revista visão rural

52

Upload: luciano-boeing

Post on 27-Mar-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Edição 10 da Revista Visão Rural

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Visão Rural
Page 2: Revista Visão Rural

0202

Page 3: Revista Visão Rural

0303

Page 4: Revista Visão Rural

0404

Usinas transformam dejetos suínos em biogás e podem

ser a solução para o problema ambiental da atividade

Sul de Santa Catarina

Projeto inovadorserá implantado no

A suinocultura é muito importante para a economia de Santa Catarina, responsável por 7,5% do Produto Inter-no Bruto (PIB). Porém é também a grande responsável

pela poluição da natureza. A solução pode estar na construção de usinas de biogás, que transformam os dejetos suínos em com-bustível. O projeto inovador, na América Latina, está prestes a ser implantado no município de Braço do Norte, grande produtor de suínos do Estado. A expectativa é iniciar a produção do que é chamado ‘gás verde’ em no máximo em um ano e meio.

O deputado estadual Valmir Comin, é um dos incentivadores da implantação das usinas em Santa Catarina, e está fazendo a ponte entre o Governo do Estado e a iniciativa privada. O depu-tado relata que na Alemanha a tecnologia é dominada há 20 anos e são 7 mil usinas implantadas. “Esse projeto tem cunho social,

econômico e ambiental”, ressalta o deputado. “Já levamos a ideia ao governador Raimundo Colombo e ele ficou encantado com o projeto”, confirma Comin.

Santa Catarina é o maior produtor de suínos do Brasil, a ativida-de vem passando por altos e baixos, mas a promessa é de grande crescimento com a abertura do mercado chinês, norte americano e a negociação com o Japão se encaminhando para um acordo. Há uma expectativa de um crescimento de 60% em quatro anos. Mas, um dos grandes problemas da suinocultura é o destino dos dejetos, que muitas vezes acabam poluindo a natureza, principal-mente os rios. Os órgãos ambientais há bastante tempo buscam uma solução. “No Estado são 10 milhões de suínos, cada suíno produz sete litros de dejetos por dia, o que significa 70 milhões litros dia de dejetos, esse projeto surgiu em um momento muito

A Empresa Catarinense de Bioenergia, grupo que engloba as empresas Engemab Engenharia e Meio Ambiente, F&K Participações, Excelência En-genharia e Sócio Ambiente e TLL formaram com a Biogastec do Brasil sociedade de propósito específico que objetiva a implantação de usinas de biogás em território catarinense. O consórcio, responsável pela implantação das usinas em Braço do Norte. Neste contexto, a SC Gás será a grande parceira para fazer

Primeira usina será instalada na propriedade de Silvestre Nack, na Comunidade de São Maurício, Braço do Norte

Parcerias

Page 5: Revista Visão Rural

0505

oportuno”, observa Comin.Com isso Santa Catarina caminha para o que exige o mercado

mundial, além de oferecer uma carne de boa qualidade, sendo uma área livre de aftosa, poderá oferecer um produto com um selo verde.

O que acontece atualmente é a integração da criação de suínos com a criação do gado leiteiro, ou seja, o dejeto suíno é usado para fertilizar as pastagens, porém essa técnica é bastante divergente, pois se não usado na quantidade certa a terra não conseguirá absorver e haverá a poluição.

Algumas propriedades já possuem os biodigestores, que trans-formam os gases poluentes em biogás, o dejeto após passar por esse problema se transforma em biofertilizante. Mas, esse número ainda é muito pequeno. Com a instalação das usinas a captação

de dejetos será bem maior.Braço do Norte foi a cidade escolhida para receber o projeto

inovador por ser grande produtora de suínos. Das matrizes exis-tentes em Santa Catarina, 9% estão em Braço do Norte.

A primeira usina será implantada na comunidade de São Mauri-cio, com produção de 11.600 metros cúbicos/dia de biometano. A estrutura terá a capacidade de receber dejetos de 25 propriedades em um raio de 20 quilômetros, o que corresponde a 80% do total do resíduo da região. Esses produtores encontrarão uma solução para o destino dos dejetos – que em certa quantidade acabam seguindo para a bacia do Rio Tubarão - e ainda receberão os biofertilizantes para adubar suas terras.

Essa usina também poderá receber resíduos de frigoríficos e até lixo urbano, tudo será transformado em biogás.

com que o gás chegue até os consumi-dores e a intenção do deputado Comin é que a empresa seja parceira também na implantação das usinas. “Essas usinas serão a solução para se levar o gás para onde ainda não tem”. Após a implantação da usina em São Maurício, a previsão é investir nos próximos quatro anos em outras comunidades da região de Braço do Norte. São elas Pinheiral, Rio Cacho-erinha 1, Rio Cachoerinha 2 e São José.

A primeira usina a ser implantada já possui o licenciamento ambiental e agora o processo está em fase de busca de recursos. No Governo do Estado a principal busca é por incentivos fiscais, já que o empreendimento está avaliado em R$ 22 milhões. Linhas de financia-mentos através da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), também fazem

parte do interesse dos parceiros.A usina da comunidade de São Mau-

ricio terá capacidade de 10 megawatts ou 56.400 metros cúbicos de biogás dia.

O grande diferencial desse projeto é que o gás produzido é o GNV, uma parceria com a Volkswagem proporcionará que os caminhões utilizados para fazer o trans-porte para a usina serão movidos pelo GNV produzidos ali, com a vantagem de um preço abaixo do de mercado.

Page 6: Revista Visão Rural

06

É possível inovar e ser um empresário no campo com incentivo e apoio. O produtor rural pode ter visão empreendedora e fazer a diferença. Um bom exemplo vem do município de São José, no

litoral de Santa Catarina. Um produtor não só teve uma boa ideia como foi atrás e desenvolveu o projeto: criou um anel que é colocado no brinco de identificação dos animais para evitar a ocorrência de infecções. Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), patenteou o produto e pensa em comercializá-lo.

Oscar Nazareno de Sousa é pecuarista e técnico em reprodução animal e possui uma propriedade em Forquilhinhas, São José. Ao analisar que era comum a ocorrência de infecções nas orelhas dos animais após a colocação do brinco de identificação, começou a pensar em produtos que evitassem as doenças, mas que fossem diferenciados dos existentes.

Em 2011, quando participou do Programa Empreendedor Rural (PER) do Senar/SC em Angelina, o produtor manifestou interesse do projeto e recebeu o apoio dos instrutores da entidade e do Sindicato Rural de São José para desenvolver a pesquisa. A experiência iniciou com 150 bovinos e deu certo. Em outubro, Sousa encaminhou o processo para patentear o produto, registrado como “Anel repelente e cicatrizante para identificação animal”, para ser usado em bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.

PRODUTOR CATARINENSE PATENTEIA PRODUTO QUE

EVITA INFECÇÕES

Anel é colocado no brinco de identificação dos animais para evitar a ocorrência de infecções

0606

Page 7: Revista Visão Rural

07

O Programa Empreendedor Rural é oferecido gratuitamen-te pelo Senar/SC, tem duração de 136 horas e visa transfor-mar o produtor rural em empreendedor, desenvolver com-petências inovadoras e preparar líderes para ações sociais, políticas e econômicas sustentáveis no agronegócio brasilei-ro. “É uma forma de preparar os produtores para enfrentar o mercado cada vez mais exigente. Ter resultados de projetos como esse desenvolvido em São José nos motiva a investir cada vez mais em qualificação no campo. Dessa forma o Senar/SC e a Faesc fortalecem o meio rural, além de elevar a qualidade de vida das famílias rurais catarinenses”, avalia o superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi.

Hoje, o produto serve como base de pes-quisa em búfalos, na região de Dourados (SP), coordenada pelo Centro de Pesquisa do Agronegócio da Universidade de São Paulo (USP). “É muito gratificante ver um projeto se desenvolvendo e, ainda mais, por ser um produto benéfico para milhares de produtores que enfrentam esse problema com os animais”, salienta o produtor.

Sousa comenta que geralmente os produtores aplicam o brinco e deixam o animal ir ao cam-po. Quando percebem, as infecções tomaram conta da orelha do animal. O anel contém um anti-inflamatório que evita a ocorrência de doenças. Além disso, o repelente mata

as larvas que são deixadas pelas moscas no local, impedindo a presença de miíase – mais conhecida como bicheira. “Os medicamentos atuam cerca de 35 dias no local, prazo superior as duas semanas consideradas críticas para o surgimento de doenças após a perfuração para o uso do brinco”, explica.

O laudo científico que comprova os resulta-dos sairá nos próximos dias. O passo seguinte, de acordo com o produtor, é buscar incentivos para comercializar o produto. “Já recebi pro-posta para vender o projeto ou então negociar e receber os royaltes mensalmente. Mas há também a possibilidade de investir na comer-cialização, se conseguir apoio”, enfatiza.

PER

0707

Page 8: Revista Visão Rural

080808

Santa Catarina enfrenta nos últimos anos as adversidades do clima e cada região vive

um dilema. Enquanto no litoral os produtores sofrem com os prejuízos da chuva, no oeste a seca castiga. Boa parte da pro-dução no setor agropecuário se perde, o campo enfraquece e os consumidores pagam preços altos por essas intempéries. Mas o produtor é o maior prejudicado, pois trabalha o ano inteiro para no fim ter pouco resultado. Por isso, uma das saídas é recorrer ao seguro rural para recuperar as perdas na produção.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) observa que a procura pelo seguro agrícola ainda é muito limitada. O vice-presidente Nelton Rogério de Souza lembra que até o início de 2011 apenas 10% da área de grãos e culturas permanentes estavam seguradas, repre-sentando 6,7 milhões de hectares, mesmo com um acréscimo significativo comparado a 2006: em cinco anos, os investi-mentos do Ministério da Agricultura às subvenções passaram de R$ 31,12 milhões para R$ 253,5 milhões (2011). O valor é 27,8% superior aos R$ 198,3 milhões pagos em prêmio do seguro rural em 2010.

Santa Catarina é o quarto Estado com maior adesão ao seguro rural (R$ 30,3 milhões), ficando atrás do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Foram 224 mil hectares segurados no território barriga-verde. A cultura que mais demandou o seguro foi a soja. A maçã ocupou o segundo lugar, seguida pelo milho safrinha.

Mesmo com o incentivo para o seguro rural, por que o número de beneficiários ainda é baixo? Na avaliação do di-rigente, custa caro para o produtor contratar o seguro e, na hora de reaver os investimentos, é pouco remunerado, além de haver limite no pagamento das indenizações. “A escassez de informações econômicas e estatísticas para subsidiar a análise de riscos e o cálculo financeiro na composição dos termos das apólices constituem um problema, porque in-fluenciam a exatidão das informações, imprescindíveis para o crescimento do seguro rural”.

Souza enfatiza que o médio produtor é o mais prejudicado, pois os pequenos agricultores têm acesso a outros sistemas

ainda é baixa em SCProcura por seguro rural

Vice-presidente da Federação da

Agricultura e Pecuária do Estado de Santa

Catarina (Faesc), Nelton Rogério de

Souza

Page 9: Revista Visão Rural

090909

de financiamentos, a exemplo do Pro-naf, seguro automático da produção. “Em certos casos, quando há grandes perdas, a dívida é perdoada pelo Go-verno, contribuindo para que as famílias dependentes da agricultura familiar possam se reerguer”.

O vice-presidente da Faesc realça que o risco na agricultura é permanente e não apenas decorrente de intempéries climáticas. O comportamento impre-visível do mercado, a inconstância das cotações agrícolas e do câmbio constituem riscos presentes. Por isso, o fortalecimento e a expansão do seguro rural passam pelos investimentos em

subvenção, fundo de catástrofe e res-seguro, pois quanto maior for a adesão menor será o custo.

Hoje, o produtor pode recorrer ao Se-guro Agrícola, Seguro Pecuário, Seguro Aquicola, Seguro de Florestas e Seguro de Penhor Rural.

No caso do seguro agrícola, as sub-venções auxiliam para torná-lo mais acessível. Em Santa Catarina, oito cultu-ras recebem do Governo Federal custeio de 50% do valor do prêmio pago aos produtores: arroz, cebola, feijão, maçã, milho, soja, trigo e uva. “Algumas dessas culturas são mais resistentes, mas outras sofrem com os efeitos climáticos. Uma

tempestade de granizo pode acabar com a plantação de maçãs em poucos minutos”, expõe Souza.

Com o longo período de estiagem no oeste e as chuvas no litoral, no início deste ano o Governo de Santa Catarina ampliou o pagamento do prêmio ao produtor, contribuindo com o aumento das subvenções federais. “Com o apor-te do Governo do Estado, o produtor rural terá mais condições de aderir ao seguro rural, insumo essencial para o setor primário, capaz de determinar a permanência competitiva do produtor no campo ou sua expulsão no rastro do êxodo rural”, finaliza.

Em Santa Catarina, oito culturas recebem do Governo Federal custeio de 50% do valor do prêmio pago aos produtores: arroz,

cebola, feijão, maçã, milho, soja, trigo e uva.

Page 10: Revista Visão Rural

101010

A proposta de uso do trigo na nutrição animal para ame-nizar a escassez de milho foi

bem recebida pelas classes produtoras. O presidente da Organização das Coo-perativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, con-sidera a medida positiva, mas alerta para a necessidade de um programa de incentivo que estabeleça condições de preço, armazenagem e distribuição.

A previsão de quebra na safra de milho originou a pressão para o uso do trigo na ração animal. Por isso, o Minis-tério da Agricultura promoverá leilões para a venda do cereal. As expectativas das entidades representativas do agro-negócio – especialmente aquelas ligadas à produção de aves e suínos – é de que, numa primeira etapa, pelo menos 500 mil toneladas de trigo sejam incluídas no mecanismo de leilões da Companhia Nacional de Abastecimento.

Zordan observa que a utilização do trigo na alimentação animal é uma al-ternativa viável em face da escassez de milho e da oferta de trigo no mercado. O Brasil consome mais de 10 milhões de toneladas de trigo, produz a metade e importa 5 milhões de toneladas da Argentina, Canadá e Rússia.

Santa Catarina, por outro lado, im-porta anualmente cerca de 2 milhões de toneladas de milho. Neste ano de 2012, em face da estiagem que assola as áreas produtoras, a importação pode chegar a 3 milhões de toneladas.

“Está faltando milho e há possibi-lidade de uso do trigo disponível no Brasil e no mercado internacional, mas é necessário estabelecer políticas para uso do trigo no arraçoamento dos plantéis”, expõe o dirigente. Lembra que o cenário de alta dos preços do milho e baixa oferta deve persistir, exigindo alternativas de suprimento do grão.

trigo na ração animalPossível

O presidente da Ocesc calcula que Santa Catarina necessitará de 600 mil

toneladas de trigo se adotar a indicação de substituição parcial do milho. O Esta-do abate cerca de 700 milhões de aves por ano. Marcos Zordan informou que

as cooperativas fizeram testes para subs-tituição parcial (em 20%) do milho por trigo utilizado na formulação das rações para aves. Habitualmente, o milho re-

presenta 65% da composição das rações para aves. Os resultados indicaram uma conversão (transformação da ração em carne) menor, o que significa aumento

dos custos totais de produção.A conclusão, de acordo com os testes,

é esta: o uso parcial do trigo na formula-ção da ração para aves se torna viável se a diferença de preço entre os dois insu-

mos for maior que 10% - ou seja, o milho custar 10% mais caro que o trigo.

Ocesc apoia uso do

Page 11: Revista Visão Rural

111111

Page 12: Revista Visão Rural

12

mais produtores capacitados em 2012EaD SenarO ensino a distância do Serviço Nacional de Apren-

dizagem Rural (EaD Senar) continuará levando conhecimento ao campo em 2012. Produtores de

todas as regiões de Santa Catarina terão acesso à formação e profi ssionalização no meio rural sem precisar sair de casa. São treinamentos em qualidade de vida, empreendedorismo e gestão de negócios, inclusão digital e escola do pensamento agropecuário.

O ensino a distância do Senar, criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é uma modalidade de ensino-aprendizagem, em que o participante e o tutor estão separados espacial e temporalmente. Ou seja, o participante

determina seu próprio local e tempo de dedicação ao estudo, que não precisa ser necessariamente o mesmo do tutor, o que permite uma independência e autonomia maior do que ocorre na modalidade presencial.

O Senar/SC orienta às famílias rurais que aproveitem a oportunidade de melhorar a gestão das propriedades para garantir a rentabilidade dos seus negócios e a sustentabilidade do meio ambiente.

O superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi, explica que para participar dos cursos, o produtor rural precisa apenas ter acesso à internet. Poderá estudar a qualquer momento, esco-lhendo o melhor horário e local para a realização dos estudos.

1212

Page 13: Revista Visão Rural

13

EMPREENDEDORISMO EGESTÃO DE NEGÓCIOS

Este programa visa a melhoria da gestão da propriedade rural, contribuindo para a geração de renda e melhor qualidade de

vida das famílias rurais, além de fortalecer o agronegócio brasileiro. Oferece três cur-

sos: Negócio Certo Rural, voltado para a defi nição da ideia de negócio, a análise da

viabilidade, a gestão e o relacionamento do negócio com o mercado, Trabalhador

Empreendedor, voltado à identifi cação das características, competências e habi-lidades empreendedoras para as pessoas do meio rural otimizarem seus negócios

na propriedade rural, e o curso Com licen-ça vou à Luta, voltado para as mulheres,

visando o empreendedorismo, a lideran-ça e a gestão efi ciente de seus negócios

agropecuários.As inscrições para os cursos podem ser

feitas no site www.canaldoprodutor.com.br/eadsenar. O produtor só precisa esco-

lher de qual quer

INCLUSÃO DIGITALO programa Inclusão Digital tem por objetivo oferecer às

pessoas do meio rural o conhecimento necessário para que to-dos saibam utilizar o computador, acessar a internet e buscar as informações que precisam para obter melhores resultados na gestão de seus negócios. São seis cursos: primeiros passos no canal do produtor; primeiros passos na informática; pri-meiros passos no word; primeiros passos no excel; primeiros passos no e-mail e primeiros passos na internet.

QUALIDADE DE VIDAO programa qualidade de vida contribui para melhorar o

dia a dia das pessoas do meio rural. inclui a capacitação saúde rural que apresenta informações sobre a prevenção, redução e neutralização dos acidentes e doenças relacionadas ao traba-lho rural, promovendo a saúde no campo.

ESCOLA DO PENSAMENTO AGROPECUÁRIONeste programa, o produtor pode escolher o curso que mais

lhe interessa, entre meio ambiente; abastecimento e renda; trabalho decente; educação e qualifi cação profi ssional; po-breza rural e direito de propriedade. Assim que conclui um dos cursos, o produtor pode se matricular em outro e, assim, sucessivamente.

1313

Page 14: Revista Visão Rural

1414

* Co

m in

form

açõe

s da

Sec

reta

ria d

e Ag

ricult

ura

de S

anta

Cat

arin

a

Estado libera mais demi para estiagemR$13

Em mais um ano consecutivo a estiagem trouxe prejuízo as plantações e a pecuária. Para

minimizar o problema, os Governos, Estadual e Federal, liberaram mais de R$ 13 milhões.

Os números apresentados pelo secretário de Estado da Agricultura, João Rodrigues, durante reunião da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa, realizada em 7 de fevereiro. O tema do encontro era a libe-ração dos recursos anunciados para o controle da estiagem e o atendimento aos catarinenses afetados pela seca.

Na reunião, Rodrigues resumiu as ações do Governo Estadual para minimizar os efeitos da estiagem no Estado que atingiu 86 municípios e causou prejuízo estimado em mais de R$ 500 milhões. Com medidas emergências já nos primeiros dias de 2012, foram repassando pouco mais de R$ 1,6 milhão para transporte de água nos municípios.

O secretário destacou também a parceria com o Governo Federal que através de seus ministérios repassou R$ 10 milhões, com R$ 2 milhões de contrapartida do Estado. O repasse será utilizado para perfuração de 400 a 500 poços artesianos. “Sem prazo para conclusão, os poços serão instalados nos municípios atingidos pela estiagem com maiores problemas para abastecimento humano”, informou o secretário.

Rodrigues explicou que as medidas são voltadas a preven-ção para uma próxima estiagem e afirma que os agricultores possuem linhas de financiamento que podem ser obtidos com maior facilidade. “E uma importante ferramenta nesse processo é o Programa Juro Zero Agricultura e Piscicultura, que disponibiliza R$ 10 milhões para serem aplicados em sistemas de captação e armazenagem da água da chuva e irrigação pelos agricultores dos municípios atingidos pela estiagem. Cada agricultor poderá acessar até R$ 50 mil com subsídio de 100% dos juros previstos para operações

de crédito dos produtores rurais que se enqua-drarem no Pronaf”, sugere.

Ele enfatizou que a captação é uma das prin-cipais ações para combater a estiagem. “Vive-mos em um estado em que chove 10 meses por ano, com a captação e armazenagem de água

o agricultor sofre menos no período em que falta chuva. Nossos esforços estão voltados para evitar que a próxima estiagem deixe tantos prejuízos”, acrescentou.

O Governo do Estado constituiu um grupo para informar aos agricultores os procedimentos para acessar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e comu-nicar as perdas aos bancos e cooperativas de crédito que realizam os seguros. Cerca de 140 técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) estão em campo fazendo as vistorias.

Captação é uma das principais ações para combater a estiagem

Page 15: Revista Visão Rural

1515

Page 16: Revista Visão Rural

1616

Faesc contra a farra

leite do Uruguaida importação de

A farra da importação maciça de leite em pó de países do Mercosul em prejuízo dos produtores rurais brasileiros foi duramente critica-da pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa

Catarina (FAESC).O presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, disse que o governo deve

investigar o expressivo e suspeito crescimento das importações de lácteos em janeiro deste ano, conforme denunciado ao Ministério da Agricultura pela Câmara Setorial do Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Em janeiro as importações de lácteos dispararam e atingiram o equivalente a 200 milhões de litros de leite: somente as importações de leite em pó do Uruguai somaram 6.280 toneladas, volume 67% acima das 3.750 importadas em janeiro do ano passado.

Pedrozo suspeita da triangulação nas vendas por países vizinhos e parcei-ros do Mercosul. Outros países poderiam estar utilizando o Uruguai como escala para entrar no mercado brasileiro, aproveitando-se da tarifa zero no comércio dentro do Mercosul.

"É uma concorrência predatória, que desestrutura a produção nacio-nal", argumenta o dirigente. Ele afirmou que o crescimento expressivo

Em janeiro as importações de lácteos dispararam e

atingiram o equivalente a

de litros de leite200 milhões

1616

Page 17: Revista Visão Rural

1717

na importação ainda não teve pressão sobre os preços internos por causa da redução da captação de leite provocada pela estiagem no sul do país e excesso de chuvas em Minas Gerais.

O presidente da FAESC rafirma que não pretende qualquer tipo de proteção ao mercado interno, mas coibir as práticas desleais de comércio, que trazem graves prejuízos aos produtores de leite catarinenses.

Esta não é a primeira vez que a Faesc protesta contra o surto de importações de leite em pó proveniente do Uruguai. A Federação alerta que, acrescidas a entrada de produtos lácteos de terceiros mercados, essa importação inviabili-zava a competitividade dos produtores de leite brasileiros, que não conseguiam concorrer com o volume de subsídios aplicados aos produtores desses países.

O presidente lembra que os demais exportadores considerados competitivos no mercado mundial, a exemplo da Argentina e do Uruguai, adotaram práticas desleais de comércio para continuar exportando seus excedentes.

Em 2009, uma crise semelhante envolveu Brasil e Uruguai. Na ocasião, além de subfaturamento, os parceiros do Mercosul realizavam pagamentos diretos aos seus produtores, ou seja, também subsidiavam a produção. A Faesc e a CNA chegaram a solicitar o cancelamento das importações de leite em pó do Uruguai e de outros países para a redução das distorções do mercado inter-nacional do leite.

Pedrozo lembra que o leite é o principal produto de grande parte dos estabelecimentos rurais. Santa Catarina produz 2,2 bilhões de litros/ano gerados por 60.000 estabele-cimentos rurais e processados por 23 indústrias de laticínios. O Estado ocupa a sexta posição nacional como maior produtor, concentrando 72% da produção no Oeste, onde a maioria dos produtores é vincu-lada às cooperativas. As pequenas propriedades (com menos de 50 hectares) respondem por 82% do leite produzido.

efeitos

1717

Page 18: Revista Visão Rural

1818

Ao lado do produtorPor Maicon Cesconetto

do Laticínios Da Rolt

Já está em vigor a Instrução Normativa nº 62, que atualiza algumas normas de produção

e qualidade do leite presentes na Instrução Norma-tiva nº 51/2002. Com a atualização, os índices de Contagem Bacteriana Total (CBT) e de Contagem de Células Somáticas (CCS), que podiam chegar a 750 mil/ml, deverão ter como limites 600 mil/ml para os produtores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Os do Norte e Nordeste deverão cumprir a mesma exigência a partir de janeiro de 2013.

O leite sai da vaca com uma média de 10 mil bac-térias, resultados acima disso é por conta de cuidados do produtor. A IN 62 exige o resfriamento do leite em até duas horas após a ordenha, na temperatura de 4ºC. Assim, o leite poderá chegar à indústria em até 7ºC. O produtor ainda tem o auxílio das inibinas, enzimas que impedem a multiplicação da bactéria, que permitem que o leite que sai da vaca em torno de 37ºC, chegue à indústria no tempo de duas horas, com um número tolerável de bactérias.

A meta, estabelecida pelo Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento, é de chegar a 100 mil/ml em CBT e 400 mil/ml em CCS até o ano de 2016. A nova legislação estabelece, ainda, melhoramento no controle sanitário de brucelose e tuberculose e a obrigatoriedade na realização de análises para pes-quisa de resíduos inibidores e antibióticos no leite, além de preencher outros parâmetros existentes na antiga instrução normativa (IN51).

INSTRUÇÃO NORMATIVA 62

Page 19: Revista Visão Rural

1919

Page 20: Revista Visão Rural

20

A cada ano, o setor lácteo avança no sentido de aprimorar praticas. Muito desta mudança se deve a visão empreendedora e consequentemente a

preocupação com a qualidade, adotadas desde a produção. É neste sentido que novas alternativas surgem e, elas farão parte do debate “Verticalização na produção de leite faz sentido como ferramenta para o aumento da efi ciência de empresas do setor leiteiro?’ que ocorre durante o Interleite Sul 2012 - maior evento sulbrasileiro da área de lácteos - , entre os dias 3 e 5 de abril, em Chapecó.

O 3o Simpósio sobre a Produção Competitiva de Leite estima reunir mais de mil profi ssionais, entre eles, produto-res de leite, técnicos e consultores ligados à cadeia leiteira, estudantes, dirigentes, laticinistas, governo e pesquisadores envolvidos com políticas públicas para o leite.

A realização deste encontro está a cargo do MilkPoint e AgriPoint, em parceria com o Núcleo Oeste de Médicos Veterinários. Para compor o debate, mais de 20 palestras, consideradas de alto nível e esclarecedoras, compõem a programação. Além delas, os participantes terão a oportuni-dade de conhecer novos produtos e inovações tecnológicas voltados ao setor lácteo.

O tema, verticalização, será abordado pelo pesquisador Fábio Ribas Chaddad, ex-professor assistente da Escola de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Wa-

shington (EUA), onde ministrava a disciplina Introdução à Administração Agrícola e Cálculo em Teoria da Microeco-nomia. É ex-pesquisador associado em pós-doutorado na Universidade de Missouri, EUA. Chaddad é ainda, Ph.D. em Economia Agrícola pela Universidade de Missouri (Columbia, EUA), mestre em Administração pela Faculdade de Admi-nistração e Economia da USP e graduado em Engenharia Agronômica na ESALQ/USP.

Entre as diretrizes, o palestrante discutirá conceitualmente se modelos de integração entre produção e indústria, a exemplo do que em outras cadeias produtivas, como na avicultura e suinocultura, podem ou não ser aplicados à produção de leite. “Escolhemos os melhores especialistas e as maiores lideranças do segmento para a abordagem deste tema. Resumidamente, o objetivo é apresentar uma espécie de radiografi a atualizada das inovações e tendên-cias do universo do leite”, resume o coordenador geral do simpósio, Marcelo Pereira de Carvalho.

O espaço disponibilizado no Interleite, considerado um dos mais importantes do setor e altamente qualifi cado, possibilita e incentiva a trocar de informações e fazer ne-gócios. Para levar delegações de técnicos ou produtores, as empresas e cooperativas têm condições especiais.

Informações sobre o evento e as inscrições estão dispo-níveis no site www.interleite.com.br/sul.

verticalizaçãofaz sentido?Leite

2020

Page 21: Revista Visão Rural

21

Na terça-feira, 3 de abril, as atividades iniciarão às 9 horas, com debate sobre competitividade dos sistemas de produção do Sul do país, reunindo os executivos Hernani Alves da Silva (Castrolanda), Selvino Giesel (Coopercentral Aurora) e Wag-ner Beskow (CCGL Tecnologia).

A tarde, a pauta tratará das tendências para o leite no sul do Brasil. Nela as pa-lestras seguem dois sentidos, a mudanças na economia e na agricultura brasileira e seus possíveis impactos na oferta de leite, com Alexandre Mendonça de Barros (MBAgro) e mudanças no perfi l do produtor de leite no Brasil: possíveis cenários futuros – revisão do projeto Cenários 2020, com Paulo do Carmo Martins (Embrapa).

Na sequência, será debatido o tema “Integração (verticalização) na produção de leite faz sentido como ferramenta para o aumento da efi ciência de empresas do setor leiteiro?”, com palestra de Fábio Ribas Chaddad, da Universidade de Missouri.

Às 16h30, o MilkPoint fará apresentação de pesquisa sobre ambiente institucional como fator de atração de investimentos para o setor. Na sequência, o secretário adjunto de Agricultura de Santa Catarina Airton Spies apresentará um sumário do que foi discutido durante o dia.

No segundo dia o Interleite Sul reinicia às 8h30 com o professor Amauri Alfi eri, da Universidade Estadual de Londrina, sobre desafi os impostos pelas doenças da reprodução. O professor Mateus Paranhos da Costa, da Unesp Jaboticabal, falará sobre conforto térmico e bem-estar animal como fatores limitantes para a produti-vidade de rebanhos leiteiros. Flávia Fontes, do Leite Integral/MilkPoint, prelecionará sobre como a criação da bezerra pode impactar sua vida produtiva futura.

O período da tarde será ocupado com três temas: nutrição de precisão em busca de maior efi ciência alimentar, com mínimo impacto ambiental (Alexandre Pedroso, Embra-pa), manejo de pastagens tropicais para o Sul do país: desafi os, limitações e potenciais (André Fischer Sbrissia, Udesc), e manejo de pastagens de inverno para o Sul do país na busca de maior conversão em leite (Paulo César de Faccio Carvalho, UFRGS).

A etapa fi nal do Interleite Sul será cumprida na manhã de quinta a partir das 8h30min, quando o pesquisador José Luiz Moraes Vasconcelos, da Unesp Botucatu, falará sobre Novidades para o desafi o de emprenhar vacas de alta produção em clima quente.

Luiz Gustavo Nussio, docente da Esalq/USP, discorrerá sobre a tomada de decisão na escolha de híbridos para silagem. Marcos Veiga dos Santos, da FMVZ/USP, abor-

dará o estágio atual do conhecimento aplicado sobre vacinas para a mastite bovina.

Programação do Interleite Sul

2121

Page 22: Revista Visão Rural

222222

Sempre falamos muito em diversificação das atividades nas propriedades rurais.

Agora surge uma nova oportunidade para os produtores, que promete revolucionar a agricultura da região: a criação do gado Jersey para o abate. Com boas estratégias e trabalho é possível oferecer um produto diferenciado para o mercado, e que vem de encontro aos novos anseios dos consumidores.

“A bovinocultura de leite vem crescendo pungentemente no vale do Braço do Norte. A raça Jersey predomina na maioria das propriedades que possui a melhor genética da raça do Brasil”,

A criação do gado Jersey para o abate está surgindo como opção de atividade

Nova opção para o produtor rural

Page 23: Revista Visão Rural

23232232323232323232232333333333333

descreve o engenheiro agrônomo da Epagri de Rio Fortuna, João Paulo Dornelles Reck. No entanto o sucesso da atividade traz a tona uma discussão: o que fazer quando nasce um animal macho da raça Jersey?

“Os machos da raça Jersey são considerados um

resíduo da produção leiteira pela maioria dos agricul-tores, vistos que são sacrificados e descartados logo após seu nascimento. As estimativas apontam para um descarte de aproximadamente 10.000 machos por ano em nossa Região”, complementa João Paulo.

- Os machos da raça Jersey tem potencial de ganho de peso e de rendimento de carcaça muito próximo as raças de corte desde que sejam criados num bom sistema de criação;

- A criação dos machos da raça Jersey podem se tornar ao longo do tempo um excelente negócio para as pequenas propriedades rurais;

- Os dois fatores que mais influenciam a qualidade da carne são idade de abate (animais abatidos jovens, com no máximo 24 meses de idade) possuem carne de melhor qualidade e o marmoreio (gordura intrínseca ao músculo) que é uma característica que confere maciez, suculência e sabor a carne. A raça Jersey tem o maior índice deste atributo entre todas as raças bovinas. Baseado nisto a carne de novilho jovem da raça Jersey é um produto de excelente qua-lidade e poderia ser vendida para nichos de mercados diferenciados de maior poder

aquisitivo, agregando valor ao produto;- Os agricultores de forma geral preferem consumir

carne da raça Jersey pelos excelentes atributos de qualidade;

- A maioria dos participantes do seminário de apresentação, realizado no final de 2011 em Rio For-tuna, aprovaram a iniciativa de criar estes animais e indicaram que pagariam entre 20 a 30 % a mais pela carne de novilho jovem Jersey devido sua excelente qualidade;

João explica que para esta iniciativa dar re-

De acordo com dados da Epagri de Rio Fortuna as alegações dos agricultores para este descarte são diversas:

- Que os machos da raça Jersey têm ganho de peso inferior as raças de corte;- Menor rendimento de carcaça e de carne, fato que desvaloriza estes animais junto ao frigorífico;- A criação e engorda destes animais trariam uma competição com a atividade leiteira.

“A Epagri inconformada com a ideia de ver tantos animais sendo descartados iniciou um processo de pes-quisa a literatura cientifica sobre este assunto, também consultou diversos agricultores que criam e engordam estes animais e, além disso, implantou uma unidade de observação na propriedade de Lucas Hemkemeier”, aponta o engenheiro agrônomo.

Este trabalho chegou a algumas conclusões:

Page 24: Revista Visão Rural

242424

sultados é necessário o desenvolvimento e organização da cadeia produtiva do novilho jovem da raça Jersey entre eles:

- Os agricultores com a colaboração dos técnicos, que precisam melhorar o sistema de produção visando obter animais com excelente acabamento em no máximo 24 meses de idade e tentando reduzir os custos de produção;

- Os frigoríficos que poderão desenvolver cortes de carne diferenciados utilizando a marca (Novilho Jovem da Raça Jersey) e com isso buscando mercados diferenciados de elevado poder aquisitivo;

- Desenvolver uma estratégia de marketing para atingir o mercado consumidor.

O produtor Lucas Hemckemeier, aceitou o desafio proposta pela Epagri e fez parte do estudo, segundo ele a experiência valeu a pena e é algo novo que surge para agregar valor na propriedade.

O abate foi feito no Abatedouro São Marcos, com anos de experiência em aba-te e venda de carne Luciane Beckhauser Exterckoetter coloca que a carne é de boa qualidade.

De acordo com dados apresentados pelo engenheiro agrônomo da Epagri Regional de Tubarão, Inácio Trevisan, Santa Cata-rina apresenta um déficit de carne bovina. “São 375 mil habitantes, com um consumo anual de 11.437.500 quilos, o que equivale a 50.834 bovinos de 450 quilos vivos”, ex-plica Trevisan. São importados 37,4%, ou seja, 4.277.625 quilos de carne ao ano, o equivalente a 19 mil bovinos de 450 quilos vivos. Em valores estamos falando em R$ 28.500.000,00.

Na região são 45 mil vacas Jersey, com 60% de parição, o que significa 27 mil nas-cimentos anuais, sendo uma média de 50% machos. “Considerando um potencial de 10 mil novilhos, o que significa na economia regional uma renda bruta anual de R$ 12 milhões”.

Diversas formas de preparoNo seminário de apresentação do projeto, realizado em

dezembro na cidade de Rio Fortuna, foi servido várias receitas utilizando a carne Jersey. Sendo aprovada por todos os presentes.

Page 25: Revista Visão Rural

252525

Page 26: Revista Visão Rural

2626

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos, ABCS, oferece em seu site na in-

ternet o Manual Brasileiro de Cortes Suínos. No âmbito da campanha "Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína" o manual promete um "novo tempo" para o mercado de carne suína. A ideia do projeto é provar que ocupe um lugar de destaque no mercado, superando até o marco de 2kg de aumento no consumo per capita fixado pelo Projeto Nacional de Desenvovimento da Suinucultura. O manual se alia às cartilhas de receitas e de outros instrumentos de divulgação já produzidos afim deste objetivo.

Através do Manual, açougueiros, gestores do varejo, donos de bares e

restaurantes, chefs de cozinha, nutricio-nistas, médicos e todos os profissionais ligados ao setor de alimentação terão uma referência prática, objetiva e fun-cional sobre o potencial da carne suína no cotidiano dos brasileiros. O Manual faz uma ponte entre o corte e o seu uso, oferecendo aos profissionais da área um ponto de referência a partir do qual podem criar e ampliar infinitamente o potencial de uso do produto.

O material produzido pela ABCS vai muito além de um recurso meramente profissional. Com ele, cada produtor de suíno, por menor que seja o tama-nho da sua granja, do seu município, poderá dialogar com o varejo e ges-tores alimentícios no âmbito privado e

público. A esposa do produtor poderá mostrar ao gerente do supermercado que existem alternativas práticas que potencializam a venda da carne suína, distribuindo lucros em todas as esferas da cadeia.

Nesse sentido, o Manual é também uma ferramenta de políticas públicas. O nosso produto envolve cerca de um milhão de brasileiros em sua produ-ção, processamento e comercializa-ção. E, considerando-se as tendências do mercado internacional e o imenso espaço disponível no mercado interno - temos aqui um item estratégico na formação da renda e na construção de novos e sustentáveis empregos para o país.

Brasileiro de Cortes SuínosABCS oferece Manual

Manual está disponível em:http://www.abcs.org.br/manual-de-cortes

Page 27: Revista Visão Rural

2727

Encontro de avaliação do URT em AnitápolisO encontro de produtores de

leite na comunidade de Vargi-nha, em Anitápolis aconteceu

no dia 16 de fevereiro para fazer a primei-ra avaliação da Unidade de Referência Tecnológica (URT) em implantação na propriedade de José Alfredo Fernandes, que tem o apoio do SC Rural.

O grupo de participantes avaliou os resultados das inovações e adequações até aqui implementadas, sob as condições topográficas bastante desfavoráveis que a propriedade apresenta. O bom resultado das três espécies de forrageiras perenes de verão já implantadas, no entanto, animou o grupo de participantes, que acompanhou os relatos e detalhes técni-

cos de implantação e manejo feitos pelo extensionista da Epagri local, Marcelo Zanella e pelo produtor José Alfredo. “O grupo também se impressionou com o sistema de piqueteamento das pastagens com manejo rotativo, a elevação da água até o ponto mais alto da propriedade feito através da bomba hidro acionada por roda d’água para posterior distribuição aos animais nos piquetes e o aumento da produção de leite verificada após implan-tação da URT”, informou o Secretário Executivo Regional do SC Rural/Região Metropolitana, Waldemiro Sudoski, que fez um relato do programa SC Rural aos participantes buscando a construção de uma aliança produtiva.

Grupo de participantes avaliou os resultados das inovações e adequações até aqui implementadas,

sob as condições topográficas bastante desfavoráveis que a propriedade apresenta

Page 28: Revista Visão Rural

28

Ingredientes Bolo Chocolate:07 ovos temperatura ambiente150 ml de leite frio05 colheres de sopa bem cheias de chocolate em pó02 colheres de margarina02 colheres de essência de rum04 colheres de amido de milho400 gramas de açúcar50 gramas de doce de leite áurea400 gramas de farinha de trigo01 colher de sopa bem cheia de emulsificante (gordura p/ sorvete)01 colher de sopa bem cheia de fermento para bolo (colocar

por último)

Modo de fazer:Coloque todos os ingredientes na batedeira, me-

nos o fermento e a essência.misture tudo primeiro com ajuda de uma colher,

em seguida ligue a batedeira e deixe a mistura ficar bem cremosa e dobrar de volume, bata por mais ou menos uns 10 minutos.

Com a batedeira desligada, acrescente a essêcia e o fermento, bata mais um pouco apenas para massa encorpar o fermento. unte uma forma redonda ou retangular média e mais funda, com margarina com lipídios alto e enfarinhada.

coloque a massa na forma não enchendo muito, deixando dois dedos abaixo da borda, pois dá um

bom crescimento.Deixe esfriar, desenforme e reserve

de um dia para o outro para reche-ar, pois fica mais firme.

2828

Page 29: Revista Visão Rural

29

Recheio de Creme de Doce de Leite:04 gemas peneiradas05 colheres de sopa de açúcar250 gramas de manteiga sem sal10 coheres de leite em pó integral03 colheres de sopa de chocolate em pó ou cacau60 gramas de doce de leite áurea02 colheres de essêcia de toffee400 gramas de creme de leite

Modo Fazer:Coloque na batedeira as gemas, o açúcar e bata bem até des-

manchar o açúcar e ficar com cor de gemada, em seguida coloque a manteiga, acrescente o doce de leite, o chocolate em pó, coloque o leite em pó em colheradas uma a uma, misturando bem, desligue a batedeira e acrescente com ajuda do fuer da batedeira o creme de leite e a essência do toffe.

Leve para geladeira para o creme ficar mais encorporado, pois a gordura da manteiga precisa ficar cremosa e gelada.

Modo de fazer:Misture a água com açúcar e leve para fazer uma calda cor carame-

lo, em seguida coloque o amendoím misture bem até soltar da panela, deligue coloque em uma forma untada, espalhe sobre a forma, deixe esfriar e quebre com ajuda de um socador. pode ser subistituído por pé de moleques comprados em tabletinhos. Reserve uns para decoração.

Crocante de Amendoim:500 gramas amendoim torrado e sem pele 02 xc de açúcar01 xc de água

Montagem:Corte o bolo em três discos. molhe o bolo com uma mistura de

leite coco, leite de vaca e doce de leite áurea, misturando fazendo uma calda, recheie com uma camada de doce de creme de leite, uma camada de crocante de amendoim, outra de creme de doce de leite e assim até a ultima camada, molhe a última camada também, pois bolo de chocolate, fica mais delicioso. Cubra com chantilly e decoração a seu gosto.

Cobertura:Utiliza meio litro de chantilly industrializado, na

hora de bater na batedeira coloque quatro (4) colheres de sopa de doce de leite mais 03 de chocolate em pó ou cacau. confeitar com ajuda de um bico de pitangas e coloque pedaçinhos do pé de moleque.

2929

Page 30: Revista Visão Rural

3030

Com porte médio, o gado da raça Wagyu produz a carne mais

cara do mundo. A raça surgiu há mais de mil anos na Europa e migrou para Ásia onde também era conhecida por Mishima.

No Brasil, a Wagyu ainda é desconhecida. Os animais são encontrados principalmente na Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os cuidados com a criação do animal são impressionantes. E não poderia ser diferente já que o contrafilé é comercializado por R$ 200 o quilo, em média, dentro do animal da raça pura.

O alto valor agregado a carne, conhecida como o Kobe Beef, é alcançado em função de suas características. O sabor é uma com-binação da gordura derretida entre as fibras que produz a deixa macia e com sabor único. De acordo com sites especializados, isto é o resultado da carne com maior concentração de HDL (Lipoproteína de alta densidade co-

nhecida com o bom colesterol) e uma menor concentração de LDL (lipoproteína de baixa densidade “mau colesterol”).

Outra característica é o aproveitamento. A raça apresenta 57% de rendimento de carcaça e 37% de rendimento para carne de corte comercial.

No país, o taurino é dividido em três linhagens, a black, brown e black mocho que vem do cruzamento com o Angus. Os machos da raça iniciam seu ciclo como reprodutores aos três anos. Eles possuem em média altura de 1,6 m e chegam a pesar mil quilos. Em 30 meses os animais chegam ao peso de 750 quilos, ideal para abate. As fêmeas podem reproduzir a partir dos 16 meses, têm altura média de 1,5 metro e pesam até 750 quilos.

O Wagyu pode ser criado a pasto, mas pode apresentar resultados ainda melhores se criado em confinamento.

Gado da raça Wagyu produz a carne mais cara do mundo

Page 31: Revista Visão Rural

3131

Page 32: Revista Visão Rural

3232

Confirmação da decisão da OIE ocorrerá em maio e abrirá novos mercados para os produtos brasileiros

Maior exportador de carne bovina do mundo, o

Brasil recebeu em fevereiro, uma notícia que poderá elevar ainda mais este status. A informação partiu da Comissão Científica para Enfermidades dos Animais da Organi-zação Mundial de Saúde Animal (OIE) que apresentou no mês de fevereiro, na sede da entidade em Paris, parecer favorável contra o avanço da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, também conhecida como doença da Vaca Louca. Responsável por avaliar as condições sanitárias dos países integrantes, o parecer dado pela organi-zação abre portas para novos mercados.

A doença surgiu em meados dos anos 80, teve seu auge entre 92 e 93 e voltou a ser notícia em 2003 e 2004. A vaca louca é neurodegenerativa e transmissível ao ser humano. Sua característica é destruir progressivamente os neurônios o que afeta o sistema nervoso gradativamente parali-sando as funções motoras, fisiológicas e também a capacidade cognitiva - atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem -.

Há mais de sete anos o Brasil adota as medidas recomendadas pela OIE. Desde 2004, o país realiza a coleta de amostras animais para testes referentes à doença. Em cerca de seis anos, período exigido pela OIE foram mais de 23 mil analises.

De acordo com o diretor do Departa-mento de Saúde Animal (DSA) do Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

mento (Mapa), Guilherme Marques, neste período ou mesmo, desde que descoberta, o Brasil nunca registrou casos da doença. Nos sete anos também não houve nenhu-ma importação de bovinos vivos ou de farinha de ruminantes de países considera-dos de risco para a doença. Mesmo assim a organização mantinha a restrição. “Não basta dizer que não tem a doença, há que demonstrar, pois a ausência de evidência não significa evidência da ausência”, res-salta Marques.

A avaliação, por parte do grupo da EEB da entidade, partiu de um pedido feito pelo Brasil no final de outubro de 2011. O país possuía restrição quanto à exportação de carne, sob argumento de que com a clas-sificação ‘risco controlado’ o país poderia apresentar risco. Com isso a exportação de animais vivos e de carne in natura com osso, principalmente para União Européia era vetada.

A análise neste período ainda confron-tará com a ação norte-americana, na qual produtores e entidades de consumidores na área da saúde realizavam campanha para pressionar o Governo a barrar a entrada de carne bovina de 14 Estados brasileiros no país. Oficialmente, a alegação é de que a carne bovina brasileira gera o risco de introduzir febre aftosa nos EUA e aumenta a ameaça de surtos de "E.coli" no território americano. No fundo, trata-se de temor da concorrência do maior exportador mun-dial de carne bovina. Em 2011, o Brasil

País livre da doença da

Vaca Louca

Page 33: Revista Visão Rural

3333

exportou mais de 1.6 milhões de toneladas, contra 1,35 mi da Austrália e 1,25 do EUA.

De acordo com o parecer fornecido pela OIE, o país reúne as condições para mudar a sua classificação do que ela chama de atual risco controlado para insignificante da doença em conformidade com o Código Sanitário dos Animais Terrestres.

Mas, a confirmação definitiva do status brasileiro sobre a sanidade animal depen-de ainda de uma consulta junto aos 178 países-membros da organização. A contar de fevereiro, durante 60 dias, os delegados da entidade poderão solicitar informações complementares ou fazer questionamentos à OIE. Caso não existam objeções fundamentadas, a Comissão Científica apresentará a recomen-dação para a mudança durante a Assembléia Mundial de Dele-

gados da organização, marcada para o próximo mês de maio.Segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mi-

nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), se confirmada, a mudança colocará o Brasil no seleto grupo de 15 países dentre todos os integrantes da OIE como seguro na

exportação de carne e com a possibilidade de retomada do mercado de tripas para a União Européia.

De acordo com Marques, mesmo para mercados de interesse para os quais a classi-ficação de risco insignificante não é determi-nante, a mudança terá um ‘impacto moral’.

“Ela contribuirá nas negociações, além de tornar os produtos mais competitivos, pois haverá redução de custos atribuídos às certificações adicionais requisitadas pelos mercados consu-midores”, analisa.

Doença surgiu em meados dos anos 80, teve seu auge entre 92 e 93 e voltou a ser

notícia em 2003 e 2004

Page 34: Revista Visão Rural

3434

Fernanda OenningEngenheira Agrônoma doLaticínios Fortuna

Qualidade do Leitea do

O Ministério da agricultura exige da indústria de laticínios que utilize uma matéria prima de qualidade. Portanto, o leite utilizado

não pode conter fraudes como: água, resíduos de qualquer tipo de medicação (antibióticos, remédios de vermes, remédio para tristeza, entre outros). Deve se descartar o leite com qualquer tipo destes resíduos. Outro ponto de suma importância é a Normativa 51, que estabelece critérios de higiene que é a CBT (con-tagem bacteriana total), e também a mastite ou a CCS (contagem de células somáticas), onde o parâmetro Maximo é até 600.000ufc/ml tanto para CCS quanto para CBT. Para ter saúde do rebanho em geral (do úbere) o melhor número atribuído para CBT é no Maximo até 100.000ufc/ml. E CCS é 400.000ufc/ml.

No mês de dezembro de 2011, começaram as visitas

do Ministério da Agricultura nas propriedades. Para verificação da qualidade do leite, instalações, manejos de ordenha, manejo da limpeza dos equipamentos de ordenha e do resfriador, manejo sanitário, manejo de transporte e coleta do leite. Funcionada da seguinte forma, os fiscais chegam na empresa, escolhem uma linha de rota de coleta que estão mapeadas, depois escolhem os produtores e convidam o técnico responsável para fazerem a visitação. Então colhem informações para um relatório de verificação ao produtor, depois de um mês emitem um laudo sobre a verificação. O técnico da indústria, em posse deste laudo, o leva até o produtor explicando o que o fiscal pediu para melhorar (quando o produtor não está apto as exigências da IN 51) ou parabenizando o produtor (quando está dentro das normas exigidas).

Entrega do relatório com o laudo assinado pelo fiscal do Ministério da Agricultura, ao produtor Matias Della Giustina e sua esposa lorena, foto a esqueda, na comunidade de Rio Pequeno, entregue pelo Senhor Arlindo e técnicos da qualidade do leite. Na foto a direita, a entrega é na casa do produtor Nilton Wiguers, na comunidade de Rio Amélia

Controle de qualidade do leite

Fiscalizado pelo Ministério da Agricultura

Page 35: Revista Visão Rural

3535

Carlos Geraldo Rodrigues JuniorTécnico AgropecuárioE-Mail: [email protected]

Saber Planejar

Gerenciamento de Propriedades Rurais

O mundo esta em constante transfor-mação e essas mudanças vem refle-tindo cada vez mais no meio rural.

Se voltarmos no tempo ou olharmos o passado, conseguimos perceber as mudanças deste setor, como, produtividade por hectare, mecanização agrícola, qualidade genética, diversidade de insumos e uma das principais que é o mercado, mais exigente.

Uma das principais ferramentas para que o pro-dutor possa estar acompanhando essa mudança é o gerenciamento das propriedades. Com ela o produtor terá o controle de entradas e saídas, conseguir fazer o custo de produção e planejar sua empresa rural para o futuro. No mundo onde o mercado esta cada vez mais exigente em pro-dutos com qualidade e com baixos custos, quem

detém esta ferramenta vai continuar competitivo e até atingir novos mercados. A propriedade rural tem que ser vista como uma empresa que tem que ter lucro para poder dar uma vida digna aos produtores.

Mas a falta de gerenciamento nas propriedades não é culpa exclusiva dos produtores a assistência técnica também tem sua parcela de culpa neste setor, pois, sempre foi pensado em produtividade, em melhorar produção e faltou a parte adminis-trativa, que hoje estamos correndo atrás para que o produtor não sai no prejuízo. A Planejar – Pro-jetos Agropecuários esta preparada para auxiliar o produtor neste processo de gerenciamento de propriedades rurais, dando toda a assistência ne-cessária para que o produtor começa um processo de gerenciamento na sua propriedade.

Page 36: Revista Visão Rural

3636

Curiosidades

A família de Afonso Meürer Kuehlkamp, formada jun-tamente com a Adelaide Petersen Kuehlkamp e os filhos André, Vando e Marcos, morador da comunidade de Rio das Furnas, em Orleans, voltou a ser notícia na Revista Visão Rural e registrar mais uma curiosidade no seu ‘quin-tal’. Na edição número 8 – outubro e novembro -, a família apresentou a rara bananeira onde cresceram quatro cachos de banana, o que causou surpresa a muita gente. Desta vez, a família que vive principalmente do gado leiteiro, retirou da terra uma beterraba gigante. A hortaliça rica em

vitaminas B1, B2 e C, além de Potássio, Sódio, Fósforo e Cálcio, pesou mais de 4,3 kg.

Em outros relatos, profissionais da agronomia apre-sentavam como justificativa a boa adubação da terra e a passagem do ciclo normal da colheita, para que algo gigante fosse retirado da terra. Este é o terceiro registro de algo exótico na propriedade. Além da bananeira e da beterraba, a família colheu também uma batata doce de aproximadamente 10,8kg e também uma beterraba de mais ou menos 2 quilos.

Agora é a vezda beterraba

O catupiry, um dos queijos mais famosos e adorados do Brasil, chegou ao país em 1949. Essa iguaria foi trazida ao Brasil pela família

italiana Silvestrini.O produto foi aprimorado na cidade de Lam-

bari, em Minas Gerais. Foi lá que Mário e Isaíra Silvestrini, um casal de imigrantes italianos,

estabeleceram residência em 1911.A empresa de laticínios Catupiry passou a

produzir o produto na cidade de São Paulo, onde fica sua matriz. O queijo de textura cre-mosa e pouca acidez é utilizado para diversos pratos no Brasil, desde pizzas a sobremesas.

Uma curiosidade, é que a palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa excelente.

Hoje, o Requeijão Catupiry, pioneiro no segmento, está presente em vários países.

A Origem do Catupiry

Page 37: Revista Visão Rural

3737

Existem cerca de 2700 espé-

cies de mosquitos no mundo

actual?

Os mosquitos são encontrados

em várias altitudes, desde o

nível do mar até 3600 metros?

Um mosquito médio (Aedes

aegypti) pesa cerca de 2 - 2,5

mg?

Numa "refeição" um mosquito

(Aedes aegypti) suga, em mé-

dia, cerca de 5 microlitros?

Os mosquitos voam a uma

velocidade média de 1,5 a 2

quilometros por hora?

Alguns mosquitos podem

migrar para tão longe como

100 - 160 quilometros?

Os mosquitos vivem em mé-

dia de 15 a 65 dias?

Os mosquitos podem detec-

tar uma "vítima" a 25 - 30

metros?

Os mosquitos podem locali-

zar a presa (como nós) pela

visão e detectando radiação

infra-vermelha, dióxido de

carbono e ácido láctico emiti-

do pelas "vítimas"?

A saliva dos mosquitos

contém anticoagulantes que

evitam que o sangue das "ví-

timas" coagulem e que essas

proteínas provocam a reacção

alérgica associada às picadas

do mosquito?

Os machos nunca se alimen-

tam de sangue e as fêmeas só

se alimentam do sangue para

obter as proteínas necessárias

para a produção de ovos?

Os machos e a fêmeas não

reprodutivas se alimentam do

néctar das plantas?

Os ovos podem permanecer

inertes durante mais de um

ano e chocar quando inunda-

dos de água?

Mais de 50 espécies de mos-

quitos são resistentes a pelo

menos um insecticida

Mande sua curiosidade para nós!

contato@revistavisãorural.com.brou ligue 3653-1849

Mosquitosvocê sabia que: Acredita-se que os chineses foram os primeiros a utiliza-

rem o método de orientação natural para permanecerem na rota em suas viagens marítimas. Eles descobriram que uma agulha imantada e suspensa por seu centro de gravidade apontava sempre para a mesma direção. Com o tempo, descobriu-se que a bússola aponta sempre para o norte porque a Terra funciona como um enorme ímã que exerce força de atração nessa direção.

Essa descoberta foi atribuída a William Gilbert, que ao aproximar uma agulha imantada de uma esfera de minério magnético, verificou que a agulha se orientava de forma idêntica a observada na superfície da Terra. Com isso, Gilbert deduziu que a própria Terra funcionava como um gigantesco ímã, cujo campo magnético se orienta nas dire-ções norte-sul.

A bússola é composta de um ponteiro magnetizado livre para se alinhar de forma precisa ao campo magnético terres-tre, ela confere um ponto de referência que serve de grande ajuda em expedições. Além do ponteiro, outras estruturas compõem seu mecanismo: base, capsula, disco de leitura, portão e linhas de norte.

Atualmente, com ajuda da tecnologia, as bússolas torna-ram-se mais modernas, sendo comum o uso de equipamen-tos digitais. No entanto, a construção de uma bússola caseira é extremamente simples e eficaz, sendo de grande utilidade em casos de acidentes no mar ou na floresta.

Por que a bússola aponta sempre para o norte?

Page 38: Revista Visão Rural

3838

Giro AgropecuárioDiogo Schotten BeckerGestor em Agronegócio eAcadêmico de [email protected]

Nos últimos anos percebemos que, um dos maiores entra-

ve no agronegócio brasileiro é a logística. E não é difícil de perceber, embora haja investimentos, o processo de duplicação da BR 101 esta a mais de 7 anos sendo realizado. Ora seja pela morosidade dos órgãos competentes, ou até mesmo pela falta de valores empresariais nas em-presas vencedoras das licitações. Como não bastasse a morosidade, temos uma estrutura arcaica que onera os custos de produção. Mais de 80% da produção agrícola do país é transportado por ca-minhões que é o frete mais caro, quando comparamos ao ferroviário e hidroviário. Para termos uma noção do quanto isso é oneroso, uma carga de milho trazida da

região de Sorriso no Mato Grosso custa em média R$ 11,00 por saco, então se compramos milho a R$ 17,00 a saca, este vai chegar para nós a R$ 28,00. O sistema ferroviário conseguiria trazer este custo de transporte para metade, possibilitando a redução dos custos. Porém estes fatores citados fazem parte das ameaças e que não estão ao nosso alcance para serem sanados, o que podemos fazer é cobrar maiores esforços dos órgãos compe-tentes. E isso deve ser feito através de associações organizadas.

Falamos um pouco sobre a logística que é de responsabilidade do estado. E nós? Estamos estudando a logística dentro da nossa propriedade? Para que possamos melhorar. Estamos fazendo

a nossa parte? As estradas da porteira para dentro estão em boas condições? Falo isso pelo fato de ver inúmeras pessoas reclamando das condições de tráfego, mais não fazem o dever de casa. Da porteira para dentro a respon-sabilidade é nossa. Mais logística não é apenas o transporte da produção o conceito é mais amplo. As condições em que os animais estão se deslocando de um lado para outro também é lo-gística, a forma como armazenamos a alimentação animal. Enfim tudo que diz respeito a acessibilidade. A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

dentro e fora Logística

"As condições em que os animais

estão se deslocando de um lado para outro também é logística, a forma

como armazenamos a alimentação

animal. Enfi m tudo que diz respeito a

acessibilidade"

Page 39: Revista Visão Rural

3939

Poucas chuvas, algo estranho para o mês de março, mas esta é a previsão

para o próximo trimestres, esperada por especialistas que estudam os padrões atmosféricos. Porém, mesmo abaixo na média, as chuvas não devem atrapalhar a agropecuária.

De acordo com a equipe de meteorologistas do Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeo-rologia de Santa Catarina (Ciram), as variações no clima ocorrem em função do fenômeno chamado Lá Ninã, ou ‘a menina’. Sua principal característica é o resfriamento - em média de 2 a 3° C - fora do normal das águas superficiais nestas regiões do oceano Pacífico. Com isso ele afeta o comportamento climático no continente americano e outras regiões do planeta.

Seu enfraquecimento torna as variações menos inten-sas. A analise em função disso é, nas regiões Oeste e Meio Oeste, a chuva aparece abaixo da média no terceiro mês do ano, enquanto no restante do estado ela deve prevalecer normal.

As informações apresentadas pelos meteorologistas Gilsânia Cruz e Clóvis Corrêa, explicam que o mês de

março é a transição do verão para o outono. “Mas, ainda assim normalmente apresenta características de verão, es-pecialmente nos primeiros 15 dias. Na segunda quinzena, as chuvas ficam mais restritas a passagem das frentes frias por Santa Catarina”, explicam.

A previsão, não tão otimista, melhora com o passar do tempo. Isso ocorre, na avaliação dos meteorologistas pelo gradativo aumento nas chuvas, verificados em abril e maio. “A partir da segunda quinzena de março, com a entrada do outono, a previsão é mais otimista com aumento gradativo dos eventos de chuva, com valores esperados mais próximos da média climatológica em todo o Estado. Vale lembrar que os acumulados de chuva são menores nesse trimestre em relação à primavera e verão, com valores mensais de 100 a 180 mm”, relatam.

O clima de verão, com variações, ainda permanecerá até abril. Em maio as baixas temperaturas devem prevale-cer com ondas de frio mais intensas. As geadas generaliza-das se tornam freqüentes e a possibilidade de neve maior. Mesmo assim, eventos prolongados de temperaturas elevadas (acima de 30ºC) podem ocorrer, especialmente no mês de maio, caracterizando os veranicos.

Chuvas devem aparecerno decorrer do mês Clima de verão, ainda

permanecerá até abril

Page 40: Revista Visão Rural

4040

MERCADO AGRÍCOLA

Fonte: Valor Econômico

Expectativa de preços menosfi rmes no mercado de carnes

Pressionado pelo excesso de oferta e pela retração da demanda interna, o mer-cado de carnes iniciou o ano em baixa. A tendência deve se manter ao longo de 2012, com expectativa de queda nos pre-ços da carne bovina e recuperação ainda incerta nas cotações de suínos. A exceção fica por conta do frango que, apesar da forte retração no período, já iniciou uma retomada. Depois de atingir R$ 106,6 por arroba, no Estado São Paulo, em 22 de novembro, o indicador Cepea/Esalq para o boi gordo recuou 9,8% e encerrou o mês de fevereiro a R$ 96,19. "Tudo indica que teremos um ano de preços menos firmes", afirma Hyberville D'Athayde Neto, analista da Scot Consultoria. Se-gundo ele, o consumo de carne bovina do início do ano "não está colaborando". O principal fator baixista, contudo, não diz respeito à demanda, mas à oferta de gado, que deve crescer graças à inversão do ciclo da pecuária, explica o analista. "Estamos em um período de maior abate de fêmeas", diz ele.

Em 2007, lembra D'Athayde Neto, os pecuaristas iniciaram o ciclo de retenção de matrizes, com redução da participação de fêmeas no total abatido - de 40%, na-quele ano, para cerca de 35% em 2010, segundo dados da Scot. "Ainda não con-solidamos com os dados oficiais do ano passado, mas todos os indicadores apon-tam para essa virada", pondera, citando os três primeiros trimestres de 2011, que apresentaram maior número de matrizes

abatidas. De acordo com ele, os produto-res estão menos propensos a manter as vacas no pasto. "A rentabilidade da cria tem sido um fator de pressão, com custos de criação cada vez maiores", afirma o analista. Os preços mais baixos, por sua vez, devem estimular o consumo interno de carne bovina a partir do segundo se-mestre, acrescenta o analista, que prevê alta de 3,5% no consumo per capita. Ainda assim, os preços não devem reagir. "Em termos de preço, esse crescimento é relativo, porque temos uma oferta maior", explica.

Além do desempe-nho interno, a con-juntura externa, com a crise dos principais mercados importadores, não favorece uma elevação dos preços. "A demanda internacional, que absorve em torno de 15% e 20% da carne bovina, tem um cenário obscuro", ressalta D'Athayde Neto. A carne suína também sofreu com a demanda superestimada para o período de festas do fim do ano passado. "Entre outubro e novembro, os produtores co-locaram mais matrizes para produção acreditando que o mercado iria aquecer, mas não ocorreu da maneira esperada", afirmou o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi. Reflexo disso, o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo em São Paulo desabou 16% em janeiro, a R$ 2,58 o quilo. Em fevereiro, os preços

recuperarem-se apenas 3%, atingindo R$ 2,65 o quilo. "Ainda estamos trabalhan-do com uma margem forte de prejuízo", afirma Lorenzi, que aconselhou os suino-cultores a não ampliarem o tamanho de seus plantéis. Com isso, diz ele, o setor retomará sua lucratividade. O mês de março traz esperanças para o dirigente, com as exportações de carne suína ga-nhando fôlego. "Acredito na melhora dos preços pagos ao produtor nos próximos meses", diz.

No caso do frango, a recuperação das cotações é mais pro-missora. Ainda que o indicador Cepea/Esalq para o frango vivo, em São Paulo,

tenha recuado 26% em janeiro, a R$ 1,44 o quilo (também sob influência do estoque elevado após as festas de fim de ano), a tendência é de recu-peração, conforme Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avi-cultura (Ubabef). Já no mês passado, o frango vivo subiu 15%, a R$ 1,66 o quilo. "A queda foi transitória", afirma Turra. Segundo ele, com os custos de produção mais elevados e os estoques voltando aos patamares normais, a recuperação deve se confirmar. Para ele, o cenário de preços deste ano será mais previsível, com estabilidade tanto no consumo quanto na produção. "Não há expectativa de explosão de preços", acrescentou.

Tendência deve se manterao longo de 2012

Page 41: Revista Visão Rural

4141

Embarque de carne de frango e suína aumenta; bovina cai

As vendas externas de carne bovina in natura (não processada) caíram 26% em volume em fevereiro ante o mesmo mês de 2011, passando de 74,3 mil toneladas para 55 mil toneladas. A receita, por sua vez, subiu 2,2%, para US$ 270,8 milhões ante US$ 265 milhões de fevereiro de 2011, sustentada pelo avanço de 38,4% nos preços praticados no período. Em fevereiro do ano passado, a proteína foi vendida a US$ 3.557/tonelada e, no mês passado, subiu para US$ 4.924/tonelada. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Já os embarques de carne suína e de frango in natura registraram aumentos tanto em receita

quanto volume e preço ante o mesmo período do ano passado. A receita cambial com as ven-das externas de carne suína somou US$ 84,7 milhões em fevereiro, alta de 14,2% ante US$ 74,2 milhões de fevereiro de 2011. Em volume, os embarques avançaram 4,1%, passando de 29,6 mil toneladas para 30,8 mil toneladas. Os preços médios ficaram em US$ 2.750/tonelada, aumento de 9,7%.

As exportações de carne de frango totalizaram US$ 469,1 milhões, alta de 16% ante os US$ 404,5 milhões de fevereiro de 2011. Em volume, as vendas externas passaram de 255,7 mil tonela-das para 257 mil toneladas, leve avanço de 0,5%. Já os preços praticados no período ficaram em US$ 1.825/tonelada, alta de 15,4%.

Na comparação com janeiro, as exportações de carne bovina diminuíram 10% em receita e 11,9% em volume. Os preços praticados subiram 2,1%. Já a exportação de car-ne suína teve recuos de 0,4% em receita, por conta da diminuição de 0,7% nos preços.

Mas em volume, houve avanço de 0,3%. As vendas externas de carne de frango tiveram queda de 12% em receita e de 12,5% em volume. Em movimento contrário, os preços

subiram 0,6%. A variação em ambas as comparações é explicada, em parte, pelo núme-ro de dias úteis de cada período. O mês passado teve 19 dias úteis, ante 20 dias úteis de

fevereiro de 2011 e 22 dias úteis de janeiro de 2012.

Comparação mensal

Font

e: A

genc

ia Es

tado

Page 42: Revista Visão Rural

424242

Page 43: Revista Visão Rural

434343

Page 44: Revista Visão Rural

4444

Page 45: Revista Visão Rural

4545

Page 46: Revista Visão Rural

4646

Page 47: Revista Visão Rural

4747

Page 48: Revista Visão Rural

4848

Page 49: Revista Visão Rural

4949

Page 50: Revista Visão Rural

5050

Page 51: Revista Visão Rural

5151

Page 52: Revista Visão Rural

5252