somos ou não somos cristãos -...

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Somos ou não somos cristãos ? Todos nós, que fomos baptizct· dos, nos temos de considerar em missão, ou seja, como erivkrdos do Senhor Deus a determinados pon· tos estratégicos de um cC1mpo de batalha . A primeira · tentação a combuter, com o máximo tle vigor, é a de separar, em compartimentos estan· que s, a actividade prof i ss io nc1I e a actividade apostólica, que é 'Própria do militante cristüo. E porquê? 'Porque é · precisamente aí, · nc1 aclividade 'Profissional, que nós cristãos devemos trabalhar pel<1 palavra e ' pelo exemplo em fctvor dos nossos irmãos e pe la glóric1 de Cristo. 1 Ele, o Chefe Supremo, quer que saibamos trnnsfonnar, à custa de muita 1persistência, todo o nosso trabalho num instrumento efkaz de apostolc1do em qualquer parte onde estivermos e trnbalhcmnos. C1ssim seremos fermento do ,mundo, pma o transformm em melhor; se c1 nossa missão for le· rtC1da a CC1bo teremos contribuído para manifestar aos homens que ser cristão é viver entre os ho· mens de modo muito diferente dos que, dizendo-se também cristãos, nada fazem como seguidores de Cristo, pois por vezes sequer S<Jbem quem Ele é e do modo como nos veio salvar. Cimo que 1raba lhar como após· tolo em todo ·o lugm exige SClcri· fícios; 1claro que isto é penoso e desconforté1vel; ' claro que isto é romper abertamente com aquele tipo de católico que pregava a renúncia <1os bens materiais, en· quanto ele era ciumei avareza in· (Co11 cl11I 11 a. 4.' μág.) AIV 1 ENÇ!A 'ANO XIII JANEIRO DE 1972 N.º 164 REDACÇ.lO: S•cre<tariado Paroquial - LOBIGA -- Serra da E•tr•lo Director Editor e Proprietário: Pe . ANTóNIO DO NASCirVrENTO BARREIHOS Composição e Impressão: GRAFICA DE GOUVEIA. L.DA Nia impossibi lfdade d e dar -aos nossos lei tor es na íntegra, a magnífica exortação de Paulo \ 1 , ·não r esistimos à tentação de apresentar aqui uma pequenina . pa-rtc que sen· irá de ·Meditação neste dealbar de 1972. «Nós Teto·mamos a reflexão so bre a Paz, porque temos da mesma 1u11a 'Co nccipção-vértice: vér ti ce de um bc: m essencial e fonda111 ental da humanidade nes te 111undo, que o mesmo é di- zer, 1 ·é rt•i ce da civilização, do progresso, da ordem e da fratenidade. &tamos conYencidos de que a id eia 'da Paz é, e deve ser, do- minant e, por so1Jre as vicissitu· el es humanas; e, ·além disso, de que ela se tome ma is urgente, quarrclo e onde ela fosse eontJ·a- di ta'da por ideias ou factos 'COll· trários. É uma i'cl '!ia n ecessária, é uma ideia imp ·, rativa e é uma ideia inspirador.1. iNela se pola· rizam as humana. beim como os es forços e as espe· ranças. Ela ence rra a razão de fim; e, enquanto tal, está na base e es tá no ténn ino da nossa activiclacl c, ta n to iu:cl ividual 'como colec tiva.» O Papa analisa e define dc- •pois a paz, como «a ideia cen- tral e motdz do mais activo em· penho.» Esta·beleee em seguida a relaç,'ío enl Tc a Paz e -a Justi- ça, porque foi este um elos te .mas da recente Assembleia do Sínodo dos Bispos. 'Co nclui. «Ü nosso convite para ceie· brar a Paz tem lUn cunho de co nvite parn praticar a Justiça: «A Tiaz será obra da Justiça». E cpetimo-fo hoje com uma fórmula mais incisiva e dinâ· mica: «Se quer es a Paz, traba- lha pela Justiça>>. Trata-se de um convite que o desconhece as 'clificuldades 1 para se ,praticar a Justiça: para a definir, num primeiro mo- mento, e para a actuar, em se· gui<l a; o que não será nunca possível, sem alguns sacrifícios tlv próprio lJl'est-ígio e dos pró- prios interesses. É necessária, talvez, n m a magnanimidade maior, }Jara ceder perante as ra· zões el e Justiça e ele Paz, cio que par.a lutar e para faz er valer a (Cont. na 4,• pági11a) R LIGIOSO Há ·dois e.ri re mos qu e se de· vem co ndenar e 'Comba/er: o dos qu e julgam que religião é, ap enas, o cumprimento •de mui- ta s prálí'cas e o v: los que pen- sam qu e, para se ser religioso //(i o é prec i so ir à Igre ja . Os prime iros · co mprom etem a reli gião porque a se1 1aMm 'lia dda aclíva e real. P'ilssam, por rezes, muito tempo na Igreja, batem im ensas vezes 110 peito, pertencem •a todas as assoc ia- ções e co nfrari· as e vi ve m, por fora , um'il vida sem. caridad, e, justiça e · co mpree nsão, '(;lando csrtlndfflo aos que o têm fé. Os segundos são os que rd i- ze m: «Eu ten'ho a minha re- ligiã... fi'. ala m muito 'll e reli- gião. por vezes, 'dão-se co mo ca lólícos nos rece 11 sea111.e 11tos e esl af ,lstica, mandam baptizar os filhos, ou ·oasam pela Igreja. porque parecia mal 11ão f aze- re m. estas coisa s e querem o Pa. dre nos fun erai s · para maior lu- z imento 'e co ncurso dos fi éi s. .\la s o e11tmm na igreja e cri- ca m a/ é todas as fo is e ordens da autoridade sup eri or. Entre est es •dois -e:rtremos, T ui o meio termo equilibrado dos (Conr. na 4. ' página)

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Somos ou não somos cristãos ? Todos nós, que fomos baptizct·

dos, nos temos de considerar em missão, ou seja, como erivkrdos do Senhor Deus a determinados pon· tos estratégicos de um cC1mpo de batalha.

A primeira ·tentação a combuter, com o máximo tle vigor, é a de separar, em compartimentos estan· ques, a actividade profiss ionc1I e a actividade apostólica, que é 'Própria do militante cristüo. E porquê?

'Porque é ·precisamente aí, ·nc1 aclividade 'Profissional, que nós cristãos devemos trabalhar pel<1 palavra e 'pelo exemplo em fctvor dos nossos irmãos e pe la glóric1 de Cristo.

1Ele, o Chefe Supremo, quer que saibamos trnnsfonnar, à custa de muita 1persistência, todo o nosso trabalho num instrumento efkaz

de apostolc1do em qualquer parte onde estivermos e trnbalhcmnos.

Só C1ssim seremos fermento do ,mundo, pma o transformm em melhor; se c1 nossa missão for le· rtC1da a CC1bo teremos contribuído •para manifestar aos homens que ser cristão é viver entre os ho· mens de modo muito diferente dos que, dize ndo-se também cristãos, nada fazem como seguidores de Cristo, pois por vezes ru~m sequer S<Jbem quem Ele é e do modo como nos veio salvar.

Cimo que 1rabalhar como após· tolo em todo ·o lugm exige SClcri· fícios; 1claro que isto é penoso e desconforté1vel; 'claro que isto é romper abertamente com aquele tipo de católico que pregava a renúncia <1os bens materiais, en· quanto ele era ciumei avareza in·

(Co11 cl11I 11 a. 4.' µág.)

AIV 1ENÇ!A

'ANO XIII JANEIRO DE 1972 N.º 164 REDACÇ.lO: S•cre<tariado Paroquial - LOBIGA -- Serra da E•tr•lo

Director Editor e Proprietário:

Pe. ANTóNIO DO NASCirVrENTO BARREIHOS

Composição e Impressão: GRAFICA DE GOUVEIA. L.DA

Nia impossibilfdade de dar -aos nossos lei tores na íntegra, a magnífica exortação de Paulo \ 1 , ·não resistimos à tentação de apresentar aqui uma pequenina .pa-rtc que sen·irá de ·Meditação neste dealbar de 1972.

«Nós Teto·mamos a reflexão sobre a Paz, porque temos da mesma 1u11a 'Conccipção-vértice: vér tice de um bc:m essencial e fonda111 ental da humanidade nes te 111undo, que o mesmo é di­zer, 1·ért•ice da civilização, do progresso, da ordem e •da frater· nidade.

&tamos conYencidos de que a ideia 'da Paz é, e deve ser, do­minante, por so1Jre as vicissitu· eles humanas; e, ·além disso, de que ela se tome mais urgente, quarrclo e onde ela fosse eontJ·a­di ta'da por ideias ou factos 'COll· trários. É uma i'cl'!ia necessária, é uma ideia imp ·,rativa e é uma ideia inspirador.1. iNela se pola· rizam as a~1Jirações humana. beim como os esforços e as espe· ranças. Ela encerra a razão de fim; e, enquanto tal, está na base e está no ténnino da nossa

activiclaclc, ta n to iu:clividual 'como colec tiva.»

O Papa analisa e define dc­•pois a paz, como «a ideia cen­tral e motdz do mais activo em· penho.» Esta·beleee em seguida a relaç,'ío enlTc a Paz e -a Justi­ça, porque foi este um elos te.mas da recente Assembleia do Sínodo dos Bispos. 'Conclui.

«Ü nosso convite para ceie· brar a Paz tem lUn cunho de convite parn praticar a Justiça: «A Tiaz será obra da Justiça». E t·cpetimo-fo hoje com uma fórmula mais incisiva e dinâ· mica: «Se queres a Paz, traba­lha pela Justiça>>.

Trata-se de um convite que não desconhece as 'clificuldades 1para se ,praticar a Justiça: para a definir, num primeiro mo­mento, e para a actuar, em se· gui<la; o que não será nunca possível, sem alguns sacrifícios tlv próprio lJl'est-ígio e dos pró­prios interesses. É necessária, talvez, n m a magnanimidade maior, }Jara ceder perante as ra· zões ele Justiça e ele Paz, cio que par.a lutar e para fazer valer a

(Cont. na 4,• pági11a)

R LIGIOSO Há ·dois e.riremos que se de·

vem condenar e 'Comba/er: o dos que julgam que religião é, apenas, o cumprimento •de mui­tas prálí'cas e o v:los que pen­sam que, para se ser religioso //(io é preciso ir à Igreja .

Os primeiros ·comprometem a religião porque a se11aMm 'lia dda aclíva e real. P'ilssam, por rezes, muito tempo na Igreja, batem imensas vezes 110 peito, pertencem •a todas as associa­ções e confrari·as e vivem, por fora , um'il vida sem. caridad,e, justiça e ·compreensão, '(;lando csrtlndfflo aos que não têm fé.

Os segundos são os que rd i­zem: «Eu cá ten'ho a minha re­ligião» ... fi'.ala m muito 'lle reli­gião. por vezes, 'dão-se como calólícos nos rece11 sea111.e 11tos e eslaf,lstica, mandam baptizar os filhos, ou ·oasam pela Igreja. porque parecia mal 11ão f aze­rem. estas coisas e querem o Pa. dre nos fun erais ·para maior lu­zimento 'e concurso dos fi éis. .\las não e11tmm na igreja e cri­lícam a/é todas as fois e ordens da autoridade superior.

Entre estes •dois -e:rtremos, Tui o meio termo equilibrado dos

(Conr. na 4.' página)

Para ler e meditar «Saudai a lodos o~ , a11l us. Tu lns "' saiul us , ·os sai'i­

da 111. :\ loclus os sanl os que 1·i1·em cm l~ ícso . • \ tudos os santos cm C ri sto Jesus. que es liio c 111 l.' ilipos». (S. Pau lo) . ~úo é ,·er.dad c que nos sentimos corno,·iclos ·diant e da­que le apelnli1·0 sa ntos! q ue e111pregantm os pri­meiros -cristãos nas suas mút.Lias relações?

Aprende n tratar oeom os teus irmãos .

·l\IEIOS P.-\HA VE1 CEH

Porém... e os meios? São os mesmos de Pedro e de Paulo, de Domingos e Francisco, de Inácio e Xavier: O Cmcif i.ro e o Ecangel/10 ...

E pare-cem-te pequenos?

Nas i·ui ciati vas de aiposlolaclo eslú cerlu é um ·de-ve r que •penses nos meios te rrenos (2+2=4), porém n:io l'sq ucças nun ca <Jtte tC'n de cont ar. f clizmcnle c·o 111 ttnta outra parcela : Deus+2 + 2 ...

SetTe n Deus com recticlão. sê fie l ... e não te preo-0upes 'C'Orn na.ela mais. porq ue é uma grande 1·erclade que «se buscas o reino <l e D eus e a Sua .T ustiça. Ele te dará o res to o materia'L os meios .por acrésci mo».

(ESC Hll '. 1)

Não quero notas Naquele domingo o as unto da

homilia incidiu sobre as re9pon ­sahilidades do cristão na Igreja e no mundo. A doutrinação pro­curou-se que fo. sc clara, iuci iY<t de forma a despertar mesmo in­quie>tação, e que cada um se sen­ti sse 1respon abilizado pelo seu irmão: o ipol re que necessi•ta de auxílio, o jovem que precisa de amparo moral, a c ri ança, as mui tas c rianças que é preciso educa·r na fé, ea tequisar, instrnir. promove.r ..

Segu iu-se o ·peditório habitual e na al tura própria. e, quando se recolhem de ord iná rio umas migalhas expressa em moedas pre,tas, n aquele d ia , com espan­to meu, ª' bandejas recolhiam muitas moedas brn11e;is e a té no­tas. notas de Banco !

T e r ã u cuu1pree11d ido rnal ? Terão julgado que se lhes pediu d inheiro? Não. A doutrinação íoi tão clarn que não podia dar luga r a qualquer confu ão. E, na verdade nessa tarde alguém me dizia : Ainda es tou a sua r Então? -~ que realmente aqui­lo que foi dito esta manhã é de fazer pensar muito a sério.

Então - pergunto eu a m im mesmo o porquê daquele au­mento espectacular das ·esmolas da missa . E ·parece-me que vejo

a resposta na ideia de mu i.ta gente que julga •livrar-se das res­ponsabilidades com dinheiro. Lá e1 tá, ao mcm• la tPnlc, a eum­eiência do. seus l:IC'\·e1cs pmr1 com os irmãos, •pensa m que dando umas miga1has, podem ocegar a sua iconsciêncja.

Não. D eus não quer o vosso dinheire>. D eus que r a vossa de­dicaçiio, o ,·osso trabalho, a vos­sa doação, o vosso amor. Por mu ito que deis, e não vos der­des a vós mesmos, nada dais.

S. Paulo a fi rma: Ainda que eu dê tlldo aos •pobre , se não ti­ver caridade, de nada vale, nada sou. Deus diz por um profeta: Não me agradam os 1·ossos je­juns n ;i' 1·0 sas rrn tul a~. purqu" 1ós ro 111inua i' de coraç~u duto.

:\ s ufl'l las c111 Ji11hei1u sú i•·­rão a l~un 1 ' 'a lui 11 a 1t1ed ida cn1 que rcprc c11 tan1 sacrifício e sii>J até 'Certo p onto a doação de nós me mos. Porque aqu ilo que !Jeus 11os pede, atiui lo que 11os ex ige a no sa condição de mem­bros duma ociedade de irmãos que somos todos os homens, é que nos demos, é que empregue­mos a nossa Yicla em serviço cios irmãos.

Deus não <precisa ucm quer u nosso d inheiro, quer-nos a nós.

(Trnnscrito d e «A l;'olha» )

CONSELHOS úTEIS AS DONAS rDE CASA

Para tirar nódoas de le ite sobre tecidos ou tapetes, faça absorver lo­do o le1ile com u1n pouco de mata­-borrão e. em seguida, esfrega-se com água fria, onde se tenha dis­

solvido um pouco de detergente.

- Para tirar as nódoas de molo ou de b olor. procedct da seguinte maneira:

Dissolva uma colher (das de so­pa) de perborato de sódio. numa chávena de água morna. Deite ium pouco desta solução sobre a man ­cha o a seguir lave com água cor­re·nte Iria.

SEGREDO DE CULINARIA

O goraz é um peixe bom e que se pode cozinhar de muitas e sa­borosas maneiras. mas a sua pele grossa prejudica muito o seu as­peclo.

Se lhe tirar !oda a pele. o a ssar e cobrir com molho branco ou mo­lho de ovos, verá como será mais apreciado.

Para o amanhar. comece por Jhe cortar a cabeça, depois abra-o, co. mo vulgarmente procede para qual . quer peixe. Em seguida, com mui. lo cuidado e uma laca bem afiada, vá levantando a pele, a pouco e pouco, com a ajuda da mão es· querda.

RECEITA DE DO·CES

Zezinhas

290 gr. de açúcar: 200 gr. de la · r inha; 120 ar. de manteiqa; 5 ovos: 1 colher (d a s .de chá) de fermen to royal: raspa de 1 limão.

Batem·se as gemas com o açú· car até engrossar. De ita-se-lhes a man teiga derretida. depois a fari. nha peneirada con1 o fem1ento em

p6 e a raspa do limão, e bate-se muito bem. No fim , ju0ntam-se a s claras balidas em castelo. mexendo apenas para ligar. Vai ao forno em lorminhas de queque bem un­tadas com manteiga. Forno as· perto. As formas devem ir mal cheias porque crescem muito no forno.

MAIS UM CONSHHO úTIL

- O cheiro .da hortelã afugenta os ratos, as formigas e os mosqui ­tos. Por isso, convém espalhar ra. mos de hortelã nos lugares frequen ­tados por estes inseclos. para que os d e ixem ern paz.

11111111#111 ,, r11111111,,, li,

~um ~umor l't1.\ •u111 -\c 1111111a a11/a rle '1isforrn.

() 11 a11<lu 11asce1t Carlos V? ma 11.arol n de fJ anos l era nla o

drdn e rcs1m11 de coare11cirla:

(; ,.' rfos \1 ll flSC (' " C /11 Cor1d1

f' tll

/ .j lJ() . 1111 ausência dos pai-~.

ll l~S l'OST PRONTA

( "m m111 11 ::. C/11(' /}CI M'J.!. llt' 1111/tl ra ­

}Jflril}. rf com ?Salauteios_. pc1 g1t11fa- lhc

uma rc;:, :

. \ </W' al tura. 111i11/m m c11i1w .

j 11/g11 r111c 1>ode che~ar n est upidez !t11111t1 11r1?

/Je 111 . Nüu faço ide ia . illas r11 tt• esf aluro !(•111 11 Sl'nhnr?I . .

.\ PELE E O OSSO

"l"id11 eai ler com ó mlro[!,ado, rli -

01' 11rlo-ll1e: \/ais uma .seulença contra. ~ r.

D outor! O q ue <1uer ugorn?

.\gora ... lfpele. \ ,,,.,, .. "'· Dn11/or. j <Í ,, i·d I<'"'

L"\ .": , .• , ,,. <111iscr., otw . ..

\ 1 \ l :t·)\I \ l\I S l .t>:--t: \

uw :.1• 1d1 nrr1 tl1· nfai/p :w/J4• 110111

11111 r11tl t1cor ro e acal1t1 tle entrar 11r1

11 ln1u/11rmo . 1111111ulo 11111 111110:. fa z ,, !.!.f'.1>/11 de •w lr• ec111lr1r.

E/11 11Us~ll1 c uma ,/a .\· 111ao~ 11•' v m

/1rv e empurrou-o de uoru 11ara o

l11111ro. di;;e11do 1111e prrferil/ ir de JJf~ . D e nora ele tent ou levmtl or-sr•.

r lugo ela '' emp11rr011 /Htm o lurnco 011tra vez.

E11l<io. o ra,poz gritou:

Por fm.:or. minha .çe11/wra! } tÍ

me fez passar da pnra_gem ouc1'• me

1111 erio apem!

Homens do Passado ·Augusto Luís Mendes, Um Grande :BeA'emérito

«Os povos n.ã-0 têm. m.emória*. Este dito º" concl1isão de filosofia 11at11ral é de facto verdadeiro. E não há que fttgir·lhe muito. Mas uma página de história, um monumento, uma sWnples lápide, podem fazer ofício de co11tra­ria1lores .tfa tal lei da vida: «Os povos não têm memóri.a».

V em isto ao caso de, nesta nota, querer frmbrar Augusto Luís Mendes.

«0 senhor Augu.sto> - como toJ-0s lhe chamarxun em t'ida - nasceu. em Loriga, em 23 de Janeiro de 1851, f i­lho de Manuel Mendes Aparício e T e­r~a Luís de Brito, e veio a falecer em. 26 de Novembro de 1925.

Ei.s umas reminiscên.cia.s infantes da da sua figura: alto, majestoso, lune­tas de aro metálico encavalitadas no proeminente náriz, pera afilada. Vejo­.o a passear pela Redondinha, .em fren. te de sua casa, mas já um. poucó can· sado, doente, arrrutando os pantu.j.os e apoiado num grande varapau - como u usavam. ·naquele tem.po nas idas à Serra.

Parece"lne que o vi algumas rezes como «g.rande senhor> atrás do órgão. no coro da su.a capela, a assistir à missa.

Vi-o, de certeza, em bicos de pés, 1w mesa alta. na urna mortuária, envol­vida. •por imensas grinaldas. Recordo q1u n-a sua m-0rte toda ·a vida parou na vUa: comércio, fábricas e escolas fecharam . 'A filarmónica tor.ava. a mar­cha fúnebre, segu.ida de imensa gcntt•. atrás da urna.

Quem, era este Ho.m.em. a quem to~ dos respeitaram na vida e na marte?

Vim. nmis tardt! a sabê-lo, e -era bom que todos os lorigu.enses o não esque­cessem:

Propugnador do desenmfoimcnto da indústria de lanifícios O Homem de iniciatitios sociais e cultu rais: a ele se de1:em os «Poc>0s de Lorisa• , na Ser­ra, ia i-nstalação eléctrira, estrada de ligacão a Seia, a criação cio partido médko, estação Jelégrafo-postal, a tranferênda d.o jornal «Estrela da Beira• de Santa Marinha 11ara Loriga, onde ficott a ser ,[iril"ülo pelo dr. Ma­nu.el Lages, também da terra e a quem 11.m. tlta nos referiremos numa tlesta crónicas.

Patrocinou. pregações e festas reli­giosas, e pelo mesmo tlr. Manuel La­ge.s, em. conferên.das, -se apresentou, nesta rellião, n Doutrina Sncial ela Igreja (Rerum. No1•arum) do Papa Leão XIII - 1891.

Pela intlü:ação sunuíria de tantas ini. cia.tiva.s. pelo cont1ívio social de pessoas da Política e àa Cultura que este fio . mem. mantinha na R edondinha, entre .. vê.se que debaixo do seti 'Clrcaboi~ fí­sico, apontado acima, 11ii•ia e anima­ra-o u.m alto ·espírito, que deve ter aparecido numa época tm que pôucos o aoom.panliaria.m , a.qtti 11a terra.

Ainda que sumàriam.e.nle apontadas. siio tafrez bastantes para t/UC n memó. ria deste «Senhor> - é termo que uso propositadamenle, para dizer qu e o era de Loriga, por valor, méritos e traba­lhos pessoais - nií-0 se perca. e pnrven ­lllra ·se arire e transmita à nora ge· ração.

Ao termi.nar esta liget'.ra crónica. e para nifo ficar ide m·al com a mi­nha con.~ciência, quero chamar a aten­ção dos responsáveis tia r:ila. que não de11em ceder à tentação de deixar per­der a lápida que aponta aos vindou.ros a 'Caneira, co.mo Aven.ida Augusto Luis Mendes. Se se mu·tlasse para outra designação, perder-se-ia a memória dum. ilust.re da t.erra, para se recordarem coisas que outras poderão reeordar 3em.

preju.ízos de maior. A perda deste no­me -em. Loriga não -se justifica a ne­nhum. título. Os responsáveis - seriam responsáveis pela falta de memória de Loriga, do sw povo. Alguns povos devem ter memória!!

Um ·serrano qualquer.

.. A ver~a~e vo1 livrará.. A verdade está muito alta, para a

olharrnos dos nos...~ pontos de vista "Scanhados e rasteir0$. t muito su blime a verdade, para se an<lair na :terra es­gravatando. É muito prceiosa ·a pérola (te verda'<le, para se mi'stu rar com alhos e bugalhos.

É tão grande coisa a Yerdiule, que o .próprio Filho -de Deus veio ·ao mundo para ·a ensinar e morrer para a 1este­munhar.

.M.uitos, porém, não bu~cam a ver­dade; mas o que ·procuram, isso sim, e por tOOas 'OS \'Ías, é Jevar a água ao seu moinho ... qu e afinal - pobres iludidlll' 1 - acabará por moer em vão.

1\'luitos, nem sequer amam ia ver.da­de. O que eles anram é o erro e a mentira: Düexeru.nt hominas nwgis le­nebras quam lucem.

Entre os erráticos, há os que ~tão t1e boa fé: sã-0 os ingénuos que andam no mun·do por VW' andair os <>utros. E há t'Smbém os ele má fé: são os Jer· ran.cac.los, os pervertidos. que namoram o 'Diabo. fasc inados pelas ~uas asas n e­gra·s, toma,dos ela ,-ertigem dos seu'\ abismos ...

Nesta grande feira <la ladra, que é o mundo, ouvem-se os charlatães cha­mar e11rn à verdade, e Yerdacle a-o erro. Lá pros.cseguem os ~us fins: eparen1te­men1e, muito dar.os, mui:to liou esl'os; mas, na realidade, muito manhosos, s n1lrre1Jt íc i11s, tra ic;oeirus.

Até à conoscaçiio da w• rdade cha· mam confusão. ~ias é que u.; ofuf!Ca a refu1gfncia tia verdade, como a luz aos mochos, às corujas e aos moroe­go!õt, E . rrealmente, é -certa a confusão nos arraiais do erro e da haralhada. qna1Hlo sobre el~ estala o trovão .de ·jus-tiça e <la ordem e lampeja, fulmi-1rante, o clarão ida verdade.

Dizia Vokai·re, pai dos ímp ios: c i\lenti, menti, que alguma ieoisa há­-de fi<-8'r! > (Não fica nada, reles l1 0 -

múnculo. a não ser a ba'hugem dnma on-da, que 01>!•ra 0111la fatalm e1tte há-de arras tar). E para Lenine, outro .fa­náti co da impiedade, todos os meios era m bons, incluinc.lo a mentira. No fund o, pan·os, 'e graniles parvos! Por­que enfim , Já ,·irá a " l~ ilusão, rle quem a or,la abraçado a nma qui­mera. irrevucà,· elm ~nte eingido ao ns­<la.

Amicus 1/'lat.o, sed magis amica rg­ritas era o tlito da filosofia 'Qntiga, ou melhor, da humana sabedoria. Que haja, porém uma filosofia Yel;ga e zaranza e que a par Juma verdadeira sa bedoria fosforeje e esforvilhe aí uma csprr:teza ele :rato, não é isso, no dizer de Unamuno, que fará mudar o cur­so dos astros.

Todo o erro se há-de um dia rles­mentir. Só a verdade perrnan-e<ce eter­namente.

Oráculo de Deus: «A verdade vos lh·rará>.

P. Abel Guerra S. J.

Qu,A;DRO .OE HONRIA

Mandaram ~uas ofertas para as de$­pesas do ·nosso ionwl que oontinuam a aumentar:

António Moura Pina •. ••••••• 15100 Urbana F~a~ Gomes 15100

António J)()mingos Marques .. . Etluar o L1ds Duarte Pina ... Manuel João Lopes de Brit-0

(Brasil) ....................... . José Guilherme ................ .. Jusé Muura Fernartdes ........ . Antóniu Mendes Pina .... .... . Virgílio Me11des Ferreira .... . . Anlónio Afoes !.1artins ....... .. António Mendes Ascensão .. . Mário Lemos Conde ........... . J-0aq1ti111 Moura. Brito .... .... . João Ribeiro Mendes (Olivais) António Resa Gouveia José de Brito Ribeiro José Lucas de Jesus Carlos Pinto Lages ........ ... . António Gomes Dias ........... . Carlos Duarte <G-01J.1,eia ..... . Joaquim Lopes Simão ........ . Fernando Gonçalres . ... .. . .... . Manuel <le Jesus Ferreira .... .. José de Brito P;nheiro .. .... .. . José Pinto Lu cas . .. ..... ..... .. Carlos Luís Moura Pina ..... . Áit-aro dos Santos Aparicfo .. . António Adelino Marques ..... . José ·Paixão Pereira .. ......... . José Lnís dos Santos

20$00 15$00

100$00 15$00 15$00 20$00 20$00 20$00 20$00 40SOO 20$00 20$00 30$00 20$00 10$00 20$00 15$00 20SOO 15100 20$00 15 00 15$00 20$00 12100 15$00 20100 20$00 20$00

AGRAIDE.Cl 'll-CENTO

O marido, filha . genTOS, neto!t, ir­mãos e sobrinhos de ·Maria dos Anjos Lo.pes ~·Iaurício, vêm "Bgradecer às pe!(Soas que lhe -apresentaram seus pê­sames ·tanto pes.qoaJmente como por e~rito, e que tomaram parte nos seuil funerais.

NOVOS UARES

Realizaram o seu .casamento na !gre­i• de N Senhora da Purific ação. em Sacavém:

- Alfredo Santos R,omano, .filho cio Sr. M·anncl do• Santos e de T eresa ele J e.m!l Romano, icom Aurora Fer­nandes Conde. filha de J osé Fe man­cles <:onde e -Maria do Carmo Pina.

- José •Mend"" <l os Sa11t<>s, filho d e An rímio Fernandes d <>s Santos e ele Maria J o•é Mendes Mouro. eom Maria da Conceição dos Santos.

- JoS'é Luís Augn~to, rom Maria de Lurdes Mendes Ah·.,,;, Iilha dos Srs.

José Alves e Maria dos Anjos Mendes Lages.

- Álvaro Ana.lllácio Rodrigues, <:om i\hria de •Fátima Pinto Drilo, filha dos Srs. João tle •Moura Urilo e Mui·a de Jesus Pinto de Ascensão.

,Em Terragudo (.Algarve):

- J osé ·Pereira Marques, filh o <los Srs. Joaquim 'Ma•rques e I saura Perei. ra ·Marques, com Rosa ·Maria Sika Ri­beiro, filha dos Srs. João Cabrola Ri· beiro e Joana ·~faria Silva.

NOTA : - Lamentamos em apeua:s hoje ·podermos publica r -0s casam f".n tos acima referidos, porque só agora n os mandarem as notícias e ·bas tante in­completas. •P edimos que Jogo a seguir a qualquer casamen to nos mandem num s imples po~tal os nomes c omple­ros, <las famílias e local onde ee r ea­lizou.

AO SiOL ll)A GRAÇA

Ficaram e pertencer ao «Povo de Deus> pelo Baptismo qtte receberam:

- Pedro Daniel Brito Gon çalves, fi­lho dos Srs. José de Pina Gonçalves e de Afaria Amália Alves de Brito. Fo­ram padrinhos os Srs. Alfredo Duarte Jorge e Lúcia de Brito Simão.

- Rui Miguel Lopes Pina, filho dos Srs. António Fernandes Pi11a e Afaria de Fátima Saraiva Lopes Pina. F-0ram padrinhos os Srs. José Gome$ Lopes .e Alice tle Brito Saraiva.

Mónica Afaria Gouveia Almeida, fi­lha dos Srs. Fernando Almeiàa Mar­tins e 'Afaria tfe Lurdes Go1weia. Fo­ram padrinhos José ·'Pinto Gouveia e Afaria Isabel Pinto Go1weia.

- José Fernandes Brito, filho dos Sr.1. Fernando Ferreira Pinto "' Maria NatáUa Fernandes Aparício. Foram padri11hos os Srs. José Aparício Fer· nandes e Maria Isabel Aparício Fer­nandes.

- Pedro !lfi~u.el Neves +Cristóriiio, fillrn legítimo de António Cristó1,ão, Pe,.ira e de Aida de Jesu.s Matos N e­r•es. Foram. padrinhns os Srs. Nelson Reis Brito e Maria Manriela de Brit-0 R eis.

A NEVE Informa: Celebrámos o «dia <lo pobrezinho•

fazendo as nossas vircentinas a 1recolha das ofer,t'Bs pela paróquia c1ue rendeu mais de 2.000 00, sendo distribuídos tpelos mais neces~it"Sd os, pur ocasião cio Natal.

- Todas .as empresas industriais da paróquia, estiveram presentes com suas ofertas entregancio as suas gene­rosidades à °Conferência de S . Vicente de Paulo que ~e enearregou da Jistri· huição.

- A Conferência de S. Vicente é o grande meio que toda '8 família item à sua disposição para trabalhar no sec­tor «necessitados, l:aTidade>. É com re­gozijo que ,yemos o irrtoresse e aceita· ção que el;tá a ter no espírito <le 1odos. A~sim se ponde fazer imenso por oca­siiío -do Natal, porque para da e por ela fizemos conjuga'r ~odos os esforços trabalhando em equipa com trabalhos e -s.ectores espeicilieado~.

- As festas do Natal ·decorreram num ambiente ver<ladeiramente festi­''º, ilendo Yindo uma grande «cara\"&.· na> :de conterrâneos de Sacavém jun­tar-se a seus familiare~. IJ)ia tle Ano Novo. foi Loriga a Sacavém agra-decer e celebrar "º ambiente de :familiarida­de orisrií, o pTimeiro do Ano.

- Como é já tJ!adicional houve a fogueira do Natal que -este ano foi enorme, querendo transmitir-nos -0 ver­dadeiro calor que bá.J.de nquecor ·e ani­mar a fé de quantos crêem e esperam.

- A «Mis.a do Galo:o além de eer coo<:orridíesima. OOnpressionou pe]11

forma como foi participada .., pelo si­l~n.cio que invadiu todo o am•biente.

- Toma•ram posse dos seus cargos, os novos elementos ela Junta de Fre­guesi'S. Que todos ajudemos a conse­guir e a facilitair 1od'8s as iniciativas, pois serão pera maior bem e desenvol· vimento de roda a comunida<le Lori· guense.

- .Muitos ~ão os doentes que a gri. pe tem reli<.1o na cama.

Desejamos-lhes boas melhoras. - As firmas <Metalúrgica Vaz

Leal>, «Lourilã>, Cllfalhas> e «Moura Cabral>, tiveram '!.mas f estas organiza­das com a colaboração da familia ope­rária, que decorreram num ambiente.de muita iamizade, sendo <>ferêci<las .pren­das 11os operários e seus filhos.

- Terminou mais um «curso de noivos> do qual se espera que os firu­tos sejam 1muito posith"OS, pois o inte­resse como decorreu foi grande.

- <Jon·tinua ia realizar-se o ccurso

de iniciação eatequistica> no pl811o in­ter-Jtaroquial.

- A «Direcção> da "º""' «Filarmó. nica~ realizou um tea·tro a fiavoc ~a mesma, afim de angariar fundos para um nov-0 fariclmnento, no Salão paro­quial.

- Têm continuado a realizar-se ses­sões de cinema ·no Salão .Paroquial. Está combinado, que o Cinema para o futuro. começará impreterivelrn'Cnte à-s 21,45 horas.

Na semana antes do Natal 1·et111iram-se no Seminário da Guarda cerca 'de 100 padres da Diocese para durante três dias se debruçarem aitentamen te sobre os ·problemas pastorais do Bap­tismo, do Matriimónio e dos Fu­nerais, sob a ·presidência do nos­so Bispo.

Todos estes sacerdotes se in­terrogaram aitentamente sobre a si:tuação religiosa dos cristãos e elas famflias desta Diocese da Guarda, sobre o níve'l dos seus conhecimen'tos .religiosos, 'Sobre as mani'festações cristãs dos seus procedimentos.

E t iveram de con'cluir que, in-

Ser religioso (Vem da l .' <pág.)

que de facto têm a ·vúdadeíra noção d e 'religião.

Observam as prátfcas precei­tuadas sem f a11atismo ou beatis­mo. Frequentam os sacramen­tos. po-rq11e eles nos foram dei­xados por Cristo para r11osso bem •e santificação. São '{ICtivos na 1dif usão dos Meais religiosos, porq 11e Oristo quere que todos os setts sequazes sejam <rp6sto­los. !Na sua vida vrofissio11al cum prem ·com •exa·ctidão o seu c1'ever. a exemplo de Jes11s que mandou «dar '/l. César o que é rle C ésar».

Nas suas relações com o pró­ximo são com·pree11sivos .e usam de •caridade. porque '(T foi que nos foi d•a<d'/l. é ·est~ «.4.mai- vos w 1s aos ·outros como Ett ·vos amei» e sabem que 1devem ver nos outros 'homens irmãos au­tênticos e ·verdadeiros em Cris .. to.

•Religião 11ão é, pois, '{!penas w n cum.prfmento frio oti fari­saico d e certas práticas, 011 uma uida 1ra.tumhne.nte •moral e cor­recf'<! longe das práticas ide cttl­fo , Mas sim. as ituas •coisas as­sociadas. Urna v i·da ·integral iluminada pela Fé, aquecida ·na Oarid'{l·de, recta na fostíça para Deus e os homens.

Viver duas vidas diferente~ uma na ig,,eja ou ·na r-tta -

é um grande m'a'l que afasta os que não têm fé .

Façamos ern:n1.e de consciên­cia 11este começo de '<mo, para que possamos depois fovar uma vMa nova.

Há wn id.ítaido que diz : «Ano novo, v rda 11·ova». Oue 1972 marque por ttmla vid'<I 11ova, mais 'Cristã e consciente.

rfelizmen te, a maior pa11te dos cristãos da Diocese da Guarda não t êm w11a fé autêntica, que seja capaz de ·um compromisso sério com Cristo tle que são dis­cípulos pelo Baptismo, embora na ua grande maioria sejam baptizaldos e realizem rotineira­mente os ac1tos principais da vi'da cristã: Baptismos, Casa­mentos re1igiosos, F u n e ir a i s aco'mpanhaclos pelos sacerdotes.

Verifica-·se muita ~gnor~ncia religiosa, fal ta de catequização suficiente, muitos precon'ceitos contra a d·eligião e contra os pa­dres, muito 1tradidonalismo sem fundamentação ·na fé, muita in­consciên'cia das responsabilida­des religiosas, numa pafavra, verifica-se uma faha enom1e ele •preparação suficiente \:los nossos cr.iS<tãos em geral para que se­jam capazes de viver a sua fé com autenticidade e formarem assim verdadeiras comunidades de crentes como a Igreja deseja.

Daqui o debruçarem-se os sa­cerdotes sobre a .ne'cessidade de uma preparação intensiva dos pais e pa'drinhos quando forem fazer Baptizaldos; daqui a neces­sidade lduma preparação cuida­da dos noivos quando pe'dem o matrim6nio, daqui uma renova­ção ela litu1:gia tios Funerais que seja uma boa catequese para o rpovo. ~ preciso ultrapassa·r o mero

·ri tualismo de 1fazer Baptiza'clos e d e real izar 'Casamentos re1igiosos, .para passar m1'tes de mais às exigên'Cias 'duma cuidadosa e in­.tens iva preparação dos interve­Jlientes, a ifim de lhes ministrar uma evan .~elização que na maior parte não pbssuem, e ajudar as~im a ttodos a uma maior edu­cação e caminhada na fé.

Uma elas ·resolucões itomadas foi a reaJização ele 'clnas reuniões preparatórias de pais e paclri­J1hos quando vão fazer os Bapti­za'Clos e duma intensi ficação tia preparação dos nubentes, quer através 'do C . P. M. (Cursos de Preparação ;para o Matrimónio) quer por ou tro's meios conve­nientes deixados ao critério e .possibil1datles dos párocos.

Com todo este pro,g-rama não se pretende outra coisa que não seja aju'cla•r a ·todos a melhor compreender os seus deveres cristãos, pois 1torna-se necessário rea~izar um •trabalho profundo ele evangelização a todos os ní­veis: çrÍanças, jovens, aclu'Ltos, pais e mães, e'tc., de modo a que todos os que vão realizar ac tos religiosos ou sacramentais, o fa­çam conscientemente, suficiente­mente esclarecidos das suas res­ponsabilidades como cristãos.

(Vem '<la l.' pág.)

toleráve l; ou d aquele que pregava contra a d evassidão dos costumes, q ua nto ele se compo1·tava como os sultõ&s da Tu rquia; -ou como <iqueloutro que afirma sem 'Cessar que no seu tempo era ·SÓ uma comunhã o por ano, e desconhece a inda que Cristo é IPão quotídiano pa ra ·todos os que O amam

Levar .Çristo ipara trás do •bal­cão, Ido «guicheh> -ou da secreta­f'ia, sentá-lo à rnesa do Conselho de ·Administração, mostrar-lhe as contas do •negócio, -o modo 'de em­prego dos capitais, a tdistribuição dos lucros, .as condições de traba­Hio, fazê-lo acompanhar-nos dia e 1noite, mesmo quando há tentações

-nos Cristo muito mais: ·pede-nos o tempo tddo, que a nossa 'Vida toda se ja 'C!ele.

Quan'do n o s •convenceremos d esta verdade cristalina? Quando 11os convellferemos a este cristia· ·nismo autêntico e deixaremos de ser 'Cristãos rotineiros, apenas por­que fomos baptizados e queremos um ldia que o padre nos acompa· •nhe com as orações Ida ·)grela à sepultura?

'Um cristão de verdade, um apóstolo de Cristo - e todos os cristãos ·o de.vem ser - é alguém que se comprometeu a seguir a éristo na sua vida toda. ~ sobre­tudo amá·lo totalmente •porque Cristo não é alguém abstrado, mas é a 1Pessoa crdwável do Filho

~omH 01 não 11mn1 ni1tão~ sedutorns, claro que isto é tremen· damente dificil.

Trabalhar com ·Ele •na oficina, no estaleiro, na campanha, na cons­trução, no negócio e estar atento, o mais atento posslvel, ao que Cristo exige de nós é, .nos tempos que vão correndo, um aclo de co ragem.

·O Senhor não nos •pede apenas dez minutos de ·visita - quão poucos cristãos a fazem? - três quartos de ·horn da Missa de •Do­""ingo - e q uantos cristãos incons­cientes -ou ignorantes ·nunca apa· recem $equer 1na grande reunião da •Missei 1Dominical em suas igre­jas ou capelas!- nem nos pe.de apenas a lgumas orações diárias -e quantos cristão·s sem fé nunca re­zam, pois nunca se lembram dum Deus a quem t11do devem !~pede-

de 1Deus que esteve no mundo fl· sicamente e continua no •meio dos homens presente na sua lgre· ja, nos ·Irmãos, ·no Sa·crário das •nossas ·igrejas e no aHar do Sa­'Crifício da Mksa.

Somos 'O U não somos cristãos? Cada um de flÓs de.ve escolher o seu lugar 11a Igreja de •Deus. Os s&guidores de Gristo estão com a •Igreja do Senhor na fidelidode comtante, n11ma fé activa, •na reu­•nião das assembleias dominicais, no exercício da caridade, na luta contra as injustiças e isto tudo em todas as circunstâncias, e custe o que custar. 1Cristo é exigente e aqueles que o querem seguir com fidelidade e amor tim de ser co· rajosos. Ele detesta os coba~des e hipócritas que não são c apazes de seguir com ele e com a sua igreja.

DIA DA PAZ (Vem ela 1.' pág.)

atitude de impor o próprio di­reito, autêntico ou presumido, ao adversário. E nós temos unm tão grande confiança em que os ideais da Jtistiça e da Paz, coli· gaelos, •hão-ele conseguir, por vir· .tude própria, fazer nascer no homem moelerno as energias morais para a sua própria ach1a­ção, que estamos confiados na sua gratlnal vitória. O u melhor: estamos igua'lmentc e mais a in· da confia.elos em que o l1ome.111 moderno •terá doravante, por si mesmo, a inteligêrrcia das vias ela Paz, em tal grau, que ele mesmo se fará 1promotor daque­la mesma Justiça, que as fran· ·queia e impele a percorrê-las, com corajosa e profética espe­rança.

Eiis os motivos, pelos quais Nós ousamos, tuna vez ma.is,

fançar o convite para a celebra­ção do Dia da Paz; e, neste ano de 1972, fozêmo-1o sob o signo austero e sereno da Justiça, isto é, com o anseio d e dar vida a obras que sejam expressões convergentes de sincera vontade de .Tus.tiça e ele sincera vontade de Paz.

Recomen'dmuos e s t e Nosso convite aos !!"mãos e Filhos da nossa Igre.ia C atólica : é ·preciso levar aos homens de hoje uma mensagem de esperança aitravés de uma fraternrdade vivida e de um esforço honesto e perseve­rante, por uma Justiça m:\ior e mais real. O Nosso convite está em lógica continuidade com a palavra que o recente Sínodo <Episcopal prommcion sobre a «Justiça no ·Mundo» e, enfim, sente-se for te, apoiado na cer­teza de ·que <<'Ele, C risto, é a nossa Paz».