revista tracks 20

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Ediçao 20 da Revista Tracks, publicaçao trimestral da Track&Field.

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Page 2: Revista Tracks 20

AGAGTRACKS20TRACKS20

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UAUA

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Uma coleção desenvolvidaespecialmente para você correraté o mar e pular sete ondas.

Page 5: Revista Tracks 20

F E L I Z 2 0 0 9

j3p

Page 6: Revista Tracks 20

A TRACK&FIELD ESTÁ ONDE VOCÊ ESTÁ:São Paulo Shoppings: Jardim Sul • Iguatemi • Morumbi • Villa-Lobos • Ibirapuera • Center Norte • Paulista • Eldorado • Market Place • Higienópolis • Anália Franco • Cidade Jardim • Rua Oscar Freire • Campinas Shoppings: Iguatemi • Galeria • Ribeirão Preto Shoppings: Ribeirão • Belo Horizonte Shoppings: BH • Diamond Mall • Pátio Savassi • Rio de Janeiro Shoppings: Rio Sul • Barra • Fashion Mall • Leblon • Curitiba Shoppings: Mueller • Crystal Plaza • Brasília Shoppings: Pátio Brasil • Park Shopping • Porto Alegre Shopping: Iguatemi • Barra Sul Shopping • Goiânia Shopping: Flamboyant • Loja de Fortaleza - Av. Dom Luiz, 1.049 • Florianópolis Shopping: Iguatemi

Sugestões:Fone SAC: (11) 3048-1238E-mail SAC: [email protected]

Sempre acreditamos que a TRACKS é uma revista para ser apreciada por quem tem sede de esporte, informação,

cultura e lazer.

Em todas as edições, nosso grande desafi o é sempre matar essa “sede” e deixar um gostinho de “quero mais”.

Buscamos fazer uma revista que seja comparada ao primeiro copo d´água em um momento de muita sede – ele é

único, incomparável – capaz de refrescar a memória, aliviar o calor e repor as energias.

Foi assim que surgiu o tema para a revista que celebra os 20 anos da Track&Field. Tema este que faz parte da nossa

vida em todos os momentos: água. Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Simples assim.

Nos inspiramos no mergulho com tubarões e nos quatro cantos da África do Sul. Comemoramos com esforço e

muita água todas as etapas do Track&Field Run Series, com a certeza de que cada um dos 150 km percorridos das

15 etapas realizadas pelo Brasil tenha valido muito a pena.

Parabéns para as 30.000 pessoas que correram em 2008 com a gente. Esperamos reencontrá-las nas etapas de 2009.

Obrigada a todos os apaixonados pela TF, pelo esporte, pela saúde e pela vida.

Por isso vamos celebrar a vida neste fi nal de ano e cuidar do nosso corpo e do nosso planeta.

Sempre acreditamos em fazer melhor. E esta edição 20 de TRACKS prova que sempre é possível ir além.

Você pode ser o que você quiser, é só querer.

Nós combinamos esporte e tecnologia para que você corra para vida.

Boas Festas!

Ana Claudia Moura

Page 7: Revista Tracks 20

20 V E R Ã O 0 9

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ÍNDICEV E R Ã O 2 0 0 9TRACKS 20

P12 P19 P34 P38 P46E S P E C I A L W A T E R E S P O R T E T R A V E L E N T R E V I S T A

P90 P106 P120 P122 P126L I T E R AT U R AC U L T U R AA D V E N T U R E C .E S S E N T I A L ST F R U N S E R I E S

STAFF TRACKS

Diretora: Ana Claudia Moura • Coordenação T&F: Renata Bittar • Colaboradores: Maria Fernanda Lagoa, Lilian Lemos Daher, Primetour, Latin Sports, Santo

Corpo, Sergio Zolino, Fernanda Keller, Ana Paula Vitali, Ana Maria Santero, Pablo Manzotti • Assessoria de Imprensa: Approach • Equipe T&F: Isabela Izidro,

Fernanda Leone, Roberto Valente • Produtora de moda: Samara • Maquiagem e cabelo: Alex Cardoso • Fotografi a: Johnny, Douglas Moreira • Projeto Gráfi co: J3P

Propaganda tel:2182-9500 www.j3p.com.br • Direção de Criação: Fábio Pereira • Direção de arte: Cesar Rodrigues • Coordenação J3P: Marcela Avena e Laura

Ciancaglini • Editor-chefe: Sergio Zobaran • Jornalista: Murillo Pessoa • Revisão: Claudio Eduardo Nogueira Ramos • Produção Gráfi ca: J3P Propaganda.• Tracks é um

projeto da Track&Field que tem como objetivo principal levar aos clientes todas as novidades em tecnologia, produtos e tendências de moda esportiva. Sua distribuição

é gratuita direcionada aos clientes Track&Field. Rua Eduardo de Souza Aranha, 387, 6º andar, São Paulo, SP, tel. (11) 3048-1200 E-mail: [email protected]

Page 9: Revista Tracks 20

S P O R T S • H E A L T H • L I F E S T Y L E

P52 P62 P76 P80 P86

P128 P130 P132 P136 P140

G . O R G Â N I C O L I F E T R A C K S S A Ú D E E C O L O G I A B E M - E S T A R

G E A RT FC O S T Ã O G O L FR U N F O R L I F EN E W S

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TF1 TF2 TF3 TF4 TF5

TF1 TF2 TF3 TF4 TF5

TRACKS: CHEGAMOS AO NÚMERO 20!

Criamos moda esportiva, já em 2003, fi zemos e levamos até vocês nossa primeira

revista. Ainda pequena, mas já com muita garra. Nascia a Tracks, o veículo ofi cial da

Track&Field: para todos aqueles que cultuam o esporte, inclusive os profi ssionais, e

praticam por prazer. Muito prazer. Juntos fi zemos uma longa viagem, e aqui chega-

mos ao número vinte, em edições trimestrais, ao longo desses cinco anos.

Falamos de tudo um pouco. Nos esportes, fi zemos um circuito completo: incentiva-

mos o ironman, o triathlon, o endurance, o trekking, a maratona, a corrida e a bike;

apresentamos o heli-hiking, o wakeboard e o parkour; revisitamos o pára-quedismo,

o boxe, o golfe, o aikido, a ginástica, a capoeira, o futebol, o basquete, a natação, o

mergulho e a dança; enfrentamos o rapel, a canoagem, o alpinismo, o jump, o rafting

e o vôo livre; deslizamos no surfe, no kitesurfe e no snowboard; praticamos a ioga.

Nossas capas trouxeram grandes depoimentos: de Luciano Huck (#4), que falou de

12 ESPECIAL

Page 13: Revista Tracks 20

TF6 TF7 TF8 TF9 TF10

TF6 TF7 TF8 TF9 TF10

GENTE BACANA, TODOS OS ESPORTES, MUITOS LUGARES, OS MELHORES

PARCEIROS. MODA ESPORTIVA E TOTAL BEM-ESTAR EM VINTE BEM VIVIDAS

EDIÇÕES. UM PERCURSO DE CINCO ANOS... VAMOS RELEMBRAR?

sua ONG Instituto Criar de TV e Cinema. Fernando Scherer (#5), em golden cover,

que já dizia: “A prática leva à perfeição”. Angélica (#7): a loura estava grávida, linda

e em boa forma, como sempre. Ana Paula (#8) conciliava o fato de ser, ao mesmo

tempo, mãe, mulher e atleta. Gustavo Borges (#9) contava de sua metodologia ao

longo de vinte anos de carreira, ao lado de sua Bárbara. Daniela Sarahyba (#10),

muito bronzeada, aparecia antes de embarcar para NY. Fernanda Tavares (#12)

fez um carão suave só para nós. Zico (#13), aos 53 anos, falou de sua vida “Muito

além das quatro linhas” do campo de futebol. E Fernanda Lima (#17) mostrou sua

forma, cabelão e performance total de grande modelo. Como Daniela Cicarelli e

Ana Beatriz Barros, que também encheram nossos olhos e ocuparam nossas pá-

ginas coloridas.

Na Tracks #6 crescemos mais um pouquinho, e algumas edições depois, na Tracks #11,

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Page 14: Revista Tracks 20

TF11 TF12 TF13 TF14 TF15

TF11 TF12 TF13 TF14 TF15

assumimos na grande capa a trilogia bacana que nos

leva adiante até hoje: Sports, Health e Lifestyle. Mudamos

para um formato maior, defi nitivo. Recheado de muita

informação.

Por todo esse tempo, fomos orientados pela melhor

opinião médica, em todas as especialidades que

interessam ao atleta, da dermatologia à fi siologia do

exercício – o que é fundamental em toda a prática

esportiva, além do check-up, que também abordamos,

claro. Adotamos colaboradores das melhores

assessorias esportivas do Brasil, craques em cada

uma de suas áreas, e ouvimos atletas amadores,

e superprofi ssionais de todos os setores que nos

interessam: das artes plásticas à arquitetura – como

em Arthur Casas e na matéria com Oscar Niemeyer,

nosso gênio centenário – e gastronomia. Assim nos

deliciamos com Andréa Fasano e seu bufê, os chefs

bacanas que atuam no Brasil, como Alessandro

Segato, Cássio Machado, Claude Troisgros, Emmanuel

Bassoleil. E também entendemos um pouco mais da

comida japonesa, além das estripulias gastronômicas

espanholas do El Bulli.

14 ESPECIAL

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TF16 TF17 TF18 TF19 TF20

TF16 TF17 TF18 TF19 TF20

15

Page 16: Revista Tracks 20

Nos alinhamos com a WWF – World Wildlife Foundation e suas causas

absolutamente corretas. E a cultura também entrou em pauta com templos a

ela dedicados em São Paulo – a Pinacoteca do Estado e o Museu da Língua

Portuguesa – e em São Francisco: o MoMA de lá.

Entrevistamos gente interessante como Didi Wagner, Lilian Pacce, uma das

papisas da moda, Jorge Ben Jor (“música e esporte reanimam e elevam o

espírito”), Robert Scheidt, Tande, os irmãos Hypólito e Zagallo, feras do

esporte que iremos sempre homenagear. Ficamos em clima zen com Márcia

De Luca e seus ensinamentos de musa do ayur yoga. Ben Fertic disse por que

é o homem da marca de ferro, e ainda curtimos a ascensão da carreira

16 ESPECIAL

Page 17: Revista Tracks 20

do petropolitano e internacional Rodrigo Santoro...

Passo a passo, reportamos as nossas Run Series realizadas nos diversos

estados brasileiros. E, mundo afora, acompanhamos as Olimpíadas,

naturalmente, desde a Grécia, em 2004, até Pequim, em 2008 – além dos

Jogos Pan-Americanos que aconteceram no Rio de Janeiro. Viajamos por

paisagens maravilhosas como nos Alpes, no Alasca, na Nova Zelândia,

Galápagos, Fernando de Noronha, Itacaré e Trancoso, o Caribe e a Riviera

Francesa. Falamos da Amazônia e da China. De Nova York, Buenos Aires,

Rio de Janeiro, São Paulo, Paris! E queremos continuar essa caminhada com

todos vocês e quem mais quiser chegar...

17

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FOTOGRAFIA: JOHNNY

TRACKS SUMMER WATER 09

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70% DO PLANETA É ÁGUA.

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70% DO SEU CORPO É ÁGUA.

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PRESERVE A ÁGUA DO PLANETA.

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PRESERVE SEU CORPO.

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Page 34: Revista Tracks 20

O que leva as pessoas a experimentar aventuras que as

colocam diante das coisas mais selvagens do mundo?

Uma excitação, um frio na barriga ou na espinha, um

assombramento? O quê afi nal?

O desejo indômito de se colocar frente a frente com o que

pode oferecer perigo fez com que muitos seres humanos

inventassem esportes de alto risco ou aventuras com os

seres selvagens de nosso mundo, os animais, que, de

verdade ou imaginariamente, são terríveis e perigosos.

Imagino que o mergulho com tubarões esteja incluído

no imaginário popular, os tubarões são seres terríveis,

perigosíssimos, assassinos. Quem não se lembra de

Jaws (Tubarão), fi lme que lançou Steven Spielberg

como diretor, sucesso absoluto em todos os países em

que foi exibido?

Curiosamente, essa não é a verdade sobre esses ani-

mais. Os tubarões, entre eles o tubarão branco do fi lme

de Spielberg, são menos perigosos que os grandes feli-

nos, os crocodilos ou os ursos. Das quase 450 espécies

de tubarões conhecidas, menos de 10% são potencial-

mente agressivas ao ser humano.

Os tubarões exercem duas funções primordiais no ambiente

marinho. Como predadores situados no topo da cadeia

alimentar, mantêm o controle populacional das suas

presas habituais; e são um instrumento da seleção

natural ao predar os mais lentos e os mais fracos.

Alimentando-se ainda de animais e peixes doentes,

TUBARÕES UM MERGULHO ARREPIANTE!

Por Ana Maria Santeiro

feridos ou mortos, contribuem para a manutenção da

salubridade dos oceanos.

No caso dos tubarões brancos, por exemplo, o seu prato

preferido não é a carne insossa dos seres humanos, mas

a gordura que ele encontra abundantemente nas focas,

elefantes e leões-marinhos. Segundo Deyves Elias Grim-

berg, no site http://educar.sc.usp.br, ele também é muito

curioso; como não tem mãos, apalpa com os dentes.

No ápice da cadeia alimentar, como rei do reino das coi-

sas mais selvagens, o tubarão deve ser protegido, pois

a constante e silenciosa caça predatória já o incluiu no

livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção, so-

bretudo o tubarão branco, que é mais raro, pois tem uma

das mais baixas taxas de procriação entre os peixes, ge-

rando um ou dois fi lhotes por vez, e é perseguido tanto

por aqueles que se orgulham de enfrentar um animal pe-

rigoso como aqueles que o temem.

A designer Mariana Bernardes, do jornal O Globo, prati-

cante de mergulho, diz não saber muito sobre os tubarões,

só os ama! Nunca esteve frente a frente com o tubarão

branco, apenas com os lambarus, abundantes na costa do

Recife e em Fernando de Noronha. Segundo ela, “espécie

mais tranqüila que existe, chega a ser ‘baiano’ o bichinho,

de tão parado que é”. Para ela, os tubarões são muito in-

teressantes e o mergulho com um bicho “tão grande e tão

jurássico é de arrepiar”. Depois disso, “qualquer mergulho

só com peixinhos perde completamente a graça”.

O MAIOR PREDADOR PERTENCE À ELITE DO EQUILÍBRIO DA CADEIA ALIMENTAR,

CONTRIBUINDO PARA A SELEÇÃO NATURAL E A MANUTENÇÃO DA SALUBRIDADE

DOS OCEANOS. VOCÊ SABIA?

34 ESPORTE

Page 35: Revista Tracks 20

Nas Bahamas e no mar do Caribe existe um tipo de mer-

gulho com tubarões que se chama de “alimentação de

tubarões”. Um grupo de 15 mergulhadores, acompanha-

dos por um mergulhador mestre (diver master), vai até o

fundo, fi cam organizados num semicírculo e assistem a

um instrutor local alimentar os tubarões. Os mergulha-

dores devem manter os braços cruzados junto ao corpo

para estes não serem confundidos com as carniças. Tão

logo fi cam saciados, os tubarões vão embora. Essa é

uma operação de 30 minutos, no máximo. Nessas áreas,

os tubarões já estão acostumados com a presença dos

mergulhadores e já são alimentados há bastante tempo.

Nas áreas onde não há o mergulho de alimentação, os

tubarões são atraídos por iscas falsas ou por carniças.

No Youtube é possível ver vídeos sobre esse tipo de mer-

gulho. O mais famoso é na África do Sul, nas Ilhas Gans-

baai, em um ponto específi co próximo à Ilha Dyer, mais

conhecido como Shark Alley, um dos poucos lugares do

mundo onde há uma concentração de tubarões brancos.

Uma vez ancorado, o barco baixa uma célula, uma es-

pécie de gaiola, especialmente projetada para duas pes-

soas, que desce cerca de um metro e fi ca submersa nas

águas, dando oportunidade aos mergulhadores a bordo

de observarem os tubarões que estão em volta.

Uma das práticas de mergulho de maior crescimento é

com tubarões, pois a mística do maior predador do mun-

do animal é grande e fartamente alimentada.

Entretanto, questões éticas e de compromisso e

responsabilidade ecológica se fazem presentes para

as operadoras de mergulho que se vêem na seguinte

situação: se iscas não são utilizadas para atrair os

tubarões, a probabilidade de encontrá-los é muito pequena.

Com as iscas (carne, sangue e ultra-som) e a associação

destas aos seres humanos, pode haver uma mudança no

comportamento desses tubarões, cujas conseqüências

ainda são incertas, mas provavelmente irreversíveis.

Peter Pyle, biólogo americano que nos últimos 20 anos

conduziu as pesquisas sobre o comportamento dos

35

Page 36: Revista Tracks 20

tubarões nas Ilhas Farallons, a 25 milhas da Golden

Gate Bridge, em São Francisco, Califórnia, afi rma que

a alimentação de tubarões e mesmo a atração deles

com iscas falsas podem infl uenciar o comportamento

dos animais. Por ele, todos os tours para ver tubarões

deveriam ser banidos, pois interferem nas pesquisas.

Burr Heneman, ex-diretor executivo do Point Reyes Bird

Observatory, sob cuja jurisdição estão todas as águas em

torno das ilhas, compartilha da mesma opinião. Segundo

ele, “Farallons é o melhor lugar para se estudar os

tubarões brancos. Alimentar os tubarões torna você parte

da cena, e isso realmente põe a perder toda a pesquisa”.

Algumas agências de viagem não condenam quem

opta por fazer esse tipo de mergulho, mas tampouco

apóiam ou encorajam a atividade, como é o caso da

Atlantic Connection Travel, especializada em roteiros

diferenciados. Segundo eles, “não se deve esquecer ainda

da possibilidade de frustração, pois é uma atividade que

depende de fatores naturais e, muitas vezes, os tubarões

não aparecem”. E a operadora não se responsabiliza pelo

show off dos bichinhos.

Para não fi car entre a cruz e a caldeirinha, sugiro a leitura do

livro Dez Anos em Busca dos Grandes Tubarões e assistir

ao DVD Rebelião de Tubarões, ambos de autoria do mer-

gulhador e pesquisador Lawrence Wahba, que ajudaram

um mergulhador apaixonado pela atividade a deixar-nos

a seguinte mensagem: “Seria muito interessante que todo

mergulhador conversasse abertamente com seus parceiros

de mergulho, e com outras pessoas com quem têm contato,

sobre a importância de respeitarmos o meio ambiente, em

nosso caso, o hábitat marinho, para que possamos sempre

realizar nossa prática com felicidade!”

TUBARÃO TIGRE CINZENTO

36 ESPORTE

Page 37: Revista Tracks 20

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Page 38: Revista Tracks 20

ESPORTE E AÇÃO NA ÁFRICA DO SULPor Sergio Zobaran

NO GRANDE PAÍS AFRICANO DO RÚGBI, DO CRÍQUETE E DO FUTEBOL – INFLUÊNCIA

TOTAL DA COLONIZAÇÃO INGLESA – ESCOLHA UM ROTEIRO CUSTOMIZADO E

EXCLUSIVO

38 TRAVEL

Page 39: Revista Tracks 20

39

Page 40: Revista Tracks 20

CAMINHADASTrilhas ecológicas devem ser seguidas com guias armados

também, e podem ser temáticas, como para observação

de fl ores (cerca de 24 mil espécies, preferencialmente em

agosto e setembro, no deserto de Namaqualand), além

de plantas e animais.

BALEIASPara a observação de baleias, que nadam muito perto

da costa, a melhor época é de junho a setembro,

especialmente na Walker Bay, e que ganha até uma

semana de festival. O Tsitsikamma Coastal Park oferece

excelentes oportunidades de fotografi a submarina, mas

certifi cados de mergulho são obrigatórios.

PESCARIAUm dos esportes mais populares do país, a pescaria pode

ser praticada por toda a costa, além dos lagos e rios e nas

reservas naturais. E um dos melhores e mais ricos lugares

para isso está em torno do Cabo da Boa Esperança, onde

os oceanos Atlântico e Índico se encontram. As áreas de

pescaria de trutas fi cam nas montanhas do sul do Western

Cape e nas Drakensberg Mountains, em KwaZulu-Natal.

SAFÁRIS

Seus parques são reconhecidos santuários de três tipos.

Os que eles chamam de “nature parks” têm mais trilhas e

paisagens. As reservas particulares oferecem programas

personalizados; e as reservas nacionais são normalmen-

te exploradas pelos turistas em seus próprios veículos.

Caminhadas, cavalgadas e canoagem vão se tornando

mais populares. Safáris a pé de três noites por trilhas po-

dem ser feitos em grupos de até oito pessoas (12 a 60

anos), com guia armado.

40 TRAVEL

Page 41: Revista Tracks 20

BALEIA NAS ÁGUAS SUL-AFRICANAS

41

Page 42: Revista Tracks 20

LEÃO NAS SAVANAS AFRICANAS

42 TRAVEL

Page 43: Revista Tracks 20

GOLFE A África do Sul tem aproximadamente 500 campos de

golfe em lugares espetaculares. A melhor época para

praticá-lo vai de maio a setembro.

AVENTURA: UM PULO!Uma das mais famosas é o bungy jump, já que o país

tem uma das quedas mais altas – a ponte sobre o Rio

Blaukrans, no Western Cape. A 216 metros de altura, esse

pulo é mais do que duas vezes mais alto que o da ponte

que liga a Zâmbia e o Zimbábue sobre o Rio Zimbábue,

perto de Victoria Falls.

ADRENALINA: PRIME ELABORA UM ROTEIRO NA ÁFRICA DO SUL PARA QUEM AMA AVENTURAEmbarque nessa viagem que inclui de vôos em jatos

supersônicos de combate até corridas de carro e

mergulho com tubarões. Voe em velocidade supersônica

a bordo de um jato militar. Mergulhe entre os tubarões

brancos. Dirija um carro de corrida A1 em um Grand Prix

Corra sobre altas dunas em um veículo especial. Chegue

a Cape Town para encontrar seu guia e comece a viver

dez dias de adrenalina. Treine com um piloto profi ssional

e dirija um carro de corrida a 200 km/h! No hangar de

Thunder City, embarque em um jato inglês Hunter Hawker

e, com seu piloto, voe a 15 mil metros de altitude, ou

faça rasantes. Em Gaansbay, prepare-se para o contato

imediato com o tubarão branco, o mais famoso predador

dos oceanos. Mergulhe em uma cabine para senti-los

de perto e depois vá relaxar em Dyer Island, apreciando

com calma os pingüins africanos e outros pássaros.

Estendendo a viagem até o deserto da Namíbia, vá à base

de exploradores do deserto e atravesse as areias como

um surfi sta em veículo próprio para depois descansar,

passando a noite em um acampamento. No Onguma

Tree Tops Camp, entre o Onguma Game Reserve e junto

ao Etosha National Park, descubra a vida selvagem em

passeios de dia inteiro: veja os fl amingos, os elefantes e os

rinocerontes. Volte para Windhoek em um aviãozinho leve

e depois para Johannesburgo, em vôo seguro para casa.

43

Page 44: Revista Tracks 20

ATIVIDADES LIGHTAlgumas “favorite things” a fazer na África do Sul

CAPE TOWN

Conheça o Victoria and Albert Waterfront e visite seus

restaurantes estilosos, galerias e cafés. Vá até o South

Africa Museum, pegue o teleférico ou escale até o topo

da Table Mountain para ter a vista total da cidade e da

costa. Conheça as plantas indígenas no delicioso Kirs-

tenbosch National Botanical Gardens. Faça um passeio

de dia inteiro até Stellenbosch e Franschhoek, as cidades

do vinho, e deguste, além de admirar a elegante arquite-

tura colonial.

WESTERN CAPE

Alugue um carro, dirija pela Garden Route, e aprecie as

fl orestas que descem até a costa, as baías. Vá observar

as baleias em Hermanus e faça uma caminhada pelas

montanhas no Tsitsikamma National Park. E não perca

o semideserto de Little Karoo.

EASTERN CAPE

Visite os elefantes no Addo Elephant Park, homenageie

o lugar onde nasceu Nelson Mandela, admire as dramá-

ticas Drakensberg Mountains e o velho San rock art em

KwazuluNatal e Mpumalanga. Visite também o African

Arts Center e a Durban Art Gallery, em Durban, claro,

e confi ra porque a Hibiscus Coast merece esse nome.

Olhe os golfi nhos na costa norte, também conhecida

como Dolphin Coast, e procure de novo os rinocerontes

na Hluhluwe-Umfulozi Game Reserve.

PRAIAS ENTRE AS MELHORES DO MUNDOCom 800 quilômetros de praias praticamente intocados,

o litoral de Eastern Cape possui algumas das melhores

praias do mundo.

A cidade de Port Elizabeth conta com 40 quilômetros

de magnífi cas praias, oferecendo ao visitante uma

combinação perfeita de água quente, mar calmo e brisa

agradável. É um dos melhores locais do mundo para a

44 TRAVEL

Page 45: Revista Tracks 20

Reservas e mais informações:Primetour Viagens e Turismo – Tel. 11 [email protected] – www.primetour.com.br

prática de navegação a vela, além de servir como pólo

para todos os amantes da prática de esportes aquáticos

e de areia.

As praias mais ao sul de Port Elizabeth oferecem uma

grande variedade de atividades esportivas – natação

segura, surfe, navegação em prancha (boardsailing) –,

ótimas ondas ou um simples banho de sol e uma interes-

sante vida marítima, independentemente da maré.

Já as praias mais ao norte – King’s Beach, Humewood

Beach, Hobie Beach, Pollock Beach, Brighton Beach,

Bluewater Bay, St. George’s Strand e Wells Estate – con-

tam com vastas faixas de areia e de dunas que são ideais

para longas caminhadas, e ótimas opções para a prática

de natação e de pescaria com caniço.

Ao sul, temos Schoenmakerskop – um simpático vilarejo

no litoral –, que se orgulha de seus espaços próprios para

piqueniques e das enseadas, piscinas minerais e balne-

ários de férias, com banho seguro e pesca em piscinas

com ondas.

Um pouco mais adiante está a Sardinia Bay, uma reserva

de marina que compreende quilômetros de litoral intacto e

de águas cristalinas – excelente para a prática de mergu-

lho, passeios a cavalo, caminhadas e excursões a pé.

45

Page 46: Revista Tracks 20

FERNANDA KELLER, GLAMOUR E ALTO-ASTRALEM BUSCA DE PERFORMANCE, RESISTÊNCIA E DA SUPERAÇÃO DE SI MESMA, A

SUPERATLETA FALA DO ESPORTE QUE A TORNOU CAMPEÃ E FAMOSA:

“É SAUDÁVEL E DIVERTIDO!”

Precoce. Aos 16 anos a niteroiense Fernanda (“represen-

tante da turma do Araribóia, com muito orgulho”) entrava

na Faculdade de Educação Física da UFRJ assim meio

sem perspectiva. Os pais fi caram preocupados: “Tudo era

muito novo para eles”. Mas ela jura ao mesmo tempo, com

seu charmosíssimo e carregado sotaque carioca, que já

sabia que tinha uma trilha para chegar lá.

Pioneira. Aos 25 anos de carreira, a triatleta mais famosa

do Brasil, que havia passado sua adolescência nas

academias de jazz em Niterói – chegou a ser professora

do estilo –, e que se dedicou a vida inteira ao exercício

físico, relembra o tempo em que embarcou nessa enorme

aventura no esporte, “que fez pela família inteira”. Quando

terminava a faculdade, Fernanda havia aprendido “a

cuidar da máquina (seu corpo), a descansar, a ter paz de

espírito”, já havia se transformado em atleta profi ssional,

com direito a patrocínios e convites mil: “Você já nasce

com o dom que o cara lá de cima lhe dá, e que está

reservado para você”, diz a católica nem tão praticante.

Para ela, que viaja o mundo inteiro a trabalho, desde o

tempo em que participou do nascimento do triathlon no

mundo, plenos anos 1980, não há muito segredo. E, com

segurança, fala do seu esporte predileto no plural de

modéstia: “A gente via desafi os nessa descoberta, sentia

vontade de fazer o que ninguém tinha feito”.

Recordista sul-americana do Campeonato Mundial

de Ironman, e seis vezes medalha de bronze no

Campeonato Mundial de Ironman do Havaí, a bicampeã

brasileira do esporte viaja pelo mundo inteiro correndo

atrás de superar seus próprios limites, mais do que

vencer os demais concorrentes: “Quero sempre ganhar

de mim mesma”. E até quando praticará o esporte? “Até

morrer”, ela afi rma, treinadíssima às vésperas de mais

uma viagem ao Havaí, sua vigésima terceira (participou

de vinte e dois campeonatos por lá), e de completar 45

anos em outubro.

Em 1986 Fernanda ganhou seu primeiro grande

campeonato internacional de triathlon, no Rio de Janeiro.

“Não tem circuito mais bonito no mundo!”, ela se orgulha,

ao descrever o nado em Guaratiba, a pedalada a partir

da Grota Funda, e a corrida desde o Quebra-Mar, na

Barra da Tijuca, até o Leme, passando pelas praias de

São Conrado, Leblon, Ipanema e Copacabana. Como

ela, o esporte evoluiu desde os tempos em que ainda não

era olímpico, “mas sempre meu objetivo foi o Ironman –

hoje existem o triathlon olímpico, o Ironman e o circuito

70.3”. E exemplifi ca pelo menos uma de suas diferenças:

“No olímpico, vale o vácuo, as bicicletas andando juntas,

enquanto no Ironman é proibido, e temos que manter 10m

de distância entre elas”.

Por Sergio Zobaran

46 ENTREVISTA

Page 47: Revista Tracks 20

47

Page 48: Revista Tracks 20

Mas para Fernanda, o campeonato mais bacana é o que

acontece no Havaí, o Mundial de Ironman, que já teve

maior participação de brasileiros, hoje reduzida “pela

falta de provas com mais qualidade, maior divulgação e

também maior premiação por aqui”, ela lamenta de forma

positiva. Porque isso é possível no discurso de nossa

superotimista atleta: “Existem muitos eventos, mas sem

muita expressão – e falta glamour”, o que aliás sobra

em Fernanda, que tem rotina dura como de todo bom

atleta. Moradora da Barra da Tijuca, ela sai diariamente

de casa às 5 horas da manhã para nadar (no mar ou na

academia), e depois pedalar, e ainda correr, (em trilhas

ou pela orla marítima, fazendo vários tipos de percurso,

dos planos aos inclinados) numa rotina que lhe toma de

cinco a oito horas diárias.

Fernanda detesta números, mas faz a contagem dos

quilômetros em que se exercita semanalmente, sempre

acompanhada de alguém, inclusive amigos: são pelo me-

nos 20 km de natação, 400 km de pedalada e 90 km de

corrida, fazendo vários tipos de treino em que, portanto,

varia a velocidade. Avaliada constantemente através de

dois checkups anuais, e pela nutricionista, de quem vem

recebendo ótimas notas, Fernanda procura só ingerir ca-

lorias de qualidade. De manhã, antes de sair, toma sucos

de frutas naturais, come banana com cereais, pão – nor-

malmente –, e geléia natural. Almoço e jantar são muito

parecidos, e incluem legumes, verduras, carne branca – e

nunca vermelha –, muito peixe e grãos como feijão, arroz

e lentilhas. Mas nunca qualquer coisa que seja frita ou

muito temperada. “Não conto o número de calorias – a

nutricionista faz isso por mim”.

Casada e ainda sem fi lhos, ela é muito caseira (adora pas-

sear com suas cadelinhas Vicky e Noah, maltesas de 7 e

2 anos, quando lhe sobra tempo), mesmo em função de

suas constantes viagens e treinamentos fora, com o fi siolo-

gista e amigo Paulo Figueiredo, seu consultor e com quem

trabalha desde o início (com elogio e orgulho ela fala dele

como professor da UFRJ, do Flamengo, e também como

treinador de Ronaldo Fenômeno, a quem Fernanda res-

peita). Com seus eternos 54 ou 55 quilos e 1,68 m, nossa

heroína também tem seus ídolos, pessoas que adora: “A

nadadora Maria Lenk, e as corredoras Aída dos Santos

e Sister Madonna, aquela americana que ainda pratica o

esporte aos 76 anos – elas são a minha inspiração”.

48 ENTREVISTA

Page 49: Revista Tracks 20

Única mulher-atleta-profi ssional no mundo a participar do

Campeonato Mundial do Havaí sem nunca ter abandona-

do uma prova – conseguiu estar quatorze vezes entre as

dez melhores do mundo –, a Fernanda ultrafamília dedi-

cou sua vitória no Ironman Brasil, em maio passado, em

Florianópolis, a seu pai que morreu este ano.

Fazendo um estilo atleta, em auto defi nição, Fernanda

garante que não é muito preocupada com beleza (“ainda

que todo mundo queira ser bonito, né?), e não sai muito

do circuito casa-cineminha-eventos, como os patrocina-

dos pela Oi, “e eles só têm coisas legais, às quais com-

pareço com o maior prazer; é parte do trabalho, como nos

desfi les das semanas de moda que curto”. Mas desfi le

que curte mesmo é o de Carnaval, já que vai ao Sam-

bódromo do Rio há anos como destaque pela Viradouro,

sua escola querida de Niterói. E seu único esporte além

do profi ssional é o surfe, “mas só pego onda merreca”.

Como na praia de Waikiki, no Havaí, lugar que recomen-

da ser visitado (“por seus passeios pela Big Island e seu

Parque dos Vulcões”), assim como a Califórnia (onde mo-

rou por diversas vezes, e mantém “amigos do esporte”),

e as Ilhas Fiji: em 1996 venceu uma prova “neste lugar

tão legal”.

TUDO PELO SOCIALEm Niterói, no Forte Rio Branco, Fernanda pratica seu

lado social, em parceria com o Exército e com o Corpo

de Bombeiros. Há 10 anos mantém uma escolinha para

quase quinhentas crianças e adolescentes (7 aos 18

anos), a quem procura oferecer a mesma oportunidade

que ela teve, e cujo objetivo principal é “dar disciplina,

qualidade de vida a essas crianças menos favorecidas”

(Fernanda se recusa a dizer o termo carente, que detes-

ta, como os números).

Para quem procura se iniciar no esporte, Fernanda re-

comenda: orientação adequada, muita informação e

técnica, “para não se machucar”, com coisas facilmente

‘consertáveis’, como a posição na bicicleta ou mesmo o

uso de um par de tênis errado. Fernanda se despede cor-

rendo, pois daqui a pouco embarca para tentar mais uma

vitória: sobre seus próprios limites...

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Page 50: Revista Tracks 20

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Page 51: Revista Tracks 20

Novos modelos Ironman Footwear.Designed for a better performance.

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Page 52: Revista Tracks 20

HOLÍSTICO, SUSTENTÁVEL... ORGÂNICO!PARA OS ATENTOS À PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, À SAÚDE E À QUALIDADE TOTAL DE VIDA, PRODUZIMOS UM GUIA DE PRODUTOS ORGÂNICOS DE A A Z

52 GUIA ORGÂNICO

Page 53: Revista Tracks 20

53

Page 54: Revista Tracks 20

A

B

C

AZEITELeva apenas olivas cultivadas sem agrotóxicos em sua

confecção. Prensadas a frio, as azeitonas resultam em

um óleo orgânico com baixa acidez, muito aromático e

de paladar levemente adocicado.

BARRA DE CEREAISFormulação e processo bastante elaborados.

Produto complexo, pois leva em sua

composição vários cereais, frutas, glicose e

diversos outros ingredientes, todos orgânicos.

CARNECom opções de diversos cortes especiais,

provenientes de gado orgânico: alimentado

em pastos adubados organicamente, e

criado com cuidados especiais, inclusive

homeopatia. Os bifes são mais macios e

suculentos – e tem até hambúrguer!

DELIVERYAlgumas lojas atendem especifi camente o

cliente que busca sempre uma relação mais

próxima e saudável com o alimento. Para as

entregas em domicílio, separam os pedidos

individualmente, dando atenção para que os

produtos cheguem em perfeitas condições.

D

54 GUIA ORGÂNICO

Page 55: Revista Tracks 20

AE F

G

HI

ESFOLIANTEFormulado com açúcar orgânico e óleos vegetais

de amêndoa doce, girassol e maracujá, remove

impurezas de células mortas da pele, sem agredir.

FARINHASA de trigo integral é obtida da moagem de grãos

orgânicos selecionados; a de mandioca vem da

original, orgânica; a de soja vem da moagem

dos grãos de soja orgânicos... Vários outros

tipos: arroz, trigo branca, milho, todas mais

nutritivas quando comparadas às tradicionais.

GELÉIA Concentração de frutas maior do que a da

geléia tradicional, e que chega a ser superior

a 70%. Nesta versão tem 100% de frutas

orgânicas, e é classifi cada como produto light.

HORTALIÇASCultivadas em solos ricos e balanceados

com adubos naturais, produzem alimentos

com maior valor nutritivo. Sabor e aroma

são mais intensos – em sua produção não

há agrotóxicos ou produtos químicos que

possam alterá-los.

IBD (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO BIODINÂMICO) Empresa brasileira sem fi ns lucrativos, que desenvolve

atividades de inspeção e certifi cação agropecuária, de

processamento e de produtos extrativistas, orgânicos

e biodinâmicos. Há vinte anos atua no campo da

pesquisa e desenvolvimento deste tipo de agricultura.

55

Page 56: Revista Tracks 20

K

J

L

M

JÓIASEm busca da valorização da natureza, a designer

Maria Oiticica encontra inspiração na arte indígena

e nas formas naturais para criar anéis, colares e

todo o tipo de acessório com materiais orgânicos.

Com a garantia de que tenham sido extraídos de

maneira responsável, sem causar danos à fauna ou

à fl ora brasileira.

KIWIRico em vitaminas e minerais, contém duas

vezes mais vitamina C que a laranja. Na versão

orgânica, além de sabor mais alongado e cítrico,

apresenta um maior teor da vitamina.

MELAlém de ser utilizado como adoçante, o mel é

reconhecido por suas propriedades terapêuticas.

Oriundo de plantas silvestres, é produzido sem

uso de agrotóxicos, o que o torna um excelente

complemento alimentar.LATICÍNIOSManteiga, leite, requeijão e queijos são o resultado

de um sistema de produção agrícola que busca

manejar de forma equilibrada o solo e demais

recursos naturais, não admitindo o confi namento

de animais.

56 GUIA ORGÂNICO

Page 57: Revista Tracks 20

NO

P

Q

NATURAL FASHIONCooperativa de Campina Grande, na Paraíba

que, entre outros itens, trabalha com bichos

de pelúcia. Produtos ecológica e socialmente

corretos, através da valorização da agricultura

familiar e do artesanato local.

OVOS FERTILIZADOSProduzidos sem a adição de antibióticos e hormônios.

As galinhas são criadas junto com os galos em

ambiente harmônico e agradável.

PÃOQuando feitos com farinha de trigo

orgânica, com longo processo de

fermentação e, de preferência, assados

na pedra. Uma padaria em São Paulo

confi rma que inclui em seus produtos

o sal do Himalaia... e amor. Podem

ser integrais, de centeio, italiano, de

forma, etc.

QUINUAPlanta proveniente da Bolívia, que produz

um grão indispensável à alimentação e à

vida do homem no altiplano. Originária

das alturas dos Andes, e conservada por

quechuas e aymarás, com suas 3.120

variedades. Em sua composição nutricional,

tem alta concentração de proteínas ricas

em cistina, lisina, metionina e minerais.

57

Page 58: Revista Tracks 20

RS

TU

RESTAURANTEA parceria entre a gastronomia e os produtos

orgânicos é um importante fator para

fortalecimento do setor. Chefs renomados

focam nos sabores inusitados dos alimentos

naturais, que são mais acentuados.

SPAGHETTIFeito de grãos de quinua,

além de saboroso e livre de

glúten é mais nutritivo.

TECIDOSMateriais para as roupas orgânicas vêm de plantas que

não recebem radiação, e que não foram geneticamente

modifi cadas ou tratadas com pesticidas sintéticos ou

químicos – entre eles, algodão, lã e seda.

UVA-PASSAA mais popular entre as frutas secas, é considerada

excelente fonte de energia e sua ingestão antes

da prática de exercícios físicos reduz o desgaste

celular. As uvas contêm diversos antioxidantes como

o resveratrol, auxiliando assim na redução do mau

colesterol.

58 GUIA ORGÂNICO

Page 59: Revista Tracks 20

VX

Y

Z

Consultora: Ana Paula Vitali

VINAGREAlém de tempero, ajuda na digestão e na cura

de ferimentos. Com matéria-prima e processo

de produção certifi cados em sua procedência

e manipulação, é encontrado em diversos

sabores: cana-de-açúcar, jabuticaba, kiwi,

laranja, maracujá, mel e milho.

XAMPUA grande diferença entre o xampu

tradicional e o orgânico é a matéria-

prima básica para a confecção

do mesmo. A base do tradicional

é sintética e a do orgânico são

os óleos vegetais, como babaçu,

coco e milho.

YOGURT Procuramos por aquí, e

encontramos nos EUA! Feito de

leite orgânico – e isso signifi ca

que as vacas que produzem

o produzem o leite do qual o

iogurte deriva são alimentadas

com produtos orgânicos.

ZELOO cuidado com a saúde

e com o corpo, além das

questões relacionadas com

o meio ambiente, faz com

que o produto orgânico seja

mais procurado e apreciado.

59

Page 60: Revista Tracks 20
Page 61: Revista Tracks 20

j3p

Page 62: Revista Tracks 20

FOTOGRAFIA: JOHNNY

SANTA CATARINA CONTINUA LINDA.

A TRACK&FIELD REALIZOU ESTE EDITORIAL NO LITORAL

CATARINENSE POR SER UM DOS MAIS BONITOS DO BRASIL.

NÃO DEIXE DE VIR A SANTA CATARINA NESSA TEMPORADA

DE VERÃO, AS CIDADES ESTARÃO DE BRAÇOS ABERTOS PARA

RECEBER TURISTAS DO MUNDO INTEIRO.

Page 63: Revista Tracks 20

BATA M/L FLAME BASIC • REGATA VERSALITY SOFTMAX BASIC

Page 64: Revista Tracks 20
Page 65: Revista Tracks 20

VESTIDO VERSALITY SOFTMAX BASIC • HAVAIANAS TRACK&FIELD

Page 66: Revista Tracks 20

BLUSÃO PLUSH BASIC • SHORT PLUSH BASIC • REGATA REGULADOR BEACH FEMININA

Page 67: Revista Tracks 20

BATA LONGA BEACH FLORAL

Page 68: Revista Tracks 20

SHORT BASIC FLORAL • REGATA BEACH FEMININA • HAVAIANAS TRACK&FIELD

Page 69: Revista Tracks 20

BERMUDÃO BOLSOS LIFESTYLE • CAMISETA COOLCOTTON FRESH BASIC

Page 70: Revista Tracks 20

BERMUDÃO BOTÂNICA LIFESTYLE

Page 71: Revista Tracks 20

BERMUDÃO ESTAMPADO MANGUE | PRETO • REGATA THERMODRY BASIC

Page 72: Revista Tracks 20

TOP TIRAS POWER BASIC • SHORT PLUSH BASIC

Page 73: Revista Tracks 20

BERMUDÃO CORAL BASIC

Page 74: Revista Tracks 20

REGATA THERMODRY GOTA BASIC • CALÇA STAMINA FITNESS RECORTES

Page 75: Revista Tracks 20

MACAQUINHO BEACH FEMININA

Page 76: Revista Tracks 20

PREPARE-SE: PILATES!UM EXERCÍCIO QUE VAI DO CONDICIONAMENTO FÍSICO ATÉ A PREVENÇÃO

DA OSTEOPOROSE – E QUE PODE E DEVE SER PRATICADO POR TODOS

Por Sergio Zobaran

76 SAÚDE

Page 77: Revista Tracks 20

Essa é a certeza da ex-advogada paulista Priscila

Guimarães, “convertida” ao Pilates há cerca de quatro

anos. Miúda e calma, ela confessa hoje, aos 40 anos, que

nunca foi lá uma grande fã das academias. E que, quando

menina e adolescente, só se dedicou mesmo, no mundo

dos exercícios, ao balé. Sua história acabou, assim,

curiosa: depois de se atirar por dezessete anos no Direito,

em que se formou, e nele encarar com garra os casos

empresariais, tributaristas, administrativos, contratuais

e de família (“era uma advogada de luta e não mais eu

mesma”), decidiu enfrentar essa sua crise pessoal –

impulsionada por um trabalho tão pesado – praticando a

ioga. Foi (e respirou) fundo nela, como em tudo na sua vida,

especialmente como na prática profi ssional anterior, que

a obrigava a ler muito: aprofundou-se no conhecimento da

cultura hindu, fez um curso de formação na FMU e voou

para a Índia. De sua dupla insatisfação – com a profi ssão

e com os antigos exercícios puxados na academia –,

resultou um desejo radical. Priscila, que havia fechado,

por dois anos, seu escritório confortavelmente instalado

em uma grande casa nos Jardins, em São Paulo, reabriu

o mesmo local transformado em academia, “mas numa

dessas que eu gostaria de freqüentar”.

Em busca – para ela e para seus alunos, de 14 a 92 anos

– do eixo de equilíbrio, do alongamento (que, no caso

do Pilates, faz as pessoas ”crescerem” até 2 ou 3 cm,

por adquirirem novamente sua postura natural), Priscila

estudou para ser mestra em reiki e professora de ioga,

inclusive para gestantes e pessoas da 3ª idade, além de

trabalhar com aromaterapia.

Mas sua paixão ao falar do Pilates, ao lado de seus

seis professores da área (entre formados em Educação

Física, Fisioterapia ou dança), é imensa: “Trabalho com

saúde e sinto-me feliz; fi z esse misto de clínica, spa,

academia, estúdio e, dentro de uma terapia holística,

praticamos massagens, quiropraxia, ioga e Pilates, este

procurado essencialmente por recomendação médica e,

especialmente, por quem tem a famosa dor nas costas,

para a qual ele traz alívio imediato”.

“MIL E UMA UTILIDADES”

“A primeira vantagem vem da abertura da própria postura,

por conta da liberação muscular”, diz Priscila. A prática do

Pilates (que deve ser feito pelo menos duas vezes por

semana, durante uma hora a cada vez, o tempo que dura a

sessão), ajuda em quase tudo, além da sensação de bem-

estar que proporciona. No caso dos golfi stas, fortalece

o quadríceps auxiliando na rotação dos quadris, dando

melhor desempenho aos punhos e ombros. Já para os

jogadores de pólo alguns exercícios são mais direcionados:

busca-se, no alongamento, a força tão necessária dos

músculos profundos. Para os que praticam a corrida,

o Pilates – que pode servir como exercício único para

muitos – também é um excelente complemento na prática

esportiva, já que prepara o fortalecimento das pernas

que recebem muito impacto nos joelhos e nos quadris,

melhorando também o desempenho do condicionamento

físico devido à respiração que acontece pelo diafragma

acionando, em conseqüência, o transverso do abdome

(músculo que auxilia na postura). No caso dos surfi stas,

a melhora ocorre no equilíbrio e no fortalecimento da

paravertebral e maior ganho de fl exibilidade. É utilizado

também para tratamento de lesões como hérnia de disco,

escoliose, artrose, artrite e outros, por ser uma atividade

sem impacto desenvolvendo a consciência corporal.

Além do relaxamento que proporciona, já que mexe com

o emocional, tirando estresse e tensões. “O Pilates tem

a respiração diferente da ioga: inspira-se pelo nariz e se

solta o ar pela boca, sempre com o abdome contraído –

não existe concentração maior; mas sem problema, já que

após um tempo se torna automático; ou se respira assim,

ou o exercício praticado não alcança seus objetivos, pois

a maioria dos exercícios é concêntrica, sendo necessário

o acionamento do transverso do abdome. Diz uma Priscila

convicta de todos os benefícios do Pilates.

Afi nal, trata-se de algo complexo: são mais de mil exercícios

catalogados: “São quatro ou cinco tipos de molas, o

que faz mudar a tração do exercício, que por isso nunca

enjoa: muda a tração, muda o exercício – que deve ser

praticado com roupas leves e confortáveis de ginástica, e

sem sapato”. E com a orientação de um personal ou de um

professor para no máximo três alunos na mesma aula.

77

Page 78: Revista Tracks 20

ORIGINAL: PILATES EM ESTÚDIO APARELHADO

aplicados de forma individual, em duplas ou trios; sempre com

instrutores formados, sendo esses fi sioterapeutas educadores

físicos e bailarinos.

MAT PILATESMétodo criado por Joseph Pilates no qual os exercícios devem

obedecer a seis princípios: concentração, controle, centralização

de força, fl uidez, precisão e respiração.

No Pilates o trabalho realizado no indivíduo é efetuado em

um sentido holístico, visando à sintonia completa entre as

potencialidades mentais e físicas.

O Pilates busca alongamento, defi nição, tonicidade, força e

delineamento muscular; bem como alinhamento corporal, força

física e reeducação respiratória.

Como indicam alguns estudos, o Pilates auxilia na perda da

gordura corporal indesejada, uma vez que sua prática constante

aumenta a taxa metabólica. Sua prática em estúdio é feita

com aparelhos desenvolvidos por seu criador, Joseph Pilates,

Conhecido também como “Contrologia”, o Mat Pilates é uma

técnica de treinamento feita no solo com a utilização do peso

do próprio corpo e equipamentos como tiras elásticas, bolas e

pesos. Os movimentos são naturais e permitem o aumento da

fl exibilidade muscular, barriga mais defi nida, controle emocional,

ótima postura, articulações mais saudáveis, além de melhor

capacidade de respiração e maior tolerância ao estresse.

As aulas de Mat são praticadas pelo período de uma hora e

em grupos de no máximo dez pessoas. E recomendadas para

alunos que já tenham um bom condicionamento.

78 SAÚDE

Page 79: Revista Tracks 20
Page 80: Revista Tracks 20

ÁGUA: CONSCIÊNCIA AMBIENTAL“SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO.

É A PROMESSA DE VIDA NO TEU CORAÇÃO”...

Água será sempre promessa de vida, já nos dizia Tom

Jobim em sua célebre canção Águas de Março. Afi nal,

70% do corpo humano é constituído por água. Até os

ossos têm água em 22% de sua constituição. Dois átomos

de hidrogênio, um de oxigênio: H2O. Estrutura simples.

Mas fundamental. Sem ela não há vida.

Quase não paramos para pensar nisso, mas valorizamos

a beleza das águas cristalinas de um rio durante uma

canoagem; a riqueza da vida submarina num mergulho

em mar límpido; a sensação tão gostosa de um banho,

após uma caminhada ou a prática de um esporte; a água

fresquinha numa boca sedenta.

Não resistimos três dias sem beber água. Logo, podemos

afi rmar que a água é o bem essencial da vida. Tanto assim

que, na tradição histórica, não se nega uma caneca de

água a quem pede. É um direito no mesmo nível do direito

à vida e à saúde; um direito universal, para todos.

Mas essa não é a realidade para um pouco mais de um

bilhão de pessoas em todo o mundo que não têm acesso

à água limpa sufi ciente para suprir suas necessidades

básicas diárias. Outros 2,5 bilhões de pessoas não

têm saneamento básico adequado, segundo Pasquale

Steduto, diretor da unidade de gerenciamento dos

recursos hídricos da FAO. A perspectiva, segundo a ONU,

é que em 20 anos não haverá água para 60% do mundo.

Como? Por quê?

Várias são as respostas. Durante muito tempo pensou-

se que o recurso e sua capacidade de autodepuração

era infi nito. Não é. A água que existe no mundo não cai

do céu. Ao contrário, ela vai pro céu (evapora) e, depois,

retorna à Terra, para os rios, os mares, os aqüíferos

subterrâneos, as geleiras, num movimento circular,

autoalimentador. Mas sempre a mesma água e a mesma

quantidade de água.

Três terços da Terra são constituídos por cerca de

1,360 bilhão de quilômetros cúbicos de água que se

distribuem da seguinte forma:

1,320 bilhão de quilômetros cúbicos (97%) são água do mar

40 milhões de quilômetros cúbicos (3%) são água doce

25 milhões de quilômetros cúbicos (1,8%) como gelo

13 milhões de quilômetros cúbicos (0,96%) como água

subterrânea

250 mil quilômetros cúbicos (0,02%) em lagos e rios

13 mil quilômetros cúbicos (0,001%) como vapor de água

A distribuição dela também é desigual. A Ásia, por

exemplo, que abriga 60% da população do mundo, dispõe

apenas de 36% dos recursos de água do planeta.

A população mundial triplicou nos últimos 50 anos; as

superfícies irrigadas aumentaram seis vezes, exigindo

demanda de água que, por sua vez, foi multiplicada

Por Ana Maria Santeiro

80 ECOLOGIA

Page 81: Revista Tracks 20

81

Page 82: Revista Tracks 20

por sete. Quadruplicou-se o consumo de água no mundo

na última década.

Há detrito em excesso no meio ambiente; na terra, no

ar, nas águas, comprometendo a saúde do planeta e,

conseqüentemente, a vida no próprio planeta.

Alguns cenários são eloqüentes quanto aos atuais

recursos hídricos:

Nos Estados Unidos, um aqüífero fóssil, o Ogallala,

oferece sozinho um quarto da água utilizada em irrigação

no país. O aqüífero está reduzido à metade, e existem

áreas em que está poluído por produtos químicos e

industriais despejados no solo.

O aqüífero fóssil da Arábia Saudita foi poluído pelos

solventes utilizados nos tanques e aviões dos exércitos

ocidentais, durante a Guerra do Golfo.

Na China há rio que tem sua água tão desviada que em

determinados períodos ela não chega ao mar.

A poluição de águas, tantos nos países ricos quanto

nos países pobres, é resultado da maneira como a

sociedade consumista está organizada para produzir e

desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar.

Sendo que, nos países pobres, a ignorância, a falta de

educação formal agravam ainda mais a situação, pois

seus habitantes são frágeis para exigir os seus direitos de

cidadãos, levando à impunidade as indústrias poluidoras,

e aos maus governantes que fecham os olhos para essa

questão, imediatistas que são, e curtos no entendimento

do que signifi ca progresso.

Além da poluição, uma outra ameaça ronda as águas:

de bem essencial, de direito universal transforma-se

em mercadoria, em commodity. Passa a ser vendida.

Já repararam quantas marcas de água são vendidas

engarrafadas nos supermercados?

No Brasil, nos anos 1990, depois de longas discussões

em audiências públicas sobre o saneamento básico, que

buscavam estabelecer uma política nacional, das quais

participou todo o conjunto de setor sanitário – empresas

estaduais e municipais, indústrias de equipamentos,

consultorias, empresas de engenharia –, chegou-se a um

consenso de política pública para as águas, aprovada na

Câmara e no Senado. Entretanto, foi totalmente vetada

em janeiro de 1995 pelo então governo do presidente

Fernando Henrique Cardoso, aliás, promotor de muitas

outras privatizações, hoje bastante condenadas pela

pressa com que foram feitas – e sem as discussões

necessárias. Foi criada a Agência da Água (art. 44, III),

um sistema de administração adotado com a intenção

de desvinculá-lo da infl uência dos políticos mas que, em

contrapartida, fi cou muito vulnerável ao poder econômico

das grandes corporações, que nunca têm o interesse

público, universal como fi m. Afi nal, como irão remunerar

seus acionistas?

Se entendemos que a água é um bem essencial à

vida humana, um direito que ombreia com o direito à

vida e à saúde, como permitimos a existência de uma

lei federal – nº 9433/1997 (art. 1º, II, art. 5.IV) – , que

contraria a Constituição, conferindo-lhe valor econômico,

possibilitando privatizá-la, condenando quem não

tem dinheiro a não ter acesso a ela? Era comum, nos

restaurantes, colocar-se à mesa uma jarra com água

fi ltrada. Hoje em dia, só água engarrafada sob a insígnia

de água mineral. Que nem sempre é.

Entendendo-a como um bem essencial à vida, um

direito, para haver água universalizada só com gestão

comunitária, por intermédio das empresas municipais e/

ou estatais, pois o que deve prevalecer não é o lucro, mas

o bem-estar social. Do ponto de vista político é um direito

humano e, nesse sentido, alguns países como a Espanha

e o Uruguai deram grandes passos ao declará-la um bem

coletivo ou de domínio público.

82 ECOLOGIA

Page 83: Revista Tracks 20

83

Page 84: Revista Tracks 20

A privatização das águas potáveis – e a sua industriali-

zação em garrafas – vai ao encontro do aumento da po-

luição, promovendo impacto ambiental de grande dimen-

são, porque a maioria das garrafas é de plástico, pois tem

como matéria prima o petróleo e o gás natural, dois recur-

sos não-renováveis. Para além disso, são usados mais de

1,5 milhão de plásticos só para fabricar garrafas de água.

Se as garrafas de plástico não são recicladas, certamente

irão parar nos aterros sanitários, onde levarão centenas

de anos para se decompor. Soma-se a isso o transporte

dessa produção – um quarto da água engarrafada em

todo o mundo é consumida fora do país de origem – que

se dá por caminhões e veículos de combustão interna, ou

seja, mais emissões de dióxido de carbono, os tais gases

responsáveis pelo aquecimento global e o efeito estufa.

Na história da humanidade, as guerras sempre estão vin-

culadas ao controle das riquezas dos povos, sejam elas

materiais ou naturais. Com uma distribuição tão desigual

do maior bem da vida, não é difícil imaginar que o contro-

le das reservas de água possa ser objeto de disputa entre

nações, como já aconteceu na Guerra dos Seis Dias, no

Oriente Médio, no fi nal dos anos 1960.

Atualmente, cientes de sua fi nitude e da necessidade

de preservá-la o menos poluída possível de maneira

que o ciclo hidrológico se mantenha funcionando

normalmente, muitos países, governos e organizações

civis desenvolvem campanhas de conscientização para

o uso adequado da água, de maneira que sua produção

natural não diminua, que seja melhor distribuída, e

que se desperdice o mínimo possível. Ferver, destilar,

reaproveitar, são ações simples, ao alcance de qualquer

pessoa, e de grande resultado, afastando completamente

o medo da escassez”. Lembrem-se, da torneira ou do fi ltro

de sua casa jorra uma boa água que você mesmo pode

engarrafar sem pagamento extra por isso. Sai mais barato

e ainda contribui para o equilíbrio do meio ambiente.

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas –

ONU – declarou o ano de 2008 como o Ano Internacional

do Saneamento, e a década 2005-20015 como o Decênio

Internacional para a ação: Água, fonte de vida.

Cidadãos conscientes que somos, devemos nos engajar

nessa ação para que, a 22 de março de cada ano,

tenhamos razões para celebrar o Dia da Água.

84 ECOLOGIA

Page 85: Revista Tracks 20

DICAS DE USO ADEQUADO DA ÁGUA:

BANHO

Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 li-

tros de água limpa. Banhos de, no máximo, 15 minutos

economizam água e energia elétrica. Abra o chuveiro,

deixe-se molhar, feche-o, ensaboe-se e depois abra-o

para enxaguar-se, em vez de passar o tempo todo com

o chuveiro ligado.

HIGIENE ORAL

Escovar os dentes com torneira aberta gasta até 25 li-

tros de água. Escove primeiro e depois abra a torneira

apenas o necessário para encher um copo para o enxa-

güe da boca.

VASO SANITÁRIO

Uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 li-

tros de água em um único aperto. Por isso, aperte ape-

nas o tempo necessário e não jogue lixo na privada.

TORNEIRAS

Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por

minuto; pingando, gasta até 46 litros por dia. Verifi que

sempre se não há uma torneira pingando.

LOUÇAS

Lavar louças, panelas e talheres com a torneira aberta o

tempo todo acaba desperdiçando até 150 litros. O certo

é primeiro escovar, ensaboar e depois enxaguar tudo de

uma só vez.

PISCINAS

Atualmente, existem técnicas de limpeza e tratamento

de água que, se realizadas nos prazos de manutenção,

dispensam por completo a troca da água. Em 1 metro

cúbico de água temos mil litros.

AUTOMÓVEIS

Para lavar automóveis, dê preferência ao uso de baldes

no lugar da mangueira. Uma mangueira ligada o tempo

todo durante a limpeza do automóvel consome até 600

litros. Com o balde, no máximo, são usados 60 litros.

CALÇADAS

Procure varrer as calçadas, deixando para usar a man-

gueira uma vez na semana. Prefi ra o balde ao lavar as

calçadas seguidamente. Lembre-se sempre que man-

gueira de água não é vassoura.

85

Page 86: Revista Tracks 20

SABONETES BRASILEIROS FAZEM HISTÓRIA E TRAZEM NOVIDADESDA ROMA ANTIGA À AMAZÔNIA ATUAL, A NATUREZA SEMPRE FOI FONTE DE

CRIAÇÃO E INSPIRAÇÃO PARA OS SABONETES, QUE HOJE BUSCAM O

CAMINHO VEGETAL ATÉ NAS FEIRAS LIVRES

Por Sergio Zobaran

É possível que o sabonete, ou algo que se assemelhasse

a ele, tenha sido descoberto em tempos pré-históricos.

Com certeza os sabões passaram pelo antigo Egito e

pela Babilônia antes de Cristo, assim como pelos fenícios.

Eram um must em Pompéia – já em barras –, ainda que

os romanos, em seus banhos públicos, não os utilizas-

sem. Eles, assim como os gregos, esfoliavam seus cor-

pos com azeite e areia, e depois se lavavam com águas

de ervas, o que até hoje faz parte de uma boa terapia. Ba-

nho com sabonete, aliás, já foi até mesmo recomendação

para cura de doenças. Na França eles já eram fabricados

no século 13. Na Inglaterra, no século 14. Enquanto isso,

os mediterrâneos os faziam a partir do óleo de oliva, e os

escandinavos dos óleos de peixe. E, apesar de se atribuir

aos celtas o pioneirismo na sua fabricação, parece mes-

mo que as lavadeiras do Rio Tibre é que perceberam o

melhor resultado no seu trabalho quando aquelas águas

traziam a mistura da gordura dos animais sacrifi cados

junto com as próprias cinzas. Apesar de essa gordura ter

sido a base da maior parte dos sabonetes, a vertente ve-

getal está em altíssima conta.

Feitos com extratos de espécies da Amazônia e de outras

plantas, os sabonetes especiais feitos hoje normalmente

contêm mais óleos vegetais do que qualquer outro ingre-

diente em sua composição, o que signifi ca pouca quan-

tidade de produtos químicos e zero de gordura animal

– pode-se dizer que são ecologicamente corretos. E são

feitos com ingredientes cada vez mais exóticos, como os

extraídos de diversas plantações espalhadas pelo Brasil.

Por exemplo: da palma do Pará e do babaçu do Maranhão,

do óleo de linhaça e daquele de pequi, das fl ores e folhas

da calêndula, das sementes de girassol e até do chá ver-

de, conhecido por suas propriedades antienvelhecimento.

No Brasil, nossa indústria faz história já nessa linha há

muito tempo. Em 1880, o imperador Dom Pedro II con-

feriu o título de farmácia ofi cial da família real brasileira à

Granado, fundada em 1870 na Praça XV, no Rio de Ja-

neiro, próximo ao Paço Imperial, residência ofi cial do im-

86 BEM-ESTAR

Page 87: Revista Tracks 20

87

Page 88: Revista Tracks 20

88 BEM-ESTAR

Page 89: Revista Tracks 20

brasileiros gostam de fazer a barba durante o banho, foi

desenvolvido um sabonete de barbear supercremoso,

com base vegetal, que contém óleo de menta. As jovens

ganharam sabonetes em barra e líquido com glitter na

fórmula, e cheirinho de melão, morango e uva. E as

pias mais chiques já sentem uma novidade ecológica: o

sabonete em pó, que tem um fi lme protetor que impede

a perda da umidade natural, além de necessitar menor

quantidade de água para enxaguar as mãos.

perador. A botica manipulava fórmulas ricas em extratos

naturais de plantas, ervas e fl ores brasileiras, e seus sa-

bonetes de glicerina fi caram famosos desde 1915. Com

base 100% vegetal, contendo vitaminas naturais e ricos

em manteiga de murumuru, são altamente hidratantes e

fabricados até hoje em diferentes fragrâncias, como erva-

doce, amêndoa, algas e mel.

ANA BOTAFOGO VIRA PRODUTOS PARAQUEM FAZ EXERCÍCIO

Cristina Raposo, no Rio de Janeiro, dançava ao lado

de Ana Botafogo no Theatro Municipal. Mas enquanto

Ana continuou a dar piruetas mundo afora, Cristina

foi fazer sabonetes artesanais em barra. Até que

nasceu a idéia de uma linha de produtos com a grife

da primeira-bailarina do Brasil, que contém: água de

corpo com o energizante extrato de guaraná; xampu-

condicionador, recomendado para uso pós-exercícios,

e hidratante com bastante manteiga de cupuaçu, um

bálsamo para manter a pele perfeita mesmo depois de

muito esforço físico.

PRAIAS E FEIRAS LIVRES SÃO A INSPIRAÇÃOA experiente Mariângela Bordon foi buscar no litoral bra-

sileiro a inspiração para uma nova linha de sabonetes em

barra que batizou de Pipa, Paraty, Angra, Laguna, Búzios e

Guarapari, em exclusiva fórmula à base de glicerídeos de

manga e com alto grau de ativos hidratantes. As feiras de

rua, com sua fartura de frutas e verduras, e uma variedade

enorme de cores e aromas, também inspirou a indústria

nacional a desenvolver sabonetes de abacaxi, banana,

coco, goiaba, manga e maracujá, que são vendidos como

as próprias frutas, em redes no duo verde-amarelo.

Assim, as prateleiras das lojas das marcas ligadas à

estética, bem como as farmácias e as gôndolas dos

supermercados, se enriquecem sempre com novidades,

em busca de seus públicos. Para os homens: como muitos

89

Page 90: Revista Tracks 20

PAIXÃO POR CORRIDARUN SERIES ALCANÇA MARCA DE 30 PROVAS E SE CONSOLIDA COMO

IMPORTANTE CIRCUITO NO CALENDÁRIO NACIONAL

Por Murillo Pessoa

90 TF RUN SERIES

Page 91: Revista Tracks 20

Quando surgiu, em 2004, Track&Field Run Series logo

se diferenciou dos demais circuitos. Havia sido criado

justamente para proporcionar uma experiência especial,

única, aos atletas. A idéia deu certo e os resultados

apareceram. No último domingo de setembro, Belo

Horizonte recebeu a 30ª etapa do Run Series, que mostra

ter fôlego para muito mais.

2008: UM ANO ESPECIAL (ON THE ROAD)A cada ano surge um desafi o. Neste ano, o circuito “correu”

de nove para quinze etapas em dez cidades espalhadas

pelo Brasil. Novas cidades foram somadas ao circuito,

como Florianópolis, Curitiba, Ribeirão e Goiânia, levando

mais charme e saúde por onde passava. A expansão é

a prova do crescimento não apenas do Run Series, mas

dos adeptos da corrida em diferentes regiões brasileiras.

Apenas este ano, mais de 15 mil foram os participantes

nas 11 etapas já realizadas.

A largada do circuito, como não poderia deixar de ser e

sempre em parceria com o Shopping Villa-Lobos foi em

março com mais de 2,5 mil corredores. Na seqüência,

vieram Brasília – ParkShopping e Campinas – Galleria.

A competição na capital federal teve cerca de 1,5 mil

inscritos, assim como na prova campineira. O inverno

chegou e o circuito continuou aquecido com mais uma

prova em São Paulo, sucesso de público e audiência.

O segundo semestre começou com uma etapa

diferenciada no circuito. Uma corrida de 6 km, em

julho, realizada em parceria com o shopping Diamond

Mall. Mesmo com o frio, mais de mil atletas puderam

desfrutar desse novo formato. No mesmo mês, o Run

Series desembarcou no Ribeirão Shopping. Essa etapa

contou com mais de mil atletas, não só de Ribeirão mas

de localidades próximas. Em agosto, o Rio de Janeiro

recebeu o Run Series de braços abertos. Mais uma

vez, os cariocas superaram as expectativas e lotaram

o evento que contou com 1,5 mil competidores. Saindo

do Sudeste e correndo para o Sul. Muita água rolou no

evento de Porto Alegre. Debaixo de muita chuva mais

de 1,5 mil competidores enfrentaram o duro percurso da

prova, no fi nal todos foram recompensados com muito

TF RUN SERIES | SHOPPING VILLA-LOBOS | 2ª ETAPA

91

Page 92: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

SHOPPING

VILLA-LOBOS

2ª ETAPA

92 TF RUN SERIES

Page 93: Revista Tracks 20

chimarrão no hall do shopping Iguatemi POA. Saindo de

POA, dois desafi os: Curitiba e Floripa. Mesmo às 7h30

da manhã e no frio de 8 graus mil atletas largaram no

Shopping Mueller e completaram o percurso de 5 km e 10

km. Florianópolis não foi diferente, a chuva parou às 6h30

e não impediu que mais de mil atletas se aglomerassem

na largada no shopping Iguatemi Floripa, para uma etapa

cheia de charme.

Belo Horizonte, de novo? O sucesso foi tão grande com

a primeira etapa que tivemos que repetir, 1,5 atletas

subiram e desceram em um dos mais difíceis percursos

do circuito o 30º da história do Run Series.

Já foram onze, mas ainda faltam quatro etapas para

o fi m do circuito Run Series em 2008. Os milhares de

competidores ainda vão percorrer cada metro das provas

até que o circuito seja encerrado com uma grande festa

em 30 de novembro, em São Paulo, defronte ao Shopping

Villa-Lobos.

TRACK&FIELD DIAMOND RUN | 1ª ETAPA

MILHARES DE QUILÔMETROS AINDA NESTA TEMPORADA

UMA HISTÓRIA VENCEDORA

Em menos de cinco anos, as provas anuais do Run Series

saíram de três, todas em São Paulo, para 15, no Rio de

Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,

Florianópolis, Goiânia, Campinas e Ribeirão Preto, além

da capital paulista. Desde 2004, as provas de 5 km e 10

km somaram quase 50 mil participantes, marca ainda

mais expressiva pela limitação do número de corredores

em cada etapa.

Um número máximo de inscritos garante que todos tenham

espaço para correr, sem o congestionamento típico de

outras provas de rua. Não importa se o participante

é um atleta de ponta ou um iniciante: todos têm todas

as condições de alcançar os melhores tempos de suas

vidas. Essa característica é considerada um dos pontos

positivos do Run Series, mas não o único.

93

Page 94: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

DIAMOND RUN

1ª ETAPA

94 TF RUN SERIES

Page 95: Revista Tracks 20

TF RUN SERIES | RIBEIRÃO SHOPPING | 1ª ETAPA

Outra vantagem que faz o número de participantes cres-

cer é a estrutura oferecida aos atletas em cada etapa. As

corridas sempre são realizadas em parcerias com sho-

ppings, que oferecem facilidades como estacionamento

gratuito, espaço para os fi lhos dos corredores e guarda-

volumes. Antes do exercício, especialistas comandam o

alongamento e, depois de suar, todos podem repor as

energias com Gatorade e frutas gratuitas.

Outro quesito em que o circuito Run Series é insuperável

é a camiseta entregue aos corredores. Confeccionadas

com o tecido Thermodry®, produto exclusivo e de alta

tecnologia da Track&Field, as peças não retêm suor, o

que melhora o desempenho de quem a utiliza. A cada

prova, um modelo novo é distribuído aos inscritos, que

podem utilizar a camiseta em muitos treinos, sem que

esta perca a qualidade.

Há ainda outros fatores que só podem ser encontrados no

Run Series, como a oportunidade para estabelecer bons

contatos e novas amizades com pessoas pertencentes

a um grupo de alto nível. Também há uma programação

de entretenimento montada para divertir não apenas os

atletas, mas também os seus familiares e convidados,

durante e após as provas.

A organização do Run Series garante todo o conforto

para os participantes, fato que deixa o ambiente das

provas mais leve e os passos, também.

“Outubro foi o mês para outras duas cidades já

fanáticas pelo circuito voltarem a receber provas. Se no

primeiro semestre os corredores saíram de Brasília e

foram para Campinas, desta vez, o caminho foi inverso:

1,5 mil participaram da prova nas proximidades do

Shopping Iguatemi Campinas e, uma semana depois,

a mesma quantidade de atletas correu na etapa do

ParkShopping Brasília.”

95

Page 96: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

RIBEIRÃO

SHOPPING

1ª ETAPA

96 TF RUN SERIES

Page 97: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

BARRA

SHOPPING

1ª ETAPA

ESSA PROVA FOI CARBON FREE

97

Page 98: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

IGUATEMI

POA

1ª ETAPA

ESSA PROVA FOI CARBON FREE

98 TF RUN SERIES

Page 99: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

SHOPPING

MUELLER

1ª ETAPA

99

Page 100: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

IGUATEMI

FLORIANÓPOLIS

1ª ETAPA

100 TF RUN SERIES

Page 101: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

BH

SHOPPING

2ª ETAPA

101

Page 102: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

IGUATEMI

CAMPINAS

2ª ETAPA

102 TF RUN SERIES

Page 103: Revista Tracks 20

TRACK & FIELD

RUN SERIES

PARK SHOPPING

BRASÍLIA

2ª ETAPA

103

Page 104: Revista Tracks 20
Page 105: Revista Tracks 20
Page 106: Revista Tracks 20

E S S E N T I A L S

Page 107: Revista Tracks 20

01 1a_SUNGA FAIXAS BASIC | 1b_SILICONE CAPS | 1c_ÓCULOS DE NATAÇÃO

1a

1b

1c

Page 108: Revista Tracks 20

2a_SUTIÃ ESPORTIVO TRACK&FIELD | 2b_SUTIÃ ESPORTIVO LOGO | 2c_TOP FITNESS RECORTES02

2a

2b

2c

Page 109: Revista Tracks 20

03 3a_TOP SKIN TATUAGEM | 3b_TOP TIRAS POWER BASIC | 3c_TOP FITNESS TEXTURA | 3d_SUTIÃ ESPORTIVO BÁSICO

3a

3b

3c

3d

Page 110: Revista Tracks 20

7a

4a_MAIÔ BICOLOR BASIC04

4a

Page 111: Revista Tracks 20

05 5a_HAVAIANAS MASCULINAS TRACK&FIELD BASIC

5a

Page 112: Revista Tracks 20

6a_BERMUDA BIKE BICOLOR | 6b_GARRAFA POLAR06

6a

6b

Page 113: Revista Tracks 20

07 7a_ASSENTO GEL BIKE | 7b_BONÉ IRONMAN | 7c_LUVA BIKE

7a

7b

7c

Page 114: Revista Tracks 20

8a

8a_BOLSA UNIFLOC BEACH08

Page 115: Revista Tracks 20

9c

9d

09 9a_TOALHA PRAIA T&F | 9b_BOLINHA FRESCOBOL | 9c_NÉCESSAIRE UNIFLOC BEACH | 9d_RAQUETE FRESCOBOL

9a

9b

Page 116: Revista Tracks 20

10b

10a

10c

10d

10a_POCHETE NEOPRENE GRANDE | 10b_CALÇÃO RUN | 10c_GARRAFA NALGENE | 10d_MEIA IRONMAN10

Page 117: Revista Tracks 20

11a

11b

11 11a_BONÉ BICOLOR | 11b_CAMISETA THERMODRY BABY WINNER

Page 118: Revista Tracks 20

O sedentarismo é assim: quanto mais você entra nele, mais difícil fica de sair. Ainda bem que o contrário também é verdadeiro, pois quanto mais você sai, mais se sente disposto e mais quer se movimentar. A prática de atividade física é um meio eficaz para fortalecer o organismo e produz inúmeros benefícios, pois evita doenças cardiovasculares, combate o estresse, ajuda a perder peso e por aí vai . Mas todo

Page 119: Revista Tracks 20

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74

Page 120: Revista Tracks 20

ILHABELA: AVENTURA E SUPERAÇÃO

CIDADE DO LITORAL PAULISTA RECEBE A TERCEIRA ETAPA DO CIRCUITO ADVENTURE CAMP

A corrida de aventura segue conquistando novos adeptos.

A Track&Field é uma das empresas que apostam na

modalidade e patrocinam o Circuito Adventure Camp, o

maior da América Latina em número de participantes.

Na terceira etapa de 2008, uma inovação separou

as equipes. A organização deu duas opções aos

competidores: uma prova nos moldes tradicionais do

circuito, disputada em apenas um dia, em Ilhabela, com

um total de 40 quilômetros, ou uma prova especial, em

comemoração aos dez anos da primeira edição do EMA,

pioneiro em corridas de aventura no Brasil, com percurso

de 215 quilômetros, de Paraibuna a Ilhabela.

Após incríveis 24 horas e 25 minutos, a Quasar Lontra foi

a primeira, entre as 35 equipes participantes, a cruzar a

linha de chegada do EMA Remake 2008. Dez anos antes,

o vencedor da prova fi nalizou o mesmo percurso em 39

horas, o que evidencia a evolução do esporte. A segunda

colocação fi cou com a Ecosenso Brasil/Núcleo Aventu-

ra, com 26 horas, e o terceiro lugar foi para a Oskalunga

Sundown, que completou a prova em 30 horas.

Já na terceira e penúltima etapa da temporada 2008 do

Adventure Camp, os 62 quartetos tiveram de enfrentar a

chuva e os ventos fortes no percurso de 40 quilômetros

em torno da ilha, percorridos por meio de canoagem,

trekking, mountain bike e, sempre, orientação.

A equipe paulista Selva NSK Kailash conquistou o

título da etapa de Ilhabela ao completar o percurso de

em 2h52min. O segundo lugar foi garantido pela Tribus

Adventure Team, que conseguiu concluir a prova em

2h57min, à frente da Camamu We Bike, com 3h04min.

Com os resultados dos eventos, a Quasar Lontra, que

somou 150 pontos, assumiu a liderança do ranking anu-

al, com um total de 285. Já a equipe Selva NSK Kailash

chegou a 240 com os 100 pontos alcançados em Ilhabela

Por Murilo Pessoa

120 ADVENTURE CAMP

Page 121: Revista Tracks 20

e passou a ocupar o segundo posto. Em terceiro, com

105 pontos, vem a Oskalunga Sundown. A quarta etapa,

marcada para o fi m de semana de 6 e 7 de dezembro, vai

decidir a grande campeã do ano.

extensas, o que permite que, ao lado de atletas experientes

que buscam aprimoramento, outros, ainda iniciantes,

pratiquem um emocionante e incomum esporte ao ar livre.

No fi m do ano, com as quatro etapas concluídas, serão

conhecidos os vencedores do ranking, que receberão

troféus e outros prêmios, como kits de produtos

Track&Field.

TAMBÉM PARA CRIANÇAS

MAIS QUE UM CIRCUITOO Adventure Camp não se resume a corridas de aventura.

O circuito anual é composto por quatro eventos de dois

dias, fi ns de semanas destinados a habilitar pessoas que

gostam de aventura a praticá-la com diversão e segurança.

No primeiro dia acontecem as clínicas, em que os

participantes aprendem e treinam todas as modalidades

envolvidas numa corrida de aventura: canoagem, trekking,

mountain bike e orientação. No segundo dia a corrida

acontece e todos podem testar as técnicas adquiridas.

Diferentemente de muitas provas de corrida de aventura,

as competições do Circuito Adventure Camp não são tão

O circuito não se preocupa apenas com a introdução de

adultos à corrida de aventura. Para crianças de 6 a 11

anos foram criadas as provas Kids. Já os jovens entre 12

e 16 anos competem no circuito Teen.

Nessas categorias, após aulas teóricas e práticas, todos

participam de provas adaptadas para as idades, nas

quais o mais importante para o atleta é se aventurar e

se divertir, sempre acompanhado por profi ssionais.

121

Page 122: Revista Tracks 20

ÁGUA & ARTE EM MOVIMENTO

ATLETA DESDE SEMPRE, LUIZ PIZARRO É UM ARTISTA CARIOCA HOJE RADICADO EM

SÃO PAULO. PINTURA, ESCULTURA, INSTALAÇÃO, FOTOGRAFIA E VÍDEO SÃO MEIOS

DE EXPRESSÃO DE SUA ARTE. SEMPRE LIGADA AO ESPORTE

Ele fi cou conhecido como um dos integrantes da Geração 80, um grupo de artistas plásti-

cos que surgiu na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, ao lado dos

também cariocas Daniel Senise, Beatriz Milhazes e Ângelo Venosa, e dos paulistas Sergio

Romagnolo, Nuno Ramos e Carlito Carvalhosa. Foi aluno da EAV até 1983 e deu aulas de

desenho e pintura nesse casarão imenso e famoso do bairro do Jardim Botânico até o fi nal

da década. E sua carreira nas artes deslanchou pelo Brasil e na Europa, onde viveu por

muito tempo: Portugal, Suíça, Alemanha e França, nessa ordem. Uma virada na vida do en-

genheiro de produção formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e administrador

público com graduação na Fundação Getúlio Vargas.

Por Sergio Zobaran

122 CULTURA

Page 123: Revista Tracks 20

123

Page 124: Revista Tracks 20

124 CULTURA

Page 125: Revista Tracks 20

Criado na Tijuca, Luiz Pizarro sempre foi ligado em

esporte: montaria desde os cinco anos, natação a partir

dos oito, tênis e esqui na neve – na Europa – quando

adolescente, tênis de mesa e também vôlei, de quadra

e de areia, no Leblon. Aos 50, com jeito de eternos 30,

Pizarro está sempre em movimento. No jeito de atleta,

e na carreira de artista plástico, em suas diversas

exposições no Brasil e na Europa, de 1983 em diante,

passando por duas participações importantes nas

Bienais de São Paulo.

No início, a inspiração veio da beira-mar: do surfe e

também do frescobol, o jogo de raquetinhas. Durante três

anos, desenhava na praia – e somava suas informações

visuais às das fotos de revistas. O resultado foi uma série

de pinturas que marcou para sempre seu trabalho, em

meados dos anos 80, com exposições na Subdistrito, em

São Paulo, e na Petite Galerie, no Rio. Depois, os vôos

(dos outros) de asa-delta e as paisagens do bairro de

São Conrado, onde elas pousam, também viraram arte,

inclusive em peças recortadas na madeira, que hoje se

encontram, em sua maioria, no Museu de Arte Moderna

do Rio e na coleção de Gilberto Chateaubriand, um dos

maiores e mais importantes colecionadores do Brasil.

Na Alemanha, onde morou, surgiram três novas

descobertas de exercícios físicos a partir de 1996: os

patins de rodas, que até hoje pratica como esporte

mesmo, nunca a passeio; a bicicleta, que começou como

meio de transporte em Colônia, e a musculação, que

se transformou em série de telas que expôs no Paço

Imperial, no Rio, e na Galeria Valu Oria, em São Paulo.

Durante uma sessão de três horas, foi registrado nu,

em preto-e-branco, pelo fotógrafo Alistair Overbruck,

praticando exercícios em diversos aparelhos que

efetivamente utilizava todos os dias: imagens que, em

negativo, e junto a radiografi as de seu joelho, foram

impressas em trinta grandes telas e receberam sua pintura

geométrica por cima. A série se chamou Contrimagem.

Em 2004, Pizarro entrou de cabeça em novo projeto:

Entre Tapas e Beijos, onde faz a relação entre os corpos

dos lutadores de jiu-jítsu, dessa vez apenas a partir de

fotos de revistas, com o “distanciamento do olhar” – criou

seu universo próprio em torno das lutas, a sua visão. São

20 telas, além de pintura também em papel, desenhos

em nanquim e objetos com geléia de parafi na – e nesses,

especifi camente, ele acrescentou fragmentos de algumas

das frases publicadas em revistas especializadas nas

artes marciais: “sem arrependimento”, “é mais fácil não

ser bravo”, “da meia-guarda para a montada”, “a minha

primeira vez foi muito...”. O Rio conheceu a exposição

Entre Tapas... nas duas galerias Anita Schwartz, na

Barra da Tijuca e no Leblon.

Há dois anos Pizarro foi para a França, com uma

bolsa de estudos do Banco Icatu e, de volta ao Brasil,

escolheu São Paulo para morar e trabalhar, a partir do

ano passado. Durante o dia, paralelamente à pintura,

nada no Sesc-Consolação e no ginásio do Estádio do

Pacaembu. Patina no Parque do Ibirapuera, e trabalha...

PROFUNDIDADE NA SUPERFÍCIEEle registrou recentemente, durante vinte dias, o trabalho

de três atletas de saltos ornamentais do Clube Pinheiros,

em São Paulo. A idéia foi acompanhar, em mais de três

horas de vídeo (com uma câmera Sony; e em centenas

de fotos digitais e analógicas, em uma Polaroid e em uma

Nikon, respectivamente), os mergulhos desses três salta-

dores (o advogado Bira; Felipe, estudante de Psicologia;

e Murilo, formado em Educação Física). E transformá-los

em arte sobre papel – e depois também sobre placas de

parafi na, técnica que domina, além de uma video-insta-

lação e backlights, estes contendo conexões fl exíveis de

tubulação, e uma rede, que parece de proteção, formada

pelos pavios de velas que utiliza para formar o bloco rígi-

do e durável de parafi na. “Os atletas se atiram no vazio,

e olham para a água em movimento, este criado tam-

bém por pequenos chafarizes na piscina. O impacto na

superfície é forte e pode machucar. É necessária muita

habilidade, pois a água vira pedra”. A partir de muita ob-

servação (“o azul da piscina fi ca impregnado na visão”),

inclusive a 10 metros de altura, com o artista pendurado

no trampolim, o trabalho assim se reconstruiu: quando foi

para a pintura, eliminou a fi gura dos atletas e acabou se

transformando no ponto de vista de quem está mergu-

lhando na imensidão do azul, e chegando à água... virou

emoção. E, nesse momento, Pizarro relembra o que já

leu de Friedrich Nietszche (fi lósofo alemão do século 19),

que escreveu – em tom poético: “A profundidade está na

superfície”. Esporte e arte, para Luiz Pizarro, continuam

caminhando juntos.

125

Page 126: Revista Tracks 20

VIVENDO E ESCREVENDO INTENSAMENTE SOBRE SURFEA AGENTE LITERÁRIA ANA MARIA SANTEIRO ANTECIPA, COM EXCLUSIVIDADE, O

LANÇAMENTO DO LIVRO OUTRAS ONDAS, DE FRED D’OREY

Desde que meu fi lho Manuel foi morar com o pai, quan-

do tinha doze anos de idade, em meados dos anos

1980, o assunto surfe saiu do cardápio de meus inte-

resses mais imediatos.

Uma prancha ainda rolou um tempo pela casa, e algumas

imagens tiradas das páginas da revista Fluir, pregadas na

parte interna das portas de seu guarda-roupa, de quando

em quando, me faziam lembrar desse esporte que eu achava

tão bonito, transmissor de um sentimento de profunda liber-

dade. Mas tudo no tempo de um abrir e fechar de porta.

Certamente, ao longo desse tempo, acompanhei as mui-

tas transformações do surfe brasileiro: campeonatos na

Praia de Saquarema, desenvolvimento da moda praia a

partir das roupas usadas pelos descontraídos praticantes

do esporte, os bermudões fl oridos, os cabelos parafi na-

dos, as gírias, o permanente preconceito contra os surfi stas,

tidos como quase débeis mentais, apesar das suas muito

saudáveis rotinas de vida. Mas do tititi do mundo do sur-

fe, do who’s who surfi sta, estava mesmo por fora.

Quase vinte anos depois, por intermédio da ilustradora

Mariana Massarani, que resolveu aprender a surfar aos

40 anos, deparei-me com esse assunto, motivada pela

sua decisão, e pelo diário ilustrado que ela fazia de suas

aulas. E, por meio dela, também descobri a versão on-line

da revista Fluir. E nessa revista descobri as crônicas do

Fred D’Orey, publicadas na coluna Outras Ondas.

Sobre o Fred sabia apenas que era dono de uma grife de

sucesso ligada à moda praia. Qual não foi a minha sur-

presa ao descobrir que, além de empresário exitoso, era

surfi sta, jornalista e um delicioso cronista. Li de cara to-

das as crônicas que estavam publicadas no site. Virei fã.

E, do mesmo modo que sugeri a Mariana escrever e ilus-

trar um livro de surfe para crianças – Aula de Surf, Editora

Global – pensei que aquelas crônicas reunidas dariam

Por Ana Maria Santeiro

126 LITERATURA

Page 127: Revista Tracks 20

um ótimo livro. Uma casualidade na internet nos pôs em

contato e eu, sem pestanejar, apresentei-lhe a idéia, que

foi recebida com alguma surpresa. Será? E eu nem sabia

que elas faziam muito sucesso entre os leitores da Fluir!

Agendamo-nos para conversar sobre essa possibilidade

na volta de uma surf trip sua à África. A possibilidade

virou realidade, e até novembro próximo a Editora Gaia

lança o Outras Ondas, de Fred D’Orey, uma seleção de

suas melhores crônicas, organizadas pelos continentes

que visitou e de onde escreveu: Brasil, Américas, África,

Indonésia e Havaí.

Foi no Guarujá, na Praia das Pitangueiras, aos 7 anos,

em 1969, que Fred, observando por horas, hipnotizado,

as ondas e os poucos surfi stas de longboard, descobriu

“a vocação de uma vida inteira – tinha nascido para sur-

far. Ainda tenho”.

Nesses quase 30 anos que o separam daquele momento

mágico, Fred fez carreira no surfe, ganhou e perdeu

campeonatos, editou o primeiro jornal de surfe – STAFF

– e outros veículos especializados, encontrou sua onda

perfeita na Indonésia, leu as nuvens, sentiu o vento, ob-

servou a direção do swell, decodifi cou as diferentes dire-

ções, cronometrou as séries, percorreu estradas de terra

em diferentes continentes em busca da onda perfeita e,

sobretudo, escreveu sobre essa prática, esse esporte,

esse lifestyle, seus ídolos, seus problemas, sua inserção

no mundo contemporâneo, seu futuro, sua herança.

Qualquer leitor, surfi sta ou não, jovem ou mais velho,

terá grande prazer na leitura dessas crônicas que ex-

trapolam o mundo do surfe e nos fazem pensar sobre a

nossa vida e o mundo.

Garanto que todos poderão, como Fred continua fazendo,

seguir as ondas com seus olhos, imaginando a linha que

fariam se estivessem com uma prancha sob seus pés.

127

Page 128: Revista Tracks 20

PROGRAMA IMPERDÍVEL EM SP:

MUSEU DO FUTEBOLVÁ VISITAR E DESCUBRA COMO O BRASIL VIROU O “PAÍS DO FUTEBOL”,

O TÍPICO ESPORTE BRETÃO

Em setembro de 2008, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, nascia o

Museu do Futebol. Um verdadeiro museu da História do Brasil, com os traços

mestiços típicos da nossa cultura, e de nossa maior paixão.

Em frente à Praça Charles Miller, considerado o pai do esporte no Brasil,

este espaço fantástico é dedicado à celebração do futebol, a partir dos três

eixos que norteiam a visita, Emoção, História e Diversão. E até mesmo como

a trágica derrota da Copa de 1950 ajudou o Brasil a reinventar o seu futebol

e ser o maior vencedor de copas mundiais. Numa área de 6.900 metros

quadrados, na entrada principal de um dos mais bonitos estádios brasileiros,

o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Museu é uma iniciativa

do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo – através da Secretaria

128 NEWS

Page 129: Revista Tracks 20

Municipal de Esportes e da São Paulo Turismo, com

concepção e realização da Fundação Roberto Marinho,

diversos patrocínios de grandes empresas, e o apoio da

Confederação Brasileira de Futebol – CBF. O projeto de

concepção do Museu do Futebol tem arquitetura de Mauro

Munhoz, curadoria de Leonel Kaz, e museografi a de Daniela

Thomas e Felipe Tassara. E o time conta com uma equipe

de consultores liderada pelo jornalista João Máximo.

O espaço, antes ocupado por alojamentos e salas da

administração foi transformado no mais moderno museu

do Brasil, típico do terceiro milênio, todo multimídia, e

privilegiando defi nitivamente o futebol: durante a visita,

por exemplo, há pontos de acesso à arquibancada e

ao gramado, o que aproxima o visitante ainda mais do

tema central, que se estende por espaços chamados de

Grande Área, Pé na Bola, Sala dos Anjos Barrocos, dos

Gols, dos Rádios e da Exaltação. Depois de vivenciar

toda a emoção que envolve o futebol, a narrativa do

eixo História conta a origem e a evolução do esporte

e acompanha a história do próprio país, em suas

Salas das Origens, dos Heróis, Rito de Passagem, a

Copa de 50, das Copas do Mundo, Experiência Pelé

e Garrincha. E depois de passear pela Emoção e

pela História do futebol, o visitante entra no terceiro

eixo do Museu: a Diversão. Em destaque, o futebol

como jogo, como brincadeira, como rivalidade entre

torcidas, como atividade lúdica: Salas dos Números

e Curiosidades, da Dança do Futebol, Jogo de Corpo

e Pacaembu: última parada do percurso, o espaço

dedicado ao Estádio do Pacaembu.

O Museu do Futebol promete atrair não apenas os

torcedores e a população de São Paulo, mas também

uma parcela dos dois milhões de pessoas que vão à

cidade a trabalho.

129

Page 130: Revista Tracks 20

CORRENDO PELA VIDA MESMO

MARIO RENATO E SANDRA CRISTINA DE MÃOS DADAS COM DR. FABIO

Moradores de entidades afastadas, os dois encontram na

corrida um incentivo maior para continuar a superação de

suas difi culdades. Fabio ultrapassa aquilo que condena:

“Sou contra o modismo – enquanto todo o mundo hoje se

sente atleta, e é movido pela competitividade, sinto bem-

estar ao correr como guia deles”. Para Mario, que também

tem problemas mentais, Dr. Fabio vai “cantando” (em geral

em contagem regressiva), falando o que acha necessário;

a proximidade de zonas de perigo, mudanças de piso,

ondulações e buracos. Descreve o percurso, e aconselha

seu guiado a não falar em determinados momentos para

não cansar: “Importa mantê-lo perto e protegê-lo de

eventuais impactos, inclusive com outros corredores”.

No caso de Sandra, que já obteve um primeiro lugar,

o objetivo é mantê-la confi ante e otimista, para que vá

até o fi nal. “Vamos conversando e tento esquecer o

meu prazer de correr – ali o importante é que ela cruze

a linha de chegada.” Fabio pratica o que considera um

prazer diferente, de sentir-se bem ao proporcionar o

bem-estar que faz de seus PNE pessoas mais sociáveis

através do esporte.

Mario Renato e Sandra Cristina de mãos dadas com o Dr.

Fabio. Aos 53 anos, o dentista Fabio Lavacchini Ramunno

corre pelas ruas de São Paulo – e também no Parque

do Ibirapuera – desde os 20. Dos 6 quilômetros em dias

alternados, até atingir os 12 quilômetros todos os dias.

Mais que o ideal, mas nunca sofreu uma lesão grave.

Fã da aeróbica, só anda de bicicleta. Capacete e luzes

piscando, lá vai ele civilizadamente no caminho casa-

consultório, dando preferência aos pedestres e levando

uns “chega-pra-lá” dos veículos. Mas aprendeu, na

vivência com pessoas especiais, nos últimos cinco anos,

a enfrentar difi culdades muito maiores.

Consumidor da dieta ovolactovegetariana, Fabio

não ingere comida com tempero, o que o afasta dos

restaurantes. Em forma, e radical assim, ele mostra

sua planilha de treinamento – está se preparando para

a I Maratona de Veneza, depois de ter ido a uma das

realizadas em Roma, em 2004.

Por Sergio Zobaran

GUIANDO PNEMas o que lhe dá muito prazer, além do teste constante

dos próprios limites, é servir de guia de PNE – Portadores

de Necessidades Especiais. Tudo começou quando viu

pela primeira vez, na Maratona de SP, dois homens que

chegavam quase colados ao fi nal: não havia atentado

para a corda que os unia. Entrou um dia na Corpore,

criada pelo também dentista Mario Rollo, e vizinha de seu

consultório – e da qual já era associado –, e ofereceu-se

para fazer o mesmo que havia visto: carregar no peitoral

durante as corridas, as letras GV – Guia Voluntário. O

que signifi ca, para ele, ser os olhos de Mario Renato,

defi ciente visual, e também uma motivação de vida para

Sandra Cristina, defi ciente mental.

130 RUN FOR LIFE

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VIVER EM FLORIANÓPOLIS

PODE SER AINDA MELHORMORAR DENTRO DE UM CAMPO DE GOLFE NA ILHA JÁ É REALIDADE

O primeiro condomínio residencial dentro de um campo

de golfe em Florianópolis nasce no Costão Golf. Com

ele, um novo conceito de viver bem e de lazer na capital

de Santa Catarina.

Você já pensou em morar dentro de um campo de golfe?

É o que todo mundo imagina: muito verde, casas abertas,

sem muros, aquele visual tipo sonho de consumo. Pois

saiba que em Florianópolis é realidade: o esporte bacana

que a cada dia ganha mais adeptos no Brasil traz um

super estilo ao conjunto de casas implantadas em meio

à natureza da região: integração total.

O Condomínio Residencial Costão Golf fi ca ao norte da

ilha, entre o mar, as dunas de areia e as montanhas,

possui completa infra-estrutura, e está próximo às praias

dos Ingleses, Brava, Ponta das Canas e Jurerê. Até o

Costão do Santinho Resort & Spa – sim, o Costão Golf é

mais um empreendimento imobiliário da CostãoVille, – é

apenas um quilômetro, distância que também pode ser

percorrida de teleférico, com uma vista deslumbrante

para as belíssimas praias dos Ingleses, Santinho e

Moçambique, dos Morros dos Ingleses e das Aranhas e

Ilha das Aranhas, Badejo e Mata-Fome.

em conjunto harmônico que não abre mão da qualidade

ambiental, da privacidade e do conforto. Trata-se de um

condomínio fechado com cabeamento subterrâneo e

segurança 24 horas, alta tecnologia em telecomunicação,

com internet wireless, e automação – monitoramento

do sistema de segurança e controle automatizado dos

ambientes internos e externos das casas – além de um

teleférico que o liga à Praia do Santinho.

São mais de 5 mil árvores plantadas, um projeto

paisagístico fantástico entre 90% de espécies nativas.

O condomínio oferece ainda os serviços do premiadíssimo

Costão do Santinho Resort – novamente eleito o Melhor

Resort de Praia do Brasil – e a utilização da Marina do

Costão, na Praia dos Ingleses, ali pertinho. Além de um

pequeno centro comercial com lojas e consultórios e um

heliponto conveniado também ao Resort.

Para os moradores, tem o Club House, com seus 2

mil m2 de área construída, com bar, adega, charutaria,

restaurante, sala de estar e de jogos, e salão de festas.

Para completar, piscinas aquecidas indoor e outdoor, e

fi tness club; saunas e ofurôs, além de dois centros de

lazer específi cos: o Kids e o Teen Club. O campo de

golfe, com infra-estrutura de bar pro-shop e vestiários, é

um dos melhores do Brasil.

Aproveite sua ida a Floripa e conheça essa maravilha de

oportunidade de perto. Maiores informações sobre como

passar uns dias, semanas ou o resto da sua vida nesse

paradisíaco local, acesse o site www.costaogolf.com.br,

ou ligue 0800 643 5353.

TACADA CERTA: GOLFE E PRAIAOs terrenos do Costão Golf têm em média 900 m2 e

estão integrados ao campo de golfe. Em projetos de

casas com piscina a partir de 300 m2 – que levam belos

nomes de bromélias encontradas na região Sul do País

–, o empreendimento disponibiliza 12 diferentes projetos,

132 COSTÃO GOLF

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133

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NEWS T&F!Com mais de 30 lojas em São Paulo, Rio de Janeiro,

Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do

Sul, Goiás, Brasília e Ceará, a cadeia T&F abriu em

outubro sua terceira loja na capital mineira – e a segunda

na capital gaúcha em novembro.

BH: TRADIÇÃO BACANACom a presença de Thiago Pereira, nosso recordista

de medalhas individuais na natação em Jogos

Pan-Americanos (conquistou oito no Rio em 2007,

superando Mark Spitz), a Track&Field abriu com

um coquetel, em outubro, sua terceira loja em Belo

Horizonte, no Pátio Savassi, o shopping da região mais

badalada da cidade. Afi nal, a Savassi – que começou

como nome de padaria de imigrantes italianos, em

1939 – nasceu e cresceu como ponto de referência da

moda, da cultura e da gastronomia de BH, assim como

os Jardins em São Paulo, e Ipanema, no Rio. A Savassi

tem o lifestyle mineiro mais descolado, e ali se refl ete o

jeito receptivo e ameno da capital. A T&F espera você

no Pátio Savassi: Av. do Contorno, 6.061.

136 TF

Page 137: Revista Tracks 20

PORTO: CRESCIMENTO PARA O SULO bombado e novíssimo BarraShopping Sul, o maior da

Região Sul do País, foi o escolhido para receber, desde

novembro de 2008, a nova loja Track&Field no Rio Grande

do Sul, a segunda em sua cidade, Porto Alegre, em seu

bairro Cristal. O BarraShopping Sul segue a tendência

internacional de se fazer uma “minicidade” em torno do

shopping (com edifícios residenciais, apart-hotel e prédio

comercial), e nasce lindamente na zona sul, para onde

cresce a capital. Com doze lojas âncoras, o shopping está

em frente ao maior cartão-postal da cidade, o Rio Guaíba.

A T&F espera você no BarraShopping Sul: Av. Diário de

Notícias, 750.

NOVAS LOJAS DA TRACK&FIELD: A 3ª DE BH E A 2ª DE PORTO ALEGRE!

137

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OF

FIC

EC

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113 QUILÔMETROS DE

DESAFIOS EM SANTA CATARINAHOMENS E MULHERES TESTARAM OS LIMITES DE SEUS CORPOS EM MEIO IRONMAN

REALIZADO EM PENHA, NO LITORAL CATARINENSE

Por Murilo Pessoa

As distâncias da competição disputada em 14 de setembro, em

Penha, litoral de Santa Catarina, representam a metade de uma prova

de Ironman. Mas que ninguém se engane e pense “apenas metade”.

Pouquíssimos são os que conseguem, em seqüência, nadar 1,9

quilômetro, pedalar 90 quilômetros e correr 21,1 quilômetros. Quem

pratica natação, ciclismo ou corrida pode ter somente uma noção do

que os 650 triatletas inscritos para a prova tiveram de enfrentar.

O nome ofi cial do evento, Ironman Penha 70.3, é uma referência às 70,3

milhas da prova, que faz parte de um circuito mundial. Na categoria elite,

os três primeiros lugares da competição masculina e os dois primeiros

da feminina garantiram vaga no Mundial da Flórida, a fi nal do circuito,

que aconteceu na cidade de Clearwater em 8 de novembro.

Largada

140 GEAR

Page 141: Revista Tracks 20

Essa foi a segunda de três etapas da América Latina que

classifi cam para o evento nos Estados Unidos. A primeira

foi realizada em Pucón, no Chile, em janeiro, e a terceira

aconteceu em 21 de setembro, em Cancún, no México.

Outras 26 provas classifi catórias são realizadas pelo

planeta.

O Ironman original surgiu em 1978, quando o comandante

da marinha norte-americana John Collins, durante

discussão entre grandes atletas do Havaí, sugeriu que

a melhor maneira de saber quem era o melhor entre

eles seria a realização de uma prova que combinasse

as provas de natação, ciclismo e corrida. Nos últimos

30 anos, a competição, com um percurso total de

aproximadamente 225 quilômetros, não parou de crescer

e, atualmente, movimenta milhares de superatletas em

dezenas de países.

A terceira edição brasileira do meio Ironman foi organizada

pela Latin Sports e teve co-patrocínio da Track&Field e

Brasil Telecom e parceria com a Federação de Triatlo de

Santa Catarina, Prefeitura de Penha, ABEE – Associação

Brasileira de Esportes Endurance, governo do Estado,

por meio do Fundesporte, Gatorade, Beto Carrero World,

Trisport e Power Bar.

Mariana Ohata

Igor Amorelli

OS CAMPEÕESEm Santa Catarina, o argentino radicado em Santos

Oscar Galindez, 37 anos, não se contentou em completar

o longo percurso, mas o fez em 3h54min24s, tempo que

lhe garantiu o título. O resultado confi rmou o favoritismo

do atleta, tricampeão do Ironman Brasil e que, em 2007,

terminou a fi nal do Circuito Mundial de Meio Ironman,

realizada na Flórida, na segunda posição.

Após competir em casa, o catarinense Igor Amorelli, natural

de Balneário Camboriú, conquistou o segundo lugar em

sua primeira participação no evento, com o tempo de

3h55min07s. O terceiro classifi cado foi o paranaense Juraci

Moreira, atleta olímpico em Sydney, Atenas e Pequim, que

concluiu os 113 quilômetros em 3h59min53s.

Também presente nos Jogos de Sydney, Atenas e

141

Page 142: Revista Tracks 20

Pequim, Mariana Ohata teve melhor sorte que o colega

olímpico e conquistou o título da prova feminina em

Penha. Menos de um mês após a participação na China,

onde, contundida na noite anterior à prova, terminou na

39ª posição, a brasiliense mostrou toda sua capacidade

ao vencer o meio Ironman em 4h25min35s. Muito perto

da campeã, a paulista Vanessa Gianinni terminou a

prova em 4h25min41s e também se garantiu no Mundial

da Flórida. Ana Lídia dos Santos Borba, goianiense que

representou Santa Catarina, conseguiu o terceiro lugar,

com o tempo de 4h29min21s.

Os cinco primeiros atletas profi ssionais, nas categorias mas-

culina e feminina, receberam a premiação no valor total de

US$ 20 mil, divididos em US$ 4 mil aos primeiros coloca-

dos, US$ 2,5 mil aos segundos, US$ 2 mil aos terceiros,

US$ 1 mil aos quartos e US$ 500 aos quintos colocados.

Além dos competidores da modalidade elite, a prova foi dis-

putada entre amadores, divididos em categorias de acordo

com as faixas etárias e sexos. Entre esses, 65 conquistaram

vagas para o Mundial da Flórida. A categoria com o maior

número de classifi cados foi a masculina, entre 30 e 34 anos,

na qual 12 foram os que carimbaram o passaporte para a

mais importante competição de meio Ironman.

Os três primeiros triatletas de cada categoria amadora

a completar a prova receberam troféus e todos que

concluíram o percurso ganharam medalhas.

UMA LINDA PENHA FOI O PALCONão apenas os atletas abrilhantaram o meio Ironman

Brasil. A cidade de Penha, no litoral catarinense, foi uma

atração extra na disputa. O clima do local, a estrutura

do município e o Fundo Estadual de Esporte foram os

principais fatores que defi niram a nova sede do evento,

após a realização das duas primeiras edições nacionais

em Brasília. Desta forma, Santa Catarina, que já recebe

o Ironman Brasil, em Florianópolis, passa a concentrar

os dois maiores eventos do triathlon do País.

A largada foi dada na bela Praia da Armação de Itapocorói

e os atletas seguiram para a Rodovia Beto Carrero, onde

pedalaram e correram, até fi nalizar a prova dentro do Beto

Carrero World, maior parque temático da América Latina.

O espaço, que ocupa 14 milhões de metros quadrados,

é um dos grandes responsáveis pela movimentação

turística da cidade.

Além do turismo, Penha tem grande tradição na pesca. O

local já foi símbolo da caça de baleias e hoje é o maior

142 GEAR

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RESULTADOS:

MASCULINO

Oscar Galindez - 3h54min24s

Igor Amorelli - 3h55min07s

Juraci Moreira - 3h59min53s

Ivan Albano Júnior - 4h07min03s

Frederico Luiz Monteiro - 4h10min11s

FEMININO

Mariana Ohata - 4h25min35s

Vanessa Gianinni - 4h25min41s

Ana Lídia dos Santos Borba - 4h29min21s

Ariane Gomes Monticeli da Silveira - 4h54min28s

Alessandra Rocio de Carvalho - 4h57min18s

produtor de mariscos no Brasil, com 3,5 mil toneladas do

mexilhão por ano.

Localizada a 110 quilômetros de Florianópolis, no litoral

norte de Santa Catarina, Penha tem população pouco

superior a 20 mil, número que pode chegar a 100 mil

durante a temporada de verão.

IRONMAN SOCIALAssim como havia ocorrido no Ironman de Florianópolis, a

prova realizada em Penha destinou 50 vagas extras, além

das 600 do índice técnico, a leilão promovido na internet

durante cinco semanas. O total de R$ 23.729,21 arrecada-

do foi destinado à Associação de Pais e Amigos dos Ex-

cepcionais (Apae) da cidade que recebeu a competição.

A média de arremate de cada vaga foi de cerca de US$

650. Igor Amorelli e Vanessa Gianinni, vice-campeões

das provas masculina e feminina, respectivamente, par-

ticiparam do leilão, assim como Frank Silvestrin, também

atleta da modalidade elite.

Os recursos repassados à Apae, escolhida por ser uma

instituição respeitada e que existe em todo o Brasil,

serão investidos na ampliação de estrutura do local e na

reforma de salas de aulas.

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