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POPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE

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POPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Shirlene Vila Arruda - Bibliotecária)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Popular: coleção Jacques Van de Beuque / Instituto Arte na Escola ; autoria de Silvia Sell Duarte Pillotto ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2010.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 147)

Foco: CT-B-17/2010 Conexões TransdisciplinaresContém: 1 DVD ; Biografias; Glossário ; BibliografiaISBN 978-85-7762-066-1

1. Artes - Estudo e ensino 2. Arte popular - Brasil 3. Cultura popular 4. Museu Casa do Pontal 5. Coleção de arte I. Pillotto, Silvia Sell Duarte II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

POPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Silvia Sell Duarte Pillotto

Revisão de textos: Nelson Luis Barbosa

Padronização bibliográfica: Shirlene Vila Arruda

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Cesar Millan de Brito

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLAOrganização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDPOPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE

Ficha técnicaGênero: Documentário.

Palavras-chave: Pintura; gravura; escultura; mobiliário; arte e vida; coleção; colecionador; museu; cultura popular; antropologia; heranças culturais; regionalismo; multiculturalidade.

Foco: Conexões Transdisciplinares

Tema: A riqueza da coleção de arte popular de Jacques Van de Beu-que que inspirou, em 1974, a criação do Museu Casa do Pontal.

Personalidades abordadas: Adalton, Dadinho, Mestre Galdino, GTO, Mestre Vitalino, Nhô Caboclo, entre outros.

Indicação: A partir do 6º ano do Ensino Fundamental.

Nº da categoria: CT-B-17

Direção: Zelito Viana.

Realização/Produção: Mapa Filmes, Rio de Janeiro.

Ano de produção: 2003.

Duração: 22’.

Coleção/Série: Arte para todos.

SinopseO designer Jacques Van de Beuque, durante 40 anos de pes-quisa e via gens pelo Brasil, reúne um expressivo acervo de arte popular que expressa a alma do povo brasileiro. O documentário apresenta esse belo acervo que habita o Museu Casa do Pontal no Rio de Janeiro. Na fala da antropóloga Angela Mascelani, as peças registram tradições culturais, cenas de trabalho, ciclo da vida, festas, temas religiosos e cotidianos das pessoas que vivem nas cidades e nos campos. Gente brasileira de cultura riquíssima, como comenta o poeta Ferreira Gullar. O ponto de vista do colecionador e de responsáveis pelo espaço do museu amplia nossa compreensão sobre a mediação cultural.

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Trama inventivaPonto de contato, conexão, enlaçado em Os olhos da Arte com um outro território provocando novas zonas de contágio e reflexão. Abertura para atravessar e ultrapassar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, a fazer contato, a contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa intersecção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora se com-plementando, ora se tensionando, ora acrescentando, uns aos outros, novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, com imagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, a política, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o incons-ciente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entre tantas outras, permite que na cartografia proposta se desloque o documentário para o território das Conexões Transdisciplinares. Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraA tela se abre com imagens de produções de artistas populares, ao som de músicas que fazem parte dessa manifestação artística que dá cor e vida ao povo brasileiro. A frase de Ferreira Gullar “não é a erudição que produz arte” abre esse espetáculo de personagens feitos de argila, madeira, acessórios diversos e de sonhos e realidades. O documentário traz sons, imagens, depoimentos e comentários de especialistas e artistas – a cultura popular – colecionados por Jacques Van de Beuque e que se tornaram o acervo do Museu Casa do Pontal, localizado no Rio de Janeiro. Com comentários do poeta Ferreira Gullar, do crítico de arte Paulo Sérgio Duarte, da antropóloga Lélia Coelho Frota e de Angela Mascelani, antropóloga e pesquisadora do Museu Casa do Pontal, além de Guy Van de Beuque, diretor desse museu, somos convidados a conhecer a exposição permanente organizada por temas, como: Profissões, que mostram persona-gens bem-humorados e de diferentes identidades; Ciclo da vida, com casamentos, batizados, namoro, morte; Festas populares, mostrando imagens das mais variadas festas. Esculturas de ma-

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deira de Antônio de Oliveira, personagens de circo de Adalton, Mestre Vitalino, Mestre Galdino e Dadinho que descreve seus processos de criação. Finalizando, imagens e sons se misturam em ritmos de carnaval, uma festa em que a distância social se ameniza e se mostra pelo avesso.

Nesse material educativo, para além das Conexões Transdiscipli-nares abordadas, é focalizado também o território de Patrimônio Cultural – bens patrimoniais, museu, coleção...; Mediação Cultural – curadoria, desenho museográfico, o colecionador...; Processos de Criação – arte como experiência de vida, a imaginação criadora...; além de Linguagens Artísticas – escultura, música, dança; Forma-Conteúdo, focalizando especialmente as temáticas e Saberes Estéticos e Culturais, conectando história e sociologia da arte.

Os olhos da Arte Como é que um homem de outra cultura, um dia desembarca aqui e percorre o país quase ponto por ponto, descobrindo, encontrando, recolhendo, organizando e depois instala ali na Casa do Pontal aquelas figuras que são da criatividade popular, tudo com uma expressão tão sólida, tão forte? É tudo realmente um assombro! Inimaginável! Esse homem que fez esta coleção não era certamente um turista era um viajante, aquele que viaja para querer saber, para poder ver. Ele foi capaz de em um ato de amor, recolher e manter tudo aquilo exposto.

(José Saramago)

Jacques Van de Beuque, como o viajante do qual fala o impor-tante escritor Saramago, coletou peças pelo Brasil afora. Como um nômade, soube resgatar registros, objetos, artefatos que retratam as ações do tempo. Produções que carregam histórias de outros que se cruzam com as nossas próprias quando nos apropriamos deles por meio da apreciação, admiração ou mesmo estranhamento. Coleções e colecionadores são fundamentais para que possamos compreender a trajetória histórica, artística, estética de várias gerações e da nossa própria.

As coleções não são imagens/objetos cristalizados e lineares, são produções que se transformam no tempo e no espaço em que estão colocadas e ativam, nesse caso, um pensar sobre a arte popular.

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Diz Jacques Van de Beuque (2000, p. 74):O acervo da Casa do Pontal é o resultado de mais de quarenta anos de pesquisas e aquisições, numa seleção que se baseou em conceito exclusivamente pessoal, a partir do valor artístico de cada peça, sem nunca ter tido em mente a idéia de formar uma coleção. Aliás, para mim, o mais importante nesses anos todos foi o contato estreito que tive com os artistas. Pude observar-lhes o comportamento, maravilhar-me com sua habilidade e capacidade de produção, e principalmente, inteirar-me dos problemas por eles vividos. Atraído pelo objeto, acabei seduzido pelo artista. Aos poucos, as peças que adquiri passaram a representar um volume muito grande e de extrema fragilidade, que precisava ser protegido e catalogado. Assim nasceu a idéia de criar uma instituição específica para este fim.

Chamada de arte popular, a produção de esculturas e modela-gens construídas por homens e mulheres que não frequentaram escolas de arte revela sensibilidade, habilidade e destreza com valor artístico, estético e cultural. A arte popular expressa por meio de formas, cores, linhas os principais temas da vida sociocultural e do imaginário, de quem as cria e de quem as admira. A comunicação entre a arte popular e o público trans-cende as fronteiras de gosto, de estilos de vida, de condição sociocultural, pois, de certa forma, convivemos dia a dia com os temas apresentados pela arte popular.

As produções em arte popular são realizadas em todas as regiões do Brasil, e seus artistas fazem uso dos materiais que os rodeiam e dão força à sua criação, como: barro, areia, palha, conchas, contas, penas, cipós e tantos outros. Desembocam pelas mãos desses homens e mulheres do povo, objetos e personagens reais e imaginários, que para nós podem desvelar um conhecimento sobre nós mesmos e sobre nossas raízes e memórias. Artistas como: Dadinho (Nova Iguaçu/RJ), Adalton Lopes (Niterói/RJ), Antônio de Oliveira (Belmiro Braga/MG), Luiz Antônio (Alto do Moura, Caruaru/PE), GTO (Divinópolis/MG), Mestre Galdino (Alto do Moura, Caruaru/PE) e Nhô Caboclo (Águas Belas/PE) enfatizam em suas produções as nuanças de um Brasil que se destaca pela diversidade e multiplicidade de culturas, histórias e saberes.

Por meio dessa arte e do olhar sensível desses artistas, é pos-sível mergulhar nesse universo brasileiro do qual todos nós, de

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uma forma ou de outra, participamos e ajudamos a construir. Localizada no Rio de Janeiro/RJ, em um sítio de 12.000 m² no Recreio dos Bandeirantes, próximo à Barra da Tijuca, a Casa do Pontal desvela a forte expressividade e singularidade do povo brasileiro, por meio de seu acervo composto por oito mil esculturas e modelagens construídas por aproximadamente 200 artistas populares das mais diversas regiões do país. O edifício, os jardins, a coleção, bem como a montagem da mostra foram criados, projetados e executados pelo designer francês Jacques Van de Beuque (2000, p. 75), que chegou ao Brasil em 1946 e nos conta:

Pouco tempo depois, em 1948, encontrei na arte popular deste país a motivação da minha infância, num ambiente cheio de vitalidade e es-pontaneidade. Me apaixonei. Eu quis dedicar ao povo que me acolheu com grande generosidade esta paixão maior da minha vida. Este acervo representa parte do que há de mais rico e autêntico na cultura popular do Brasil. Mais do que objetos, são pedaços de vida, segmentos de uma trajetória humilde e corajosa, carregada de poesia e de grandeza, a do povo brasileiro.

Um museu, compreendido como instituição sócio-histórico-cultural, não pode ser considerado um espaço/produto pronto e acabado. Conhecer sua história, as intenções da curadoria, as pesquisas que são ali produzidas nos torna divulgadores de seu acervo. Com Jacques Van de Beuque podemos aprender não apenas sobre o objetivo desse espaço de cultura, que é divulgar a arte popular brasileira, preservando o seu acervo e colocando-o a serviço da população, como a sua paixão pela nossa própria cultura, nosso patrimônio cultural.

O passeio dos olhos do professor Festas e tradições, regionalismo, multiculturalidade são enfatizados no documentário, além do destaque dado a aspectos relacionados aos bens simbólicos materiais e imateriais e à arte como ação criadora e experiência de vida. Como espectador do documentário, antes de pensar sobre sua utilização, você pode anotar em seu diário de bordo algumas ideias e conceitos. Oferecemos uma pauta do olhar que pode apoiar/provocar sua percepção:

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Quais perguntas e reflexões, esse documentário provoca em você?

Qual aspecto desse documentário desperta em você curio-sidade com relação aos assuntos abordados?

Como você vê a arte popular em sua região?

Os artefatos, as esculturas e outras tantas manifestações da arte popular fazem parte de sua vida? Como?

Seus conceitos sobre arte popular continuam os mesmos ou mudaram a partir do documentário?

Esse documentário pode interessar os alunos? Em que as-pecto? Quais as possibilidades de uso do documentário em sala de aula?

Que ações pedagógicas podem ser pensadas a partir das ques-tões abordadas no documentário, como: museu, coleção, arte popular, entre outras?

Percursos com desafios estéticos

O passeio dos olhos dos alunos Algumas ideias para iniciar um projeto:

Algum aluno faz coleção de alguma coisa? Os alunos co-nhecem alguém que coleciona algo? Como as coleções estão guardadas? Estão organizadas ou catalogadas? Essas questões podem iniciar uma conversa sobre o conceito de coleção e histórias de colecionadores, preparando para conhecer o colecionador Jacques Van de Beuque.

Reproduções de muitas obras de arte de vários tempos e lugares podem ser coletadas e apresentadas na sala de aula. Depois, podemos propor que cada grupo de alunos imagine uma exposição. Para isso devem selecionar as obras. Para permitir que a mesma obra seja utilizada por mais de um gru-po, cada reprodução deve receber um número. Que critérios cada grupo utiliza para inventar sua exposição? Depois da

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apresentação das ideias curatoriais de cada grupo, projete o documentário para conhecerem como uma coleção se transforma em um museu e a sua organização curatorial.

Um outro modo de iniciar um projeto a partir deste documen-tário é exibir o seu último minuto, antes dos créditos. Nele podemos ver em detalhes uma escola de samba apresentada na obra de Adalton. Talvez os alunos estranhem a obra, fruto da arte popular, mas será interessante abrir um espaço de conversa sobre o que percebem: quais personagens estão presentes? Como esses personagens se movimentam? Reco-nhecem o lugar desse desfile? Por que essa obra terminaria um documentário sobre arte? Essas questões podem despertar a curiosidade para ver o documentário desde o princípio e assim ampliar o contato com a arte popular, oferecido também pelas situações de aprendizagem sugeridas.

Desvelando a poética pessoal O desenvolvimento de poéticas pessoais, em que as singulari-dades, preferências e repertórios são desvelados, implica dar espaços de escolhas para a produção pessoal ou em grupos colaborativos.

Uma possibilidade para impulsionar os alunos é oferecer espaço de criação a partir do que o documentário lhes sugere. Podemos também lembrá-los das três temáticas em que o acervo está dividido: Profissões, Ciclo da vida e Festas populares. Ou ainda das matérias com as quais as obras foram feitas, como argila, madeira etc.

A exibição do trecho em que Dadinho conta o seu processo de criação também pode gerar muitas ideias, especialmente o procedimento de buscar formas figurativas em raízes e troncos de árvores. Os alunos podem também fotografar raízes e troncos e desenhar em cima, ou mesmo talhar, como fez Dadinho.

Todas essas ideias podem gerar produções e uma exposição que as apresente, assim como as demais pesquisas do projeto iniciado a partir deste documentário.

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Ampliando o olhar Uma das questões abordadas no documentário é referente

às festas populares e a apropriação que os artistas fazem dessas festas em suas produções artísticas. Quais as festas populares de sua região? O que conhecem sobre elas? E sobre outras festas realizadas pelo país, como: bumba-meu-boi, calango, carnaval, cavalhada, congada, festa junina, folia de reis, mamulengo, maracatu, reisado etc. Em grupos, os alunos podem pesquisar sobre uma das festas. O resultado da pesquisa pode ser apresentado com uma performance, incluindo as indumentárias, a música e a dança. Se for possível, os grupos podem se apresentas no pátio da escola, tendo como público os demais alunos de outras turmas. O registro dessas apresentações merece também ser discutido: Quais foram às percepções da festa no início da pesquisa, no processo e na sua finalização? O que modificariam no trabalho, após essa trajetória, e por quê? O que aprenderam realizando esse trabalho?

Nascido em Bavay, no norte da França, em 1922, Jacques Van de Beuque (2000, p. 74-5) conta:

De vez em quando aparecia em minha terra, vindo de algum paraíso des-conhecido, um circo com seu desfile contagiante pelas ruas. Toda a cidade era mobilizada pelo exotismo, a fantasia, o sonho colorido, barulhento e irreal. [...] Ante nossos olhares deslumbrados, passavam mulheres de duas cabeças, palhaços sem a menor graça, engolidores de fogo ou de espadas, girafas, zebras, avestruzes, elefantes, camelos... Quantas brigas infantis pela chance de dar uma volta nos camelos... Nascia em mim o desejo pelo colorido, pelo estranho – o exótico, o espetáculo.

Os alunos já foram ao circo? Em sua região os integrantes do circo visitante fazem desfiles? Por que o circo teria provocado o fascínio pelo estranho e exótico nesse menino que passa a se interessar pela arte popular?

No documentário, Paulo Sérgio Duarte, crítico de arte e cura-dor, afirma: “A obra de arte quer dizer o que ela diz. Se ela tiver de dizer alguma coisa você vai perceber. Se ela quiser ser só obra de arte e não dizer nada – um quadrado preto sobre fundo branco ela será um quadrado preto sobre fundo

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branco”. Duarte faz referências à obra de Kazimir Malevitch que, em 1915, criou a célebre obra Quadrado preto sobre fundo branco. Figurativas ou abstratas, o que nos dizem as obras de arte? O modo como a interpretamos tem a ver com o modo como nos aproximamos dela? Cada produção artística permite uma multiplicidade de interpretações e, pela mediação cultural, podemos ampliar as possibilidades de análise e fruição. Os alunos confirmam essas afirmações ou acreditam que há uma mensagem fechada em cada obra pelo artista que a produziu?

Um outro olhar sobre o documentário, atento às produções artísticas, pode focalizar a questão do regionalismo e da multiculturalidade. Com o objetivo de cercar essas questões os alunos podem anotar quais obras apresentam questões específicas de certas regiões, as influências indígenas, afri-canas e europeias, a miscigenação brasileira, a multicultura-lidade. A conversa a partir dessas anotações pode produzir pesquisas específicas.

A sugestão dada em O passeio dos olhos dos alunos sobre as coleções dos alunos pode ser retomada. Como foi ou está sendo o processo de coleta? Qual a importância da coleção para o colecionador? Como guarda e a conserva? Por que coleciona? Essas questões podem gerar uma exposição para socializar as coleções. Etiquetas, sinalização da exposição, panfletos e o trabalho de mediação para que o público possa participar desse momento, o registro são partes importantes dessa produção cultural. Para isso é interessante discutir con-ceitos relativos a colecionador/coleção; museu; museografia; espaço expositivo; formação do público, o que pode ser am-pliado com uma visita de estudo com seus alunos no espaço de um museu ou na casa de um colecionador. Um roteiro de investigação deve ser planejado, incluindo questões como: O que vamos ver? Qual a função desse espaço visitado? Quais são os seus setores? O que oferecem aos visitantes? Há um serviço especial para os portadores de deficiências? O que esse espaço diz para cada um de nós?

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temáticas

ação criadora

potências criadoras

Forma - Conteúdo

práticas culturais

dança

música

linguagensconvergentes

curadoria educativa

ato de expor

preservação e memória

sociologia da arte

artesmeios

visuaistradicionais

meiosnovos

Zarpando

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

Linguagens Artísticas

meiostradicionais

artesvisuais

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

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Palavras-chave: Pintura; gravura; escultura; mobiliário; arte e vida; coleção; colecionador; museu; cultura popular; antropologia; heranças culturais; regionalismo; multiculturalidade.

Conexões Transdisciplinares arte e ciências humanas: história, antropologia, contexto social e político,

iconografia religiosa

Mediação culturalagentes: colecionador, artista, crítico de arte, diretor de museu,

antropólogo, obracuradoria educativa: seleção, escolha, fio condutor; o ato de expor: desenho museográfico, estrutura física do espaço expositivo,

sonorizaçãoformação do público: educação do olhar, relação público e obra espaços sociais do saber: Museu Casa do Pontal/RJ

Linguagens Artísticas:Artes Visuiais – meios tradicionais: pintura, gravura, esculturaLinguagens convergentes: mobiliárioMúsicaDança

Saberes estéticos e culturaishistória da arte – arte popular, arte incomum, cultura popularpráticas culturais: festas e tradições, regionalismo, multiculturalidadesociologia da arte: artista e sociedade, mercado de arte

Forma-conteúdoTemática: figurativa, religiosa, arte e vida, crítica social, narrativa, vida cotidiana,

imaginário fantástico

Patrimônio Culturalbens simbólicos: bens patrimoniais materiais e imateriais, cultura brasileira,

acervo, museu, coleçãopreservação e memória: políticas culturais, heranças culturais

Processo de Criaçãoação criadora: arte como experiência de vida, diálogo com a matéria, poética

pessoalpotências criadoras: imaginação criadora, invenção, coleta sensorial,

observação sensível, repertório pessoal e cultural, imaginário simbólico

PatrimônioCultural

sistema simbólico

ser simbólico, linguagem, código de signos de cada época/cultura

heranças culturais, cultura brasileira; estética o cotidianoc

ferramentas

instrumentos musicais, computador

procedimentos

procedimentos técnicosinventivos, subversão de usos, transgredir a matéria, experimentação

suportes

ruptura de suporte, grandes formatos, pesquisa de outros meios e suportes, grandes formatos

formação de público

agentes

Materialidade

suportes

procedimentos

bidimensionais e tridimensionais, grandes formatos, pesquisa de outros meios e suportes, ruptura do suporte

experimentação, acúmulo,procedimentos técnicos inventivos, subversão de usos

natureza da matéria

matérias tradicionais, materiais não convencionais

conflito de materiais, matéria, materialidade/imaterialidade, pesquisa de materiais, poética do efêmero

poéticas da materialidade

colecionador, crítico de arte, diretor de museu, antropólogo, obra

artista,

bens simbólicos

pintura, escultura

gravura,

objeto, instalação,fotografia, contaminação de linguagens

meiosnovos

estética e filosofia da Arte

experiência, gosto,belo, arte como idéia

artista e sociedade, mercado de arte

POPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE

Conexões Transdisciplinares arte e ciências humanas: história, antropologia, contexto social e político, iconografia religiosa

história, antropologia,contexto social e político, iconografia religiosa

Patrimônio Culturalbens simbólicos: bens patrimoniais materiais e imateriais, cultura

brasileira, acervo, museu, coleçãopreservação e memória: políticas culturais, heranças culturais

bens patrimoniais materiais eimateriais, cultura brasileira, acervo, museu, coleção

políticas culturais, heranças culturais

museu, cultura brasileira, acervo, coleção

cultura brasileira, memória coletiva

Mediação cultural

o ato de expor:

formação do público:

agentes: colecionador, artista, crítico de arte, diretor de museu, antropólogo, obraseleção, escolha, fio condutor;

desenho museográfico, estrutura física do espaço expositivo, sonorização

educação do olhar, relação público e obra espaços sociais do saber: Museu Casa do Pontal/RJ

curadoria educativa:

desenho museográfico, estrutura física do espaço expositivo, sonorização

seleção, escolha, fio condutor

Linguagens Artísticas:Artes Visuiais – meios tradicionais: pintura, gravura, esculturaLinguagens convergentes: mobiliárioMúsicaDança

mobiliário

Saberes estéticos e culturais

práticas culturais: festas e tradições, regionalismo, multiculturalidadehistória da arte – arte popular, arte incomum, cultura popular

sociologia da arte: artista e sociedade, mercado de arte

arte popular, arte incomum,cultura popular

arte contemporânea, arte conceitual

festas e tradições,regionalismo, multiculturalidade

Processo deCriação

potências criadoras

Processo de Criaçãoação criadora: arte como experiência de vida, diálogo com a matéria, poética pessoalpotências criadoras: imaginação criadora, invenção, coleta sensorial, observação sensível, repertório pessoal e cultural, imaginário simbólico

arte como experiência de vida, diálogo com a matéria, poética pessoal

experimentação, cálculos, geométricos no computador

imaginação criadora, invenção, coleta sensorial, observação sensível, repertório pessoal e cultural, imaginário simbólico

observação sensível, leitura de mundo, intuição, repertório pessoal e cultural

Forma-conteúdoTemática: figurativa, religiosa, arte e vida, crítica social, narrativa,

vida cotidiana, imaginário fantástico

figurativa, religiosa, arte e vida, crítica social, narrativa, vida cotidiana, imaginário fantástico

educação do olhar, relação público e obra

educação estética, experiência estética e estésica, multiplicidade de leituras, relação público e obra, apreciação

espaços sociais do saber

MediaçãoCultural

Museu Casa do Pontal/RJ

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Conhecendo pela pesquisa O que faz um antropólogo? O que faz um curador? Quais

profissões existem hoje que não existiam no passado? Quais profissões existiam no passado que não existem hoje? Quais profissões podem ser vistas no documentá-rio? As profissões mereceram destaque na curadoria e no desenho museográfico da Casa do Pontal. O que os alunos podem pesquisar a partir das questões acima e de outras que podem ser levantadas?

No documentário ouvem-se músicas de Egberto Gismonti, Naná Vasconcelos, Djalma e Ell, Lazinho, Heitor Villa-Lobos, além de uma música de domínio popular apresentada por Antonio Nóbrega, selecionadas por Zelito Viana e pesqui-sadas por Lula Costa Lima. Também se percebe que há sonorizações no espaço expositivo, algumas desejadas pelos próprios artistas. Assim como as artes visuais, a música e a dança fazem parte desse grande caldo da arte popular. Quais perguntas dos alunos podem desencadear pesquisas sobre músicas e danças populares?

Artesanato ou arte popular? Qual a importância do mercado? O curador Emanoel Araújo (2000, p.35) aponta aspectos que podem gerar uma boa conversa e pesquisa com artesões e artistas populares locais:

Se tívéssemos que definir quando um objeto tem relevância como arte popular, deveríamos entender que ele é assim concebido quando foi criado pelo puro sentido estético do seu criador, sem que lhe atribuam qualquer função utilitária ou então que lhe atribuam, enquanto criação artística, um significado que escapa ao mundo cotidiano, como os objetos de cunho religioso. [...] Do ponto de vista do consumo, para o criador popular, o estímulo vem de fora – de um mercado que é estranho à sua comunidade de origem. No entanto, se esta demanda pode estimular seu ímpeto criador, ela pode, ao longo do tempo, também destruir sua criação. Não é o mercado em si que constitui um mal: uma encomenda pode dar origem a uma criação original por parte do artista, desde que não venha acompanhada de uma “fórmula” para a sua criação. Todavia, uma vez que o artista encontra um padrão que lhe é próprio para responder a esta demanda, sua própria reiteração pelo mercado pode produzir a repetição do

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artista e o fim de sua criação. Tudo isso mostra o quanto são tênues s fronteiras que separam a criação popular da produção utilitária ou voltada para o mercado, necessariamente reprodutora de padrões já consagrados.

Os artistas e artesões locais podem ser entrevistados na es-cola para que contem sobre seus processos de criação, seus mestres, seus sonhos e para que mostrem suas produções.

O cangaço é uma das memórias apresentadas no acervo do Museu do Pontal. Segundo Frederico Pernambucano de Mello há uma estética própria no cangaço, como expressão do irredentismo, da insubmissão de brasileiros. Seus objetivos, suas roupas adereços e ornamentos merecem pesquisas e novas descobertas.

Outros documentários da DVDteca Arte na Escola podem ser exibidos, conectados a este projeto ou gerando novas pesquisas. Veja a filmografia no final deste material.

Amarrações de sentidos: portfólio Qual os objetivos de um portfólio? Por que registrar? Como fonte de aprendizado e como sinalizador dos processos de aprendizagem, valorizamos o portfólio, seja individual ou coletivo. É importante que os alunos façam suas reflexões, elencando aspectos significativos de seu aprendizado, por meio de frases, questionamentos, citações, imagens, entre outros. A fotografia também é um ótimo registro, pois potencializa a leitura da pro-dução do aluno de uma outra forma e numa outra linguagem. No entanto, o portfólio amplia seu sentido se socializado com o grande grupo. Dúvidas, indagações e reflexões contribuirão para a ampliação dos conteúdos/conceitos. Podemos propor um seminário para que os alunos exponham suas ideias e aprendam uns com os outros, convidando também as pessoas envolvidas no projeto, como artistas, colecionadores, alunos de outras turmas, outros professores. Certamente as experiências se multiplicam quando temos outros modos de olhar.

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Valorizando a processualidade Tão importante quanto a construção do portfólio dos alunos é o registro do professor, pois esse aponta caminhos importantes referentes aos processos de ensinar e de aprender. Também deixa claro quais avanços nos processos de aprendizagem dos alunos. O que eles aprenderam para além daquilo que já sabiam? Qual o impacto desse aprendizado no seu contexto? O que foi mais significativo para os alunos, e por quê? O que faltou e que poderia ser resgatado em outro momento para essa turma ou até mesmo para outras turmas?

Para você, também é importante se perguntar: O que aprendi com o documentário e com o desenvolvimento do projeto? Quais novas ideias nesse processo podem ser desenvolvidas em outros projetos?

Compreender e valorizar os processos de aprendizagem dos alunos e os seus próprios é fundamental para repensar as ações pedagógicas e nossa presença no mundo da cultura.

Personalidades abordadasAdalton Fernandes Lopes (Niterói/RJ, 1938 - 2005) – Antes de dedicar-se inteiramente aos trabalhos na cerâmica, foi pescador, soldado da Polícia Militar, motorista. Trabalha com extenso e variado leque temático: da arte erótica à vida de Cristo, passando por vendedores ambulantes, cenas de namoro, casamento e parto. Criou engenhocas imensas, em que figuras articuladas se movimentam animadamente.

Dadinho (Geraldo Marçal dos Reis, Diamantina/MG, 1931) – Seus primeiros contatos com a madeira se dão por iniciativa do pai, Pedro, que o introduz no ofício de carpinteiro. Entretanto, a habilidade para a escultura inventiva é descoberta por acaso, ao entalhar pequenas figuras numa casca de laranja que atraiu a atenção de quantos a viram, encontrando inesperado comprador. Extremamente habilidoso, esculpe em pedra-sabão e em cera (ex-voto) antes de iniciar sua trajetória artística, que ganha impulso a partir de 1977, no Rio de Janeiro. Fascinado pelas formas de raízes e troncos, passa a esculpir cidades em conjuntos altamente sofisticados, inspirados em Nova Iguaçu, onde reside, na Zona Metropolitana do Rio de Janeiro.

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GTO (Geraldo Teles de Oliveira, Itapecerica/MG, 1913 - Divinópolis/MG, 1990) – Exerceu inúmeras atividades profissionais, tendo residido por algum tempo no Rio de Janeiro. Descobriu-se escultor tardiamente, com mais de 50 anos, quando trabalhava como vigia noturno em um hospital. Induzido por sonho obsessivo e recorrente, que o incita a entalhar na madeira, passou a produzir expressivas esculturas. Participou de Bienais, expôs em galerias no Brasil e no exterior, tendo integrado mostras importantes da arte brasileira.

Luiz Antônio da Silva (Alto do Moura, Caruaru/PE, 1935) – Com a mãe louceira aprendeu a modelar o barro, mas sua iniciação profissional foi com Mestre Vitalino, com quem aprimorou a técnica. Além de criar tipos regio-nais, especializou-se na representação de temas urbanos, especialmente ligados ao progresso e ao uso das máquinas. Suas obras são facilmente identificadas, pois inventou cenas e tipos até então inexistentes, entre os quais se destacam: o fotógrafo, os eletricistas consertando transformadores, automóveis, trem de ferro, fábrica de telha de canal etc.

Mestre Galdino (Manuel Galdino de Freitas, São Caetano/PE, 1929 - Alto do Moura, Caruaru /PE, 1996) – Em 1940, muda-se para Caruaru/PE, onde passa a trabalhar em olaria e depois na construção civil. Nas horas vagas, distrai-se modelando figuras de barro, entre elas a de Judas, para as brincadeiras de malhação da Semana Santa. Sua trajetória como artista tem início a partir de 1974, quando é destacado pela prefeitura para executar serviços no Alto do Moura, onde faz amigos que o introduzem na arte de “bonecos”, principal atividade local. Apaixona-se de tal maneira pela modelagem em cerâmica, que se exonera do trabalho público, vende a casa que possuía em Caruaru e se muda com a família, definitivamente, para o Alto do Moura. Logo passa a ser reconhecido como um dos mais fecundos ceramistas, com criações como Lampião-Sereia e São Francisco Cangaceiro.

Mestre Vitalino (Vitalino Pereira dos Santos, Ribeira dos Campos, próximo a Caruaru/PE, 1909 - Alto do Moura, Caruaru/PE, 1963) – Seu pai traba-lhava na roça e a mãe, como sua avó, era louceira, fazia cerâmica utilitária. Desde pequeno modelava as sobras de barro, e por volta dos sete anos, começa a enviar sua produção para a feira de Caruaru. Foi descoberto por intelectuais no final dos anos 1940, quando viaja pelo Brasil, vende peças para museus e colecionadores do mundo inteiro, mas não conhece a riqueza. Sua casa tornou-se um museu onde estão expostas suas obras. Deixou muitos discípulos e seguidores.

Nhô Caboclo (Manuel Fontoura, Águas Belas/PE, c.1910 - Recife/PE, 1976) – Descendente direto de índios, foi criado no campo, numa fazenda situada em Garanhuns/PE. Desde pequeno produziu objetos a partir do barro e dos mais inusitados materiais, como a barba-de-bode e a mandioca linheira. Adulto, transferiu-se para Recife, onde trabalhou basicamente com madeira e sucata. Em suas composições, privilegiou o movimento, em obras em que

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os diversos elementos perseguem o equilíbrio. Explora a temática marítima, com navios de guerreiros e escravos acorrentados. Inventou linhas temáticas, nas quais se destacam os torés e os rachos. Seu trabalho é marcado ainda pelo uso intenso de penas de aves e das cores negra e vermelha.

GlossárioArte popular – “arte popular é feita por artistas que permanecem sempre ligados a seus ambientes de origem, e, basicamente, é consumida pelos próprios companheiros do artista, por sua comunidade, em seu meio social”. Fonte: ARAÚJO, Olívio Tavares de. Arte popular. In: MACHADO, Ana Maria. A peleja. Rio de Janeiro: Berlendis & Vertecchia, 1986. n.p. (Coleção arte para criança. Arte popular).

Cultura – Edgar Morin define três sentidos principais para a palavra cultura. O primeiro é antropológico: a cultura acumula em si aquilo que é transmitido e aprendido pelos princípios, da aquisição e da ação. O segundo é social e histórico: as culturas são constituídas pelo conjunto de hábitos, costu-mes, saberes, regras, normas, proibições, ideias, crenças, mitos e valores eternizados entre gerações, mantendo a complexidade social. O terceiro relaciona-se à cultura das “humanidades”, fundamentada nos problemas globais, éticos e existenciais aliados à cultura científica, transformadora do saber em disciplinas desvinculadas e fragmentadas. Fonte: MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2002.

Patrimônio histórico e artístico nacional – Conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país, e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Fonte: LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 43.

BibliografiaARAÚJO, Emanoel. Artistas e artífices: ancestralidade, arcaísmos e perma-nências: uma introdução à estética popular. In: AGUILAR, Nelson (Org.). Arte popular. Mostra do Redescobrimento. São Paulo: Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000. p. 34-49.

BEUQUE, Jacques Van de. Arte popular brasileira. In: AGUILAR, Nelson (Org.). Arte popular. Mostra do Redescobrimento. São Paulo: Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000. p. 64-75.

FROTA, Lélia Coelho. Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro: século XX. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2005.

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POPULAR: COLEÇÃO JACQUES VAN DE BEUQUE

LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 1985.

RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais.Campinas: Mercado das Letras, 2003.

Webgrafiaos sites a seguir foram acessados em dez. 2009.

ALTO do Moura. Disponível em: <http://www.ceramicanorio.com/artepo-pular/caruaru/caruaru.htm>.

______. Disponível em: <http://www.imaginariopernambucano.com.br/areasdeatuacao_altodomoura.shtml>.

CENTRO Nacional de Folclore e Cultura Popular e Museu de Folclore Edison Carneiro. Disponível em: <http://www.cnfcp.gov.br>.

______. Disponível em: <http://www.ivt-rj.net/museus_patri/antariores/folclore/destaque.htm>.

ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de artes visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/enciclopedia>.

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: <http://www.iphan.gov.br>.

MESTRE Vitalino. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/docs/pe/pe0043.html>.

______. Disponível em: <http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/2artes/nd-vital.html>.

MUSEU Casa do Pontal. Disponível em: <http://www.popular.art.br/mu-seucasadopontal>.

MUSEU do Barro em Caruaru - Espaço Zé Caboclo. Disponível em: <http://www.cultura.pe.gov.br/museu6_caruaru.html>.

FilmografiaCASA da Flôr. Dir. Marily da Cunha Bezerra e Sarah Yakhni. S.L.: Amélia Zaluar, Marily da Cunha Bezerra e Sarah Yakhni; Rio de Janeiro: Terceira Margem Vídeo: Cecip: TV Maxamboba, 1992. 1 DVD (8 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

AS FÁBULAS de Antonio Poteiro. Dir. Sara Yakhni. São Paulo: Rede Sesc-Senac de Televisão, 2001. 1 DVD (23 min.). (O mundo da arte). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

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A HERANÇA de Mestre Vitalino. Dir. Cacá Vivalvi. São Paulo: Rede Sesc-Senac de Televisão, 2000. 1 DVD (23 min.). (O mundo da arte). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

NHÔ Caboclo e o elo perdido. Dir. Hermano Penna. São Paulo: Luiz XXI Cine Vídeo: Rede SescSenac de Televisão: TV Cultura, 2002. 1 DVD (55 min.). (Documentário). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

OCASO das louceiras. Dir. Durval Leal Filho. João Pessoa: Para’iwa: Con-vênio Sebrae-PB, 2002. 1 DVD (14’30 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

RENASCENÇA: rendas do Cariri. Dir. Durval Leal Filho. João Pessoa: Para’iwa: Convênio Sebrae-PB, 2002. 1 DVD (14 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

VÉIO. Dir. Adelina Pontual. Recife: Chá Cinematográfico: Rec Produtores ssociados, 2005. 1 DVD (23 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

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Mapa potencial

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