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Revista Cityfarma número 20.TRANSCRIPT
Dia dos Pais:comemoraçãona hora certa
Cuidado com o
câncerbucal
Comer rápidoengorda!
A palavra PAI é definida como “aquele que deu ser a outro”. Mas certamente, ser PAI é ou deveria ser muito mais que isso. Afinal, não basta pôr no mundo. É preciso acompanhar, sustentar (não só financei-
ramente, mas moralmente), orientar e festejar a vida de um filho.
Infelizmente, até mesmo por uma tradição machista, ao homem ficou relegado o papel de sustento da família, de austeridade e de rigidez. Mas a família está mudando e cabe a nós, homens, buscar uma melhor relação familiar, que
nos coloque em pé de igualdade com as mães e mais próximos de nossos filhos. Vamos participar ativamente de tudo, da gravidez à educação.
Já são muitos aqueles que conquistaram esse direito de decidir, de sentir, de brincar, de ser, como dizem, PÃE. E são eles felizes, porque poderão dizer: eu criei uma vida. Se a mãe dá à luz, que nossa participação seja mantê-la acesa por toda a vida. Se você for pai, participe. Se você pretende ser, prepare-se. Se for filho, ame.
Feliz Dia dos Pais.
Ser Pai é participar
Um abraço, José Corrêa da Motta
Presidente da Rede CityFarma
PAISQuando decidir?
VITAMINA DPrecisa de sol e boa alimentação.
LAVAR AS MÃOS A saúde começa aqui.
BELEZADrenagem linfática, aliada da plástica.
ALIMENTAÇÃOComer rápido engorda.
TABAGISMOCâncer na boca também mata.
ENVELHECER COM SAÚDECom cuidados, é possível.
CITYFARMINHADiversão não tem idade.
EXPEDIENTEA Revista CityFarma é de propriedade e distribuição da ASSIFERJ - Associação Independente de Farmácias e Drogarias do Estado do Rio de Janeiro. Periodicidade: bimestral. Tiragem: 150.000 exemplares. Edição: Agosto/Setembro 2010. Produzida por Grupo Letra Comunicação. E-mail: [email protected]. Planejamento e diagramação: Jaque Medeiros e Marcus Quito. Jornalista responsável: Adriane Lopes - MTb 17195. Coordenação editorial: Sônia Lara - MTb 16619. Capa e fotos internas: 123rf.com. Impressão: Ediouro Publicações Ltda. Central de Atendimento CityFarma: (21) 2501 6767. Acesse www.cityfarma.com.br - Fale conosco: [email protected].
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Segundo o Prof. Dr. Joji Ueno, o adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mu-lheres nos dias de hoje. O núme-ro de grávidas ou mulheres ten-tando engravidar na faixa entre 30 e 40 anos tem aumentado. Pelo menos 20% das mulheres aguardam até os 35 anos para iniciar uma nova família. São muitos os fatores envolvidos na decisão de adiar a maternidade: o advento da pílula anticoncep-cional (que acaba de completar 50 anos), a estabilidade profis-sional, a espera por um relacio-namento estável, o desejo de atingir segurança financeira, ou ainda, a incerteza sobre o dese-jo de ser mãe.
sociada mentalmente à falta de mas-culinidade ou virilidade.
Há estatísticas sobre essa pater-nidade tardia?Dr. Joji Ueno – Sim, os casais estão tendo filhos mais tarde de maneira geral. Inclusive, quando há um reca-samento, este novo casal geralmente tem um filho desta união, também. As mulheres brasileiras na faixa entre 40 e 44 anos estão se casando mais. O IBGE constatou um aumento de qua-se 220%, entre 1997 e 2008. A expli-cação para o crescimento de uniões formais nesta faixa de idade é o re-casamento. São considerados recasa-mentos os eventos nos quais pelo me-nos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo. Em 2007, os recasamentos representavam 16,1% do total das uniões formalizadas em cartório no Brasil. Em 1998, os reca-samentos totalizavam 10,1%. Ainda segundo o IBGE, os percentuais mais elevados de recasamentos são obser-vados entre homens divorciados que
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Que a família mudou, todo mundo sabe. Assim como mudaram as funções de cada um dos personagens que a compõem. Pais e mães tendem hoje a participar igualmente de decisões, dos cuidados, da educação dos filhos e também divi-dem a escolha do momento mais propício para que eles venham ao mundo.
Quandocomemorar o Dia dos Pais?
Mas e o homem? Como enfrenta esse adiamento?Dr. Joji Ueno – Os homens, com-panheiros, maridos também se de-param, hoje, com o adiamento da paternidade, pois acompanham e respeitam a decisão de suas mulhe-res, esposas, companheiras. E os mes-mos fatores que influenciam na ferti-lidade feminina influenciam também a capacidade reprodutiva masculina. Portanto, este homem, quando esti-ver em acordo com sua parceira e am-bos decidirem ter um bebê, também pode se deparar com problemas de fertilidade. A notícia da infertilidade não costuma ser bem recebida nem por homens, nem por mulheres. Mas o sexo masculino parece ter mais di-ficuldades para aceitar o diagnóstico. A vivência emocional da infertilidade por um homem é extremamente an-gustiante, uma vez que ainda vive-mos em uma cultura machista, onde sinal de ‘ser macho’ é ser um ‘bom reprodutor’. Assim, a incapacidade de engravidar uma mulher pode vir as-
O Prof. Dr. Joji Ueno é ginecolo-gista, Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, diretor da Clínica Geral e do Insti-tuto de Ensino e Pesquisa em Me-dicina Reprodutiva de São Paulo. Mais informações pelos sites www.clinicagera.com.br e http://medici-nareprodutiva.wordpress.com ou http://twitter.com/jojiueno.
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casaram com mulheres solteiras (de 4,5% para 7,1%, entre 1998 e 2007), se comparados às mulheres divor-ciadas que se uniram formalmente a homens solteiros (de 2,1% para 3,7% no mesmo período). É muito comum que logo após o recasamento, o novo casal – mesmo que formado por um homem e uma mulher que já tenham filhos de outros relacionamentos – procure uma clínica de reprodução humana para fazer uma avaliação das chances de conceberem um fi-lho dentro do atual relacionamento. É como se desejassem imprimir uma marca à união que celebraram, inclu-sive formalmente, como indicam as estatísticas do IBGE.
É importante que os pais partici-pem de todas as consultas?Dr. Joji Ueno – Fundamental. Digo sempre aos meus pacientes que o bebê é feito em casa ou no laborató-rio de reprodução humana, sempre a dois, pois a decisão que está por trás
do tratamento é a de formar uma nova família.
Como as mudanças na família se refletem dentro do consultório?Dr. Joji Ueno – O que posso dizer é que cada vez mais as famílias terão novas configurações. No meu cam-po de atuação, a legislação brasileira traz sempre como beneficiários das técnicas de reprodução assistida as mulheres e⁄ou os casais inférteis. Vale ressaltar que a “permissão” ao aces-so a mulheres solteiras, desde que “comprovadamente” inférteis, pode ser encarada como um pequeno es-forço no reconhecimento da mono-parentalidade, uma entidade familiar bastante comum em nossa sociedade contemporânea. Há casos também de homens solteiros e de casais ho-mossexuais que desejam ter um bebê e formar uma família.
Como fica o homem diante de toda essa revolução, com os ban-cos de sêmen e tudo mais?
Dr. Joji Ueno – A associação popu-lar entre capacidade de procriação e potência é um dos principais moti-vos de resistência à vasectomia em nossa cultura. Essa associação tam-bém é responsável pela relutância que alguns homens demonstram no momento de fazer o exame de esper-mograma, pedido pelo médico. Além disso, percebe-se que o diagnóstico de infertilidade masculina acaba por interferir de forma significativa na vida sexual dos homens, podendo-se observar falta de libido, distúrbios ejaculatórios e impotência sexual. Desta maneira, diante de um quadro emocional tão delicado, é preciso cul-tivar o diálogo aberto entre o casal, tentando trazer para a comunicação verbal o que ainda não conseguiu ser dito. É necessário saber o que cada um está sentindo em relação ao pro-blema que afeta o casal. O processo terapêutico auxilia muito a encontrar a melhor forma de expressão dos sen-timentos em relação à infertilidade.
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Já os pesquisadores holandeses associaram a deficiência do nu-triente à depressão, devido ao
aumento do nível do hormônio da paratireóide, o PTH, que tem ligação indireta com as alterações de humor. Os artigos sugerem a relação dos bai-xos índices da vitamina com o ganho de peso e dificuldades de responder à insulina.
Mas o que há de certo e comprovado é que a vitamina D regula o metabo-lismo do cálcio e do fosfato (fósforo), essenciais para a formação de ossos e dentes sadios, e auxilia na preven-ção do raquitismo em crianças e da osteoporose nos adultos. Segundo a nutricionista Monique Machado
de Souza, as melhores fontes da substância são
D+Os tão propagados bene-fícios da vitamina D para o organismo receberam reforços de pesquisas em universidades nos Estados Unidos, na Holanda e artigos divulgados em publicações científicas. Uma delas aponta a vitamina D como principal responsável pelo controle do enrijecimento das artérias, que eleva a pressão arterial nas mulheres.
O que pouca gente se dá conta, diz a nutricionista, “é que nos alimentos está presente a provitamina, que é uma substância inativa. Pela ação do sol, com os raios ultra-violetas (UVB) sobre a pele, a provitamina é finalmente transformada em vitamina D, sua forma ativa e tão be-néfica à saúde. Vale ressaltar que não se deve pegar sol nos horários de maior incidência de radiação e que não é necessário se expor por longo período diariamente. De 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia é o bastante”.
Outro fator importante é que ambos os sexos precisam de vitamina D para o bom funcionamento do organismo e prevenção de doenças. “Homens e mulheres necessitam das mesmas quantidades diárias. No entanto, após os 50 anos, a necessidade dobra. E após os 70, triplica em fun-ção da baixa exposição solar que pode ocorrer nesta fase da vida e devido às alterações fisiológicas do envelheci-mento, que ocasionam uma menor biodisponibilidade desta vitamina”, explica Monique Machado.
Sem sol, sem vitamina
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Monique Machado de Souza é nutricionista com consultório em
Recreio – MG. Contato: [email protected].
SAÚDEPe
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o óleo de fígado de peixes, mantei-ga, leite integral, sardinha, azeite de oliva, fígado bovino e de galinha, arenque, salmão, atum, cavala, lam-bari, gema de ovo e cogumelos. Os laticínios em geral também contri-buem para a oferta de vitamina D na alimentação.
CuidadosSuplementos com vitamina D ativa podem ser recomendados por um profissional, em caso de necessidade. Porém, alerta a nu-tricionista, a substância é tóxica quando ingerida em demasia e pode provocar males como anorexia, náuseas, vômitos, fra-queza muscular e hipercalce-mia (nível elevado de cálcio no sangue).
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Você já lavou suasmãos hoje?Um ato tão simples e que nem sempre nos damos conta de sua importância. Lavar as mãos pode evitar uma série de doenças, protegendo o corpo contra bactérias e vírus.
O hábito é uma questão de higiene básica e independe de estação do ano, mas em épocas de baixas temperaturas e com maior possibilidade de contamina-ção por doenças como gripes, lavar as mãos com mais frequência é fundamen-tal. Acompanhe as dicas dos infectologistas:
X Nunca deixe de lavar as mãos após ir ao banheiro, antes e depois de comer ou após assoar o nariz.
X Lave sempre que pegar em dinheiro e usar transporte ou telefone público.
X Dê preferência aos sabonetes líquidos. Os “em barra” podem abrigar bacté-rias em rachaduras ou na água que fica depositada na saboneteira.
X Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o tempo ideal gasto na lavagem é de 15 a 20 segundos de esfregação. É o tempo de cantar o “Para-béns a você” duas vezes seguidas ou dizer todas as letras do alfabeto.
X Caso esteja longe da água e do sabão, opte pelo álcool gel, também fazen-do o passo a passo completo.
1 Umedeça as mãos com água e aplique sabão em quantidade suficiente para que a espuma cubra toda a superfície.
2 Limpe as partes que ficam escondidas: embaixo das unhas, entre os dedos e linhas marcadas na parte interna.
3 Esfregue os pulsos e o antebraço.
4 Enxágue bem as mãos retirando total-mente o resíduo de sabão.
O passo a passo
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Medicamento Genérico – Lei 9.787/99.
Com GenériCo também é assim: quanto mais espeCífiCo, melhor.
Por isso, quando você for escolher seu genérico, prefira a Medley.
A marca que oferece uma completa linha de produtos para você e sua família.
na hora De esColher GenériCo, seJa espeCífiCo: GenériCos meDleY.
Drenagemlinfática:aliada da cirurgia plástica
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● Lipoaspiração e lipoescultura: A lipoaspiração é a retirada da gordura das partes mais desfa-vorecidas do corpo, enquanto a lipoescultura retira a gordura, que é usada depois para esculpir o cor-po.
● Abdominoplastia: Existem sete tipos de cirurgias para melhorar o abdome. A escolha da técnica dependerá do grau de flacidez e da possibilidade de vir a ter mais filhos.
Procedimentos que devem ser seguidos pela drenagemlinfática:
Para saber mais sobre cirurgia plástica aces-se o site www.gustavotilmann.com.br.
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O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de cirur-gias plásticas, ficando atrás
apenas dos Estados Unidos. Segun-do pesquisa realizada pelo Ibope, estima-se que em 2009 tenham sido realizadas mais de 640 mil no país. O crescente número de intervenções faz com que outros procedimentos se tornem necessários para otimi-zar resultados e para a recuperação ampla dos pacientes. Um deles é a drenagem linfática, apontada como importante coadjuvante para a lipo-aspiração, a lipoescultura, a abdo-minoplastia, o aumento de mama e glúteo e o lifting facial.
Segundo o médico Gustavo Tilmann, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o profissional que pode executar a drenagem linfática é o fisioterapeuta dermato-funcional. “O procedimento ajuda na recupera-ção das cirurgias, pois estimula o sis-tema imunológico. E é ideal para não deixar líquidos retidos, auxiliando na eliminação da rigidez decor-rente do processo de cicatri-zação, diminuindo edemas e hematomas, além de melho-rar a circulação sanguínea”, explica o cirurgião.
O Dr. Tilmann considera ainda que seja essencial que o paciente mante-nha uma suplemen-tação alimentar e exercícios físicos regu-lares. Desta forma o resultado será ainda
mais positivo, mas que os cuidados devem ser tomados bem antes da cirurgia. “Os pacientes devem bus-car sempre esclarecimentos sobre o procedimento, procurar sanar suas dúvidas, além de obter informações sobre o especialista nos órgãos que o regulamentam. Além disso, alguns procedimentos estéticos e cirúrgicos devem ser realizados apenas pelo ci-rurgião plástico, como por exemplo: lipoaspiração, lifting facial, aumento de mamas, entre outros. No caso do botox, tanto o cirurgião quan-to o dermatologista são capacitados para re-alizar o procedi-mento.
● Aumento dos seios: As próteses servem para aumentar o seio e não para levantar a mama. Geral-mente, os especialistas preferem colocar a prótese atrás do mús-culo, pois a deixam com aspecto mais natural e evitam o “efeito bola”, ou seja, a prótese visível.
● Aumento dos glúteos: A prótese é colocada no meio do maior mús-culo da região, chamado glúteo maior. Assim, mantendo a mesma quantidade de músculo atrás e na frente, consegue-se mascarar a presença da prótese.
● Lifting facial: Inclui a suspensão das estruturas da face sem tensão e de maneira natural, associada à melhora da qualidade da pele com peeling de ácidos e laser pós-operatório.
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Quem tenta emagrecer co-mendo rápido está come-tendo um grande erro. Pes-
quisadores da Grécia e do Reino Unido concluíram que pessoas que devoram os alimentos rapidamente acabam consumindo mais calorias do que quando se alimentam num ritmo mais lento.
A endocrinologista Silvia Mizue To-ledo esclarece que o processo de digestão deve passar por fases para que a saciedade seja desencadeada normalmente. Acontece que a maio-ria das pessoas “pula” as etapas ou passa por elas de maneira muito rá-pida, não mastigando e saboreando adequadamente os alimentos, co-mendo e fazendo outras atividades ao mesmo tempo (dirigindo, conver-sando ou assistindo TV) e isto leva a ingestão de quantidades acima do que seria necessário normalmente para saciar a fome.
A pressa em comer ou a distração na hora da alimentação podem se transformar em grandes vilões da dieta saudável. Segundo exemplifica a Drª Silvia, a ingestão de calorias a mais pode ser variável, mas para se ter uma ideia, quando se come um saquinho normal de pipoca ele tem em média 90 calorias. Assistindo TV ou no cinema, é comum um indi-víduo sozinho se deliciar com um balde grande de pipoca sem estar com fome, consumindo cerca de 400 calorias.
Comer rápidoaumenta o consumo de calorias
ALIMENTAÇÃO
A interaçãoentre océrebro e oestômagoVários sinais chegam ao cé-rebro, no início da digestão, ativando o centro de sacie-dade. Isto ocorre, principalmen-te, através da interação entre vários hormônios como a leptina, insulina, GHrelina e colecistoquinina. Para que esta relação entre cérebro e es-tômago seja notada pelo organismo, a endocrinologista recomenda co-mer em um ambiente tranquilo.
“Os bons hábitos devem ser inicia-dos na infância, com exemplo dos pais. Os alimentos devem ter cores e texturas variadas e ser consumidos à mesa”, recomenda.
A Drª Silvia Mizue Toledo é endocrinologista da Clínica Genesis.
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A Drª Silvia Toledo sugere, como primeiro passo, a procura de uma orientação nutricional especializada. O fato de estar acima do peso
ideal já indica que erros alimentares importantes podem estar ocorrendo, mas mesmo com o peso adequado há muitos casos de má nutrição relacio-
nada a micronutrientes (vitaminas e sais minerais) que podem não interferir no peso, mas trazer riscos à saúde. “Infelizmente, não há uma educação alimentar
adequada na formação escolar da maioria dos brasileiros. Desta forma, o profissional de saúde deve estar sempre atualizado e ativo no sentido de estimular uma alimenta-
ção saudável e balanceada”, propõe.
O dia a dia para emagrecer
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Combata o câncer bucal
A menos que sejam tomadas medi-das urgentes, o uso do tabaco poderá matar mais de oito milhões de pes-soas até 2030, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde. O tabagismo está diretamente rela-cionado ao aparecimento do câncer
bucal, que afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo e é importante conhecer como o cigar-ro afeta a boca.
A Profª Renata Tucci, Doutora em Pa-tologia Bucal pela USP, explica que quem fuma tem maior predisposição a ter problemas nos dentes, na gengi-va e mau hálito. Além disso, o cigarro
é o responsável pelo aparecimento de lesões pré-malignas (que podem se transformar em câncer) e do cân-cer de boca. Cerca de 90% dos casos da doença ocorrem em pacientes fumantes e que abusam do uso do álcool.
TABAGISMO
Diga não ao cigarro!
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Como é diagnosticado o câncer bucal?Drª Renata Tucci - Uma ferida que não cicatriza depois de 15 dias do seu aparecimento; úlceras indolores, que podem sangrar ou não; man-chas esbranquiçadas ou avermelha-das na mucosa bucal e no lábio são sintomas. Já dificuldade para falar, mastigar e engolir; emagrecimento acentuado; dor; e presença de linfa-denomegalia cervical (caroço no pes-coço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado (FONTE – INCA). Para o diagnóstico, uma biopsia da lesão deve ser realizada (remoção de um pedaço do tecido) e enviada para o laboratório. Com o laudo em mãos, o paciente é encaminhado para trata-mento oncológico.
A pouca frequência do brasileiro nos con-sultórios dos dentistas é uma das causas de diagnóstico tardio?
Drª Renata Tucci – O atraso no diag-nóstico é sim, causado pela falta de conhecimento e de hábito de ir ao dentista. Apenas recentemente a mí-
dia começou a dar mais atenção aos casos, e os conselhos federais e regio-nais de odontologia e de medicina es-tão sendo mais atuantes. E este tipo de câncer é o quinto mais comum em homens no Brasil, e o sétimo entre as mulheres (INCA, 2010). Quanto mais profissionais estiverem preparados e a população souber a respeito, mais diagnósticos precoces serão realiza-dos.
Normalmente, em que estágio a doença é descoberta? Drª Renata Tucci - Aqui no Brasil normalmente o câncer de boca ainda é diagnosticado em estágios avan-çados. O grande problema é que o diagnóstico tardio do câncer de boca ocasiona maiores sequelas após o tra-tamento (cirurgias muito mais agres-sivas) e diminui muito a chance de cura.
Se descoberto em estágio inicial, quais as chances de cura? Drª Renata Tucci - O câncer de boca, quando diagnosticado em estágio
inicial, tem índices excelentes de cura. A sobrevida após cinco anos chega a 80%. Além disso, outro as-pecto importante quando falamos de diagnóstico em estágio inicial é a questão da qualidade de vida dos pa-cientes, pois quanto mais cedo as le-sões forem diagnosticadas, melhores serão as condições para o tratamento.
Como o câncer bucal se alastra? Drª Renata Tucci - O câncer de boca pode se alastrar (causar metástases) primeiramente para os linfonodos do pescoço, popularmente conhecidos como “gânglios” ou “ínguas”. Quando o câncer de boca se alastra para o pescoço, formam-se caroços endure-cidos, que não são doloridos e ficam bem presos no tecido. Também po-dem ocorrer metástases em outros órgãos do corpo.
O tratamento é o mesmo dos outros? Qui-mioterapia? Drª Renata Tucci - O tratamento do câncer de boca é feito principalmente
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Daniel Rodrigues e Rafael Medeiros, 3º e 4º colocados no ranking brasileiro de simples
através da cirurgia, podendo ou não ser associada à radioterapia. A qui-mioterapia usualmente é utilizada apenas em casos mais avançados, em conjunto com a radioterapia.
A doença também afeta os dentes? Faz caírem ou apresentarem outros proble-mas? Drª Renata Tucci - O câncer bucal pode aparecer em qualquer lugar da boca. Muitas vezes os dentes ficam com mobilidade pelo crescimento do tumor e podem ser perdidos. Outro problema é a dificuldade de higieni-zação, que também favorece a perda dos dentes. De qualquer forma, pre-cisa ficar claro que todas as pessoas podem desenvolver câncer de boca, tanto quem faz corretamente a higie-ne oral, como quem não faz.
Câncer bucal mata? Deixa sequelas?
Drª Renata Tucci - O câncer bucal, se não diagnosticado e tratado ade-quadamente pode matar sim, pois
avança para outros órgãos. As seque-las dependem do momento em que o caso for diagnosticado. Quanto mais rápido o diagnóstico, menores as se-quelas. Estas dependem também do local do câncer. Por exemplo, em ca-sos de câncer de língua há uma possí-vel perda de parte do músculo ou até mesmo retirada total.
Quais as principais formas de prevenção? Renata Tucci - As principais formas de prevenção são: para o câncer de lábio, evitar a exposição prolongada ao sol e usar filtro solar labial; e para todos os outros tipos, dentro da boca, a principal forma de prevenção é não fumar e não beber, pois a grande maioria dos casos está associada ao uso crônico de tabaco e álcool.
Qual o papel do dentista neste processo? Há preparação direcionada a este diag-nóstico? Drª Renata Tucci - A participação do dentista no diagnóstico do câncer bucal é fundamental, pois é o profis-
sional que tem mais contato com a boca. O dentista clínico geral deve ter total condição de diagnosticar lesões bucais suspeitas. Além disso, existem duas especialidades da Odontologia que estudam especificamente as le-sões bucais: Estomatologia e Pato-logia Bucal. Estes profissionais estão aptos a diagnosticar qualquer tipo de lesão de boca, incluindo o câncer.
O dentista, independentemente da especialidade, sempre deve orientar seus pacientes sobre os vários proble-mas que o tabagismo pode ocasionar na cavidade bucal e na sua saúde de forma geral.
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Profª Dra. Renata Tucci é Doutora em Patologia Bucal pela USP e coordena-dora do Cedoc, Centro de Diagnósti-co Odontológico do CETAO (Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiço-amento em Odontologia).
Para mais informações acesse :http://www.cetao.com.br.
Envelhecer não precisa mais ser sinônimo de doenças, de repouso,
ou em muitos casos, de abandono. O avanço da medicina, aliado a muitas
outras mudanças do mundo moderno, tem deixado na lembrança o “velho de
pijamas”, dando espaço para um novo idoso, ativo e participante.
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Oreumatologista Sergio Bontempi Lanzotti explica que, com a definição da “terceira idade”, mudou a expectativa de vida no mundo todo, a tendência
de crescimento da população com mais de 60 anos e o próprio desenvolvimento do conceito de envelhecimento ativo, que conduz ao envelhecimento saudável. Este novo conceito prioriza não só a parte física, segundo o médico, mas também as atividades sociais, profissionais e afetivas do idoso, que precisa pertencer, interagir e ser aceito pela comunidade.
O envelhecimento ativo exige também uma mudança no acompanhamento deste “novo idoso”. O Dr. Sergio Bontempi Lanzotti aponta o tratamento multidisciplinar como o caminho. “Para acompanhar bem um idoso que tenha uma doença reumatológica, por exemplo, além do próprio reumatologista, é preciso consultar com frequên-cia o oftalmologista, para evitar novas quedas em casos de osteoporose. É preciso consultar um cardiologista, pois a hipertensão e os problemas cardiológicos aco-metem geralmente as pessoas de mais idade que têm
artrite. É importante contar com um bom nutricionista ou médico nutrólogo, pois o paciente precisa de re-
comendações nutricionais específicas para algumas doenças reumatológicas, como gota e osteopo-rose, por exemplo. Isto sem falar num bom edu-cador físico ou personal trainer, pois o exercício é parte fundamental do tratamento das doenças
reumatológicas. A presença de um psicólogo também pode ser essencial quando as doen-
ças reumatológicas forem debilitantes e o paciente necessitar de apoio para en-
tender suas limitações”, exemplifica.
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O papel de cada umEnvelhecer com saúde não depende somente daquele que envelhece, mas também da ação e reação daqueles que o cercam. O Dr. Sergio Bontempi Lan-zotti concorda que profissionais de saúde, familiares, políticos sérios, arquite-tos e outros mais devem fazer intervenções em todos os âmbitos que possam tornar o processo possível. Assim, a casa pode se tornar mais segura com a colocação de barras de segurança e de outros dispositivos, com o trabalho em conjunto de familiares e arquitetos. As ruas e calçadas podem ficar mais seguras, evitando quedas e internações, com a atuação atenta de um verea-dor ou de um prefeito. Um médico zeloso pode explicar bem ao seu paciente sobre seus direitos, como o de receber gratuitamente do Estado alguns medi-camentos extremamente caros.
“Nunca na história evolutiva do ser humano houve a expectativa de se viver mais de 60 anos, como há agora. Por isto, devemos ajudar os pacientes idosos a planejar como eles querem viver esse tempo a mais, lembrando que fun-damental é querer viver bem todos os anos que eles terão pela frente, não aceitando de forma passiva os acontecimentos”, conclui o médico.
O que é envelhecer bem?O reumatologista define “envelhecer bem” como uma soma de cuidados físicos regulares com um bom esta-do mental. “Devemos começar a nos preparar para envelhecer ao nascer. Mas o brasileiro só costuma procurar um geriatra ou um profissional es-pecializado quando a doença já está instalada. Assim, é importante saber que a incapacidade funcional, que pode comprometer o envelhecimen-to ativo, começa a aparecer por volta dos 60 anos. Por isto, é importante evitar e prevenir o aparecimento das doenças crônicas e degenerativas na terceira idade. Mas, muito antes do 60 anos, a hipertensão, o diabetes, a artrite e outras doenças já estão nos rondando”, acrescenta o Dr. Lanzotti.
Em 2002, durante a 2ª Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, rea-lizada em Madri, a Organização Mun-dial da Saúde lançou um documento denominado Active Ageing - A Policy
Framework, apontando as perspecti-vas para um envelhecimento saudá-vel. Este documento destaca o con-ceito do chamado envelhecimento ativo, que leva em conta a ideia de esperança de vida livre de incapa-cidades. De acordo com a análise do reumatologista Sergio Lanzotti, “a incapacidade do idoso está rela-cionada ao seu grau de risco de ser portador de doenças crônicas. Você pode chegar aos 80 anos e ter um risco acumulado baixo de desenvol-ver alguma doença, enquanto um outro indivíduo, da mesma idade, pode ter até quatro vezes mais risco de desenvolver essa doen-ça. Os riscos estão relaciona-dos não apenas aos fatores genéticos, mas também ao estilo de vida de cada um. Portanto, estar atento e melhorar o seu estilo de vida é determinante no processo de en-velhecimento.”
O Dr. Sergio Bontempi Lanzotti é reumatolo-gista, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Para saber
mais sobre envelhecimento ativo acesse http://www.iredo.com.br
http://vivendosemdor.wordpress.com http://twitter.com/sergiolanzotti
ou escreva para o e-mail [email protected].
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