revista macrocosmo #20

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macroCOSMO.com revista Ano II - Edição nº 20 - Julho de 2005 A PRIMEIRA REVISTA ELETRÔNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA Estudando a correção Delta T Estrelas Jovens, a gênesis estelar ISSN 1808-0731 Relógios Solares arte e técnica

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Publicação eletrônica pioneira de jornalismo sobre Astronomia, a Revista Macrocosmo é gratuita, sendo disponibilizada na internet através de arquivos PDF. As edições contém artigos, tutorias, projetos, entrevistas, resenhas, guias, efemérides e dicas sobre todos os ramos da Astronomia, incluindo a Astronáutica e a Física.

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  • 1revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    macroCOSMO.comrevistaAno II - Edio n 20 - Julho de 2005

    A PRIMEIRA REVISTA ELETRNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA

    Estudando acorreo Delta T

    Estrelas Jovens,a gnesis estelar

    ISSN 1808-0731

    RelgiosSolares

    arte e tcnica

  • 2 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    [email protected]

    Diretor Editor ChefeHemerson [email protected]

    DiagramadoresHemerson [email protected] [email protected] [email protected]

    RevisoMarcelo [email protected] [email protected]

    Artista GrficoRodrigo [email protected]

    RedatoresAudemrio [email protected] Edgar I. [email protected] Gandhi [email protected] [email protected] F. [email protected] [email protected] M. [email protected] R. [email protected] [email protected] A. [email protected]

    Colaboradores Hlio de Carvalho Vital [email protected]

    Ricardo Diaz [email protected]

    H mais de 5 mil anos os egpcios j possuam um calendrio para organizaras datas de seus plantios e colheitas. Provavelmente nessa poca deu-seincio a medio do tempo por meio de relgios primitivos, acompanhando asombra dos objetos em relao ao Sol. Estes objetos eram utilizados paradeterminao das horas durante o dia, e ficaram conhecidos como RelgiosSolares.

    Os Relgios Solares se baseiam no movimento do Sol pelo cu, e nasrespectivas sombras projetadas por objetos sobre uma superfcie plana.Dependendo da inclinao ou comprimento das sombras formadas por umahaste no cho, com relao luz do Sol, possvel representar perodos dehoras durante o dia.

    Durante a noite, as clepsidras (relgios de gua) e as ampulhetas (relgiosde areia) desempenhavam seu papel, pois no havia luz para projetarsombras.

    Na Astronomia, os relgios foram e ainda so de suma importncia noestudo do movimento e eventos do cu. Dessa maneira, para alcanar apreciso necessria, grandes astrnomos estiveram envolvidos nodesenvolvimento dos relgios.

    Anaximandro de Mileto, em 560 A.C., desenvolveu uma espcie de relgiopara o estudo dos equincios e solstcios. Em 300 A.C., Berossus, astrnomocaldeu, construiu um relgio solar hemisfrico que reproduzia a cpulaceleste para o estudo das estaes do ano. No sculo VIII, o astrnomochins Y. Hang construa uma clepsidra mecnica para acompanhamentodos movimentos dos astros.

    Somente a partir do sculo XIV, comearam a surgir os primeiros relgiosmecnicos. No entanto, devido baixa preciso, demorou para que osrelgios solares se tornassem obsoletos.

    Galileu Galilei, que atravs da descoberta das quatro maiores luas deJpiter, provou a mutabilidade do cu, encontrou a regularidade no movimentodos pndulos. A partir desses estudos do astrnomo italiano, ChristiaanHuygens, astrnomo holands, projetou e construiu o primeiro relgio depndulo em 1656. Dez anos depois, Huygens, que tambm descobriu osatlite Tit de Saturno, criava o balancim de mola, o primeiro passo para afabricao dos primeiros relgios portteis. Na mesma poca, o primeiroAstrnomo Real, John Flamsteed, utilizava relgios com escape de ncora,controlado por pndulos, para determinar a posio das estrelas, tcnicaesta mais precisa do que se utilizando os antigos sextantes.

    Atualmente, a maioria dos nossos aparelhos eletrnicos no funcionariasem os relgios. So os relgios de quartzo que controlam o ritmo dasoperaes em nossos computadores.

    Em busca da preciso absoluta, at mesmo as estrelas pulsares estosendo utilizadas para regularizar o tempo em nosso planeta. Novas geraesde relgios atmicos prometem erros de at 1 segundo a cada 20 bilhes deanos. No Observatrio Nacional esto instalados dois relgios atmicos deCsio que controlam a hora legal em nosso pas, atrasando 1 segundo em63.400 anos.

    Apesar de intimamente ligado s nossas vidas, a natureza do tempo ainda controversa. Albert Einstein, fsico alemo, postulou que o tempo umadimenso, assim como o espao, fundindo ambos no conceito de espao-tempo. Mas h quem afirme que o tempo no passa de uma iluso do nossocrebro. Independente de sua natureza, passado, presente e futuro fluemem um ciclo infinito, no importando a forma e preciso com que o medimos.

    No sabemos se o tempo fsico durar para sempre ou se um dia ele terum fim, mas sem dvida o desenvolvimento de nossa civilizao sempreestar atrelada evoluo dos relgios.

    Boa leitura e cus limpos sem poluio luminosa.

    Hemerson BrandoDiretor Editor Chefe

    [email protected]

    Editorialrevista macroCOSMO .comAno II - Edio n 20 - Julho de 2005

  • 3revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    revista [email protected] sumrio

    permitida a reproduo total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte, para uso pessoal sem finslucrativos, sempre que solicitando uma prvia autorizao redao da Revista macroCOSMO.com.

    A Revista macroCOSMO.com no se responsabiliza pelas opinies vertidas pelos nossos colaboradores.Verso distribuda gratuitamente na verso PDF em http://www.revistamacrocosmo.com

    HS

    T / E

    SA /

    NASA

    Capa da Edio: Relgios Solares - Rodrigo Belote

    Censo Astronmico2005

    macroNOTCIASCosmos 1, Hubble, Cassini e C/2005 N1Pergunte aos AstrosTelescpios e planeta VnusFsicaEstudando o Delta TAstrofsicaA gnesis estelarCapaRelgios Solares

    EfemridesJulho de 2005Constelaes ZodiacaisSagitrioAstrofsica ElementarA nova cosmologia

    CampanhaQuero ver o verde amarelo no espao!

    04050608091219365256

    AstronuticaA colonizao Lunar 62macroRESENHASRumo ao Infinito e Guerra dos Mundos 67Dicas DigitaisClubes e entidades astronmicas 74

  • 4 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    A Revista macroCOSMO.com est lanando o Censo Astronmico2005, o primeiro censo brasileiro criado para esse fim, onde pretendemosdurante este ano, traar um mapa da astronomia em nosso pas.

    Os objetivos principais deste censo, so o de levantar a parcela dapopulao que dedica sua vida astronomia, desde os entusiastas at osastrnomos profissionais. Conhecer o perfil e interesses dos astrnomosbrasileiros e destacar as regies onde concentra-se a astronomia.

    Atualmente em nosso pas, a astronomia est muito dispersa,individualista. Felizmente muito tem ocorrido para reverter essa situao, comograndes encontros anuais de astronomia, reunindo astrnomos de todo o pas,em grandes Star Parties (verdadeiras festas de astronomia). No ltimo grandeencontro em Brotas/SP, o ENAST - Encontro Nacional de Astronomia, reuniumais de 600 astrnomos, desde entusiastas at mesmo profissionais. Atravsdo Censo, poderemos saber quais so os nichos em que a astronomia seaglomera, e assim estimular um maior contato entre eles, organizar encontrosregionais e nacionais com maior eficcia, e destacar aquelas regies aonde aastronomia ainda no chegou, planejando assim estratgias de divulgao.

    O censo estar on-line por um perodo mximo de doze meses, contandoa partir de janeiro de 2005. O levantamento final ser aberto e publicado nasedies da Revista macroCOSMO.com. Posteriormente, todos os dados seropublicados no site da Revista, para indexao em sites de busca na internet.Estaremos contatando a imprensa geral e instituies relacionadas com aastronomia, caso tenham interesse em divulgar e/ou utilizar o levantamentodeste censo.

    Agradecemos s centenas de astrnomos que j participaram econvidamos a todos nossos leitores para participarem deste censo, acessandoa pgina da Revista macroCOSMO.com. Qualquer dvida, entre em contatoatravs do e-mail: [email protected]

    Se voc ainda no preencheu o questionrio, acesse-o em:

    http://www.revistamacrocosmo.com/censo.htm

  • 5revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    CAMPANHA

    CAMPANHA NACIONAL DE APOIO

    PELA REALIZAO DO 1. VO ORBITAL DO ASTRONAUTABRASILEIRO

    E

    PELA CONTINUIDADE DO BRASIL NO PROJETO DA ESTAOESPACIAL INTERNACIONAL (EEI).

    A Campanha Quero ver o Verde e o Amarelo no Espaocontinua e estaremos recebendo assinaturas on-line at a apreciaodo projeto pela Cmara dos Deputados e pelo Senado. A data aindano est confirmada, mas a AEB - Agncia Espacial Brasileira, deverencaminhar o projeto at o ms de abril, no mais tardar.

    Aproveitamos a oportunidade para divulgar as palavras do nossoMinistro da Defesa, vice-presidente Jos Alencar, em publicao dodia 27/01, no JB Online:

    O tenente-coronel-Aviador Marcos Pontes, que est emHouston h seis anos, foi convidado a participar de uma misso espacialrussa em 2006, integrando a equipe que ir a uma Estao Espacialcom 100 metros de comprimento por mais de 100 de dimetro, oequivalente a dois campos de futebol. Para o vice-presidente daRepblica e Ministro, a prova da competncia do homem brasileiro eda evoluo tecnolgica de nossa indstria area.

    Estamos torcendo para que o convite, j aceito pelo TCel MarcosPontes, se concretize e possamos assim ver nossa bandeira no espaoem 2006!

    Colabore com o Comit assinando nosso abaixo-assinado edivulgando nosso site.

    Comit Marcos Pontes - www.comitemarcospontes.cjb.net

  • 6 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Uma das empresas russas que participa noprojeto da nave espacial impulsionada por velasolar Cosmos 1, a NPO Lavotchkin, divulgou dadossobre o fracasso do lanamento do aparelho porum mssil balstico russo no ultimo 21 de junho. Acausa do fracasso foi a parada espontnea domotor da primeira etapa do mssil Volna, aos 83segundos de vo, confirmou Lidia Avdeeva, porta-voz da NPO Lavotchkin, citada pelas agnciasrussas. Ela acrescentou que o vo do foguete detransporte parou aos 160 segundos sem que acarga til, ou seja o veleiro solar, se separasse.

    A NPO Lavotchkin, agncia espacial russaquase privada que projetou o aparelho, no recebeunenhum sinal da nave espacial, acrescentou. Oobjetivo dos promotores da Cosmos 1 mostrarque os raios solares podem fornecer energiailimitada s viagens csmicas.

    O veleiro espacial Cosmos-1 um projeto doCentro Cientfico Espacial Lavochkin de Moscoufinanciado por vrias ONGs e pela SociedadePlanetria dos Estados Unidos. De acordo com oprograma previsto, o Volna deveria colocar oCosmos-1 em uma rbita a 800 quilmetros dealtura e uma vez ali o aparelho soltaria suas velaspara captar o vento solar e comear um vo aoredor da Terra. O aparelho espacial perdido natera-feira passada o segundo fracasso no projetoVeleiro Espacial.

    Em julho de 2001, um foguete Volna lanado domesmo submarino nuclear frustrou o vo de outroCosmos-1, tambm por uma falha nos propulsoresde uma das fases do foguete.

    AFP

    macroNOTCIAS

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    Nave com vela solar noconseguiu se separar!

  • 7revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    macroNOTCIAS

    Hubble mostra planeta arrastado pela gravidade

    Uma imagem captada pelo Hubble,telescpio espacial da Nasa, podeser a evidncia de que um planetaainda desconhecido estaria sendoarrastado pela gravidade paradentro do anel de poeira que cercaa estrela Fomalhaut. O centro doanel encontra-se a 6.436 bilhesde quilmetros da estrela. AFomalhaut facilmente visvel aolho nu, no incio da noite, nosmeses de setembro a dezembro,segundo o Instituto de Fsica daUniversidade Federal do RioGrande do Sul.

    Srgio A. Caixeta N

    ASA

    / HST

    Novo Cometa Descoberto por Brasileiro. C/2005 N1 (Juels-Holvorcem), o segundo cometadescoberto por dupla brasileira, enquanto buscavam por asterides prximos da Terra. O primeiro foi o C/2002 Y1 (Juels-Holvorcem) que brilhou no cu h algum tempo. O novo cometa foi descoberto por C. W.Juels, Fountain Hills, Austrlia; e Paulo R. Holvorcem, Campinas, So Paulo, Brasil. Eles reportaram adescoberta de um cometa difuso com brilho estimado em torno de magnitude 14.6, atravs de imagensem cmera CCD, feitas a partir um pequeno refrator robotizado de 0.07-m f/2.8 em Fountain Hills, na datade 29/30 de Junho de 2005. Mais Informaes:http://cfa-www.harvard.edu/iau/Ephemerides/Comets/2005N1.htmlhttp://cfa-www.harvard.edu/iauc/RecentIAUCs.htmlhttp://cfa-www.harvard.edu/cfa/ps/mpec/K05/K05N10.html

    Rosely Grgio

    Uma nova imagem obtida pela sonda Cassini indicaque a lua Tit, de Saturno, poderia ter uma superfciecoberta por lagos. Mas, o lago em questo estariacheio de metano lquido e no de gua, disse aNASA.

    O suposto lago aparece em uma imagem obtidapela Cassini ao passar pela regio do plo sul deTit. A imagem de uma mancha escura de formatoirregular e com extremidades delineadassuavemente, como as de uma praia. Os cientistasnunca tinham encontrado nada parecido nessesatlite natural de Saturno.

    O lago possui cerca de 234 quilmetros por 73quilmetros, tamanho equivalente ao do lagoOntrio, na fronteira dos EUA com o Canad,disseram cientistas em um comunicado.

    Essa figura nica em nossa explorao de Tit,disse Elizabeth Turtle, da equipe de imagem daCassini e membro da Universidade do Arizona(EUA). O permetro dela curiosamente parecidocom as margens de lagos da Terra, delineados deforma suave devido eroso e deposioprovocadas pela gua.

    O suposto lago fica na regio com mais nuvensde Tit e onde, segundo os astrnomos,

    aconteceriam chuvas de metano. possvel quealgumas das tempestades desta regio sejam forteso suficiente para criar a chuva de metano que chega superfcie, disse Tony DelGenio, do InstitutoGoddard para Estudos Espaciais, ligado Nasa.

    Devido s temperaturas extremamente baixas deTit, o metano lquido poderia levar muito tempopara evaporar, afirmou DelGenio. Um lago feitodesse material duraria muito tempo, acrescentou.A mancha escura tambm pode ser um antigo lagoque secou ou uma depresso cheia dehidrocarbonetos slidos e escuros, afirmaram oscientistas.

    Reuters

    Cassini identifica possvel lago de metano em lua de Saturno

    N

    ASA

    / JPL

  • 8 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    PergunteAstrosaos

    Todo o iniciante na astronomia tem uma grande vontade de comprarlogo um instrumento potente e barato. Em astronomia isso no existe!Potncia deve ser traduzido por qualidade e, por sua vez, qualidadedeve ser traduzido por preo adequado. Barato no preo adequadoa um instrumento astronmico, embora possamos montar umtelescpio com peas feitas artesanalmente a um preo razovel.Geralmente o instrumento barato de baixa qualidade e no servepara astronomia, mas antes de partir para a compra de um instrumentoastronmico (binculo, luneta ou telescpio) o iniciante deve seperguntar:

    - J tenho um conhecimento razovel do cu para saber para onde apontar o telescpio?- Sei identificar os 5 planetas visveis a olho nu sem auxlio de mapa?- Conheo as principais constelaes e suas estrelas principais?- Sei localizar as principais nebulosas, aglomerados globulares, aglomerados abertos e galxias

    (ou antes, sei o que significa cada uma destas classificaes) tambm sem auxlio de mapa?Se a resposta foi no para todas as perguntas porque ests realmente iniciando na astronomia

    e o mais aconselhvel seria, antes de adquirir um instrumento, procurar alcanar este conhecimento(que praticamente gratuito) observando o cu a olho nu mesmo. Por incrvel que parea, muitosdos objetos mencionados acima podem ser vistos a olho nu em locais escuros (longe das luzes decidade). Existem muitos softwares planetrios gratuitos na internet que podem auxiliar grandementeneste reconhecimento do cu e mesmo posteriormente quando estiveres melhor equipado.

    Se respondeu sim para algumas perguntas acima, poderias partir para a compra de um binculode boa marca (como j disse, os baratos simplesmente NO SERVEM para astronomia). Um bommodelo de binculo algo entre 7x50 e 10x50. O primeiro nmero (7x e 10x) o aumento dobinculo e o segundo nmero (50) o dimetro da objetiva em milmetros.

    Mesmo com todas respostas negativas o conselho para iniciante a compra de um bom binculo,no mais que isso. Um bom binculo bem cuidado dura para toda a vida e sempre ser til, mesmoquando tiver um mini-Hubble no quintal.

    Qual o melhor telescpio que poderia comprar,de preferncia mais barato?

    possvel ver o planeta Vnus a luz do Dia?

    Sim. Vnus o planeta mais brilhante. A maior parte do tempo ele est com magnitude menor que-4 (quanto mais negativa a magnitude mais brilhante o astro), o que facilita a sua visualizao luzdo dia. Porm, como ele um planeta interno do sistema solar, em boa parte da sua rbita ele estprximo do Sol (angularmente falando). Nos perodos em que Vnus est em maior elongao(afastamento angular do Sol) podemos v-lo com certa facilidade no cu azul. Basta verificar qualseria a posio dele em relao ao Sol e procurar a olho nu mesmo. Um binculo facilita muito abusca. Nesta poca Vnus est entrando numa boa posio para observao. Aps o meio-dia, seposicione na sombra do Sol e observe o cu mais para o leste do Sol. Com algum treino poderemos

    ver um pontinho brilhante no cu.

    R

    ick

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    icz

    Para enviar suas dvidas astronmicas para a seo Pergunte aos astros,envie um e-mail para [email protected], acompanhado do seunome, idade e cidade onde reside. As respostas para suas questes podero sereditadas para melhor compreenso ou limitao de espao.

    Por Zeca Jos Agustoni | Revista [email protected]

  • 9revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Estudandoa Correo Delta T

    Helio de Carvalho Vital | REA [email protected]

    Desde as mais remotas eras, o homem vem buscando, na regularidade doseventos astronmicos, formas para se guiar em relao passagem do tempo.

    Nas ltimas dcadas, tal atividade tem sido realizada com impressionanteeficincia, graas ao desenvolvimento de relgios baseados em padresatmicos e ao uso das mais avanadas tcnicas de astrometria, as quais permitema determinao da posio de objetos extragalcticos com erro mdio da ordemde apenas um milsimo de segundo de arco.

    FSICA

    NAS

    A /

    GSF

    C

  • 10 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Contudo, o emprego de padres de tempoto rigorosamente uniformes revelou que arotao da Terra apresenta irregularidades decurto perodo cerca de 1 milho de vezessuperiores quelas dos padres maisprecisos. As anlises tambm mostraramque o dia terrestre est se dilatando cercade 2 milsimos de segundo por dia,principalmente devido ao efeito das marslunissolares. Como conseqncia dessefenmeno, a Lua est se afastando 3,8 cmpor ano de ns, de forma que o momentoangular do sistema Terra-Lua se conserve.Ocorre, porm, que essa minscula diferena nadurao do dia terrestre se compe diariamente,tornando-se bastante significativa ao longo demilnios, sculos ou mesmo dcadas. Com opropsito de determinar como essa diferena,denominada Delta T, (entre o tempo uniforme eaquele baseado na rotao de nosso planeta), vemse comportando ao longo do tempo, os astrnomostm usado registros histricos de eclipses solarestotais e ocultaes. A tabela 1 lista alguns dessesvalores, determinados por pesquisadores queanalisaram centenas desses registros.

    A tabela 1 mostra claramente que a diferenaDelta T acumula-se ao longo dos sculos, podendoat deslocar a faixa de observao de um evento,como a de um eclipse total do Sol, de um continentepara outro. Disso surge uma dificuldade:considerando que estamos num referencial cujomovimento angular est sofrendo uma gradualdesacelerao, como podemos determinar ascircunstncias locais de um evento astronmicocom preciso, tendo em vista que o movimento dosastros no cu ocorre segundo uma escala de tempouniforme? A criao do Tempo Universal Coordenado (TUC)foi o recurso encontrado para tentar conciliar, deuma forma prtica e eficiente, uma escala de tempoque determinada pela rotao da Terra (TU1 -Tempo Universal), a qual est se tornandogradualmente mais lenta, com o tempo uniforme.Este ltimo pode ser baseado em vibraesatmicas (TAI - Tempo Atmico Internacional), ouem observaes astronmicas de altssimapreciso, usando interferometria de rdio com basemuito longa (VLBI), para anlise de sinais oriundosde objetos extragalcticos (TDT ou TT - Tempo

    Dinmico Terrestre, sucessor do antigo TE - Tempodas Efemrides, baseado em observaes dosplanetas superiores).

    Quando sintonizamos os sinais horrios de algumservio astronmico, estamos tendo acesso aoTempo Universal Coordenado. Na verdade, ele ummeio termo, porque, apesar de no ser contnuo,pois sofre adiantamentos de exatamente 1 segundo,de forma que no se afaste de TU1 mais que 0,9s(essa correo geralmente aplicada no final de31 de dezembro ou de 30 de junho, somente quandonecessria), TUC rigorosamente uniforme nosperodos entre as correes e mantm diferenasfixas em relao a TAI e a TT.

    Em virtude da existncia dessas vrias escalasde tempo, baseadas em diferentes padres, umadificuldade que os astrnomos amadoresfreqentemente enfrentam ao usarem programasque simulam o cu noturno e predizem eventosastronmicos saber que valor usar para o "DeltaT", a correo que permite obter o Tempo Universal(TU1) a partir do Tempo Dinmico Terrestre (TT).Uma vez que as correlaes usadas pelosprogramas baseiam-se em TT, Delta T faz-senecessrio para que os clculos das circunstnciaslocais de um evento astronmico de interessepossam ser expressos na mesma escala de tempona qual se baseiam os nossos relgios. Por outrolado, como estamos presos a um referencial emmovimento rotacional desacelerado, nosso planeta,no temos como nos livrar do uso do TempoUniversal (TU1), no planejamento de nossasobservaes. Para melhor ilustrar isso, podemosreescrever Delta T como um somatrio de diferenasentre as vrias escalas de tempo (Equao 1):

    Tabela 1 Diferena entre o Tempo Uniforme e Aquele Baseado naRotao da Terra (Cortesia de Fred Espenak, NASA/GSFC)

    Delta T = (TT - TU1) = (TT - TAI) + (TAI - TUC) - (TU1 - TUC) (1)

    FSICA

  • 11revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Tabela 2 - Diferenas Atuais entre as Escalas de Tempo Componentes de Delta T

    A diferena TU1 - TUC (ou UT1 - UTC, das siglas em ingls) varia de forma irregular e no pode serprevista com preciso. Para outras datas, ela pode se encontrada em: http://maia.usno.navy.mil ouhttp://tf.nist.gov/timefreq/pubs/bulletin/leapsecond.htm, portal que informa tambm as datas das inseresde 1 segundo em TUC.

    E qual seria o valor atual de Delta T? Usando a Eq.1 e as informaes da Tab. 2, obteremos paraDelta T em 21 de Junho de 2005:

    Delta T = 32,184 + 32 - (-0,616) = 64,800 seg (2)

    Essa seria a correo Delta T que teramos que usar em nossos programas nessa data. Para o inciode outros anos, a Tabela 3 pode ser usada:

    Convm que verifiquemos em nossos programas qual a correo Delta T que est sendo utilizada, paraevitarmos o risco de deixar de observar um fenmeno celeste em virtude de uma previso atrasada. Almdisso, o uso de um valor de Delta T desatualizado pode constituir uma fonte adicional de erro em nossascomparaes entre os instantes previstos e observados dos eventos, sejam eles ocultaes, eclipses outrnsitos.

    Helio de Carvalho Vital fsico (UFRJ, 1979) e engenheiro nuclear (MSc - IME, 1981; PhD - PurdueUniversity, EUA, 1985). Desde 1985, desempenha a funo de pesquisador no Centro Tecnolgico doExrcito, nas reas de fsica de reatores e radiaes. Tambm ministra cursos de conservao de alimentospor irradiao para a UFF, a UFRRJ e o IME. Astrnomo amador desde os 12 anos de idade, coordena aSeo de Eclipses Lunissolares da Rede de Astronomia Observacional (REA/BRASIL) desde 1990. Apartir dessa poca, vem desenvolvendo projetos de observao e programas computacionais para a previsoe anlise de eclipses da Lua e do Sol.

    A tabela 2 permite que compreendamos melhor a composio de Delta T. Ela descreve cada uma dasdiferenas mencionadas na Equao 1 e fornece os seus valores atuais.

    FSICA

  • 12 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Ricardo Diaz | [email protected]

    um dos grandes enigmas daastronomia foi o questionamento de como se formou o Sistema Solar.De onde veio o Sol? De onde vieram os planetas? Quais so as etapasevolucionais que uma estrela qualquer precisa para se desenvolver?Quanto tempo levou para que estrelas como o Sol atingissem a faseadulta? Questionamentos esses que solucionados poderiam elucidaralguns dos grandes segredos cosmolgicos do Universo.

    Nebulosa de rion Crd

    ito: N

    ASA

    / HST

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    EstelarDurante vrios sculos

    ASTROFSICA

    A Gnesis

  • 13revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    A teoria mais aceita atualmente baseada naproposta de Laplace, que formulou em 1796 a teoriada nebulosa em rotao que continha todos osmateriais primordiais para a sua formao. A partirdessa nebulosa, o Sol, os planetas e demais corposcelestes formaram-se do mesmo processo. Um dosindcios o sentido de translao dos planetascoincidir com o movimento de rotao do Sol. Naprimeira metade do sculo XX, Bok sugeriu que asnuvens escuras tratavam-se de berrios deestrelas na nossa galxia. Essas nuvensinterestelares tambm chamadas de nuvensmoleculares possuem em mdia 5 parsecs (1 parsec= 3,26 anos-luz) de dimetro e massa equivalentea 10 mil massas solares. Sua constituio qumica basicamente formada de hidrognio molecular,monxido de carbono e gros de silicatos. Somentenas dcadas de 80 e 90, com o advento de novastecnologias observacionais, tais como telescpiospticos mais potentes localizados em regiesestratgicas da Terra - ou mesmo no espao - eequipamentos mais sensveis de deteco emoutros comprimentos de onda como o infravermelho,rdio e submilimtricos (como a emisso decontnuo em 1,3 mm, por exemplo) foram possveisas comprovaes das teorias e evidncias. Assimos astrnomos conseguiram analisar com maisclareza as primeiras fases de formao estelar.

    Em 1987, Shu, Adams e Lizano classificaramas etapas evolutivas de formao estelar. Aprimeira etapa apresenta apenas embries denuvens. Nessa fase, a estrela encontra-seprofundamente envolvida na nuvem que a originou- deve-se a isso a dificuldade em detect-la comtelescpios pticos. A segunda etapa exibe umafase de intensa atividade de material da nuvemcaindo na estrela, formando um disco ocasionadopelo efeito combinado dos movimentos de rotaoe de contrao da nuvem primordial. Os materiaiscontidos nesse disco ainda esto alimentando aestrela e a esse processo d-se o nome deacreso. Essa passagem de matria do discopara a estrela realiza-se atravs de tubosrelacionados com o campo magntico. As linhasdo campo magntico, que saem de um dos plose vo at o outro plo da estrela, funcionam comoum trilho e a matria transportada obedecendoesses caminhos em direo estrela. H regiesque possuem tanta energia que passam a emanar

    raios-X, possibilitando que os astrnomoslocalizem e estudem esses tipos de astros. Naterceira fase, a estrela comea a apresentar umvento de radiao e partculas eltricas que vailimpando o meio ambiente ao seu redor, tornando-se detectvel pelos telescpios pticos. Na quartae ltima etapa no h tanta atividade, mas o discocontinua presente onde ocasionalmente osplanetas sero formados.

    Analisando sob aspectos cronolgicos, aevoluo estelar at a fase adulta comea com afragmentao da nuvem molecular, esse estgioperdura por 2 milhes de anos. Depois chega afase embrionria que pode durar 30 mil anos. Aetapa de acreso dura em mdia 100 mil anos.Quando a estrela atinge a maturidade, passa porum perodo de estabilidade, consumindo hidrogniono seu interior, sem sofrer mudanas importantesde temperatura ou de raio; essa etapa chamadaseqncia principal (fase adulta), um perodo quese estende por mais ou menos 10 bilhes de anos.

    Colaboraes Externas

    No Universo h uma infinidade de nuvensmoleculares, mas nem todas elas vonecessariamente se transformar em berrios deestrelas. Para uma nuvem conceber estrelas necessrio que algo ao seu redor faa com queocorram instabilidades requeridas para iniciar todo oprocesso. Essas instabilidades podem ser geradaspor movimentos entre os braos espirais e as nuvensou colises entre nuvens. Uma exploso de umaestrela massiva como uma supernova na suavizinhana tambm pode gerar uma onda de choqueque vai se propagar pelo meio interestelar, causandouma compresso na nuvem e inicia o processo defragmentao e colapso. O resultado dessefenmeno a formao de vrios casulos commassas equivalentes em torno de 10 a 50 massassolares. Esses casulos se destacam das outrasregies da nuvem, possuem campo gravitacionaldefinido e passam a ser chamados de proto-estrelas.O material em queda e contrao converte energiacintica em calor, isso faz com que sua presso etemperatura subam em milhares de graus, emitindoradiao infravermelha. Aps alguns milhes de anos(no caso de proto-estrelas de baixa massa),

    ASTROFSICA

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    a presso aumenta de tal maneira que criacondies propcias para que as reaestermonucleares ocorram. Tal fenmeno provoca umvento de radiao e partculas, dando por terminadaa queda de material e no alterando sua massa ato final de sua vida. Estrelas de uma a duas massas solares nessafase so denominadas T Tauri, estrelas que aindano atingiram a seqncia principal e continuamassociadas nuvem molecular que lhes deu origem.

    A exploso de uma estrela massiva colabora nos em aspectos fsicos, ela contribui tambm para oenriquecimento do meio ambiente de todo o sistema,j que lana ao espao elementos pesados (porexemplo, nitrognio e oxignio) que nunca seformariam dentro de uma estrela de baixa massa. Oprocesso de nucleossntese no interior de uma estrelaconsegue transformar hidrognio em hlio, hlio emcarbono e, dependendo da massa da estrela, terminao processo. Elementos pesados s so formados

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    Os embries de estrelas so casulos de gs e poeira, que j esto se condensando e se preparando para formar estrelas, comopor exemplo a Nebulosa de guia

    ASTROFSICA

  • 15revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    no interior de estrelas de alta massa. Dentro de umanuvem molecular, as estrelas gigantes so asprimeiras a se formar e em milhes de anos terminamsua vida como supernovas. Essa explosoproporciona a continuidade de todo um ciclo,

    Observatrio Pico dos Dias em busca por jovens estrelas.

    LNA

    A caada por estrelas jovens

    contribuindo com a formao de estrelas de baixamassa com durao de vida na ordem de bilhes deanos, oferecendo eventualmente condiesnecessrias para a formao de sistemas planetrioscomo o nosso.

    Na busca por estrelas em formao, os astrnomosbrasileiros se destacaram, a partir do incio dos anos90, com o descobrimento de um grande nmero deestrelas recm-nascidas, que na poca era oequivalente a um tero de estrelas jovens noscatlogos existentes. Com base nas medidas defluxos de radiao no infravermelho distante(comprimentos de onda entre 10 e 100 micrmetros)foram selecionadas cerca de mil estrelas candidatas

    a apresentarem caractersticas de juventude. O critriode seleo foi o indcio de presena de poeira ao redorda estrela, fornecido pelo excesso de radiao noinfravermelho distante. A procura de candidatas foifeita no catlogo IRAS (fontes detectadas pelo SatliteAstrofsico Infravermelho) escolhendo aquelas queaparecem em todo hemisfrio celeste sul eapresentavam o excesso infravermelho. Em seguida,foi realizada a espectroscopia ptica de todas

    ASTROFSICA

  • 16 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Co Maior. Exemplos de amostras estudadas de Canis Majoris em raio-x. Os crculosbrancos so lugares aonde acontecem a formao de estrelas. Crdito: Gregorio-Hetem, Montmerle & Marciotto. Esse um trabalho desenvolvido em 2003 em OpenIssues in Local Star Formation

    candidatas no Observatrio do Pico dos Dias, obtendo-se espectros que pudessem revelar a presena dascaractersticas tpicas de estrelas jovens, como aslinhas do hidrognio em 656,2 nm e do ltio em 670,8nm, por exemplo. Entre as candidatas queapresentaram essas caractersticas, 200 estrelas nohaviam sido previamente identificadas como estrelasjovens. Esse resultado permitiu a publicao, em 1992,de um catlogo denominado Pico dos Dias Surveyaumentando de forma significativa o nmero de estrelasjovens identificadas at aquela poca, que era da ordemde 600 estrelas.

    A astrofsica Jane Gregrio-Hetem, do Instituto deAstronomia e Geofsica (IAG) da Universidade de SoPaulo (USP) destaca: A grande importncia desseprojeto que o trabalho de nosso grupo contribuiu nadescoberta de vrias centenas de novas estrelas

    jovens; alm de nos permitir o aprofundamento dosconhecimentos envolvendo estrelas jovens e de baixamassa. A pesquisa procura tambm por candidatasa apresentar sistemas planetrios, j que esse tipode estrela exibi caractersticas propcias para aformao de planetas a partir dos discos ao seu redor.

    Os estudos se basearam em anlises aprofundadasde estrelas T Tauri e estrelas Herbig Ae/Be distantesde 400 anos-luz at 4500 anos-luz. As anlisesconsistiram em avaliar a estrutura circunstelar, ascaractersticas fsicas e qumicas e sua interao como meio ambiente onde foi formada. Ns utilizamosos telescpios do Observatrio do Pico dos Dias,operado pelo Laboratrio Nacional de Astrofsica (LNA)- este o maior observatrio astrofsico brasileiro e selocaliza ao sul de Minas Gerais, explica Gregrio-Hetem.

    ASTROFSICA

  • 17revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Diagrama Hertzprung-Russel. Crdito: Jane Gregorio-Hetem

    Anlise espectral e diagrama Hertzsprung-Russel

    Para um estudo mais profundo do processo deformao estelar necessria uma anliseminuciosa da distribuio espectral de energiaemitida pelo astro. Dependendo da sua temperaturasuperficial, o objeto vai apresentar uma diferente

    curva de distribuio de energia e apontar qualregio do espectro faz parte. Estrelas relativamentefrias - com temperaturas em torno de 3.000 kelvin -so melhor detectadas por telescpios operandono infravermelho, como por exemplo estrelas

    A deteco de planetas fora do Sistema Solar confirmada quando uma estrela apresenta pequenasmudanas na sua trajetria normal, isso porque algumoutro corpo celeste estaria causando uma perturbaoem sua rbita. Quando uma estrela apresenta algumtipo de flutuao em sua trajetria, os pesquisadoresdeduzem matematicamente a presena de um corpomaior circundando essa estrela. Os brasileiros

    tambm esto participando em um projeto queconsiste em observaes com o satlite Corot, quevarrer toda uma faixa do cu procurando pequenasvariaes na curva de luz das estrelas. A mudanasutil de brilho na estrela confirmar a existncia doplaneta. Nessa varredura sero pesquisadas milharesde estrelas, logo a probabilidade de deteco poderser muito alta.

    ASTROFSICA

  • 18 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Ricardo Diaz, astrnomo amador e redator de cincia, acadmico de jornalismo da UniversidadeFederal do Mato Grosso do Sul, com especializao em divulgao cientfica.

    Como na astronomia tudo nem sempre acontececomo o planejado, o Universo sempre apresentanovas caractersticas misteriosas que intrigam osastrnomos. Os conceitos so a todo temporevistos. A cada descoberta surgem vrias dvidasestabelecendo assim um ciclo de teses, anttesese snteses que beira ao infinito. No estudo sobreevoluo estelar no poderia ser diferente. Duranteas pesquisas, nos surpreendeu notar que algumasgigantes vermelhas estavam apresentando ndicesaltos do elemento ltio e sua composio, dizGregrio-Hetem. Conforme a estrela vai evoluindo,a temperatura no interior aumenta e o ltio destrudo, pois se trata de um elemento muitosensvel a altas temperaturas. Por que uma estrelaj na ps-seqncia principal iria apresentar a linhado ltio nos espectros? Comeamos a considerara hiptese de que essa estrela, ao aumentar detamanho, tivesse engolido um planeta do tamanhode Jpiter (que apresenta ltio em sua composio)e absorvido todo o ltio presente no planeta.Clculos contestaram essa premissa, j que a

    presena desse elemento em Jpiter no suficiente o bastante para explicar essaquantidade de ltio encontrada em uma gigantevermelha. Outra hiptese o processo deformao que a partir do berlio formaria o ltioem condies muito especiais, teoriza apesquisadora. Lembrando que o berlio oelemento posterior ao ltio na tabela peridica.Isso tema para outra pesquisa, prope.

    Um estudo sobre formao e evoluo estelarpode nos trazer muito mais do que respostas paraos grandes enigmas cosmolgicos da atualidade.O surgimento cada vez maior de pesquisasdesenvolvidas no pas coloca o Brasil em destaqueno cenrio acadmico mundial. Dessa forma, abusca de um conhecimento slido sobre aformao de estrelas de baixa massa e sistemasplanetrios pretende tornar clara a prpria formaodo Sol e dos planetas. Verificar se outrossistemas solares ocorrem com freqncia noUniverso ou se somos um espcime raro nessaimensido csmica.

    Surpresas

    ainda embebidas na nuvem molecular, fase anterior T Tauri. Um objeto com temperatura superficialigual a 6.000 kelvin - como o nosso Sol - tem maioremisso na regio do amarelo. Quando atemperatura fica em torno dos 30.000 kelvin, a luzemitida se torna mais azulada.

    A anlise espectral permite a determinao dacomposio qumica do corpo celeste, graas aosdiferentes comprimentos de onda que cada elementoqumico emite. Isso importantssimo paradistinguir as estrelas jovens das demais. Porexemplo, sabe-se que estrelas em formaoapresentam o elemento ltio em abundncia,conforme a estrela vai atingindo a fase adulta, atemperatura vai aumentando e o ltio vai sendodestrudo.

    Outra importante ferramenta o diagramaHertzsprung-Russell (HR). Ele foi desenvolvido de formaindependente por dois astrnomos no comeo dosculo XX, o dinamarqus Ejnar Hertzsprung e oamericano Henry Norris Russell. Basicamenteconsiste em um grfico contendo a relao existenteentre a temperatura superficial de uma estrela e sualuminosidade, tambm representada pela magnitudeabsoluta. A aplicao do diagrama HR utilizada emtodo o estudo da astrofsica estelar, por englobar tantoestrelas apresentando apenas 0,08 massas solares(ans-marrons ou quase planetas) at estrelasmassivas como as supergigantes. No caso do estudobrasileiro sobre estrelas jovens, o diagrama HR foiimportante para determinar a idade dos grupos deestrelas jovens.

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    Relgios Solares,

    o tempo foram, talvez,os primeiros instrumentos cientficos. Simples ou sofisticados, elesevoluram do mero uso prtico ostentao esttica. difcil imaginaruma combinao to marcante de percia artstica e matemtica comoa que ocorre na confeco de relgios solares.

    Naelton Mendes de Araujo | Revista [email protected]

    Estes dispositivos de marcar

    TECNOLOGIA

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    omArte e Tcnica

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    TECNOLOGIA

    Desde o princpio da civilizao a luta pelasobrevivncia levou o Homem a buscar formas demelhor administrar o tempo que dispunha. Eraimportante localizar no tempo fatos e fenmenosmuito importantes. Isto ficou claro a medida que aorganizao social se tornou complexa. Mesmo ospovos nmades tinham que saber quando percorrersuas rotas de migrao sincronizando-as com asestaes. Mas a necessidade de dividir o dia emfraes parece ter surgido somente com as cidades.O trabalho urbano organizado exigiu um grau depreciso diria que a vida no campo sequer passavaperto.

    Dividir o dia em horas foi um trabalho que exigiudo homem alguma engenhosidade e poder deobservao. A primeira noo temporal do serhumano foi sem dvida de origem astronmica.Certamente as pessoas notavam a variao deluminosidade que determinava a hora de dormir eacordar, estar em atividade e estar quieto. A partirdesta percepo sensorial bsica a noo evoluiu.Ao notar que o Sol faz diariamente praticamente o

    mesmo percurso de um lado a outro do cu a baseda diviso do dia estava lanada. Pela posio doSol em relao ao horizonte pode-se ter uma idiade que parte do dia j decorreu. A observao atentadas mudanas do cu despertou para algumasmudanas na terra. As sombras das coisas (rvores,rochas, pessoas e animais) esticavam e encolhiamao longo do dia. Provavelmente com esta idia nacabea nosso ancestral inventor colocou uma hastevertical, talvez uma varinha de madeira, num choliso e viu a sombra mudar de posio durante o dia.Notou que no outro dia a sombra passou pelo mesmocaminho. Fez marcas no cho correspondentes sdiversas divises do dia e assim estava inventando oprimeiro relgio.

    No se sabe exatamente quando essa descobertaaconteceu. Todas as evidncias arqueolgicasindicam que isto se deu pelo menos 3000 anos antesda era Crist. O relgio solar1 mais antigo que setem notcia data de aproximadamente 1500 a.C.,contudo h evidncias de que j havia destesdispositivos sculos antes.

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    TECNOLOGIA

    Na Babilnia os dispositivos mais antigosconhecidos so do ano 1200 a.C. aproximadamente.No antigo Egito, em torno de 1400 a.C., j haviarelgios relativamente sofisticados como uma espciede rgua que quando orientada para o Sol dava ashoras pela altura deste em relao ao horizonte. Umadescrio deste primitivo dispositivo dada por ColinA. Ronan:

    ... um aparelho do tempo de Tutms III (1490 a1436 a.C. ). Era uma pea lisa de madeira, comcinco divises e um brao horizontal suspenso emuma das extremidades. Ao meio-dia, ele era viradode lado para medir a sombra do Sol, depois tarde,ela incidia em uma direo diferente; indicavaapenas dez horas no total, a primeira e a ltima seperdiam na penumbra. (HISTRIA ILUSTRADA DACINCIA, pg.26.

    Segundo a documentao conhecida foram osegpcios os primeiros que mediram a variao anual

    das sombras e determinaram, usando o gnmon, adurao do ano trpico2 com preciso de dcimosde dia.

    Talvez a mais antiga referncia escrita arelgios solares se encontre na Bblia, no antigotestamento. Nos livros de II Reis e Isaas falava-se do relgio de Acab (ou Acaz), rei de Jud (700a.C.). Este dispositivo deve ser ou de origemegpcia ou, mais provavelmente, mesopotmica(assria ou babilnica) visto que a astronomiahebraica foi fortemente influenciada por estespovos. Os relgios solares foram introduzidosna Grcia por Anaximandro de Mileto. Em tornodo ano 450 d.C. se conhecia o gnmon (sinnimode relgio solar primitivo) e a diviso do dia em12 horas em toda Grcia e na Turquia. Osgnomons eram muito comuns em Roma em tornode 200 d.C.. Nesta poca j existiam diversostipos.

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    TECNOLOGIA

    A poca de glria dos gnomons foi durante a primeira metade da idade Mdia. Desde antes da eraCrist j havia meios de medida horria que no o Sol (clepsidras e ampulhetas, por exemplo) porm,somente no fim do primeiro milnio desta nossa era, os gnmons deixaram de ser os principais relgios.

    Na era medieval proliferaram os mais diversos modelos de relgios solares. nesta poca que surgemos primeiros fundamentos e tratados meticulosos sobre Gnomnica, a arte de construir relgios de Sol.Eram comuns, quase obrigatrios, os quadrantes solares em igrejas, palcios e prdios pblicos. Vriosdispositivos ainda operantes na Europa e sia so desta poca.

    Podemos marcar o fim do relgio solar comomedida de tempo quando se inventou o primeirorelgio totalmente mecnico. Isto se deu durantea Renascena. Com o aperfeioamento e aproduo crescente dos relgios mecnicosdomsticos durante a Revoluo Industrial osgnomons passaram a ser uma pea decorativa.Contudo ainda cercada de certa ostentaointelectual e artstica.

    Como funciona um relgio solar?

    Se observarmos a sombra de um objeto (umposte, uma rvore, um edifcio) por um dia inteiropodemos perceber mudanas que refletem omovimento aparente do Sol neste intervalo.

    Pela manh as sombras so compridas e apontampara a direo oposta ao nascente. Com o passar dodia a sombra vai diminuindo e girando at atingir aocomprimento mnimo em torno do meio dia na direoNorte-Sul. Ao entardecer as sombras repetem o cicloanterior porm refletidas para o outro lado.

  • 23revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Logo um relgio solar apenas mede as posiessucessivas do Sol no cu. Para referir a essas posiesusamos dois planos de referncia: o horizonte e omeridiano local. Meridiano local aquele planovertical (portanto perpendicular ao horizonte) quecontm o znite (ponto que corresponde projeode uma linha vertical que passe pelo observador) e ospontos cardeais Norte e Sul. Podemos medir o nguloque separa o astro do meridiano atravs de umgnmon. Quando o Sol nasce este ngulo deaproximadamente 90. Quando atinge o meridiano talngulo zero. Usamos dizer quando isso ocorre queo Sol culminou. medida que chega a tarde, o ngulotorna a crescer at 90 graus quando ento o Sol sepe. Este ngulo chamado ngulo horrio do Sol.

    Assim medimos o movimento de rotao da Terra.Desta medida angular tiramos um conceito de tempo(supomos assim que a velocidade de rotao constante). Para cada 15 de acrscimo no ngulo

    horrio dizemos que se passou uma hora earbitramos que o momento em que o Sol culmina meio-dia. Fazendo estas convenes de unidadespodemos medir o tempo atravs do Sol. Lembrandoque a Terra redonda e que o eixo de rotao inclinado teremos sombras diferentes em latitudesdiferentes.

    As duas partes principais de um relgio solareso: o mostrador (ou mesa) e o ponteiro (gnmonou estilo). O ponteiro o objeto que projetar umasombra sobre uma superfcie graduada que omostrador. Pela posio da sombra em relao sgraduaes (tambm chamadas linhas horrias)obtemos o que se usou chamar de tempo solarverdadeiro. Este nada mais seno uma versodo ngulo horrio solar, uma medida da posio doSol em relao ao meridiano. Esta medida no uniforme. Com o passar do ano h variaes nomovimento diurno do Sol. Estas variaes so

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    TECNOLOGIA

    devidas forma da rbita terrestre ao redor do Sol,uma vez que no uma rbita circular e sim elptica.Com a variao da distncia ao Sol somada aomovimento de translao da Terra, o movimentoaparente do Sol muda no cu: mudam tanto atrajetria, como a velocidade. Para corrigir estasdiferenas (da ordem de minutos) usam-se tabelase grficos com o que se usou chamar equao dotempo que transforma o tempo solar verdadeiro(no uniforme) em um tempo solar mdio (que uniforme em relao ao passar do ano). Ainda no esse tipo de tempo que seu relgio de pulso usa.Se um gnmon mede a posio do Sol em relaoa um determinado local para cada lugar h horassolares diferentes. Isto significa dizer que cada lugartem sua hora solar, que seria uma medida direta daposio do Sol em relao ao horizonte. Esta

    diferena se d no sentido leste para oeste no globoterrestre de maneira contnua. Assim s tero amesma hora solar as cidades que tenham a mesmalongitude. Por exemplo: o Rio de Janeiro tem umahora solar, Niteri outra, So Paulo outra e BeloHorizonte outra ainda. Para que vrias cidadesseguissem a mesma hora convencionou-se usar,para uma certa faixa geogrfica, um s tempo mdiocentral. A regra geral foi usar faixas que inclussemmeia hora para o leste e meia hora para o oeste deum dado meridiano terrestre. Contudo os pasespreferiram adotar regies que mais se acertassemcom suas fronteiras e divises geopolticas.Chamamos estas regies convencionais de fusoshorrios. So estes fusos que regem a hora do seurelgio de pulso. Este tipo de tempo foi chamado detempo ou hora legal.3

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    TECNOLOGIA

    Que tipos de relgio solares existem? Quais os mais comuns?

    Relgios Solares HORIZONTAIS:

    No s o movimento de rotao queinfluencia as sombras. Durante um ano assombras mudam de tamanho para a mesmahora do dia.

    Assim temos sombras mais longas noinverno e sombras mais curtas no vero amedida que o Sol se move ao longo da eclptica4.Desta maneira temos tambm linhas dirias: umrelgio solar pode ser tambm um calendrio.

    Outra curiosidade sobre os mostradores de relgiossolares o que se usou chamar de moblia(informaes e acrscimos ao mostrador). As linhasdirias, a equao do tempo, lemas, desenhos,indicaes de datas e analemas5 so moblias tpicasde relgios solares encontrados pelo mundo a fora.

    A engenhosidade de dispor mostradores eponteiros faz dos fabricantes de relgios solaresartfices no limiar da cincia, da tcnica e da arte.

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    TECNOLOGIA

    H grande variedade de relgios solares. O que realmente muda de modelopara modelo a disposio e forma das partes principais (ponteiro e mostrador).Logo, um bom critrio para a classificao a posio relativa entre estescomponentes.

    Sem sombra de dvida o relgio solar mais popular aquele que apresentamostrador horizontal (paralelo ao horizonte) e gnmon inclinado. No umdos relgios solares mais fceis de se fazer, contudo relativamente comumem jardins particulares e praas pblicas. O fato que o faz popular que orelgio funciona o ano todo (enquanto o Sol ilumin-lo). Outros relgios solaresno funcionam durante os meses nos quais o Sol no ilumina o mostrador.

    Este relgio (como a maior parte dos relgios solares) tem que ser orientadoem relao aos pontos cardeais para que funcione a contento. Outra informaofundamental para a utilizao do dispositivo a latitude local (que correspondeao ngulo de inclinao do gnmon em relao ao mostrador horizontal).

    As linhas onde se lem as horas so chamadas linhas horrias. Paracalcul-las exige-se alguma trigonometria ou alguma manipulao geomtrica.Para cada latitude teremos um mostrador especfico no qual as linhas horriastero uma configurao, i.e., um espaamento angular, que depende da latitudelocal. Usa-se para desenhar estas linhas uma frmula matemtica que envolveclculos de funes trigonomtricas6. Em resumo, para cada latitude teremosum mostrador e um ponteiro diferentes, por conseqncia teremos um relgiodiferente para cada latitude.

    Este tambm bem comum. encontrado principalmente em prdiosantigos (igrejas, colgios, conventos, prdios pblicos e observatrios). Omostrador vertical e apresenta gnmon inclinado conforme a latitude dolugar. Conforme a orientao do mostrador em relao aos pontos cardeaismudam as caractersticas do relgios de forma radical. As linhas horrias e aforma pela qual se coloca o gnmon depende destas orientaes. Por issoconvm fazer uma subdiviso nesta classe de instrumentos:

    Relgios Solares VERTICAIS

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    TECNOLOGIA

    Relgios Solares VERTICAIS DIRETOS

    Chamam-se assim aqueles relgios verticais que tm o mostrador diretamentealinhado com os pontos cardeais. Os verticais diretos que tm a face voltadapara o Sul, i.e., o gnmon apontando para o plo Sul celeste e o mostrador no planoLeste-Oeste, so mais apropriados para o hemisfrio norte pois permanecem maistempo iluminados nestas latitudes. Para o hemisfrio sul mais prtico usar orelgios solares verticais diretos voltados para o Norte pois permanecem mais temporecebendo luz solar.

    Para desenhar as linhas horrias destesinstrumentos utiliza-se a mesma matemticadesenvolvida para os relgios horizontais. Na verdadebasta rebater a linhas como em um espelho.

    O relgios solares diretos leste e oeste tm umaparticularidade que os destaca dos demais japresentados. Estes dispositivos no dependem dalatitude, i.e., os mostradores so os mesmos para

    qualquer latitude. Para faz-lo funcionar bastaorient-lo em relao horizontal (note que estainclinao corresponde latitude local). Outraparticularidade o fato de que um relgio diretoleste s marca as horas da manh, enquanto umrelgio solar direto oeste s marca as horas da tarde.O clculo das linhas horrias bem mais simplespara este ltimo tipo de relgio vertical.

  • 28 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Relgios Solares VERTICAIS DECLINANTES(ou simplesmente Declinantes)

    Estes relgios no precisam estar em paredes orientadas para que funcionem umavez que so desenhados especialmente para uma parede em especial. O ngulo agudoque a perpendicular parede faz com o meridiano chamado declinao da parede(no confundir com a coordenada astronmica de mesmo nome que serve para localizarum astro no cu em relao ao plo celeste). Tal ngulo entra na determinao dosngulos entre as linhas horrias o que complica ainda mais a elaborao destesinstrumentos7.

  • 29revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Relgios Solares EQUATORIAIS

    Dos relgios solares este o mais fcil de ser construdo porque no exigeclculos matemticos complicados. Bastam algumas noes elementares degeometria.

    Este dispositivo tem como propriedade bsica um mostrador paralelo ao plano do equador.Seu gnmon sempre perpendicular ao mostrador e paralelo ao eixo de rotao da Terra.Para orientar desta maneira os componentes deste relgio basta colocar o gnmon orientadono sentido Norte-Sul e formando um ngulo com o solo igual latitude do lugar. As linhashorrias no precisam ser calculadas pois o mostrador o mesmo para qualquer latitude.As linhas devem ser separadas por 15o umas da outras (15o equivale a 1 hora). Assim asombra do gnmon marcar os ngulos horrios do Sol.

  • 30 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Pode se dizer que uma variao elaborada do equatorial com a pequena diferenade que a sombra projetada em um anel graduado em vez de um mostrador plano. Agraduao permanece de 15 em 15 graus, o gnmon continua paralelo ao eixo daTerra e o anel permanece paralelo ao plano do equador. Na verdade o anel umaseco cilndrica paralela ao gnmon.

    Relgio Solar ARMILAR

  • 31revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Este relgio descendente de um antigo instrumento astronmicotpico da idade mdia chamado esfera armilar. sem dvida um dosmais elegantes relgios solares apesar de no ser dos mais comuns.

  • 32 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Relgio Solar ANALEMTICO

    um relgio bem complexo. Trata-se de um relgio horizontal com o gnmon verticalmvel. Ele um aperfeioamento dos antigos gnomons verticais que consistiam somentede uma haste perpendicular e um piso horizontal. A sombra do gnmon traa curvascomplexas e elegantes (parbolas, retas e hiprboles) dia aps dia com o passar dosmeses. No caso do analemtico este efeito corrigido alterando a posio do gnmonpara cada ms. A sombra passa por pontos horrios (equivalentes s linhas horrias)dispostos sobre uma elipse.

  • 33revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Relgios PORTTEIS

    H uma infinidade de tipos de relgios solares que podem ser considerados portteis.Algumas vezes no passam de miniaturas de relgios de alguns tipos j descritos quedevem ser alinhados corretamente. No entanto alguns relgios solares foram desenhadosespecialmente para suprir a necessidade de viajantes. como se as pessoas quisessemcapturar o tempo e lev-lo consigo.

    Um exemplo criativo destes pequenos instrumentos o relgio do pastor tambmchamado relgio do viajante, cilindro ou relgio pilar. Consiste de um mostradorcilndrico vertical orientvel e um gnmon horizontal. Tal dispositivo funciona suspensoa um fio ou argola para que o conjunto se alinhe com a gravidade como um fio prumo.Orientando o gnmon na direo do Sol a sombra projeta-se sobre o corpo do cilindro.As linhas horrias so curvas elaboradas matematicamente para um dado ngulo delatitude. Para ler a hora necessrio conhecer a poca do ano, visto haver uma curvapara cada ms.

  • 34 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    TECNOLOGIA

    Naelton Mendes de Arajo Astrnomo formado pela UFRJ (Observatrio do Valongo) em 1992.Trabalhou 10 anos no Museu de Astronomia e Cincias Afins no Departamento de Educao. Ministrouvrios cursos de introduo Astronomia.

    Referncias:

    O quadrante dptico denominado em ingls detablet (algo como bloco ou prancheta). umaminiatura de dois outros relgios muito conhecidos: ohorizontal e o vertical direto. Ambos mostradores usamo mesmo gnmon, geralmente um fio ligando os doismostradores.

    Os mostradores so articulados como umadaquelas antigas carteiras de cigarros, ou falando dealgo mais atual, como a tela e o teclado de umnotebook ou agenda eletrnica. Isto permitia lev-lono bolso. O dispositivo tem que ser orientado egeralmente traz uma bssola e algumas tabelas emum dos mostradores.

    Na Idade Mdia e Renascena, confeccionavam-se miniaturas de relgios de mostrador plano(horizontais, verticais e inclinados8) na face de slidosgeomtricos decorados (cubo e poliedros variados).

    BOCZKO, Roberto. CONCEITOS DE ASTRONOMIA - Ed. Edgard Blcher,1984.CANIATO, Rodolfo. PROJETO BRASILEIRO PARA O ENSINO DE FSICA - vol.1 - O CU - Ed. Fund.Tropical de Pesquisa e Tecnologia, 1978.Minha pgina - http://www.geocities.com/naelton/sundials.htmNEVES, Marcos C.D. e ARGELLO, Carlos A. ASTRONOMIA DE RGUA E COMPASSO, de Kepler aPtolomeu - Ed. Papirus, 1986.Grupo de discusso Relgios Solares no Brasil - http://br.groups.yahoo.com/group/relogiosolar/Relgios de Sol, Srgio Doret - http://www.relogiodesol.comWAUGH, Albert E. SUNDIALS: Their Theory and Construction - Ed. Dover, 1973.The Amateur Scientist 20th Century Collection

    Tais instrumentos tinham o tamanho equivalente deglobos geogrficos e foram muito populares em certapoca. Demonstravam a competncia do projetistaem lidar com clculos elaborados e uma belezaartstica considervel.

    Um relgio porttil famoso na Idade Mdia consistiade um mostrador complicado que tinha a vantagemde ser independente da latitude. Era chamadocapuchinho universal devido forma das linhashorrias lembrar o capuz de certos monges. Esta apenas uma pequena coletnea dos tipos de relgiossolares mais comuns. No h limite para acriatividade em dispor mostradores e gnomons einventar novos e exticos modelos. Produto dacriatividade humana, os relgios solares so obrasde arte e tcnica resumindo num s aparatoesttica, matemtica e astronomia.

    1 Tal relgio encontra-se em exposio no Museu de Berlim e constitu-se de restos de um artefato de pedra.2 Ano trpico: tempo para que o Sol d uma volta completa na eclptica visto da Terra.3 Mais informaes sobre tipos de tempo e funcionamento de relgios solares procurar no captulo VIII dolivro CONCEITOS DE ASTRONOMIA de Roberto Boczko onde esto esclarecidos os termos com detalhes.Tal assunto um tanto tcnico demais para ser abordado com profundidade nesse texto.4 Eclptica: crculo no cu determinado pelo movimento anual aparente do Sol. As constelaes do zodaco sedistribuem ao longo deste crculo que inclinado em relao ao equador. O nome eclptica tem a mesma origemetimolgica do termo eclipse.5 Analema: figura em forma de oito que a projeo plana da equao do tempo em uma linha horria. Elaserve para converter tempo solar em tempo mdio.6 No objetivo deste texto entrar nestes pormenores tcnicos. Maior aprofundamento pode ser encontradono livro SUNDIALS, THEIR THEORY AND CONSTRUCTION, Albert E. Waugh, 5 captulo.7 Sobre este clculo a revista Sky&Telescope publicou um programa em dezembro de 1987, pg. 648.8 Relgios inclinados distinguem-se dos verticais e horizontais por formarem um ngulo qualquer com o plano horizontal.So muito incomuns e complexos.

  • 35revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Campanhas observacionais Julho/Agosto de 2005 A Seco Lunar juntamente com as Seces Lunissolar e Estao Costeira 1 da REA-BRASIL, novamenteconvida a todos para que em cadeia nacional faam observao e registro (reporte e imagem) desseseventos celestes para as devidas redues cientficas.

    13/07/2005 - Ocultao Diurna de Jpiter Ateno Observadores e Astrofotgrafos: Em 13 de julho de 2005, teremos mais uma Ocultao deJpiter pela Lua. O evento acontecer luz do dia, sendo que os horrios aproximados de imerso eemerso, referentes ao centro do disco de Jpiter, esto listados abaixo:

    Recomenda-se que o evento seja acompanhado com os maiores aumentos telescpicos possveispara garantir uma boa resoluo na imagem e maior preciso na identificao dos instantes dos contatos(tangenciamento interno e externo dos discos). Tambm deve ser registrado o instante em que o centrodo disco do planeta cruza o limbo lunar.

    O observador dever identificar previamente o ponto do limbo lunar onde Jpiter reaparecer, de formaa reduzir o atraso geralmente observado na cronometragem do incio do reaparecimento.

    Informaes detalhadas, mapa de visibilidade e trajetrias para vrias cidades e respectivas regiesesto disponveis no site da Seo Lunar: http://lunar.astrodatabase.net

    Especificamente para a regio de Florianpolis, existem informaes adicionais em:http://www.costeira1.astrodatabase.net/ocultacoes2005.htm

    Os mapas e horrios foram gentilmente preparados por Jos (Zeca) Serrano Agustoni:http://paginas.terra.com.br/lazer/zeca/astronomia

  • 36 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    12/08/2005 - Impactos Lunares (Chuveiro Perseidas)Em 12 de agosto de 2005, 19:09 TU +1.4 hrs, a Lua cruzar com a trajetria dos escombros oriundos

    do cometa 109P/Swift-Tuttle (1862 III).Nesta ocasio a Lua estar oportunamente posicionada para que ns possamos observar esse

    ''chuveiro'' de nossa posio na Terra. Como a Lua no tem atmosfera capaz de produzir a ''queima''desses corpos, todos os meteorides batem diretamente em sua superfcie. Assim, dependendo dotamanho desses corpos, so produzidos flashs mais ou menos intensos em luminosidade quandoocorre a exploso do impacto, podendo ser detectados atravs de equipamentos ticos e imagens. Osregistros em filme (analgico ou digital) so mais adequados por se tratar de evento imprevisvel e deacompanhamento visual cansativo e incerto. Tambm solicitamos que os reportes negativos sejamenviados para corroborar ou no alguma observao positiva.

    A possibilidade estimada de impactos de 39% na regio no iluminada da Lua com ajuste polar =39 graus. Como este no um evento que pode ser totalmente previsvel, resultados negativos devemacontecer e isso de modo algum poder desanimar o observador persistente.

    26/08/2005 - Ocultao das PliadesNa noite de 26 de agosto a Lua passar pela frente do Aglomerado Aberto das Pliades (M45)

    ocultando algumas de suas estrelas. Este um evento de ocultao de mltiplas estrelas (ELECTRA3.8mag, MAIA 4.0mag, CELAENO 5.4mag e outras) e de longa durao (em torno de 2 horas) e podeser observado em quase a totalidade do territrio brasileiro. Os instantes de imerso (na borda iluminadada Lua) e emerso (na borda escura da Lua) variam para cada localizao. Recomenda-se que oevento seja acompanhado com os maiores aumentos telescpicos possveis para garantir uma boaresoluo na imagem e maior preciso na identificao dos instantes dos contatos (tangenciamentointerno e externo dos discos). O observador dever identificar previamente as estrelas que seroeclipsadas e o ponto do limbo lunar onde as estrelas

    devem reaparecer, de forma a reduzir o atraso geralmente observado na cronometragem do incio doreaparecimento. Para cronometrar o evento tambm recomendado que o perodo de observao sejainiciado por volta de 2:40 hora local (GMT -3).

    Mapa de visibilidade e demais informaes esto disponveis no site da Seco Lunar - REA-Br:http://lunar.astrodatabase.net. Contamos com o seu apoio e participao!

    Respeitosamente:

    Alexandre AmorimCoordenador da Costeira 1 e Seco Cometas REA-Br

    http://costeira1.astrodatabase.net

    Dennis Weaver de Medeiros LimaGerente de Projeto: Ocultaes Lunares - [email protected]

    Hlio C. VitalCoordenador da Seco Eclipse REA-Br (Site Lunissolar)

    http://www.geocities.com/lunissolar2003

    Rosely GregioCoordenadora da Seco Lunar - REA-Brasil

    [email protected]

    REA Brasil: http://www.reabrasil.org

  • 37revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    EFEMRIDES

    JULHOFASES DA LUADia 6 de Julho Lua Nova

    Dia 14 de Julho - Lua Quarto CrescenteDia 21 de Julho - Lua Cheia

    Dia 28 de Julho Quarto Minguante

    COMETAS VISVEIS (AT 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e exploses de brilho temos:

    Hemisfrio Sul

    CHUVA DE METEOROS

    Rosely Grgio | Revista [email protected]

    Embora os radiantes de julho no produzem individualmente fortes taxas, as atividades de Aqurioe regies de Capricrnio em julho e incio de agosto, como tambm as atividades secundrias deoutros radiantes, fazem com que as taxas de hora em hora subir basicamente entre o meio e o fimde julho para observadores em ambos os Hemisfrios.

    LEMBRETE: Em 13 de julho, em torno de 13h06.1m acontece a Ocultao diurna de Jpiter (-2.0 mag)pela Lua. Imerso na borda escura da Lua, visvel para vrias regies do Brasil atravs de instrumentos.Participe de mais esta campanha observacional! Todas as informaes esto disponveis no site daSeo Lunar REA-Brasil: http://lunar.astrodatabase.net

    2005

  • 38 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    EFEMRIDES

    AGENDADIRIA

    Em 2 de julho de 1985 era lanada a sonda Giotto em direoao cometa Halley (ESA's Cometa Halley Mission). Em 2 de julhode 1990 a sonda Giotto sobrevoava a Terra.

    Sexta-feira, 1 de Julho

    Equao do Tempo: -3.77 minAsteride 12426 Racquetball passa prximo da

    Terra (1.419 UA)2h26.5m Nascer da Lua no ENE (Ari)4.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    23.3h - 6.0h LCT (Aqr)6.4h Marte Mag=-0.1m, melhor observado de 0.5h

    - 6.4h LCT (Psc)6h49.2m Nascer do Sol no ENE13h51.1m Ocaso da Lua no WNW (Ari)17h41.2m Ocaso do Sol no WNW18.0h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.4h LCT (Cnc)18.0h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -19.0h LCT (Cnc)18.1h Mercrio Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -19.5h LCT (Cnc)18.2h Jpiter Mag=-2.1m, melhor observado de

    18.1h - 0.2h LCT (Vir)18h37.2m Io (5.9 mag) em Elongao Oeste23.7h Via-lctea melhor observada

    Sbado, 2 de Julho

    Equao do Tempo: -3.97 minCorreo da Trajetria da sonda Deep Impact,

    Manobra #5 (TCM-5)Cometa Giacobini-Zinner em Perilio (1.038 UA)Asteride 66146 (1998 TU3) passa mais prximo

    de Mercrio (0.028 UA)Asteride 6227 Alanrubin mais prximoda Terra (1.692 UA)3h22.7m Nascer da Lua no ENE (Ari)4.3h Urano Mag=5.8 m, melhor

    observado de 23.2h - 6.0h LCT (Aqr)6.4h Marte Mag=-0.1m, melhor

    observado de 0.5h - 6.4h LCT (Psc)6h49.3m Nascer do Sol no ENE14h31.7m Ocaso da Lua no WNW (Tau)17h41.5m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.2 m, melhor

    observado de 18.1h -19.5h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor

    observado de 18.1h -19.5h LCT (Cnc)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor

    observado de 18.1h -18.9h LCT (Cnc)23.6h Via-lctea melhor observada

    Domingo, 3 de Julho

    Equao do Tempo: -4.15 minSonda Deep Impact, lanamento de impacto com

    o cometa 9P/Tempel 1Asteride 2002 JQ97 passa mais prximo da Terra

    (0.065 UA)Asteride 3255 Tholen mais prximo da Terra

    (2.014 UA)4.2h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    23.1h - 6.0h LCT (Aqr)4h19.5m Nascer da Lua no ENE (Tau)6.4h Marte Mag=-0.1m, melhor observado de 0.5h

    - 6.4h LCT (Psc)6h49.3m Nascer do Sol no ENE15h16.1m Ocaso da Lua no WNW (Tau)17h41.9m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.3 m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.5h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h - 0.1h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.9h LCT (Cnc)22h39.6m Ocultao da lua Io (5.9 mag) 23.6h Via-lctea melhor observada

    Segunda-feira, 4 de Julho

    Terra em Aflio a 1.017 UA do Sol.

    NAS

    A / G

    SFC

    / N

    SSD

    C

  • 39revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Equao do Tempo: -4.34 min4.2h Urano Mag=5.8 m,

    melhor observado de 23.1h -6.0h LCT (Aqr)

    5h15.9m Nascer da Luano ENE (Tau)

    6.0h Lua passa a 2.7graus de separao daestrela SAO 77168 EL NATH(BETA TAURI), 1.8mag

    6.4h Marte Mag=-0.1m,melhor observado de 0.5h - 6.4hLCT (Psc)

    6h49.4m Nascer do Sol no ENE16h04.6m Ocaso da Lua no WNW (Tau)17h42.2m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.3 m, melhor

    observado de 18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.5h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h - 0.0h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.8h LCT (Cnc)19h53.7m Io (5.9 mag) Incio do Trnsito20h54.4m Europa (6.5 mag) Incio do Trnsito20h59.7m Io (5.9 mag) em Conjuno Inferior21h09.7m Io (5.9 mag) Incio do transito da

    Sombra22h05.7m Io (5.9 mag) Final do Trnsito22h15.9m Europa (6.5 mag) em Conjuno Inferior23h20.6m Io (5.9 mag) Final do transito da

    Sombra23.5h Via-lctea melhor observada23h31.4m Europa (6.5 mag) Incio do transito da

    Sombra23h37.5m Europa (6.5 mag) Final do Trnsito

    Tera-feira, 5 de Julho

    Cometa 9P/Tempel 1 em Perilio (1.506 UA)Equao do Tempo: -4.52 min0.4h Cometa C/2004 K1 Catalina em Perilio

    (3.399 UA) delta=3.002AU mag=14.7elon=104.3graus

    1h58.0m Sol em Apogeu.4.1h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    23.0h - 6.0h LCT (Aqr)6h10.5m Nascer da Lua no ENE (Aur)

    A Sonda Deep Impact lana objeto para impactocontra o cometa Tempel 1. O evento poder seracompanhado atravs de instrumentos maioresde algumas localizadas na Terra, mas no poderser visto do Brasil pois o cometa estar abaixo dalinha do horizonte. http://deepimpact.jpl.nasa.gov

    N

    ASA

    / JPL

    6.4h Marte Mag=-0.1m, melhor observado de 0.5h- 6.4h LCT (Psc)

    6h49.4m Nascer do Sol no ENE16h56.6m Ocaso da Lua no WNW (Aur)17h42.6m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.4 m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -24.0h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.7h LCT (Cnc)19h37.1m Europa (6.5 mag) em Elongao Oeste20h38.0m Io (5.9 mag) Final do Eclipse23.4h Via-lctea melhor observada

    Quarta-feira, 6 de Julho

    Asteride 84225 Verish mais prximo da Terra(1.698 UA)

    EFEMRIDES

  • 40 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Equao do Tempo: -4.69 min4.1h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    22.9h - 6.0h LCT (Aqr)6.3h Marte Mag=-0.1m, melhor observado de 0.5h

    - 6.4h LCT (Psc)6h49.4m Nascer do Sol no ENE7h01.7m Nascer da Lua no ENE (Gem)9h02.5m Lua Nova17h08.2m Lua em Librao Sul17h42.9m Ocaso do Sol no WNW17h50.5m Ocaso da Lua no WNW (Gem)18.1h Mercrio Mag=0.4 m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -23.9h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.7h LCT (Cnc)18h13.6m Ganimedes (5.5 mag) Incio do Trnsito

    da lua19h35.4m Ganimedes (5.5 mag) em Conjuno

    Inferior20h39.4m Europa (6.5 mag) final do Eclipse20h57.1m Ganimedes (5.5 mag) final do Trnsito23.4h Via-lctea melhor observada23h30.1m Ganimedes (5.5 mag) incio do transito

    da Sombra

    Quinta-feira, 7 de JulhoEquao do Tempo: -4.85 minJpiter oculta a estrela PPM 178840 (10.2

    Magnitude)Pelo Calendrio Tabular Islmico o primeiro dia

    do Jumada II, do sexto ms do ano 1426 comeandoao ocaso do Sol.

    Pelo Calendrio Hebreu e o primeiro dia doTammuz, dcimo primeiro ms do ano 5765,comeando ao ocaso do sol (Ano bissexto)

    4.0h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.9h- 6.0h LCT (Aqr)

    6.3h Marte Mag=-0.1m, melhor observado de 0.4h- 6.4h LCT (Psc)

    6h49.3m Nascer do Sol no ENE7h48.4m Nascer da Lua no ENE (Gem)17h43.3m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.5 m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)

    18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de18.1h -19.6h LCT (Cnc)

    18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de18.1h -23.9h LCT (Vir)

    18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de18.1h -18.6h LCT (Cnc)

    18h44.9m Ocaso da Lua no WNW (Cnc)23.3h Via-lctea melhor observada23h23.6m Io (5.9 mag) em Elongao Este.

    Sexta-feira 8 de Julho

    Asteride 10001 Palermo mais prximo da Terra(1.475 UA)

    Equao do Tempo: -5.01 min3.9h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.8h

    - 6.0h LCT (Aqr)6.3h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.4h

    - 6.4h LCT (Psc)6h49.3m Nascer do Sol no ENE8h30.3m Nascer da Lua no ENE (Cnc)14h39.2m Lua em apogeu.17h43.6m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.5 m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.6h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -23.8h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.6h LCT (Cnc)19h38.4m Ocaso da Lua no WNW (Cnc)20h32.6m Io (5.9 mag) em Elongao Oeste21h Chuva de Meteoros de Julho Phoenicids

    (Sco)23.2h Via-lctea melhor observada

    Sbado, 9 de Julho

    Asteride 2000 FY passa mais prximo doAsteride Vesta (0.048 UA)

    Asteride 25930 Spielberg passa mais prximoda Terra (0.874 UA)

    Asteride 253 Mathilde passa mais prximo daTerra (1.165 UA)

    Equao do Tempo: -5.17 min0.3h Mercrio em maior Elongao Este, a 26

    graus do Sol.

    EFEMRIDES

  • 41revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    3.9h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.7h- 6.0h LCT (Aqr)

    6.2h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.4h- 6.4h LCT (Psc)

    6h49.2m Nascer do Sol no ENE9h08.0m Nascer da Lua no ENE (Leo)17h44.0m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.6 m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -23.7h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.5h LCT (Cnc)20h30.3m Ocaso da Lua no WNW (Leo)23.2h Via-lctea melhor observada

    Domingo, 10 de Julho

    Equao do Tempo: -5.31 minAsteride 6030 Zolensky mais prximo da Terra

    (2.144 UA)3.8h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.7h

    - 6.0h LCT (Aqr)6.2h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.4h

    - 6.4h LCT (Psc)6h49.1m Nascer do Sol no ENE9h42.3m Nascer da Lua no ENE (Leo)17h44.4m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.6 m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -23.7h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.5h LCT (Cnc)21h20.7m Ocaso da Lua no WNW (Leo)23.1h Via-lctea melhor observada

    Segunda-feira, 11 de Julho

    Equao do Tempo: -5.45 minAsteride 51828 Ilanramon prximo da Terra

    (2.103 UA)Asteride 6469 Armstrong passa prximo da Terra

    (0.782 UA)

    Asteride 2874 Jim Young prximo da Terra (1.331UA)

    Cometa P/2004 V2 (Hartley-IRAS) prximo daTerra (1.477 UA)

    3.7h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.6h- 6.0h LCT (Aqr)

    6.2h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.4h- 6.4h LCT (Psc)

    6h49.0m Nascer do Sol no ENE10h14.3m Nascer da Lua no E (Leo)17h44.8m Ocaso do Sol no WNW18.1h Mercrio Mag=0.7 m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.1h -19.7h LCT (Cnc)18.1h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.1h -23.6h LCT (Vir)18.1h Saturno Mag=0.2 m, melhor observado de

    18.1h -18.4h LCT (Cnc)20.8h Lua passa a 0.6 graus de separao da

    estrela SAO 118804 SHANG TSEANG(SIGMA LE,4.1mag

    21h49.1m Io (6.0 mag) incio do Trnsito22h10.1m Ocaso da Lua no W (Leo)22h55.2m Io (6.0 mag) em Conjuno Inferior23.0h Via-lctea melhor observada23h04.3m Io (6.0 mag) Incio do transito da SombraEm 11 de julho de 1990 era lanado o Gamma

    Observatory (Unio Sovitica)http://imagine.gsfc.nasa.gov/docs/sats_n_data/

    missions/gamma.html

    Tera-feira, 12 de Julho

    Chuva de Meteoros Sigma Capricorndeos emmxima atividade.

    Chuva de Meteoros Tau Capricorndeos emmxima atividade.

    Cometa P/2004 F3 (NEAT) mais prximo da Terra(2.050 UA)

    Asteride 3259 Brownlee passa mais prximo daTerra (2.191 UA)

    Equao do Tempo: -5.58 min3.7h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    22.5h - 6.0h LCT (Aqr)6.2h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.3h

    - 6.4h LCT (Psc)6h48.9m Nascer do Sol no ENE

    EFEMRIDES

  • 42 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    10h45.1m Nascer da Lua no E (Vir)17h45.1m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=0.8 m, melhor observado de

    18.2h -19.6h LCT (Cnc)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.7h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.6h LCT (Vir)19h04.8m Io (6.0 mag) Ocultao22h14.8m Europa (6.6 mag) em Elongao Oeste22h33.2m Io (6.0 mag) final do Eclipse23.0h Via-lctea melhor observada22h59.6m Ocaso da Lua no W (Vir)

    Quarta-feira, 13 de Julho

    Em 13 de julho, em torno de 13h06.1m acontecea Ocultao diurna de Jpiter (-2.0 mag) pela Lua.Imerso na borda escura da Lua, visvel para vriasregies do Brasil atravs de instrumentos. Participede mais esta campanha observacional! Todas asinformaes esto disponveis no site da SeoLunar REA-Brasil: http://lunar.astrodatabase.net

    Equao do Tempo: -5.71 minCometa P/2000 G1 (LINEAR) em Perilio (0.998

    UA)Cometa P/2003 L1 (Scotti) mais prximo da Terra

    (4.895 UA)Asteride 2000 QK25 passa mais prximo de

    Marte (0.024 UA)Asteride 4342 Freud mais prximo da Terra

    (1.520 UA)

    Em 13 de Julho de 2005 ocorre o lanamento donibus Espacial Discovery STS-121 (EstaoEspacial Internacional ULF-1.1)

    Asteride 82332 Las Vegas mais prximo da Terra(1.633 UA)

    3.6h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.5h- 6.0h LCT (Aqr)

    6.1h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.3h - 6.4h LCT (Psc)

    6h48.8m Nascer do Sol no ENE11h16.0m Nascer da Lua no E (Vir)17h45.5m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=0.8 m, melhor observado de

    18.2h -19.6h LCT (Cnc)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.8h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.5h LCT (Vir)19h43.8m Io (6.0 mag) final do transito da Sombra

    N

    ASA

    EFEMRIDES

  • 43revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    21h Chuva de Meteoros Delta Aquarideos Sul(Dor)

    22h16.7m Ganimedes (5.6 mag) incio do Trnsito22.9h Via-lctea melhor observada23h50.1m Ocaso da Lua no W (Vir)

    Quinta-feira, 14 de Julho

    A sonda Cassini sobrevoa a lua Enceladus deSaturno.

    Chuva de Meteoros Alpha Lirdeos em mximaatividade em 14/15 de julho.

    Chuva de Meteoros Fenicideos de Julho (PHE)em mxima atividade em 14/15 de julho.

    Incio do perodo de atividade da Chuva demeteoros Delta Aquardeos Sul (14 julho a 18 deagosto) com mximo em 28/29 de julho.

    Asteride 2688 Halley passa prximo da Terra(1.696 UA)

    Asteride 10792 Ecuador passa prximo da Terra(1.871 UA)

    Equao do Tempo: -5.82 min3.5h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    22.4h - 6.0h LCT (Aqr)6.1h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.3h

    - 6.4h LCT (Psc)6h48.6m Nascer do Sol no ENE11h48.4m Nascer da Lua no E (Vir)12h19.9m Lua em Quarto Crescente17h45.9m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=0.9 m, melhor observado de

    18.2h -19.6h LCT (Cnc)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.8h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.4h LCT (Vir)18.3h Lua passa a 0.0 grau de separao da

    estrela SAO 90194 76 VIRGINIS, 5.4mag. Podeocorrer ocultao da estrela para algumas regies.

    22.8h Via-lctea melhor observada

    Sexta-feira 15 de Julho

    Lanamento: Cloudsat/Calipso, pelo fogueteDelta 2

    Em 1975 era lanado a nave Apollo 18 (Apollo-Soyuz)

    Equao do Tempo: -5.93 min

    Em 14 de julho de 1965 s sonda Mariner 4sobrevoava o planeta Marte.

    0h43.1m Ocaso da Lua no WSW (Vir)3.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.3h

    - 6.0h LCT (Aqr)6.1h Marte Mag=-0.2m, melhor observado de 0.3h

    - 6.4h LCT (Psc)6h48.5m Nascer do Sol no ENE12h23.7m Nascer da Lua no ESE (Vir)17h46.3m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.0 m, melhor observado de

    18.2h -19.6h LCT (Cnc)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.8h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.4h LCT (Vir)20h04.8m Lua em Librao Oeste22h28.9m Io (6.0 mag) em Elongao Oeste22.8h Via-lctea melhor observada

    Sbado, 16 de JulhoEm 16 de Julho de 1990 o Paquisto lanava sei

    primeiro satlite, o Badr-Ahttp://nssdc.gsfc.nasa.gov/database/

    MasterCatalog?sc=1990-059AOcaso da Lua no WSW (Lib)3.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.3h

    - 6.0h LCT (Aqr)6.1h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de 0.3h

    - 6.4h LCT (Psc)6h48.3m Nascer do Sol no ENE13h03.7m Nascer da Lua no ESE (Lib)18.2h Mercrio Mag=1.1 m, melhor observado de

    18.2h -19.6h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.8h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.3h LCT (Vir)19h48.9m Io (6.0 mag) em Elongao Este.22.7h Via-lctea melhor observada

    EFEMRIDES

  • 44 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Domingo, 17 de Julho

    Chuva de Meteoros Omicron Dracondeos emmxima atividade em 17/18 de julho.

    Cometa Chiron prximo da Terra (12.570 UA)Asteride 6318 Cronkite prximo da Terra (2.397

    UA)Trigsimo aniversrio (1975) da Apollo-Soyuz,

    Handshakehttp://science.ksc.nasa.gov/history/astp/astp.htmlEquao do Tempo: -6.11 min2h40.9m Ocaso da Lua no WSW (Lib)

    Em 16 de Julho de 1965 a extinta Unio Soviticalanava seu primeiro foguete, o Prton:http://www.fas.org/spp/guide/russia/launch/proton.htm

    3.3h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de 22.2h- 5.9h LCT (Aqr)

    6.0h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de 0.2h- 6.4h LCT (Psc)

    6h08.4m Lua em Mxima Librao.6h48.1m Nascer do Sol no ENE12h39m Marte em perigeu.13h50.4m Nascer da Lua no ESE (Sco)17h47.0m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.1 m, melhor observado de

    18.2h -19.5h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.9h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.3h LCT (Vir) 20h04.7m Ganimedes (5.6 mag) final do Eclipse21.1h Lua passa a 1.0 grau de separao da

    estrela SAO 184329 19 SCORPII, 4.8mag22h01.9m Immerso da estrela SAO 184336 AL

    NIYAT(SIGMA SCORPI, 2.9mag na borda escurada Lua

    22.6h Mercrio em Apogeu.22.6h Via-lctea melhor observada23h26.4m Emerso da estrela SAO 184336 AL

    NIYAT(SIGMA SCORPI, 2.9mag na borda iluminadada Lua

    Segunda-feira, 18 de Julho

    Em 18 de Julho de 1965 era lanada a sondaZond 3 (USSR sobrevo Lunar)

    http://www.calsky.com/observer/zond3.htmlEquao do Tempo: -6.19 min2.8h Lua passa a 0.6 graus de separao da

    estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI,0.9mag).

    3.0h Lua passa a 0.5 graus de separao daestrela SAO 184429 22 SCORPII, 4.9mag

    3.2h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de22.1h - 5.9h LCT (Aqr)

    3h46.2m Ocaso da Lua no WSW (Sco)6.0h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de 0.2h

    - 6.4h LCT (Psc)6h47.8m Nascer do Sol no ENE14h45.3m Nascer da Lua no ESE (Oph)

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    EFEMRIDES

  • 45revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    17h47.4m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.2 m, melhor observado de

    18.2h -19.5h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.9h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.2h LCT (Vir)21.3h Lua passa a 0.3 graus de separao da

    estrela SAO 90250 43 OPHIUCHI, 5.4mag22.6h Via-lctea melhor observada

    Tera-feira, 19 de Julho

    Cometa Shoemaker-Levy 7 em Perilio (1.707 UA)Asteride 3192 AHearn passa mais prximo da

    Terra (1.697 UA)Equao do Tempo: -6.26 min3.2h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    22.1h - 5.9h LCT (Aqr)4h53.9m Ocaso da Lua no WSW (Sgr)6.0h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de 0.2h

    - 6.4h LCT (Psc)6h47.6m Nascer do Sol no ENE15h48.6m Nascer da Lua no ESE (Sgr)17h47.8m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.3 m, melhor observado de

    18.2h -19.5h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.9h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-2.0m, melhor observado de

    18.2h -23.2h LCT (Vir)21h01.8m Io (6.0 mag Ocultao da lua)22.5h Via-lctea melhor observada

    Quarta-feira, 20 de JulhoAsteride 2362 Mark Twain passa prximo da

    Terra (0.972 UA)Asteride 4783 Wasson passa mais prximo da

    Terra (2.057 UA)Equao do Tempo: -6.33 min3.1h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    22.0h - 5.9h LCT (Aqr)4.5h Lua passa a 0.6 graus de separao da

    estrela SAO 187239 PHI SAGITTARII, 3.3mag6.0h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de 0.2h

    - 6.4h LCT (Psc)6h00.1m Ocaso da Lua no WSW (Sgr)

    14h00.5m Lua em Librao Norte.16h58.2m Nascer da Lua no ESE (Sgr)17h48.2m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.5 m, melhor observado de

    18.2h -19.4h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -19.9h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-1.9m, melhor observado de

    18.2h -23.1h LCT (Vir)19h20.6m Io (6.0 mag) em Conjuno Inferior19h27.6m Io (6.0 mag) incio do transito da Sombra20h26.6m Io (6.0 mag) final do Trnsito20h44.4m Europa (6.6 mag) ocultao21h38.4m Io (6.0 mag) final do transito da Sombra22.4h Via-lctea melhor observada

    Quinta-feira, 21 de Julho

    Equao do Tempo: -6.38 min3.0h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    21.9h - 5.9h LCT (Aqr)4.5h Lua passa a 0.6 graus de separao da

    estrela SAO 188722 OMEGA SAGITTARII, 4.8mag5.7h Lua passa a graus 0.8 de separao da

    estrela SAO 188778 60 SAGITTARII, 5.0mag5.9h Marte Mag=-0.3m, melhor observado de

    0.1h - 6.4h LCT (Psc)6h47.0m Nascer do Sol no ENE7h01.0m Ocaso da Lua no WSW (Sgr)8h00.2m Lua Cheia16h44.1m Lua em Perigeu.17h48.6m Ocaso do Sol no WNW18h09.9m Nascer da Lua no ESE (Cap)18.2h Mercrio Mag=1.6 m, melhor observado de

    18.2h -19.3h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -20.0h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-1.9m, melhor observado de

    18.2h -23.0h LCT (Vir)18h57.1m Io (6.0 mag) final do Eclipse19h27.8m Europa (6.6 mag) em Elongao Este.22.4h Via-lctea melhor observada

    Sexta-feira 22 de Julho

    Asteride 2000 AG6 passa mais prximo da Terra(0.022 UA)

    Equao do Tempo: -6.42 min

    EFEMRIDES

  • 46 revista macroCOSMO.com | julho de 2005

    Asteride 8837 London passa maisprximo da Terra (1.154 UA)

    2.4h Mercrio Estacionrio: IniciandoMovimento Retrgrado.

    3.0h Urano Mag=5.7 m, melhor observadode 21.9h - 5.9h LCT (Aqr)

    5.9h Marte Mag=-0.3m, melhor observadode 0.1h - 6.4h LCT (Psc)

    6h46.7m Nascer do Sol no ENE7h54.8mOcaso da Lua no WSW (Cap)

    14h41m Sol entra na Constelao doLeo.

    17h49.0m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.7 m, melhor

    observado de 18.2h -19.3h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor

    observado de 18.2h -20.0h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-1.9m, melhor

    observado de 18.2h -23.0h LCT (Vir)19h19.8m Nascer da Lua no ESE (Cap)20h19m Vnus passa a 1.1 grau da

    estrela Regulus (Leo)20h43.6m Europa (6.6 mag) final do

    transito da Sombra22.3h Via-lctea melhor observada22h40.9m Ganimedes (5.6 mag) em

    Elongao Oeste

    Sbado, 23 de Julho

    Pelo Calendrio Persa o Primeiro dia do Mordad,ms 5 do ano de 1384

    Equao do Tempo: -6.45 min2.9h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    21.8h - 5.9h LCT (Aqr)5.9h Marte Mag=-0.4m, melhor observado de 0.1h

    - 6.4h LCT (Psc)6h46.4m Nascer do Sol no ENE8h41.7m Ocaso da Lua no WSW (Aqr)14h Saturno em Conjuno.17h49.4m Ocaso do Sol no WNW18.2h Mercrio Mag=1.9 m, melhor observado de

    18.2h -19.2h LCT (Leo)18.2h Vnus Mag=-3.9m, melhor observado de

    18.2h -20.0h LCT (Leo)18.2h Jpiter Mag=-1.9m, melhor observado de

    18.2h -22.9h LCT (Vir)19h Saturno mais distante.

    Em 23 de Julho de 1995 Alan Hale e TomBopp descobriam o Cometa Hale-Bopp

    M

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    EFEMRIDES

    20h25.9m Nascer da Lua no ESE (Aqr)21h46.0m Io (6.0 mag) em Elongao Este.22.2h Via-lctea melhor observada

    Domingo, 24 de JulhoAsteride 4766 Malin passa mais prximo da Terra

    (1.893 UA)Em 1950 era feito p primeiro lanamento de um

    foguete do Cabo Canaveral (Bumper/V-2 Rocket)Pelo Calendrio Civil I