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\ " ,. . ...... , . i O 1 n e ser1 um homem como os uutrn · As pessoas que querem censurar os padres, quando eles incorrem em qualquer falta ou maldosamen- te lha atribuem, costumam, por ve- zes com certa malícia, perguntar: «Então os 'padres não são homens como os outros?» A resposta a esta ·pergunta não é tão simp:es como parece, à pri· me:ra vista. O padre é um homem como os outros, enquanto tem a mesma na- tureza, sente as mesmas tentações e está sujeito às mesmas faltas e misérias em •que o comum dos ho· mens costuma cair. Mas não é um homem como os outros, enquanto está revestido de uma dignidade especial que, se lhe confer·e poderes divinos, também lhe acarreta responsabilidades mais graves. Foi objedo de uma esco- lha de Deus, foi chamado a um es- tado de vida que exige elevado grau de ·pureza, de ·renúncia, de abnegação e de espirito de sacri· fício, indispensáveis para o bom cumprimento dos gravfssimos de- veres inerentes ao seu ministério. No ·dia da sua ordenação, prece- dido de longos anos de estudo e de reflexão, foram-lhe confiados poderes divinos, foi chamado a ser 'I o continuador da obra da Reden - ção, o dispenseiro tios dons do Céu, o médico das almas. A partir desse dia, o padre dei- xou de se pertencer a si próprio ou à sua família, renunciou livre- mente à paternidade física, a ter uma mui·her e filhos seus, ·para se ded:car, com maior liberdade de mov:mentos, aos filhos dos outros. Não tem uma família exclusiva, porque está inserido na família de todos os fiéis que querem vê-lo disponivel. O padre pertence-lhes, têm o d:reito de exigir o seu sa· crifício. Foi expropriado •para uti- lidade de todo o povo de Deus. Por isso, causa profunda mágoa e até justificado escândalo ver pa- dres que parecem empenhados em confundir-se com o comum dos ho - mens, adoptando a mentalidade do mundo, seguindo o mesmo estilo de vida, dedicando as suas ener- gias ao exercício de actividades profanas e reservando para o exercício das funções sagradas as escassas ·horas livres que as ocupa· ções profissionais ou os cuidados familiares lhes consintam. Os maçãos e os jacobinos da Re- (<Cont . na 2.ª pág.) ANO XII MARÇO 1 DE 1970 N." 142 REDACÇAO: Secretariado Pmoquial - LORIGA - Serra da Estrelo Director Editor e Proprietário: P.e ANTóN!O 00 NASGfiMENTO BARREIROS Composição e I1npr es·são: GRAIFIOA DE GOUVEIA, L.DA Nos últimos tempos tem-se intensificado, como é do co- nhecimento público, uma acção de depravação moral que visa particularmente a juventude. Bastará notar que, durante o ano de 1969, foram apreendi- dos e destruídos c e r c a de 383.000 exemplares de publi- cações pornográficas, em gran- de parte exaltando práticas ho- mossexuais e provenientes, so- bretudo, do ·Brasil, da Holanda e dos .Países escandinavos. O Governo, consciente da necessidade de reagir contra esta campanha de dissolução dos costumes, determinou às autoridades competentes a mais rigorosa vigilância tendente a permitir eficaz intervenção . · serão adequadamente repri- midas a publicação e divulga- ção de quaisquer impressos, manuscritos, desenhos, carta. zes, anúncios, discos ou livros, revistas e publicações porno- gráficas, promovendo - se a efectivação da responsabilida- de criminal contra os que con- correm para essa publicação ou divulgação. Foi igualmente recomendado à ·Comissão de Censura dos . Es- pectáculos a maior atenção no exame de filmes e peças tea- trais. 1 As instituições, organismos ou pessoas interessadas na de- fesa dos costumes poderão co- laborar no saneamento do am- biente, dirigindo as suas quei- xas à 1Direcção-Gera l de Segu- rança ou à Polícia Judiciária. .Aplaudimos vivamente o Go- verno ao tomar esta medida . Importa que todos nós colabo- remos nesta campanha de sa- neamento moral. que atender a muitos ca- lendários que estão expostos em tantas casas e que são um convite à dissolução dos costu- mes. que atender a tantas re- vistas e livros que andam na mão da nossa juventude e que a corrompem. IHá que atender a tanta lite- ratura, que sob a capa de ini- ciação e educação sexual, são um veneno moral de intuitos vis e que se expõe em profu- são em montras e escaparates das livrarias. É preciso que sejam denun- ciados todos aqueles que se servem de impressos para cor- romper e destruir os bons cos- tumes . De nada vale um decreto do Governo se não houver quem o cumpra e faça cumprir. 1 0ra o cumprimento não de- pende do Governo é pre- ciso que todos nós mos também, denunciando to- dos aqueles que prevaricam. Está em jogo o futuro da juventude, que o mesmo é di- zer, o futuro da 1Pátria e não pode · haver condescendências . IA todos os nossos est. lmados ,leitores e amigos que- remos desde desejár que tenham umas feliZf!S festas Pascais na alégria de Cr _ isto

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O 1n e ser1 um homem como os uutrn · ~1 As pessoas que querem censurar

os padres, quando eles incorrem em qualquer falta ou maldosamen­te lha atribuem, costumam, por ve­zes com certa malícia, perguntar : «Então os 'padres não são homens como os outros?»

A resposta a esta ·pergunta não é tão simp:es como parece, à pri· me:ra vista.

O padre é um homem como os outros, enquanto tem a mesma na­tureza, sente as mesmas tentações e está sujeito às mesmas faltas e misérias em •que o comum dos ho· mens costuma cair.

Mas não é um homem como os outros, enquanto está revestido de uma dignidade especial que, se lhe confer·e poderes divinos, também lhe acarreta responsabilidades mais graves. Foi objedo de uma esco­lha de Deus, foi chamado a um es­tado de vida que exige elevado grau de ·pureza, de ·renúncia, de abnegação e de espirito de sacri· fício, indispensáveis para o bom cumprimento dos gravfssimos de­veres inerentes ao seu ministério.

No ·dia da sua ordenação, prece­dido de longos anos de estudo e de reflexão, foram-lhe confiados poderes divinos, foi chamado a ser

'I

o continuador da obra da Reden­ção, o dispenseiro tios dons do Céu, o médico das almas.

A partir desse dia, o padre dei­xou de se pertencer a si próprio ou à sua família , renunciou livre­mente à paternidade física, a ter uma mui·her e filhos seus, ·para se ded:car, com maior liberdade de mov:mentos, aos filhos dos outros. Não tem uma família exclusiva, porque está inserido na família de todos os fiéis que querem vê-lo disponivel. O padre pertence-lhes, têm o d:reito de exigir o seu sa· crifício. Foi expropriado •para uti­lidade de todo o povo de Deus.

Por isso, causa profunda mágoa e até justificado escândalo ver pa­dres que parecem empenhados em confundir-se com o comum dos ho­mens, adoptando a mentalidade do mundo, seguindo o mesmo estilo de vida, dedicando as suas ener­gias ao exercício de actividades profanas e reservando para o exercício das funções sagradas as escassas ·horas livres que as ocupa· ções profissionais ou os cuidados familiares lhes consintam.

Os maçãos e os jacobinos da Re-

(<Cont . na 2.ª pág.)

ANO XII MARÇO 1DE 1970 N." 142

REDACÇAO: Secretariado Pmoquial - LORIGA - Serra da Estrelo Director Editor e Proprietário:

P.e ANTóN!O 00 NASGfiMENTO BARREIROS

Composição e I1npres·são: GRAIFIOA DE GOUVEIA, L.DA

Nos últimos tempos tem-se intensificado, como é do co­nhecimento público, uma acção de depravação moral que visa particularmente a juventude. Bastará notar que, durante o ano de 1969, foram apreendi­dos e destruídos c e r c a de 383.000 exemplares de publi­cações pornográficas, em gran­de parte exaltando práticas ho­mossexuais e provenientes, so­bretudo, do ·Brasil, da Holanda e dos .Países escandinavos.

O Governo, consciente da necessidade de reagir contra esta campanha de dissolução dos costumes, determinou às autoridades competentes a mais rigorosa vigilância tendente a permitir eficaz intervenção.

·serão adequadamente repri­midas a publicação e divulga­ção de quaisquer impressos, manuscritos, desenhos, carta. zes, anúncios, discos ou livros, revistas e publicações porno­gráficas, promovendo - se a efectivação da responsabilida­de criminal contra os que con­correm para essa publicação ou divulgação.

Foi igualmente recomendado à ·Comissão de Censura dos .Es­pectáculos a maior atenção no exame de filmes e peças tea­trais.

1As instituições, organismos ou pessoas interessadas na de­fesa dos costumes poderão co­laborar no saneamento do am-

biente, dirigindo as suas quei­xas à 1Direcção-Geral de Segu­rança ou à Polícia Judiciária.

.Aplaudimos vivamente o Go­verno ao tomar esta medida. Importa que todos nós colabo­remos nesta campanha de sa­neamento moral.

Há que atender a muitos ca­lendários que estão expostos em tantas casas e que são um convite à dissolução dos costu­mes.

Há que atender a tantas re­vistas e livros que andam na mão da nossa juventude e que a corrompem.

IHá que atender a tanta lite­ratura, que sob a capa de ini­ciação e educação sexual, são um veneno moral de intuitos vis e que se expõe em profu­são em montras e escaparates das livrarias.

É preciso que sejam denun­ciados todos aqueles que se servem de impressos para cor­romper e destruir os bons cos­tumes.

De nada vale um decreto do Governo se não houver quem o cumpra e faça cumprir.

10ra o cumprimento não de­pende só do Governo é pre­ciso que todos nós c~labore­mos também, denunciando to­dos aqueles que prevaricam.

Está em jogo o futuro da juventude, que o mesmo é di­zer, o futuro da 1Pátria e não pode ·haver condescendências.

IA todos os nossos est.lmados ,leitores e amigos que­remos desde iá desejár que tenham umas feliZf!S festas Pascais na alégria de Cr_isto Ressu~~itado.

{jJ ar:a ler e me~it:ar E a caridade de Jesus Cristo •há-de leva·r-te a muitas

in transigências ... nob i.Jíss imas também. Se não és mau e o •pare:es, és tonto. E essa ipa·lermi ce 'Ped ra ele escân-dalo é .pior que a real idade.

=+=

Quando se assiste a dela bidas manifestações de reli­giosidade de certas pessoas, que, porque desprezam os seus deveres profissionais, são geralmente mal concei­tuadas, dá ganas de lhes dizer ao ouvido: «Por favor, le­nham a bondade de ser menos católicos!»

Se ocupas um lugar oficiaq, tens tamibém certos di­reitos inerentes ao exercí'Cio desse cargo, assim como de­terminados deveres.

Desvias-te do teu caminho, se por ocasião ou .com a escusa de uma obra divina. deixas por cumprir os deveres do cargo. P orque perderás o p :·estígio profiss io­nal, que é iprecisamente o teu anzol de pescador de ho­mens.

Agrada-me o teu lema de apostolado. «Trabalhar sem descanso» . Para quê tanta precipi­

tação? Não m e digas que é actividade: é voragem. (Es·crivá)

- ó Luisinho, quem bebeu ·o Ieite que estava aqui?

- Não sei, mamã. Mas o gato pôs-se muito encarnado qu ando en­·traste ...

Ela: - Só queria sa·ber se tu gostas tanto de mim como eu gos­to de ti.

Ele: - Para quê? Também eu gosto muito de sa1lmonete e nunca me ipreocupou saber se o salmonete gos·ta de mim.

Duas senhoras, muito amigas, en­contram-·se e uma delas diz:

- Ca'lcu~e. minha querida ami. ga, que venho do instituto de be· leza ...

- Esta'Va fechado, ·não? i•nquiriu cruelmente a outra.

O médico arpairpa o cliente e diz: - Sinto a·qui uma grossura que

vou tratar de tirar. - Olhe •Já, doutor, -olhe •Já (excla­

ma o cliente) . Cuidado, que isso é a minha carteira!

Num jantar de cerimónia, a 'dona da casa escreveu um bilhete e m3•ndou o criado entregá-lo à ac. triz que esta'Va sentada do outro la'do da mesa.

Não 1podendo Jer sem óculos. a adriz pediu a-o vizinho da esquer­'Cla que 1esse para ela.

cFu'lana>. (dizia o bilhete) faça­•me um fa.vor: seja amável com o homem que está à sua esquerda. Eu sei que ele é muito tolo mas converse com ele. ·

João foi consultar o médico, que lhe proibiu que bebesse vinho.

Mas l oâo prol esta: Proibir-me o vinho, nesta altura

em_ que ele baixoii de preço? !11 as, enlao, como hei-de provar à minha mulher que quero fazer um pouco de economia? ...

A·DIV~NHA

Ando sempre acompanhado, Que -só •não posso viver; Se me morre a companheira, Eu ·também hei-de morrer.

E, ·se a minha insepHável Ir e vir também lhe apraz, Se rp'ra 'lá fui adiante Quando •volto venho atrás.

Solução da última adi1vinha: O VENTO.

UT.ILl:DAIDES CASEIRAS

Para que as rosas brancas, mal­mequeres, ou outras f lo,.es, tomem a côr azulada, o que permite f or­mar 11111 bonito «bouquet», merg11-gulham-se os pés destas flores 11a seguinte solução: anililia vegetal, dois gramas; nitrato de potássio, dois gramas; água, um litro.

DEFINIÇõES

Abismo - o que existe entre o que um ipdlítico diz e o que faz.

Abraço beijo do corpo inteiro. Acordeão - Instrumento inErpira­

do no gesto de um •pescador que descreve o tamanho de um ipeixe.

RECEITA DE CULINARIA

EMPAIDÃO DE MASS.A TENRA

250 gr. de farinh a; 1 colher, ele sopa, bem ·aheia de mantei­ga; 1 colher, ele sopa bem .che ia, ele banha de porco; 1 colher, das ele •chá, ibem cheia, de fermen to inglês. Leite morno q. 1b.. Sal e pimenta ao paladar e 1 ovo inteiro.

Amassa-se tudo muito bem e deixa-se descansar durante meia hora . Estende-se a massa e di­dcle-se em d uas rpartes, com uma elas quais se forra, o tabu­leiro, previamente untado de manteiga. Lança-se-lhe dentro o recheio que nós desejarmos, seja ele frango, vitela, ou porco.

Em seguida, cobre-se com a outrn .parte da massa e pinta-se com gema de ovo. ~1ete-se em forno méd io e, ·quando começa a gan har •cros ta, p hca-se com um garfo e borrifa-se muito bem com ·leite frio, indo novamente ao forno a fim de acabar ele co­zer.

O recheio eleve ~ eva r bastan­te molho.

SEGREDO DE CULINARliA

Para obter boa carne assada não a e~pete, não a taipe, nem a borri.fe com água, se a assa r num tad10.

PENSAMENTO

O mal desta vida é que cada ve:: sobra mais m ês 1w fim do din l1 eiro ...

MEDICINA DOMÉSTICA

IlE:-JEFfCIOS DA CEBOLA A cebola é ~p l icada .contra

mui tas doenças, e os seus efei­tos não se fazem esperar, se hou ver persistência nos trata­me ntos. Na insónia, artri tismo, rouquidão, úl cera estomacal, etc., e como diurético é remédio bom e barato, ao alcance de to­das as ·pessoas. Na rouquidão, por exemplo, basta uma colher ele sumo. duas 1·ezes por dia. Pode tamtbém apl icar-se nas do­res ele dentes, na gengivite e na dirie, com bons resultados em fri•2ções a'iJropriaclas nas gengi­rns. Juntam ente com azeite, é usada em abcessos. panarkios, terçóis e a té em fri eiras, que tanto in cómodo causam e nas picadas ele insectos. '

O Padre será um homem como os outros ?

(Cont. da 1.• pág.)

volução Francesa e dos primeiros anos da República preten deram secu:ar:zar o padre, trcmsforman­do-o num funcionário público, num pensionista do Estado, O que eles não conseguiram, pretendem ago­rn a lguns sacerdotes fazê-lo; por isso, abandonam a indumentária e clesiásticc1, alguns querem alijar o fardo g~orioso do celibato e con­fund ir-se com os seculares, exer­cendo c:ctiv:dades profissi onai~ . e relv;nd:cando os mesmos direitos e liberdade de movimentos.

Todos aqueles, e felizmente são a imensa maioria, que se conser­vam fi éis aos comprom:ssos sagra­dos que assumiram ao subir os

degraus do altar, assi m como os catól icos esclarec:dos que desejam defender a dign idade do sacerdó­cio, devem un!r-se para peclir a Deus que dê Cios sacerdotes luz e força para que eles saibam conser­var intacta a sua fé e a sua doa­ção CIO serv:ço de Deus e elas al­me1s que, hoje mais do que nunca , p recisc:m de encontrar no padre um gu:a seguro que os oriente, conselho prudente que os escla­reça, força que os ampare, graça que ·. os sanlif:que, sal que os pre­serve da corrupção.

O sa l diluído na massa perde as suas propriedades e1ctivc1s e para nadei serve senão para ser cal­cado aos pés.

Reina por toda a «Comimida­de Paroquial Loriguense» o maior entusiasmo.

Basta ver o interesse que mui­tas centenas de jovens e crian­ças têm mostrado, acorrendo «às co11f erências» de preparação pa­ra o Santo Crisma há um mês.

As comissões nomeadas estão a trabalhar no sentido de S. Ex.• Rev.ma o Senhor D . Policarpo da Costa Vaz, ter a recepção que merece. Ele é o nosso Pastor que vem em nome do Senhor. Trás credenciais divinas.

O programa da Visita Pas­toral será o seg11i11te:

Às 11 horas recepção de s.a Ex.• Rev.ma e apresentação de c11m.primentos por todas as entidades oficiais, organismos e toda a paróquia e cortejo para a Igreja.

11,30 horas Missa concelebra­. da com o Sr. Bis710.

13 l1oras almoço do Sr. Bispo com a com11nidade paroquial.

16 horas Santo Crisma e a se­g11ir s11f rágio pelos mortos.

18.30 Re11nião presidida pelo Sr. Bispo com os organismos.

19.30 Jantar na residência pa­roquial.

·SACR0AMENTO

DiA ·C01NFIR1MAÇÃO

OU CRISIMA

Tu'do se prepara para a grande Visita Pastora'! de 15 de Março. Nela iserá admini·strado, a quem es­Uver preparado, «o Crisma».

I UM POUCO DE HISTóRIA: Já todos tomá:mos parte ·na cele­bração doi VigHia Pascal. Era nes­ta VigI!ia que outrora, em Roma recebiam o Bapfümo os catecúme­nos que, cuidadosamen~e prepara­dos pela iristruçãci religiosa <funda­mentada· na· Biblia e .'ll'a Liturgia, juntaoYam a ·essa preparação o tes­to<imunho de \tma 'Vida cristã, asse­gurando deste mO'do com o auxílio da graça divina , •a perseverança e fidelidade ao Senhor.

O ·Ba1ptisrno era fasepará'Vel da C~mfil'lmação e da Eucaristia. Con· f.erido o primeir·o ·sacramento no Baiptisbério de S. João d·e Latrão, ·os nC>vos cri1Stãos, revestidos de tú­nicas lbmncas, portadores de Luz, eram es•perados .pe'lo Papa no Ora­tório de Santa Cruz, e ali, recebiam o ~acramento da Confirmação. Es­te sacramento se'lava, aperfeiçO'a­.va, confirmava a obra de Deus CO· meçada •no Barptismo, e deste modo, aque'les ofühos de 'Deus, agora per­fe'itos cristãos, estavam preipartados para partici'!lir pefa Comunhão Eu­carística, naquela noite :pasca'1. Na manhã de iDomingo de ·Páscoa, na Ba.sfücta de Santa IMaria Maior, as­sistiam •à Missa de tAcção de Gra­ças.

-A Confirmação. rectilfica, com-1pleta, dá carácher definitivo à 1H­liação d~vina recebi•da :no Baptis­•mo.

]I V.IDA QUE SE ROBUSTEOE l?ARA O APOSTOLADO: O

Barptismo comunica ao Homem a oYrda di·vina; la Ccmfil,mação rO'bus­tece-a. No Baptismo somos aque­las «eriança.s recém-nascidas> de que lfa'la a Htul'lgia. A Confirmação f'az-nos aduqtos, so'ldados de Cristo, fortes e equipados para a quta con­tra o mundo com os seus princí­pios, icontra o demó·nio com os seus 'l:aços, e contra a nossa própria na­tureza com ·todas as suas transcen­dência·s desordenadas. Neste sa­cramento receibe o cristão ia forta­leza de ânimo 1para dar testemu­nho d·e Cristo, na sua vida neste mundo ctheio de corrupção que ne­ga o Senhor, .Ee escanda'liza d 'Ele, ou não U comipremde.

iRevigorado :no Sacramento Cris­ma, o cristão aissume a resrponsia­·bi·Hdad·e de ser apóstolo: é respon­sáJve'I pela salvação de todos os ·homens, é dar testemu•n'ho de Cris­to a todos e em wda a parte.

!É a Confirmação o Sacramento do a•postolado que ·sõmente se preo­cu.pia com a 0g'1ória de Deus e ·a sa•~vação das a~mas.

III A CONFIRMAÇÃO E OS OUTROS SACRAMENTOS :

A Confirmação é o ·sacramento que dá o Espírito Santo. Todos os sacramentos dão com a .graça, o iEiE1pírito Santo. É todavia, à ter­ceira pes>SOa d1i Santíssima Trinda­de que se atriobui o efeito próprio deste Sacramento a graça sacra­mental da Confirmação. Por este Sacramento ·se dá a mesma .graça, embo11a em medida dif.erente, que os a.póslolos recelberam no dia do Pentecostes.

Pela Paróquia CONSAGRAÇÃO E Bf:NÇÃO DAS

CRIANÇAS - No dia 2 de Feve­reiro, festa àa Purificação de N.• Senhora e apresentação do Menino Jesus no Templo, foram apresenta­das por seus pais, todas as crian­ças nascidas durante o ano.

O nosso Rev.0 Pároco depois da bênção das velas e da Santa Missa proferiu algumas palavrq.s alusivas ao acto, lançou a Bênção ritual sobre as crianças, que foram con­sagradas a N.• Senhora.

EXPOSIÇÃO DAS QUARENTA HORAS - Não faltaram adorado­res· e:amigos ~· fazei·em companhia -a Jesus Sacramentado, na Exposi­ção Solene das Quarenta Horas.

Lembramos a propósito que são muitas pessoas inscritas na Obra das «LÂMPADAS VIVAS> que têm por voluntária obrigação o com-

promisso de fazerem uma hora de adoração ao SS. Sacramento, uma vez por mês.

Nesta altura em que uma grande parte se encontra a trabalhar nas fábricas, era bem que outras, que estão em casa, viessem fazer a adoração.

Procurem ser fiéis os que per­tencem à Obra, e que outros mais se inscrevam, por amor e desagra­vo •ao Senhor, tantas vezes esque­cido e ultrajado no Sacramento do Altar!

REUNIÃO 'DE TODOS OS 0-RCM­NISMOS COM O 'SEU IPAROOO -Afim d·e i·eestruturar o 1programa da Visita Paswral do •nosEo FJ..mo Prelado a Lori·ga, estiveram reuni­'Clas as direcções dos diversos or­ga•nismos apostólicos. Ficou reso'l­vido:

- Que a pregação preparatória comece dia 8 de Março com con­J'.erências especializadas para «Ho­mens e Rapazes, Senhoras e Rapa­rigas>.

- Que as confissõe.s !para a Co­munlhão Pascal seriam durante to­'Cla a semana de 8 a 14 de Março.

- Que o Senhor Bispo fosse re­cebido por toda a paróquia ao lu­gar da •Redondinha> e ali lhe fos­sem apresentadO<S cumprimentos de .Boas-Vindas, às '11 horas.

- •Missa concelebr.ada às J.;l,30. - Corpo de água oferecido pelJa

Comunidade Paroquial ao Sr. Bis­po.

- Administração 'Cio Crisma às l6 horas.

- Diá'logo do Sr. Bispo com to­dos os elementos apostólicos após o Crisma.

ENCONTRO DE PROFESSO­RES: - -Estiveram em reunião de estudo, em Loriga, um grupo de .professores da nossa região.

O encontro foi rico, não só 1pela profundidade do •a.ssunto, como 'também 1pela ·aibertur.a e preocu­pação de descO'brir ·pistas para conseguir um mundo melhor.

MOVIMENTOS OPERARIOS: -Deslocaram-se à Covilhã e a S. Romão, a fim de darem conta de seus trabalhos. Esteve entre nvs uma dfrigente livre a visitar ·a sec­ção sendo esperado na próxima se­mana, um dirigente da J.O.C. e al­guns elementos da D irecção Geral da L.o.c .

As secções da A. c. pro1noveram com entusiasmo e generosidade o «dia do Salário> e da «Renúncia>·

GRUPO DOMINIQUE: - Três rapazes da nossa comuni'dade !paro­quiai tomaram parte num curso «tlomi·ni•que> ·em Gouveia. Vieram cheios de entusiasmo e boa von­tade. Oxa•lá que ·outr0.g jovens, to­mem llJ'Hte nestes cursos de orien­tação 'VO'Cacionaq.

NúCLEO MISSIONARIO

Tem o nosso cNúdJ.eo 'Missioná­rio> desde o primeiro momento da sua ;fundação, desemo1vido intensa actividade a !favor da.5 Missões.

SElMANA DA UNIDADE : - A pa.róquia esteive esta semana de ol'ação e sacrifício peJ13 unidade da Igreja. O nosso •pároco em cada dia deu um pensamento sobre a un.icladoe .e sua urgência.

No 'fim da cSemana> 'Vieram dois missionãrios de «Cucujães> dar a sua ccrlabo11ação para que o êxito fosse comp~eto . Derpois das confis­sões durante a tarde foi celebrada a Santa Missa.

Domingo houive três missa~ tendo º' Missionários pre!(ado em todas . Houve depois conferências es.pecia.

lizadas para a juventude e para os adultos, e foram •passados os fil­mes: Pe. Damião, Joselito, o Mata­,Mata, e ·o Bucha Estica.

EXPOSIÇÃO MISSIONARIA: -As dez horas de domingo teve lu­gar a inauguração duma eJOposi­ção missionária. A0briu a eXl.po­sição o noS<So venera•ndo pároco tendo 1proferido aq0gumas palavras sabre a g enerosidade da •paróquia a favor das Missões. O Rev.o Pe. João A!v.e'Jino, agradeceu tudo quan­to a paróquia de Loriga lhes entre­ga•va a 1fa'Vor dos mai·s necessitados no Ultramar.

Além de muitas centenas de ves­tidos de s·enhora, homem, crianças e bebés, ·havia muitas a'}.flaias sa­gradas.

Foi entregue ainda aos missi0-nário,. 1.200$00 do cinema e outros 'Clonatiovos.

AGRA'DEC1MENTO - A famllia de António Nunes de Pina, mui re­conhecidii, vem por este meio agra­d ecer a tadas as pessoas que tão dedicadamente estiveram presen­tes com sua pafavra, oração ·e sa­crifício, quer ainda acompanhando à sua última morada o .seu ente querido.

QU:AD.RO .OE HONRA

Ainda não é o •Quadro> que as férias da Páscoa e a visita a Lo­!'iga de vários amigos de cA Neve> vai tornar maior. No próximo nú­mero o «quadro> será maior É que •A Neve> também gosta de receber amendoas pela Páscoa. Já agrade­cemos aos amigos:

Augusto Elias Correia, 20$; Jo. sé dos Santos Moreira, 15$; José Nunes dos Santos Porleta, 15$; An­tónio Aparício dos Santos, 15$; An­tónio de Brito Moura, (Angola) 300$; José Jorge Romano, 20$ ; Augusto Mendes Oliveira, 20$; Ma­ria Irene Pinto de Jesus, 20$00.

A todos •A Neve> agradece.

ALEGRES FESTAS PASCAIS

Des·eja u Pároco, a todos os carls­simos paroquianos, nesta quadra festiova de Ressurreição do Senhor Jesus.

Anedotas Vários electricistas estão a

fazer uma instalação no11a. De repente. ou11em-se gritos afliti-11os.

O mest re: - Mas o que foi. rapaz? D iz lá o que te aconte­ceu?

O aprendiz: - apanhei uma abelha, mas não tinha isola­mento.

Sem arrependimento sincero não poderá haver perdão dos pecados.

Mesmo no sacramento da Peni­tência Deus só perdoa os pecados àquele que está arrependido. ~ tão ev:dente esta afirmaãço que não precisa de demonstração.

Enquanto não houver arrependi­mento o pecador está num acto continuo de ofensa a Deus, logo não merece, nem mesmo deseja o perdão.

Mesmo quando apenas há peca­dos venia is, é preciso que haja a rrependimento deles para que se­jam perdoados.

Quantas confissões serão mal fe :tas por falta de arrependi­mento! ...

Quantas desobrigas são um ul­trage a Deus porque feitas sem dor sincera pelos pecados cometidos! ..

Se estamos na disposição de fa­zermos uma boa desobriga, e se não estamos mais vale não nos confessarmos, atendamos bem ao arrependimento dos pecados. ~

essencial e necessário para haver perdão.

Quem está verdadeiramente arrepend;do não quer voltar a pe­car. O propósito de emenda é um corolário lógico do arrependi­mento. Se este existe e é sincero, ex'stirá certamente a disposição firme de empregar os esforços ne­cessá rios para não se pecar.

Não confundamos, contudo, pro­pós;to de emenda com impecabi­lidade. Depois duma boa confis­são não deixamos de estar sujeitos às tentações e ao pecado e até é este o motivo porque devemos fa­zer um propósito firme, concreto e determinado para não voltarmos fàcilmente a pecar.

A outra condição necessaria para uma boa confissão refere-se à integridade.

No século XX já não deve haver cristão que pense que o Confessor é um homem curioso que gosta de saber o que os outros fazem. Todo o cristão já sabe que se deve con­fessar todos os seus pecados não é para que o Padre os fique a sa­ber, mas sim para que sejam per­doados. Se não os manifestarmos sinceramente não poderão ser per­doados.

Se os não dizemos é porque não queremos que nos sejam perdoa­dos. O pecador pede perdão a Deus daquilo que expõe na con­fissão. logo é preciso expor os pecados por uma confissão íntegra ·para que Deus possa perdoar.

Apenas um último conselho, em ordem a todos fazerem uma boa confissão.

Ninguém ·pensa que vai fazer um favor ao Pároco ou ao Confes­sor, indo-se confessar. Antes, quem faz favor é o Confessor ao peni­tente porque lhe dá o maior bem: o perdão dos pecados e a graça de Deus.

O . . Helder da, C8mara ~ no Vaticano

No passado dia 27 de Janeiro D. Helder da Cdmara, Arcebispo do Recife, teve um encontro com Pau­lo VI, que não ·via desde há dois anos. «0 Papa reconfortou prof1m­dame11te a minha alma de Bispo» -precisou ele. Regresso com o dobro da coragem. Para mim, .! muito agradável falar com o Papa. Falei da víoMncía que percorre o mundo e das minl1as esperanças de uma união dos l1omens de boa vontade, da s11a colaboração para além dos ·partidos, das raças e das ideologias».

SEM~NA SPJNM

Esta é o centro do ano lit.tí.rgico. O Igreja desenrola diante de nós todo o esplendor da sua liturgia. Cada um de nós, porém, deve ser um actor nesta participação da vida de Cristo e não meros espectadores. Os mistérios de Cristo não 11odem separar-se da nossa vida.

1A CUA DO SBNHOR

Quinta Feira Santa foi em todos os tempos, de.pois de Cristo, considerado o dia do Amor. Na última ceia com os seus discípulos instituiu a Eucaristia e para perpetum esta instituiu o sacerdócio. Jesus partiu e ficou connosco. Foi o melhor dom, a mais bela prenda que podia dei:rar--nos: a EUCARISTIA.

Dois senti1nentos devem encher a alma de todos nós: gratidão e amor.

A celebração da Eucaristia deve ser a grande festa de toda a família paroquial, participando do mesmo pão para termos a mesma vida. Onde estiver o. amor aí está Deus. Uniu-nos o amor de Cristo. ExuUemos e alegremo-1ws nEle. Afastemos as dfoisões e discórdias malignas. <~Doti­-vos um mandamento 11ovo: amai-vos uns nos outros como eu vos amei».

ll'!AIXÃO E 1MORr.E 00 SENHOR

Depoki da ceia o Senhor foi preso, julgado ·e conde­nado à morte.

Comemoramos em Sexta Feira Santa os sof rímentos e morte de Jesus. Os seus inimigos deram-Lhe a morte mais infame, reservada aos escravos, a morte de cruz. 'Alfas o qt1e eles julgaram ser o fim, foi o ·princípio da Redenção. Foi a cruz que nos salvou. Por isso, a nossa tristeza neste dia ·deve ser calma e serena. O sacriffcio de Cristo com­pletou-Se, mas o pecado foi destmído. Cristo morrendo destruiu a mort.e.

Os nossos sentimentos devem ser de nrrependime'll to e de gratidão por tão grande beneffcio.

VIGILllA PA'S'C'~L

No dizer de S. Agostinho a Vigília Pascal é a mãe de todas as vigllias. É o centro de toda a vida ou liturgia cat6líca.

Para ele convf!rge a Quaresma inteira e o resto do ano, porque cada domh1go do ano deve ser para os Cris­tãos uma pequena Páscoa.

Vivamos intensamente esta vigília comungando e re­novando seriamente as nossas promessas do baptismo.

A luz é slmbolo de Cristo Ressuscitado. No drío pascal se acendem todas as velas. Logo de Cristo devemos receber todos a Tu::; e o amor da vida sobrenatural.

ALELUIA

Eis uma palavra sem tradução que significa alegri.a, vitória.

Com esta palavra, o cristão verdadeiro ma11i.f esta a sua alegria pela vitória de Cristo, seu Chefe, sobre a morte e o pecado. Eis a grand.e vitória da luz contra as trevas, da graça sobre o pecado, ·da vida sobre a morte.

PASCOA

No dia v inte e nove do corrente, celebra a Santa Igreja, em todos o mundo cat.ólico, a sua maior solenida­de a Páscoa.

Esta palavra significa passagem da morte à vido. Logo triunfo, vitória.

Assim como Cristo está vivo para nunca mais morrer, assim nós deve-nws sempre estar ·ressusci.tados do pecado pela graça, i:iver sempre unidos a Ele e mortos para o ·pecado, quer dizer que a vida recebida no nosso baptismo deve ser sempre mantida e conservada em nós.