revista elitte rural 7

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Page 1: Revista Elitte Rural 7
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macdesignbrasil macdesignbr www.macdesign.com.br

BAL. CAMBORIÚ (47) 3367 1435BELO HORIZONTE (31) 3274 7474BELÉM (91) 3038 1966BRASÍLIA (61) 3364 0176CAMPINAS (19) 3294 9444FORTALEZA (85) 3208 2527GOIÂNIA (62) 3093 3990MANAUS (92) 3347 0402NATAL (84) 2020 1525

PORTO ALEGRE (51) 3332 5233RECIFE (81) 3019 1010RIBEIRÃO PRETO (16) 3911 6745RIO DE JANEIRO (21) 2108 6565 SALVADOR (71) 3019 8208SÃO PAULO (11) 3897 4800UBERABA (34) 3312 7500UBERLÂNDIA (34) 3219 5530

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macdesignbrasil macdesignbr www.macdesign.com.br

BAL. CAMBORIÚ (47) 3367 1435BELO HORIZONTE (31) 3274 7474BELÉM (91) 3038 1966BRASÍLIA (61) 3364 0176CAMPINAS (19) 3294 9444FORTALEZA (85) 3208 2527GOIÂNIA (62) 3093 3990MANAUS (92) 3347 0402NATAL (84) 2020 1525

PORTO ALEGRE (51) 3332 5233RECIFE (81) 3019 1010RIBEIRÃO PRETO (16) 3911 6745RIO DE JANEIRO (21) 2108 6565 SALVADOR (71) 3019 8208SÃO PAULO (11) 3897 4800UBERABA (34) 3312 7500UBERLÂNDIA (34) 3219 5530

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elitte rural Sumario

elitteRURAL

REVISTA

FEVEREIRO /MARÇO 2015 . ANO 3 . NÚMERO 7

10

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32

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RAÇALusitano encanta criadores

Seleon Biotecnologia marca novo tempo na pecuária

Dois em um A integração lavoura-pecuária

PONTO DE VISTA2015, ano da proteína animal

GENTEPaulo Brasil comemora Jubileu de Prata

Bate-papo comNilo Sampaio

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TERRAA crise sucroalcooleira

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O batizado da Saudade

Contrastes do cultivo da soja no Brasil

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ELITTE RURAL SOCIALAs férias dos VIPS

NA MESAO requinte e a leveza do Salmão

Uísque: a bebida preferida na hora da batida do martelo

NOSSAS HISTÓRIASO perfil da ministra Kátia Abreu

ACONTECE2015 começa agitado

ELITTE RURAL VISITAFazenda Mabra I

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GIROOs eventos que marcaram a temporada

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Page 6: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Editorial

Dizem que o ano do brasileiro inicia só depois

do carnaval. Não para o agronegócio. Aliás,

a rotina do campo, dedicada aos animais e

às lavouras, desconhece feriados e reces-

sos. O ciclo da natureza impõe a dedicação diuturna.

Um trabalho árduo, recompensado com resultados po-

sitivos, como o de Bruno Grubisich. Filho de José Car-

los Grubisich (Verdana Agropecuária), ele foi premiado

durante a Nelore Fest, na categoria Nova Geração. A

trajetória de destaque à frente da Seleon Biotecnologia,

você confere na editoria Raça, que traz ainda o poder

do cavalo atleta Lusitano, impulsionado pela dedicação

de Victor Oliva, no interior paulista. Aliás, ele promove

remate evidenciando animais de ponta.

Falando em eventos, a editoria Giro mostra o

balanço dos remates bem-sucedidos na despedi-

da de 2014 e, nas páginas de Acontece, temos as

exposições e leilões que abrem 2015. Começamos

com a Expoinel Mineira e seus diferenciais no Parque

Fernando Costa, em Uberaba (MG), a terra do Zebu.

Criadores de renome apostam que as vendas irão

superar a edição passada.

Por falar em homens arrojados, de visão estra-

tégica, a editoria Gente apresenta Nilo Sampaio

Júnior (Mata Velha) e Paulo Brasil (leiloeiro há 25

anos e proprietário da Terra Roxa). A vida e os so-

nhos desses dois batalhadores, cer tamente, irão

surpreender você, leitor da “Elit te Rural”.

Quem também ganha visibilidade nas páginas

da revista, na seção Nossas Histórias, é a nova mi-

nistra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ká-

tia Abreu. Traçamos o perfil da mulher mais podero-

sa do agribusiness brasileiro, tantas vezes chamada

de “dama de ferro”. Ela fala de suas estratégias de

gestão, a partir de sérios gargalos.

Dois desses desafios são destaques na editoria

Terra: a crise do setor sucroalcooleiro e a sustentabi-

lidade. Evidenciamos as perspectivas das entidades

ligadas aos produtores de cana-de-açúcar e, ainda,

um bom exemplo de Integração Lavoura-Pecuária

aplicado à reforma de pastagem.

Como a vida não é composta só de assuntos den-

sos, convidamos você para se deliciar com a editoria

Na Mesa: confira duas saborosas receitas de salmão

para este verão quentíssimo e os segredos da bebida

queridinha dos organizadores de leilões – o uísque,

com Lelo Forti, um dos maiores mixologistas do Brasil.

Aprecie, sem moderação, as páginas do Ponto de

Vista. Veja como o otimismo move os agropecuaristas

neste ano e emocione-se com a história da fêmea

Saudade. É uma viagem às nossas lembranças! Por fa-

lar em viagem, passeie conosco pela Fazenda Mabra I,

no município goiano de Nazário. Banhada pelo Rio dos

Bois, numa extensão de quase 30 quilômetros, é um

luxo em nome da preservação dos valores do campo.

Seja extremamente bem-vindo!

Um novo ciclo...

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Realização

43 3373-7077 43 3373-7000 18 3624-545243 3026-7777

Agência Transmissão Assessoria

Recinto de Exposições de Avaré

21 horas6 de Março de 2015

Começamos o ano renovados.E orgulhosos apresentamos a novidade:

Unem-se ao grupo Tradição aAgropecuária Vila dos Pinheiros & Valônia Agropecuária

que vem para somar adjetivos ao

2015 com força total!

HRO Empreendimentos • Verdana Agropecuária

Agropecuária Vila dos Pinheiros • Valônia Agropecuária

Promotores

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Realização

43 3373-7077 43 3373-7000 18 3624-545243 3026-7777

Agência Transmissão Assessoria

Recinto de Exposições de Avaré

21 horas6 de Março de 2015

Começamos o ano renovados.E orgulhosos apresentamos a novidade:

Unem-se ao grupo Tradição aAgropecuária Vila dos Pinheiros & Valônia Agropecuária

que vem para somar adjetivos ao

2015 com força total!

HRO Empreendimentos • Verdana Agropecuária

Agropecuária Vila dos Pinheiros • Valônia Agropecuária

Promotores

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elitte rural Expediente

DIRETORES:

Renata Penna - [email protected]

Roberto De Nadai - [email protected]

FOTOGRAFIAS:

Dudu Assis, Fábio Fatori, Renata Penna e Zzn Peres

CAPA:

Bruno Grubisich

Foto: Zzn Peres

EQUIPE EDITORIAL:

Indiara Ferreira Assessoria de Comunicação Ltda. ME

Jornalista responsável: Indiara Ferreira MTB MG-6308 . (34) 8817-6145

Equipe: Eduardo Idaló, Janaína Isidoro,

Letícia Morais e Michelle Rosa

DIRETOR JURÍDICO:

Bruno Campos Silva

DEPARTAMENTO COMERCIAL:

Renata Penna (34) 9990-7180 (Uberaba/MG)

Marco Freitas (16) 99703-9258 (Ribeirão Preto/SP)

Janaina Nunes (43) 9982-2377 (Londrina/PR)

[email protected]

revistaelit [email protected]

DIRETOR CRIATIVO:

Dudu Assis (34) 9640-1345

AGÊNCIA RESPONSÁVEL:

Av. Alexandre Campos, 55 . Jardim Alexandre Campos

Fone: (34) 3321-5007 . Uberaba-MG

IMPRESSÃO:

Gráfica 3 Pinti Ltda. - Uberaba/MG

Tiragem: 5.000 exemplares

RESERVA DE ANÚNCIOS:

(34) 3321-5007 . (34) 9990-7180 . (17) 99111-2757

Circulação gratuita

A “Elit te Rural” não se responsabiliza

por conceitos emitidos em artigos assinados.

As matérias publicadas podem ser reproduzidas

desde que citada a fonte.

elitteRURAL

REVISTA

www.elitterural.com.br

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Page 10: Revista Elitte Rural 7
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A dedicação aos detalhes da pecuária brasileira é

combustível desta editoria. Nosso objetivo é expor na

vitrine o resultado de anos de aprimoramento genético.

Os caminhos percorridos por BRUNO GRUBISICH, filho de

José Carlos Grubisich, serão evidenciados. Eles começaram

na Verdana Agropecuária e há um ano fazem sucesso na

Seleon Biotecnologia. Uma trajetória coroada na NELORE FEST.

Presenteamos você, leitor da “Elit te Rural”, com os belos

exemplares LUSITANOS. O Brasil já é o maior expor tador

para a América do Nor te e, em breve, conquistará a Europa,

incluindo Por tugal. Nesta jornada está VICTOR OLIVA,

um criador de ponta! Agradecemos sua companhia.

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O Brasil vem se consoli-

dando como a maior

potência da América

do Sul no mais clássico

dos esportes hípicos, o Adestramen-

to, ou Dressage, como é conhecida

internacionalmente a modalidade.

A formação dos conjuntos (cavalo/

cavaleiro), da base ao nível técnico

mais exigente, tem levado o país

a participar com equipes e atletas

individuais em Olimpíadas, Jogos

Equestres Mundiais, Jogos Pan-A-

mericanos e Jogos Sul-Americanos.

O resultado deste sucesso é a soma

de iniciativas da Confederação Bra-

sileira de Hipismo (CBH) com o apoio

do Ministério dos Esportes e do Co-

mitê Olímpico Brasileiro, de Associa-

ções de raça e iniciativas particula-

res, como da Coudelaria Ilha Verde,

de Victor Oliva.

Na parceria de sucesso com nos-

sos competidores está o cavalo Lusita-

no, originário de Portugal e conhecido

mundialmente por sua contribuição

com a formação de várias raças, in-

clusive as brasileiras. É o cavalo de

sela mais antigo do Mundo, sendo

O cavalo atleta Lusitano encanta criadores e competidores olímpicos

cipal. É, inclusive, o primeiro e único

haras particular no Brasil a sediar

Concurso de Dressage Internacional.

Segundo Victor Oliva, uma das

principais atrações do International

Riding & Meeting Ilha Verde, deste

ano, servirá como última seletiva

para a formação da equipe que re-

presentará o Brasil nos Jogos Pan-A-

mericanos de Toronto, no Canadá, no

próximo mês de julho. O evento ainda

será um observatório para as Olim-

píadas do Rio 2016. “Contando com

um estrelado time de juízes olímpicos,

vamos reunir atletas do Brasil e do ex-

terior em competições que também

abrangem as categorias Júnior e Jo-

vens Cavaleiros”, afirma Oliva.

montado há mais de cinco mil anos.

Atualmente, o Brasil é o maior ex-

portador de Lusitanos para a América

do Norte e tem aumentado as expor-

tações também para a Europa, inclu-

sive para Portugal. Em todo o país,

já são mais de 350 criadores e um

plantel de aproximadamente 28 mil

animais, com maior concentração no

estado de São Paulo.

A COUDELARIA ILHA VERDEEm pouco mais de duas décadas

dedicadas à criação do Puro Sangue

Lusitano, a Coudelaria Ilha Verde, lo-

calizada em Araçoiaba da Serra, no

estado de São Paulo, tem na produ-

ção do cavalo atleta seu foco prin-

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Coudelaria Ilha Verde ocupa a área

de 54 alqueires, 35 dos quais desti-

nados ao pastoreio. São 20 pique-

tes, destinados aos 110 animais do

plantel, 95% deles Ferro VO (marca

que identifica a criação de Victor Oli-

va). A infraestrutura é composta por

três pavilhões de cocheiras com 60

baias, três pistas de Adestramento,

além de uma pista coberta e outra

para treinos de Equitação de Trabalho

e Salto.

elitte rural Raca

DE REFÚGIO A BOM NEGÓCIOA paixão da família Oliva pelo ca-

valo Lusitano começou no início dos

anos 90. O rancho em Araçoiaba da

Serra era o refúgio nos fins de se-

mana do casal Victor Oliva e Hortên-

cia Marcari. Ele, conhecido por suas

casas noturnas e restaurantes, e ela,

estrela maior da Seleção Brasileira

de Basquete. Criar animais não fa-

zia parte dos planos até que Oliva

ganhou de presente uma égua Puro

Sangue Lusitano. “A égua acabou

morrendo e, com o dinheiro do segu-

ro, como já tinha me encantado pela

raça, parti para novas aquisições, no

Brasil e em Portugal”, conta o empre-

sário, destacando que, aos poucos,

o rancho foi ganhando aparência de

haras: “pavilhões de cocheiras foram

erguidos, pastos divididos em piquete

e implantamos pastagens adequa-

das à criação de cavalos”.

Localizada na privilegiada região

de Sorocaba, conhecida como “cin-

turão do cavalo”, distante cerca de

150 quilômetros da capital paulista, a

A SELEÇÃO FERRO VONa base do plantel, a Coudelaria

Ilha Verde contou com animais garim-

pados nos principais haras portugue-

ses e brasileiros. Ao criar a marca Ferro

VO, Victor Oliva se decidiu pela seleção

de exemplares que se destacassem

pela elegância, mansidão e versatili-

dade atlética, mas sem abrir mão da

milenar genética do Puro Sangue Lusi-

tano. Em 2006, o trabalho de seleção

do empresário ganhou reforço com a

chegada da tropa selecionada pelo

cineasta Jayme Monjardim.

Para Oliva, o tripé da seleção se

baseia na genética, aptidão e no ma-

nejo. “Estamos em constante busca por

animais diferenciados, moldados para

o lazer, mas que revelem notória vo-

cação atlética”, explica o empresário.

Para isso, o manejo tem fundamental

importância no desenvolvimento dos

cavalos. “Cada animal é tratado como

um indivíduo, de maneira que seu po-

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“Cada animal é tratado como um indivíduo, de maneira que seu potencial possa ser observado e suas peculiaridades, exploradas

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tencial possa ser observado e suas

peculiaridades, exploradas”, afirma Oli-

va, que deixou a vice-presidência da

Associação Brasileira de Criadores do

Puro Sangue Lusitano (ABPSL), no ano

passado. Aliás, ele foi presidente da

entidade no biênio 2003/2004, quando

firmou parceria com a Confederação

Brasileira de Hipismo, abrindo o cami-

nho para a formação de conjuntos para

disputas internacionais.

16º LEILÃO LUSO-BRASILEIRODa receita de sucesso da Cou-

delaria Ilha Verde têm nascido

produtos excepcionais, com resul-

tados nas pistas e na reprodução.

Anualmente, eles são apresen-

tados ao mercado no tradicional

Leilão Internacional Luso-Brasileiro,

realizado desde 1997.

O evento anual tem sido a

porta de entrada para novos in-

vestidores na raça de cavalo Lu-

sitano, recebendo a cada edição

um público médio de mais de mil

pessoas entre personalidades do

mundo empresarial, do show bu-

siness, esportistas, pecuaristas e

criadores do Brasil e do exterior.

Em 2015, o leilão chega à sua

16ª edição, disponibilizando para o

mercado produtos da Coudelaria

Ilha Verde, consagrados nas pistas

funcionais e de morfologia, herdei-

ros da genética milenar do cavalo

de sela mais antigo do mundo oci-

dental, mas selecionados e molda-

dos para atender o mais exigente

mercado do cavalo contemporâneo.

Entre os destaques estarão

produtos de Tulum Comando SN,

o Lusitano de maior destaque nos

Jogos Pan-Americanos de Guada-

lajara 2011; campeões e reprodu-

tores consagrados, além da venda

de coberturas de Almansor da

Broa, garanhão recomendado e

aprovado em Portugal com a ava-

liação 4 estrelas.

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na Equitação de Trabalho, represen-

tada por Rogério Silva Clementino e

Nilo VO, mas foi no Adestramento

Clássico, a partir de 2006, que o con-

junto levou o nome do criatório a ser

conhecido internacionalmente pela

conquista da Medalha de Bronze por

equipe nos Jogos Pan-Americanos do

Rio 2007 e por integrar a equipe brasi-

leira nas Olimpíadas de Pequim 2008.

Nilo VO, aliás, foi o primeiro Lusitano

nascido no Brasil a fazer parte de uma

equipe pan-americana e olímpica.

VOCAÇÃO PARA VENCEDORO cavalo Lusitano continua sur-

preendendo pela sua natural ap-

tidão para os obstáculos, para o

ensino e atrelagem de competição.

A combinação de todas as suas ca-

racterísticas coloca-o em destaque

para ser um belo e dócil cavalo de

esporte. Essas peculiaridades, alia-

das ao fato de ser considerado o

cavalo que dá maior prazer de se

montar – preferência comprovada

entre atletas de esportes hípicos de

todo o mundo –, são os atributos

necessários para se identificar que o

cavalo Puro Sangue Lusitano tem um

enorme potencial de crescimento no

Brasil e no restante do mundo.

O sonho de produzir um novo

conjunto olímpico tem sido o objetivo

da Coudelaria Ilha Verde. “A tarefa é

árdua e o trabalho de uma equipe

multidisciplinar, com a participação de

profissionais de várias áreas, do Brasil

e do exterior, tem sido uma constante”.

Em 2003, a Coudelaria Ilha Ver-

de começou a marcar presença nas

pistas de competição, inicialmente

FAMÍLIA CAMPEÃDepois das Olimpíadas, o cava-

lo Nilo VO foi destinado aos irmãos

Marcari Oliva. João Victor, hoje com

18 anos, estreou nas pistas em 2008.

Ele é o atual Campeão Sul-Ameri-

cano, individual e por equipe, e uma

das principais promessas do hipismo

nacional. Antonio Victor, de 17 anos,

é outro jovem talento. Sua estreia em

pista foi em 2009 e desde então já

conquistou o Tetracampeonato Bra-

sileiro e o Bicampeonato Paulista. Os

irmãos João e Antônio, ao lado de

Rogério Clementino, Everton Yale Ca-

valaro, Renderson Oliveira e Julia Nemr

integram o Ilha Verde Team, a equipe

mais premiada e bem estruturada de

Adestramento no país.

O treinador-chefe da equipe há

quatro anos é Norbert Van Laak, da

Alemanha. Treinador de vários meda-

lhistas olímpicos, de vencedores de

finais de Copa do Mundo e de cam-

peões europeus, Norbert esteve à

frente de equipes da França e do Ca-

nadá. É no centro de treinamento de

Van Laak em Möhnesee/Günne, que

treina o cavaleiro João Victor, desde

julho de 2014. Periodicamente, Norbert

vem ao Brasil ministrar clínicas para os

atletas que residem no país.

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2020

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Seleon Biotecnologia marca novo tempo na pecuária

Jovem, empreendedor, premia-

do na categoria Nova Geração

do Nelore Fest 2014 – o Oscar

da Pecuária Nacional, ele tem

um grande desafio pela frente: que-

brar alguns paradigmas em relação à

aplicação das biotecnologias na pro-

dução de gado comercial.

Bruno Grubisich é empresário, ad-

vogado, criador de Nelore (Verdana

Agropecuária) e diretor presidente da

Seleon Biotecnologia, com sede em

Itatinga, no estado de São Paulo. A

empresa, que acaba de completar um

ano de mercado, possui como missão

contribuir com a criação de valor na

cadeia da carne e do leite, fornecendo

serviços e soluções em biotecnologia,

de forma segura, eficaz e acessível.

Segundo Grubisich, a agricultura e

até mesmo outros segmentos, como

os de suínos e de aves, já deram o

passo no sentido de incorporar vis-

ceralmente as tecnologias em seu

sistema produtivo. “Essas atividades

contam com alto grau de informação

e gestão racional. Percebe-se mais fa-

cilmente o ganho (ou mesmo a perda)

de produtividade ao lançar mão de

tecnologias”, comenta o empresário.

Na pecuária bovina, esse movi-

mento é mais lento, mas não deixa de

acontecer gradualmente, como explica

Grubisich: “O pecuarista está mais

consciente da necessidade de melho-

rar sua fazenda e produzir mais e me-

lhor com menos área”. Com o objeti-

vo de colaborar com esse ganho de

produtividade na pecuária, a Seleon

tem dedicado uma importante fatia

de seu investimento para pesquisa,

junto às principais universidades do

país, com foco no desenvolvimento

de processos e produtos que pos-

sam trazer mais informação e segu-

rança para o criador e seu plantel.

LIDERADA POR BRUNO GRUBISICH, A EMPRESA TRABALHA COM ANÁLISE INÉDITA NO BRASIL, COM FOCO NA MONTAGEM DE UM BANCO DE DADOS DE PONTA. É A CONTINUI-DADE DO SUCESSO DA FAMÍLIA QUE COMEÇOU COM A VERDANA AGROPECUÁRIA

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Page 22: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Raca

“Esse tipo de análise é inédita no Brasil e estamos certos de que trará importantes respostas para perguntas até então respondidas de maneira subjetiva

‘‘

22

DESAFIOS DO ANOPara 2015, outro importante pas-

so da Seleon é dar início às opera-

ções de produção in vitro de em-

briões bovinos. “Nesse segmento

também projetamos for tes investi-

mentos no desenvolvimento de no-

vos protocolos para a fer tilização em

laboratório que venham a dar uma

escala relevante a essa ferramenta”,

explica o empresário.

A Seleon também atua como

prestadora de serviço para outras

centrais e para produtores. Segundo

José Roberto Potiens, diretor técnico

da empresa, as raças taurinas sen-

tem mais a temperatura, o que pode

prejudicar o desempenho do animal,

assim como alguns touros zebuínos.

“Por isso, a localização da central

em uma região com temperatura

média de 19 graus faz com que a

Seleon seja alternativa para outras

ANDROLOGIA BOVINAA principal novidade é na área de

andrologia bovina. O estudo parte de

um trabalho que, através de análises

aprofundadas da superestrutura celu-

lar espermática e correlacionando os

resultados com taxa de concepção a

campo, tornará possível criar um ban-

co de dados para orientar com mais

precisão o uso de determinadas par-

tidas de sêmen (se será mais bem

aproveitada em técnica de IATF ou FIV,

por exemplo). “Esse tipo de análise é

inédita no Brasil e estamos certos de

que trará importantes respostas para

perguntas até então respondidas de

maneira subjetiva”, afirma Grubisich.

A técnica da Inseminação Artificial

em Tempo Fixo (IATF) promove o apri-

moramento da fertilidade do sêmen,

porém o fator decisivo para melhorar

a qualidade da carne e do leite é a

correta escolha dos líderes genéticos,

touros e matrizes que serão multi-

plicados e utilizados nos sistemas de

produção. “Queremos tornar a tec-

nologia da IATF acessível e colaborar

para elevar o padrão genético do

rebanho nacional”, diz o empresário,

que aposta nesta ferramenta para que

a produção brasileira salte de 9,5 mi-

lhões de toneladas para 11 milhões de

toneladas de carne bovina até 2020.

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centrais que precisam trabalhar com

estes touros”, salienta.

Dono do maior rebanho comer-

cial do mundo, com mais de 200

milhões de animais, o Brasil ainda

precisa percorrer um longo cami-

nho, quando se trata de atuali-

zação tecnológica. Em 2012, por

exemplo, apenas 12 milhões de

bezerros foram gerados através de

inseminação ar tificial, um número

muito baixo para as dimensões do

mercado brasileiro.

A multiplicação de touros e ma-

trizes de genética superior passa

obrigatoriamente pelo uso de bio-

tecnologias, como a inseminação

ar tificial e a transferência de em-

briões, que representam a possibi-

lidade de otimização do aproveita-

mento desses reprodutores durante

sua vida útil. Através da insemina-

ção ar tificial, por exemplo, um só

touro pode deixar milhares de des-

cendentes, em vez de apenas algu-

mas dezenas, quando utilizado em

monta natural. Até o sexo do animal

pode ser determinado, com 90% de

chances de acer to. “A melhora na

qualidade do rebanho é considerá-

vel”, afirma Grubisich, destacando

que a Seleon já tem produzido sê-

men brasileiro para exportação.

De olho nessa tendência do

mercado, que ganha cada vez mais

adeptos, Bruno acredita que o agro-

negócio brasileiro vive hoje o seu

momento mais promissor. “O pro-

dutor percebeu que não dá mais

para produzir sem responsabilidade

e previsibilidade. O consumidor final

está cada vez mais informado e pa-

gando mais pelo produto confiável”.

Para o jovem empreendedor,

existe um ambiente propício para

o investimento em incremento de

produtividade e, num momento em

que os outros setores da economia

apontam para uma recessão, o

agronegócio desponta como a “sal-

vação da lavoura”.

Para atingir e garantir os melho-

res resultados, a Seleon dispõe de

aparelhos de última geração, como

o Easycyte, um citômetro de fluxo fa-

bricado pela empresa francesa IMV,

líder mundial em tecnologia de inse-

minação.

“Com esse aparelho é possível

obter uma análise mais avança-

da do espermatozoide porque as

análises que temos hoje em dia,

tradicionais e correntes em todas

as centrais, mesmo ao redor do

mundo, não apresentam um con-

trole de qualidade e na verdade

não têm uma correlação científica

como o resultado de fer tilidade de

campo”, explica o médico veteri-

nário José Rober to Potiens, diretor

técnico da empresa.

Segundo ele, para que o trabalho

de IATF seja cada vez mais eficiente

são necessárias mais informações

do potencial fer tilizante do sêmen.

“É por isso que ganha impor tância

uma análise avançada com equi-

pamentos de ponta para se chegar

a esse resultado. Queremos forne-

cer aos nossos clientes um nível

de informação aprofundado sobre

o que eles podem esperar des-

se trabalho que estamos fazendo

aqui, conhecendo melhor, inclusive,

o seu próprio reprodutor”, garante

Potiens.

“O produtor percebeu

que não dá mais para

produzir sem responsa-

bilidade e previsibilidade.

O consumidor final está

cada vez mais informado

e pagando mais pelo

produto confiável

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Page 24: Revista Elitte Rural 7

paulista, a paixão pelo campo falou

mais alto do que a vida dentro da

sala de um arranha-céu na avenida

Paulista. “Foi então que me mudei

para a Estância Bela Vista, em Ita-

tinga, interior de São Paulo, proprie-

dade da família, onde meu pai dava

os primeiros passos no criatório de

Gado Nelore Elite”, relembra Bruno.

Era o início da Verdana Agro-

pecuária. Para assumir tamanha

responsabilidade, foi preciso se

preparar. Ele participou de cur-

elitte rural Raca

UM DEFENSOR DO CAMPOA experiência adquirida com

parte da infância vivida na Europa,

na adolescência, nos Estados Uni-

dos, e no curso de Direito na Univer-

sidade de São Paulo (USP) garantiu

a Bruno Grubisich a capacidade de

argumentação sólida para defender

diferentes pontos de vista. “A baga-

gem linguística, por ter sido criado

exposto a diferentes povos e cultu-

ras, me permitiu ter melhor entendi-

mento das relações internacionais;

já o Direito é muito útil à medida que

o conhecimento adquirido na facul-

dade é aplicado o tempo todo na

vida empresarial”, afirma Grubisich.

Ao final do curso de Direito, em

2008, depois de estagiar em grandes

escritórios de advocacia da capital

“O gado de elite foi para mim uma grande escola e resolvi apren-der com os melhores técnicos e profissionais do segmento

‘‘

sos de julgamento pela ABCZ, fez

Pós-Graduação em Marketing no

Agronegócio na Escola Superior de

Propaganda e Marketing (ESPM) e

assumiu, então, a parte comercial da

Verdana, organizando os leilões da

marca e acompanhando as expo-

sições por todo o país. “Até então,

via no campo um lugar de lazer. Foi

somente quando deixei a carreira ju-

rídica que me envolvi em outro nível

com a fazenda. Passei a vê-la como

um negócio rentável e promissor. O

gado de elite foi para mim uma gran-

de escola e resolvi aprender com os

melhores técnicos e profissionais do

segmento”, afirma Grubisich.

Logo no primeiro leilão de touros

em Camapuã, Mato Grosso do Sul, a

Verdana Agropecuária bateu marcas

recordes de valorização, coroando

o trabalho e o investimento sério e

consistente. Para Bruno, o segredo

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Page 25: Revista Elitte Rural 7

O DNA DO SUCESSO Se existe um gene do empreende-

dorismo, ele está presente na família

Grubisich. Capacidade de gestão,

excelência do manejo, tarefas execu-

tadas com qualidade e muita intuição

sempre foram princípios de José Car-

do sucesso nos primeiros anos de

trabalho veio do investimento em

tecnologia. “A Verdana sempre lan-

çou mão das mais avançadas técni-

cas para selecionar e multiplicar seus

melhores indivíduos e para tal o uso

das biotecnologias de reprodução

foi fundamental”, explica.

Essa intimidade e confiança com

as ferramentas tecnológicas para a

reprodução de bovinos de excelên-

cia foi fundamental na criação da

Seleon. A empresa de biotecnologia

– na qual Bruno é diretor presidente –

nasceu, após um ano e meio de pes-

quisa, formação de equipe, desen-

volvimento de projeto e planejamento

financeiro. “Estava plantada a semen-

te”, afirma o jovem empresário.

los Grubisich, pai de Bruno e criador

da Verdana Agropecuária. Ele estudou

Engenharia Química e construiu uma

brilhante carreira na área de Pesquisa

de desenvolvimento de antibióticos,

herbicidas, inseticidas e, mais tarde,

nos setores petroquímico e de bioe-

nergia, atuando em multinacionais, no

Brasil e lá fora.

A pecuária de elite está no DNA

da Verdana. A decisão da família de

entrar no ramo do Melhoramento

genético veio com a percepção do

potencial de crescimento da pecuá-

ria brasileira, diante do agronegócio

mundial. “A nossa pecuária é a que

tem maior potencial de ganho de

produtividade no futuro. Escolhe-

mos o Nelore porque estamos num

país tropical e a raça é a melhor

opção para formar a base do reba-

nho aqui, que precisa ter um plantel

formado por um gado rústico, mas

que também seja produtivo, com

bom aproveitamento de carcaça e

que garanta a condição de compe-

titividade e de liderança do Brasil no

mercado internacional”, explica José

Carlos Grubisich.

Desde o início da carreira à frente

da Verdana e da Seleon, Bruno sem-

pre contou com o apoio familiar, espe-

cialmente do pai. “Cada vez que falo

com ele é uma nova lição e, algumas

vezes, uma nova missão. Estou certo

de que muito do que construí ao longo

de minha vida se deve ao estímulo e

aos desafios vindos de meu pai”, afir-

ma Bruno Grubisich.

“Estou certo de que muito do que construí ao longo de minha vida se deve ao estímulo e aos desafios vindos de meu pai

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Page 26: Revista Elitte Rural 7

elitte rural RacaRaca

O FUTUROÉ de conhecimento comum que

a pecuária, por muito tempo, fun-

cionou de maneira cíclica, interca-

lando períodos de alta e de baixa.

No entanto, de alguns anos para cá,

essa realidade começou a mudar. A

valorização da arroba, o aumento do

consumo interno impulsionado pelo in-

cremento da renda familiar, o aumento

da demanda externa promovida pela

redução dos rebanhos concorrentes

ao brasileiro e a desvalorização do

real frente ao dólar fizeram os olhos do

pecuarista se voltar para o melhora-

mento de seu sistema produtivo.

Segundo Bruno Grubisich, é cada

vez mais corriqueiro ver fazendas de

pecuária investindo em reforma de

pastagens, melhoria de infraestru-

tura, capacitação de mão de obra,

manejo nutricional e sanitário e, por

fim, para ter o máximo aproveita-

mento e rentabilidade, buscando por

genética selecionada com foco em

resultado. Entretanto, para que se

torne realidade o sonho de produzir

mais e com melhor qualidade em

menor espaço de tempo e área, é

preciso trabalho direcionado e cons-

ciente no sentido de que os recursos

são finitos e precisamos maximizar

a produção pensando no amanhã.

“Temos uma grande quantida-

de de recursos tecnológicos para

tal, mas estes devem ser aplica-

dos com parcimônia e bom sen-

so”, avalia Bruno. Ele afirma que,

se realmente seguirmos esse ca-

minho, o Brasil deve tomar a lide-

rança absoluta e preencher, verda-

deiramente, o título de celeiro do

mundo, provendo interna e exter-

namente alimentos de qualidade e

em grande quantidade.

“Temos uma gran-de quantidade de recursos tecnológi-cos, mas estes de-vem ser aplicados com parcimônia e bom senso

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Page 27: Revista Elitte Rural 7

A seca que tinge a paisagem brasileira nos espanta. É um

chamado do planeta para que todos nós pensemos em nos

tornar mais SUSTENTÁVEIS. Na editoria Terra, apresentaremos

produtores afetados pela falta de chuvas e de outros

incentivos. Você sabia que o setor de

CANA-DE-AÇÚCAR, hoje, está na pior condição dentre todas

as cadeias produtivas do agronegócio brasileiro? Deve 110%

da própria SAFRA, ou seja, deve mais do que arrecada em

um ano. Correndo contra os prejuízos financeiros e ambientais,

os pesquisadores desenvolvem projetos de Integração

LAVOURA-PECUÁRIA, aplicados à reforma de pastagem.

Uma novidade que veio pra ficar!

27

Page 28: Revista Elitte Rural 7

Já sobrecarregadas com as

dívidas acumuladas, usinas

de álcool e açúcar continuam

sofrendo com prejuízos. Falta

de políticas de estímulo ao consu-

mo de etanol e queda na produtivi-

dade da colheita por problemas cli-

máticos pesaram nos negócios do

setor e frustraram as expectativas

preliminares de crescimento.

Até 2008, as usinas se endi-

vidaram com empréstimos para

expandir a produção e atender ao

aumento da demanda por álcool,

puxada pela difusão dos carros

flex. No entanto, a par tir de 2011,

o governo federal segurou os rea-

justes no preço da gasolina e o

etanol perdeu competitividade.

Muita gente não conseguiu

honrar os compromissos. A má fase

levou 67 empresas do setor a entrar

em recuperação judicial nos últimos

seis anos, com planejamento para

pagar a dívida em 25 anos, confor-

me a MBF Agribusiness.

Outras 83 unidades fecharam

as por tas entre 2008 e o fim de

2014, segundo levantamento da

consultoria DataAgro.

A região Centro-Sul, maior pro-

dutora do país, concentra mais de

75% dos casos de paralisação de

atividades. Já na região Nor te-

Nordeste, 19 unidades encerraram

as operações no período.

O presidente do Sindicato da

Indústria de Açúcar e do Etanol de

Pernambuco, Renato Cunha, afir-

ma que é necessário preservar o

mercado de combustíveis limpos

porque se trata de uma indústria

genuinamente nacional e com alto

índice de geração de empregos,

principalmente no Nordeste. Ele

explica que o setor sucroenergé-

tico totaliza 12% da produção na-

cional, mas representa 33% da

empregabilidade na região.

“Nós temos uma equação so-

cioeconômica maior no Nordeste.

Aqui a produção é menos meca-

nizada por causa das condições

Amargando a pior crise, Sucroalcooleiro encerra safra 2014/2015 devendo 110%

elitte rural Terra

A ESPERANÇA DE UM ANO MAIS DOCE PARA OS USINEIROS É A MUDANÇA NA POLÍTICA TRIBUTÁRIA DOS COMBUSTÍVEIS, QUE PODE TRAZER FôLEGO PARA O INÍCIO DA RECUPERAÇÃO

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Page 29: Revista Elitte Rural 7

dos terrenos. Por isso, temos ne-

cessidade maior da presença da

mão de obra humana. Estamos

mantendo essa mão de obra,

mas não gerando novos postos

de trabalho. Ainda assim, o qua-

dro de empregos atual é inferior

ao da safra 2012/2013, quando

houve queda de 25% na produ-

ção e no quadro de funcionários

por causa da seca. Estamos ten-

tamos recompor isso, mas ainda

não conseguimos”, conta.

A União da Indústria de Cana

de Açúcar (Unica) estima que mais

nove usinas ainda possam deixar

de funcionar ao longo de 2015.

Para rever ter a situação e garantir

competitividade ao etanol frente à

gasolina, uma série de medidas

foi anunciada no último mês pelo

governo federal.

A alíquota do PIS/Cofins (Pro-

grama de Integração Social/Con-

tribuição para Financiamento da

Seguridade Social) aumentou para

o combustível fóssil e também foi

reinstituída a cobrança das Con-

tribuições de Intervenção no Do-

mínio Econômico (Cide) – zerada

desde 2012. Outra ação foi subir

de 25% para 27,5% a mistura de

etanol anidro na gasolina.

Diversos governos estaduais

também adotaram estratégias

para dar vantagem ao álcool nas

bombas de combustível. Bahia e

Paraná já subiram a alíquota do

Imposto sobre Circulação de Mer-

cadoria e de Prestação de Servi-

ços (ICMS) para a gasolina. Minas

Gerais fez a mesma coisa e ainda

diminuiu a tributação sobre o eta-

nol. O Distrito Federal sinalizou o

mesmo caminho em 2016.

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“Temos uma equação socioe-conômica maior no Nordeste. Aqui a produção é menos mecanizada por cau-sa das condições dos terrenos

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Page 30: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Terra

30

A CRISE EM NÚMEROS- Em 2014, 12 usinas sem condições financeiras encerraram suas atividades;

- Mais de 30 mil postos de trabalho foram perdidos e milhares estão em risco;

- A dívida média das empresas do setor supera o faturamento bruto anual e

cerca de 20% da receita está comprometido apenas com o pagamento de juros;

- Empresas de bens de capital voltadas para o setor registram, desde 2010, que-

da de 50% no faturamento, com perda de mais de 50 mil postos de trabalho;

- As expectativas para a indústria de base são desanimadoras, já que não há

um único pedido de nova usina em carteira.

Fonte: Unica

INSUFICIENTEO diretor técnico da Unica, Anto-

nio de Padua Rodrigues, comemora

a primeira reação, mas avalia que

o cenário ainda é nebuloso e não

há expectativa de crescimento

na produtividade. “Sendo otimista

nesse momento, se repetirmos a

moagem da safra passada, está

de bom tamanho. O resultado tam-

bém depende das condições cli-

máticas”, salienta.

Além disso, Padua ressalta que

as medidas em vigor asseguram

apenas sobrevida para as usinas, e

não a retomada dos investimentos

no futuro. Ele lembra que as unida-

des produtoras do país vão iniciar a

nova safra com dívida 110% supe-

rior ao faturamento do ciclo anterior:

enquanto a receita está estimada

em cerca de R$ 70 bilhões, a dívi-

da total do setor é de R$ 77 bilhões.

Por isso, o técnico defende que será

necessário avançar mais para reti-

rar o segmento da estagnação.

“O pacote anun-ciado vai ajudar a estabilizar o mer-cado já na safra 2015/2016 e liqui-dar um pouco o saldo devedor

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Page 31: Revista Elitte Rural 7

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REFLExOS NA SAFRA 2014/2015A safra 2014/2015 produzida no país deve chegar a 642 milhões de to-

neladas. O montante é 2,5% inferior às 658 milhões de toneladas da safra

passada. É o que aponta o levantamento parcial divulgado em dezembro de

2014 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O estudo mostra que houve elevação da área de colheita de 8,8 milhões de

hectares para 9 milhões de hectares, mas a produtividade caiu, em virtude das

questões climáticas, como a falta de chuvas principalmente na região Sudeste.

A maior parte da cana-de-açúcar colhida deverá ser destinada à fabricação

de etanol, representando 56,28% da produção. Já para a produção de açúcar é

prevista a queda de 4%: de 37,8 milhões para 36,3 milhões de toneladas.

“O pacote anunciado vai ajudar

a estabilizar o mercado já na sa-

fra 2015/2016 e liquidar um pouco

do saldo devedor, mas são ações

pontuais e não vão permitir apor te

financeiro em novas plantas. Nada

disso vai acontecer se não forem

adotados programas efetivos de

longo prazo”, argumenta.

Padua cita, por exemplo, a

criação de linhas de incentivo às

montadoras para a fabricação de

motores flex com maior eficiência

para assegurar consumo menor

de etanol para dar competitividade

na disputa com a gasolina. Outra

proposta na pauta dos usineiros é

definir uma política energética que

valorize a energia produzida atra-

vés da biomassa. “Mas essas são

agendas ainda em fase inicial de

discussão”, lamenta.

Enquanto os programas de lon-

go prazo não se consolidam, o

presidente da Associação das In-

dústrias Sucroenergér ticas de Mi-

nas Gerais (Siamig), Mário Campos,

analisa que processos de fusões e

incorporações devem marcar o se-

tor de álcool e açúcar nos próximos

anos. A estratégia viabilizaria a re-

negociação do estoque de dívidas

de alguns grupos empresariais e

evitaria o fechamento de outras

unidades produtoras. “Esse é um

momento de cautela. Começamos

a respirar e agora podemos anali-

sar o cenário para corrigir o rumo e

voltar a crescer”, sentencia.

Page 32: Revista Elitte Rural 7

SÓCIOS NO PREJUÍZOA crise financeira que abalou a

saúde das usinas vem se alastrando

por toda a cadeia produtiva do setor

sucroalcooleiro. Dados da Unica apon-

tam para prejuízo de aproximadamen-

te R$ 10 milhões em todo o sistema.

Em Sertãozinho, interior paulista,

maior polo de produção de açúcar e

etanol, as metalúrgicas que atendem

a indústria canavieira perderam 50%

da receita por causa da redução nas

vendas e acabaram demitindo 2.400

trabalhadores no ano passado. Das

sete usinas instaladas no município,

duas foram fechadas e uma está em

recuperação judicial.

Os produtores de cana também

são atingidos pelo impacto da re-

tração no segmento. Os problemas

começaram com os atrasos nos pa-

gamentos pela safra por causa do

endividamento das empresas e se

agravaram com o aumento dos cus-

tos de produção devido à implanta-

ção da colheita mecanizada.

“Hoje estamos recebendo R$ 61

pela cana, mas o nosso custo é de

R$ 79. Há três anos, não temos con-

dição de remunerar sequer o cus-

to operacional. Estamos deixando

de colocar adubo e herbicida para

aguentar essa fase. Além disso,

não estamos conseguindo renovar a

plantação anualmente e isso diminuiu

a produção”, desabafa o presidente

da Associação dos Plantadores de

Cana da Região Centro-Sul do Brasil,

Manoel Ortolan.

Somado a isso, o representante

dos produtores lembra que a seca

registrada nos últimos anos também

comprometeu drasticamente a pro-

dutividade dos canaviais. A média

caiu de 85 toneladas de cana por

hectare para 70 toneladas na mes-

ma área, entre 2008 e 2014.

Apesar da condição crítica, Orto-

lan afirma que a área plantada de

“Hoje estamos recebendo R$61 pela cana, mas o nosso custo é de R$79

‘‘

elitte rural Terra

32

Page 33: Revista Elitte Rural 7

cana permanece estável. O ciclo lon-

go da cultura, que se estende por até

cinco anos, contribui para evitar uma

migração instantânea para outras la-

vouras. “Mas, terminando o ciclo, se

não houver uma recuperação, já há

produtores estudando reduzir a área

de plantio ou até deixar a cana para

investir nos grãos”, anuncia.

É o caso do produtor rural Ân-

gelo César Sicchieri. Sem expectativa

de incremento na remuneração pela

safra de cana, ele já começou a se

preparar para reduzir a área de cana-

vial. A cultura ocupa 60 hectares da

fazenda, no interior de São Paulo, mas

apenas 40% da plantação será reno-

vada anualmente para continuar com

cana. “É melhor diminuir a área e cuidar

bem, com os manejos certos, para ter

produtividade maior, mas, se não pas-

sar essa crise, vamos ter que deixar a

cana para tentar as outras culturas”,

disse o produtor, que também produz

grãos no interior de Minas Gerais.

“Estamos deixando de colocar adubo e herbicida para aguentar essa fase

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Page 34: Revista Elitte Rural 7

Dois em um

Buscar alternativas para

garantir mais lucrativida-

de sempre foi um desafio

para a pecuária. A equa-

ção, por muito tempo, esteve atre-

lada a conseguir mais hectares e

ampliar a área de pastagens para

o rebanho, mas essa lógica come-

ça a mudar.

A fazenda 3R, no município de

Figueirão, no Mato Grosso do Sul,

é um exemplo disso: optou por di-

versificar atividades e testar a inte-

gração da pecuária com lavoura.

Já são dois anos com o sistema

em operação e o resultado até

agora não trouxe arrependimen-

tos. Reconhecida pela criação de

animais premiados, a propriedade

também se tornou referência em

termos de produtividade.

O administrador da proprie-

dade, Rogério Rosalin, conta que

a rentabilidade cresceu mais de

200%, atingindo hoje R$3.500 por

hectare ao ano. “Todo mundo pre-

cisa reformar o pasto para o ani-

mal comer, mas colocar adubo,

calcário e gesso na terra só para

produzir capim era inviável, por-

que tinha custo alto, entre R$1.200

e R$1.500 por hectare. Então, re-

solvemos colocar agricultura para

tirar proveito da adubação feita no

solo. A integração é uma forma

de potencializar o uso da terra”,

salienta.

De início, foram implantados

dois sistemas principais: o primei-

ro, utilizando o milho em consór-

cio à pastagem piatã e ao euca-

lipto, e o segundo, com o plantio

elitte rural Terra

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA APLICADA PARA REFORMA DE PASTAGEM TRAZ RESULTADOS POSITIVOS NO MATO GROSSO DO SUL. LAVOURAS DE SOJA, MILHO E SORGO COMPENSAM OS CUSTOS COM RECUPERAÇÃO DO SOLO E AS-SEGURAM PASTAGEM DE QUALIDADE

34

Page 35: Revista Elitte Rural 7

de sorgo associado à pastagem

paiaguás e eucalipto. Os ganhos

imediatos foram com a produção

da silagem para suplementar a

alimentação do rebanho ao longo

do ano e diminuir os custos com a

compra de ração.

Além disso, Rosalin ressalta

que o sistema de integração cor-

rigiu a fer tilidade do solo e otimi-

zou a nutrição do rebanho. Com

isso, foi possível incrementar a

lotação animal sem comprometer

“Precisamos produzir mais dinheiro por hec-tare e não temos mais como abrir novas áreas de pastagem. Então, precisamos melhorar as que já temos

‘‘

a produtividade do plantel. A pro-

dução integrada abrange a média

de 150 a 200 hectares, mas tem

capacidade para suprir a mesma

quantidade de gado anteriormen-

te criada na área de 500 hectares.

“Não adianta ter melhor genética

se não tiver melhor pasto. Preci-

samos produzir mais dinheiro por

hectare e não temos mais como

abrir novas áreas de pastagem.

Então, precisamos melhorar as

que já temos disponíveis”, pontua.

MILHO E SORGOO interesse em tecnologias

para a recomposição e me-

lhoria das pastagens foi jus-

tamente o que também levou

a fazenda Santa Marina, em

Santa Rita do Pardo, no Mato

Grosso do Sul, a experimentar

o sistema de integração a par tir

deste ano. “Com a nova técnica,

pretendo aumentar pelo menos

30% a produção por hectare. A

lotação sairia de 1,5 cabeça de

gado por hectare para a média

de quatro a cinco na mesma

área”, adianta o gerente da uni-

dade, Gustavo Campili.

O técnico salienta que a pre-

paração do solo apenas para

o capim custaria R$1.200 por

hectare, mas com acréscimo

de R$700 foi possível implan-

tar também o sorgo. O produto

será utilizado na alimentação

do plantel no período da seca

para a manutenção do ganho

de peso.

A fazenda plantou, inicial-

mente, 35 hectares no sistema

integrado. Conforme o desem-

penho observado este ano,

existe a possibilidade de am-

pliar a área para 90 hectares

e introduzir a lavoura de milho

no próximo ciclo. “Ainda esta-

mos analisando se vai ser mais

vantagem vender produção do

grão para comprar ração ou

utilizar o alimento para engor-

da”, acrescenta.

35

Page 36: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Terra

NA PONTA DO LÁPIS- A reforma da pastagem tradicio-

nal custa, em média, R$ 1.200 por

hectare, incluindo aas operações de

terraceamento, mecanização, corre-

ções e adubação.

- A integração do milho com capim

custa, em média, R$ 2.200 por hec-

tare. Já o investimento para implanta-

a

RETORNO GARANTIDOPara o pesquisador Alex Me-

lotto, investir um pouco mais no

plantio em consórcio vale a pena,

porque os resultados serão ob-

servados já na primeira colheita e

a produção agrícola será suficien-

te para pagar o custo investido.

Especialista em Biologia Vege-

tal, o técnico cita que a pastagem

solteira reformada produziu 30 ar-

robas de carne na safra 2013/2014

e o sistema integrado conseguiu o

mesmo desempenho na produ-

ção animal com um bônus de 17

toneladas de silagem por hectare.

Com isso, o produtor teve o retorno

do investimento no primeiro ano

devido à economia do que seria

gasto para a compra do insumo.

“Além disso, a área está com o

pasto reformado e mantém altas

produtividades de carne ao longo

dos anos, se for bem manejada.

A rentabilidade é 50% maior do

que apenas o capim”, acrescenta.

Melotto também pondera que

existem linhas de financiamento

específicas para a implantação de

sistemas de integração e os pro-

gramas podem facilitar o acesso do

produtor rural à nova tecnologia.

Apesar dos resultados práticos

e as facilidades para viabilizar o

investimento, o pesquisador aler-

ta que a implantação do sistema

deve ser feita sempre sob a orien-

tação de órgãos especializados,

pois será necessário identificar o

projeto mais adequado às condi-

ções de solo e ao clima da região.

ção do sorgo ou milheto associado

ao capim é de R$ 1.900 por hectare.

- É possível adicionar componente

florestal ao sistema, transforman-

do o projeto Integração Lavoura,

Pecuária e Floresta. O custo de im-

plantação está estimado em R$ 4

por árvore.

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36

Page 37: Revista Elitte Rural 7

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A opinião de quem conhece de per to o AGRONEGÓCIO

brasileiro e tem causos pra contar. Esta sétima edição aborda

o atual cenário da ECONOMIA BRASILEIRA. Preços em alta e

aprimoramento da seleção genética são tendências. E que

tal um pouco de SAUDADE? Não pense só no sentimento,

com tradução apenas em nosso idioma, mas em uma

fêmea muito especial, do TRIÂNGULO MINEIRO, como muitas

com as quais você já deve ter convivido. Se você cresceu na

ROÇA, leia e permita-se emocionar-se!

37

Page 38: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Ponto de Vista

2015, ano da proteína animal

O atual cenário da eco-

nomia brasileira apre-

senta aos consumido-

res de proteína animal

preços elevados. Por outro lado, a

valorização do dólar em relação à

moeda brasileira mantém a arro-

ba do boi em alta, sem perspecti-

va de queda, favorecendo o mer-

cado aos pecuaristas. A arroba

do boi, que iniciou 2015 na casa

dos R$ 135,00, chega à segunda

quinzena custando aos frigoríficos

cerca de R$ 140,00, acréscimo que

poderá manter-se nos próximos

meses, devido à baixa ofer ta e à

alta demanda de carne.

Consultores da Bolsa de Valo-

res de São Paulo (BM&F Boves-

pa) já afirmam que o ano será

de estabilidade para o pecuarista

em função da demanda de car-

ne bovina, que tende a aumentar.

Baseiam a informação na alta

do dólar, que nos apresenta um

momento positivo na disputa por

mercado externo. Essa desvalo-

rização do real torna o produto

brasileiro mais procurado, porém

a cautela sempre é necessária,

já que devemos considerar a ne-

cessidade do produtor rural de

manter um bom fluxo de caixa e

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“Os especialistas defendem um ano rentável para o setor, mas sabemos que o comportamento econômico é sem-pre instável

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38

Page 39: Revista Elitte Rural 7

financiamentos moderados.

Os custos de produção os-

cilam durante todo o ano junto à

necessidade de investimento, ora

ver tical, ora horizontal. Pastagem,

genética, manejo e gestão de

pessoas são investimentos que

devem se manter constante e

que ocuparão par te do lucro do

pecuarista, como ocorre todos os

anos. Mas, em 2015, prevalecerá

a busca por proteína, sempre em

alta, o que pode não ser tão inte-

ressante para o mercado interno,

que poderá pagar mais caro por

determinados cor tes.

Os especialistas defendem um

ano rentável para o setor, mas

sabemos que o compor tamen-

to econômico é sempre instável.

Vejo os primeiros meses do ano

como uma opor tunidade ímpar

de comercializar genética com-

provada, já que outros produto-

res estão em busca de volume

com qualidade, visando o lucro

oferecido pelo mercado. Deve-

mos aproveitar o cenário positivo

e a valorização da arroba pela

indústria para redimensionar os

investimentos em 2015 e comer-

cializar para quem precisa de

Paulo Antônio Serra da Cruz é proprietário da Nelore 3 Barras, em Campo Grande (MS)

volume com qualidade.

Neste sentido, o formato de

leilão enquadra-se como excelen-

te opção de comércio de gado.

Criadores que estão dispostos

a investir buscam leilões por ser

uma opção cômoda e por ter

uma apresentação completa do

animal, com dados relacionados

à sua origem e potencialidades.

O ano exige a atuação de em-

preendedores rurais com esse

ponto de vista. Escolhi o mês de

fevereiro estrategicamente para

comercializar todo o rebanho de

Nelore e atender os pecuaristas

que estão atentos ao andamento

do mercado.

Aler to os pecuaristas que pre-

tendem ter maior rentabilidade

em 2015 sobre a necessidade da

atenção voltada à seleção gené-

tica. Com investimento em genéti-

ca e constante atualização tecno-

lógica, os pecuaristas avançarão

ver ticalmente neste ano, deixando

de abrir novas áreas e apostando

na qualidade do rebanho. Entre

os benefícios do investimento em

reprodutores Puro de Origem es-

tão a desmama de bezerros mais

pesados, a maior precocidade

dos animais e o ganho em carca-

ça, que pode trazer melhoria da

renda aos pecuaristas e estimular

sua fixação no campo.

“Devemos aproveitar o cenário positivo e a valorização da arroba pela indústria para redimensionar os investimentos em 2015 e comercializar para quem precisa de volume com qualidade‘‘

39

Page 40: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Ponto de Vista

O batizado da Saudade

Como todas as vacas

da fazenda tinham um

nome, eu perguntei a

meu pai por que a novi-

lha bonita, de pelo liso, castanho,

ainda não tinha um. Ele me expli-

cou que as vacas, no caso as novi-

lhas, só passavam a ter nome de-

pois que tivessem a primeira cria,

o primeiro bezerro. Como a novilha

castanha ainda não tinha parido,

não tinha nome. Convenceu, mas

nem tanto, afinal, nome é nome e

todo mundo merece ter um.

A novilha era meiga, amorosa e,

quando o gado era fechado no cur-

ral, ela não devia se sentir acuada,

como os demais, pois logo vinha

até nós. Chegava mansinha, deva-

gar, nos procurava e aguardava um

carinho, uma palavra de conforto,

uma saudação qualquer. Meu avô,

sempre que o serviço permitia, num

momento que parecia de descon-

tração, passava a mão na barbela

da novilha e ela ficava agradecida.

Barbela é aquela parte que fica na

parte de baixo do pescoço dos bo-

vinos, parece uma pele solta, uma

pelanca macia, gostosa de passar a

mão, lembra um abanador e alguns

dizem que serve pra isso mesmo.

Será? Não importa, o fato é que a

novilha devia gostar bastante do ca-

rinho, pois ficava quietinha; se fosse

um gato, ronronaria.

Por minha conta, eu achei que

ela já merecia um nome. Não ti-

nha sentido uma habitante daque-

le universo rural, ainda mais uma

rês tão amigável e tão afável, não

ser batizada. Então, eu a batizei,

silenciosa e intimamente, de Sau-

dade. Não sei por quê. Afinal, ela

era castanha, ficava até mais fácil

de lembrar. É claro que ela era um

mimo da espécie bovina, daí pode-

ria chamar-se Mimosa, mas preferi

Saudade. Guardei comigo o nome

e fiquei só esperando quando ela

parisse para sugerir aos responsá-

veis o nome, que, a partir daquele

instante, já era dela. Tinha só que

me preocupar para que outra novi-

lha não recebesse o mesmo nome

antes dela.

Na fazenda, eu ficava intrigado

com a criatividade dos nomes es-

colhidos para o gado, principalmen-

te as fêmeas. Os machos também

tinham nomes, mas em menor pro-

porção. Recebiam nomes os touros

reprodutores e os bois de carro.

Os carreiros, como eram conheci-

dos, eram imponentes, imensos,

e a impressão que eu tinha era

de que, se não tivessem nomes,

nem puxariam o pesado carro de

boi. “Laranjo”, “Carvão”, “Malhado”,

“Redondo” eram nomes que ouvía-

mos sempre. Esses ficavam em um

pasto, separados dos demais. Re-

cebiam ração e trato diferenciados.

Os dois touros que serviam ao

rebanho como reprodutores não

podiam ficar juntos, senão briga-

vam. E cada briga era muito feia,

“Na roça, todos têm nomes, sejam bovi-nos, cavalos, cachor-ros, gatos, cabritos, galinhas e até os lugares. Trata-se de reforçar a identidade entre humanos e a natureza, de nomear para entender ou submeter

‘‘

40

Page 41: Revista Elitte Rural 7

de arrebentar as tábuas do curral

e fazer todo mundo subir nas cer-

cas. Um era o Triunfo e o outro, o

Centenário. Os demais, os garrotes

e os bois da invernada, não tinham

nomes e pouco vinham ao curral.

Como a fazenda era uma pro-

priedade leiteira, a maior atenção

era dada às vacas. A variedade de

nomes era interessante, curiosa. Só

muito tempo depois é que percebi

que existia uma lógica no batismo.

Aliás, várias lógicas.

Nomes identificados com as

pelagens, como Pintada, Fumaça,

Mulata, Cabocla etc. Nomes rela-

cionados ao temperamento, como

Onça, Mimosa, Sincera etc. Nomes

vinculados a acontecimentos, a flo-

res, a vir tudes, a outros animais, a

frutas, nomes como Pitanga, Joia,

Careta, Londrina, Cheirosa, Laranja,

For tuna etc. E os nomes não po-

diam ser muito complexos, senão

nem os homens nem as próprias

vacas compreendiam. Nada de

nome composto ou sofisticado. To-

dos continham certa poesia, sensi-

bilidade; resultavam de uma boa

observação do mundo.

Na roça, todos têm nomes,

sejam bovinos, cavalos, cachor-

ros, gatos, cabritos, galinhas e até

os lugares. Trata-se de reforçar a

identidade entre humanos e a na-

tureza, de nomear para entender

ou submeter.

Ainda me recordo do batizado

da Saudade, como se fosse hoje.

Nenhuma solenidade, nada for-

mal, mas significou um momento

de aprendizagem e de afirmação

para mim. A questão é que sem

nome, como indicar, como chamar,

como estabelecer uma relação

que vá além da violência? O nome

abranda a dominação, humaniza,

constrói identidades e familiaridades.

Renato Muniz Barretode Carvalho é membro da Acade-mia de Letras do Triângulo Mineiro (ALTM), mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), especialista em Educação pela Universidade de Uberaba (Uniube), bacharel em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP) e técnico em Turismo pelo Mackenzie. Já publi-cou os livros “Cidade Perdida – Anotações sobre o cotidiano, meio ambiente, política e educação” (1998), “Só Letrando – Reflexão e prática na escola” (2006), “Crônicas Impertinentes” (2008), “Os Bichos São Gente Boa - Doze contos sobre os bichos do Cerrado” (2010) e “A Máquina de Ensinar” (2014)

No dia que a Saudade pariu, eu

estava lá no curral, atento aos indica-

tivos da hora do batismo. Assim que

foi peada para a primeira ordenha,

logo chamei: “Saudade, Saudade”,

e ela atendeu, mansa, carinhosa

com o bezerro, aguardando a hora

de dar de mamar à cria. Não deu

outra, o nome estava decidido, e

assim foi enquanto pude frequentar

a fazenda. Depois, desaparecemos

na poeira do tempo, sem destino,

sem mais se preocupar em nomear

quem quer que fosse, diante das rá-

pidas mudanças que alteraram as

várias identidades rurais do interior

do Brasil; sem saudosismo. Vacas,

bois e cavalos passaram a receber

nomes estrangeiros, chiques, incom-

preensíveis para muita gente. Luga-

res passaram à condição de taliões,

de glebas, numerados, quantifica-

dos, mapeados por satélites, outras

identidades.

Mas, naquela manhã, quando

chamei por ela, logo o Bastiãozi-

nho, vaqueiro de primeira qualidade,

emendou na hora: “Sardade, Sarda-

de… vem Sardade!”.

“Desaparecemos na poeira do tempo, sem destino, sem mais se preocupar em nomear quem quer que fosse diante das rápidas mudanças que altera-ram as várias identi-dades rurais do interior do Brasil

‘‘

41

Page 42: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Ponto de Vista

Grandes contrastes no cultivo da soja no Brasil

Viajando pelo país pelo

terceiro ano seguido com

o Projeto Soja Brasil, ob-

servamos que o produtor

brasileiro produz soja em diversas

situações e mostra nossa habilida-

de com a adversidade.

Estamos participando da tercei-

ra Expedição Soja Brasil. Tivemos

oportunidade nestas três safras de

observar vários aspectos e formas

de cultivo da soja, em diversas si-

tuações do território nacional.

Podemos afirmar que obser-

vamos a oleaginosa cultivada em

solos com 85% de argila e, tam-

bém, em solos com 85% de areia.

Vimos soja em terrenos com mais

de 1.100 metros de altitude, como

também em terrenos com 150 me-

tros de altitude.

Tivemos lavouras de soja que

foram conduzidas com sete apli-

cações na soma de herbicidas, in-

seticidas para lagartas, inseticidas

para percevejos e fungicidas, mas

também houve lavouras em que

foram feitas 18 aplicações.

Alguns agricultores tiveram

custos de produção da soja equi-

Foto

/blo

gdas

uper

safra

42

Page 43: Revista Elitte Rural 7

valente a 28 sacas/hectare, mas,

também, agricultores apresentaram

custo de 48 sacas/ha, consideran-

do o preço de R$ 50,00/saca.

Observamos lavouras do grão

conduzidas em solos com 40 anos

de plantio direto, sem que, durante

esses anos, o solo tenha sido arado,

gradeado ou escarificado, mas tam-

bém se verificou soja cultivada em

solos recém-incorporados ao pro-

cesso produtivo com a leguminosa.

Vimos agricultores cultivando

150 ha de soja, mas também co-

nhecemos agricultores cultivando

15 mil hectares. Conhecemos agri-

cultores que cultivam soja há mais

de 45 anos e, também, alguns que

estão no seu primeiro ano.

Tivemos a oportunidade de co-

nhecer agricultores que há 15 anos

cultivam soja no verão e milho sa-

frinha no inverno, num processo de

sucessão sem muita sustentabili-

dade, mas vimos agricultores que

praticam um sistema de rotação

de culturas, em que a soja é cul-

tivada no máximo três anos num

mesmo talhão, sendo substituída

pelo milho no verão e milheto ou

braquiária no inverno, sistema

que tem garantido sustentabilida-

de técnica e econômica.

Áureo Lantmann é engenheiro agrônomo, foi pesquisador da Embrapa Soja e é consultor técnico do Soja Brasil desde a primeira edição, safra 2012/2013

Agricultores que estão localiza-

dos a 100 quilômetros do porto de

Paranaguá, no Paraná, mas tam-

bém conhecemos outros que estão

a mais de 2.000 km deste porto.

Registramos em reportagens

lavouras de soja que estão há

cinco anos sem receber aduba-

ção, lembrando que a adubação

representa até 35% do custo com

insumos, e todas produzindo o

máximo que a variedade e as

condições de clima permitem.

É nesse universo de situações

que a soja é cultivada no Brasil.

Podemos afirmar que para

todas as situações de cultivo de

soja no Brasil há um conjunto de

tecnologias próprias para cada.

“Vimos agricultores cultivando 150 ha de soja, mas também conhecemos agricultores cultivando 15.000 ha

‘‘

43

Page 44: Revista Elitte Rural 7
Page 45: Revista Elitte Rural 7

elitte rural

Dois homens for tes e determinados do cenário agro-

brasileiro têm merecida visibilidade nestas próximas

páginas. Em comum, eles têm a paixão pelo melhoramento

genético e a coragem de desbravar os caminhos do

sucesso. O zootecnista NILO SAMPAIO JÚNIOR, da Mata

Velha, fala de sua carreira, das realizações e dos sonhos.

O leiloeiro e criador PAULO BRASIL apresenta suas

conquistas ao longo de 25 ANOS de remates, mas mostra

também seus desejos como criador obstinado na Fazenda

TERRA ROxA, no Mato Grosso. São os personagens da vida

real ganhando evidência na “Elit te Rural”!

45

Page 46: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Gente

Foto

/ZZn

Per

es

46

Page 47: Revista Elitte Rural 7

Paulo Brasil comemora 25 anos como leiloeiro e consolida-se como criador

A voz é inconfundível. A ca-

pacidade de se relacio-

nar com as pessoas e

de falar sobre economia,

também. Paulo Brasil é um expert

do convencimento no momento da

batida do martelo. Cursou Zootec-

nia e Economia, mas não conseguiu

concluir nenhum dos dois. O motivo?

Começou aos 19 anos, já atuou em

mais de três mil remates e comemo-

ra seu Jubileu de Prata com o reco-

nhecimento de ser leiloeiro público

oficial do estado do Mato Grosso. O

marido de Ana Paula Brasil, pai de

Gabriel e Juliana, diz que o futuro

“só Deus sabe”, mas não pensa em

parar. Ele se alegra em promover o

melhoramento genético das raças

no Brasil, por meio da compra e da

venda de animais.

Batalhador, Paulo Brasil tam-

bém é criador e selecionador, na

Fazenda Terra Roxa, no município

mato-grossense de Jangada, a 80

quilômetros da cidade de Cuiabá.

Investe em Gir Leiteiro, Nelore PO e

Girolando, mas recentemente está

encantando com o Quarto de Milha,

juntamente com toda a sua família.

Atento a cada detalhe, ele deseja

consolidar um plantel produtivo, ren-

tável e que se torne referência.

ELITTE RURAL – COMO VOCÊ INGRES-

SOU NA CARREIRA DE LEILOEIRO?

PAULO BRASIL – Foi em 1979. Como

filho de fazendeiro (Cristiano Brasil),

comercializava gado e frequentava os

leilões, então, achei que poderia con-

tribuir, que poderia mudar alguma coi-

sa nos leilões. Fui bastante incentivado

pelo meu pai. E acabou dando certo. Eu

tinha 19 anos. Quando fui me filiar como

leiloeiro rural, era o mais jovem do país

e precisei ser emancipado para ser ca-

dastrado. Foi um caso à parte, porque a

idade mínima exigida é 21 anos. Nunca

mais parei. De lá pra cá, a agenda está

sempre cheia.

ELITTE RURAL – NESSES 25 ANOS

COMO LEILOEIRO, QUAIS PASSAGENS

FICARAM NA LEMBRANÇA?

PAULO BRASIL – A minha carreira

sempre foi bem construída, mas

a oportunidade de vender alguns

animais fica na lembrança. A gen-

te elege alguns momentos e acaba

preterindo outros. O bonito é a forma

como foi construída: com transparên-

cia e credibilidade.

ELITTE RURAL – QUAL É A MAIOR

EMOÇÃO NA HORA DO LEILÃO?

PAULO BRASIL – Quando a gente

enxerga a satisfação da parte ven-

dedora e da parte compradora. É

uma sensação de missão cumprida.

Traz uma emoção de mais uma vez

ter tido a capacidade de deixá-los

realizados. Através dos leilões, com-

pramos e vendemos o que há de

melhor. Então, a gente tem condição

realmente de promover o melhora-

mento genético das raças no Brasil.

ELITTE RURAL – QUAL A SUA BATIDA

DE MARTELO INESQUECÍVEL?

PAULO BRASIL – Foram tantos os

animais inesquecíveis, afinal, é uma

carreira com mais de três mil leilões

“Quando fui me filiar como leiloeiro rural, era o mais jovem do país e precisei ser emancipado para ser cadastrado

‘‘

47

Page 48: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Gente

realizados... Mas inesquecível real-

mente foi um conjunto, quando eu,

o João Gabriel e o Nilson Genovesi

batemos o martelo na venda da Itá-

lia 4, na liquidação da J. Galera. Uma

das vacas mais importantes do Ne-

lore. Essa foi uma delas, mas houve

muitas vendas de touros recordistas,

como o Jaguar, que passou pelo

nosso martelo.

ELITTE RURAL – CONTE UMA CURIO-

SIDADE QUE VOCÊ VIVENCIOU NO

UNIVERSO DOS LEILÕES?

PAULO BRASIL – O que aconteceu co-

migo durante a carreira já ocorreu tam-

bém com meus colegas, antigamente.

No começo dos leilões, não existia

muita estrutura, então, já aconteceu

de touro arrebentar a cerca, entrar no

recinto e quebrar coisas. Um dia, quan-

do o touro saiu da pista, todo mundo

correu e se escondeu nos banheiros.

As pessoas deixaram sapatos, ócu-

los, tudo para trás. Tivemos que fazer

uma mesa de achados e perdidos

para devolver a cada uma delas seus

pertences. Foi um fato bastante engra-

çado, nos divertimos muito.

ELITTE RURAL – VOCÊ COMPLETOU

BODAS DE PRATA COMO LEILOEIRO.

VAI PARA BODAS DE OURO?

PAULO BRASIL – Só Deus sabe (ri-

sos). Mas acho que não. Estou com

44 e vou ter que trabalhar até os 70

para isso, então, acredito que vou

me aposentar antes. Depende de

muita coisa, mas enquanto o mer-

cado me procurar, quiser meu tra-

balho, estou pronto para servir.

ELITTE RURAL – O QUE MAIS VOCÊ

DESEJA REALIZAR COMO LEILOEIRO?

PAULO BRASIL – É difícil falar que eu

quero mais alguma coisa, porque já

fui mais longe do que eu pretendia.

Em 2014, completei os 25 anos de

carreira e vamos comemorar as bo-

das neste ano, provavelmente, com

um leilão. Em agosto passado, fui

credenciado como Leiloeiro Público

Oficial do Estado do Mato Grosso.

Portanto, trabalho agora também nos

leilões judiciais, nos leilões de banco

entre outros. Então, a carreira de lei-

loeiro culmina com essa coroação.

ELITTE RURAL – COMO COMEÇOU

COMO CRIADOR?

PAULO BRASIL – Comecei há 12 anos.

Sempre fui apaixonado pela raça Nelore

e sabia que ela seria uma das maiores

raças do país. Minha primeira proprie-

dade era só de gado de corte. Depois

de adquirir a segunda propriedade, em

uma localidade melhor, fui incentivado

pelos amigos e criadores aqui do Mato

Grosso, então, resolvi criar Nelore. So-

mos bastante compromissados e temos

uma grande rigidez com nossos ani-

mais. Ficamos satisfeitos com o negócio

e, aliás, já estamos expandindo nosso

plantel. Hoje, temos 520 matrizes puras

de produção, uma produção considerá-

vel de PO (Puro de Origem).

ELITTE RURAL – QUAL A BASE DO SEU

PLANTEL?

PAULO BRASIL – Comecei comprando

gado como, por exemplo, do grupo Ca-

margo Correia. Adquirimos as primeiras

50 vacas. Animais de porte, de peso, de

produtividade. Em uma segunda opor-

tunidade, buscamos nossa base com

a Mônica Marquete, que hoje não cria

mais, mas produziu animais espetacu-

lares. Adquirimos também da família

Galera, ainda com Helder. Inclusive uma

vaca chegou a ser líder do ranking Esta-

do (Lagoa JS da Bom Jesus) e, através

“Inesquecível real-mente foi quando eu, o João Gabriel e o Nilson Genovesi batemos o martelo na venda da Itália 4, na liquidação da J. Galera

‘‘

Foto

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erto

Mat

tos

48

Page 49: Revista Elitte Rural 7

da inseminação artificial, fomos multipli-

cando nosso plantel. Entramos agora no

processo – e estamos muito focados de

quatro anos pra cá – de melhoramento

genético, envolvendo também os nú-

meros, com boas orientações. Nosso

plantel é orientado pelo Diti Borges e

pelo Luís Sérgio do Amaral.

ELITTE RURAL – VOCÊ CRIA GIR LEI-

TEIRO, NELORE PO E GIROLANDO. AFI-

NAL, QUAL É SUA PAIxÃO?

PAULO BRASIL – Minha paixão é criar.

Na verdade, a gente cria o Nelore

como raça principal, mas cria tam-

bém o Gir Leiteiro e produz Girolando,

pois somos vendedores de genética

Girolando. Recentemente, de um ano

pra cá, a gente tem investido no que

se tornou uma grande paixão para

mim e para meu filho (Gabriel Brasil),

que é a criação do cavalo Quarto

de Milha. Gabriel agora participa de

provas de tambor e está fazendo os

treinamentos devidos. E minha mulher

(Ana Paula Brasil) também se apaixo-

nou. Então, acabamos nos envolvendo

com mais esta criação. Até a minha

filha pequena (Juliana Brasil) gosta.

ELITTE RURAL – QUAL ANIMAL SE

TORNOU INESQUECÍVEL DO PLANTEL

DA FAZENDA TERRA ROxA?

PAULO BRASIL – O animal inesquecível

nem sempre é o mais caro ou o mais

desejado pelos outros. Um animal que

significou muito pra mim e teve uma in-

fluência positiva foi uma prenhez que

ganhamos do saudoso Emerson Cor-

deiro, por quem a gente sempre teve

uma grande consideração. Essa pre-

nhez foi batizada por minha mulher e

se chamava Bela da Ana. Ela se des-

tacou desde jovem. Tornou-se uma

doadora e nos deu muitas alegrias.

ELITTE RURAL – QUAL ANIMAL É SEU

VERDADEIRO SONHO DE CONSUMO?

PAULO BRASIL – Como tudo na vida

é uma questão de gosto, não tenho

um animal que seja meu sonho de

consumo. Tenho projetos que admiro

e que tento copiar, de acordo com o

meu alcance. O animal que é meu

sonho de consumo vai continuar sen-

do um sonho... Não existe ainda. A

gente fica sempre procurando e indo

atrás de um animal ideal, mas ele

nunca existe. Estamos sempre à pro-

cura dele. Meu sonho de consumo é

estar em busca desse animal ideal.

ELITTE RURAL – ONDE PRETENDE

CHEGAR COMO CRIADOR?

PAULO BRASIL – Não estou muito lon-

ge do que eu quero: ter um plantel,

acima de tudo, produtivo, um gado

equilibrado, bonito e rentável. Um

patamar de qualidade reconhecido

pelo mercado. O mais importante é

o caminho construído. Eu quero cada

vez mais agregar valor aos meus

produtos para ter um plantel que

seja referência. Trabalhamos com se-

riedade para alcançar esse objetivo.

Foto

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Per

es

49

Page 50: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Gente

50

Page 51: Revista Elitte Rural 7

Nilo Sampaio JúniorO olhar certeiro da Mata Velha

Ele é jovem, discreto, atento,

dedicado e tem a confiança

de Jonas Barcellos e sua fa-

mília. Há 11 anos, Nilo Sam-

paio Júnior integra o time de elite

da Chácara Mata Velha, plantel com

gado de origem VR, de Torres Ho-

mem Rodrigues da Cunha, uma das

mais brilhantes linhagens do Nelore.

Cruza o país, de ponta a ponta, de

olho nos exemplares tops de linha.

Desde criança, nutre paixão pelo

meio rural, mas, depois da Zoo-

tecnia, o foco profissional voltou-se

para o melhoramento genético. Ele

sente orgulho. Já consagrou vários

campeões de pista, recordistas em

leilões e integrou a equipe que deu

vida ao primeiro clone zebuíno ofi-

cial do mundo. Casado com Maria

Fernanda Guaritá Bento e pai de

Mariana, Nilinho, como também é

chamado, sonha em continuar con-

tribuindo com a pecuária nacional.

ELITTE RURAL – COMO COMEÇOU A

TRABALHAR COM GENÉTICA?

NILO SAMPAIO – Comecei desde a

faculdade (Zootecnia, Faculdades

Associadas de Uberaba – FAZU).

Sempre gostei dessa parte de ge-

nética, então, fui direcionando meus

estágios para a área de Melhora-

mento genético. Depois de formado,

fiz especialização em Melhoramen-

tos zebuínos e comecei a trabalhar

diretamente com a genética.

ELITTE RURAL – PARA VOCÊ, QUAL O

SEGREDO DA SELEÇÃO DA GENÉTICA?

NILO SAMPAIO – Primeiro, a gente

tem que conhecer muito a produção

dos animais, seja dos reprodutores

ou das doadoras. Com isso, vamos

acasalando os melhores touros com

essas doadoras para ter o melhor

resultado possível a partir do aca-

salamento.

“É um grande orgulho poder contribuir com o sucesso da Mata Velha. É uma equi-pe muito focada e determinada a al-cançar o resultado. Então, são 24 horas de trabalho da equipe toda

‘‘

51

Page 52: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Gente

ELITTE RURAL – NESTES ANOS TO-

DOS NA MATA VELHA, O QUE MAIS

O MARCOU?

NILO SAMPAIO – São várias as pas-

sagens. A Mata Velha a cada dia

tem uma novidade boa pra gente

que gosta dessa área. Tem muito

investimento na área de Melhora-

mento animal. Todas as tecnologias

estão disponíveis para nosso traba-

lho, desde a Inseminação Artificial

(IA), passando pela Fecundação In

Vitro (FIV) até o clone. Então, fica-

mos esperando todo nascimento

de um animal a partir das doadoras

que a gente conhece muito e toda

hora tem uma surpresa agradável.

Quando identificamos um animal

que preparamos desde o primeiro

dia, depois o levamos pra pista e

ele ganha um campeonato nacio-

nal, é só alegria.

ELITTE RURAL – QUAL HISTÓRIA DA

GENÉTICA FICOU NA LEMBRANÇA?

NILO SAMPAIO – Tem uma vaca

chamada Urca que, quando nas-

ceu, logo de início, nós a achamos

extraordinária. Ela teve um proble-

ma de saúde, na primeira semana

de vida, e nós ficamos em cima,

para não perdê-la. Depois, a Urca

tornou-se a Campeã Nacional! En-

tão, a gente se lembra muito dela.

ELITTE RURAL – A MATA VELHA

FOI, POR VÁRIAS VEZES, CONSA-

GRADA A MELHOR ExPOSITORA

DO RANKING NACIONAL DO NE-

LORE, ALÉM DE FICAR FAMOSA POR

VENDER ANIMAIS POR PREÇOS NA

CASA DOS MILHÕES DE REAIS.

COMO É FAZER PARTE DESSA HIS-

TÓRIA?

NILO SAMPAIO – É um grande orgu-

lho poder contribuir com o sucesso

da Mata Velha. É uma equipe muito

focada e determinada a alcançar o

resultado. Então, são 24 horas de

trabalho da equipe toda. Fazer parte

dessa equipe tão vitoriosa é motivo

de muito orgulho pra gente, profis-

sionalmente. Foi importante para

“Participar do processo desse primeiro clone oficial do mun-do, controlado pela Associação Brasileira de Cria-dores de Zebu (ABCZ), foi muito gratificante

‘‘

52

Page 53: Revista Elitte Rural 7

minha carreira. Fico satisfeito por ter

participado dessas conquistas rele-

vantes para a fazenda.

ELITTE RURAL – COMO FOI PARTI-

CIPAR DA CLONAGEM DO PRIMEI-

RO CLONE ZEBUÍNO COM CPF DO

MUNDO?

NILO SAMPAIO – Esse processo é

importante para a evolução, para

manter a genética e preservar as

origens que contribuíram para o

melhoramento. Participar do pro-

cesso desse primeiro clone oficial

do mundo, controlado pela Asso-

ciação Brasileira de Criadores de

Zebu (ABCZ), foi gratificante. Cria-

mos uma grande expectativa para

ter resultado e hoje está provado que

deu cer to. Nós já temos filhas e ne-

tos desse primeiro clone, então, pro-

vamos que o projeto dá cer to. Nós

não paramos. Já temos mais de 15

clones na fazenda e estamos sem-

pre clonando.

ELITTE RURAL – O QUE VEM DE TEC-

NOLOGIA PELA FRENTE?

NILO SAMPAIO – A tecnologia hoje

na parte de melhoramento genético

e na parte de produção animal está

muito evoluída. Possui vários estu-

dos aí que, com certeza, vão contri-

buir imensamente para a evolução.

ELITTE RURAL – QUAL SEU GRANDE

SONHO NA ÁREA PROFISSIONAL?

NILO SAMPAIO – Meu sonho é cada

dia contribuir mais para o melhora-

mento genético, para a evolução da

raça no mercado nacional, buscan-

do sempre o melhor; enfim, contri-

buir mais para a pecuária nacional.

“Meu sonho é cada dia contribuir mais para a pecuária nacional

‘‘

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Page 57: Revista Elitte Rural 7

Apresentamos nesta edição um balanço da última

temporada de remates de 2014. Você confere o GLAMOUR

das personalidades que fizeram a diferença no

NELORE FEST; a qualidade genética marcante do leilão

NELORE 42, de Cícero de Souza, que contou com a

sempre ilustre presença de Zezé di Camargo e da

cantora Paula Fernandes, no Mato Grosso do Sul; o

charme do belíssimo Haras VILA DOS PINHEIROS, com

sua movimentação de milhões, e a ginga dos criadores da

Nelore Jacuricy, Nova Delhi Genética e Nelore Caraíbas na

6ª edição do Leilão AxÉ NELORE, sediada em Salvador.

A cada batida do mar telo, a gente comemora junto, com a

cer teza de que muita coisa boa vem pela frente.

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Page 58: Revista Elitte Rural 7

Felipe Picciani

Abelardo Lupion

Alfredinho Zamlutti

Ronaldo Caiado

Pedro Novis

José Luis Niemeyer entregando o prêmio para Dalila C. C. Botelho de Moraes Toledo

Família neloristas de todos os estados recebendo a premiação

Nelore Fest premia diferentes gerações

elitte rural Giro

A tradicional Nelore Fest, conhecida como

Oscar da Pecuária, fechou 2014 com o

requinte tradicional. O evento contou com

a presença de mais de 400 pessoas,

recebidas no Leopoldo Itaim, na capital paulista. As

premiações foram entregues aos vencedores do

Ranking Nacional Nelore, Rankings Regionais, Cir-

cuito Boi Verde de Julgamentos de Carcaças, parti-

cipantes em destaque no Programa de Qualidade

Nelore Natural e das Copas Inter-regionais. Entre

os homenageados estiveram os principais envolvi-

dos nos 60 anos da associação. Foram entregues

também troféus aos vencedores da Liga dos Cam-

peões e da Super Copa do Ranking Nacional. Entre

os objetivos da Nelore Fest está o fortalecimento

dos laços de amizade e de negócios da família ne-

lorista. “Reunimos em um mesmo ambiente repre-

sentantes dos diversos elos da cadeia produtiva,

valorizando aqueles que trabalham em prol do me-

lhoramento da raça e da atividade pecuária nacio-

nal. Para 2015, esperamos um aumento no número

de leilões, associados, gado em pista, abates téc-

nicos e evolução em todos os programas internos

da associação. Além disso, esperamos crescimen-

to no mercado e na pecuária nacional também”,

disse o gerente executivo da ACNB, André Locateli.

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Ricardo Vicentin

Fernando BarrosJayme Pinheiro

Nielce Crispim

Abelardo Lupion

Cláudio Signorelli

João Gabriel e esposa

Solange Duda Biagi

Bento Mineiro Jayme Pinheiro

Carlos MafraNielce Crispim

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Ricardo Vicintin comemora com a família e com seus colaboradores na Nelore Fest. Pela segunda vez, a Rima Agropecuária leva o troféu de Melhor Criador do ranking da Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB)

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Jaqueline Naujorks

Equipe Vila dos Pinheiros

Bruno Vicintin

Pedro Novis Felipe PiccianiSuzana

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Arnaldo Manoel Borges Gustavo

Machado

Geraldo Carvalho

Gabriela Castilho

Nelore Da-Car recebendo premiacao

André Locateli e esposaCarlão Publique

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Nelore 42

elitte rural Giro

O pecuarista Cícero de Souza rece-

beu neloristas de todo o Brasil,

no Buffet Golden Class, em Cam-

po Grande, Mato Grosso do Sul,

para a realização do Leilão da Nelore 42 Elite.

O pregão integrou a agenda da Expo Nelo-

re MS, na noite de 19 de novembro, sendo o

evento de maior faturamento da feira.

A venda de 22 animais de genética apura-

da movimentou o total de R$ 4,9 milhões, com

a média geral de R$ 226.931. O remate foi ex-

clusivo de fêmeas, com espaço para a venda

de metade da propriedade de um único macho.

Entre cotas de participação de bezerras,

novilhas e doadoras, foram vendidos 21 ani-

mais por R$ 4,7 milhões, média de R$ 222.087.

Entre elas estava Juíza FIV da MV, uma bezer-

ra de 11 meses, filha de Rhenno FIV Kubera

em Hamina FIV da MV, levada pelo Grupo Ca-

margo e Fazenda do Sabiá. O novo sócio dos

criatórios é Beto Conade, que desembolsou

R$ 312.000 para arrematar 33% do animal.

“Ficamos muito satisfeitos com o resulta-

do do leilão da Nelore 42. Amigos do Brasil

estiveram presentes nessa festa, que reuniu

qualidade, genética e experiência”, destacou

o pecuarista Cícero de Souza.

O único macho da oferta teve metade de

sua propriedade negociada por R$ 216.000,

valorizando-o em R$ 432 mil.

Rodrigo e Leda Souza

Cícero de SouzaLívia Souza

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Marcelo Moura

A família Cícero de Souza com Paula Fernandes

Agnaldo Ramos Beto Mendes

Paula Fernandes

Ricardo Vicintin

BrunoVicintin

Zezé di Camargo Cícero de Souza

Miguel Pinto, Pedro Venâncio e Danilo Gamba com as esposas

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elitte rural Giro

Fernando Barros César BrunetoWagner Peroto

Alfredinho Zamlutti

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O Haras Vila dos Pinheiros, em In-

daiatuba, interior de São Paulo,

mostrou todo o seu glamour e

qualidade em um dos primeiros

leilões em solo da Agropecuária Vila dos Pi-

nheiros. As vendas, em 8 e 9 de novembro,

tiveram como foco fêmeas e prenhezes com

a genética das principais famílias do Nelore

brasileiro, aliás, que renderam à grife o bi-

campeonato do Ranking Nacional de Melhor

Expositor (2012/13 e 2013/14), da Associação

dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB).

No primeiro dia, passaram pela pista 18

lotes de prenhezes, comercializados por R$

1,9 milhão, com a média geral de R$ 103.341.

Empa FIV HVP teve 50% de sua proprieda-

de arrematada por R$ 228.000, pela Nelore

Colorado, de Marcelo Ribeiro Mendonça e

irmãos. A bezerra de 11 meses é filha de He-

líaco da Java em J.E.N. Ilara TE e conquistou o

título de Reservada Campeã Bezerra da Ex-

poinel de 2014.

No segundo dia, as bezerras, novilhas e

doadoras dominaram a pista. A venda de 14

lotes movimentou R$ 7 milhões, com média

geral de R$ 518.038. Na abertura dos ne-

gócios, a Grande Campeã da Expoinel 2014

atraiu os holofotes. Lawa 3 TE PORT foi levada

à pista pela parceria entre Agropecuária Vila

dos Pinheiros e Fazenda Porto Seguro, de Do-

rival Antônio Bianchi. A novilha de 20 meses é

filha de Basco de Naviraí em Fathina TE PORT.

O anfitrião Jaime Pinheiro investiu R$ 1,6

milhão para se tornar sócio majoritário na pro-

priedade do animal, adquirindo 50% do lote.

“Trabalhamos o ano todo para que pudésse-

mos fechar 2014 com chave de ouro e foi isso

o que alcançamos. Em 2015, não será diferente;

vamos ofertar o que há de melhor em nossos

plantéis”, detalhou o pecuarista.

Todo glamour do Vila Pinheiros

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Noelia e Jaime Pinheiro

Paula e Jonas Barcellos

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Mariza e Ricardo VicintinFelipe PiccianiCícero de Souza Marcelo Moura

Roberto De Nadai Vera Novis Noelia Pinheiro Beto Mendes

Mônica JúliaEmiliano Abraão Sampaio Novais

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elitte rural Giro

Paulo TrindadeRita Trindade68

Juliana e Renato Barcellos

Beto Mendes Maurício Ianni

Norival Bonamichi

Jaime Pinheiro

Nielce Crispim

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Paulo Horto

Zezão

Cláudia Junqueira

Arnaldo Manoel

Pedro Novis Renan Contar

João Victor Horto

Ana Lúcia Magela Ademir JovaniniPilar Velasquez

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João Gabriel

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Leilão Axé Nelore fecha ano com recorde

Os criadores Miguel Pinto de Santana Filho,

da Nelore Jacuricy; Tony Tarzan, da Nova

Delhi Genética, e Léo Barros, da Nelore Ca-

raíbas, promoveram a 6ª edição do Leilão

Axé Nelore, na capital baiana, Salvador, em 6 de de-

zembro. O remate integrou a agenda da 27ª Feira Na-

cional da Agropecuária (Fenagro), com movimentação

de R$ 1,7 milhão, consagrando-se o remate de maior

receita da feira.

A oferta foi composta por 21 lotes de fêmeas e

prenhezes de elite, comercializados à média de R$

85.451. Entre cotas de participação de bezerras, novi-

lhas e doadoras, foram negociados 19 animais por R$

1,4 milhão, média de R$ 80.350. O destaque ficou por

conta de Ingah FIV Jacuricy, filha de Donato de Navi-

raí em Cyca FIV Alia. A novilha de 19 meses atingiu a

maior valorização do pregão, tendo metade de sua

propriedade arrematada por R$ 144.00 pela Kukara

Importadora. As duas prenhezes do catálogo saíram

por R$ 264 mil.

“Recebemos pessoas do país inteiro neste leilão,

que fechou o ano de 2014. Ficamos muito felizes com o

resultado, mesmo diante do ano em que enfrentamos

a seca em alguns pontos do país. Significa que, apesar

das dificuldades, fizemos a tarefa de casa e represen-

tamos a pecuária brasileira com o que há de melhor”,

destacou o pecuarista Tony Tarzan.

elitte rural Giro

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Léo Barros

Tony Tarzan

Miguel Pinto

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Todo ano que inicia traz consigo uma série de expectativas.

No mundo do agribusiness não é diferente. Fecha-se um

ciclo, inicia-se outro, sempre com pensamento de que

esta jornada será ainda melhor do que a última. Com

esse sentimento, a ExPOINEL MINAS abre a temporada do

Zebu em Uberaba, coração das Minas Gerais. Tem ainda

as informações relativas ao mês de março: a ExPO NELORE

AVARÉ, com destaque para o GRAND PRIx LUSITANO, e a

sofisticação tradicional do Leilão Elite MONTE VERDE Cidade

Maravilhosa – Prenhezes Nelore e Leilão Elite Monte Verde

Cidade Maravilhosa – Matrizes Nelore, no Hotel Portobello

Resort, em Mangaratiba. AGENDE!

Acontece

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Page 74: Revista Elitte Rural 7

ExPOINEL MINAS

“O bom momento da pecuária

deve embalar as negociações.

A disputa em pista também

é um chamativo à parte, pois

muitos campeões são destaque

nos leilões da feira”.

LOY ROCHA – GESTOR ExECUTI-

VO DA NELORE MINAS

O calendário do Zebu foi aber-

to com a Expoinel Minas. A mostra,

promovida pela Nelore Minas, es-

pera reunir mais de mil animais na

pista do Parque Fernando Costa, em

Uberaba, até 9 de fevereiro. Nos últi-

mos cinco anos, a mostra mineira foi

o evento com maior número de ani-

mais, superando até mesmo a Ex-

poinel Nacional, realizada no mesmo

local, porém em setembro.

A agenda de leilões traz cinco

eventos, mesmo número da edição

anterior, quando foram movimenta-

dos R$ 4,1 milhões, com a venda de

276 lotes de machos, fêmeas e pre-

nhezes. Na pista de julgamento esti-

veram 869 animais e 99 criadores de

oito estados. A expectativa é de que

esta feira movimente mais de R$ 10

milhões.

O destaque desta edição fica

por conta da estreia do Vir tual EAO,

abrindo as vendas. Outra novidade

é a entrada da Ourofino na promo-

ção do Leilão de Matrizes, promovi-

do pela Nelore Integral, no encerra-

mento da feira. Os demais remates

são o Minas Ouro, promovido pela

Fazenda do Sabiá, Baluarte, Nelore

Colorado, Nelore Integral e Mafra

Agropecuária; o Exclusive, da Rima

Agropecuária e Nelore Cristal; e o

Leilão da Fazenda Nova Trindade.

elitte rural Acontece

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Page 75: Revista Elitte Rural 7

LEILÃO MINAS DE OUROTrabalhar o ouro e transformá-lo

em algo melhor é a proposta do

Leilão Minas de Ouro, que acontece-

rá no dia 6 de fevereiro, às 21h, no

Tattersal Rubico Carvalho, durante a

Expoinel Minas. Os anfitriões da Fa-

zenda Baluarte, da Nelore Integral, da

Fazenda do Sabiá, do Nelore Colo-

rado e da Nelore Mafra oferecem a

pureza de prenhezes imbatíveis, em

mais de 30 lotes. Em 2014, o remate

faturou mais R$ 992 mil. O lote mais

valorizado foi Panaceia FIV Integral,

com 50% vendidos por R$ 84 mil.

“Chegamos à nona edição e

vamos apresentar animais com

grande potencial de pista. Nosso

objetivo é, a partir deste leilão, nos

programar para o restante do ano.

Quanto ao faturamento, é sempre

esperada a superação do ano

anterior” CARLOS ALBERTO MAFRA

JÚNIOR – UM DOS PROMOTORES

1º LEILÃO VIRTUAL EAO

A EAO Nelore marca presença

na Expoinel Mineira, selecionan-

do os melhores produtos da safra

e prenhezes inéditas de jovens

doadoras do seu criatório para

ofer tar no 1º Leilão Vir tual EAO,

agendado para 5 de fevereiro,

na fazenda Reunidas Uberaba,

às 21h, com transmissão do Ca-

nal Rural. Hamina FIV da MV é

um dos destaques do plantel. Ao

todo, serão ofer tados cerca de 30

lotes de 21 de fêmeas, sete pre-

nhezes e dois de touros.

“O leilão vem crescendo a cada ano.

Para nós, o mais importante é sempre

oferecer animais e prenhezes de alta

qualidade. Esse é um dos primeiros

leilões da raça. Nossa meta é superar

as vendas realizadas em 2014”

CLÁUDIO SIGNORELLI – SUPERINTENDEN-

TE DO GRUPO RIMA AGROPECUÁRIA

IV ExCLUSIVEA 4ª edição do Leilão Exclusive,

promovido pela Rima Agropecuária

e pela Nelore Cristal, está marcada

para 7 de fevereiro, no Parque Fer-

nando Costa, integrando o calendário

da Expoinel Mineira. O ponto de en-

contro do remate será na Churrasca-

ria Cupim Grill, às 13 horas. Os apre-

ciadores podem investir em animais e

genética de qualidade.

Em 2014, o Leilão Exclusive movi-

mentou R$ 1,2 milhão por 103 exem-

plares. Serão ofertados bezerros, be-

zerras, novilhas, garrotes, matrizes,

reprodutores e prenhezes. A transmis-

são é do Canal Rural.

“Será a primeira edição de

várias. Trabalharemos para isso.

Estamos em casa e nos sen-

timos ainda mais motivados a

participar dessa exposição tão

importante para a raça”

CASSIANO REZENDE -

EAO NELORE

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Page 76: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Acontece

12º LEILÃO MATRIZES INTEGRAL / OURO FINO

O 12º leilão Matrizes Integral/

Ouro Fino é o último remate da Ex-

poinel Minas. No cer tame, serão ofe-

recidos mais de 70 lotes de prenhe-

zes, matrizes, bezerras e novilhas.

Todos com excelência em fer tilidade,

raça e precocidade.

O evento será em 8 de feverei-

ro, às 13h, no estande da Ourofino

Agronegócios, no Parque Fernando

Costa. Em 2014, o leilão foi um su-

cesso, com o faturamento total de

R$545.679,36. A transmissão é do

Canal Rural.

LEILÃO NOVA TRINDADE ELITE E CONVIDADOS

O Leilão Nova Trindade e Convida-

dos chegará à sua 6ª edição reunin-

do no Tattersal Rubico Carvalho, às

20h, do dia 7 de fevereiro, durante a

Expoinel Minas, os melhores animais

da agropecuária.

Em 2014, o destaque foi Porcela-

na II FIV Agrogen, comercializada em

50% por R$ 72 mil. Os 27 lotes vendi-

dos geraram faturamento de R$ 1,1

milhão. Neste ano, um número maior

de animais estará em pista, ou seja,

em torno de 28 lotes.

“Este é o primeiro leilão de

que participamos no ano e

nos preparamos para levar o

melhor. Temos a expectativa

de superar as ofertas de 2014”

PAULO TRINDADE JÚNIOR –

FAZENDA NOVA TRINDADE

“Selecionamos o que existe

de mais refinado nos plantéis

e vamos oferecer neste rema-

te que fecha a feira. Espera-

mos que o sucesso de anos

anteriores se repita neste”

GUSTAVO RIBEIRO – DIRETOR

DE PECUÁRIA DA OURO FINO

AGRONEGÓCIOS

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Page 77: Revista Elitte Rural 7

“Nossa expectativa é muito boa, pois o ranking Nelore está mui-to disputado e Avaré sempre foi uma exposição de referência para os animais de genética. A grande maioria dos animais premiados aqui se tornou campeã nacional. Enten-demos que o Brasil vive um novo momento econômico, mas com o agronegócio pujante”THIAGO VELOSO RABELO – ORGANIZADOR DA FEIRA

ExPO NELORE AVARÉA 2ª edição a Expo Nelore Avaré

será entre os dias 1º e 8 de março,

no Parque de Exposições Dr. Fernando

Cruz Pimentel, interior de São Paulo.

A entrada dos animais está pro-

gramada entre os dias 28 fevereiro e

2 de março. A pesagem acontecerá

no dia seguinte. Os julgamentos terão

início em 4 de março e seguirão até

o último dia da feira.

Além do Nelore, que é a raça

LEILÃO ELITE MONTE VERDE CIDADE MARAVILHOSA E PRENHEZES NELORE - MATRIZES NELORE

O Grupo Monte Verde realiza

os encontros Leilão Elite Monte

Verde Cidade Maravilhosa – Pre-

nhezes Nelore e Leilão Elite Monte

Verde Cidade Maravilhosa – Ma-

trizes Nelore. Os remates aconte-

cerão, respectivamente, nos dias

20 e 21 de março, no Hotel Por-

tobello, em Mangaratiba, Rio de

Janeiro.

Em 2014, o evento foi um su-

cesso absoluto de vendas, geran-

do R$ 3,8 milhões em faturamen-

to. Na oferta, havia 58 lotes, com

doadoras e prenhezes top de elite.

“Estamos preparando o primeiro

leilão do ano, com muita aten-

ção. E a nossa expectativa é

de que possamos ultrapassar

nossas metas e, ainda, celebrar

entre amigos neste leilão que já

é tradicional” FELIPE PICCIANI, -

GRUPO MONTE VERDE

mais volumosa na feira, também es-

tarão presentes o Guzerá, Angus e

equinos das raças Crioulo, Lusitano,

Manga-larga e Manga-larga Mar-

chador. A expectativa é de que par-

ticipem da feira 1.000 bovinos e mais

de 600 equinos.

Todas as provas serão realizadas

em pista indoor, um diferencial da

feira para proporcionar maior conforto

ao público e aos animais.

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Page 78: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Acontece

GRAND PRIx LUSITANO Acontecerá no dia 7 de março,

durante a Expo Avaré, no Parque de

Exposições Fernando Cruz Pimentel,

a segunda etapa do Grand Prix de

Velocidade do Cavalo Lusitano.

A disputa é dividida em seis ca-

tegorias: Infantil (6 a 11 anos), Mirim

(12 a 16 anos), Amador (competidores

amadores acima de 17 anos), Profis-

sional (acima de 17 anos que tenham

conquistado até o máximo de uma

vitória em competições oficiais de

velocidade de Equitação de Trabalho),

Profissional Graduado (acima de 17

anos com duas ou mais conquistas

em competições de velocidade da

Equitação de Trabalho) e Feminino,

exclusivo para mulheres com mais de

17 anos.

Ao longo de 2015, serão realiza-

das seis etapas. A largada aconteceu

em janeiro, no Haras Bonanza Porto

Atibaia, em Atibaia (SP). Após a eta-

pa de março da Expo Avaré, será

realizada a disputa no mês de maio,

durante a xxxIV Expo Internacional,

em Araçoiaba da Serra (SP), poste-

riormente, a etapa de julho, no Fes-

tival do Cavalo Lusitano em Atibaia

(SP). A quinta etapa está prevista para

a Expo Cavalos, no Parque da Água

Branca, em São Paulo, capital, e a úl-

tima no Festival do Cavalo Lusitano,

em Tatuí (SP), no mês de dezembro. A

premiação total ao longo da tempo-

rada soma mais de R$ 60 mil.

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Page 79: Revista Elitte Rural 7

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Page 80: Revista Elitte Rural 7
Page 81: Revista Elitte Rural 7

POR JANAINA NUNE S

Ser colunista consiste na apaixonante tarefa de reunir

informações sobre PERSONALIDADES de uma cidade,

de uma região ou de um país. Nestas páginas, as

personalidades do AGROBUSINESS brasileiro compartilham

seus momentos raros de lazer com a família e os amigos.

Venha conosco nestas aventuras pelo Nordeste e Sul

do Brasil, pelos Estados Unidos e nos Emirados Árabes.

Obrigada pela confiança e companhia!

81

Page 82: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Social

O luxo dos Prata Cunha em DubaiDubai é conhecida por ser o principal pólo turístico dos Emirados Árabes. Uma cidade com população masculina três vezes maior do que a feminina. Arranha-céus, ilhas, lagos artificiais, parques, praias e obras impressionantes de engenharia fazem do passeio algo inesquecível. José Carlos Prata Cunha, Junia Naves Rodrigues da Cunha, Fernanda Prata Cunha Settani e Marcus Settani embarcaram nesta viagem e trouxe-ram excelentes recordações.Eles se integraram aos 10 milhões de turistas que desfrutam das maravilhas que a cidade oferece. Obras faraônicas, hotéis fascinantes, ouro e brilhantes. Júnia conta que a família se hospedou no Anantara Dubai The Palm Resort Hotel. Oferecendo uma fuga urbana, é um lugar maravilhoso. Debruçado sobre a crescen-te oriental da icônica Palm Jumeirah, um arquipélago de ilhas ligadas ao continente, é um notável resort inspirado na arquitetu-ra tradicional tailandesa em um ambiente árabe. Detalhe: os quartos ficam do lado da praia encantadora, além das piscinas e dos deliciosos tratamentos no Spa Anantara. Também integrou o tour a Mesquita de Abu-Dhabi, toda construída em mármore branco e com capacidade para 40 mil pes-soas. Erguida entre 1996 e 2007, esbanja ouro de 24 quilates e cristais de Murano em mais de cem colunas. Um monumento equivalente a R$ 1,5 bilhão. A família também não perdeu a chance de co-nhecer o restaurante Al Mahara. Além do visual incrível, eles aprovaram a excelente comida de qualidade a partir da cozinha criativa. Não poderia faltar uma visita à pista de Fórmula 1 mais diferente do mundo! O autódromo oficial dos Emirados Árabes abriga diversas outras modalidades, como Moto GP e Fórmula 3000! E por falar em deserto, José Carlos, vestido de sheik, ficou o máximo!

82

Page 83: Revista Elitte Rural 7

8383

Page 84: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Social

O aniversário de Flávia Loyola no sulA advogada Flávia Sampaio Drummond

Loyola comemorou aniversário em

viagem com o marido, Clenon Loyola, e

os filhos Bárbara, Camila e Clenon, seus

respectivos acompanhantes e os netos.

Uma semana recheada de experiên-

cias no município colonizado pelos

imigrantes italianos e alemães. Gramado

preserva suas origens através de mu-

seus e parques temáticos, como poucas

cidades do Brasil.

A família se aventurou na Cascata do

Caracol, famosa por ter 131 metros de

queda livre. O Parque Terra Mágica Flo-

rybal não deixou de surpreender. Na

recepção, foram convidados a entrar

no mundo da magia.

Flávia amou o Snowland, primeiro

parque de neve indoor das Améri-

cas. A família diver tiu-se com esqui,

snowboarding e airboard, além de

ter a oportunidade de cur tir a neve

particular. Fica na lembrança mais um

aniversário inesquecível!

Valquíria Ferrarin e a família no paraíso brasileiroValquíria Ferrarin e a família desembarcam

no paraíso brasileiro Beach Park Suites

Resort, localizado na privilegiada praia de

Aquiraz, na praia de Porto de Dunas, 30

quilômetros a leste de Fortaleza. Foram

nove dias de pura alegria e diversão

entre os 34 quilômetros de lindas praias e

clubes da região. Há 15 anos, este lugar

era desabitado, mas hoje desponta como

uma das áreas mais valorizadas pelo

mercado imobiliário da capital. O local

abriga o Resort do Beach Park com suas

maravilhosas acomodações, de frente

para o mar. Para quem foge da areia,

que tal uma de borda infinita, outra para

crianças e ainda a de correnteza, que leva

direto ao parque aquático. Bela também é

a Jacuzzi à sombra de um gazebo. Sem

falar da culinária, que é um espetáculo à

parte! Toda noite, um prato é feito ao vivo

para a apreciação do hóspede! Luxo puro!

Merecido descanso para Valquíria, que se

divide entre a agricultura e a pecuária.

84

Page 85: Revista Elitte Rural 7

85

Pelo Mundo...

Alfredinho Zamlutti, em Aspen, com Lucinha e Cláudia Junqueira

O casal Gabriel Garcia Cid e Paula levaram suas filhas Maria Gabriela e Maria Beatriz para passar as férias na Disney. Pura diversão!!!

A pequena Maria Couti-nho, filha de Rafaelle e Rafael Coutinho, também aproveitando a Disney

85

Page 86: Revista Elitte Rural 7

Zamlutti e o tour pelos EUAO empresário e pecuarista Alfredo Zamlutti

e a esposa, Sônia, passaram inesquecíveis

16 dias de descanso nos Estados Unidos. Eles

cur tiram a capital cultural do mundo, Nova

York. Aproveitaram as maravilhas de Miami,

uma das cidades mais visitadas por turistas do

país. Não é pra menos: o clima é quente o ano

inteiro, as praias são bonitas e, claro, tem as

ótimas opor tunidades para ir às compras.

Eles ainda cur tiram o maravilhoso universo dos

cassinos, Las Vegas: a mais populosa e povoa-

da cidade do estado americano de Nevada.

Em busca de aventura, o grupo sobrevoou o

Grand Canyon, no Arizona, e fez um tour gas-

tronômico. Que delícia!

Após o descanso, Alfredo voltou para Campo

Grande, no Mato Grosso do Sul, enquanto

Sônia retornou à Disney, com a neta Beatriz e

Luciana Bandeira. Orlando é uma aventura dos

sonhos. Sônia ama a Disney, e não é para me-

nos... A maravilhosa estrutura faz a diferença

no estado nor te-americano da Flórida!

elitte rural Social

86

Page 87: Revista Elitte Rural 7
Page 88: Revista Elitte Rural 7
Page 89: Revista Elitte Rural 7

89

O requinte dos sabores e aromas está entre nossas

prioridades ao lhe apresentar as próximas páginas.

Vamos falar de UÍSQUES NOBRES e explicar por que

eles estão em todos os leilões, de nor te a sul do país!

O especialista LELO FORTI é nosso convidado para

descor tinar tantos detalhes. Ele é tido como um dos

maiores mixologistas do Brasil, ou seja, um estudioso

das misturas maravilhosas que as bebidas permitem!

Até 20 de março, convivemos com o pleno verão.

Tempo de escolher pratos leves. Que tal o SALMÃO?

Em diferentes variações, conquista cada vez mais os

requintados paladares. DELICIE-SE!

89

Page 90: Revista Elitte Rural 7

w

SALMÃO: requinte, leveza e sabor à gastronomia brasileira

elitte rural Na Mesa

9090

Presente em receitas grelhadas,

fritas ou cruas, o salmão é um

verdadeiro best-seller no Bra-

sil. O peixe de carne rosada

deixou a exclusividade dos cardápios

japoneses e hoje pode ser apreciado

na forma de um simples hambúrguer

ou, ainda, como acompanhamento para

pratos sofisticados de massas, risotos e

saladas.

O consumo de salmão no mundo

triplicou desde os anos 1980 e o Brasil é

um dos principais mercados em ascen-

são. A importação brasileira do peixe

subiu de 7.300 toneladas no ano 2000

para 63.300 toneladas em 2012, segundo

dados da Organização das Nações Uni-

das para a Alimentação e a Agricultura

(FAO). O país é o terceiro maior comprador

do salmão chileno, ficando atrás apenas

dos EUA e do Japão.

Saboroso e macio, o salmão é um

alimento leve e perfeito para o clima

tropical típico do país, mas os benefícios

não se restringem aos meses de verão.

Com a carne rica em ômega 3, o peixe

nobre faz bem em qualquer estação, es-

pecialmente para o coração. O consumo

ajuda a evitar a obstrução de artérias e

a reduzir o colesterol, sendo um aliado na

APRESENTADO PELA CULINÁRIA JAPONESA NA DÉCADA DE OITENTA, O PEIxE NOBRE GANHOU VERSATILIDADE NA COZINHA VERDE E AMARELA E CONQUISTOU O PALADAR

ATÉ DE QUEM NÃO É GRANDE APRECIADOR DE FRUTOS DO MAR

90

Page 91: Revista Elitte Rural 7

w

DICA DO CHEFÉ possível fazer boas receitas com

salmão. O sucesso da empreita-

da começa na compra do peixe.

Escolha peças já limpas e sem

espinho. O ideal são lâminas com

dois dedos de espessura para

conseguir um filé no ponto certo.

91

prevenção de doenças cardiovasculares.

Para valorizar o sabor e os nutrientes

do alimento, entretanto, são necessá-

rios cuidados no momento do preparo.

O chef Windson Santos, do restaurante

Sampaio, em Uberaba (MG), revela que o

principal segredo é cozinhar o peixe sem

deixá-lo ressecar, conservando o suco

da carne. “O salmão é um peixe exóti-

co e sempre está na moda, mas tem

“O filé precisa estar com um fiozinho cru no meio, quase na espessura de um dedo, para manter todas as propriedades nutricionais

‘‘

peculiaridades: o filé precisa estar com

um fiozinho cru no meio, quase na es-

pessura de um dedo, para manter todas

as propriedades nutricionais. O brasileiro

tem o costume de comer o peixe se-

quinho, então, muita gente acredita que

está mal passado, mas, na verdade, é

um detalhe proposital”, alerta Windson

que trabalhou com Marc Le Dantec, co-

nhecido como o chef de todos os santos.

O PONTOAcer tar o ponto também deman-

da cautela no preparo. Chef Windson

explica que o filé não pode ser virado

às pressas na frigideira ou perde-

rá o sangue. A dica é aguardar um

pouco a cada movimento para que a

super fície da panela recupere a tem-

peratura. Assim, será formada uma

crosta externa, que vai concentrar o

suco dentro da carne e o valor nutri-

cional. “O ideal é usar uma frigidei-

ra de fundo mais grosso para esse

processo, começando com fogo alto

e reduzindo ao longo do cozimento”,

acrescenta.

Para um casamento per feito com

o salmão, o chef recomenda molhos

adocicados, com ingredientes como

maracujá ou laranja e mel. Uma boa

pedida para harmonizar o conjunto do

prato pode ser um vinho branco sua-

ve. Quem gosta de uísque pode es-

colher o destilado para acompanhar

o salmão defumado.

Nascido em Salvador, na Bahia,

Windson sempre contou com peixes

e frutos do mar em seus menus. O

contato com a cultura de outros paí-

ses ao longo da carreira, entretanto,

foi o toque final para aper feiçoar as

receitas tradicionais do litoral brasileiro.

Parte dos ingredientes foi incorporada

a partir da experiência com a culinária

mediterrânea. Já a atenção aos deta-

lhes para a execução do prato veio da

cozinha francesa, sua favorita. “Apren-

di técnicas de lugares totalmente dife-

rentes para manusear alimentos que

eu conhecia desde criança. Isso tem

sido o mais interessante”, finaliza.

91

Page 92: Revista Elitte Rural 7

w

elitte rural

O SALMÃO

- Tempere o salmão com uma pitada

de sal, pimenta-do-reino branca, suco

de meio limão e azeite de oliva.

- Grelhe o peixe em uma frigideira

com pouca gordura, selando todos os

lados e reserve.

A GUARNIÇÃO

- Cozinhe o arroz negro em uma

panela de pressão. Coloque água até

chegar quatro dedos acima do arroz.

Adicione sal a gosto. Deixe cozinhar

por 15 minutos após a pressão.

- Escorra o arroz e frite na manteiga

SALMÃO COM ARROZ NEGRO FRITO NA MANTEIGA DE GARRAFA E REGADO AO MOLHO DE COGUMELOS FRESCOS

de garrafa. Para cada meio quilo de

arroz cozido, são necessários 70 ml de

manteiga de garrafa. Vá salteando até

ficar crocante. No final, acrescente a

pimenta-do-reino branca.

O MOLHO

- Refogue os cogumelos frescos, de

sua preferência, em azeite de alho

e cebola picada, até os cogume-

los murcharem. Tempere com sal e

pimenta-do-reino branca. Adicione

ervas finas desidratadas, creme de

leite fresco e 50 gramas de queijo

parmesão.

elitte rural Na Mesa

92

DE OLHO NO PRATOO salmão também é fonte de um

nutriente chamado de astaxantina,

um antioxidante que oferece pro-

teção contra a principal causa da

cegueira: a degeneração macular

relacionada à idade avançada. Além

disso, incluir o peixe na dieta pode

reduzir o risco de câncer, doença

cardiovascular e doenças neurode-

generativas. Mas o nutrólogo Wilson

Rondó aler ta para o fato de que

nem todo salmão é igual. “Compa-

rado ao salmão do Atlântico criado

em cativeiro, o salmão vermelho

selvagem, do Pacífico Norte, pode ter

até 800% mais astaxantina. Apenas

120 gramas de salmão vermelho

têm aproximadamente 4,5 mg da

substância”, salienta Rondó.

Page 93: Revista Elitte Rural 7

w

O SALMÃO

- Tempere o salmão com uma pitada

de sal, pimenta branca, suco de meio

limão e azeite de oliva.

- Grelhe o peixe em uma frigideira

com pouca gordura, selando todos os

lados. Reserve.

A GUARNIÇÃO

- Cozinhe os legumes de sua prefe-

rência e reserve o caldo.

- Cozinhe o arroz arbóreo refogado

em cebola e manteiga.

- Adicione o vinho branco até cobrir e

mexa sem parar até a bebida secar.

- Adicione o caldo dos legumes à

medida que o líquido for evaporando e

misture por aproximadamente 10 minu-

tos até chegar à textura que agrade.

- Adicione os legumes e sirva.

O MOLHO

- No liquidificador, use o botão pulsar

para separar a polpa da semente de

maracujá.

- Adicione uma dose de licor de

laranja e uma dose de Martini.

- Reduza a mistura até ficar com

consistência agradável.

- Use sal a gosto.

93

SALMÃO GRELHADO AO MOLHO DE MARACUJÁ GUARNECIDO COM RISOTO DE LEGUMES

Page 94: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Na mesa

Uma dose de uísque

No mundo dos criadores de

animais puro de origem –

também chamados de eli-

te –, o leilão é um evento

único. Quando presencial e transmitido

pela televisão, torna-se um aconteci-

mento social de grande alcance. Não

importa se a requintada pista, onde se

desenvolve o remate, está na sede das

fazendas, nos navios de luxo ou em

um fino restaurante. É um momento de

evidenciar o prestígio e o fino gosto de

seus idealizadores. No cardápio da fes-

ta, a bebida mais desejada é o uísque.

A pedido da Elitte Rural, o mixologis-

ta e renomado consultor de bares Lelo

Forti fez um roteiro para os apaixonados

A bebida mais pedida na hora da batida do martelo

94

Page 95: Revista Elitte Rural 7

por uísque, com dicas importantes

também para quem deseja come-

çar a apreciar a bebida. Segundo o

especialista, os leilões representam

reuniões de negócios e, portanto,

pedem uísques mais envelhecidos,

como Chivas 18 e Blue Label. “Acre-

dito que estes sejam os mais indica-

dos, pois mostram poder, elegância

e sofisticação”, afirma Forti, que tem

20 anos de experiência na área de

bebidas alcoólicas e é proprietário da

Mixing bar is cool, especializada na

formação profissional de bartenders.

Especialistas do mundo todo di-

zem que adicionar uma pequena

quantidade de água aflora as notas

existentes no uísque. Há quem pre-

fira a mistura com energéticos, água

tônica ou água de coco. Para Forti,

muito mais importante do que a ma-

neira correta de beber é entender que

existem momentos diferentes, que

Uma dose de uísque

O mundo do agronegócio vive

hoje uma renovação, com muitos

jovens criadores entrando para o

seleto grupo da pecuária de elite.

Para os novatos, nem sempre o

uísque é a bebida que mais agra-

da ao paladar. Segundo o mixolo-

gista, a experiência do apreciador

pode determinar o rótulo e a forma

A FORÇA DA JUVENTUDE

de apreciar o uísque. “Se dermos um

uísque para um jovem de 20 anos,

ele normalmente vai dizer que não

aprecia e que é bebida do pai ou

do avô. Esse tipo de comentário é

normal. Quando você apresentar o

mesmo uísque para esta mesma

pessoa, aos 30 anos, as definições

serão completamente diferentes”,

pedem consumos distintos. “Quanto

mais velho for o uísque, menor será

a necessidade de adicionar qualquer

outro ingrediente, além dele próprio”,

explica o especialista.

Lelo traz dois exemplos de como a

ocasião pode influenciar na maneira

de apreciar a bebida: “Um bate-papo

entre dois amigos na varanda pode

ser regado a pequenas doses de um

uísque 21 anos, pois será um momen-

to de celebração e nostalgia. Já uma

saída com vários amigos na balada

pede o consumo de um uísque mais

tradicional, que pode ser misturado,

ou não, com outros ingredientes”.

“Quanto mais velho for o uísque, menor será a necessidade de adicionar qualquer outro ingrediente, além dele próprio

‘‘

95

Page 96: Revista Elitte Rural 7

A pergunta é pertinente. Conforme

Lelo Forti, a questão é polêmica quan-

do o assunto é um bom copo de uís-

que. “Alguns dizem que é bebida de

homem e que o melhor é apreciá-lo

puro, no estilo caubói. Que as mis-

turas, como com água de coco, por

exemplo, agradam mais às mulhe-

res. É uma discussão sem fim”, afir-

ma o especialista.

BEBIDA DE HOMEM?

96

elitte rural Na mesa

afirma For ti. Ele explica que isso

acontece porque o nosso paladar

muda com o tempo, assim como

amadurecemos como pessoa.

Para quem vai experimentar

as marcas mais envelhecidas, a

opção pela adição de água tor-

na-se algo mais particular. “Com

um uísque a partir de 15 anos,

você não precisa de nada, porque

ele ficou tanto tempo no barril que

tem a graduação alcoólica igual

à de um de 12 anos, mas muito

mais amadeirado. Sua sensação

alcoólica é muito mais baixa. No

máximo, coloca-se um pouquinho

de água para soltar o cheiro, por-

que a água abre tudo”, afirma.

Lelo salienta que, quanto mais

velho, mais saboroso, ou seja,

menos você mistura e menos

você bebe. “Eu nunca abriria uma

garrafa de 30 anos e a tomaria

inteira – seria apenas uma dose

para brindar”, comenta For ti.

Para homes e mulheres, o primeiro

passo para degustar uísque é experi-

mentar várias marcas diferentes para

descobrir qual agrada. O ideal, confor-

me Lelo, é utilizar uísques mais leves,

menos amadeirados e, principalmen-

te, mais suaves. “Costumo dizer que

qualquer tipo de iniciação deve seguir

pequenos rituais, para que a primeira

impressão não seja prejudicada”.

Os uísques irlandeses são os mais

indicados para uma iniciação, pois

são mais leves e os únicos destila-

dos três vezes, o que lhes proporcio-

na mais maciez e elegância. Deve-se

cuidar também em resfriar a bebida

com uma pedra de gelo, para que os

diferentes aromas possam aparecer.

Outra dica do consultor é levar

muito a sério a questão do copo a

ser utilizado. O copo tradicional é o on

the rocks, o famoso copo baixo, es-

O GELO E O COPOpecífico para uísques. “Taças de vinho

são bem-vindas quando o assunto é

apresentar um uísque para alguém.

Se o público for feminino, a questão

do tipo de uísque e da taça é crucial.

Copos on the rocks não são bem vis-

tos no mundo feminino”, garante Forti.

Quanto ao certo e errado na hora

de tomar a dose, o especialista é ob-

jetivo: “Definitivamente, não existe o

certo ou errado. Existe apenas o pra-

zer do momento”.

“Eu nunca abriria uma garrafa de 30 anos e a tomaria inteira – seria apenas uma dose para brindar

‘‘

96

Page 97: Revista Elitte Rural 7

“Normalmente, uísque e time de

futebol não se muda nunca”, diz Lelo

Forti, reforçando que é muito difícil um

apreciador da bebida ter cinco ou seis

rótulos de sua preferência. Con-

fira os uísques mais con-

sumidos atualmente

no Brasil, segundo o

mixologista:

- Red Label

- Black Label

- Jack Daniels

- Chivas

- Old Par

- Buccanas

- Jameson

OS MAIS APRECIADOS PELOS BRASILEIROS

THE MACALLAN: referente ao Macallan clássico como um

dos melhores lançados no mundo. Malte único na garrafa

Lalique Cire Perdure, com valor de 460 mil dólares.

DALMORE TINITAS: mistura única dos vintages das colheitas

de 1868, 1878, 1826 e 1939, com toque final em 1940. Malte

escocês excepcional com preço de 145 mil euros.

GLENFIDDICH JANET SHEED ROBERTS RESERVE: envelhecido

desde 1955, na Escócia, e frutado com sabor doce e floral.

Vendido por 94 mil dólares.

GLENFIDDICH RARE COLLECTION: destilado em 1937, na Es-

cócia, e vendido por 71.700 dólares. Conhecido pela cor

nogueira, com sugestões de canela, cravo, cedro e cara-

melo.

DALMORE MALT SCOTCH: uma mistura de quatro uís-

ques de malte, destilados em datas diferentes e en-

garrafado em 1942. Vendido em um leilão por 58 mil

dólares.

OS MAIS CAROS DO MUNDOAs combinações mais clássicas

são com chocolates, queijos sua-

ves, castanhas, amendoim, salmão

e frutos do mar, porém há dicas

que podem fazer a diferença con-

forme o uísque:

- Single Malts e Bourbons: bons

com aperitivos e no acompanha-

mento de pratos mais leves, como

frutos do mar. Harmonizam-se com

sobremesas devido aos sabores

adocicados.

- Blened: apesar de ser mais

suave e agradar ao paladar da

maioria das pessoas, está limi-

tado à combinação de comidas

leves, como frutos do mar, sushi,

queijos suaves e saladas.

HARMONIA DE SABORES

97

Page 98: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Na mesa

98

O “Guinness World Records”

selecionou uma série de recordes

relacionados ao uísque, que, certa-

mente, irão surpreender você, leitor

da “Elitte Rural”.

A MAIOR GARRAFA

Com 1,70 metro de altura e capaci-

dade para 228 litros. O feito con-

quistado é da marca The Famous

Grouse, no evento “The Famous

Grouse Experience, The Hosh,

Crieff, Perthshire”, realizado em 12

de agosto de 2012, na Escócia.

O MAIS ANTIGO

É o Glenavon Special Liqueur

Whisky. Acredita-se ter sido engar-

rafado por Glenavon Distillery, em

Ballindalloch, Escócia, entre 1851 e

1858. A garrafa pertenceu a uma

família irlandesa, durante gerações,

e foi vendida para a casa de leilões

Bonhams, em Londres, por cerca

de R$ 57 mil (£ 14.850). A desti-

laria, em Ballindalloch, deixou de

operar em 1850. A garrafa, de cor

verde, possui 400 ml e líquido de

coloração dourado pálido.

RECORDESSURPREENDENTES

A MAIS ANTIGA

É a Strathisla Distillery, da Escócia, fundada em 1786. A destilaria foi chamada pela

primeira vez de Milltown Distillery. Depois, pertenceu a William Longmore, que a

administrou por 38 anos. Em 1870, passou a se chamar Strathisla. Após um incên-

dio, em 1876, a destilaria precisou ser reconstruída. Em 1950, foi comprada pela

Seagram, por meio da subsidiária Chivas Brothers, e continua ativa até hoje.

Para o pecuarista Luiz Antônio

Silva, o melhor uísque precisa ter 12

anos de maturação. Coincidentemen-

te, o mesmo tempo da sua história na

seleção do gado Nelore à frente da

Agropecuária Mundial, em São José

do Rio Preto, interior de São Paulo.

Neste tempo, Luiz Antônio produziu

QUEM ENTENDE DO ASSUNTO

grandes destaques no cenário nacio-

nal, como a Italiana da Mundial, que é

mãe de campeã nacional e avó de Bi

Grande Campeã.

Para apresentar animais dessa li-

nhagem ao mercado, o criador não

abre mão de servir em seus leilões um

excelente uísque com 12 anos de ama-

durecimento. O predileto dele é o Black

Label. “É um uísque que agrada a to-

dos, desde jovens criadores aos mais

experientes selecionadores e aprecia-

dores da bebida, seja nos leilões ou

numa roda de amigos, na sala de casa

ou na varanda da fazenda. Já experi-

mentei servir outras marcas de uísque

em grandes eventos e teve gente que

reclamou. Não houve a mesma aceita-

ção”, afirma Luiz Antônio.

A melhor pedida para o criador é a

mistura do uísque com água com gás

ou tônica.

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Page 99: Revista Elitte Rural 7

A personagem desta edição é, sem sombra de dúvidas, a

mulher mais influente do agronegócio brasileiro na atualidade:

a nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Vamos mostrar a trajetória da psicóloga KÁTIA ABREU, desde

que ganhou visibilidade no Sindicato Rural de sua cidade,

Gurupi, interior do Tocantins. A ministra conta seus planos

a par tir de gargalos por ela identificados, como a crise do

sucroalcooleiro, a necessidade de ampliar a cober tura do

seguro rural entre outros. Defensora de um Mapa aber to ao

diálogo, ela assegura que em seu mandato o Ministério não

apresentará nenhuma espécie de divisão ou segregação.

99

Page 100: Revista Elitte Rural 7

Kátia Abreu revela seus planos à frente do Ministério

Logo em seu primeiro dia, Ká-

tia Abreu garantiu, no discur-

so de posse, que o Mapa es-

tará de olhos voltados, todo

o tempo, para a mais impor tante

das peças mais eficiente agrope-

cuária tropical do planeta: os pro-

dutores. “Digo isso sem perder de

QUANDO ESTA EDITORIA DA REVISTA “ELITTE RURAL” FOI ELABORADA, PENSAMOS

EM UM ESPAÇO ABERTO PARA QUE OS REPRESENTANTES DO CAMPO CONTASSEM

SUAS HISTÓRIAS. TEM SIDO ASSIM DESDE A PRIMEIRA EDIÇÃO. MUITOS

PERSONAGENS DO MUNDO REAL JÁ DIVIDIRAM NESTAS PÁGINAS TRISTEZAS E

ALEGRIAS DA AGROPECUÁRIA. NESTA SÉTIMA EDIÇÃO, O ESPAÇO ESTÁ ABERTO

PARA A NOVA MINISTRA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. DIANTE

DE INÚMEROS DESAFIOS, KÁTIA ABREU CONTA O QUE PRETENDE REALIZAR NOS

PRÓxIMOS ANOS.

vista que, se eles tiverem sucesso

na atividade, ganha a sociedade

como um todo”.

Conforme a ministra, o Brasil dei-

xou de ser uma faixa de aglome-

ração na costa do Atlântico. “Num

grande exemplo de vontade polí-

tica, inovação tecnologia e, sobre-

tudo de capacidade empresarial,

ocupamos o interior do país. Foram

anos de muito trabalho e de gran-

des realizações”, salienta ela, refor-

çando que o país é o segundo ex-

portador mundial de alimentos, mas

que até os anos 70 do século pas-

sado, importava alimentos e sequer

cogitava um dia integrar o rol dos

maiores exportadores do planeta.

elitte rural Nossas historias

100

Page 101: Revista Elitte Rural 7

A ministra Kátia Abreu é natural de

Goiânia (GO). Formada em Psicologia

pela Universidade Católica de Goiás

(PUC), é mãe de três filhos, exerce a ati-

vidade de pecuarista no Tocantins. Lá,

mais precisamente em Gurupi, iniciou

sua trajetória política como presidente

do Sindicato Rural; em seguida, tomou

frente da Federação de Agricultura e Pe-

cuária do estado.

Em 1998, disputou pela primeira vez

uma cadeira na Câmara dos Deputados

e assumiu a vaga em duas oportunida-

des, entre abril de 2000 e abril de 2002.

Em 2002, foi efetivamente eleita para

a Câmara dos Deputados, com 76.170

votos, a maior votação no Estado do To-

cantins. Presidiu a bancada ruralista no

Congresso Nacional, sendo a primeira

mulher no país a comandá-la.

Em 2006, venceu a eleição para uma

vaga no Senado. Em 2014, foi reeleita.

Em 2008, foi a primeira mulher a ocu-

par a presidência da Confederação da

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), car-

go para o qual foi eleita pela terceira vez no

ano passado, quando também recebeu

a indicação da presidente Dilma Rousseff

para ocupar o cargo de ministra da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento.

PERFIL

101

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Page 102: Revista Elitte Rural 7

O ENTUSIAMO DE DILMASem desmerecer os demais gover-

nantes, Kátia Abreu cita o entusiasmo

da presidente Dilma com o setor. Entre

os avanços, que só tiveram sucesso

com o apoio incondicional da Presi-

dente, ela aponta a aprovação do

Código Florestal. “Destaco também

a aprovação da MP dos portos, que

deu oportunidade para a iniciativa pri-

vada construir portos, o Programa de

Armazenagem, a criação da Agência

Nacional de Assistência Técnica Rural

(Anater), os volumes crescentes de cré-

dito e os juros mais compatíveis com

a atividade agrícola. Isso apenas para

citar os mais importantes”, reforça.

Kátia sabe que o setor é grande

e complexo. “Ainda temos muito por

fazer. E é com essa consciência que

assumo o Ministério”.

“Ainda temos muito por fazer. E é com essa consciência que assumo o Ministério

‘‘INOVAÇÃO

A presidente Dilma teria determinado expressamente ao Mapa a

implementação de programas e projetos inovadores e necessários ao

setor e ao país. “Vamos priorizar cada vez mais na estrutura do nos-

so Ministério a desburocratização de processos, para descomplicar a

vida daqueles que precisam. Modernização, eficiência e transparência

serão nosso foco. Todos os nossos programas e projetos terão uma

gestão orientada para resultados, com controle rigoroso de avaliação”.

elitte rural Nossas historias

102

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Page 103: Revista Elitte Rural 7

A ministra identifica como gargalos

“as dificuldades do setor sucroalcoo-

leiro, a morosidade do processo de

registro de agroquímicos, a necessi-

dade de ampliar a cobertura do segu-

ro rural e de adequar os instrumentos

OS GARGALOS

“Não tenho dúvida de que a nova logística do Arco Norte, em conjunto com a duplicação do Canal Panamá, trará diferentes possibilidades para produtores e empresas

‘‘

da política agrícola às especificida-

des das regiões Norte e Nordeste”.

Conforme sua própria fala, os

avanços em infraestrutura e os investi-

mentos públicos das últimas décadas

não foram suficientes para ajustar a

oferta às demandas. “Sei que vamos

fazer mais. Nós devemos isso a um

setor que acredita no futuro do Brasil e

que, mesmo em meio às dificuldades

e incertezas, continua investindo e au-

mentando a sua produção”.

Kátia Abreu salienta a necessi-

dade de mais hidrovias, de mais fer-

rovias. “Não tenho dúvida de que a

nova logística do Arco Norte, região

acima do paralelo 16, em conjunto

com a duplicação do Canal Panamá,

trará diferentes possibilidades, para

produtores e empresas. Criará alter-

nativas para o Centro-Oeste, Norte e

Nordeste. Desafogará o Sul e o Su-

deste. Vai viabilizar o novo Brasil em

termos de produção”.

103

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Page 104: Revista Elitte Rural 7

Outro desafio determinado com

muita ênfase pela Presidente é a am-

pliação da classe média rural brasileira,

a exemplo do que ocorreu nas cidades,

que contam hoje com 56% da popula-

ção na classe média. “Vamos estabe-

lecer como meta dobrar a classe média

rural nos próximos quatro anos”. Dados

do governo federal apontam que, hoje,

o Brasil tem mais de cinco milhões de

produtores, sendo que 70% nas classes

D e E, 6% nas classes A e B e apenas

15% – algo em torno de 800 mil produ-

tores – na classe C.

“Para isso, levaremos assistência

técnica e extensão rural para o maior

número possível de produtores em

um movimento coordenado por nossa

Agência Nacional de Assistência Técni-

ca e Extensão Rural (Anater). Formare-

mos uma Rede Nacional de Assistência

Técnica Rural, envolvendo os órgãos

públicos e privados de extensão rural,

CLASSE MÉDIA NO CAMPO

as nossas universidades de Ciências

Agrárias, viabilizando estágios para os

nossos universitários e dando a eles a

oportunidade de participar de uma re-

volução do conhecimento no campo.

Iremos de porteira em porteira para en-

contrar essas pessoas, fazendo valer as

palavras de Guimarães Rosa: ‘a vida é

um mutirão de todos’”.

PLANEJAMENTO DE DEFESA AGROPECUÁRIAOutro desafio tido como impor tante para Ká-

tia Abreu é consolidar um planejamento nacional

de defesa agropecuária, construído por meio de

parceria do poder público, iniciativa privada e as

universidades. “Os fóruns de secretários de Agri-

cultura de órgãos de defesa serão nossos parcei-

ros e orientadores. Queremos solidez técnica para

garantir confiabilidade para os nossos consumidores

no Brasil e no mundo. A meta é garantir padroniza-

ção, transparência e segurança”.

Como caminho, a ministra cita a Plataforma de

Gestão Agropecuária (PGA), implantada por meio de

parceria entre o Ministério da Agricultura e a CNA. “É

a maior ferramenta do gênero no mundo”, reforça.

“Fazendo valer as palavras de Guimarães Rosa: ‘a vida é um mutirão de todos’

‘‘

elitte rural Nossas historiaselitte rural Nossas historias

104

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Page 105: Revista Elitte Rural 7

“As exportações do agronegócio são fundamentais para o equilíbrio da nossa economia, tanto no plano interno como no plano externo

MERCADO ExTERNO

‘‘

Ela acredita que a efetivação do

planejamento de defesa agropecuá-

ria irá consolidar a participação bra-

sileira nos mercados nos quais o país

já está inserido e facilitar o acesso a

outros. “Ampliar o comércio exterior

vai ajudar o Brasil a crescer. O conjun-

to dos brasileiros precisa reconhecer

que a produção e as exportações do

agronegócio são fundamentais para

o equilíbrio da nossa economia, tan-

to no plano interno, abastecendo os

preços estáveis em nossas cidades,

como no plano externo, produzindo

dezenas de bilhões de dólares de su-

perávit cambial”.

Kátia Abreu entende que, no cená-

rio externo, a redução do crescimento

econômico nos países desenvolvidos

– que agora também se estende aos

grandes mercados emergentes, os

quais absorvem parte das exporta-

ções brasileiras – poderá intensificar a

competição e limitar preços. “O nossos

produtores e a nossa agroindústria já

demonstraram muitas vezes que não

têm medo da competição e que o

espaço para elevar a produtividade

não está esgotado. Por isso, seguimos

otimistas a respeito do nosso desem-

penho nos próximos anos, mesmo sa-

bendo que essa é uma luta que não

podemos vencer sozinhos”.

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Page 106: Revista Elitte Rural 7

A representante do Mapa avalia

que o Brasil tem avançado muito na

direção de uma produção cada dia

mais sustentável. De acordo com a

ministra, o desmatamento vem cain-

do de forma consistente. “Teremos

aquela que será a maior e mais im-

por tante ferramenta para a gestão

ambiental no Brasil: o Cadastro Am-

biental Rural (CAR). Com ele, estarão

reunidas, numa mesma base, infor-

mações sobre o uso do solo, ativi-

dades produtivas e muitas outras.

Tudo com o apoio de imagens de

satélite”, enfatiza Kátia, analisando

a implantação total do CAR.

Entre as alternativas de produ-

zir mais sem comprometer o meio

ambiente, ela cita as parcerias com

o Ministério da Integração Nacional

(MI), com a Agência Nacional de

Águas (ANA) e com a iniciativa pri-

vada. “Vamos priorizar a elaboração

de um plano para dobrar a área ir-

rigada do país nos próximos anos”.

Conforme dados do Mapa, o

Brasil tem hoje 30 milhões de hec-

tares disponíveis para a irrigação.

São áreas já utilizadas na agricultu-

ra e na pecuária. No entanto, pouco

mais de cinco milhões de hectares

são irrigados, ou seja, um aprovei-

tamento de 17% do potencial. “A

irrigação bem feita pode dobrar a

produção de uma mesma área.

Lembro aqui que a FAO espera um

aumento de 60% na produção de

alimentos até 2050, quando sere-

mos – eu espero estar viva até lá

– mais nove milhões de pessoas na

Terra”, reforçou Kátia.

A meta é que este plano de ir-

rigação seja um guia para os in-

vestidores privados, que, com as

condições adequadas – crédito

e regulação eficiente –, poderão

responder por até 90% do inves-

timento necessário. “É impor tante

mencionar que a presidente Dil-

ma acatou, desde 2012, pedido da

CNA, para que houvesse, nos pla-

nos-safra, linha de crédito especí-

fica para irrigação”.

“Vamos priorizar a elaboração de um plano para dobrar a área irrigada do país nos próximos anos

‘‘

O INTERESSE COLETIVOA ministra entende que, por mais que sejamos conscientes de nos-

sos interesses e por mais que seja legítimo lutar por eles, há momentos

em que devemos ser capazes de transcender esses interesses em be-

nefício do interesse maior do conjunto da sociedade. E promete: “É com

esse espírito que assumo hoje esta tarefa. Este será o Ministério dos

produtores rurais, sem nenhuma espécie de divisão ou segregação, e

das empresas. Será um Ministério da produção, mas será, acima de

tudo, um Ministério de diálogo. Um Ministério dos brasileiros”.

elitte rural Nossas historiaselitte rural Nossas historias

SUSTENTABILIDADE

106

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Page 107: Revista Elitte Rural 7

Vamos levar você, leitor da “Elit te Rural”, para

conhecer a FAZENDA MABRA I, de Marinho Pereira

Braga. Descor tine com a gente os cômodos da

exuberante construção, carregada de idealismo em

busca dos melhores animais. Em cada detalhe, o

bom gosto dos integrantes da família, em especial,

da esposa Sonia. O RÚSTICO E O FUNCIONAL se

fundem em nome do contemporâneo. Lugar per feito

para preservar COSTUMES do Estado de Goiás,

como as festas juninas, cavalgadas e a deliciosa

culinária caseira.

107

Page 108: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Visita

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Page 109: Revista Elitte Rural 7

O NOME MABRA VEM DAS INICIAIS DO SEU PROPRIETÁRIO MARINHO PEREIRA BRAGA.

MINEIRO DE BRUMADINHO, MUNICÍPIO LOCALIZADO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO

HORIZONTE, MANTEVE POR VÁRIOS ANOS UM ESTABELECIMENTO COMERCIAL E AJUDAVA

O PAI NA ATIVIDADE RURAL, PRINCIPALMENTE NA COMPRA E VENDA DE GADO DE CORTE.

EM 1977, MUDOU-SE PARA BRASÍLIA (DF) E INGRESSOU NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA,

TRANSFERINDO-SE PARA A CAPITAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, EM 1979. LÁ, CASOU-SE COM

SONIA SILVEIRA BRAGA E FUNDOU SUA PRIMEIRA EMPRESA, A UNIDROGAS, DISTRIBUIDORA

DE MEDICAMENTOS. EM 2000, NASCEU A CIAFARMA CIENTÍFICA FARMACÊUTICA

INDUÚSTRIA DE MEDICAMENTO PARA ATENDER TODO O BRASIL.

109

Um paraíso no coração de Goiás

Fazenda Mabra I

Page 110: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Visita

O gosto pelo campo sempre

acompanhou Marinho Pereira

Braga. A primeira propriedade

foi adquirida em 1996. A Fazen-

da Córrego do Ouro, no município goiano

de Nazário, por ser a sede da Agropecuá-

ria, foi chamada também de Mabra I. Abri-

ga baias para a criação de gado Nelore de

Elite e de cavalos Manga-Larga Marchador.

Mais que uma atividade econômica, a

família Braga vê na criação de gado de eli-

te uma excelente oportunidade de bons re-

lacionamentos e convívio com outros cria-

dores, que carregam a paixão pelo campo.

“Há alguns anos, a criação extensiva de

gado de corte tem sido uma atividade de-

senvolvida em minhas fazendas. A preo-

cupação com a preservação ambiental e

o olho no mercado contribuíram para que

nossa família tivesse uma atividade lucrati-

va, aliada à satisfação, ao prazer: a criação

do gado Nelore de Elite e o melhoramento

genético”, reforça Marinho.

Mais de mil pés de coco-da-baía levam

até a sede da Mabra I, uma casa em estilo

110

Page 111: Revista Elitte Rural 7

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Page 112: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Visita

112

colonial, que foi reformada para propor-

cionar conforto e aconchego nas horas

de lazer, que compreendem desde jo-

gos de futebol com os colaboradores e

amigos até noites de degustação de

vinho ao som do piano.

Toda a Agropecuária Mabra é com-

posta por cinco propriedades. Além de

Nazário, há sedes em Anicuns e Pal-

meiras, totalizando aproximadamente

1.000 alqueires de terra de cultura, a

60 quilômetros da capital, Goiânia. As

fazendas têm excelente estrutura física,

tanto para a criação de gado, incluin-

do confinamento, como também áreas

destinadas à plantação de soja, milho,

eucalipto e teca.

São muito bem servidas de água,

principalmente a Mabra I, que é banha-

da pelo Rio dos Bois, numa extensão

de quase 30 quilômetros. Grandes re-

presas servem de criadouros de diver-

sos tipos de peixes e a pescaria é uma

atração à parte para as horas de lazer

com a família e amigos.

Page 113: Revista Elitte Rural 7

113

Hoje, o visionário Marinho Braga divide a

administração das empresas com a esposa,

Sônia, e os filhos Renato e Gustavo, poden-

do se dedicar mais diretamente às ativida-

des rurais. “Fazenda é o melhor segundo

negócio”, diz Marinho.

Ele implanta nas atividades rurais os

mesmos princípios de governança corpo-

rativa utilizados na empresa, sem perder

as origens e os costumes populares da re-

gião, como as festas juninas, cavalgadas e

a deliciosa culinária caseira, com pamonha,

frango caipira com quiabo, pão de queijo e

doce de leite.

“Não existe satisfação melhor do que

reunir a família e celebrar todos os momen-

tos num lugar transformado especialmente

com essa intenção”, declara o pecuarista.

O capricho está nos detalhes. A bela

capela da sede é uma réplica da matriz

de Nazário. Foi construída na fazenda e já

sediou batizados dos netos Pedro e Lou-

renzo, o noivado do filho deles entre outros

eventos de gente querida. O local também

sedia, todo ano, o Terço de Santo Antônio,

seguido de uma já tradicional festa junina.

Page 114: Revista Elitte Rural 7

elitte rural Capa

Bruno Grubisichcolhe frutos da dedicação

Ele dá continuidade ao cami-

nho vitorioso da família, que

iniciou a atividade rural com

a Verdana Agropecuária, no

interior de São Paulo. Bruno

Grubisich é o nome for te da Seleon

Biotecnologia, instalada em Itatinga.

Com um ano de mercado, a empresa

visa a contribuir com o rebanho bra-

sileiro, por meio de soluções seguras,

eficazes e acessíveis. Um desafio que

o levou ao topo, na última edição

da Nelore Fest. O empreendedor de

ponta recebeu o troféu na categoria

Nova Geração.

A coragem e o feeling ele herdou

114

do pai, o bem-sucedido José Carlos

Grubisich. Dedicado, este empresário,

que já atuou como advogado e co-

nhecia o Nelore em razão da Verdana

Agropecuária, investiu em cursos de

julgamento pela Associação Brasilei-

ra de Criadores de Zebu (ABCZ), con-

cluiu Pós-Graduação em Marketing

no Agronegócio na Escola Superior de

Propaganda e Marketing (ESPM) e nun-

ca deixou de ouvir nenhuma recomen-

dação dos experientes companheiros

do agronegócio.

Uma renovação de sucesso que,

certamente, beneficiará toda a família

da pecuária nacional.

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