licenciamento ambiental atual

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LICENCIAMENTO AMBIENTALJoo Alfredo Telles MeloDireito AmbientalUNI7

dis Milar (Direito do Ambiente):

Por ser o Meio Ambiente de todos em geral e de ningum em particular, inexiste direito subjetivo sua utilizao, que, evidncia, s pode legitimar-se mediante ato prprio do direto guardio o Poder PblicoDireito ambiental coletivo de fruio ao M.A (macrobem) X Direito subjetivo de utilizao dos bens ambientais (microbens), que condicionado pelo primeiro (que tem a natureza de direito fundamental).

LegislaoLei 6.938/81

Art. 9 - So Instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente: IV - o licenciamento e a reviso de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; Art. 10 - A construo, instalao, ampliao e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, dependero de prvio licenciamento ambiental.

Lei Complementar 140/2011

Resoluo CONAMA 237/97

Autorizaes e licenas no Direito AdministrativoAutorizao: ato administrativo discricionrio e precrio mediante o qual a autoridade competente faculta ao administrado, em casos concretos, o exerccio ou a aquisio de um direito, em outras circunstncias, sem tal pronunciamento, proibido.Autoridade analisa segundo critrios de convenincia e oportunidade.Exemplos: fabricao de munies, porte de armas e supresso de vegetao.

Licena: ato administrativo vinculado e definitivo, que implica a obrigao de o Poder Pblico atender splica do interessado, uma vez atendidos exaustivamente os requisitos legais pertinentes.Do preenchimento dos requisitos nasce o direito subjetivo licena... O beneficirio tem direito lquido e certo ao desfrute de situao regulada pela norma jurdica.Ex.: licena para exercer profisso regulamentada em lei.A autorizao (ato constitutivo) envolve interesse, enquanto a licena (ato declaratrio) envolve direito.

Natureza jurdica da licena ambientalH os que defendem, como Paulo Affonso Leme Machado, que a licena ambiental seria uma verdadeira autorizao, porquanto no existe a definitividade, j que a L.A. tem prazos de validade Questionamento: a oportunidade e a convenincia seriam critrios para a concesso da licena?Os comandos constitucionais reduzem a discricionariedade da Administrao Pblica, pois, impem ao administrador o permanente dever de levar em conta o meio ambiente e de, direta e positivamente, proteg-lo [...] (Heman Benjamin).

Outros h, como Paulo de Bessa Antunes, que criticam essa viso de que a licena seria mera autorizao, o que a aproximaria, ainda que com diferenas, das licenas administrativas, gerando direitos subjetivos ao seu titular, frente administrao pblica. Questionamento: h direito subjetivo ao M.A?Retomando Milar:Por ser o Meio Ambiente de todos em geral e de ningum em particular, inexiste direito subjetivo sua utilizao, que, evidncia, s pode legitimar-se mediante ato prprio do direto guardio o Poder Pblico

Moderna doutrina: no h atos inteiramente vinculados ou inteiramente discricionrios, mas uma preponderncia de maior ou menor liberdade deliberativa do agente.Licena ambiental nova espcie de ato administrativo, que rene caractersticas das duas categorias tradicionais ( como se fosse intermediria entre os dois tipos).No h equvoco em utilizar o vocbulo licena, mas, em se pretender identificar na licena ambiental os mesmos traos da licena tradicional do Direito Administrativo.

Caractersticas da Licena AmbientalO desdobramento da licena em trs subespcies: a licena prvia (concedida na fase preliminar do planejamento da atividade), licena de instalao (que autoriza a instalao do empreendimento ou atividade) e licena de operao (autoriza a operao da atividade ou empreendimento) Art 8 da Resoluo CONAMA 237/97.

Exigncia de alguma forma de avaliao prvia de impactos ambientais o que leva discricionariedade tcnica (diversa da discricionariedade administrativa) deferida autoridade na fase de anlise do pedido de licena.

A terceira caracterstica a estabilidade temporal, que no se confunde com a precariedade das autorizaes, nem com a definitividade das licenas tradicionais.

A L.A. no assegura ao seu titular a manuteno do status quo vigorante ao tempo de sua expedio, sujeita que se encontra a prazos de validade.

Garante-se no lapso temporal da licena, a inalterabilidade das regras impostas no momento da outorga, salvo, claro, se o interesse pblico recomendar o contrrio.

Licenciamento e licena ambientalLicenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental (art. 2, I, da LC 140/2011);

Licena Ambiental: ato administrativo pelo qual o rgo ambiental competente, estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental (art. 1, II, da Resoluo CONAMA 237/97).

Tipos de licena ambiental (Resoluo 237/97 do CONAMA)Art. 8 - O Poder Pblico, no exerccio de sua competncia de controle, expedir as seguintes licenas:

I - Licena Prvia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localizao e concepo, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a serem atendidos nas prximas fases de sua implementao;II - Licena de Instalao (LI) - autorizaa instalao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificaes constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes,da qual constituem motivo determinante;III - Licena de Operao (LO) - autorizaa operao da atividade ou empreendimento, aps a verificao do efetivo cumprimento do que consta das licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operao.

Competncias para o licenciam. ambiental (LC 140/2011)Licenciamento Federal: Art. 7. So aes administrativas da Unio:XIV promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe;b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econmica exclusiva;c) localizados ou desenvolvidos em terras indgenas;d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservao institudas pela Unio, exceto em reas de Proteo Ambiental ( APAs);

e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;f) de carter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Foras Armadas, conforme disposto na Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999 (Dispe sobre as normas gerais para a organizao, o preparo e o emprego das Foras Armadas).;g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estgio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicaes, mediante parecer da Comisso Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ouh) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposio da Comisso Tripartite Nacional, assegurada a participao de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

Licenciamento estadual:Art. 8. So aes administrativas dos Estados:XIV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7 (Unio) e 9 (Municpios);XV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservao institudas pelo Estado, exceto em reas de Proteo Ambiental (APAs);

Licenciamento municipal:Art. 9. So aes administrativas dos Municpios:XIV observadas as atribuies dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:a) que causem ou possam causar impacto ambiental de mbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; oub) localizados em unidades de conservao institudas pelo Municpio, exceto em reas de Proteo Ambiental (APAs);

Licenciamento em APAsPargrafo nico (art. 12). A definio do ente federativo responsvel pelo licenciamento e autorizao a que se refere o caput, no caso das APAs, seguir os critrios previstos nas alneas a, b, e, f e h do inciso XIV do art. 7, no inciso XIV do art. 8, e na alnea a do inciso XIV do art. 9. Art. 7., XIV (licenciamento federal):a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe;b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econmica exclusiva;

e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;f) de carter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Foras Armadas, conforme disposto na Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999;h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposio da Comisso Tripartite Nacional, assegurada a participao de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

Art. 8. (licenciamento estadual):XIV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7 e 9;

Art. 9, inciso XIV (licenciamento municipal):a) que causem ou possam causar impacto ambiental de mbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;

Etapas do licenc. ambientalRESOLUO CONAMA 237/97

Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecer s seguintes etapas:

I - Definio pelo rgo ambiental competente, com a participao do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessrios ao incio do processo de licenciamento correspondente licena a ser requerida;

II - Requerimento da licena ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Anlise pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA,dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realizao de vistorias tcnicas, quando necessrias;

IV - Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma nica vez, em decorrncia da anlise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiterao da mesma solicitao caso os esclarecimentos e complementaes no tenham sido satisfatrios;

Etapas do lic. amb. (cont.)V - Audincia pblica, quando couber, de acordo com a regulamentao pertinente;VI - Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo ambiental competente, decorrentes de audincias pblicas, quando couber, podendo haver reiterao da solicitao quando os esclarecimentos e complementaes no tenham sido satisfatrios;VII - Emisso de parecer tcnico conclusivo e, quando couber, parecer jurdico;VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licena, dando-se a devida publicidade

L.A. por um nico ente federativo (LC 140/2011)Art. 13. Os empreendimentos e atividades so licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um nico ente federativo, em conformidade com as atribuies estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 1 Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao rgo responsvel pela licena ou autorizao, de maneira no vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. 2 A supresso de vegetao decorrente de licenciamentos ambientais autorizada pelo ente federativo licenciador.

Procedimentos especficos e simplificados (Res. 237/97)Art. 12 - O rgo ambiental competente definir, se necessrio, procedimentos especficos para as licenas ambientais, observadas a natureza, caractersticas e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilizao do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantao e operao. 1 - Podero ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentosde pequeno potencial de impacto ambiental, que devero ser aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente.

Anuncia municipal em processo de licenciamento (Res. 237/97) 1 (Art. 10) - No procedimento de licenciamento ambiental dever constar, obrigatoriamente, a certido da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ouatividade esto em conformidade com a legislao aplicvel ao uso e ocupao do solo e, quando for o caso, a autorizao para supresso de vegetao e a outorga para o uso da gua, emitidas pelos rgos competentes

Atuao em carter supletivo (LC 140/2011)Art. 15. Os entes federativos devem atuar em carter supletivo nas aes administrativas de licenciamento e na autorizao ambiental, nas seguintes hipteses:I inexistindo rgo ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a Unio deve desempenhar as aes administrativas estaduais ou distritais at a sua criao;II inexistindo rgo ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Municpio, o Estado deve desempenhar as aes administrativas municipais at a sua criao; eIII inexistindo rgo ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Municpio, a Unio deve desempenhar as aes administrativas at a sua criao em um daqueles entes federativos.

Ao subsidiria (LC 140/11)Art. 16. A ao administrativa subsidiria dos entes federativos dar-se- por meio de apoio tcnico, cientfico, administrativo ou financeiro, sem prejuzo de outras formas de cooperao.

Pargrafo nico. A ao subsidiria deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuio nos termos desta Lei Complementar.

Fiscalizao (LC 140/2011)Art. 17. Compete ao rgo responsvel pelo licenciamento ou autorizao, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infrao ambiental e instaurar processo administrativo para a apurao de infraes legislao ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 1 Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infrao ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representao ao rgo a que se refere o caput, para efeito do exerccio de seu poder de polcia. 2 Nos casos de iminncia ou ocorrncia de degradao da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato dever determinar medidas para evit-la, fazer cess-la ou mitig-la, comunicando imediatamente ao rgo competente para as providncias cabveis. 3 O disposto no caput deste artigo no impede o exerccio pelos entes federativos da atribuio comum de fiscalizao da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislao ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infrao ambiental lavrado por rgo que detenha a atribuio de licenciamento ou autorizao a que se refere o caput.

Prazos de validade das licenas (Res. CONAMA 237/97)Art. 18 - O rgo ambiental competente estabelecer os prazos de validade de cada tipo de licena, especificando-os no respectivo documento, levando em considerao os seguintes aspectos:I - O prazo de validade da Licena Prvia (LP) dever ser, no mnimo, o estabelecido pelo cronograma de elaborao dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 5 (cinco) anos.II - O prazo de validade da Licena de Instalao (LI) dever ser, no mnimo, o estabelecido pelo cronograma de instalao do empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 6 (seis) anos.III - O prazo de validade da Licena de Operao (LO) dever considerar os planos de controle ambiental e ser de, no mnimo, 4 (quatro) anos e, no mximo, 10 (dez) anos.

Modificao, suspenso e cancelamento da L.A (Res. 237/97)Art. 19 O rgo ambiental competente, mediante deciso motivada, poder modificar os condicionantes e as medidas de controle eadequao,suspender ou cancelar uma licena expedida, quando ocorrer:I - Violao ou inadequao de quaisquer condicionantes ou normas legais.II - Omisso ou falsa descrio de informaes relevantes que subsidiaram a expedio da licena.III - supervenincia de graves riscos ambientais e de sade.

Para MILAR, as modificaes dos condicionantes e das medidas de controle e adequao podem ocorrer nos casos em que houver uma situao de inadequao circunstancial da licena ambiental, atravs da aplicao analgica da teoria da impreviso e da clusula rebus si stantibus (a conveno no permanece em vigor, se as coisas no permanecem como eram no momento da celebrao). Exige-se, para que seja aplicada a clusula acima, que as novas circunstncias (1) sejam realmente imprevisveis quanto ocorrncia ou a consequncias; (2) sejam estranhas vontade das partes; (3) sejam inevitveis; (4) causem desequilbrio muito grande no contrato.

A suspenso da licena ocorre nas hipteses de (1) omisso de informaes relevantes durante o processo licenciatrio, passvel de sano, e (2) supervenincia de graves riscos para o ambiente e a sade, superveis mediante a adoo de medidas de controle e adequao.

O cancelamento da licena tem pertinncia nos caos em que esta (1) expedida em flagrante dissonncia com a ordem jurdica; (2) subsidiada por falsa descrio de informaes relevante ou ainda (3) pela supervenincia de graves riscos para o ambiente e a sade, insuscetveis de superao mediante a adoo de medidas de controle e adequao.

Estudos Ambientais (que realizam as avaliaes de impacto discricionariedade tcnica)No Brasil, apesar da existncia de alguns estudos ambientais comuns exigidos na maioria dos estados, o contedo dos estudos ambientais, e a fase do licenciamento em que podero ser solicitados, podem variar de estado para estado, de acordo com legislaes e procedimentos prprios. Alguns exemplos dos principais estudos ambientais exigidos pelos rgos ambientais so o PBA, RAS, RCA, PCA, e EIA/RIMA. O Relatrio Ambiental Simplificado (RAS) pode ser exigido no licenciamento ambiental de empreendimentos de impacto ambiental de pequeno porte, e normalmente apresenta a caracterizao do empreendimento, o diagnstico ambiental da regio onde este se localizar, os impactos ambientais e respectivas medidas de controle.Fonte: Portal Nacional para o Licenciamento Ambiental: http://pnla.mma.gov.br/licenciamento-ambiental/estudos-ambientais/

MANIFESTO EM DEFESA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL. NO AO PLS 654/2015O PL prev prazos de at 60 dias para a realizao de Estudos Ambientais, trazendo como resultado a ausncia absoluta de anlises adequadas de impactos. Estudos relativos a impactos hidrolgicos de barragens, por exemplo, somente podem ser realizados aps a observao de pelo menos um ciclo hidrolgico completo de um ano. A incorporao de umalicena ambiental integrada,que autoriza simultaneamente a instalao e operao de um empreendimento, significa na prtica a eliminao do processo de licenciamento ambiental em si.

http://abrampa.jusbrasil.com.br/noticias/261378702/manifesto-em-defesa-do-licenciamento-ambiental-no-brasil-nao-ao-pls-654-2015

Autor do projeto: Senador Romero Juc

Aplicao em casos concretos:Belo Monte: http://tv.r7.com/record-news-play/jornal-da-record-news/videos/ibama-nega-licenca-de-operacao-a-belo-monte-15102015http://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/diretoria-do-ibama-diz-que-nao-ha-condicoes-para-a-licenca-de-operacao-de-belo-monte

Mariana: http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/376780http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/11/11/licenca-de-2-barragem-em-mg-que-ruiu-estava-vencida-havia-mais-de-2-anos.htm

Operao Marambaia (Cear):http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/12/03/noticiasjornalcotidiano,3357067/operacao-marambaia-11-condenados-por-crime-ambiental.shtml

Ilegalidade do licenciamento dos chamados viadutos do Coc:http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2014/06/04/noticiasjornalpolitica,3261322/a-3-meses-do-prazo-de-entrega-justica-suspende-obra-dos-viadutos.shtml

Implantao de shopping (Paran):http://ibda.org.br/stj-mantida-decisao-que-impede-implantacao-de-shopping-em-cascavel-pr

Governo quer liberar licenciamento em 10 meses:http://www.ihu.unisinos.br/559006-governo-quer-liberar-licenca-ambiental-em-ate-10-meses

Justia Federal condena iseno de licenciamento para agropecuria:https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/justica-federal-condena-isencao-de-licenciamento-para-agropecuaria

TCE multa gestores por iniciar obras sem licenas ambientais:http://www.tce.ce.gov.br/comunicacao/noticias/2609-tce-ceara-multa-gestores-por-iniciar-obras-sem-licencas-ambientais

ICMBio embarga construo de piscina gigante de R$ 4 mi em rea de proteo ambiental em Jerihttp://mobile.opovo.com.br/noticias/ceara/jijocadejericoacoara/2017/03/empreendimento-autuado-em-jericoacoara-por-impacto-ambiental-causa-pol.html

Justia suspende licena da mineradora Belo Sunhttp://www.oeco.org.br/noticias/justica-suspende-licenca-de-belo-sun/ https://www.facebook.com/groups/406070599529874/?fref=ts

O AI-5 AMBIENTAL DO GOVERNO CID GOMESJoo Alfredo Telles MeloQuem conhece a histria do Brasil, sabe que o Ato Institucional n. 5, editado pela Junta Militar em 1968, foi designado de o Golpe dentro do Golpe, pois era mais autoritrio ainda do que a Constituio de 1967, uma que dava poderes extraordinrias ao Presidente da Repblica (o Ditador de planto) e suspendia vrios direitos e garantias constitucionais, como o prprio direito de ir e vir, com a suspenso do Habeas Corpus. Foi o que possibilitou uma feroz represso poltica que instaurou a censura e deixou milhares de jovens mortos, feridos e desaparecidos at hoje em nosso pais.No exagero dizer que a o Projeto de Lei que dispe sobre os casos de dispensa de licenciamento ambiental no Estado do Cear, encaminhado pelo Governador Cid Gomes Assemblia Legislativa, nesse perodo de convocao extraordinria, se constitui, por si mesmo, em um verdadeiro AI-5 AMBIENTAL! Tal como o seu congnere da Ditadura, fere frontalmente a Constituio de 1988 e a Lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente e d poderes extraordinrios ao Governador e ao Presidente do Conselho de Polticas e Gesto do Meio Ambiente, seno vejamos.O projeto inconstitucional porque agride as regras de competncia do art. 24 da C.F., que determina caber Unio legislar sobre normas gerais e aos Estados suplement-las. E a norma geral para o licenciamento ambiental a Lei Federal 6.938/81, que instituiu a Poltica Nacional do Meio Ambiente, que estabelece, em seu art. 10, que obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais ... dependero de prvio licenciamento do rgo estadual competente. E o art. 1 do AI-5 Ambiental dispensa (como se pudesse) de licenciamento ambiental uma srie de atividades, dentre os quais, aterros sanitrios, desmatamentos e vejam pesca e aqicultura (dentre os quais se encontra a criao de camares em cativeiros), extremamente impactantes ao Meio Ambiente.

Segundo, porque, de um s golpe (e a palavra essa!), esvazia a SEMACE - Superintendncia Estadual do Meio Ambiente (que, recentemente, contratou fiscais por concurso pblico) e o COEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente (rgo colegiado, que tem a participao da sociedade civil), ao determinar, em seu art. 2, para as atividades para as quais no est dispensada (com se pudesse, repito) o licenciamento, este ser de competncia do Presidente do Conselho de Polticas e Gesto do Meio Ambiente, desde que a obra seja considerada, por Decreto (vejam s!), estratgica para o Estado do Cear. Nada de avaliao tcnica pela SEMACE! Nada de debates no Conselho do Meio Ambiente! Todas as decises nas mos do governador e do seu secretrio! E isso em plena poca em que as Mudanas Climticas cobram da humanidade uma pesada conta pelo desenvolvimento a qualquer custo do Sistema do Capital!Estamos diante de um retrocesso de 23 anos, pois, em 28 de dezembro de 1987, era publicada a Lei 11.411, que criava a Poltica Estadual do Meio Ambiente, a SEMACE e o COEMA; lei esta rasgada pela proposta do governador, rgos esses esvaziados e manietados pelo AI-5 AMBIENTAL. O que se espera que o Poder Legislativo Estadual no seja cmplice desse crime.

Joo Alfredo Telles Melo, advogado, professor de Direito Ambiental, vereador em Fortaleza e foi Deputado Estadual poca em que foram criados o COEMA e a SEMACE.

http://acervo.racismoambiental.net.br/2011/01/14/alerta-urgente-e-preciso-lutar-contra-a-tentativa-de-ai-5-ambiental-no-ceara/