slides das aulas
TRANSCRIPT
1
MATEMÁTICA II
Helena Guerra
Ano Letivo 2012/13 – 1º Semestre
LICENCIATURA EM GESTÃO DE INFORMAÇÃO
LICENCIATURA EM SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
Helena Guerra 2
� Noções topológicas em IR e em IRn
� Funções reais de N variáveis reais
Generalidades
Limites e continuidade
Cálculo diferencial em IRn
Cálculo integral em IRn
� Optimização
Optimização livre
Optimização com restrições de igualdade
Optimização com restrições de desigualdade
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR E EM IRn
Helena Guerra 4
� Módulo ou Valor Absoluto
Algumas Propriedades:
• |x|=max{x, −x}
• |x|≤ a ⇔ x ≤ a ∧ x ≥ −a ⇔ −a ≤ x ≤ a
• |x|≥ a ⇔ x ≥ a ∨ x ≤ −a
• |x + y| ≤ |x| + |y|
• |x − y| ≤ |x| + |y|
• |xy|=|x||y|
O ESPAÇO IR
<−≥
= x se x
x se x x
0
0
3
Helena Guerra 5
� Noção de Distância
Sejam x e y números reais. A distância de x a y é dada por:
Propriedades que definem uma distância:
� d(x,y) ≥ 0, sendo d(x,y)=0 sse x=y
� d(x,y) = d(y,x) (simetria)
� d(x,z) ≤ d(x,y)+d(y,z) (desigualdade triangular)
||),(d yxyx −=
O ESPAÇO IR
Helena Guerra 6
� Definição
Sejam x∈IR e A⊂IR. Diz-se que:
x é um majorante do conjunto A se: x ≥ a, ∀a∈A
x é um minorante do conjunto A se: x ≤ a, ∀a∈A
Seja A⊂IR. Diz-se que:
A é conjunto majorado se admitir majorantes.
A é conjunto minorado se admitir minorantes.
A é conjunto limitado se admitir majorantes e minorantes.
O ESPAÇO IR
4
Helena Guerra 7
� Teorema
Um conjunto de números reais A é limitado se e só se ∃M>0: |x|≤M ∀x∈A.
Seja A⊂IR um conjunto majorado.
Supremo de A, sup(A), é o menor dos majorantes. Se o supremo
pertencer ao conjunto A então ele diz-se o máximo de A, max(A).
Seja B⊂IR um conjunto minorado.
Ínfimo de B, inf(B), é o maior dos minorantes. Se o ínfimo pertencer
ao conjunto B então ele diz-se o mínimo de B, min(B).
O ESPAÇO IR
� Definição
Helena Guerra 8
Indicar o conjunto dos majorantes, o conjunto dos minorantes, o
supremo, o ínfimo, o máximo e o mínimo (caso existam) dos
seguintes conjuntos:
A=[0,1]∪]2,3]∪{6,10}
B={-1}∪[0,+∞[
C=]-1,2]\{0}
Serão conjuntos limitados?
O ESPAÇO IR
� Exercício
5
Helena Guerra 9
Sejam a∈IR e r>0. Chama-se vizinhança do ponto a de raio r ao
conjunto:
Vr(a)=]a−r,a+r[
Noções topológicas são todas as noções que se exprimem através
da noção de vizinhança.
a−r a+ra
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Definição
Helena Guerra 10
Sejam a∈IR e A um conjunto de números reais. Diz-se que:
� a é ponto interior a A se
∃r>0 : Vr(a) ⊂ A
� a é ponto fronteiro a A se
∀r>0 : ( Vr(a)∩A≠∅ e Vr(a)∩(IR\A)≠∅ )
� a é ponto exterior a A se, se não for nem interior nem fronteiro, ou seja, se
∃r>0 : Vr(a) ⊂ IR\A
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Definição
6
Helena Guerra 11
Ao conjunto dos pontos interiores a A dá-se o nome de interior de A,
int(A).
Ao conjunto dos pontos exteriores a A dá-se o nome de exterior de A,
ext(A).
Ao conjunto dos pontos fronteiros a A dá-se o nome de fronteira de A,
fr(A).
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Definição
Helena Guerra 12
1) a é ponto exterior a A ⇔ a é ponto interior a IR\A
2) ∀A⊂IR tem-se que:
int(A) ∩ ext(A) = ∅int(A) ∩ fr(A) = ∅fr(A) ∩ ext(A) = ∅int(A) ∪ ext(A) ∪ fr(A) = IR
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Observações
7
Helena Guerra 13
Indicar o interior, a fronteira e o exterior dos seguintes conjuntos
A=[0,1]∪]2,3]∪{6,10}
B={-1}∪[0,+∞[
C=]-1,2]\{0}
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Exercício
Helena Guerra 14
Seja A um subconjunto de IR.
Chama-se fecho ou aderência de A ao conjunto
Um ponto x diz-se um ponto aderente de A se x∈
)A(frAA ∪=
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Definição
� Definição
Seja A um subconjunto de IR.
A é um conjunto aberto se A=int(A)
A é um conjunto fechado se A=
A
A
8
Helena Guerra
1) = int(A)∪fr(A)
2) A é fechado sse fr(A) ⊂ A
3) A é fechado sse IR\A é aberto isto é, IR\A=int(IR\A)=ext(A)
15
A
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Observações
� Definição
Sejam a∈IR e A⊂IR.
Diz-se que a é um ponto de acumulação de A se ∀r>0 Vr(a)∩A\{a}≠∅
Diz-se que a é um ponto isolado de A se ∃r>0 Vr(a)∩A={a}
O derivado de A (A’) é o conjunto dos pontos de acumulação de A.
Helena Guerra 16
Indique o interior, o exterior, a fronteira, os pontos de acumulação e ospontos isolados dos seguintes conjuntos.
A={x∈IR: 0<|x−3|≤5}
B={x∈IR: x3>x}
C=[0,1]∩Q
D=]-∞,0]∪Q
Indique também se os conjuntos são abertos, fechados e limitados.
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IR
� Exercício
9
Helena Guerra 17
É o produto cartesiano IR×IR× …×IR (n vezes), ou seja:
{ })n,...,1i(IR:),...,,(IR in21n
=∈= xxxx
O conjunto IRn com as seguintes operações é um espaço vectorialreal:
),...,,(),...,,(),...,,( nn2211n21n21 yxyxyxyyyxxx +++=+
)α,...,α,α(),...,,(α n21n21 xxxxxx =
IRαeIR),...,,(),,...,,(com nn21n21 ∈∈yyyxxx
O ESPAÇO IRn
� O que é o conjunto IRn
� Operações no conjunto IRn
Helena Guerra 18
É um número real não negativo, , que satisfaz as seguintespropriedades:
x
yxyx
xx
xxxx
+≤+
=
==≠>
λλ
0se0e0se0
nn21
2n
22
21 IR),...,,(com... ∈=+++= xxxxxxxx
O ESPAÇO IRn
� Norma de um vector
� Norma euclideana
10
Helena Guerra 19
Em IRn consideremos x=(x1,x2,…,xn) e y=(y1,y2,…,yn).
Chama-se distância euclideana de x a y ao número real não negativodado por:
2nn
222
211 )(...)()(),(d yxyxyxyx −++−+−=
O ESPAÇO IRn
� Distância euclideana
yxyx −=),(d
Helena Guerra 20
Sejam a∈IRn e r>0. Chama-se Bola (aberta) de centro a e raio r ao
conjunto:
{ } { }r:IR r),(d:IR )(B nnr <−∈=<∈= aaa xxxx
Bola é a generalização para IRn da noção de vizinhança.
Assim, se n=1, Br(a) é um intervalo (]a−r,a+r[); se n=2, Br(a) é um
círculo de centro a e raio r; se n=3, Br(a) é uma esfera.
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Definição
� Observação
11
Helena Guerra 21
Sejam a∈IRn e A um subconjunto de IRn. Diz-se que:
� a é ponto interior a A se
∃r>0 : Br(a) ⊂ A
� a é ponto fronteiro a A se
∀r>0 : ( Br(a)∩A≠∅ e Br(a)∩(IRn\A)≠∅ )
� a é ponto exterior a A se, se não for nem interior nem fronteiro, ou seja, se
∃r>0 : Br(a) ⊂ IRn\A
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Definição
Helena Guerra 22
Chama-se, respectivamente, interior, fronteira e exterior de A, ao
conjunto dos pontos interiores, fronteiros e exteriores de A, e
representam-se por int(A), fr(A) e ext(A).
Para qualquer A⊂IRn, os conjuntos int(A), fr(A) e ext(A) são disjuntos
entre si e int(A) ∪ ext(A) ∪ fr(A) = IRn
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Definição
� Observação
12
Helena Guerra 23
Seja A um subconjunto de IRn. Chama-se fecho ou aderência de A ao
conjunto
Seja A um subconjunto de IRn.
A é um conjunto aberto se A=int(A)
A é um conjunto fechado se
)A(frAA ∪=
AA =
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Definição
� Definição
Helena Guerra 24
Sejam a∈IRn e A⊂IRn.
Diz-se que a é um ponto de acumulação de A se ∀r>0 Br(a)∩A\{a}≠∅
Diz-se que a é um ponto isolado de A se ∃r>0 Br(a)∩A={a}
Um conjunto diz-se limitado se existir uma bola que o contenha.
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Definição
� Definição
13
Helena Guerra 25
Para cada um dos seguintes conjuntos:
- Represente-os graficamente.
- Determine o interior, o exterior, a fronteira, os pontos deacumulação e os pontos isolados.
- Trata-se de um conjunto aberto? E fechado? E limitado?
{ }21:IR),(A 222 <+<∈= yxyx
{ }yxyx ≥∈= :IR),(B 2
{ }2||:IR),(C 22 <∧≥∈= xxyyx
NOÇÕES TOPOLÓGICAS EM IRn
� Exercícios
FUNÇÕES REAIS COM N VARIÁVEIS REAIS:
GENERALIDADES
14
Helena Guerra 27
Função real a mais de uma variável é uma correspondência queassocia a cada elemento de um conjunto X⊆IRn (n>1) um e um sóelemento de um outro conjunto Y⊆IR, isto é:
X é o Domínio da função e Y={f(x):x∈X} o seu Contradomínio.
yxxxxxx =→⊆→⊆
),...,,(),...,,(
IRYIRX:
n21n21
n
f
f
GENERALIDADES
� Definição
Helena Guerra 28
Encontre o domínio das seguintes funções e represente-ograficamente:
y
xyx =),(f
( )22 yxyx += ln),(f
� Exemplo
( )yx
xyxyx
−−+−+=
212
ln),(f
GENERALIDADES
15
Helena Guerra 29
{ })(feD:IR),( f xyxyx =∈∈ 2
{ }),(feD),(:IR),,( f yxzyxzyx =∈∈ 3
(o que muitas vezes constitui uma linha no plano)
(o que muitas vezes constitui uma superfície no espaço)
� Gráfico de uma função f :IR→→→→IR
� Gráfico de uma função f :IR2→→→→IR
GENERALIDADES
Helena Guerra 30
Nem sempre o gráfico de uma função z=f(x,y) é simples de visualizar.Muitas vezes recorre-se ao desenho de curvas de nível.
Curva de nível de cota k é o conjunto de pontos do domínio para osquais a função toma um valor constante k, isto é:
Generalizando para funções f:IRn→IR, chama-se conjunto de nível, aoconjunto:
{ }k),(f:D),(L fk =∈= yxyx
{ }k),...,(f:D),...,(L nfnk =∈= xxxx 11
� Gráfico de uma função f:IR2→→→→IR
GENERALIDADES
16
Helena Guerra 31
Consideremos a seguinte função:
As curvas de nível desta função são circunferências:
22
2
yxyx +=
→
),(f
IRIR:f
{ }k:D),(Lk =+∈= 22 yxyx
� Exemplo
GENERALIDADES
Helena Guerra 32
x
y
3-3
k=9
� Exemplo (continuação)
GENERALIDADES
17
Helena Guerra 33
x
y
z
� Exemplo (continuação)
GENERALIDADES
Helena Guerra 34
Construir as curvas de nível das seguintes funções:
yxyx
yxyx
−=
+=2(2)
(1)
),(f
),(f
GENERALIDADES
� Exercício
Duas curvas de nível não se podem intersectar num ponto dodomínio. Porquê?
� Observação
18
FUNÇÕES REAIS COM N VARIÁVEIS REAIS:
LIMITE E CONTINUIDADE
Helena Guerra 36
Seja f:D⊂IR→IR e a um ponto de acumulação do domínio de f. Diz-seque l é limite de f no ponto a, , se:l=
→)(flim
ax
x
δε0ε0δ <−⇒<−∧∈>∃>∀ |)(f||a|D:, lxxx
Seja f:D⊂IRn→IR e a um ponto de acumulação do domínio de f. Diz-seque l ∈IR é limite de f no ponto a, , se:
δε00ε0δ <−⇒<−<∧∈>∃>∀ |)(f|||a||D:, lxxx
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
� Em IR
� Em IRn
link
l=→
)(flima
xx
19
Helena Guerra 37
Prove que 03
22
2
00=
+→ yx
xy
yx ),(),(lim
Para provar, pela definição, que uma função f(x,y) tem um determinado limiteutilizamos frequentemente as seguintes desigualdades:
|||)(sen|
|)cos(|e|)(sen|
)y,(ye)y,(sejaouyyey
)y,(|y|e)y,(||sejaouy|y|ey||
xx
xx
xxxxxx
xxxxxx
≤≤≤
≤≤+≤+≤
≤≤+≤+≤
11
2222222222
2222
� Exemplo
� Observação
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 38
O limite de uma função quando existe é único.
Sejam f,g: D⊂IRn→IR funções que possuem limite no ponto a. Então:
( ) )(glim)(flim)(g)(flimaaa
xxxxxxx →→→
+=+
( ) )(flim)(flimaa
xxxx →→
= λλ
( )
=
→→→)(glim)(flim)(g)(flim
aaaxxxx
xxx
� Teorema
� Teorema
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
20
Helena Guerra 39
Contrariamente ao caso das funções IR→IR, para uma função IR2→IRexiste uma infinidade de caminhos que levam a um ponto a=(a1,a2).
� Limite de uma função segundo um caminho específico
Em IR
a
Em IR
a
Em IR2
a1
a2
Em IR2
a1
a2
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 40
No caso de uma função IR→IR, para que exista limite da função numponto terão de existir e serem iguais os limites laterais à esquerda e àdireita.
No caso de uma função IR2→IR. Se a função tiver num determinadoponto limite = b então os limites obtidos ao longo de qualquercaminho terão de ser iguais a b.
Assim, se existirem dois caminhos ao longo dos quais a função temlimites diferentes, pode concluir-se que a função não tem limite.
� Limite de uma função segundo um caminho específico
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
21
Helena Guerra 41
Quando iniciamos o cálculo do limite de uma função f:IR2→IR,podemos começar por calcular os limites iterados, isto é:
Se os limites iterados forem diferentes podemos imediatamenteconcluir que não existe limite da função, se forem iguais teremos decontinuar a análise.
→→→→)y,(flimlime)y,(flimlim
abybyaxx
xx
� Limites iterados ou sucessivos
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 42
Limites direccionais de uma função f:IR2→IR quando (x,y) tende(a,b), são os limites da função segundo rectas que passam por (a,b),isto é:
)y,(flim
b)a(my)b,a()y,(
x
xx
+−=→
Equação da recta que passa por (a,b)
e tem declive m.
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
� Limites direccionais
� Observações1. Se o limite direccional depende de m então a função não tem limite.
2. Se não depende de m, mas é diferente dos limites iterados então a função não tem limite.
3. Se não depende de m e é igual aos limites iterados, teremos que continuar a analisar afunção, calculando limites da função ao longo de outras curvas (parábolas, por ex.) ouentão provar pela definição.
22
Helena Guerra 43
Calcular o limite da seguinte função na origem :
Calcular os limites iterados. O que conclui?
Calcular os limites direccionais. O que conclui?
Calcular o limite da função na origem, ao longo da curva x=y2.
O que conclui?
42
2
y
y)y,(f
+=x
xx
� Exemplo
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 44
Quando iniciamos a análise da existência de limite de uma função f:IR2→IRnum ponto (a,b) calculamos:
(1) os limites iterados se são ≠s, f não tem limite.se são =s, continuamos a análise.
(2) os limites direccionais se são ≠s, f não tem limite.se são =s mas ≠ dos limites iterados, f não tem
limite.se são =s, continuamos a análise.
(3) provamos pela definição a existência desse limite.
� Resumo
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
23
Helena Guerra 45
Calcular o limite das seguintes funções na origem:
x
xx
52
3
+−=
y
y)y,(f
( )22x
xx
+=
y
y)y,(f
22
2
y
y)y,(f
+=
x
xx
� Exercício
LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 46
Seja f:D⊂IRn→IR e a∈D∩D’.
Diz-se que f(x) é uma função contínua no ponto a se existir
limite da função no ponto a e
De forma equivalente, temos que f é contínua em a se
δε0ε0δ <−⇒<−∧∈>∃>∀ )a(f)(f||a||}a{\D:, xxx
)a(f)(flima
=→
xx
CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
� Definição
� Observação
24
Helena Guerra 47
Sejam f e g funções de IRn em IR e a∈Df∩(Df)’∩ Dg∩(Dg)’.
Então, as funções f+g, fg, αf (α∈IR) e f/g (g(a)≠0) também sãocontínuas em a.
Uma função f diz-se contínua num conjunto X⊂IRn se for contínuaem todos os pontos do conjunto X.
� Teorema
� Definição
CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Helena Guerra 48
=
≠−+=
),()y,(se
),()y,(se)y(y
y
)y,(f
000
00222
x
xxx
x
x
Estudar a continuidade da função:
� Exemplos
CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
25
FUNÇÕES REAIS COM N VARIÁVEIS REAIS
CÁLCULO DIFERENCIAL EM IRn
Helena Guerra 50
A derivada de uma função f:IR→IR num ponto a mede o efeito sobrea função da variação de x, isto é se nos afastarmos ligeiramente de a.
Seja f:D⊂IR→IR e a∈int(D). A derivada de f no ponto a é dada por:
x
x
x xx ∆−∆+⇔
∆∆
→∆→∆
)a(f)a(flim
)a(flim
00
h
)a(f)ha(flimh
−+→0
DERIVAÇÃO EM IR
� Definição
26
Helena Guerra 51
a a+h
f(a)
f(a+h)
PP
h
f(a+h)-f(a)
gráficode f
DERIVAÇÃO EM IR
A derivada da função f no ponto a, f ’(a), é o declive da recta tangente ao
gráfico de f no ponto (a , f (a)).
A recta tangente terá então a equação: )ax)(a('f)a(fy −+=
� Interpretação geométrica
Helena Guerra 52
Em IR, um função ser diferenciável num ponto é equivalente a ter derivada
finita nesse ponto.
Se a função for diferenciável num ponto a então podemos, para pontos
muito próximos de a, aproximar a função pela recta tangente à função no
ponto, isto é:|)a(|)a)(a('f)a(f)(f −+−+= xxx ο
|)a(|)a)(a('f)a(f)(f −+−=− xxx ο
Acréscimo da função entre a e x
Diferencial da função, df(a)
Infinitésimo de ordem superior a (x-a)
)a(f)(f)a(df −≅ x
DERIVAÇÃO EM IR
� Diferenciabilidade
)a)(a('f)a(df −= xDiferencial da
função f no ponto a
27
Helena Guerra 53
Seja f:D⊂IRn→IR uma função com n variáveis (x1,x2,…,xn) e
a=(a1,a2,…,an)∈int(D).
A derivada parcial em ordem a xi é dada por:
DERIVAÇÃO EM IRn - DERIVADAS PARCIAIS
h
)a,,a,a(f)a,,a,ha,a,,a(flim)a(
f nniii
hi
LLL 21111
0
−+=∂∂ +−
→x
� Definição
Helena Guerra 54
DERIVAÇÃO EM IRn - DERIVADAS PARCIAIS
� Geometricamente
),(f
11x∂
∂
28
Helena Guerra 55
Calcular, pela definição, as derivadas parciais da função no
ponto (1,1):
DERIVADAS PARCIAIS
� Exemplos
y
y)y,(f
+−=x
xx
Helena Guerra 56
Calcular as derivadas parciais das seguintes funções:
?)y,(y
f
),()y,(se
),()y,(sey
)(ysen
)y,(f)(
zyzy)z,y,(f)(
=∂∂
=
≠+
−=
++−+=
x
x
xx
xx
x
xxx
000
002
5321
22
23
DERIVADAS PARCIAIS
� Exemplos
29
Helena Guerra 57
Seja f:D⊂IRn→IR e a∈int(D). Ao vector de todas as derivadas parciais
de f chama-se gradiente de f no ponto a:
∂∂
∂∂
∂∂=∇ )a(
f),...,a(
f),a(
f)a(f
nxxx 21
VECTOR GRADIENTE
� Definição
� Exemplo
Determinar analiticamente e representar graficamente o gradiente da
seguinte função no ponto (1,1):
y)y,(f −= 2xx
Helena Guerra 58
Como já vimos, uma função IR→IR é diferenciável num ponto
a∈int(Df) se puder ser aproximada, numa vizinhança do ponto a, pela
recta tangente à função nesse ponto.
Sendo o erro de aproximação um infinitésimo de ordem superior a
|x−a| ou seja:
DIFERENCIABILIDADE
� Diferenciabilidade de uma função
0=−
−−−⇔→ |a|
)a)(a('f)a(f)(flim
a x
xx
x
⇔−+−+= |)a(|)a)(a('f)a(f)(f xxx ο
30
Helena Guerra 59
Sendo f:D⊂IR2→IR o conceito de diferenciabilidade generaliza-se.
Uma função diz-se diferenciável num ponto (a,b)∈int(Df) se puder ser
aproximada, numa vizinhança do ponto (a,b), pelo plano tangente ao
gráfico da função nesse ponto.
Assim, f é diferenciável num ponto (a,b) se, numa vizinhança deste ponto,
se tem:
DIFERENCIABILIDADE
� Diferenciabilidade de uma função
( ))by,a(o)by)(b,a(y
f)a)(b,a(
f)b,a(f)y,(f −−+−
∂∂+−
∂∂+= xxx
x
0=−−
−∂∂−−
∂∂−−
⇔→ )by,a(
)by)(b,a(y
f)a)(b,a(
f)b,a(f)y,(f
lim)b,a()y,( x
xx
x
x
Helena Guerra 60
DIFERENCIABILIDADE
� Diferenciabilidade de uma função
Fazendo u=x−−−−a e v=y−−−−b, temos de forma equivalente que:
000
=∂∂−
∂∂−−++
→ )v,u(
v)b,a(y
fu)b,a(
f)b,a(f)vb,ua(f
lim),()v,u(
x
f é diferenciável num ponto (a,b) se:
31
Helena Guerra 61
Seja f:D⊂IR2→IR uma função diferenciável num ponto (a,b). Diferencial
da função f no ponto (a,b) é dado por:
DIFERENCIABILIDADE
� Diferencial de uma função
)by)(b,a(y
f)a)(b,a(
f)b,a(df −
∂∂+−
∂∂= xx
Generalizando, se f:D⊂IRn→IR uma função diferenciável num ponto
a=(a1,a2,…, an), o diferencial da função f nesse ponto é dado por:
⇔−∂∂++−
∂∂+−
∂∂= )a)(a(
f...)a)(a(
f)a)(a(
f)a(df nn
nx
xx
xx
x22
211
1
dy)b,a(y
fd)b,a(
f)b,a(df
∂∂+
∂∂=⇔ xx
nn
d)a(f
...d)a(f
d)a(f
)a(df xx
xx
xx ∂
∂++∂∂+
∂∂=⇔ 2
21
1
Helena Guerra 62
Mostre que a seguinte função é diferenciável na origem:
DIFERENCIABILIDADE
� Exercício
=
≠+=
),()y,(se
),()y,(sey
y)y,(f
000
0022
3
x
xx
x
x
E nos restantes pontos do seu domínio? Justifique.
Se uma função é diferenciável num ponto então ela é contínua nesse
ponto.
(a recíproca não é verdadeira)
� Observação
32
Helena Guerra 63
Seja f:D⊂IR2→IR. A equação do plano tangente ao gráfico de f no ponto
(a,b,f(a,b)) é:
PLANO TANGENTE A UMA SUPERFÍCIE
� Equação do plano tangente
)by)(b,a(y
f)a)(b,a(
f)b,a(fz −
∂∂+−
∂∂+= xx
� Exemplo
Considere a seguinte função:
(1) Indique, justificando, o domínio de diferenciabilidade da função f.
(2) Escreva a equação do plano tangente ao gráfico de f no ponto (1,1,7)
)cos(y)y,(f xxx π24 22 −+=
Helena Guerra 64
Seja f:D⊂IRn→IR, a∈int(D) e u um vector de IRn.
Chama-se derivada de f no ponto a segundo o vector u ao
seguinte limite:
A esta derivada também se chama derivada direccional e, se o
vector tiver norma 1, chama-se ainda derivada dirigida.
t
)a(f)tua(flim)a(ft
'u
−+=→0
DERIVADA SEGUNDO UM VECTOR
� Definição
33
Helena Guerra 65
DERIVADA SEGUNDO UM VECTOR
� Geometricamente
Helena Guerra 66
Calcular, pela definição, a derivada direccional
sendo f(x,y)=xy+2x2, a=(1,1) e u=(2,3).
As derivadas parciais são um caso particular de derivadas dirigidas,
onde os vectores que definem a direcção são os vectores da base
canónica.
)a(f 'u
DERIVADA SEGUNDO UM VECTOR
� Exercício
� Observação
34
Helena Guerra 67
Seja f:D⊂IRn→IR. A função f é diferenciável em todo o ponto em que
(n-1) derivadas parciais sejam contínuas.
Se todas as derivadas parciais de uma função forem contínuas num
certo conjunto, então diz-se que a função é de classe C1, nesse
conjunto.
ALGUNS RESULTADOS
� Teorema
� Definição
Helena Guerra 68
Calcule a derivada dirigida da função f(x,y)=x2y no ponto a=(3,2)
segundo a direcção do vector u=(1,-2).
Se f:D⊂IRn→IR é diferenciável num ponto a então a derivada segundo um
vector u=(u1,u2,…,un) é dada por:
nn
'u u)a(
f...u)a(
fu)a(
f)a(f
xxx ∂∂++
∂∂+
∂∂= 2
21
1
ALGUNS RESULTADOS
� Teorema
� Exemplo
u)a(f ⋅∇
35
Helena Guerra 69
Seja f:D⊂IRn→IR uma função diferenciável no ponto a. A derivada dirigida
da função f no ponto a atinge o seu maior valor na direcção e sentido do
gradiente e o seu valor máximo é ||∇f (a)||.
(A direcção e sentido que nos devemos deslocar para que a função apresente
o maior acréscimo possível é a do gradiente)
O gradiente é perpendicular à curva de nível que passa pelo ponto onde é
calculado.
ALGUNS RESULTADOS
� Teorema
� Observação
Helena Guerra 70
Seja f:D⊂IRn→IR. Cada derivada parcial ∂f/∂xi pode ser novamente
derivável em ordem a x1, a x2, … , a xn.
A estas derivadas chamamos derivadas parciais de 2ª ordem.
Da mesma forma se definem as derivadas parciais de 3ª ordem, … ,
e de ordem n.
Uma função f diz-se de classe Ck num conjunto X se admitir derivadas
parciais contínuas até à ordem k, em todos os pontos do conjunto X.
� Definição
DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR
� Definição
36
Helena Guerra 71
32 23 yy)y,(f −+= xxx
Calcular as derivadas parciais de 2ª ordem da função:
DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR
� Exemplo
Helena Guerra 72
À matriz das n×n derivadas de 2ª ordem de uma função f:IRn→IR
chama-se Matriz Hessiana:
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
=
2
2
2
2
1
2
2
2
22
2
12
21
2
21
2
21
2
nnn
n
n
fff
fff
fff
H
xxxxx
xxxxx
xxxxx
L
MOMM
L
L
DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR
� Matriz Hessiana
37
Helena Guerra 73
Seja f:D⊂IRn→IR (n>1). Se as derivadas parciais ∂f/∂xi e ∂f/∂xj forem
diferenciáveis, então:
A matriz Hessiana contém informação sobre a curvatura da função. Vamos
utilizá-la mais tarde para classificar os pontos de estacionaridade no estudo
dos extremos de uma função.
ijji
ff
xxxx ∂∂∂=
∂∂∂ 22
DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR
� Observações
� Teorema de Schwarz-Young
Helena Guerra 74
Seja f:IR2→IR. Se as derivadas parciais forem diferenciáveis, podemos
definir o 2º diferencial:
O diferencial de 2ª ordem é uma forma quadrática cuja matriz simétrica
associada é a matriz Hessiana.
[ ] [ ]
=
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
=
=∂∂+
∂∂∂+
∂∂=
dy
dHdyd
dy
d
)b,a(y
f)b,a(
y
f
)b,a(y
f)b,a(
f
dyd
dy)b,a(y
fdyd)b,a(
y
fd)b,a(
f)b,a(fd
)b,a(x
xx
x
xxx
xx
xx
2
22
2
2
2
22
222
2
22 2
DIFERENCIAIS DE ORDEM SUPERIOR
� Definição
38
Helena Guerra 75
Generalizando,
DIFERENCIAIS DE ORDEM SUPERIOR
� Definição
22
222
2
22 2 dy)b,a(
y
fdyd)b,a(
y
fd)b,a(
f)b,a(fd
∂∂+
∂∂∂+
∂∂= x
xx
x
33
32
2
32
2
33
3
33 33 dy)b,a(
y
fdyd)b,a(
y
fdyd)b,a(
y
fd)b,a(
f)b,a(fd
∂∂+
∂∂∂+
∂∂∂+
∂∂= x
xx
xx
x
dy)b,a(y
fd)b,a(
f)b,a(df
∂∂+
∂∂= xx
…
)b,a(
kk f
ydyd)b,a(fd
∂∂+
∂∂=x
x
Helena Guerra 76
22 32 yy)y,(f −−= xxx
Determinar o diferencial de 2ª ordem da seguinte função:
DIFERENCIAIS DE ORDEM SUPERIOR
� Exemplo
39
Helena Guerra 77
Sejam f e g: IR→IR duas funções diferenciáveis.
A função composta é definida da seguinte maneira:
A derivada da função composta é dada por:
[ ] ( ) )x(gf)x(gf)x(gx
CDfDfCDgDgfg
fg
o=→→
→⊆→
( ) [ ] )a(g)a(gf)a(gf ′′=′o
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
� Revisão para funções de IR em IR
( )gf o
( )gf o
( )gf o
Helena Guerra 78
Seja y=sen(x2+x).
y é a função composta entre as funções f (t)=sen(t) e g(x)=x2+x.
Assim,
Noutra notação: y=sen(t) onde t=x2+x
))(cos())(tcos(t
t
yy1212 2 ++=+=
∂∂
∂∂=
∂∂
xxxxxx
( ) ( )xxxxxxx +=+→+→ 222 senffg
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
� Revisão para funções de IR em IR – Exemplo 1
))(cos()('g))(g('f)'gf( 122 ++== xxxxxo
y xf g
t
( )gf o
40
Helena Guerra 79
Seja y=t2et e t=2x.
Calcularx∂
∂y
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
� Revisão para funções de IR em IR – Exemplo 2
Helena Guerra 80
Seja z=f(x,y) tal que x=ϕ(t) e y=ψ(t).
t
y
y
z
t
z
t
z
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂=
∂∂ x
x
ψψψψ
)tln(ye)tcos(yyz ==−+= xxx onde23 22
?t
z =∂∂
z
y
x tf
f
ϕϕϕϕ
t
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
� Generalização para funções com mais de uma variável (Regra da Cadeia)
� Exemplo
41
Helena Guerra 81
Seja z=f (x,y) tal que x=ϕ(s,t) e y=ψ(s,t).
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂=
∂∂
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂=
∂∂
t
y
y
z
t
z
t
z
s
y
y
z
s
z
s
z
x
x
x
x
)tln(yet
syz === xx onde22
?s
ze?
t
z =∂∂=
∂∂
z
y
x
t
s
t
s
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
� Exemplo
� Generalização para funções com mais de uma variável (Regra da Cadeia)
Helena Guerra 82
Uma função f:D⊂IRn→IR diz-se homogénea de grau αααα se:
quaisquer que sejam x∈D e t>0 tais que tx∈D.
y
y)y,(f
yy)y,(f
−+=
−+=
x
xx
xxx 22 3
),...,,(ft)t,...,t,t(f)(ft)t(f nn xxxxxx 21α
21α =⇔= xx
FUNÇÕES HOMOGÉNEAS
� Definição
� Exemplos
42
Helena Guerra 83
Seja f:D⊂IRn→IR uma função diferenciável. Então, f é homogénea de
grau α sse satisfaz a seguinte igualdade:
Se f é uma função homogénea de grau α e diferenciável então as suas
derivadas parciais são também homogéneas e de grau α-1.
),...,,(ff
...ff
nn
n xxxx
xx
xx
x 212
21
1 α=∂∂++
∂∂+
∂∂
FUNÇÕES HOMOGÉNEAS
� Teorema de Euler
� Teorema
Helena Guerra 84
Seja g: IR2→IR uma função de classe de C∞(IR2) homogénea de grau α tal que
∇g(2,2)=(1,1). Considere também a seguinte função f: IR2→IR definida por:
a) Determine α de modo a que f seja também uma função homogénea e, neste
caso, indique o grau de homogeneidade de f.
b) Justifique que f é uma função diferenciável no ponto (1,1).
c) Determine
d) Considerando α=3, calcule
e) Encontre (TPC)
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA E FUNÇÃO HOMOGÉNEA
� Exercício
( )23 y,ygy)y,(f xxx +=
)y,(y
fx
∂∂
)y,(y
fx
x∂∂∂2
),(y
f11
∂∂
43
Helena Guerra 85
Seja f:D⊂IR→IR uma função diferenciável de classe Cn+1 numa vizinhança
V(a) do ponto a∈D e x∈V(a). Então:
0onde
22
=−
−
−+−++−′′
+−′+=
→ nn
a
nn
)n(
|a|
)a(Rlim
)a(R)a(!n
)a(f)a(
!
)a(f)a)(a(f)a(f)(f
x
x
xxxxx
x
L
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR EM IR
� Definição
Se a=0, a fórmula de Taylor tem a designação de Fórmula de McLaurin.
Helena Guerra 86
Escrever a fórmula de Taylor de ordem 4 em torno do ponto a=0, da
função f(x)=ex
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR EM IR
� Exemplo
44
Helena Guerra 87
y = ex
x
y
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR EM IR
� Exemplo (cont.)
Helena Guerra 88
(1) A fórmula de Taylor de uma determinada função em torno dum
ponto a dá-nos uma aproximação polinomial dessa função numa
vizinhança desse ponto.
(2) Podemos escrever a fórmula de Taylor da seguinte forma:
n
n
R!n
)a(d
!
)a(fd
!
)a(fd)a(df)a(f)(f +++++= L
32
32
x
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR EM IR
� Observações
45
Helena Guerra 89
Seja f:D⊂IR2→IR uma função de classe Cn+1 numa bola centrada no
ponto (a,b)∈D, B(a,b), e (x,y)∈B(a,b). Então:
0onde
32
32
=−−
−−
−−+++++=
→ nn
)b,a()y,(
n
n
)by,a(
)by,a(Rlim
)by,a(R!n
)b,a(d
!
)b,a(fd
!
)b,a(fd)b,a(df)b,a(f)y,(f
x
x
xx
x
L
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR2 EM IR
� Definição
Helena Guerra 90
Desenvolvendo os diferenciais, tem-se:
( ) ( )
( ) ( )( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
0onde
333
1
22
1
33
32
2
32
2
33
3
3
22
222
2
2
=−−
−−
−−++
+
−
∂∂+−−
∂∂∂+−−
∂∂∂+−
∂∂+
+
−
∂∂+−−
∂∂∂+−
∂∂+
+
−∂∂+−
∂∂+=
→ nn
)b,a()y,(
n
)by,a(
)by,a(Rlim
)b,a(R...
by)b,a(y
fbya)b,a(
y
fbya)b,a(
y
fa)b,a(
f
!
by)b,a(y
fbya)b,a(
y
fa)b,a(
f
!
by)b,a(y
fa)b,a(
f)b,a(f)y,(f
x
x
xx
xx
xx
xx
xx
xx
xx
x
x
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR2 EM IR
� Definição (continuação)
46
Helena Guerra 91
A generalização para funções com mais de duas variáveis é imediata.
Considere a seguinte função:
a) Escrever a fórmula de Taylor de ordem 2 em torno do
ponto (a,b)=(1,1) da função f.
b) Determine um valor aproximado para f(1.1,0.9)
FÓRMULA DE TAYLOR – FUNÇÕES DE IR2 EM IR
� Observação
� Exemplo
yf
xxx += )ln(y),(
INTEGRAIS DUPLOS
47
Helena Guerra 93
Diz-se que F(x) é uma primitiva da função f(x) num intervalo I, se
F’(x)=f(x), ∀x∈I.
Sendo F uma primitiva de f, Pf(x)=F(x)+C é a expressão geral de todas as
primitivas de f (C constante).
PRIMITIVAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Definição
Helena Guerra 94
Calcular as seguintes primitivas:
(1) (3)
(2) (4)
( )xx 22 +P
++
x
x
2
1
1eP
( )( )23xx cosP
+ 1x
x
e
eP
Imediatas: resultam directamente da leitura das tabelas de derivadas
Por partes: (F é uma primitiva de f)
Por substituição:
( ) ( ))('g)(FP)(g)(F)(g)(fP xxxxxx −=
( ) ( )( ))t(')t(fP)(fP φφ=x
PRIMITIVAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Métodos de Primitivação
� Exemplos
48
Helena Guerra 95
∫ =b
a
AÁread)(f xx y
xO
f
a b
)f( 0≥
A
Variável de integração
Função integranda
Limites de integração
INTEGRAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Integral definido
Helena Guerra 96
1. 2.
3. 4.
5.
∫ =a
a
d)(f 0xx xxxx d)(fd)(fa
b
b
a∫∫ −=
∫∫∫ +=b
c
c
a
b
a
d)(fd)(fd)(f xxxxxx ∫∫ =a
b
b
a
d)(fkd)(kf xxxx
( ) ∫∫∫ +=+b
a
b
a
b
a
d)(gd)(fd)(g)(f xxxxxxx
INTEGRAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Algumas propriedades dos integrais
49
Helena Guerra 97
Sendo f:[a,b]→IR contínua e F uma primitiva de f então:
ba
b
a
)](F[)a(F)b(Fd)(f xxx =−=∫
Calcular ∫
+2
1
1x
xx d
INTEGRAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Regra de Barrow
� Exemplo
Helena Guerra 98
Por partes: (F é uma primitiva de f)
Por substituição: (onde x=ϕ(t), ϕ(α)=a e ϕ(β)=b)
∫∫ −=b
a
ba
b
a
d)('g)(F)](g)(F[d)(g)(f xxxxxxxx
∫∫ =β
α
φφ dt)t('))t((fd)(fb
a
xx
INTEGRAÇÃO - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Métodos de integração
� Teorema fundamental do cálculo integral
)(fdt)t(fd
d
a
xx
x
=
∫
é uma função
de x
50
Helena Guerra 99
Comecemos por considerar que a região de integração é rectangular:
volumedyd)y,(fb
a
d
c
=∫ ∫ xx
Função integranda
[a,b]××××[c,d]Região de integração
gráfico de f
INTEGRAIS DUPLOS
� Definição
Helena Guerra 100
Calcular ∫ ∫−
2
1
3
2
2 dydy xx
Verificar que .
Quando a região de integração é rectangular, é indiferente a ordem de
integração.
∫ ∫∫ ∫−−
=3
2
2
1
2
1
3
2
22 xxxx ddyydydy
INTEGRAIS DUPLOS
� Exemplo
� Observação
51
Helena Guerra 101
Quando a região de integração não é rectangular, a troca da ordem de
integração não é tão simples e exige alterações nos limites de integração.
∫∫∫∫SS
dydx)y,x(fedxdy)y,x(f
x
y y=x2
S
INTEGRAIS DUPLOS
� Observação
� Exemplo
Definir os limites de integração de:
Helena Guerra
Calcular onde a região de integração é dada por:
Trocar a ordem de integração…
102
x
y
S
xx
ddyyS
∫∫ 2
2
x
1=y
INTEGRAIS DUPLOS
� Exercício
52
Helena Guerra 103
Calcular sabendo que a região de integração D é o limitada pelas
rectas y=x, y=0 e x=1.
∫∫D
ddyye xx3
INTEGRAIS DUPLOS
� Exercício
Helena Guerra 104
Podemos utilizar integrais duplos para calcular a área duma determinada
região S. Assim,
= ∫∫∫∫ xyx dddydSdeÁrea
SS
1ou1
INTEGRAIS DUPLOS
� Aplicação ao cálculo de áreas:
53
Helena Guerra 105
Utilizando integrais duplos calcular a área limitada pelas curvas y=2−x2 e
y=x.
x
y
y=2−−−−x2
y=x
INTEGRAIS DUPLOS
� Exemplo
OPTIMIZAÇÃO
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
54
Helena Guerra 107
→ Formalizar o problema
(definir as variáveis de interesse, os objetivos e as restrições
do problema)
→ Encontrar a solução do problema.
INTRODUÇÃO
� Optimização
Helena Guerra 108
Podemos, em termos gerais, formalizar um problema de optimização da
seguinte forma:
onde,
(x1,x2,…,xn) são as variáveis de decisão
X⊂IRn é o conjunto de oportunidades (valores possíveis para as
variáveis de decisão; é dado pela restrições do problema)
f(x1,x2,…,xn) é a função objectivo (descrição matemática dos objectivos do
problema)
X),...,,(.a.s
),...,,(fmax
n
n)n,...,,(
∈xxx
xxxxxx
21
2121
INTRODUÇÃO
� Formalização do problema
55
Helena Guerra 109
(1) Optimização Livre
não existem restrições sobre as variáveis de decisão, isto é X=IRn.
(2) Optimização com restrições de igualdade
existem m<n restrições do tipo gj(x1,x2,…,xn)=bj (com j=1,…,m),funcionalmente independentes.
(3) Optimização com restrições de desigualdade
existem restrições de não negatividade (x≥0) e restrições dedesigualdade g(x)≤b.
INTRODUÇÃO
� Tipos de optimização
Helena Guerra 110
Consideremos uma função f:D⊂IRn→IR.
f tem um máximo global num ponto a∈D se: f(x)≤f(a), ∀x∈D (∗∗∗∗)
f tem um mínimo global num ponto a∈D se: f(a)≤f(x), ∀x∈D (∗∗∗∗∗∗∗∗)
A função f tem um máximo local ou relativo se a desigualdade (∗∗∗∗) é
satisfeita numa vizinhança do ponto a.
A função f tem um mínimo local ou relativo se a desigualdade (∗∗∗∗∗∗∗∗) é
satisfeita numa vizinhança do ponto a.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
� Definição
56
Helena Guerra 111
Um subconjunto S de um espaço vectorial diz-se um conjunto convexo se
∀x,x’∈S, λx+(1-λ)x’∈S para todo o 0≤λ≤1.
A B
C D
A e B são conjuntos convexos. C e D são conjuntos não convexos
Se S1, S2, …, Sn são subconjuntos convexos de um espaço vectorial, então
S1∩S2∩…∩Sn também é convexo.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
� Definição
� Exemplos
� Teorema
Helena Guerra 112
Uma função real f definida num conjunto convexo S diz-se uma funçãoconvexa se
∀x,x’∈S f[λx+(1-λ)x’] ≤ λf(x)+(1-λ)f(x’) ∀0<λ<1
Se a desigualdade for estrita então a função diz-se estritamente convexa.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
� Definição
x
y
x x’
f(x)
f(x’)
λx+(1- λ)x’
f[λx+(1- λ)x’]
λf(x)+(1- λ)f(x’)
f
O segmento que une (x,f(x)) a (x’,f(x’)) está acima do gráfico da função ∀x.Logo a função é estritamente convexa.
57
Helena Guerra 113
Uma função real f definida num conjunto convexo S diz-se uma função
côncava se
∀x,x’∈S f[λx+(1-λ)x’] ≥λf(x)+(1-λ)f(x’) ∀0<λ<1.
Se a desigualdade for estrita então a função diz-se estritamente côncava.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
� Definição
x
y
x
y
Função estritamente côncava. Função côncava (mas não estritamente côncava).
OPTIMIZAÇÃO LIVRE
58
Helena Guerra 115
Nos problemas de optimização livre não existem restrições sobre as
variáveis de decisão.
O conjunto de oportunidades é X=IRn.
Consideremos a hipótese de a função objectivo ser diferenciável.
OPTIMIZAÇÃO LIVRE
Helena Guerra 116
Seja f:D⊂IR→IR e a∈int(D). Se f’(a)=0 então a diz-se um ponto de
estacionaridade.
Ser ponto de estacionaridade é condição necessária para ser máximo ou
mínimo (extremo) local.
Seja f uma função classe Cn num intervalo I e a um ponto interior a I. Se
f ’(a)=f ’’(a)=...=f (n-1)(a)=0 e f (n)(a)≠0, então
a) Se n é par e,
� f (n)(a)<0, f tem máximo local em a
� f (n)(a)>0, f tem mínimo local em a
b) Se n é impar, a é ponto de inflexão;
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Definição
59
Helena Guerra 117
Encontrar os extremos locais das seguintes funções:
(1)
(2)
(3)
6833
23
++−= xxx
x )(f
32xx =)(f
4xx =)(f
Gráfico
Gráfico
Gráfico
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IR EM IR (REVISÃO)
� Exemplos
Helena Guerra 118
Seja f:D⊂IRn→IR e a∈int(D). É condição necessária para que a seja um
ponto de máximo (ou mínimo) local que:
∇f(a)=0 ⇔
Diz-se que a é um ponto de estacionaridade.
(as condições de 1ª ordem são necessárias para a existência de extremo local, mas
não são suficientes. É necessário analisar as derivadas parciais de 2ª ordem mais
exactamente o diferencial de 2ª ordem.)
=∂∂
=∂∂
0
01
)(f
...
)(f
na
a
x
x
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IRn EM IR
� Condições de 1ª ordem
60
Helena Guerra 119
Seja f:D⊆IRn→IR uma função de classe Cm (m>1) e a um seu ponto deestacionaridade:
(1) Se d2f(a)<0, ié, se a forma quadrática d2f(a) é definida negativa, entãoa função tem um máximo local em a.
(2) Se d2f(a)>0, ié, se a forma quadrática d2f(a) é definida positiva, então afunção tem um mínimo local em a.
(3) Se d2f(a)<0 e >0, isto é, se a forma quadrática d2f(a) é indefinida,então f(a) não é extremo. É um ponto de sela.
(lembre-se que d2f(a) é uma forma quadrática, cuja matriz simétrica associada é amatriz Hessiana)
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IRn EM IR
� Condições de 2ª ordem
Helena Guerra 120
(4) Se d2f(a)≤0 [ou ≥0], isto é, se a forma quadrática d2f(a) é semidefinida
negativa [ou positiva], então temos que analisar as direcções singulares:
- se existir alguma direcção em que a primeira derivada dirigida que não se anula é de ordem
impar ou de ordem par mas de sinal contrário ao de d2f(a) fora das direcções singulares, então f(a)
não é extremo.
- se as derivadas dirigidas se continuam a anular ou a primeira que não se anula é de ordem
par e do mesmo sinal de d2f(a) fora das direcções singulares, então nada se pode concluir.
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IRn EM IR
� Condições de 2ª ordem (continuação)
(5) Se d2f(a)=0, então temos que analisar os diferenciais de ordem
superior:
- se o primeiro diferencial que não se anula é de ordem impar, então f(a) não é extremo.
- se o primeiro diferencial que não se anula é de ordem par, então consideram-se as
condições dadas em (1), (2) e (3).
61
Helena Guerra 121
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IRn EM IR
A função f(x,y)=x2−y2 tem um ponto de sela em (0,0)
Helena Guerra 122
Calcular os extremos locais das seguintes funções:
(1)
(2)
(3)
1328 223 ++−+= yy)y,(f xxxx
yeeye)y,(f 22 −−+= xxx
OPTIMIZAÇÃO LIVRE - FUNÇÕES DE IRn EM IR
� Exemplos
242 222 +++++= zzyy)z,y,(f xxxx
62
OPTIMIZAÇÃO
COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
Helena Guerra 124
Consideremos o seguinte problema:
Podemos incorporar a restrição na função objectivo e transformar o
problema de optimização com restrição de igualdade num problema de
optimização livre.
=+
=
6y.a.s
y)y,(fmaxy,
x
xxx
2666
xxxxx
x
xx
x −⇔−⇔
=+max)(max
y.a.s
ymaxy,
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
63
Helena Guerra 125
Queremos então encontrar o máximo da função
Condições de 1ª ordem:
Condições de 2ª ordem:
Assim, o ponto (3,3) é ponto maximizante, isto é ponto onde a função
atinge um máximo.
g(3,3)=9 é máximo da função ao longo da recta x+y=6
30
26
=⇒=−=
xx
xx
)('f
)('f
0232 <−=⇒−= )(''f)(''f x
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
26 xxx −=)(f
Helena Guerra 126
Consideremos o seguinte problema:
= b)y,(g.a.s
)y,(fmax)y,(
x
xx
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso mais simples: n=2 variáveis e m=1 restrição)
Vamos construir a função:
que é designada por Função Lagrangeana, as condições de 1ª ordem do
problema em estudo, são:
[ ])y,(gb)y,(f)y,,(L xxx −+= λλ
64
Helena Guerra 127
As condições de 1ª ordem do problema em estudo, são:
Das condições de 1ª ordem resultam os pontos de estacionaridade do
problema apresentado.
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
=∂∂
=∂∂
=∂∂
⇔=∇
0
0
0λ
0λ
y
)y,,(
L
L
L
Lx
x
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso mais simples: n=2 variáveis e m=1 restrição)
Helena Guerra 128
Condições de 2ª ordem: temos que analisar a matriz Hessiana da função
Lagrangeana, chamada Matriz Hessiana Orlada, nos pontos de
estacionaridade encontrados nas condições de 1ª ordem:
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
=
2
222
2
2
22
22
2
2
λ
λ
λλλ
yyy
y
y
H
LLL
LLL
LLL
x
xxx
x
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso mais simples: n=2 variáveis e m=1 restrição)
65
Helena Guerra 129
Temos que analisar os sinais dos últimos (n-m) menores principais da
matriz Hessiana Orlada, o que para este caso significa que só temos de
analisar 2-1=1 menor principal:
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
( )( ) mínimo)(dealsinHSe
máximo)(dealsinHSe
m
m
⇒−=<
⇒−=> +
10
10 1
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso mais simples: n=2 variáveis e m=1 restrição)
Helena Guerra 130
=+
=
6y.a.s
y)y,(fmaxy,
x
xxx
Resolver o seguinte problema de optimização pelo método dos
multiplicadores de Lagrange:
Gráfico
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Exemplo
66
Helena Guerra 131
Para resolver graficamente o problema:
1º) Desenhamos a restrição.
2º) Desenhamos as curvas de nível da função objetivo.
3ª) Procuramos a curva de nível que é tangente à restrição. O ponto
de tangência entre a curva de nível (Lk) e a restrição será um ponto
maximizante se pertencer à “última” curva de nível que toca a restrição. Ou
seja, corresponde ao maior valor de k (isto é da função) a intersectar a
restrição.
4º) Cálculo da solução.
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Resolução Gráfica
=+
=
6y.a.s
y)y,(fmaxy,
x
xxx
Helena Guerra 132
=+
+=
2
2
y.a.s
y)y,(foptimizary,
x
xxx
Gráfico
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Exercício
Resolver o seguinte problema de optimização:
a) Pelo método dos multiplicadores de Lagrange.b) Através da resolução gráfica.
67
Helena Guerra 133
Consideremos então o seguinte problema:
A função Lagrangeana para este problema é:
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
=
=
=
mnm
n
n)n,...,(
b),...,(g
b),...,(g
.a.s
),...,(fzmax
xx
xx
xxxx
1
111
11
L
( ) ( )),...,(gb...),...,(gb),...,(f),...,,,...,( nmmmnnnm xxxxxxxx 11111111 λλλλ −++−+=L
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso geral: n variáveis e m restrições)
Helena Guerra 134
As condições de 1ª ordem são (n+m equações):
A resolução deste sistema conduz-nos aos pontos de estacionaridade do
problema (os candidatos a solução do problema)
==∂∂
==∂∂
⇔=∇)n,...,i(
)m,...,j(
),...,,,...,(
i
jnm
10
10λ
0λλ 11
x
xxL
L
L
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso geral: n variáveis e m restrições)
68
Helena Guerra 135
Para as condições de 2ª ordem temos que analisar os sinais dos últimos
(n-m) menores principais (que designaremos por menores principais
relevantes) da matriz Hessiana orlada nos pontos de estacionaridade:
• Se os menores principais relevantes alternam de sinal começando
com o sinal de (-1)m+1 ⇒ Máximo
• Se os menores principais relevantes são todos do mesmo sinal e do
sinal de (-1)m ⇒ Mínimo
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Método dos Multiplicadores de Lagrange (caso geral: n variáveis e m restrições)
Helena Guerra 136
Determine os extremos das funções:
1222 =+−++= zy.a.szy)z,y,(f xxx
=+−=++
++=1
722
zy
zy.a.szy)z,y,(fx
xxx
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Exemplos
69
Helena Guerra 137
Considerando o problema:
O multiplicador de Lagrange λ dá aproximadamente o efeito no valor do
óptimo da função quando a constante b da restrição aumenta 1 unidade.
=
=
b)y,(g.a.s
)y,(fzmax)y,(
x
xx
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE IGUALDADE
� Significado dos multiplicadores de Lagrange
OPTIMIZAÇÃO
COM RESTRIÇÕES DE DESIGUALDADE
70
Helena Guerra 139
A formulação geral de um problema de optimização com restrições de
desigualdade é:
≥≥≤
≤
001
21
1211
11
n
mnm
n
nn,...,
,...,
b),...,,(g
...
b),...,,(g
.a.s
),...,(fmax
xx
xxx
xxx
xxxx
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE DESIGUALDADE
Helena Guerra 140
Um problema de optimização com restrições de desigualdade consiste em
encontrar, no conjunto de oportunidades (definido por todas as restrições) o
ponto onde a função objectivo toma o valor máximo.
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE DESIGUALDADE
71
Helena Guerra 141
Para resolver graficamente o seguinte problema:
1º) Desenhamos o conjunto de oportunidades.
2º) Desenhamos as curvas de nível da função objetivo.
3ª) Como se trata dum problema de minimização vamos
identificar a “primeira” curva de nível que intersecta o conjunto de
oportunidades.
4º) Cálculo da solução.
≥≥≤+
−≤−−−+−=
00
1223
632
44 22
y,
y
y
.a.s
)y()()y,(fmin
x
x
x
xx
OPTIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÕES DE DESIGUALDADE
Helena Guerra 142
Resolva graficamente os seguintes problemas:
(1) (2)
(3)
≥≥≤+
+=
00
4
22
y,
y.a.s
y)y,(fmax
x
x
xx
RESOLUÇÃO GRÁFICA
� Exercícios
≥≥≤≤
≥++=
00
2
2
2
2
y,
y
y
.a.s
y)y,(fmin
x
x
x
xx
≥≥≤
≥−+−=
00
2
02
1 22
y,
y
y
.a.s
y()y,(fmin
x
x
)xx