sacramento dos...

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Os amigos verdade iros, leais, d !'di cados, conhecem-se sobre- tudo na hora da adversi· dad !' . Quando tlldo corre bem. muitos amigos. ·A mi go fiel é aquele qu e permanece <ledicado e capaz d e sacrifício quando a desg raça entrou em casa do seu amigo. Como católicos e cristãos dignos 1deste 110111 e, quando v ir- mos Deus, Jesus Cristo, oii a Igreja, injuriados Oll persegui- dos na sua pessoa, ou na s t1a doutrina, ·d eve mos afrontar to- dos os des prezas e insultos e mostrar a nossa f ideli.d'(llde. Não de i; emos fechar-nos em nossa casa ou no nosso co modi smo e deixar correr a maré •do mal ... Quantos há qu e têm i;e rgo- nha e medo de se rn ostrarem rristâos; Pobres e tristes cobar- des! O oriso ide <::o nvicções só- lidas mostra se mpr e a sua Fé e a sua ·condiç ão de cr iso ·Cá f ó- 1'0, na rua, 1no caf é, na tab erna, no convívio social com os seus ami gos. pois tem orgulho da sua nobreza ·de criso filho ·de De t1 s. . ' \./g1111s pobres c ri sos ainda rez am com a família, mas em plÍblico mosPram qt1 e para eles Deus é wn .desconheádo, um estranho e <::onside ram a reli- g iosa •como !li/la f raqll eza qlle é preciso ocultar do s ot1tros. O nde está o •carácter e a firm eza dos princípios qlle fa z os au- tênticos ho mens? Quando os ímpios escarnecem das coisas ·de Deus, eles •calam- -se, e numtêm-se e m. vergonho- so silênc io; às veze s é o gran- de a. s1w. <::o bm•dia e falta de dig- nklade, que aplairdem com wn sorriso que eii chama.rei im1be- cil, as · dia.triib es .contra. a reli- gião, <::ontra a. Igre ja, contra. os padres, quando não chegam a fazer .cô ro 'Com os inimigos da re li gião .. . Se isto ser discíplllo ·de Cri st o? Se algum desses inf eli- ze s me ./er, eu qu e ro di zer-lhe com amiz ade •mas .co m f ranque- za, c om o coração 1nas mãos: Cristão d egenerado, que fizeste da tua libe 1'Clade, a qt1 em ve n- deste a tua e a tu a dig nidade e o teu carácter? Sa - ( Co ntinua na 2.' pág .) AVENÇA ·ANO XIV SETEMBRO 0DE 1972 N.º 172 REDACÇAO: Secretariado Paroquial - LORIGA - Serra da Eetrelo Director. Editor e Proprietário: Pe . ANNIO DO NASCIMENTO BARR.'!:lROS Co mp os ição e impressão: Gráfica de Gouveia, Ld.• Sacramento dos Doentes O n osso pov o cri ou um me- do e um receio enormes pelo sacramento da Unção dos En- fermos. Para tal talvez tenha contribuído o nome porque era conhecido até há pouco «'A Exti-0e ma - Unção » a que a maior parte das pessoas cha- ma va os «'últimos ,Sacnamen- tos ». E porque assim era pen- va-se que, quem os recebesse morria quase de seguida. Havia, pois, o rece io de fa- lar neles ao doente, não fosse este a pensar que ·estava nos últimos momentos. T>ambém o sacerdote quando os ia admi- nistrar era o lhado como «ave de mau agoiro». Acontecia quase sempre que o sacerdote e ra chamado quando o doente ou estav1a inconsciente ou então em es- •tado desesperado. Grande par- BISPO Df COIMBRA Tomará posse, 1 por procuração, no dia 10 de 1 Setembro da impor- tante diocese de Coimbra o -Ex."'º e Rev."'º Senhor · D. João Saraiva. •Ao deixar a diocese do Funchal foi louvado pelo •Ex."'º Senhor Go- vernador •Civil deste distrito •pelo alto aprumo com que soube servir a Igreja da Madeira no duplo as- peclo espiritual e social. S. 0 ExRev."'ª em agradecimento rprome- teu ·continuar a ter sempre presen- tes os problemas da Madeira. 1A entrada solene na Diocese de Coimbra será '110 Terceiro domin- go de Outubro. Consta já que 0da Vila de Seia, concelho e diocese da Guardei 'Vasta representação acompanhará o ilustre •Senense e honra do clero diocesano, u cida- de dos 'Doutores. te deles não davam conta de o receberem e outros não podiam ter as disposições ne- cessárias para uma fervorosa recepção. Afinal, nada mais tolo do que este receio que vinha pr e- judicar grandemente o bem espiritual do doente . Já o Concílio de T·rento, in - ci tando os cristãos ao recebe- -lo com as me lh ores d is posi- ções afirma,ra que «o Sacra- mento da Santa-Unção apaga os restos do pecado; fortifica e alente a alma do enfermo, excitando nele confiança na misericórdia divina; auxílioa- o a suportar os sofrimentos da enfermidade e a resist ir às ten- tações do demónio; e até al- gumas vezes dá •ao enfermo a saúde, se tanto fôr necessário para ia sua salvação». !Desta d efini ção do Concílio fridentino se conclui que es ·te Sa cramento •tem os seguintes efeitos: 1) purifica a alma do pecado. (Se o doente estiver em pecado mortal e arrependi- do, mas não se puder confes- sar, perdoa a'té o próprio peca- do morflal) 2) dá força à al- ma para aceitar a doença e a poder supor ·tar, 3) ajuda o doente na luta contra as ten- tações do demónio; 4) pode até curar o doente. \Não sendo contudo este último um dos efeitos principais da Santa - - Unção é todavia bastante fre- quente. Qualquer pároco po- de citar casos frequentes de doentes que têm melh orado das suas doen ças após a re- cepção d o sacramento. O Concílio Va ticano li afir- ma que «pela Santa-Unção dos enfermos •e pe la oração dos presb íteros, toda a Igre ja enco- ( Co nti nu.a na 2.' pcíg.)

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Page 1: Sacramento dos Doentesgentesdeloriga.wdfiles.com/local--files/jornal-a-neve/ANeve-1972.09-[0172].pdfVni, meu maroto. '~[as, se mor-1 eres afogado, dou-te uma sova! Desembarca na estação

Os amigos verdadeiros, leais, d!'dicados, conhecem-se sobre ­tudo na hora da adversi·dad!'. Quando tlldo corre bem. há muitos amigos. ·Amigo fiel é aquele que permanece <ledicado e capaz d e sacrifício quando a desgraça entrou em casa do seu amigo.

Como católicos e cristãos dignos 1deste 110111 e, quando v ir­mos D eus, Jesus Cristo, oii a Igreja, injuriados Oll persegui­dos na sua pessoa, ou na st1a doutrina, ·devemos afrontar to­dos os desprezas e insultos e mostrar a nossa f ideli.d'(llde. Não d e i; emos fe char-nos em nossa casa ou no nosso comodismo e deixar correr a maré •d o mal ...

Quantos há que t êm i;ergo­nha e medo de se rnostrarem rristâos; Pobres e tristes cobar­des! O oristão ide <::onvicções só­lidas mostra sempre a sua Fé e a sua ·condição de cr istão ·Cá fó-1'0, na rua, 1no café, na taberna, no convívio social com os se us amigos. pois t em orgulho da sua nobreza ·de cristão filho ·de De t1s.

. '\./g1111s pobres cristãos ainda

rezam com a família , mas em plÍblico mosPram qt1e para eles De us é wn .desconh eádo, um estranho e <::onsideram a fé reli­giosa •como !li/la f raqlleza qlle é preciso ocultar dos ot1tros. Onde está o •carácter e a firm eza dos princípios qlle fa z os au­tênticos homens?

Quando os ímpios escarnecem das coisas ·de D eus, eles •calam­-se, e numtêm-se em. vergonho­so silêncio; às vezes é tão gran­de a. s1w. <::obm•dia e falta de dig­nk lade, que aplairdem com wn sorriso que eii chama.rei im1be­cil, as ·dia.triibes .contra. a reli­gião, <::ontra a. Igre ja, contra. os padres, quando não chegam a fazer .côro 'Com os inimigos da religião .. .

Será isto ser discíplllo ·de Cristo? Se algum desses infeli­zes me ./er, eu quero dizer-lhe com amizade •mas .com f ranque­za, com o coração 1nas mãos: Cristão d egenerado, que fi zeste da tua libe1'Clade, a qt1em ven­deste a tua conscí~ ncia e a tua dignidade e o teu carácter? Sa-

(Continua na 2.' pág.)

AVENÇA

·ANO XIV SETEMBRO 0DE 1972 N.º 172

REDACÇAO: Secretariado Paroquial - LORIGA - Serra da Eetrelo

Director. Editor e Proprietário:

Pe. ANTóNIO DO NASCIMENTO BARR.'!:lROS

Composição e impressão: Gráfica de Gouveia, Ld.•

Sacramento dos Doentes O n osso povo criou um me­

do e um receio enormes pelo sacramento da Unção dos En­fermos. Para tal talvez tenha contribuído o nome porque era conhecido até há pouco «'A Exti-0ema - Unção» a que a maior parte das pessoas cha­mava os «'últimos ,Sacnamen­tos ». E porque assim era pen­va-se que, quem os recebesse morria quase de seguida.

Havia, pois, o receio de fa­lar neles ao doente, não fosse este a pensar que ·estava nos últimos momentos. T>ambém o sacerdote quando os ia admi­nistrar era o lhado como «ave de mau agoiro».

Acontecia quase sempre que o sacerdote só e ra chamado quando o doente ou já estav1a inconsciente ou então em es­•tado desesperado. Grande par-

BISPO Df COIMBRA Tomará posse, 1por procuração,

no dia 10 de 1Setembro da impor­tante diocese de Coimbra o -Ex."'º e Rev."'º Senhor ·D. João Saraiva.

•Ao deixar a diocese do Funchal foi louvado pelo •Ex."'º Senhor Go­vernador •Civil deste distrito •pelo alto aprumo com que soube servir a Igreja da Madeira no duplo as­peclo espiritual e social. S.0 Ex.ª Rev."'ª em agradecimento rprome­teu ·continuar a ter sempre presen­tes os problemas da Madeira.

1A entrada solene na Diocese de Coimbra será '110 Terceiro domin­go de Outubro. Consta já que 0da Vila de Seia, concelho e diocese da Guardei 'Vasta representação acompanhará o ilustre •Senense e honra do clero diocesano, u cida­de dos 'Doutores .

te deles já não davam conta de o receberem e outros não podiam ter as disposições ne­cessárias para uma fe rvorosa recepção.

Afinal, nada mais to lo do que este receio que vinha pre­judicar grandemente o bem espiritual do doente.

Já o Concílio de T·rento, in­ci tando os cristãos ao recebe­-lo com as me lhores d isposi­ções afirma,ra que «o Sacra­mento da Santa-Unção apaga os restos do pecado; fortifica e alente a alma do enfermo, excitando nele confiança na misericórdia divina; au xílioa-o a suportar os sofrimentos da enfermidade e a resist ir às ten­tações do demónio; e até al­gumas vezes dá •ao enfermo a saúde, se tanto fôr necessário para ia sua sa lvação».

!Desta defini ção do Concílio fridentino se conclui que es·te Sacramento •tem os seguintes efeitos: 1) purifica a alma do pecado. (Se o doente estiver em pecado mortal e arrependi­do, mas não se puder confes­sar, perdoa a'té o próprio peca­do morflal) 2) dá força à al­ma para aceitar a doença e a poder supor·tar, 3) ajuda o doente na luta contra as ten­tações do demónio; 4) pode até curar o doente. \Não sendo contudo este último um dos efeitos principais da Santa -- Unção é todavia bastante fre­quente. Qualquer pároco po­de citar casos frequentes de doentes que têm melhorado das suas doenças após a re­cepção d o sacramento.

O Concílio Vaticano li afir­ma que «pela Santa-Unção dos enfermos •e pela oração dos presb íteros, toda a Igre ja enco-

(Continu.a na 2.' pcíg.)

Page 2: Sacramento dos Doentesgentesdeloriga.wdfiles.com/local--files/jornal-a-neve/ANeve-1972.09-[0172].pdfVni, meu maroto. '~[as, se mor-1 eres afogado, dou-te uma sova! Desembarca na estação

O Maldito· Hespeito Humano Cnnti11u ação dn L.º pág. J

a i/ icaste tudo isso o melhor que ti11has <·0 111 0 Hom em n tirania <111111 sorriso estúpido, ao 1110do ridículo duma palavM de eicárneol

Reage contra esse forma de proceder que te avilta e fica certo ·de que os inimigos da re­ligião são audaciosos e tl'iunfam ml<ii'as vezes 1/11icamente por causa da cobardia moral dos que procedl!'m como tu. Deve­mos fa zer-lhe frente e comba-1 ~-los com d enódo, com firmeza e sinceridade, parn q11e não pos­sam f.a;:;er vingar esses planos tenebrosos contra Cristo e a Sua Igreja.

Pensemos que a força da i gre­ja q11e é etem a. porq11e tem promessas <(/e assistência. ·perpé­t11a •do Divino Fundador se mede pela q uali'dade .dos seus fiéis e não por m ímeros estatís­ticos. O progresso do Gorpo •.Vlístico de Cristo q11e é a s11a Igreja - processa-se atra­vés das obras boas e d o teste­munho 1(/1/têntíco da fé •dos ver­dadei·ros cristãos.

-Um homem sem fé só tem 11m lugar -decente e digno estar do lado de lá. isto é, junto <los inimigos •de De11s. E o resto é com. o Senhor.. De11s respeita inteimmente a liberdade .dos 710-mens e. ·com certeza, fica sai'ís­f eito q11ando vê alg11em arre­pe1uier-se do mal; mas também fica satisfeito q11ando algum tár-

l 11fo assum e a .respo 11sa/Ji/idadí' do seu tartuf ismo às vezes o primeiro acto .decente na i:ída de 111e11ti11{1s. Isto é mais d·íg110 do que quer@r te>J· o nome de cristão e praticar actos que es­cm1dalizam os bons e sinceros de coMção, que aitlda há mui­tos.

No ·dia em q11e a Igreja se /i­borlar de todos os cadá r:cres ambulm1tes. alg11ns em estado de adiantada v11trefacção '111 0 -

ral, que díf ic1clta111 o movimento dos vivos, a Igre ja terá atfogrdo o seu. mais alto nível de .riq11e­zal

Somos cristãos e lemos 11ma bandeira a nossa Fé. Tão nos envergonhemos de a des­f ralidar bem alto, no meio da sociedade, lanç01rdo para longe o maldíto respeito humano, q11e infe rioriza tantas pessoas, por­q11e dizendo-se cristãos ·não vi­vem a wa fé. Os •homens dignos asswn@m sempre a respo11sabili­da•rle dos seus actos. bons 011 maus. Isto é q11e é •digno dos l1 omens.

Se te <dizes oristão, mio tenhas i;ergonl/'O de pm·f'i cipar na Mis­sa todos os domingos e dias sa11 -tos, reza com os que rezam, ·co­munga com os q11e comungam. vive 1w. graça e amiza·de d e De11s e não faças córo com os descrentes. Sê nobre no teu woceder e homem ide atitudes firmes que só depõem em te11 louvor diante de Deus e .diante <ios homens sinceros e bons.

,,,,,,, , ,,,,,, , , ,""'""'"'"""""""""""'""""""""""""""'

O Sacramento dos Doentes

CvnLinuação ela l." J>Ú g.1

menda os doentes ao Senhor padecente e g lorif icado para que os salve; mais a inda, exor­ta-os a que, associando-se li­vremente à paixão e morte de Cris to, concorram para o bem do .Povo de Deus» .

N este sentido recomenda o mesmo Concílio que «a Unção dos Enfermos, não é sacramen­to s6 dos que estão no f im da vida. t: já ce rtamente tempo oportuno para a reçeber quan­do o fiel começa, por doençia ou p or velhice, •a estar em ·pe­rigo d e mort-e».

"Assitn é bom que vamos -1 1ej-ue1.u essou e opue:>!f1poL.U

dade acerca deste sacramento. Não tenhamos rece io de falar nele aos nossos doentes, mas saibamos fa zer- lhe compreen­der que os sacramentos não matam n inguém, •antes dão a vida a da a lma e, tantas ve­zes, ·a do próprio corpo.

Dispunhamo-los a que os re-· ceba m com as me lhores d ispo­sições, para que possam ter os maiores fru tos. Acompanhe­mos o sacerdote nas suas ora­ções pa ra que iDeus melho.r nos possa ouvir e assim nos aten­der

Vel'ifi carefnos depressa quão gra ndes . benefícios virão aos doentes e a .toda a lgrej•a se assim p rocedenmos.

Bom Humor NA 'P íldAIJA :

- f'íli , deixe-m e toma r banh o. Não, que le p odes nfoger.

- iDeixe !á, pai! - iJá te disse q ue aão!

(> pai! 1Dei:re-o11e i r ua n.ltarl Vn i, meu maroto. '~ [ a s, se mor-

1 eres afogado, dou- te uma sova!

Desembarca na estação de Edim· burgo rum escoeis com sua mulher e seis filhos pequenos. Dirige-se a um táxi e pergunta:

- Quanto nos levaria por nos transportar ao outr.o extremo da CÍ· dade?I

- Pelo senhor e sua esposa, uma libra. Os meninos não pagam na. da .

O escocês abre imediatamente a poria do automóvel e diz:

- Me us filhos subi. Eu e a vossa mãe vamos de eléctrico» ...

- x-

Um rapazinho tem not-ns m uilo fracas em gram ática, devi·do a defi­ciências na conjugação elos vrrbos. O pai lent'a a judá-lo:

- É muito sinYples - tl isse-lhe ele. \ ':11 11os a um exemplo fúci l: eu lavo­-mr. .. lu Ja\las-te. . . e)e Ja\'a-se ...

nós lavn mo-nos ... vós krva is·\'Os ... eles lnvt.a m-se . .. ~Então que tempo é este?

- !Domingo, pari !

Um fen ómeno:

1\ mãe 1>erguula a o :Manuelzinho: - Que é fe iro do pa-1xiga io que

eslava aqui 1na gaiola? Viste-o? - ·Não, 1mãezinha, mas hú dois

minutos o n osso g-a to fa lou . ..

- x-

Um é brio aproximou-se um pe­llcia e perguntou:

- Q s enh<>r guarda diz-me, faz favor. qual é o outro lado .da rua?

- t aquele, homem! - Bem me queria parecer, mas

a inda agora lá estive e disseram· -me que era este ...

-x-

Conversa de café: - O que achas mai s importanle

parn o homem? Será ~ esposa ou as ca lças?

- .Bem .. . Sem a esposa um ho­mem po'de sair à rua! ...

SE IJ.'EM i?AiC l ®NCl A,

IPHOCU'RE iA1DI\11JN HAR:

Somos cinco irm ã.s Todas iguais. Uma anda nua t\ despir as de.mais. Quem somos nós?

Solução da última adivinlMi: •,\ 1\1 ÃÜ .

MUNDOS & f UNOOS Raparigas,

(Con/. da última página)

Cais <Cio Sodré. Quando a.pro.rimei-me, vi aquele corpo de mulher deitado sobre um dos carris. Só ti ­re tempo de me baixar rà­pidamente e, atm vés dos anl1ustos da sebe que sepa­rn a linha da estrade, ·p11-.re i •com força por uma odas pemas».

Disseram ao guarda que o se 11 acto havia srdo 11111. aclo rora joso. Res­ponde11 :

«Q11alqiier pessoa /azia aquilo que ert fiz. Não é senão uma obrigação (/,e todos os ci.dadãos. E foi t 11do muito casual e i11 es­perado. 'com. sorte para aquela infeli::.. Ett tinha acabado de sair do a11to­ccrrro e dirigi-me à linha férrea para, logo q11e pas­sasse · o comboio, entregar a •pas~a do ja 11ta): ao me 11

colega de .se/\l?,iço_ na . l)o­capesca, pois eu ia entrar rle serviço gmtificado na

meditai! Gel-'Mar. Foi qua 11 do i; i aquele corpo ali mesmo à frente d os me11s ell1 os e, em .desespero, quase ins­t i11t.iva111e11te, puxei-lhe a pema com quanta força tinha. iN'll. mesma altura em qlte o corpo deslizou para mim, o combóio pas­sou velozmente, com a 'Ca­beç•a <leia :a menos .de vi,n­te centrmetros .do corri./».

A M•pariga foi e11f4·egue a familiares, em estado de prof'imda prostração.

Este caso é trazi.do pttra aqui, a fim de se1,vir de tema de meiditação às ra­parigas d'(T aldeia. que pensam que estar na '<l l­rleia é estar ·110 obscu­rantismo, e est'ar na cufo ­de é encontrar o sol da p 'l'O lllOÇÓO.

1M ai ·por mal, 111 .Mlr or é a aldeia que a Cidade -e!1s!11ava. D. Francisc.o M<!-. . mtel de Melo. IComar-ca tele !Arganil d e 25 de d e 'Julho de 1972

Page 3: Sacramento dos Doentesgentesdeloriga.wdfiles.com/local--files/jornal-a-neve/ANeve-1972.09-[0172].pdfVni, meu maroto. '~[as, se mor-1 eres afogado, dou-te uma sova! Desembarca na estação

À memória do Senhor .Cónego M3nuel Fernandes Nogueira

Nasceu em plena Serra tia Estrela. a 7 de Abril de 1861, numa família muilo p<Jbre.

Após a instrução primária, ingre.ssuu nu Seminário ·diocettanu de Coimbra. Recebeu as or<lens sa'Cras em 1884 e foi mandado eomo plÍrU'C'o para a pequena fregue>ia de PióJão tio col)<:elho · de Arganil , onde permaneceu duranlt' nm ltos anos. numa entrega constan te llu ~erviço de Deus e tio~ irmãos.'

·Desde a primeira hora, teve a feliz inic iativa J e fundar nu Pió<liío, um rulégiu de ensino médio, ~em profos­sore3 e ll anrbém sem qualquer ajuda mat erial. As ~UB!õ' ·qualidades <le mes­tre insigne deram grantle projecçãu au l~olé:giu. 'Chegaram a estudar nele. ra­paze~ das melhore5 !amHia~ dos Jis­ll'ilos 1.le Coimbra. e Câ<t telo Bran~o e-Ja Guaroa. ·

•Desejoso ainda tle sen·ir mais e me. lhor a Igreja Jocnl, •prilrripia - o recru­tamento de joven~, ao quais -dá uma preparação e formação conveni ente, com vista ao $8.Cerdócio.

O !Cónego Nogueira , ao longo Ja sua viJa ele ~a·cenfote, nunca re preocupou com o seu próprio interesse material. O ~eu intere~se era de outra ordem e esta''ª orientado .para os outros. As quan !ias 411e as pe~oM rgenero$as lhe e11tregavam, di~·trihuí-as ime<liatamen­te t'das pes~oas mni~ pobres 1la loca­li<la.Jc. Outras vezes eram usadas ·para melhoramentos da dita freguesia du P.ióJiio.

IAs suas palavras amorosa"° <'.ativaram toJo:< aquele3 que o ouviam. !.Delas bro­tavam sobrC'tndo a bondade e a con· fian ça na P.rovhlência d e !Deus. Tam­L>ém as suas extraordinárias virtudes 'l1e ~antidade propa.Jaram-so nas po\.·oaçõe~ mais vizinhas e o perfum e delas ia até grandes distâricias. Afirmava ·Jele . um dia. o s:anto IP c. Oruz, t' lll ·Loriga: «.'Po!otSo assegurar·\'Os que a vos~a .. erra p 0..11tS11 i um santo, um venluleiru ~antu, na p essoa do Cúnego Nogueira>.

Em 1907, o J>relatlo <livce•ano, rt'· r..o nheo-:enJo nele excelent~ quaHdade~ morais e iutelectuai~, chamou-o pars. o Se.miuárlo l~Iaior, onde foi incumbl.Jo ele exercer as :funções Je professor e J e dirt"Ctor esp iritual. Ali permane::eu até ao momento de o Senhor o lt>vat· ipara Si.

·A acçãu meritliria fez.se igualm ente ~en tir em 1~oda a dda da PsrÓquia, construindo tponte"°· melhorando as fon­te!!:, renovando as capelaii existentes e trandormando a Igreja ·Paroquial num digno templo de Oracão.

Os habitanles do ·Piúdão, sentiram· ·se na JA>rigaç.ão, de perpetuar a me· mc'•rin de ilustre fOcerclote e 1benfeitur, mandando~he erigir um busto, no cen· Iro <la alde ia.

O Cónego ·Nogueira , ficará para sem­pre na ,modesta e pura a llleia que pa­roquiou por ·bastante~ ano!l. c.omo farcl. ronvidanclo os :l10me11 ~ que Jlor ali pa~­!'am . a imi :ar a bomlatle que brota <lo coração de :J esm• Cri~to t' u Seu amor item ireservas prlo~ homens e a 'Convi· dar igualmente us mesmos homen s a i::erem ·tuai ::i irmão" entre ~ i , nas alc­griai; .cfo.s dias fel izl""" e nat1 tristeza~ tlos dia~ ~ombrios.

'fEST1A 00 S. C. DE J:ESUS

Vai realiz.ttr·se no próxi11J11J dia 24 a festa du s. e. de J eSlis e com ela a <Profissão salene <ie Fé• de 40 me­ninos e meninas tia "º"ª comunr'.dm/e paroquial.

Já foram feitos .11âri,.Js e11contr-0s <:om us pais, a fim. de se encontrarem pistas "ª educação de fé de seus fühos. As crianças, liá um. mês, que estão ttndo a sua prepuraçiíu própria. Vem orientar n sem.ann de pregação um filho muito querido de Loriga o Rev.0 . Pe. i/Jr. A'1· túnio ,forbrúsio de .Pina S. /. farei diversas cunferências respondendo a prohlenws actuais, no salãa paroquin/.

S. LAUSPERENE

Vamus -te r o S. Lausperene nos dia~ e 3 de Ou~nbro. Vai !ler uma ,·e­

lada de orac;iio e reflexiio jnnlo <lo Senhor.

Como 11Us anos nnleriores, tutlo." ar­ranjaremos alguns momento~ para le­rarmos ao Senhor os no!lsos .problema::, e om·ir as Suaii orientaçóe!I.

Estejamo~. pois, todo.~ pre.sentei:d ...

f.A i.'EOERAM 5ANTAMENTE NO SElNHOR

tMa'.ria Jo~ Anjo:s Alve~ 1Dini~ tlc ~­lf'nta e quatro anos, filha do"° Sr1t. Al­hano Jú.Jio Dini!!: e Leonor ·Ak~ Di­nis.

- ·Émília Ferreira tlt: J e::u"' dP ~· l en :n e ilele an ofl:. fJha clo5 5r~. Jo~é Paulo ·Pires e Rita Ferreira tlc J esus.

- Ana Jus Santos J e~u ~. Je ~t'tCn· la e -cill'r o anos, filha jle 1A1ttl111io Gon. çah-es e i\laria Margarida,

NOVOS ·LA'RES

R eceberam n .sa1:ramento du 111atri­mónio :

António ·fflourtt Romcm"J, fill1u dos Srs. Afário Pinto R11m.ano e (/e Fluripes !le .Aloura com a m enina Aluria de /, urdes Moura Brito, filli11 d<is Sr ... A11-1ónio Lope.s de Brilu e I ren e i'Wouru :'fanila. Foram testemunhas: Manuel Pinto Luí.s e Aususto .Mendt•s Amaro Pi11a.

- Viriato Alve.s ele Brito, /i/ft,.J dos Srs. Abílio Alves de Brito e d, .4na Ambrósio de Brito com Virgínia da Conceição de Castro, fü/1a dos Srs. AI· fu!rlo Aug11st·:> tle Castro e de Auxilia de. Jesu.s 1l1ota. iFaram testenw.nhas : Alberto Aug11Jtu d• C<tStrn e Ed11<1rda Ambrósio Pina.

QUADRO ·DE HONRA

A.graJecemo~ reçonhecrdamente O!'i

donath'-oro: lJUC os bo11 !!: amig05 en"ia­ram :

(, abel .Pina Amaro ... ... .... . . FernanJo U\rfoura Apa·ríciu .. . Laura ·Mou·ra :Marques ...... . . . Lauri11J3 ~leu<les Pinto ..... . lnó-cio Pina •Sa-ca\·ém) ........ . José Gonçalves ,tos SaMos .. . Constantino iNunas u\latias .. . Jo>é Femantles Meml", Oli-

' 'ais Sul ............ . . ... ...... . Carl°' 1'ornau\les Penas ('Li<·

'boa) ... ..... ... . . ..... . . .... .... . . Fernando Pina Gonçalves ..... . João 'Moura Brito OSacavém) João r.llanuel M e n'des Pin to

(IAJenm1ha) ......... . ... . .... . . Auc\n ima ·L. ·~'!. S . ('Lisboa) Joaquim ·Félix !Júnior (Olivais

Sull . .......... . ..... .... ... ..... . Cario.. •Fouseca !Félix (Sat>a ·

vém) ............. .. .. .. ... .. . .. .. . Álvaro 'Marque. 'Gah'ão (Sa-t-a,·é1n) ........ .. . .. .. .... .. . . .. ..

r\ gu~l inho '<1o.:. Santos IA•pa·ríciu l·França) . ...................... .

Maria Jo Carmo !Lopes Simão t•Sacavém) .. ... ............... .

Laurinda ·Lopes !Simão "Delas) Carlos 'Lopes Simão (Saca-

' ·fm) . .. .. ........ .. . .. . ...... . ... . Mrírto ·Pi1>to Lucas .... .. ........ . A1>1ónio Lncas IPin.ro Carlos 'José Nunes Amaro ('l\lo-

çambique) . .... . . .... . ........ . António Mace'l!o 1Moura ·Pina

<Saca•·ém) . .... .. ......... .. . . . António IDuute Santos .. ...... . J <>Sé de 'Moura }"erreira ( Bra>il) 'Maria dos !Anjos Mendes de '.l<-

rns (Lisboa) .. . . ... ... . .. .. . . . Eugénio IAhes Simão João Ribeiro 'Men'dcs ('Lisboa) Jo.é !Moura 'i\lendes (Sacavém) ;\'lltóniu cios \Santos P ereira ... Fe rnaJUlo nr;10 Romano (Saca-

vém) ................ .. . . ...... ... .

60$00 40$00 30$00 40$00 80~00 40$00 20$00

50$00

50$00 25$00 50$00

20$00 50$00

50~00

50$00

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Carlos llrit o Homano (Saca· vén1) ....... .. .... . . ,. .... . . ....... .

Joaqnim Dias tia Silva 1 Pará) Abílio 1\ luu·ra Pina f Paranho~) Jos:é Viren:f" Figue;·redo .~utúni u Prata Figueiredo José Azevedo, Lx. . . . ..... ...... . Fernando .Pina 1Ltús Santo:o'

(5&C"avént) .. . . .. . . ............ . Antúnio Gahõo P ereira. Lx. A.núnin10 ····· ····· ··· · ····· :· · · ···· Jo!!é Aln:s 1Perc ira. Lx. Antl1uiu !Fcmande:' Cuntle, S n·

caYé1n .. . .... ... . . ... ........ . ... . Mó.rio Nune.; Amaro Pinto, Lx. Joaquim 1\ldo, Seia Antllnio 'Canlo: o de P:us, Afou-

baça ..................... ... . .... . ~·emando 1~f. Ramalho. Sara·

\'é·nl •. ... ....... ....... . .... •• .••. Jual111im 7'lo11 ra Brito, Lx ...... . Jo<é ·Ah-e• Perefra, Almada .. . A1lelin ·J 1Fig11eiretlo Sarah·a.

Saca\'énl ... ...... .. ..... .. ..... . Jo•é Fernande• Llritos 1Miguel,

Saca\-én1 ..... ....... .. ......... .

20$00 50$00 40t00 20$00 20$00 20$00

50SOO 20$00 50i00 40$00

20$00 50$00 20: 00

40$00

20$00 20$00 25$00

20$00

60$00

A família de Maria <los Anjw Alre• Uiniz na impossib."lidode d e o fazer pessaa/mente, riem por este meia leste· munhar o seu mai.s .profundo agrade. rfment"I a todas as pessoas que apre . st•n taram as suas sentidas condolências e a ·c1companharam "" s11/rimento e à ·'"ª última mormftt.

l'ARTJIDNS

Para o ·liltrnmar em missão de sobe­rania ti11emus conhecim enf<fJ qu.e saíram Cassiunu Br.:to 11/oura e José Mendes fernandes.

Alemanha: -- Pura tral><ilhar saíram Antúnio 'F°erreira Penas, António José Mendc.'t, Ern estu •Fernandes Brito

1 J<>a·

quim. IA pt•s Simcio. - f'.ttra ju.nto 1los sPIJ.S t>sposos sai­

rnm: •A•lemanha: - ·Alaria •Fernrmdll M,,,.

tins Pina. •França: - .11aria A.scensiiu Gumes

Brito e lrent• Aires Dini.s. 1L11xe111burgo: - Laurinda Atendes

d11s Santos nrnmpanlawlrr de suas fi.. l/111.t.

.A tud"JS t!esejam us muitas feli': id11· des e qu e lá lonse não esqueçam os St!us familiares e a sua tt'rra natal.

CHEGAIDAS

Do Uh·ramar clP.pois tle 'C'Umprir º" ::en riço militar, chegou há cliail. An­IÓn io Nune3 1Pin·to.

POSTO 'MÉDH::O

Cv m regoz.iju de tóda a paróquia, "brill u novo «Po.sto llfédico> aguar· dando-se a sua inauguração.

·POSTO PüBLICO C. T. T.

Chtmuwws a atençcio que o tele· f<>ne públiro se encontra no <Café tlfontanhas' com ,, nrím ero - 9.~177.

NOTICI>A DE'SiPORTIVé'\

Orga11 ."zado pelo F. -C. • Os Uragõeu. t>/ertulJll~e uma corri.da ({e atletismo em honrn de N. Sr.• áa Guia, a dassifi­raçcio até ao 5. rlassi/icadn. fni com>0 se segue:

Bntto Marti1's ( Valezim) António -Alves (Loriga) Diamantino Lopes (Valezim) António Martins (G<>u!'eia) Antón'u Fernandes (Loriga)

QUEM ~ iPARA TI JE.SUS ·CRiSTO?

Comu re.spo.sta apre.'tenta·se a sínte. se das conclusões do colóquio das au­las .sobre este tema. orientad.o pelo Pro· j essor P.e Dr. Estet'es.

} csu.s Cristo nãu é um upressor de r·unsciências, pelu peso dum código e leis i.ns11por.tá1•eis. que seria fon.te de

escra11idão. A lei de Cristo é Lei do Espírito d e Vida , que nos liberta da lei da morte e do pecado (Rom. 8, 2) , lei da graça, l ei perfeita, lei de liber­dade (Tiago 1. 25; 2, 12) , lei d e Amor. CristoQ não é um. l'iolador da na:urezn h1tmanci. mas per/eitu homem e 1/J cus. Cristo como Sa/riador é a suprema [i. berdade. ci suprema /ibertat;ÚO. a li· lwrdade qu e nos torna iivres.

Cristu núo é o .junc.':ionário ao nosso tli.spor, tJ milagreiro trirmfalista, qu.e se aprot•eita das nossas fro.qrrnurs para se impôr pelus seu.s prodígios~ mas . é ti Imagem mais perfeita Ja A·li.sericór­dia dit1ina, o am ig.o du.s Pecadorés bem dispostos, u m elhor amigo do.s liume11s. O Amor qu.e brota de Cristn é a m.aior f()r{a revolucionária de todus os t.em· pos. contesta~ão de injustas upressõe,t e de toda a 11iolência. Apresentado friamente e aprendido só intelectual. mente como segunda pessoa da S. S. Trintlmle, o JI erbo ·de Veus feit.o carn.e, cnmpreendemos que naáa diga a alguns da.s nossos irmãos. Alas para aqueles que o t1ivem na Fé aparece como Sal· r•adnr, Ú-nico mediador entre Deus e tis homens. comunhão dos homens com Deus e tios hom ens entre si .

Cristo não é u.m .tapa buracos, a Qu.em acudimos só nas ocasiões tlifi· ceis., Esta é a Imagem que d' El.e têm muitos cristáo.s: chamam-No npena.s nas dificuldades da vlda, como uma famí­lia chama u ccmalizador quando reben­tou um cano e há inundações em. casa.

Para. muitos homen..s e sobretudo jo-1•ens. u l mage111 da Igreja de Cristo aparece apenas com.o uma ro.tineira ce­lebração Je mis.sas, casamentos e enter. ros, C'Jmo se a Igreja foss e só um. serriçu .social de enterros, casamentos e baptiza<los · e os padres uns simples fun cionários. Não ipoáemos afirmar Q!tC roda a Igreja se apre.sente a5Sim, mas ,/et1emos con/usar qiie é esta a imagem que muitos hnmens têm da Igreja de Cristo.

1 - PARA OS CRISTÃOS

Jt>sus C risto não é u.ma simples f~­gura do passado, um homem. que rt· re.u. há mais de mil e novecentos an•:Js . .. Para nós cristãos, J esri.s é A.lgu.ém que r•irJe, que está presente. que nos inter· pefo e que se no.s dá numa experiên.­r ia Ílltima e n.os exige uma resposta de ié. nu.ma entrega total. Jesus é slm· bolo de doação a<>s outros, símbolo de uma dispo11ibilidade lota1, dru11a totol dedicação aos hom ens. ~leuno para os OOmens qu.e não têm fé e.ste va/.or c·tmta.

A Jesus encontramo-Lo na nossa vida de todo.s os dias, no nosso trabalho, n.o nos.so descanso. nus MS!l'Js irmãos, "ª nossa família. Será apenas um .sim. lm/o? Não. /.; uma ipessoa. À Jesu.s encontramo-ÚJ na Igreja, ConumiJa'de tlns crentes. celebrando o Eucaristia : rnconhecêm o-Lo na fracção cio pão.

A Jesl's encontramo·lA na Leitura e meditação da Palavra d e D eus. A / <S11s encontramo-Lo na fidelidade aos tw.ssos comprom issos, na gen.ef'()Jidade da doação, 11 0 Amor. Até na dor e na morte n.Ós O encontramJ()s. Encon · Iram.os Jesus, .sempre qr1.e encontramo3 á[guém, «lsum homem, "º"º irmão. Mas esle encontro é conhecimento e a.·tior. .. Este conhecimento é 1á um «reconhecimento>.

Não se trata 1le cruzar-se com al· guém, de passar por alsuém. 2 pre· ciso encontrá-lo como pessoa. Hoje os nossos horizontes humanos alargam-se a toda a humanidade. Sentimo·ns soli· dários de todos <JS humeiis.

Encontramos Jesus na busca da jus­tiça e Ja paz, na revolta contra a opres· siíu. contra a.s estrrtturas tlespersonali· ;.antes. na construção dum. mundo me. llwr.,

E. N. IP.

t

Page 4: Sacramento dos Doentesgentesdeloriga.wdfiles.com/local--files/jornal-a-neve/ANeve-1972.09-[0172].pdfVni, meu maroto. '~[as, se mor-1 eres afogado, dou-te uma sova! Desembarca na estação

Postais da América (14) e tempo de vos falar um pouco

mais detalhadamente da paróquia portuguesa de Newark - a 1Par6-quia de Nossa Senhora de Fátima.

Congregando cerca de 20.000 al­mas e tendo como igreja paroquial um belo templo de.clicado a Niossa Se.nhora de Fátima, a paróquia tem a dirigi-la o Padre José L. Capote, coadjuvado pelos Rev. º' João An­ião e Manuel Vaz.

Antes de 1958, data da Inaugura. ção da sua igreja, os portugueses estavam agregados aos emigran'tes de llngua espanhola. Agora po.dem dizer, com orgulho justüicado, que ião alguém, que possuem a s 1111as instituições religiosas próprias, que são olhados com respe'ito e (porquo não?) admiração pelos componen­tes das outras comunidades.

-x-

Entre as muitas a ctividades man­tidas pela Paróquia Portuguesa de Newark c on'la-se a pr.ocissão .das velas em honra de N. 'S. de Fáfima na noite de 1'2 de Maio. Este a no a solenidade leve esplendor e expan­são invulgares, porquanto a ela se associaram as igrejas -circunvizi. nhas. podendo ver.se gentes de vá. rias raças e Unguas, irmanadas no mesmo ideal e . em verdadeira di· mensão ecuménica, implorar à Se ­nhora do Rosário a paz para este mundo conturbado.

- x-

Se bem me recordo, prometi falar. vos aqui da maneira como são pre­parados os corpos das pessoas qu e morrem, a :nda que de maneira su­cinta. O tema é de certo modo ma­cabro e triste; mas a morte é uma realidade desta vida, vive ao nosso lado, a contece todos os dias, é o que temos de mais certo.

Logo que se verifica um óbito, o corpo é removido para as instala ­ções da ca sa funerária onde é in­jectado c.om um preparado que evi­ta <1 sua putrefação imediata, la­vado e maquilhado requintadamen­te. Quando a famllia é chamada para velar o cadáver não vai asais . tir ao espectáculo tétrico de um cor­po tantas vezes deformado e em cu­ja fisionomia se 18 o virus do s ofri­mento e da morte. A·ntes lhe é da­do ver um ente normal, com feições agradáveis, tantas vezes com ·as­pecto mais atraente que em vida.

Para que vos seja dada uma ideia mais aproximada de como a pre­paração dos mortos atinge requin. tes de arte, .citarei o caso de um soldado Luso . americano morto no Vietnam com o estilhaço de uma granada que lhe 'Clrrancou uma das faces. Pois bem:-procedeu-se a uma operação plástica que lhe re· constituiu as feições, não se notan­do qualquer anomalia. Um prodl­qio de habilidade! - 8.7.72

• I •\; \ 1 ~ 1 ~

1 : ~ • ' l ' • '

Davam muitos e longos romances ·as tmgédfos das raparigas da aMeia que, inexperientes, se deixam. seduzir pelas m~ragens da cidCDde.

tMuitas raparigas pen­sam que 11a ci-dade, sobre­tudo em Lisboa, podeni cnco11tmr a f elíôdade por que o sell coração anseia. E, entradas na adolesc~n­cia, ei-fos l{l prepamr as 11wü1s, com o alvoroço de sensações em festa.

Nem se lembmm, mili­tas delas, qlle podem >oa­minha·r, a -passos largos, para a desilusão.

E o que aconteceu com esta rapariga que, há pou­cos dias, por um t-riz ·não ficoi1 irucidada sob os ro­dados do comboio da li­nha do Estoril.

Tem 17 anos, a mparí­ga.

Vi.ve com um jovem -um molengão .pamsita.

Está grâvi·da. Traballia, i11 1111a fâbrioa,

em Benfica. ,\fas teve rde

alHmdonar o trabalho, em virtiule d e, <levido ao seu est<~do, enjoar com os cheiros da fábrica.

O rapaz é, efectivamen­te, dos que sabem fazer tudo menos traba.Zhar. 'Vi­via à c usta da rapar-iga. Esta, ante o espectro da fom e e <la f rnstmção, sen­tiu profundo abalo .de ode­salento.

Então, f ai colar-se, d e bruços, sob.,.e os carris. O comboio passaria dentro de i•nstantes. Os seus so­frimentos vicaba·riam para sempre.

Um guarda da P. S. P. viu, por acaso, viquele <;ar­po v ivo à espera da •morte.

Eis como explicou ao jomalista os factos:

«T enho vinte e um. anos de serviço na .P S. P . . de Lisboa, sempre na rua, mas nunca apanhei tllll

susto vissim. O comboio já tinha saído <la estação e embalaiva, em direcção au

(Co11ti111w na 2.' pág.)

I Ili Ili 1 Ili li 1li11I111II111IIIII1#1li111li11li1111111111111111111111 I' . . . . ' . ' . ' . ! Doutrinando l ~ ~ . ' . . . ' ' . ~ BAPTISMO ~ . . . . ~ : ' . ~ Q UEM NÃO RENASCER :

~ ~ ~ Quem não renascer da ágU·3 e do •Espírito Santo : : não pode entrar no Reino de .Oeus. (S. João 3-5) Por : E aqui se ·pode ver que a água natural é a matéria do ~ : Baptismo. ~ ~ Cristo amou a Igreja ... purificando-a com a ·ablução E S da água, pela palavra da vida. (S. P.aulo aos Efési-os : . . : 5-25 e 26) . : : . • • • ~ ' ~ ' ' ' • . ' . : : . . ~ : • . ' ' . ' • : ' : : ' • : • ' ' • • • • • • • s = . • : • . . . : • : • = ~ = • . • . • • • • ' . ' ' ' • . ' ' . ' : ' ' ' ' : ' : . ' : ' ' : ' ' . : ' ' : : . . : . . : . . . . •

UMA NOVA VIDA

·Dos textos supra indicados fic amos a saber que o baptizado recebe uma nova vida. iEsta vida divtna tor­na-nos filhos de iDeus, irmãos de Cristo, herdeiros do Céu, templos da SS. Trindade e membros da Igreja, Corpo Mfstko de Cristo.

REL AÇ ôES INT IMAS

Esta doutrina leva-nos às •rel·ações íntimas com Cristo e com os irmãos. O que fizerdes ao mais peque-nino dos meus, é a mim que o fazeis, disse Jesus. Da­qui já podemos concluir que Cristo total é :Ele e nós uni­dos e enxer~ados n'.Ele pelo baptismo .

ID E E ENSINAI

Antes de subir ao Céu o Senhor Jesus deu um mandato, uma ordem aos .Apóstolos: «Ide, pois, e en­sinai a todas as gentes; baptizando-as em nome do !Pai e do Filho e do iEspírito Santo» (1Mat. 28-10) .

IDesta forma ficamos a saber duas coisas : antes de baptizar é preciso ensinar, instruir, educar. rDaqui a afirmação de S. faulo : Não fui mandado a baptizar, mas sim a e·vangelizar. :Depois, pelas palavras de Jesus em S. Mateus, aprendemos qual seja a verdadeira forma do baptismo: <oEu te bapfüo em nome do Pai e do !filho e do ·Espírito Santo .

NECESSIDADE DO BAPTISMO

Cristo mandou que o r·ecebêssemos. logo, é neces­sário por necessidade de preceito. •Além disso é um meio necessário ou condição estabelecida por •Deus para a salvação, que consiste na vida eterna, ou seja, a visão beatifica, clara e directa, que gozam os que se salvarem. 1Logo, é necessário por 't1ecessidade de mei'<>.

A JUSl IFI CAÇAO

A Justificação é a passagem do estado em que o homem nasce filho do primeiro Adão, para o estado de graça e de adopção de filhos de :Deus. 1Esta passagem dá-se no baptismo: ·O baptismo, porta e fundamento dos Sacramentos, a todos é necessário de facto ou de desejo, para a salvação. ( Con. 737) .

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