estruturas de alvenaria - slides aulas

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Estruturas de Alvenaria - Aulas IST

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  • 1Antnio Sousa Gago [email protected] 1111

    ESTRUTURAS DE ALVENARIA E MADEIRA

    MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL

    2 SEMESTRE 5 ANO

    Prof. Antnio Sousa Gago & Prof. Lus Guerreiro

    Antnio Sousa Gago [email protected] 2222

    OBJECTIVO

    O objectivo da disciplina conferir competncias no domnio do

    dimensionamento e da verificao da segurana de estruturas de

    alvenaria e de madeira e na definio dos respectivos pormenores

    construtivos. Este propsito atingido pelo conhecimento das

    caractersticas mecnicas dos materiais e elementos que compem estas

    estruturas e dos modelos que descrevem o seu funcionamento estrutural.

    Na avaliao da segurana e na definio dos detalhes construtivos

    seguem-se, quando existentes, as indicaes propostas pelos

    Eurocdigos 5 e 6.

    Os objectos de estudo so as estruturas modernas e as estruturas de

    edifcios antigos, as quais requerem uma abordagem especfica.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 3333

    ESTRUTURAS DE ALVENARIA1) Introduo1.1) Tipos de estruturas de alvenaria e domnios de aplicao2) Caractersticas fsicas e mecnicas dos materiais3) Dimensionamento aos estados limites ltimos3.1) Alvenaria no armada3.1.1) Paredes solicitadas axialmente3.1.2) Paredes solicitadas lateralmente3.1.3) Paredes solicitadas axial e lateralmente.3.1.4) Paredes submetidas a esforos de corte3.1.5) Outros elementos3.2) Alvenaria armada e pr-esforada3.2.1) Paredes solicitadas axialmente3.2.2) Paredes solicitadas flexo e flexo composta3.2.3) Paredes submetidas a esforos de corte4) Estabilidade global de estruturas de alvenaria4.1) Modelao4.2) Edifcios sob aces verticais e horizontais5) Estados limites de utilizao6) Disposies construtivas7) Aplicaes a edifcios antigos8) Patologias e reabilitao

  • 2Antnio Sousa Gago [email protected] 4444

    PARTE I

    ALVENARIA ESTRUTURAL

    EM EDIFCIOS ANTIGOS

    Tipologias e Caractersticas

    Antnio Sousa Gago [email protected] 5555

    ALVENARIA ESTRUTURAL EM EDIFCIOS ANTIGOS

    TIPOLOGIAS E CARACTERSTICAS

    DEFINIO

    A palavra alvenaria tem origem no rabe

    (al-bann = pedreiro) e significa uma

    associao de unidades (pedras, blocos,

    tijolos, etc) que, ligadas ou no por

    argamassa de assentamento, formam

    uma construo (paredes, arcos,

    abbadas, cpulas, fundaes ou muros).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 6666

    HISTRIA

    Os primeiros exemplos de construo em

    alvenaria foram encontrados em escavaes

    arqueolgicas realizadas prximo do lago

    de Hullen, em Israel. Estas construes,

    realizadas entre 9000 e 8000 anos antes de

    Cristo, e executadas em alvenaria de pedra

    mostram que, provavelmente, as primeiras

    construes em alvenaria foram executadas

    com pedra. Da mesma poca (8000 A.C.)

    datam as famosas muralhas de Jeric, na

    Palestina, construdas em pedra de calcrio

    com preenchimento das juntas com terra.Vestgios arqueolgicos da

    Muralha de Jeric

  • 3Antnio Sousa Gago [email protected] 7777

    A indisponibilidade de pedra na imediaes do local a construir ter levado

    utilizao de materiais alternativos. Nas regies secas ter tido incio a

    construo de paredes com misturas de terra e de fibras vegetais e,

    posteriormente, a manufactura de tijolos de argila secos ao sol.

    Trabalhos arqueolgicos executados na Palestina revelaram paredes de tijolos

    de argila secos ao sol executadas cerca de 3000 anos antes de Cristo.

    No antigo Egipto, desde os tempos pr-dinsticos (cerca de 5000 A.C.) at

    ocupao romana (50 D.C.) o material mais divulgado para a construo de

    habitaes eram os tijolos de argila secos ao sol.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 8888

    A utilizao de grandes blocos de pedra foi exclusivo das grandes construes

    (templos, palcios, fortificaes). Enquanto que nas construes correntes se

    utilizavam blocos de pedra mais reduzidos (aparelhados ou no) e outras

    unidades, como tijolos de argila , cozidos ou no.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 9999

    O desconhecimento da tecnologia do ARCO limitou a concepo arquitectnica,

    pois a diminuta resistncia traco da pedra impede a realizao de grandes

    vos com estruturas lineares em alvenaria.

  • 4Antnio Sousa Gago [email protected] 10101010

    Antnio Sousa Gago [email protected] 11111111

    Antnio Sousa Gago [email protected] 12121212

  • 5Antnio Sousa Gago [email protected] 13131313

    A forma arqueada permite a transmisso das cargas para os apoios atravs

    de fluxos de compresses (sem a gerao das tenses de traco que a

    alvenaria incapaz de suportar).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 14141414

    O ARCO teve origem na Mesopotmia h 6000 anos, mas foi com os Etruscos

    e, posteriormente, com os Romanos (primeiro milnio AC) que esta tecnologia

    se desenvolveu e implantou. Com os ARCOS, as ABBADAS e as CPULAS

    conseguiram-se extraordinrias realizaes arquitectnicas em alvenaria.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 15151515

  • 6Antnio Sousa Gago [email protected] 16161616

    Antnio Sousa Gago [email protected] 17171717

    ARQUITECTURA ROMNICA

    o estilo arquitectnico que surgiu na Europa no sculo X e evoluiu para o

    estilo gtico no fim do sculo XII. Caracteriza-se por construes austeras e

    robustas, com paredes grossas e minsculas janelas, cuja principal funo era

    resistir a ataques de exrcitos inimigos.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 18181818

  • 7Antnio Sousa Gago [email protected] 19191919

    ARQUITECTURA GTICA

    Arquitectura Gtica resulta da evoluo da

    arquitectura Romnica. Com o Gtico as

    abbadas so cada vez mais elevadas e

    maiores, no se apoiam em muros e paredes

    compactas mas sim em pilastras ou colunas.

    Uma srie de suportes (arcobotantes e

    contrafortes) possuam a funo de equilibrar

    os impulsos horizontais transmitidos pelas

    abbadas.

    As paredes espessas foram excludas dos

    edifcios e foram substitudas por vitrais e

    rosceas que iluminavam o ambiente interno.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 20202020

    Antnio Sousa Gago [email protected] 21212121

  • 8Antnio Sousa Gago [email protected] 22222222

    Antnio Sousa Gago [email protected] 23232323

    Antnio Sousa Gago [email protected] 24242424

  • 9Antnio Sousa Gago [email protected] 25252525

    Antnio Sousa Gago [email protected] 26262626

    Antnio Sousa Gago [email protected] 27272727

    TIPOS DE ALVENARIA

    a) ALVENARIA DE PEDRA;

    b) ALVENARIA MISTA;

    c) ALVENARIA COM ESTRUTURA DE

    MADEIRA;

    d) ALVENARIA DE TIJOLO

    CERMICO;

    e) ALVENARIA DE ADOBE;

    f) ALVENARIA DE TAIPA.

  • 10

    Antnio Sousa Gago [email protected] 28282828

    Os diferentes tipos de alvenaria de pedra

    diferenciam-se quanto utilizao de argamassa

    de ligao e quanto regularidade das faces da

    pedra:

    i) Alvenaria de Pedra Seca;

    ii) Alvenaria Ordinria;

    iii) Alvenaria de Pedra Aparelhada;

    iv) Cantaria ou Enxilharia;

    v) Alvenaria Mista.

    a) ALVENARIA DE PEDRA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 29292929

    ai) Alvenaria de Pedra Seca

    So constitudas por pedras toscas, angulosas ou

    roladas, de forma e dimenses irregulares,

    assentes sem argamassa de ligao pela face que

    se apresentar mais regularizada.

    Pedras mais usadas: granito, xisto

    Revestimento: com ou sem reboco de argamassa

    de cal e areia.

    Requer boa execuo no travamento das pedras

    atravs do encaixe cuidado das pedras e do uso de

    escassilhos (fragmentos pequenos de pedras).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 30303030

    Campo de Aplicao Principal

    Fundaes, paredes exteriores e interiores, muros de suporte, de espera ou

    de encosto, e muros de vedao.

  • 11

    Antnio Sousa Gago [email protected] 31313131

    Pedra irregular assente

    com argamassa de

    modo anlogo ao da

    alvenaria de pedra

    aparelhada, mas menos

    cuidado.

    Em regra, a parede

    revestida com reboco de

    argamassa de cal e areia

    e as pedras so assentes

    pela parte mais lisa para

    no deixarem espaos

    vazios sem argamassa.

    aii) Alvenaria de Pedra Ordinria

    Antnio Sousa Gago [email protected] 32323232

    Alvenaria de Pedra Ordinria

    Antnio Sousa Gago [email protected] 33333333

    Construo/Ensaio de Prottipo de Parede (DECivil IST)Alvenaria de Pedra Ordinria

  • 12

    Antnio Sousa Gago [email protected] 34343434

    Construo/Ensaio de Prottipo de Parede (DECivil IST)Alvenaria de Pedra Ordinria

    Antnio Sousa Gago [email protected] 35353535

    Alvenaria de Pedra Ordinria

    Antnio Sousa Gago [email protected] 36363636

    Pedra irregular assente em

    argamassa, escolhendo

    para os paramentos pedras

    rijas, maiores e de melhor

    aspecto, aparelhadas

    numa das faces.

    Por vezes, por rapidez de

    execuo, os interior entre

    paramentos

    simplesmente preenchido

    com uma mistura ciclpica

    de argamassa e pedras

    irregulares.

    aiii) Alvenaria de Pedra Aparelhada

  • 13

    Antnio Sousa Gago [email protected] 37373737

    Aparelho rstico

    Aparelho regular

    Antnio Sousa Gago [email protected] 38383838

    aiv) Cantaria e Enxilharia

    Cantaria: Processo construtivo de paredes (ou outras partes das

    edificaes) utilizando pedra lavrada ou aparelhada com formas geomtricas variadas

    (pedra de cantaria).

    Enxilharia: Processo construtivo de paredes (ou outras partes das

    edificaes) utilizando pedra de

    forma paralelipipdica de grandes

    dimenses e com aparelho pouco

    cuidado (enxilhar, silhar).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 39393939

    Cantaria e Enxilharia

  • 14

    Antnio Sousa Gago [email protected] 40404040

    Cantaria - Arcos

    Antnio Sousa Gago [email protected] 41414141

    Cantaria Nervuras de Abbadas

    Antnio Sousa Gago [email protected] 42424242

    Cantaria Nervuras de Abbadas

  • 15

    Antnio Sousa Gago [email protected] 43434343

    Cantaria Nervuras de Abbadas

    Antnio Sousa Gago [email protected] 44444444

    Na alvenaria mista so utilizados vrios tipos

    de unidades, nomeadamente pedra e cantaria

    ou pedra e tijolo.

    b) ALVENARIA MISTA

    Alvenaria de Pedra e Cantaria

    Alvenaria de Pedra e Tijolo

    Antnio Sousa Gago [email protected] 45454545

    Alvenaria de Pedra e Madeira Alvenaria de Pedra e Tijolo

  • 16

    Antnio Sousa Gago [email protected] 46464646

    c) ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA

    Construo em madeira (1425) Parede de habitao romana em Herculano (opus craticium sec. I)

    Antnio Sousa Gago [email protected] 47474747

    ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA

    Encyclopdie 1751-72 (Diderot & DAlembet) Sistema de preveno ssmica com madeira e tirantes de ferro casa baraccata 1876)

    Antnio Sousa Gago [email protected] 48484848

  • 17

    Antnio Sousa Gago [email protected] 49494949

    paredes com funes resistentes Esq. Pombalinos (Lisboa); Dta. Mosteiro de Tibes (Braga)

    Antnio Sousa Gago [email protected] 50505050

    ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA - tabiques

    Antnio Sousa Gago [email protected] 51515151

    ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA - tabiques

  • 18

    Antnio Sousa Gago [email protected] 52525252

    ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA - tabiques

    Antnio Sousa Gago [email protected] 53535353

    ALVENARIA COM ESTRUTURA DE MADEIRA -tabiques

    Antnio Sousa Gago [email protected] 54545454

    d) ALVENARIA DE TIJOLO

  • 19

    Antnio Sousa Gago [email protected] 55555555

    ALVENARIA DE TIJOLO Abbadas e Arcos

    Antnio Sousa Gago [email protected] 56565656

    EVOLUO DAS PAREDES EM PORTUGAL

    PAREDES DE ALVENARIA DE TIJOLO DE BARRO VERMELHO

    Tijolo de 22 x 11 x 7cm

    Tijolo de 30 x 20 x 7cm

    Tijolo de 30 x 20 x 11cm

    Tijolo de 30 x 20 x 15cm

    Tijolo de 30 x 20 x 22cm

    Tijolo de 20 x 20 x 7cm

    Tijolo de 20 x 20 x 11cm

    ALVENARIA DE BLOCOS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 57575757

    ALVENARIA DE TIJOLO - Monadnock Building (Chicago)

    um dos mais altos edifcios do mundo com estrutura em paredes de alvenaria NO ARMADA;

    A sua construo iniciou-se em 1889 e terminou em 1891;

    Tem 17 piso elevados (16 + cob);

    Projectado por Burnham & Root (foi o ltimo edifcio projectado pelo arquitecto John Wellborn Root);

    Na base as paredes tm cerca de 1,80 metros de espessura (six-feet thick).

  • 20

    Antnio Sousa Gago [email protected] 58585858

    ALVENARIA DE TIJOLO - Monadnock Building (Chicago)

    Antnio Sousa Gago [email protected] 59595959

    e) ALVENARIA DE ADOBE

    Antnio Sousa Gago [email protected] 60606060

    f) ALVENARIA DE TAIPA

  • 21

    Antnio Sousa Gago [email protected] 61616161

    Espessura elevada;

    Peso elevado (massa elevada);

    Rigidez elevada;

    Boa resistncia compresso;

    Resistncias traco e flexo

    muito reduzidas;

    Resistncia ao corte reduzida.

    PAREDES ANTIGAS - ALVENARIA RESISTENTE

    PRINCIPAIS CARACTERSTICAS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 62626262

    CONSEQUNCIAS FAVORVEIS DAS SUAS CARACTERSTICAS

    Grande capacidade de mobilizao de forasestabilizantes que equilibram foras horizontaisderrubantes e deslizantes (impulsos de terras e deelementos estruturais: arcos, abbadas; aces dovento e dos sismos, etc.

    Alargamento do ncleo central da seco (commenor risco de tenses de traco e de fendilhao)

    Diminuio da esbelteza (com menor risco deinstabilidade por encurvadora)

    Melhor proteco contra a aco dos agentesatmosfricos e a penetrao da gua da chuva(permitindo ciclos de molhagem-secagem semafectar o paramento interior)

    Peso elevado

    Espessuraelevada

    Antnio Sousa Gago [email protected] 63636363

    Pedras gneas granito fc = 40 a 150 MPa sedimentares calcrio fc = 10 a 100 MPa metamrficas mrmore fc = 30 a 150 MPa metamrficas xisto fc = 5 a 60 MPa Tijolos fc = 5 a 15 MPa Adobe, Taipa fc = 0.5 a 3 MPa

    PAREDES ANTIGAS - ALVENARIA RESISTENTE

    Unidades de Alvenaria Resistncia compresso

    Antigas/Tradicionais - Argamassas de cal hidratada (area, apagada ou gorda) que s endurece ao ar (eventualmente com adio de pozolanas para conferir caractersticas de hidraulicidade) e por vezes com cal hidrulica;

    Modernas - Com relaes ligante-inerte (traos) de 1:3, com cal hidrulica e/ou cimento e com resistncias compresso de 4 a 10 MPa.

    Fonte: Paulo Loureno UMinho

    Argamassa de Assentamento

  • 22

    Antnio Sousa Gago [email protected] 64646464

    Fonte: P.I.E.T. 70 Obras de Fbrica. Prescripciones del Instituto Eduardo Torroja. Consejo Superior de Investigacioens Cientficas. Madrid, 1971

    PAREDES ANTIGAS - ALVENARIA RESISTENTE

    Resistncia compresso valores de Clculo PIET70 (1970)

    Tipo de Pedra

    Resistncia Pedra(MPa)

    Cantaria Alvenaria

    juntas secas bem

    aparelhadas

    argamassa de assentamento

    > M 8

    argamassa de assentamento

    > M 4

    corrente & regular

    argamassa de assentamento

    > M 4

    Irregular argamassa de assentamento

    > M 0.5

    Seca

    Granito ou

    Basalto> 100 8 6 4 2,5 1 0,7

    calcrioduro,

    mrmore> 30 4 3 2 1,2 0,8 0,6

    Calcrio brando

    > 10 2 1,5 1,0 0,8 0,6 0,5

    Antnio Sousa Gago [email protected] 65656565

    Antnio Sousa Gago [email protected] 66666666

    EDIFCIOS ANTIGOS EM LISBOA (obs.)

    Mais de metade dos edifcios de Lisboa tm

    estrutura em alvenaria. De acordo com os

    Censos de 2001, apenas 38% dos edifcios de

    Lisboa tm uma estrutura em beto armado ou

    ao estrutural, o que indica que mais de metade

    dos edifcios foram construdos antes de 1950.

    Os edifcios com estrutura em alvenaria so

    fundamentalmente de dois tipos:

    POMBALINOS ou GAIOLEIROS

  • 23

    Antnio Sousa Gago [email protected] 67676767

    A reconstruo de Lisboa aps o sismo de 1755 iniciou-se em 1756 e foi executada segundo um

    plano urbanstico (ortogonal) inovador, proposto por Manuel da Maia (General e Engenheiro-Mor

    do Reino) e concretizado pelos engenheiros militares Eugnio dos Santos e Carlos Mardel.

    Tecnologicamente inovador foi tambm o uso sistemtico de solues construtivas que se sabia

    reduzirem a vulnerabilidade ssmica dos edifcios. A soluo da gaiola pombalina que combinava

    a flexibilidade da madeira e a rigidez das alvenarias no era em si inovadora (j era conhecida

    pelos Romanos - opus craticium), o que foi inovador foi a sistematizao do seu uso com

    aperfeioamentos e regras de aplicao destinadas a aumentar a sua eficincia.

    A CONSTRUO POMBALINA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 68686868

    O grande sismo de Calabria, em 1783, considerado por

    alguns autores como o primeiro a ser estudado

    cientificamente, veio a dar origem casa anti-ssmica de

    Giovanni Vivenzio (casa baraccata), a qual ter tido

    influncia da construo Pombalina. Em 1784 foram

    publicadas por Istruzioni reali uma srie de indicaes para

    a reconstruo dos edifcios destrudos pelo sismo, as

    quais se inspiravam em boa parte nas normas de Lisboa.

    Segundo alguns autores (Italianos) estas instrues

    constituram o primeiro regulamento de construo anti-

    ssmica.

    De facto, as normas de construo da gaiola pombalinas

    tero sido transmitidas oralmente ou em suporte precrio

    pois nunca se encontraram directivas escritas impondo o

    seu uso.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 69696969

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Sistema de construo anti-ssmica mais eficiente do sculo XVIII. Caracteriza-se por:

    Integrao, nas paredes dos edifcios, duma estrutura tridimensional de madeira (gaiola), que, em conjunto com as estruturas de madeira dos pavimentos elevados e da cobertura, confere s edificaes uma elevada capacidade resistente aos sismos. As peas da gaiola so interligadas por ensambladuras reforadas com pregagem de ferro forjado garantindo a solidarizao do conjunto.

    Paredes mestras exteriores e de empena e um n. reduzido de paredes interiores resistentes de alvenaria de pedra, incorporando uma estrutura reticulada de prumos e travessas de madeira.

    Paredes interiores de 2 tipos (na sua maioria):

    i) paredes de contraventamento estrutural (frontais ou paredes de frontal), com estrutura interna de madeira constituda por prumos, travessas e diagonais em cruz de Sto. Andr, e espaos intermdios preenchidos com alvenaria ligeira de pedra mida irregular ou tijolo macio argamassados, sendo os paramentos rebocados e estucados

    ii) paredes no-resistentes de reduzida espessura (tabiques), com estrutura de madeira de tabues verticais ou em diagonal a que so fixados nos paramentos fasquiados horizontais, posteriormente rebocados e estucados.

  • 24

    Antnio Sousa Gago [email protected] 70707070

    A parede meeira corta-fogo

    B parede de empena espessa, de separao dos edficios

    C estacaria de madeira

    D arcos de reforo de fundaes

    E abbodas e escadas em alvenaria no piso trreo (resistentes ao fogo)

    F escadas com patamares intermdios

    G escadas junto fachada de tardoz dando para logradouro

    H gua-furtada

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Antnio Sousa Gago [email protected] 71717171

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Antnio Sousa Gago [email protected] 72727272

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

  • 25

    Antnio Sousa Gago [email protected] 73737373

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Frontal Pombalino

    Antnio Sousa Gago [email protected] 74747474

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Tabique

    Antnio Sousa Gago [email protected] 75757575

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

  • 26

    Antnio Sousa Gago [email protected] 76767676

    CONSTRUO POMBALINA - CARACTERIZAO GERAL

    Antnio Sousa Gago [email protected] 77777777

    CONSTRUO GAIOLEIRA - CARACTERIZAO GERAL

    Ao longo do sc. XIX, medida que a memria do sismo de 1755 se ia esbatendo, o

    rigor do desenho e da construo pombalida perde-se e d origem ao gaioleiro.

    A designao gaioleiro est ligada a prdios de rendimento, construdos para

    vender ou construdos por encomenda, mas destinados ao mercado do arrendamento

    (por fraces).

    Foram construdos por uma nova classe de construtores civis, sem o ofcio dos

    velhos mestres, que por ignorncia e avidez de lucro escolheram materiais e

    tcnicas de qualidade inferior, o que chegou a dar origem ao colapso de algumas

    propriedades.

    Em 1830 a estrutura de paredes com cruzes de Sto. Andr desaparece quase por

    completo, resumindo-se a construo das paredes interiores a painis de costaneiras.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 78787878

    CONSTRUO GAIOLEIRA - CARACTERIZAO GERAL

    O sistema de construo caracteriza-se por:

    Fundaes em alvenaria ordinria de pedra calcria (com 1m de largura no caso dasparedes exteriores anterior e posterior e 0.7m nas paredes de empena , meeiras e dossagues);

    Paredes exteriores em alvenaria ordinria de pedra calcria com 0.7m na base eespessura varivel em altura. As paredes de empena, meeiras e dos sagues so maisfinas, com 0.40 m;

    Paredes interiores em tijolo (as mais importantes) e em madeira - painis decostaneiras (as menos importantes). frequente encontrar em altura transies deparedes de tijolo para painis de costaneiras. Os tijolos so furados a uma ou a meiavez e tm dimenses 23x11x7 cm;

    Pavimentos em madeira com revestimrentos em soalho e cobertura num sistemahbrido que corresponde a uma simplificao da asna;

    Varandas nas traseiras com estrutura metlica e com lajes em abobadilhas de tijoloburro e furado, que se apoiam em perfis metlicos de seco em I.

  • 27

    Antnio Sousa Gago [email protected] 79797979

    CONSTRUO GAILOEIRA- CARACTERIZAO GERAL

    Antnio Sousa Gago [email protected] 80808080

    CONSTRUO GAILOEIRA- CARACTERIZAO GERAL

    Antnio Sousa Gago [email protected] 81818181

    CONSTRUO GAILOEIRA- CARACTERIZAO GERAL

  • 28

    Antnio Sousa Gago [email protected] 82828282

    Antnio Sousa Gago [email protected] 83838383

    Antnio Sousa Gago [email protected] 84848484

  • 29

    Antnio Sousa Gago [email protected] 85858585

    Edifcios de Placa (1940-60) marcam a transio daconstruo em alvenaria para o beto armado. Obeto armado, que apareceu em Portugal no incio dosc. XX, foi inicialmente aplicado nos pavimento dascozinhas e casas de banho. O desenvolvimento dossistemas base do beto armado levou substituio dos pavimentos de madeira por lajesfinas. So estas lajes finas que atribuiram aosedifcios que as contm, a designao de edifcios dePlaca. Estas lajes apoiam-se directamente nasparedes de alvenaria.

    OUTROS TIPOS DE CONSTRUO EM LISBOA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 86868686

    PARTE II

    ALVENARIA ESTRUTURAL

    EM EDIFCIOS MODERNOS

    Dimensionamento

    de acordo com o

    Eurocdigo 6

    Antnio Sousa Gago [email protected] 87878787

    ALVENARIA ESTRUTURAL EM EDIFCIOS NOVOS

    DIMENSIONAMENTO DE ACORDO COM O EC6

    MOTIVAO

    Os trabalhos de alvenaria, incluindo os seusrevestimentos, correspondem a cerca de 15 %do valor total da construo de edifcios.

    No entanto, as paredes de alvenaria tm,habitualmente, desempenhos incompatveiscom a sua importncia funcional e econmica(cerca de 25% do total das anomalias emedifcios), por insuficincias ao nvel daconcepo e da execuo, bem como ao nvelda seleco dos materiais.

  • 30

    Antnio Sousa Gago [email protected] 88888888

    Por outro lado, o investimento nacional em reabilitao representa apenas 10%do mercado da construo civil, enquanto que a mdia europeia de 35%.

    O aumento da quota do mercado da reabilitao, as anomalias e a importnciaeconmica e funcional das paredes justificam o interesse renovado na alvenaria.

    As solues em alvenaria estrutural correspondem a cerca de 30% e 50% domercado da construo de edifcios em pases como a Itlia e a Alemanha,respectivamente, no se justificando o desprezo nacional por tcnicas similares.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 89898989

    EUROCDIGO 6

    O EUROCDIGO 6 (EC6) refere-se ao dimensionamento de:

    Estrutura de alvenaria simples;

    Estrutura de alvenaria armada:

    Estrutura de alvenaria pr-esforada;

    Estrutura de alvenaria confinada.

    Aplica-se ao dimensionamento das paredes de alvenaria que constituam parte

    integrante do sistema estrutural principal da construo e a paredes que no

    constituem parte integrante da estrutural principal, mas que suportem certas

    aces ou que apresentem esbelteza e/ou dimenses assinalveis.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 90909090

    O EC6 especifica os requisitos de resistncia, servio e durabilidade das

    estruturas, enquanto que os restantes requisitos (isolamento trmico ou

    acstico, etc) no so considerados.

    Tambm no cobre os requisitos relativamente ao dimensionamento ssmico,

    uma vez que esses surgem no EC8, que se encontra consistente com o EC6.

    O EC6 apresenta-se estruturado do seguinte modo:

    EN1996.1.1 Regras para Estruturas de Alvenaria Simples e Armada;

    EN1996.1.2 Projecto de Estruturas Resistentes ao Fogo;

    EN1996.2 Consideraes de Projecto, Seleco de Materiais e Execuo;

    EN1996.3 Mtodos de Clculo Simplificado de Estruturas de Alvenaria

    Simples.

  • 31

    Antnio Sousa Gago [email protected] 91919191

    Os temas na Parte 1.1 do EC6 (EN1996.1.1 Regras para Estruturas de

    Alvenaria Simples e Armada) encontram-se ordenados na seguinte forma:

    Captulo 1 Generalidades;

    Captulo 2 Bases para o Projecto;

    Captulo 3 Materiais;

    Captulo 4 Durabilidade;

    Captulo 5 Anlise Estrutural;

    Captulo 6 Estados Limites ltimos;

    Captulo 7 Estados Limites de Utilizao;

    Captulo 8 Disposies Construtivas;

    Captulo 9 Execuo.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 92929292

    EUROCDIGO 8

    A parte mais relevante do Eurocdigo 8 (EC8) para estruturas de alvenaria a

    Parte 1, referente s Regras Gerais, Aco Ssmica e Regras para Edifcios,

    nomeadamente o Cap. 9 Regras Especficas para Estruturas de Alvenaria.

    As regras para estruturas de alvenaria que surgem no EC8, so regras

    adicionais s do EC6. O EC8 prescreve que os nicos tipos de alvenaria que se

    podem efectuar em locais de risco ssmico so:

    A alvenaria Simples;

    A alvenaria Confinada;

    A alvenaria Armada.

    Nota: O EC8 no faz referncia alvenaria pr-esforada.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 93939393

    TIPOS DE PAREDES

    As paredes em alvenaria podem classificar-se tendo em conta as funes

    estruturais que desempenham e o tipo de material ou tcnica construtiva

    utilizados na sua execuo.

    Do ponto de vista da funo estrutural, as paredes classificam-se como:

    Paredes Resistentes (LOAD-BEARING WALL), se tiverem alguma

    funo estrutural (dimensionadas para suportar uma carga para alm

    do seu peso);

    Paredes No Resistentes (NON-LOAD-BEARING WALL), se se tratarem

    de paredes sem qualquer funo estrutural (parede no considerada

    na resistncia a esforos e que, por isso, poder ser suprimida sem

    prejudicar a integridade do resto da estrutura).

  • 32

    Antnio Sousa Gago [email protected] 94949494

    TIPOS DE PAREDES FUNO ESTRUTURAL

    As paredes resistentes em alvenaria encontram-se sempre sob o efeito de

    aces verticais (pelo menos do seu peso prprio) e tambm a aces

    horizontais (resultantes do vento e aco ssmica e outras), que podem actuar

    no plano da parede ou perpendicularmente ao seu plano.

    Chamam-se paredes de contraventamento (SHEAR WALLS) aquelas paredes

    que esto destinadas a resistir a foras horizontais no seu plano.

    Chamam-se paredes de travamento (STIFFENING WALLS) aquelas paredes que

    so colocadas perpendicularmente a outras para lhe conferir apoio a foras

    laterais (horizontais) ou para evitar sua a encurvadura e tambm para

    contribuir para a estabilidade da construo.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 95959595

    TIPOS DE PAREDES MATERIAIS (UNIDADES)

    Do ponto de vista do tipo de material utilizado, o EC6 prev a utilizao dos

    seguintes tipos de unidades:

    Unidades cermicas (executadas de acordo com EN 771-1);

    Unidades slico-calcrias (EN 771-2);

    Unidades de beto (EN 771-3);

    unidades de beto celular autoclavado (EN 771-4);

    Unidades de pedra artificial (EN 771-5);

    Unidades de pedra natural (EN 771-6).

    Para alm da classificao das unidades segundo o material, elas so

    classificadas em funo da sua furao (Grupos 1 a 4) e em funo do controle

    de fabrico (Categorias I e II).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 96969696

    TIPOS DE PAREDES MATERIAIS (ARGAMASSA)

    Do ponto de vista do tipo de material utilizado, o EC6 prev a utilizao dos

    seguintes tipos de argamassa de assentamento :

    nenhuma (*);

    argamassa corrente (argamassa sem caractersticas especiais);

    argamassa cola ou argamassa para juntas pouco espessas

    (argamassa com agregados de dimenso mxima inferior ou igual a

    um valor prescrito);

    argamassa leve (argamassa cuja massa volmica aparente seca

    inferior a um dado valor especificado na EN 998-2:1400kg/m3).

    (*) Segundo o EC8 (Anexo Nacional) as juntas devem ser sempre preenchidas com argamassa de

    assentamento, excepto no caso de haver juntas de encaixe onde se pode dispensar a argamassa.

  • 33

    Antnio Sousa Gago [email protected] 97979797

    TIPOS DE PAREDES MATERIAIS (ARGAMASSA)

    Em funo do mtodo de definio da sua composio, as argamassas de

    assentamento so consideradas como calculadas (argamassa estudada e

    fabricada de modo a satisfazer determinadas propriedades conceito de desempenho

    i.e. especifica-se as propriedades pretendidas) ou como de composio especificada

    (argamassa fabricada segundo propores pr-definidas e cujas propriedades

    resultam das propores especificadas conceito de receita i.e diz-se a composio).

    Em funo do mtodo de fabrico a argamassa de assentamento pode ser

    industrial (doseada e fabricada em fabrica), industrial semi-acabada (os

    constituintes so pr-doseados em fabrica e misturados em obra, juntando ou

    no outros componentes especificados pela fabrica) ou feita em obra

    (constituintes doseados, preparados e misturados em obra).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 98989898

    Quanto s tcnicas construtivas o EC6

    classifica as paredes do seguinte modo:

    Parede Simples (SINGLE-LEAF WALL)

    constituda por apenas um pano de

    alvenaria com uma junta horizontal

    contnua ou descontnua na espessura

    da parede, podendo apresentar ou no

    juntas longitudinais na espessura da

    parede.

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 99999999

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

    Parede Dupla (CAVITY WALL)

    constituda por dois panos simples de parede,

    paralelos, afastados de, pelo menos, 50 mm,

    isto , apresentando uma caixa-de-ar que pode

    ser preenchida de forma parcial ou total, por

    isolamento trmico. Os panos devero estar

    ligados entre si eficazmente por ligadores

    metlicos. Estas peas servem para aumentar a

    rigidez do conjunto dos panos e assim reduzir

    a deformao sob o efeito dos carregamentos.

  • 34

    Antnio Sousa Gago [email protected] 100100100100

    Parede de Face Vista (FACED WALL)

    constituda por um ou dois tipos de unidades

    de alvenaria, onde o acabamento final de uma

    ou das duas faces assegurado pela prpria

    unidade. Se forem utilizados materiais

    diferentes nas duas faces, necessrio

    assegurar que as caractersticas mecnicas das

    unidades so semelhantes, uma vez que a

    resistncia da parede baseada na largura e

    na unidade mais fraca utilizada.

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 101101101101

    Parede Composta ou de

    Dois Panos (DOUBLE LEAF

    WALL)

    parede composta por dois

    panos paralelos, cuja largura

    intermdia totalmente

    preenchida com argamassa,

    firmemente ligados entre si

    por ligadores, por forma a

    garantir um funcionamento

    conjunto sob efeito das

    cargas.

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 102102102102

    Parede com Juntas

    Descontnuas (SHELL

    BEDDED WALL)

    constituda por unidades

    de alvenaria assentes em

    duas (ou mais) faixas de

    argamassa, ao longo de

    arestas exteriores das faces

    de assentamento.

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

  • 35

    Antnio Sousa Gago [email protected] 103103103103

    Parede Cortina (VENEER WALL)

    constituda por 2 panos em que um de

    alvenaria e o outro de beto armado ou

    similar. A fixao do pano de alvenaria

    estrutura de suporte em beto dever

    ser com fixadores adequados, de modo

    a que a capa de alvenaria exterior no

    tenha funes resistentes. Como a

    estrutura resistente no o pano de

    alvenaria, o dimensionamento desta

    estrutura no definido no EC6.

    TIPOS DE PAREDES TCNICAS CONSTRUTIVAS

    Antnio Sousa Gago [email protected] 104104104104

    TIPOS DE ALVENARIA EM PAREDES RESISTENTES

    Alvenaria Simples (alvenaria

    que no apresenta quantidade

    de armadura suficiente para ser

    considerada armada);

    Alvenaria Armada;

    Alvenaria Confinada;

    Alvenaria Pr-Esforada.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 105105105105

    TIPOS DE ALVENARIA EM PAREDES RESISTENTES

    Alvenaria Simples;

    Alvenaria Armada (alvenaria na qual

    vares ou redes so envolvidos por beto

    ou argamassa, de forma a que todos os

    materiais funcionem em conjunto na

    resposta s foras aplicadas);

    Alvenaria Confinada;

    Alvenaria Pr- Esforada.

  • 36

    Antnio Sousa Gago [email protected] 106106106106

    TIPOS DE ALVENARIA EM PAREDES RESISTENTES

    Alvenaria Simples;

    Alvenaria Armada;

    Alvenaria Confinada ou Cintada

    (alvenaria incorporando elementos

    de cintagem, nas direces vertical

    e horizontal, em beto armado ou

    em alvenaria armada);

    Alvenaria Pr-Esforada.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 107107107107

    TIPOS DE ALVENARIA EM PAREDES RESISTENTES

    Alvenaria Simples;

    Alvenaria Armada;

    Alvenaria Confinada;

    Alvenaria Pr-Esforada

    (alvenaria na qual as tenses

    internas de compresso foram

    intencionalmente induzidas

    atravs de armaduras traccionadas).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 108108108108

    CONCEPO DE ESTRUTURAS EM ALVENARIA EDIFCIOS

    O ajuste das solues arquitectnicas s possibilidades da soluo estrutural

    particularmente importante em edifcios com estrutura em alvenaria

    resistente, para os quais a definio de um esquema de paredes estruturais

    representa um elemento essencial na composio arquitectnica.

    Na concepo de edifcios com estrutura em alvenaria devem ser tidos em

    considerao alguns cuidados especficos para esta soluo estrutural, como

    por exemplo:

    as paredes resistentes devem ser contnuas de baixo at ao topo edifcio;

    devero existir paredes de contraventamento nas duas direces e estas

    paredes devero estar suficientemente comprimidas para se poder mobilizar

    nveis de resistncia ao corte significativos;

  • 37

    Antnio Sousa Gago [email protected] 109109109109

    CONCEPO DE ESTRUTURAS EM ALVENARIA EDIFCIOS

    deve evitar-se a concentrao de paredes transversais numa dada zona e

    distribuies muito diferenciadas de aberturas em paredes (efeitos de

    toro);

    as configuraes em planta e em altura no devem apresentar grandes

    assimetrias nem irregularidares devendo adoptar-se para os edifcios relaes

    geomtricas prximas das que se estabelecem no slide seguinte;

    deve adoptar-se pavimentos rgidos (indeformveis) axialmente, ligados s

    paredes adequadamente, por forma a que as aces horizontais se

    distribuam pelas paredes proporcionalmente sua rigidez (as paredes

    longitudinais, que funcionam solicitadas no seu plano, absorvem grande

    parte das foras, aliviando as paredes transversais, menos resistentes por

    estarem a ser solicitadas fora do seu plano).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 110110110110

    Antnio Sousa Gago [email protected] 111111111111

    RELAES GEOMTRICAS ACONSELHADAS PARA EDIFCIOS

    EM ALVENARIA RESISTENTE

  • 38

    Antnio Sousa Gago [email protected] 112112112112

    CONCEPO - MORFOLOGIA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 113113113113

    REQUISITOS DO EC8 PARA ESTRUTURAS EM ALVENARIA

    O EC8 estipula que num

    edifcio com estrutura em

    alvenaria devero existir

    paredes de contraventamento

    em, pelo menos, duas

    direces ortogonais e com

    alguns requisitos geomtricos,

    nomeadamente, valores

    mnimos e mximos de

    espessura e altura efectiva e

    esbelteza dos elementos.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 114114114114

    REQUISITOS DO EC8 PARA ESTRUTURAS EM ALVENARIA

    O EC8 estipula ainda que os edifcios com estrutura em alvenaria devem ser

    constitudos por pavimentos e paredes ligados (nas direces horizontais e

    vertical) atravs de tirantes de ao ou cintas de beto armado.

    Poder utilizar-se qualquer tipo de pavimento nos edifcios com estrutura em

    alvenaria, desde que sejam satisfeitos os requisitos gerais relativos

    continuidade e efectiva funo de diafragma.

    Para alm das exigncias anteriores, o EC8 aponta outras, especificas para

    cada tipo de alvenaria. No caso dos edifcios de alvenaria simples indica que

    devero ser colocados tirantes ou cintas de beto armado no plano da parede

    em cada piso (com afastamento vertical no superior a 4m), que devero

    formar elementos contnuos fisicamente interligados.

  • 39

    Antnio Sousa Gago [email protected] 115115115115

    REQUISITOS DO EC8 PARA ESTRUTURAS EM ALVENARIA

    O EC8 estipula ainda que:

    Estruturas de alvenaria simples s so permitidas em zonas de baixa

    sismicidade (ag.S

  • 40

    Antnio Sousa Gago [email protected] 118118118118

    REQUISITOS DO EC8 REGRAS PARA EDIFCIOS SIMPLES

    Para alm da limitao do

    nmero de pisos dos

    EDIFCIOS SIMPLES, o EC8

    indica um limite mnimo para

    a rea (em planta) das

    paredes resistentes em cada

    direco. No quadro

    representam-se os valores

    mnimos da rea de parede

    consoante a aco ssmica a

    considerar.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 119119119119

    REQUISITOS DO EC8 REGRAS PARA EDIFCIOS SIMPLES

    Para alm da rea mnima admissvel, as paredes de contraventamento dos

    EDIFCIOS SIMPLES devero tambm verificar as seguintes condies:

    O edifcio dever ser contraventado por paredes de contraventamento de forma

    aproximadamente simtrica nas 2 direces ortogonais no plano;

    Devero ser colocadas no mnimo 2 paredes paralelas em 2 direces ortogonais do

    edifcio, com comprimentos (de cada parede) > 30% do comprimento do edifcio na

    direco considerada;

    Em pelo menos uma direco, a distncia entre estas paredes de contraventamento

    no dever ser superior a 75% do comprimento do edifcio na outra direco;

    Pelo menos 75% das cargas verticais devero ser suportadas pelas paredes de

    contraventamento;

    As paredes de contraventamento devero ser contnuas do topo base do edifcio.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 120120120120

    PROPRIEDADES DA ALVENARIA

    A alvenaria constituda por um conjunto de elementos resistentes (unidades

    de alvenaria), um ligante (argamassa) e elementos de reforo (armaduras). As

    caractersticas da alvenaria dependem grandemente das caractersticas dos

    seus componentes

  • 41

    Antnio Sousa Gago [email protected] 121121121121

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    As unidades para alvenaria (MASONRY UNITS) podem ser classificadas

    consoante vrios parmetros, sendo a matria-prima aquele que referido em

    primeiro lugar. O EC6 considera os seguintes tipos de unidades:

    Tijolos cermicos, executados de acordo com a EN 771-1;

    Blocos slico-calcreos, executados de acordo com a EN 771-2;

    Blocos de beto (de agregados correntes ou leves), executados de

    acordo com a EN 771-3;

    Blocos de beto celular autoclavado, executados de acordo com a

    EN 771-4;

    Blocos de pedra artificial, executados de acordo com a EN 771-5;

    Blocos de pedra natural, executados de acordo com a EN 771-6.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 122122122122

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    Para alm do material das unidades h que considerar o tipo de furao:

    Furao horizontal com os furos na direco paralela ao plano de assentamento;

    Furao vertical com os furos na direco normal ao plano de assentamento.

    O EC6 sugere a seguinte classificao, funo da geometria da furao:

    Grupo 1 unidades macias ou com reduzida furao;

    Grupo 2 unidades com furao vertical;

    Grupo 3 unidades com furao vertical com percentagem elevada;

    Grupo 4 unidades com furao horizontal.

    O EC6 define ainda para as unidades as Categoria I e II, funo do controle dequalidade na sua execuo.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 123123123123

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    Grupo 1 unidades macias ou com reduzida furao;

    Grupo 2 unidades com furao vertical;

    Grupo 3 unidades com furao vertical com percentagem elevada;

  • 42

    Antnio Sousa Gago [email protected] 124124124124

    Grupo 4 unidades com furao

    horizontal.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 125125125125

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    Relativamente s unidades das alvenarias, o EC8, estipula que estas devero

    ser robustas para evitar roturas locais frgeis e no Anexo Nacional so

    referidas as seguintes limitaes para zonas no consideradas de baixa

    sismicidade (ag.S 0,10k.g):

    As unidades do Grupo 3 no so admissveis;

    Os tijolos cermicos do Grupo 4 devero apresentar o seguinte

    conjunto de aspectos:

    Furao 60%; Espessura dos septos 5 mm;

    Espessura das paredes 8 mm; Espessura mnima combinada 16%.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 126126126126

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    As unidades so tambm classificadas nas Categorias I e II, consoante o

    controle do seu fabrico (EN 771-1 a 6).

    A mais relevante propriedade mecnica das unidades a sua resistncia

    compresso, pelo que o anexo Nacional do EC6 sugere que as unidades sejam

    classificadas em funo da sua resistncia compresso normalizada fb.

    CLASSES DE REFERNCIA DA RESISTNCIA (COMPRESSO) DAS UNIDADES

  • 43

    Antnio Sousa Gago [email protected] 127127127127

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADES

    De acordo com o EC8, excepto em casos de baixa sismicidade, a resistncia

    compresso normalizada das unidades de alvenaria fb no dever ser inferior

    aos limites apresentados no quadro seguinte:

    Antnio Sousa Gago [email protected] 128128128128

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ARGAMASSA

    A argamassa de assentamento pode ser de um dos seguintes tipos:

    Argamassa Corrente; Argamassa-Cola; Argamassa Leve.

    No Anexo Nacional do EC6 proposta uma classificao da argamassas em

    funo da sua resistncia compresso:

    O EC6 refere limitaes quanto resistncia da argamassa em alvenaria

    armada: quando a argamassa no colocada nas juntas de assentamento,

    dever ser > M4; e quando colocada nessas juntas dever ser > M2.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 129129129129

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ARGAMASSA

    O EC8 estipula os seguintes valores de resistncia mnima das argamassas:

    e s considera solues de juntas preenchidas com argamassa de

    assentamento ou de juntas de encaixe, sendo que uma junta considerada de

    encaixe se esse encaixe garantir uma resistncia ao corte pelo menos igual

    de uma junta preenchida.

  • 44

    Antnio Sousa Gago [email protected] 130130130130

    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ARGAMASSA

    Para se obter um determinado valor de resistncia o Anexo Nacional do EC6

    apresenta propostas de composio da argamassa corrente, as quais so

    reproduzidas no quadro seguinte:

    Antnio Sousa Gago [email protected] 131131131131

    FACTORES DE SEGURANA PARCIAIS DOS MATERIAIS

    Estados Limites de

    Utilizao factores desegurana parciais unitrios

    Estados Limites

    ltimos

    Antnio Sousa Gago [email protected] 132132132132

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    Resistncia TRACO da Alvenaria: A resistncia traco da alvenaria ,

    em geral, baixa e varivel, particularmente na direco perpendicular s juntas

    de assentamento. O EC6 no a considera explicitamente no dimensionamento,

    mas essencial que exista alguma adeso entre as unidades e a argamassa

    Resistncia COMPRESSO da Alvenaria depende de:

    da resistncia compresso da argamassa e das unidades;

    da espessura da junta de assentamento, da geometria das unidades

    (relao entre a altura e a menor dimenso horizontal) e da orientao

    das unidades em relao direco de aplicao da carga;

    da relao entre resistncia e deformabilidade da argamassa e unidades.

  • 45

    Antnio Sousa Gago [email protected] 133133133133

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    A resistncia compresso da alvenaria enquanto material compsito

    sempre inferior resistncia compresso das unidades, mas pode exceder

    de forma elevada a resistncia de esmagamento da argamassa.

    O esforo de traco secundrio que causa a rotura das unidades, com

    fissurao paralela ao eixo do carregamento, resulta da deformao

    restringida da argamassa (mais deformvel do que as unidades) nas juntas de

    assentamento da alvenaria.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 134134134134

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    O EC6 estipula relaes empricas para a Resistncia Compresso

    Caracterstica da Alvenaria (na direco s juntas de assentamento):

    fk = K x fb x fm

    onde: K uma constante funo do tipo de unidades, do tipo de argamassa

    e do grupo das unidades;

    fb o valor da resistncia normalizada compresso das unidades;

    fm o valor da resistncia normalizada compresso da argamassa;

    , so constantes que dependem do tipo de alvenaria.

    Para a definio das constantes , o EC6 considera 2 casos argamassa

    corrente ou argamassa leve e camadas finas de argamassa (at 0.3 mm).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 135135135135

    Alvenaria com Argamassa Corrente ou Argamassa Leve:

    fk = K x fb 0.7 x fm 0.3

    Nota: fb e fm no podero ser considerados, respectivamente, > 75 N/mm2 e > min (20 N/mm2 ; 2

    x fb ) para argamassa corrente (ou 10 N/mm2 para argamassa leve).

    Alvenaria com Camada fina de Argamassa (entre 0.5 e 0.3 mm):

    Unidades de tijolo cermico do Grupo 1 ou 4, slico-calcreos, unidades de agregados e

    unidades de beto celular autoclavado:

    fk = K x fb 0.85

    Unidades de tijolo cermico do Grupo 2 e 3 : fk = K x fb 0.7

    Nota: fb no poder ser considerado > 50 N/mm2

  • 46

    Antnio Sousa Gago [email protected] 136136136136

    RESISTNCIA COMPRESSO DA

    ALVENARIA - Valores de K

    Para alvenaria assente com argamassa

    corrente em que existe uma junta de

    argamassa paralela face da parede,

    os valores de K apresentados devero

    ser multiplicados por 0.8.

    Para as unidades do Grupo 2 e 3, o

    valor de K dever ser multiplicado

    por 0.5.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 137137137137

    RESISTNCIA COMPRESSO

    DA ALVENARIA (fk = K x fb x fm )

    O Anexo Nacional do EC6 apresenta

    um quadro com os valores para a

    resistncia caracterstica

    compresso da alvenaria, para os

    produtos mais correntes.

    Valores da resistncia caracterstica

    compresso (fk) da alvenaria, executada

    com os tipos de unidades e argamassa

    mais comuns em Portugal e utilizando as

    classes de referncia para alvenaria sem

    junta longitudinal

    Antnio Sousa Gago [email protected] 138138138138

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    Resistncia ao CORTE:

    O EC6 considera que a relao entre os parmetros tenso de corte e tenso

    normal segue a relao de Mohr-Coulomb. Assim, a Resistncia ao Corte

    Caracterstica da Alvenaria (com argamassa corrente, argamassa leve ou

    argamassa para juntas pouco espessas) pode ser obtida atravs de:

    fvk = fvko + 0.4 x d

    em que fvko a resistncia ao corte caracterstica da alvenaria sem tenses de

    compresso aplicadas e d a tenso normal ao plano de corte.

    Nota: o valor considerado para fvk dever ser sempre < 0.065fb, sendo fb a resistncia normalizada

    compresso das unidades de alvenaria, na direco s juntas de assentamento.

  • 47

    Antnio Sousa Gago [email protected] 139139139139

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    Resistncia ao Corte:

    No caso, de se considerar o mesmo tipo de argamassa, mas com juntas

    transversais no preenchidas e unidades firmemente encostadas, o EC6

    estipula que dever existir uma reduo de 50% da parcela referente coeso:

    fvk = 0.5 x fvko + 0.4 x d

    O valor da resistncia ao corte caracterstica da alvenaria sem tenses de

    compresso aplicadas, fvko, poder ser obtido por ensaios ou adoptar-se os

    valores tabelados no Anexo Nacional do Eurocdigo 6 e que so apresentados

    no quadro seguinte.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 140140140140

    RESISTNCIA AO CORTE CARACTERSTICA DA ALVENARIA SEM TENSES

    DE COMPRESSO APLICADAS (fvk0) - COESO

    Antnio Sousa Gago [email protected] 141141141141

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    Resistncia FLEXO:

    A alvenaria apresenta comportamento no isotrpico com dois modos de rotura

    flexo:

    Rotura paralela s juntas

    de assentamento;

    Rotura perpendicular s

    juntas de assentamento.

  • 48

    Antnio Sousa Gago [email protected] 142142142142

    A resistncia flexo no plano perpendicular s juntas de assentamento (fxk2)

    a mais elevada, sendo cerca (3x) a resistncia na outra direco (fxk1). Na

    direco paralela s juntas de assentamento (fxk1), se a adeso entre as

    unidades e a argamassa for boa, a resistncia flexo ser limitada pela

    resistncia traco de flexo das unidades, enquanto que se for m, ser

    limitada pela resistncia da interface unidade-argamassa nas juntas de

    assentamento.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 143143143143

    PROPRIEDADES MECNICAS DA ALVENARIA

    Do ponto de vista da verificao da segurana tero que ser consideradas as

    duas situaes de rotura e as respectivas resistncias:

    Resistncia flexo com a

    rotura no plano paralelo s

    juntas de assentamento, fxk1

    Resistncia flexo com a

    rotura no plano perpendicular

    s juntas de assentamento, fxk2

    Antnio Sousa Gago [email protected] 144144144144

    VALORES CARACTERSTICOS DA RESISTNCIA FLEXO

  • 49

    Antnio Sousa Gago [email protected] 145145145145

    VALORES CARACTERSTICOS DA RESISTNCIA FLEXO

    Antnio Sousa Gago [email protected] 146146146146

    A relao tenso-deformao da alvenaria

    comprimida uma relao no linear,

    que pode aproximar-se como linear,

    parablica, parablica-rectangular ou

    como rectangular, para efeitos de

    dimensionamento.

    Uma vez que a tenso em servio da

    alvenaria normalmente bastante baixa

    quando comparada com o valor ltimo, o

    uso da anlise elstica linear para

    determinar a deformao estrutural

    aceitvel.

    PROPRIEDADES DE DEFORMAO DA ALVENARIA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 147147147147

    PROPRIEDADES DE DEFORMAO DA ALVENARIA

    A alvenaria um material compsito anisotrpico, pelo que o valor do mdulo

    de elasticidade varivel, dependendo de vrios parmetros como dos

    materiais utilizados e da direco e tipo de carregamento.

    O Mdulo de Elasticidade secante a curto prazo deve ser determinado por

    ensaios. No entanto, na ausncia destes, poder considerar-se:

    E = KE x fk em que KE = 1000

    O valor a longo prazo do mdulo de elasticidade baseado no valor anterior,

    tendo em considerao os efeitos de fluncia:

    Elongo termo = E / (1 + ) sendo o coeficiente de fluncia a tempo infinitos

  • 50

    Antnio Sousa Gago [email protected] 148148148148

    PROPRIEDADES DE DEFORMAO DA ALVENARIA

    O valor do Mdulo de Distoro pode ser considerado igual a 40% do mdulo

    de elasticidade secante a curto prazo:

    G = 0.40 x E

    Coeficientes de Comportamento:

    O EC8 especifica os valores do coeficiente de comportamento q a considerar na verificao da segurana em relao aco ssmica.

    No caso de edifcios que no apresentemregularidade em altura, os valores do coeficiente de comportamento devero serreduzidos em 20%, sem contudo serem inferiores a 1.5

    Antnio Sousa Gago [email protected] 149149149149

    VERIFICAO DA SEGURANA AOS ESTADOS LIMITES LTIMOS

    EM PAREDES DE ALVENARIA SIMPLES

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    No clculo da resistncia ltima de paredes submetidas aco de cargas

    verticais tm que ser equacionados os aspectos relacionados com instabilidade

    lateral e com os efeitos de 2 ordem, os quais esto relacionados com as

    excentricidades das cargas (resultantes da aplicao das cargas, das disposies

    das paredes e dos desvios) e com a esbelteza da parede.

    O coeficiente de esbelteza das paredes de alvenaria definido atravs do

    quociente entre ao valor da sua altura til (ou efectiva) hef e da sua espessura

    efectiva tef : = hef / tef

    Antnio Sousa Gago [email protected] 150150150150

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    Para paredes submetidas a aces verticais o EC6 indica que o coeficiente de

    esbelteza dever ser inferior a 27.

    No entanto, o EC 8 mais exigente e indica os seguintes valores mximos para

    o coeficiente de esbelteza e valores mnimos para a altura e espessuras efectiva :

  • 51

    Antnio Sousa Gago [email protected] 151151151151

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    O coeficiente de esbelteza das paredes de alvenaria definido atravs do

    quociente entre ao valor da sua altura til (ou efectiva) hef e da sua espessura

    efectiva tef : : = hef / tef

    O conceito de ESPESSURA EFECTIVA tef pretende ter em considerao os efeitos

    de rigidificao introduzido pelos ligadores, pela interseco de paredes e pelos

    dois panos no caso de paredes duplas (porque estes aumentam a estabilidade

    da parede).

    A espessura efectiva duma parede de pano nico, parede composta, parede

    de tijolo vista, parede de juntas descontnuas e parede de dupla preenchida,

    deve ser tomada como a espessura real da parede tef = t.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 152152152152

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    Em paredes onde esto introduzidos pilares, que reduzem a esbelteza e

    aumentam a sua capacidade resistente da parede, a reduo da esbelteza pode

    ser considerada atravs duma maior espessura efectiva da parede. A espessura

    efectiva duma parede travada por pilares pode ser obtida por:

    tef = t x t

    Os valores do coeficiente t esto definidos na tabela seguinte, em funo darelao entre a espessura dos pilares e a espessura real da parede.

    Nota: O contraventamento por paredes de alvenaria ou outros elementos que

    no paredes de alvenaria, mas com uma rigidez equivalente, considerado na

    definio do conceito de altura efectiva.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 153153153153

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

  • 52

    Antnio Sousa Gago [email protected] 154154154154

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    No que diz respeito a uma parede dupla, com os dois panos ligados, a

    espessura efectiva tef deve ser determinada por:

    onde:

    t1, t2 espessuras dos panos ou as efectivas calculadas pela expresso (5.1);

    ktef factor que relaciona os valores dos mdulos de elasticidade relativos dos

    dois panos, cujo valor definido no Anexo Nacional, tendo sido adoptado 1.0.

    No caso de apenas ser carregado um pano, a expresso anterior poder ser

    utilizada desde que os ligadores da parede possuam flexibilidade suficiente

    para que o pano carregado no seja enfraquecido pelo outro pano.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 155155155155

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    O conceito de ALTURA EFECTIVA utilizado no clculo da esbelteza da

    parede. A altura efectiva tem em considerao a rigidez relativa dos elementos

    da estrutura ligados parede e a eficincia das ligaes.

    Uma parede poder ser contraventada por pavimentos, coberturas ou

    paredes transversais. As paredes podem ser consideradas contraventadas

    por paredes de travamento numa extremidade vertical, caso seja expectvel

    que no ocorra fendilhao entre a parede e a sua parede de travamento (isto ,ambas as paredes so feitas com materiais com caractersticas de deformao semelhantes, esto

    igualmente carregadas, so construdas simultaneamente e interligadas e no ocorrem

    movimentos diferenciais entre as paredes) ou quando a conexo entre a parede e a

    parede de travamento tem capacidade para resistir s foras de compresso e

    traco que surgem pelo contraventamento

    Antnio Sousa Gago [email protected] 156156156156

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    As paredes de travamento devem ter uma extenso de pelo menos 1/5 da

    altura livre e ter uma espessura de pelo menos 0.3 vezes a espessura efectiva

    da parede que vai ser travada.

    Se a parede de travamento for

    interrompida por aberturas, a

    extenso mnima da parede

    entre aberturas, deve ser:

  • 53

    Antnio Sousa Gago [email protected] 157157157157

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    A altura efectiva da parede calculada por: hef = n x h

    onde h altura livre da parede e n um factor de reduo que pode variarentre 0.1 e 1.0, dependendo das restries de extremidade ou travamento da

    parede (o ndice n toma os valores de 2, 3 ou 4).

    No caso da parede estar travada apenas pelos pisos, nas duas extremidades

    (topo e base), o coeficiente a considerar 2, com os valores 0.75 para

    pavimentos de beto armado e 1.0 para pavimentos de madeira.

    Para paredes travadas no topo e na base e contraventadas apenas num bordo

    vertical (com o outro bordo vertical livre) dever considerar-se 3; e no caso

    de estarem contraventadas nos dois bordos verticais dever considerar-se 4.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 158158158158

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    Altura efectiva da parede - Valores de 3 e 4

    Antnio Sousa Gago [email protected] 159159159159

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    Nota sobre os EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

    Os efeitos de 2 ordem influenciam a resistncia dos elementos sujeitos a

    cargas verticais, pelo que as paredes de alvenaria devero estar

    convenientemente ligadas, evitando os deslocamentos laterais.

    De acordo com o EC6 no necessrio tomar em conta os deslocamentos laterais

    se os elementos de travamento verticais satisfazerem a seguinte equao na

    direco de flexo ao nvel da base do edifcio:

    Nota: Se esta condio no for verificada, os efeitos de 2 ordem tm que se explicitamente

    considerados (por exemplo, pelo mtodo do Anexo B do EC6).

  • 54

    Antnio Sousa Gago [email protected] 160160160160

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    A verificao da segurana das paredes comprimidas consiste em garantir:

    NEd NRd

    em que:

    NEd o valor de dimensionamento do esforo normal de correspondente

    carga vertical aplicada na parede;

    NRd o valor de dimensionamento do esforo normal resistente da parede.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 161161161161

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    Valor de dimensionamento do esforo normal resistente:

    NRd = x t x fd

    coeficiente de reduo da capacidade resistente, que tem em conta o local

    onde se est a calcular o esforo normal de dimensionamento, no topo ou na

    base da parede (i) ou a meia altura da parede (m) ;

    t espessura da parede (notar que no a espessura efectiva);

    fd valor de clculo da resistncia compresso da alvenaria.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 162162162162

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    O factor de reduo da capacidade resistente para esforos normais

    calculados no topo ou na base da parede (i) dado por:

    i = 1 2 (ei / t)

    em que ei a excentricidade no topo ou na base da parede, tendo em conta

    os valores dos momentos flectores actuantes (associados carga vertical, ou

    devidos s aces horizontais, etc.), bem como uma excentricidade inicial,

    funo da altura efectiva da parede. O valor desta excentricidade ei pode ser

    calculado por:

    ei = (Mid / Nid) + ehe + einit 0.05 x t

  • 55

    Antnio Sousa Gago [email protected] 163163163163

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    O valor da excentricidade ei pode ser calculado por:

    ei = (Mid / Nid) + ehe + einit 0.05 x t

    Onde:

    Mid o momento flector de dimensionamento no topo ou na base da

    parede, resultante da excentricidade da carga do piso no apoio;

    Nid o esforo axial de dimensionamento no topo ou na base da parede;

    ehe a excentricidade no topo ou na base da parede, resultante de cargas

    horizontais;

    einit a excentricidade inicial, que corresponde a hef/450;

    t a espessura da parede.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 164164164164

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    Mid momento flector de dimensionamento

    no topo ou na base da parede, resultante

    da excentricidade da carga do piso no

    apoio;

    Nid esforo axial de dimensionamento

    no topo ou na base da parede;

    Para determinar os momentos que surgem na ligao

    entre a parede e o pavimento o EC6 indica no Anexo

    C um mtodo simplificado para calcular a excentricidade

    para fora do plano do carregamento na parede, isto ,

    o momento M1

    Antnio Sousa Gago [email protected] 165165165165

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    O resultado deste procedimento para clculo

    do momento M1 , em geral, conservativo pelo

    que se pode reduzir a intensidade de M1multiplicando-o pelo factor (1-km/4) em que:

  • 56

    Antnio Sousa Gago [email protected] 166166166166

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 167167167167

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    Antnio Sousa Gago [email protected] 168168168168

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    O factor de reduo da capacidade resistente para esforos normais

    calculados a meia altura da parede (m) dado por:

    em que A1 um parmetro dado por A1 = 1 2 x (emk/t) e u definido por:

    sendo = hef/tef a esbelteza da parede, t a espessura da parede e emk aexcentricidade a meia altura da parede.

  • 57

    Antnio Sousa Gago [email protected] 169169169169

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    A excentricidade a meia altura da parede emk definida por:

    emk = em + ek 0.05 x t

    em que em a excentricidade devida ao carregamento:

    em = (Mmd / Nmd) + ehm + einit

    ehm a excentricidade devida carga horizontal;

    einit = hef/450 a excentricidade inicial.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 170170170170

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL DISTRIBUDA

    A excentricidade a meia altura da parede emk definida por:

    emk = em + ek 0.05 x t

    em que ek a excentricidade devida fluncia

    ek = 0.002 x x (hef/tef) x (t x em)

    o coeficiente fluncia a tempo infinito.

    no caso de a esbelteza = hef/tef ser menor ou igual a 15 pode no seconsiderar os efeitos da excentricidade de fluncia (ek = 0).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 171171171171

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

    A verificao da segurana das paredes comprimidas consiste em garantir:

    NEdc NRdcem que:

    NEdc o valor de dimensionamento do esforo normal de correspondente

    carga vertical aplicada na parede;

    NRdc o valor de dimensionamento do esforo normal resistente da parede.

    De referir que de acordo com o EC6 a excentricidade da carga concentrada

    no pode ser superior a da espessura da parede.

  • 58

    Antnio Sousa Gago [email protected] 172172172172

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

    Nas paredes construdas com unidades de alvenaria dos Grupos 2, 3 e 4 e

    paredes de juntas descontnuas com unidade do Grupo 1, dever ser

    verificado localmente, na zona de carregamento da carga concentrada, se o

    valor de dimensionamento da tenso de compresso actuante no excede a

    tenso resistente da alvenaria, fd, pelo que NRdc dever ser calculado por:

    NRdc = Ab x fd em que Ab a rea carregada ( = 1)

    Para a verificao a meia altura da parede e na base da parede pode

    considerar-se que a carga est distribuda e dever usar-se o procedimento

    anterior (ver nota 1 slide seguinte).

    Antnio Sousa Gago [email protected] 173173173173

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

    Nas paredes construdas com unidades de alvenaria do Grupos 1 NRdc dever

    ser calculado por:

    NRdc = x Ab x fd em que Ab a rea carregada

    Nota 1: em todos os casos (neste e no anterior) devero ser cumpridos a meia

    altura da parede sob os apoios, sobrepondo os efeitos de qualquer outro

    carregamento vertical, em particular no caso em que as cargas concentradas

    estejam suficientemente prximas umas das outras para que os seus

    comprimentos efectivos se sobreponham.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 174174174174

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

    Paredes de unidades do Grupos 1:

  • 59

    Antnio Sousa Gago [email protected] 175175175175

    a1 a distncia entre a extremidade da parede e o bordo mais prximo da rea carregada;

    hc a altura da parede ao nvel do carregamento;Aef a rea efectiva resistente, isto , lefm x t;lefm o comprimento efectivo da zona resistente, determinado a meia altura

    da parede ou do pilar;t a espessura da parede.

    De notar que para a aplicao da expresso anterior no se podeconsiderar valores para o quociente entre a rea carregada e a reaefectiva superiores a 0,45, isto :

    E que para alm disso, o factormajorativo no pode apresentarvalores superiores a:

    Antnio Sousa Gago [email protected] 176176176176

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

    Paredes de unidades do Grupos 1:

    Antnio Sousa Gago [email protected] 177177177177

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA

  • 60

    Antnio Sousa Gago [email protected] 178178178178

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE ACO DE CARGAS VERTICAIS

    PAREDES SUJEITAS A CARGA VERTICAL CONCENTRADA mtodo simplificado

    A rea de aplicao da carga concentrada no excede da rea da seco transversal da

    parede, nem excede o valor de 2t2;

    A excentricidade da carga relativamente ao plano central da parede no superior a t/4;

    A adequabilidade da parede na sua seco a meia altura verificada pelo mtodo simplificado

    para cargas verticais distribudas considerando uma degradao da carga de 60.

    O valor do esforo normal resistente de dimensionamento para cargas

    verticais concentradas, NRdc, dever ser obtido do seguinte modo:

    Antnio Sousa Gago [email protected] 179179179179

    VERIFICAO DA SEGURANA DE PAREDES DE ALVENARIA SIMPLES

    PAREDES SUJEITAS A CARGAS VERTICAIS EXEMPLOS

    Design Exemples eurocode6.orgJohn Roberts

    Dimensionner les ouvrages en maonnerie. Guide d'applicationMarcel Hurez, Nicolas Juraszek, Marc Pelcditeur : Eyrolles, AFNOR

    Antnio Sousa Gago [email protected] 180180180180

    PAREDES SUJEITAS A CARGAS VERTICAIS DISTRIBUDAS

    MTODO ALTERNATIVO PARA CLCULO DOS MOMENTOS

  • 61

    Antnio Sousa Gago [email protected] 181181181181

    Antnio Sousa Gago [email protected] 182182182182

    Antnio Sousa Gago [email protected] 183183183183

    EXEMPLO

    Cargas Distribudas

  • 62

    Antnio Sousa Gago [email protected] 184184184184

    Antnio Sousa Gago [email protected] 185185185185

    Antnio Sousa Gago [email protected] 186186186186

    EXEMPLO

    Cargas Concentradas

  • 63

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    Antnio Sousa Gago [email protected] 188188188188

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  • 64

    Antnio Sousa Gago [email protected] 190190190190

    VERIFICAO DA SEGURANA AOS ESTADOS LIMITES

    LTIMOS EM PAREDES DE ALVENARIA SIMPLES

    PAREDES SUJEITAS A ESFORO TRANSVERSO - CORTE

    Antnio Sousa Gago [email protected] 191191191191

    VERIFICAO DA SEGURANA AOS ESTADOS LIMITES

    LTIMOS EM PAREDES DE ALVENARIA SIMPLES

    PAREDES SUJEITAS A ESFORO TRANSVERSO - CORTE

    A verificao da segurana das paredes de contraventamento

    consiste em garantir:

    vEd vRdem que:

    VEd o valor de dimensionamento do esforo de corte actuante;

    VRd o valor de dimensionamento do esforo de corte resistente.

    Antnio Sousa Gago [email protected] 192192192192

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE AO CORTE

    O valor de dimensionamento do esforo de corte resistente obtem-se de:

    VRd = fvd x t x lc

    em que:

    fvd o valor de dimensionamento da tenso de corte resistente;

    fvd = fvk / M

    fvk = fvok + 0.40 x d 0.065 x fb ou fvk = 0.5 x fvok + 0.40 x d (*)

    t a espessura da parede

    lc o comprimento da parte parede comprimida

    (*) no caso de juntas transversais no preenchidas

  • 65

    Antnio Sousa Gago [email protected] 193193193193

    PAREDES SUBMETIDAS ESSENCIALMENTE AO CORTE

    VRd = fvd x t x lc

    Antnio Sousa Gago [email protected] 194194194194

    Antnio Sousa Gago [email protected] 195195195195

  • 66

    Antnio Sousa Gago [email protected] 196196196196

    Antnio Sousa Gago [email protected] 197197197197

    Antnio Sousa Gago [email protected] 198198198198

    MTODO SIMPLIFICADO EC 6 PARTE 3 (EN 1996.3)

  • 67

    Antnio Sousa Gago [email protected] 199199199199

    Antnio Sousa Gago [email protected] 200200200200

    Antnio Sousa Gago [email protected] 201201201201

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    Antnio Sousa Gago [email protected] 202202202202

    Antnio Sousa Gago [email protected] 203203203203

    Antnio Sousa Gago antonio.gago@civil.