ufcd_4651_gestão de stress e gestão de conflitos

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UFCD_4651_Gestão de Stress e Gestão de Conflitos

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  • UFCD_4651 Gesto de

    Stress e Gesto de Conflitos

    25 Horas

    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    ndice

    Objetivos e contedos .................................................................................................................................................................. 3

    Gesto de stress .............................................................................................................................................................................. 4

    Stress - conceito e modelo explicativo ................................................................................................................................... 5

    Causas e fatores primrios de stress no trabalho ............................................................................................................. 8

    Sintomas de stress - relao entre desempenho e stress ........................................................................................... 11

    Avaliao individual do grau de stress .............................................................................................................................. 14

    Fases do stress ............................................................................................................................................................................. 14

    Formas individuais de lidar com o stress .......................................................................................................................... 16

    Fatores de risco ............................................................................................................................................................................ 19

    Procrastinao .............................................................................................................................................................................. 22

    Tomada de decises ................................................................................................................................................................... 23

    Estilo de vida ................................................................................................................................................................................ 24

    Como implementar a mudana .............................................................................................................................................. 25

    Anlise da situao e gesto do tempo ............................................................................................................................... 26

    Assertividade ................................................................................................................................................................................ 27

    Tcnicas de relaxamento e meditao ................................................................................................................................ 28

    Gesto de conflitos ...................................................................................................................................................................... 30

    Relaes interpessoais e o conflito ...................................................................................................................................... 30

    Diferentes tipos de conflitos ................................................................................................................................................... 33

    Fontes e rastilhos de conflito ................................................................................................................................................. 34

    Conflito enquanto processo .................................................................................................................................................... 36

    Estilos pessoais de gesto de conflitos ............................................................................................................................... 38

    Conflito como oportunidade .................................................................................................................................................. 41

    Guia para a navegao em situaes de conflito: estratgias e tcnicas para potenciar uma atitude cooperativa nos outros ............................................................................................................................................................. 42

    Bibliografia .................................................................................................................................................................................... 46

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Objetivos:

    Desenvolver mecanismos de identificao de potenciais causas de stress no local de

    trabalho.

    Identificar e avaliar o grau de vulnerabilidade ao stress.

    Elaborar um plano individual de mudana para uma melhor gesto do stress.

    Desenvolver mecanismos de resposta flexveis e criativos face a situaes difceis.

    Identificar meios de atuao assertiva perante situaes de conflito, assim como

    potenciar nos outros comportamentos construtivos.

    Contedos

    Gesto de stress

    Stress - conceito e modelo explicativo

    Causas e fatores primrios de stress no trabalho

    Sintomas de stress - relao entre desempenho e stress

    Avaliao individual do grau de stress

    Fases do stress

    Formas individuais de lidar com o stress

    Fatores de risco

    Procrastinao

    Tomada de decises

    Estilo de vida

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Como Implementar a mudana

    Anlise da situao

    Gesto do tempo

    Assertividade

    Tcnicas de relaxamento e meditao

    Gesto de conflitos

    Relaes interpessoais e o conflito

    Diferentes tipos de conflitos

    Fontes e rastilhos de conflito

    Conflito enquanto processo

    Estilos pessoais de gesto de conflitos

    Conflito como oportunidade

    Guia para a navegao em situaes de conflito: estratgias e tcnicas para

    potenciar uma atitude cooperativa nos outros

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Gesto do stress

    Stress -conceito e modelo explicativo

    As pessoas sofrem de stress quando sentem que h um desequilbrio entre as solicitaes

    que lhes so feitas e os recursos de que dispem para responder a essas solicitaes.

    Embora seja psicolgico, o stress afeta igualmente a sade fsica do indivduo.

    O stress um dos grandes problemas atuais, nomeadamente nas sociedades mais

    desenvolvidas e num mundo de trabalho caracterizado pela mudana de saberes e de

    fazeres, pela competio, pelas mudanas tecnolgica e organizativa e pela precariedade de

    emprego.

    Entre os fatores de risco mais comuns do stress relacionado com o trabalho contam-se a

    falta de controlo sobre o trabalho, solicitaes inadequadas e falta de apoio por parte dos

    colegas e das chefias.

    O stresse provocado por um desajustamento entre ns e o trabalho, por problemas de

    relacionamento, pela presena de violncia psicolgica ou fsica no local de trabalho ou

    ainda pela existncia de conflitos entre o nosso papel no trabalho e fora dele

    Cada indivduo reage de forma diferente s mesmas circunstncias. Umas pessoas

    reagem melhor do que outras presso de muitas solicitaes. O que conta a avaliao

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    subjetiva que cada indivduo faz da sua situao, no sendo possvel determinar com base

    exclusivamente na situao o stress e que esta pode provocar.

    O stresse pontual: por exemplo, para cumprir um prazo - no constitui, em princpio,

    um problema: pelo contrrio, pode ajudar as pessoas a darem o seu melhor. O stresse

    constitui um risco para a segurana e a sade quando se torna persistente.

    O stress ao nvel da organizao:

    Absentismo (faltas ou atrasos);

    Elevada rotatividade do pessoal;

    Incumprimento de horrios;

    Problemas disciplinares;

    Assdio;

    Produtividade reduzida;

    Acidentes;

    Erros;

    Agravamento dos custos de compensao ou de sade

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    O stress a nvel individual:

    Reaes emocionais (irritabilidade, ansiedade, perturbaes do sono, depresso,

    hipocondria, alienao, esgotamento, problemas ao nvel das relaes familiares);

    Reaes cognitivas (dificuldades de concentrao, de memria, de aprendizagem e de

    deciso);

    Reaes comportamentais (abuso de drogas, lcool e tabaco; comportamento

    destrutivo);

    Reaes fisiolgicas (perturbaes lombares, dfice imunitrio, lceras ppticas,

    problemas cardacos, hipertenso).

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Causas e fatores primrios de stress no trabalho

    As maiores causas do stress esto relacionadas com o trabalho desenvolvido ou a

    desenvolver quando existe uma elevada carga ou quando o colaborador no tem os

    conhecimentos suficientes para dar conta das tarefas. Mas no s.

    Cargas de trabalho excessivamente altas com deadlines irrealistas fazem com que as

    pessoas se sintam apressadas, sobre presso e sobrecarregadas.

    Cargas de trabalho insuficientes dando a entender que as habilidades e

    caractersticas do colaborador esto em subutilizao;

    Falta de controlo sobre as atividades;

    Bullying ou perseguio;

    Falta de ajuda interpessoal ou fracas relaes de trabalho levam a uma sensao de

    isolamento;

    Pedido para a concretizao de determinado trabalho para o qual o colaborador no

    tem experincia ou treino suficiente.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Um ambiente de trabalho fraco em termos fsicos, por exemplo excesso de calor, frio

    ou barulho, iluminao inadequada, assentos pouco confortveis, equipamento em mau

    funcionamento, etc.

    8 sinais de stress no trabalho

    Quem sofre de stress demonstra quase sempre um conjunto de sinais que o revelam aos

    colegas e gestores.

    Cansao e irritabilidade;

    Reduo da qualidade do trabalho;

    Indeciso e fraco julgamento;

    Perda do sentido de humor;

    Problemas fsicos como dores de cabea, nuseas e dores constantes;

    Nervosismo ou demonstrao de infelicidade;

    Baixas mdicas prolongadas;

    Mudana dos padres e hbitos de trabalho talvez ficando a trabalhar at tarde ou

    levar trabalho para casa.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Sintomas de stress - Relao entre desempenho e stress

    Antes de mais, torna-se importante fazer a distino entre sinais e sintomas. Os sinais

    so alteraes do organismo de uma pessoa que podem ser percebidas atravs do exame

    mdico ou medidas em exames. Os sintomas so alteraes do organismo apenas percebidas

    e relatadas pela prpria pessoa, no sendo possvel a outra pessoa diagnosticar. Os sinais e

    sintomas de stress variam de pessoa para pessoa. As manifestaes que podero existir, tm

    a influncia dos aspetos culturais, o tipo de situao que desencadeia o stress, a personalidade

    do indivduo, a manuteno ou esbatimento da situao, a sensao ou no de controlo e, do

    organismo de cada ser humano que ativa certos rgos do corpo e no outros. O prximo

    esquema menciona e distingue as alteraes que o stress pode provocar na pessoa:

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Segue-se a enumerao de alguns sinais e sintomas de stress diferenciados pelas vrias

    vertentes do ser humano, segundo Rossi (2010):

    Fsica:

    Aumento da presso arterial;

    Palpitaes, dores de cabea, pescoo, ombros ou costas;

    Alterao do sono (insnias ou hipersnias);

    Alterao do peso (comer exageradamente ou falta de apetite);

    Indigesto e nuseas;

    Fadiga.

    Cognitivo:

    Dificuldades de concentrao;

    Problemas de memria;

    Confuso mental;

    Dificuldade em tomar decises;

    Auto- conservao negativa.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Emocional:

    Alterao do humor;

    Irritabilidade;

    Perda de controlo;

    Sensao de sufoco/incerteza;

    Desamparo;

    Ideao suicida;

    Baixa autoestima;

    Labilidade emocional ou instabilidade afetiva

    Comportamental:

    Perda de interesse no trabalho e atividades sociais;

    Consumo de lcool, tabaco e drogas ilcitas;

    Afastamento social (da famlia e amigos);

    Desinteresse sexual;

    Posio de conflito constante com os outros.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Avaliao individual do grau de stress

    Aconselha-se a realizao individual do questionrio no site:

    http://www.oficinadepsicologia.com/stress.html

    e posterior discusso em grupo sobre os resultados obtidos.

    Fases do stress

    Ainda hoje so poucas as pessoas que entendem o que o stress. Por falta de informao e

    orientao, o stress identificado com sendo sempre algo de perigoso e preocupante, e que

    s nos deixa irritados e cansados, sendo algo de que nos devemos afastar o mais rapidamente

    possvel. E o mais preocupante: no sabendo o que e como o controlar, muitas pessoas

    sofrem do stress: ou por excesso ou por falta dele.

    Stress a reao que nosso organismo e a nossa mente tm quando somos defrontados por

    uma situao difcil ou excitante, que nos motiva para uma ao, como por exemplo, quando

    existe um grande problema para resolver, ou quando estamos extremamente contentes. Uma

    situao difcil, como o estar desempregado ou uma situao excitante como ganhar um

    prmio da lotaria provocam no nosso organismo as mesmas reaes: ritmo cardaco

    acelerado, aumento da tenso arterial, suores das mos, aumento da nossa capacidade

    de concentrao e ateno, e tambm uma subida da nossa motivao e disposio para

    agir. O stress o conjunto destas reaes fsicas e psicolgicas, enquanto o motivo que

    provoca tais reaes apelidado de agente stressante.

    Uma vida sem stress, alm de no ser possvel uma vida sem motivao, sem qualquer

    prazer. Pessoas motivadas so pessoas que conseguem dosear bem o seu stress:

    controlam a sua vida de modo que no sobrem, nem faltem motivos para agir. Algo bom que

    nos acontece, como por exemplo realizar um sonho, conquistar aquilo pelo que ns tanto

    lutamos to motivante como um desafio.

    Aps alguns estudos, especialistas perceberam que o stress possui 3 fases:

    A fase de ALERTA

    A fase de RESISTNCIA

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    A fase de EXAUSTO

    A fase de alerta a etapa inicial do stress. Se nos for possvel conseguir aproveitar esta fase

    para atuar sobre o tal agente provocador do stress, a energia que o stress que oferece pode

    ser usado para o nosso proveito prprio. Nesta fase ficamos mais de alerta assim como o

    organismo e o metabolismo bem mais acelerados.

    A fase de resistncia a fase seguinte; se o agente stressante continua a atuar sobre ns, o

    organismo que j est exausto, passa a tornar-se gasto pelo grande consumo de energia que

    utiliza. Nesta fase o organismo comea a sentir-se bastante cansao e a sua resistncia

    orgnica enfraquece, podendo desenvolver problemas simples como dor de cabea, gripes e

    viroses constantes, dentre outros. Se na fase de alerta conseguirmos ficar mais em alerta e

    mais atentos, conseguindo ficar mais produtivos, na fase de resistncia ocorre precisamente o

    contrrio: ficamos com dificuldades na concentrao e na memria, havendo um

    decrscimo importante na sua produtividade.

    A terceira fase a fase da exausto, e a fase mais perigosa do stress. Se continuarmos a

    reagir ao agente stressante ou no conseguimos resolver a situao que origina a causa do

    stress, o organismo entra na exausto, e ento podemos necessitar de tratamento ou

    hospitalizao em cuidados mdicos. As doenas que se j tinham na segunda fase

    aumentam de intensidade, e doenas mais preocupantes como a hipertenso arterial, lcera

    pptica, diabetes, depresso, problemas de pele, etc., agravam-se.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Formas individuais de lidar com o stress

    Existe um termo ingls que no tem traduo fcil para o portugus e que se designa por

    coping.

    Atualmente quando aplicamos o termo coping tem um significado preciso: refere-se s

    estratgias para lidar com o stress. Assim, as estratgias de coping correspondem s respostas

    da pessoa que tem como finalidade diminuir a carga fsica, emocional e psicolgica liga da

    aos acontecimentos geradores de stress.

    As estratgias para lidar com situaes de stress podem ser centradas:

    No indivduo,

    Na diminuio das emoes sentidas,

    Na procura de apoio social.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Vamos agora tratar de cada uma das modalidades em particular assentes na perspetiva de

    Vaz Serra (2007).

    Estratgias para lidar com o stress focadas no problema:

    As estratgias focadas no problema procuram estabelecer um plano de aco e

    segui-lo at eliminar o problema. Os planos de aco evitam que um

    estado/sensaodesagradvel se prolongue e prejudique o bem-estar e a sade do ser

    humano.Um plano de aco passa por desenvolver vrias etapas intermdias at chegar

    resoluo do problema. Vejamos um exemplo:

    Numa instituio, duas pessoas que

    trabalham num mesmo sector no conseguem

    dialogar e chegar a entendimento sobre as tarefas

    e isso provoca um estado de tenso constante. Um

    plano de ao aconselhvel seria: primeiro

    algum tomar a iniciativa de querer resolver o

    problema; segundo, recorrer a algum que possa mediar um dilogo entre ambas as partes;

    terceiro, avaliar os pontos divergentes; quarto, reunir com o mediador e o/a colega de

    trabalho; debater os pontos divergentes e tentar encontrar solues e medidas para que o

    trabalho possa fluir.

    De qualquer forma, as estratgias focadas na resoluo do problema so as mais

    aconselhadas, pois, permitem remover definitivamente as fontes de perturbao.

    As estratgias de coping que levam procura de informao e resoluo do problema tm

    efeitos benficos sobre o funcionamento psicolgico e, permitem reduzir a influncia

    adversa das mudanas negativas e das situaes de presso que reaparecem no tempo. As

    pessoas com tendncia a usar estratgias de resoluo de problemas tm menos propenso

    do que as outras de ficaram deprimidas.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Estratgias para ligar com o problema focadas na emoo:

    Quando o stress sentido como mais grave, o foco mais orientado para o

    controlo das emoes. Quando atingem uma intensidade grave so difceis de tolerar e

    afetam as rotinas e interferem largamente com o seu bem-estar. Por vezes, tentamos

    fugir das situaes que nos provavam demasiada tenso, fugimos de forma real ou imaginada

    da situao desagradvel em que vivemos. Os mecanismos que reduzem os estados de tenso

    tm diferentes finalidades. Algumas so teis, onde a pessoa apenas procura uma forma

    imediata para reduzir as emoes desagravveis, no entanto, ajudam a uma anlise

    posterior mais objetiva:

    Ouvir musica, ver um filme;

    Praticar yoga ou relaxamento;

    Fazer exerccio fsico;

    Distanciar-se do problema para v-lo de uma forma/perspetiva diferente;

    Comparar os problemas com outros potencialmente mais graves (relativizara

    situao);

    Canalizar a energias para outros objetivos prioritrios/importantes.

    Outras so prejudiciais na medida em que adiamos indefinidamente a resoluo do

    problema e apenas adiamos a dor moral, tais medidas podero ser:

    Ficar na cama durante dias seguidos;

    Pensar como que o problema no existisse;

    Consumir drogas ilcitas e automedicao;

    Beber ou comer em excesso

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    Estratgias para lidar com o stress focadas na interao social:

    Estes tipos de estratgias esto associadas forma como lidamos e mantemos o

    relacionamento com outras pessoas em situao de stress.

    A pessoa que d apoio manifesta uma relao emptica. Se souber ter o dom para

    observar a situao na perspetiva/ ponto de vista de quem o solicita, se souber evitar o

    juzo de valor e, compreender o que a pessoa diz em linguagem verbal e no-verbal, tende a

    ser procurada, pelos outros, para ser um apoio na resoluo do problema e reduo da

    sensao de stress.

    Aqueles que prestam cuidados a terceiros tendem a ser os mais compreensivos e

    genuinamente empticos e desenvolvem mais facilmente planos de ao para a resoluo dos

    problemas. A procura de apoio emocional tende a recair para algum com quem se possa

    desabafar, contar os problemas e encontrar compreenso.

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    Fatores de risco

    Ao nvel da cultura organizacional e funo do trabalhador:

    Papel do trabalhador no seio da organizao;

    Progresso na carreira profissional;

    Liberdade de deciso/controlo;

    Relaes interpessoais no trabalho;

    Relaes vida privada versus vida laboral;

    Volume/cadncia de trabalho

    Horrios de trabalho

    Os sintomas de que uma organizao est a sofrer de stress podem ser observados

    aquando da elaborao do Balano Social, por exemplo, atravs da anlise de:

    Nveis de absentismo acima da mdia

    Nveis de rotao de pessoal muito elevados

    Desrespeito dos horrios de trabalho

    Problemas disciplinares

    Diminuio da qualidade da produo/servio prestado

    Ocorrncia de acidentes e erros no habituais

    Na perspetiva de profissionais em sade, Vives (1994) agrupa em cinco potenciais fontes

    de stress

    Fatores ambientais diretamente relacionados com o trabalho:

    Condies fsicas da Unidade ou Servio;

    Estado dos pacientes ou tipo de cuidados;

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    Perigos fsicos (contgio, produtos medicinais)

    Exigncia de formao;

    Escassos recursos materiais disponveis.

    Fatores relacionais (entre a equipa):

    Ms relaes com superiores, colegas e subordinados;

    Receber ordens contraditrias;

    Falta de confiana e restrio da autonomia;

    Falta de informao mdica.

    Fatores organizacionais e burocrticos:

    M organizao na distribuio de tarefas;

    Horrios sobrecarregados;

    Aumento da responsabilidade administrativa;

    Falta de recompensas administrativas.

    Fatores profissionais inerentes ao desempenho de papis:

    Noo de baixo nvel de formao;

    Contacto com utentes agressivos e no colaborantes;

    Tarefas ingratas, repetitivas e pesadas;

    Ambies pessoais frustradas;

    Baixo salrios.

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    Fatores relacionados com a exigncia:

    Escassez de colaboradores;

    Solicitaes para estar em vrios locais ao mesmo tempo;

    Imposio de prazos por outras pessoas;

    Cumprir ordens por duas ou mais pessoas em simultneo;

    Necessidades e exigncias dos familiares.

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    Procrastinao

    Quase um sinnimo perfeito de adiar, procrastinar significa evitar as tarefas

    importantes, substituindo-as por outras. Um procrastinador tende a deixar para o fim

    aquelas coisas que tem mesmo de fazer, distraindo-se facilmente por tarefas menos

    importantes mas que, para ele, so mais interessantes ou apelativas.

    Mas a procrastinao pode no ser apenas provocada por preguia ou falta de

    concentrao. Alguns autores defendem que as causas vo desde o perfecionismo e o medo

    de falhar, fadiga, frustrao, rebelio ou mesmo dificuldades em lidar com tarefas

    complexas. Existem dois tipos de procrastinadores os caticos e os perfecionistas. Os

    caticos so, por normal, pessoas pouco ambiciosas e pouco persistentes, impulsivas e

    desorganizadas. Por outro lado, os perfecionistas so aqueles que no se atrevem a agir.

    Costumam ser rebeldes, desagradveis e at mesmo hostis e no gostam que nenhum horrio

    lhes seja imposto.

    Tomada de decises

    Tomar decises aparentemente simples, trata-se de escolher um caminho entre vrias

    possibilidades ou pelo menos duas. Queremos ou no queremos, fazemos ou no fazemos,

    vamos ou no vamos,... sim ou no. Contudo, nem sempre tomamos decises com esta

    ligeireza, precisamente porque temos receio de fazer a escolha errada e de sofrer dolorosas

    consequncias. Alis, a presso do erro tal que nos impede de agir, de arriscar e de ser/fazer

    diferente. Limitamo-nos a ficar no mesmo ponto e a fazer de conta que est tudo bem, tudo

    sob controlo. Adiamos decises, por vezes muito importantes, at que um dia somos

    obrigados a decidir, a vida assim nos obriga. Nessa altura, a tomada de deciso pode ser mais

    difcil e arriscada porque a situao evoluiu e tornou-se mais complexa

    Naturalmente, no pretendemos dizer com isto que devemos fazer escolhas de forma

    leviana e depois "logo se v". Muito pelo contrrio. A ideia tomar uma deciso a partir da

    informao de que dispomos no momento, dos cenrios que traamos e das possveis

    consequncias ou, simplesmente, a partir da nossa intuio, caso a tenhamos apurada.

    tambm no nos deixarmos influenciar por posies limitadoras e pessimistas e, ao mesmo

    tempo, sermos capaz de escutar e analisar com ateno as objees que nos so

    apresentadas e que constituem informao til para a tomada de deciso final

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    Evitar o erro, sim. Agora, se mais tarde confirmarmos que a deciso tomada no foi a mais

    acertada, o que importa no tanto o que decidimos (a deciso pertence ao passado) mas o

    que vamos fazer a partir das consequncias da m deciso (foco no presente e futuro). At

    porque na maior parte dos casos, estamos sempre a tempo de mudar, precisamos de estar

    dispostos a isso e ter coragem para o fazer. Este o segredo que est por trs da tomada de

    decises eficaz.

    Estilo de vida

    Um estilo de vida saudvel deixa-nos aptos, enrgicos e com risco reduzido para a doena , o

    qual depende dos hbitos/comportamentos dirios. Uma boa alimentao, exerccio dirio

    e sono adequado so as bases para uma boa sade hoje e ao longo da vida.

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    Gerir o stress de maneira positiva, em vez de atravs de fumar ou beber lcool, reduz o

    desgaste e o desequilbrio hormonal sempre com a finalidade de se atingir o melhor

    desenvolvimento fsico, intelectual, psquico e emocional das pessoas.

    Como implementar a mudana

    Nem todo o stress pode e deve ser evitado, e no saudvel evitar uma situao que

    precisa de ser resolvida ou enfrentada. Voc pode ficar surpreendido com a quantidade de

    stressores que pode eliminar da sua vida.

    Aprenda a dizer no Conhea os seus limites e tente cumpri-los. Seja na sua vida

    pessoal ou profissional, recuse-se a aceitar responsabilidades adicionais antes de se

    comprometer com elas. Aceitar mais responsabilidades do que voc consegue ou est

    preparado uma receita infalvel para o stress.

    Evite pessoas que lhe provoquem stress incapacitante se algum

    consistentemente lhe trs stress para a sua vida e voc no consegue evitar que isso acontea,

    limite o tempo que passa com essa pessoa. Se isto no for possvel, tente perceber se existem

    alternativas que o capacitem na determinao de uma soluo intermdia.

    Tente ganhar controlo sobre o seu ambiente Se as noticias dos jornais e TV o

    fazem ansioso, desligue a TV ou feche o jornal. O trfico deixa-o tenso, tente ir por um

    caminho com menos trfego. Se ir s compras sozinho o stressa, arranje companhia. Tente

    sempre que possvel descortinar uma alternativa que esteja sobre o seu controlo, que possa

    decidir por si e executar na hora.

    Evite tpicos quentes se fica facilmente chateado com assuntos religiosos ou

    polticos, ou outro qualquer assunto que funcione como um gatilho para lhe disparar a

    resposta de stress, evite, risque esses assuntos da sua lista de prioridades. Aborde essas

    questes s em situaes extremamente necessrias e preparado para tal. Se voc

    repetidamente argumenta sobre os assuntos incmodos com as mesmas pessoas, pare de o

    fazer ou arranje uma boa desculpa e evite entrar na discusso.

    Organize por prioridades a sua lista de coisas a fazer analise o seu calendrio,

    responsabilidades, e tarefas dirias. Se tem muitas coisas para realizar, distinga entre os

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    deveria e os tenho. Tente perceber aquilo que realmente importa fazer e no aquilo que

    acha que deveria fazer. Tente hierarquizar em termos funcionais as sua prioridades. Por

    exemplo, pergunte-se: de 0 a 10 qual o grau de importncia que esta tarefa tem?, de 0 a 10

    qual destas tarefas tem de estar pronta hoje?. Coloque as tarefas que no so

    efetivamente necessrias no fim da sua lista ou elimine-as mesmo.

    Anlise da situao e gesto do tempo

    Se voc no pode evitar uma situao stressante, tente alter-la. Descobrir o que voc

    pode fazer para mudar as coisas de modo a que o problema no se apresente no futuro.

    Muitas vezes, isso implica mudar a maneira de comunicar e agir na sua vida diria.

    Expresse os seus sentimentos em vez de estrangul-los. Se algo ou algum est

    incomodando, comunique as suas preocupaes de uma forma aberta e respeitosa. Se voc

    no der ateno voz dos seus sentimentos, o ressentimento ir crescer e a situao

    provavelmente permanecer na mesma.

    Esteja disposto a estabelecer um compromisso. Quando voc pedir a algum para

    mudar o seu comportamento, esteja disposto a fazer o mesmo. Se ambos esto dispostos a

    mudar, pelo menos um pouco, voc ter uma boa hiptese de encontrar um meio termo mais

    adequado.

    Tenha uma melhor gesto do seu tempo. A m gesto do tempo pode causar um

    enorme stress. Quando voc est atrasado e com muitas coisas para fazer, difcil estar calmo

    e focado. Mas se voc se organizar antecipadamente e se certificar que no vai ficar

    sobrecarregado com trabalho face ao tempo disponvel, ficar numa situao de controlo e

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    evitar assim a acumulao de stress e perceo de ausncia de controlo sobre as tarefas a

    realizar.

    Assertividade

    Assertividade a habilidade social de fazer afirmao dos prprios direitos e

    expressar pensamentos, sentimentos e crenas de maneira direta, clara, honesta e

    apropriada ao contexto, de modo a no violar o direito das outras pessoas. A postura

    assertiva uma virtude, pois mantm-se no justo meio-termo entre dois extremos

    inadequados, um por excesso (agresso), outro por falta (submisso). Ser assertivo dizer

    "sim" e "no" quando for preciso.

    Seja mais assertivo. No tome uma posio secundria na sua prpria vida. Lide com

    os problemas de frente, fazendo o seu melhor para antecipar e prevenir. Por exemplo, se voc

    tem um exame para estudar e o seu companheiro de quarto acaba de chegar e apetece-lhe

    falar consigo, diga-lhe que s dispe de 5 minutos para falar.

    Pessoas com comportamento mais assertivo sentem menos ansiedade, tem maior

    grau de internalidade segundo o critrio de locus de controle de Levenson e melhor auto-

    estima. Conviver com pessoas assertivas tambm aumenta a auto-estima e diminui a

    agressividade.

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    Tcnicas de relaxamento e meditao

    Durante o decorrer do nosso dia, existe sempre algo que nos deixa tensos. s vezes um

    problema no trabalho no qual ficamos envolvidos um bom tempo e que levamos para casa.

    Outras vezes uma preocupao com um filho. Podem ser tambm conflitos, preocupaes e

    ansiedades com dinheiro, relacionamentos e por a vai. O resultado disto tenso e stress,

    em nveis variados.

    De facto, parece mais realista esperar que ao longo de cada dia passemos por situaes e

    emoes variadas. Mas se voc no tem uma alternativa para lidar com os problemas, ou tem

    que esperar o fim de semana para relaxar, as tenses geradas vo-se acumulando no corpo.

    Quer testar? Observe sua testa. Est relaxada? E os seus ombros?

    Estratgias simples para relaxar, seja como remdio, preveno ou simplesmente para

    melhorar o que j est bom. Siga os passos:

    1) Coloque-se em uma posio confortvel, na qual possa ficar imvel por alguns minutos.

    2) Faa uma declarao de propsito e inteno, como por exemplo, "Minha inteno relaxar

    corpo e mente por X minutos". Se preferir no usar linguagem, pode imaginar o que quer que

    acontea.

    3) Respire lenta e profundamente, trs vezes. Antes de alternar de inspirao para expirao e

    vice-versa, conte at trs. Quando expirar, solte o corpo em seus apoios.

    4) Enquanto inspira lentamente, tensione os ps, depois as pernas, o quadril, braos, cabea,

    rosto, todo o corpo. Diga para si mesmo enquanto isto, o mais rpido que puder: "Contrai,

    contrai, contrai...". Em seguida, solte o corpo de uma vez enquanto expira, deixe tudo cair.

    Repita este passo 3 vezes.

    5) Agora vai usar a sua ateno para relaxar ainda mais cada parte do corpo. Para gui-la

    melhor, imagine uma fonte de luz relaxante, da sua cor preferida ou da que lhe parecer mais

    eficaz, posicionada no alto da sua cabea. Da fonte emana lentamente (mas no muito) uma

    luz que inicialmente desce pela cabea. A luz passeia pela parte interior do corpo, no s pela

    superfcie da pele. Faa a luz passar pelo pescoo, ombros, braos e mos, pela coluna, trax,

    pelos rgos internos, assim descendo at os ps.

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    Nesta etapa voc pode apoiar o relaxamento tambm com sugestes tipo "Agora minha coxa

    est ficando ainda mais relaxada". Evite palavras como "totalmente", a transio gradual.

    6) Neste ponto voc j atingiu um grau bastante bom de relaxamento. Voc tem agora as

    seguintes opes:

    a) Simplesmente fique neste estado quanto tempo quiser, usufruindo.

    b) Voc pode iniciar algum tipo de meditao. A mais simples ficar prestando ateno na

    respirao, no ar que entra e sai pelo nariz.

    c) Pode acontecer que voc durma. Isto uma indicao de que est com sono atrasado.

    d) Imaginar uma paisagem relaxante, como uma floresta, cachoeira ou o que preferir, e ficar

    saboreando, enquanto intensifica o estado de relaxamento.

    e) Ativar experincias relacionadas a algum tema, dizendo palavras apropriadas, como

    "amor", "paz", "alegria". Em estado relaxado normalmente ficamos muito recetivos a

    sugestes, e cada palavra far com que seu crebro procure imagens, sons e sentimentos

    correspondentes.

    f) Alguma outra coisa que lhe seja agradvel e prazerosa.

    7) Quando decidir que hora de encerrar, v mexendo devagarinho o corpo, comeando pelas

    extremidades, at ativar toda a musculatura. Espreguice-se com prazer. Para levantar-se

    mais suavemente, vire o corpo para o lado e erga-o com o apoio dos braos e mos.

    Espreguice-se mais um pouco aps ficar de p.

    Voc pode usar este procedimento, por exemplo, antes de dormir. Em dias de mais atividade,

    pode ser aplicado a qualquer momento para se recuperar antes de prosseguir. Com a prtica,

    pode ocorrer que s imaginar uma luz percorrendo o seu corpo seja o suficiente para relaxar

    todo ele, e voc poder fazer isto em segundos.

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    Gesto de conflitos

    Relaes interpessoais e o conflito

    O conflito faz parte da nossa vida. Esta uma frase j sobejamente conhecida e sem

    contestao. Talvez por isso mesmo fosse bom saber porque isso acontece. Sero ento

    inevitveis as discusses, as zangas, os desentendimentos no local de trabalho ou na famlia?

    Muitos tm sido os especialistas a tentar encontrar uma explicao para este comportamento

    do Homem. At ao sculo passado era uma questo maioritariamente dos filsofos,

    atualmente existem vrios agentes interessados em encontrar uma explicao para este

    fenmeno comportamental.

    Sinteticamente existem pelo menos duas correntes, que parecendo distintas se podem

    complementar:

    Uma que refere que o comportamento humano dinmico e explicvel pelas suas

    interaes, ou seja, que a consequncia do meio onde se vive e da forma como cada um

    perceciona a realidade. Cada pessoa um ser nico, com valores e quadros de referncia

    distintos, com padres mentais (imagens e conjunto de imagens) formados a partir das suas

    experincias de vida, dos seus conhecimentos, da sua formao, enfim, de todo o conjunto de

    estmulos a que foi sujeita ao longo da vida e que selecionou e armazenou na sua memria.

    Assim, impossvel existirem duas formas de pensamento e comportamento iguais. Logo, de

    cada vez que duas pessoas se encontram numa relao, face a face, ficam frente a frente no

    apenas duas pessoas, mas dois padres de pensamentos diferentes, dois padres de

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    comportamentos distintos, em que cada um pretende impor a sua perspetiva ao outro. Os

    conflitos nascem deste confronto.

    Outra perspetiva diz que existe uma tendncia natural dos seres humanos para a

    agressividade, como tentativa de dominao do outro. Konrad Lorenz, sustenta mesmo que a

    agressividade um instinto natural do homem, que leva sua realizao. A fora que nos

    carrega dessa forma to poderosa quanto todos os processos vitais: ela que nos incita a

    nascer, que incita a criana a afastar-se da me e a participar na aventura humana, a enfrentar

    o ambiente, a competio, o conflito com irmos, pais, pares, para se realizar enquanto

    pessoa. O desejo de dominar foi reconhecido como um poderoso fator de motivao social

    por vrios pensadores, que o consideraram como a necessidade mais fundamental do homem:

    lutar pela posio social, para ser dominante, querer impor-se ao outro. Crer-se ou fazer-se

    superior uma tendncia constante nas intenes e preocupaes humanas. Contudo,

    parece tambm evidente, que esta tendncia natural afirmao pessoal, realizao de si,

    comporta necessariamente uma diferenciao ativa em relao aos outros, uma oposio e

    uma contestao positivas, que podem ser transformadas em vontade de construir, de evoluir,

    sem implicar a sua transformao em violncia ou agresso ao outro.

    De salientar que os conflitos esto muitas vezes associados a alteraes

    emocionais, como sejam exploses de ira, de raiva, de irritao, ou outra forma que lhe

    queiramos chamar, que proporcionem ao indivduo uma sensao de mal-estar, de

    desconforto, sobretudo pelas alteraes fisiolgicas que provoca. Depois de uma discusso,

    frequente ficarmos cansados, abatidos, como se tivssemos estado numa luta corpo a corpo.

    Na verdade, mais ou menos isso que se passa na nossa cabea.

    Todas as emoes tm uma funo. Existem por uma razo: assegurar-nos mecanismos de

    defesa em relao nossa integridade, seja fsica ou psicolgica. Quando no meio de um

    confronto de ideias, numa discusso acesa, aumentamos o tom de voz, levantamos mais os

    ombros e cerramos os punhos, estamos a preparar-nos para a ao e, inconscientemente,

    estamos a dar ao outro sinais de que estamos preparados, procurando intimid-lo. Se ele os

    entender dessa forma, melhor para ns: a contenda terminou e samos vitoriosos.

    Evidentemente que todo este processo se passa de forma inconsciente, como um mecanismo

    automtico de defesa, do qual nem nos damos conta. Ou melhor, dizendo, no nos dvamos

    conta, porque a partir do momento que temos conscincia dos mecanismos de defesa

    associados ao conflito temos a possibilidade de os controlar e passar a adotar uma outra

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    forma de comportamento alternativo, mais eficaz para ambas as partes. Num conflito, nunca

    h um vencedor e um vencido, mas apenas dois perdedores, pelas consequncias que a

    situao vai ter no futuro da relao entre os indivduos.

    Normalmente quando perguntamos a algum o que quer dizer conflito, est sempre presente

    uma conotao negativa elevada, contudo, se verificarmos o significado da palavra no

    dicionrio, encontraremos qualquer coisa como: divergncia de opinio, desacordo, ora,

    visto assim desta forma, j no parece to negativo, pois no?

    Ento porque no adotar uma destas definies sem a carga negativa associada?

    Conflito uma situao de confronto de opinies, divergncia e ideias ou pontos de vista

    entre duas entidades individuais ou coletivas.

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    Diferentes tipos de conflitos

    A forma de classificar os conflitos varia entre autores, contudo parece consensual que existem

    trs grandes grupos de conflitos, cada um com as suas caractersticas especficas:

    Conflitos intrapessoais so aqueles que ocorrem no interior do individuo, apenas na

    dimenso cognitiva, mas com consequncias comportamentais para o prprio e para as

    relaes com os outros;

    Conflitos interpessoais so aqueles que como o nome indica, referem-se a todos os

    conflitos, que ocorrem entre pessoas, quer seja na vida pessoal ou profissional;

    Conflitos organizacionais so aqueles que ocorrem nas empresas/organizaes.

    Que esto direta e especificamente relacionados com as interaes especficas ocorridas

    dentro das organizaes, donde se destacam a interao indivduo-indivduo, indivduo-

    organizao, organizao-cliente e indivduo-cliente.

    Podemos ainda referir tipos de conflitos, de acordo com as condies e o momento:

    Conflito latente: este o tipo de conflito mais frequente, mas tambm o mais

    reprimido. Corresponde ao momento ainda inconsciente do conflito, que se expressa por

    sensibilidade extrema, irritabilidade, mal-estar, deceo, ou mesmo frustrao. At certo

    ponto, estes fenmenos, no so sentidos ou so considerados superficialmente e atribudos

    distrao, ao nervosismo, ao cansao, at ao dia em que assumem dimenses enormes,

    absurdas e explodem em conflito aberto;

    Conflito aberto ou declarado: isto , o que coincide com o momento da tomada de

    conscincia da existncia do conflito. Uma das partes intervenientes no processo sente-se

    afetada, injustiada ou confrontada e tem de agir para mudar a situao. Neste momento do

    conflito, podem surgir emoes alteradas e comportamentos insensatos, em que as causas

    objetivas do conflito so negligenciadas em favor das causas subjetivas;

    Conflito assumido: isto , o momento em que o conflito degenera em problema. Este

    o momento em que no se pode deixar de o resolver. Tanto melhor, deixamos de ter um

    conflito com toda a carga de subjetividade a ele associada, para necessitar de resolver um

    problema que, pela sua natureza objetiva, necessita de ser resolvida de forma direta e

    especfica.

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    Fontes e rastilhos de conflito

    A perceo que temos dos outros influencia o modo como nos comportamos com

    eles. Se temos uma ideia positiva acerca de uma pessoa e se considerarmos esse sentimento

    recproco, a nossa expetativa em relao ao seu comportamento tambm favorvel. Pelo

    contrrio, se temos uma ideia pr concebida negativa acerca do outro, predispomo-nos ao

    conflito.

    De facto, muitos dos conflitos decorrem apenas de fatores subjetivos, ou seja, de ideias pr

    concebidas que temos na nossa cabea e que nos induzem a assumir comportamentos

    igualmente negativos e que vo fazendo aumentar o problema.

    Temos que ter cuidado com os esteretipos e preconceitos.

    O esteretipo uma perceo rgida, enviesada das coisas e factos e traduzem-se em

    atitudes

    O preconceito pensar mal dos outros sem suficiente fundamento.

    Outras das causas apontadas referem-se s presses sentidas no trabalho, resultantes

    das funes e papel no grupo que o indivduo pode ter.

    Pela necessidade contnua das instituies se atualizarem, face a natureza do

    trabalho, s novas tecnologias, ao impacto poltico nas empresas, bem como concorrncia e

    globalizao a mudana nas organizaes constitui outra das causas de tenses. Mesmo que o

    processo de mudana seja da melhor maneira preparado e conduzido, ele enfrenta sempre

    grandes resistncias.

    O receio e o medo instalam-se entre as pessoas e evidencia-se a presso psicolgica,

    quando as pessoas sentem as suas expetativas ou necessidades postas em causa, os conflitos

    latentes ou abertos podem surgir a qualquer momento.

    A resistncia individual mudana surge por um lado, pela necessidade de mudar

    de hbitos, rotinas de trabalho, pondo em causa a segurana que sentiu existir em relao

    organizao; tambm pode ser sentida como uma ameaa manuteno do seu posto de

    trabalho, ou um fator que vai envolver a reduo do seu salrio e/ou recompensas; e

    finalmente porque traz ao de cima um dos maiores medos, ou seja, o medo do desconhecido.

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    Por estas razes a mudana aumenta o potencial de conflitos.

    Outra causa apontada como potenciadora de conflito o stresse.

    Por stresse entendemos como a rutura de um estado emocional positivo, como o

    entusiamo, para um estado emocional negativo, como a agressividade ou a ansiedade.

    Sabemos tambm que o stresse no afeta todas as pessoas da mesma maneira, sendo por

    uns encarado como um desafio e um estmulo, e por outros, como uma fonte de problemas,

    afetando profundamente a forma como se relacionam, a sua capacidade de concentrao e o

    seu desempenho em geral. So precisamente estas pessoas para quem o stress pode ser um

    fator de potenciao de conflito.

    A investigao identifica como fontes preferenciais de stresse:

    Caractersticas fsicas do ambiente de trabalho (poluio atmosfrica ou sonora, temperatura,

    humidade, etc.)

    Variveis associadas ao tempo como as mudanas de fuso horrio, o trabalho por

    turnos, as tarefas com limites de tempo muito curtos, ou qualquer situao em que a atividade

    profissional tenha de ser exercida sob a presso do tempo.

    Mudanas no trabalho ou ausncias de mudana

    Papel desempenhado na organizao, por ex. aqueles que so ambguos, que no esto

    bem definidos na organizao, ou aqueles que exigem assumir responsabilidades por pessoas

    ou bens e ainda todos aqueles onde ocorrem falhas de comunicao.

    Conflito enquanto processo

    Gerir eficazmente os conflitos implica proceder a uma anlise da situao, de optar pela

    estratgia mais indicada.

    O conflito apresenta vrias fases.

    Incubao: tomada de conscincia da situao

    Consciencializao: formalizao da discordncia

    Disputa: discusso (agressiva) das razes que originam o conflito

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    Ecloso: radicalizao das posies, guerra aberta

    Contudo, existem ainda alguns pressupostos que devem ser tomados em considerao.

    Pressupostos para a Gesto de conflitos:

    Preservar a dignidade e o autorrespeito, ou seja, respeitar e proteger a dignidade de

    todos os intervenientes no conflito, incluindo ns prprios. Numa discusso acesa fcil

    perder as estribeiras e dizer qualquer coisa insensata, desrespeitando o outro e ferindo a sua

    sensibilidade. Mantenha por isso a sua ateno centrada no assunto e no nas personalidades.

    At prova em contrria, admita que as pessoas, com quem est em desacordo, exprimem uma

    opinio legtima. No se deixe levar pelos preconceitos e ideias feitas sobre os seus

    interlocutores e tente afastar juzos de valor, procurando solues integrativas.

    Ouvir com empatia, quando escutar procurar colocar-se no lugar do outro. Ver a

    perspetiva da outra pessoa, sentir o estado emocional da outra parte. Verificar se ter

    descodificado eficazmente a mensagem do interlocutor. Procurar manter-se neutro perante

    uma postura agressiva ou tom de voz hostil. Para obter informaes de forma clara e neutra,

    necessrio ouvir com neutralidade e juzo critico.

    No procure mudar os outros, numa situao de conflito praticamente impossvel

    mudar as caractersticas pessoais da outra pessoa. Em vez de procurar mudar os outros,

    devemos tomar ateno ao que dizemos e fazemos quando estamos com algum difcil. Ao

    mudar o nosso comportamento, mostrando-nos respeitadores e atenciosos, certamente

    provocaremos uma reao no padro habitual do comportamento do outro.

    Exprima a sua prpria perspetiva. Quando a nossa opinio a nica discordante,

    pode parecer tentador abdicar dela para ficarmos de acordo com a maioria. Outras vezes

    fcil envolvermo-nos numa discusso acalorada que nos leva a perder a calma e acabar por

    perder a guerra.

    Devemos considerar que damos ao outro o nosso ponto de vista, e isto deve servir

    para refletirmos e compreender o que realmente importante para ns.

    Aps termos exprimido a nossa posio de forma clara e sem exaltaes, devemos

    dispor-nos a aceitar uma alternativa que proponha solues integrativas, que vo ao encontro

    do interesse de todos.

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    Devemos portanto, desenvolver a assertividade, ou seja a atitude de autoafirmao.

    Estilos pessoais de gesto de conflitos

    Antes de decidir o que fazer, deve-se proceder a uma anlise rpida mas eficaz da situao,

    passando pelas seguintes etapas:

    Identificar o problema

    Identificar os intervenientes

    Avaliar as causas do conflito

    Selecionar a estratgia

    Identificar o problema esclarecer os pontos crticos e a causa do desacordo.

    importante ouvir atentamente a opinio e o ponto de vista do interlocutor, sem interrupes e

    sem tentativas de acusaes.

    Identificar os intervenientes Alm das duas ou mais pessoas envolvidas

    diretamente no conflito, trata-se tambm de identificar todos aqueles que podero ser

    afetados direta ou indiretamente na soluo do problema.

    Avaliar as potenciais causas dos conflitos saber gerir conflitos implica uma grande

    habilidade na anlise de situaes e problemas. por isso fundamental que, desde logo, se

    faa o levantamento das eventuais causas do desacordo em presena (o conflito de mbito

    interpessoal ou profissional? Sero causas internas ou externas organizao? Ser um

    problema de comunicao? De partilha de recursos? Responsabilidades ou funes mal

    definidas?) para mais facilmente poder adequar a estratgia para a sua resoluo.

    Selecionar a estratgia adequada, avaliando o seu impacto nos intervenientes

    trata-se de selecionar o estilo a adotar para a situao especfica, pesando os prs e os contras

    de cada um dos estilos, bem como o impacto para os intervenientes. Eventualmente, poder

    passar por propor uma soluo que integre os dois pontos de vista expressos, aceitar a

    soluo do interlocutor ou propor uma alternativa que satisfaa ambas as partes.

    Existem duas dimenses que so importantes para resolver os problemas que levam ao

    conflito, so elas a cooperao e a assertividade.

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    Assim, nas estratgias a adotar nas diferentes situaes deve-se ter em conta dois

    aspetos:

    Intensidade da interao (cooperao), que tem a ver com o grau de envolvimento

    pessoal com que se sustentam opinies e pontos de vista.

    Flexibilidade do ponto de vista (assertividade), que tem a ver com a abertura que

    se tem em relao s opinies dos outros.

    Evitar:

    Fugir

    Ignorar

    Fazer de conta que no existe

    Dominar ou competir:

    Discutir e atacar

    Fazer juzos de valor

    Descobrir as falhas

    Culpabilizar

    Acomodar-se:

    Acalmar o conflito

    Aceitar o ponto de vista do outro

    Desistir

    Compromisso/concesses:

    Propor cedncias

    Propor soluo 50%

    Resolver/ Negociar:

    Admitir o conflito

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    Tentar compreender os dois lados

    Tentar negociar uma soluo integrativa

    Conflito como oportunidade

    Os conflitos esto presentes em qualquer tipo de situao e, especialmente, no ambiente

    de trabalho, onde as diferenas sobrepem as semelhanas entre as pessoas. E para as

    empresas brasileiras, esse cenrio um pouco mais desafiador, pois uma pesquisa recente

    comprovou que so os que mais misturam o lado pessoal com o lado profissional. Desta

    forma, h uma maior propenso em levar o conflito para o lado pessoal e isso pode acabar por

    comprometer o rendimento de toda uma equipa e at mesmo da empresa inteira. A pesquisa

    mostrou ainda que, so perdidas, em mdia, duas horas por semana para tentar controlar

    conflitos no ambiente de trabalho. Essas duas horas poderiam ser muito mais produtivas,

    no?

    Os lderes que veem o conflito como uma oportunidade podem alcanar efeitos

    potencialmente positivos como, por exemplo, a identificao aperfeioada do problema, o

    aumento da motivao das pessoas que se envolvem na soluo e, consequentemente, a unio

    do grupo, o aumento do conhecimento, o aperfeioamento da criatividade, o incentivo

    para o crescimento, entre outros.

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    Guia para a navegao em situaes de conflito: estratgias e tcnicas para potenciar

    uma atitude cooperativa nos outros

    A negociao uma das estratgias possveis na gesto de conflitos. Podemos assim

    definir negociao como um processo de tomada de deciso conjunta numa situao de

    conflito de interesses.

    Jesuno, J.,1996

    atravs da negociao que as partes envolvidas procuram por meio do dilogo

    encontrar uma soluo que, na melhor das hipteses, satisfaz inteiramente ambas e, na pior,

    produz resultados desiguais mas, em todo o caso, preferveis s alternativas disponveis.

    Tipos de negociao:

    Ganho-perda alguns conflitos no podem ser resolvidos a no ser por uma via de

    ganho-perda. Quando est em jogo um resultado indivisvel que procurado por ambas as

    partes, por ex. uma promoo, muito raramente se verificar outro desenvolvimento que no

    uma posio de vencedor/vencido. Esta estratgia tem como fundamento uma relao, em

    que uma das partes, sendo ainda mais forte que a outra, exerce a sua autoridade para remover

    o conflito. Por ex. o patro quando afirma Eu sou o patro. Contudo, esta tcnica de

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    resoluo de conflito, enfraquece a autoridade. Progressivamente e nas mais variadas

    situaes, a parte que tem o poder deve consciencializar-se que deve explicar os seus pontos

    de vista e ajustalos outra parte. a tcnica mais comum nas situaes de diretor

    funcionrio, professor aluno, pai filho.

    Perda- perda ocorre sempre que um conflito tem resultados negativos para ambas

    as partes. Esta estratgia no satisfaz, obviamente, nenhuma das partes envolvidas no

    conflito, porque nenhuma das partes ganha. Por ex. se duas pessoas insistirem em ir cada uma

    a um restaurante diferente, pode optar-se por um terceiro, no satisfazendo nenhuma delas.

    As pessoas aqui esto mais empenhadas em impedir que uma das partes ganhe do que

    encontrar uma soluo para o conflito.

    Ganho-ganho aqui ambas as partes pensam que conseguiro o que pretendem. Isto

    , encontrou-se uma via que permite s duas pessoas atingirem os seus objetivos. Nem

    sempre possvel que o conflito seja resolvido numa perspetiva de vencedor/vencedor, no

    entanto, os resultados estimulam que se aponte nesse sentido, no s porque ambas as partes

    ficam satisfeitas, mas porque melhora o seu nvel de entendimento e relao. Esta estratgia

    implica a resoluo do conflito e no uma batalha a ganhar. Aqui as partes envolvidas

    confrontam os seus pontos de vista e disponibilizam-se para resolver as suas diferenas.

    Ambas as partes apresentam frontalidade com necessidade de resolver o problema, todas as

    pessoas envolvidas expressam opinies e sugerem alternativas para a resoluo do problema.

    Est aqui patente a habilidade de cada um para comunicar. Esta estratgia permite encontrar

    a melhor soluo possvel e criar um clima de qualidade, de confiana, de compreenso e de

    respeito mtuo entre todos os implicados no conflito. a estratgia mais eficaz porque

    implica encontrar a soluo para o benefcio de todos.

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Na negociao:

    Oua com empatia

    Quando se ouve para compreender inteiramente, transmite-se a mensagem: eu respeito-o

    como pessoa, os seus pensamentos e sentimentos so importantes para mim quer eu

    concorde com eles ou no.

    Escuta ativa

    Estabelecer contato visual

    Ir mostrando interesse na conversa

    No usar gestos que sirvam de distrao

    Fazer regularmente perguntas

    Tentar parafrasear o seu interlocutor

    No interromper nem falar ao mesmo tempo

    Separe as pessoas dos problemas

    Oua atentamente e tente compreender o que est a ser dito

    Ponha-se no lugar do outro

    Concilie as suas propostas com os valores dos outros

    No reaja a exploses emocionais

    Comece por reconhecer e compreender as suas emoes e as dos outros

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    Gesto de Stress e Gesto de Conflitos UFCD 4651

    Centre-se em interesses e no em posies

    Por trs das posies opostas encontram-se interesses partilhados e compatveis, bem

    como interesses em conflito

    Tente saber porqu?

    Faa valer os seus interesses

    Reconhea e comunique que os interesses deles fazem parte do problema

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    Bibliografia

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