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Edição 4 maio/2012

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Page 1: Revista Visão FENAFISCO
Page 2: Revista Visão FENAFISCO

Apresentação

Manoel Isidro dos SantosPresidente da FENAFISCO

federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (FENAFISCO), na busca do aprimoramento analítico e Ado diálogo com a base e a sociedade em geral, traz a

você, leitor, a Edição nº 04, da sua revista Visão FENAFISCO. Nela, você encontra temas pertinentes ao debate nacional

atual. Nesta edição, analisamos três assuntos, sendo o primeiro quanto à discussão sobre a Reforma Política. Na sequência, Visão FENAFISCO aborda a questão dos orçamentos públicos.

São temas de extrema importância para o futuro do Brasil: o primeiro por tratar do novo ordenamento político e eleitoral do Brasil, que pode, inclusive, definir um novo Pacto Federativo; e o segundo em razão da previsão de recursos financeiros que o país terá para gastar com programas sociais e com o gerenciamento da dívida pública.

Neste número, também, coloca-se uma abordagem pertinen-te aos Regimes Próprios de Previdência Social, registrando os seus conceitos e suas experiências, ainda, muito recentes no Brasil.

Trata-se de trabalho voltado à reflexão e discussão dos temas focalizados, como forma de promoção do seu aprofundamento nos meios acadêmico, sindical e social de todas as instâncias federadas. A ideia central é o melhoramento de nossas posições a respeito dos assuntos pautados, assim como o aprofundamento das análises e intervenções nos fóruns e instituições do país.

Page 3: Revista Visão FENAFISCO

Apresentação

Manoel Isidro dos SantosPresidente da FENAFISCO

federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (FENAFISCO), na busca do aprimoramento analítico e Ado diálogo com a base e a sociedade em geral, traz a

você, leitor, a Edição nº 04, da sua revista Visão FENAFISCO. Nela, você encontra temas pertinentes ao debate nacional

atual. Nesta edição, analisamos três assuntos, sendo o primeiro quanto à discussão sobre a Reforma Política. Na sequência, Visão FENAFISCO aborda a questão dos orçamentos públicos.

São temas de extrema importância para o futuro do Brasil: o primeiro por tratar do novo ordenamento político e eleitoral do Brasil, que pode, inclusive, definir um novo Pacto Federativo; e o segundo em razão da previsão de recursos financeiros que o país terá para gastar com programas sociais e com o gerenciamento da dívida pública.

Neste número, também, coloca-se uma abordagem pertinen-te aos Regimes Próprios de Previdência Social, registrando os seus conceitos e suas experiências, ainda, muito recentes no Brasil.

Trata-se de trabalho voltado à reflexão e discussão dos temas focalizados, como forma de promoção do seu aprofundamento nos meios acadêmico, sindical e social de todas as instâncias federadas. A ideia central é o melhoramento de nossas posições a respeito dos assuntos pautados, assim como o aprofundamento das análises e intervenções nos fóruns e instituições do país.

Page 4: Revista Visão FENAFISCO

A REFORMA POLÍTICA EM FOCO - CONHECENDOE DEBATENDO O SISTEMA POLÍTICO E ELEITORAL BRASILEIRO

INTRODUÇÃO

HISTÓRICO DO SISTEMA POLÍTICO E ELEITORAL BRASILEIRO

NAS CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA

A Constituição de 1891

O Código Eleitoral de 1932

A Constituição de 1934

A Constituição de 1937

A Constituição de 1946

A Constituição de 1967

O Direito Político e Eleitoral na Constituição de 1967

A redemocratização

PRECEITOS DOUTRINÁRIOS E POLÍTICOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Estado democrático

Princípios fundamentais

Direitos e deveres individuais e coletivos

Direitos políticos

Partidos políticos

Justiça eleitoral

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

Sobre o Poder Executivo

Sobre o Poder Legislativo

Sobre o Poder Judiciário

RELAÇÕES ENTRE O EXECUTIVO E O LEGISLATIVO

SOBRE O SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO

Eleições majoritárias

Eleições proporcionais e voto de legenda

O INDIVIDUALISMO POLÍTICO PREVALALECE NO SISTEMA ELEITORAL

PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA POLÍTICA

Sistemas Eleitorais

06

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Conceito, evolução, funções e princípios

Conceito e evolução

Funções do orçamento

Princípios orçamentários

Resumo didático e esquematização da elaboração orçamentária

O Orçamento Geral da União - OGU

Ciclo orçamentário (etapas)

O Plano Plurianual (PPA)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

A Lei Orçamentária Anual (LOA)

A Fase Legislativa do Orçamento

Relação das áreas temáticas

Práticas que Inibem a transparência no Orçamento

A Execução Orçamentária

Prestação de contas

Argumentos para o Monitoramento do Orçamento Público

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

Tópico sobre Orçamentos estaduais

Conclusão: orçamento autorizativo ou impositivo?

Autorizativo ou impositivo

20

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OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS NO BRASIL - DISCUTINDO A SUA IMPORTÂNCIA E O SEU FUNCIONAMENTO

Definição e Legislação

Transparência e fiscalização

Tipos de regimes próprios

Estruturação dos Fundos Previdenciários

Aplicação e gestão dos recursos

Estatísticas dos regimes próprios

REFERÊNCIAS

37

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38

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52

OS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS) 37

2006

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A REFORMA POLÍTICA EM FOCO - CONHECENDOE DEBATENDO O SISTEMA POLÍTICO E ELEITORAL BRASILEIRO

INTRODUÇÃO

HISTÓRICO DO SISTEMA POLÍTICO E ELEITORAL BRASILEIRO

NAS CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA

A Constituição de 1891

O Código Eleitoral de 1932

A Constituição de 1934

A Constituição de 1937

A Constituição de 1946

A Constituição de 1967

O Direito Político e Eleitoral na Constituição de 1967

A redemocratização

PRECEITOS DOUTRINÁRIOS E POLÍTICOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Estado democrático

Princípios fundamentais

Direitos e deveres individuais e coletivos

Direitos políticos

Partidos políticos

Justiça eleitoral

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

Sobre o Poder Executivo

Sobre o Poder Legislativo

Sobre o Poder Judiciário

RELAÇÕES ENTRE O EXECUTIVO E O LEGISLATIVO

SOBRE O SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO

Eleições majoritárias

Eleições proporcionais e voto de legenda

O INDIVIDUALISMO POLÍTICO PREVALALECE NO SISTEMA ELEITORAL

PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA POLÍTICA

Sistemas Eleitorais

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Conceito, evolução, funções e princípios

Conceito e evolução

Funções do orçamento

Princípios orçamentários

Resumo didático e esquematização da elaboração orçamentária

O Orçamento Geral da União - OGU

Ciclo orçamentário (etapas)

O Plano Plurianual (PPA)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

A Lei Orçamentária Anual (LOA)

A Fase Legislativa do Orçamento

Relação das áreas temáticas

Práticas que Inibem a transparência no Orçamento

A Execução Orçamentária

Prestação de contas

Argumentos para o Monitoramento do Orçamento Público

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

Tópico sobre Orçamentos estaduais

Conclusão: orçamento autorizativo ou impositivo?

Autorizativo ou impositivo

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OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS NO BRASIL - DISCUTINDO A SUA IMPORTÂNCIA E O SEU FUNCIONAMENTO

Definição e Legislação

Transparência e fiscalização

Tipos de regimes próprios

Estruturação dos Fundos Previdenciários

Aplicação e gestão dos recursos

Estatísticas dos regimes próprios

REFERÊNCIAS

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OS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS) 37

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Page 6: Revista Visão FENAFISCO

Os principais pontos da Constituição foram:INTRODUÇÃO• Abolição das instituições monárquicas.• Os senadores deixaram de ter cargos A questão da reforma política é de muita

vitalícios.relevância à melhoria de nossas instituições • Sistema de governo presidencialista.democráticas. Neste ano, a reforma política é um dos • O Presidente da República passou a ser o temas principais no debate nacional e deve se pautar

chefe do Poder Executivo.pela participação de toda a sociedade brasileira.• As eleições passaram a ser pelo voto direto, O presente artigo visa contribuir a esse

a descoberto.debate, para tanto, apresentando informações • Todos os mandatos tinham duração de detalhadas do nosso sistema político e eleitoral a

quatro anos.partir da República (1891).• Não haveria reeleição.• Os candidatos a voto eletivo seriam HISTÓRICO DO SISTEMA POLÍTICO E

escolhidos por homens maiores de 21 anos, com E L E I T O R A L B R A S I L E I R O N A S exceção de analfabetos, mendigos, praças de pré e CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICAreligiosos sujeitos ao voto de obediência.

• Ao Congresso Nacional cabia o Poder Em brilhante trabalho acadêmico, José Legislativo, composto pelo Senado e Câmara de Ricardo Simões Rodrigues dissertou sobre a Evolução Deputados (bicameral).histórica do sistema eleitoral brasileiro. O trabalho foi

• As Províncias passaram a ser Estados de apresentado em cumprimento às exigências da uma Federação com maior autonomia.Disciplina de Direito Eleitoral do curso de Bacharelado

• Os Estados da Federação passaram a ter em Ciências Jurídicas da universidade Federal de suas Constituições hierarquicamente organizadas em Rondônia, Campus de Cacoal. Nele, o bacharel traça relação à Constituição Federal.um paralelo entre as diversas constituições havidas

• Os presidentes das Províncias passaram a em nosso país, no período republicano, sob o viés ser presidentes dos Estados e eleitos pelo voto direto à eleitoral. Vale a pena conferir: in, Evolução histórica do semelhança do Presidente da República.sistema eleitoral brasileiro - José Ricardo Simões

As eleições no Congresso Nacional seriam da Rodrigues - Junho de 2006) seguinte maneira:

As eleições para deputados e senadores A Constituição de 1891seriam simultâneas e cada legislatura duraria três anos. A Câmara dos Deputados seria composta por Para fundamentar juridicamente o novo representantes eleitos nos Estados e no Distrito regime a primeira Constituição republicana do país foi Federal, mediante sufrágio direto para um mandato redigida à semelhança dos princípios fundamentais de três anos.da carta norte-americana, embora os princípios

O número de cadeiras seria preenchido na liberais democráticos oriundos daquela carta proporção de um deputado para cada setenta mil tivessem sido suprimidos em grande parte.habitantes, e o número mínimo de deputados, por Estado, seria quatro.

Dentre os vários princípios do Código O Código Eleitoral de 1932 instituía uma Eleitoral de 1932, destaca-se o da universalidade do Magistratura Especial, que devia, como um de seus sufrágio, considerando o voto como um direito e um principais poderes, pronunciar-se sobre todas as dever cívico, dessa maneira, derrubando de vez a base questões eleitorais que surgissem desde o censitária e estendendo o direito ao voto às mulheres. alistamento dos eleitores à proclamação dos

vencedores em uma eleição e os recursos contra essa proclamação. Assim, estava criada a Justiça Eleitoral.

Era de responsabilidade da recém-criada Justiça Eleitoral, além de alistar o eleitor e proclamar os vencedores, organizar as mesas e nomear os mesários, determinar os locais para as seções eleitorais e distribuir o material necessário à eleição.

Competia à Justiça Eleitoral a apuração dos sufrágios, bem como conhecer e decidir sobre as dúvidas e impugnações que se apresentassem durante o pleito.

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A REFORMA POLÍTICA EM FOCOConhecendo e debatendo o SistemaPolítico e Eleitoral Brasileiro

O CÓDIGO ELEITORAL DE 1932A estrutura do Direito Eleitoral Brasileiro baseou-se no Código Eleitoral de 1932 e na Lei Saraiva de 1881.

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Os principais pontos da Constituição foram:INTRODUÇÃO• Abolição das instituições monárquicas.• Os senadores deixaram de ter cargos A questão da reforma política é de muita

vitalícios.relevância à melhoria de nossas instituições • Sistema de governo presidencialista.democráticas. Neste ano, a reforma política é um dos • O Presidente da República passou a ser o temas principais no debate nacional e deve se pautar

chefe do Poder Executivo.pela participação de toda a sociedade brasileira.• As eleições passaram a ser pelo voto direto, O presente artigo visa contribuir a esse

a descoberto.debate, para tanto, apresentando informações • Todos os mandatos tinham duração de detalhadas do nosso sistema político e eleitoral a

quatro anos.partir da República (1891).• Não haveria reeleição.• Os candidatos a voto eletivo seriam HISTÓRICO DO SISTEMA POLÍTICO E

escolhidos por homens maiores de 21 anos, com E L E I T O R A L B R A S I L E I R O N A S exceção de analfabetos, mendigos, praças de pré e CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICAreligiosos sujeitos ao voto de obediência.

• Ao Congresso Nacional cabia o Poder Em brilhante trabalho acadêmico, José Legislativo, composto pelo Senado e Câmara de Ricardo Simões Rodrigues dissertou sobre a Evolução Deputados (bicameral).histórica do sistema eleitoral brasileiro. O trabalho foi

• As Províncias passaram a ser Estados de apresentado em cumprimento às exigências da uma Federação com maior autonomia.Disciplina de Direito Eleitoral do curso de Bacharelado

• Os Estados da Federação passaram a ter em Ciências Jurídicas da universidade Federal de suas Constituições hierarquicamente organizadas em Rondônia, Campus de Cacoal. Nele, o bacharel traça relação à Constituição Federal.um paralelo entre as diversas constituições havidas

• Os presidentes das Províncias passaram a em nosso país, no período republicano, sob o viés ser presidentes dos Estados e eleitos pelo voto direto à eleitoral. Vale a pena conferir: in, Evolução histórica do semelhança do Presidente da República.sistema eleitoral brasileiro - José Ricardo Simões

As eleições no Congresso Nacional seriam da Rodrigues - Junho de 2006) seguinte maneira:

As eleições para deputados e senadores A Constituição de 1891seriam simultâneas e cada legislatura duraria três anos. A Câmara dos Deputados seria composta por Para fundamentar juridicamente o novo representantes eleitos nos Estados e no Distrito regime a primeira Constituição republicana do país foi Federal, mediante sufrágio direto para um mandato redigida à semelhança dos princípios fundamentais de três anos.da carta norte-americana, embora os princípios

O número de cadeiras seria preenchido na liberais democráticos oriundos daquela carta proporção de um deputado para cada setenta mil tivessem sido suprimidos em grande parte.habitantes, e o número mínimo de deputados, por Estado, seria quatro.

Dentre os vários princípios do Código O Código Eleitoral de 1932 instituía uma Eleitoral de 1932, destaca-se o da universalidade do Magistratura Especial, que devia, como um de seus sufrágio, considerando o voto como um direito e um principais poderes, pronunciar-se sobre todas as dever cívico, dessa maneira, derrubando de vez a base questões eleitorais que surgissem desde o censitária e estendendo o direito ao voto às mulheres. alistamento dos eleitores à proclamação dos

vencedores em uma eleição e os recursos contra essa proclamação. Assim, estava criada a Justiça Eleitoral.

Era de responsabilidade da recém-criada Justiça Eleitoral, além de alistar o eleitor e proclamar os vencedores, organizar as mesas e nomear os mesários, determinar os locais para as seções eleitorais e distribuir o material necessário à eleição.

Competia à Justiça Eleitoral a apuração dos sufrágios, bem como conhecer e decidir sobre as dúvidas e impugnações que se apresentassem durante o pleito.

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A REFORMA POLÍTICA EM FOCOConhecendo e debatendo o SistemaPolítico e Eleitoral Brasileiro

O CÓDIGO ELEITORAL DE 1932A estrutura do Direito Eleitoral Brasileiro baseou-se no Código Eleitoral de 1932 e na Lei Saraiva de 1881.

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A Constituição brasileira de 1934, promulga- organizações populares, cabe mencionar que eram da em 16 de julho de 1934, pela Assembleia Nacional eleitos por sufrágio indireto nas associações profissio-Constituinte, foi redigida, segundo o próprio parágra- nais.fo de abertura, para organizar um regime democráti- O Senado, por sua vez, era composto por co. dois representantes de cada Estado, eleitos dentre os

Estabeleceu o voto obrigatório para maiores brasileiros natos, maiores de trinta e cinco anos, para de 18 anos, propiciou o voto feminino, direito há um mandato de oito anos.muito reivindicado, o qual já fora instituído em 1932, A Constituição do país recepcionou a Justiça pelo Código Eleitoral, e previu a criação das Justiças do Eleitoral como instituição, a qual seria composta por Trabalho e Eleitoral. um Tribunal Superior de Justiça Eleitoral na capital da

A Câmara dos Deputados seria composta República e um Tribunal Regional na capital de cada mediante o sistema proporcional dos votos universal, Estado.direto e igualitário, além dos representantes eleitos Assegurava às mulheres o direito constituci-pelas organizações profissionais. onal ao voto, declarando serem eleitores os brasileiros

Os deputados seriam eleitos proporcional- de um ou de outro sexo e os maiores de dezoito anos, mente ao número de habitantes de cada Estado e do desde que devidamente alistados.Distrito Federal. O número de habitantes não poderia A questão eleitoral, no entanto, ficou exceder à proporção de um representante para cada prejudicada, pois a eleição para Presidente, bem como 150 mil habitantes, até o limite de vinte representan- para os demais cargos eletivos no país não se realiza-tes, e que os eleitos das organizações profissionais ram, com exceção da eleição indireta para a Assem-poderiam atingir a um quinto da representação bleia Constituinte.popular. Ainda com relação aos representantes das

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A CONSTITUIÇÃO DE 1934Os primeiros anos da Era de Vargas caracterizaram-se por um governo provisório e sem Constituição. Em 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembléia Nacional Constituinte que redigiu a nova Constituição.

A CONSTITUIÇÃO DE 1937A Constituição brasileira de 1937 foi centralizador, ficando a cargo do Presidente da

outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas, em 10 de República a nomeação das autoridades estaduais, os novembro de 1937. É conhecida pejorativamente interventores. A estes, por sua vez, cabiam nomear as como Constituição Polaca, por ter sido baseada na autoridades municipais.Constituição autoritária da Polônia. A Constituição de 1937, considerada, por

A principal característica dessa Constituição muitos, como uma Constituição fascista, serviu era a enorme concentração de poderes nas mãos do apenas com a finalidade de manter no poder o Chefe do Executivo. Seu conteúdo era fortemente Presidente Getúlio Vargas.

A CONSTITUIÇÃO DE 1946Devido ao processo de redemocratização

posterior à queda de Vargas, fazia-se necessária uma A Constituição brasileira de 1946, bastante nova ordem constitucional. Por isso, o Congresso inovadora para a época, foi notadamente um avanço Nacional, recém-eleito, assumiu tarefas constituintes. da democracia e das liberdades individuais do

cidadão.Foram dispositivos básicos regulados pela Através da Emenda Constitucional nº16, de

Carta: setembro de 1961, foi implantado o parlamentarismo • a igualdade de todos perante a lei. como solução para a crise sucessória, após a renúncia • a liberdade de manifestação de pensamen- de Jânio Quadros. Em 1962, através de plebiscito, os

to, sem censura, a não ser em brasileiros optaram pela volta do espetáculos e diversões presidencialismo.públicas Quanto às eleições e ao

• a inviolabilidade do sistema de voto, manteve-se o sigilo de correspondência. espírito do Código Eleitoral de

• a l i b e r d a d e d e 1932, acrescentando, porém, consciência, de crença e de uma alteração que iria ser exercício de cultos religio- passageira: a representação sos. proporcional, adicionada à

• a l i b e rd a d e d e r e p r e s e n t a ç ã o p o l í t i c a , associação para fins lícitos; conforme preconizava o Art.

• a inviolabilidade 134 da Constituição.da casa como asilo do Em janeiro de 1963, indivíduo. através de um plebiscito, o

• a prisão só em povo pediu o retorno do flagrante delito ou por regime presidencialista, o r d e m e s c r i t a d e sendo o mesmo efetivado

autoridade competente através da Emenda Constitucional e a garantia ampla de nº 6, datada de 23 de fevereiro de 1963.

defesa do acusado.

A CONSTITUIÇÃO DE 1967A Constituição brasileira de 1967 foi votada

em 24 de janeiro de 1967 e semioutorgada no dia 15 de março de 1967. Foi elaborada pelo regime militar, devido à quantidade de atos institucionais e comple-mentares que desfiguraram totalmente a Constitui-ção de 1946, deixando-a obsoleta sob o ponto de vista institucional.

Em 07 de dezembro, o governo editou o AI-4, convocando o Congresso Nacional de 12 de dezem-bro de 1966 a 24 de janeiro de 1967 para discutir e votar a nova Constituição. Enquanto isso, o governo poderia legislar com decretos-leis sobre segurança nacional, administração e finanças. A nova Constitui-ção incorporou as medidas já estabelecidas pelos Atos Institucionais e Complementares. Em 15 de março de 1967, o governo divulgou o Decreto-Lei 314, que estabelecia a Lei de Segurança Nacional.

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A Constituição brasileira de 1934, promulga- organizações populares, cabe mencionar que eram da em 16 de julho de 1934, pela Assembleia Nacional eleitos por sufrágio indireto nas associações profissio-Constituinte, foi redigida, segundo o próprio parágra- nais.fo de abertura, para organizar um regime democráti- O Senado, por sua vez, era composto por co. dois representantes de cada Estado, eleitos dentre os

Estabeleceu o voto obrigatório para maiores brasileiros natos, maiores de trinta e cinco anos, para de 18 anos, propiciou o voto feminino, direito há um mandato de oito anos.muito reivindicado, o qual já fora instituído em 1932, A Constituição do país recepcionou a Justiça pelo Código Eleitoral, e previu a criação das Justiças do Eleitoral como instituição, a qual seria composta por Trabalho e Eleitoral. um Tribunal Superior de Justiça Eleitoral na capital da

A Câmara dos Deputados seria composta República e um Tribunal Regional na capital de cada mediante o sistema proporcional dos votos universal, Estado.direto e igualitário, além dos representantes eleitos Assegurava às mulheres o direito constituci-pelas organizações profissionais. onal ao voto, declarando serem eleitores os brasileiros

Os deputados seriam eleitos proporcional- de um ou de outro sexo e os maiores de dezoito anos, mente ao número de habitantes de cada Estado e do desde que devidamente alistados.Distrito Federal. O número de habitantes não poderia A questão eleitoral, no entanto, ficou exceder à proporção de um representante para cada prejudicada, pois a eleição para Presidente, bem como 150 mil habitantes, até o limite de vinte representan- para os demais cargos eletivos no país não se realiza-tes, e que os eleitos das organizações profissionais ram, com exceção da eleição indireta para a Assem-poderiam atingir a um quinto da representação bleia Constituinte.popular. Ainda com relação aos representantes das

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A CONSTITUIÇÃO DE 1934Os primeiros anos da Era de Vargas caracterizaram-se por um governo provisório e sem Constituição. Em 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembléia Nacional Constituinte que redigiu a nova Constituição.

A CONSTITUIÇÃO DE 1937A Constituição brasileira de 1937 foi centralizador, ficando a cargo do Presidente da

outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas, em 10 de República a nomeação das autoridades estaduais, os novembro de 1937. É conhecida pejorativamente interventores. A estes, por sua vez, cabiam nomear as como Constituição Polaca, por ter sido baseada na autoridades municipais.Constituição autoritária da Polônia. A Constituição de 1937, considerada, por

A principal característica dessa Constituição muitos, como uma Constituição fascista, serviu era a enorme concentração de poderes nas mãos do apenas com a finalidade de manter no poder o Chefe do Executivo. Seu conteúdo era fortemente Presidente Getúlio Vargas.

A CONSTITUIÇÃO DE 1946Devido ao processo de redemocratização

posterior à queda de Vargas, fazia-se necessária uma A Constituição brasileira de 1946, bastante nova ordem constitucional. Por isso, o Congresso inovadora para a época, foi notadamente um avanço Nacional, recém-eleito, assumiu tarefas constituintes. da democracia e das liberdades individuais do

cidadão.Foram dispositivos básicos regulados pela Através da Emenda Constitucional nº16, de

Carta: setembro de 1961, foi implantado o parlamentarismo • a igualdade de todos perante a lei. como solução para a crise sucessória, após a renúncia • a liberdade de manifestação de pensamen- de Jânio Quadros. Em 1962, através de plebiscito, os

to, sem censura, a não ser em brasileiros optaram pela volta do espetáculos e diversões presidencialismo.públicas Quanto às eleições e ao

• a inviolabilidade do sistema de voto, manteve-se o sigilo de correspondência. espírito do Código Eleitoral de

• a l i b e r d a d e d e 1932, acrescentando, porém, consciência, de crença e de uma alteração que iria ser exercício de cultos religio- passageira: a representação sos. proporcional, adicionada à

• a l i b e rd a d e d e r e p r e s e n t a ç ã o p o l í t i c a , associação para fins lícitos; conforme preconizava o Art.

• a inviolabilidade 134 da Constituição.da casa como asilo do Em janeiro de 1963, indivíduo. através de um plebiscito, o

• a prisão só em povo pediu o retorno do flagrante delito ou por regime presidencialista, o r d e m e s c r i t a d e sendo o mesmo efetivado

autoridade competente através da Emenda Constitucional e a garantia ampla de nº 6, datada de 23 de fevereiro de 1963.

defesa do acusado.

A CONSTITUIÇÃO DE 1967A Constituição brasileira de 1967 foi votada

em 24 de janeiro de 1967 e semioutorgada no dia 15 de março de 1967. Foi elaborada pelo regime militar, devido à quantidade de atos institucionais e comple-mentares que desfiguraram totalmente a Constitui-ção de 1946, deixando-a obsoleta sob o ponto de vista institucional.

Em 07 de dezembro, o governo editou o AI-4, convocando o Congresso Nacional de 12 de dezem-bro de 1966 a 24 de janeiro de 1967 para discutir e votar a nova Constituição. Enquanto isso, o governo poderia legislar com decretos-leis sobre segurança nacional, administração e finanças. A nova Constitui-ção incorporou as medidas já estabelecidas pelos Atos Institucionais e Complementares. Em 15 de março de 1967, o governo divulgou o Decreto-Lei 314, que estabelecia a Lei de Segurança Nacional.

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Situar a Constituição brasileira de 1967 no utilizados para o funcionamento do regime político contexto que integrava o mecanismo do sistema instituído. Contudo este regime caracterizou-se pela político daquela época é uma tarefa um tanto quanto centralização política da União no sistema federal e do difícil, pois ela possuía dois focos bem-caracterizados Poder Executivo dentro do governo da União, onde o do poder: o primeiro, no plano federal, era a União poder Executivo era escolhido em um processo quem centralizava o sistema e representava a eleitoral indireto pelo Congresso Nacional e pelos totalidade do poder do Estado brasileiro; e o segundo, representantes dos Legislativos estaduais.quanto à organização dos poderes federais, era o Executivo quem concentrava o poder e exercia o efetivo comando político, bem como possuía amplo poder de decisão.

Esta Constituição, depois de afirmar que a forma de Estado seria a federação, estabelecera que o sistema político fosse o democrático e a forma de governo republicana, no entanto, não esclareceu se a república seria presidencialista ou parlamentarista. Contudo não seria necessário, tendo em vista que, segundo os ensinamentos de Rousseau, em sua obra "O Contrato Social", não se admite um corpo intermediário entre o indivíduo e seu representante, nem mesmo uma representação, porque é ele quem exerce diretamente o poder.

Os mecanismos constitucionais destinados à ação política do Estado foram amplamente

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O DIREITO POLÍTICO E ELEITORAL na Constituição de 1967

A REDEMOCRATIZAÇÃO

A Constituição Federal de 1988 foi um analfabetos. Há inelegibilidade de parentes e cônjuge grande acontecimento do ponto de vista das dos Chefes do Executivo no território de jurisdição do liberdades individuais e coletivas – foi, dessa maneira, titular e de quem haja ocupado os cargos nos seis denominada de Constituição Cidadã. meses anteriores à eleição, salvo se já ocupantes de

Passaremos, a respeito desta, a listar alguns cargo eletivo e candidatos à reeleição. A Emenda pontos importantes para o nosso tema em debate. Constitucional 16, de junho de 1997, possibilita a

reeleição, por um período, dos Chefes do Poder Executivo, sem necessidade de afastamento do cargo. Estado democráticoA Constituição prevê a edição de lei complementar para estabelecer casos de inelegibilidades e os prazos Em seu preâmbulo, os representantes do de sua cessação. Esta lei foi promulgada em 1990 (Lei povo brasileiro instituem um Estado democrático, 64/90 – Lei das Inelegibilidades). com os seguintes fins e valores: assegurar o exercício O mandato eletivo pode ser impugnado dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a ante a Justiça Eleitoral em quinze dias a contar da segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a diplomação, instruída a ação com provas de abuso de igualdade e a justiça como valores supremos de uma poder econômico, corrupção ou fraude. Esta ação sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, tramita em segredo de justiça. fundada na harmonia social e comprometida, na É vedada a cassação de direitos políticos, ordem interna e internacional, com a solução pacífica cuja perda ou suspensão só ocorre nos casos de das controvérsias. cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; Princípios fundamentais condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir

Entre os princípios fundamentais, figuram a obrigação a todos impostas ou prestação alternativa e cidadania e a enunciação do princípio da soberania improbidade administrativa. popular (exercida diretamente ou através de representantes), além de se afirmar o caráter Partidos políticosrepublicano do Estado brasileiro e adjetivá-lo como “Democrático de Direito”. Os partidos políticos podem ser livremente

criados, fundidos, incorporados e extintos, desde que Direitos e deveres individuais e resguardadas a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos coletivosfundamentais e observados o caráter nacional, a proibição de recebimento de recursos financeiros de Na sua declaração de direitos e deveres entidade ou governo estrangeiros, prestação de individuais e coletivos (Art. 5º) prevê a igualdade de contas à Justiça Eleitoral e funcionamento todos, a legitimidade de qualquer cidadão para parlamentar de acordo com a lei. Os partidos devem propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral e patrimônio público, à moralidade administrativa, ao têm direito a recursos do fundo partidário e acesso meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural e gratuito ao rádio e à televisão. ao caráter gratuito dos atos necessários ao exercício

da cidadania.Justiça eleitoral

Direitos políticosA Justiça Eleitoral é ramo especializado do

Poder Judiciário de competência e organização Ao tratar dos direitos políticos, a Constituição definida no Código Eleitoral. A existência de uma brasileira dispõe para o exercício da soberania Justiça Eleitoral, de estrutura administrativa e popular, ao lado do sufrágio universal, o plebiscito, o competência administrativa e jurisdicional, é resposta referendo e a iniciativa popular.a um problema histórico, que passa certamente pelo São obrigatórios o alistamento eleitoral e o modo de organização da sociedade rural brasileira e voto para os maiores de dezoito anos; sendo este concentração das propriedades fundiárias rurais do facultativo para os analfabetos, para os maiores de 16 fim do século XVIII, com a marca do chamado e menores de 18 anos e para os maiores de 70 anos. coronelismo. A intervenção do magistrado na São condições gerais de elegibilidade: organização das eleições ocorre desde o Segundo nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos Império, e vem sendo aperfeiçoada ao longo do políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na tempo, inclua-se neste aperfeiçoamento a urna circunscrição, filiação partidária e idade mínima eletrônica. estabelecida para cada cargo.

São inelegíveis os inalistáveis e os

PRECEITOS DOUTRINÁRIOS E POLÍTICOS na Constituição de 1988

V I S Ã O F E N A F I S C O | F E V E R E I R O 2 0 1 2 | E D I Ç Ã O 4

Ainda sob a vigência da Constituição de A abertura política alcançou o seu auge 1967, foi editada a Emenda Constitucional nº 15, de 19 através da Emenda Constitucional nº 25, promulgada de novembro de 1980, que restabeleceu o voto direto em 15 de maio de 1985. Esta emenda alterava alguns nas eleições para Governador de Estado e para dispositivos da Constituição Federal, estabelecia Senador da República, iniciando-se, assim, o processo normas constitucionais de caráter transitório, que de abertura política tão almejado pela população do vinham trazendo o país para a democracia plena, ou país. seja, alterava os Arts. 74 e 75 da CF/67, e faziam com

que o Presidente e o Vice-Presidente da República passassem a ser eleitos por sufrágio universal e voto direto e secreto em todo o país.

Ainda sobre este processo, é importante destacar que seria eleito o candidato que obtivesse a maioria absoluta dos votos, não sendo computados os votos em brancos e os nulos. Nessa linha de raciocínio, verifica-se que a alteração do Art. 152 da Constituição federal deixava livre a criação de partidos p o l í t i c o s , d e ve n d o a s u a o rg a n i z a ç ã o e funcionamento resguardarem a soberania nacional, o regime democrático, o pluralismo partidário e os direitos fundamentais do cidadão.

Por fim, o ápice do processo de abertura ocorreu com a edição da Emenda Constitucional nº 26, em 27 de novembro de 1985, que convocou a Assembleia Nacional Constituinte.

Page 11: Revista Visão FENAFISCO

Situar a Constituição brasileira de 1967 no utilizados para o funcionamento do regime político contexto que integrava o mecanismo do sistema instituído. Contudo este regime caracterizou-se pela político daquela época é uma tarefa um tanto quanto centralização política da União no sistema federal e do difícil, pois ela possuía dois focos bem-caracterizados Poder Executivo dentro do governo da União, onde o do poder: o primeiro, no plano federal, era a União poder Executivo era escolhido em um processo quem centralizava o sistema e representava a eleitoral indireto pelo Congresso Nacional e pelos totalidade do poder do Estado brasileiro; e o segundo, representantes dos Legislativos estaduais.quanto à organização dos poderes federais, era o Executivo quem concentrava o poder e exercia o efetivo comando político, bem como possuía amplo poder de decisão.

Esta Constituição, depois de afirmar que a forma de Estado seria a federação, estabelecera que o sistema político fosse o democrático e a forma de governo republicana, no entanto, não esclareceu se a república seria presidencialista ou parlamentarista. Contudo não seria necessário, tendo em vista que, segundo os ensinamentos de Rousseau, em sua obra "O Contrato Social", não se admite um corpo intermediário entre o indivíduo e seu representante, nem mesmo uma representação, porque é ele quem exerce diretamente o poder.

Os mecanismos constitucionais destinados à ação política do Estado foram amplamente

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O DIREITO POLÍTICO E ELEITORAL na Constituição de 1967

A REDEMOCRATIZAÇÃO

A Constituição Federal de 1988 foi um analfabetos. Há inelegibilidade de parentes e cônjuge grande acontecimento do ponto de vista das dos Chefes do Executivo no território de jurisdição do liberdades individuais e coletivas – foi, dessa maneira, titular e de quem haja ocupado os cargos nos seis denominada de Constituição Cidadã. meses anteriores à eleição, salvo se já ocupantes de

Passaremos, a respeito desta, a listar alguns cargo eletivo e candidatos à reeleição. A Emenda pontos importantes para o nosso tema em debate. Constitucional 16, de junho de 1997, possibilita a

reeleição, por um período, dos Chefes do Poder Executivo, sem necessidade de afastamento do cargo. Estado democráticoA Constituição prevê a edição de lei complementar para estabelecer casos de inelegibilidades e os prazos Em seu preâmbulo, os representantes do de sua cessação. Esta lei foi promulgada em 1990 (Lei povo brasileiro instituem um Estado democrático, 64/90 – Lei das Inelegibilidades). com os seguintes fins e valores: assegurar o exercício O mandato eletivo pode ser impugnado dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a ante a Justiça Eleitoral em quinze dias a contar da segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a diplomação, instruída a ação com provas de abuso de igualdade e a justiça como valores supremos de uma poder econômico, corrupção ou fraude. Esta ação sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, tramita em segredo de justiça. fundada na harmonia social e comprometida, na É vedada a cassação de direitos políticos, ordem interna e internacional, com a solução pacífica cuja perda ou suspensão só ocorre nos casos de das controvérsias. cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; Princípios fundamentais condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir

Entre os princípios fundamentais, figuram a obrigação a todos impostas ou prestação alternativa e cidadania e a enunciação do princípio da soberania improbidade administrativa. popular (exercida diretamente ou através de representantes), além de se afirmar o caráter Partidos políticosrepublicano do Estado brasileiro e adjetivá-lo como “Democrático de Direito”. Os partidos políticos podem ser livremente

criados, fundidos, incorporados e extintos, desde que Direitos e deveres individuais e resguardadas a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos coletivosfundamentais e observados o caráter nacional, a proibição de recebimento de recursos financeiros de Na sua declaração de direitos e deveres entidade ou governo estrangeiros, prestação de individuais e coletivos (Art. 5º) prevê a igualdade de contas à Justiça Eleitoral e funcionamento todos, a legitimidade de qualquer cidadão para parlamentar de acordo com a lei. Os partidos devem propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral e patrimônio público, à moralidade administrativa, ao têm direito a recursos do fundo partidário e acesso meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural e gratuito ao rádio e à televisão. ao caráter gratuito dos atos necessários ao exercício

da cidadania.Justiça eleitoral

Direitos políticosA Justiça Eleitoral é ramo especializado do

Poder Judiciário de competência e organização Ao tratar dos direitos políticos, a Constituição definida no Código Eleitoral. A existência de uma brasileira dispõe para o exercício da soberania Justiça Eleitoral, de estrutura administrativa e popular, ao lado do sufrágio universal, o plebiscito, o competência administrativa e jurisdicional, é resposta referendo e a iniciativa popular.a um problema histórico, que passa certamente pelo São obrigatórios o alistamento eleitoral e o modo de organização da sociedade rural brasileira e voto para os maiores de dezoito anos; sendo este concentração das propriedades fundiárias rurais do facultativo para os analfabetos, para os maiores de 16 fim do século XVIII, com a marca do chamado e menores de 18 anos e para os maiores de 70 anos. coronelismo. A intervenção do magistrado na São condições gerais de elegibilidade: organização das eleições ocorre desde o Segundo nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos Império, e vem sendo aperfeiçoada ao longo do políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na tempo, inclua-se neste aperfeiçoamento a urna circunscrição, filiação partidária e idade mínima eletrônica. estabelecida para cada cargo.

São inelegíveis os inalistáveis e os

PRECEITOS DOUTRINÁRIOS E POLÍTICOS na Constituição de 1988

V I S Ã O F E N A F I S C O | F E V E R E I R O 2 0 1 2 | E D I Ç Ã O 4

Ainda sob a vigência da Constituição de A abertura política alcançou o seu auge 1967, foi editada a Emenda Constitucional nº 15, de 19 através da Emenda Constitucional nº 25, promulgada de novembro de 1980, que restabeleceu o voto direto em 15 de maio de 1985. Esta emenda alterava alguns nas eleições para Governador de Estado e para dispositivos da Constituição Federal, estabelecia Senador da República, iniciando-se, assim, o processo normas constitucionais de caráter transitório, que de abertura política tão almejado pela população do vinham trazendo o país para a democracia plena, ou país. seja, alterava os Arts. 74 e 75 da CF/67, e faziam com

que o Presidente e o Vice-Presidente da República passassem a ser eleitos por sufrágio universal e voto direto e secreto em todo o país.

Ainda sobre este processo, é importante destacar que seria eleito o candidato que obtivesse a maioria absoluta dos votos, não sendo computados os votos em brancos e os nulos. Nessa linha de raciocínio, verifica-se que a alteração do Art. 152 da Constituição federal deixava livre a criação de partidos p o l í t i c o s , d e ve n d o a s u a o rg a n i z a ç ã o e funcionamento resguardarem a soberania nacional, o regime democrático, o pluralismo partidário e os direitos fundamentais do cidadão.

Por fim, o ápice do processo de abertura ocorreu com a edição da Emenda Constitucional nº 26, em 27 de novembro de 1985, que convocou a Assembleia Nacional Constituinte.

Page 12: Revista Visão FENAFISCO

Sobre o Poder Executivo orçamentos. O Vice-Presidente substitui o Presidente quando necessário, como no caso de viagens de mais

Como o nome sugere, o Executivo é aquele de 15 dias ou licenças. Na ausência dos dois, quem que executa as leis, dirige o país e comanda o governo. assume é o Presidente da Câmara dos Deputados. Na Ele é formado pelo Presidente, Vice-Presidente, os ausência deles, o país é comandado pelo Presidente Governadores dos estados brasileiros e os Vice- do Supremo Tribunal Federal. O Governador exerce, Governadores. O Presidente brasileiro tem o poder de comparativamente, a mesma função do Presidente, veto ou autorização de leis e medidas provisórias, de mas no estado. Ele é o Chefe do Executivo do estado. O criar planos e ministérios, nomear ministros e formatar Vice-Governador também tem a função de assumir

quando o Governador não puder exercer o poder.Em relação às capitais e os municípios,

funcionam as prefeituras (Prefeito e Vice-Prefeito).

Senadores de cada estado e do Distrito Federal. As Superior Tribunal de Justiça e os Tribunais Superiores, eleições para Senador são alternadas (1/3 e 2/3) a cada Eleitoral ( TSE) e do trabalho ( TST). Nos estados, o quatro anos, concomitantemente às eleições para a judiciário é organizado em Juizados e Tribunais de Câmara dos Deputados. Justiça Estaduais. Os municípios não possuem Poder

Os senadores têm mandato de oito anos, Judiciário.mas, a cada dois anos, o plenário elege um novo Presidente (que passa a ser, também, Presidente do Congresso Nacional), dois Vice-Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes. Esta é a Comissão Diretora, à qual, entre outras funções, compete dirigir as sessões no plenário, que é a instância hierarquica-mente superior, além de comandar todo o complexo administrativo, gerenciado pelo Primeiro-Secretário.

Dentro de cada estado, deputados estaduais e distritais (no caso daqueles do Distrito Federal) criam as leis nas Assembleias Legislativas, que podem ser aprovadas ou não pelo Governador.

Em relação aos municípios, funcionam as Câmaras Municipais, com seus respectivos vereado-res.

Sobre o Poder Judiciário

Os interessados devem possuir curso de direito. O Poder Judiciário é responsável por aplicar e fiscalizar as leis. No âmbito federal ele é formado pelas altas cortes: STF – Supremo Tribunal Federal, STJ –

1312

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

O Brasil é uma República Federativa Presidencialista. Isso porque, a República configura-se pelo

fato do Presidente ficar no poder um tempo determinado e ser eleito pela população. O Presidente exerce

tanto a função de Chefe de Governo e de Estado, nomeia ministros e embaixadores, e propõe o orçamento.

Ela é Federativa, pois os estados têm autonomia política e financeira.

Esse regime é dividido em três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Sobre o Poder Legislativo

O Legislativo é o poder que idealiza as leis e julga propostas do Presidente. No Brasil, o Legislativo é bicameral, dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Os deputados federais são aqueles que representam a população na câmara. Eles propõem leis e analisam as propostas do Senado. O número de deputados é proporcional ao número de habitantes de cada estado. O Senado, cria leis e analisa propostas vindas da Câmara, e é formado pelos senadores, que representam os estados.

O Senado é composto por 81 membros, e a Câmara dos Deputados de 513 deputados. Todos são eleitos por voto direto, para mandatos de 8 e 4 anos, respectivamente. O Senado é composto por três

RELAÇÕES ENTRE o Executivo e o Legislativo

Na prática, de maneira didática, as relações propõem projetos de lei. E o presidente da República entre o poder Executivo e o Legislativo se dão assim: também pode vetar o que foi aprovado pelo

Congresso. Trata-se de um mecanismo curioso, no 1. O Executivo propõe a agenda de políticas qual o Executivo é quem escolhe os nomes dos

públicas e o orçamento que fixa as despesas; membros do Supremo Tribunal, “controlando” o Judiciário. Mas o Legislativo deve aprovar esses

2. O Legislativo tem a função de chancelar nomes, “controlando” o Executivo e o Judiciário, que ou não essa agenda, discutir a viabilidade política dela, julga a aplicação das leis, podendo até mesmo modificá-la e fiscalizar os atos do Presidente da suspender sua execução. Com isso, ele “freia” o República. Ou seja: o Executivo propõe e o Legislativo Legislativo e o Executivo.controla. E assim, faz-se o jogo de forças, na busca do equilíbrio

Além disso, os congressistas também entre os poderes.

Page 13: Revista Visão FENAFISCO

Sobre o Poder Executivo orçamentos. O Vice-Presidente substitui o Presidente quando necessário, como no caso de viagens de mais

Como o nome sugere, o Executivo é aquele de 15 dias ou licenças. Na ausência dos dois, quem que executa as leis, dirige o país e comanda o governo. assume é o Presidente da Câmara dos Deputados. Na Ele é formado pelo Presidente, Vice-Presidente, os ausência deles, o país é comandado pelo Presidente Governadores dos estados brasileiros e os Vice- do Supremo Tribunal Federal. O Governador exerce, Governadores. O Presidente brasileiro tem o poder de comparativamente, a mesma função do Presidente, veto ou autorização de leis e medidas provisórias, de mas no estado. Ele é o Chefe do Executivo do estado. O criar planos e ministérios, nomear ministros e formatar Vice-Governador também tem a função de assumir

quando o Governador não puder exercer o poder.Em relação às capitais e os municípios,

funcionam as prefeituras (Prefeito e Vice-Prefeito).

Senadores de cada estado e do Distrito Federal. As Superior Tribunal de Justiça e os Tribunais Superiores, eleições para Senador são alternadas (1/3 e 2/3) a cada Eleitoral ( TSE) e do trabalho ( TST). Nos estados, o quatro anos, concomitantemente às eleições para a judiciário é organizado em Juizados e Tribunais de Câmara dos Deputados. Justiça Estaduais. Os municípios não possuem Poder

Os senadores têm mandato de oito anos, Judiciário.mas, a cada dois anos, o plenário elege um novo Presidente (que passa a ser, também, Presidente do Congresso Nacional), dois Vice-Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes. Esta é a Comissão Diretora, à qual, entre outras funções, compete dirigir as sessões no plenário, que é a instância hierarquica-mente superior, além de comandar todo o complexo administrativo, gerenciado pelo Primeiro-Secretário.

Dentro de cada estado, deputados estaduais e distritais (no caso daqueles do Distrito Federal) criam as leis nas Assembleias Legislativas, que podem ser aprovadas ou não pelo Governador.

Em relação aos municípios, funcionam as Câmaras Municipais, com seus respectivos vereado-res.

Sobre o Poder Judiciário

Os interessados devem possuir curso de direito. O Poder Judiciário é responsável por aplicar e fiscalizar as leis. No âmbito federal ele é formado pelas altas cortes: STF – Supremo Tribunal Federal, STJ –

1312

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

O Brasil é uma República Federativa Presidencialista. Isso porque, a República configura-se pelo

fato do Presidente ficar no poder um tempo determinado e ser eleito pela população. O Presidente exerce

tanto a função de Chefe de Governo e de Estado, nomeia ministros e embaixadores, e propõe o orçamento.

Ela é Federativa, pois os estados têm autonomia política e financeira.

Esse regime é dividido em três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Sobre o Poder Legislativo

O Legislativo é o poder que idealiza as leis e julga propostas do Presidente. No Brasil, o Legislativo é bicameral, dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Os deputados federais são aqueles que representam a população na câmara. Eles propõem leis e analisam as propostas do Senado. O número de deputados é proporcional ao número de habitantes de cada estado. O Senado, cria leis e analisa propostas vindas da Câmara, e é formado pelos senadores, que representam os estados.

O Senado é composto por 81 membros, e a Câmara dos Deputados de 513 deputados. Todos são eleitos por voto direto, para mandatos de 8 e 4 anos, respectivamente. O Senado é composto por três

RELAÇÕES ENTRE o Executivo e o Legislativo

Na prática, de maneira didática, as relações propõem projetos de lei. E o presidente da República entre o poder Executivo e o Legislativo se dão assim: também pode vetar o que foi aprovado pelo

Congresso. Trata-se de um mecanismo curioso, no 1. O Executivo propõe a agenda de políticas qual o Executivo é quem escolhe os nomes dos

públicas e o orçamento que fixa as despesas; membros do Supremo Tribunal, “controlando” o Judiciário. Mas o Legislativo deve aprovar esses

2. O Legislativo tem a função de chancelar nomes, “controlando” o Executivo e o Judiciário, que ou não essa agenda, discutir a viabilidade política dela, julga a aplicação das leis, podendo até mesmo modificá-la e fiscalizar os atos do Presidente da suspender sua execução. Com isso, ele “freia” o República. Ou seja: o Executivo propõe e o Legislativo Legislativo e o Executivo.controla. E assim, faz-se o jogo de forças, na busca do equilíbrio

Além disso, os congressistas também entre os poderes.

Page 14: Revista Visão FENAFISCO

Eleições majoritárias

Eleições proporcionais e voto de legenda

cia antiga no Brasil. Foi introduzido em 1932 (sistema misto), e reintroduzido em 1945, nos São as realizadas para os cargos do Poder moldes atuais da Constituição de 1988. Neste Executivo que são:sistema, os eleitores são os responsáveis em definir • Presidente da República; a ordem dos candidatos, modelo denominado de • Governadores de estados e lista aberta. O eleitor tem a liberdade de escolher o • Prefeitos. seu candidato, votando em um somente, podendo ainda votar no partido, chamado voto de legenda. Nos municípios/cidades que contam com A lista aberta fortalece os políticos frente aos mais de 200 mil eleitores, existe a previsão para um partidos e acentua ainda mais o individualismo na segundo turno, caso nenhum candidato alcance o política brasileira. percentual de 50% de votos + 01 (um), no primeiro

turno. Os senadores são, também, eleitos em Para determinar o número de vagas a que eleição majoritária, juntamente com prefeitos, de

cada partido ou coligação terá direito são realiza-cidades de até 200 mil eleitores. Nesse caso, os dos dois cálculos: o do quociente eleitoral e do mandatários são eleitos por maioria relativa quociente partidário. simples.

O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que terão direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais. Determina-

Os deputados federais, estaduais, distritais se o quociente eleitoral dividindo-se o número de e vereadores são eleitos segundo as regras das votos válidos apurados pelo de lugares a preencher eleições proporcionais. Ao contrário do que ocorre em cada circunscrição eleitoral. Atualmente, os nas eleições majoritárias (Presidente e Vice- votos em branco não são computados para Presidente da República, Governador e Vice- proclamação dos eleitos nas eleições proporciona-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito e senador), is.nem sempre, os candidatos mais votados ocuparão uma vaga na Casa Legislativa. É necessário que o O quociente partidário define o número partido ou coligação a que pertença o candidato inicial de vagas que caberá a cada partido ou obtenha um número mínimo de votos, expresso coligação que tenha alcançado o quociente por meio do quociente eleitoral. eleitoral.

Os candidatos eleitos serão os mais Determina-se para cada partido ou votados por partidos e coligações de forma a coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo preencher as vagas que tais agremiações obtive- quociente eleitoral o número de votos válidos rem na Câmara dos Deputados, nas Assembleias dados sob a mesma legenda ou coligação de Legislativas, na Câmara Distrital (DF) ou nas legendas. Estarão eleitos tantos candidatos Câmaras Municipais. registrados por um partido ou coligação quanto o

respectivo quociente partidário indicar, na ordem O sistema proporcional já é uma experiên- da votação nominal que cada um tenha recebido.

A Constituição Federal determina que o serem disputadas.número total de Deputados, bem como a Além do número mínimo de representantes, representação por estado e pelo Distrito Federal a lei determina que cada Território Federal seja devem ser estabelecidos proporcionalmente à representado por quatro Deputados Federais. Existe população. Nenhum estado pode ter menos de oito também a eleição proporcional para os candidatos da ou mais de 70 deputados. Feitos os cálculos, o Tribunal Câmara de Deputados (federal), Assembleias Superior Eleitoral encaminha aos Tribunais Regionais Legislativas (estaduais) e Câmaras de Vereadores Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a (municipais).

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SOBRE O SISTEMAELEITORAL BRASILEIRO

O INDIVIDUALISMO POLÍTICO PREVALECE NO SISTEMA ELEITORAL

O sistema eleitoral brasileiro é composto por um

conjunto de regras constitucionais e legais,

apresentando peculiaridades e formato diferente de

outras democracias do mundo.

Existem outros aspectos da estrutura eleja os partidos políticos a uma condição privilegiada eleitoral que fortalecem a marca negativa do a assegurar sua condição estratégica no individualismo dos políticos frente aos partidos: fortalecimento da prática democrática e na condição

- a competição interna (intrapartidária), de cidadania perante o exercício do sufrágio passar gerada pelo sistema de listas abertas, impede a pelos partidos;unidade e estimula o discurso individualista; - as liberalizações dos financiamentos de

- a inexistência da fidelidade partidária, bem campanha no Brasil marcam fortemente a vinculação como a independência diante dos programas dos externa aos interesses e conteúdos programáticos dos partidos, torna o candidato “dono” de seu próprio partidos.mandato; Estas são facetas que demonstram uma

- a estrutura federalista da República é outro característica realmente negativa no sistema, aspecto, levando os candidatos a movimentos ressaltam um sistema político elitista que estimula a voltados aos grupos e interesses regionais em ausência de compromisso, solidariedade e coesão detrimento do partido; partidária em detrimento das plataformas e princípios

- o sistema de governo é outro elemento, dos partidos.pois o sistema presidencialista depende de menos Desta feita, a legislação eleitoral está unidade partidária, independendo de como o necessitando de aperfeiçoamento que aproxime a deputado votará, o partido continuará a ocupar o vontade do povo ao ideário dos partidos e aos atos cargo execut ivo, ao contrár io do regime que decorrem dos parlamentos. parlamentarista;

- também, a ausência na Constituição que

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Eleições majoritárias

Eleições proporcionais e voto de legenda

cia antiga no Brasil. Foi introduzido em 1932 (sistema misto), e reintroduzido em 1945, nos São as realizadas para os cargos do Poder moldes atuais da Constituição de 1988. Neste Executivo que são:sistema, os eleitores são os responsáveis em definir • Presidente da República; a ordem dos candidatos, modelo denominado de • Governadores de estados e lista aberta. O eleitor tem a liberdade de escolher o • Prefeitos. seu candidato, votando em um somente, podendo ainda votar no partido, chamado voto de legenda. Nos municípios/cidades que contam com A lista aberta fortalece os políticos frente aos mais de 200 mil eleitores, existe a previsão para um partidos e acentua ainda mais o individualismo na segundo turno, caso nenhum candidato alcance o política brasileira. percentual de 50% de votos + 01 (um), no primeiro

turno. Os senadores são, também, eleitos em Para determinar o número de vagas a que eleição majoritária, juntamente com prefeitos, de

cada partido ou coligação terá direito são realiza-cidades de até 200 mil eleitores. Nesse caso, os dos dois cálculos: o do quociente eleitoral e do mandatários são eleitos por maioria relativa quociente partidário. simples.

O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que terão direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais. Determina-

Os deputados federais, estaduais, distritais se o quociente eleitoral dividindo-se o número de e vereadores são eleitos segundo as regras das votos válidos apurados pelo de lugares a preencher eleições proporcionais. Ao contrário do que ocorre em cada circunscrição eleitoral. Atualmente, os nas eleições majoritárias (Presidente e Vice- votos em branco não são computados para Presidente da República, Governador e Vice- proclamação dos eleitos nas eleições proporciona-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito e senador), is.nem sempre, os candidatos mais votados ocuparão uma vaga na Casa Legislativa. É necessário que o O quociente partidário define o número partido ou coligação a que pertença o candidato inicial de vagas que caberá a cada partido ou obtenha um número mínimo de votos, expresso coligação que tenha alcançado o quociente por meio do quociente eleitoral. eleitoral.

Os candidatos eleitos serão os mais Determina-se para cada partido ou votados por partidos e coligações de forma a coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo preencher as vagas que tais agremiações obtive- quociente eleitoral o número de votos válidos rem na Câmara dos Deputados, nas Assembleias dados sob a mesma legenda ou coligação de Legislativas, na Câmara Distrital (DF) ou nas legendas. Estarão eleitos tantos candidatos Câmaras Municipais. registrados por um partido ou coligação quanto o

respectivo quociente partidário indicar, na ordem O sistema proporcional já é uma experiên- da votação nominal que cada um tenha recebido.

A Constituição Federal determina que o serem disputadas.número total de Deputados, bem como a Além do número mínimo de representantes, representação por estado e pelo Distrito Federal a lei determina que cada Território Federal seja devem ser estabelecidos proporcionalmente à representado por quatro Deputados Federais. Existe população. Nenhum estado pode ter menos de oito também a eleição proporcional para os candidatos da ou mais de 70 deputados. Feitos os cálculos, o Tribunal Câmara de Deputados (federal), Assembleias Superior Eleitoral encaminha aos Tribunais Regionais Legislativas (estaduais) e Câmaras de Vereadores Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a (municipais).

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SOBRE O SISTEMAELEITORAL BRASILEIRO

O INDIVIDUALISMO POLÍTICO PREVALECE NO SISTEMA ELEITORAL

O sistema eleitoral brasileiro é composto por um

conjunto de regras constitucionais e legais,

apresentando peculiaridades e formato diferente de

outras democracias do mundo.

Existem outros aspectos da estrutura eleja os partidos políticos a uma condição privilegiada eleitoral que fortalecem a marca negativa do a assegurar sua condição estratégica no individualismo dos políticos frente aos partidos: fortalecimento da prática democrática e na condição

- a competição interna (intrapartidária), de cidadania perante o exercício do sufrágio passar gerada pelo sistema de listas abertas, impede a pelos partidos;unidade e estimula o discurso individualista; - as liberalizações dos financiamentos de

- a inexistência da fidelidade partidária, bem campanha no Brasil marcam fortemente a vinculação como a independência diante dos programas dos externa aos interesses e conteúdos programáticos dos partidos, torna o candidato “dono” de seu próprio partidos.mandato; Estas são facetas que demonstram uma

- a estrutura federalista da República é outro característica realmente negativa no sistema, aspecto, levando os candidatos a movimentos ressaltam um sistema político elitista que estimula a voltados aos grupos e interesses regionais em ausência de compromisso, solidariedade e coesão detrimento do partido; partidária em detrimento das plataformas e princípios

- o sistema de governo é outro elemento, dos partidos.pois o sistema presidencialista depende de menos Desta feita, a legislação eleitoral está unidade partidária, independendo de como o necessitando de aperfeiçoamento que aproxime a deputado votará, o partido continuará a ocupar o vontade do povo ao ideário dos partidos e aos atos cargo execut ivo, ao contrár io do regime que decorrem dos parlamentos. parlamentarista;

- também, a ausência na Constituição que

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apenas em um candidato ou candidata, e o voto partidário deixaria de existir. Os candidatos mais votados seriam os eleitos, e não haveria mais os chamados "puxadores de votos" - um candidato bem votado ajudar a eleger outros candidatos menos votados da coligação.

Financiamento eleitoral e partidário

A questão do financiamento em campanhas tornou-se assunto urgente ante o chamado problema de “caixa-2”, que vem gerando uma série de denúncias, processos judiciais e, sobretudo, em face do desequilíbrio na corrida eleitoral.

Atualmente, no tocante ao assunto, a legislação prevê o chamado fundo partidário (Art. 38, Lei 9.096), que é formado pelos valores constituídos de multas e penalidades eleitorais, doações, dotações orçamentárias, entre outros, que são rateados entre os Voto proporcional de lista fechada: os partidos. Também podem os partidos receberem eleitores passariam a votar apenas no partido ou doações de pessoas físicas e jurídicas para integrarem coligação. A escolha de que candidatos seriam eleitos seus fundos, cabendo, perante a Justiça Eleitoral, a dependeria de uma lista definida pelos partidos comprovação de tais recebimentos e a demonstração políticos antes da eleição.disso em seus balanços contábeis.Voto proporcional de lista flexível: é uma

Alguns políticos defendem o financiamento combinação do voto em listas aberta e fechada. Cada exclusivamente público de campanhas para evitar partido ou coligação elaboraria sua própria lista que políticos dependam do poder financeiro de (semelhante à lista fechada), porém cada eleitor, se grandes empresas para se elegerem.quisesse, poderia escolher seu próprio candidato

Como o f inanciamento públ ico é (como na lista aberta). Os candidatos que recebessem direcionado aos partidos e para evitar gastos uma grande quantidade de votos seriam eleitos excessivos, a competição intrapartidária (dois ou mais independentemente de sua posição na lista. As candidatos de um mesmo partido disputando um demais vagas seriam preenchidas pela ordem da lista mesmo cargo) é indesejável. Por isso, muitos vinculam partidária.o financiamento público ao voto proporcional de lista Voto distrital: o voto proporcional seria fechada, o voto distrital, ou o voto distrital misto com abandonado e, em seu lugar, seriam criados distritos lista fechada.uni nominais, isto é, de um único vencedor.

Suponhamos, por exemplo, a eleição para a Câmara Suplência de senadorno estado de São Paulo. Ao invés de todos os

candidatos concorrerem no estado todo com 70 vencedores, o estado seria dividido em 70 distritos. Hoje em dia, cada senador tem direito a Cada candidato concorreria em apenas um distrito, e escolher dois suplentes. Caso algum senador ou cada distrito elegeria apenas um deputado ou senadora renuncie ou se licencie, o respectivo deputada. primeiro suplente substitui tal pessoa, de modo

semelhante aos vices, nos cargos do poder executivo. Voto distrital misto: seria a combinação do O problema é que os suplentes são, frequentemente, voto distrital com o proporcional; parte dos desconhecidos dos eleitores, o que pode causar falta deputados (ou vereadores) seria eleita em distritos uni de legitimidade.nominais, e parte deles seria eleita em votos

Estão, por conseguinte, em debate formas proporcionais (provavelmente em listas fechadas, mas diferentes de haver substituição de senadores, tendo também possível em listas abertas).como base os votos dos eleitores. Existem propostas Voto uni nominal intransferível ou de convocar novas eleições para substituto, escolher o “distritão”: cada um dos eleitores passaria a votar

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Vejamos alguns fatos históricos importan- - 1997 – Instituto da Reeleição. Idealizado tes quanto ao processo eleitoral: pelo grupo político e sustentado com a base de

- 1979: fim do bipartidarismo; Lei da Anistia apoio do governo anterior;que trouxe de volta os exilados políticos; - 1999 – Lei 9840: Lei de compra de votos –

- 1982: a Lei 6.996 foi a primeira lei que primeiro projeto de lei de iniciativa popular no dispôs sobre a utilização do processamento Brasil, convertido em lei, que contou com a eletrônico; iniciativa da CNBB, Confederação Nacional dos

- 1985: concedido direito de votos aos Bispos do Brasil, Associação dos Juízes para a analfabetos; eleições diretas para Prefeitos de Democracia, Movimento do Ministério Público capitais e áreas de segurança nacional; eleições Independente, Central Única dos Trabalhadores e diretas para Governador; outras entidades democráticas da sociedade. Um

- 1986: recadastramento eleitoral informa- dos objetivos da Lei 9840 é o de coibir e exterminar tizado; uma das práticas mais comuns em épocas eleitorais

- 1990: a Lei Complementar 64/90, no Brasil: a “compra de votos”. O Código Eleitoral já conhecida como Lei das Inelegibilidades, sendo considerava essa prática como um crime desde importante, pois objetiva preservar a moralidade 1965; porém a dificuldade do aplicador, além do pública, proteger a população do abuso de poder rito processual, consistia em provar e documentar político e econômico cometido pelos detentores esse tipo de irregularidade. Assim, a lei estabeleceu de cargos na administração pública. procedimento sumário para caso de prática

- 1997: Introdução da Lei 9.504 – Chamada irregular de captação de votos, bem como estabe-Lei das Eleições. Idealizada no TSE, objetiva conter leceu hipóteses de multa quando não for o caso de os casuísmos eleitorais de, a cada eleição, editarem- aplicação de cassação e decreto de inelegibilidade se leis específicas e, assim, consolidar a jurisprudên- com base na LC 64/90. cia dando mais segurança aos seus operadores;

O Senado e a Câmara dos Deputados Sistemas Eleitoraisimplantaram comissões separadas para estudar e elaborar propostas de reforma política. Como já enunciado, o Brasil usa o sistema

No caso da comissão estabelecida pelo proporcional de lista aberta com coligações para as Senado, os pontos a serem analisados são: eleições de deputados federais e estaduais e vereado-

1. Sistemas eleitorais res. Sob este sistema, todos os candidatos são ligados 2. Financiamento eleitoral e partidário a alguma legenda, que pode ser uma coligação de 3. Suplência de senador vários partidos ou um único partido não-coligado. 4. Filiação partidária e domicílio eleitoral Todo eleitor vota simultaneamente no candidato e/ou 5. Coligações na legenda, se preferir. As vagas são distribuídas 6. Voto facultativo proporcionalmente conforme o somatório de votos 7. Data da posse dos chefes do Executivo para cada legenda usando o chamado quociente 8. Cláusula de desempenho eleitoral. Os candidatos mais votados de cada legenda 9. Reeleição e mandato são eleitos.10. Fidelidade partidária Dentre as propostas de modificação do 11. Candidato avulso sistema eleitoral, estão as seguintes:

PRINCIPAIS PONTOS DAREFORMA POLÍTICA

Page 17: Revista Visão FENAFISCO

apenas em um candidato ou candidata, e o voto partidário deixaria de existir. Os candidatos mais votados seriam os eleitos, e não haveria mais os chamados "puxadores de votos" - um candidato bem votado ajudar a eleger outros candidatos menos votados da coligação.

Financiamento eleitoral e partidário

A questão do financiamento em campanhas tornou-se assunto urgente ante o chamado problema de “caixa-2”, que vem gerando uma série de denúncias, processos judiciais e, sobretudo, em face do desequilíbrio na corrida eleitoral.

Atualmente, no tocante ao assunto, a legislação prevê o chamado fundo partidário (Art. 38, Lei 9.096), que é formado pelos valores constituídos de multas e penalidades eleitorais, doações, dotações orçamentárias, entre outros, que são rateados entre os Voto proporcional de lista fechada: os partidos. Também podem os partidos receberem eleitores passariam a votar apenas no partido ou doações de pessoas físicas e jurídicas para integrarem coligação. A escolha de que candidatos seriam eleitos seus fundos, cabendo, perante a Justiça Eleitoral, a dependeria de uma lista definida pelos partidos comprovação de tais recebimentos e a demonstração políticos antes da eleição.disso em seus balanços contábeis.Voto proporcional de lista flexível: é uma

Alguns políticos defendem o financiamento combinação do voto em listas aberta e fechada. Cada exclusivamente público de campanhas para evitar partido ou coligação elaboraria sua própria lista que políticos dependam do poder financeiro de (semelhante à lista fechada), porém cada eleitor, se grandes empresas para se elegerem.quisesse, poderia escolher seu próprio candidato

Como o f inanciamento públ ico é (como na lista aberta). Os candidatos que recebessem direcionado aos partidos e para evitar gastos uma grande quantidade de votos seriam eleitos excessivos, a competição intrapartidária (dois ou mais independentemente de sua posição na lista. As candidatos de um mesmo partido disputando um demais vagas seriam preenchidas pela ordem da lista mesmo cargo) é indesejável. Por isso, muitos vinculam partidária.o financiamento público ao voto proporcional de lista Voto distrital: o voto proporcional seria fechada, o voto distrital, ou o voto distrital misto com abandonado e, em seu lugar, seriam criados distritos lista fechada.uni nominais, isto é, de um único vencedor.

Suponhamos, por exemplo, a eleição para a Câmara Suplência de senadorno estado de São Paulo. Ao invés de todos os

candidatos concorrerem no estado todo com 70 vencedores, o estado seria dividido em 70 distritos. Hoje em dia, cada senador tem direito a Cada candidato concorreria em apenas um distrito, e escolher dois suplentes. Caso algum senador ou cada distrito elegeria apenas um deputado ou senadora renuncie ou se licencie, o respectivo deputada. primeiro suplente substitui tal pessoa, de modo

semelhante aos vices, nos cargos do poder executivo. Voto distrital misto: seria a combinação do O problema é que os suplentes são, frequentemente, voto distrital com o proporcional; parte dos desconhecidos dos eleitores, o que pode causar falta deputados (ou vereadores) seria eleita em distritos uni de legitimidade.nominais, e parte deles seria eleita em votos

Estão, por conseguinte, em debate formas proporcionais (provavelmente em listas fechadas, mas diferentes de haver substituição de senadores, tendo também possível em listas abertas).como base os votos dos eleitores. Existem propostas Voto uni nominal intransferível ou de convocar novas eleições para substituto, escolher o “distritão”: cada um dos eleitores passaria a votar

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Vejamos alguns fatos históricos importan- - 1997 – Instituto da Reeleição. Idealizado tes quanto ao processo eleitoral: pelo grupo político e sustentado com a base de

- 1979: fim do bipartidarismo; Lei da Anistia apoio do governo anterior;que trouxe de volta os exilados políticos; - 1999 – Lei 9840: Lei de compra de votos –

- 1982: a Lei 6.996 foi a primeira lei que primeiro projeto de lei de iniciativa popular no dispôs sobre a utilização do processamento Brasil, convertido em lei, que contou com a eletrônico; iniciativa da CNBB, Confederação Nacional dos

- 1985: concedido direito de votos aos Bispos do Brasil, Associação dos Juízes para a analfabetos; eleições diretas para Prefeitos de Democracia, Movimento do Ministério Público capitais e áreas de segurança nacional; eleições Independente, Central Única dos Trabalhadores e diretas para Governador; outras entidades democráticas da sociedade. Um

- 1986: recadastramento eleitoral informa- dos objetivos da Lei 9840 é o de coibir e exterminar tizado; uma das práticas mais comuns em épocas eleitorais

- 1990: a Lei Complementar 64/90, no Brasil: a “compra de votos”. O Código Eleitoral já conhecida como Lei das Inelegibilidades, sendo considerava essa prática como um crime desde importante, pois objetiva preservar a moralidade 1965; porém a dificuldade do aplicador, além do pública, proteger a população do abuso de poder rito processual, consistia em provar e documentar político e econômico cometido pelos detentores esse tipo de irregularidade. Assim, a lei estabeleceu de cargos na administração pública. procedimento sumário para caso de prática

- 1997: Introdução da Lei 9.504 – Chamada irregular de captação de votos, bem como estabe-Lei das Eleições. Idealizada no TSE, objetiva conter leceu hipóteses de multa quando não for o caso de os casuísmos eleitorais de, a cada eleição, editarem- aplicação de cassação e decreto de inelegibilidade se leis específicas e, assim, consolidar a jurisprudên- com base na LC 64/90. cia dando mais segurança aos seus operadores;

O Senado e a Câmara dos Deputados Sistemas Eleitoraisimplantaram comissões separadas para estudar e elaborar propostas de reforma política. Como já enunciado, o Brasil usa o sistema

No caso da comissão estabelecida pelo proporcional de lista aberta com coligações para as Senado, os pontos a serem analisados são: eleições de deputados federais e estaduais e vereado-

1. Sistemas eleitorais res. Sob este sistema, todos os candidatos são ligados 2. Financiamento eleitoral e partidário a alguma legenda, que pode ser uma coligação de 3. Suplência de senador vários partidos ou um único partido não-coligado. 4. Filiação partidária e domicílio eleitoral Todo eleitor vota simultaneamente no candidato e/ou 5. Coligações na legenda, se preferir. As vagas são distribuídas 6. Voto facultativo proporcionalmente conforme o somatório de votos 7. Data da posse dos chefes do Executivo para cada legenda usando o chamado quociente 8. Cláusula de desempenho eleitoral. Os candidatos mais votados de cada legenda 9. Reeleição e mandato são eleitos.10. Fidelidade partidária Dentre as propostas de modificação do 11. Candidato avulso sistema eleitoral, estão as seguintes:

PRINCIPAIS PONTOS DAREFORMA POLÍTICA

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candidato a senador não eleito mais bem votado da Estudiosos argumentam não ser admissível eleição anterior, ou ainda um deputado federal que o Estado democrático coíba o cidadão na sua assumir a vaga, sendo tal deputado o mais votado no intenção de votar submetendo-o a horas e horas de estado, ou o(a) deputado(a) mais votado(a), do fila até que muitos, finalmente, voltem para casa mesmo partido que o do senador que substitui. frustrados na vã tentativa de exercer seu direito.

Apesar dos avanços, ainda assistimos cenas assim, em nosso país. Afora isso, permanece a obrigação de Filiação partidária votar".

e domicílio eleitoral

Data da posse dos A discussão é se o Congresso deve aumentar

chefes do Executivoou não o tempo exigido de filiação de um político a um partido. Hoje, o prazo mínimo é de 12 meses, mas há quem defenda que o político deva estar filiado no Os parlamentares podem escolher uma mesmo partido pelo menos 30 meses antes da nova data para a posse do Presidente da República e eleição. O mesmo vale para o domicílio eleitoral: hoje, Governadores, hoje é no dia 1º de janeiro, após a o candidato precisa estar registrado no mesmo lugar eleição.pelo menos um ano antes do pleito.

Cláusula de desempenhoColigações

Também chamada de cláusula de barreira, ela ajuda a controlar a proliferação de partidos porque Os parlamentares vão decidir se as alianças diminuiu a atuação das siglas sem representatividade. entre os partidos continuarão existindo nas chamadas Uma das formas sugeridas é estabelecer parâmetros eleições proporcionais, quando o parlamentar é eleito de desempenho eleitoral para decidir se os partidos por um percentual de votos reservado à coligação. podem continuar existindo.Nesse caso, embora o mandato seja exercido em

nome do partido, o político foi eleito pela aliança.Reeleição e mandato

Voto facultativoA ideia é acabar com a reeleição para

Presidente, Governadores e Prefeitos, assim como Há propostas para acabar com a mudar a duração do mandato. Muitos preferem que o obrigatoriedade do voto. mandato seja de cinco ou seis anos.No Senado Federal, por exemplo, a CCJ

reavalia voto facultativo, ao apreciar três propostas de Fidelidade partidáriaemenda à Constituição (PEC) que instituem o voto

facultativo no Brasil. As matérias foram apresentadas pelo senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e pelos ex- A discussão é sobre o tempo que um político senadores Sérgio Machado e Carlos Patrocínio – estas pode ser autorizado a mudar de partido. Há quem duas últimas tramitam no Senado desde 1999 defenda que essa autorização seja feita seis meses (Agência Senado, 10/9/2011). antes de cada eleição. Por enquanto, o mandato

Nesse sentido, Geisi Ana Jacinto defende pertence ao partido que pode pedi-lo na Justiça se o que: "Democracia, em tese, é um regime político onde político decidir mudar no meio do mandato.os governantes são eleitos pelo povo, e os governados têm a possibilidade de lutar para que o governo Candidato avulsoconceda melhorias, benefícios e propicie boas condições de vida, ou ainda, de contestar suas É a permissão para que alguém se candidate decisões. No Brasil a democracia ainda é recente e mesmo não sendo filiado a um partido político.caminha a passos vagarosos".

A configuração do sistema financeiro-tributário é parte da definição essencial do pacto federativo. É, também, instrumento da política econômica. Volta-se, pois, para o estabelecimento, no âmbito da divisão espacial do poder, de um arranjo por meio do qual as forças políticas são tangenciadas por condicionamentos impostos pelo contexto histórico-institucional comprometendo-se com determinados objetivos públicos.

O federalismo fiscal constitui a forma pela qual a economia do setor público é repartida nas diversas esferas federadas de competência, espelhando, de um ponto de vista substantivo, compromissos e objetivos assumidos pelo Estado com determinadas forças sociais, políticas e econômicas.

CONCLUSÃO mesma e a consequente eleição de políticos com total ausência de representação apta a cuidar dos seus interesses e demandas no cenário. Imputamos a tal A Reforma Política é necessária e inadiável. situação a manutenção insistente da injusta carga Com o tema em debate no Congresso Nacional e na tributária, que a todos penaliza. Também visualizamos, sociedade brasileira, é necessário que se estabeleça como reflexos negativos da inépcia parlamentar, a claramente os limites de rediscussão de um novo diminuição da arrecadação dos estados em favor da pacto federativo e de uma nova redistribuição União e a persistente má aplicação dos recursos tributária entre os entes federados.públicos.A FENAFISCO, preocupada com os rumos

A FENAFISCO não é mais refratária à que a política brasileira tem tomado, criou, no seu participação do fisco estadual e distrital no processo âmbito, a comissão de participação política, formada político e tem, por isso, buscado ser proativa e por lideranças sindicais de todo o país. futurista. Partindo de um balanço da experiência das

Entendemos e defendemos que temos de lutas do fisco e da necessidade da ampliação da estar totalmente inseridos nesse processo, do presença política de integrantes da categoria em contrário, continuaremos delegando o nosso futuro a todas as esferas federadas, a comissão tem mantido pessoas que não têm compromisso com a construção uma forte mobilização do fisco nacional e estadual de uma condição digna e à altura do povo brasileiro. para conscientizar lideranças e tornar possível, já em

Por isso, estimulamos a criação de grupos 2012, a eleição do maior número possível de fazendários multiplicadores que toquem adiante o representantes da categor ia nas ele ições movimento de inserção junto aos executivos e proporcionais e majoritárias. Nesse sentido, o esforço legislativos brasileiros, seja pela eleição de integrantes vem sendo realizado nas capitais brasileiras, do fisco, seja pelo apoio a parlamentares e cidadãos sensibilizando as bases para a importância da idôneos e alinhados com a nossa visão de uma participação do fisco no processo político nacional. sociedade forte, voltada ao bem-estar social e Somos da opinião que o grande despreparo coletivo. dos parlamentares, principalmente na lida com as

questões tributárias, acaba por levar a sociedade brasileira a inestimável prejuízo, pela alienação da

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REFORMA POLÍTICAE FEDERALISMO FISCAL

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candidato a senador não eleito mais bem votado da Estudiosos argumentam não ser admissível eleição anterior, ou ainda um deputado federal que o Estado democrático coíba o cidadão na sua assumir a vaga, sendo tal deputado o mais votado no intenção de votar submetendo-o a horas e horas de estado, ou o(a) deputado(a) mais votado(a), do fila até que muitos, finalmente, voltem para casa mesmo partido que o do senador que substitui. frustrados na vã tentativa de exercer seu direito.

Apesar dos avanços, ainda assistimos cenas assim, em nosso país. Afora isso, permanece a obrigação de Filiação partidária votar".

e domicílio eleitoral

Data da posse dos A discussão é se o Congresso deve aumentar

chefes do Executivoou não o tempo exigido de filiação de um político a um partido. Hoje, o prazo mínimo é de 12 meses, mas há quem defenda que o político deva estar filiado no Os parlamentares podem escolher uma mesmo partido pelo menos 30 meses antes da nova data para a posse do Presidente da República e eleição. O mesmo vale para o domicílio eleitoral: hoje, Governadores, hoje é no dia 1º de janeiro, após a o candidato precisa estar registrado no mesmo lugar eleição.pelo menos um ano antes do pleito.

Cláusula de desempenhoColigações

Também chamada de cláusula de barreira, ela ajuda a controlar a proliferação de partidos porque Os parlamentares vão decidir se as alianças diminuiu a atuação das siglas sem representatividade. entre os partidos continuarão existindo nas chamadas Uma das formas sugeridas é estabelecer parâmetros eleições proporcionais, quando o parlamentar é eleito de desempenho eleitoral para decidir se os partidos por um percentual de votos reservado à coligação. podem continuar existindo.Nesse caso, embora o mandato seja exercido em

nome do partido, o político foi eleito pela aliança.Reeleição e mandato

Voto facultativoA ideia é acabar com a reeleição para

Presidente, Governadores e Prefeitos, assim como Há propostas para acabar com a mudar a duração do mandato. Muitos preferem que o obrigatoriedade do voto. mandato seja de cinco ou seis anos.No Senado Federal, por exemplo, a CCJ

reavalia voto facultativo, ao apreciar três propostas de Fidelidade partidáriaemenda à Constituição (PEC) que instituem o voto

facultativo no Brasil. As matérias foram apresentadas pelo senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e pelos ex- A discussão é sobre o tempo que um político senadores Sérgio Machado e Carlos Patrocínio – estas pode ser autorizado a mudar de partido. Há quem duas últimas tramitam no Senado desde 1999 defenda que essa autorização seja feita seis meses (Agência Senado, 10/9/2011). antes de cada eleição. Por enquanto, o mandato

Nesse sentido, Geisi Ana Jacinto defende pertence ao partido que pode pedi-lo na Justiça se o que: "Democracia, em tese, é um regime político onde político decidir mudar no meio do mandato.os governantes são eleitos pelo povo, e os governados têm a possibilidade de lutar para que o governo Candidato avulsoconceda melhorias, benefícios e propicie boas condições de vida, ou ainda, de contestar suas É a permissão para que alguém se candidate decisões. No Brasil a democracia ainda é recente e mesmo não sendo filiado a um partido político.caminha a passos vagarosos".

A configuração do sistema financeiro-tributário é parte da definição essencial do pacto federativo. É, também, instrumento da política econômica. Volta-se, pois, para o estabelecimento, no âmbito da divisão espacial do poder, de um arranjo por meio do qual as forças políticas são tangenciadas por condicionamentos impostos pelo contexto histórico-institucional comprometendo-se com determinados objetivos públicos.

O federalismo fiscal constitui a forma pela qual a economia do setor público é repartida nas diversas esferas federadas de competência, espelhando, de um ponto de vista substantivo, compromissos e objetivos assumidos pelo Estado com determinadas forças sociais, políticas e econômicas.

CONCLUSÃO mesma e a consequente eleição de políticos com total ausência de representação apta a cuidar dos seus interesses e demandas no cenário. Imputamos a tal A Reforma Política é necessária e inadiável. situação a manutenção insistente da injusta carga Com o tema em debate no Congresso Nacional e na tributária, que a todos penaliza. Também visualizamos, sociedade brasileira, é necessário que se estabeleça como reflexos negativos da inépcia parlamentar, a claramente os limites de rediscussão de um novo diminuição da arrecadação dos estados em favor da pacto federativo e de uma nova redistribuição União e a persistente má aplicação dos recursos tributária entre os entes federados.públicos.A FENAFISCO, preocupada com os rumos

A FENAFISCO não é mais refratária à que a política brasileira tem tomado, criou, no seu participação do fisco estadual e distrital no processo âmbito, a comissão de participação política, formada político e tem, por isso, buscado ser proativa e por lideranças sindicais de todo o país. futurista. Partindo de um balanço da experiência das

Entendemos e defendemos que temos de lutas do fisco e da necessidade da ampliação da estar totalmente inseridos nesse processo, do presença política de integrantes da categoria em contrário, continuaremos delegando o nosso futuro a todas as esferas federadas, a comissão tem mantido pessoas que não têm compromisso com a construção uma forte mobilização do fisco nacional e estadual de uma condição digna e à altura do povo brasileiro. para conscientizar lideranças e tornar possível, já em

Por isso, estimulamos a criação de grupos 2012, a eleição do maior número possível de fazendários multiplicadores que toquem adiante o representantes da categor ia nas ele ições movimento de inserção junto aos executivos e proporcionais e majoritárias. Nesse sentido, o esforço legislativos brasileiros, seja pela eleição de integrantes vem sendo realizado nas capitais brasileiras, do fisco, seja pelo apoio a parlamentares e cidadãos sensibilizando as bases para a importância da idôneos e alinhados com a nossa visão de uma participação do fisco no processo político nacional. sociedade forte, voltada ao bem-estar social e Somos da opinião que o grande despreparo coletivo. dos parlamentares, principalmente na lida com as

questões tributárias, acaba por levar a sociedade brasileira a inestimável prejuízo, pela alienação da

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REFORMA POLÍTICAE FEDERALISMO FISCAL

Page 20: Revista Visão FENAFISCO

Conceito e evolução

O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (transformado em lei) contendo a previsão de receitas e a fixação de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente um ano).

Os primeiros orçamentos que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se importavam apenas com o gasto (ênfase no gasto). Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso distributivo na alocação dos um documento legal que contém programas e ações recursos públicos. vinculados a um processo de planejamento público,

O orçamento evoluiu ao longo da história com objetivos e metas a alcançar no exercício (a para um conceito de Orçamento-Programa, segundo ênfase no Orçamento-Programa é nas realizações do o qual esse não é apenas um mero documento de governo). É o que vigora no Brasil.previsão da arrecadação e autorização do gasto, mas

Existe também o orçamento focado nos apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação resultados, o qual prioriza aquilo que se alcançou a do governo.partir do que se previu, sem a realização de ajustes Universalidade – o orçamento deve dentro do mesmo ano. O balanço é feito ao final de agregar todas as receitas e despesas de toda a cada exercício orçamentário para redimensionar as administração direta e indireta dos poderes. A Lei novas previsões inserindo o que não foi atingido. Orçamentária deve incorporar todas as receitas e

O Orçamento Público no Brasil (Orçamento despesas, ou seja, nenhuma instituição pública que Geral da União) inicia-se com um texto elaborado pelo receba recursos orçamentários ou gerencie recursos Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para federais pode ficar de fora do orçamento. discussão, aprovação e conversão em lei. O Anualidade/Periodicidade – O orçamento documento contém a estimativa de arrecadação das cobre um período limitado. No Brasil, este período receitas federais para o ano seguinte e a autorização corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 para a realização de despesas do governo. Porém está a 31/12. O período estabelece um limite de tempo atrelado a um forte sistema de planejamento público para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou das ações a realizar no exercício. seja, o orçamento deve se realizar no exercício que

corresponde ao próprio ano fiscal. Legalidade – O orçamento é objeto de uma Funções do orçamento

lei específica (Lei ordinária no Brasil) e, como tal, deve cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento Dentre as funções consubstanciadas no de todos os quesitos, inclusive seu sancionamento e Orçamento Público, destacamos:publicação pelo Presidente da República ou Congresso Nacional.Função alocativa - Oferecer bens e serviços

Exclusividade – O orçamento só versa (públicos puros) que não seriam oferecidos pelo sobre matéria orçamentária, podendo conter mercado ou seriam em condições ineficientes autorização para abertura de créditos suplementares (meritórios ou semipúblicos) e criar condições para e operações de crédito, ainda que por antecipação da que bens privados sejam oferecidos no mercado receita.(devido ao alto risco, custo, etc.) pelos produtores, por

investimentos ou intervenções, corrigir imperfeições Especificação ou discriminação ou no sistema de mercado (oligopólios, monopólios, etc.) especialização – São vedadas autorizações globais e corrigir os efeitos negativos de externalidades. no orçamento. As despesas devem ser especificadas,

Função distributiva – Tornar a sociedade no mínimo, por modalidade de aplicação.menos desigual em termos de renda e riqueza através Publicidade – O orçamento de um país da tributação e transferências financeiras, subsídios, deve ser sempre divulgado quando aprovado e incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas transformado em lei. No Brasil, o Orçamento Federal é mais pobres da população, etc. publicado no Diário Oficial da União.

Função estabilizadora – ajustar o nível geral Equilíbrio – As despesas autorizadas no de preços, nível de emprego, estabilizar a moeda orçamento devem, sempre que possível, serem iguais mediante instrumentos de política monetária, às receitas previstas. Não pode haver um desequilíbrio cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção acentuado nos gastos.econômica (controles por leis, limites). Orçamento-Bruto - A receita e despesa

constante no orçamento, exceto os descontos Princípios orçamentários constitucionais (ex.: transferências constitucionais), Existem princípios básicos que devem ser devem aparecer pelo valor total ou valor bruto, sem

seguidos na elaboração e execução do orçamento, deduções de nenhuma espécie. que estão definidos na Constituição Federal, na Lei nº Não-afetação ou não-vinculação – É 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano Plurianual e vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

despesa, exceto as próprias transferências A Lei nº 4.320/64 estabelece os fundamentos constitucionais para manutenção e desenvolvimento da transparência orçamentária (art. 2º): "A Lei do do ensino (FPE, FPM, etc.) e as garantias às operações Orçamento conterá a discriminação da receita e de crédito por antecipação da receita. A exceção é despesa, de forma a evidenciar a política econômico-feita pelo artigo 167, IV, da CF, quando ressalva a financeira e o programa de trabalho, do governo, repartição do produto da arrecadação dos impostos a obedecidos os princípios da unidade, universalidade e que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de anualidade". recursos para as ações e serviços públicos de saúde, Unidade – Só existe um orçamento para

cada ente federativo (no Brasil, existe um Orçamento para manutenção e desenvolvimento do ensino e para a União, um para cada estado e um para cada para realização de atividades da administração município). Cada ente deve possuir o seu orçamento, tributária, como determinado, respectivamente, pelos fundamentado em uma política orçamentária e arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias estruturado uniformemente. Não há múltiplos às operações de crédito por antecipação de receita, orçamentos em uma mesma esfera. O fato do previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º Orçamento Geral da União possuir três peças, como o deste ar tigo; (Redação dada pela Emenda Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social

Constitucional nº 42, de 19.12.2003)e o Orçamento de Investimento não representam afronta ao princípio da unidade, pois o orçamento é único, válido para os três poderes. O que há são

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OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS NO BRASILDISCUTINDO A SUA IMPORTÂNCIA E O SEU FUNCIONAMENTOConceito, evolução, funções e princípios

Eficiência

Orçamento tradicional

Orçamento- Programa

Orçamento focado nos resultados

Insumos Processo

Produtos Resultados

Efetividade

Figura 1 – Evolução dos modelos orçamentários

(não é mais utilizado)

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

Page 21: Revista Visão FENAFISCO

Conceito e evolução

O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (transformado em lei) contendo a previsão de receitas e a fixação de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente um ano).

Os primeiros orçamentos que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se importavam apenas com o gasto (ênfase no gasto). Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso distributivo na alocação dos um documento legal que contém programas e ações recursos públicos. vinculados a um processo de planejamento público,

O orçamento evoluiu ao longo da história com objetivos e metas a alcançar no exercício (a para um conceito de Orçamento-Programa, segundo ênfase no Orçamento-Programa é nas realizações do o qual esse não é apenas um mero documento de governo). É o que vigora no Brasil.previsão da arrecadação e autorização do gasto, mas

Existe também o orçamento focado nos apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação resultados, o qual prioriza aquilo que se alcançou a do governo.partir do que se previu, sem a realização de ajustes Universalidade – o orçamento deve dentro do mesmo ano. O balanço é feito ao final de agregar todas as receitas e despesas de toda a cada exercício orçamentário para redimensionar as administração direta e indireta dos poderes. A Lei novas previsões inserindo o que não foi atingido. Orçamentária deve incorporar todas as receitas e

O Orçamento Público no Brasil (Orçamento despesas, ou seja, nenhuma instituição pública que Geral da União) inicia-se com um texto elaborado pelo receba recursos orçamentários ou gerencie recursos Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para federais pode ficar de fora do orçamento. discussão, aprovação e conversão em lei. O Anualidade/Periodicidade – O orçamento documento contém a estimativa de arrecadação das cobre um período limitado. No Brasil, este período receitas federais para o ano seguinte e a autorização corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 para a realização de despesas do governo. Porém está a 31/12. O período estabelece um limite de tempo atrelado a um forte sistema de planejamento público para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou das ações a realizar no exercício. seja, o orçamento deve se realizar no exercício que

corresponde ao próprio ano fiscal. Legalidade – O orçamento é objeto de uma Funções do orçamento

lei específica (Lei ordinária no Brasil) e, como tal, deve cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento Dentre as funções consubstanciadas no de todos os quesitos, inclusive seu sancionamento e Orçamento Público, destacamos:publicação pelo Presidente da República ou Congresso Nacional.Função alocativa - Oferecer bens e serviços

Exclusividade – O orçamento só versa (públicos puros) que não seriam oferecidos pelo sobre matéria orçamentária, podendo conter mercado ou seriam em condições ineficientes autorização para abertura de créditos suplementares (meritórios ou semipúblicos) e criar condições para e operações de crédito, ainda que por antecipação da que bens privados sejam oferecidos no mercado receita.(devido ao alto risco, custo, etc.) pelos produtores, por

investimentos ou intervenções, corrigir imperfeições Especificação ou discriminação ou no sistema de mercado (oligopólios, monopólios, etc.) especialização – São vedadas autorizações globais e corrigir os efeitos negativos de externalidades. no orçamento. As despesas devem ser especificadas,

Função distributiva – Tornar a sociedade no mínimo, por modalidade de aplicação.menos desigual em termos de renda e riqueza através Publicidade – O orçamento de um país da tributação e transferências financeiras, subsídios, deve ser sempre divulgado quando aprovado e incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas transformado em lei. No Brasil, o Orçamento Federal é mais pobres da população, etc. publicado no Diário Oficial da União.

Função estabilizadora – ajustar o nível geral Equilíbrio – As despesas autorizadas no de preços, nível de emprego, estabilizar a moeda orçamento devem, sempre que possível, serem iguais mediante instrumentos de política monetária, às receitas previstas. Não pode haver um desequilíbrio cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção acentuado nos gastos.econômica (controles por leis, limites). Orçamento-Bruto - A receita e despesa

constante no orçamento, exceto os descontos Princípios orçamentários constitucionais (ex.: transferências constitucionais), Existem princípios básicos que devem ser devem aparecer pelo valor total ou valor bruto, sem

seguidos na elaboração e execução do orçamento, deduções de nenhuma espécie. que estão definidos na Constituição Federal, na Lei nº Não-afetação ou não-vinculação – É 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano Plurianual e vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

despesa, exceto as próprias transferências A Lei nº 4.320/64 estabelece os fundamentos constitucionais para manutenção e desenvolvimento da transparência orçamentária (art. 2º): "A Lei do do ensino (FPE, FPM, etc.) e as garantias às operações Orçamento conterá a discriminação da receita e de crédito por antecipação da receita. A exceção é despesa, de forma a evidenciar a política econômico-feita pelo artigo 167, IV, da CF, quando ressalva a financeira e o programa de trabalho, do governo, repartição do produto da arrecadação dos impostos a obedecidos os princípios da unidade, universalidade e que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de anualidade". recursos para as ações e serviços públicos de saúde, Unidade – Só existe um orçamento para

cada ente federativo (no Brasil, existe um Orçamento para manutenção e desenvolvimento do ensino e para a União, um para cada estado e um para cada para realização de atividades da administração município). Cada ente deve possuir o seu orçamento, tributária, como determinado, respectivamente, pelos fundamentado em uma política orçamentária e arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias estruturado uniformemente. Não há múltiplos às operações de crédito por antecipação de receita, orçamentos em uma mesma esfera. O fato do previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º Orçamento Geral da União possuir três peças, como o deste ar tigo; (Redação dada pela Emenda Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social

Constitucional nº 42, de 19.12.2003)e o Orçamento de Investimento não representam afronta ao princípio da unidade, pois o orçamento é único, válido para os três poderes. O que há são

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OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS NO BRASILDISCUTINDO A SUA IMPORTÂNCIA E O SEU FUNCIONAMENTOConceito, evolução, funções e princípios

Eficiência

Orçamento tradicional

Orçamento- Programa

Orçamento focado nos resultados

Insumos Processo

Produtos Resultados

Efetividade

Figura 1 – Evolução dos modelos orçamentários

(não é mais utilizado)

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

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RESUMO DIDÁTICO E ESQUEMATIZAÇÃO DA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Figura 2 : Primeiro grande tema do Orçamento

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

Compreensão sobre quem financia e quem são os beneficiados dos recursos públicos.

Expressão das forças políticas que determinam a ação pública.

Expressão de prioridades.

Participação dos demais poderes na definição da Lei Orçamentária, em especial, o Legislativo.

Papel desempenhado pela sociedade nas definições e no controle.

• Orçamento como lei de meios

viabilizando um conjunto de

políticas

públicas: educação, saúde, previdência, assistência social, transporte, segurança etc.

O ORÇAMENTOFonte de Estudos sobre o Estado

Proposta

como expressão de um cenário

Perspectivas de uma conjuntura macroeconômica

(desenvolvimento e organização da economia, taxa de juros e de câmbio, previsão de arrecadação, total e vinculada, necessidades, despesas obrigatórias, etc.).

Perspectivas de intervenção na realidade econômica e social

(indução ao crescimento econômico, redução de desigualdades, combate ao desemprego, desenvolvimento dos programas de governo etc.).

Execução

como resultado do acerto das previsões, de possibilidades, necessidades, contingências, pressões, prioridades, embates políticos da sociedade.

O ORÇAMENTOExpressão da realidade

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

Figura 3: Segundo grande tema do Orçamento

Figura 4: Esquema metodológico do Orçamento

ESQUEMA DE COMPLEMENTARIEDADE DAS INFORMAÇÕES NA ELABORAÇÃO DOORÇAMENTO

CADASTRO

PROGRAMAS

CADASTRO

DE AÇÕES

PROPOSTAORÇAMENTÁRIA

1. Para que é feito (Objetivo)2. Por que é feito (Problema a

Resolver)3. Para quem é feito (Público Alvo)

5. O que é feito (Descrição)6. Para que é feito (Finalidade)7. Como é feito (Forma de

Implementação)8. Quais as fases (Projetos)9. Para quem é feito (Público Alvo/

Beneficiado /Clientela)10. Qual o resultado (Produto)11. Quem faz (Responsabilidade

Institucional)

12. Onde é feito (Localização de Gasto)

O Que Fazer

Como Fazer(Ações)

Onde Fazer

(Localização)

13. Quanto se pretende desenvolver

(Meta – quantificação física dosprodutos das ações)

14. Quanto custa (Dispêndio financeiro)15. Quem financia (Fonte de recursos)

· Qual o grau de importância daProposta (Priorização)

16. Por que fazer (Fundamentação)

Quanto Fazer

Quanto Custa

Fonte: Elaboração do Governo Federal

O ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO - OGUO Orçamento Público no Brasil (Orçamento atrelado a um forte sistema de planejamento público

Geral da União) inicia-se com um texto elaborado pelo das ações a realizar no exercício. Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para O OGU é constituído de três peças em sua discussão, aprovação e conversão em lei. O composição: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da documento contém a estimativa de arrecadação das Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das receitas federais para o ano seguinte e a autorização Empresas Estatais Federais. para a realização de despesas do governo. Porém está

4. Como avaliar (indicadores)

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RESUMO DIDÁTICO E ESQUEMATIZAÇÃO DA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Figura 2 : Primeiro grande tema do Orçamento

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

Compreensão sobre quem financia e quem são os beneficiados dos recursos públicos.

Expressão das forças políticas que determinam a ação pública.

Expressão de prioridades.

Participação dos demais poderes na definição da Lei Orçamentária, em especial, o Legislativo.

Papel desempenhado pela sociedade nas definições e no controle.

• Orçamento como lei de meios

viabilizando um conjunto de

políticas

públicas: educação, saúde, previdência, assistência social, transporte, segurança etc.

O ORÇAMENTOFonte de Estudos sobre o Estado

Proposta

como expressão de um cenário

Perspectivas de uma conjuntura macroeconômica

(desenvolvimento e organização da economia, taxa de juros e de câmbio, previsão de arrecadação, total e vinculada, necessidades, despesas obrigatórias, etc.).

Perspectivas de intervenção na realidade econômica e social

(indução ao crescimento econômico, redução de desigualdades, combate ao desemprego, desenvolvimento dos programas de governo etc.).

Execução

como resultado do acerto das previsões, de possibilidades, necessidades, contingências, pressões, prioridades, embates políticos da sociedade.

O ORÇAMENTOExpressão da realidade

Fonte: Assessoria Econômica da FENAFISCO

Figura 3: Segundo grande tema do Orçamento

Figura 4: Esquema metodológico do Orçamento

ESQUEMA DE COMPLEMENTARIEDADE DAS INFORMAÇÕES NA ELABORAÇÃO DOORÇAMENTO

CADASTRO

PROGRAMAS

CADASTRO

DE AÇÕES

PROPOSTAORÇAMENTÁRIA

1. Para que é feito (Objetivo)2. Por que é feito (Problema a

Resolver)3. Para quem é feito (Público Alvo)

5. O que é feito (Descrição)6. Para que é feito (Finalidade)7. Como é feito (Forma de

Implementação)8. Quais as fases (Projetos)9. Para quem é feito (Público Alvo/

Beneficiado /Clientela)10. Qual o resultado (Produto)11. Quem faz (Responsabilidade

Institucional)

12. Onde é feito (Localização de Gasto)

O Que Fazer

Como Fazer(Ações)

Onde Fazer

(Localização)

13. Quanto se pretende desenvolver

(Meta – quantificação física dosprodutos das ações)

14. Quanto custa (Dispêndio financeiro)15. Quem financia (Fonte de recursos)

· Qual o grau de importância daProposta (Priorização)

16. Por que fazer (Fundamentação)

Quanto Fazer

Quanto Custa

Fonte: Elaboração do Governo Federal

O ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO - OGUO Orçamento Público no Brasil (Orçamento atrelado a um forte sistema de planejamento público

Geral da União) inicia-se com um texto elaborado pelo das ações a realizar no exercício. Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para O OGU é constituído de três peças em sua discussão, aprovação e conversão em lei. O composição: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da documento contém a estimativa de arrecadação das Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das receitas federais para o ano seguinte e a autorização Empresas Estatais Federais. para a realização de despesas do governo. Porém está

4. Como avaliar (indicadores)

Page 24: Revista Visão FENAFISCO

União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do a) Orçamento Fiscal: incluídos os Poderes capital social com direito a voto.da União, os Órgãos e Entidades, Fundos, Autarquias e

Fundações instituídas e mantidas pela União. Compreende, também, as Empresas Estatais depen- c) Orçamento da Seguridade Social: dentes, ou seja, as Empresas Públicas e Sociedades de incluídos todos os órgãos e entidades a quem Economia Mista em que a União, direta ou indireta- compete executar ações nas áreas de saúde, previ-mente, detenha a maioria do capital social com direito dência e assistência social, quer sejam da Administra-a voto e que recebam desta quaisquer recursos que ção Direta ou da Indireta, bem como seus Fundos e não sejam provenientes de participação acionária, Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. pagamento de serviços prestados e transferências Inclui, também, os demais projetos ou atividades não para aplicação em programas de financiamento. integrantes do programa de trabalho dos órgãos e

entidades acima relacionados, mas que envolvam ações referentes às áreas de saúde, previdência e b) Orçamento de investimento das assistência social.empresas estatais federais: representado pelo

Orçamento de Investimento das Empresas em que a

De acordo com a Constituição Federal, o PPA O Plano Plurianual (PPA)deve conter “as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de O PPA é a lei que define as prioridades do capital e outras delas decorrentes e para as relativas governo pelo período de 04 (quatro) anos. O projeto aos programas de duração continuada”. de lei do PPA deve ser enviado pelo Presidente da

Nenhum investimento cuja execução República ao Congresso Nacional até o dia 31 de ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado agosto do primeiro ano de seu mandato (04 meses sem prévia inclusão no plano plurianual, sob pena de antes do encerramento da sessão legislativa).crime de responsabilidade.

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O governo intervém de várias formas no a criação de monopólios, cartéis, práticas abusivas, mercado. Por intermédio da política fiscal e da política poluição, etc.monetária, por exemplo, é possível controlar preços, Política Monetária – envolve o controle da salários, inflação, impor choques na oferta ou restringir oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em a demanda. geral, para efeito de estabilização da economia e

Instrumentos e recursos utilizados pelo influência na decisão de produtores e consumidores. governo para intervir na economia: Com a política monetária, pode-se controlar a

Política Fiscal - envolve a administração e a inflação, preços, restringir a demanda, etc.geração de receitas, além do cumprimento de metas e O Orçamento Público funciona como um objetivos governamentais no orçamento, utilizado balizador na economia. Se tivermos elevados para a alocação, distribuição de recursos e estabiliza- investimentos governamentais no orçamento, ção da economia. É possível, com a política fiscal, provavelmente, o número de empregos aumentará, aumentar a renda e o PIB e aquecer a economia, com assim como a renda agregada melhorará. Em uma melhor distribuição de renda. compensação, um orçamento restrito em investimen-

tos, provocará desemprego, desaceleração da Política Regulatória - envolve o uso de economia e decréscimo no produto interno bruto.medidas legais como decretos, leis, portarias, etc.,

O governo pode provocar orçamentos expedidos como alternativa para se alocar, distribuir expansionistas ou gerar um orçamento recessivo.os recursos e estabilizar a economia. Com o uso das

normas, diversas condutas podem ser banidas, como

CICLO ORÇAMENTÁRIO (ETAPAS)

A Constituição Federal de 1988 atribui ao • Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)Poder Executivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e Orçamento e a iniciativa dos seguin- E cabe ao Poder Legislativo a aprovação da:tes projetos de lei:

• Lei de Orçamento Anual (LOA)• Plano Plurianual (PPA)

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Figura 5: Ciclo integrado de planejamento e orçamento

Fonte: Assessoria econômica da FENAFISCO

Plano plurianual -

PPA

Lei de diretrizes orçamentárias -

LDO

Planos e programas

estaduais e setoriais

Controle e avaliação da execu-

ção orçamentária e financeira

Elaboração da proposta

orçamentária anual -

LOA

Discussão, votação e aprovaçãoda lei orçamentária anual

Execução orçamentária e financeira

Page 25: Revista Visão FENAFISCO

União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do a) Orçamento Fiscal: incluídos os Poderes capital social com direito a voto.da União, os Órgãos e Entidades, Fundos, Autarquias e

Fundações instituídas e mantidas pela União. Compreende, também, as Empresas Estatais depen- c) Orçamento da Seguridade Social: dentes, ou seja, as Empresas Públicas e Sociedades de incluídos todos os órgãos e entidades a quem Economia Mista em que a União, direta ou indireta- compete executar ações nas áreas de saúde, previ-mente, detenha a maioria do capital social com direito dência e assistência social, quer sejam da Administra-a voto e que recebam desta quaisquer recursos que ção Direta ou da Indireta, bem como seus Fundos e não sejam provenientes de participação acionária, Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. pagamento de serviços prestados e transferências Inclui, também, os demais projetos ou atividades não para aplicação em programas de financiamento. integrantes do programa de trabalho dos órgãos e

entidades acima relacionados, mas que envolvam ações referentes às áreas de saúde, previdência e b) Orçamento de investimento das assistência social.empresas estatais federais: representado pelo

Orçamento de Investimento das Empresas em que a

De acordo com a Constituição Federal, o PPA O Plano Plurianual (PPA)deve conter “as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de O PPA é a lei que define as prioridades do capital e outras delas decorrentes e para as relativas governo pelo período de 04 (quatro) anos. O projeto aos programas de duração continuada”. de lei do PPA deve ser enviado pelo Presidente da

Nenhum investimento cuja execução República ao Congresso Nacional até o dia 31 de ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado agosto do primeiro ano de seu mandato (04 meses sem prévia inclusão no plano plurianual, sob pena de antes do encerramento da sessão legislativa).crime de responsabilidade.

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O governo intervém de várias formas no a criação de monopólios, cartéis, práticas abusivas, mercado. Por intermédio da política fiscal e da política poluição, etc.monetária, por exemplo, é possível controlar preços, Política Monetária – envolve o controle da salários, inflação, impor choques na oferta ou restringir oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em a demanda. geral, para efeito de estabilização da economia e

Instrumentos e recursos utilizados pelo influência na decisão de produtores e consumidores. governo para intervir na economia: Com a política monetária, pode-se controlar a

Política Fiscal - envolve a administração e a inflação, preços, restringir a demanda, etc.geração de receitas, além do cumprimento de metas e O Orçamento Público funciona como um objetivos governamentais no orçamento, utilizado balizador na economia. Se tivermos elevados para a alocação, distribuição de recursos e estabiliza- investimentos governamentais no orçamento, ção da economia. É possível, com a política fiscal, provavelmente, o número de empregos aumentará, aumentar a renda e o PIB e aquecer a economia, com assim como a renda agregada melhorará. Em uma melhor distribuição de renda. compensação, um orçamento restrito em investimen-

tos, provocará desemprego, desaceleração da Política Regulatória - envolve o uso de economia e decréscimo no produto interno bruto.medidas legais como decretos, leis, portarias, etc.,

O governo pode provocar orçamentos expedidos como alternativa para se alocar, distribuir expansionistas ou gerar um orçamento recessivo.os recursos e estabilizar a economia. Com o uso das

normas, diversas condutas podem ser banidas, como

CICLO ORÇAMENTÁRIO (ETAPAS)

A Constituição Federal de 1988 atribui ao • Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)Poder Executivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e Orçamento e a iniciativa dos seguin- E cabe ao Poder Legislativo a aprovação da:tes projetos de lei:

• Lei de Orçamento Anual (LOA)• Plano Plurianual (PPA)

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Figura 5: Ciclo integrado de planejamento e orçamento

Fonte: Assessoria econômica da FENAFISCO

Plano plurianual -

PPA

Lei de diretrizes orçamentárias -

LDO

Planos e programas

estaduais e setoriais

Controle e avaliação da execu-

ção orçamentária e financeira

Elaboração da proposta

orçamentária anual -

LOA

Discussão, votação e aprovaçãoda lei orçamentária anual

Execução orçamentária e financeira

Page 26: Revista Visão FENAFISCO

fomento. A Lei de Diretrizes Com base na LDO aprovada a cada ano pelo

Orçamentárias (LDO) Poder Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta

A LDO é a lei anterior à lei orçamentária, que orçamentária de todos os órgãos dos Poderes define as metas e prioridades em termos de (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano programas a executar pelo governo. O projeto de lei seguinte no Projeto de Lei encaminhado para da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao discussão e votação no Congresso Nacional. Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano Por determinação constitucional, o governo (08 meses e meio antes do encerramento da é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei sessão legislativa). Orçamentária Anual ao Congresso Nacional, até o dia

De acordo com a Constituição Federal, a LDO 31 de agosto de cada ano (04 meses antes do estabelece as metas e prioridades para o exercício encerramento da sessão legislativa). Acompanha o financeiro subsequente, orienta a elaboração do projeto uma Mensagem do Presidente da República, Orçamento (Lei Orçamentária Anual), dispõe sobre na qual é feito um diagnóstico sobre a situação alterações na legislação tributária e estabelece a econômica do país e suas perspectivas.política de aplicação das agências financeiras de

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ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PLANO PLURIANUAL PELO PODER EXECUTIVO SOB COORDENAÇÃO DO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO

(Limitado ao dia 30 de agosto do 1º ano do mandato do presidente da

república)

ENVIO DO PROJETO DE LEI DO PLANO PLURIANUAL AO CONGRESSO

NACIONAL

(31 de agosto do 1º ano do mandato do presidente da república)

ANÁLISE PELO CONGRESSO NACIONAL DO PROJETO DE LEI DO

PLANO PLURIANUAL

Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização

APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL DA LEI DO PLANO

PLURIANUAL

Figura 6: O plano plurianual

exercício subsequente, orientará a elaboração da lei (Artigo 165, §2º da CF)orçamentária anual, disporá sobre as alterações na “A Lei de Diretrizes Orçamentárias compre-legislação tributária e estabelecerá a política de enderá as metas e prioridades da administração aplicação das agências de fomento”. pública federal, incluindo as despesas de capital para o

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PELO PODER EXECUTIVO

(MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO)

(Até 14 de abril do ano em curso)

ENVIO DO PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS AO

CONGRESSO NACIONAL

(15

de abril do ano em curso)

ANÁLISE PELO CONGRESSO NACIONAL DO PROJETO DE LEI DE

DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização

APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL DA LEI DE DIRETRIZES

ORÇAMENTÁRIAS

(Limite máximo dia 30 de junho do ano em curso, caso não ocorra a

votação o Congresso Nacional não entra em recesso)

SANCIONAMENTO DO TEXTO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Figura 7: A Lei das Diretrizes Orçamentárias

(Até 15 de dezembro do primeiro ano do mandato do presidente da república)

(Até 31 de dezembro do primeiro ano do mandato do presidente da república)

Page 27: Revista Visão FENAFISCO

fomento. A Lei de Diretrizes Com base na LDO aprovada a cada ano pelo

Orçamentárias (LDO) Poder Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta

A LDO é a lei anterior à lei orçamentária, que orçamentária de todos os órgãos dos Poderes define as metas e prioridades em termos de (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano programas a executar pelo governo. O projeto de lei seguinte no Projeto de Lei encaminhado para da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao discussão e votação no Congresso Nacional. Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano Por determinação constitucional, o governo (08 meses e meio antes do encerramento da é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei sessão legislativa). Orçamentária Anual ao Congresso Nacional, até o dia

De acordo com a Constituição Federal, a LDO 31 de agosto de cada ano (04 meses antes do estabelece as metas e prioridades para o exercício encerramento da sessão legislativa). Acompanha o financeiro subsequente, orienta a elaboração do projeto uma Mensagem do Presidente da República, Orçamento (Lei Orçamentária Anual), dispõe sobre na qual é feito um diagnóstico sobre a situação alterações na legislação tributária e estabelece a econômica do país e suas perspectivas.política de aplicação das agências financeiras de

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ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PLANO PLURIANUAL PELO PODER EXECUTIVO SOB COORDENAÇÃO DO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO

(Limitado ao dia 30 de agosto do 1º ano do mandato do presidente da

república)

ENVIO DO PROJETO DE LEI DO PLANO PLURIANUAL AO CONGRESSO

NACIONAL

(31 de agosto do 1º ano do mandato do presidente da república)

ANÁLISE PELO CONGRESSO NACIONAL DO PROJETO DE LEI DO

PLANO PLURIANUAL

Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização

APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL DA LEI DO PLANO

PLURIANUAL

Figura 6: O plano plurianual

exercício subsequente, orientará a elaboração da lei (Artigo 165, §2º da CF)orçamentária anual, disporá sobre as alterações na “A Lei de Diretrizes Orçamentárias compre-legislação tributária e estabelecerá a política de enderá as metas e prioridades da administração aplicação das agências de fomento”. pública federal, incluindo as despesas de capital para o

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PELO PODER EXECUTIVO

(MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO)

(Até 14 de abril do ano em curso)

ENVIO DO PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS AO

CONGRESSO NACIONAL

(15

de abril do ano em curso)

ANÁLISE PELO CONGRESSO NACIONAL DO PROJETO DE LEI DE

DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização

APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL DA LEI DE DIRETRIZES

ORÇAMENTÁRIAS

(Limite máximo dia 30 de junho do ano em curso, caso não ocorra a

votação o Congresso Nacional não entra em recesso)

SANCIONAMENTO DO TEXTO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Figura 7: A Lei das Diretrizes Orçamentárias

(Até 15 de dezembro do primeiro ano do mandato do presidente da república)

(Até 31 de dezembro do primeiro ano do mandato do presidente da república)

Page 28: Revista Visão FENAFISCO

A Lei Orçamentária Anual (LOA) despesas que serão custeadas pelos novos recursos.Leia mais:

A Lei Orçamentária Anual (LOA) disciplina http://jus.com.br/revista/texto/3738/o-todos os programas e ações do governo federal no orcamento-publico-no-brasil#ixzz1urkOElSMexercício. Nenhuma despesa pública pode ser Por outro lado, a necessidade de contenção executada sem estar consignada no orçamento. No dos gastos obriga o Poder Executivo, muitas vezes, a Congresso, deputados e senadores discutem, na editar decretos com limites orçamentários e Comissão Mista de Orçamentos e Planos, a proposta financeiros para o gasto abaixo dos limites autorizados orçamentária (projeto de lei) enviada pelo Poder pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Executivo, fazendo modificações que julgar Contingenciamento.necessárias, por meio de emendas, votando ao final o A Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada projeto. em 2000, pelo Congresso Nacional, introduziu

A Constituição determina que o orçamento responsabilidades para o administrador público em deva ser votado e aprovado até o final de cada relação aos Orçamentos da União, dos Estados e Legislatura (15.12 de cada ano). Depois de aprovado, o Municípios, como o limite de gastos com pessoal, por projeto é sancionado e publicado pelo Presidente da exemplo. A LRF instituiu a disciplina fiscal para os três República, transformando-se na Lei Orçamentária Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, Anual. estendendo também a disciplina aos Orçamentos de

A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as Estados e Municípios.receitas e autoriza as despesas do Governo de acordo Os objetivos de toda política orçamentária com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício são os de corrigir as falhas de mercado e as distorções, financeiro, houver necessidade de realização de visando a manter a estabilidade, melhorar a despesas acima do limite que está previsto na Lei, o distribuição de renda e alocar os recursos com mais Poder Executivo submete ao Congresso Nacional um eficiência. O orçamento tem a função de também novo projeto de lei solicitando crédito adicional. Se a regular o mercado e coibir abusos, reduzindo falhas de receita do ano for superior à previsão inicial, o governo mercado e externalidades negativas (fatores adversos encaminha ao Congresso um projeto de lei causados pela produção, como poluição, problemas solicitando autorização para incorporar e executar o urbanos, etc.). excesso de arrecadação. Nesse projeto, definem-se as

Tecnologia e do Esporte e Turismo, seus órgãos, Relação das áreas temáticasentidades e fundos.

VII – Saúde, com matérias relativas ao I – Poderes do Estado e Representação, com Ministério da Saúde, seus órgãos, entidades e fundos.as matérias relativas ao Poder Legislativo, ao Poder

VIII – Previdência e Assistência Social, com Judiciário, ao Ministério Público, à Presidência da matérias relativas aos Ministérios do Trabalho e República, exceto Secretaria Especial de Desenvolvi-Emprego e da Previdência e Assistência Social, seus mento Urbano, e das Relações Exteriores, seus órgãos, órgãos, entidades e fundos.entidades e fundos.

IX – Integração Nacional e Meio Ambiente, II – Justiça e Defesa, com as matérias relativas com matérias relativas aos Ministérios da Integração aos Ministérios da Justiça e da Defesa, seus órgãos, Nacional e do Meio Ambiente, seus órgãos, entidades entidades e fundos.e fundos.III – Fazenda e Desenvolvimento, com as

X – Planejamento e Desenvolvimento matérias relativas aos Ministérios da Fazenda, do Urbano, com matérias relativas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, seus Planejamento, Orçamento e Gestão e à Secretaria órgãos, entidades e fundos, os Encargos Financeiros Especial de Desenvolvimento Urbano, seus órgãos, da União, as Operações Oficiais de Crédito, as Transfe-entidades e fundos.rências de Recursos sob a supervisão de Ministérios e

Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal.IV – Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Práticas que Inibem

com as matérias relativas aos Ministérios da Agricultu-a transparência no Orçamento:ra e do Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário,

seus órgãos, entidades e fundos.- Votação fora dos prazos;V – Infra-Estrutura, com as matérias relativas - Caráter autorizativo do orçamento;aos Ministérios dos Transportes, das Comunicações, e - Legislando por medidas provisórias;das Minas e Energia, seus órgãos, entidades e fundos.- Contingenciamento dos gastos;VI – Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, - Inscrição de restos a pagar.Esporte e Turismo, com matérias relativas aos

Ministérios da Educação, da Cultura, da Ciência e

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A FASE LEGISLATIVA DO ORÇAMENTOInicia-se com o recebimento pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei

Orçamentária Anual, no dia 31 de dezembro do ano que antecede a lei.

O Presidente da Comissão de Orçamento nomeia então um Relator geral para o

Projeto. O Relator geral Nomeia, por sua vez, sub-relatores por Áreas Temáticas.

Figura 8: A Lei Orçamentária Anual

A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIAobrigação de pagamento pendente ou não de Execução Orçamentária da Despesa: implemento de condição. É a garantia de que existe o Utilização dos créditos consignados no Orçamento crédito necessário para a liquidação de um compro-Geral da União e nos créditos adicionais visando à misso assumido; é o primeiro estágio da despesa realização dos subprojetos e/ou subatividades.pública. Exercício Financeiro: É o período corres-

Suplementação: Aumento de recursos por pondente à execução orçamentária. No Brasil, crédito adicional, para reforçar as dotações que já coincide com o ano civil. constam na lei orçamentária. Empenho da Despesa: Ato emanado de

Crédito Adicional: Autorização para a que autoridade competente que cria para o Estado

Page 29: Revista Visão FENAFISCO

A Lei Orçamentária Anual (LOA) despesas que serão custeadas pelos novos recursos.Leia mais:

A Lei Orçamentária Anual (LOA) disciplina http://jus.com.br/revista/texto/3738/o-todos os programas e ações do governo federal no orcamento-publico-no-brasil#ixzz1urkOElSMexercício. Nenhuma despesa pública pode ser Por outro lado, a necessidade de contenção executada sem estar consignada no orçamento. No dos gastos obriga o Poder Executivo, muitas vezes, a Congresso, deputados e senadores discutem, na editar decretos com limites orçamentários e Comissão Mista de Orçamentos e Planos, a proposta financeiros para o gasto abaixo dos limites autorizados orçamentária (projeto de lei) enviada pelo Poder pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Executivo, fazendo modificações que julgar Contingenciamento.necessárias, por meio de emendas, votando ao final o A Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada projeto. em 2000, pelo Congresso Nacional, introduziu

A Constituição determina que o orçamento responsabilidades para o administrador público em deva ser votado e aprovado até o final de cada relação aos Orçamentos da União, dos Estados e Legislatura (15.12 de cada ano). Depois de aprovado, o Municípios, como o limite de gastos com pessoal, por projeto é sancionado e publicado pelo Presidente da exemplo. A LRF instituiu a disciplina fiscal para os três República, transformando-se na Lei Orçamentária Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, Anual. estendendo também a disciplina aos Orçamentos de

A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as Estados e Municípios.receitas e autoriza as despesas do Governo de acordo Os objetivos de toda política orçamentária com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício são os de corrigir as falhas de mercado e as distorções, financeiro, houver necessidade de realização de visando a manter a estabilidade, melhorar a despesas acima do limite que está previsto na Lei, o distribuição de renda e alocar os recursos com mais Poder Executivo submete ao Congresso Nacional um eficiência. O orçamento tem a função de também novo projeto de lei solicitando crédito adicional. Se a regular o mercado e coibir abusos, reduzindo falhas de receita do ano for superior à previsão inicial, o governo mercado e externalidades negativas (fatores adversos encaminha ao Congresso um projeto de lei causados pela produção, como poluição, problemas solicitando autorização para incorporar e executar o urbanos, etc.). excesso de arrecadação. Nesse projeto, definem-se as

Tecnologia e do Esporte e Turismo, seus órgãos, Relação das áreas temáticasentidades e fundos.

VII – Saúde, com matérias relativas ao I – Poderes do Estado e Representação, com Ministério da Saúde, seus órgãos, entidades e fundos.as matérias relativas ao Poder Legislativo, ao Poder

VIII – Previdência e Assistência Social, com Judiciário, ao Ministério Público, à Presidência da matérias relativas aos Ministérios do Trabalho e República, exceto Secretaria Especial de Desenvolvi-Emprego e da Previdência e Assistência Social, seus mento Urbano, e das Relações Exteriores, seus órgãos, órgãos, entidades e fundos.entidades e fundos.

IX – Integração Nacional e Meio Ambiente, II – Justiça e Defesa, com as matérias relativas com matérias relativas aos Ministérios da Integração aos Ministérios da Justiça e da Defesa, seus órgãos, Nacional e do Meio Ambiente, seus órgãos, entidades entidades e fundos.e fundos.III – Fazenda e Desenvolvimento, com as

X – Planejamento e Desenvolvimento matérias relativas aos Ministérios da Fazenda, do Urbano, com matérias relativas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, seus Planejamento, Orçamento e Gestão e à Secretaria órgãos, entidades e fundos, os Encargos Financeiros Especial de Desenvolvimento Urbano, seus órgãos, da União, as Operações Oficiais de Crédito, as Transfe-entidades e fundos.rências de Recursos sob a supervisão de Ministérios e

Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal.IV – Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Práticas que Inibem

com as matérias relativas aos Ministérios da Agricultu-a transparência no Orçamento:ra e do Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário,

seus órgãos, entidades e fundos.- Votação fora dos prazos;V – Infra-Estrutura, com as matérias relativas - Caráter autorizativo do orçamento;aos Ministérios dos Transportes, das Comunicações, e - Legislando por medidas provisórias;das Minas e Energia, seus órgãos, entidades e fundos.- Contingenciamento dos gastos;VI – Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, - Inscrição de restos a pagar.Esporte e Turismo, com matérias relativas aos

Ministérios da Educação, da Cultura, da Ciência e

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A FASE LEGISLATIVA DO ORÇAMENTOInicia-se com o recebimento pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei

Orçamentária Anual, no dia 31 de dezembro do ano que antecede a lei.

O Presidente da Comissão de Orçamento nomeia então um Relator geral para o

Projeto. O Relator geral Nomeia, por sua vez, sub-relatores por Áreas Temáticas.

Figura 8: A Lei Orçamentária Anual

A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIAobrigação de pagamento pendente ou não de Execução Orçamentária da Despesa: implemento de condição. É a garantia de que existe o Utilização dos créditos consignados no Orçamento crédito necessário para a liquidação de um compro-Geral da União e nos créditos adicionais visando à misso assumido; é o primeiro estágio da despesa realização dos subprojetos e/ou subatividades.pública. Exercício Financeiro: É o período corres-

Suplementação: Aumento de recursos por pondente à execução orçamentária. No Brasil, crédito adicional, para reforçar as dotações que já coincide com o ano civil. constam na lei orçamentária. Empenho da Despesa: Ato emanado de

Crédito Adicional: Autorização para a que autoridade competente que cria para o Estado

Page 30: Revista Visão FENAFISCO

se possa ampliar gastos onde a previsão de recursos é de acompanhamento das atividades relacionadas insuficiente na Lei Orçamentária. É concedido com a administração financeira dos recursos da União, unicamente através de lei. que centraliza ou uniformiza o processamento da

execução orçamentária, recorrendo a técnicas de Remanejamento de Recursos: Previsão de elaboração eletrônica de dados, com o envolvimento alteração de recursos previstos no Orçamento através das unidades executoras e setoriais, sob a supervisão de autorização prevista na LDO ou na própria Lei do Tesouro Nacional e resultando na integração dos Orçamentária. É normalmente de 20% e, no primeiro procedimentos concernentes, essencialmente, à ano de governo, de 25% ou 30%. programação financeira, à contabilidade e à adminis-Sistema Integrado de Administração tração orçamentária. Financeira do Governo Federal (SIAFI): Modalidade

• Monetária • Direitos da Cidadania• Cambial • Urbanismo• Creditícia • Habitação

• SaneamentoB – Política de Estado• Gestão ambiental• Segurança Nacional• Organização agrária• Políticas Externas• Desporto e LazerC – Política de O terceiro argumento refere-se ao fato de Desenvolvimento Econômico

que ele é um instrumento da distribuição de rendas: • Agriculturaarrecadar daqueles que ganham mais e distribuir para •Indústriaos mais necessitados.• Comércio (interno e externo)

O quarto argumento é que ele envolve um • Infraestruturavolume de recursos muito elevado.• Transporte

• Energia O quinto argumento é que ele abrange os • Comunicação Poderes da União: Poder Executivo (Transferências

para estados e Municípios), Poder Legislativo e Poder D – Políticas SociaisJudiciário. • Assistência Social

A título de exemplificação, seguem os • Previdência Socialnúmeros do orçamento fiscal e da seguridade social • Saúdeno Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), para • Trabalho2011 e 2012. Em seguida, a evolução das despesas • Educaçãoprimárias federais e a evolução dos investimentos.• Cultura

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PRESTAÇÃO DE CONTASPelo Artigo 84 da Constituição Federal, “é de competência privativa da Presidência da República a prestação de contas ao Congresso Nacional”.

ENCAMINHAMENTO DO RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

PELO PODER EXECUTIVO PARA O CONGRESSO NACIONAL E PARA O

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO RELATIVO AO ANO ANTERIOR

(ATÉ 60 DIAS APÓS A ABERTURA DOS TRABALHOS LEGISLATIVOS)

ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO E PARECER PRÉVIO SOBRE AS CONTAS DO GOVERNO DA REPÚBLICA POR PARTE DO TRIBUNAL DE

CONTAS DA UNIÃO

JULGAMENTO DAS CONTAS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PELO

CONGRESSO NACIONAL

Figura 9: Prestação de contas pela Presidência da República

que ele é um instrumento de planejamento e de desenvolvimento econômico e social do país.

O segundo argumento diz respeito a que as ações governamentais são políticas públicas que, no Brasil, encontram-se sistematizadas no Orçamento Geral da União:

O primeiro argumento, em defesa do A – Política econômicamonitoramento do orçamento público, é o fato de • Fiscal

ARGUMENTOS PARA O MONITORAMENTO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Figura 10: Orçamento fiscal e da seguridade social 2011-2012

Fonte: Orçamento Geral da União – OGU

Figura 11: Evolução despesas primárias no orçamento federal 2007-2012

Page 31: Revista Visão FENAFISCO

se possa ampliar gastos onde a previsão de recursos é de acompanhamento das atividades relacionadas insuficiente na Lei Orçamentária. É concedido com a administração financeira dos recursos da União, unicamente através de lei. que centraliza ou uniformiza o processamento da

execução orçamentária, recorrendo a técnicas de Remanejamento de Recursos: Previsão de elaboração eletrônica de dados, com o envolvimento alteração de recursos previstos no Orçamento através das unidades executoras e setoriais, sob a supervisão de autorização prevista na LDO ou na própria Lei do Tesouro Nacional e resultando na integração dos Orçamentária. É normalmente de 20% e, no primeiro procedimentos concernentes, essencialmente, à ano de governo, de 25% ou 30%. programação financeira, à contabilidade e à adminis-Sistema Integrado de Administração tração orçamentária. Financeira do Governo Federal (SIAFI): Modalidade

• Monetária • Direitos da Cidadania• Cambial • Urbanismo• Creditícia • Habitação

• SaneamentoB – Política de Estado• Gestão ambiental• Segurança Nacional• Organização agrária• Políticas Externas• Desporto e LazerC – Política de O terceiro argumento refere-se ao fato de Desenvolvimento Econômico

que ele é um instrumento da distribuição de rendas: • Agriculturaarrecadar daqueles que ganham mais e distribuir para •Indústriaos mais necessitados.• Comércio (interno e externo)

O quarto argumento é que ele envolve um • Infraestruturavolume de recursos muito elevado.• Transporte

• Energia O quinto argumento é que ele abrange os • Comunicação Poderes da União: Poder Executivo (Transferências

para estados e Municípios), Poder Legislativo e Poder D – Políticas SociaisJudiciário. • Assistência Social

A título de exemplificação, seguem os • Previdência Socialnúmeros do orçamento fiscal e da seguridade social • Saúdeno Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), para • Trabalho2011 e 2012. Em seguida, a evolução das despesas • Educaçãoprimárias federais e a evolução dos investimentos.• Cultura

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PRESTAÇÃO DE CONTASPelo Artigo 84 da Constituição Federal, “é de competência privativa da Presidência da República a prestação de contas ao Congresso Nacional”.

ENCAMINHAMENTO DO RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

PELO PODER EXECUTIVO PARA O CONGRESSO NACIONAL E PARA O

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO RELATIVO AO ANO ANTERIOR

(ATÉ 60 DIAS APÓS A ABERTURA DOS TRABALHOS LEGISLATIVOS)

ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO E PARECER PRÉVIO SOBRE AS CONTAS DO GOVERNO DA REPÚBLICA POR PARTE DO TRIBUNAL DE

CONTAS DA UNIÃO

JULGAMENTO DAS CONTAS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PELO

CONGRESSO NACIONAL

Figura 9: Prestação de contas pela Presidência da República

que ele é um instrumento de planejamento e de desenvolvimento econômico e social do país.

O segundo argumento diz respeito a que as ações governamentais são políticas públicas que, no Brasil, encontram-se sistematizadas no Orçamento Geral da União:

O primeiro argumento, em defesa do A – Política econômicamonitoramento do orçamento público, é o fato de • Fiscal

ARGUMENTOS PARA O MONITORAMENTO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Figura 10: Orçamento fiscal e da seguridade social 2011-2012

Fonte: Orçamento Geral da União – OGU

Figura 11: Evolução despesas primárias no orçamento federal 2007-2012

Page 32: Revista Visão FENAFISCO

Espécies do Credito Adicional, os créditos legislativa, face à urgência das situações que o extraordinários destinam-se a atender despesas justificam. Quando aberto este tipo de crédito imprevistas e urgentes (calamidade pública, guerra, adicional, o Poder Executivo tem a obrigação de surtos epidêmicos, etc). São abertos por decreto do informar imediatamente o Legislativo, justificando as Executivo, independentemente de autorização causas de tal procedimento.

Da mesma maneira como funciona no O orçamento é elaborado pela Secretaria do âmbito da União, que se denomina Orçamento Geral Planejamento e Gestão de cada estado e deve ser da União (OGU), o orçamento estadual também é encaminhado pelo Governador do Estado à estabelecido através de Lei Orçamentária Anual (LOA) Assembleia Legislativa até o dia 15 de setembro de e compreende as receitas e despesas da cada ano, na forma de proposta de orçamento (PLOA). administração direta e indireta de cada estado da Consta na proposta do texto de mensagem do Chefe Federação, seus fundos, órgãos, inclusive suas do Poder Executivo, onde são analisados os cenários fundações e autarquias. O orçamento deve ser macros e microeconômicos, as finanças estaduais, a compatível com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei regionalização das receitas e das despesas, os de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ambos, definidos indicadores socioeconômicos e outros assuntos em consonância com as prioridades de cada estado. relevantes. Para a sanção da lei, o prazo encerra-se em

30 de novembro.

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TÓPICO SOBRE ORÇAMENTOS ESTADUAIS

Figura 12: Evolução dos investimentos dos orçamentosfiscal, da seguridade e estatais

Fonte: Orçamento Geral da União – OGU

A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

Figura 13: Evolução despesa total por categoria econômica e grupo de despesas 2007-2012

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.

33

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Figura 14: Lei Orçamentária Anual (LOA) - prazos de elaboração e aprovação nos estados

Fonte: Assessoria econômica da FENAFISCO

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) maiores problemas. Caso a segunda seja superada, o estipula três limites para prevenir os excessos e tentar órgão é impedido de fazer movimentação no quadro frear os gastos com pessoal: máximo, prudencial e de funcional de forma a gerar novas despesas. Se os a ler ta . Para o Execut ivo, os índices são, gastos ultrapassarem o teto, o governo local ficará respectivamente, 49%, 46,55% e 44,10% da receita impedido de obter empréstimos para aplicar em corrente líquida do governo. programas e obras

A primeira marca serve como sinal amarelo, A seguir, colocamos a figura com a evolução de que é preciso reavaliar as despesas a fim de evitar das despesas orçamentárias federais.

Page 33: Revista Visão FENAFISCO

Espécies do Credito Adicional, os créditos legislativa, face à urgência das situações que o extraordinários destinam-se a atender despesas justificam. Quando aberto este tipo de crédito imprevistas e urgentes (calamidade pública, guerra, adicional, o Poder Executivo tem a obrigação de surtos epidêmicos, etc). São abertos por decreto do informar imediatamente o Legislativo, justificando as Executivo, independentemente de autorização causas de tal procedimento.

Da mesma maneira como funciona no O orçamento é elaborado pela Secretaria do âmbito da União, que se denomina Orçamento Geral Planejamento e Gestão de cada estado e deve ser da União (OGU), o orçamento estadual também é encaminhado pelo Governador do Estado à estabelecido através de Lei Orçamentária Anual (LOA) Assembleia Legislativa até o dia 15 de setembro de e compreende as receitas e despesas da cada ano, na forma de proposta de orçamento (PLOA). administração direta e indireta de cada estado da Consta na proposta do texto de mensagem do Chefe Federação, seus fundos, órgãos, inclusive suas do Poder Executivo, onde são analisados os cenários fundações e autarquias. O orçamento deve ser macros e microeconômicos, as finanças estaduais, a compatível com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei regionalização das receitas e das despesas, os de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ambos, definidos indicadores socioeconômicos e outros assuntos em consonância com as prioridades de cada estado. relevantes. Para a sanção da lei, o prazo encerra-se em

30 de novembro.

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TÓPICO SOBRE ORÇAMENTOS ESTADUAIS

Figura 12: Evolução dos investimentos dos orçamentosfiscal, da seguridade e estatais

Fonte: Orçamento Geral da União – OGU

A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

Figura 13: Evolução despesa total por categoria econômica e grupo de despesas 2007-2012

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.

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Figura 14: Lei Orçamentária Anual (LOA) - prazos de elaboração e aprovação nos estados

Fonte: Assessoria econômica da FENAFISCO

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) maiores problemas. Caso a segunda seja superada, o estipula três limites para prevenir os excessos e tentar órgão é impedido de fazer movimentação no quadro frear os gastos com pessoal: máximo, prudencial e de funcional de forma a gerar novas despesas. Se os a ler ta . Para o Execut ivo, os índices são, gastos ultrapassarem o teto, o governo local ficará respectivamente, 49%, 46,55% e 44,10% da receita impedido de obter empréstimos para aplicar em corrente líquida do governo. programas e obras

A primeira marca serve como sinal amarelo, A seguir, colocamos a figura com a evolução de que é preciso reavaliar as despesas a fim de evitar das despesas orçamentárias federais.

Page 34: Revista Visão FENAFISCO

Vimos que o Orçamento Público é um despesas, contemplando toda e qualquer instituição documento legal de previsão de receitas e estimativas pública.de despesas a serem realizadas pelo governo em um Anualidade/Periodicidade – o orçamento determinado período de tempo. Observamos cobre um período limitado de um ano que, no Brasil, também que ele não traduzia a preocupação com corresponde ao exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. planos governamentais de desenvolvimento, Estabelece um período limitado de tempo para as tratando-se assim de mera peça contábil - financeira. estimativas de receita e fixação da despesa,

Ocorre que, com o aumento da intervenção compreendendo o período de um exercício, ao qual estatal na vida da sociedade, torna-se cada vez mais chamamos de ano fiscal.necessário planejar as ações do Estado, daí ser o Tem, ainda, que ser objeto de lei específica, orçamento público, hoje, utilizado como instrumento exclusiva e especificativa (não global) e obedecido o de planejamento dessas ações, adquirindo, então, um equilíbrio receita versus despesa, que, afora as aspecto dinâmico, ao contrário do superado constitucionais, devem ter declarado o seu valor bruto orçamento tradicional, que possuía caráter e jamais podem ser alvo de destinação ou vinculação eminentemente estático. tributária, que não sejam as expressas na Carta Maior

Considerando que os primeiros orçamentos ele exige, também, a publicação, com toda a sua conhecidos eram de cunho tradicional, que programação (enquadramento das despesas em concebiam apenas ênfase ao gasto do setor público, classificações, de modo a ficar clara a definição a que vemos que não passavam de simples documentos de ela corresponde), em Diário Oficial.previsão de receita e autorização de despesas, não possuindo qualquer vínculo ou ligação com um Autorizativo ou impositivos istema de planejamento governamental . Simplesmente, estimava o quanto se arrecadaria no Em um país como o nosso, com a cidadania ano e decidia-se onde gastar, sem qualquer prioridade em tênue construção e onde pululam os escândalos, a ou senso de equidade na distribuição de riquezas. todo o momento (sanguessugas e outros), as mazelas

Hoje, vige o conceito de Orçamento- orçamentárias do país vão ficar mais expostas. Programa. Nele, o orçamento torna-se um conjunto Os defensores da teoria impositiva, como ex-de ações vinculadas a um processo de planejamento presidente da Câmara e atual Vice-Presidente da público com objetivos e metas a alcançar durante um República, Michel Temer, argumentam que a Lei do período de tempo. Ou seja, a sua ênfase é nas Orçamento é uma das únicas leis que podem não ser realizações e, para isso, é feito um diagnóstico sobre a cumpridas. Para ele, um contrassenso no Estado de situação econômica do país e suas perspectivas. Direito porque toda lei, por definição, é impositiva. "A

De toda sorte, a peça orçamentária é interpretação corrente de que o Orçamento é uma lei subjugada a certos princípios, com destaque para: autorizativa é claramente inconstitucional, pois é uma

Unidade – Um só orçamento no exercício, exceção ao princípio constitucional pelo qual para cada ente federativo (um para a União, um para ninguém pode fazer ou deixar de fazer algo, senão em cada Estado, e um para cada Município). E ele tem que virtude de Lei. E não existe nenhuma regra na ser fundamentado e estruturado uniformemente. Constituição que diga que o Orçamento seja

Universalidade – A peça orçamentária deve autorizativo. Até agora, ninguém atentou para a agregar todas as receitas e despesas dos poderes, inconstitucionalidade de uma lei por ser meramente fundos, entidades diretas ou indiretas. A Lei autorizativa", lembrou Temer, enumerando três orçamentária deve incorporar todas as receitas e vantagens do Orçamento impositivo:

35

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CONCLUSÃO: ORÇAMENTO AUTORIZATIVO OU IMPOSITIVO?Figura 15: Orçamento fiscal e da seguridade social do

Distrito Federal no ano base de 2011, segundo as categorias econômicas

1.

Confere maiores poderes ao Legislativo e maior credibilidade ao próprio orçamento;

2. Dá ao parlamentar a certeza de que sua emenda será efetivamente cumprida após a aprovação orçamentária, e

3. Garante um maior controle das possíveis alterações no Orçamento. Isso é, se o governo não puder cumprir, ele pode enviar ao Congresso um novo projeto justificando o não cumprimento.

A título de exemplo, apresentamos o Federal no ano base de 2011, segundo as categorias orçamento fiscal e da seguridade social do Distrito econômicas.

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Vimos que o Orçamento Público é um despesas, contemplando toda e qualquer instituição documento legal de previsão de receitas e estimativas pública.de despesas a serem realizadas pelo governo em um Anualidade/Periodicidade – o orçamento determinado período de tempo. Observamos cobre um período limitado de um ano que, no Brasil, também que ele não traduzia a preocupação com corresponde ao exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. planos governamentais de desenvolvimento, Estabelece um período limitado de tempo para as tratando-se assim de mera peça contábil - financeira. estimativas de receita e fixação da despesa,

Ocorre que, com o aumento da intervenção compreendendo o período de um exercício, ao qual estatal na vida da sociedade, torna-se cada vez mais chamamos de ano fiscal.necessário planejar as ações do Estado, daí ser o Tem, ainda, que ser objeto de lei específica, orçamento público, hoje, utilizado como instrumento exclusiva e especificativa (não global) e obedecido o de planejamento dessas ações, adquirindo, então, um equilíbrio receita versus despesa, que, afora as aspecto dinâmico, ao contrário do superado constitucionais, devem ter declarado o seu valor bruto orçamento tradicional, que possuía caráter e jamais podem ser alvo de destinação ou vinculação eminentemente estático. tributária, que não sejam as expressas na Carta Maior

Considerando que os primeiros orçamentos ele exige, também, a publicação, com toda a sua conhecidos eram de cunho tradicional, que programação (enquadramento das despesas em concebiam apenas ênfase ao gasto do setor público, classificações, de modo a ficar clara a definição a que vemos que não passavam de simples documentos de ela corresponde), em Diário Oficial.previsão de receita e autorização de despesas, não possuindo qualquer vínculo ou ligação com um Autorizativo ou impositivos istema de planejamento governamental . Simplesmente, estimava o quanto se arrecadaria no Em um país como o nosso, com a cidadania ano e decidia-se onde gastar, sem qualquer prioridade em tênue construção e onde pululam os escândalos, a ou senso de equidade na distribuição de riquezas. todo o momento (sanguessugas e outros), as mazelas

Hoje, vige o conceito de Orçamento- orçamentárias do país vão ficar mais expostas. Programa. Nele, o orçamento torna-se um conjunto Os defensores da teoria impositiva, como ex-de ações vinculadas a um processo de planejamento presidente da Câmara e atual Vice-Presidente da público com objetivos e metas a alcançar durante um República, Michel Temer, argumentam que a Lei do período de tempo. Ou seja, a sua ênfase é nas Orçamento é uma das únicas leis que podem não ser realizações e, para isso, é feito um diagnóstico sobre a cumpridas. Para ele, um contrassenso no Estado de situação econômica do país e suas perspectivas. Direito porque toda lei, por definição, é impositiva. "A

De toda sorte, a peça orçamentária é interpretação corrente de que o Orçamento é uma lei subjugada a certos princípios, com destaque para: autorizativa é claramente inconstitucional, pois é uma

Unidade – Um só orçamento no exercício, exceção ao princípio constitucional pelo qual para cada ente federativo (um para a União, um para ninguém pode fazer ou deixar de fazer algo, senão em cada Estado, e um para cada Município). E ele tem que virtude de Lei. E não existe nenhuma regra na ser fundamentado e estruturado uniformemente. Constituição que diga que o Orçamento seja

Universalidade – A peça orçamentária deve autorizativo. Até agora, ninguém atentou para a agregar todas as receitas e despesas dos poderes, inconstitucionalidade de uma lei por ser meramente fundos, entidades diretas ou indiretas. A Lei autorizativa", lembrou Temer, enumerando três orçamentária deve incorporar todas as receitas e vantagens do Orçamento impositivo:

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CONCLUSÃO: ORÇAMENTO AUTORIZATIVO OU IMPOSITIVO?Figura 15: Orçamento fiscal e da seguridade social do

Distrito Federal no ano base de 2011, segundo as categorias econômicas

1.

Confere maiores poderes ao Legislativo e maior credibilidade ao próprio orçamento;

2. Dá ao parlamentar a certeza de que sua emenda será efetivamente cumprida após a aprovação orçamentária, e

3. Garante um maior controle das possíveis alterações no Orçamento. Isso é, se o governo não puder cumprir, ele pode enviar ao Congresso um novo projeto justificando o não cumprimento.

A título de exemplo, apresentamos o Federal no ano base de 2011, segundo as categorias orçamento fiscal e da seguridade social do Distrito econômicas.

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O Regime Próprio de Previdência Social – E s s e s d e m o n s t r a t i v o s d e v e m s e r RPPS, de caráter contributivo, é o regime assegurado d isponib i l i zados para o conhecimento e aos servidores públicos, titulares de cargos efetivos, da acompanhamento dos servidores, como forma de União, dos Estados, do Distrito Federal e dos fiscalizar e controlar os recursos, para evitar o Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, até favorecimento de fraudes. A transparência dessas o limite do RGPS. operações é fator fundamental para o sucesso desse

Os RPPS´s estão sujeitos à orientação, modelo. supervisão, controle e fiscalização do Ministério da Previdência Social. O custo previdenciário do Regime Próprio é

Esse regime tem como finalidade garantir o financiado pelas seguintes fontes de recursos: pagamento dos benefícios previdenciários aos seus contribuições patronais; contribuições dos servidores segurados e dependentes. Para que isso ocorra, deve ativos, inativos e de pensionistas, estes dois últimos haver contribuições por parte dos servidores e do somente se perceberem proventos acima do teto Poder Público contratante. instituído para o Regime Geral de Previdência Social;

Os recursos recebidos são destinados compensação previdenciária.unicamente para o pagamento dos benefícios Os Regimes Próprios de Previdência Social previdenciários, com exceção para as despesas dos servidores públicos foram regulamentados pela administrativas do RPPS. Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e pelas

Os benefícios previdenciários, na maioria Portarias nº 4.882, de 16 de dezembro de 1998, e nº dos municípios, dão-se através do modelo 4.992, de 5 de fevereiro de 1999. capitalizado modalidade de BENEFÍCIO DEFINIDO e A Lei 9.717/98 foi o primeiro diploma legal a CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA, na forma da EC 41/2003, fixar regras gerais para a organização e o conforme: funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência

- patrimônio acumulado; Social dos Servidores Públicos da União, dos Estados, - contribuições a serem recebidas; do Distrito Federal e dos Municípios, e assim dispõe - benefícios a serem pagos. sobre eles no seu Art. 1º: “Os regimes próprios de

previdência social dos servidores públicos, civis e Esse modelo impõe um complexo sistema militares, da União, dos Estados, do Distrito Federal e

de cálculo do seu custo e financiamento, exigindo um dos Municípios deverão ser organizados, baseados acompanhamento constante nas avaliações dos em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo d e m o n s t r a t i vo s c o n t á b e i s , f i n a n c e i ro s e a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial”orçamentários.

Dentre outros requisitos para organização e este atenderá a suas finalidades com eficiência e funcionamento dos Regimes Próprios, a Lei 9.717/98 eficácia. Todavia, é necessário também que se propicie chama a atenção para o princípio da publicidade e a formação de conhecimento suficiente para avaliar e efetividade. Para tanto, Para tanto, estabelece que os validar essas prestações de contas e mais, que se Regimes Próprios devem garantir pleno acesso às ofereça uma melhor instrumentalização para que se i n f o r m a ç õ e s r e l a t i v a s à s u a g e s t ã o , possa responsabilizar os gestores previdenciários que determinando, também, a participação de se pautarem por uma atuação não muito digna. representantes dos servidores públicos e dos Relativamente à fiscalização da gestão dos militares ativos e inativos, nos colegiados e Regimes Próprios, esta deve ser regulamentada, na instâncias de decisão, nos quais haverá discussão esfera de cada um dos entes federados, pela legislação e deliberação sobre seus interesses. que o institui e a disciplina, sempre se tendo em conta

A obrigação dos gestores em prestar contas que, como decorrência da regra inserida no Art. 59 da de sua atuação e, mais do que isso, de atenderem às Lei de Responsabilidade Fiscal, esta também é uma metas estabelecidas, com a participação dos atribuição inerente aos Tribunais de Contas e ao segurados na gestão do regime previdenciário Ministério Público.mostrou-se a forma mais efetiva de se garantir que

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Pelo modo impositivo de orçamento, o responsabilidade, nem econômica, nem financeira, governo será obrigado, em princípio, a realizar todas nem com o país. É, mais ou menos, como o as despesas previstas no Orçamento da União. entendimento da matilha, na partilha da caça. Nesse

O u t r o a r g u m e n t o p r ó - i m p o s i ç ã o jogo de favores e concessões, a parte livre do orçamentária é o que prega que o orçamento orçamento é, literalmente, estraçalhada. impositivo, adotado nas democracias mais O d e s p e r d í c i o d a í r e s u l t a n t e é desenvolvidas, não obriga o Tesouro, naturalmente, a diametralmente oposto a qualquer princípio de pagar por ambulâncias superfaturadas. Mas o planejamento. Lógico que sempre se aproveita algo governo terá maior dificuldade, sob o novo regime, positivo, desse caleidoscópio. Mas a que preço? Afinal, para conter malandragem – se tiver interesse em não há garantia de que o que foi iniciado seja contê-la. concluído. Um desperdício lastimável de recursos

Pelo regime em vigor, o orçamento apenas públicos! autoriza os chamados gastos discricionários, sem, No orçamento brasileiro, a maior parte da porém, torná-los obrigatórios. Esses gastos incluem os receita – mais de 80% – tem destinação obrigatória, investimentos e parte do custeio. As emendas de por lei. Isso engessa a programação financeira do parlamentares, incluídas as bandalheiras de governo, prejudicando o planejamento. E essa parcela sanguessugas e assemelhadas, entram nessa parte da ainda é flagelada pelas emendas.programação financeira. Em um quadro democrático como o nosso, a

Essa é uma das desvantagens políticas no imposição orçamentária seria um desastre. sistema em vigor. Como os gastos são facultativos, o Alinhar o Brasil às democracias mais Tesouro age pelas conveniências particulares do avançadas é imperativo. Como potencia emergente, o grupo no poder, na liberação dos recursos, podendo grau de cidadania deve evoluir. Voltamos então ao privilegiar emendas de parlamentares amigos. Uma ponto crucial: Educação! Civismo! Controle Social dos cooptação, um favorecimento anti-cidadão e uma atos da Administração Pública, em especial dos barganha vergonhosa. parlamentos federados. Não temos mais como deixar

Por sua vez, o Tesouro pode congelar verbas, que as questões institucionais de maior alcance durante algum tempo, e assim distribuir os gastos continuem a repousar em terra sem dono e sem durante o ano, de acordo com a evolução da receita. pretendentes.

A não imposição o deixa livre para, C o m o d e f e n s o r a d o s p r i n c í p i o s simplesmente, ignorar certas emendas e deixar de democráticos e da disseminação constante da cultura realizar algumas despesas. Isso explica os sucessivos cívica, em nosso país, a FENAFISCO não tem como superávits primários, no ajuste progressivo das contas defender posição diferente. Sopesados os riscos à públicas. nação, entendemos ser apropriado que permaneça a

Os críticos da imposição alegam que não há peça autorizativa até que surja sustentada e perene, a seriedade no processo orçamentário do Congresso consciência cidadã que visualize a importância, no Nacional. Isso ocorre pela acomodação e adaptação processo político das decisões fiscais, a supremacia das estimativas de arrecadação, de modo a moldá-la dos princípios norteadores das Finanças Públicas, às emendas parlamentares. E elas são milhares, sequer sobre a economia e os interesses menores, discutidas, mas aprovadas após processo de particulares ou de grupos. barganha. É um apoiando ao outro. Não há

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O Regime Próprio de Previdência Social – E s s e s d e m o n s t r a t i v o s d e v e m s e r RPPS, de caráter contributivo, é o regime assegurado d isponib i l i zados para o conhecimento e aos servidores públicos, titulares de cargos efetivos, da acompanhamento dos servidores, como forma de União, dos Estados, do Distrito Federal e dos fiscalizar e controlar os recursos, para evitar o Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, até favorecimento de fraudes. A transparência dessas o limite do RGPS. operações é fator fundamental para o sucesso desse

Os RPPS´s estão sujeitos à orientação, modelo. supervisão, controle e fiscalização do Ministério da Previdência Social. O custo previdenciário do Regime Próprio é

Esse regime tem como finalidade garantir o financiado pelas seguintes fontes de recursos: pagamento dos benefícios previdenciários aos seus contribuições patronais; contribuições dos servidores segurados e dependentes. Para que isso ocorra, deve ativos, inativos e de pensionistas, estes dois últimos haver contribuições por parte dos servidores e do somente se perceberem proventos acima do teto Poder Público contratante. instituído para o Regime Geral de Previdência Social;

Os recursos recebidos são destinados compensação previdenciária.unicamente para o pagamento dos benefícios Os Regimes Próprios de Previdência Social previdenciários, com exceção para as despesas dos servidores públicos foram regulamentados pela administrativas do RPPS. Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e pelas

Os benefícios previdenciários, na maioria Portarias nº 4.882, de 16 de dezembro de 1998, e nº dos municípios, dão-se através do modelo 4.992, de 5 de fevereiro de 1999. capitalizado modalidade de BENEFÍCIO DEFINIDO e A Lei 9.717/98 foi o primeiro diploma legal a CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA, na forma da EC 41/2003, fixar regras gerais para a organização e o conforme: funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência

- patrimônio acumulado; Social dos Servidores Públicos da União, dos Estados, - contribuições a serem recebidas; do Distrito Federal e dos Municípios, e assim dispõe - benefícios a serem pagos. sobre eles no seu Art. 1º: “Os regimes próprios de

previdência social dos servidores públicos, civis e Esse modelo impõe um complexo sistema militares, da União, dos Estados, do Distrito Federal e

de cálculo do seu custo e financiamento, exigindo um dos Municípios deverão ser organizados, baseados acompanhamento constante nas avaliações dos em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo d e m o n s t r a t i vo s c o n t á b e i s , f i n a n c e i ro s e a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial”orçamentários.

Dentre outros requisitos para organização e este atenderá a suas finalidades com eficiência e funcionamento dos Regimes Próprios, a Lei 9.717/98 eficácia. Todavia, é necessário também que se propicie chama a atenção para o princípio da publicidade e a formação de conhecimento suficiente para avaliar e efetividade. Para tanto, Para tanto, estabelece que os validar essas prestações de contas e mais, que se Regimes Próprios devem garantir pleno acesso às ofereça uma melhor instrumentalização para que se i n f o r m a ç õ e s r e l a t i v a s à s u a g e s t ã o , possa responsabilizar os gestores previdenciários que determinando, também, a participação de se pautarem por uma atuação não muito digna. representantes dos servidores públicos e dos Relativamente à fiscalização da gestão dos militares ativos e inativos, nos colegiados e Regimes Próprios, esta deve ser regulamentada, na instâncias de decisão, nos quais haverá discussão esfera de cada um dos entes federados, pela legislação e deliberação sobre seus interesses. que o institui e a disciplina, sempre se tendo em conta

A obrigação dos gestores em prestar contas que, como decorrência da regra inserida no Art. 59 da de sua atuação e, mais do que isso, de atenderem às Lei de Responsabilidade Fiscal, esta também é uma metas estabelecidas, com a participação dos atribuição inerente aos Tribunais de Contas e ao segurados na gestão do regime previdenciário Ministério Público.mostrou-se a forma mais efetiva de se garantir que

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Transparência e Fiscalização

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Pelo modo impositivo de orçamento, o responsabilidade, nem econômica, nem financeira, governo será obrigado, em princípio, a realizar todas nem com o país. É, mais ou menos, como o as despesas previstas no Orçamento da União. entendimento da matilha, na partilha da caça. Nesse

O u t r o a r g u m e n t o p r ó - i m p o s i ç ã o jogo de favores e concessões, a parte livre do orçamentária é o que prega que o orçamento orçamento é, literalmente, estraçalhada. impositivo, adotado nas democracias mais O d e s p e r d í c i o d a í r e s u l t a n t e é desenvolvidas, não obriga o Tesouro, naturalmente, a diametralmente oposto a qualquer princípio de pagar por ambulâncias superfaturadas. Mas o planejamento. Lógico que sempre se aproveita algo governo terá maior dificuldade, sob o novo regime, positivo, desse caleidoscópio. Mas a que preço? Afinal, para conter malandragem – se tiver interesse em não há garantia de que o que foi iniciado seja contê-la. concluído. Um desperdício lastimável de recursos

Pelo regime em vigor, o orçamento apenas públicos! autoriza os chamados gastos discricionários, sem, No orçamento brasileiro, a maior parte da porém, torná-los obrigatórios. Esses gastos incluem os receita – mais de 80% – tem destinação obrigatória, investimentos e parte do custeio. As emendas de por lei. Isso engessa a programação financeira do parlamentares, incluídas as bandalheiras de governo, prejudicando o planejamento. E essa parcela sanguessugas e assemelhadas, entram nessa parte da ainda é flagelada pelas emendas.programação financeira. Em um quadro democrático como o nosso, a

Essa é uma das desvantagens políticas no imposição orçamentária seria um desastre. sistema em vigor. Como os gastos são facultativos, o Alinhar o Brasil às democracias mais Tesouro age pelas conveniências particulares do avançadas é imperativo. Como potencia emergente, o grupo no poder, na liberação dos recursos, podendo grau de cidadania deve evoluir. Voltamos então ao privilegiar emendas de parlamentares amigos. Uma ponto crucial: Educação! Civismo! Controle Social dos cooptação, um favorecimento anti-cidadão e uma atos da Administração Pública, em especial dos barganha vergonhosa. parlamentos federados. Não temos mais como deixar

Por sua vez, o Tesouro pode congelar verbas, que as questões institucionais de maior alcance durante algum tempo, e assim distribuir os gastos continuem a repousar em terra sem dono e sem durante o ano, de acordo com a evolução da receita. pretendentes.

A não imposição o deixa livre para, C o m o d e f e n s o r a d o s p r i n c í p i o s simplesmente, ignorar certas emendas e deixar de democráticos e da disseminação constante da cultura realizar algumas despesas. Isso explica os sucessivos cívica, em nosso país, a FENAFISCO não tem como superávits primários, no ajuste progressivo das contas defender posição diferente. Sopesados os riscos à públicas. nação, entendemos ser apropriado que permaneça a

Os críticos da imposição alegam que não há peça autorizativa até que surja sustentada e perene, a seriedade no processo orçamentário do Congresso consciência cidadã que visualize a importância, no Nacional. Isso ocorre pela acomodação e adaptação processo político das decisões fiscais, a supremacia das estimativas de arrecadação, de modo a moldá-la dos princípios norteadores das Finanças Públicas, às emendas parlamentares. E elas são milhares, sequer sobre a economia e os interesses menores, discutidas, mas aprovadas após processo de particulares ou de grupos. barganha. É um apoiando ao outro. Não há

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Como qualquer outro s i s tema de A capitalização, por sua vez, significa que o previdência social, aquele que atende aos servidores sistema possui um fundo de ativos, gerado pela públicos pode funcionar em regime de repartição acumulação das contribuições dos participantes simples ou em regime de capitalização. No primeiro ativos e do poder Público contratante, o qual garante caso, os benefícios dos participantes assistidos o pagamento dos benefícios estabelecidos na EC (aposentados e pensionistas) são pagos com as 41/2003. As reservas são constituídas ao longo da vida contribuições recebidas dos servidores ativos e laboral do servidor, de modo que cada geração de aposentados, não se constituindo, portanto, uma servidores constitui as reservas capitalizadas, que irão acumulação de recursos no interior do sistema. garantir o pagamento de seus próprios benefícios.

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Alguns regimes próprios decidiram repartição para um de capitalização, mas exige uma constituir dois fundos de ativos separados para o capacidade contributiva maior do ente público.custeio dos seus regimes próprios de previdência. Um O outro tipo é a criação de um fundo de dos fundos (de natureza mais financeira) incumbir-se- ativos único com o propósito de cobrir o custeio da á do pagamento do estoque existente de benefícios previdência funcional. Nessa configuração, o regime concedidos ou a serem concedidos num futuro breve próprio de previdência continua a funcionar em (próximos cinco anos) e o outro (de caráter mais regime de repartição, só que com a introdução de um previdenciário) irá capitalizar recursos para mecanismo de pré-capitalização. A constituição desse pagamento de benefícios futuros. O fundo financeiro fundo alivia parcialmente o Tesouro do ente público extinguir-se-á com o término do estoque existente de de seus gastos com pagamento de benefícios servidores inativos e pensionistas e os benefícios previdenciários e permite que a previdência funcional futuros serão f inanciados num regime de incorpore os ganhos obtidos com os investimentos capitalização integral, coberto pelos recursos dos ativos.acumulado no fundo previdenciário. Esse é um arranjo ideal para a transição de um regime de

APLICAÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS Se for constituído um fundo financeiro para termos de risco-retorno. Para obter retornos mais

custeio do regime próprio de previdência far-se-á elevados um investidor deve sujeitar-se a um grau necessário definir uma política de aplicação para esse maior de risco. Os fundos de investimento nos quais os fundo pautada nos critérios de rentabilidade e recursos do regime próprio serão aplicados podem ter segurança, respeitados os limites impostos pela um perfil agressivo, moderado ou conservador, legislação vigente. Atualmente, os investimentos dos dependendo dos papéis que irão compor sua carteira. fundos previdenciários constituídos pelos estados e As aplicações em renda variável ou o uso de municípios são regidos pela Resolução nº 2.652, de 23 instrumentos derivativos para alavancar o fundo de setembro de 1999 do Conselho Monetário tendem a sujeitar o investidor a um maior grau de Nacional. volatilidade (oscilação nos retornos). Alguns fundos

O primeiro passo nessa área é a definição de de investimento mais agressivos podem inclusive uma política de investimentos. Tal política deve provocar perdas superiores ao seu patrimônio líquido, estabelecer, respeitada a legislação vigente, a meta de obrigando os investidores a realizarem aportes retorno do fundo previdenciário e o seu perfil em adicionais.

ESTATÍSTICAS DOS REGIMES PRÓPRIOSNeste item serão apresentados os dados servidores civis e militares dos estados e municípios

estatísticos dos regimes próprios dos estados e no ano de 2010. São mais de 5, 2 milhões de servidores municípios. ativos, mais de 1,7 milhões de servidores inativos e

A tabela 1 elenca o quantitativo dos mais de 645 mil pensionistas em todo o Brasil.

Tabela 1: Quantidade de servidores civis e militaresdos regimes próprios de estados e municípios

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

TIPOS DE REGIMES PRÓPRIOS

ESTRUTURAÇÃO DOS FUNDOS PREVIDENCIÁRIOS

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Como qualquer outro s i s tema de A capitalização, por sua vez, significa que o previdência social, aquele que atende aos servidores sistema possui um fundo de ativos, gerado pela públicos pode funcionar em regime de repartição acumulação das contribuições dos participantes simples ou em regime de capitalização. No primeiro ativos e do poder Público contratante, o qual garante caso, os benefícios dos participantes assistidos o pagamento dos benefícios estabelecidos na EC (aposentados e pensionistas) são pagos com as 41/2003. As reservas são constituídas ao longo da vida contribuições recebidas dos servidores ativos e laboral do servidor, de modo que cada geração de aposentados, não se constituindo, portanto, uma servidores constitui as reservas capitalizadas, que irão acumulação de recursos no interior do sistema. garantir o pagamento de seus próprios benefícios.

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Alguns regimes próprios decidiram repartição para um de capitalização, mas exige uma constituir dois fundos de ativos separados para o capacidade contributiva maior do ente público.custeio dos seus regimes próprios de previdência. Um O outro tipo é a criação de um fundo de dos fundos (de natureza mais financeira) incumbir-se- ativos único com o propósito de cobrir o custeio da á do pagamento do estoque existente de benefícios previdência funcional. Nessa configuração, o regime concedidos ou a serem concedidos num futuro breve próprio de previdência continua a funcionar em (próximos cinco anos) e o outro (de caráter mais regime de repartição, só que com a introdução de um previdenciário) irá capitalizar recursos para mecanismo de pré-capitalização. A constituição desse pagamento de benefícios futuros. O fundo financeiro fundo alivia parcialmente o Tesouro do ente público extinguir-se-á com o término do estoque existente de de seus gastos com pagamento de benefícios servidores inativos e pensionistas e os benefícios previdenciários e permite que a previdência funcional futuros serão f inanciados num regime de incorpore os ganhos obtidos com os investimentos capitalização integral, coberto pelos recursos dos ativos.acumulado no fundo previdenciário. Esse é um arranjo ideal para a transição de um regime de

APLICAÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS Se for constituído um fundo financeiro para termos de risco-retorno. Para obter retornos mais

custeio do regime próprio de previdência far-se-á elevados um investidor deve sujeitar-se a um grau necessário definir uma política de aplicação para esse maior de risco. Os fundos de investimento nos quais os fundo pautada nos critérios de rentabilidade e recursos do regime próprio serão aplicados podem ter segurança, respeitados os limites impostos pela um perfil agressivo, moderado ou conservador, legislação vigente. Atualmente, os investimentos dos dependendo dos papéis que irão compor sua carteira. fundos previdenciários constituídos pelos estados e As aplicações em renda variável ou o uso de municípios são regidos pela Resolução nº 2.652, de 23 instrumentos derivativos para alavancar o fundo de setembro de 1999 do Conselho Monetário tendem a sujeitar o investidor a um maior grau de Nacional. volatilidade (oscilação nos retornos). Alguns fundos

O primeiro passo nessa área é a definição de de investimento mais agressivos podem inclusive uma política de investimentos. Tal política deve provocar perdas superiores ao seu patrimônio líquido, estabelecer, respeitada a legislação vigente, a meta de obrigando os investidores a realizarem aportes retorno do fundo previdenciário e o seu perfil em adicionais.

ESTATÍSTICAS DOS REGIMES PRÓPRIOSNeste item serão apresentados os dados servidores civis e militares dos estados e municípios

estatísticos dos regimes próprios dos estados e no ano de 2010. São mais de 5, 2 milhões de servidores municípios. ativos, mais de 1,7 milhões de servidores inativos e

A tabela 1 elenca o quantitativo dos mais de 645 mil pensionistas em todo o Brasil.

Tabela 1: Quantidade de servidores civis e militaresdos regimes próprios de estados e municípios

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

TIPOS DE REGIMES PRÓPRIOS

ESTRUTURAÇÃO DOS FUNDOS PREVIDENCIÁRIOS

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A tabela 2 apresenta as alíquotas de para o financiamento dos benefícios previdenciários contribuição dos servidores da união e dos estados no ano de 2009.

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Tabela 2: Alíquotas de contribuição de servidores ativos, inativos e pensionistas da União e dos Estados – 2009

UNIÃO 22% 11% 11% 11% Alíquotas definidas na Lei nº 10.887, de 18/06/2004.

REGIÃO NORTE Rondônia 11,5% 11% 11% 11% Alíquotas previstas na

Lei nº 524, de 28/09/2009.

Acre

11%

11%

11%

11%

A Lei Complementar nº 154, de 08/12/2005 ,

manteve

a alíquota de 11% para o ente e altera as alíquotas dos servidores de 8% para 11%.

Amazonas

22%

11%

11%

11%

O

art. 1º da Lei Complementar nº 43, de 20/05/2005,

alterou a Lei Complementar nº 30,

de 27/12/2001, definindo as alíquotas de contribuição dos ativos, inativos e pensionistas e do ente.

Roraima

14%

11%

11%

11%

As alíquotas foram previstas na L ei Complementar nº 79, de 18/10/2004, que altera a Lei Complementar nº 30/1999

e a Lei Complementar nº54/2001.

Pará

18%

11%

11%

11%

A

Lei Complementar nº 49, de 24/01/2005,

institui as alíquotas dos aposentados epensionistas e altera a alíquota dos servidores ativos de 10% para 11%. A contribuição do Estado foi definida na Lei Complementar nº 51, de 25/01/2006.

Amapá

12%

11%

11%

11%

A Lei nº 915, de 18/08/2005,

altera as alíquotas contributivas do ente de 5% para 12% e dos segurados de 8% para 11%.

Tocantins

12%

11%

11%

11%

A Lei nº 1.614, de 06/10/2005,

manteve a alíquota dos segurados em 11%.

REGIÃO NORDESTE

Maranhão

15%

11%

11%

11%

Previsão de alíquotas contributivas para os servidores inativos e pensionistas pela Lei nº 73, de 04/02/2004 , bem como alteração da contribuição do ente e do servidor ativo. A Lei

Complementar nº 82, de 30/05/2005,

altera a alíquota do ente de 16% para 15%.

Piauí 22% 11% para quem recebe

até R$ 1.200,00 e 12% para quem recebe acima deste

valor

12% 12% Alíquotas escalonadas para os servidores ativos descritas na Lei nº 40, de 14/06/2004. Alíquota do ente, única, de 22%, na Lei Complementar nº 40/2004. A

Lei

Complementar nº 43, de 20/12/2004,

estabelece

alíquotas contributivas para os inativos e pensionistas.

Ceará

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 13.578, de 21/01/2005. A mesma lei

prevê que a contribuição do Estado será o dobro da contribuição do servidor ativo.

Rio Grande do

Norte

22%

11%

11%

11%

Os servidores ativos passaram a contribuir com uma alíquota única de 11%, em razão da edição da Lei nº 8 .633, de 03/02/2005. A alíquota de contribuição dos inativos e pensionistas passou a ser única, de 11%. A alíquota do ente foi alterada para 22% por força da Lei nº 8.816, de 29/03/2006.

Paraíba

22%

11%

11%

11%

Alíquotas previstas na

Lei nº 7.517, de 30/12/2003. A Lei nº 8.185, de 10/03/2007 ,

altera a alíquota do ente de 18% para 22%.

Pernambuco

27%

13,5%

13,5%

13,5%

A Lei nº 147, publicada em 04/12/2009 ,

prevê uma alíquota de contribuição para o Estado de 27%. A lei prevê a aplicação da vigência de 90 dias da publicação.

Alagoas

11%

11%

11%

11%

A Lei nº 6.288, de 28/03/2002,

prevê alíquota para o ente. A Lei nº 6.585, de 29/03/05,

fixou alíquotas contributivas para os ativos, inativos e pensionistas.

Sergipe

20%

13%

13%

13%

A Lei

Complementar nº 113/2005

define as alíquotas dos segurados ativos, inativos e pensionistas de 13%. A Lei Complementar nº 118/2006, altera a Lei Complementar nº113/2005

passando a alíquota do ente de 13% para 20%

Page 41: Revista Visão FENAFISCO

A tabela 2 apresenta as alíquotas de para o financiamento dos benefícios previdenciários contribuição dos servidores da união e dos estados no ano de 2009.

4140

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Tabela 2: Alíquotas de contribuição de servidores ativos, inativos e pensionistas da União e dos Estados – 2009

UNIÃO 22% 11% 11% 11% Alíquotas definidas na Lei nº 10.887, de 18/06/2004.

REGIÃO NORTE Rondônia 11,5% 11% 11% 11% Alíquotas previstas na

Lei nº 524, de 28/09/2009.

Acre

11%

11%

11%

11%

A Lei Complementar nº 154, de 08/12/2005 ,

manteve

a alíquota de 11% para o ente e altera as alíquotas dos servidores de 8% para 11%.

Amazonas

22%

11%

11%

11%

O

art. 1º da Lei Complementar nº 43, de 20/05/2005,

alterou a Lei Complementar nº 30,

de 27/12/2001, definindo as alíquotas de contribuição dos ativos, inativos e pensionistas e do ente.

Roraima

14%

11%

11%

11%

As alíquotas foram previstas na L ei Complementar nº 79, de 18/10/2004, que altera a Lei Complementar nº 30/1999

e a Lei Complementar nº54/2001.

Pará

18%

11%

11%

11%

A

Lei Complementar nº 49, de 24/01/2005,

institui as alíquotas dos aposentados epensionistas e altera a alíquota dos servidores ativos de 10% para 11%. A contribuição do Estado foi definida na Lei Complementar nº 51, de 25/01/2006.

Amapá

12%

11%

11%

11%

A Lei nº 915, de 18/08/2005,

altera as alíquotas contributivas do ente de 5% para 12% e dos segurados de 8% para 11%.

Tocantins

12%

11%

11%

11%

A Lei nº 1.614, de 06/10/2005,

manteve a alíquota dos segurados em 11%.

REGIÃO NORDESTE

Maranhão

15%

11%

11%

11%

Previsão de alíquotas contributivas para os servidores inativos e pensionistas pela Lei nº 73, de 04/02/2004 , bem como alteração da contribuição do ente e do servidor ativo. A Lei

Complementar nº 82, de 30/05/2005,

altera a alíquota do ente de 16% para 15%.

Piauí 22% 11% para quem recebe

até R$ 1.200,00 e 12% para quem recebe acima deste

valor

12% 12% Alíquotas escalonadas para os servidores ativos descritas na Lei nº 40, de 14/06/2004. Alíquota do ente, única, de 22%, na Lei Complementar nº 40/2004. A

Lei

Complementar nº 43, de 20/12/2004,

estabelece

alíquotas contributivas para os inativos e pensionistas.

Ceará

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 13.578, de 21/01/2005. A mesma lei

prevê que a contribuição do Estado será o dobro da contribuição do servidor ativo.

Rio Grande do

Norte

22%

11%

11%

11%

Os servidores ativos passaram a contribuir com uma alíquota única de 11%, em razão da edição da Lei nº 8 .633, de 03/02/2005. A alíquota de contribuição dos inativos e pensionistas passou a ser única, de 11%. A alíquota do ente foi alterada para 22% por força da Lei nº 8.816, de 29/03/2006.

Paraíba

22%

11%

11%

11%

Alíquotas previstas na

Lei nº 7.517, de 30/12/2003. A Lei nº 8.185, de 10/03/2007 ,

altera a alíquota do ente de 18% para 22%.

Pernambuco

27%

13,5%

13,5%

13,5%

A Lei nº 147, publicada em 04/12/2009 ,

prevê uma alíquota de contribuição para o Estado de 27%. A lei prevê a aplicação da vigência de 90 dias da publicação.

Alagoas

11%

11%

11%

11%

A Lei nº 6.288, de 28/03/2002,

prevê alíquota para o ente. A Lei nº 6.585, de 29/03/05,

fixou alíquotas contributivas para os ativos, inativos e pensionistas.

Sergipe

20%

13%

13%

13%

A Lei

Complementar nº 113/2005

define as alíquotas dos segurados ativos, inativos e pensionistas de 13%. A Lei Complementar nº 118/2006, altera a Lei Complementar nº113/2005

passando a alíquota do ente de 13% para 20%

Page 42: Revista Visão FENAFISCO

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Bahia

24%

12%

12%

12%

Contribuições dosservidores ativosdefinidas na Lei nº 7.249, de 07/01/1998 , e do Estado na Lei nº 9.444, de 26/04/2005 , que alterou a Lei nº 7.249/1998. A Lei nº 9.003, de 31/01/2004 ,

instituiu contribuições para os inativos e pensionistas.

REGIÃO SUDESTE

Minas Gerais

11%

11%

11%

11%

A Lei Complementar nº 77, de 13/01/04,

definiu a contribuição dosservidores ativos, inativos e pensionistas e a Lei nº 79, de 30/07/2004 ,

definiu a contribuição do Estado.

Espírito Santo

22%

11%

11%

11%

Alíquotas de contribuição definidas pela Lei nº 282, de 22/04/2004.

Rio de Janeiro

22%

11%

11%

11%

Alíquota do ente majorada pela Lei nº 4.765/2006.

Alíquotas dos ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 4.275, de 06/02/2004.

São Paulo

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos, inativ os e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 1.012, de 05/07/2007 . Alíquota do ente definida pela Lei

Complementar nº 1.010, de 12/05/78.

REGIÃO SUL

Paraná

10% até R$1.200,00; 14% sobre o

que ultra-passar

R$1.200,00.

10% até R$1.200,00; 14% sobre o

que ultra-passar

R$1.200,00.

Alíquotas dos ativos e do ente previstas na

Lei nº 12.398, de 30/12/1998 . Não há lei vigente definindo alíquota de contribuição dos inativos e pensionistas.

Santa Catarina

11%

11%

11%

11%

Alíquotas dos serv idores ativos, inativos e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 266, de 04/02/2004 ; alíquota do Estado definida pela Lei

Complementar nº 412, de 26/06/2008 : Fundo Financeiro, com alíquota patronal de 22% e Fundo Previdenciário, comalíquota patronal de 11%.

Rio Grande do Sul

22%

11%

11%

11%

Alíquotas definidas na Lei Complementar nº 12.065, de 29/03/2004.

REGIÃO CENTRO OESTE

Mato Grosso 22% 11% 11% 11% Alíquotas dos servidores ativos, inativos e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 202, de 28/12/2004 . A Lei Complementar nº 254, de 02/10/2006 ,alterou a alíquota do ente para 22%.

Mato Grosso do Sul

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 3.150, de 22/12/2005.

Goiás

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos definida na Lei Complementar nº 29, de 12/04/2000; alíquotas para os inativos e pensionistas instituídas pela Lei Complementar nº 46, de 19/01/2004 ; alíquota para o Estado definida na Lei nº 13.903, de 19/09/2001.

Distrito Federal

22%

11%

11%

11%

O Artigo nº 59 da Lei Complementar nº769/2008 prevê no parágrafo único que as alíquotas de contribuição previstas serão objeto de reavaliação atuarial anual e deverão constar da Lei de DiretrizesOrçamentárias. A Lei nº 4.179, publicada em 21/08/2008, prevê no Anexo VIII uma alíquota de 22% para o patrocinador.

FONTE: MPS/SPS/Departamento dos Regimes de Previdência do Serviço Público - DRPSP/CGNAL(CADPREV).

A tabela 3 mostra o total de recursos dos institutos estaduais e municipais de previdência monetários dos regimes próprios nos estados e em todo o Brasil.municípios e a tabela 4 apresenta a quantidade total

Tabela 3: Total de recursos dos regimes próprios nos estados e municípios

UF ENTE/RPPS Ref.: Out/2010 - R$Bilhões

BR Brasil 49,50

Fonte: CGCEI/SPS/MPS - CADPREV: Demonstrativo Financeiro.

Tabela 4: Quantidade total dos regimes próprios nos estados e municípios

Fonte: CGCEI/SPS/MPS - CADPREV: Demonstrativo Financeiro.

UF ENTE/RPPS Ref.: Out/2010

BR Brasil 1.945

As tabelas 5, 6 e 7 apresentam o resultado capitais e dos municípios do interior.previdenciário, ou seja, como “Receitas”, os valores Verifica-se claramente, na tabela 5, que efetivos de contribuições previdenciárias; e, como apenas alguns estados da região Norte possuem “Despesas”, os valores efetivamente pagos a título de resultados superavitários, respectivamente Rondônia, proventos de aposentadoria e valor de pensões dos Acre, Roraima, Amapá e Tocantins. Todos os demais governos estaduais, dos governos municipais das estados do Brasil apresentam situações deficitárias.

Page 43: Revista Visão FENAFISCO

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Bahia

24%

12%

12%

12%

Contribuições dosservidores ativosdefinidas na Lei nº 7.249, de 07/01/1998 , e do Estado na Lei nº 9.444, de 26/04/2005 , que alterou a Lei nº 7.249/1998. A Lei nº 9.003, de 31/01/2004 ,

instituiu contribuições para os inativos e pensionistas.

REGIÃO SUDESTE

Minas Gerais

11%

11%

11%

11%

A Lei Complementar nº 77, de 13/01/04,

definiu a contribuição dosservidores ativos, inativos e pensionistas e a Lei nº 79, de 30/07/2004 ,

definiu a contribuição do Estado.

Espírito Santo

22%

11%

11%

11%

Alíquotas de contribuição definidas pela Lei nº 282, de 22/04/2004.

Rio de Janeiro

22%

11%

11%

11%

Alíquota do ente majorada pela Lei nº 4.765/2006.

Alíquotas dos ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 4.275, de 06/02/2004.

São Paulo

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos, inativ os e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 1.012, de 05/07/2007 . Alíquota do ente definida pela Lei

Complementar nº 1.010, de 12/05/78.

REGIÃO SUL

Paraná

10% até R$1.200,00; 14% sobre o

que ultra-passar

R$1.200,00.

10% até R$1.200,00; 14% sobre o

que ultra-passar

R$1.200,00.

Alíquotas dos ativos e do ente previstas na

Lei nº 12.398, de 30/12/1998 . Não há lei vigente definindo alíquota de contribuição dos inativos e pensionistas.

Santa Catarina

11%

11%

11%

11%

Alíquotas dos serv idores ativos, inativos e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 266, de 04/02/2004 ; alíquota do Estado definida pela Lei

Complementar nº 412, de 26/06/2008 : Fundo Financeiro, com alíquota patronal de 22% e Fundo Previdenciário, comalíquota patronal de 11%.

Rio Grande do Sul

22%

11%

11%

11%

Alíquotas definidas na Lei Complementar nº 12.065, de 29/03/2004.

REGIÃO CENTRO OESTE

Mato Grosso 22% 11% 11% 11% Alíquotas dos servidores ativos, inativos e pensionistas definidas pela Lei Complementar nº 202, de 28/12/2004 . A Lei Complementar nº 254, de 02/10/2006 ,alterou a alíquota do ente para 22%.

Mato Grosso do Sul

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos, inativos e pensionistas definidas na Lei nº 3.150, de 22/12/2005.

Goiás

22%

11%

11%

11%

Alíquotas dos servidores ativos definida na Lei Complementar nº 29, de 12/04/2000; alíquotas para os inativos e pensionistas instituídas pela Lei Complementar nº 46, de 19/01/2004 ; alíquota para o Estado definida na Lei nº 13.903, de 19/09/2001.

Distrito Federal

22%

11%

11%

11%

O Artigo nº 59 da Lei Complementar nº769/2008 prevê no parágrafo único que as alíquotas de contribuição previstas serão objeto de reavaliação atuarial anual e deverão constar da Lei de DiretrizesOrçamentárias. A Lei nº 4.179, publicada em 21/08/2008, prevê no Anexo VIII uma alíquota de 22% para o patrocinador.

FONTE: MPS/SPS/Departamento dos Regimes de Previdência do Serviço Público - DRPSP/CGNAL(CADPREV).

A tabela 3 mostra o total de recursos dos institutos estaduais e municipais de previdência monetários dos regimes próprios nos estados e em todo o Brasil.municípios e a tabela 4 apresenta a quantidade total

Tabela 3: Total de recursos dos regimes próprios nos estados e municípios

UF ENTE/RPPS Ref.: Out/2010 - R$Bilhões

BR Brasil 49,50

Fonte: CGCEI/SPS/MPS - CADPREV: Demonstrativo Financeiro.

Tabela 4: Quantidade total dos regimes próprios nos estados e municípios

Fonte: CGCEI/SPS/MPS - CADPREV: Demonstrativo Financeiro.

UF ENTE/RPPS Ref.: Out/2010

BR Brasil 1.945

As tabelas 5, 6 e 7 apresentam o resultado capitais e dos municípios do interior.previdenciário, ou seja, como “Receitas”, os valores Verifica-se claramente, na tabela 5, que efetivos de contribuições previdenciárias; e, como apenas alguns estados da região Norte possuem “Despesas”, os valores efetivamente pagos a título de resultados superavitários, respectivamente Rondônia, proventos de aposentadoria e valor de pensões dos Acre, Roraima, Amapá e Tocantins. Todos os demais governos estaduais, dos governos municipais das estados do Brasil apresentam situações deficitárias.

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Tabela 5: Resultado Previdenciário dos governos estaduais do RPPS, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007 24.616.673 46.499.814 –21.883.141 TOTAL....................... ............... 2008 26.031.938 51.609.934 –25.577.996

2009 28.405.305 54.346.643 –25.941.338

2007

2.440.957

1.941.998

498.958

NORTE.................................. 2008 2.107.378 2.202.887 –95.509

2009 2.354.013 2.371.964 –17.951 2007 183.842 92.755 91.088 Rondônia................................. 2008 197.353 115.272 82.080 2009 245.493 147.610 97.883 2007 187.921 110.820 77.101 Acre........................................... 2008 195.665 130.180 65.485

2009 218.611 152.325 66.286 2007 386.215 598.884 –212.669 Amazonas................................ 2008 461.204 684.775 –223.571

2009 493.456 698.794 –205.339

2007 83.595 1.381 82.214 Roraima .................................. 2008 128.661 1.304 127.357

2009 134.607 2.603 132.005 2007 1.199.459 1.034.355 165.104 Pará.......................................... 2008 652.938 1.160.288 –507.350

2009 750.619 1.244.542 –493.923 2007 175.099 11.617 163.482 Amapá...................................... 2008 199.372 8.819 190.553

2009 183.060 8.933 174.127 2007 224.825 92.187 132.638 Tocantins................................. 2008 272.187 102.249 169.938

2009 328.168 117.158 211.010

2007 5.019.394 7.661.935 –2.642.542 NORDESTE.......................... 2008 5.755.457 8.743.554 –2.988.098

2009 6.640.866 9.899.262 –3.258.396 2007 378.384 548.679 –170.295 Maranhão................................. 2008 453.935 648.730 –194.795

2009 525.422 744.342 –218.921 2007 322.137 578.604 –256.467 Piauí.......................................... 2008 362.710 628.772 –266.062

2009 417.290 702.656 –285.367 2007 633.679 1.084.691 –451.012 Ceará........................................ 2008 702.178 1.179.489 –477.310

2009 816.308 1.281.215 –464.907

2007 577.563 642.927 –65.364 Rio Grande do Norte............. 2008 546.123 745.831 –199.708

2009 589.930 846.553 –256.623 2007 406.019 676.822 –270.803 Paraíba..................................... 2008 480.066 758.512 –278.446

2009 574.744 900.240 –325.496

2007 851.984 1.677.158 –825.173 Pernambuco........................... 2008 1.072.664 1.940.212 –867.548

2009 1.253.154 2.103.458 –850.304

2007 147.998 256.025 –108.028 Alagoas (1).............................. 2008 147.998 256.025 –108.028

2009 147.998 256.025 –108.028

2007 369.106 371.260 –2.154

Sergipe..................................... 2008 416.147 478.855 –62.708

2009 519.731 623.925 –104.194

2007 1.332.524 1.825.769 –493.245 Bahia........................................ 2008 1.573.636 2.107.128 –533.492

2009 1.796.289 2.440.846 –644.557

2007 10.244.843 22.420.583 –12.175.740 SUDESTE............................. 2008 10.749.450 24.728.067 –13.978.617

2009 11.733.342 25.595.452 –13.862.110

2007 1.910.818 3.956.597 –2.045.779

Minas Gerais........................... 2008 2.050.614 4.398.968 –2.348.354

2009 2.111.534 4.142.264 –2.030.729

2007 395.287 952.197 –556.910

Espírito Santo......................... 2008 452.195 990.915 –538.720

2009 525.138 1.107.605 –582.467

2007 2.421.958 5.694.839 –3.272.881

Rio de Janeiro........................ 2008 2.478.767 6.318.808 –3.840.041

2009 2.291.085 6.366.989 –4.075.903

2007 5.516.780 11.816.951 –6.300.170 São Paulo................................ 2008 5.767.873 13.019.376 –7.251.503

2009 6.805.585 13.978.595 –7.173.010

2007 3.376.855 9.180.225 –5.803.370

SUL....................................... 2008 3.472.449 9.826.726 –6.354.278

2009 3.424.025 9.593.384 –6.169.358

2007 1.186.982 2.415.442 –1.228.460

Paraná...................................... 2008 1.248.160 2.658.141 –1.409.981 2009 1.385.545 2.950.581 –1.565.036

2007 678.977 1.443.571 –764.594 Santa Catarina........................ 2008 786.555 1.676.135 –889.580

2009 849.013 2.005.050 –1.156.037

2007 1.510.897 5.321.213 –3.810.316

Rio Grande do Sul................. 2008 1.437.734 5.492.451 –4.054.717

2009 1.189.466 4.637.752 –3.448.286

2007 3.534.624 5.295.072 –1.760.448

CENTRO-OESTE................. 2008 3.947.204 6.108.699 –2.161.495

2009 4.253.059 6.886.581 –2.633.522

Page 45: Revista Visão FENAFISCO

4544

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Tabela 5: Resultado Previdenciário dos governos estaduais do RPPS, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007 24.616.673 46.499.814 –21.883.141 TOTAL....................... ............... 2008 26.031.938 51.609.934 –25.577.996

2009 28.405.305 54.346.643 –25.941.338

2007

2.440.957

1.941.998

498.958

NORTE.................................. 2008 2.107.378 2.202.887 –95.509

2009 2.354.013 2.371.964 –17.951 2007 183.842 92.755 91.088 Rondônia................................. 2008 197.353 115.272 82.080 2009 245.493 147.610 97.883 2007 187.921 110.820 77.101 Acre........................................... 2008 195.665 130.180 65.485

2009 218.611 152.325 66.286 2007 386.215 598.884 –212.669 Amazonas................................ 2008 461.204 684.775 –223.571

2009 493.456 698.794 –205.339

2007 83.595 1.381 82.214 Roraima .................................. 2008 128.661 1.304 127.357

2009 134.607 2.603 132.005 2007 1.199.459 1.034.355 165.104 Pará.......................................... 2008 652.938 1.160.288 –507.350

2009 750.619 1.244.542 –493.923 2007 175.099 11.617 163.482 Amapá...................................... 2008 199.372 8.819 190.553

2009 183.060 8.933 174.127 2007 224.825 92.187 132.638 Tocantins................................. 2008 272.187 102.249 169.938

2009 328.168 117.158 211.010

2007 5.019.394 7.661.935 –2.642.542 NORDESTE.......................... 2008 5.755.457 8.743.554 –2.988.098

2009 6.640.866 9.899.262 –3.258.396 2007 378.384 548.679 –170.295 Maranhão................................. 2008 453.935 648.730 –194.795

2009 525.422 744.342 –218.921 2007 322.137 578.604 –256.467 Piauí.......................................... 2008 362.710 628.772 –266.062

2009 417.290 702.656 –285.367 2007 633.679 1.084.691 –451.012 Ceará........................................ 2008 702.178 1.179.489 –477.310

2009 816.308 1.281.215 –464.907

2007 577.563 642.927 –65.364 Rio Grande do Norte............. 2008 546.123 745.831 –199.708

2009 589.930 846.553 –256.623 2007 406.019 676.822 –270.803 Paraíba..................................... 2008 480.066 758.512 –278.446

2009 574.744 900.240 –325.496

2007 851.984 1.677.158 –825.173 Pernambuco........................... 2008 1.072.664 1.940.212 –867.548

2009 1.253.154 2.103.458 –850.304

2007 147.998 256.025 –108.028 Alagoas (1).............................. 2008 147.998 256.025 –108.028

2009 147.998 256.025 –108.028

2007 369.106 371.260 –2.154

Sergipe..................................... 2008 416.147 478.855 –62.708

2009 519.731 623.925 –104.194

2007 1.332.524 1.825.769 –493.245 Bahia........................................ 2008 1.573.636 2.107.128 –533.492

2009 1.796.289 2.440.846 –644.557

2007 10.244.843 22.420.583 –12.175.740 SUDESTE............................. 2008 10.749.450 24.728.067 –13.978.617

2009 11.733.342 25.595.452 –13.862.110

2007 1.910.818 3.956.597 –2.045.779

Minas Gerais........................... 2008 2.050.614 4.398.968 –2.348.354

2009 2.111.534 4.142.264 –2.030.729

2007 395.287 952.197 –556.910

Espírito Santo......................... 2008 452.195 990.915 –538.720

2009 525.138 1.107.605 –582.467

2007 2.421.958 5.694.839 –3.272.881

Rio de Janeiro........................ 2008 2.478.767 6.318.808 –3.840.041

2009 2.291.085 6.366.989 –4.075.903

2007 5.516.780 11.816.951 –6.300.170 São Paulo................................ 2008 5.767.873 13.019.376 –7.251.503

2009 6.805.585 13.978.595 –7.173.010

2007 3.376.855 9.180.225 –5.803.370

SUL....................................... 2008 3.472.449 9.826.726 –6.354.278

2009 3.424.025 9.593.384 –6.169.358

2007 1.186.982 2.415.442 –1.228.460

Paraná...................................... 2008 1.248.160 2.658.141 –1.409.981 2009 1.385.545 2.950.581 –1.565.036

2007 678.977 1.443.571 –764.594 Santa Catarina........................ 2008 786.555 1.676.135 –889.580

2009 849.013 2.005.050 –1.156.037

2007 1.510.897 5.321.213 –3.810.316

Rio Grande do Sul................. 2008 1.437.734 5.492.451 –4.054.717

2009 1.189.466 4.637.752 –3.448.286

2007 3.534.624 5.295.072 –1.760.448

CENTRO-OESTE................. 2008 3.947.204 6.108.699 –2.161.495

2009 4.253.059 6.886.581 –2.633.522

Page 46: Revista Visão FENAFISCO

4746

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Mato Grosso do Sul............... 2008 497.440 717.419 –219.979

2009 567.760 859.806 –292.045

2007 418.624 471.780 –53.156 Mato Grosso............................ 2008 443.057 530.633 –87.576

2009 461.622 562.164 –100.542

2007 805.493 1.365.442 –559.949

Goiás........................................ 2008 885.188 1.473.052 –587.865

2009 957.669 1.679.731 –722.063

2007 1.815.425 2.811.440 –996.014

Distrito Federal....................... 2008 2.121.519 3.387.594 –1.266.075

2009 2.266.008 3.784.880 –1.518.872

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Notas:1. Receitas = contribuições previdenciárias patronal e dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.2. Despesas = pagamento dos proventos e pensões.3. Resultado = Receitas - Despesas.4. Nos RPPS dos governos estaduais, as informações referem-se a servidores civis e militares.5. As contribuições patronal e da unidade gestora dos civis foram calculadas considerando-se o dobro do valor da contribuição do servidor ativo.

Quanto ao resultado das capitais, na tabela 6, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, a situação melhora um pouco. Os seguintes estados Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina. Os possuem superávit previdenciário: Rondônia, demais são deficitários.

Tabela 6: Resultado Previdenciário, nas capitais, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007 3.797.255 5.409.694 –1.612.439 TOTAL................................. 2008 4.520.770 6.284.595 –1.763.825

2009

5.002.749

6.978.308

–1.975.559

2007

333.806

146.050

187.756

NORTE.............................

2008

412.433

137.317

275.116

2009 448.441 156.978 291.463

2007

27.753

10.378

17.374 Rondônia..............................

2008

32.360

12.004

20.357

2009

39.779

13.910

25.869

2007

100

2.057

–1.956 Acre.....................................

2008

139

2.353

–2.214

2009

120

2.430

–2.310

2007

162.026

57.604

104.422 Amazonas............................

2008

219.388

63.897

155.491

2009

227.254

75.384

151.869

2007

13.008

6.018

6.990

Roraima ...............................

2008

15.676

4.760

10.916

2009

22.167

4.720

17.446

2007

86.878

53.777

33.101

Pará.....................................

2008

94.741

36.131

58.610

2009

104.037

40.601

63.436

2007

22.114

13.544

8.570

Amapá.................................

2008

26.006

15.120

10.886

2009

29.250

17.216

12.034

2007

21.928

2.673

19.255

Tocantins..............................

2008

24.123

3.052

21.071

2009

25.835

2.716

23.119

2007

681.166

730.354

–49.188

NORDESTE......................

2008

826.770

835.898

–9.128

2009

955.338

1.006.288

–50.949

2007

70.553

68.714

1.839

Maranhão.............................

2008

85.602

87.944

–2.342

2009

109.090

98.788

10.302

2007

41.785

25.016

16.769

Piauí....................................

2008

54.486

32.080

22.406

2009

67.351

43.617

23.734

2007

177.575

147.997

29.578

Ceará...................................

2008

217.016

172.192

44.824

2009

231.918

186.794

45.124

2007

43.977

53.085

–9.109

Rio Grande do Norte..............

2008

53.308

62.333

–9.024

2009

63.133

76.234

–13.101

2007

39.748

45.155

–5.407

Paraíba.................................

2008

43.011

49.294

–6.283

2009

45.087

56.631

–11.544

2007

116.110

103.373

12.738

Pernambuco.........................

2008

137.540

114.465

23.076

2009

159.200

129.644

29.556

2007

54.648

24.478

30.171

Alagoas ...............................

2008

69.740

34.576

35.163

2009

89.678

95.217

–5.539

2007

40.858

48.825

–7.967

Sergipe.................................

2008

52.319

56.135

–3.815

2009

56.627

63.436

–6.809

2007

95.913

213.711

–117.798

Bahia...................................

2008

113.748

226.880

–113.133

2009

133.256

255.928

–122.672

2007

2.135.906

3.799.208

–1.663.303

SUDESTE.........................

2008

2.522.498

4.503.181

–1.980.683

2009

2.732.531

4.902.398

–2.169.866

2007

260.502

257.458

3.045

Minas Gerais........................

2008

319.404

305.911

13.494

2009 351.564 338.660 12.903

2007 58.105 71.854 –13.749Espírito Santo....................... 2008 68.785 80.676 –11.891

2009 75.596 82.150 –6.554

(1) Valores estimados, pois as informações não foram enviadas

Page 47: Revista Visão FENAFISCO

4746

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Mato Grosso do Sul............... 2008 497.440 717.419 –219.979

2009 567.760 859.806 –292.045

2007 418.624 471.780 –53.156 Mato Grosso............................ 2008 443.057 530.633 –87.576

2009 461.622 562.164 –100.542

2007 805.493 1.365.442 –559.949

Goiás........................................ 2008 885.188 1.473.052 –587.865

2009 957.669 1.679.731 –722.063

2007 1.815.425 2.811.440 –996.014

Distrito Federal....................... 2008 2.121.519 3.387.594 –1.266.075

2009 2.266.008 3.784.880 –1.518.872

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Notas:1. Receitas = contribuições previdenciárias patronal e dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.2. Despesas = pagamento dos proventos e pensões.3. Resultado = Receitas - Despesas.4. Nos RPPS dos governos estaduais, as informações referem-se a servidores civis e militares.5. As contribuições patronal e da unidade gestora dos civis foram calculadas considerando-se o dobro do valor da contribuição do servidor ativo.

Quanto ao resultado das capitais, na tabela 6, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, a situação melhora um pouco. Os seguintes estados Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina. Os possuem superávit previdenciário: Rondônia, demais são deficitários.

Tabela 6: Resultado Previdenciário, nas capitais, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007 3.797.255 5.409.694 –1.612.439 TOTAL................................. 2008 4.520.770 6.284.595 –1.763.825

2009

5.002.749

6.978.308

–1.975.559

2007

333.806

146.050

187.756

NORTE.............................

2008

412.433

137.317

275.116

2009 448.441 156.978 291.463

2007

27.753

10.378

17.374 Rondônia..............................

2008

32.360

12.004

20.357

2009

39.779

13.910

25.869

2007

100

2.057

–1.956 Acre.....................................

2008

139

2.353

–2.214

2009

120

2.430

–2.310

2007

162.026

57.604

104.422 Amazonas............................

2008

219.388

63.897

155.491

2009

227.254

75.384

151.869

2007

13.008

6.018

6.990

Roraima ...............................

2008

15.676

4.760

10.916

2009

22.167

4.720

17.446

2007

86.878

53.777

33.101

Pará.....................................

2008

94.741

36.131

58.610

2009

104.037

40.601

63.436

2007

22.114

13.544

8.570

Amapá.................................

2008

26.006

15.120

10.886

2009

29.250

17.216

12.034

2007

21.928

2.673

19.255

Tocantins..............................

2008

24.123

3.052

21.071

2009

25.835

2.716

23.119

2007

681.166

730.354

–49.188

NORDESTE......................

2008

826.770

835.898

–9.128

2009

955.338

1.006.288

–50.949

2007

70.553

68.714

1.839

Maranhão.............................

2008

85.602

87.944

–2.342

2009

109.090

98.788

10.302

2007

41.785

25.016

16.769

Piauí....................................

2008

54.486

32.080

22.406

2009

67.351

43.617

23.734

2007

177.575

147.997

29.578

Ceará...................................

2008

217.016

172.192

44.824

2009

231.918

186.794

45.124

2007

43.977

53.085

–9.109

Rio Grande do Norte..............

2008

53.308

62.333

–9.024

2009

63.133

76.234

–13.101

2007

39.748

45.155

–5.407

Paraíba.................................

2008

43.011

49.294

–6.283

2009

45.087

56.631

–11.544

2007

116.110

103.373

12.738

Pernambuco.........................

2008

137.540

114.465

23.076

2009

159.200

129.644

29.556

2007

54.648

24.478

30.171

Alagoas ...............................

2008

69.740

34.576

35.163

2009

89.678

95.217

–5.539

2007

40.858

48.825

–7.967

Sergipe.................................

2008

52.319

56.135

–3.815

2009

56.627

63.436

–6.809

2007

95.913

213.711

–117.798

Bahia...................................

2008

113.748

226.880

–113.133

2009

133.256

255.928

–122.672

2007

2.135.906

3.799.208

–1.663.303

SUDESTE.........................

2008

2.522.498

4.503.181

–1.980.683

2009

2.732.531

4.902.398

–2.169.866

2007

260.502

257.458

3.045

Minas Gerais........................

2008

319.404

305.911

13.494

2009 351.564 338.660 12.903

2007 58.105 71.854 –13.749Espírito Santo....................... 2008 68.785 80.676 –11.891

2009 75.596 82.150 –6.554

(1) Valores estimados, pois as informações não foram enviadas

Page 48: Revista Visão FENAFISCO

2007

587.636

1.445.440

–857.804

Rio de Janeiro.......................

2008

694.528

1.767.250

–1.072.722

2009

744.621

1.844.552

–1.099.932

2007

1.229.662

2.024.456

–794.794

São Paulo.............................

2008

1.439.781

2.349.345

–909.564

2009

1.560.751

2.637.035

–1.076.284

2007

442.622

581.089

–138.467

SUL.................................

2008

507.265

629.496

–122.230

2009

578.151

704.377

–126.226

2007

177.236

185.444

–8.208

Paraná ................................

2008

211.943

206.529

5.413

2009

240.775

244.002

–3.228

2007

35.029

28.702

6.327

Santa Catarina......................

2008

43.197

32.224

10.974

2009

73.012

37.779

35.233

2007

230.357

366.943

–136.586

Rio Grande do Sul.................

2008

252.125

390.742

–138.617

2009

264.364

422.596

–158.232

2007

203.755

152.992

50.763

CENTRO-OESTE...............

2008

251.804

178.703

73.100

2009

288.287

208.267

80.019

2007

75.035

34.863

40.171

Mato Grosso do Sul...............

2008

92.065

45.555

46.510

2009

110.188

56.972

53.216

2007

39.897

24.359

15.538

Mato Grosso.........................

2008

43.880

28.634

15.246

2009

46.564

34.014

12.550

2007

88.823

93.771

–4.947

Goiás...................................

2008

115.859

104.515

11.344

2009 131.534 117.281 14.253

2007 – – –

Distrito Federal(1)...................... 2008 – – –

2009 – – –

4948

w w w . f e n a f i s c o . c o m . b rV I S Ã O F E N A F I S C O | F E V E R E I R O 2 0 1 2 | E D I Ç Ã O 4

Notas:1. Receitas = contribuições previdenciárias patronais e dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.2. Despesas = pagamento dos proventos e pensões.3. Resultado = Receitas - Despesas.4. Nos RPPS dos governos estaduais, as informações referem-se a servidores civis e militares.5. As contribuições patronais e da unidade gestora dos civis foram calculadas considerando-se o dobro do valor da contribuição servidor ativo.

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Nos municípios do interior, o retrato superavitários, com exceção do estado do Acre financeiro é totalmente satisfatório, ou seja, todos são (Tabela 7).

Tabela 7: Resultado Previdenciário, nos municípios do interior, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES

E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007

6.461.300

3.789.028

2.672.272

TOTAL............................................

2008

7.558.654

4.445.000

3.113.654

2009

10.015.084

5.908.414

4.106.670

2007

244.386

30.144

214.242

NORTE........................................

2008

233.249

37.845

195.404

2009

279.147

39.564

239.583

2007

58.426

2.845

55.581

Rondônia..........................................

2008

68.557

4.462

64.096

2009

75.899

6.053

69.846

2007

131

–131

Acre................................................

2008

130

–130

2009

65

–65

2007

39.191

8.488

30.703

Amazonas........................................

2008

45.022

9.948

35.073

2009

44.686

10.749

33.937

2007

Roraima ..........................................

2008

2009 – – – 2007 130.803 15.762 115.041

Pará................................................ 2008 99.541 19.991 79.550 2009 134.674 20.345 114.329

2007

4.079

509

3.570 Amapá.............................................

2008

3.372

484

2.888

2009

3.781

328

3.453

2007

11.887

2.409

9.478

Tocantins.........................................

2008

16.756

2.829

13.927

2009

20.107

2.023

18.084

2007

725.439

334.738

390.701

NORDESTE..................................

2008

923.732

419.679

504.052

2009

1.270.943

485.234

785.709

2007

39.139

11.280

27.859

Maranhão.........................................

2008

68.143

12.312

55.831

2009

128.780

15.025

113.755

2007

30.805

6.418

24.388

Piauí................................................

2008

31.593

7.063

24.530

2009

36.327

8.248

28.080

2007

94.943

26.016

68.927

Ceará...............................................

2008

130.742

32.085

98.657

2009

163.798

37.522

126.276

2007

3.599

3.482

117

Rio Grande doNorte..........................

2008

4.838

3.899

939

2009

5.222

4.097

1.124

(1) Dados não fornecidos.

Page 49: Revista Visão FENAFISCO

2007

587.636

1.445.440

–857.804

Rio de Janeiro.......................

2008

694.528

1.767.250

–1.072.722

2009

744.621

1.844.552

–1.099.932

2007

1.229.662

2.024.456

–794.794

São Paulo.............................

2008

1.439.781

2.349.345

–909.564

2009

1.560.751

2.637.035

–1.076.284

2007

442.622

581.089

–138.467

SUL.................................

2008

507.265

629.496

–122.230

2009

578.151

704.377

–126.226

2007

177.236

185.444

–8.208

Paraná ................................

2008

211.943

206.529

5.413

2009

240.775

244.002

–3.228

2007

35.029

28.702

6.327

Santa Catarina......................

2008

43.197

32.224

10.974

2009

73.012

37.779

35.233

2007

230.357

366.943

–136.586

Rio Grande do Sul.................

2008

252.125

390.742

–138.617

2009

264.364

422.596

–158.232

2007

203.755

152.992

50.763

CENTRO-OESTE...............

2008

251.804

178.703

73.100

2009

288.287

208.267

80.019

2007

75.035

34.863

40.171

Mato Grosso do Sul...............

2008

92.065

45.555

46.510

2009

110.188

56.972

53.216

2007

39.897

24.359

15.538

Mato Grosso.........................

2008

43.880

28.634

15.246

2009

46.564

34.014

12.550

2007

88.823

93.771

–4.947

Goiás...................................

2008

115.859

104.515

11.344

2009 131.534 117.281 14.253

2007 – – –

Distrito Federal(1)...................... 2008 – – –

2009 – – –

4948

w w w . f e n a f i s c o . c o m . b rV I S Ã O F E N A F I S C O | F E V E R E I R O 2 0 1 2 | E D I Ç Ã O 4

Notas:1. Receitas = contribuições previdenciárias patronais e dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.2. Despesas = pagamento dos proventos e pensões.3. Resultado = Receitas - Despesas.4. Nos RPPS dos governos estaduais, as informações referem-se a servidores civis e militares.5. As contribuições patronais e da unidade gestora dos civis foram calculadas considerando-se o dobro do valor da contribuição servidor ativo.

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Nos municípios do interior, o retrato superavitários, com exceção do estado do Acre financeiro é totalmente satisfatório, ou seja, todos são (Tabela 7).

Tabela 7: Resultado Previdenciário, nos municípios do interior, segundo as grandes regiões e Unidades da Federação

GRANDES REGIÕES

E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Anos

Receita Previdenciária

(R$ Mil)

Despesa Previdenciária

(R$ Mil)

Resultado Previdenciário

(R$ Mil)

2007

6.461.300

3.789.028

2.672.272

TOTAL............................................

2008

7.558.654

4.445.000

3.113.654

2009

10.015.084

5.908.414

4.106.670

2007

244.386

30.144

214.242

NORTE........................................

2008

233.249

37.845

195.404

2009

279.147

39.564

239.583

2007

58.426

2.845

55.581

Rondônia..........................................

2008

68.557

4.462

64.096

2009

75.899

6.053

69.846

2007

131

–131

Acre................................................

2008

130

–130

2009

65

–65

2007

39.191

8.488

30.703

Amazonas........................................

2008

45.022

9.948

35.073

2009

44.686

10.749

33.937

2007

Roraima ..........................................

2008

2009 – – – 2007 130.803 15.762 115.041

Pará................................................ 2008 99.541 19.991 79.550 2009 134.674 20.345 114.329

2007

4.079

509

3.570 Amapá.............................................

2008

3.372

484

2.888

2009

3.781

328

3.453

2007

11.887

2.409

9.478

Tocantins.........................................

2008

16.756

2.829

13.927

2009

20.107

2.023

18.084

2007

725.439

334.738

390.701

NORDESTE..................................

2008

923.732

419.679

504.052

2009

1.270.943

485.234

785.709

2007

39.139

11.280

27.859

Maranhão.........................................

2008

68.143

12.312

55.831

2009

128.780

15.025

113.755

2007

30.805

6.418

24.388

Piauí................................................

2008

31.593

7.063

24.530

2009

36.327

8.248

28.080

2007

94.943

26.016

68.927

Ceará...............................................

2008

130.742

32.085

98.657

2009

163.798

37.522

126.276

2007

3.599

3.482

117

Rio Grande doNorte..........................

2008

4.838

3.899

939

2009

5.222

4.097

1.124

(1) Dados não fornecidos.

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2007

92.468

47.798

44.671

Paraíba............................................

2008

119.174

58.760

60.414

2009

124.565

59.953

64.612

2007

298.928

158.850

140.078

Pernambuco.....................................

2008

368.914

202.359

166.556

2009

587.704

239.010

348.694

2007

83.144

36.905

46.239

Alagoas ..........................................

2008

101.087

47.604

53.483

2009

111.093

53.921

57.172

2007

1.084

78

1.006

Sergipe............................................

2008

1.474

233

1.241

2009

1.504

422

1.082

2007

81.328

43.912

37.417 Bahia...............................................

2008

97.766

55.364

42.401

2009

111.951

67.036

44.914

2007

3.385.731

2.399.374

986.356

SUDESTE....................................

2008

3.840.901

2.734.154

1.106.747

2009

4.271.266

3.148.723

1.122.544

2007

716.880

292.060

424.820

Minas Gerais....................................

2008

735.988

355.145

380.843

2009

813.579

445.251

368.328

2007

125.723

89.700

36.022

Espírito Santo...................................

2008

155.007

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48.972

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184.776

129.312

55.464

2007

680.817

563.990

116.827

Rio de Janeiro...................................

2008

795.838

615.318

180.520

2009

858.662

667.341

191.321

2007

1.862.312

1.453.624

408.688

São Paulo........................................

2008

2.154.067

1.657.656

496.410

2009 2.414.249 1.906.819 507.431

2007 1.362.073 714.196 647.877

SUL............................................. 2008 1.600.521 843.929 756.592

2009 1.767.897 972.594 795.303

2007

468.452

214.606

253.846

Paraná.............................................

2008

533.442

261.115

272.328

2009

576.463

298.895

277.569

2007

258.230

121.556

136.674

Santa Catarina..................................

2008

314.740

143.368

171.373

2009

358.350

168.119

190.231

2007

635.391

378.034

257.357

Rio Grande do Sul.............................

2008

752.339

439.447

312.892

2009

833.083

505.580

327.503

2007

436.833

130.640

306.193

CENTRO-OESTE..........................

2008

542.628

163.802

378.826

2009

637.749

207.418

430.331

2007

68.961

19.834

49.127Mato Grosso do Sul..........................

2008

92.853

28.774

64.079

2009

110.873

41.435

69.438

2007 127.933 19.329 108.604Mato Grosso.................................... 2008 154.478 25.692 128.785

2009 173.427 31.745 141.683

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V I S Ã O F E N A F I S C O | F E V E R E I R O 2 0 1 2 | E D I Ç Ã O 4

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w w w . f e n a f i s c o . c o m . b r

2007

239.939

91.477

148.462Goiás...............................................

2008

295.297

109.336

185.9612009 353.449 134.238 219.210

2007 – – –

Distrito Federal(1).............................. 2008 – – –

2009

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Com relação aos investimentos realizados 28/10/2004). Em cada UF, estão registrados o valor de pelos regimes próprios para girar sua receita em recursos do governo do Estado, da prefeitura da aplicações financeiras, são apresentados os valores capital e dos demais municípios. dos recursos alocados nos segmentos de aplicação de A tabela 8 mostra que o ativo “Renda Fixa” é renda fixa e renda variável, aplicados no mercado absolutamente dominante, representando cerca de financeiro de acordo com norma do Conselho 97% do total dos recursos investidos em 2009.Monetário Nacional (Resolução nº 3.244, de

Tabela 8: Investimento dos regimes próprios, segundo segmento e tipo de ativo

SEGMENTO E TIPO DE ATIVO

2007 2008 2009

TOTAL........................................................ 32.213.406 39.622.603 44.256.534

RENDA FIXA............................................... 31.662.745 39.036.534 42.717.230

CDB Pós..................................................... 1.063 2.195 473

CDB Pré...................................................... 2.144 1.896 2.402

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios 8.959 433.893 813.814

Fundos Art. 3º - § 1º (1)............................... 10.310.705 13.561.758 16.070.240

Fundos Art. 3º - Inciso II - b (1)..................... 1.449.749 119.397 267.666

Fundos de Curto Prazo................................. 409.306 8.619 4.668

Fundos de Investimento Imobiliário................. – 1.264 293

Fundos de Renda Fixa Referenciados............ 2.921.959 6.628.870 7.438.069

Fundos do Art. 3o - Inciso IV (1)................... 151.034 229.126 819.883

(1) Dados não fornecidos.

Page 51: Revista Visão FENAFISCO

2007

92.468

47.798

44.671

Paraíba............................................

2008

119.174

58.760

60.414

2009

124.565

59.953

64.612

2007

298.928

158.850

140.078

Pernambuco.....................................

2008

368.914

202.359

166.556

2009

587.704

239.010

348.694

2007

83.144

36.905

46.239

Alagoas ..........................................

2008

101.087

47.604

53.483

2009

111.093

53.921

57.172

2007

1.084

78

1.006

Sergipe............................................

2008

1.474

233

1.241

2009

1.504

422

1.082

2007

81.328

43.912

37.417 Bahia...............................................

2008

97.766

55.364

42.401

2009

111.951

67.036

44.914

2007

3.385.731

2.399.374

986.356

SUDESTE....................................

2008

3.840.901

2.734.154

1.106.747

2009

4.271.266

3.148.723

1.122.544

2007

716.880

292.060

424.820

Minas Gerais....................................

2008

735.988

355.145

380.843

2009

813.579

445.251

368.328

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125.723

89.700

36.022

Espírito Santo...................................

2008

155.007

106.035

48.972

2009

184.776

129.312

55.464

2007

680.817

563.990

116.827

Rio de Janeiro...................................

2008

795.838

615.318

180.520

2009

858.662

667.341

191.321

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1.862.312

1.453.624

408.688

São Paulo........................................

2008

2.154.067

1.657.656

496.410

2009 2.414.249 1.906.819 507.431

2007 1.362.073 714.196 647.877

SUL............................................. 2008 1.600.521 843.929 756.592

2009 1.767.897 972.594 795.303

2007

468.452

214.606

253.846

Paraná.............................................

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533.442

261.115

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576.463

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121.556

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Santa Catarina..................................

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314.740

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190.231

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Rio Grande do Sul.............................

2008

752.339

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833.083

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327.503

2007

436.833

130.640

306.193

CENTRO-OESTE..........................

2008

542.628

163.802

378.826

2009

637.749

207.418

430.331

2007

68.961

19.834

49.127Mato Grosso do Sul..........................

2008

92.853

28.774

64.079

2009

110.873

41.435

69.438

2007 127.933 19.329 108.604Mato Grosso.................................... 2008 154.478 25.692 128.785

2009 173.427 31.745 141.683

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2007

239.939

91.477

148.462Goiás...............................................

2008

295.297

109.336

185.9612009 353.449 134.238 219.210

2007 – – –

Distrito Federal(1).............................. 2008 – – –

2009

Fonte: CGEEI/DRPSP/SPS/MPS – CADPREV - Demonstrativo Previdenciário.

Com relação aos investimentos realizados 28/10/2004). Em cada UF, estão registrados o valor de pelos regimes próprios para girar sua receita em recursos do governo do Estado, da prefeitura da aplicações financeiras, são apresentados os valores capital e dos demais municípios. dos recursos alocados nos segmentos de aplicação de A tabela 8 mostra que o ativo “Renda Fixa” é renda fixa e renda variável, aplicados no mercado absolutamente dominante, representando cerca de financeiro de acordo com norma do Conselho 97% do total dos recursos investidos em 2009.Monetário Nacional (Resolução nº 3.244, de

Tabela 8: Investimento dos regimes próprios, segundo segmento e tipo de ativo

SEGMENTO E TIPO DE ATIVO

2007 2008 2009

TOTAL........................................................ 32.213.406 39.622.603 44.256.534

RENDA FIXA............................................... 31.662.745 39.036.534 42.717.230

CDB Pós..................................................... 1.063 2.195 473

CDB Pré...................................................... 2.144 1.896 2.402

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios 8.959 433.893 813.814

Fundos Art. 3º - § 1º (1)............................... 10.310.705 13.561.758 16.070.240

Fundos Art. 3º - Inciso II - b (1)..................... 1.449.749 119.397 267.666

Fundos de Curto Prazo................................. 409.306 8.619 4.668

Fundos de Investimento Imobiliário................. – 1.264 293

Fundos de Renda Fixa Referenciados............ 2.921.959 6.628.870 7.438.069

Fundos do Art. 3o - Inciso IV (1)................... 151.034 229.126 819.883

(1) Dados não fornecidos.

Page 52: Revista Visão FENAFISCO

Letra Hipotecária Pós................................... 4.681 3.847 2.816

Poupança.................................................... 21.806 13.535 6.613

Títulos do Bacen pós-fixado.......................... 103.095 2.737.200 90.579

Títulos do Bacen pré-fixado........................... 25.796 13.267 99.665

Títulos do TN pós-fixado................................ 15.907.754 14.764.135 16.249.460

Títulos do TN pré-fixado................................ 344.694 517.533 850.589

RENDA VARIÁVEL...................................... 550.661 586.069 1.539.304

Ações......................................................... 33.625 13.442 18.396

Fundo de Ações........................................... 3.976 44.707 168.941

Fundo de Ações Referenciadas..................... 513.061 527.920 1.351.967

52

Fonte: MPS/SPS/ Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público/CGEEI - Demonstrativo Financeiro

(1) Referem-se à Resolução/Banco Central do Brasil/ nº 3.244, de 28.10.2004 (DOU de 01.11.2004), que dispõe sobre as aplicações dos recursos dos regimes próprios de previdência social.

BRASIL. Lei nº 9.717 - de 27 de DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE novembro de 1998.Dispõe sobre os Regimes E S TAT Í S T I C A E E S T U D O S S Ó C I O -Próprios de Previdência. Ministério da ECONÔMICOS – DIEESE. Nota Técnica nº 14, Previdência Social. fevereiro de 2006. São Paulo/SP.

BRASIL. Orçamento Geral da União DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE (OGU) . vár ios anos . M in is tér io do E S TAT Í S T I C A E E S T U D O S S Ó C I O -Planejamento, Orçamento e Gestão. ECONÔMICOS – DIEESE. Curso de Orçamen-

to Público. 2002, São Paulo/SPBRASIL. Regimes Próprios de Previ-

dência – Modelo Organizacional, Legal e de MILLET, Damien; MUNEVAR, Daniel; Gestão de Investimentos – Flávio Marcílio TOUSSAINT, Eric. CADTM. Em cifras da dívida Rabelo. Brasília: Ministério da Previdência 2011. 2011. São Paulo/SP.Social, 2001.

Orçamentos estaduais. Secretaria de BRASIL. Regimes Próprios de Previ- Fazenda dos Estados. Varios anos.

dência – Uma década de benefícios para o servidor público. Brasília: Ministério da RODRIGUES, José Ricardo Simões. Previdência Social, 2008. Evolução histórica do sistema eleitoral

brasileiro. Universidade Federal de Rondônia BRASIL. Relatórios anuais do Banco – 2006.

Central do Brasil. Vários anos. Ministério da Fazenda. Secretarias de Fazenda dos Estados –

Relatórios de Gestão Fiscal, vários anos. BRASIL. Relatórios anuais do Tesouro

Nacional. Vários anos e Ministério da Fazenda.

REFERÊNCIAS

Da análise dos fatos e números as regras e alíquotas que estão postas, NÃO apresentados, vemos ser da máxima PODE E NÃO NECESSITA SER PRIVATIZADA. Ela é importância, para os servidores públicos, plenamente sustentável e os recursos a ela manter a adequada participação técnica e destinados, em futuro não distante e se, política na gestão e fiscalização, permanente, adequadamente acumulados sob a gestão destes fundos capitalizados nos RPPS's. O bom conjunta e paritária da administração pública e resultado gestor, integrado e conjunto, dos servidores poderão, inclusive, gerar possibilitará que, no futuro eles venham a abundante fonte de recursos, a qual, a preços provar à sociedade brasileira que, bem geridos, adequados terão condições de reforçar o são capazes de prover o financiamento das numerário necessário ao atendimento de aposentadorias públicas, com razoável demandas sociais, pelo Estado e pela margem de segurança e que o poder público, Sociedade, sem que estes capitais sejam em conjunto com a sociedade, é plenamente submet idos a qua lquer espéc ie de capaz de administra-los e produzir o resultado especulação. Exemplo semelhante ao que o a que se propõe. Brasil deu ao mundo, com a utilização dos

recursos do FGTS, nas questões relativas à Por hora , defendemos que a habitação e ao saneamento.

aposentadoria do servidor público, respeitadas

NOSSA VISÃO

Page 53: Revista Visão FENAFISCO

Letra Hipotecária Pós................................... 4.681 3.847 2.816

Poupança.................................................... 21.806 13.535 6.613

Títulos do Bacen pós-fixado.......................... 103.095 2.737.200 90.579

Títulos do Bacen pré-fixado........................... 25.796 13.267 99.665

Títulos do TN pós-fixado................................ 15.907.754 14.764.135 16.249.460

Títulos do TN pré-fixado................................ 344.694 517.533 850.589

RENDA VARIÁVEL...................................... 550.661 586.069 1.539.304

Ações......................................................... 33.625 13.442 18.396

Fundo de Ações........................................... 3.976 44.707 168.941

Fundo de Ações Referenciadas..................... 513.061 527.920 1.351.967

52

Fonte: MPS/SPS/ Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público/CGEEI - Demonstrativo Financeiro

(1) Referem-se à Resolução/Banco Central do Brasil/ nº 3.244, de 28.10.2004 (DOU de 01.11.2004), que dispõe sobre as aplicações dos recursos dos regimes próprios de previdência social.

BRASIL. Lei nº 9.717 - de 27 de DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE novembro de 1998.Dispõe sobre os Regimes E S TAT Í S T I C A E E S T U D O S S Ó C I O -Próprios de Previdência. Ministério da ECONÔMICOS – DIEESE. Nota Técnica nº 14, Previdência Social. fevereiro de 2006. São Paulo/SP.

BRASIL. Orçamento Geral da União DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE (OGU) . vár ios anos . M in is tér io do E S TAT Í S T I C A E E S T U D O S S Ó C I O -Planejamento, Orçamento e Gestão. ECONÔMICOS – DIEESE. Curso de Orçamen-

to Público. 2002, São Paulo/SPBRASIL. Regimes Próprios de Previ-

dência – Modelo Organizacional, Legal e de MILLET, Damien; MUNEVAR, Daniel; Gestão de Investimentos – Flávio Marcílio TOUSSAINT, Eric. CADTM. Em cifras da dívida Rabelo. Brasília: Ministério da Previdência 2011. 2011. São Paulo/SP.Social, 2001.

Orçamentos estaduais. Secretaria de BRASIL. Regimes Próprios de Previ- Fazenda dos Estados. Varios anos.

dência – Uma década de benefícios para o servidor público. Brasília: Ministério da RODRIGUES, José Ricardo Simões. Previdência Social, 2008. Evolução histórica do sistema eleitoral

brasileiro. Universidade Federal de Rondônia BRASIL. Relatórios anuais do Banco – 2006.

Central do Brasil. Vários anos. Ministério da Fazenda. Secretarias de Fazenda dos Estados –

Relatórios de Gestão Fiscal, vários anos. BRASIL. Relatórios anuais do Tesouro

Nacional. Vários anos e Ministério da Fazenda.

REFERÊNCIAS

Da análise dos fatos e números as regras e alíquotas que estão postas, NÃO apresentados, vemos ser da máxima PODE E NÃO NECESSITA SER PRIVATIZADA. Ela é importância, para os servidores públicos, plenamente sustentável e os recursos a ela manter a adequada participação técnica e destinados, em futuro não distante e se, política na gestão e fiscalização, permanente, adequadamente acumulados sob a gestão destes fundos capitalizados nos RPPS's. O bom conjunta e paritária da administração pública e resultado gestor, integrado e conjunto, dos servidores poderão, inclusive, gerar possibilitará que, no futuro eles venham a abundante fonte de recursos, a qual, a preços provar à sociedade brasileira que, bem geridos, adequados terão condições de reforçar o são capazes de prover o financiamento das numerário necessário ao atendimento de aposentadorias públicas, com razoável demandas sociais, pelo Estado e pela margem de segurança e que o poder público, Sociedade, sem que estes capitais sejam em conjunto com a sociedade, é plenamente submet idos a qua lquer espéc ie de capaz de administra-los e produzir o resultado especulação. Exemplo semelhante ao que o a que se propõe. Brasil deu ao mundo, com a utilização dos

recursos do FGTS, nas questões relativas à Por hora , defendemos que a habitação e ao saneamento.

aposentadoria do servidor público, respeitadas

NOSSA VISÃO

Page 54: Revista Visão FENAFISCO

DIRETORIA EXECUTIVA DA FENAFISCO

FEDERAÇÃO NACIONAL DO FISCO ESTADUAL E DISTRITAL

FENAFISCO - Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital

SCS Quadra 06 Bloco A Ed. Citibank, 4º andar CEP: 70306-910 - Brasília-DFFone:(61) 3226-4070/ 3224-0515 - Fax: (61) 3225-6554

Presidente

MANOEL ISIDRO DOS SANTOS NETO (PB)

Vice-Presidente

JOÃO MARCOS DE SOUZA (PR)

Diretor Administrativo e Financeiro

PAULO ROBERTO FERREIRA BONFIM - SINDIFISCO (MS)

Diretor Formação Sindical e Rel. Inter-Sindicais

LIDUÍNO LOPES DE BRITO (CE)

Dir. Assuntos Parlamentares e Rel. Institucionais

ROGÉRIO MACANHÃO (SC)

Diretor Jurídico e de Defesa Profissional

MAURO ROBERTO DA SILVA (RO)

Diretor para Assuntos Técnicos e Comunicação da FENAFISCO

GUILHERME FREDERICO PEDRINHA DE AZEVEDO (ES)

Diretor de Aposentados e Pensionistas

MARCO AURÉLIO CAVALHEIRO GARCIA (MS)

Departamento de Políticas e Ações Sociais

LÚCIO ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA (RN)

Departamento Técnico

GETULIO GARAGORI LAGO (RS)

AUNIDES DE FREITAS COSTA NUNES (AL)

CARLOS PEREIRA CAMPOS (TO)

JOSÉ ALBERTO GARCEZ DE CARVALHO (SE)

JOSÉ PEDRO FARIA (MT)

JOSÉ ROBERTO FERREIRA DE SOUZA (RR)

LUIZ OSVALDO BARBOSA EVANGELISTA (AM)

MARLEIDE CARVALHO DE MACÊDO (RN)

OTARCI NUNES DA ROSA (MT)

FRANCISCA DAS CHAGAS BARBOSA LIMA (MA)

PHILIPPE SALHA (PI)

RUDIMAR BRAZ DE MELO (SE)

ANTONIO MENDES PATRIOTA (DF)

JOSÉ ALVES COELHO (CE)

MARIA CRISTINA LIMA DE SOUSA (PI)

A publicação intitulada “VISÃO FENAFISCO”, em seu

quarto número, teve a participação direta com seu

mérito:

EXPEDIENTE

Coordenação Geral de Comunicação:

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Jornalista Responsável:

Alline Oliveira de Abreu

DRT - DF 9109

Textos:

Maurício José Nunes de Oliveira

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Adaptações de texto:

Rogério Macanhão,

Manoel Isidro dos Santos Neto e

Marco Aurélio C. Garcia

À Diretoria Executiva da FENAFISCO;

Ao Conselho Deliberativo da FENAFISCO;

A Guilherme Frederico Pedrinha de Azevedo

Diretor para Assuntos Técnicos e Comunicação da FENAFISCO

A Maurício José Nunes Oliveira - Assessor Econômico.

Revisão:

Ateliê de Texto

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Heula Tadano

Criação e diagramação:

Fenix Ribeiro

Criativos Associados

Impressão:

Gráfica e editora Ideal

E-mail: [email protected] Website: www.fenafisco.org.br

SUPLENTES DE DIRETORIA

CONSELHO FISCAL - TITULARES

CONSELHO FISCAL - SUPLENTES

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DIRETORIA EXECUTIVA DA FENAFISCO

FEDERAÇÃO NACIONAL DO FISCO ESTADUAL E DISTRITAL

FENAFISCO - Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital

SCS Quadra 06 Bloco A Ed. Citibank, 4º andar CEP: 70306-910 - Brasília-DFFone:(61) 3226-4070/ 3224-0515 - Fax: (61) 3225-6554

Presidente

MANOEL ISIDRO DOS SANTOS NETO (PB)

Vice-Presidente

JOÃO MARCOS DE SOUZA (PR)

Diretor Administrativo e Financeiro

PAULO ROBERTO FERREIRA BONFIM - SINDIFISCO (MS)

Diretor Formação Sindical e Rel. Inter-Sindicais

LIDUÍNO LOPES DE BRITO (CE)

Dir. Assuntos Parlamentares e Rel. Institucionais

ROGÉRIO MACANHÃO (SC)

Diretor Jurídico e de Defesa Profissional

MAURO ROBERTO DA SILVA (RO)

Diretor para Assuntos Técnicos e Comunicação da FENAFISCO

GUILHERME FREDERICO PEDRINHA DE AZEVEDO (ES)

Diretor de Aposentados e Pensionistas

MARCO AURÉLIO CAVALHEIRO GARCIA (MS)

Departamento de Políticas e Ações Sociais

LÚCIO ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA (RN)

Departamento Técnico

GETULIO GARAGORI LAGO (RS)

AUNIDES DE FREITAS COSTA NUNES (AL)

CARLOS PEREIRA CAMPOS (TO)

JOSÉ ALBERTO GARCEZ DE CARVALHO (SE)

JOSÉ PEDRO FARIA (MT)

JOSÉ ROBERTO FERREIRA DE SOUZA (RR)

LUIZ OSVALDO BARBOSA EVANGELISTA (AM)

MARLEIDE CARVALHO DE MACÊDO (RN)

OTARCI NUNES DA ROSA (MT)

FRANCISCA DAS CHAGAS BARBOSA LIMA (MA)

PHILIPPE SALHA (PI)

RUDIMAR BRAZ DE MELO (SE)

ANTONIO MENDES PATRIOTA (DF)

JOSÉ ALVES COELHO (CE)

MARIA CRISTINA LIMA DE SOUSA (PI)

A publicação intitulada “VISÃO FENAFISCO”, em seu

quarto número, teve a participação direta com seu

mérito:

EXPEDIENTE

Coordenação Geral de Comunicação:

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Jornalista Responsável:

Alline Oliveira de Abreu

DRT - DF 9109

Textos:

Maurício José Nunes de Oliveira

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Adaptações de texto:

Rogério Macanhão,

Manoel Isidro dos Santos Neto e

Marco Aurélio C. Garcia

À Diretoria Executiva da FENAFISCO;

Ao Conselho Deliberativo da FENAFISCO;

A Guilherme Frederico Pedrinha de Azevedo

Diretor para Assuntos Técnicos e Comunicação da FENAFISCO

A Maurício José Nunes Oliveira - Assessor Econômico.

Revisão:

Ateliê de Texto

Guilherme Frederico P. de Azevedo

Heula Tadano

Criação e diagramação:

Fenix Ribeiro

Criativos Associados

Impressão:

Gráfica e editora Ideal

E-mail: [email protected] Website: www.fenafisco.org.br

SUPLENTES DE DIRETORIA

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CONSELHO FISCAL - SUPLENTES

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