sig e licenciamento ambiental

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Webinar: Ferramentas Básicas de SIG Aplicadas ao Licenciamento Ambiental Msc. Hélio Beiroz Imbrosio da Silva Laboratório de Geotecnologias – LABGIS/UERJ [email protected]

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Page 1: SIG e Licenciamento Ambiental

Webinar: Ferramentas Básicas de SIG Aplicadas ao

Licenciamento Ambiental

Msc. Hélio Beiroz Imbrosio da Silva

Laboratório de Geotecnologias – LABGIS/UERJ

[email protected]

Page 2: SIG e Licenciamento Ambiental

Introdução – Licenciamento Ambiental

Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,

estabelece as condições, restrições e medidas de controle

ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor,

pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar

empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos

ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental.

Page 3: SIG e Licenciamento Ambiental

Introdução – Sistemas de Informação Geográfica

Conjunto de ferramentas, atualmente, em

geral, computacionais, utilizado para

armazenar, recuperar, transformar, analisar

e visualizar dados espaciais acerca do

mundo real, integrando-os em um

ambiente de respostas a questionamentos,

com potencial de suporte a decisões.

Page 4: SIG e Licenciamento Ambiental

Introdução – Código Florestal Brasileiro

Estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas

de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a

exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o

controle da origem dos produtos florestais e o controle e

prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos

econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

Page 5: SIG e Licenciamento Ambiental

Marcos da História do Código Florestal Brasileiro

• 1934: Primeira Legislação Florestal a ser considerada como Código

Florestal, estabelecendo limites para desmatamento em propriedades

e obrigatoriedade de medidas com vistas à preservação de recursos

hídricos, semelhantes às APP de corpos hídricos, então com o nome

de Florestas Protetoras;

• 1965: Código Florestal vigente até recentemente é criado (Lei n°

4.771), introduzindo os termos APP e Reserva Florestal (hoje Reserva

Legal), já considerando a região geográfica de localização do imóvel;

• 1986: Lei Federal 7.511 modifica a reserva florestal e aproxima as APP

de corpos hídricos do mecanismo atual;

• 1989: A Lei 7.803 passa a obrigar proprietários a formalizar as áreas já

chamadas de Reserva Legal, incluindo o Bioma do Cerrado na

obrigatoriedade, o que não ocorria até então;

Page 6: SIG e Licenciamento Ambiental

Marcos da História do Código Florestal Brasileiro

• 1998: É aprovada a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605),

transformando muitas das condutas que antes eram consideradas

infrações em crimes;

• 2000: Criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza – SNUC (Lei 9.985), que estabelece categorias e parâmetros

para criação, implantação e gestão de unidades de conservação;

• 2001: São alterados os limites de Reserva Legal e APP, com base na

medida Provisória 21667-67;

• 2008: Aumento da rigidez na punição a crimes ambientais

relacionados ao descumprimento das normas de Reserva Legal e APP,

traz pressões para a reformulação do Código Florestal;

Page 7: SIG e Licenciamento Ambiental

Marcos da História do Código Florestal Brasileiro

• 2010: Aprovação da proposta de um novo Código Florestal, apesar de

aprovada por comissão especial na Câmara dos Deputados, sofre

duras críticas de diversos setores da sociedade, especialmente pela

retirada da obrigatoriedade de recuperação de APP e Reservas Legais

desmatadas de maneira irregular e anistia de diversas multas e outras

penas por crimes ambientais;

• 2011: Em trâmites pelo Plenário da Câmara dos Deputados e Senado,

a proposta de 2010 foi sofrendo diversas modificações, em geral os

debates tinha como defensores e acusadores das alterações quatro

grupos: a bancada ruralista, o poder executivo federal, os

ambientalistas e a comunidade científica.

• 2012: Após diversas propostas, ajustes e vetos, o texto chega a sua

versão final e a impressão final, de maneira geral, é que o Novo

Código Florestal ficou mais rígido do que os ruralistas pretendiam,

porém mais complacente do que os ambientalistas defendiam.

Page 8: SIG e Licenciamento Ambiental

Para as apresentações a seguir e os exemplos práticos do

presente Webinar, estaremos calcados no texto do Novo

Código Florestal, aprovado recentemente.

Page 9: SIG e Licenciamento Ambiental

Objetivos do Licenciamento Ambiental

Objetivo: agir preventivamente sobre a proteção do bem comum (o meio ambiente), compatibilizando sua preservação/conservação com o desenvolvimento socioeconômico, essenciais para a sociedade. Meta → cuidar para que o exercício de um não comprometa o outro (preservação/conservação e desenvolvimento socioeconômico). O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.

Page 10: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de Licenciamento Ambiental

Para cada etapa do processo de licenciamento ambiental, se faz necessária a licença adequada

Licença Prévia

LP

Licença de Instalação

LI

Licença de Operação

LO

LP: Anterior ao início do

empreendimento;

LI: Necessária para a instalação/obras do

empreendimento;

LO: Necessária para o funcionamento do

empreendimento/atividade e sujeita à

renovação periódica.

Page 11: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de Licenciamento Ambiental

Licença Prévia - LP

Solicitada na fase preliminar do planejamento;

Atesta viabilidade ambiental do empreendimento;

Aprova sua localização e concepção;

Define medidas mitigadoras e compensatórias;

Define as condições com as quais o projeto se torna compatível com a

preservação do meio ambiente que será afetado;

Compromisso assumido pelo empreendedor de que seguirá o projeto

de acordo com os requisitos determinados pelo órgão ambiental.

Page 12: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de Licenciamento Ambiental

Licença de Instalação - LI

Solicitada na fase de detalhamento do planejamento;

Quando concedida o órgão competente autoriza o início das obras;

Verificado o atendimento das condicionantes determinadas na licença

prévia;

Estabelecido medidas de controle

ambiental, com vistas a garantir que a fase de

implantação do empreendimento obedecerá

aos padrões de qualidade ambiental

estabelecidos em lei ou regulamentos;

• Fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas

mitigadoras e/ou compensatórias)‏.

Page 13: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de Licenciamento Ambiental

Licença de Operação - LO

Autoriza o início da operação das atividades ou empreendimento,;

Verifica o efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores

(prévia e de instalação)‏;

Contém as medidas de controle ambiental que servirão de limite para o

funcionamento do empreendimento;

Estabelece condicionantes para a continuidade da operação (sob pena

de suspensão ou cancelamento da operação)‏.

Page 14: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de Licenciamento Ambiental

LP, LI, LO não eximem o empreendedor da obtenção de outras autorizações ambientais específicas dependentes da natureza do empreendimento e dos recursos naturais ambientais envolvidos (CONAMA 237/97)‏.

Exemplos:

Utilização de recursos hídricos → outorga de direito do uso destes recursos (Lei 9.433/97, a qual institui a Política Nacional de Recursos Hídricos)‏.

Concessões das agências reguladoras, como autorização para explorar centrais hidrelétricas até 30MW (Resolução ANEEL 395/98).

Ainda outras nos casos de: desmatamento, supressão de área de preservação permanente, transporte e comercialização de produtos florestais, construção e autorização para operação de instalações nucleares, queimada controlada em práticas agropastoris e florestais.

Page 15: SIG e Licenciamento Ambiental

Em linhas gerais a definição do órgão público está relacionada a 3

fatores:

• Ao comportamento espacial dos empreendimentos;

• Ao comportamento espacial dos impactos ambientais dos

empreendimentos;

• À natureza dos empreendimentos.

Órgãos Públicos Responsáveis pelo Processo de

Licenciamento

Page 16: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento

Quanto ao comportamento espacial, tanto dos empreendimentos, quanto de

seus impactos, aqueles que ultrapassam os limites estaduais, ou nacionais

estão sujeitos ao licenciamento pelo órgão federal (IBAMA).

Os que não ultrapassam limites estaduais, mas ultrapassam limites

municipais, ficam sujeitos aos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAS).

Já os que se mantém nos limites de um único município estão sujeitos aos

órgãos municipais de meio ambiente.

Contudo existem exceções, mencionadas nos slides seguintes, junto ao maior

detalhamento dos critérios e a citação da legislação de referência.

Page 17: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Federal/IBAMA

Proteger o meio ambiente, combater a poluição, e preservar florestas, fauna e flora é competência comum da União, estados, Distrito Federal e municípios. IBAMA substitui os órgãos estaduais e municipais, em sua ausência ou omissão; e licenciamento para empreendimentos com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional (Art 4º Resolução CONAMA Incluindo aqueles realizados em mais de um estado, cujos impactos .‏(237/97se projetem sobre mais de um estado, ou para além do território nacional.

Page 18: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Federal/IBAMA

Também é jurisdição do IBAMA/ICMBio casos em que os impactos se projetem sobre Unidades de Conservação (UC) federais de qualquer tipo e Florestas Públicas da União. Empreendimentos destinados a pesquisar, ou armazenar material radioativo ou dele dispor, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)‏. Atividades, bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.

Page 19: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Federal/IBAMA

Pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei 11.284/06): exploração de florestas e formações sucessoras, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá de prévio licenciamento, em regra, dos órgãos ambientais estaduais. Mas será de responsabilidade do Ibama quando se tratar de: Exploração de florestas e formações sucessoras que envolvam manejo ou supressão de espécies enquadradas no Anexo II da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES, promulgada pelo Decreto 76.623/75, com texto aprovado pelo Decreto Legislativo 54/75;

Page 20: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Federal/IBAMA

Exploração de florestas e formações sucessoras que envolvam manejo ou supressão de florestas e formações sucessoras em imóveis rurais que abranjam dois ou mais estados; supressão de florestas e outras formas de vegetação nativa em área maior que:

• Dois mil hectares em imóveis rurais localizados na Amazônia Legal;

• Mil hectares em imóveis rurais localizados nas demais regiões do país;

Supressão de florestas e formações sucessoras em obras ou atividades potencialmente poluidoras licenciadas pelo Ibama;

Manejo florestal em área superior a cinquenta mil hectares.

Page 21: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Estadual/OEMAS

Situações em que a competência pelo licenciamento recai sobre os órgãos estaduais e distritais (Art. 5º Resolução Conama 237/97):

• Localizados ou desenvolvidos em mais de um município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;

• Localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no art. 2º da Lei 4.771/65 e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais;

• Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios;

• Delegados pela União aos estados ou ao Distrito Federal por instrumento legal ou convênio.

Page 22: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento – Municipal/Secretarias Municipais de Meio Ambiente

Aos órgãos ambientais municipais compete o licenciamento ambiental:

• Empreendimentos e atividades de impacto ambiental local, que não ultrapassem os limites municipais;

• Empreendimentos sobre os quais houve delegação de jurisdição quanto ao licenciamento pelo estado por instrumento legal ou convênio.

Page 23: SIG e Licenciamento Ambiental

Órgãos Públicos com Jurisdição/Responsabilidade sobre o

Licenciamento - Exemplos

Situação 1 - tal estrada possui um trecho que

atravessa área indígena

Pretende-se construir uma estrada

Situação 2 - a estrada atravessa mais de um estado

Situação 3 - a estrada e seus impactos ambientais diretos estão limitados a

um único estado

IBAMA IBAMA órgão estadual

Situação 4 - a estrada e seus impactos ambientais diretos estão limitados a

um único município

Situação 5 - a estrada está restrita a apenas um

município, mas atravessa uma unidade de conservação de

domínio da União

órgão municipal IBAMA

Fonte: TCU Ibama, 2007. Cartilha de Licenciamento ambiental.

Page 24: SIG e Licenciamento Ambiental

Não obstante, os empreendimentos e atividades alvo do processo de licenciamento ambiental por si próprios terem um comportamento espacial, diversos mecanismos relacionados ao licenciamento ambiental estão relacionados à geração de recortes espaciais/territoriais. De tal forma, constituem também objetos e fenômenos passíveis de serem expressos e analisados através de dados espaciais, em ambiente de SIG. Passaremos a alguns exemplos no slides seguintes, que, obviamente não esgotam o conjunto de elementos espaciais atrelados ao licenciamento.

Objetos Espaciais e Recortes Territoriais Relacionados ao

Licenciamento Ambiental no Código Florestal - Exemplos

Page 25: SIG e Licenciamento Ambiental

O conceito de Área de Preservação Permanente é dado pelo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), em seu art. 3º, inciso II:

Áreas de Preservação Permanente - APP

“área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função

ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,

proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”

Page 26: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

Segundo o artigo 4º do Código Florestal considera-se Área de

Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos

desta Lei:

As faixas‏marginais‏de‏qualquer‏curso‏d’água‏natural‏perene‏e‏

intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito

regular, em largura mínima de:

• 30 (trinta)‏metros,‏para‏os‏cursos‏d’água‏de‏menos‏de10‏ (dez) metros

de largura;

• 50 (cinquenta)‏metros,‏para‏os‏cursos‏d’água‏que‏tenham‏de10‏ (dez)

a 50 (cinquenta) metros de largura;

• 100 (cem)‏metros,‏para‏os‏cursos‏d’água‏que‏tenham‏de50‏

(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

• 200 (duzentos)‏metros,‏para‏os‏cursos‏d’água‏que‏tenham‏de200‏

(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

• 500 (quinhentos)‏metros,‏para‏os‏cursos‏d’água‏que‏tenham‏largura‏

superior a 600 (seiscentos) metros.

Page 27: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura

mínima de:

• 100 (cem)‏metros,‏em‏zonas‏rurais,‏exceto‏para‏o‏corpo‏d’água‏com‏

até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50

(cinquenta) metros;

• 30 (trinta) metros, em zonas urbanas.

As áreas‏no‏entorno‏dos‏reservatórios‏d’água‏artificiais,‏decorrentes‏de‏

barramento‏ou‏represamento‏de‏cursos‏d’água‏naturais,‏na‏faixa‏definida‏

na licença ambiental do empreendimento.

As áreas‏no‏entorno‏das‏nascentes‏e‏dos‏olhos‏d’água‏perenes,‏qualquer‏

que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta)

metros.

Page 28: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.

Os manguezais, em toda a sua extensão.

Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura

mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente

brejoso e encharcado.

As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais.

Page 29: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente

a 100% (cem por cento) na linha de maior declive.

No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de

100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas

a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura

mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo

plano‏horizontal‏determinado‏por‏planície‏ou‏espelho‏d’água‏adjacente‏

ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da

elevação.

As áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer

que seja a vegetação.

Page 30: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

Exemplo de

mapeamento de

APPs em margens

de rios e nascentes

Page 31: SIG e Licenciamento Ambiental

Áreas de Preservação Permanente - APP

Exemplo de

mapeamento de APPs

por declividade do

terreno

Page 32: SIG e Licenciamento Ambiental

No caso de haver atividades não compatíveis com a APP, ou

desmatamento da mesma, é obrigatória a recomposição da área de APP,

salvo no caso de áreas rurais consolidadas.

No caso de imóveis com áreas rurais consolidadas sobrepostas à APP, a

extensão a ser recuperada é definida em função do número de módulos

fiscais que compõem o imóvel, de maneira que quanto maior o imóvel,

mais ele é obrigado a recuperar (Lei 12.651, Art. 61-A).

Adiante exemplificaremos os critérios para APP de margem de rios.

Recuperação de APP em Áreas de Uso Rural

Consolidado

Page 33: SIG e Licenciamento Ambiental

Módulo Fiscal e Áreas Rurais Consolidadas - Definições

O módulo fiscal corresponde à área mínima necessária a uma

propriedade rural para que sua exploração seja economicamente viável.

A depender do município, um módulo fiscal geralmente varia de 5 a 110

hectares. Os imóveis de até 4 módulos fiscais são considerados, segundo

a legislação vigente, pequenas propriedades rurais.

O Código Florestal Brasileiro em seu art. 3º, inciso IV, define área rural

consolidada como sendo a “área de imóvel rural com ocupação antrópica

preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou

atividades agrossilvipastoris”.

Page 34: SIG e Licenciamento Ambiental

Critérios de Recomposição de APP em Áreas de Uso Rural Consolidado

para Margens de Rios

• Para imóveis de até 1 módulo fiscal, recomposição de faixas marginais

de 5 metros;

• Para imóveis com mais que 1 e até 2 módulos fiscais, recomposição

de faixas marginais de 8 metros;

• Para imóveis com mais que 2 até 4 módulos fiscais, recomposição de

faixas marginais de 15 metros;

• Para imóveis com mais que 4 módulos fiscais a recomposição

respeitará o estabelecido no Programa de Regularização Ambiental

(PRA), a ser implantado pela União, estados e Distrito Federal, com o mínimo de 20 e máximo de 100 metros (Lei 12.651, Art. 61-A, § 4º, II)

Page 35: SIG e Licenciamento Ambiental

Critérios de Recomposição de APP em Áreas de Uso Rural Consolidado

para Margens de Rios

Deve-se observar que a extensão da área de recomposição, no caso de

imóveis rurais, não pode ultrapassar:

• 10% da área total do imóvel para imóveis com até 2 módulos fiscais;

• 20% da área total do imóvel para imóveis com mais que 2 e até 4

módulos rurais

Page 36: SIG e Licenciamento Ambiental

Reserva Legal - RL

O conceito de Reserva Legal é dado pelo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), em seu art. 3º, inciso III:

“área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa”

Page 37: SIG e Licenciamento Ambiental

Reserva Legal - RL

Atualmente, no Brasil temos 3 contextos gerais de parâmetros para a extensão da RL, constam no Código Florestal (art. 12, I e II):

• 80% da propriedade rural localizada

na Amazônia Legal, em área florestal;

• 35% da propriedade rural localizada na

Amazônia Legal, em área de cerrado;

• 20% da propriedade rural localizada na

Amazônia Legal, em área de campos

gerais;

• 20% nas propriedades rurais

localizadas nas demais regiões do país.

Page 38: SIG e Licenciamento Ambiental

Servidão Ambiental

Segundo o art. 13 do Código Florestal, parágrafo 1º o proprietário ou possuidor de imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área superior aos percentuais exigidos poderá instituir Servidão Ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental. A situação de Servidão Ambiental constitui a renúncia voluntária, em caráter permanente ou temporário, total ou parcialmente, a direito de uso, exploração ou supressão de recursos naturais existentes, no caso abordado, sobre a área excedente.

A área sob tal regime pode ser arrendada para outra pessoa jurídica, ou física, que não tenha cumprido as exigências quanto à área de Reserva Legal.

Page 39: SIG e Licenciamento Ambiental

Zona de Amortecimento - ZA

As zonas de amortecimento

correspondem ao “entorno de uma

unidade de conservação, onde as

atividades humanas estão sujeitas a

normas e restrições específicas, com o

propósito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidade” (SNUC, 2000.

art. 2, XVIII), sendo responsabilidade do

órgão responsável pela administração da

unidade estabelecer normas

regulamentando a ocupação e o uso dos

recursos da ZA.

Os limites da ZA e as respectivas normas

poderão ser definidos no ato de criação

da unidade ou posteriormente.

Page 40: SIG e Licenciamento Ambiental

Zona de Amortecimento - ZA

A resolução do CONAMA, Nº 428, de 2010 reduziu para 3km a partir dos

limites da UC a faixa correspondente à ZA (anteriormente de 10km), caso

não haja plano de manejo contendo a delimitação precisa da mesma.

Destaca-se ainda, que a resolução não faz menção a alterações no artigo

49º do SNUC (2000) que determina que o interior de UCs de proteção

integral são consideradas, para os efeitos legais, zona rural e que as ZAs

de tais UCs, quando definidas formalmente, não podem ser

transformadas em zonas urbanas.

Page 41: SIG e Licenciamento Ambiental

Zona de Amortecimento - ZA

Exemplo de

mapeamento

de ZA de UC

Page 42: SIG e Licenciamento Ambiental

Todos os impactos ambientais possuem um comportamento espacial, ou

interferem no comportamento de algum objeto/fenômeno que tem

comportamento espacial.

É possível analisar o comportamento espacial dos impactos, ou dos

fenômenos em que ele interfere, para extrair informações e modelos

numéricos acerca da extensão, intensidade e duração dos impactos

ambientais.

Para isso, necessitamos de dados espaciais oriundos da medição das

variáveis que representam os impactos , ou o fenômeno influenciado por

ele.

Análise Espacial de Impactos Ambientais pra

Licenciamento Ambiental

Page 43: SIG e Licenciamento Ambiental

Análise Espacial de Impactos Ambientais e o EIA

A análise espacial de impactos ambientais é um dos conteúdos principais

do Estudo de Impactos Ambientais (EIA), obrigatório para

empreendimentos que necessitam de licitação ambiental.

Definido pela Resolução Conama 01/86, como o principal documento de

avaliação de impactos de empreendimentos, entre outros objetivos, ele

deve definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente

afetada pelos impactos.

Page 44: SIG e Licenciamento Ambiental

Análise Espacial de Impactos Ambientais e o RIMA

A análise espacial de impactos ambientais também é relevante para o

Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (RIMA), que oferece

informações essenciais para que a população tenha conhecimento das

vantagens e desvantagens do projeto e as conseqüências ambientais de

sua implementação.

O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à

compreensão do público em geral, em linguagem acessível, ilustradas

por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação

visual, de modo que se possa entender as vantagens e as desvantagens

do projeto e todas as consequências ambientais de sua implementação.

Page 45: SIG e Licenciamento Ambiental

Análise Espacial de Impactos Ambientais

Entre os diversos métodos possíveis de análise espacial, destacamos,

para análise de impactos ambientais, os baseados em interpolação.

O processo de interpolação consiste em obter o valor (estimado) de uma

variável para toda a extensão da área sob análise com base em amostras

de extraídas de algumas localidades dentro dessa área.

O resultado, da maioria das interpolações é um modelo numérico que

expressa o gradiente de variação ao longo de uma superfície.

Há diversos interpoladores, posto que a variação do comportamento dos

objetos (impactos, ou outros) ocorre em função de fatores variados,

como distância, intensidade da fonte, correlação espacial, densidade

espacial, etc.

Vejamos a seguir um exemplo.

Page 46: SIG e Licenciamento Ambiental

Análise Espacial de Impactos Ambientais

Exemplo de interpolação

da diferença de nível de

ruído, com objetivo de

estimar o

comportamento do

impacto ambiental por

poluição sonora da

construção de uma nova

via autoestrada

Amostras

Limites de Bairros

Page 47: SIG e Licenciamento Ambiental

Análise Espacial de Impactos Ambientais

Uma boa interpolação

depende de uma boa

amostragem, as áreas às

margens da imagem ao

lado, onde há poucas

amostras (pontos pretos),

não apresentam valores

confiáveis.

Todo modelo necessita de

validação.

Page 48: SIG e Licenciamento Ambiental

o “Caricaturas”‏de‏fenômenos‏observados‏na‏superfície‏

da Terra;

o Composto por três componentes:

o Espacial – onde está (localização);

o Não-espacial – o que é (descrição);

o Temporal – quando;

O que é o dado espacial/geográfico?

Page 49: SIG e Licenciamento Ambiental

O paradigma dos quatro universos para representação

da informação geográfica

o A representação computacional do espaço é um típico

problema da Ciência da Geoinformação, já que o

ambiente computacional possui grande formalismo e é

discreto (limitado), ao contrário do mundo real;

o Para melhor se entender o processo, divide-se o

problema em quatro universos:

o Universo Real;

o Universo Conceitual;

o Universo de Representação;

o Universo de Implementação.

Page 50: SIG e Licenciamento Ambiental

Universo Real

o Também chamado de universo do mundo real;

o É matematicamente contínuo (natureza);

o Nele se encontra os fenômenos que queremos

representar e medir;

o Representação via medidas e referência espaço-

temporal – essas medidas dão origem aos dados;

o As medições podem ser qualitativas ou quantitativas.

Page 51: SIG e Licenciamento Ambiental

Tipos de superfícies físicas – Universo Real

o Há três tipos de superfícies que os fenômenos

geográficos apresentam:

o Discreta: facilidade de localizar as bordas (ex: rua, edificações,

poste, rio);

o Contínua: dificuldade de localizar ou ausência de bordas (ex:

vegetação, solo, altimetria, temperatura);

o Abstrata: Bordas não existem fisicamente, geralmente definidas

descritivamente (ex: município, zona eleitoral, zona de

influência).

Page 52: SIG e Licenciamento Ambiental

Universo Conceitual

o Neste universo são definidos os conceitos do mundo

real a representar;

o Modelos conceituais são elaborados nesse processo –

quais informações medir e quais os relacionamentos

entre estas informações;

o Autores apresentam algumas classificações conceituais

das informações geográficas, vejamos a seguir um das

mais aplicadas, a OMT-G – Object Modeling Technique

for Geographic Applications (referências ao final da

apresentação).

Page 53: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual

Classe

Georreferenciada Não Espacial

Geo-Campo Geo-Objeto

TIN Amostra Polígono

AdjacenteIsolinha Tesselação

PontoLinhaPolígonoArco

Unidirecional

Arco

BidirecionalNó

Sem Topologia Com Topologia

Page 54: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – 1º e 2º nível

o OMT-G é um modelo baseado na orientação à objetos,

desta forma, toda a informação geográfica pertence a

uma classe – um grupo de informações que

representam um mesmo conceito do mundo real;

o As classes são dividas em dois tipos:

o Georreferenciada: possui as três componentes: onde, o que e

quando (geoinformações);

o Não espacial: possui apenas duas componentes: o que e

quando (informações não geográficas).

Page 55: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – 3º nível

o As classes georreferenciadas são dividas em:

o Geo-campo: Representam variáveis contínuas no espaço, em outras palavras,

apresentam a distribuição espacial de uma variável contínua. Exemplos: pressão,

temperatura, relevo, umidade, teor de minerais no solo, vegetação, solos e

geologia.

o Geo-objeto: São entidades do mundo real discretas/individualizáveis, ou seja, que

apresentam limites definidos e características próprias. Exemplos: rua, rio, árvore,

edificação, município, unidade de conservação e poste.

Page 56: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – divisão de geo-campo

o As classes do tipo geo-campo sempre representam a

distribuição espacial de uma variável contínua;

o Elas são divididas em:

o Amostras: são pontos amostrais da variável contínua como

pontos cotados, medições de estações meteorológicas e

amostras de solo;

o Isolinhas: são linhas onde todos os pontos que as compõem

possuem o mesmo valor da variável contínua: curvas

hipsométricas, isotermas (temperatura) e isoietas (chuva);

o Tesselação: a área é subdivida em células de tamanho igual, em

cada célula é realizada uma medição da variável: imagens de

satélite e altimetria ou declividade gerada por interpolação;

o TIN (rede triangular irregular): geralmente por meio de

isolinhas ou amostras, é gerada uma superfície interpolada

composta por triângulos irregulares.

o Polígono Adjacente: divide-se a área de estudo em regiões

segundo um critério de classificação: vegetação, geologia, uso

do solo e classificação climática.

Page 57: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – divisão de geo-objeto

o As classes do tipo geo-objeto podem ser dividas em:

o Com topologia: o objetivo é representar a localização

geográfica e conectividade entre os objetos, geralmente

expressam sistemas conectados complexos como rede viária,

rede de drenagem, rede de esgoto, rede de energia, entre

outros.

o Sem topologia: o objetivo é representar a localização

geográfica dos seus limites: rio definido pelas margens e

fazendas representadas por seus limites.

Page 58: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – divisão de geo-objeto sem topologia

o As classes do tipo geo-objeto sem topologia podem ser

dividas em:

o Ponto: a localização geográfica do objeto é apresentada de

forma adimensional.

o Linha: a localização geográfica do objeto é apresentada de

forma unidimensional.

o Polígono: a localização geográfica do objeto é apresentada de

forma bidimensional.

Page 59: SIG e Licenciamento Ambiental

OMT-G – classificação conceitual – divisão de geo-objeto com topologia

o As classes do tipo geo-objeto com topologia podem

ser dividas em:

o Arco bidirecional: expressa uma conexão entre dois nós A e B.

A conexão pode ser dar de A para B como também de B para A.

o Arco unidirecional: expressa uma conexão entre dois nós A e

B. O arco tem um fluxo associado que indica se a conexão se dá

de A para B ou B para A.

o Nó: representa os objetos conectados pelos arcos.

o Os arcos são representados por linhas e nós por pontos.

Page 60: SIG e Licenciamento Ambiental

Universo de Representação

o Neste universo, se escolhe a estratégia de

representação da informação no ambiente

computacional;

o Um mesmo conceito pode ser representado de

maneiras diferentes no computador;

o Há duas formas de representação dos conceitos sobre o

mundo real no SIG:

o Matricial: divide-se a área em uma grade/matriz de células

regulares;

o Vetorial: define-se pontos, linhas e áreas através de conjuntos

finitos de coordenadas;

Page 61: SIG e Licenciamento Ambiental

Representação Vetorial

o Representa entidades por meio pontos, linhas e

polígonos;

o Linhas e polígonos são conjuntos de pontos

(coordenadas) ligados em forma de segmento;

o Os objetos vetoriais não preenchem necessariamente

todo o espaço;

Page 62: SIG e Licenciamento Ambiental

Primitivas vetoriais

Ponto - coordenadas x,y ou x,y,z. (x1,y1)

Linha - uma seqüência de pontos

conectados por segmentos de retas.

Polígono - um conjunto fechado de

linhas.

Vértice

Feições vetoriais são definidas espacialmente por:

Vértice

Page 63: SIG e Licenciamento Ambiental

Características da representação vetorial

o Melhor para expressar topologia;

o Relativamente mais compacto do que a representação

matricial;

o Geralmente cada objeto vetorial possui um conjunto de

atributos alfanuméricos como, por exemplo, na forma

tabular;

o O‏“átomo”‏da‏representação‏vetorial‏é‏o‏ponto.

Page 64: SIG e Licenciamento Ambiental

Tabela de atributos comumente associada a representação vetorial

Campos (colunas)

Registros

(linhas)

Page 65: SIG e Licenciamento Ambiental

Representação Matricial

o Toda a área é subdivida em célula (pixels) de tamanho

regular;

o Cada célula contém um único valor – possibilidade de

conexão relacional com outra tabela;

o A matriz descreve um dado fenômeno – exemplo:

temperatura, tipo de solo, altimetria e etc...

o Toda a área tem que estar referenciada;

o O‏“átomo”‏desta‏representação‏é‏o‏pixel ou célula.

Page 66: SIG e Licenciamento Ambiental

Exemplo de representação matricial

Número de

Linhas

Número de Colunas

(X,Y)

Tamanho da célula

NODATA

Definição de uma malha (grid) em um SIG

Célula origem

da matriz

Page 67: SIG e Licenciamento Ambiental

Comparação entre as representações

Vetoriais Matriciais Mundo Real

Page 68: SIG e Licenciamento Ambiental

Comparação entre as representações – primitivas vetoriais x pixel

Page 69: SIG e Licenciamento Ambiental

Um conceito influencia no tipo de representação...

Observe que amostras (geo-campo), ponto (geo-objeto sem topologia) e nó (geo-objeto com topologia) podem ser representados por pontos vetoriais. Em suma, conceitos diferentes podem possuir a mesma representação.

Entretanto o conceito nos impõe maiores restrições à informação como, por exemplo, isolinhas hipsométricas (geo-campo) não podem se cruzar, mas ruas (geo-objeto linha) podem.

Há conceitos que influenciam na adoção da representação. Por exemplo, a tesselação na sua definição é similar a representação matricial; e representação de geo-objeto com topologia nos aponta para representação vetorial, a matricial seria quase impraticável.

Todavia, existem conceitos que admitem bem as duas representações como, por exemplo, os polígonos adjacentes (geo-campo).

Page 70: SIG e Licenciamento Ambiental

Universo de Implementação

o Um vez escolhida a representação da informação

geográfica, precisamos definir como ela será

implementada no computador;

o Formatos de arquivo, estrutura de dados, algoritmos e

afins pertencem a este universo;

o Há grande variedade de implementações de

representações vetorias (shp, dwg, dxf, dwg, gpx, kml,

svg) e matriciais (tiff, img, jpeg, png, bmp);

o A escolha da implementação é importante, não

necessariamente todo o formato de arquivo tem a

capacidade de representação necessária.

Page 71: SIG e Licenciamento Ambiental

Ligando os universos...

Exemplos:

1) Curvas de nível - um arquivo shapefile implementa a representação vetorial do conceito de isolinhas do relevo do mundo real.

2) Imagem de satélite: um arquivo TIFF implementa a representação matricial do conceito de tesselação sobre a reflexão da radiação eletromagnética (REM) na superfície do mundo real.

3) Rede de drenagem: um arquivo dwg implementa a representação vetorial do conceito de arco unidirecional sobre rios de uma bacia hidrográfica no mundo real.

Podemos converter o DWG do item 3 para shapefile (SHP) que não vamos alterar a representação, o conceito e nem o que estamos representando sobre o mundo real.

Page 72: SIG e Licenciamento Ambiental

Código Florestal Brasileiro

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm

Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm

Lei de Crimes Ambientais

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm

Regulamentação dos Dispositivos Constitucionais Relativos à Reforma Agrária

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8629.htm

Livro: Introdução à Ciência da Geoinformação. INPE, 2004.

http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/

Livro: Análise Espacial de Dados Geográficos. EMBRAPA, Brasília, 2004.

http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise/

Referências de Material Consultado e Sugestões

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Obrigado

Hélio Beiroz

[email protected]