revista giro rural 8ª edição

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CENTRO-OESTE PAULISTA PÁGINA 13 CONHEÇA A HISTÓRIA DO CAFÉ PASSAPORT, O CAFÉ CAMPEÃO EM SABOR E QUALIDADE ANO 3 · N O 8 · DEZ 2012/ FEV 2013 FITOTERAPIA Mercado de fitoterápicos para animais cresce 25% ao ano PÁGINA 20 GENTE DA TERRA Essência Agropecuária acumula títulos e sagra-se vice-campeã no Ranking Paulista do Gir Leiteiro PÁGINA 28 GIRO EQUESTRE Projeto de lei declara o manga-larga marchador como “brasileiro” PÁGINA 22 PEIXE COM GOSTO DE BARRO É COISA DO PASSADO. EM GARÇA-SP, FRIGORÍFICO ABATE, MENSALMENTE, DEZ TONELADAS DE PEIXES DE CULTIVO; TRÊS MIL QUILOS VIRAM FILÉ DE TILÁPIA – O PREFERIDO DOS RESTAURANTES DA REGIÃO PISCICULTURA R$ 6,90

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A vitrine do agronégocio do centro oeste paulista

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Page 1: Revista Giro Rural 8ª Edição

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a PÁGINA 13

CoNheçA A hIstórIA do CAfé PAssAPort, o CAfé CAmPeão em sAbor e quAlIdAde

ANO 3 · NO 8 · Dez 2012/ Fev 2013

FItoterapIaMercado de fitoterápicos para animais cresce25% ao ano

PÁGINA 20

gente da terraEssência Agropecuária acumula títulos e sagra-se vice-campeãno Ranking Paulista do Gir Leiteiro

PÁGINA 28

gIro equestreProjeto de lei declara o manga-larga marchador como “brasileiro”

PÁGINA 22

peIxe com gosto de barro é coIsa do passado. em garça-sp, FrIgoríFIco abate, mensalmente, dez toneladas de peIxes de cultIvo; três mIl quIlos

vIram FIlé de tIlápIa – o preFerIdo dos restaurantes da regIão

PISCICULTURa

r$ 6

,90

Page 2: Revista Giro Rural 8ª Edição

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Page 3: Revista Giro Rural 8ª Edição

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A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar

sempre, portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios para

o e-mail [email protected].

Há mais, muito mais, para o Natal do que luz de vela e alegria.

É o espírito da doce amizade que brilha em todo o ano,

a consideração e a bondade pelo próximo e, também, a

esperança renascida para a paz e o entendimento entre os homens.

Agradecemos muito pelo que vocês — agricultores, pecuaris-

tas, colaboradores e leitores em geral — têm representado para o

nosso crescimento profissional e por confiarem em nosso trabalho.

Por isso, dedicamos-lhes um Natal cheio de paz e que possamos

continuar juntos neste novo ano que se inicia, colhendo cada vez

mais frutos de um trabalho árduo e bem feito.

Estamos felizes com o nosso trabalho, pois a cada edição faze-

mos novos amigos; a cada edição aparecem mais pessoas encan-

tadoras, como você, o que faz com que nos sintamos orgulhosos.

E é com muito apreço que a Revista Giro Rural deseja ao homem

do campo um Natal repleto de emoção e alegria. E, para 2013, que

venham as boas colheitas, as novas parcerias e a esperança de que,

mais uma vez, o agronegócio do nosso país, principalmente da nos-

sa região e da nossa cidade, brilhe pelo mundo afora. Boas Festas!

Boa leitura!

Laura Whiteman

Diretora

VIVA 2013felIz NAtAl Aos Nossos leItores e PArCeIros!e que VeNhA um ANo de boAs ColheItAs.

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Page 6: Revista Giro Rural 8ª Edição

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013sumário

[email protected](14) 3221-0342

Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Jornalista Responsável: Regiane Ferreira – MTB49346/SP |

Design grafico: Mauricio W. Santos | Foto capa: Christoph Burgdorfer | Revisão: Rodrigo Gerdulli | Representação Comercial: Juliane Silva |

Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil | Circulação Regional: Centro-oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada aos produtores

rurais do Centro-oeste Paulista

Pontos de distribuição: à disposição nas empresas anunciantes | À venda nas principais bancas de revistas da região Centro-oeste Paulista.

Leia em nosso blog: www.revistagirorural.blogspot.comSolicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação bimestral. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”

Gr

AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!

8 Giro notas 360º de notícias do agronegócio.

10 Evento Heringer informa cafeicultores sobre as

vantagens dos seus produtos.

12 Giro culinário Delícias do café.

13 Especial Sabor e qualidade: Você sabia que o café

Passaport nasceu aqui em nossa região?

18 Coopemar Saiba quais são os melhores cafés da

região de Marília.

20 Fitoterapia Utilização das plantas medicinais nos

animais ainda é pequena, porém o mercado cresce a cada ano.

22 Giro equestre O Manga-Larga Marchador é nosso!

24 Cafeicultura Produtor de Echaporã é o primeiro da

região a obter certificação internacional.

26 Sindicato Rural de Marília Novo presidente quer novos associados e

promete melhorar ainda mais os serviços prestados ao homem do campo.

28 Gente da terra Criadora mariliense de Gir Leiteiro

destaca-se em premiação estadual.

30 Cooperativa Sul Brasil Diretores anunciam novidades para o

setor hortifrutigranjeiro.

32 Avicultura Com um plantel de 500 mil aves, a Granja

Shintaku está entre as maiores do Brasil.

34 Giro classificado As melhores oportunidades você

encontra aqui

CAPA

14

Piscicultura“Filé fresco é o preferido dos consumidores”, revela o piscicultor garcense Fernando Nagano.

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360º De notÍcias Do aGroneGócio

Giro notas

Carne de aves ficará 10% mais cara para as festas de fim de ano

Preço da mandioca bate recorde com seca no Nordeste

Por causa da seca que

atinge o Nordeste do país,

principal produtora de

mandioca, os preços da

raiz, da fécula e da farinha

registrados nas últimas se-

manas pelo Centro de Es-

tudos em Economia Apli-

cada (Cepea - Esalq/USP)

foram os maiores desde

o início da série histórica,

em 2002. Nas oito regiões

acompanhadas pelo Ce-

pea nos estados de SC,

PR, SP e MS, a média de

preços das raízes foi de R$

343,15 por tonelada, 36%

acima da registrada em

igual período de 2011. E

o interior paulista come-

mora, sendo que Assis se

destaca na produção de

mandioca para indústria e,

em seguida, são as regiões

de Ourinhos, Mogi-Mirim,

Tupã e Presidente Pruden-

te. Produtores da região de

Tupã acreditam que, até

abril de 2013, os preços

podem chegar a R$ 400.

Com a chegada das

festas de fim de ano cres-

ce a procura por aves para

as tradicionais receitas

das festas comuns a esse

período. O frango espe-

cial – mais pesado que o

frango comum, chegando

a até quatro quilos - por

exemplo, tem lugar garan-

tido na mesa do brasileiro,

assim como o peru.

Dados do Sindicato

das Indústrias de Produ-

tos Avícolas do Estado do

Paraná (Sindiavipar) mos-

tram que o consumo de

carne de frango no Brasil

é de 47,38 kg em média,

por pessoa. Com a chega-

da do mês de dezembro

esse consumo aumenta,

naturalmente, por conta

das tradições dos pratos

que compõem as ceias

das festas, geralmente,

levam o frango – ou peru

– como prato principal.

Fonte: Sindiavipar

mandiocafrango

R. Sebastião Braz de Oliveira, 304 – Marília – SP

Fone/Fax: (14) 3413-1190 · Cel: 9703-6033 · e-mail: [email protected]

Page 9: Revista Giro Rural 8ª Edição

R. Sebastião Braz de Oliveira, 304 – Marília – SP

Page 10: Revista Giro Rural 8ª Edição

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A Fertilizantes Heringer

mais uma vez esteve

presente no concurso

que elege o melhor café

da região, promovido pela Coopera-

tiva dos Cafeicultores da Região de

Marília (Coopemar), no dia 11 de

outubro. Durante o evento, composto

por palestras técnicas que orienta-

ram os cafeicultores para melhorar

a safra do próximo ano, no evento

“Dia de Negócios”, a Fertilizantes

Heringer apresentou o que há de

melhor em sua linha de produtos

para a cafeicultura.

herINGer APreseNtA seus Produtos e AssessorA CAfeICultores em feIrA reAlIzAdA PelA CooPemAr

“O mais importante em participar de um evento

como este é interagir com os agricultores, infor-

mar sobre as nossas novidades de mercado e

assessorar sobre a utilização dos nossos produ-

tos, ou seja, ajudá-los de alguma maneira. Além

disso, os cafeicultores encontram preços espe-

ciais e diferenciados nas lojas da Coopemar”,

explica Guilherme Garcia Gaspar, engenheiro

agrônomo e supervisor técnico da empresa.

Page 11: Revista Giro Rural 8ª Edição

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013

FH Nitro MaisÉ uma tecnologia que consiste em proteger a ureia con-

tra perdas de nitrogênio por volatização. É uma excelente

alternativa à substituição de outras fontes nitrogenadas

convencionais. Além de reduzir significadamente a perda

de N da ureia, a Tecnologia Heringer fornece boro e cobre

totalmente solúveis e, portanto, prontamente disponíveis

para as plantas.

Benefícios

• Alta eficiência e produtividade mesmo sem incorpo-

ração;

• Redução das perdas de amônia (N-NH3) por volati-

zação;

• Fornecimento imediato de boro e cobre;

• Elevada concentração de N;

• Disponível em diversas formulações — pode ser

misturados com outras matérias-primas;

• Melhor relação custo/benefício;

• Produto 100% solúvel em água.

FH Café FoliarÉ um fertilizante foliar produzido com sais de elevada

pureza e solubilidade, indicado para o suprimento de

cobre, zinco, boro e enxofre, podendo também conter

manganês em sua composição. Contribui para o equilíbrio

de nutrientes nas plantas, proporcionando maior produção

e melhor qualidade, além de garantir o fornecimento de

cobre, zinco e boro nas proporções requeridas pelo cafe-

eiro e complementar o fornecimento de enxofre. Como em

muitas situações, a disponibilidade dos micronutrientes no

solo não é suficiente para atender a demanda requerida

para a obtenção de altas produtividades. O FH Café vem

a complementar as necessidades nutricionais exigidas

pela cultura do café.

Benefícios

• Prevenção e correção de deficiências de micronu-

trientes;

• Ramos nutricionalmente equilibrados e vigorosos;

• Plantas com maior potencial produtivo;

• Melhor qualidade da produção;

• Excelente relação custo/benefício;

• Compatível com a maioria dos defensivos

E quem entende do assunto garante que vale a pena

investir na adubação correta das lavouras de café para

garantir um alto potencial produtivo na próxima safra, haja

vista que a região é a terceira maior produtora do estado

de São Paulo. “Como neste ano o café está com menor

produtividade, manteremos a adubação nitrogenada e re-

duziremos um pouco o potássio, pois com baixa produção

de grãos a necessidade de potássio é menor. Para melhorar

a produção, teremos que preparar o café muito bem em

termos de nutrientes e micronutrientes, práticas corretivas

e manutenção. Com mais sistema radicular, troncos mais

desenvolvidos e maior vegetação de folhas, é evidente

que o potássio vai segurar mais a carga”, orienta o Dr.

Godofredo César Vitti, professor de Fertilidade do Solo,

Adubos e Adubação da ESALQ – USP “Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz”.

Para assegurar a maior eficiência da adubação nitro-

genada fornecendo os micronutrientes boro e cobre que

protegem a ureia, a Fertilizantes Heringer oferece o FH

Nitro Mais. De acordo com o supervisor técnico, o fertili-

zante mais conhecido pelos cafeicultores e mais barato é

a ureia, que, convencionalmente, perde-se por evaporação

e volatização em até 50%. Já com a utilização do FH Nitro

Mais, que é a ureia revestida por boro e cobre, perdem-se,

no máximo, 5%. “O preço é 10% mais caro com relação à

ureia normal, porém com a menor perda do fertilizante,

o que aumenta a eficiência do produto. A relação custo/

benefício é totalmente positiva”, conclui.

FertiliZantes HerinGer – Dia De Feira

eVeNto

Page 12: Revista Giro Rural 8ª Edição

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reCeItAs Com CAféCafé com Guaraná

Ingredientes:

1 xícara (chá) de café preparado e frio

1 xícara (chá) de conhaque

1 xícara (chá) de guaraná

1 lata de leite condensado

Modo de preparo:

Bater tudo no liquidificador, deixar gelar e servir

com chantili e raspas de chocolate.

Rendimento: 4 porções

Tempo de preparo: 15 minutos.

Suspiros de Café

Ingredientes:

4 claras

10 colheres (sopa) de açúcar

5 colheres (sopa) de café

Modo de preparo:

Bata as claras com o açúcar e o café em banho-maria até

obter um suspiro firme. Retire do banho-maria e bata até

que esfrie. Coloque num saco de confeitar e faça suspiros

sobre papel de lanche numa assadeira. Leve em forno

baixo préaquecido por uns 20 minutos. Deixe secar com a

porta do forno entreaberta por uns 15 minutos.

Rendimento: 130 porções

Tempo de preparo: 35 minutos.

Gr Giro culinárioDelÍcias Do caFé

Page 13: Revista Giro Rural 8ª Edição

A Café Passaport foi fundada em 1975, na cidade de

Vera Cruz, interior do estado de São Paulo. Durante

mais de 30 anos, a empresa foi administrada por uma

família local. Em 2007, a Café Passaport foi vendida a

um grupo do setor agropecuário. Com a aquisição, a empresa

passou a contar com uma produção própria de grãos, permitin-

do, dessa forma, o controle completo da fabricação do produto.

O grupo Passaport cultiva apenas café da espécie arábica,

que é cultivada em grandes altitudes e produz um fruto com

aroma intenso. É considerada de qualidade superior ao café

conilon (robusto) e, portanto, seu valor de mercado é significa-

tivamente mais alto.

A responsabilidade ambiental está entre as prioridades da

Café Passaport. Possui uma área de mais de 4 milhões de metros

quadrados de mata nativa preservada, a qual contribui para a

perfeita harmonia entre o meio ambiente e o desenvolvimento

da cultura cafeeira em suas fazendas. A atividade pecuária do

grupo também contribui com o respeito ao meio ambiente. O

uso de fertilizante sintético é significativamente reduzido em

suas lavouras e substituído por adubo orgânico proveniente do

manejo do gado. O blend do Café Passaport é criteriosamente

elaborado, e o processo de torra e moagem do café é controlado

para proporcionar uma bebida de sabor e aroma inconfundíveis.

Descubra o Café Passaport e comprove você mesmo nosso

jeito diferente de fazer café!

Page 14: Revista Giro Rural 8ª Edição

em ÁGuA doCe,A tIlÁPIA é ImbAtíVel

Page 15: Revista Giro Rural 8ª Edição

É o que afirma o engenheiro eletricista e cafeicultor

garcense Fernando Nagano. Ops! Não estamos

falando de criação de tilápias? Mas, foi justamente

no período em que trabalhou na Cesp (Companhia

Energética de São Paulo), em 1991, que Nagano

manteve os primeiros contatos com a piscicultura, quando

ganhou alguns alevinos por meio do trabalho de reposição de

espécies realizado pela empresa em áreas inundadas pelas

barragens hidrelétricas. A partir daí, formou o plantel de matrizes

e passou a engordá-los e vendê-los para os famosos pesque-

-pagues da época.

Pois é, foi por intermédio da engenharia que o também

piscicultor deu início à criação de peixes na Fazenda Santa Ana,

localizada em Garça, onde além dos 75 hectares ocupados pelo

café mantém três represas com barragens, 22 viveiros para

criação dos alevinos e 60 tanques rede para o confinamento e

engorda de tilápias, bem como o frigorífico Fish Fácil, construído

a partir de investimentos gerados pelo lucro do café.

Hoje, são abatidas cerca de dez toneladas de peixe por mês.

Desse total, são produzidos três mil quilos de filé, uma tonelada

de polpa de peixe, 700 quilos de pele e cinco toneladas de

adubo orgânico (compostagem), utilizado nos cafeeiros. Em

todo esse trabalho, inclusive de pesquisas, Nagano conta com

o apoio da esposa Regina, que é zootecnista com mestrado em

Aquicultura e especializada na área.

A base da criação de peixes da Santa Ana Aquacultura é a

tilápia GIFT (Genetically Improved Farm Tilápia), tida como a

última palavra em melhoramento genético. Proveniente da Ma-

lásia, a linhagem possui alto desempenho, apresentando melhor

crescimento, maior peso individual, “filé” mais espesso e sem

espinhos, melhores índices de reprodução e grande resistência

se comparada às linhagens convencionais. Anualmente, ainda

são produzidos e vendidos 500 mil alevinos para pequenos e

médios produtores. Além da tilápia, que representa 90% do

negócio, o piscicultor faz reprodução de espécies como pacu,

piauçu, curimba, lambari, carpas coloridas e carpas húngaras.

Fernando Nagano, de engenheiro eletricista a criador de tilápias.

Page 16: Revista Giro Rural 8ª Edição

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CapaentreVista coM o piscicultor FernanDo naGano, proprietÁrio Do FriGorÍFico FisHFÁcil

Como foi a aquisição da linhagem GIFT, que é hoje o peixe mais criado no mundo e a espécie que melhor responde ao sistema de criação em tanques rede?A base da nossa criação é a tilápia

GIFT. No Brasil, fui um dos primeiros

contemplados, graças à parceria com a

UEM (Universidade Estadual de Maringá),

que trouxe a linhagem para o país. Estou

na quarta geração de matrizes, e na sétima,

segundo uma pesquisadora que esteve na

nossa propriedade, teremos 50% a mais

de ganho de peso em relação à primeira

geração. O peixe está cada vez melhor!

Quais são os produtos comercializados e qual é o mais vendido?O filé fresco de tilápia é o carro-chefe da

nossa produção; não passa pelo processo

de congelamento e é embalado sem

qualquer tipo de conservante ou aditivo.

Em água doce, a tilápia é imbatível pra

consumo. Além da rusticidade, oferece

uma carne branca de altíssima qualidade,

que representa 33% das vendas. Também

temos o filé congelado sem aquela camada

grossa de gelo (legislação permite 6%)

e a polpa congelada, que é ideal para a

fabricação de hambúrgueres e nuggets,

porém oferece um nível de gordura um

pouco mais alto se comparado ao filé.

Já que o filé fresco lidera a preferência dos consumidores, quais são as características ideais do produto?O modelo brasileiro foi copiado do norte-

americano, que quer um filé acima de

150 gramas. Só que fomos pioneiros na

mudança e preconizamos um filé de 100

gramas. Pois para fazer um filé de 150

gramas é preciso ter um peixe de 900

gramas, que demora quase um ano para

engordar, aumentando o tempo de custeio

e configurando uma atividade de alto risco.

No modelo menor, a tilápia fica pronta

em seis meses e o produtor consegue

fazer mais ciclos de produção no mesmo

período.

Quem são os maiores clientes do frigorífico e quanto o consumo cresceu nos últimos anos?Atualmente, vendemos no atacado para

restaurantes regionais, sendo que os

maiores compradores são de Bauru e

Marília, porém temos o Selo de Inspeção

estadual (SISP) para atender todo o estado.

A procura pelos filés cresceu de 20%

a 30%, e tudo isso sem vendedores. É

meio que uma propaganda boca a boca

mesmo. Se o restaurante servir o nosso

peixe uma vez, ele não para, pois terá

um bom feedback do cliente. Graças à

padronização do produto final, garanto o

mesmo sabor diferenciado sempre. É isso

que fideliza e torna a marca conhecida.

Com o SISP, o frigorífico pode atender todo o estado. Por que as vendas estão concentradas aqui?Existe uma demanda maior, como em

São Paulo, por exemplo, mas não consigo

atender. Minha base é aqui e quero

valorizar a região. Agora, passamos por

um momento de escassez de produtos, não

tem peixe para a gente comprar. Por isso,

reprimimos cerca de 20% das entregas e

não conseguimos suprir toda a demanda.

O brasileiro está aprendendo a comer peixe?Sim, no entanto o consumo ainda é muito

diverso. Enquanto a média de consumo no

país é de 8 quilos per capita/ano, Amazônia

consomem 44 quilos per capita/ano, igual

ao Japão. O objetivo estipulado pela FAO

(Food and Agriculture Organization) é

que o brasileiro consuma 12 quilos per

capita/ano.

No geral, o que mais prejudica o aumento desse consumo para se alcançar a meta recomendada?O que temos no Brasil até então é o

consumo daquele peixe de extrativismo

e falta uma cadeia produtiva adequada.

O brasileiro não consome tanto peixe

porque o pescado ofertado é de má

qualidade e não há um padrão. O povo

está acostumado a comer aquele peixe

que viajou cinco dias para chegar ao

entreposto. Depois, vai mais uma semana

para chegar aqui para ser processado e já

não tem mais condições microbiológicas

aceitáveis. Outro problema do extrativismo

está no fato de o peixe estar em rios que

sofrem sazonalmente com mudanças

climáticas, alterando a qualidade da água

e acarretando o famoso gosto de barro na

carne. Na busca por alimentos, ele filtra

algas cianofíceas, que são produzidas em

águas de má qualidade, provocando essas

sensações de mau cheiro, mofo, etc.

Enquanto o extrativismo não cresce 1%, a aquicultura cresce 15% ao ano. Em sua opinião, qual é o diferencial das duas atividades?No extrativismo não é possível controlar a

qualidade da água, que é o que determina

a qualidade do peixe. Se a água é ruim, o

peixe é ruim — o ambiente de criação é

que manda. A diferença é que no cultivo

podemos controlar esses parâmetros,

como, por exemplo, a correção de

acidez, aeração mecânica e controle

de ectoparasitas, entre outros. Porém,

existem rios, como o Paranapanema,

que são de excelente qualidade durante

o ano todo, por isso também criamos lá,

onde seguimos todos os critérios para o

abate, fazendo com que o produto chegue

sempre com o mesmo padrão.

O sistema de depuração do pescado garante um produto final de qualidade superior, isento de odores e sabores indesejados. Como é feita essa limpeza?Fazemos a depuração em água de altíssima

qualidade, sem alimentação, limpando todo

o trato digestório para eliminar todos os

resíduos. Após esse processo, funcionários

especializados fazem a análise sensorial

Page 17: Revista Giro Rural 8ª Edição

de cada lote para verificar a existência de

qualquer traço de odor (gosto de barro).

Em seguida, são abatidos por hipotermia,

método mais eficaz e indolor, que evita a

proliferação de bactérias.

Como se faz a carne moída de peixe (polpa), que, inclusive, é utilizada em merendas escolares?Temos uma máquina despolpadora que

retira toda a carne da carcaça, com a qual

obtemos o osso moído de um lado e a

carne moída do outro. Essa carne chega

a representar 10% do rendimento, e quem

a não tem acaba descartando. A CMS

(carne mecanicamente separada) de peixe

tem alto valor nutritivo, com um pouco

mais de gordura em relação ao filé, boa

digestibilidade e baixo custo, por isso faz

parte do cardápio das merendas escolares

de Duartina e Rancharia. Pretendemos

estender o projeto também para Garça.

Já exportou couro de peixe para países como Itália e Alemanha. Como foi esse trabalho?Comercialmente, é um negócio rentável.

Fizemos ótimos trabalhos para a Itália,

Alemanha e Novo Hamburgo, no Sul do

Brasil. Como isso estava desfocando o

meu negócio, pois é uma atividade de

moda, não de criador, resolvi parar. Ainda

enviamos algumas peles para a Itália e

para confecções de artesanato da região

de Garça. Atualmente, estamos testando o

couro de tilápia em uma fábrica de sapatos

espanhola.

Como foi a ideia de utilizar restos de peixes em compostagem orgânica para adubação de café?Não havia como descartar os resíduos

(cabeça, vísceras, nadadeiras, etc.), que

representam 50% da produção. Então,

eu fazia uma silagem, porém não tinha

aplicabilidade. Poderia ser usado na

fabricação da ração do próprio peixe, mas,

por ser muito complexo, não era possível.

Inclusive, é o único elo da cadeia em que

não atuo, por enquanto. Depois de muito

pesquisar, chegamos a uma compostagem

que beneficia as lavouras de café via solo,

pois durante a fermentação biológica

preserva os aminoácidos da matéria

orgânica. Aplicamos toda a produção

de compostagem na lavoura de café,

agregando valor ao produto e beneficiando

a lavoura, haja vista que a planta fica mais

saudável. O que antes era um problema,

transformou-se em um ótimo negócio. Já

estamos pesquisando para saber mais

sobre os benefícios.

Com uma produção de duas mil sacas de café por ano, quanto o senhor economiza utilizando os restos dos peixes nas lavouras?Das quatro adubações durante o ciclo do

café no ano, o meu objetivo é eliminar uma.

Já eliminei meia. Utilizo aproximadamente

80 toneladas de adubos, que custam, em

média, R$ 1 mil cada. Com a compostagem,

economizo em torno de R$ 50 mil. Inclusive,

foi o café que possibilitou a construção do

Fish Fácil. Liguei uma atividade a outra e

estou terminando o ciclo.

O que falta para incentivar a atividade no estado de São Paulo?O maior entrave dentro da piscicultura

hoje é a questão ambiental. Esse é o maior

dilema que São Paulo tem, pois cada

estado legisla de um jeito. No meu caso,

em Palmital, onde também desenvolvo meu

trabalho, ainda não obtive a licença, e sem

a documentação ambiental resolvida não

é possível ter acesso aos créditos oficiais

destinados à atividade. O café é o meu

financiador!

Rua Coronel Joaquim Piza nº 140 7º andar – sala 72Fone: 14 - 3471-1461www.santaanaaqua.com.br

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OS BENEFíCIOS dA TILáPIA Faz bem para: coração, cérebro, células, olhos, sistema psicomotor. Ação no organismo: possui ômega-3 em menor quantidade, mas diminui o ris-co de doenças cardíacas e aterosclerose; ajuda a curar inflamações; contribui para o desenvolvimento cerebral e para a regeneração das células nervosas. Contém grande quantidade de ômega-6, que contribui para o desenvolvimento cerebral, psicomotor, da visão e de vários aspectos da função neural. Porém, o consumo excessivo desse tipo de gordura facilita o processo inflamatório e provoca um desequilíbrio na proporção entre os ácidos ômega-6 e ômega-3, portanto é necessário ingerir alimentos ricos em ômega-3 para compensar a inflamação produzida pelo ômega-6. Recomendação: consumir de 2 a 3 vezes por semana (de 400 g a 600 g).

Page 18: Revista Giro Rural 8ª Edição

Foto: Eduardo Marques

18

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Foto: Eduardo Marques

No dia 11 de outubro, a Coo-

perativa dos Cafeicultores

da Região de Marília (Coo-

pemar) premiou os melhores cafés da

região e ainda realizou duas palestras

técnicas importantes para os produ-

tores que já estão tomando fôlego

para a próxima safra. Durante o dia,

os cafeicultores tiveram a oportunida-

de de conhecer e adquirir produtos

e serviços com preços especiais

de diversas empresas. A família do

cooperado também contou com uma

programação especial com curso de

receitas de café, bingo e área de lazer.

Adubação do cafeeiro em ano de

baixa foi o tema da palestra do Dr.

Godofredo César Vitti, Professor de

Fertilidade do Solo, Adubos e Aduba-

ção da ESALQ - USP “Escola Superior

de Agricultura Luiz de Queiroz”. Ele

deixou claro que os cafeicultores

deverão preparar o café muito bem

para o próximo ano, em termos de

nutrientes, micronutrientes, práticas

corretivas e manutenção. “Vale a pena

investir, pois além de preparar o café

para uma alta produtividade é preciso

levar em conta que ele está muito bem

no mercado internacional, e o Brasil

é o maior produtor. É imprescindível

adubar o café de modo adequado”,

reforçou Vitti.

Sobre a mecanização na cafeicul-

tura que cresce 20% ao ano na região

de Marília e Garça, que vem se me-

canizando há seis anos, o Engenheiro

Agrônomo e gerente de produtos

Colhedoras Jacto, Walmi Gomes Mar-

tin afirmou que o Brasil não ofereceria

todo o café que tem pra vender se não

houvesse a possibilidade do aumento

da mecanização. “O maior desafio da

cafeicultura é manter a competitivi-

dade, e a mecanização otimiza todo

o processo produtivo desde o uso da

terra até a venda de um café de melhor

qualidade”, completou.

Para François Guillaumon, presi-

dente da Coopemar, além dos cafeicul-

tores interagirem com os palestrantes,

também deverão se acostumar com o

Dia de Negócios, aproveitando as pro-

moções e conhecendo novos produtos.

“Foi um dia muito bom e ficou evidente

um ânimo total entre os cafeicultores,

mesmo em um ano em que se registrou

queda na colheita e na qualidade”.

Conheça os melhores

cafés da região

Categoria: cereja natural

1. Marcelo Colombo Filho (Garça)

2. Célio Oderigi de Conte (Alvinlândia)

3. Isidro Colombo (Lupércio)

4. Kazuyashi Sato (Sabino)

5. Marcos Cleber Teruel (Alvinlândia)

6. Florindo Marconato (Padre Nóbrega)

7. Tsuguiu Ikeda (Marília)

8. Maier Pardo (Padre Nóbrega)

9. Leomar Totti (Echaporã)

10. Rosa Colombo Rodrigues (Lupércio)

12º CoNCurso CAfé ColheItA Com quAlIdAdeCoopemar premiou os melhores cafés da região e orientou os cafeicultores para a próxima safra

G i r o ru r a l

Page 19: Revista Giro Rural 8ª Edição

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Cooperativa dos Cafeicultores da Região de MaríliaRodovia do Contorno, s/nº CEP 17505-200

Fone: (PABX) (14) 3402-9200 - Fax: (14) 3402 - 9201www.coopemar.com.br - E-mail: [email protected]

Filial de Ocauçu - SPRua Pedro Casagrande, nº 35.

(14) 3475-1257

Filial de Vera Cruz - SPRua Paulo Guerreiro Franco, nº 442.

(14) 3492-3002/1766

Filial de Pompeia - SPRua José de Aguiar Moraes, nº 314.

(14) 3452-1499

Filial de Paraguaçu Paulista - SPAvenida Galdino, nº 1083.

(18) 3361-2235*Mudança prevista em janeiro de 2013.

Viveiro de mudas de café comuns e enxertadas das variedades (Obatã,

Mundo Novo, Catucaí, Catuai).

Flora Paulista: cultivo de mudas de eucalipto e mais de 100

espécies de árvores nativas.

Filial de Echaporã - SPRua Geraldo Abreu Pinto, nº 51.

(18) 3356-1105

Page 20: Revista Giro Rural 8ª Edição

GR

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plantas que curaMC onsiderada a precursora da medicina moderna,

há mais de três mil anos surgia a fitoterapia, que

consiste no conjunto das técnicas de utilização

dos vegetais no tratamento das doenças e na recuperação

da saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 80%

da população faz uso das plantas ou de suas preparações.

No Brasil, das 55 mil espécies de plantas, ao menos 10

mil podem ser consideradas medicinais, aromáticas e

úteis para o mercado mundial de produtos farmacêuti-

cos, cosméticos e agroquímicos. Porém, apenas 1% dos

fitoterápicos é voltado à medicina veterinária, sendo que

esse setor cresce, em média, 25% ao ano, garantindo um

mercado promissor. De acordo com o médico veterinário

e diretor técnico da Associação Ambientalista de Marília

(ORIGEM), Dr. Ricardo Cavichioli Scaglion, que trabalha

com a fitoterapia em animais há seis anos, falta conheci-

mento e a valorização do poder das plantas medicinais.

Fitoterapia ganha espaço na medicina veterinária e garante mercado promissor

Page 21: Revista Giro Rural 8ª Edição

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Em sua opinião, por que a fitoterapia na medicina veterinária ainda é tão pouco disseminada?A maioria dos cursos de Medicina

Veterinária espalhados pelo Brasil

dá pouca ênfase na fitoterapia. E,

tradicionalmente, são exploradas as

práticas terapêuticas convencionais.

Ainda predomina os atributos da

alopatia como terapêutica padrão,

salvo com algumas exceções,

ministradas em poucas instituições

de ensino.

A fitoterapia pode ser aplicada juntamente com o tratamento alopático?

Sim. Trabalhamos não apenas

como uma terapêutica alternativa,

mas como uma importante ferramenta

capaz de se aliar à alopatia, ou mesmo

ser praticada isoladamente, almejando

esgotar os ilimitados recursos ofereci-

dos pelas plantas (princípios ativos na-

turais), cientificamente comprovados.

Quais são as vantagens dessa terapia medicinal?

Além do seu amplo conceito

preventivo e curativo e dos pouquís-

simos efeitos colaterais com eficácia,

a fitoterapia proporciona uma excele

nte relação custo/benefício. É o mais

valioso recurso terapêutico oferecido

pela natureza, e diante disso está a

missão de instituições de pesquisa,

laboratórios, cientistas e da classe

médico-veterinária em promover

maior inserção dessa terapêutica no

mercado.

Por que existe certa resistência por parte da população na utilização dos medicamentos fitoterápicos?

Uma grande parcela da população

desconhece ou, simplesmente, ignora

a importância das plantas medicinais.

Temos a convicção de que o fato

dessa terapêutica não ter alcançado

significativos progressos no campo da

medicina humana e, sobretudo, da me-

dicina veterinária reside basicamente

nessa falta de conhecimento. O que

muita gente não sabe é que podemos

facilmente encontrar na composição

de substâncias sintéticas cerca de 40%

de matéria-prima de origem vegetal.

Muitas substâncias exclusivas de plantas brasileiras estão patenteadas por empresas estrangeiras. O que poderia ser feito para incentivar as pesquisas nacionais?

É imprescindível a desburocratiza-

ção que rege todo o sistema de saúde

no Brasil, que deveria ser alicerçado

pela implementação de bolsas de es-

tudo ligadas integralmente à pesquisa

nas universidades e, em especial, à

extensão, por meio de investimentos

expressivos que facilitem a inclusão de

patentes de matérias-primas genuina-

mente brasileiras no mercado nacional

e internacional.

A palavra fitoterapia é formada de dois radicais

gregos: fito vem de phyton, que significa planta, e

terapia vem de therapia, que significa tratamento,

ou seja, tratamento utilizado pelas plantas.

dr. Ricardo Cavichioli Scaglionmédico veterinário e diretor técnico da

Associação Ambientalista de Marília Arqu

ivo p

esso

al

técnica Milenar GanHa aDeptos na VeterinÁria

fitoterapia

Page 22: Revista Giro Rural 8ª Edição

22 G i r o Ru r a l

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Gr

A Comissão de Agricultura,

Pecuária, Abastecimento

e Desenvolvimento Rural

aprovou, no dia 28 de no-

vembro, o Projeto de Lei 4158/12, do

deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-

-BA), que declara como raça nacional o

cavalo manga-larga marchador. A pro-

posta tramita em caráter conclusivo e

ainda será analisada pela Comissão de

Constituição e Justiça e de Cidadania.

O argumento de Maia é que se

trata de uma espécie “genuinamente

brasileira”, com habilidade para a

marcha e origem nos tempos da colo-

nização portuguesa do Brasil.

O relator na comissão, deputado

Abelardo Lupion (DEM-PR), recomen-

dou a aprovação da matéria, pois, afir-

ma, essa raça “foi formada aqui e teve

significativa influência na História do

Brasil, ao participar de todos os ciclos

econômicos como meio de transporte

ou tração, moeda de troca, mercadoria

e lida com o gado”.

Na avaliação de Lupion, a classifi-

cação como raça nacional evitará que

a propriedade intelectual da espécie

seja declarada por algum outro país.

Segundo informações da Associa-

ção Brasileira dos Criadores do Cavalo

Manga-larga Marchador (ABCC Man-

ga-larga Marchador), a raça foi obtida

por meio do cruzamento de cavalos da

raça Alter, trazidos de Portugal pela

família real, com éguas selecionadas

da fazenda do Barão de Alfenas, no Sul

de Minas Gerais, há mais de 200 anos.

Os representantes da raça têm por-

te médio, com altura mínima de 1,47

e máxima de 1,57 m. A espécie tem

sido regularmente criada desde 1949,

quando foi fundada a ABCC Manga-

-larga Marchador, com sede em Belo

Horizonte (MG). Atualmente a entidade

conta com mais de 6,5 mil sócios atu-

antes. Mais de 450 mil animais já foram

registrados. Os objetivos da criação

do manga-larga são as exposições, os

concursos de marcha, o enduro, a lida

com o gado e as provas funcionais.

deClArAdo Como rAçA NACIoNAl

Giro equestreo caValo é Brasileiro mANGA-lArGA

mArChAdor

Page 23: Revista Giro Rural 8ª Edição

COMECE O SEU DIA COM UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL!

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Page 24: Revista Giro Rural 8ª Edição

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Gr Cafeicultura

O lote de café certificado está

devidamente identificado e

armazenado na Coopemar.

PequeNo Produtor de CAfé reCebeselo de susteNtAbIlIdAde dA utz(variedades Catucaí e Obatã), que

produziram na última safra 30.000 kg

em coco (ainda com a casca). E o seu

Leomar mostrou que é possível produ-

zir um café de qualidade sem poluir

nem destruir o meio ambiente e res-

peitando direitos sociais e trabalhistas.

Por causa disso, ele foi o primeiro da

região a receber o selo Utz Certified,

certificação internacional para cafés

produzidos de forma sustentável e

que acaba de ser concedido a ele pelo

IGCert, empresa do GenesisGroup.

Segundo seu Leomar, ele não teve

muitas dificuldades para implementar

os requisitos exigidos pela Utz. A maio-

ria, ele já vinha atendendo por conta. É

que, por ser pequena, a propriedade é

tocada por ele e pela própria família,

além de três funcionários que têm

direito a moradia e registro na carteira

de trabalho. Como a propriedade é

cortada por um ribeirão, o maior inves-

timento que ele teve que fazer foram

os R$ 800 gastos na construção de um

depósito de alvenaria onde, a partir de

agora, ficam guardados todos os agro-

tóxicos, com suas etiquetas, prazos de

validade e cartazes alertando para o

perigo do manuseio sem os devidos

equipamentos de segurança. Segun-

do ele, “antes os venenos ficavam

guardados junto com maquinários e

equipamentos. Agora, ficam separa-

dos e em lugar mais seguro. Só que

sempre tivemos respeito com o meio

ambiente. Esse ribeirão é de onde

a gente pega água para quase tudo,

então nossos pulverizados e equipa-

mentos usados com produtos químicos

nunca chegaram nem perto do rio. A

água dele forma até uma lagoa, onde

criamos peixe, inclusive para consumo,

e nunca tivemos nenhum problema de

contaminação”.

Para o produtor, “a certificação da

Utz é um reconhecimento pelo nosso

esforço e mostra que o caminho é

esse mesmo. O produtor que quiser

conseguir melhorar o seu produto,

ganhar mais e ser reconhecido, tem

que procurar a certificação”.

Os cafés certificados do Sítio Bela

Vista já estão na Coopemar, que pre-

tende exportá-lo. Para François Regis

Guillaumon, presidente da cooperativa,

ter entre os associados o primeiro a

receber o selo Utz “com certeza é o

começo de um trabalho muito impor-

tante. Uma das principais vantagens

proporcionadas pela certificação está

na exportação do produto. Sem ela, o

cafeicultor não consegue vender para

fora do país. Ou seja, quem quiser

exportar ou até mesmo vender para

grandes empresas, além de investir

na qualidade do café deverá, indiscuti-

velmente, certificar a sua propriedade.

E nós almejamos em curto prazo que

pelo menos 40% dos nossos coopera-

dos obtenham essa certificação”.

Oprodutor Leomar Totti,

que mora há quase 50

anos no município de

Echaporã, no centro-

-oeste paulista, está se tornando uma

referência em cafeicultura na região

de Marília. Associado da Coopemar,

maior cooperativa agrícola da região,

ele dificilmente não leva para casa

algum prêmio quando participa dos

concursos, instituídos ali há mais de 12

anos, para escolher cafés de qualidade.

E olha que a região tem quase mil pro-

dutores, que plantam 38 mil hectares e

colhem mais de 500 mil sacas por ano.

o sítio dele, o Bela Vista, é peque-

no: são apenas 10 alqueires - ou 26,2

hectares - cultivados com café Arábica

certiFicaÇÃo De caFé por ercíl ia Fernandes

Page 25: Revista Giro Rural 8ª Edição

Conheça os produtos recomendados para o café

A AgroPex, através de seus produtos de alta tecnologia, traz ao mercado o know how de 20 anos de pesquisas com diversos grupos químicos, tais como o íon Fosfito, Ácido 5 - Sulfosalicilico, Ácido Salicilaldeido (Aksine), e diversas fontes de aminoácidos, principalmente o Hidrolisado de Pescados Marinhos. São produtos que atuam tanto no metabolismo nutricional das plantas como na fitossanidade, não oferecem nenhum risco ao meio ambiente, e não deixam resíduos no ecossistema. Por terem essas características constituem um novo conceito na agricultura que atende ao que há de mais moderno em certificações fitossanitárias, passando por qualquer teste de resíduos, e sendo bem recebidos nos países mais exigentes quanto à questão de resíduos tóxicos.

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Page 26: Revista Giro Rural 8ª Edição

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Gr sindicato rural

Quais são suas metas paraos próximos três anos?

Meu maior objetivo é facilitar a

vida do homem do campo, sem contar

que sou um deles (risos)! Melhorare-

mos os serviços e disponibilizaremos

todas as informações necessárias

sobre as leis do novo Código Flores-

tal, intermediando agropecuaristas

e a Secretaria Estadual de Meio

Ambiente.

Até onde vai a atuação do sindicato? O que ele realmente pode fazerpelo Agro?

Representamos a classe e a nossa

função é buscar e reivindicar melho-

rias, cobrando dos administradores

públicos. E isso já fazemos há anos

não só por meio do sindicato, mas tam-

bém pelos conselhos nos quais atuo.

Até hoje, nenhum prefeito conseguiu

resolver todas as carências do setor.

Também nos reunimos com bancos

financiadores para tentar facilitar o

acesso aos créditos rurais, já que é

muito difícil consegui-los.

Marília possui 420 quilômetros de estradas de terra, sendo que de 15% a 20% estão com trechos prejudicados. Qual é o posicionamento do Sindicato Rural frente à Prefeitura?

Temos feito contato constantemen-

te com prefeitos e a Secretaria Munici-

pal de Agricultura, Pecuária e Abaste-

cimento. Pode-se dizer que melhorou

muito, pois tivemos grandes avanços

na conservação e manutenção das

estradas. É importante lembrar que

não temos problemas somente nas

épocas das chuvas, em que ninguém

passa, mas também nas secas, quando

as estradas ficam lotadas de areia, o

que prejudica a passagem.

Além do velho problema das estradas, quais são as maiores dificuldades para o homem do campo hoje?

Primeiramente, é a migração enor-

me para a cidade, o que vem ocorren-

do há tempos, gerando o segundo pro-

blema: falta de mão de obra no campo.

E por que isso acontece? Porque não

se dá atenção ao homem do campo.

Ele não tem assistência médica e social

adequada, por isso migra para a cida-

de, para ter mais qualidade de vida. A

Prefeitura juntamente com os órgãos

competentes deveriam oferecer apoio

para toda a população rural, mediante

trabalhos educativos que atendam,

pelo menos, as áreas de saúde, social e

sanitária. É preciso dar condições téc-

nicas e financeiras (governos federal,

estadual e municipal) para que esse

povo consiga permanecer no campo.

O que melhoraria a escassez de mão de obra qualificada nas propriedades rurais?

Podemos ajudar por meio dos cur-

sos promovidos pelo SENAR (Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural),

destinados ao produtor rural, traba-

lhador rural e seus familiares. Para

saber como participar, basta entrar

em contato conosco, no Sindicato Rural

de Marília. Já temos a programação

para 2013, que contará com cursos de

tratorista, vacinação, doma de animal,

entre outros. Para 2014, destacamos as

maiores necessidades e já enviamos

pedidos de cursos que atendam às

culturas de laranja e seringueira, pois

lá na frente estarão em safra, e a falta

de mão de obra será um problema

ainda mais sério. Para se ter uma ideia,

é necessário um trabalhador para cada

dois mil pés de seringueira. Grandes

produtores de laranja precisam pelo

menos de duas mil pessoas, que muitas

vezes são trazidas de outras cidades.

O Sindicato Rural de Marília rece-

beu, em agosto de 2012, o seu

novo presidente, até então vice,

o agropecuarista Fernando Botelho Villela

Neto. Aos 59 anos, ele também é vice-pre-

sidente do Conselho Municipal Agrícola e

membro da Comissão Municipal de Empre-

go e do Comitê das Bacias Hidrográficas.

Durante o seu mandato, que vai até 2015,

o presidente pretende aperfeiçoar cada vez

mais os serviços prestados, informar corre-

tamente e intermediar os seus associados

com os órgãos governamentais sobre as

leis que norteiam o setor. Outro objetivo é

atrair mais associados, que hoje são 110.

“Só se consegue aumentar o número de

associados oferecendo qualidade no ser-

viço prestado a eles. Quanto mais gente e

mais opiniões, melhor fica”, afirma Villela.

Quando foi a sua primeira participação como presidente do sindicato?

A primeira vez foi em 1994, devido à

saída do Yoshimi Shintaku, logo quando

começou a falar que ia se aposentar e que ia

parar. E, como eu era vice, assumia (risos).

Depois, realmente me candidatei e fui presi-

dente durante três anos. Época em que, com

muita batalha, informatizamos e entregamos

a nova sede do sindicato, projeto iniciado

pelo Shintaku e finalizado por mim.

noVo presiDente quer MelHorar os serViÇos e atrair noVos associaDos

FernanDo Villela

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Gr Gente da terraDalila GalDeano lopes

CrIAdorA mArIlIeNse é VICe-CAmPeã No rANkING PAulIstA do GIr leIteIro 2011/2012

O plantel de Dalila Galdeano Lopes deixa sua marca por onde passa e faz bonito nas maiores exposições agropecuárias do país.

Não é de hoje que a Giro Rural conhece a Dra.

Dalila Galdeano Lopes. Então, não poderíamos

deixar passar um momento tão importante e

glorioso para a Essência Agropecuária, da

nossa querida amiga, que acumulou inúmeros títulos em

todas as seis exposições regionais, estaduais e nacionais

das quais participou neste ano.

Para se ter uma ideia, todos os animais levados por ela

na Expozebu 2012 foram premiados. O evento, promovido

pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ),

aconteceu de 23 de abril a 9 de maio em Uberaba-MG e

é considerado a “Meca do Zebu”. O mesmo sucesso pre-

senteou a criadora com mais uma variedade de prêmios

em Avaré, Ourinhos e Tupã, que receberam milhões de

visitantes por serem exposições grandiosas e as mais im-

portantes do país. Precisa dizer mais alguma coisa? Enfim,

por essas grandes conquistas, a criadora e selecionadora

de Gir Leiteiro, Dra. Dalila, sagrou-se vice-campeã no

Ranking Paulista do Gir Leiteiro 2011/2012.

O prêmio foi entregue na capital paulista em um jantar

promovido pela APCGIL, no dia 21 de novembro, durante a

Feileite 2012 — 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva

do Leite. Foram premiados todos os criadores que se

destacaram nas categorias: Melhor Criador, Melhor Ex-

positor, Melhor Macho, Melhor Fêmea e Melhor Matriz de

Concurso Leiteiro.

“Quem ganha com essa premiação não sou eu, e sim

o plantel. Fico satisfeita por que é o resultado de um bom

trabalho. Além disso, é preciso muita dedicação e conhe-

cimento, o que é fundamental. Ganhar um prêmio envolve

uma série de fatores e é necessário ter desde um animal

bom e uma boa equipe até o apoio de amigos e da mídia”,

afirmou a vice-campeã paulista. Ainda com brilho nos olhos,

voz calma e serena, confessou: “Sou apaixonada por eles,

pois fazem parte da minha vida!”.

Para 2013, a criadora adiantou uma novidade sobre o

leite da vaca Gir Leiteiro. Os estudos sobre a presença de

uma proteína chamada Beta-caseína A2 no leite (o que o

torna não alérgico) serão aprofundados. O leite poderá

ajudar na alimentação de pessoas alérgicas a lactose.

Page 29: Revista Giro Rural 8ª Edição

GR

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CAMPEONATO MACHOS

Grande Campeão: Jumbo da Essência

Reservado Grande Campeão: Imperador FIV Labry

CAMPEONATO FÊMEAS

Reservada Grande Campeã: Luna FIV da Essência

CAMPEONATO BEZERRA

Campeã: Saudade da Labry

CATEGORIAS dO CAMPEONATO BEZERRA

1ª Categoria – 1º Prêmio: Saudade da Labry

CAMPEONATO NOVILHA MENOR

Campeã: Isis FIV da Essência

Reservada: Dinastia FIV Labry

CAMPEONATO dAS CATEGORIAS NOVILHA MENOR

4ª Categoria – 1º Prêmio: Dinastia FIV Labry / 2º Prêmio:

Carícia FIV Essência

5ª Categoria – 1º Prêmio: Desejada da Labry / 2º Prêmio:

Doçura FIV Essência

6ª Categoria – 1º Prêmio: Isis FIV da Essência

CAMPEONATO NOVILHA MAIOR

Campeã: Fada da Essência

MELHOR NOVILHA

Campeã: Saudade da Labry

Reservada Campeã: Fada da Essência

CATEGORIAS dO CAMPEONATO NOVILHA MAIOR

8ª Categoria – 1º Prêmio: Fada da Essência

CAMPEONATO FÊMEA JOVEM

Campeã: Luna FIV da Essência

12ª Categoria – 1º Prêmio: Luna FIV da Essência

CAMPEONATO VACA JOVEM

Reservada Campeã: Eterna ZBR

CATEGORIAS dO CAMPEONATO VACA JOVEM

13ª Categoria – 2º Prêmio: Labryzinha FIV Labry

14ª Categoria – 1º Prêmio: Eterna ZBR

CAMPEONATO BEZERRO

Reservado Campeão: Eterno da Labry

Criadora brilhou na 1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Tupã(16 a 20 de outubro)

Confira os destaques da Essência Agropecuária:

Page 30: Revista Giro Rural 8ª Edição

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G i r o ru r a l30

A Cooperativa Agrícola Sul Brasil, de Marília,

foi fundada em 1969, quando se localizava

na avenida Feijó. Porém, foi em 1993, ano

em que se desligou da central, que a filial

não só de Marília como de outras cidades passou a

ser independente. A partir daí, a Sul Brasil instalou-se

na avenida das Indústrias. Hoje, conta com mais de 50

funcionários e disponibiliza em sua loja toda linha de

insumos agropecuários necessários para o agronegócio

local e regional, oferecendo uma variedade de produtos

e marcas. Possui duas filiais, localizadas em Guaimbê e

Pompeia, para atender aos 1700 cooperados pecuaristas,

agricultores e hortifrutigranjeiros de Marília e região. E

se engana quem pensou que todo esse caminho desde

a década de 1990 até hoje foi fácil.

“Existia uma cooperativa central e nós éramos, até

então, apenas uma filial. A partir de 1993 ficamos inde-

pendentes de São Paulo, e foi uma fase muito difícil, pois

perdemos o auxílio da central. Carregamos o nome Sul

Brasil como herança, mas não tínhamos mais ligação”,

recorda o engenheiro agrônomo e gerente geral da Sul

Brasil, Sílvio Harada.

E foi justamente nessa época que o forte da economia

local, as granjas, começou a decair, e o cultivo do mara-

cujá ajudou, e muito, os agricultores e na sobrevivência

da Sul Brasil. “A gente acaba acompanhando as fases da

agricultura. Em 1994, quando entrei para a cooperativa,

a produção de maracujá era muito grande. Nossa região

foi destaque na produção e enviava quase todos os frutos

para São Paulo. Foi uma opção excelente e ajudou muito

CooPerAtIVAAGríColAsul brAsIlDepois de duas décadas de

independência da central,

que se dissolveu, diretoria

da Sul Brasil de Marília

revela como venceu a crise

enfrentada na época e

anuncia novidades para o

setor hortifrutigranjeiro.

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Cooperativa Agrícola Sul Brasil (Central) em seu antigo endereço, na Avenida Feijó.

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Um trabalho de três gerações“A Sul Brasil é tudo para mim. Apren-

di a trabalhar aqui com o meu pai,

Mário Alves, que hoje está aposentado.

Há um ano, o meu filho, Mário Miranda,

também passou a fazer parte do time,

trabalhando como estoquista na loja.

Espero que trilhe o mesmo caminho e

assim por diante.”

Marcos Bezerra Alves é gerente

de balcão e o funcionário mais antigo

da Sul Brasil, com 26 anos de trabalho.

produtores de hortaliças, a Sul Brasil

pretende atuar na comercialização

dos produtos hortifrutigranjeiros

(hortaliças, frutas e produtos avíco-

las) com o objetivo de assessorar

esses cooperados e melhorar o

abastecimento do mercado. “Quere-

mos criar um setor de mercado em

parceria com o Ceasa. Teremos um

box (armazém) na Companhia de

Entrepostos e Armazéns Gerais de

São Paulo (CEAGESP), localizada no

bairro Santa Antonieta, em Marília”,

explica Harada. Ele lembra que,

antigamente, as hortaliças eram en-

viadas até a capital, mas, com tempo,

ficou inviável devido à distância e aos

custos de transporte. “Lá não conse-

guimos competir com os produtores

locais, que colhem seus produtos

pela manhã e duas horas depois já

estão à venda.”

o pessoal. Conseguimos sair do ver-

melho e pagar todas as dívidas por

meio do maracujá, que hoje temos

pouco por aqui”, revela Harada, que

atualmente, juntamente com o médi-

co veterinário Fábio Tiveron, presta

assistência aos cooperados.

“Eles lutaram muito para reer-

guer a cooperativa!”, frisa Yoshicasu

Kaga, presidente da Sul Brasil há sete

anos, que já fazia parte da diretoria

quando estiveram em crise, e agra-

dece a Sílvio Harada, Mitio Sakamoto

e ao funcionário mais antigo, Marcos

Bezerra Alves, pela dedicação.

Com foco na pecuár ia e na

agricultura equilibrada ao setor

hortifrutigranjeiro, de acordo com

o gerente geral o maior objetivo da

cooperativa é amparar o produtor

rural desde o pequeno até o grande,

ajustando-se ao que o mercado está

ditando. “Sempre auxiliamos no que

necessitam. Se vão plantar maracu-

já, por exemplo, estudamos a parte

de comércio, palestras, desenvol-

vimento técnico e auxílio. E se não

der certo, procuramos alternativas.

Somos parceiros do produtor rural

e sabemos que não é fácil. O forte

da cooperativa é isso. A gente cria

laços for tes de amizade com os

cooperados.”

Sul Brasil anuncia expansão do

setor hortifrutigranjeiro com a co-

mercialização de produtos da região

de Marília em entreposto local

Com aproximadamente cem

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Há 82 anos, os imigrantes Massaiti Shintaku

e sua esposa Haruma desembarcaram no

Brasil com a intenção de terem sua terra

e dela gerarem seu próprio negócio. No

início, trabalhavam numa colônia de café próxima a

Lins e, logo depois, mudaram-se para a região de

Marília. Após seis anos, adquiriram uma área de

dez alqueires onde plantaram milho, amendoim, al-

godão e desenvolveram a cultura do bicho da seda.

Dez anos depois, deixaram a agricultura de lado e

viram na avicultura a chance de realizar o sonho do

casal, formando uma modesta granja de 300 cabeças.

Em vinte anos conseguiram aumentar para três mil

aves. Hoje, aos 66 anos, a Granja Shintaku abriga

um plantel de 500 mil aves entre frangos e galinhas

poedeiras com uma produção de quase 300 mil ovos

por dia contabilizando um faturamento médio de 12

milhões ao ano, o que a coloca entre as maiores do

Brasil. Sonho realizado? Quem vai nos responder é

o filho único do casal e atual proprietário da granja,

Yoshimi Shintaku.

O crescimento da granja foi possível graças à de-

dicação de Yoshimi, que, quando assumiu o negócio

dos pais, investia na plantação de poncã, o que rendeu

um bom dinheiro. “Durante esse tempo todo, meu

pai trabalhou na granja e eu, na agricultura. Plantei

melancia por uns quinze anos em áreas arrendadas.

Como acabaram os locais para arrendar acabei plan-

tando poncã. Enquanto poncã tinha boa produção, eu

ampliava a granja. Quando os pés de poncã ficaram

velhos, os substituí pelas seringueiras e passei a me

dedicar somente à granja”, conta o empresário, que

também comercializa látex.

Com mais de 30 anos de trabalho só na avicultura,

ainda constituíram, paralelamente, uma transportado-

ra que freta cargas exclusivamente para a granja e

uma indústria de subprodutos para utilizar ovos de se-

gunda linha (rejeitados por apresentarem defeitos ou

manchas na casca, e que representam 8% do volume

total) como complementos alimentares e cosméticos.

Em busca da realização de um sonho, família Shintaku fez história na avicultura brasileira

A terrA PrometIdA

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Buscando soluções para fazer

crescer ainda mais a produção, o em-

presário implantou métodos e técni-

cas japonesas para a criação de aves

de postura, por meio do professor e

pesquisador japonês Tsuji Kasuo e

do médico veterinário brasileiro Ma-

sahiro Yamaguchi. “Meus três filhos

que trabalham comigo estiveram no

Japão, e o mais velho fez um estágio

justamente voltado para a pesquisa da

galinha poedeira com um professor

que decidiu conhecer nossa granja.

Em sete anos, Tsuji Kasuo nos visitou

oito vezes. Trouxe uma técnica um

pouco diferente, e isso me ajudou

bastante”, recorda Shintaku que fez

alterações relativas a luz, dimensões

das gaiolas, alimentação, higiene,

entre outras, fundamentais para a cria

e recria das frangas.

Qualidade que fideliza os

consumidores

A própria granja produz a ração

fornecida às aves das linhagens:

galinhas Brown (ovo vermelho), e

galinhas brancas das raças Bovans,

Dekalb White, Hisex, Novogen, H&N.

Os ovos produzidos pela granja Shin-

taku são do tipo in natura, do qual não

se usa qualquer tipo de antibiótico e

não se injeta nenhum tipo de defen-

sivo. Para a produção desses ovos

,mantém-se um rigoroso controle de

temperatura, alimentação e higiene

para as aves, que, sadias, geram

ovos da maior qualidade. No setor

de beneficiamento e processamento

dos ovos, eles são classificados por

tamanho e peso, e são higienizados,

selecionados, embalados e enviados

aos compradores.

Aproximadamente 60% dos ovos

são vendidos diretamente aos su-

permercados locais e para redes

nacionais que atendem o estado de

São Paulo. Segundo Shintaku, o maior

desafio é atender às exigências sani-

tárias impostas pelo maior comprador

há cinco anos. “O supermercado

envia um técnico para inspecionar

e comprar o produto. Se não atin-

girmos a pontuação exigida, ele não

compra. Isso acontece duas vezes ao

ano, e, por enquanto, estamos sendo

aprovados”, comemora. Ele ainda

conta que cada supermercado exige

uma embalagem diferente durante o

beneficiamento gerando uma grande

mã de obra, mas afirma valer a pena.

Desde 1997, junto a

uma empresa de nutri-

ção animal, Parte su-

perior do formulário, a

Granja Shintaku passou

a ter uma atuação dife-

renciada com produção

de Ovos Enriquecidos

PUFA Ômega 3 (com

ácidos graxos poli-in-

saturados), obtidos por

meio da mais alta tec-

nologia, desenvolvida

no Japão, a partir de um

avançado processo na-

tural. Quase toda a pro-

dução atual é vendida

para uma grande rede

de supermercados.

A tecnologia japonesa

Ovos Enriquecidos

PUFA Ômega 3

“Quando Tsuji Kasuo veio e viu aquele monte de ovos;comentou: - Se fosse no Japão, mercado nenhumaceitaria a sua produção! E perguntei o porquê?Ele explicou: - Está vendo aquele cocô demosquito no ovo? Eu respondi: - Sim! No Japão, seo ovo apresentar qualquer vestígio de cocô, elenão é consumido! Então, me ensinou o seguinte:- Se você não criar uma galinha sadia, nunca vaiter um ovo sadio! Foram palavras curtas, masque ficaram na minha memória. Entendi que semgalinhas sadias eu não conseguiria atingir meusobjetivos”, finaliza Shintaku.

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