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www.auniao.com A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO AO RITMO DO DJ CASO RELVAS DÁ LICENÇA? ESTÁ “LICENCIADO”! PÁG. 06 edição 34.803 · U 19 · 23 de julho de 2012 · preço capa 1,00 (iva incluído)

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Revista U de 23 de Julho de 2012 (Nº19)

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Page 1: Revista U Nº19

www.auniao.com

A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

AORITMODO DJCASO RELVAS

Dá LiCEnçA?

EStá “LiCEnCiADO”! PÁG. 06

edição 34.803 · U 19 · 23 de julho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)

Page 2: Revista U Nº19

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E-mail: [email protected] • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Médicos

Análises Clinicas

Anestesiologia

Laboratório Dr. Adelino Noronha

Dr. Pedro Carreiro

Cardiologia Dr. Vergílio Schneider

Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

Podologia

Dr. Fernando Oliveira

Drª Patrícia Gomes

Cirurgia Plástica Dr. António Nunes

Clínica Geral Dr. Domingos Cunha

Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho

Dermatologia Dr. Rui Soares

Endocrinologia Dr.ª Lurdes MatosDr.ª Isabel Sousa

Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves

Ginecologia/Obstetícia

Drª Paula BettencourtDrª Helena LimaDrªAna FonsecaDr. Lúcio Borges

Medicina Interna Dr. Miguel Santos

Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto

Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco

Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz

Neurologia Dr. Rui Mota

Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes

Nutricionismo Dr.ª Andreia Aguiar

Otorrinolaringologia Dr. João MartinsDr. Rocha Lourenço

Pediatria

Doenças de Crianças

Dr.ª Paula Gonçalves

Dr.ª Patrícia Galo

Pneumologia Dr. Carlos Pavão

PsicologiaDr.ª Susana AlvesDr.ª Teresa VazDr.ª Dora Dias

Psiquiatria Dr.ª Fernanda Rosa

Imagiologia(TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética)

Dr.ª Ana RibeiroDr. Miguel LimaDr. Jorge Brito

Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires

Urologia Dr. Fragoso Rebimbas

Page 3: Revista U Nº19

23 julho 2012 / 03

Trabalho,logo férias

TEXTO / Humberta Augusto | [email protected]

Férias. Seria suposto serem tempo de relaxamento, de quebrar rotinas, de descanso do trabalho e da rotina la-boral. Mas não. Pelo contrário, este será provavelmente o Verão menos relaxado dos portugueses e dos açoria-nos, pela falta, já rotineira, de dinheiro, de ameaça de desemprego e de preocupação com o precário, injusto e ofensivo mercado laboral.Subsídios de férias, de Natal, sobretaxas, taxas, impos-tos, iva´s … viver no nosso país é um exercício de con-tabilidade, sempre a subtrair, do esforço do trabalho humano.O Tribunal Constitucional já disse da ilegalidade do cor-tes dos primeiros, resta aguardar pela reposição gene-ralizada desses direitos consagrados na lei.Exige-se seriedade. Exige-se a aplicação da lei e o que é de direito.Que as férias sejam somente para quem, depois de tra-balhar, as merece.

sUMÁrio

HISTÓRIAS CONTADAS NA PISTA DE DANÇA / pág. 16

NA CaPa...

A terminar o Curso de Música Electrónica na ETIC, em Lisboa, com os olhos postos nos estudos de engenharia de som em Amesterdão, Souza, jovem Dj, natural da cida-de da Praia da Vitória, soma e segue nas suas actuações musicais na capital portuguesa e nos Açores, marcando presença nesta edição das Festas da Praia. Espanha também faz parte da sua lista e marca o pontapé de sa-ída fora de portas. À “U” revela o sonho maior de criar na Região um cenário de resort de Verão com as cores de Ibiza.

licenciaturas 06

vamos falar de dinheiro 08marcos portugal 10quem tem medo de sophia andersen?… 11eva surrealista 13

i am a fan of clients from hell 28insectos por baptizar 31

r. araújo pereira 15obstáculos entre o aqui e o ali 23o terceiro dia de verão 25

matar a galinha dos ovos de ouro 05

EDITORIAL / SUMÁRIO

partilha automática 07

a mãe de deus 14

sintra - vila de encanto 26

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23 julho 2012 / 04

MORDOMOS ELEGEM PRESIDENTE

Reduzir taxas de licença das festas tra-dicionais e populares. É esta a priorida-de dos promotores da Associação de Mordomos das Festas Tradicionais da Ilha Terceira (AMFIT), uma vez oficia-lizados os seus corpos sociais, os quais, até agora, apresentam lista única para este primeiro mandato. O acto eleitoral tem data prevista a 26 de Julho, na As-sociação Cultural do Porto Judeu, con-celho de Angra do Heroísmo, e, a partir de então, além de instalar os corpos so-ciais, concretizará a tomada de posse dos respectivos titulares; a aprovação final do Regulamento Geral Interno e a aprovação do Plano Geral do Primeiro Mandato entre outros assuntos afec-tos à nova colectividade. “A resolução de algumas questões práticas é a nossa prioridade, nomea-damente a alteração dos valores pre-vistos nas tabelas de taxas de licenças camarárias para a realização das festas tradicionais e populares da ilha. Pre-tendemos reduzir a maior parte dessas licenças que, no nosso entender, estão elevadíssimas”, contextualiza Rui No-gueira, ao nosso jornal, cabeça de lista. E continua: “Pretendemos também an-gariar sócios e reunir com as entidades envolvidas na realização dos eventos em questão”.Assim, as câmaras municipais, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e os repre-sentantes de direitos autorais, do fogo de artifício, de touradas à corda e de seguros pessoais e colectivos são algu-

ElEIÇÕES a 26 DE JUlho

“Projectamos desenvolver protocolos com mordomos, comissões, impérios e irmandades”

mas das entidades a manter contacto nos próximos meses.“Queremos arrancar com o trabalho prático ainda este ano. Projectamos desenvolver protocolos com mordo-mos, comissões, impérios e irmanda-des”, adianta o actual presidente da Junta de Freguesia da Vila Nova e fu-turo presidente da direcção da AMFIT, sendo Arnaldo Ourique o rosto da as-sembleia-geral, a par de José Henrique Pimpão como suplente. Estes são aliás os promotores mandatados pelos mor-domos da Ilha Terceira, cujo cargo foi formalizado a 4 de Julho do corrente ano. A cota anual da AMFIT terá o custo de 5 euros.

EXCESSO DE TAXASO protesto contra o elevado montante cobrado em taxas de licenciamento para a realização de festas está na ori-gem da criação da Associação de Mor-domos da Ilha Terceira.Rui Nogueira, que é presidente da Jun-ta de Freguesia da Vila Nova e já foi mordomo das festas tradicionais desta localidade em várias ocasiões, conhece bem os problemas que enfrenta quem integra voluntariamente as comissões que organizam as festividades.“No ano passado, fizemos um peditório e juntámos 3.000 euros, mas depois, quando fomos pagar o policiamento e as taxas, ficámos sem o dinheiro”, afirmou, alertando que as pessoas co-

REVISÃO

rEVEr TaXaS E lICENÇaS

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23 julho 2012 / 05

“SE SÃo oS MorDoMoS QUE FaZEM aS FESTaS, SE SÃo ElES QUE TrabalhaM Para QUE a NoSSa ECoNoMIa GaNhE CoM aS FESTaS, PENSo QUE É UM abSUrDo Cobrar ESSE DINhEIro ToDo”

meçam a ficar “revoltadas” com este excesso de taxas.As despesas de uma festa tradicional envolvem o seguro, a caução para a limpeza da estrada, os serviços pres-tados pela PSP e pelos bombeiros, li-cenças autárquicas e licenças para o lançamento de foguetes.A soma varia consoante a dimensão do arraial e a duração da festa, mas, no caso da Vila Nova, o montante total os-cila entre 2.600 e 3.000 euros.“Se são os mordomos que fazem as fes-tas, se são eles que trabalham para que a nossa economia ganhe com as festas, penso que é um absurdo cobrar esse dinheiro todo”, afirmou, apontando o exemplo da licença para o lançamento de foguetes, que passou de 5 para 105 euros, e é obrigatória até para quem se limita a acolher os símbolos do Espírito Santo durante uma semana.Rui Nogueira defendeu também que seja revisto o montante pago à PSP, através da redução do número de agentes que se deslocam às touradas à corda, realizadas na estrada, que, de-pendendo do número de ruas envolvi-das no arraial, pode variar entre seis e 12 elementos.“As pessoas da ilha são avisadas atem-padamente pelos jornais, até há um fo-lheto com as touradas que se realizam nas freguesias. Todos sabem que, se forem a uma tourada, vão ter de espe-rar ou escolher caminhos alternativos”, afirmou, considerando que a presença policial, apesar de importante, pode ser em menor número.

MATAR A GALINHADos oVos DE OURO

TEXTO / João Rocha / [email protected]

Matar a galinha dos ovos de ouro com as próprias mãos. É este o cenário que en-sombra actualmente as festas tradicio-nais do Espírito Santo na ilha Terceira. As festas de império não podem servir exclusivamente para pagar taxas sem fim. Ser mordomo, nos dias que correm, começa a ser uma função repelida pela maioria das pessoas.Doar imenso da vida pessoal/familiar/profissional e ficar com “dívidas às cos-tas” é a penitência dos muitos mordomos que dão o corpo ao manifesto festivo. O tempo não está definitivamente para brincadeiras e, sendo assim, o mais lógi-co é a desistência das gentes com boa vontade mas sem paciência para a san-tidade.Fazer entender a importância das mais valias económicas geradas pelas festas do Divino é tarefa deveras facilitada e que dispensa, em absoluto, o recurso à forma desenhada.Taxas elevadíssimas para os foguetes e touradas com 12 polícias? Há que pedir juizinho à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade…

O tEMPO nÃO EStá DEFinitiVAMEntE

PARA BRinCADEiRAS

REVISÃO

MorDoMoS CoM DIFICUlDaDES

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23 julho 2012 / 06

liCenCia-tuRASTEXTO / Tomaz Dentinho

Miguel Esteves Cardoso tem toda a razão ao dizer que a prá-tica de uma actividade qualquer não deve dar equivalência a um grau universitário cujo funda-mento se enraíza em conheci-mentos científicos passíveis de explicarem e aconselharem to-das as práticas. As instituições que fazem isso não são univer-sidades e devem deixar de ter licença para passarem cursos universitários ou, numa visão menos reguladora, deveriam ser abandonadas pelos alunos e pelos docentes que gostam da actividade universitária.A razão pela qual isso não acon-tece é preocupante. A política, as empresas, a administração

pública e as famílias portugue-sas não precisam e não querem colaborar com universitários e algumas universidades deixaram mesmo de se preocupar em os formar. Basta terem um canudo e uma indumentária a condizer: fatos de economistas, batas de médicos, togas de juristas, ca-bedais de engenheiros e trapos de arquitectos.As famílias preferem desenha-dores a arquitectos, passadores de receitas a médicos, emprei-teiros a engenheiros, solicitado-res de subsídios a economistas, argumentadores a juristas. As empresas julgam poder sobre-viver no mundo global apenas com práticos experientes quê di-ficilmente conseguem perspec-tivar atempadamente soluções novas para desafios inespera-dos. A administração pública prefere submissos aos políticos partidários em vez de respon-sabilizar universitários a apre-sentar alternativas fundamenta-das. Para que é que precisamos de políticos com licenciaturas universitárias quando nenhum português quer universitários? nem mesmo agora, quando o país está de pantanas.

DÁ lICENÇa? estÁ “liCenCiaDo”!TEXTO / Carmo Rodeia

As últimas duas semanas têm sido pródigas em investigações, artigos, opi-niões e “boutades” sobre a licenciatura do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Os casos particulares só são importantes se contribuírem para uma avalia-ção mais geral de práticas e costumes impostos por lei. E, este em particu-lar, deve aconselhar a esse debate.A Universidade é, por definição, a casa do saber e do conhecimento. To-dos, independentemente da idade, do sexo ou da sua condição social, de-vem ter a oportunidade de a frequentar, seja ela pública ou privada. Serve esta introdução para dizer que nada tenho contra as pessoas que chegam aos bancos das universidades tardiamente e com a vida pratica-mente feita. Terão o seu valor e devem ser respeitadas por isso. Muitos fazem-no em busca de um reconhecimento social porque, em Portugal, como em todos os países onde a escolaridade é baixa, o “canudo” ainda dá algum status, Mas outros fazem-no porque querem legitimamente apren-der mais, aprofundar conhecimentos e desenvolver as suas competências analíticas. Nada mais louvável.Por isso, frequentam com dificuldade as aulas; procuram manter a assi-duidade possível; empenhadamente problematizam com os professores e partilham experiências. Uns e outros devem ser merecedores de crédito e devem ser estimulados. Mas, também, é preciso dizer que Universidade não é uma escola de formação profissional onde se reconhecem compe-tências, ainda que a lei o preveja.Na Universidade ensina-se o saber saber e dão-se ferramentas decisivas para o saber fazer. Não confundo a exigência que se deve ter numa licenciatura com a que se tem no mestrado ou num doutoramento. Sobretudo, neste último, em que se produz ciência. Mas, também, não posso aceitar que uma universidade, seja ela qual for, possa sequer equacionar a possibilidade de atribuir um certificado de habilitações a alguém que não a frequentou por ser uma figura pública ou pela avaliação de um currículo recheado de cargos pú-blicos.Além de se estar a afastar da sua missão, que é ensinar conhecimento e estimular o gosto pelo conhecimento, está a desvirtuar-se e a contribuir para o seu descrédito.

OPINIÃO

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GADGETS DA SEMANA

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ParTIlha aUToMÁTICaTEXTO / Paulo Brasil Pereira

Quando pensamos que está tudo inventa-do, é quando surge algo novo e pensamos: como é que eu não me lembrei disto?A Samsung não pensou em nada de extra-ordinário, mas realmente são dos peque-nos pormenores que se fazem as grandes obras. E a marca coreana criou a EX2F que além de tirar fotos de uma qualidade soberba, partilha automaticamente as fo-tos para as redes sociais.Como? Simples. Através de Wi-fi ou Blue-tooth fazemos o upload da foto e “tchan tchan”, lá temos os likes e os comentários no nosso perfil do Facebook.Mas o melhor da máquina até não é só isto. O modelo incorpora uma objectiva de 24mm com abertura de F1.4 que garante a oferta de fotografias e vídeos de eleva-

da luminosidade.Para além dos mais variados modos de fo-tografia, a EX2F tem um sensor reforçado com a tecnologia BSI CMOS de 12MP de 1/17 que permite imagens nítidas e sem névoas ou ruídos em condições extremas.O vídeo em 1080/30p com som estéreo e possibilidade de fazer vídeo e tirar foto-grafias em simultâneo devido à tecnologia Dual Capture são outras das caracterís-ticas. A lente grande angular é aproxi-madamente 4X mais luminosa que a sua antecessora F2.8 o que permite um ganho de 20% em qualidade de imagem e quan-tidade de luz.Muito mais há a dizer mas resta-me rema-tar com a sua dupla estabilização de ima-gem e fotografias em formato RAW!

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CANCrOColo-rECTAl

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O cancro que se desenvolve no cólon ou no recto, pelas suas numerosas carac-terísticas comuns, é usualmente desig-nado de cancro colo-rectal (CCR). Ape-sar de ser de fácil prevenção, o CCR é a segunda causa de morte por doença do foro oncológico no mundo ocidental. Em Portugal constitui a 1ª causa de morte por tumor maligno, tendo-se verificado em 2005 (Direcção Geral de Saúde) um total de 3.319 óbitos por esta patologia, morrendo cerca de 10 portugueses por dia. Assim sendo, é considerado um pro-blema de Saúde Pública.A causa dos tumores malignos do in-testino grosso é desconhecida, mas acredita-se que a idade, história familiar, alterações genéticas, hábitos alimenta-res, sedentarismo, obesidade, álcool e o tabaco, constituem os principais factores de risco do CCR. Mais de 90% destes tu-mores ocorre em pessoas com mais de 40 anos, sendo a maioria diagnosticada entre os 50 e os 70 anos de idade. Rela-tivamente à alimentação, uma dieta com elevado teor de gordura animal e pobre em fruta ou em fibras, pode levar o or-ganismo a desenvolver tumores. Outro factor a ter em conta e que aumenta a probabilidade do desenvolvimento de cancro é a polipose, que se caracteriza pela presença de projecções ou eleva-ções no revestimento interno da parede abdominal, comummente designadas de

pólipos. Doenças inflamatórias crónicas, como a doença de Crohn e a Colite Ulce-rosa, são também factores de risco a ter em consideração, pelo que, os indivíduos por elas atingidos devem estar sujeitos a vigilância médica mais apertada. Normalmente, a doença é detectada quando o indivíduo nota alterações nos hábitos intestinais, seja obstipação ou diarreia, apresenta dor abdominal cons-tante ou em cólica, emissão de sangue e/ou muco pelo ânus misturado ou não com as fezes, perda de peso e cansa-ço constante sem razão aparente, bem como náuseas e vómitos.Contudo, se o diagnóstico for estabeleci-do numa fase inicial, a taxa de sobrevida aos 5 anos poderá ser superior a 90%, no entanto, só aproximadamente 35% dos casos de CCR é diagnosticado num esta-dio inicial. Neste sentido tem grande im-portância a realização do rastreio, o qual deve assentar na Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), na Sigmoidos-copia Flexível (SF), ou através de Colonos-copia Total. Embora a Colonoscopia Total seja considerada o meio de rastreio “gold standart”, a melhor forma de diagnóstico a adoptar deve ser decidida caso a caso, mediante as indicações do seu médico.Lembre-se que o funcionamento regu-lar dos seus intestinos é essencial para o bem estar geral do organismo.

* Colaboração Clínica Médica da Praia da Vitória

Com isto da crise o dinheiro ga-nhou mais valor. Vale menos quando o gastamos, logo vale mais ganhá-lo e tê-lo. O dinheiro está mais caro, o trabalho mais barato por ser escasso, é a lei da oferta e da procura, dos mercados livres, do dinheiro. A lei do dinhei-ro é cruel e vesga dum olho, que cega é a justiça que a deixa ser aplicada. A lei do dinheiro tem o problema de ser gulosa. É que o

TEXTO / Júlio Ávila

CIÊNCIA / OPINIÃO

MORREM DEZ PORTUGUESES POR DIA DE CANCRO COLO-RECTAL

TEXTO / Enfermeiras Ana

Luísa Silva e Lisete Silva*

VAMoS fAlAr De Dinheiro

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dinheiro tem a peculiar particula-ridade de, podendo ser suficiente, nunca ser demais. Não há dinheiro a mais. Desde o que, vencimento após vencimento, o gasta até ao último cêntimo, passando pelo que faz mealheiro, ao que não precisa de fazer contas, nunca vi um dizer recebo demais, tenho de me desfazer deste dinheiro todo, aumente-se os impostos. Nunca vi propor que se nivelasse os venci-mentos para que o chefe não ga-nhasse um número muito grande de vezes o que ganha o subordi-

nado, adicionando assim na mul-tiplicação a sua superioridade numeral para além da de posto. A ideia de um ordenado mínimo é aceitável mas a de máximo um verdadeiro ultraje ou anedota. O dinheiro é irracional. Eu acho que ninguém tem razão quando se fala de dinheiro, ele fala por si e nós por ele quando andamos há anos amedrontados a repetir crise, de-semprego, pobreza, preocupação, impotência e resignação todos os dias, quer seja boca fora ou só cá para dentro.

MoNTrA

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MONTRA / OPINIÃO

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21 janeiro 2012 / 09

MONTRA / OPINIÃO

im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat

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MARCOS

POrTU-

GAlTEXTO / Luís C. F.

Henriques *

Marcos Portugal, de quem se comemoram este ano os 250 anos do nascimento, nasceu em Lisboa a 24 de Mar-ço de 1762 e morreu no Rio de Janeiro a 7 de Fevereiro de 1830. Por-tugal foi admitido como aluno no Seminário da Patriarcal, a 6 de Agos-to de 1771, onde estu-dou composição com João de Sousa Carva-lho, como também can-to e órgão. Terá ainda tido como professores Borselli e Orao, tendo trabalho em Madrid. Aí teve o patrocínio do Embaixador português para ir para Itália, em-bora esta assumpção não esteja provada do-cumentalmente.Em 1785 é nomeado maestro do Teatro do Salitre, escrevendo uma série de farsas e entre-mezes para esse teatro desde a sua nomeação até 1792. Nesse ano vai para Nápoles, com pa-trocínio da coroa, a fim de continuar os estudos, tornando-se rapida-mente num compositor de ópera. La Confusio-ne della Sominglianza (Florença, 1793) foi uma das várias óperas buffa e farse que escreveu e que foram levadas à cena em Itália e por toda a Europa.Regressou a Portugal

em 1800, sendo nome-ado mestre da Capela Real e do Teatro de S. Carlos. Em 1807, aquan-do das invasões france-sas e tendo-se a família real mudado para o Bra-sil, Portugal mantém-se em Lisboa. Muda-se para o Brasil com o ir-mão Simão Portugal no início de 1811, assumin-do o posto de mestre da Capela Real e do Teatro de S. João no Rio de Ja-neiro.Para além de músi-ca operática, Portugal também escreveu uma quantidade substancial de música sacra. Várias obras foram escritas propositadamente para a utilização dos seis órgãos da Basílica de Mafra. Estilisticamente a obra de Marcos Por-tugal segue a tradição napolitana, com influên-cias de Domenico Cima-rosa, misturando linhas melódicas com algumas mudanças de frase ca-racterísticas da música de Rossini.

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ALÉM DE MÚSI-CA OPERÁTICA, MARCOS POR-TUGAL TAM-BÉM ESCRE-VEU MÚSICA SACRA, ENTRE ELAS VÁRIAS OBRAS FORAM ESCRITAS PRO-POSITADAMEN-TE PARA A UTI-LIZAÇÃO DOS SEIS ÓRGÃOS DA BASÍLICA DE MAFRA

CIÊNCIA

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23 julho 2012 / 11

Quem tem

medo de

Sophia

anderSen?

TEXTO / Joaquim Neves

…e comer de-mais à noite dá pesadelos.

Conheci a Senhora Dona Sophia Ander-sen há uns valentes anos. Desde então, tenho pesadelos que aquando sonho sei lá porquê com os títulos e seus livros, a Senhora Andersen obriga-me a agarra-los com luvas, limpá-los e usar um protector de plástico para lê-los. Diz-me que é por causa dos borbotos de cuspo que podem manchar as páginas.Por muito lindo que seja o poema “Açores” do livro “Nome das Coisas” inquieta-me, prevejo pesadelos.“Moinhos”, restaurante em S. Sebastião, a 10 km de Angra, mudou isso, não tive pe-sadelos, só comi demais, e comer demais à noite dá pesadelos… disseram-me.Na capa do cardápio, muito bem apresen-tado,Li o poema de Sofia e fiquei desconfiado.Palavras doces e lindas mas assépticas na recordação,Espero por perdão e ser neutral, dois co-pos de vinhonada mal para elaborar um plano racional.Estou bem acompanhado, comigo não

MESA

SoPhIa E EU...

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preciso de me inquietarHá este orgulho que tento dominarPor ser Açoreano e ter o mar maior, Mas saber se como novilho ou telha maris-co,É como uma amplidão escolha navega-ção.Até o chão do restaurante é terra escuraCheio de alfaias e prado da agricultura.Mas no prato veio depois da lavrada sopaPeixe pescado por navegadores ou agri-cultores.Notei que havia um aprumo do pratoBem apresentado talvez sonhado.Mas nos brancos pratos alguém os pintou,Afinou e temperou, misturou antigo e novo,Que gosto muito é brilho que renova.Se olhar para o espaço, deste lugar,Poderia com imaginação ser comparti-mentoDebaixo do convés.O próprio Moinhos não só do mar mas da terra tambémTraz na sua mão propostas que podem vir a serMaravilhosas e deslumbrantes.É quem em plena aptidão descobre do seu conhecimentocomo é criar nove pratos, como quem navega na proa.Ambiente média luz mas de luz de lés a lés, Coisa que povo cindido de tanta aventura gosta.Peso e medida, tino e atenção, pois não vale a penaCom tanto sermão eu também sou lam-bão.Não esquece quem no paladar sabor e cheiroEmbala os sentidos e antes de amanhecer, sonhar e acordar,Preciso de ir dormir.

Receita

FRikADELLEn

Dedicado a um bar num Areal de Praia de Areia Branca onde procuram sem-pre novos sabores.Frikadellen à Bávara faz-se com: 250 gr carne de vaca picada só uma vez (ou então só de um tipo de carne); 80 gr de pão de trigo; 120 ml de leite morno ou água; 1 pequena cebola pi-cada; 1 cs de manteiga, sal, 1 cs de salsa picada fresca; ½ cc manjerona seca, 2 ovos, 1 cs de mostarda, pitada de noz-moscada, 1 raspa de limão, pimenta moída e óleo ou manteiga para fritar.Nota mesmo sendo bávaros, simpá-ticos e boas pessoas, eu não resisto a pôr bastante alho já na preparação com a cebola.Modo de fazer: demolhar o pão no leite morno ou água; alourar a cebola picada em manteiga; temperar a car-ne com sal, adicionar o pão (se demo-lhado em água espremer) a cebola alourada. Separadamente bata os ovos com os restantes ingredientes e depois envolva na carne. Amasse bem. Forme a partir de bolinhas espalma-das estes hamburguerzinhos. Ao fri-tar, sele primeiro em óleo ou manteiga (para os audazes até sugiro banha de porco) muito quente ambos os lados, em lume médio deixe fritar por 15 a 20 minutos, espera-se um crocante exte-rior bem louro. Sirva como hamburger. Pode variar na quantidade de pão. E se puser fiambre não se esqueça de o grelhar primeiro. Não há nada mais deprimente que receber um hambúrguer, já nem falar de tostas sem o fiambre previamente tratado.“Frike-se!”

MESA

SErIa EM CalDEIrÃo...

SE SoPhIa FIZESSE SoPaS

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EVa sUrrealistaTEXTO / Sónia Bettencourt

o teu corpo ossificadomenina vaidosa, mulher precocesem tempo para ser menina

asfixia cosmopolita, vírus de silicone no cérebromenina beleza-agulha-e-destruiçãoo teu perfil de náusea douradamenina cocaína - inferno calculado em gramasimpotência cultural, desmaio sociológicosaltos altos, claustrofobia da arte, mente dietéticamenina a morrer na pista de dança,balança, o corpo que avança, esqueleto epilépticono calendário, na capa da revistana telenovela bioquímicaa entreter a inteligência do povo

o teu seio flor plástica, femininamenina mecânica, tripas neuróticasóculos escuros e deleitescoxas lipoaspiradaso coito perfeito - tecnologia sofisticadaeva, criançahábil golpe de belezaacelera o pedal da economia

PALAVRAS

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No BaNcoDe Trás I

23 julho 2012 / 14

TEXTO / ACRA / Angra do

Heroísmo

O transporte de crianças em veículo automóvel en-contra-se regulamentado pelo art.º 55 do Código da Estrada, dispondo que as crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 150cm de altura, quando transportadas em auto-móveis que tenham cintos de segurança, devem ser seguras por um sistema de retenção homologado e adaptado aos seus ta-manho e peso.Regra geral, a criança de-verá ser transportada no

banco de trás. No en-tanto , se tiver i d a d e i n f e -rior a 3 a n o s , se o sistema de retenção utilizado estiver virado para a retaguarda ou se a idade for superior a 3 anos e a viatu-ra não tiver cintos de segurança no banco da retaguar-da ou não existir banco traseiro (viatura comercial), o transporte poderá ser feito, excepcionalmente, no ban-co dianteiro.De salientar, ainda, que é proibido o transporte de crianças com menos de 3 anos, em viaturas que não dis-ponham de cintos de segurança.O não cumprimento destas disposições é considerado uma infracção grave e, como consequência pode ser determinada a inibição de conduzir ou até mesmo a cassação da carta de condução.Para crianças mais crescidas que, embora com menos de 12 anos e de 150cm, excedam os 36kg de peso, é re-comendado o uso de cinto de segurança a par de um banco elevatório que permita a utilização segura do re-ferido cinto.Se ainda assim não for possível adequar a criança ao banco elevatório, ela poderá ser transportada apenas recorrendo ao uso do cinto de segurança desde que te-nha, pelo menos 135cm. Confira dados junto da Direção-Geral do Consumidor.A ACRA recomenda vivamente que conduza com pru-dência, de modo a evitar acidentes.

*Associação de Consumidores da Região Açores

CONSUMO/OPINIÃO

VIaGENS ao CErNE DaS CoISaS XI

a MÃE DE DEUS

A divinização da espiritualidade feminina é um con-ceito de difícil entendimento, no contexto das três grandes religiões monoteístas da actualidade: o Juda-ísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Destas apenas o Cristianismo abriu uma concessão ao aceitar a figura feminina da “Mãe de Deus” no domínio do transcen-dente, embora lhe tivesse custado muita discussão e alguns Concílios. É um facto que, nas religiões nas-cidas em culturas dominadas pela figura patriarcal, onde a mulher aceita secundarizar-se, desapareceu essa ligação entre o feminino e o divino, especial-mente se este é separado da sexualidade/fertilidade. Para o reencontrar recomendo uma visita à Grécia, centrando as atenções na figura da Deusa Demeter. Num passeio pelos seus sítios arqueológicos absorve-se através da poética do lugar, a essência dessa per-sonagem mítica. Ela emana tanto das ruínas como do seu museu particular em Eleusis (agora “Eleusina”) como informação subliminar. Situada a 20 Km a Oes-te de Atenas, Eleusis preserva por entre a degradada e péssima arquitectura industrial circundante, a poe-sia envolvente da lenda da Deusa/mãe. Transferidos para a filha (Perséfona), os cuidados com a fertilidade da Terra, os traços da personagem Demeter ficaram inscritos naquela paisagem, marcando a transição da humanidade, da bestialidade para a espiritualidade, até aos nossos dias. Ainda na segunda semana de Se-tembro é possível ingressar na peregrinação que, de todo o mundo, caminha até ela.

ELEUSINA, ATENAS

SANTUÁRIO EM

TEXTO / Antonieta Costa

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Eu e o leitor estamos cansados... neste país em que muito se trabalha e estuda, é essa a situação mais comum, se bem que, no nosso caso, isso se deve à lei so-ciológica mais consistente em Portugal nos últimos 30 anos. Qual será essa lei, pergunta o leitor, subitamente interes-sado, esquecido momentaneamente de quão cansado realmente está.É simples, caro amigo: os nossos go-vernantes estão, por causas naturais, impedidos de governar bem! Mais in-formo que a causa é a mesma para todos os casos; a identidade pessoal, tal como está expressa nos respetivos nomes, tem impedido as autoridades de desempenharem cabalmente as suas funções.Pois é caro amigo, quantas vezes ouviu críticas feitas com má fé contra estes ilustres compatriotas? Relaxe porque a partir de agora poderá defendê-los contra qualquer ataque; só tem de ex-plicar porque, apesar do empenho e mérito pessoal indiscutível de cada um deles, é o nome pessoal a única mancha, a mácula isolada de cada um dos senho-res.Comecemos pelo primeiro-ministro, Passos Coelho de seu nome: está, à partida, em posição de inferioridade porque a imagem dos passos de um co-elho, inaudíveis e leves, vai colidir com a constatação de um governante levado a, e decidido a que todos sofram as pas-sas do Algarve! Vê? É o nome que trai, na nossa perceção inicial, uma imagem pessoal que é completamente desajus-tada do que é a realidade...Miguel Relvas: o ministro é detentor de uma carreira académica invejável, to-dos o sabemos, mas será isso suficiente para contrariar a ideia de que deveria ser apenas jardineiro? Note-se que se-ria também uma espécie de profissional menor; alguém não habilitado para cui-dar de flores, por exemplo.

Pedro Mota Soares; antes de entrar para o governo, conduzia uma mota pouco aparatosa mas, assim que foi empossa-do, depressa mudou para um majestoso carro pago pelos seus impostos. Este é dos casos mais dramáticos, demons-trando que ser eleito é uma espécie de maldição portuguesa em que o próprio nome milita contra o titular do cargo. É real. É inexorável.Paulo Portas. Que mais há a dizer sobre um ministro dos negócios estrangeiros cujo nome sugere que trabalha como porteiro num hotel ou discoteca? Tem efeitos negativos a nível internacional! Imagine-se a horde de diplomatas mun-diais receosos de que este membro do governo resista a encontros estipulados nas formas mais comuns, optando em vez disso por recorrer a métodos mais tradicionais, tais como ir bater às portas de cada um! Desastroso.Paula Teixeira Cruz. Pois, até parece de propósito; como acreditar numa Minis-tra da Justiça cujo nome é uma pena de morte caducada há quase 2000 anos e sem hipótese de ser ressuscitada? O oximoro embaraça até os seus defenso-res mais acesos. Este drama estende-se mesmo à oposição, onde um homem sem personalidade de líder vê essa limi-tação perpetuamente evidenciada pelo fato de se chamar de Seguro.Não desespere leitor: Deus é grande e fez com este mau desígnio se estendes-se a todos os outros países da Europa. É ver como a bruxa da Europa se chama de Ângela, o presidente francês reclama um lugar na Holanda e o primeiro-minis-tro britânico está subjugado ao poder da Câmara dos Comuns até no próprio nome! E em Itália, chama-se Monti a um homem que vive à beira mar.Menos óbvio é o caso de Ricardo Ro-drigues; mas o seu coração de leão fez com que tenha terminado esta crónica à mão (fiquei sem computador!).

r. araújo PEREiRA

OPINIÃO

TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

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Page 16: Revista U Nº19

HIsTÓrIascoNTaDas NaPIsTa De DaNÇa

DESTAQUE

Page 17: Revista U Nº19

HIsTÓrIascoNTaDas NaPIsTa De DaNÇa

A questão é permanente: Pode o Dj ser conside-rado músico? Souza é Dj, jovem e terceirense, e, resposta à parte, compara a acção musical a uma história contada com princípio e fim que, sobretudo, quer levar o público a experienciar emoções no meio, à laia de viagem em monta-nha-russa. Os seus sons são ouvidos em espaços nocturnos nos Açores e continente. E, este ano, a sua pri-meira internacionalização levou-o a Espanha.À conversa com a U, Souza defende a criação de um resort de Verão nos Açores à semelhan-ça de Ibiza. Por outras palavras, o expoente máximo da música electrónica em Portugal es-taria representado na Região como acontece em terras de ‘nuestros hermanos’. Por cá, a sua próxima data de actuação está prevista a 11 de Agosto no âmbito da Summer Jam da TOP FM das Festas da Praia da Vitória, a sua cidade natal, ao lado de nomes concei-tuados à escala mundial como Tommy Trash e Cláudia Cazacu.

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DESTAQUE

TEXTo / Sónia [email protected]

FoToS / ruben Tavares

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U - O que é preciso para ser DJ?Souza DJ - Há duas décadas um dj era alguém que tinha de saber acertar batidas com discos de vinil, ter bom gosto musical, leitura de pista, e saber fazer um set consistente, ou seja, le-var as pessoas num género de viagem. Um set de um dj é como uma história contada com princípio e fim, que pre-

tende motivar um conjunto de emo-ções no meio de toda a acção. Actual-mente, devido à grande variedade de suportes de reprodução musical, ao avanço da tecnologia e das diferentes abordagens que cada dj tem à frente de uma mesa de mistura, criou-se um leque enorme de dj’s. Eu diria que o dj é a figura que sobe para uma cabine, observa o público e pensa para si próprio: “O que posso fazer para estas pessoas terem a noi-te das suas vidas?”. É imperativo saber dar um grande es-pectáculo às pessoas e levá-las numa montanha-russa de emoções através da música.

U - É natural da Praia da Vitória mas está radicado em Lisboa. O que o le-vou a deixar os Açores?Souza DJ - O que me levou a sair dos Açores foi sobretudo a continuação dos estudos. Após a conclusão de estudos secundários na Terceira e, agora, na ETIC em Lisboa, o próximo passo será o ingresso no curso de en-genharia de som, em Amesterdão, já em Outubro. Viver em Lisboa permitiu assistir ao meu crescimento como Dj, ganhando nome no mercado nacional com pre-sença num número considerável de casas, muitas de referência no país, tal como a Kapital ou o LX Factory, e como produtor de música electrónica. Resultados disso são as colaborações, os originais e o remix’s em curso nos últimos meses.

U - Como se situa os Açores no pano-rama nacional da música electrónica?Souza DJ – Os Açores têm potencial no panorama nacional da música electró-nica. Falta apoio aos nossos artistas e

às casas e produtoras de eventos. O meu sonho passa pela representação dos Açores em Portugal à semelhança do que Ibiza representa em Espanha: um autêntico resort de Verão para os amantes da música electrónica. Mas implantar a música electrónica na cul-tura açoriana não seria um processo fácil. Teria de haver vontade enorme

do público em ouvir algo novo, não só a música mainstream. Isso deve-se ao facto de não existir uma forte cultura da noite, a mesma que, agora, está a sofrer com a conjuntura económica. Para além disso, o desenvolvimen-to local mostra-se prejudicado pelos custos elevados das passagens aére-as para os Açores. Caso contrário, a facilidade de trazer artistas aos Aço-res seria muito maior e também seria muito mais fácil levar os nossos dj’s locais para fora das ilhas, porque ta-lento não lhes falta.

U - Este ano fez a sua primeira apa-rição no estrangeiro, nomeadamente em Espanha. Quais as semelhanças e diferenças mais significativas entre os dois países em termos de música e de público? Souza DJ - Toquei três vezes em Espa-nha para um público maioritariamente português, mas com muitos espanhóis presentes. Apesar de serem países vizinhos, considero que existem dife-renças significativas entre ambos os públicos. O público espanhol “vive” muito mais a música na pista de dança

DESTAQUE

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DESTAQUE

oS aÇorES TêM PoTENCIal No PaNoraMa NaCIoNal Da MúSICa ElECTróNICa

No CUrSo DE ENGENharIa DE SoM,

EM aMESTErDÃo

o PróXIMo PaSSo SErÁ o INGrESSo

Page 19: Revista U Nº19

e é muito mais aberto em relação aos diferentes estilos de música. Foi assim em Calpe, onde toquei, mas trata-se de um local que fica a 120 km de dis-tância de Ibiza e que tem imensa cul-tura musical.

U - Na sua nota biográfica lê-se que “está habituado a tocar para grandes multidões em recinto fechado ou ao ar livre, e ao mesmo tempo para peque-nos clubs com públicos mais selectivos musicalmente”. Para qual dos casos o desafio é maior?Souza DJ - O trabalho de casa a fazer é mais exigente nos recintos com multi-dão, ou seja, tem de haver preparação e consciência acrescidas do que se vai fazer durante toda a actuação para evitar erros. Convém variar as esco-lhas musicais pois o público é vasto e nem sempre é fácil de agradar a to-dos. Tento manter o equilíbrio entre a escolha do público e a minha prefe-rência naquele momento. Felizmente tem resultado e, claro, quando um artista começa a ganhar nome ganha também mais liberdade na medida em que as pessoas reconhecem o seu tra-balho e o seu estilo. Nos pequenos clubs tanto há casas em que o público é completamente “open mind” como existe outro habituado a um certo estilo. Neste caso, o desafio está na adaptação à casa e na leitura prévia da pista. Mas como costumo di-zer: primeiro há que conquistar a pis-ta, depois disso levo-a para onde eu a quiser musicalmente.

U - Por onde passam os seus cenários de eleição como DJ? Souza DJ - Tanto dentro ou fora da cabine os meus cenários de eleição passam por clubs ou eventos que ofe-reçam boa atmosfera. Refiro-me à maneira como as pessoas interagem umas com as outras na pista, incluindo o staff do estabelecimento. Para mim, um bom club vai desde a simpatia do staff, à entrada, até ao bom gosto da decoração, passando pela qualidade técnica do som e das luzes. Às vezes, os pequenos detalhes são suficientes para criar boa atmosfera.

U - Qual o papel da TOP FM no seu percurso: a rádio é paixão ou é apenas mais um veículo de promoção do seu trabalho?Souza DJ - É uma mistura dos dois. Quando entrei em contacto com a TOP FM, pela primeira vez, a rádio ha-via acabado de nascer e já me desper-tava atenção pela sua frescura. Pro-pus o “Electric Vibes by Souza” que se trata de um dj set onde divulgo o meu trabalho e de outros artistas. E isso é, sem dúvida, um veículo de promoção mas também paixão. Um dia gostaria de fazer algo na rádio, em estúdio, à conversa com convidados. São apenas ideias, quem sabe um dia.

lEVar aS PESSoaS NUMa

MoNTaNha-rUSSa DE

EMoÇÕES aTraVÉS Da MúSICa

Page 20: Revista U Nº19

lEGENDa \\\

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DirectorMarco Bettencourt Gomes

EditoraHumberta Augusto

RedacçãoJoão Rocha, Humberta Augusto,

Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt

Design gráficoFrederica Lourenço

PaginaçãoIldeberto Brito

Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, Ana Luísa Silva, Antonieta Costa,Carmo Rodeia, Francisco Miguel Nogueira,Frederica Lourenço, João Paulo Costa, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, Júlio Ávila, Lisete Silva,Luana Bettencourt, Luís C. F. Henriques,Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado, Ruben Tavares,Rui Caria, Sónia Bettencourt, Teodoro Medeirose Tomaz Dentinho

Contribuintenº 512 066 981nº registo 100438

Assinatura mensal: 9,00€Preço avulso: 1€ (IVA incluído)

Tiragem desta edição 1600 exemplaresMédia referente ao mês anterior: 1600 exemplares

A UNIÃOPARA SER ASSINANTE, RECORTE E ENVIE ESTA FICHA

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AiMorTAliDADErisíVel? (2)

HOMO SENTIMENTALISAqui Kundera indaga sobre o amor, distinguindo o amor-sentimento do amor-relação. A personagem Bettina é o paradigma de um amor auto-suficiente, sem retribuição do outro, sem partilha: o amor é ape-nas uma ideia que se persegue e não a pessoa em si. O sentimento é apenas imitação que degenera em histeria sentimentalista? “Devemos definir o homo sentimentalis não como uma pessoa que experimenta sentimentos, mas como uma pes-soa que os erigiu em valores. Por-que “o sentimento, por definição, surge em nós sem disso nos aper-cebamos [...] A partir do momento em que queremos experimentá-lo, o sentimento já não é sentimento, mas a imitação de sentimento, sua exibição”. E como desvelar o amor que se esconde por detrás do sen-timento? “Talvez seja necessário despojarmo-nos de muitas coisas e tornar a vestir as vestes da inocên-cia para que o amor nos possa ser revelado” (António Alçada Batista, O riso de Deus).

O ACASOO vazio da ocasionalidade das rela-ções humanas é uma constante. As relações entre pessoas que nada têm em comum mas mesmo assim constroem uma falsa relação, em nome de uma ideia vaga de amor. A esperança de entrar no mundo pró-prio do outro desvanece-se quan-do se compreende que o ambiente onde cada uma das personagens se situa é totalmente oposto e incon-ciliável. “Nunca descobrimos como e em quê irritamos os outros, em que é que lhes somos simpáticos e em que lhes parecemos ridículos; a nossa própria imagem é para nós o maior dos mistérios”. Uma vida assim vivida não pode deixar de ser fruto do acaso porque é feita sempre a partir daquilo que o outro possa fazer. “Será pensável o amor sem uma perseguição angustiada

da nossa própria imagem no pensa-mento da pessoa amada? Quando deixamos de nos preocupar com a maneira como o outro nos vê, dei-xamos de o amar”. Tema este re-corrente na escrita de Kundera (In-sustentável leveza do Ser).É o desconhecido que marca as re-lações que se estabelecem entre os humanos e os acontecimentos que as envolvem. No tipo de relações em que predomina o domínio sobre o outro, o mundo, a vida, o ser vai perdendo o seu encanto. Desper-sonaliza-se. Deixa de haver razões para existir e o suicídio (exemplo de Laura) aparece como a solução mais plausível. É o desejo da imortalida-de que transforma as pessoas em

TEXTO / João Paulo Costa *

FOTO / Auguste Rodin

ENSAIO

DEIXar-SE EMbalar PElo aCaSo

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suicidas. A única solução é deixar-se embalar pelo acaso, pela quie-tude, pela passividade, pela eter-nidade do tempo. Uma vida assim vivida considera o outro como um estranho, sem hospitalidade, nem solidariedade. “O mundo perde a pouco e pouco a sua transparência, torna-se opaco, faz-se ininteligível, precipita-se no desconhecido, en-quanto o homem traído pelo mundo se evade para o seu foro íntimo, a sua nostalgia, os seus sonhos, a sua revolta e, atordoado pela voz dolo-rosa que sobe dentro dele, deixa de saber ouvir as vozes que de fora o inter pelam”. Um progressivo auto-fechamento que conduz progressi-vamente à morte, ao caos interior e à destruição da vida presente e futura.

O MOSTRADOR E A CELEBRAçãONada é tão inútil como o desejo nar-cisista de esperar uma imortalidade vazia de sentido. Esta só se encon-tra na expressão máxima da Arte e do Belo. “A vocação da poesia não é deslumbrar-nos com uma ideia sur-preendente, mas fazer com que um instante do ser se torne inesque-cível e digno de uma insustentável nostalgia”. A frivolidade dos senti-mentos, do amor, do não-gosto, do vazio relacional trazem consigo a dor, o caos e a indiferença perante o que é o verdadeiro amor. Kundera associa a este amor a importância do rosto do outro como algo que dá significado às relações. “Quan-do amamos alguém, amamos o seu rosto e tornamo-lo assim diferente dos outros”.O desejo de imortalidade, que de certo modo atinge a todos, só é per-ceptível quando encaramos a morte como uma possibilidade bem real. “Até certo momento, a morte é uma coisa demasiado distante para nos ocuparmos dela. É não-vista, é não-visível. É a primeira fase da vida, a mais feliz”. Ao eternizar as nossas

acções nesta vida, porque vivemos com medo desse futuro que não co-nhecemos, tornamo-nos seres su-perficiais e acabados. O desejo de imortalidade resulta do tédio e da monotonia com que a vida é enca-rada. “Só temos uma vida! É preciso assumi-la! Apesar de tudo, devemos deixar qualquer coisa atrás de nós”. Ou como diz Bonhoeffer: “nós vive-mos no penúltimo e acreditamos no último” (Cartas da prisão) ou ainda segundo a genialidade de Agostinho “o teu hoje é a eternidade” (Confis-sões XI). Quando sorrimos somos humanos e o humano é o que fica de nós como digno de ser testemu-nhado, agora e na posteridade!

* Secretariado Nacional

da Pastoral da Cultura

ENSAIO

EM ValorES

SENTIMENToS ErIGIDoS

a MorTE É UMa CoISa DEMaSIaDo DISTaNTE

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OBSTÁCULOS

entre o aqUi e o ali

É perante o obs-táculo que nos erguemos e nos levantamos, mais altos do que uma vez es-tivemosTantas são as vezes que nos depa-ramos com obstáculos nesta vida. Uns pusemo-los lá nós, outros os puseram lá, outros mais pequenos parece que cresceram sem ninguém dar por eles, até eles nos olharem nos olhos.A verdade, como bem sabemos, é que não existe nada completamen-te bom, nem tão pouco, algo com-pletamente mau. Embora nos seja difícil perante os obstáculos, ver a beleza que neles se conserva, o bem da sua existência, a verdade é

que essa beleza e esse bem estão lá presentes, como pequenos presen-tes para nós. São presentes que nos transportam para o presente, para o aqui e para o agora. Que fazem com que a vida seja mais que uma repetição de pequeninas histórias. É o nosso momento de sermos he-róicos e vitoriosos, de vencermos batalhas, de nos conquistarmos a nós próprios, sabendo que mesmo quando perante a derrota, ninguém nos tira a vitória de termos tenta-do.É perante o obstáculo que nos er-guemos e nos levantamos, mais altos do que uma vez estivemos, seja num salto elegante, cheio de estilo, popa e circunstância, ou só mesmo com uma perna alçada no ar, com um ar meio atrapalhado, ainda meios in-seguros que não vamos mesmo cair. O certo, é que nos elevou acima do que um dia estivemos.Aí, no dia em que a nossa noite che-gar, regada de pequenas e cons-tantes gotas, ficará para sempre o registo dos nossos pequenos e grandes saltos, dos elegantes e da-queles que nos fizeram rir.

TEXTO / Luana Bettencourt

FOTO / Rui Caria

FOTÓGRAFO

Page 24: Revista U Nº19

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Page 25: Revista U Nº19

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o TErCEIrO dIA DE VERÃO

“Ó Porto Martins das uvas”. Fartas, negras, cheias e cheirosas, a desbordar das paredes, quando saltávamos os matos e atalhos em direcção à meca das nossas férias, a piscina do Porto Martins. Pas-sávamos, canalha, putos na casa dos seis, sete, oito ou nove anos e mais, a rasar aquelas vinhas em Setembro, quando o cheiro das uvas em véspera de vindima arreganhavam as narinas e viravam a cabeça de pernas para o ar. A verdadeira tortura chegava ao fim da tarde, quando regressávamos, pelo mesmo atalho entre matos, cheios de fome. Alguns dos miúdos não resistiam e cumpria-se, como sempre acontece por essas idades, a profecia de Óscar Wil-de: «A melhor forma de vencer uma tentação é cair nela». E vinham eles a chafurdar nos cachos de uva de cheiro e nós, num misto de inveja deles e de medo do dono, apenas cheirávamos mais inten-samente.“Baga de faia cheirosa”. A seguir às vinhas vinham os matos, den-sos e misteriosos, onde a faia dava-nos a cheirar as suas bagas. Aí vinha o mistério. Naquele tempo falava-se da gruta da Madre de Deus. Alguns diziam que ela não tinha fundo, que ia até ao centro da terra. Outros, que não tinham fim, que dava a volta ao mundo. Mais comedidos, os mais velhos afirmavam que ela só chegava à Vila Nova ou à Lajes. Que Nossa Senhora aparecia lá, a quem se atrevia a atravessá-la e que havia rapazes que tinham entrado nela e nunca mais tinham saído. E ouvia-se gemidos deles. Debaixo das bagas cheirosas passávamos em silêncio, não fosse a gruta acordar e engolir-nos nas suas fauces cavernosas.“Minha maçã redondinha”. Chegados à canada do Serra, apareciam as maças. Ácidas, pequeninas, de um verde que se ia avermelhan-do. Um senhor, que não me recordo de ter visto mais, deu-me uma vez um saco delas, porque eu era neto do Ti José Libana, que esta-va muito doente. E a fama do Ti José Libana valeu-me um saco de maçãs redondinhas, mas não por muito tempo, porque o grupo era grande e tinha fome. E eu fiquei só com o saco e não disse a minha mãe.“Pedra negra preciosa”. Na Ponta Negra estendia-se a piscina. Era o mar pequenino. Ali molhei, pela primeira vez, os pés em água salgada. Aí aprendi a nadar. Entre a Fonte do Bastardo e o Porto Martins há uma harmonia que, julgo, vem em grande parte desse tempo em que, aos magotes, desciam os rapazes de cima a banhar-se naquelas águas cercadas por uma bela, preciosa, negra pedra. Hoje há muitas casas. Já não só dos «senhores da cidade» que ali passavam o verão. O Porto Martins cresceu. Já não é apenas, como sonhava Vitorino Nemésio, um presépio de uvas, bagas de faia, ma-çãs redondinhas ou pedras negras.

OPINIÃO

TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

Page 26: Revista U Nº19

sINTra - VIla De eN-caNToEstive recente mente em Sintra, uma vila cheia de histórias de encanto e pude apre-ciar alguns dos ex-libris da nossa História. Este passeio realizou-se a convite do Dr. João Mo-niz Corte Real, que me recebeu e à minha irmã de forma entusiasman-te.Nos primeiros passos que dei na Vila, a ma-gia de Sintra tomou os meus sentidos e guiou-me pela História do lo-cal. O centro da Vila era muito bonito, além que o dia solarengo, ajudou a criar uma ambiência muito propícia para uma viagem no tempo.Visitamos o Castelo dos Mouros, símbolo da presença muçulma-na em Portugal, que foi construído por volta do séc. VIII e que se encon-

tra em bom estado de conservação, mas está a sofrer recuperações no seu interior para se tornar ainda mais acessível ao público. O percurso até ao Castelo é longo, pois este se en-contra num dos cumes da Serra de Sintra, com uma vista de tirar o fô-lego, onde avistamos o nosso sempre adorado Oceano Atlântico. Eu e a minha irmã lembrá-vamos que Sintra, tal como Lisboa, fora con-quistada aos mouros pelo nosso D. Afonso Henriques, por isso, brincámos que éramos guerreiros ao serviço do nosso Rei, que pro-tegiam o Castelo de um possível ataque.De seguida, partimos até ao Palácio da Pena, obra do séc. XIX e sím-bolo do Romantismo. D. Fernando II, o Rei-Artista, esposo de D. Maria II, preocupou-se em aproveitar os vestí-gios que havia na zona e mandou construir o Palácio. Este é duma beleza extrema, fican-do num cume da Serra, com outra vista inte-ressante, sobretudo sobre a serra. O Palá-cio está em muito bom estado, com várias re-cordações da presen-ça dos últimos Reis de Portugal, sobretudo de D. Amélia, que deixou a sua marca nos quartos do edifício. De volta ao centro da Vila, visitamos o Pa-lácio Nacional de Sin-tra, vulgo da Vila, que apresenta traços de

PARTIDAS

TEXTO E FOTO / Francisco

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acessórios

AGUENTA V E R D O S

FAYAL SPORTFactos e Figuras

Armando Amaral

F E V E R E I R OS — 7 14 21 28 —T 1 8 15 22 — —Q 2 9 16 23 — —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

N O V E M B R OS — 7 14 21 28 —T F 8 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

D E Z E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q F F 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 31 —D 4 11 18 N — —

Guerrilhas, N.º 34 – Terra-Chã • 9700-685 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax 295 331 469 • Telmóveis: 969 028 777 / 969 239 333

E-mail: [email protected]

Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

J A N E I R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S F 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

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Design &Impressão:UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE

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orém

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Director: Pe. Manuel Carlos

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carnaval2 0 1 0

GrÁTIS

FOTOS: JOÃO COSTA

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O Jornal a União e a

União Gráfica Angrensedeseja aos seus leitores e clientes

umSanto Natal

e oMelhor 2011

envelopes • papel de carta • cartões • facturas • recibos • guias remessacarimbos • convites • casamento • postais • autocolantes • calendários • livroscartazes • flyers • folhetos • revistas • jornais • boletins • e muito mais . . .

Page 27: Revista U Nº19

PU

BLIC

IDA

DE

arquitetura gótica, mas também manuelina, re-nascentista e românti-ca, sendo um exemplo do percurso histórico. Adorei as janelas ma-nuelinas, que me re-cordaram a expansão e o nosso domínio dos mares, o que me fez voltar às nossas ilhas e à nossa História.Aconselho a todos os terceirenses a conhe-cerem o seu patrimó-nio, mas também a visi-tarem os vários pontos históricos do nosso país. Sintra, Vila a visi-tar.

*Historiador

BRINCÁMOS QUE ÉRAMOS GUERREIROS AO SERVIÇO DO NOSSO REI, QUE PRO-TEGIAM O CASTELO DE UM POSSÍVEL ATAQUE

PARTIDAS

UMa aMbIêNCIa MUITo ProPíCIa

Para UMa VIaGEM No TEMPo

Rua da Rosa, 199700-171 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275Fax: 295 214 030

UniãoGráficaAngrenseUnipessoal Lda.

UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE, UNIPESSOAL, L.DA

Rua da Rosa, 19 | Apartado 49

9700-171 ANGRA DO HEROÍSMO

Tel. 295 214 275 | Fax 295 214 030

E-mail: [email protected]

www.auniao.com

TAXA PAGAPORTUGAL

CONTRATO 200018151

[email protected]

União Gráfica AngrenseCONTRIBUINTE N.º 999 999 999Rua da Rosa, 19 • 9700 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275 • Fax: 295 214 030

GUIA TRANSPORTE

NºNome _______________________________________________________________________________________________________________________Morada _____________________________________________________________________________________________________________________Contribuinte n.º Data

Quant. Designação P. Unitário

TOTAL . . . .

,,,,,,,

. ,

. ,

. ,

. ,

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. ,

. ,

. ,

Importância

IVA em regime de isenção

Viatura nº __________

Local de Carga ______________________________________

Local descarga ______________________________________

Hora ________ h ________

Hora ________ h ________

Recebido por ______________________________

Entregue por _______________________________

Matrícula ________ – ________ – ________ O Condutor _____________________ Data ______ /______ /______

U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo • Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008 Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data

Rua da Esperança, 44-A

9700-073 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax: 295 213 302

comprimentos e

l a r g u r a s

t e c i d o s

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c o r t i n a s

cortinados

e s t o r e s

interiores

japonesas

l â m i n a s

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acessórios

AGUENTA V E R D O S

FAYAL SPORTFactos e Figuras

Armando Amaral

F E V E R E I R OS — 7 14 21 28 —T 1 8 15 22 — —Q 2 9 16 23 — —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

N O V E M B R OS — 7 14 21 28 —T F 8 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

D E Z E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q F F 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 31 —D 4 11 18 N — —

Guerrilhas, N.º 34 – Terra-Chã • 9700-685 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax 295 331 469 • Telmóveis: 969 028 777 / 969 239 333

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Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

J A N E I R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S F 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

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Design &Impressão:UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE

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Director: Pe. Manuel Carlos

2010

carnaval2 0 1 0

GrÁTIS

FOTOS: JOÃO COSTA

COM

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O Jornal a União e a

União Gráfica Angrensedeseja aos seus leitores e clientes

umSanto Natal

e oMelhor 2011

envelopes • papel de carta • cartões • facturas • recibos • guias remessacarimbos • convites • casamento • postais • autocolantes • calendários • livroscartazes • flyers • folhetos • revistas • jornais • boletins • e muito mais . . .

Page 28: Revista U Nº19

23 julho 2012 / 28

oPin-ionartiCle heaD-lineCOVER-AGETEXTO / Frederica Lourenço

Corat res et pore, siminis et debitas imporrundis dolorem denihil iundis vid explacias am, seque dolupta tem-qui quaspellandi debis a non eatur, im lam reped ut aliquo omnit aut quae-cea voles aut occus ut quatem diation poratem excearumquid que sequaere nonseque niet explitio blabo. Bo. Nam, te sant exerit remodit volore nimod magnatat anit adi quo commolectur aut ium non pedignam invelenim vo-luptat. Hillabor alibea con repremquid endes sande dunt eaturibusdam aut rest rernam quid eatem sunditasped que mi, odion por arciae maio. Itati-bus, si odit ist, quae ditatem nos nes dignatur, quaepro dustibus eatem quis auta aliatiatum net volorerum, consed que rere occuptature exper-

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, offi-cab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit aut volorep ellendaero dolore mod et ulparum incias molorro to blaboria simoluptate nostion sectene vent undam ium qui quide consed quis-sequatus magnien imint, que re quo moditate volore laut asitatus, quia-temos que venet restia quia corunt. Ciendio con rehenis ipsunt ullupta si net dolore nos assitatqui rerrovi di-cidunt, quatur rectiumque rem que netur? Acerum eicae voluptiore mi-nihillabo. Vitatus, omnihicitate nihilit qui ut et volor audae quam essunti ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem alibus dolo tem. Lesciam evelectur sanihiciae pos porum, si temporr ovi-dunt iatqui utenis nis et volupiene vo-lupta denduci llaces sinum, occus aut volendi blaborem fugiaecupici

“são os sentimentos que conduzemas sociedades, não as ideias”

fernando Pessoa

CArTooN

ÓCIOS / OPINIÃO

AS MAiS VistasONLINE

Bóia indica condições balneares - PRAIA DA VITÓRIAINTEGRA APLICAÇÃO “PRAIA EM DIRECTO”

Artigo de opinião de João RochaCANUDO DESENRASCADO

F. S.

QuEStiOnáRiO

CONCORDA COM A REDU-ÇÃO DOS SUB-SÍDIOS AOS CLUBES DES-PORTIVOS?

SIM 70 (87,50%)

NÃo 10 (12,50%)

ToTal: 80 (100%)

ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

07 maio 2012 / 28

“Citação e/ou frase aqui.”

AS MAIS VISTASONLINE

A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?

QUESTIONÁRIO

SIM

NÃO

CARTOON

Título Aqui

Título Aqui

CLIENTS FROM HELLTEXTO / Frederica Lourenço

Para quem - como eu - trabalha em áreas criativas, é bom saber que não estamos sozinhos no mundo e que há quem nos compreende quando um cliente ou potencial cliente nos leva à beira de um ataque de nervos.A “Clients From Hell” (em português Clientes do Inferno) é um espaço na internet dedicado à publicação de citações e episódios, enviados por con-tribuintes anónimos de todo o mundo, e os temas variam entre o absurdo, o divertido e do mais irritante possível...Basicamente é a catarse que precisamos - sejamos criativos ou não - para colocarmos tudo no seu devido lugar, rirmo-nos das situações mais hilarian-tes que nos acontecem e não nos deixarmos envolver demasiado com a es-tupidez alheia. Normalmente concluímos isso quando vemos que - ao pé dos outros - não sofremos nada nas mãos do mais infernal dos clientes....O sucesso do projecto tem sido de tal forma que já têm um livro, à venda na Amazon www.amazon.com, intitulado “Clients From Hell: A collection of anonymously-contributed client horror stories from designers” e não há blogue ou twitter de arquitectura, design ou outra indústria criativa que não fale deles.

http://clientsfromhell.net/

I am a fan of

Page 29: Revista U Nº19

23 julho 2012 / 29

ViSiTAS Ao esPírito santo

“Festas do Espírito Santo - a contemporaneidade da herança açoriana”, assim se intitula a mostra no Museu de Angra do Heroísmo que está aberta a

MuSEu DE AnGRA

visitas orientadas. Nela, referem os promotores, são abordados os ide-ais, símbolos e rituais das festas em louvor do Divino, bem como a re-alização de oficinas de

Visitas orientaDas

flores de pano e papel, tradicionalmente utilizadas como elementos decorativos de coroas e altares. As actividades destinam-se a grupos e realizam-se mediante agendamento prévio, de terça a sexta-feira. A frequência é gratuita, devendo as inscri-ções ser efectuadas pelo telefone 295 213 147 ou através do mail [email protected].

CONCURSO de curtas

A Azores Film Commission acaba de lançar o concurso “Curtas Açores”, que visa apoiar a produção de duas curtas-metragens, através da atribuição de um prémio para produção, no valor de catorze mil euros.Este concurso, tem como objectivo a promoção turísti-ca da região, e simultaneamente promover o desenvol-vimento audiovisual nos Açores, incrementando, desde modo, a produção de curtas-metragens.As inscrições estão abertas até 31 de Agosto, através do website: www.azoresfilmcommission.org, onde está, de resto, disponível toda a informação necessária para concorrer. Os projectos submetidos em candidaturas deverão ter como conteúdo temático o arquipélago dos Açores e a sua rodagem deverá ser realizada também no arquipélago.Esta iniciativa, que conta com o apoio do Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Economia, Di-recção Regional do Turismo, é co-financiada pela União Europeia, programa PROCONVERGÊNCIA, através do FEDER.

a Universidade

dos açores (Ua),

através do Centro

de Estudos Sociais

(CES-Ua), em par-

ceria com a Univer-

sidade de Toronto

(Canadá), através

do Departamento

de Espanhol e Por-

tuguês, e com a co-

laboração da asso-

ciação Seniores de

São Miguel (aSSM),

leva a efeito o III

Congresso Interna-

cional a VoZ DoS

aVóS: GEraÇÕES E

MIGraÇÕES, dando

destaque a ques-

tões da actualidade

que são transver-

sais na vida das ge-

rações nos açores

e nas Comunidades

da Diáspora.

Com início no dia

26 de Julho – o Dia

Internacional dos

avós, de 2012, e ano

Europeu do Enve-

lhecimento activo

e da Solidariedade

entre Gerações–, o

III Congresso Inter-

nacional a VoZ DoS

aVóS: GEraÇÕES

E MIGraÇÕES,

acontece numa

“altura de mudan-

ça e de incerteza

em que as famílias,

as instituições e

as sociedades são

postas à prova nas

suas funções e rela-

ções”. o Congresso

vem criar, através

de uma dinâmica

intergeracional, um

espaço de partilha,

reflexão e debate,

com especial des-

taque para as que

desempenham o

papel de avós. Para

mais informações

sobre o congresso

consulte http://www.

ces-ua.uac.pt/.

CULTURA

Bóia indica condições balneares - PRAIA DA VITÓRIAINTEGRA APLICAÇÃO “PRAIA EM DIRECTO”

Page 30: Revista U Nº19

PU

BLIC

IDA

DE

JAVEliNTEXTO / Adriana Ávila

Dois jovens primos nova-iorquinos George Langford e Tom Van Buskirk, formam a dupla artística e mu-sical Javelin. Apesar de se conhecerem desde sem-pre, apenas em 2010 lançaram o primeiro álbum “No Más” pela editora Luaka Bop, com uma sonoridade difícil de catalogar e ao mesmo tempo muito doce e singular. Os Javelin exibem traços fortes de synth pop, electro, entre outros, e contam já com três dis-cos editados lado a lado com a mesma editora.O seu mais recente projeto intitula-se “Canyon Can-dy” (2011), em formato 10”, MiniAlbum e Ltd, foi

CanYon CanDY

também banda sonora de uma curta-metragem ho-mónima do álbum, um western fortemente inspirado pelas paisagens do sul dos Estados Unidos. É possí-vel aceder a esta curta-metragem através do sítio http://stereogum.com/.

tERRAMAR CuLtuRnAtiVOS

A 27 e 28 de Julho próximos acontece o Festival TerraMar Culturnativos Açores que vai reunir, em Ponta Delgada, um programa cultural que tem no seu programa música, poesia, artes performativas, entre outros.

MACAU

A Arte na Filatelia

Exposição TemporáriaExposição TemporáriaExposição TemporáriaExposição Temporária

De 10 de Julho a 30 de Setembro

MACAu na filateliaAté ao dia 30 de Setembro, o Núcleo Filatélico de Angra do Heroísmo tem patente a exposição temporária “Macau – A Arte na Filatelia”. A mostra, que abriu portas ao público a 10 de Julho, pode ser visitada na galeria da Corpora-ção de Bombeiros de Angra do Heroísmo, sede do Núcleo Filatélico angrense, localizada na Guarita.

aNGra em festaA programação da autarquia angrense “Angra em Festa” prossegue este mês de Julho com o seguinte programa: dia 24, pelas 22H00, no Prior do Crato: actuação de João Pedro Soares; dia 27, pelas 22H00, na Praça Velha: Filarmónica da Serreta; dia 28, pelas 22H00, no Prior do Crato: “Os Se7e da vida airada”; dia 29, com início pela manhã, pelas 9H00, no Tentadeiro da Florestal: Festa do Emigrante; e dia 31 de Julho, pe-las 22H00, no Prior do Crato: “Jovens Talentos”.

CULTURA

Page 31: Revista U Nº19

23 julho 2012 / 31

iNSECToS Por baPtizar

“Chama-lhe Nomes” é o mais recente projecto do Gru-po de Biodiversidade dos Açores, da Universidade dos Açores, que, até final do ano, apela à participação do

“ChAMA-LhE nOMES”

público no “baptismo” de espécies endémicas. São 12 insectos entre carochos, escaravelhos e gorgulhos que, além do seu nome científico formado por duas pa-lavras em latim, preci-sam de nome comum a

sugerir no https://www.facebook.com/#!/Chama.lhe.Nomes.Os nomes seleccionados aparecerão no Portal da Bio-diversidade dos Açores (http://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/) seguido do nome dos seus autores, fi-cando assim o autor do nome para sempre ligado à história natural dos Açores.

a associação de Mordomos das Fes-tas Tradicionais da Ilha Terceira elege o seu primeiro pre-sidente na próxima quinta-feira, dia 26 de Julho.a nova colectivi-dade, sedeada na freguesia da Vila Nova, no concelho da Praia da Vitó-ria, ilha Terceira, vai assim eleger os seus primeiros corpos sociais.o acto eleitoral decorrerá nas ins-talações da asso-ciação Cultural do Porto Judeu.

até final Do ano

OPINIÃO / AGENDA

OPINIÃO / AGENDA

07 maio 2012 / 31

SERIE

ARCHI-

TECTS:

PAVILHÃO

OLÍMPICO

BMWTEXTO / Rildo Calado

HEADLINE HERELores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosse-quam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia

TITLE HERE

dolorestibus conse-quate int entus quo doluptiatus dolo earum rem arum volora vita arum reictissi utatae. Et aborero cone etur, cuptatem que com-moluptas quiae et, ve-liqui accusam facculp

TITLE HERE

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Após o evento realizado em parceria com o Museu Guggenheim e a edição do livro de design em parceria com o designer Stefan Sagmeister, a construtora alemã BMW está agora focalizada na sua mais recente iniciativa cultural. O Pavilhão BMW 2012 - que irá ser inaugurado em Londres a tempo da abertura dos Jogos Olímpicos. “Aquilo que os londrinos mais gostam no verão é estar rodeados de parques”, diz o arquitecto Chris Lee, cuja firma Serie Architects assina este projecto, após um concurso que juntou 6 outros ateliers de arquitectura, e que se baseou nessa tradição tipicamente londrina como ponto de partida para a concepção deste projecto. A pér-gola exterior, no topo do edifício, será o showroom dos carros da marca, enquanto a estrutura interior - em baixo - será uma espécie de sala interactiva, com projecções vídeo, apresentações e lançamentos exclusivos da marca, incluíndo o BMW i. Situado no recentemente criado Parque Olímpico, nas margens do Rio Waterworks, é um edifício com a fachada completamente feita em vidro, disfarçada ainda por uma gigante cascata de água que cai do piso superior. Este é mais um dos edifícios a visitar durante este ano, em Londres. Serie Architects: www.serie.co.uk BMW: www.bmw.com

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