slides aulas - resÍduos sÓlidos

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Prof. Eduarda Frinhani

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Page 1: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Prof. Eduarda Frinhani

Page 2: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

Incluem nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT 10004,

2004).

Page 3: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes

deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes

constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio

ambiente é conhecido.

Page 4: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

• Para os efeitos da Norma ABNT 10.004 (2004), os resíduos são classificados em:

a) resíduos classe I - Perigosos;

b) resíduos classe II – Não perigosos;

– resíduos classe II A – Não inertes:

– resíduos classe II B – Inertes.

Page 5: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

ABNT, 2004

Page 6: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduo perigoso- classe 1

• Gerados principalmente nos processos produtivos, em unidades industriais e fontes específicas. No entanto, também estão presentes nos resíduos sólidos gerados principalmente nos domicílios e comércio.

– metais pesados;

– biológicos - infectantes.

Page 7: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Origem do resíduo e responsável pelo gerenciamento

Origem do lixo Responsável

Domiciliar Prefeitura

Comercial Prefeitura ou gerador*

Público Prefeitura

Serviços de Saúde Gerador (hospitais, laboratórios, etc.)

Industrial Gerador (indústrias)

Portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários

Gerador (porto, etc.)

Agrícola Gerador (agricultor)

Entulho Gerador

* Quantidade inferior a 50 Kg ou legislação municipal específica.

Page 8: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações

adotados pelo governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com estados,

Distrito Federal, municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento

ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

Lei 12.305 de agosto de 2010.

Page 9: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Decreto 7404 de 2010, regulamenta a Lei 12.305.

• Integram a Política Nacional do Meio Ambiente.

• Articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de abril de 1999.

• Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007 e Lei 11.107, de 2005.

Page 10: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Objetivos da PNRS

• Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

• Racionalização do uso de recursos naturais (água, energia e insumos) no processo de produção de novos produtos;

• Aumento da reciclagem no país;

• Promoção da inclusão social.

Page 11: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos

Reduzir as matérias-primas na fonte, recuperar e reutilizar os resíduos sempre que possível,

utilizar matérias primas renováveis e optar por produtos com maior durabilidade e originados

em parte ou todo da reciclagem.

Page 12: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Reutilização

Processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os

padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente) e, se couber, do SNVS (Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária) e do Suasa (Sistema Único de Atenção à Sanidade

Agropecuária).

Page 13: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Reciclagem

Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades

físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos

produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.

Page 14: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS
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Reciclagem

Page 16: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Rejeitos

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação

por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra

possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Page 17: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Metas para os planos municipais, estaduais e federais

• Diagnóstico da situação atual e identificação de áreas adequadas para a disposição;

• Eliminação e recuperação dos lixões até 2014;

• Reaproveitamento dos gases gerados nas unidades de disposição final;

Prazo quase esgotado!!!

Page 18: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Metas para os planos municipais, estaduais e federais

• Soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos;

• Implantação da coleta seletiva com a participação de cooperativas de catadores de materiais;

• Programas e ações de educação ambiental.

Maior prioridade em recursos da união!

Page 19: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Responsabilidade compartilhada

Importador e Distribuidor

Comerciante

Consumidor

Responsáveis limpeza

urbana e disposição resíduos

Fabricante

• Série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

Ciclo de vida do produto

Page 20: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Responsabilidade compartilhada

Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas visando minimizar o volume de

resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde

humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Page 21: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Responsabilidade compartilhada

• CONSUMIDORES: – Deverão acondicionar adequadamente e de forma

diferenciada os resíduos sólidos e disponibiliza-los adequadamente para fins de coleta seletiva e destinação.

– Dispor os demais tipos de resíduos de uso doméstico, a exemplo de geladeiras, celulares, baterias, lâmpadas entre outros nos Pontos de Entrega Voluntária instalados pelos responsáveis para acumulação temporária de resíduos com vistas à realização da Logística Reversa.

Page 22: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Responsabilidade compartilhada

Pontos de Entrega Voluntária

Page 23: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Sistema de logística reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente

adequada.

Page 24: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Sistema de logística reversa

Retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço

público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos.

Recomenda-se a implementação da logística reversa em parceria com cooperativas e associações de catadores de materiais

recicláveis.

Page 25: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Sistema de logística reversa

Pneus

Pilhas e baterias

Embalagem

óleos

Lâmpadas Lixo

eletrônico

Embalagem agrotóxico

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RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

Aqueles originários de atividades domésticas em residências urbanas e os resíduos de limpeza

urbana, quais sejam, os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, bem como

de outros serviços de limpeza urbana.

• Resíduos classe II B – não perigosos e inertes

Fonte: Lei Federal nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)

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RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

Page 28: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

• POTENCIALMENTE PERIGOSOS:

– Material para pintura;

– Material para jardinagem e animais:

• Pesticidas, inseticidas, repelentes e herbicidas.

– Materiais automotivos:

• Óleos lubrificantes, fluido de freio, transmissão.

– Outros itens:

• Pilhas, frascos de aerossóis, lâmpadas fluorescentes.

Page 29: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de RSU no Brasil

Fonte: ABRELPE, 2012

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Page 31: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fonte: ABRELPE, 2012

Page 32: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

mas somente 3,8% tem unidade de

compostagem de resíduos sólidos

11,6%

tem unidade de triagem de resíduos

sólidos

Somente 0,6%

incineram seu lixo

MANEJO DOS RSU NOS MUNICIPIOS

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INCINERADOR DE LIXO

• Processo mais antigo e o mais empregado no tratamento de RSU e RSS, sendo feita a temperatura de 800º C.

• Os gases de combustão devem-se manter a 1200º C por cerca de 2 segundos, com excesso de ar a fim de garantir a conversão total dos composto orgânicos a gás carbônico e água.

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INCINERADOR DE LIXO

Page 35: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

INCINERADOR DE LIXO

• Devido à presença no RSU e RSS de compostos normalmente não encontrados nos combustíveis convencionais, como metais pesados e compostos clorados, e que levam à formação de compostos poluentes mesmo com a adoção de boas técnicas de combustão, todo equipamento de incineração deve ser equipado com um sistema eficiente de limpeza de gases.

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INCINERADOR DE LIXO

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INCINERADOR DE LIXO

• DESVANTAGENS: – Custo elevado de instalação e operação, mas que

pode equivaler aos aterros em sanitários em grandes centros;

– Exigência de mão-de-obra-qualificada;

– Presença de materiais nos resíduos que geram compostos tóxicos e corrosivos, como pilhas e plásticos, etc., mas não podem ser eliminados por boas técnicas de combustão, exigindo instalação de sistema de limpeza de gases.

Page 38: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

INCINERADOR DE LIXO

• VANTAGENS:

– Redução de 70 – 90% de massa e volume a ser descartado para os aterros;

– A energia liberada na queima pode ser convertida em energia elétrica ou vapor d’água.

– Esterilização de resíduos, sendo amplamente utilizada no tratamento de RSS;

– Desintoxicação: eliminação de resíduos industriais contendo produtos orgânicos tóxicos.

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INCINERADOR DE LIXO

• VANTAGENS:

– Redução do impacto ambiental - se utilizado novas tecnologias de limpezas de gases de combustão – que produzem emissões de poluentes abaixo dos sistemas convencionais, e redução da emissão de gás metano e contaminação de lençóis freáticos observados em aterros.

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COLETA SELETIVA

Coleta de resíduos sólidos previamente separados de acordo com a sua constituição e composição, devendo ser implementada por

municípios como forma de encaminhar as ações destinadas ao atendimento do principio da

hierarquia na gestão de resíduos.

Fonte: Lei Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de

Resíduos Sólidos)

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TRIAGEM

• As usinas de triagem são usadas para a separação dos materiais recicláveis do lixo proveniente da coleta e transporte usual.

• Conjuntamente com a triagem é comum existir a compostagem da fração orgânica do lixo.

• A prática reduz em até 50% a quantidade de resíduos enviados aos aterros.

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TRIAGEM

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TRIAGEM

• VANTAGENS:

– Não requer alteração do sistema convencional de coleta, apenas mudança no destino do caminhão;

– Possibilita o aproveitamento da fração orgânica do lixo, pela compostagem;

– Mercado para a comercialização dos materiais separados, tanto orgânicos quanto inorgânicos.

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TRIAGEM

• DESVANTAGENS:

– Investimento inicial em equipamentos que vão constituir a usina de triagem;

– Necessidade de técnicos capacitados;

– Qualidade dos materiais separados da “fração orgânica” e potencialmente recicláveis não é tão boa quanto da coleta seletiva, devido à contaminação por outros componentes do lixo.

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COMPOSTAGEM

Processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou

vegetal, – o composto orgânico – pode ser aplicado ao solo para melhorar suas

características, sem ocasionar dados ao meio ambiente.

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COMPOSTAGEM

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A compostagem é a decomposição aeróbia da matéria orgânica que ocorre por ação de agentes biológicos microbianos na presença de oxigênio e, portanto, precisa de condições físicas e químicas adequadas para levar à formação de um produto de boa qualidade.

• Dependendo do método utilizado, o tempo para que o processo se complete varia de dois a quatro meses.

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A fração orgânica do lixo é levada para um pátio impermeabilizado e dotado de captação e drenagem de efluentes que deverão ser destinados a ETE.

• A fração orgânica é disposta em pilhas ou leiras cônicas, trapezoidais ou piramidais.

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A aeração é conseguida por revolvimentos periódicos, com auxílio de equipamento apropriado.

• O processo pode ser acelerado, insuflando-se ar por meio de compressores e ou exaustores. Leira estática

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• FASE 1: microrganismos que apresentam uma fermentação ácida, pH baixo (4,5 a 5,5) e favorável à retenção de amônia.

• Inicia à temperatura ambiente, mas à medida que a ação microbiana se intensifica com a aeração apropriada, a temperatura se eleva até atingir valores acima de 55 – 60ºC – fase termófila – importante para eliminação de microrganismos patogênicos e sementes de ervas daninhas.

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A relação carbono/nitrogênio (C/N) desejável para o inicio da compostagem deve ser de 30/1 e o teor de nitrogênio entre 1,2 e 1,5%.

• Ao longo do processo, parte do carbono é transformada em CO2 e parte é usada para crescimento microbiano.

• O nitrogênio fica retido no material como nitrogênio orgânico e inorgânico.

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• Segue uma faixa de abaixamento da temperatura (30 – 35ºC a 45 – 50ºC), onde se dá a bioestabilização da matéria orgânica com relação C/N próximo a 18/1.

• O composto encontra-se SEMICURADO ou tecnicamente bioestabilizado: indica que já pode ser empregado como fertilizante sem causar danos às plantas.

• Umidade em torno de 50%, para evitar formação de chorume devido a anaerobiose.

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PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• FASE 2: os ácidos são consumidos por outros agentes biológicos, elevando o pH.

• O composto orgânico deve ter pH > 6,0.

• Geralmente, o composto curado humificado apresenta pH entre 7,0 e 8,0.

• Relação C/N é inferior a 12/1.

• Temperaturas mesófilas:20 a 35-40º C.

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GRAUS DE DECOMPOSIÇÃO

• O compostos encontra-se CURADO ou humificado, indicando que está completamente degradado e estabilizado.

• A cor final é preta; o odor, inicialmente acre (cheiro forte e penetrante), passa para o de terra mofada e a umidade é reduzida (40%).

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DISPOSIÇÃO FINAL RSU

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LIXÃO

• Forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

• O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto ou vazadouro.

• IPT/CEMPRE, 2000.

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LIXÃO

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LIXÃO

• Proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos, etc.);

• Geração de maus odores;

• Poluição do solo e das águas subterrânea e superficial – CHORUME!!

• Recebe resíduos de serviços de saúde e de indústrias;

• Criação de animais e presença de pessoas (catadores).

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CHORUME

• Liquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo (ABNT, 2004).

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ATERRO CONTROLADO

• Solução intermediária entre o lixão e o aterro sanitário.

• Nesta situação, há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra.

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ATERRO CONTROLADO

• Este sistema minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de insetos e animais.

• Porém, não há impermeabilização de base (o que evitaria que o material contamine o solo e o lençol d�’água), nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás.

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ATERRO SANITÁRIO

Forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, mediante confinamento em camadas

cobertas com material inerte, geralmente solo, segundo normas operacionais especificas, de

modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança, minimizando os impactos

ambientais.

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ATERRO SANITÁRIO

• ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: – sistema de impermeabilização de base e laterais;

– sistema de recobrimento diário e cobertura final;

– sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados;

– sistema de coleta e tratamentos dos gases;

– sistema de drenagem superficial;

– sistema de tratamento de líquidos percolados;

– sistema de monitoramento.

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Infraestrutura básica

• Guarita/portaria: local onde são realizados os trabalhos de recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam à área do aterro sanitário.

• Balança: local onde é realizada a pesagem dos veículos coletores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro sanitário.

• Isolamento da área: fechamento com cerca e portão, que circunda completamente a área em operação, construída de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais.

• Cinturão verde: cerca viva com espécies arbóreas no perímetro da instalação.

Page 72: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Impermeabilização

• A camada de impermeabilização da base deve garantir a segura separação da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a contaminação do lençol freático e do meio natural através de infiltrações de percolados e/ou substâncias tóxicas.

• Para desempenhar essa função de maneira eficiente, a camada de impermeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de baixa permeabilidade (argila compactada) ou geomembrana sintética (manta sintética) com espessuras adequadas sob a camada de argila.

Page 73: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Impermeabilização

• Caso seja utilizada a manta sintética sob a camada de argila, deve-se tomar cuidado para não danificá-la durante a operação.

Page 74: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Disposição dos resíduos

• A área de disposição dos resíduos deve ser previamente delimitada por uma equipe técnica de topografia.

• No início de cada dia de trabalho, deverão ser demarcados - com estacas facilmente visualizadas pelo tratorista - os limites laterais, a altura projetada e o avanço previsto da frente de operação ao longo do dia.

Page 75: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Disposição dos resíduos

• O caminhão deve depositar o lixo em “pilhas” imediatamente a jusante da frente de operação demarcada, conforme definido pelo fiscal.

Page 76: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Compactação dos resíduos

• O desmonte dessas pilhas de resíduos deverá ser feito com o auxílio da lâmina do trator de esteira que, em seguida, procederá a seu espalhamento e compactação.

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Compactação dos resíduos

Page 78: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Recobrimento dos resíduos

Obtida mediante cobertura do lixo (cobertura diária, intermediária e final), podendo-se utilizar o solo local (material excedente das operações

de cortes/escavações executadas na implantação das plataformas), ou importado de outras áreas, e mesmo, em nível emergencial, o lixo já estabilizado como material de cobertura.

Page 79: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Recobrimento diário

• Ao fim de cada jornada de trabalho, os resíduos compactados devem receber uma camada de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.

• Deve ser feita com uma camada de terra ou material inerte com espessura de 15 a 20cm, com o objetivo de impedir o arraste de materiais pela ação do vento e evitar a disseminação de odores desagradáveis e a proliferação de vetores como moscas, ratos, baratas e aves.

• No dia seguinte, antes do início da disposição dos resíduos, faz-se uma raspagem da camada de solo da face inclinada da frente de operação, para dar continuidade à formação do maciço de resíduos.

Page 80: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Cobertura final

• Uma vez esgotada a capacidade da plataforma do aterro, procede-se à sua cobertura final com uma camada de argila compactada com cerca de 60cm de espessura (ou de acordo com a espessura.

• definida no projeto técnico) sobre as superfícies que ficarão expostas permanentemente - bermas, taludes e platôs definitivos.

• Após recobrimento, deve-se, proceder ao plantio de gramíneas nos taludes definitivos e platôs, de forma a protegê-los contra a erosão.

Page 81: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Recobrimento dos resíduos

Page 82: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Drenagem Interna

• À medida que as camadas de lixo forem formando as células, será necessária a construção de drenos internos horizontais e verticais, os quais devem ser interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e chorume, gerados na decomposição do lixo.

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Drenagem interna

Page 84: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Drenagem interna

• A drenagem de percolados (chorume) deve estar inserida entre os resíduos.

• As redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados ao sistema de tratamento devem estar sempre desobstruídas, podendo ser interligada ao sistema de drenagem de gases.

Page 85: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Queima de gases

Os gases devem ser queimados

imediatamente após o início de sua produção, de forma a evitar que a sua

dispersão pelo aterro contamine a atmosfera e

cause danos à saúde.

O metano é o gás produzido em maior volume dentre os

gases liberados na decomposição do lixo, sendo explosivo e bastante volátil.

Page 86: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Drenagem superficial

• A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infiltração no maciço do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e contribuindo para a instabilidade do maciço.

• As drenagens superficiais, previstas nos patamares (canaletas e caixas de drenagem) e nos taludes (descidas de água), são instaladas ao final de cada camada da célula.

Page 87: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Drenagem superficial

Page 88: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Drenagem superficial

Page 89: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS
Page 90: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Decomposição do lixo

• Ocorre em três fases:

– Aeróbia

– Acetogênica

– Metanogênica

Durantes essas fases, ocorre a lixiviação, carreamento de substâncias químicas pelo

liquido escoado do lixo, formando o CHORUME

Page 91: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fase aeróbia

• Depende da presença de ar aprisionado no interior da célula confinada.

• Em média, tem duração de 1 mês.

• Nessa fase, ocorre grande liberação de calor.

• O chorume produzido nesta fase apresentará elevadas concentrações de sais de alta solubilidade, como NaCl e sais metálicos: Pb+2, Ag+ e Hg+

Page 92: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Íons Possíveis fontes

Na+, K+ , Ca+2, Mg+2 Material orgânico, entulhos de construção e cascas de ovo

PO4-3, NO3

-, CO3-2 Material orgânico

Cu+2, Fe+2, Sn+2 Material eletrônico, latas e tampas de garrafas

Hg+2, Mn+2 Pilhas comuns e alcalinas e lâmpadas fluorescentes

Ni+2, Cd+2, Pb+2 Baterias recarregáveis (celular, telefone sem fio e automóveis)

Al+3 Latas descartáveis, utensílios domésticos, cosméticos e embalagens laminadas

Cl-, Br-, Ag+ Tubos de PVC, negativos de filmes e raio X

As+3, Sb+3, Cr+x Embalagens de tintas, vernizes e solventes orgânicos

IPT/CEMPRE, 2000

Page 93: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fase aeróbia

• Nesta fase ocorre grande formação de gá carbônico (CO2) e hidrogênio, principalmente se a umidade no interior da massa de lixo for baixa.

Page 94: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fase acetogênica

• Microrganismos anaeróbios facultativos – bactérias acetogênicas.

• HIDRÓLISE OU LIQUEFAÇÃO: conversão do material orgânico particulado (celulose e outros materiais putrescíveis) em compostos dissolvidos.

• FERMENTAÇÃO: processo bioquímico pelo qual as bactérias obtêm energia pela transformação da MO hidrolisada, contudo sem mineralizá-la.

Page 95: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fase acetogênica

• Pode durar anos.

• Produz compostos orgânicos simples e de alta solubilidade (ácidos graxos voláteis – ácido acético) e também nitrogênio amoniacal.

• pH 4 – 6: ajuda na solubilização de materiais inorgânicos (Fe, Mn, Zn, Ca e Mg)

• Maus odores: gás sulfídrico (H2S) e amônia (NH3) e outros gases.

• Alta DBO (10.000 mg/L) e DQO (18.000 mg/L)

Page 96: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Fase metanogênica

• Os compostos orgânicos na fase anterior são degradados pelas bactérias metanogênicas, estritamente anaeróbias, e formam metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

• pH 6,6 – 7,3

• Reduz a solubilização de compostos inorgânicos, diminuindo a condutividade do chorume.

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Fase metanogênica

• DBO diminui.

• O chorume se torna menos biodegradável, devido ao acúmulo de substâncias como os ácido fúlvicos e húmicos, originários da decomposição de material vegetal.

• Os compostos formados contribuem para a coloração escura do chorume.

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Decomposição do lixo

• Na prática, durante a vida útil do aterro, as fases não são tão bem delimitadas, uma vez que sempre há o aterramento de resíduos sólidos novos, causando uma grande variabilidade na idade do material disposto, não sendo difícil encontrar as três fases ocorrendo simultaneamente em um único aterro.

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Composição chorume de aterros novos e consolidados

Parâmetros, mg/L Aterro novo Menos de 2 anos

Aterro consolidado Mais de 10 anos

DBO 2.000 – 30.000 100 – 200

COT 1.500 – 20.000 80 – 160

DQO 3.000 – 60.000 100 - 500

SST 200 – 2.000 100 – 400

Nitrogênio orgânico 10 - 800 80 – 120

Nitrogênio amoniacal 10 - 800 20 – 40

Nitrato 5 - 40 5 – 10

Fósforo total 5 -100 5 – 10

pH 4,5 – 7,5 6,6 - 7,5

Sulfato (SO4-2) 50 – 1.000 20 – 50

Cálcio (Ca+2) 200 – 3.000 100 – 400

Magnésio (Mg+2) 50 – 1.500 50 – 200

Potássio (K+) 200 – 1.000 50 – 400

Sódio (Na+) 200 – 2.500 100 – 200

IPT/CEMPRE, 2000

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Tratamento do chorume

• A quantidade e qualidade do chorume, variam bastante de um aterro para outro, pois dependem de fatores como: – Composição do lixo;

– Quantidade de resíduos dispostos;

– Forma de disposição (grau de compactação, cobertura, etc.);

– Índices de precipitação/evapotranspiração;

– Extensão da área ocupada pelo lixo;

– Tempo decorrido do início de disposição.

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Tratamento biológico

• As técnicas que se aplicam no tratamento do chorume se assemelham com as utilizadas no tratamento de esgotos: – lagoas anaeróbias e facultativas; – reatores ou digestores anaeróbios de fluxo

ascendente, lodos ativados, – lagoas de maturação, etc.

• Após o tempo em que fica retido na lagoa (tempo de detenção) o líquido deve estar em condições de ser lançado nos corpos d’água sem risco de contaminação.

Page 102: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Tratamento biológico chorume

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Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• O chorume percola através da massa de sólidos dispostas em camadas, reduzindo consideravelmente a demanda sobre as ETEs, pré-tratamento anaeróbio que reduz a DBO e DQO associado com a evaporação que ocorre a cada recirculação, se o chorume é irrigado na forma de spray.

• o processo favorece a formação de metano.

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Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• Favorece a redução de DQO, DBO, COT, ácido voláteis, fosfatos, nitrogênio amoniacal e sólidos totais dissolvidos.

• Capaz de reduzir a carga orgânica de 20.000 mg/L para 1.000 mg/L, após o período de 1 ano de recirculação.

• Baixa eficiência na redução de nitrogênio e fósforo.

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Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• VANTAGENS:

– Aceleração da estabilização do aterro;

– Redução de compostos orgânicos;

– Possível diminuição de volume devido à evapotranspiração;

– Redução nos custos envolvidos no tratamento do chorume.

Page 106: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• DESVANTAGENS: – Risco de poluição do solo e da água subterrâneas pela

infiltração do excesso de chorume recirculado, no caso de existência ou dano da camada impermeabilizante;

– Múltiplos arrastes de substâncias ocorridos no líquido recirculado podem resultar em altas concentrações de sais e metais pesados no chorume;

– Custos elevados referentes à implantação e manutenção de sistemas de recirculação;

– Problemas relacionados com o odor.

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Tratamento físico-químico

• Utilizado em combinação com o tratamento biológico, com a função de eliminar:

– particulados,

– componentes orgânicos refratários e

– outros compostos, como metais pesados.

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DILUIÇÃO

– Age reduzindo as concentrações dos componentes do chorume, pela sua mistura com água.

– Íons como cloretos, nitratos, carbonatos e sulfatos são de difícil remoção e a diluição é necessária quando a concentração é muito alta.

Page 109: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

FILTRAÇÃO

– Recomendado para diminuir a concentração de sólidos em suspensão;

– Utilizada como pré-tratamento de outros tratamentos mais caros e avançados.

– O leito filtrante pode ser formado por filtros ou membranas industrializadas ou por materiais como: argila, terra diatomácea, antracitos, etc.

– O filtro deve ser periodicamente trocado ou lavado em contrafluxo.

Page 110: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO E

SEDIMENTAÇÃO: – Remove substâncias precipitáveis, como metais pesados e

compostos orgânicos em solução no chorume, além de partículas coloidais em suspensão.

– Processo semelhante ao que ocorre no tratamento de água nas ETAs.

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ADSORÇÃO E ABSORÇÃO e TROCA IÔNICA

– Íons metálicos e compostos orgânicos são passíveis de serem adsorvidos ou absorvidos em matrizes sólidas como: carvão ativado, matrizes de biomassa microbiana ou vegetal;

– O chorume deve ser previamente tratado (filtração, sedimentação de particulados, ajuste de pH);

– A matriz, com o uso, fica saturada, devendo ser periodicamente trocada ou regenerada.

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OSMOSE REVERSA E ULTRAFILTRAÇÃO

– Processo de desmineralização, onde o liquido, previamente condicionado, é permeado através de uma membrana especial (acetato de celulose ou poliamida), semipermeável, que permite a passagem de determinados íons e moléculas, como a água, em um processo regido pelo fenômeno da pressão osmótica.

– Métodos caros!

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Monitoramento das águas superficiais

• Coleta de amostras em pontos a montante e a jusante do ponto onde é lançado o efluente da lagoa de estabilização numa frequência a ser definida pela licença ambiental do aterro.

• Devem ser analisados, no mínimo, os seguintes parâmetros: pH, Condutividade, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) ou Demanda Química de Oxigênio (DQO), nitrato (NO3) e coliformes fecais, procurando atender às exigências do licenciamento ambiental.

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Monitoramento do Lençol Freático

• O monitoramento do lençol freático será feito através da coleta de amostras nos poços (pelo menos dois) a serem instalados no aterro. Os parâmetros a serem estudados são os mesmos analisados para o monitoramento da águas superficiais podendo-se fazer, eventualmente, a análise para:

• Chumbo, Cádmio, Ferro e Manganês.

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Monitoramento da Qualidade do

Chorume

• O controle e monitoramento tem como finalidade conhecer a composição e quantidade de efluentes de um aterro, para que se possa adotar os corretos reparos. Além disso, fornecerá dados sobre a eficiência ou não do sistema de tratamento.

• As amostras de chorume devem ser coletadas no vertedor triangular (entrada para tratamento), enquanto que o efluente tratado deve ter suas amostras coletadas junto à saída da lagoa de tratamento.

• As análises físico-químicas e bacteriológicas são as mesmas feitas para o monitoramento das águas superficiais devendo ser feita, eventualmente, a análise de concentração de metais pesados presentes no chorume como Chumbo, Cádmio, Ferro, Manganês, Cromo e Bário.

Page 116: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Monitoramento

• De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a construção de aterros com vida útil mínima de 10 anos.

• O seu monitoramento deve prolongar-se, no mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento.

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RESÍDUOS SERVIÇOS DE SAÚDE

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RESÍDUOS SERVIÇOS DE SAÚDE

• Provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal (hospitais, farmácias e drogarias, laboratórios

de análises clinicas, consultores médicos e odontológicos, clinicas e hospitais veterinários, bancos

de sangue e outros estabelecimentos similares), os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde,

medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes de necrotérios,

funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias.

• CONAMA 283 de 2001.

Page 119: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Riscos associados aos RSS

• QUÍMICOS: – tóxicos, corrosivos, inflamáveis, reativos, – genotóxicos, mutagênicos; – produtos mantidos sob pressão - gases, – quimioterápicos, – pesticidas, – solventes, ácido crômico; limpeza de vidros de

laboratórios, – mercúrio de termômetros, substâncias para revelação

de radiografias, baterias usadas, – óleos, lubrificantes usados etc.

Page 120: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Riscos associados ao RSS

• BIOLÓGICOS:

– agentes patogênicos que possam causar doença;

• RADIOATIVOS:

– utilizados em procedimentos de diagnóstico e terapia,

– os que contêm materiais emissores de radiação ionizante.

Page 121: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Riscos associados aos RSS

• Para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja o pessoal ligado ao setor de limpeza e manutenção;

• acidentes que ocorrem devido às falhas no acondicionamento e segregação dos materiais perfuro-cortantes sem utilização de proteção mecânica, inclusive de catadores.

Page 122: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Riscos associados aos RSS

• Para o meio ambiente, potencial de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento de RSS em lixões ou aterros controlados

• Contaminação do ar, dada quando os RSS são tratados pelo processo de incineração descontrolado que emite poluentes para a atmosfera contendo, por exemplo, dioxinas e furanos.

Page 123: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Gerenciamento de RSS

• Consiste em um conjunto de procedimentos planejados e implementados, a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais.

• Tem o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente (RDC ANVISA No. 306/04).

Page 124: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação dos RSS

• GRUPO A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos.

• sangue e hemoderivados; • animais usados em experimentação e animais mortos; • excreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos,

fetos e peças anatômicas; • filtros de gases aspirados de área contaminada; • resíduos advindos de área de isolamento; • resíduos de laboratórios de análises clínicas, unidades de

atendimento ambulatorial; r • resíduos de sanitários de unidade de internação e de enfermaria e.

Page 125: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação dos RSS

• GRUPO B: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas.

• Enquadram-se neste grupo, dentre outros: – drogas quimioterápicas e produtos por ela contaminados;

– resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados);

– demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Page 126: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação dos RSS

• GRUPO C: rejeitos radioativos.

• Enquadram-se neste Grupo os materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN.

Page 127: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação dos RSS

• GRUPO D: resíduos comuns

• São todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente.

Page 128: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação dos RSS

• GRUPO E: objetos perfurantes ou

cortantes:

– lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc., provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Page 129: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Acondicionamento dos RSS

• Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes.

• A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

Page 130: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Acondicionamento dos RSS

Os recipientes de acondicionamento

existentes nas salas de cirurgia e nas salas de

parto não necessitam de tampa para vedação, devendo os resíduos

serem recolhidos imediatamente após o

término dos procedimentos.

Page 131: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Acondicionamento dos RSS

• Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

• Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente a punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento.

Page 132: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Acondicionamento dos RSS

Devem ser acondicionados

separadamente, no local de sua geração,

imediatamente após o uso, em recipiente rígido,

estanque, resistente a punctura, ruptura e

vazamento, impermeável, com tampa, contendo a

simbologia.

Resíduos perfurocortantes ou escarificantes

grupo E

Page 133: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Coleta e transporte interno RSS

• Traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de disponibilização para a coleta.

É nesta fase que o processo se torna visível para o usuário e o público em geral, pois os resíduos são transportados nos equipamentos de

coleta (carros de coleta) em áreas comuns.

Page 134: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Coleta e transporte interno RSS

• A coleta e o transporte devem atender ao roteiro previamente definido e devem ser feitos em horários, sempre que factível, não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.

• A coleta deve ser feita separadamente, de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.

Page 135: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Armazenamento temporário RSS

• Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a

coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o

ponto destinado à disponibilização para coleta externa.

• O RSS pode ser encaminhado diretamente para o

armazenamento externo, dependendo da distância.

Page 136: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Armazenamento temporário RSS

Não poderá ser feito armazenamento temporário com

disposição direta dos

sacos sobre o piso ou sobrepiso, sendo

obrigatória a conservação dos sacos em recipientes

de acondicionamento.

Page 137: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Armazenamento temporário RSS

Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu

armazenamento devem ser conservados sob refrigeração e, quando não for possível, ser

submetidos a outro método de conservação.

Page 138: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Armazenamento externo

O armazenamento temporário externo consiste no acondicionamento dos resíduos em abrigo,

em recipientes coletores adequados, em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores, no aguardo da realização

da etapa de coleta externa.

Page 139: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Armazenamento temporário RSS

Compartimento para armazenamento de resíduos classe A

Depósito externo divido em ambiente para armazenamento de resíduos tipos A e E e outro

para armazenamento de resíduos tipo D

Page 140: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Coleta e transporte externo RSS

Remoção dos RSS do abrigo de resíduos

(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela utilização de técnicas que garantam a preservação das

condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio

ambiente.

Page 141: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Coleta e transporte externo RSS

• o veículo coletor deve sofrer limpeza e desinfecção simultânea, mediante o uso de jato de água, preferencialmente quente e sob pressão.

• Esses veículos não podem ser lavados em postos de abastecimento comuns.

Page 142: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Tratamento dos RSS

Quaisquer processos manuais, mecânicos, físicos, químicos ou biológicos que alterem as

características dos resíduos, visando a minimização do risco à saúde, a preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a

saúde do trabalhador.

Page 143: SLIDES AULAS - RESÍDUOS SÓLIDOS

Desinfecção para tratamento dos resíduos do grupo A

• Principais tecnologias de desinfecção:

– autoclavagem,

– Microondas: os resíduos devem ser submetidos previamente a processo de trituração e umidificação;

– incineração.

• Após essas etapas os RSS permitem um encaminhamento dos resíduos tratados para o circuito normal de resíduos sólidos urbanos (RSU), sem qualquer risco para a saúde pública.

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Disposição final dos RSS

• Aterro sanitário,

• aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais).

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REFERENCIAS

ABNT – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2004. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Política nacional de resíduos sólidos. 2. ed. Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2012. 73 p. CONDER. Manual de Operação de Aterros Sanitários. Salvador: Companhia de desenvolvimento do Estado da Bahia. http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Aterro%20Sanit%C3%A1rio%20CONDER.pdf FEAM. Orientações básicas para a operação de aterro sanitário. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente. FEAM, 2006. 36p. VILHENA, André, D'ALMEIDA, Maria Luiza Otero (Org.). Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2ed. São Paulo: IPT, 2000, 370p.