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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PREGÃO – UM PROGRESSO NA LICITAÇÃO Por: Rosangela Amaral da Conceição Orientador: Prof. Fernando Alves Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PREGÃO – UM PROGRESSO NA LICITAÇÃO

Por: Rosangela Amaral da Conceição

Orientador:

Prof. Fernando Alves

Rio de Janeiro

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2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PREGÃO – UM PROGRESSO NA LICITAÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Pública.

Por: Rosangela Amaral da Conceição

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, Agradeço,

também, a meu marido, minha filha e

colegas que tive a oportunidade de

conhecer, pelo apoio nessa minha

trajetória.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus

queridos familiares, companheiros de

todas as horas, por todo carinho e

apoio demonstrados ao longo de mais

esta etapa de minha vida.

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RESUMO

O estudo teve o objetivo de pesquisar a trajetória do processo licitatório no

Brasil desde o código de Contabilidade Pública da União de 1922, explicando

os procedimentos e modalidades de licitação com a lei 8666/93 até a lei

10.520/02 que institui o pregão a todos os entes da federação. Detalha-se o

trabalho com histórico, conceitos, princípios que rege a lei de licitação, citando

a lei 8666/93 até a lei 10.520/02 que institui o pregão a todos os entes da

federação, definindo o que é considerado "bens e serviços comuns" para se

licitar. Foram incluídos nos estudos conhecimento sobre as leis do pregão,

além de estudo demonstrando que o pregão tem suas peculiaridades, é uma

modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, além de

citar as vantagens deste tipo de licitação, concluindo que o pregão possibilita

o incremento da competitividade e a ampliação das oportunidades de

participação nas licitações.

Palavras-chave. Licitação. Pregão. Administração Pública.

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METODOLOGIA

Adota-se neste estudo a metodologia convencional da pesquisa

exploratória e bibliográfica, além da coleta de dados da pesquisa e fonte

documental. O autor recorreu à literatura especializada sobre o assunto, além

da internet, que tratam do assunto relacionado à Gestão Pública,

especificamente sobre pregão.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - BREVE HISTÓRICO SOBRE LICITAÇÃO 11

CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS 21

CAPÍTULO III - A LEI 8666/93 ATÉ A LEI 10.520/02 QUE INSTITUIU O

PREGÃO A TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO 28

CONCLUSÃO 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de pesquisar a trajetória

do processo licitatório no Brasil, passando sobre a evolução histórica da

licitação no direito administrativo brasileiro, com ênfase na modalidade pregão.

Segundo Di Pietro (2008), a licitação é um procedimento administrativo,

instaurado pela própria Administração Pública, constituída pela prática

ordenada e sucessiva de uma série de atos, tendo cada um autonomia e

finalidade.

Varias são as definições de licitação, e dentre uma delas temos o

entendimento de Meirelles que diz que licitação:

É o procedimento administrativo mediante o qual Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. A Licitação é um procedimento administrativo de que Órgãos Federais, Estaduais, Municipais e Empresas Públicas utilizam-se para a obtenção de um objeto a ser adquirido, de maneira a produzir rendimentos satisfatórios, frente à disputa de preços entre os fornecedores. (MEIRELES, 2002, p. 260).

Neste contexto, as licitações e contratos da Administração Pública têm o

objetivo de impor formas de restrições à Administração Pública, a fim de que

essa não possa contratar livremente. Além do mais, as licitações, além de

obrigatórias são essenciais para o bom desempenho das administrações

públicas, porque possibilitam a análise da proposta mais vantajosa para a

Administração Pública, instituída pela Lei 8666/93, e com vinculação a todo

procedimento licitatório. (JUSTEN FILHO, 2005).

A licitação possui uma estrutura procedimental, e significa para Justen

Filho (2002), que segue uma série variada e ordenada de atos que decorrem

“... das exigências a serem atendidas para a obtenção do melhor e mais

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eficiente resultado ...”, que no caso de licitação é a contratação administrativa,

com burocracia intensa para o desenrolar do processo .

De acordo com Meirelles (2010), a Lei nº 10.520, de 17 de julho de

2002, insere-se nesse contexto, o pregão como a mais nova modalidade de

licitação, buscando a modernidade e, principalmente, visando tornar mais

célere o procedimento licitatório

Conforme Scarpinella (2003), a lei reguladora da licitação acima citada,

trata-se de norma geral de licitação, porque editada com fundamento no art. 22,

XXVII, da Constituição Federal, sendo de aplicabilidade válida para todas as

esferas. E neste raciocínio, o pregão, que é recente em nosso ordenamento

jurídico foi implantado em consonância com o princípio constitucional da

eficiência, revelou-se a mais importante inovação na Administração Pública

Brasileira na mudança de século, tirando a burocracia típica das licitações

públicas.

Segundo Broboski e Rosely (s/d), este tipo de licitação, o pregão, inverte

as etapas usuais da licitação, definindo primeiro a melhor proposta para,

depois, cuidar de toda a parte burocrática da licitação. Desse modo, a

participação dos fornecedores torna-se fácil e mais rápida. Esses fatores,

aliados à diminuição de aspectos burocráticos relativos à habilitação, foram

fundamentais para o êxito do novo modelo.

Tema deste trabalho, Pregão - Um progresso na licitação, tem como

justificativa enfatizar que existe na administração pública um grande entrave

chamado moralidade pública. Esta Lei 10.520/02 que institui o pregão, veio

conceder ao processo licitatório uma modalidade que trás mobilidade às

decisões e aos procedimentos, isto é, discricionariedade numa área totalmente

vinculada - a licitação.

Conforme Justen filho (2002), essa modalidade de licitação, é destinada

a aquisição de bens e serviços comuns que podem ser definidos de forma clara

por especificações usuais de mercado e reduz significativamente os custos,

além de conferir maior transparência e rapidez aos processos.

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O pregão difere basicamente das outras modalidades licitatórias por

inverter as fases do certame, prever somente o tipo menor preço e apresentar

maior transparência , competitividade e agilidade.

A modalidade conforme Segundo Broboski e Rosely (s/d), inova ao

desburocratizar o processo simplificando os atos e reduzindo o tempo das

compras. Utilizando da tecnologia da informação, o pregão amplia a

transparência dos atos da administração no contexto de uma política de gestão

social, possibilita economia nos negócios com o aumento da competitividade e

a conseqüente redução de preços e prazos. Neste sentido, o pregão tem

demonstrado ser umas das melhores maneiras para concretizar aquisições

pelos entes públicos.

O procedimento para a realização do pregão, é feito pelo pregoeiro,

previamente designado e capacitado, auxiliado por uma equipe de apoio,

visando garantir a compra de maneira mais econômica, segura e eficiente para

a Administração e promover justa disputa entre os interessados. (BROBOSKI E

ROSELY, S/D).

O acesso livre e direto às licitações nessa nova modalidade, traz

benefícios para todos os envolvidos no processo: para a sociedade, a ampla

transparência; para o fornecedor, o amplo acesso à disputa; e para o Estado.

Diante das premissas iniciais estabelecidas, será feita um breve histórico

sobre a evolução da licitação no direito administrativo brasileiro com ênfase na

modalidade pregão, definindo - o.

Na sequência, no segundo capítulo, o trabalho enfocará quais as

modalidades de licitação em nosso meio legal, sempre buscando destacar o

pregão objeto de nosso estudo, procurando entender os princípios que rege

esta lei de Licitação.

No terceiro e último capítulo, um pequeno estudo sobre licitação, citando a lei

8666/93 até a lei 10.520/02 que institui o pregão a todos os entes da federação,

definindo o que é considerado "bens e serviços comuns" para se licitar.

Este trabalho tem por finalidade ressaltar que o pregão foi concebido

para permitir à Administração atender às suas necessidades mais simples, de

modo mais rápido e econômico.

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CAPÍTULO 1 – BREVE HISTÓRICO SOBRE

LICITAÇÃO

Um dos aspectos mais relevantes no campo do direito administrativo é a

licitação. O tema das licitações e contratações administrativas é tratado

diretamente na Constituição federal de 1988.

Mas a história das licitações no Brasil não começou em 1988. Esta

trajetória das licitações começa outros séculos, e em outros países.

Antes de evolução histórica das licitações, existe a necessidade de

entendermos a etimologia da palavra licitação, que teve sua origem na idade

média, nos Estados Medievais da Europa, onde se usou o sistema denominado

“Vela e Prego”, que consistia em apregoar-se a obra desejada e, enquanto

ardia uma vela, os construtores interessados faziam suas ofertas , quando se

extinguia a chama , adjudicava-se a obra a quem houvesse oferecido o melhor

preço para o Estado. (TRURAN, 2007).

Conforme estudos de Maurano (2006), a licitação foi introduzida no

direito público brasileiro há mais de cento e quarenta anos, pelo Decreto nº

2.926, de 14.05.1862, que regulamentava as arrematações dos serviços a

cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Segundo

Maurano, (2006), após o advento de diversas outras leis que trataram, de

forma singela, do assunto, o procedimento licitatório veio, a final, a ser

consolidado, no âmbito federal, pelo Decreto nº 4.536, de 28.01.22, que

organizou o Código de Contabilidade da União (arts. 49-53).

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Afinal, o código de contabilidade pública de 1922 foi tão importante no

nosso meio, que este traduziu o coroamento de todos os esforços de

sistematização e organização empreendidos por Francisco D’áuria e seus

colegas na construção de uma contabilidade realmente informativa. (D’ÁURIA,

1947).

Segundo D’áuria, (1953) uma das contribuições desse código foi a

introdução, na União, do empenho da despesa, a fim de tentar acabar com o

problema dos infindáveis períodos adicionais, que já haviam alcançado nove

meses. Instituiu-se, como na Itália, o princípio da separação dos exercícios

financeiros.

Além destas contribuições apresentadas, o código de contabilidade de

1922, também consagrou a divisão da administração pública em dois ramos,

em função da gestão dos bens e dos meios. A primeira é a administração

patrimonial e a segunda a administração financeira. Assim, o sistema brasileiro

instituiu, naquela data, duas formas de tomada e prestação de contas

(D’ÁURIA, 1947).

Conforme Silva (2003), neste sentido, a contabilidade vem a ser

apresentada, e como é objetivamente, um sistema de informação e avaliação

destinado a prover seus usuários com demonstração e analises de natureza e

econômica, financeira física e produtividade, com relação à entidade objeto da

contabilização. Os objetivos da contabilidade, pois, devem ser aderentes, de

alguma forma explicita ou implícita, aquilo que o usuário considera com

elementos importantes para seu processo decisório.

Conforme Cochrane (2005), cabe destacar que a profissão de

contabilidade tem suas normas regidas pelo Decreto-Lei n º 806/69 e Decreto n

º 66.408/70, e de acordo com o Código de Ética criado pela Resolução CFC n º

803/96. Hoje o contabilista é tido pelo Novo Código Civil, como o preposto

responsável pela escrituração contábil das sociedades empresariais, ou dos

empresários.

O profissional de Contabilidade, pela característica de seu trabalho, se

traduz em agente efetivo de apoio e de orientação ao gestor de recursos

públicos, por estar em permanente contato com a legislação e com as

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informações contábeis tendo, por isso, as condições de fornecer ao dirigente

público os indicadores necessários a uma competente e segura decisão.

(COCHRANE, 2005).

Seguindo este raciocínio que envolve contadores como gestor de

negócios públicos, o antigo Código de Contabilidade da União, de 1922, veio

demonstrar que o procedimento licitatório vinha evoluindo, com o objetivo de

conferir maior eficiência às contratações públicas, sendo, por fim, sistematizado

através do Decreto-Lei nº 200, de 25.02.67 (arts. 125 a 144), que estabeleceu

a reforma administrativa federal, e estendido, com a edição da Lei nº 5.456, de

20.06.68, às Administrações dos Estados e Municípios. (MAURANO, 2006).

A Contabilidade Aplicada à Administração Pública teve como base a Lei

4.320/64, que estatuiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e

controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e

do Distrito Federal. Registrou a previsão da receita e a fixação da despesa,

estabelecida no Orçamento Público, aprovado para o exercício, escritura a

execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a

previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de

crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revela as variações

patrimoniais e mostra o valor do patrimônio. (CASTRO, 2000).

O Decreto-lei nº 2.300, de 21.11.86, atualizado em 1987, pelos

Decretos-lei 2.348 e 2.360, instituiu, pela primeira vez, o Estatuto Jurídico das

Licitações e Contratos Administrativos, reunindo normas gerais e especiais

relacionadas à matéria. (MAURANO, 2006),.

A Constituição de 1988 representou um notável progresso na

institucionalização e democratização da Administração Pública.

A promulgação da Lei nº 8666/93, foi um marco na aplicação do

processo licitatório em nosso País, no entanto as diversas modalidades

instituídas por esta lei (concorrência, tomada de preço, convite, concurso e

leilão), sofriam resquícios da administração burocrática, engessando o

processo através dos prazos, analise documental previa de todo licitante,

recursos (...); enfim a administração estava perdendo agilidade processual.

(RIBEIRO, 2006).

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Capturando sua essência na agilidade processual, aplicando uma nova

roupagem legal, que em 4 de maio de 2000, através da Medida Provisória nº

2.026, fora instituída a nova modalidade licitatória o Pregão.

Segundo Ribeiro (2006), a Medida Provisória nº 2.026/2000, fora

transformada na Medida Provisória nº. 2.182, reeditada sucessivamente por 18

vezes. Inicialmente o Pregão era instituído apenas no âmbito da União. Através

da promulgação da Lei Federal nº 10.520/02, estendeu a aplicação do Pregão

modalidade também aos Estados e Municípios.

Assim como toda a licitação segundo (Motta (2002), a modalidade

pregão também teve a sua evolução histórica, não sendo portanto, uma idéia

nova, isto porque, no ano de 1592, nas Ordenações Filipinas, encontravam-se

as primeiras práticas de licitação pública, assumindo precisamente a

característica do pregão.

Nos procedimentos jurídicos da Europa passada, notadamente na Itália,

era utilizada o sistema de velas para a realização dos procedimentos de lances

verbais, onde, Motta (2002), esclarece este sistema:

É tão objetivo quanto pitoresco. Na Itália, abrem-se a sessão de verbalização das propostas ao se acenderem três velas. Se todas as três se extinguem sem se formularem propostas, a licitação declara-se deserta. Caso contrário, ouvem-se as propostas e acende-se uma quarta vela; enquanto esta queima, aceitam-se novos lances. Não os havendo, e apagando se por sua vez a vela, o ato está encerrado. Entretanto, pode acender-se ainda uma quinta vela, e uma sexta, enquanto se registrarem lances de melhoria das ofertas anteriores. (MOTTA, 2002, p. 75)

Segundo Tolosa (2003), o pregão teve sua origem no regulamento de

contratações da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel que foi

oficializado pela Resolução nº 005 de 15 de janeiro de 1998.

De acordo com Broboski e Rosely (s/d), após mais de dois anos de

experiência o Governo Federal por meio da Anatel, resolveu estender a

utilização dessa modalidade de licitação para toda a Administração Pública

Federal, por meio da Medida Provisória nº 2.026 de 4 de maio de 2000.

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Efetivamente a Lei nº. 10.520, de 17 de julho de 2002 institui, no âmbito

da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, incisos

XXI, da Constituição Federal, a modalidade de licitação denominada pregão e

em prática nos dias atuais, regulamentado pelo Decreto 3.555/00, (alterado

pelos Decretos 3693/00 e 3874/00). (TOLOSA, 2003).

1.1 Conceitos de licitação e pregão

Se o pregão segundo alguns autores é um progresso na licitação. Afinal

o que é licitação?

Segundo Garcia (2010), a licitação é um procedimento que visa

selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública , observada

a igualdade de condições entre todos os licitantes. E decorre dos princípios da

indisponibilidade do interesse público, eis que o administrador público é gestor

de interesses alheio.

Geralmente, a licitação revela um caráter instrumental, eis que se trata

apenas de um meio para o atingimento de uma finalidade pública maior, que é

a própria contratação administrativa.

Segundo Cretella Jr. (1999), a licitação é comum ao direito Público e

Privado. O instituto da licitação é estudado, in genere, pela teoria geral do

direito, o que a permite adaptar-se aos seus dois campos. A licitação Privada,

ao contrário da pública, pode ser dispensada. O primeiro é sujeito à vontade do

dominus e a segunda, às leis do Estado que a coloca fora da alçada do

administrador, tornando-a imperativa, exceto em certos casos determinados

por lei.

Alguns doutrinadores como Meirelles (2002), a conceitua como:

Procedimento Administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de moralidade nos negócio administrativos. (MEIRELLES, 2002, p. 65).

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Ou ainda:

Licitação é o procedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados. (MELLO, 1980, p. 1).

No Direito Administrativo a licitação acaba por representar um

procedimento utilizado no sentido da alienação e da aquisição de bens,

realização de serviços ou obras, concessões, permissões e locações da

Administração Pública, quando contratadas com terceiros, dentro do melhor

critério possível e completa moralidade. (MEIRELLES, 2002),

Dentro desta moralidade, estabeleceu-se como ação prioritária um

programa permanente de formação e capacitação dos servidores públicos

envolvido na área de licitação e contratação, ou seja o pregão, que significou

uma mudança clara de paradigma.

O Pregão é portanto, a nova modalidade de licitação utilizada para

adquirir bens e contratar a prestação de serviços comuns, qualquer que seja o

valor estimado da contratação. (FÜHER, 2004).

Mas para permitir um melhor entendimento e caracterizar

conceitualmente o seu significado, conforme Silva, o termo Pregão vem:

Do latim praeconium, de praeconare (apregoar, proclamar) entende-se a notícia ou a proclamação feita publicamente por oficial de justiça ou pelo porteiro dos auditórios forenses. Propriamente, designa as palavras ditas em alta voz, para que se anuncie ou se proclame alguma notícia ou se faça algum aviso. Assim, na linguagem forense, diz-se pregão: a) o aviso dado pelo oficial de justiça, às partes, por ordem do juiz no início ou no correr das audiências públicas, em virtude do que se anuncia o começo da mesma audiência ou qualquer deliberação tomada pelo juiz para conhecimento dos interessados; b) a proclamação, nas hastas públicas, em altas vozes, dos lances oferecidos para aquisição ou para arrematação das coisas postas em licitação, ou venda por almoeda, isto é, a quem mais der. (SILVA, 2004, p. 35).

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Outros doutrinadores como Peixoto, (2006), define a palavra pregão

corresponde ao ato de apregoar, significando proclamação pública. Antes

dessa medida provisória, associava-se o pregão, no âmbito do Direito

Administrativo, ao modo pelo qual se realiza o leilão, modalidade destinada à

venda de bens móveis inservíveis para a Administração, ou legalmente

apreendidos ou penhorados e até mesmo à alienação de bens móveis que

venham a integrar o patrimônio de ente público em função de penhora ou

dação em pagamento.

O pregão é um leilão em que vence o proponente que oferecer melhor

preço e qualidade. É constituído de três fases: preparatória, externa e

competitiva. Na fase preparatória, a autoridade competente justifica a

necessidade da contratação, define prazos para fornecimento e designa o

pregoeiro e a equipe de apoio. Na fase externa, os interessados são

convocados para a definição do dia e horário do Pregão. Na fase competitiva,

realiza-se o Pregão. (www.pregao.sp.gov.br).

Para Nóbrega (2010), o pregão, modalidade de certame licitatório que

tem por objeto oportunizar a aquisição de bens comuns e a contratação de

serviços de igual natureza, deve ser conduzida, a exemplo do leilão, por

servidor qualificado para o desempenho das atribuições de pregoeiro.

Segundo Fernandes (2003), o pregoeiro deve reunir, pois, não só

conhecimentos da legislação específica e geral, como também ser detentor de

habilidades que lhe permitam instaurar o certame e conduzir de forma efetiva e

real as negociações, estimulando a competição que se pretende seja

normalmente instalada nessa modalidade de licitação através dos lances

verbais.

Segundo Justem filho (2002), o programa vem implementando um

conjunto articulado de medidas voltadas para a modernização dos processos

de compra e contratação, com a introdução de controles gerenciais de custo e

a aplicação de tecnologias da informática nas licitações, o que permite ao

Governo federal introduzir diversas inovações que simplificam o processo de

compras e ampliam a competição, mas sempre obedecendo os princípios

constitucionais licitatórios.

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1.1.1 Pregão presencial

Segundo Garcia (2010), uma das modalidades de pregão, o pregão

presencial, é a modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de

bens ou serviços comuns é feita em sessão pública, por meio de propostas

escritas e lances verbais.

Conforme Bastiani e Ianesko (2008), o pregão comum, denominado

presencial que determina, evidentemente, a presença física da pessoa que o

conduz e dos representantes dos que participam do certame, sendo realizado

nos moldes tradicionais, isto é, todos os atos (de abertura de envelopes -

propostas,oferecimento de lances e abertura dos envelopes com documentos

etc.)

Este tipo de pregão foi instituído pela Lei nº 10.520 de 17/07/2002,

devendo ser aplicada subsidiariamente à Lei, naquilo que não for incompatível

com a sistemática específica do pregão.

O pregão presencial, é cabível para a aquisição de bens e serviços

comuns (a ser estudado no terceiro capítulo), que são aqueles cujos padrões

de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital,

por meio de especificações usuais no mercado.

Conforme Garcia (2010), o pregão presencial tem características

próprias, pois ocorre no seu processo uma inversão das fases. Onde

inicialmente se abre a proposta de preções e somente se verifica a

documentação de habilitação do licitante vencedor.

Ocorre neste tipo de pregão a fase de lances verbais na própria sessão

atendendo ao principio da competitividade. Aqui a proposta escrita de preços é

só o início da disputa, pois a partir daí serão ofertados lances verbais pelos

próprios licitantes na sessão pública.

Além destes itens específicos, o pregão presencial se orienta pelo

critério de menor preço; buscando também a na otimização da sessão pública,

a fase de recursos concentrados em apenas um momento, que é ao final da

sessão quando há a declaração do vencedor do certame. (GARCIA, 2010).

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Enfim, o julgamento neste tipo de pregão, é tarefa do pregoeiro e uma

equipe de apoio na parte técnica.

1.1.2 Pregão eletrônico

Conforme Meirelles (2010), pregão eletrônico se define:

Como aquele efetuado por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, ou seja pó meio de comunicação pela internet. Está previsto no parágrafo 2º da Lei 10.520, de 2002. (MEIRELLES, 2010, p. 135).

Na mesma linha de raciocínio, Garcia (2010), define este tipo de

modalidade de licitação, como aquela que é feita em sessão pública a

distância, usando para tanto a rede mundial de computadores (Internet), e

destinando-se a á aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União

(art 1º e art. 2º, ambos do Decreto nº 5.450/05 e art. 2º parágrafo 2º, da Lei nº

10.520/02).

Segundo Bastiani e Ianesko (2008), o pregão eletrônico segue as

mesmas regras do pregão comum, mas, como é evidente, deixa de ocorrer à

presença física do pregoeiro e dos participantes, já que todas as comunicações

são feitas por via eletrônica.

Nesse procedimento, conforme Justen filho (2002), serão previamente

credenciados perante o provedor do sistema eletrônico, a autoridade

competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe

de apoio, os operadores do sistema e as licitantes que participam do pregão

eletrônico.

O aprofundamento na utilização de plataformas eletrônicas dentro da

cadeia das compras governamentais é uma prática que vem se consolidando

no cotidiano da administração pública brasileira, em vários níveis.

Experiência gaúcha Criada em 1997, a Central de Licitações do Rio Grande do Sul (Celic) adotou desde outubro de 2003 a modalidade pregão eletrônico. Apenas entre os meses de novembro e dezembro a

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Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos conseguiu uma economia da ordem de R$ 1.808.640,11. No entanto, a principal meta do governo gaúcho com a adoção da ferramenta é a racionalização de processos, envolvendo a diminuição drástica do número de licitações realizadas por ano e assim o custo processual que cada compra efetuada representava até então. Quem apresenta esse quadro é Paulo Roberto Zucco, diretor superintendente da Celic. Segundo ele, as compras no Estado sofreram uma reformulação em seu aspecto metodológico, que passaram a ser agrupadas por tipo de pedido, grupo de requisitante (órgão público) e calendário programado. No modelo anterior, cada compra era tratada de forma isolada gerando um processo em particular. "A meta do governo é, em um período de quatro anos, obter uma redução de R$ 18 milhões com custos de processo, realizando a média de 400 licitações." Zucco citou ainda que o Estado obteve redução de 45% no prazo de conclusão das compras e redução superior a 80% de recursos administrativos e demandas envolvidas. Outra novidade é a dispensa eletrônica de licitação, que permite a compra de itens comuns diretamente de fornecedores cadastrados. No caso de micros e pequenas empresas as condições de cadastramento são simplificadas como forma de estimular a participação desse segmento, que por falta de recursos e mesmo cultura empresarial ainda tem baixa adesão aos processos. (Reportagem Licitação 24/06/2004.(http://licitacao.uol.com.br/matdescricao.asp?cod=74).amoxilzoviraxzanaflexzoviraxzanaflexamoxil

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CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS

Segundo Meirelles (2010), toda licitação está sujeita a determinados

princípios irrelegáveis no seu procedimento.

Neste contexto, partimos da origem da palavra princípio. Que na sua

etimologia, princípio significa sm [do lat principiu]. Ato de principiar; momento

em que uma coisa tem origem; começo ou início. Ponto de partida.

O dicionário de Ferreira (1999), define princípio em várias acepções:

Princípio: 1. Momento ou local ou trecho em que algo tem origem [...] 2. Causa primária. 3. Elemento predominante na Constituição de um corpo orgânico. 4. Preceito, regra, lei. 5. P. ext. Base; germe [...]. 6. Filos. Fonte ou causa de uma ação. 7. Filos. Proposição que se põe no início de uma dedução, e que não é deduzida de nenhuma outra dentro do sistema considerado, sendo admitida, provisoriamente, como inquestionável. São princípios os axiomas, os postulados, os teoremas etc. (FERREIRA, 1999, p. 1639).

A idéia de um princípio ou sua conceituação, seja lá qual for o campo do

saber que se tenha em mente, designa a estruturação de um sistema de idéias,

pensamentos ou normas por uma idéia mestra e por um pensamento chave, de

onde todas as demais idéias, pensamentos ou normas derivam, se conduzem e

se subordinam.

Para Plácido e Silva:

Princípios, no plural, significam as normas elementares ou os requisitos primordiais instituídos como base, como alicerce de alguma coisa [...] revelam o conjunto de regras ou preceitos, que se fixam para servir de norma a toda espécie e ação jurídica, traçando, assim, a conduta a ser tida em qualquer operação jurídica [...] exprimem sentido mais relevante que o da própria norma ou regra jurídica [...] mostram-se a própria razão fundamental de ser das coisas jurídicas, convertendo-as em perfeitos axiomas [...] significam os pontos básicos, que servem de ponto de partida ou de elementos vitais do próprio Direito. (SILVA, 2001, p. 639).

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Mas em falar em princípios constitucionais, para alguns autores é falar

na importância dos princípios que guardam os valores fundamentais da ordem

jurídica.

Nos princípios constitucionais, condensam-se bens e valores

considerados fundamentos de validade de todo o sistema jurídico.

Nos princípios se encontrará as diretrizes valorativas válidas, aplicáveis

à interpretação constitucional.

Segundo Bastos (2000), os princípios constitucionais merecem menção

especial. É o ápice do sistema jurídico, tudo que lhes segue têm que estar em

perfeita harmonia e conformidade com seus preceitos. Tais princípios valores

que servirão de critérios para as futuras normas e serão concretizados à

medida que forem sendo editadas normas para sua efetivação.

O princípio de licitar está intimamente ligado aos princípios da

indisponibilidade e supremacia do interesse público que são princípios

norteadores da atividade.

Conforme observa Rego:

A magnitude de um princípio constitucional é tamanha, que motivou Celso Ribeiro Bastos a se manifestar no sentido de que a não observação de um princípio informador de determinado sistema é muito mais grave do que a violação da própria lei aplicada. Segundo o festejado constitucionalista, a infração da lei é mal menor se considerada em relação à não observância de um princípio, eis que este último traduz-se na própria estrutura informadora da norma. Ao contrário da norma que somente possui eficácia nas situações por ela disciplinadas, os princípios, em razão de sua abstratabilidade sem conteúdo concreto, açambarcam, ao contrário da lei, um número indeterminado de situações fornecendo critérios para a formação das leis. Aspecto relevante da aplicabilidade dos princípios diz respeito aos critérios que estes fornecem para uma sólida, justa, lógica e legal interpretação da lei. (REGO, 2003, p. 56).

Desde o recebimento das propostas até seu julgamento, a Comissão de

Licitação procederá em estrita conformidade com as várias regras e princípios

nos quais se baseiam as regras licitatórias.

O artigo 37, XXI, da Constituição Federal de 1988 ressalta que, in verbis:

Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras

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e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, que

assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que

estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da

proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de

qualificação técnica e economia indispensável à garantia do cumprimento das

obrigações. (BASTOS, 2000).

Os principio licitatórios são princípios constitucionais com valores

intrínsecos a todo e qualquer ordenamento constitucional, provendo um sentido

valorativo para as mesmo, modernas.

Foi a Lei nº.4320/64, que disciplinou as normas e procedimentos de

Direito Financeiro e estabeleceu princípios e premissas para elaboração dos

balanços e do acompanhamento e controle da execução orçamentária e

financeira.

Sua aplicabilidade em questões polêmicas norteia decisões das mais

diversas instâncias jurídicas. E segundo Sundfeld (1995), que define princípios

como “idéias centrais de um sistema, ao qual dão sentido lógico, harmonioso,

racional, permitindo a compreensão de seu modo de organizar-se.

Segundo Bastos (2000), os princípios estão classificados em dois grupos

principais: principia essendi, ou seja, algo de que derivam outras entidades,

dando origem às filosofias denominadas realistas; e principia cognoscendi, que

são as proposições que ao invés de apontarem a coisa e afirmarem que dela

derivam todas as outras, buscam apontar ora um postulado ora um axioma, ora

um teorema.

No campo das licitações, objeto desta publicação, interessa os

agrupamentos que os reparte sob os nomes de onivalentes, plurivalentes e

monovalentes, aos quais se acrescentam os princípios que denominamos de

setoriais.

Por princípios plurivalentes ou regionais, entende-se que “são aqueles

que presidem as ciências científico-naturais de um lado; princípios plurivalentes

são, igualmente, os que presidem as ciências científico-culturais, de outro lado.

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Os princípios monovalentes são aquelas que servem de fundamento a

um determinado a um conjunto de juízos relativos a um só campo do

conhecimento.

Dentre os vários princípios constitucionais licitatórios, temos:

O principio da legalidade - significa dizer que o administrador somente

pode fazer aquilo que a lei autoriza, ao contrario dos particulares que podem

fazer tudo aquilo que a lei não proíba. (GARCIA, 2010).

Este princípio, informa todos os sistemas jurídicos findados no Estado de

Direito, é um exemplo de princípio monovalente. Todos os ramos do direito,

seja Público ou Privado, inscrevem-se neste princípio.

Assim, entende-se que toda a autoridade esteja vinculada a seus

próprios regulamentos, resguardando que decisões pessoais interfiram na

observância da lei. Todo o ato jurídico válido deve observar a este princípio.

Principio da isonomia – aqui, a busca da melhor proposta segundo

Garcia (2010), deve se dar num ambiente em que os licitantes disputem em

igualdade de condições. Este é um princípio constitucional que se manifesta

como garantia no artigo 5o, XXII da CF/88. Visa este dispositivo assegurar a

igualdade entre os participantes, prevenindo cláusulas no Edital que privilegiem

um ou outro licitante, seja para tornar desiguais os iguais, ou iguais os

desiguais, podendo propiciar julgamento faccioso.

A não observância deste princípio configura uma das formas mais

capciosas de desvio de poder. O Poder Judiciário tem anulado diversas

licitações por conta da não isonomia entre os licitantes sem que haja interesse

público para tal.

Para Bastos (2002), para garantir a observância deste princípio, os

interessados verificam o sigilo das propostas, que devem estar em envelopes

lacrados, sendo abertos somente em seção pública por funcionários

competentes. Toda a cláusula de um edital que esteja “direcionada” a favorecer

um determinado participante, é nula de pleno direito. É igualmente nulo todo o

julgamento que infrinja o critério preestabelecido pelos critérios fixados no

edital.

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Isto não significa que o estabelecimento de requisitos mínimos para a

participação fira a isonomia entre os participantes. Para participar deste

principio, é necessário que se tenha, primeiramente, capacidade jurídica, bem

como idoneidade comercial e financeira.

Princípio da publicidade - É um elemento integrante da própria validade

da licitação, sendo nula aquela que não obedecer a este princípio. É por meio

dela que a parte fica ciente de que a Administração deseja contratar, podendo,

inclusive, interpor os recursos cabíveis.

As ações administrativas, aí incluídos os seus atos e contratos, de vem

ser transparentes. A idéia da publicidade, está, portanto, intimamente ligada ao

controle dos atos pela sociedade; daí a obrigatoriedade de publicação do

extrato dos contratos administrativos e das licitações se realizarem sempre em

sessões públicas abertas á participação de qualquer interessado. (GARCIA,

2010).

A Publicidade abrange todo o período desde os avisos de sua abertura

até o conhecimento do Edital e de seus anexos pelas partes. Isto inclui o

exame de propostas e da documentação pelos interessados, bem como o

fornecimento de certidões, pareceres ou decisões relacionadas, dentre elas a

resposta recursos.

Principio da impessoalidade – segundo Garcia (2010), o administrador

público tem o dever de ser impessoal, o que significa buscar sempre atingir a

finalidade pública prevista em lei, sem privilégios ou favorecimentos a qualquer

pessoa ou grupo específico.

Toda e qualquer atividade da administração é regida por esta regra

constitucional, que está intimamente ligada ao princípio geral do Direito do

Devido Processo Legal.

O procedimento licitatório também é informado por este princípio,

devendo a comissão de licitação ser objetiva em seu julgamento, deixando de

lado o renome de um fornecedor, restringindo-se somente às normas

explicitadas no instrumento convocatório.

Principio da moralidade – aqui neste principio conforme Garcia (2010), a

moralidade alcança não apenas o administrador público, mas também os

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licitantes. O caráter subjetivo implica a observância de comportamento ético no

transcorrer das licitações públicas.

Este princípio está ligado ao Princípio da Probidade Administrativa.

O principio do Julgamento objetivo - O julgamento das propostas nas

licitações públicas deve sempre ser objetivo, vale dizer, calcado em critérios

que não confiaram margem de subjetividade ao julgamento

Este princípio informa que deve o edital estabelecer de forma clara e

precisa qual será o critério para a seleção da proposta vencedora. Escolhido o

critério a comissão de licitação não poderá levar em consideração outros

fatores não previstos no edital. Todavia, reconhece-se que essa objetividade

nem sempre é absoluta, especialmente quando se exige qualificação técnica,

sendo somente possível nos certames decididos unicamente pelo preço

(SANTOS, 2006).

Princípio da indisponibilidade do interesse público – segundo Garcia

(2010), este principio, o edital é a lei interna da licitação e deve ser observado

pela administração pública e pelos licitantes. É um principio que decorre da

legalidade, pois no edital somente podem constar cláusulas que estejam em

conformidade com a lei.

Trata-se portanto, de um dos princípios mais importantes do direito

administrativo. Enuncia que o interesse público a que os Agentes Públicos

devem satisfazer no exercício de suas funções administrativas é irrenunciável,

dele não dispondo os administradores que, sob qualquer pretexto, não podem

deixar agir ou retardar providências relevantes ao atendimento do interesse

coletivo.

Enfim, conforme Rego (2003), cabe lembrar, que a Lei nº 9.784, de 29

de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo, em termos

inequívocos determina:

Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” Aqui a expressão é também tomada no sentido de bom desempenho.

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Neste contexto, segundo Rego (2003), os princípios, acaba por serem

normas que exigem a realização de algo, da melhor forma possível, de acordo

com as possibilidades fáticas e jurídicas. Os princípios não proíbem, permitem

ou exigem algo em termos de "tudo ou nada"; impõem a otimização de um

direito ou de um bem jurídico, tendo em conta a "reserva do possível", fáticas

ou jurídica.

O entendimento que mais se adéqua ao interesse público é conferir-se

ao administrador a faculdade de optar pelo principio, diante do caso concreto, e

também, pela modalidade pregão ou outra modalidade, dentre as previstas na

Lei 8.666/93, as quais, assim como o pregão, atendem os princípios

constitucionais referentes à licitação.

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CAPÍTULO 3 – A LEI 8666/93 ATÉ A LEI 10.520/02

QUE INSTITUIU O PREGÃO A TODOS OS ENTES DA

FEDERAÇÃO

Conforme Soares (2009), a regra geral de licitação prévia à celebração

de contratos de obras, serviços, compras e alienações pela Administração

Pública em nosso ordenamento jurídico é uma herança da Administração

Pública Burocrática, introduzida no Brasil na segunda metade do século XIX,

na época do Estado Liberal, como forma de combater a corrupção e o

nepotismo patrimonialista.

Segundo Chiavenato (2006), a licitação surge no contexto administrativo

como um meio para evitar práticas patrimonialistas, tais como o direcionamento

e os desmandos nas contratações públicas, configurando-se como um utensílio

indispensável para a moralização dos gastos do governo.

Segundo Soares (2009), as técnicas e conceitos administrativos próprios

do setor privado foram trazidos para dentro da Administração Pública, como

sendo os implementadores da “Nova Administração” que pretenderam eliminar

os entraves característicos da Administração Pública Burocrática, sem com

isso abalar as estruturas de um Estado alicerçado no Princípio da Legalidade.

A licitação para Soares (2009), surge como meio de implementação dos

princípios da Administração Pública na contratação de bens e serviços pelo

governo, podendo ser conceituada como um procedimento administrativo que

visa à escolha da melhor proposta dentre as apresentadas por aqueles

interessados em contratar com o Governo, respeitados os princípios.

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Para Chiaveneto (2006), o pregão se insere nessa nova realidade como

uma importante ferramenta para tornar mais ágeis e eficientes os

procedimentos licitatórios existentes no ordenamento jurídico brasileiro. Com a

possibilidade de o licitante reduzir o valor da proposta durante a sessão, a

inversão das fases de julgamento e a redução dos recursos a apenas um, que

deve ser apresentado no final do certame, a aquisição de bens e serviços

comuns pelo governo se tornou extremamente ágil se comparada às

modalidades tradicionais de licitação.

Com este breve exposto fica um pouco mais fácil entender A Lei 8666/93

até a Lei 10.520/02 que institui o pregão a todos os entes da gestão Pública no

Brasil.

3.1 A Lei 8666/93

Como já dito anteriormente na evolução histórica, o procedimento

licitatório veio evoluindo, com o objetivo de conferir maior eficiência às

contratações públicas, sendo, por fim, sistematizado através do Decreto-Lei nº

200, de 25.02.67 (arts. 125 a 144), que estabeleceu a reforma administrativa

federal, e estendido, com a edição da Lei nº 5.456, de 20.06.68, às

Administrações dos Estados e Municípios. (MAURANO, 2006).

Segundo Maurano (2006), neste sentido a Constituição de 1988

representou um notável progresso na institucionalização e democratização da

Administração Pública. Apesar dos textos constitucionais anteriores

contemplarem dispositivos relacionados ao acesso à função pública e ao

regime do funcionalismo estatal, a verdadeira constitucionalização da

Administração Pública somente foi levada a efeito pela Carta de 1988.

O art. 37, XXI da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei 8.666,

de 21.06.93 (alterada pelas Leis 8.883/94, 9.648/98 e 9.854/99), em vigor

atualmente, que disciplina as licitações e contratos da Administração Pública.

Esta Lei, segundo Rego (2003), estabelece as modalidades de licitação

previstas na Lei Federal 8.666/93 se dividem em concorrência, tomada de

preços, convite, concurso, leilão e o recente pregão assunto do trabalho.

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Cada modalidade corresponde a uma maneira distinta de a

Administração Pública atuar:

A concorrência é a modalidade de licitação mais apropriada para os contratos de valor elevado. Ela admite a participação de todos os interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Tomada de preços é a modalidade de licitação na qual os interessados em participar devem estar previamente cadastrados ou atender a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas. A habilitação prévia tem por objetivo imprimir maior celeridade ao processo licitatório, sem impedir a participação de todos os interessados que preencham os requisitos para tal. Esta modalidade é empregada para contratações de valores médios. Convite é a modalidade de licitação mais simples, sendo utilizada pela Administração para contratações de menor valor. Esta modalidade é realizada entre interessados que atuem no ramo pertinente ao objeto licitado e que sejam convidados pela Administração. No entanto, outros interessados poderão participar do certame, manifestando interesse até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas, exigindo-se, para tal que estejam devidamente cadastrados na correspondente especialidade. Concurso é a modalidade de licitação destinada à escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme estabelece o § 4º do art. 22 da Lei 8.666/93. (REGO, 2003, p. 96).

Por fim, de acordo com Rego (2003), temos o leilão, que é a espécie

licitatória utilizada para que a Administração proceda à venda de bens móveis

inservíveis ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. No leilão

não há necessidade de habilitação prévia, sendo o bem arrematado pelo

interessado que oferecer o maior lance.

Segundo Coelho (2002), a Lei Federal nº 8666/93 – denominada

Estatuto Geral das Licitações – estabelece dois critérios que norteiam a

escolha da modalidade licitatória adequada: (a) quanto ao valor do objeto, para

concorrência, tomada de preços ou convite (art. 23), e (b) quanto a natureza do

objeto, independente do valor, para leilão ou concurso (art. 22, §§ 4º e 5º).

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Ocorre segundo Coelho (2002), que essas modalidades licitatórias,

previstas na Lei 8.666/93, em muitos casos, não conseguiram dar a celeridade

desejável à atividade administrativa destinada ao processo de escolha de

futuros contratantes. As grandes reclamações oriundas de órgãos

administrativos centravam-se nos contratos menores ou de mais rápida

conclusão, prejudicados pela excessiva burocracia do processo regular de

licitação.

Desta forma, o pregão foi criado como modalidade adequada para a

aquisição de bens e contratação de serviços comuns.

3.2 Bens e serviços comuns para se licitar.

Segundo Meirelles (2002), a definição legal sobre o que são bens e

serviços comuns, é dada na Lei Federal nº 10.520/2002, em seu art. 1º:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Para Pereira (2003), esta definição se tornou no atual contexto uma das

grandes tendências mundiais relacionadas a globalização, progressos na

tecnologia da informação e emergência da sociedade civil organizada, levou à

concepção de um novo papel do Estado, que passa de produtor direto de bens

e serviços para indutor e regulador do desenvolvimento.

A constatação da ineficiência da máquina administrativa para prestar

diretamente os serviços de interesse social, aliado aos custos excessivos para

a sua manutenção, fez com que fosse iniciada, no mundo contemporâneo, uma

série de transformações, com a finalidade de reduzir a atuação direta do

Estado, repassando-se à iniciativa privada atividades que, por sua natureza,

podem ser executadas por particulares.

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Alguns doutrinadores como Meirelles:

SERVIÇOS COMUNS - serviços comuns são todos aqueles que não exigem habilitação especial para sua execução. Podem ser realizados por qualquer pessoa ou empresa,pois não são privativos de nenhuma profissão ou categoria profissional. São serviços executados por leigos. (MEIRELLES, 2002, p. 67).

E Berloffa:

Bem ou serviço comum é aquele que pode ser adquirido, de modo satisfatório, por intermédio de um procedimento de seleção destituído de sofisticação ou minúncia. Enfim, são comuns os objetos padronizados, aqueles que têm um perfil qualitativo definido no mercado (BERLOFFA, 2002, p. 33).

A lei que institui o pregão define que bens e serviços comuns são

aqueles cujos padrões de desempenho e qualidades possam ser objetivamente

definidas pelo edital. No entanto, a denominação de "comum" não se reflete a

objeto sem sofisticação ou sem desenvolvimento tecnológico.

Segundo Berloffa (2002), os bens comuns dividem-se em bens de

consumo (os de freqüente aquisição) e bens permanentes (mobiliários,

veículos, etc.). Os serviços comuns são de variadíssima natureza, incluindo-se,

entre outros, os de apoio administrativo, hospitalares, conservação e limpeza,

vigilância, transporte, eventos, assinatura de periódicos, serviços gráficos,

informática, hotelaria, atividades auxiliares (motorista, garçom, ascensorista,

copeiro, etc).

O Decreto nº 3.555, de 08/08/2000 foi editado para regulamentar o

procedimento do pregão. Em seu Anexo II traz uma relação de bens e serviços

considerados comuns.

Assim, segundo Berloffa (2002), "bens ou serviços comuns" são aqueles

que podem ser encontrados no mercado sem maiores dificuldades, e que são

fornecidos por várias empresas, sendo que sua caracterização deve fazer-se

em função das exigências do interesse público e das peculiaridades

procedimentais do próprio pregão.

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3.3 A Lei nº 10.520/02

Segundo Meirelles (2002), falar na Lei 10.520/02 é falar no pregão, que

surgiu em um momento de reestruturação do Estado, que deixou de ser um

"Estado Executor" para passar a ser um "Estado Regulador". Esta

reestruturação trouxe uma cobrança por uma maior eficiência do serviço

prestado pelo Estado, bem como a necessidade de diminuição dos gastos

públicos.

Assim, conforme Di Pietro (2008), o pregão foi concebido para permitir à

Administração atender às suas necessidades mais simples, de modo mais

rápido e econômico. A rapidez e a economia proporcionadas pela utilização do

pregão advém de características próprias desta modalidade, como a inversão

da fase de habilitação, a simplificação do procedimento e a possibilidade de

lances verbais, não previstas para as demais modalidades.

O pregão surgiu segundo Motta (2002), num primeiro momento, apenas

para as contratações da ANATEL, sendo, posteriormente, estendido a todas as

agências reguladoras através Lei Federal nº 9.986, de 18.07.2000, que trata da

gestão de recursos nas agências reguladoras.

A Lei Federal nº 9.986/2000 dispôs, em seu art. 37 :

A aquisição de bens e a contratação de serviços pelas agências reguladoras poderá se dar nas modalidades de consulta e pregão, observado o disposto nos arts. 55 a 58 da Lei n. 9.472, de 1997, e nos termos de regulamento próprio. Parágrafo único – O disposto no caput não se aplica às contratações referentes a obras e serviços de engenharia, cujos procedimentos deverão observar as normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública.

Paralelamente, o pregão foi introduzido como nova modalidade licitatória

para a Administração direta e indireta através da Medida Provisória 2.026/00,

alterada pela Medida Provisória 2.182-18/01, posteriormente convertida na Lei

10.520, de 17.07.2002.

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Dispõe a Lei nº 10.520/02:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

O que caracteriza os bens e serviços comuns é a sua padronização, ou

seja, a possibilidade de substituição de uns por outros com o mesmo padrão de

qualidade e eficiência.

Frente aos dispositivos da Lei Federal nº 10.520/2002 e diante dos

motivos que levaram à sua edição, pode-se concluir que o pregão, como

afirmado por Justen Filho (2002), não exclui as demais modalidades licitatórias

previstas na Lei Federal nº 8.666/93, mas veio como opção, com a finalidade

de conferir maior agilidade às contratações da Administração Pública.

Para Justen Filho (2002), vários aspectos devem ser considerados na

escolha desta modalidade pelo agente público : a caracterização do objeto

como bem ou serviço comum, os valores da disputa justa, do rendimento

econômico, da segurança e da eficiência sob pena de criarem-se maiores

entraves à contratação.

Assim como outros tipos de licitação, o pregão tem procedimentos para

a sua realização.

Na fase Interna, segundo Meirelles (2010), como todas as modalidades

de licitação, existe a fase preparatória. No pregão, esta fase será iniciada pela

autoridade competente, responsável pela aquisição dos bens ou serviços

desejados.

As autoridades justificam para esta fase, a necessidade de :

Necessidade de contratação; Objeto do certame; Exigências de habilitação; Critérios de aceitação das propostas; Sanções por inadimplemento; Cláusulas do contrato; Prazos para fornecimento. (MEIRELLES, 2010, p. 132).

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Conforme Meirelles (2010), a definição do objeto, do certame deverá ser

suficiente e clara afastada as especificações irrelevantes e desnecessárias.

Neste raciocínio, Meirelles (2010), leva a crer que existem elementos

indispensáveis a essa definição, e que deverão constar de um termo de

referencia, assim como o respectivo orçamento, levando em conta os preços

praticados no mercado.

Encerra-se este fase, segundo Meirelles (2002), quando a autoridade

competente designa, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da

licitação, através de ato administrativo específico, o pregoeiro e respectiva

equipe de apoio integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo

efetivo ou emprego da administração.

A Administração poderá estruturar organizações destinadas a apoiar a

atividade do pregoeiro, além de um suporte técnico-jurídico, possibilitando a

rápida solução dos incidentes e o exaurimento imediato de todas as etapas. E

tudo com base no Regulamento aprovado pelo Decreto 3.555 de 2000, que

determina que somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha

realizado capacitação específica para a função. (MEIRELLES, 2010, p. 133).

Segundo Meirelles (2010), em uma destas etapas que chamamos de

fase externa do pregão, inicia-se com a convocação dos interessados por meio

de aviso no Diário da União e, facultativamente, por meio eletrônicos (Internet),

e em jornais de grande circulação. O aviso conterá a definição do objeto

licitado, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a

íntegra do edital.

Ainda segundo Meirelles (2010), o julgamento é realizado em uma única

sessão, que será conduzida pelo pregoeiro, com auxilio da equipe de apoio.

Este julgamento e classificação das propostas serão adotados o critério de

menor preço, observados os prazos máximos para o fornecimento, as

especificações técnicas e os parâmetros mínimos de desempenho e qualidade

definidos no edital. Quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir

motivadamente a respeito da aceitabilidade da proposta classificada em

primeiro lugar.

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Os resultados obtidos, divulgados no sítio do pregão, mostram que

mesmo após as várias rodadas de lances e a obtenção da melhor oferta, os

pregoeiros – servidores públicos devidamente capacitados para esta função –

costumam negociar intensamente com o fornecedor a fim de reduzir ainda mais

o valor alcançado.

Para Meirelles, (2002), a Lei do pregão, quando regula o procedimento

da sessão, define que o credenciamento se dá antes da abertura da sessão,

exatamente para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos.

O pregão trouxe economia nos meios administrativos, e para calcular a

economia obtida nas compras realizadas por meio da modalidade pregão,

optou-se por comparar os valores referenciais com aqueles efetivamente

negociados em cada um dos pregões realizados. (MEIRELES, 2010).

A sessão do pregão se encerra com a leitura e conseqüente assinatura

da ata por todos os licitantes presentes, pelo pregoeiro e respectiva equipe de

apoio. Os atos essenciais do pregão devem estar documentados e integrar o

respectivo processo.

3.4 As vantagens do pregão

São várias as vantagens ocorridas com o pregão, algumas inclusive já

descritas nos textos acima, e nas definições e doutrinas.

Segundo Niebuhr (2000) ao destacar essas vantagens, pra começar o

pregão não depende do valor estimado do futuro contrato, mas sim da natureza

do bem licitado, que precisa ser qualificado como bem e serviço comum. Por

conseqüência, é possível que, durante o mesmo exercício orçamentário,

façam-se várias licitações sob a modalidade pregão, para o mesmo objeto, sem

se preocupar minimamente com os valores dos contratos.

Ainda descrevendo as vantagens Niebuhr (2000), destaca outra

vantagem manifestada da modalidade pregão, e que reside na agilidade com

que a Administração consegue ultimar as licitações. E essa agilidade ocorre,

sobretudo, em tributo à inversão das fases do processo licitatório, tal qual

dispostas na Lei nº 8.666/93.

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Nela, antes de analisar as propostas, analisam-se os documentos de

habilitação, isto é, se os licitantes são ou não aptos para cumprirem o objeto

licitado.

Conforme Niebuhr (2000), apurado o licitante autor da melhor proposta,

passa-se à análise dos documentos de habilitação dele e só dele. Os

documentos de todos os demais não são sequer analisados. Se os

documentos do autor da melhor proposta atendem o pedido no edital, a disputa

praticamente se encerra, o que confere ostensiva agilidade às licitações

regidas sob a modalidade pregão, mormente se comparadas às regidas pelas

modalidades tradicionais da Lei nº 8.666/93.

Na prática, enquanto licitação realizada através do pregão é concluída

em torno de quinze ou vinte dias, as realizadas sob as modalidades

tradicionais, com bastante freqüência, arrastam-se por meses e meses.

Segundo Niebuhr (2000), outro ponto favorável ao pregão relaciona-se à

economicidade, haja vista que a Administração consegue obter, quando utiliza

o pregão, sensível redução de preços.

Conforme Broboski e Almeida (s/d), o pregão também atrai elogios

porque ele minimiza a possibilidade de litígios, porquanto os licitantes dispõem

de apenas uma oportunidade para interporem recursos administrativos, que

ocorre logo após a decisão do pregoeiro sobre a habilitação. Além disso, para

interporem o recurso, devem estar presentes à sessão do pregão e manifestar

motivadamente a intenção de recorrer.

No pregão, a Administração não precisa publicar as decisões na

imprensa oficial para, então, abrir a contagem dos prazos para a interposição

dos recursos. Os licitantes, presentes à sessão, é que devem manifestarem-se.

Enfim, e mais uma vez a definição de pregão se faz jus, acertando que o

pregão destina-se a aquisição de bens e serviços, objetivando assim a ampliar

a competição, com a possibilidade de se obter da administração melhor preço,

incluindo lances verbais e negociação direta pelo pregoeiro.

Diante das exigências de agilidade e eficiência características da

Administração Gerencial, segundo Soares (2009), a disciplina legal do pregão

evoluiu, se adequando à nova realidade tecnológica e introduzindo no Brasil as

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compras virtuais por meio do Pregão Eletrônico. O Decreto 5.450/2005

fortaleceu ainda mais o instituto do pregão, não somente instituindo a

modalidade eletrônica, mas, principalmente, tornando obrigatória a utilização

da modalidade pregão, preferencialmente eletrônico, para a aquisição de bens

e serviços comuns pela União.

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CONCLUSÃO

O pregão possibilita o incremento da competitividade e a ampliação das

oportunidades de participação nas licitações, contribuindo para a redução de

despesas de acordo com as metas de ajuste fiscal. E mesmo assim, o pregão

apesar de novidade, se tornou mais uma modalidade de licitação e poderá ser

utilizado nas hipóteses em que seria cabível concorrência, tomada de preços

ou convite. Neste contexto percebeu-se que continuam a existir as

modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/93, que não foram revogadas,

tampouco os pressupostos de sua aplicação.

Assim, o pregão foi concebido para permitir à Administração atender às

suas necessidades mais simples, de modo mais rápido e econômico. A rapidez

e a economia proporcionadas pela utilização do pregão advêm de

características próprias desta modalidade, como a inversão da fase de

habilitação, a simplificação do procedimento e a possibilidade de lances

verbais, não previstas para as demais modalidades.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - BREVE HISTÓRICO SOBRE LICITAÇÃO

1.1 Conceitos de licitação e pregão 15

1.1.3 Pregão presencial 17

1.1.3 Pregão eletrônico 19

CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS 21

CAPÍTULO III - A LEI 8666/93 ATÉ A LEI 10.520/02 QUE INSTITUIU O

PREGÃO A TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO 28

3.1 A Lei 8666/93 29

3.2 Bens e serviços comuns para se licitar. 31

3.3 A Lei nº 10.520/02 33

3.4 As vantagens do pregão 36

CONCLUSÃO 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: Pregão – um progresso na licitação

Autor: Rosangela Amaral da Conceição

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: