneses, nenhuma ação concreta foi realizada neste sentido

ate 5 de novembro de 1895 quando Brasil e Japão assinaram um tratado pelo qual

os países passaram a desenvolver relações diplomáticas. Abriram-se negociações

para a vinda de imigrantes japoneses, que chegariam de fato a partir de 1908.

Figura 55. O navio Kasato Maru

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Durante dois séculos e meio o Japão esteve isolado do resto do mundo, sob o

comando político dos xóguns da família Tokugawa. A sociedade japonesa era feudal

e a economia estava estagnada num sistema agrário e dependente da cultura de

arroz. A partir de 1854 ouve uma crise interna sem precedentes, onde navios

americanos e ingleses com uso de canhões exigiam a abertura dos portos

japoneses, assim o governo xogunal teve que ceder privilégios comerciais aos

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estrangeiros. Revoltas levaram a uma guerra civil, que ocorreu em 1868 com vitória

dos que queriam a restauração do poder ao imperador, e que defendiam a

modernização rápida do Japão em moldes ocidentais. Era o início da era Meiji

(1868-1912).

Figura 56. Meiji

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Segundo o site imigração japonesa (2008), em 20 anos a revolução Meiji

revolucionou o país, proporcionou oportunidades para a aristocracia, e para uma

emergente burguesa que enriqueceu com os métodos industriais e financeiros

importados do ocidente. Mas os benefícios foram para poucos a maior parte da

população viviam no campo onde impostos levavam famílias à fome. Muitos foram

para a cidade em busca de emprego e outros foram para o extremo norte da ilha

Hokaido.

Entretanto o Japão sendo superpovoado, as opções logo se escassearam e o

governo japonês passou a promover a emigração como alternativa. A primeira

emigração ocorreu em 1883, quando japoneses foram para a Austrália trabalhar na

pesca de pérolas. Em 1885 emigraram para o Havaí e nos anos seguintes, Canadá,

Estados Unidos e Peru.

Chegam os japoneses no Brasil em 26 de junho de 1908, contrariando as

expectativas negativas que os brasileiros tinham em relação ao povo japonês. O

grau de limpeza era qualificado como inexcedível e eram amáveis. Delicadeza fina,

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reveladora d uma educação apreciável. Todos se vestiam de forma simples, mas à

ocidental.

Os japoneses eram imigrantes pobres, mas agiam com dignidade e educação.

Trouxeram malas de vime, roupas e objetos simples, mas limpos ou novos.

Possuíam itens que na época muitos imigrantes europeus e ate mesmo os

brasileiros não tinham itens caros, coisas que eram considerados um “luxo” para

trabalhadores braçais, como: escova e pó dental, pente e navalha de barba, futons,

makuras (travesseiros) de madeira e casacos, pequenas ferramentas, utensílios de

cozinha e frasquinhos para shoyo. A maioria trouxe livros, tinta e pincel. De 781

pessoas, verificou-se que menos de 100, ou cerca de 13% delas, eram analfabetas.

Trazidos pela empresa Teikoku Imin Kaisha (Companhia Imperial de Imigração),

escrito no site imigração japonesa (2008), afirma que firmou em 1907 contrato com a

Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo para alocar 3 mil imigrantes ate

1910 como empregados de várias fazendas de café no estado, os japoneses

pretendiam ficar por cinco anos. Eles sabiam que teriam que trabalhar muito, que

teriam dificuldades de comunicação, mas a expectativas de retornar ao Japão com

poupanças significativas os motivava a manter o espírito elevado. Mas os imigrantes

logo descobriram que síria necessário mais do que determinação para sobreviver no

Brasil.

Figura 57. Trêm

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Para atrair o maior número possível de imigrantes, as agencias faziam propagandas

que nem sempre correspondiam à realidade. Descreviam o café como “a árvore que

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dá ouro”, e a produtividade da planta seriam tamanha que os galhos envergavam

com o peso dos frutos, e que bastava facilmente colhê-los com as mãos. Se fosse

dessa maneira, em um mês uma família com três membros trabalhando no cafezal

receberia o equivalente a 135 ienes no cambio da época, considerando que o salário

mensal de um policial no Japão era de 10 ienes.

Figura 58. Imigrantes

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

As 781 pessoas do grupo pioneiro que chegou ao Brasil em 1908 no Kasato Maru

foram alocadas em seis fazendas de café no interior de São Paulo. De imediato

todas as expectativas positivas dos imigrantes, foram desmanteladas pela realidade

das coisas no Brasil.

Figura 59. Fazenda cafeira

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

As moradias que os fazendeiros ofereceram aos imigrantes eram antigas senzalas

de barro ou madeira construídas pelos escravos negros, que haviam sido

abandonadas e que estava há anos sem limpeza e manutenção. Não havia piso,

moveis, ou paredes divisórias. Não havia água ou instalações sanitárias. Quem

quisesse ter iluminação e algo para comer teria que comprar no armazém a fazenda,

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e a alimentação se limitava em arroz de sequeiro, feijão, milho, carne ou bacalhau

seco, itens que os japoneses não gostavam e mal sabiam como preparar. Logo

perceberam que ao invés de receber um salário no fim do mês passaram a ter

dividas com os fazendeiros, dado aos preços exorbitantes cobrados no armazém.

Os brasileiros não cultivavam verduras ou soja, e os japoneses passaram a

improvisar conservas com plantas encontradas no mato, como o picão e o caruru.

Tais condições de vida causaram em poucos meses subnutrição generalizada,

doenças e mortes entre imigrantes.

Quando chegaram à fazenda os imigrantes japoneses foram colocados para

trabalhar com cafeeiros velhos de baixa produtividade que resultavam numa colheita

escassa que mal chegava a dois sacos colhidos por dia por família.

Sendo que de acordo com as propagandas será em meda 09 sacos de 50 quilos de

café colhidos por família. Pela exploração da mão-de-obra escrava, pela miséria e

correndo risco de vida pelo abandono, os imigrantes não tiveram outra alternativa, a

não ser fugir das fazendas e buscar outras profissões. Ate o fim de 1908 apenas 359

das 781 pessoas que chegaram em junho daquele ano, ainda se encontravam nas

fazendas. Na Fazenda Dumont, que recebeu o maior grupo de imigrantes japoneses

(210 pessoas), ninguém ficou.

De acordo com o site imigração japonesa (2008), alguns dos imigrantes japoneses

antes de vir para o Brasil já tinham estudado, muitos já haviam morado em cidades e

trabalhado como comerciantes, carpinteiros e ferreiros, e ao fugir das fazendas

voltaram a exercer a profissão que tinham ao Japão como trabalhadores

independentes. Outros passaram a empregar-se na construção civil, ou tornaram-se

empregados domésticos, ou ainda estivadores nas docas. Em 1910 instalou-se em

Santos um pequeno grupo de profissionais autônomos e pequenos comerciantes

imigrantes, e em 1920 japoneses passaram a morar e abrir negócios na Rua Conde

de Sarzedas, na região central da Sé em São Paulo.

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Figura 60. Imigrantes

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

A partir de 1910 as empresas de emigração japonesas passaram a comprar grandes

áreas de mata virgem para instalar as shokuminchi (colônias ou núcleos coloniais).

Com isso os imigrantes passaram a vir para o Brasil como adquirente de pedaços de

terras, desbravando áreas distantes e mata virgem sem a ajuda governamental para

se tornarem pequenos produtores agrícolas de arroz e algodão. A primeira colônia

foi a Colônia Monção, fundada em 1911 na região da estação Cerqueira César da

linha férrea Sorocabana, interior de São Paulo. Este sistema deu varias cidades no

Brasil, como os municípios paulistas de Aliança, Bastos, Iguape, Registro, Suzano, e

as cidades de Assai no Paraná e de Tomé-Açú no Pará. Em Tomé-Açú cultivavam

também pimenta-do-reino, chá em Registro, e à atividade granjeira em Bastos.

Figura 61. Porto Novo Oriente

Fonte: www.imigraçaojaponesa.com. br

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Figura 62. Praça Kunito

Fonte: www.imigraçaojaponesa.com. br

Em 1915 Unpei Hirano fundou a Colônia Hirano na região de Cafelândia, interior

paulista, vindo a falecer aos 34 anos em 1919 de malária. Apesar dos esforços dos

colonos, uma invasão de gafanhotos, seguida por uma grande seca, destruiu as

lavouras, e ouve uma grande epidemia de malária.

Figura 63. Colégio Nova Niponia

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Segundo o site imigração japonesa (2008), tento a intenção de retornar ao Japão

assim que conseguissem economias suficientes os imigrantes queriam que seus

filhos fossem educados como dainipponjins (súditos japoneses). Ensinar-lhes a

língua nipônica e ensinamentos sobre a cultura japonesa e o Yamato damashii

(espírito japonês) era prioridade tal que os pais perdiam horas de sono e

trabalhavam mais para que seus filhos, que também trabalhavam na lavoura e nos

afazeres domésticos estudassem. A primeira escola fundada foi a Escola Primaria

Taisho, em 1915 em São Paulo. Em 1918 as irmãs Teruko e Akiko Kumabe se

graduaram em magistério no Rio de Janeiro, tornando-se as primeiras japonesas a

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obter diplomas de professoras primarias no Brasil. Em 1919 as irmãs Kumabe foram

as primeiras imigrantes naturalizadas brasileiras.

Em janeiro de 1916 foi lançado o primeiro jornal chamado Nanbei (América do Sul).

Em agosto do mesmo ano surgiu o Nippak Shimbun (Jornal Nipo-brasileiro), e em

1917 foi lançado o Barajiru Jihô (Noticias do Brasil). Com isso o numero de

imigrantes haviam aumentado (ate 1917 estima-se que 18.800 japoneses entraram

no Brasil como imigrantes), assim progredindo financeiramente, pois havia se criado

uma base econômica capaz sustentar as edições.

Figura 64. Cooperativas agricolas

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

O espírito empreendedor torna-se característica dos imigrantes. Como Takehiro

Mamizuka que trouxa para o Brasil as batatas, alem de terem sido os imigrantes que

criaram as cooperativas agrícolas. A mais importante foi a CAC-Cooperativa Agrícola

de Cotia, fundada e 1927 com a união de 83 agricultores, a maioria de batatas. A

Cooperativa Agrícola de Cotia cresceu a ponto de se tornar a maior entidade do

gênero na América do Sul, possuindo na época 16.309 associados e um patrimônio

avaliado em mais de 59 milhões de dólares.

Afirma o site imigração japonesa (2008) que a partir de 1920, com a ampliação do

sistema de colonização de terras virgens no interior de Soa Paulo, o fluxo de

imigrantes japoneses para o Brasil acelerou-se. Em 1929 os primeiros japoneses

desbravadores da região amazônica instalaram-se em Acará, no Pará (atual Tomé-

Açu). No mesmo ano outras colônias foram assentadas no Paraná (Londrina) e em

Goiás (Anápolis). Também naquele ano a bolsa de Nova York causou uma forte

desvalorização do café brasileiro no mercado internacional, o que afetou muitos

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imigrantes. Aquela crise levou muitos japoneses a se dedicarem ao plantio de arroz,

feijão, batata e tomate para abastecer as cidades.

Figura 65. Cooperativa agricola de Cotia

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Em 1932 o Consulado Geral do Japão em São Paulo divulgou que 132.689

japoneses já haviam imigrado e que mais 25 mil e 800 pessoas já tinham

autorização para entrar no país no ano seguinte. Em 1930 o Brasil estava sendo

comandado por Getulio Vargas, e em 1932 visando baixar normas para restringir a

entrada de imigrantes japoneses no país.

Figura 66. Getúlio Vargas

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

No período anterior a Segunda Guerra Mundial (1930-1945), os imigrantes

japoneses tinham comportamento e valores parecidos com os atuais dekasseguis

(brasileiros que emigram para o Japão a trabalho). Em 1938 havia em São Paulo

294 escolas japonesas. Em 1936 foi construído o Nippon Byoin (Hospital Japão),

atual Hospital Santa Cruz em São Paulo.

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Figura 67. Hospital Santa Cruz

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

O site imigração japonesa (2008) declara que a partir do Natal de 1938 todas as

escolas de língua japonesa, alemã e italiana foram obrigadas a fechar e o ensino

desses idiomas proibido. Em 1941 quando os Estados Unidos entraram da Segunda

Guerra Mundial, o Brasil optou por uma postura de colaboração crescente com os

americanos e as restrições contra os imigrantes das nações inimigas endureceram.

A publicação de jornais em japonês foi proibida pelo governo brasileiro, e os

Correios suspenderam os serviços entre Brasil e Japão. A imigração de japoneses

ao Brasil foi proibida, e o navio Buenos Aires Maru, que chegou ao país em 1941, foi

o ultimo de um ciclo iniciado pelo Kasato Maru.

Figura 68. EscolaPromissão

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Do dia para a noite os imigrantes japoneses passaram a ser alvo de suspeitas,

perseguição e preconceito. Comunidades que viviam nas cidades e em Santos e

São Paulo receberam ordem de evacuação de no máximo 6 horas. Tudo que

pertenciam a eles foram tomados para “posterior inclusão no fundo de indenização

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de guerra”. O Banco América do Sul e o Hospital Santa Cruz, fundados pelos

japoneses tiveram suas diretorias afastadas e passaram a ser administradas por

interventores nomeados pelo governo.

Figura 69. Imigrantes 02

Fonte: www.imigracaojaponesa.com.br

Em agosto de 1942 um navio brasileiro foi afundado por um submarino alemão perto

de Belém e a população local, destruiu e incendiou casas de imigrantes alemães,

italianos e japoneses. A titulo de fiscalizar e proteger os imigrantes, o governo

federal resolveu recolher em Acará (Tomé-Açu, PA) todos os japoneses, alemães e

italianos que residiam na região norte do país. As perseguições ocorreram também

no litoral do Paraná, pelo interior de São Paulo e de Mato Grosso. Apesar da postura

antinipônica, o governo brasileiro estimulava os imigrantes japoneses a cultivarem o

algodão, o bicho-da-seda e a hortelã. Atuando como intermediário na exportação

desses produtos aos Estados Unidos, onde o algodão era usado na fabricação de

uniformes, a seda na fabricação de pára-quedas e a menta era produto base da

indústria química na fabricação de explosivos e em sistemas de refrigeração de

motores de alta velocidade, o governo brasileiro lucrava com o conflito.

Neste mesmo ano as relações diplomáticas entre Brasil e o Japão foram rompidas, e

a retirada dos representantes do governo japonês deu aos imigrantes a consciência

de que eram súditos abandonados à própria sorte num país que não os queria.

Segundo o site imigração japonesa (2008), em 1944 ocorria no Pacífico batalhas

sangrentas entre tropas americanas e japonesas. Formando assim dois grupos

distintos dentro da comunidade de imigrantes: os kachigumi (vitoristas, que

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acreditam q o Japão venceu a guerra) e os makegumi (derrotistas, acreditavam que

o Japão perdeu a guerra). Os Kachigumi eram um grupo de formação militar,

extremistas paranóicos, chegando ao ponto de chamar de traidores os que

acreditassem que o Japão pudessem perder, assim realizando atentados contra

eles. Os primeiros sinais do problema surgiram quando varias plantações de menta

e casas de processamento de bichos-da-seda de imigrantes japoneses foram

destruídas.

As autoridades profissionais descobriram que os imigrantes japoneses haviam sido

os autores das depredações, mas menosprezaram o ocorrido. Em 1945, quando o

Japão se rendeu após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, circulou

na comunidade nipo-brasileira uma noticia falsa, com fotos dos representantes

japoneses no encouraçado americano Missouri, afirmando serem cenas da rendição

americana ao Japão publicadas no jornal “A Tribuna” de Santos de 16 de setembro.

Em outubro de 1945 iniciou-se um movimento através da Cruz Vermelha Brasileira,

com a participação das lideranças esclarecidas da comunidade nipo-brasileira, para

conscientizar os emigrantes da derrota do Japão na guerra. De março de 1946 a

janeiro de 1947 ocorreu uma serie de assassinatos e tentativas de homicídio, tendo

como alvo imigrantes que apoiaram o movimento derrotista foram mais de 100

ocorrências e 23 mortes no estado de São Paulo.

A partir da terceira geração no Brasil, os descendentes de japoneses passaram a se

abrir definitivamente à sociedade brasileira. Os avós imigrantes trabalhavam duro no

campo para que seus filhos e netos tivessem futuro no Brasil. Na década de 1960,

um grande êxodo rural dentro da comunidade nipo-brasileira. Os japoneses saem do

campo e rumam para as cidades para concluir os estudos. A cidade de São Paulo

torna-se, assim, a cidade com maior numero de japoneses fora do Japão.

No ambiente urbano, os japoneses abrem pequeno armazéns, onde vendiam

produtos agrícolas, como frutas, legumes e peixe. Os mais jovens se dedicaram aos

estudos, formando-se nas áreas biológicas e de exatas. O Bairro da Liberdade é um

exemplo da força da comunidade nipo-brasileira.

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Os bisnetos de japoneses, em sua maioria adolescente e jovem, são os mais

integrados ao Brasil. Exemplo disse é a miscigenação: 61% têm alguma origem não-

japonesa. Os traços mestiços predominam entre esta nova geração. Os vínculos

com Japão ancestral são mínimos: a maioria sabe falar pouco ou nada em japonês.

Atualmente, estima-se que aja cerca de 1,5 milhões de nipo-brasileiros, cuja imensa

maioria reside no estado de São Paulo (capital e municípios como Mogi das Cruzes,

Osvaldo Cruz ou Bastos) e no norte do Paraná (municípios como Curitiba, Maringá,

Assai ou Londrina).

Afirma o site imigração japonesa (2008), que no caso dos imigrantes japoneses no

Brasil, essa situação de isolamento étnico acabou por se deteriorar a partir da

década de 1970. Os imigrantes de primeira geração raramente se casavam com um

não-japonês, porém, a partir das segunda e terceira geração, o fenômeno da

miscigenação passou a fazer parte da realidade da colônia japonesa no Brasil.

Os imigrantes, assim como a maioria dos japoneses, eram budistas e xintoístas. Nas

colônias japonesas, houve a forte presença de padres brasileiros para catequizar os

imigrantes. O casamento com pessoas católicas também contribuiu para o

crescimento dessa religião na comunidade. Hoje 60% dos descendentes de

japoneses no Brasil são católicos.

Atualmente, as maiorias dos nipo-brasileiros falam principalmente o português. A

primeira geração fala com freqüência dialetos japoneses, muito deles somente em

japonês. A segunda geração é geralmente bilíngüe em japonês e português. Numa

pesquisa, 53% da segunda geração declararam somente ter falado japonês apenas

na infância. Hoje, 13,3% falam apenas japonês, 18,1% apenas português e 68,8%

ambas as línguas. A terceira geração é mais luso-falante, com 39,3% apenas

falando português, 58,9% ambas as línguas e 1,8% apenas japonês.

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O japonês falado no Brasil é uma mistura de diversos dialetos influenciados pela

língua portuguesa. Com o retorno dos imigrantes do Japão, é provável que o número

de falantes da língua japonesa no País cresça.

Os nipo-brasileiros fazem questão de exibir sua origem brasileira, e esta é a forma

encontrada pelos descendentes de japoneses para demonstrarem a sua identidade

brasileira em terras japonesas.

8.2 Temática de Inspiração

A temática escolhida foram os livros “As Histórias Favoritas das Crianças

Japonesas”, compostos por dois volumes, contendo vários contos infantis, ilustrados

e encantadores. As imagens abaixo são referentes às capas dos livros.

Figura 70. Livro I Figura 71. Livro II

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

De acordo com o portal editora jbc (2006), os livros foram lançados nos EUA em

1953 e está há mais de 50 anos entre os títulos infantis mais vendidos do mundo,

considerado um clássico da literatura no Japão e nos Estados Unidos. A edição

brasileira é a única no mundo publicada com o texto em duas línguas, português e

japonês. Além da escrita em kanji, optou-se também por incluir o texto em furigana,

a escrita em hiragama em cima de cada kanji, para as crianças ou estudantes de

japonês tenham menos dificuldades.

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Outro destaque são as ilustrações criadas especialmente para celebrar o 50˚

aniversário deste best-seller nos EUA, em 2003. Preparados pelo artista japonês

Yoshisuke Kurasaki no primeiro volume e por Yoshio Hayashi no segundo volume,

elas foram adaptadas e receberam novas cores sem perder o traça tradicional.

Dragões, ogros, contos de fadas, aventuras em castelos antigos e outros seres

fantásticos do imaginário japonês ensinam lições de coragem, bondade e amizade

em 36 lendas da Terra do Sol Nascente. As histórias são relatadas de forma simples

para serem entendidas pelas crianças pequenas e com o encanto e o mistério

necessário para prender a atenção dos maiores. Muitas das histórias proporcionarão

aos descendentes um reencontro com o passado, já que delas podem ter sido

contadas por seus pais ou avos que vieram do Japão.

Nestas historias mágicas, o bem é recompensado e o mal punido, estatuas ganham

vida para retribuir um gesto de bondade, e, com um pouco de autoconfiança, até

mesmo um garoto de apenas uma polegada pode se tornar um grande herói.

Tengus: simpáticos seres sobrenaturais de narizes sinuosamente alongados,

sempre orgulhosos de seu charme. Pêssegos gigantes contendo um filho para

alegrar um velho casal, até que ele cresça e demonstre seu poder de liderança

contra os ogros, seres malvados que depois podem infernizar a vida de aldeãos aos

pés de uma montanha. Uma chaleira que se transforma em um texugo, trazendo boa

sorte, em troca de deliciosos bolinhos de arroz. Lendas antigas, moralistas,

absurdas, encantadoras e até previsíveis, entre personagens excêntricos e

cativantes.

Como o caso da família de pardais que da uma lição em uma senhora mesquinha,

ou de ensinamentos como a necessidade de pensar para não ficar igual ao tolo que

fazia tudo o que lhe ordenavam, sem qualquer questionamento ou como é

desaconselhável guardar palitos de dentes usados. Num apelo irresistível à

imaginação, as historinhas reunidas por Florence Sakade entre os coloridos dos

belos desenhos demonstram a estranha força mantida de geração a geração pela

tradição oral e escrita. Mas também há vínculos com histórias tradicionais ocidentais,

e identificá-los também pode ser um exercício dos mais estimulantes e prazerosos.

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O site editorajbc (2006) afirma que nos dois volumes, somos, assim, estimulados a

conviver com lendas que ratificam princípios de honestidade, honra e outros tidos

como ultrapassados, nesta fogueira de vaidades universal. Seria bom que estas

pequenas histórias antigas fossem compreendidas mundo a fora. Ate mesmo o

Japão de hoje. E pela “colônia japonesa brasileira” (a maior do mundo, brindada com

a versão do texto no idioma original), mas para os brasileiros de todas as origens e

tradições, algo que ainda dispomos também em consonância com a magia deste

legado.

8.3 Lúdico

De acordo com Fortuna, (2001, p.116) o lúdico tem sua origem na palavra latina

"ludus" que quer dizer "jogo". Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico

estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.

A evolução semântica da palavra "lúdico", entretanto, não parou apenas nas suas

origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade.

Como bem observa Fortuna (2001), em uma sala de aula ludicamente inspirada,

convive-se com a aleatoriedade, com o imponderável; o professor renuncia à

centralização, à onisciência e ao controle onipotente e reconhece a importância de

que o aluno tenha uma postura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua

aprendizagem; a espontaneidade e a criatividade são constantemente estimuladas.

Podemos observar que essas atitudes, de um modo geral, não são, de fato,

estimuladas na escola. Para Fortuna (2001): "as atividades lúdicas permitem que o

indivíduo vivencie sua inteireza e sua autonomia em um tempo-espaço próprio,

particular. Esse momento de inteireza e encontro consigo gera possibilidades de

autoconhecimento e de maior consciência de si".

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser

vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a

aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa

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saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de

socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Segundo Snyders (1988) o despertar para o valor dos conteúdos das temáticas

trabalhadas é que fazem com que o sujeito aprendiz tenha prazer em aprender.

Conteúdos estes despertados pelo prazer de querer saber e conhecer. Devemos

despertá-los para, com sabedoria, podermos exteriorizá-los na nossa vida diária. A

alegria, a fé, a paz, a beleza e o prazer das coisas estão dentro de nós.

8.3.1 A moda e o Lúdico

Na visão de Vygotsky (1993), sabendo-se que o lúdico parte do princípio de que as

coisas do imaginário tomam forma, personalidade e criam “pernas”, o irreal pode

muito bem estar em uma coleção de moda nas passarelas. Os tons fortes, alegres,

tons criados pelo estilista, acessórios e aviamentos em abundância, decotes

irregulares, volumes exagerados e estampas personalizadas fazem parte deste

contexto.

Podem-se citar alguns estilistas que buscam em seu mais íntimo imaginário

elementos para criar suas peças. São eles: Ronaldo Fraga, Herchcovitch, Jum

Nakao, entre outros.

Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico

faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser

espontâneo funcional e satisfatório.

Sendo funcional: ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, com a

monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo. Nem

desperdiça movimento: ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio de

energia.

Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela

resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia,

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momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade,

de resignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do

outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida.

Figura 72. Painel Lúdico

Fonte: Elaborada Pela Autora

Diante desta pesquisa, vê-se o quanto o lúdico faz parte do mundo infantil. A

temática tem justamente essa proposta, inserir o lúdico as peças em forma de

apliques, volumes e assimetria, resgatando todo o ímpeto deste público num só

enfoque imaginário.

8.4 Temática

A temática foi inspirada nos livros “As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas”,

mais especificamente em suas ilustrações. Segue abaixo, um painel semântico com

o uso de algumas das figuras referentes aos livros.

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Figura 73. Painel da Temática Fonte: Elaborada pela Autora

Foram resgatados dos contos elementos simétricos e assimétricos que compõem as

principais histórias. Tendo como destaques as cores e os elementos mais marcantes

que deram formas nas aplicações, como as flores, coelho, urso, laços, etc.

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9 PESQUISA DE CAMPO

9.1 Público – Alvo

A cada criação, o designer deve levar em consideração a que tipo de consumidor ele

se destina. O estilo do consumidor para esse projeto é no segmento festa e casual.

É um público que compreende meninas entre um e seis anos de idade, onde suas

mães adoram vesti-las bem, prezando sempre pelo conforto, praticidade, ergonomia

e estética.

Figura 74. Painel do Público Alvo Fonte: Elaborado pela Autora

São meninas criativas e com personalidade forte, adoram brincar ao ar livre e ir com

a família a festas infantis. Uma das suas diversões é ouvir seus pais lendo contos

infantis por horas e horas, principalmente que contenham várias ilustrações. Ativas;

adoram cores alegres e vibrantes. Amam ouvir música e assistir a desenhos

animados.

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9.2 Apresentação dos resultados da pesquisa de campo

Foram aplicados quarenta e cinco questionários (conforme modelo em apêndice I),

para mães de meninas entre um e seis anos de idade, contendo dez perguntas

objetivas. Os dois locais de realização desta pesquisa foram: creche (Adélia Russi -

Itajaí) e UNIVALI (Balneário Camboriú), entre os dias quinze a vinte e seis de

setembro.

As perguntas apresentavam itens aos quais se relacionavam ao vestuário infantil,

fornecendo alternativas sobre aviamentos, locais de uso, cores, formas, etc.

Para a realização do projeto, sentiu-se a necessidade de ter conhecimento sobre o

mundo, bem como os desejos e necessidades do público a ser atingido.

9.2.1 Síntese do Questionário

A primeira pergunta do questionário investiga o interesse em relação à tabela de

cores. E como era de se esperar, o resultado foi positivo. Isso se deve ao fato das

cores vibrantes, alegres e tecidos estampados chamarem mais atenção das

crianças, além de deixá-las mais bonitas.

11%

4%

18% 18%

0%

5%

10%

15%

20%

Quais suas cores preferidas?

Claras Escuras

Estampadas Cores alegres/Vibrantes

Gráfico 01. Cores preferidas

Fonte: Acervo Pessoal

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Quanto ao lugar que os pais e filhas mais freqüentam juntos, resultou em festas

infantis e outras, onde suas filhas encontram - se com seus amigos para comemorar

um dia especial e brincarem muito, além de ter a presença dos pais freqüentemente.

9%

15%

3%

19%

0%

5%

10%

15%

20%

Que lugar vocês (pais e filhos) mais frequentam juntos?

Parques/Clubes Shopping/Cinema

Teatro/Outras opções Festas/Festas infantis

Gráfico 02. Lugares

Fonte: Acervo Pessoal

Pode-se ver, que os tecidos que as mães mais compram para o conforto de suas

filhas foi o tafetá e tricoline. Tecidos leves e maleáveis, que deixam suas filhas

brincarem à-vontade em qualquer lugar.

4%10%

0%

28%

0%

10%

20%

30%

Qual o tecido que deixa a sua filha mais a vontede e quevocê costuma

mais comprar?

Jeans/Sarja Malha/Seda

Cetin Tricoline/Tafetá

Gráfico 03. Tecidos

Fonte: Acervo Pessoal

Procurando saber sobre o fechamento ideal para as roupas de suas filhas, pode-se

notar no gráfico abaixo, que 21% das mães entrevistadas preferem botão pelo fato

de serem mais confortáveis, práticos e pela sua estética.

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0%

7%

17%

21%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Que tipo de fechamento é o mais ideal em sua opinião?

Velcro Zíper Botão de pressão Botão

Gráfico 04. Fechamento

Fonte: Acervo Pessoal

Realizando o questionário, viu-se que o melhor lugar para o fechamento foi na frente

das peças, pela praticidade e conforto.

10%

3%

24%

12%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Qual o lugar mais apropriado para fechamento?

Sem aberturas Lateral Frente Costas

Gráfico 05. Lugar do Fechamento

Fonte: Acervo Pessoal

Tendo em vista as pesquisas, com 30% o estilo que mais as mães admiram nas

suas filhas e gostam de vesti-las foi o romântico/clássico. Pelo fato de serem

crianças, deixando – as mais encantadoras e delicadas.

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3%6% 6%

30%

0%

10%

20%

30%

Qual o estilo de sua filha?

Rock Hippie

Chique/Contemporânea Romântica/Clássica

Gráfico 06. Estilo

Fonte: Acervo Pessoal

Pode-se notar no questionário abaixo que as roupas que as meninas mais gostam

de usar no verão são os vestidos, por serem mais confortáveis, leves e de fácil

locomoção.

6% 5% 2%

31%

0%

20%

40%

O que sua filha mais gosta de usar no verão?

Blusas/Batas Saias/Conjuntos

Macacões Vestidos

Gráfico 07. Roupas de Verão

Fonte: Acervo Pessoal

A maioria das mães compram roupas para suas filhas só quando for necessário.

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1%

21%

7%

14%

0%

10%

20%

30%

Com que frequência você compra roupas para a sua filha?

Toda semana

Quando necessário

Todo mês

A cada seis meses (verão, inverno)

Gráfico 08. Compra

Fonte: Acervo Pessoal

Com as pesquisas realizadas, na hora da compra as mães prezam pelo conforto,

preocupando-se com o bem-estar de suas filhas.

21%

3%

23%

8%

0%

10%

20%

30%

Dos itens abaixo escolha os que voçê mais considera na hora da compra?

Preço Durabilidade Conforto Estética

Gráfico 09. Itens para compra

Fonte: Acervo Pessoal

E por último, sentiu-se a necessidade de saber a opinião das entrevistadas em

relação aos aviamentos. Para embelezar ainda mais suas filhas, as mães

escolheram com 26% aplicações para as roupas, deixando-as mais alegres,

sofisticadas e exclusivas.

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7%1%

26%

18%

0%

10%

20%

30%

Dos aviamentos abaixo, quais voçê mais gosta que contenha nas roupas

para sua filha?

Botão Zíper Aplicação Renda

Gráfico 10. Aviamentos Fonte: Acervo Pessoal

9.2.2 Análise do questionário

Segundo dados retirados do site marketing infantil (2008), Slongo (2007) afirma que

os pais nunca gastaram tanto com o consumo dos filhos como agora. Isso acontece

por dois motivos. O primeiro é que os meninos e as meninas estão muito mais

antenados ao mundo das compras.

De acordo com Marinho (2007), atualmente, as crianças são atingidas em cheio pela

publicidade e, por isso, ficam mais exigentes nas compras, fator que reforça o

apetite de consumo dos pequenos é a falta de tempo dos pais. Mergulhados em

trabalho, eles procuram compensar a pouca atenção dada aos filhos com presentes.

Hoje, quem tem condições não pensa duas vezes antes de comprar um brinquedo

ou roupinha infantil – o que, aliás, confere aos filhos um alto poder de barganha.

Analisando a pesquisa, pode-se concluir que o público infantil está se tornando um

importante nicho no mercado para a indústria do vestuário. As mães prezam por

roupas confortáveis como o tricoline para suas filhas, com um ar romântico e

clássico. O cetim não foi escolhido por ambas devido ao seu caimento e por

amassar com facilidade acaba - se tornando nada prático. As cores vibrantes tomam

conta da vestimenta das meninas. Por isso as cores escuras não foram optadas por

transmitirem um ar “desarmônico” e não condizendo com a idade abordada muito

menos ao aspecto delicado das crianças.

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Os vestidos são os mais desejados na hora da compra tanto pelas mães quanto

pelas filhas, por serem leves de fácil movimentação, deixam as crianças à vontade

em qualquer situação do seu dia-a-dia. O fato das meninas terem pouca idade os

pais preferem levá-las em festas com entretenimentos e não para eventos de

adultos, que às vezes não atraem as filhas e as fazem ficar dispersas.

Diante desses resultados, puderam-se levantar mais dados sobre o público-alvo,

seus gostos, suas preferências em relação à moda infantil. Com essas bases, a

coleção começa a ser criada, dentro dos desejos e necessidades desse público.

Entendendo que os pais das crianças são considerados público alvo secundário.

Embora as crianças tenham participação na escolha dos produtos, são os pais que

possuem o poder de compra.

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10 CONCEITO

A conceituação define o que o produto irá passar para os seus clientes. Por isso

opta-se pelo uso das palavras chaves que resumem a coleção. Neste caso as

palavras que formam o produto são: conforto, beleza, exclusividade e ergonomia.

Nela está agregada tudo que pode ser visto ou sentido através do olhar ou do tato,

suas formas, cores e texturas.

Figura 75. Painel de Conceito Fonte: Elaborado pela Autora

O conforto está ligado aos tecidos utilizados, à beleza as formas e cores, e a

exclusividade aos modelos, a ergonomia refere-se aos fechamentos, costuras e

caimentos. Então resume-se que as palavras escolhidas para definir os produtos são

de fundamental importância para se ter um look apropriado.

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11.1 Briefing

a). Briefing Geral:

• Produto: Vestidos Infantis que se dividem em duas linhas a festa e casual

com inspiração nas ilustrações dos livros “As Histórias Preferidas das

Crianças Japonesas”.

• Finalidade: Lançar uma coleção infantil de vestidos com o segmento festa e

casual, usando tecidos confortáveis e ideais para o segmento proposto como

tafetá e o tricoline, com apliques de pedrarias e tecidos, trazendo uma

exclusividade que reflete na personalidade do público.

b). Briefing do Produto: • Nome: Doces Histórias.

• O que planeja ser: Vestidos infantis de festa e casual feitos de tecido de tafetá

e tricoline.

• Quais benefícios: Peças práticas, confortáveis e ergonômicas sem deixar de

lado a estética.

• Qual a idéia central que o produto deve ter: Conforto através dos tecidos e

aplicações.

c). Briefing do Público – alvo:

• Quem consome: O produto se destinará a atender o público infantil feminino,

compreendendo a faixa etária entre um e seis anos, que vive em grandes

centros, curte festas infantis e gosta de brincar ao ar livre com seus pais,

assim prezando pelo conforto dos tecidos.

• Estilo de vida: Meninas ativas, freqüentadoras de aulas de dança ou

atividades práticas, vão à escola e adoram brincar em parques de diversões.

• Local: Itajaí e grandes centros (importação).

• Porque consomem este produto: Pelo fato das peças serem confortáveis,

versáteis e atraentes pelas suas cores e formas (estética).

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d) Briefing do mercado:

• Principais mercados: Itajaí e grandes centros (importação).

• Evolução deste mercado: O mercado direcionado ao público infantil está em

ascensão. E a procura por roupas que sejam diferenciadas cresce. Mães e

meninas optam pelo exclusivo.

• Comercialização do produto: Ateliê da marca.

11.2 Cartela de cores

As cores utilizadas foram retiradas das ilustrações da temática escolhida, juntamente

com as tendências referentes ao verão 2010.

Os nomes surgiram a partir dos personagens e elementos que são destaques nos

livros, tendo como foco central o Japão.

Figura 76. Painel Cores

Fonte: Elaborada pela Autora Através desta tabela de cores, pode-se criar combinações harmoniosas e

diferenciadas. Os tons possuem fácil poder de fundição, todos combinam com todos.

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O rosa cerejeira com o azul céu, o vermelho com o preto e os detalhes em goiaba

assumem lugar de destaque.

A escolha delas foi definida a partir de pesquisas citadas nas tendências e no

questionário. As cores que dão destaque na coleção como o preto, goiaba e suas

misturas, são o grande foco, pois no mercado infantil elas não aparecem com tanta

freqüência.

11.3 Cartela de tecidos

Os tecidos escolhidos foram aqueles que proporcionam conforto (tricoline), leveza,

como a organza, e o tafetá que segue o padrão festa, deixando o visual mais

requintado. O tule trabalhado foi utilizado em dois modelos com o objetivo de

agregar valor à peça.

Figura 77. Painel Tecidos

Fonte: Elaborada pela Autora

Até se chegar a um consenso sobre o uso dos tecidos, optou-se através do

questionário subtrair informações referentes às preferências do publico em questão.

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11.3.1 Características físicas dos tecidos

Segundo o livro Moda Ilustrada de A a Z, segue abaixo as características dos

tecidos utilizados.

• Tule: Originariamente feito de gaze ou seda, o tule é um tecido fino de

malha hexagonal, utilizado em adornos de vestidos, chapelaria, roupas de

bailarinas e vestidos de noiva. É composto por 100% Poliamida.

• Tafetá: Feito de seda ou poliéster, ele possui uma textura regular, muito

utilizado para forro. É um dos mais antigos tecidos conhecido na história.

O tafetá utilizado para este projeto é 100% seda.

• Tricoline: Tecido leve, 100% de algodão feito com fio penteado, macio e

resistente.

• Organza: É um tecido fino tradicionalmente feito do filamento contínuo dos

bichos-da-seda. Hoje, mais diversificada e produzida com fibras sintéticas

tais como o poliéster ou o nylon, a organza é considerada por muitos uma

substituição ao voil. Sua característica principal é o brilho, dando um

charme a mais ao ambiente. O tafetá utilizado para esse projeto é 100%

poliéster.

11.3.1.1 Fornecedores de Santa Catarina

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de

produção montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,

distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

O fornecedor primário é a empresa Brustextil, que proporcionara os tecidos

necessários para a coleção e caso não cumpra com sua entrega previa se acionara

a empresa JR aviamentos e Tecidos.

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• Fornecedores

BRUSTEXTIL RUA BRAZ NIVERT HORNER 7 - SÃO PEDRO

BRUSQUE - Santa Catarina Telefone: (47) 3355-7423

Copyright - Stumpf Aviamentos e Tecidos LTDA Fone: 54 - 3228.8777 - [email protected]

BR 116, km 149, Nº 18743 - B. Lourdes - CEP 95.054-780 Caxias do Sul - Rio Grande do Sul – Brasil.

11.4 Cartela de Aviamentos

O painel abaixo apresenta os aviamentos escolhidos para compor as peças. São

eles: botões, linhas, elástico, pedrarias e fita de cetim.

Os botões servirão para as abertura. Deixarão as roupas práticas no momento de

serem colocadas. Já optou-se pelo elástico por ser flexível ao corpo. As linhas serão

para construir as peças num todo. As pedrarias e fitas vêm como enfeite para

destacar as criações.

O Painel abaixo demonstra os aviamentos escolhidos para a comercialização das

roupas.

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Figura 78. Painel Aviamentos

Fonte: Elaborada pela Autora

Estes elementos foram escolhidos por fazerem relação com as tendências verão

2010 e a temática proposta agregando valor as peças.

11.4.1 Características Físicas dos Aviamentos

• Botões: Segundo o portal estilopiti, os primeiros botões eram feitos de ossos

e metais. Os primeiros fabricantes de botões surgiram no século 13. No

século 17, o botão tornou-se menos decorativo e mais utilitário devido à

sobriedade do vestuário.

A partir de meados do século XIX, conchas, madrepérola, vidro preto, aço e latão

trabalhados e chifre moldado costumavam ser usados para fazer botões. Na década

de 1880, ressurgiu a utilização também havia botões feitos de vidro ou porcelana ou

cobertos de bordados. A década de 30 e estimulou a produção de botões de

madeira, cortiça, plexiglás e plásticos. Após a Segunda Guerra Mundial, os botões

ficaram menos decorativos e mais funcionais.

Serão utilizados botões de quatro furos, composto de 100 % resina de poliéster, na

cor do tecido para os looks casuais. Já para o segmento festa serão os mesmos

revestidos pelo próprio tecido das roupas.

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• Linha: No site valfios, constata-se que os fios de costura comuns são,

geralmente, feitos a partir de fio fiado ou na forma de fios com filamentos

contínuos, chamados fios com alma.

Na produção de linhas de costura de fio fiado, as fibras de algodão foram as

primeiras a ser utilizadas, mas nas últimas duas décadas também as fibras de

poliéster (PES) e de poliamida (PA) foram freqüentemente aplicadas devido, em

especial, à sua superior tenacidade quando comparada à baixa tenacidade do fio de

costura de algodão. A desvantagem dos fios sintéticos e dos filamentos é que estes

não podem ser tingidos num processo simples (com apenas uma fase) juntamente

com o vestuário de algodão, após este estar costurado, tal como os fios de algodão.

As linhas utilizadas para a confecção são de 100% poliéster, nas cores dos tecidos.

• Elásticos: O site mifero afirma que por volta de 1830, pedaços de elástico

haviam substituído às molas de metal antes empregadas nos espartilhos e

nas roupas íntimas. Por causa de sua flexibilidade, o elástico é, desde o

século XIX, muito usado na confecção de roupas íntimas, roupas de banho e

roupas de ginástica.

Existem dois tipos, o tubular e o achatado (tipo fita elástica). Fabricado em várias

larguras ou grossuras. É utilizado na montagem, com finalidade de franzir um

determinado espaço, como cintura, punho, barras. O elástico é um aviamento que

há muito tempo faz parte da historia da confecção, substituindo em varias situações

ate pela sua própria praticidade, zíperes, botões ganchos e velcros. As confecções

adaptam o elástico pelo seu rendimento, praticidade e principalmente pela discrição

que a roupa possui com ele.

O elástico que terá nas roupas é composto de Polyester Texturizado ou Poliamida,

com a largura de 5 mm até 60mm.

• Swarovski: Os cristas Swarovski foram criados quando Daniel Swarovski

inventou uma máquina de corte automática em 1892. No ano de 1895, a

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companhia Swarovski foi fundada quando o criador abriu uma fábrica de

cortes em Wattens. Naquela cidade, Daniel Swarovski soube tirar vantagem

da hidroeletricidade local para utilizar na moenda de alta intensidade elétrica

que ele patenteou.

Os cristais Swarovski contém aproximadamente 55% de chumbo usado para

maximizar a refração. Os produtos dos cristais Swarovski incluem esculturas e

miniaturas, jóias e os mais variados produtos para decoração, designados a atender

tanto fábricas quanto artistas em geral.

O cristal utilizado tera 0,2 mm de diametro e serão translucidos.

• Fitas de Cetim: Segundo o site armarinho, a fita de cetim contem

aproximadamente dez metros em sua metragem, possui 60 mm de altura e é

composto com 100% de poliester.

• Fornecedores

Willy Aviamento – Rua Mariana Bronemann, 320 – B. Velha F: (47)3329-3377/3329-0126.

Maria Chiquinha Aviamentos

Rua 500 16 Balneário Camboriú, 88375-000

(0xx)47 3366-2368. 11.5 Cartela de Aplicações

As aplicações desenvolvidas remetem a temática com a finalidade de deixá-las

exclusivas, agregando o estilo das aplicações à marca.

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Figura 79. Painel de Aplicações Fonte: Elaborada pela Autora

Estes elementos foram escolhidos pelo fato de possuírem formas exclusivas e

caracterizam o público infantil, tanto pelo uso das cores quanto ao lúdico. A marca

Doce Acerolla se preocupou em desenvolver aplicações que tivessem o mais

próximo da realidade da faixa etária escolhida, para que com isso as crianças

consigam identificá-las facilmente.

11.5.1 Características Físicas de Aplique

A aplicação consiste em pedaços ornamentais de tecidos costurados ou colados a

outro pedaço de tecido ou a um peca de roupa. A aplicação foi muito popular na

década de 50, quando motivos simples de feltro adornavam saias godês, e na

década de 70, quando desenhos esmerados eram costurados a jaquetas

acolchoadas de cetim.

Serão confeccionados artesanalmente a partir dos mesmos tecidos utilizados nos

looks. Os Tamanhos variam de acordo com a faixa etária do público-alvo, de 30 mm

a 70.

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12 GERAÇÕES DE ALTERNATIVAS

Foi gerado um número maior de alternativas para que pudesse facilitar na escolha

dos quinze looks e desses selecionar os três para execução. A geração de

alternativa é divida em duas linhas. A linha casual que entra no estilo básico-chique,

onde as peças são confeccionadas por tecido de tricoline para dar mais leveza e

conforto ao público-alvo em questão, além de possuir alguns detalhes em organza

dando o diferencial da marca, com aplicações mais sutis e cores alegres deixando a

coleção com a carada marca Doce Acerolla. E a linha festa, que é onde a

imaginação toma conta, e os babados ganham destaque junto aos apliques maiores

com bordados em swarovski, e o tecido escolhido foi tafetá por ser prático e

confortável para este segmento proposto, e dando um charme a mais ao segmento

foi utilizado em pequenas quantidades a organza, o tule e o tricoline.

Preocupou-se em dividir as faixas etárias mais próximas com modelos específicos

para um a três anos onde serão acrescentadas calcinhas para esconder a fralda a

fim de deixar o visual mais chique e as de quatro a seis anos terão seus modelos

mais finos e cheios de detalhes.

As duas linhas possuem tecidos estampados e lisos, com aplicações de swarovski e

tecidos. Os desenhos das aplicações são todas inspiradas no livro.

12.1 Técnica de Criatividade MESCRAI

Segundo Baxter (2000) a técnica é uma sigla de modificação (aumenta, diminui),

elimine, substitua, combine, rearranja, adapte, inverta.

“[...] Esses termos funcionam como uma lista de verificação para estimular possíveis modificações no produto. Quando se pensa em modificar um produto, é possível que ocorram, apenas as idéias mais obvias, esquecendo-se das outras [...]”.

A técnica de Criatividade foi utilizada durante o processo de criação, entretanto

após algumas alternativas, foram escolhidas as que mais retratavam a coleção

utilizando a técnica do MESCRAI.

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Logo após a geração de alternativas, foi feita a seleção dos modelos a confeccionar,

e durante esse processo algumas coisas foram mudadas.

Para a geração dos looks, foi utilizada toda a parte de pesquisa de imagens, teóricas

e quantitativas para com isso se chegar ao objetivo proposto.

Figura 80 MESCRAI 01

Fonte: Elaborada Pela Autora

Esse look sofreu modificações através do uso da técnica MESCRAI. Pode – se

constatar uma harmonia maior em suas cores que foram substituídas, além do

fechamento que passou a ser nas costas, e as aplicações que foram adaptadas no

cinto e diminuída na lateral esquerda na parte inferior do vestido. Teve como

inspiração para tais peças a história do livro As Aventuras de Kintaro.

Com essas modificações, a roupa se tornou mais rica em detalhes destacando – se

pela cor.

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Figura 81 MESCRAI 02

Fonte: Elaborada Pela Autora

As modificações que ocorreram neste look foram à troca de cores, deixando-o mais

leve que coerente com a faixa etária, aumento de aplicações, tanto nas costas,

quanto na lateral esquerda superior.

A inspiração se teve a partir da história Urashima Taro. Estas alterações foram feitas

a fim de se tornar uma peça menos agressiva modificando a sua cor e aplicações.

Por isso, através da utilização da técnica MESCRAI, notou-se o quanto é importante

aplicá-la para se ter um melhor resultado, tanto nas suas formas, como em suas

cores e aplicações. Essa técnica nos da à oportunidade de modificar a coleção e

conseqüentemente deixá-la mais harmoniosa e com o estilo proposto ao público-

alvo em questão.

12.2 Coleção Doces Histórias

Foram escolhidos quinze vestidos para compor a Coleção Doces Histórias. Buscou-

se correlacionar as cores com as formas para se seguir um padrão no

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desenvolvimento. Visando alcançar exclusividade e conforto, para representá-los

foram escolhidos três looks. E todos inspirados nas ilustrações do livro “As Histórias

Preferidas das Crianças Japonesas”, dividido em dois segmento que é o festa e

casual chique.

12.2.1 Segmento Festa

O segmento proposto contém um mix de tecidos lisos e estampados, como a

organza, tricoline e tafetá que caracteriza o segmento proposto, Os botões utilizados

são todos forrados com tecido de tricoline. As aplicações são mais incrementadas,

contendo swarovski e fita de cetim. Buscou-se por vestidos exclusivos, práticos e

confortáveis sem deixar de lado a estética.

O look 01 vem inspirado na capa do livro 1, sendo utilizado suas cores chaves que é

o vermelho ogro e azul céu, e suas formas assimétricas. Seguindo as tendências

verão 2010 o look 01 é um vestido balonê, composto por tecido de tafetá com

abertura nas costas de botões, aplicações de flor na cor branca nuvem e detalhes de

vermelho ogro na lateral direita do ombro e laços na cor vermelho ogro em ambos os

lados do vestido na parte onde terminasse o formato do balonê. Um vestido

exclusivo, com a cara do público-alvo da marca Doce Acerolla.

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Figura 82 Painel Alternativa 01 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 83. Look 01

Fonte: Elaborada Pela Autora

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A inspiração do look 02 surgiu da história “Os Guerreiros do Palitos de Dente”,

utilizando sua cores, a delicadeza da ilustração e formas. Um vestido balonê com

pregas na frente e verso, de tecido de tafetá nas cores preto oriente, goiaba raposa

e azul nuvem. Suas aplicações de flor nas cores branca nuvem, com seus miolos

feitos de fita de cetim nas cores preto oriente e goiaba raposa e no centro de cada

flor uma pedra swarovski. Sua abertura nas costas com botões forrados na cor

goiaba raposa e do próprio tecido. Um vestido totalmente exclusivo, que deixará as

meninas sempre na moda

Figura 84 Painel Alternativa 02 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 85. Look 02

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O look 03 inspirado na história “As Aventuras de Kintaro”, em suas formas e

delicadeza, resgatou os detalhes do kimono remetendo ao Japão. Um vestido

extremamente confortável de tafetá na cor rosa cerejeira, com fita de cetim na cor

vermelho ogro e com aplicações de flores nas cores azul céu e rosa cerejeira em

seu centro swarovski. Contendo com ele um casaquinho de tricoline branco nuvem

estampado com flores na cor rosa cerejeira com detalhe de fita de cetim na cor

vermelha ogro. Para facilitar na hora de vesti-la, sua abertura encontra-se nos

ombros com botões.

Figura 86. Painel Alternativa 03 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 87. Look 03

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Inspirado na história “As Aventuras de Kintaro”, o look 04 resgatou da imagem o

coelho cor branco nuvem para a aplicação, as camadas no kimono alem da

graciosidade da imagem que deixou o look delicado e irreverente. Vestido em

camadas de babados feito por tecido de tafetá nas cores verde dragão, rosa

cerejeira, verde grama e lilás laço. Para ficar ergonomicamente correto foi utilizado

botões nas costas como fechamento.

Figura 88. Painel Alternativa 04 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 89. Look 04

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Com inspiração na história “O Pardal de Língua Cortada” o vestido foi feito de tecido

de tafetá na cor rosa cerejeira, azul céu e vermelho ogro, e no tecido de organza

estampado de poá nas cores rosa kimono e azul céu, resgatou da imagem o estilo

kimono e suas cores chaves, além de o fechamento ser na frente em diagol,

remetendo ao estilo japonês.

Figura 90. Painel Alternativa 05 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 91. Look 05

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O look 06 inspirado na história “A Aranha Tecelã”, em suas cores e formato,

transformou o vestido em um divertido look para festa, diferenciado, pratico e

confortável. O tecido utilizado foi o tafetá na cor laranja leque e amarelo sol e para o

encharpe foi utilizado o tecido de organiza na cor amarelo sol. O aplique em formato

de sol estilizado deu um charme a mais na roupa. Seu fechamento na frente com

botão forrado na cor laranja leque.

Figura 92. Painel Alternativa 06 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 93. Look 06

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O look 07 surgiu a partir da história “O Camponês Voador”, a casa da ilustração é de

vários andares, por isso o vestido de composê de estampas e em camadas. Feito

por tecido de tafetá, tricoline e organza nas cores rosa kimono e estampas de poá

na cor preto oriente, branco nuvem e rosa cerejeira. Sua abrtura nos ombros com

botões forrados na cor branca nuvem.

Figura 94. Painel Alternativa 07 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 95. Look 07

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Inspirado nas cores e formato da capa do livro I, o look 08 veio cheio de graça, em

formato balonê, nos tecidos de tafetá na cor azul água e rosa cerejeira e no tule de

flores aplicado em toda parte rosa cerejeira. Com abertura na frente de botões

forrados na cor rosa flor, com gola redonda e costuras na cor azul água. Possui dois

para enfeite nas laterais do balonê na cor rosa flor. Um look em que as meninas se

identificarão com a delicadeza da peça.

Figura 96. Painel Alternativa 08 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 97. Painel Alternativa 08 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Vestido para o segmento festa, composto por tecido de tafetá e organza nas cores

rosa cerejeira, pinck kimono, azul céu. Gola em formato de kimono e em sua cintura

uma fita de cetim na cor pinck kimono com acabamento em laço dando um toque

especial a roupa. A inspiração surgiu na história “Urashima Taro” nas escamas de

peixe. Utilizando suas cores e formas, criou - se as aplicações em formato de

escamas, dando exclusividade a peça. Seu fechamento é com botões na parte

interna frontal.

Um estilo mais clássico, trabalhando com o lúdico da história da temática proposta,

ideal para ser usada em festas, além de ser exclusivo é harmonioso em suas cores

e formas.

Figura 98. Painel Alternativa 09 Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 99. Look 09

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Neste look a inspiração surge através da história “Urashima Taro”, nas formas do

polvo, seus tentáculos e cores. Um vestido balonê de tafetá na cor lilás laço e

vermelho ogro, e de tecido de organza na cor amarelo sol com bordado de

swarovski. Com a gola redonda em formato oval. A abertura na frente com botões de

acrílico na cor amarela sol. Um vestido exclusivo e irreverente, mas sem deixar de

lado a meiguice de uma criança.

Figura 100. Painel Alternativa 10

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 101. Look 09

Fonte: Elaborada Pela Autora

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12.2.2 Segmento Casual-Chique

Neste segmento proposto o tecido de tricoline predominara com alguns detalhes em

organza sendo eles lisos e estampados. Os botões todos serão de acrílico de

tamanhos diferentes. As aplicações são mais sutis e o conforto esta em primeiro

lugar.

Neste look, o vestido inspirado nas cores e formas vem da história “As Aventuras de

Kintaro”. Feito de tricoline nas cores goiaba raposa e branco nuvem, com Abertura

na frente com botões de acrílico na cor azul nuvem e alças de elástico na mesma

cor dos botões. Acompanhado por um aplique de urso retirado da imagem de

inspiração. Um vestido com a cara de criança.

Figura 102. Painel Alternativa 11

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 103. Look 11

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O look 12 inspirado na história “Os Tengus Narigudos”, traz com ele uma harmonia

entre as cores e formas, feito de tricoline nas cores amarelo sol, rosa cerejeira e lilás

laço e no tecido de organça estampado de poá e nos ombros na cor amarelo sol.

Com aplicaçao de laço na cor rosa cerejeirae abertura nas costas com botoes de

acrilico na cor rosa kimono. Um vestido cheio de graça para as meninas que

consomem a marca Doce Acerolla.

Figura 104. Painel Alternativa 12

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 105. Look 12

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Vestido balonê casual-chique, para ser usado durante o dia-a-dia sem deixar de

estarem sempre bem vestidas. Nas cores verde dragão, rosa cerejeira e azul nuvem

mostram a fluidez e combinações perfeitas para público-alvo escolhido, composto

por aplicações em flores coloridas e com seu fechamento de botões nas costas.

Inspirado na história “O Manto de Plumas”, foi resgatado à fluidez, suas cores e

transparência. Um look casual-chique, confortável e delicado.

Neste modelo usou-se a técnica do MESCRAI, pois na hora da execução o bolero

de organza não ficou ergonômico , então optou-se por utilizar a organza revestindo

somente a alça do vestido, assim tornando-se ergonomicamente correto.

Figura 106. Painel Alternativa 13

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 107. Look 13

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O vestido inspirado na história “Os Tengus Narigudos” extraiu-se as cores, formas e

delicadeza. Um look casual chique feito do tecido de tricoline na cor azul nuvem, em

formato balonê de pregas. Possui aplicação de flores uma maior que a outra nas

cores azul céu, rosa cerejeira e vermelho ogro, dando um charme à peça. Utilizando

fitas de cetim na cintura na cor rosa kimono e na aplicação na cor azul céu. Seu

fechamento nos ombros composto cor botões na cor rosa cerejeira. Um vestido

confortável e esteticamente harmonioso.

Figura 108. Painel Alternativa 14

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 109. Look 14

Fonte: Elaborada Pela Autora

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O look 15 é um vestido de tricoline nas cores verde grama e verde dragão, inspirado

na história “O Ogro e o Galo”, retirando da ilustração suas cores e formas.

Aplicações de flores em vários tamanhos, na cor branco nuvem com miolo de

swarovski vêem para animar a peça. Com gola de ribana para dar conforto e

abertura na frente de botão de acrílico branco nuvem. Um vestido encantador e

extremamente confortável.

Figura 110. Painel Alternativa 15

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Figura 111. Look 15

Fonte: Elaborada Pela Autor

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Figura 112. Calcinha Padrão Fonte: Elaborada Pela Autora

Observação: As peças para meninas de 1 a 2 anos vem acompanha de calcinhas

tapa – fralda para melhorar a estética num todo, evitando que a fralda apareça e dar

mais segurança e conforto.

12.3 Release

Com a coleção Doces Histórias, verão 2010, as meninas se identificarão com o

estilo delicado e animado das roupas. Em uma festa divertida ou num dia-a-dia

ensolarado, elas se sentirão leves e confortáveis em qualquer brincadeira de

criança.

As formas, texturas e o colorido, vêm das ilustrações dos livros “As Histórias

Preferidas das Crianças Japonesas”, dando a sensação de liberdade, trazendo

fluidez ao movimento, deixando-as lindas em qualquer situação.

A cartela de cores está inspirada tanto no lúdico dos desenhos do livro quanto na

cultura japonesa em geral. As cores vibrantes mescladas aos tons pastéis trazem

um mix de estilo e singularidade a quem veste a marca Doce Acerolla.

12.4 Alternativas Escolhidas

As três alternativas escolhidas para serem confeccionadas, são as que mais se

destacaram na coleção Doces Histórias. São elas:

Vestido em balonê com segmento festa, composto por tecido de tafetá vermelho

ogro, preto oriente, com detalhe em azul nuvem acompanhado de aplicações de

flores nas cores branco nuvem e preto oriente. Seu fechamento de botão são nas

costas.

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Figura 113. Painel Alternativa Escolhida

Fonte: Elaborada Pela Autora

Este vestido foi inspirado na história “Os Guerreiros dos Palitos de Dente”, retirando

dele suas cores chaves e formas. Um vestido diferenciado e autêntico, especial para

a ocasião de um dos segmentos proposto que é o festa. Com ele vem acompanhada

uma casinha de algodão na cor branca nuvem com uma aplicação de flor em

swarovski no lado direito frontal.

Figura 114. Calcinha Branca Fonte: Elaborada Pela Autora

Vestido balonê casual-chique, para ser usado durante o dia-a-dia sem deixar de

estarem sempre bem vestidas. Nas cores verde dragão, rosa cerejeira e azul nuvem

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mostram a fluidez e combinações perfeitas para público-alvo escolhido, composto

por aplicações em flores coloridas e com seu fechamento de botões nas costas.

Figura 115. Painel Alternativo Escolhida

Fonte: Elaborada Pela Autora

Inspirado na história “O Manto de Plumas”, foi resgatado à fluidez, suas cores e

transparência. Um look casual-chique, confortável e delicado, vem acompanhado de

uma calcinha que serve de tapa fralda. Neste look vem composto de uma casinha na

cor rosa cerejeira com uma aplicação de flor no centro da mesma.

Figura 116. Calcinha Rosa

Fonte: Elaborada Pela Autora

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Vestido para o segmento festa, composto por tecido de tafetá e organza nas cores

rosa cerejeira, pinck kimono, azul céu. Gola em formato de kimono e em sua cintura

uma fita de cetim na cor pinck kimono com acabamento em laço dando um toque

especial a roupa. A inspiração surgiu na história “Urashima Taro” nas escamas de

peixe. Utilizando suas cores e formas, criou - se as aplicações em formato de

escamas, dando exclusividade a peça. Seu fechamento é com botões na parte

interna frontal.

Figura 117. Painel Alternativa Escolhida

Fonte: Elaborada Pela Autora

Um estilo mais clássico, trabalhando com o lúdico da história da temática proposta,

ideal para ser usada em festas, além de ser exclusivo é harmonioso em suas cores

e formas. Acompanhado por uma calcinha na cor azul céu, com rendinha na parte

de trás da mesma.

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Figura 118. Calcinha Azul

Fonte: Elaborada Pela Autora

Através dos looks escolhidos, a marca Doce Acerolla conseguiu atingir o objetivo

proposto para o público-alvo em questão. Trazendo para a coleção Doces Histórias

roupas confortáveis, ergonômicas e exclusivas sem deixar de lado a estética.

13 MEMORIAL DESCRITIVO

Este capítulo abordará tudo que compõe o composto de marketing ou memorial

descritivo, apontando à marca, mostrando todos os tags e etiquetas informacionais,

as embalagens bem como propagandas, brindes, outdoors e convites de

lançamento.

13.1 Protótipo

Como podemos observar, segue abaixo imagem referente ao protótipo do look 09

inspirado na história “Urashima Taro”.

Figura 119. Protótipo Fonte: Elaborada Pela Autora

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13.2 Fichas Técnicas

Três fichas técnicas referentes aos últimos looks escolhidos fora, desenvolvidas. As

fichas têm a finalidade de conter nelas informações minuciosas sobre o material,

medidas e acabamento das peças.

Essa ferramenta tem importância impar para se executar um produto, seja ele

terceirizado ou não.

Ficha Técnica 01

Nome do modelo: Guerreiros dos palitos de dente.

Referência: 001 Data: 25/11/08

Tipo de vestuário: Vestido Coleção: Doces Histórias Descrição modelo: Tafetá com aplicações

TAM: 01 Nome: Dianele Bortoli

Desenho Técnico – Frente e costas

Largura: 49,5 cm

Comprimento: 48 cm Peito: 14 cm

Alça: 2 cm x 13 cm

Matéria prima e

aviamentos

Quantidade

Cores

Composição

Fornecedores

Preço

Tafetá 1,0 m Goiaba/Preto 100% Boião R$ 25,80 o metro

Botão 02 Preto Resina Maria Chiquinha

R$ 0,45

Aplicação 03 Preto/Branco 100% Própria R$ 6,00

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Cores e Combinações/Variadas

Amostra do Tecido

Amostra/estampa/bordado

A escolhida/única

(38 cm x 55 cm)

Planificação – Ficha Técnica 01

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Ficha Técnica 02

Nome do modelo: O manto de plumas

Referência: 002 Data: 25/11/08

Tipo de vestuário: Vestido Coleção: Doces Histórias Descrição modelo: Tricoline com aplicações

TAM: 01 Nome: Dianele Bortoli

Desenho Técnico – Frente e costas

Alça: 20 cm x 5 cm

Vestido: 38 cm x 55 cm

Matéria prima e aviamentos

Quantidade

Cores

Composição

Fornecedores

Preço

Tricoline/Organza 1,0 m Xadrez 100% Boião R$ 36,80 o metro

Botão 02 Azul Resina Maria Chiquinha

R$ 0,45 cada

Aplicação 03 Colorida 100% Própria R$ 6,00 cada

Cores e

Combinações/Variadas

Amostra do Tecido Amostra/estampa/bordado

A escolhida/única

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Planificação - Ficha Técnica 02

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Ficha Técnica 03 Nome do modelo: Urashima Taro

Referência: 003 Data: 25/11/08

Tipo de vestuário: Vestido Coleção: Doces Histórias Descrição modelo: Tafetá com aplicações e fita cetim

TAM: 01 Nome: Dianele Bortoli

Desenho Técnico – Frente e costas

Largura: 49 cm

Comprimento: 65 cm Manga 10 cm total

Fita de cetim: 2 cm x 8cm Parte do botão invisível: 15 cm x 2,5 cm

Ombro: 6 cm Gola: 2,5 cm x 30 cm

Matéria prima e

aviamentos

Quantidade

Cores

Composição

Fornecedores

Preço

Tafetá 1,0 m Rosa/ Azul 100% Boião R$ 25,80 o metro

Botão 02 Rosa Resina Maria Chiquinha

R$ 0,45 cada

Aplicação 03 Azul e Rosa 100% Própria R$ 6,00

Cores e Combinações/Variadas

Amostra do Tecido

Amostra/estampa/bordado

A escolhida/ única

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Planificação – Ficha Técnica 03

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13.3 Função Técnica

a) Sistemas Construtivos: De acordo com Borges (2007), neste item deve conter

descritos os meios de fabricação utilizados para construção de um protótipo que

se dá de maneira unitária e posteriormente a projeção industrial do mesmo.

Aspectos relacionados à viabilidade econômica e manufaturável devem ser

considerados nesta etapa. Outros itens complementares são o sistema de

montagem do produto, descrição das partes e quantidade de cada uma delas

que compõe o modelo. Pode-se utilizar um desenho de perspectiva explodida

para auxílio do entendimento.

Neste caso, primeiramente, pensou – se na criação do desenho que trouxe junto a

ele as cores escolhidas e os materiais que seriam utilizados. Então, a partir daí,

surge o protótipo que foi elaborado para saber exatamente as dimensões ideais das

peças, sua ergonomia visando o conforto. O material escolhido para a execução dos

looks foi o algodão.

A intenção principal para tais fins, é solucionar problemas que possam surgir na

modelagem, assim como o MESCRAI – “aumenta e diminui”, que tem a finalidade de

acrescentar intervenções benéficas para um melhor resultado.

O próximo passo será a execução do produto final. Serão feitos de tecido de

tricoline, tafetá e organza. Nas proporções corretas à faixa etária e com os detalhes

finais aplicados.

b) Materiais: Borges (2007) ainda afirma que devem ser ressaltados os pontos

positivos da escolha do material, vantagens para o produto, fazendo um

comparativo justificando a escolha. Deve ser citado como este material se

encontra na natureza ou após beneficiado qual seu formato à disposição no

mercado. Ressaltando os pontos positivos da escolha de determinado material

para uso na construção do produto e alertando para possíveis fragilidades do

mesmo.

As principais vantagens para a escolha dos materiais nas peças produzidas, foram

estabelecidas através de um questionário voltado para as mães das meninas, onde

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optaram por tecidos apropriados para cada segmento que transmita conforto, leveza

e beleza. São eles: tricoline, tafetá e organza.

Segundo o site faz fácil (2008), apesar dos pontos positivos, em tudo deve haver

cuidados especiais. O tafetá de seda e a organza são tecidos finos que exigem

cautela para passá-los, vesti-los, e caso ocorram manchas em seguida lave-os com

sabão neutro, assim os tecidos continuarão em bom estado e o sabão neutro não

ocasiona processos alérgicos as crianças.

O tafetá assim como a organza não podem ser sujados em demasia, senão seus

filamentos se rompem. Alguns artigos de seda podem ser lavados com água e

sabão, outros só a seco.

Para saber se a peça vai desbotar numa lavagem tradicional, umedecer uma

pequena ponta do artigo em água fria e coloque essa ponta em um tecido branco.

Passe com ferro elétrico morno e, se o tecido branco não apresentar resíduo de cor

da seda, vá em frente e use apenas água morna, com sabão ou detergente neutro.

De acordo com o site faz fácil (2008), não deve-se usar máquina de lavar ou secar

para este tecido, após a lavagem, enxágüe bem, envolva a peça numa toalha de

banho para retirar o excesso de água e facilitar a secagem, que deve ser à sombra.

Passe a ferro pelo lado do avesso, enquanto o pano estiver levemente úmido. Nunca

friccionar um tecido de tricoline ou organza para retirar manchas.

.Ao se costurar um tecido de tafetá e organza usam-se alfinetes e agulhas bastante

finos, os normais podem deixar furos nos tecidos. Para costurar use linhas de seda.

do mesmo modo o site faz fácil (2008) aponta que o tricoline é bastante resistente e

de fácil lavagem e manutenção. Por ser extremamente confortável, é

freqüentemente utilizado em roupas exteriores e também em interiores.

Afirma o site faz fácil (2008), uma peça de tricoline colorida deve ser lavada em

separado na primeira vez. Agüenta o ferro quente e pode ser passada pelo lado

direito.

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Nas primeiras lavagens recomenda-se dissolver bem o sabão em pó, de preferência

em água abundante, para só depois mergulhar a peça. Após a lavagem, retira-se o

excesso de sabão em pó em água corrente.

O excesso de sabão em pó (devido à agressividade de certos sabões) retira a

proteção natural do algodão, bem como o amaciante aplicado durante o processo

fabril, o que favorece um prematuro aspecto de envelhecimento à peça.

Alguns cuidados especiais durante o processo de lavagem de produto

confeccionado em 100% algodão devem ser tomados como o não uso de alvejantes

a base de cloro, a lavagem deve ser separado das peças coloridas, dissolvidas em

sabão em pó, não deixando-as de molho, secando-as à sombra e sempre seguir as

instruções contidas na etiqueta.

c) Processos de fabricação: Entende-se por processo produtivo toda e qualquer

transformação aplicada sobre materiais, para que estes dêem origem a um produto.

Borges (2007) afirma que tais processos, juntamente com a seleção de materiais,

viabilizam a manufatura do projeto, e proporcionam uma constante evolução nas

técnicas de produção.

O processo de fabricação foi iniciado a partir de uma modelagem no tamanho 01

com as medidas referentes à ficha técnica. Os tecidos foram riscados com giz e

cortados com tesoura. As costuras para confeccionar as roupas foram feitas à

máquina com a linha na cor correspondente aos tecidos. Foram utilizadas as

máquinas overloque (para os acabamentos) e reta para finalizar os modelos, por

conseguinte as casas para os botões são elaboradas. Por fim são costurados os

apliques, que serão artesanalmente confeccionados do próprio tecido e os

acabamentos finais para deixar as peças prontas para serem vendidas ao mercado.

d) Funcionalidade: São descritas as principais funções básicas do manuseio do

produto por parte do usuário, como o colocar, regular e como conservar, cita

Borges (2007). Estas podem ser disponibilizadas ao usuário através de um

manual explicativo. E também funcionamento da operação física de determinada

parte.

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Para especificar com clareza ao cliente as informações necessárias para se

manusear o produto, o uso de tags e etiquetas são indispensáveis. Os tags vêm de

forma mais simples contendo a logo com um pequeno release da coleção, o preço

estipulado e o tamanho da peça. A etiqueta trás informações de uso, as

composições dos materiais, CNPJ e o tamanho.

13.3.1 Função Ergonômica

Borges (2007) destaca que dentro da funcionalidade são realizados estudos

ergonômicos, estes estão relacionados com o homem e os produtos e/ou

equipamentos que utiliza. São salientados os pontos resolvidos relevantes à

ergonomia, considerando segundo dados pré-determinados, indicando tolerância

e/ou justificando possíveis resultados não ergonômicos.

Com auxílio dos itens: usabilidade, adequação antropométrica e a cognição do

produto desenvolvido buscam-se encontrar a solução do problema do produto,

levando em consideração as dificuldades teóricas ou práticas que representam à

realidade. A pesquisa é o meio de resolvê-lo e decifrá-lo é chegar o mais perto

possível do ideal, dentro da problemática apresentada.

a) Usabilidade: Neste item são observados como foram solucionados os problemas

para facilitação do uso, da manipulação, conservação, cuidado, armazenamento e

transporte. Segundo Borges (2007), ara a facilitação do uso, é levado em

consideração o comportamento do homem durante as atividades para as quais se

destinam os produtos, definindo a solução da problemática de acordo com o que o

indivíduo tem hábito ou função realizar durante a prática de tal atividade.

Para a facilitação do uso foi utilizada uma modelagem ergonomicamente correta em

relação ao público-alvo destinado, que por ser infantil, o conforto das roupas

predomina, pelo fato delas se movimentarem muito, além disso, a etiqueta de

composição ajuda na hora do usuário saber o modo de lavagem, conservação,

cuidado e outros da mesma.

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b) Adequação antropométrica: Nesta etapa são adequadas as dimensões

corporais do homem à idéia do produto. Visando Borges (2007), incluindo - se tipos

físicos e peso do usuário. São analisados dados através da ergonomia estática. Os

parâmetros devem ser seguidos por uma tabela de medidas base, na qual deva

conter a média das medidas corpóreas dos indivíduos que fazem parte do público-

alvo destinadas ao produto em questão.

Aqui serão inseridas imagens com tamanhos precisos, englobando as aberturas,

cavas, decotes, etc.

e) Adequação cognitiva: Borges (2007) para esta etapa está compreendida a

percepção do funcionamento e utilização do produto com relação ao usuário e a sua

aceitação frente as suas necessidades. A sensação que o produto passa quando

visualizado deve ser exatamente o conceito que possui: conforto, beleza,

contemporaneidade, etc. Outros artifícios também são usados para compreendê-lo

como as cores e formas usadas na logomarca e no design do próprio produto.

Neste caso, os produtos executados transmitem aos olhos de uma criança; cor,

alegria, bem estar e instiga a imaginação acima de tudo. No tato sente-se leveza e

suavidade. As historias escolhidas para tais looks, compreendem um universo de

contos educativos e étnicos.

13.3.2 Função Estética

a) Função estético-formal: Borges (2007) diz que o desenvolvimento dos aspectos

formais e estéticos do projeto é condição fundamental para o designer. O projeto

deve explorar todas as possibilidades formais, buscando referências estéticas para

sua justificativa e fundamentação. Estas podem estar contidas em formas possuindo

linhas orgânicas, geométricas ou mistas. O produto poderá ser descrito formalmente

utilizando referências visuais ou conceitos Gestálticos, por exemplo. Outro aspecto

fundamental de qualquer produto é, sem dúvida nenhuma o conjunto de cores

utilizado. Os efeitos e as influências das cores sobre os seres humanos são muitos e

variados. As cores usadas num determinado produto devem seguir os padrões já

estabelecidos pela identidade visual da marca se houver, e se não existir correlação

entre ambas, uma delas deve ser neutralizada, bem como aparência da superfície,

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textura e padrão visual. O círculo cromático (estudo da composição das cores) pode

ser utilizado como ferramenta de auxílio para análise da psicodinâmica das cores a

serem trabalhadas num local ou produto.

A preocupação em inserir nas peças cores diversificadas foi de suma importância.

Uma criança aprecia tudo aquilo que se torna chamativo a seu ver. Outro fator

utilizado foi fornecer nome a cada cor com referência ao livro e aos contos, para que

com isso facilite sua projeção em relação às histórias abordadas nos volumes.

13.3.3 Função de marketing

a) Função informacional: Segundo Borges (2007), deve-se oferecer subsídios

suficientes para que o cliente ou usuário possa inteirar-se da maneira correta de

utilizar, manusear e higienizar o produto. Em caso de produtos específicos ou

equipamentos de médio e grande porte, o mesmo pode vir acompanhado de um

manual de instruções. Em caso de produtos de pequeno porte ou baixa

complexidade de usabilidade, tag’s explicativos. Etiquetas internas e externas se

mostram importantes para compreensão do usuário. A composição química dos

produtos deve ser relacionada afim de que o usuário possa perceber a sua

sensibilidade em estar em contato com determinado material, a procedência e

instruções de lavação e/ou conservação do produto ou equipamento também devem

estar contidos no aspecto informacional. Em alguns casos específicos como o de

vestuário, é necessário consultar as regras da ABNT no que diz respeito ao padrão

de tamanhos e símbolos de cuidado para conservação de artigos têxteis e

confeccionados.

• TAG

O tag já se tornou objeto indispensável, está se tornando cada vez mais visível e

com mais valores agregados que sendo bem elaborado ajuda no marketing de

venda e torna a marca ainda mais rica. Os tags permitem que o cliente se lembre da

marca e tenda à fidelização. É preciso identificar as necessidades e gostos do

cliente para que a fidelização se efetive. Isso significa que amostra significativa do

mercado-alvo tem que estar de acordo com o conceito do mesmo.

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Para acompanhar as peças foram desenvolvidos tags (duplo) na cor da marca, no

formato oval, com abertura para ser amarrado fita de cetim a fim de prendê-lo na

peça. O papel usado para a fabricação do mesmo é em papelão de espessura fina

no tamanho 10x5 cm. Vem acompanhado de outro tag que contem informações de

como cuidar da peça.

Figura 120. TAG

Fonte: Elaborada Pela Autora

• Etiquetas

A etiqueta decora as peças e se torna uma forma de propaganda da marca. Na

coleção Doces Histórias a marca Doce Acerolla dispõe de etiquetas estampadas na

própria peça de roupa, assim não torna-se incomodativo paras as crianças. Será

estampada na cor prata interna nas costas.

Figura 121. Etiqueta Fonte: Elaborada Pela Autora

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b) Identidade visual: De acordo com Borges (2007) o produto deve oferecer melhor

qualidade e desempenho, de tal modo que atraia e mantenha o interesse tanto do

cliente usuário quanto do cliente comprador. A meta que se deseja atingir é que o

produto seja visto como um produto inovador a partir da segmentação denominada e

determinante.

Como o marketing tem suas origens no fato de que os seres humanos são criaturas

que possuem necessidades e desejos, a escolha do produto é guiada pelo conceito

de valor, custo e satisfação. Para uma estratégia de marketing, fica estabelecida a

intenção de uma organização com seus ambientes internos e externos. A marca é o

símbolo que representa o todo do produto, suas qualidades além de a característica

de criar vínculos com seu público-alvo, atraindo-o e fidelizando-o. Se apresentará

através da imagem corporativa como um todo, produto, serviço, embalagem,

fazendo parte do composto de marketing no qual se fundamenta os 4 p’s (produto,

promoção, preço e ponto de venda), (KOTLER E ARMSTRONG, 2003.)

Os resultados das observações, somados aos elementos obtidos com a pesquisa,

foram registrados em um formulário de observação, onde os dados foram pontuados

através de uma escala semântica. O formulário não contempla todos os itens

constantes no Memorial Descritivo utilizados no detalhamento de produtos, apenas

os que se julgaram necessários para esse produto e essa situação.

• Praça

Os locais de vende dos produtos estendem – se de Itajaí (SC) aos grandes centros,

como Florianópolis, Balneário Camboriú, Joinville, Rio do Sul, invadindo também

partes do estado de São Paulo e Rio de Janeiro.

• Produto

Para melhor estética do produto em relação a sua vende, preocupou – se em criar

sacolas com a identidade da marca. Sacolas com Poá feitas de papelão com alça

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em cetim no tamanho 30x24 foram escolhidas para ter proporção coerente ao

público e ao produto.

Figura 122. Sacola

Fonte: Elaborada Pela Autora

As caixas internas vão servir para melhor armazenar o produto, sendo envolvida por

papel seda a fim de fornecer melhor conservação e estética. As cores optadas foram

o amarelo liso e as cores da marca. O tamanho escolhido para as caixas foi 30x20

cm, com altura de 8 cm.

Figura 123. Caixa

Fonte: Elaborada Pela Autora

• Propaganda

A propaganda é responsável por toda a parte gráfica que apresenta a marca

e a coleção. A Doce Acerolla optou por cartões de visitas no tamanho 8x4 cm,

feito em papel coche (espessura grossa).

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Figura 124. Cartão de Visita

Fonte: Elaborada Pela Autora

Outro método de propaganda utilizado será uma festa de lançamento na coleção

2010 que aparecerá em forma de convites distribuídos aos clientes com o intuito de

divulgar as peças e receber de retorno de venda.

Figura 125. Convite de Lançamento

Fonte: Elaborada Pela Autora

Será capa do mês de outubro 2009 da revista VOGUE a marca Doce Acerolla,

demonstrando de forma sutil o público alvo escolhido. Dentro da edição conterão os

melhores looks para serem divulgados, atraindo assim os olhares dos consumidores.

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Figura 126. Propaganda Revista VOGUE

Fonte: Elaborada Pela Autora

Figura 127. Catálogo

Fonte: Elaborada Pela Autora

O catálogo será entregue para todos os compradores juntamente com o convite de

lançamento onde conterão todos os looks desenvolvidos com release e descrição

dos mesmos.

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Todas as clientes da marca Doce Acerolla que adquirirem roupas da coleção Doces

Histórias receberão juntamente com sua compra um brinde, que será um móbile de

origami, nele terá o pássaro tsuro que segundo o site yukaorigami (2008), a ave

tsuru simboliza saúde, fortuna, boa sorte e felicidade (além de ser considerada como

ave-símbolo do Origami). A lenda do tsuru diz que quem fizer mil dobraduras desse

pássaro, com o pensamento voltado para aquilo que deseja alcançar, terá bons

resultados. Costuma-se dizer que esta ave é o símbolo da longevidade.

Figura 128. Tsuru Fonte: http://yukaorigami.multiply.com/journal/item/8

• Preço

Devido ao uso de materiais de qualidade, as peças bem estruturadas as formas

infantil, sendo elas do segmento festa, apresentam preços variados de R$ 200,00 à

R$ 300, 00. E já o casual parece no valor coerente produto, que varia de R$ 100,00

à R$ 200,00.

13.4 Desenvolvimento da Marca

O nome doce acerolla surgiu depois de muitas pesquisas. A marca se relaciona

diretamente com o público alvo, que se mostra delicado, frágil e colorido como uma

“ACEROLA” e doce pela maneira cativante de uma criança.

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Figura 129. Marca Doce Acerolla Fonte: Elaborada Pela Autora

Através desta pesquisa feita com a proposta de se chegar a uma marca, foi de suma

importância a fim de unir o estilo das peças feitas pela marca ao nome da mesma,

possuindo harmonia e compreendendo o público alvo.

13.4.1 Doces Histórias

Para nomear a coleção da marca, e distinguir os segmentos dentro da mesma,

surgiu o nome Doces Histórias a fim de unir o nome da marca Doce Acerolla a as

histórias retiradas dos livros que foram abordados na temática escolhida.

Figura 130. Coleção Doces Histórias Fonte: Elaborada Pela Autora

Conclusivamente, nota – se que sempre deve ter uma ligação coerente entre a

marca com a coleção a ser lançada.

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14 CONCLUSÃO

Os grandes têm personalidade, mas os pequenos também. Viu – se que os gostos

infantis têm prevalecido na escolha por roupas, brinquedos e afazeres extraclasse.

As mães dão sutis opiniões e assumem o poder da compra, porém são as crianças

que impõem seus estilos e o gosto final. Os tempos mudaram; o modo de fazer

moda para essa faixa etária da menor idade modificou-se.

Os tecidos são adequados para eles, a temática abordada para cada coleção deve

ser coerente e atraente aos olhares, pois são os diferenciais que mais fascinam

principalmente as meninas, que optam por cores femininas e criativas e pelos

apetrechos que compõe o look como um todo.

Através desta profunda pesquisa, pode – se concluir que foi de cabível escolha optar

pelo diferencial da coleção; foram às aplicações que resumiram uma historia de

tema e trouxeram ao mundo real das meninas um universo lúdico e colorido.

O tema minuciosamente desenvolvido, que se inspira no Livro As Histórias

Preferidas das Crianças Japonesas trouxe de forma clara o imaginário e abordou

contos educativos trazendo sempre elementos e personagens que se destacam

como verdadeiros heróis.

Mas antes mesmo de se ter uma inspiração, várias seleções de fragmentos foram de

grande importância. Toda a pesquisa bibliográfica, pesquisas de campo e

ferramentas – técnicas de criatividades auxiliaram para obter – se um contexto com

coerência e profundamente acadêmico.

Constata – se desde então que todo o processo criativo teve participação e

conseqüentemente resultado claro e objetivo. O desenvolvimento das alternativas só

vieram a acrescentar na escolha das peças finais que se tornaram viáveis,

transparecendo meiguice e criatividade, tendo ligação obvia com a marca criada

Doce Acerolla.

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APÊNDICE

QUETIONÁRIO

A fim de desenvolver uma coleção de Vestuário Infantil Feminino, para o Trabalho

de Graduação Interdisciplinar do curso de Design de Moda da UNIVALI, está sendo

realizado este questionário que contara com seu auxilio para melhor entender as

características do publico alvo e mercado. Muito obrigada pela contribuição.

- Por favor, escreva a idade de sua filha:

--------------------.

1- Quais suas cores preferidas?

a) Claras b) Escuras

c) Estampadas d) Cores alegres/ vibrantes

2- Que lugar vocês (pais e filhos), mas freqüentam juntos?

a) Parques/ Clubes b) Shopping/ Cinema

c) Teatro/Outras apresentações d) Festas/ Festas infantis

3- Qual o tecido que deixa sua filha mais a vontade e que você costuma mais comprar?

a) Jeans/ Sarja

b) Seda/ Malha

c) Cetin

d) Tafetá/ Tricolini

4- Que tipo de fechamento é o mais ideal em sua opinião?

a) Velcro

b) Zíper

c) Botão de pressão

d) Botão

5- Qual o lugar mais apropriado para fechamento?

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a) Sem aberturas

b) Lateral c) Frente

d) Costas

6- Qual o estilo de sua filha?

a) Rock b) Ripie

c) Chique/ Contemporânea

d) Romântica/ Clássica

7- O que sua filha mais gosta de usar no verão?

a) Blusas/Batas

b) Saias/Calça pescador

c) Macacões / Conjuntos

d) Vestidos

8- Com que freqüência você compra roupas para sua filha?

a) Toda semana b) Quando necessário

c) Todo mês d) A cada seis meses (verão, inverno).

9- Dos itens abaixo escolha os que você mais considera na hora da compra?

a) Preço

b) Durabilidade

c) Conforto

d) Estética

10- Dos aviamentos abaixo, quais você mais gosta que contenha nas roupas para sua

filha?

a) Botão

b) Zíper

c) Botão de pressão

OBRIGADA!