revista + social 2

48

Upload: revista-social

Post on 08-Apr-2016

222 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Revista Mais Social

Propriedade:

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Rua Ramiro Ferrão n.º 38 - 2805 Cova de Piedade

Tel.: 212 720 140 - Tlm.: 93 943 09 40

E-mail: [email protected]

Diretor:

Padre José Gil de Borja Pinheiro Ribeiro

Coordenação:

Ana Luisa Caixas

Ana Teresa Costa

Colaboradores desta edição:

D. Manuel Martins

Pe. Lino Maia

Laurinda Alves

Pe. Rui Gouveia

Redação:

Anabela Sousa

Filipa Branco

Revisão:

Ramiro Rodrigues

Fotografia:

Paulo Imagens

Vítor Fernandes

Edição e Paginação:

Miguel Almeida

Isabel Sebastião

Impressão:

Tipografia Lobão, Lda.

Tiragem:

1500 ex.

Depósito Legal:

367956/13

O Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro Está Certificado:

- Pelo Referêncial da Norma ISO 9001:2008

- Nível A, nas Respostas Sociais Ativas, onde sejam aplicáveis os modelos de avaliação do ISS (Instituto da Segurança Social)

Editorial

Ao Serviço do Amor

D. Manuel Martins

Doutrina Social da Igreja

Padre Lino Maia

Artigo de Opinião

Laurinda Alves

Construir para os Outros

Equipamento Centro Comunitário

Equipamento do Bairro

Equipamento Renascer

Entrevista

Padre Rui Gouveia

Equipamento da Romeira

Equipamento da Ramalha

À Conversa com...

Fátima Vieira

Ação Social

Cultura Aberta

Aconteceu...

Vai Acontecer...

Despertar para a Fé

Traços de Recordação

Padre Ricardo Gameiro Lopes

3

4

8

10

12

14

20

22

24

26

28

32

34

36

35

38

45

46

47

Saúde

Centro de Documentação30

Índice Ficha Técnica

Dra. Adelaide Freire

EDITORIALEditorialA plenitude da existência humana

Acreditar na vida até ao último momento, é procurar

darmo-nos a cada pessoa humana naquilo que ela é, em

cada fase da sua vida concreta sem preconceitos. Este

propósito só é possível de realizar se acreditamos que

somos incondicionalmente amados por Deus, princípio de

toda a existência.

A publicação do primeiro número da nossa revista + Social

foi um gesto arrojado que expressa bem a alma e o espírito

que anima sem cessar os trabalhadores e voluntários que

diariamente dão o seu melhor nesta nossa instituição

social. Mas avançar para o segundo número implica

coragem, pois já conscientes dos nossos muitos limites

decidimos assumir este nosso projeto e crescer com ele.

Neste segundo número continuamos a apresentar os

nossos equipamentos naquilo que têm de mais precioso: as

pessoas que neles trabalham e as famílias que deles

usufruem. Desta vez “abrimos as portas” do Centro

Comunitário, inaugurado a 1 de Junho de 1998. Um dos

grandes projetos idealizados e realizados pelo Padre

Ricardo Gameiro, sempre grandemente encorajado pelo

nosso bispo emérito D. Manuel Martins e pela nossa

“presidente emérita” Maria Emília. Esta obra grandiosa que

integra a igreja de Nossa Senhora de Fátima é hoje uma

referência incontornável no plano urbanístico, social,

religioso e espiritual da Cidade de Almada.

O “Despertar para a Fé” tem sido uma aposta e proposta

clara do nosso bispo D. Gilberto para as creches e jardins

infantis dos centros paroquiais da nossa diocese de Setúbal.

Respeitando e valorizando as diferenças religiosas e as

opções das famílias as nossas instituições, porque são

Igreja, são chamadas a participar na missão recebida do

próprio Jesus Cristo. Este caminho (trabalho) passa antes de

tudo pela sensibilização e entusiasmo dos trabalhadores. O

Pe. Rui Gouveia, responsável pela equipa diocesana fala-

nos como a partir da abertura ao religioso a criança abre o

espaço para o encontro com Jesus.

A população idosa é um grupo que tem vindo a crescer na

nossa cidade de Almada e que surge com inúmeras

fragilidades: na rede familiar (afetos/solidão), na carência

de meios, nas doenças do foro psíquico (depressão), falta

de equipamentos urbanos adaptados às suas necessidades.

Como nos fala D. Manuel Martins na entrevista que

publicamos, abrindo-nos o coração e partilhando

connosco a sua experiência pessoal.

A ideia que temos é que a idade é uma fatalidade que afeta

transversalmente toda a sociedade à qual todos estamos

condenados, seja um bispo ou um cidadão anónimo. Mas

não tem que ser assim, o Pe. Lino Maia e a Dr.ª Adelaide

Freire falam-nos de como é possível um envelhecimento

ativo, saudável e por isso feliz. Manter-se ativo, com hábitos

de vida e de alimentação saudável e ter objetivos são

atitudes fundamentais para prevenir a solidão e o

isolamento.

A nossa instituição, perante a realidade em que vivem

tantos idosos tem-se organizado de forma a melhor

adequar as suas respostas sociais a esta faixa da população

a quem tanto devemos e que se encontra tão esquecida.

A partir da análise que vamos fazendo da realidade

detetámos dois desafios urgentes: conhecer melhor a

nossa população idosa, promovendo campanhas que

envolvam toda a sociedade civil, à semelhança do que já é

feito na Cidade de Lisboa; e criar respostas adequadas para

essa população. Não nos parece que a solução passe pela

institucionalização dos mais idosos, mas respeitando-os na

sua individualidade, acompanhá-los através de projetos

pedagógicos com objetivos adequados à situação de cada

um. Olhar para o coração e descobrir uma realidade que

nunca envelhece é possível aos olhos de quem ama alguém

que se sabe amado, como nos escreve a Laurinda Alves.

“Acreditar na vida até ao último momento”, a nossa fé

permite-nos ver este último momento como um tempo de

comunhão com Deus que é o fim e ao mesmo tempo o

princípio de onde brota toda plenitude da existência

humana.

O Presidente da Instituição

Pe. José Pinheiro

AO SERVIÇO

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Ao Serviço do Amortexto: Anabela Sousa

Os problemas sociais dos nossos dias

Um olhar de D. Manuel Martins

D. Manuel Martins, Bispo emérito de Setúbal, é na Igreja e

na sociedade portuguesa uma das vozes que se levanta, de

forma aguerrida e acutilante, para denunciar as injustiças

sociais. Aproveitando a sua passagem pela diocese, por

ocasião do Jubileu Episcopal de D. Gilberto dos Reis, fomos

falar com ele sobre as preocupações dos dias que correm. O

isolamento dos idosos, os atentados à vida, o desemprego,

os dramas da juventude que se vê obrigada a emigrar, o

desânimo com que se vive o dia-a-dia, e o papel da Igreja

no meio de mundo, foram alguns dos assuntos sobre os

quais conversámos.

Foi o primeiro Bispo de Setúbal desde a criação da diocese,

em 1975 e por cá esteve mais de vinte anos, até 1998, altura

em que pediu a resignação. Foi uma voz que nunca se calou

junto dos mais desfavorecidos, denunciando na altura,

entre outros, a fome e o desemprego que varriam a diocese.

Hoje, com oitenta e sete anos, continua com o mesmo

espírito incisivo e a forma consciente como nos fala, não

deixa ninguém indiferente. Hoje, começa por nos falar

daquilo que é também a sua realidade: ser idoso.

Considera D. Manuel Martins que o problema dos idosos é

muito mais sério e pungente do que possa parecer, em

todos os aspetos. A população idosa está a aumentar

porque a média etária de vida é mais elevada e porque a

natalidade está a diminuir. Diz o Bispo emérito que ’’

todas as filosofias que se vão implantando na nossa

sociedade e na nossa dita civilização, esta situação não se irá

alterar muito’’.

com

O carinho de que precisam os idosos

Sublinhando os contornos da vida dos idosos nos dias de

hoje, D. Manuel Martins foca três pontos essenciais do

isolamento e injustiças a que os idosos estão sujeitos. Um

primeiro refere-se ao facto do idoso que não poder estar

em casa porque a vida da família em sociedade se

modificou.

’’

presença, acompanhando e recebendo os filhos e marido,

acompanhando os pais, hoje tudo mudou – diz o Bispo – de

uma forma geral a mulher não está em casa e, quando assim

é, quase que podemos dizer que em casa não está ninguém.

Com este modo novo de viver em sociedade, chegámos a

uma situação em que os pais, que até aí estariam com os

filhos, hoje não podem estar’’.

Ainda assim, D. Manuel considera que há, por vezes, uma

’’crueldade por parte dos filhos’’ que, tendo condições

económicas favoráveis poderiam ainda conservar os pais

idosos em casa, contratando alguém para os acompanhar

quando eles não estivessem e proporcionando-lhes o

carinho e conforto de casa que uma pessoa de idade

avançada precisa.

Se ontem a mulher estava em casa dando calor com a sua

4

DO AMOR

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 5

’’

qualquer possibilidade, capacidade ou obrigação de estar

com os pais ou com os sogros. Assim surge como solução o

lar. Nalgumas circunstâncias é um bem ou um mal

necessário. Em muitas situações é um mal porque a família

podia ter as pessoas em casa e não tem’’, diz.

Avançar na capacidade de estar só

Um segundo aspeto salientado pelo Bispo emérito está

relacionado, também, com a sua experiência. ’’Ser idoso é ir

avançando na capacidade de estar só. A idade tem a ver com

a solidão – afirma D. Manuel Martins – os interesses do idoso

e que podiam ser objeto de conversa já não interessam à

família. Ele vai-se sentindo cada vez mais só. Depois, são os

próprios amigos que começam a faltar. Os amigos com quem

conversava, com quem se abria, distraia e cultivava, enfim,

com quem passava o seu tempo começam a desaparecer. E o

idoso começa a viver a sua vida sozinho sem comunicar

aquilo que gostaria de comunicar’’.

E partilha a sua vivência e aquilo que sente: ’’Digo tudo isto,

também por experiência pessoal. A nível de companhia e

amizade não me falta nada mas a nível de solidão, há um

tipo de solidão que os meus familiares, por mais que

queiram, não conseguem debelar ou remediar. Há coisas que

eu sei e que queria falar com eles mas que não lhes

interessam, e há coisas da vida deles e do mundo deles que

me interessam cada vez menos a mim. Por vezes, o estar em

conjunto, não significa o estar conversando, comunicando ou

estar em família’’.

Uma sociedade apática e desanimada

O último problema do idoso, apontado por D. Manuel

Martins, diz respeito àqueles idosos que têm ainda a sua

autonomia, independência e vida constituída em casal.

’’Estes – denuncia o Bispo emérito de Setúbal – tendo

algumas possibilidades económicas e poupado na sua vida

para garantir uma velhice mais ou menos feliz, não a podem

ter por causa da vida económico-social que se tem

implantado entre nós. O idoso hoje também está muito

agredido por esta filosofia do chamado 'Estado Social'. Hoje,

é das pessoas mais frágeis sobre as quais o Estado, o poder, o

Governo se pousa mais para lhe aproveitar algum provento’’.

São também as condições socioeconómicas de Portugal,

onde o desemprego aumenta e a juventude se vê a braços

com a falta de oportunidades para levar a vida por diante,

que leva a uma nova vaga de emigração. Diz sobre isto D.

Manuel Martins, que é fruto de uma sociedade apática,

desanimada, sem reação e que já não atua como devia

numa situação deste género.

As pessoas não estão e não estando, à partida recusam logo

’’

não tem condições de vida, nem tem garantias à vista de que

essas condições sejam satisfeitas, que boa parte e o melhor

da nossa juventude, mais bem preparada, podia estar cá

dentro a enriquecer o país e a fazer com que o país crescesse,

e é obrigada a afastar-se de Portugal para se valorizar, para

se fazer crescer, significa que estamos apáticos demais,

indiferentes demais, desanimados demais, com a convicção

de que não vale a pena e não tem remédio. Mas não pode ser.

Nós temos que reagir contra isto, temos que acordar’’, afirma

categoricamente.

País que não se une para avançar

Quando questionado sobre o motivo desta situação, o

Prelado não hesita: ’’Para mim, uma das mais fortes razões é

a organização corporativa da nossa gente. A nossa sociedade

é organizada, mais do que pensamos, num sistema

corporativo que é totalmente contrário a um sistema

democrático em que cada pessoa é chamada a construir

História e a entrar no processo da construção da História’’.

’’Estamos todos pendurados num poder que é o chamado

'poder económico'. Tudo pendurando numa filosofia

económica que não deixa viver os indefesos. Esta

organização corporativa, em vez de permitir uma alma e

consciência nacional a todo um país, reparte-o. E um país

assim não está em condições de se unir para progredir e

avançar’’, diz.

E continua ainda D. Manuel Martins: ’’Não temos partidos.

Aquilo a que chamamos partidos, alguma vez se

interessaram pelo progresso do país, aceitando, sem discutir,

meia dúzia de pilares sobre os quais assenta qualquer

sociedade que quer avançar? Não temos um partido de

oposição que seja capaz de, com outros partidos, admitir

meia dúzia de pilares sobre os quais nunca discutiria. Não se

importam nem com o país, nem com o povo, nem com nada.

É do que mais falam, mas não se importam’’.

Feridas de morte numa falsa modernidade

Um dos pilares fundamentais da sociedade e da civilização,

e um valor absoluto que não pode ser discutido, é o da vida.

Quando vemos que o melhor da nossa gente e população

D. Manuel Martins | Jubileu Episcopal de D. Gilberto | 12 Fevereiro 2014

AO SERVIÇO

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro6

Quando falámos com o Bispo emérito de Setúbal,

estávamos nas vésperas do sétimo aniversário da

legalização do aborto em Portugal. E D. Manuel assegura,

sem reservas que o aborto é um assassinato e que a

legalização do aborto um verdadeiro atentado à vida.

’’

condenar o aborto e ficar horrorizado com a hipótese de

alguém que o tolere e, muito menos, que o exija. O aborto é a

morte do inocente, é a morte de um indefeso. Só difere de

uma qualquer outra condenação à morte, pelo lugar em que

a pessoa está, no ventre materno ou cá fora. O aborto é um

assassinato. Uma autêntica e verdadeira civilização tem que

pôr parte a hipótese do aborto’’, garante.

Destacando que defender o aborto é sinal de que a

civilização está a ser ’’ferida de morte’’, D. Manuel acrescenta:

’’O Governo da altura conseguiu que, através da Assembleia

da República, fosse aprovado o aborto em determinadas

circunstâncias, apresentou isso como sinal da modernidade

em que tinha posto o país. Eu não quero ser membro de uma

sociedade que considere um facto como este como sinal de

modernidade. Devemos ser pela vida e criar condições para

que se deixe rebentar a vida, se cultive a vida, se acompanhe

a vida, se acarinhe a vida, se proporcione condições para que

a vida seja algo que se aprecie e que se cante’’.

No meio do mundo, sofrer com os que sofrem

Face a todos os problemas que a sociedade de hoje em dia

está a sofrer, a Igreja deve estar, de acordo com D. Manuel

Martins, no meio do mundo: ’’É uma coisa que temos

esquecido, que aconteceu com o próprio Jesus Cristo,

fundador da Igreja, e que tem que acontecer com a Igreja que

continua. Jesus esteve mergulhado no meio dos Homens e

assim também nós. A Igreja tem que sofrer com os que

Não é preciso senão formação e sensibilidade humana para

sofrem, tem que chorar com os que choram, tem que viver os

problemas da sociedade e os problemas do mundo. A Igreja

não tem como altar só o altar que está situado num edifício a

que chamamos templo, a Igreja tem como altar o próprio

mundo’’

E o Prelado lembra as palavras do Papa João Paulo II

quando dizia que a Igreja evangeliza pela liturgia, pelo

serviço e pela missão profética, que é o dever de praticar as

situações que agridem a dignidade humana, e as palavras

recentes do Papa Francisco. ’’O Santo Padre Francisco disse

uma coisa absolutamente espantosa, de que prefere uma

igreja acidentada no meio do mundo, do que uma Igreja

muito bonita metida numa redoma. O Santo Padre prefere

uma Igreja acidentada mas dentro do mundo e a sofrer com o

mundo, a viver os problemas do mundo, a denunciar as

causas porque o Homem não é feliz’’, relata.

Memórias do Padre Ricardo: a dimensão social do

Evangelho

Reconhecendo em Portugal o papel da Igreja que «dá pão a

quem tem fome» e que «acolhe muita gente à margem da

vida», D. Manuel Martins diz que a Igreja tem um papel

relativamente passivo e que devia procurar estudar quais

são as causas que fazem com que as coisas existam e

denunciá-las. É assim que lembra o Padre Ricardo Gameiro.

’’Todos falam, no altar, sobre os pobres, mas na prática isso

não aparece. É por isso que eu admirava muito o Padre

Ricardo porque ele vivia muito esta dimensão social do

Evangelho. Não era só a assistência a quem precisava dela,

era também a doutrina que ia com essa assistência. A

preocupação que ia com essa assistência, o sofrimento que

ele tinha. Quantas vezes falámos, já depois de eu ter

renunciado. Quantas horas perdemos ao telefone com ele a

lamentar-se disto e daquilo, por isto que diz respeito ao

mundo e por uma certa apatia que a Igreja tem no meio de

tudo isto’’, confidencia o Bispo emérito de Setúbal.

E remata dizendo: ’’Nós pregamos sobre isto e não fazemos.

Por exemplo, quando está um Bispo doente e nós que

pregamos a fraternidade, o cuidado e o carinho com os

doentes, somos capazes de nem sequer o visitar ou nos

interessarmos por ele. Tudo isto é muito sério. Temos que

acordar. A Igreja está muito adormecida, muito apática, faz

muitas coisas mas isso não chega. Uma coisa é fazer muitas

coisas, e outra é a alma que está por detrás e nos alicerces

dessa coisa que faz’’.

.

Participação na Jornada Comemorativa

do Ano Internacional da Pessoa Idosa | 1999

A Blue Sigma é uma empresa portuguesa que disponibiliza um alargado leque de produtos de higiene e manutenção para os

mais diversos tipos de espaços, dando resposta às necessidades de escritórios, condomínios, áreas comerciais, clínicas ou

infantários.

Principais fornecedores com quem temos parcerias

DOUTRINAPara um envelhecimento saudável

A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento

ou diminuindo a sua gravidade é uma componente

fundamental do envelhecimento saudável.

A Organização Mundial da Saúde e a Comissão da União

Europeia consideram de grande importância todas as

políticas, medidas e práticas, que contribuam para um

envelhecimento saudável, ativo e que previna a doença.

Muitas medidas e práticas deverão ser assumidas.

Com este objetivo, vários aspetos são valorizados:

Autonomia

Tomando como critério de envelhecimento “com

qualidade” a autonomia, os idosos rurais apresentam uma

condição superior: são mais ativos, mais autónomos, as

principais transições de vida têm sido suaves, sem provocar

roturas assinaláveis. A autonomia é uma vertente central do

envelhecimento saudável e consiste em promover a

autonomia das pessoas idosas, o direito à sua

autodeterminação, mantendo a sua dignidade, integridade

e liberdade de escolha. Não basta que exista um menu de

respostas sociais, é fundamental que estas se adequem às

necessidades, mas igualmente aos recursos e

potencialidade de cada um. A propósito, não podemos

esquecer a importância do estímulo e do reconhecimento

do direito à participação.

Aprendizagem ao longo da vida

É um outro aspeto que muito contribui para se envelhecer

saudavelmente, porque contribui para que se conservem as

capacidades cognitivas. As funções mentais e cognitivas

têm uma enorme importância na autonomia da pessoa

idosa. Estas capacidades têm tendência a diminuir com a

idade, mas pode ser feita a prevenção desse

enfraquecimento com atividades de vários tipos, que

devem ser fomentadas.

Em especial, são promotoras das capacidades cognitivas, a

leitura, os treinos da memória, a aprendizagem de novos

conhecimentos, as atividades com as mãos, o convívio com

outras pessoas, de preferência de várias gerações. Falar em

projeto educativo nas respostas sociais para idosos terá de

passar a ser uma exigência.

Doutrina Social da Igreja

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro8

Participação no Mês do Idoso | SFUAP

DA IGREJAManter-se ativo

Mesmo após a reforma é uma das formas que mais

concorre para a manutenção da saúde da pessoa idosa nas

suas diversas componentes, física, psicológica e social. A

prevenção de doenças como as doenças cardiovasculares,

os acidentes vasculares cerebrais e as depressões passa

muito por aqui. Programas de caminhadas, de dança,

exercício físico, natação e teatro são exemplos do que já se

faz, mas que se pode fazer sempre mais e melhor.

Hábitos de vida e de alimentação saudável

Evitando o consumo excessivo de sal, de gorduras, açúcar e

aumentando a ingestão de frutas e vegetais; diminuir o

excesso de peso e cessar os hábitos tabágicos e os excessos

de bebidas alcoólicas. Nesta área, os idosos integrados em

respostas sociais já merecem um cuidado especial, pois as

IPSS manifestam uma atenção às suas dietas alimentares.

Ter objetivos

O envelhecimento saudável depende do equilíbrio entre o

declínio natural das diversas capacidades individuais,

mentais e físicas e a obtenção dos objetivos que se

desejam.

A satisfação pessoal está relacionada com a aptidão para

selecionar objetivos apropriados à realidade circundante e

à sua possibilidade de concretização.

A pessoa idosa precisa de fazer a adequação entre o que

deseja e o que, devido aos recursos individuais e coletivos

acessíveis e disponíveis, é possível alcançar e querer.

Todos podemos contribuir para que qualquer pessoa idosa

tenha objetivos de vida realistas e concretizáveis e desse

modo encontre a satisfação que irá ter uma influência

muito positiva na sua saúde.

Prevenção da solidão e do isolamento

A promoção do envelhecimento saudável tem como uma

das suas principais vertentes a prevenção do isolamento

social e da solidão das pessoas idosas. O isolamento

acompanha muitas vezes a tristeza e a depressão.

A qualidade de vida, o bem-estar, a manutenção das

qualidades mentais estão diretamente relacionadas com a

atividade social, o convívio, o sentir-se útil a familiares e/ou

à comunidade. Por isso as pessoas idosas devem participar

em atividades de grupo, de preferência intergeracionais,

atividades de aprendizagem e de conhecimento de novos

lugares. É também indispensável participar em grupos de

suporte, tecnicamente apoiados, para pessoas isoladas,

viúvas/os, pessoas idosas com deficiência.

Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos

problemas das pessoas idosas e para a promoção do

envelhecimento saudável.

Todas as estratégias que sejam possíveis de desenvolver e

que promovam o convívio e a sociabilidade são de grande

valia para as pessoas idosas, tendo um efeito na sua saúde,

qualidade de vida e bem-estar.

O trabalho voluntário pode ser um instrumento essencial

para a promoção da sociabilidade, porque desenvolve o

sentido de pertença a uma comunidade, o sentimento de

ajuda e de se sentir útil, com efeitos positivos na auto

estima e na saúde, em suma é uma excelente forma de

promover o envelhecimento saudável.

Pe. Lino Maia

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 9

Participação dos Idosos Residentes nas Atividades da Cultura Aberta

Serviços Médicos disponíveis diariamente

ARTIGOPor dentro o coração nunca envelhece

Tenho uma amiga com 96 anos que me faz rir e sorrir com as

histórias que me conta da sua vida passada e presente, que

me surpreende com o seu sentido de humor e a sua

presença de espírito, mas acima de tudo com a sua abertura

de coração a tudo e todos. Impressiona-me o facto de

morar sozinha e não ter muitas ajudas, pois já não tem

família absolutamente nenhuma, mas também me

impressiona a coragem com que enfrenta essa realidade.

Deram-lhe uma daquelas pulseiras que permitem que as

pessoas que vivem sós estejam ligadas a um centro de

emergência que as acode em caso de SOS, mas ela

pendurou a pulseira num prego atrás da porta da cozinha e

justificou-se, a rir:

- A mim, aquela pulseira dá-me nervos. Nunca me lembro

que estou velha, mas se a usasse bastava-me olhar para ela

para me lembrar que vou a caminho dos 100. Não quero!

Não quer e não usa. E eu sou testemunha disso.

Um dia perguntei-lhe se tinha medo de alguma coisa e ela

pensou um pouco e respondeu:

- Medo? De quê?

Quando percebeu que eu fiquei em silêncio disse, outra vez

a rir:

- Há dias vinha de táxi com o motorista que às vezes me vai

buscar para me levar ao médico, e ele disse-me que não me

preocupasse com o dia da minha morte: "Dona Maria de

Lourdes, a senhora pode não ter família nenhuma no seu

enterro, mas pode ter a certeza de que vai lá ter os taxistas

todos em peso!" Está a ver porque é que não tenho medo?

Nunca me sinto só!

Tentei dizer alguma coisa que fizesse sentido no momento,

mas estava tão tocada pela atitude da minha amiga, tão

diferente daquilo que é habitual, que não soube dizer nada.

Dei-lhe um abraço e ela percebeu o que eu estava a sentir e

o que lhe queria dizer.

Tenho outra amiga que tem 94 anos e anda pela rua

sozinha, sem bengala, mesmo com ataques de vertigens.

Perguntei-lhe porque é que não usa bengala e ela

respondeu, sem hesitar:

- Porque caio na mesma e da última vez que caí, na

plataforma do Metro, fiz cair várias pessoas comigo por

causa da bengala! Assim, se cair caio sozinha. Ou então

abraço-me a alguém que esteja perto e até já aconteceu

com um jovem a quem disse na brincadeira que não estava

a tentar seduzi-lo.

Íamos no Metro e alguém ao nosso lado disfarçou uma

gargalhada. Eu própria me ri com gosto só de imaginar a

cena da queda e a maneira desembaraçada como esta

minha amiga resolve as situações, até as mais delicadas.

Se conto aqui os diálogos com estas minhas duas amigas é

para sublinhar aquilo que sempre soube e tenho cada vez

mais a certeza: o nosso coração nunca envelhece. Falo da

nossa maneira de amar, daquilo que nos move e comove,

enfim falo da nossa idade interior. Se alguém nos

perguntasse de repente quantos anos sentimos que temos,

todos diríamos muito menos do que os que realmente

temos. E mais, alguns confessariam que nunca passaram

dos vinte e tal, quando muito dos trinta. Não conheço

ninguém cuja idade interior corresponde à idade biológica,

registada no seu Bilhete de Identidade. E quando digo

ninguém, é mesmo ninguém.

Isto não quer dizer que não possamos sentir-nos cansados,

abatidos e até mais 'velhos' em certos dias ou fases. Claro

que sentimos, mas acontece em todas as idades! Ou seja,

sentirmo-nos velhos ou mais quebrados depende da saúde

Artigo de Opinião

Não conheço ninguém cuja idade interior

corresponde à idade biológica, registada no

seu Bilhete de Identidade. E quando digo

ninguém, é mesmo ninguém.

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro10

9Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

ARTIGO DE OPINIÃOe dos cansaços, das nossas crises e perdas, mas eu falo do

coração. Falo daquilo que trazemos dentro de nós, da nossa

maneira de amar, das nossas necessidades de sermos

amados, valorizados, mimados e cuidados. É deste coração

que nunca envelhece que eu falo. Como não sou

cardiologista posso-me dar ao luxo de falar do coração sem

ter que olhar para o músculo, sem ter que medir a

frequência dos seus batimentos, sem ter que examinar o

seu estado de saúde. E posso garantir que por dentro o

nosso coração nunca envelhece. É mais ou menos como o

'berlinde' dos olhos, que pode guardar todo o seu brilho

intacto até ao fim.

O segredo desta eterna juventude da nossa maneira de

amar e de olhar está naquilo que cultivamos em nós e à

nossa volta, mas também está na maneira como cada um se

entrega aos outros. Como cada um percebe que está na sua

mão contribuir para o bem-estar dos que o rodeiam (sejam

familiares, amigos ou … colegas taxistas!), como cada um dá

o melhor de si aos outros e acrescenta alguma coisa

positiva, construtiva, na sua comunidade.

Contribuir para o colectivo é um imperativo individual que

nasce de uma consciência profunda de que o mundo só

melhora se cada um de nós fizer melhor. Se formos capazes

de fazer bem o Bem. Se não nos fecharmos, se não nos

blindarmos, se não nos protegermos demasiado e dermos

passos no sentido de nos aproximarmos mais de quem

anda só, de quem está frágil e mais vulnerável.

As minhas duas amigas mais velhas têm a sorte de cultivar o

sentido de humor e uma atitude de abertura, mas também

sofrem e também precisam de sentir que não estão sós.

Nesta lógica gostava de sublinhar que está ao nosso

alcance reforçar os laços entre gerações de forma a que

todos se sintam mais seguros e amparados. Se nos

lembrarmos que independentemente da idade biológica,

da condição física ou do estado de saúde afinal todos

temos corações de vinte anos, que amam, que sofrem e se

alegram como se tivessem vinte anos, fica muito mais fácil.

Infinitamente mais fácil de tecer laços entre gerações e de

nos aproximarmos uns dos outros, quero dizer.

Laurinda Alves

O segredo desta eterna juventude da nossa maneira de amar e de olhar

está naquilo que cultivamos em nós e à nossa volta,

mas também está na maneira como cada um se entrega aos outros.

CONSTRUIR

Casa de S. Paulo

Estão já em curso as obras de construção da nova casa de S.

Paulo, uma estrutura residencial com capacidade para 46

utentes, que vem dar resposta à necessidade de apoio à

pessoa idosa no nosso concelho.

O caminho feito...

O terreno foi adquirido dia 25 de Janeiro de 2013, após o

que se procedeu à demolição do edifício devoluto existente

no local. A primeira pedra foi lançada a 13 de Setembro e a

construção arrancou no passado dia 17 de Fevereiro.

Construir para os Outros

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro12

Como tudo começa...

Projeto

O projeto é da autoria do Arquiteto Eduardo Porfírio e

prevê a existência de 20 quartos duplos, seis quartos

individuais, um WC para banho assistido, salas de convívio,

sala de movimento, gabinete médico, sala de refeições, sala

de reuniões, gabinete de direção e terraços.

As inscrições estão abertas, a inauguração está prevista

para 25 de Janeiro do próximo ano e a obra está a cargo da

empresa KTL.

"Prestemos atenção uns aos outros, para nos

estimarmos ao amor e às boas obras’’

Carta de S. Paulo aos Hebreus

PARA OS OUTROS

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 13

CENTROEquipamento Centro Comunitário

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro14

Pela Coesão Social

No Portugal dos nossos dias, um dos contributos mais

importantes para induzir a coesão social foi,

decididamente, a materialização dos projetos que a

Intervenção Operacional INTEGRAR(1994-1999) promoveu

em parceria com as entidades promotoras e executoras,

reforçando a rede de Equipamentos Sociais e valorizando a

formação profissional, num sentido de apelo à dignidade,

com o envolvimento de todos os participantes, sobretudo

os mais vulneráveis e carenciados.

O início...

O projeto Centro Comunitário surgiu no âmbito da medida

5, (linha de ação 1- Projetos de desenvolvimento social e

linha de ação 3- integração de grupos desfavorecidos),

visou a elaboração do projeto técnico, construção de raiz

das instalações do Centro Comunitário e aquisição de

equipamento necessário ao funcionamento das atividades

desenvolvidas. Tratou-se de um projeto com grande

impacto, uma vez que se destinava a uma população

residente numa zona charneira das freguesias mais

populosas do concelho de Almada, Cova da Piedade,

Laranjeiro e Feijó, com núcleos de famílias a viver em

situação de exclusão e sem estruturas de apoio no âmbito

do desenvolvimento social. As atividades criadas, na altura

eram apelidadas de valências – Centro de Atividades de

Tempos Livres, Centro de Acolhimento Temporário, Creche

e Centro de formação/Reinserção familiar.

Previu-se uma utilização de 226 utentes mais atendimento

à Comunidade, com criação de 21 postos de trabalho.

Jornal da Região | 1998

Maquete de Projeto do Centro Comunitário

COMUNITÁRIO

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 15

Um testemunho de pais adotivos

“Durante os longos anos de espera pela chegada do

nosso filho, num processo de adoção, passam-nos pela

cabeça mil e uma preocupações… não só no que toca ao

nosso filho que ainda nem conhecemos, mas também

em relação a tudo o que o rodeia. E este especto, não se

centra somente nos seus antecedentes familiares, mas

sobretudo onde ele residiu e foi criado até nos ser

entregue.

Foi uma agradável surpresa o que encontrámos. A

começar pela enorme simpatia de profissionais jovens e

competentes, sempre com um sorriso e com total

disponibilidade para nos tirarem todas as dúvidas que

tínhamos. Dispostos a explicar cada detalhe da vida da

criança enquanto ali viveu. Que nos fornecem

fotografias e vídeos para que, mesmo sem termos

presenciado, possamos partilhar os momentos

importantes, como os primeiros passos, as primeiras

palavras... A quem dá mesmo vontade de voltar a visitar;

de manter ao corrente da nova vida da criança. Pessoas

que sentimos, quando falamos com elas, o amor e

dedicação que destinam a cada uma das crianças que

vivem na instituição.

As instalações também surpreenderam pela positiva:

limpas, arrumadas, com diversos brinquedos e áreas de

estimulação para cada idade, uma cozinha organizada,

comida adequada e bem cheirosa, enfim, um enorme

empenho em proporcionar a menor experiência

institucionalizada possível às crianças.

E já que existe a necessidade de centros de acolhimento

temporário, então que se proporcionem todos os meios

necessários, para que continuem a trabalhar tão bem

como este centro e, se possível, sempre a melhorar.”

Francisco e Sofia

A primeira resposta social em

atividade surge em Maio de

1998 com o CAT (Centro de

Acolhimento Temporário) -

“Regaço Materno” acolhendo

13 crianças com situações de

risco dos 0 aos 12 anos.

No dia 1 de Junho de 1998

deu-se a inauguração oficial

do Centro Comunitário com a

presença do Pr imeiro-

ministro Engenheiro António

Guterres e Ministro do

Trabalho e Solidariedade,

Eduardo Ferro Rodrigues.

Com o crescente aumento demográfico e urbanização da zona

circundante ao Centro Comunitário, foi premente reorganizar

os espaços para dar resposta às necessidades da população,

dando lugar a creche (1998),Catl 1º ciclo (1999), jardim de

infância (2000/2003), Catl 2º ciclo (2007/2008).

Crianças no Regaço Materno | 1998

3 de Junho de 1998 | Jornada ‘’A criança em risco’’

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro16

CENTRO

As nossas crianças...Março 2014

Regaço Materno | 1998/1999

Troca de Afetos

Primeiro grupo de crianças a viver no Regaço Materno Ontem crianças, hoje adultos

Maio 1998

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 15

COMUNITÁRIO

A nossa equipa... Março 2014

Centro Catequético

Está a funcionar desde Dezembro de 2013.

Objetivo: Ação Evangelizadora da Igreja.

C.A.T.L. 1ºCiclo

Projetos de vida

Ao longo destes 16 anos de vida, já passaram por nós 187

crianças acolhidas no Regaço Materno, seguindo percursos

de vida diferentes, regresso às famílias biológicas,

alargadas, adoções ou institucionalizações em lares de

infância e juventude.

Na sua maioria, perdemos o seu rasto… outras já

adolescentes e com projetos de vida estabelecidos,

procuram-nos para visitar a sua outrora “casa” e recordar os

tempos nela vivenciados.

Hoje, temos um grupo de 13 crianças acolhidas com idades

compreendidas entre os 4 meses e os 7 anos, nove meninas

e quatro meninos.

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 17

Sala de Atividades

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro18

CENTROO Centro Comunitário presta outros serviços, tais como:

Serviço de Bar

Aberto durante a semana das 12h30 às 14h30, para os

colaboradores e comunidade envolvente.

Armazém da Instituição

O armazém da nossa instituição tem a tarefa árdua de

abastecer todos os equipamentos do CSPPRG e ainda a

entrega de alimentos a famílias carenciadas (Banco

Alimentar).

Equipa do Armazém

19Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Eu sou o Verdocas

Queres ajudar-me?

Vamos, então, partir à aventura!

um super herói, amigo do ambiente. Cheguei ao

Renascer no ano de 2012 e vim para

ensinar os meninos a cuidar do ambiente,

poupando água, luz e fazendo a separação e

reciclagem do lixo.

A minha missão é reciclar e cuidar da

natureza para que ela não seja destruída.

Podes aprender com as minhas aventuras e

tornares-te, também, um guardião do ambiente.

(Sigam as minhas aventuras nas próximas revistas)

Olá

Equipamento do Bairro

A vida na sala de Jardim de Infância

Para o educador: um desafio constante! Uma oportunidade

gratificante! Para as crianças: um tempo de múltiplas

aprendizagens. Uma oportunidade gratificante!

Na nossa prática pedagógica privilegiamos a

aprendizagem ativa, onde a criança é o ser central, a

principal construtora do processo de ensino.

No JI o educador é o elemento facilitador, que apoia e

orienta a criança nas suas decisões, que dá sentido às suas

opções, que prepara um ambiente organizado,

diversificado e promotor de vivências que potenciam

aprendizagens significativas, tendo por base os grandes

pilares da educação: aprender a ser, aprender a conhecer,

aprender a fazer e aprender a viver.

“Educativa é aquela aprendizagem que implica o indivíduo

na ação de tal forma que esta última é desejada e amada e

conduz à criação, ou seja à integração, do eu no mundo e à

transformação recíproca do mundo pelo eu e do eu pelo

mundo.” (Mª Amália Borges de Medeiros)

Nesta rubrica, partilhamos com os nossos leitores, excertos

de opinião que testemunham a visão dos diferentes

interventores acerca da vida na sala do Jardim de Infância,

no processo de ensino aprendizagem. (Maria do Castelo)

Pelas crianças

“É giro vir para a “escola”, porque é divertido e tem aquele

parque…

Gosto de brincar com os jogos, brincar com os carrinhos…

Aprendemos tudo, a fazer desenhos, aprendemos a fazer

pinturas, aprendemos o arco-íris e as cores do arco-íris.”

(Carolina, 5 anos)

“Gosto de brincar com os meus amigos;

Às vezes os meus amigos montam puzzles comigo.

Aprendemos coisas giras, aprendi a fazer o nome aos

quadradinhos!” (Matias, 5 anos)

“Eu brinco, e tenho muitos amigos que brincam comigo.

Fazemos jogos e trabalhos e temos de ter cuidado com as

tesouras para não cortar os dedos.” (Ema, 3 anos)

Pelos pais

A alegria de chegar ao Jardim de Infância é o melhor

indicador dos bons momentos passados com os amigos,

educadores e todos os intervenientes. O convívio, as

brincadeiras, as atividades fazem cada criança feliz e

contribuem em muito para o seu devido desenvolvimento.

(Ana, mãe do João)

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Atividade desenvolvida pelos ....

20

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Pelas ajudantes de ação educativa

É divertido, positivo e transmitimos muitos valores às

crianças! Gosto daquilo que faço e aprendo muita coisa com

as crianças. (Cristina Mariano)

É enriquecedor! Podemos “ser crianças”, com as crianças,

quando tentamos perceber o que elas nos querem transmitir.

Nós, como adultos e profissionais devemos exercer com gosto

a nossa função para tornar os nossos dias e os das crianças

enriquecedores. (Elisabete Silva)

Para mim o mais importante na sala de JI é a criança crescer

harmoniosamente. Nós ajudamos as crianças a criarem a

sua autonomia e responsabilidade. Ajudamos as crianças na

realização de atividades, tarefas, higiene e na alimentação.

Valorizo sobretudo os momentos de brincadeira e de

miminhos. (Ilda Silva)

Pelos educadores

Acredito que o jardim-de-infância é um espaço privilegiado

no qual se proporciona às crianças um vasto leque de

experiências que contribuem para o seu desenvolvimento

global.

Como educadora valorizo as interações entre criança-

criança e entre criança-adulto, acredito que é nas interações

que estabelecemos, que aprendemos novos conhecimentos,

transmitimos valores, aprendemos a respeitarmo-nos, a

ouvir a opinião do outro, a gerir emoções e sentimentos.

Desta forma aprendemos a ser cidadãos com direitos e

deveres. (Vera Parreira)

A vida no JI é muito rica e permite às crianças

experimentarem, representarem e brincarem muito, de

forma estruturada ou livre, através de variados materiais e

equipamentos.

Enquanto educadora, defendo a aprendizagem ativa, em que

as crianças aprendem a partir dos seus interesses e

conhecimentos, de forma a solidificarem noções e conceitos,

dando-lhes motivação e curiosidade para quererem

descobrir mais. Cada criança é um ser único e por isso, a

individualidade e o ritmo de cada criança devem ver

respeitados e tidos em conta, na realização de atividades e no

seu dia-a-dia.

No JI, vivemos em comunidade: é o primeiro contato com a

vida em grupo, onde as crianças aprendem noções de

partilha, respeito, entreajuda e reconhecem o valor e a força

do trabalho em equipa – em conjunto

conseguimos fazer mais e melhor.

Aqui, adultos e crianças somos felizes e aprendemos também

a importância do carinho e de sermos amigos!

(Catarina Sabino)

21

Equipamento Renascer

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro22

Creche e Jardim de Infância

Partilha de vivências

Na creche

“Interações positivas, cuidados de rotina, atividades livres e

brincar, estando o adulto sempre disponível, são as grandes

estratégias do desenvolvimento curricular, sem esquecer a

importância do estabelecimento de relações colaborativas,

“alianças” com as famílias, dimensões determinantes da

qualidade dos serviços de creche.”

(Finalidades e práticas educativas em creche – das

relações, atividades e organização dos espaços ao currículo

na creche; Gabriela Portugal, pág.8)

No Jardim de Infância

“ (…) a educação pré-escolar deverá familiarizar a criança

com um contexto culturalmente rico e estimulante que

desperte a curiosidade e o desejo de aprender.

É o conjunto de experiências com sentido e ligação entre si

que dá coerência e consistência ao desenrolar do processo

educativo.

A intencionalidade do educador é o suporte desse processo.

(…)”

(OCEPE, Ministério da Educação, pág.93)

Ao longo do dia, nas diversas atividades, as crianças têm

oportunidade de se organizar em grandes ou pequenos

grupos, a pares ou individualmente podendo planear o seu

dia, desenvolvendo o espírito crítico e autonomia. Cabe ao

educador proporcionar as ferramentas necessárias ao

desenvolvimento saudável da criança, criando

oportunidades de aprendizagem.

Sala dos Passarinhos

Hoje foi dia de explorar os brinquedos no tapete da sala

onde puderam experimentar e brincar, descobrindo o

mundo à sua volta.

Sala dos Caracóis

As crianças ouvem. Porque os braços do adulto estão

cheios de amor e de segurança, porque as palavras são

cheias de conteúdo e fazem reviver um mundo recém-

descoberto.

Sala dos Coelhinhos

Espontaneamente já conseguimos fazer o comboio…

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 23

Sala das Raposas

As histórias são momentos potenciadores de reflexão em

grupo e de desenvolvimento da interioridade

Sala dos Ouriços

O trabalho em equipa é um dos momentos mais exigentes

mas mais divertidos na nossa sala.

Espaço Lúdico Pedagógico

Mestres Mochos

‘’Na atividade lúdica não importa somente o resultado,

mas a ação, o movimento vivenciado.’’

Simone Helen Drumond

AGIR

A fazer o futuro|E5G

No projeto Agir a Fazer o Futuro – E5G tentamos todos os

dias envolver a comunidade no trabalho que

desenvolvemos, reforçando o espírito comunitário e o

sentimento de pertença.

Começámos o ano de 2014 da melhor maneira e no dia de

Ano Novo fomos assistir ao espetáculo Dralion do Cirque

du Soleil. Apesar do frio que se fazia sentir e da longa

viagem até ao Meo Arena, todas as crianças e jovens

adoraram a experiência.

Quinzenalmente realizamos a Tertúlia de Pais, um encontro

em que a conversa acontece acompanhada por um chá e

biscoitos. No passado dia 5 de fevereiro contámos com a

presença de um elemento muito especial: o senhor

presidente da União das Freguesias de Laranjeiro e Feijó, o

Dr. Luís Palma. A conversa decorreu animada e os

participantes partilharam desejos e preocupações

relativamente ao bairro e ao futuro dos seus moradores.

Em fevereiro celebrámos o dia Internacional do Amor com

várias iniciativas. Uma destas atividades foi a criação da

Árvore dos Afetos que representa uma maceira na qual os

jovens deixaram mensagens de amizade, quer para os seus

amigos, quer para a equipa do Agir. Este trabalho estará

exposto para exposição Concelhia das “Maçãs dos Afetos”,

que terá lugar no dia 27 de maio, na Academia Almadense,

no decorrer no IV Fórum dos Embaixadores da Saúde.

Foi também criado um mural onde as crianças e jovens

escreveram frases relativas aos afetos e amizade e o bairro

foi decorado com corações feitos com materiais reciclados,

de forma a sensibilizar a comunidade para a amizade e a

união.

Ao fim do dia realizamos um lanche partilhado que contou

com a participação de várias crianças e jovens.

ENTREVISTA

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro24

‘Despertar da Fé’

Um caminho de excelência

O ‘Despertar da Fé’ é uma realidade que tem vindo, cada

vez mais, a afirmar-se nas creches e jardins infantis dos

Centros Sociais e Paroquiais. Nascido em Lisboa, este

projeto chegou a Setúbal em 2009 mas só há três anos foi

assumido pelo Secretariado Diocesano da Catequese da

Infância e da Adolescência (SDCIA), dirigido pelo Padre Rui

Gouveia. É ele e a sua equipa que nos contam como está a

correr, na diocese, a implementação deste despertar para

uma vida espiritual que leva a Jesus, nas crianças até aos

seis anos de idade.

Perceber a importância de um projeto como o ‘Despertar

da Fé’ implica, por um lado, compreender que os Centros

Sociais e Paroquiais são expressão da caridade das

Paróquias e, portanto, têm estatutos que vão de acordo

com a fé da Igreja. Por outro lado, é necessário entender

que o projeto educativo dos jardim-de-infância é fazer com

que as crianças desenvolvam as capacidades que têm, quer

sejam elas motoras, intelectuais, de concentração, de

escuta e de observação.

’’Tendo em conta estas capacidades naturais – explica o

Padre Rui Gouveia – nós entendemos, segundo a nossa

Teologia, que todo o homem e toda a mulher têm

necessidade de Deus. Todos nós temos um sentido religioso.

Assim, da mesma forma que existem atividades para

desenvolver todas as outras capacidades humanas, existe

esta atividade para desenvolver o natural sentido religioso.

Dentro dos estatutos de um Centro Paroquial, que olha para

a humanidade nesta perspetiva, não faz sentido não

desenvolver esta capacidade que a criança tem. Por isso, num

programa educativo que a Igreja oferece e que deve ser

integral, faz sentido o 'Despertar da Fé’ ’’.

Formar os funcionários na cultura cristã

Como projeto diocesano, o ‘Despertar da Fé’ não nasceu

em Setúbal por iniciativa de um secretariado diocesano,

mas antes como fruto da experiência que diversas

paróquias foram fazendo no processo pedagógico das

crianças entre os zero e os seis anos de idade. Diz-nos o

diretor do SDCIA que Centros Sociais e Paroquiais como o

da Cova da Piedade ou do Montijo são alguns exemplos de

instituições onde já existia a preocupação de introduzir

elementos de conteúdo religioso no caminho de formação

das crianças.

’’O Montijo, por exemplo – afirma – é uma das Paróquias em

que o 'Despertar da Fé' está muito bem entranhado em toda

a estrutura do Centro Paroquial. É uma experiência que ali

começou há quase dez anos. Os coordenadores pedagógicos

são preparados e existe uma formação de cultura cristã em

toda a casa porque todos os funcionários têm que estar

preparados para isto. Não estamos a impingir a nossa fé, mas

numa instituição com cariz católico, é fundamental que os

funcionários entendam os valores e o que está por detrás da

forma de funcionamento da casa’’.

Uma abertura ao religioso para chegar a Jesus

Existem, portanto, duas formas que as instituições adotam

para colocar em prática o ‘Despertar da Fé’. Uma mais

sistemática em que, esclarece o diretor do Secretariado da

Catequese, se parte do plano pedagógico para traçar

estratégias onde o 'Despertar da Fé' aparece naturalmente,

escolhendo-se um tema na paróquia que depois se

repercute em todo o Centro Paroquial. A outra forma,

menos sistemática, encara o 'Despertar da Fé' apenas como

uma atividade que surge, entre outras, como um

acrescento.

’’Quer seja de uma forma sistemática ou de uma forma

menos sistemática, o importante é abrir o coração da criança

ao transcendente – indica o sacerdote – Não é transmitir-lhes

conteúdo que elas acabam, naturalmente, por absorver mas

é dar-lhes esta sensibilidade para as coisas do religioso. E

depois, quem está aberto ao religioso chega a Nosso Senhor’’.

É por isso que as instituições, com a ajuda do pároco,

devem desenvolver um sistema educativo a partir do

Evangelho, afirma o Padre Rui Gouveia: ’’Nós temos uma

forma de estar e entender a realidade que deve ser

texto: Anabela Sousa

Entrevista

Pe. Rui Gouveia

ENTREVISTA

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 25

trespassada pelo Evangelho e, por isso, todo o sistema

educativo desenvolvido a partir do Evangelho tem que

necessariamente, ser de excelência. Quando assim não é,

significa que algo não está a funcionar bem. Jesus não nos

tira nada, antes nos mostra como é a perfeição da nossa

humanidade. Um sistema educativo iluminado a partir do

Evangelho eleva a nossa humanidade até à excelência. E o

'Despertar da Fé' é para mim um caminho de excelência’’.

Perceber as necessidades dos Centros Paroquiais

Depois de um primeiro ano em que era a equipa do

‘Despertar da Fé’ de Lisboa que se deslocava a Setúbal para

as formações dos educadores, o Padre Rui Gouveia

constituiu uma pequena equipa diocesana para assegurar

estes momentos formativos. Maria João Maceira,

Educadora de Infância e Coordenadora Pedagógica no

Centro Paroquial do Montijo, Maria da Conceição Almeida,

Secretária da Direção do Centro Social Paroquial de Vale

Figueira e a Irmã Maria João Alves, Psicóloga, são quem

colabora com o diretor do SDCIA neste projeto.

’’A formação que asseguramos é uma formação contínua,

que normalmente incide sobre os tempos litúrgicos, e não de

iniciação. É uma formação permanente de quem à partida já

recebeu alguma coisa e que precisa de alimentar. Uma das

coisas que temos vindo a perceber é que faz falta estruturar

uma formação de iniciação ao 'Despertar da Fé'. Também

estamos a crescer como equipa e a perceber quais são as

necessidades dos Centros Paroquiais’’, considera o Padre Rui.

Propostas concretas de ‘Despertar’

Estas formações do ‘Despertar da Fé’ têm como objetivo,

além de ajudar à formação dos educadores, fornecer-lhes

propostas concretas que, no dia-a-dia das instituições

possam ser aplicadas de forma prática. O «bom dia ao

Jesus» ou o «agradecimento pela refeição», são alguns dos

momentos que Maria João Maceira diz serem vividos no

Centro Paroquial do Montijo.

Também Maria da Conceição Almeida nos dá alguns

exemplos da forma como traduzem o ‘Despertar da Fé’ no

Centro Social Paroquial de Vale Figueira, utilizando o canto,

o conto, o teatro, o cinema as novas tecnologias e outros

materiais variados: ’’Vivenciámos a vinda do Papa Bento XVI

a Portugal, as aparições de Fátima, vamos à igreja,

preparamos e fazemos adoração ao Santíssimo Sacramento,

estudamos a vida dos santos, ensaiamos e cantamos cânticos

a Jesus e a Nossa Senhora ao longo de todo o ano. Para além

disso, o nosso pároco Padre António Morais, vai

semanalmente à instituição e evangeliza toda a

comunidade, crianças e funcionários, num encontro no nosso

átrio’’.

Frutos positivos para todos

Uma preocupação com o ‘despertar’ das crianças traz, de

acordo com a Irmã Maria João Alves, frutos muito positivos

nas crianças: ’’Falam com mais naturalidade da pessoa de

Jesus e recordam-se de cantigas ou episódios ‘contados’ nas

suas vivências quotidianas. É encorajante perceber que estes

tempos de ‘Despertar da Fé’ promovem a integração da fé na

vida do dia-a-dia. Por arrastamento, também familiares das

crianças são ‘tingidos’ por esta bênção’’.

Também nas funcionárias dos Centros Paroquiais a Irmã

Maria João identifica bons resultados com o ‘Despertar da

Fé’. ’’Sentem-se mais aptas, elas mesmas, a responderem às

questões das crianças nos conteúdos da fé. Percebe-se um

cair de preconceitos relacionados com a partilha e perguntas

acerca de assuntos religiosos. Para muitas, é um reencontro

com o seu coração de criança, adormecido algures no seu

íntimo, e que torna a palpitar naturalmente por Jesus’’,

sublinha.

E Maria João Maceira corrobora esta opinião da Irmã Maria

João Alves: ’’Na equipa escolar, há agora um maior

entendimento sobre qual a verdadeira natureza da casa,

qual a sua identidade. Os colaboradores sentem-se mais

envolvidos, porque identificam-se com as propostas de

atividades em que toda a equipa participa, especialmente

em momentos como o Advento ou a Quaresma, assim como,

na Festa da Páscoa. Há uma maior compreensão, por parte

dos colaboradores, sobre o que é a missão da instituição e

sobre os valores que a norteiam e a distinguem das demais.

Em síntese, eu diria que o 'Despertar da Fé' desperta e acorda,

faz nascer, renascer ou germinar, crianças e adultos’’. Caminhada Quaresmal 2014 | Equipamento do Bairro

ROMEIRAO Jardim Infantil da Romeira tem duas respostas sociais:

Creche e Jardim de Infância, cada uma delas com três salas.

Cada sala organiza o espaço educativo tendo em conta as

necessidades dos respectivos grupos, assim como a sua

faixa etária.

Neste ano lectivo demos continuidade ao Projecto

Curricular de Equipamento “ Eu, tu, nós e o Mundo”, e a

temática que estamos a abordar é “ A Arte na Infância”.

No mês de setembro, em cada sala, é realizada uma

observação onde são identificadas as necessidades

sentidas assim como alguns pontos fortes. A partir destas,

são estruturados e construídos os Projectos Pedagógicos e

Curriculares de Sala, que estão interligados com o Projecto

Curricular de Equipamento e visam desenvolver

competências ao longo do ano lectivo.

Sala dos Patinhos (a partir dos 9 meses)

Sala dos Coelhinhos ( dos 18 aos 24 meses)

Projeto A Arte de Crescer’’

O Projeto das duas salas denomina-se “A Arte de Crescer”.

Este procura dar resposta às necessidades individuais da

criança, tendo em conta os seus interesses e as

especificidades da faixa etária dos grupos.

Assim sendo, os Projectos Pedagógicos das salas

encontram-se direcionados para a exploração que cada

criança fará de si, do outro e do mundo que a rodeia.

Resposta social: Creche

’’

Sala dos Ursinhos (dos 24 aos 36 meses)

Projeto Crescer... de mãos dadas com a Música’’

O Projecto Pedagógico de sala “ Crescer… de mãos dadas

com a Música” dá especial prioridade à área da expressão e

comunicação – domínio da expressão musical. A linguagem

musical, além de essencial para o desenvolvimento da

expressão, do equilíbrio, da auto-estima, e do

conhecimento, contribui para o desenvolvimento da

memória, da concentração, da coordenação motora e, por

fim abre espaço para uma diversidade de oportunidades

que contribuem para o pleno e harmonioso

desenvolvimento da criança.

’’

Equipamento da Romeira

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro26

‘’O projecto do educador é um projecto

educativo/pedagógico que diz respeito ao grupo e

contempla as opções e intenções educativas do

educador e as formas como prevê orientar as

oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem

de um grupo. Este projecto adapta-se às

características de cada grupo, enquadra as

iniciativas das crianças, os seus projectos

individuais, de pequeno grupo ou de todo o grupo.‘’

(Ministério da Educação, 1997: p.44)

Sala dos Coelhinhos

Sala dos UrsinhosSala dos Patinhos

ROMEIRA

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 27

Resposta social: Jardim de Infância

Sala das Gotinhas (dos 3 aos 5 anos)

Projeto Aprender a crescer com a Arte’’

Este ano lectivo o Projeto Curricular de sala “ Aprender a

crescer com a Arte “ está centrado no domínio da expressão

plástica. Este grupo de crianças apresenta um grande

interesse no que diz respeito à exploração de novas

técnicas e experiências. O projecto visa realçar a

importância da Arte no jardim-de-infância, assim como o

seu contributo no desenvolvimento global da criança e

aquisição de competências. Neste sentido, definiram-se

objectivos que procuram ser resposta às necessidades

identificadas.

Sala dos Peixinhos

Projeto O Mundo e a Arte’’

Ao longo deste ano lectivo a proposta é trabalhar a Arte. O

projecto Curricular de sala intitula-se ́ O Mundo e a Arte´- a

Arte como dimensão que espelha a nossa cultura e a nossa

identidade conjunta. Pretende-se a abordagem a diversos

temas de trabalho através de diferentes obras de arte,

interligando alguns artistas com variados temas abordados

no Jardim de Infância.

Mais do que saber /despertar a curiosidade da criança,

pretende-se que esta seja capaz de dar a sua opinião acerca

daquilo que está a observar.

Sala das Estrelinhas (dos 3 aos 5 anos )

Projeto A criança e a Arte’’

O tema do Projecto deste ano é “ A criança e a Arte “ pois as

crianças nesta faixa etária estão numa fase de exploração e

descobertas, e é através do contacto com as várias

vertentes da arte (plástica, musical, dramática…) que se

contribui para um desenvolvimento global da sua

personalidade, ajudando-a a tornar-se num adulto

completo e sensível.

’’

’’

’’

“ Arte significa ter mais linguagens e mais

linguagens significam diferentes formas de ver e

representar o Mundo.”

(Autor Desconhecido)

Sala das Gotinhas

Sala dos Peixinhos

Sala das Estrelinhas

RAMALHA

No seu quarto ano de funcionamento a Creche e Jardim de

Infância da Ramalha inicia um novo Projeto Curricular de

Equipamento que traz consigo muita magia, sonhos,

encantos e sabedoria: as HISTÓRIAS! Tudo cresceu a partir

de conversas com as nossas crianças, que cada vez

conhecem menos as histórias tradicionais tal como nós,

atuais adultos, as conhecemos!

Quando abrimos um livro, com ele podemos viajar para

mundos de aventuras sem fim… Rimos, choramos,

sonhamos com todas as personagens que nos são

apresentadas. E, crescemos… a nível de valores e

desenvolvimento pessoal mesmo quando as histórias nos

parecem violentas ou cruéis; mas, são elas um dos primeiros

moldes da construção da nossa personalidade.

A importância das histórias na vida e no nosso

“Projeto de Equipamento”

“(…) é indispensável que a criança oiça contar e ler histórias

desde cedo pois, para além de toda a compreensão, quer do

vocabulário, quer de sequência e de tudo o que pode ser

transmitido, está a relação, a partilha de calor e de afeto, que

dois seres que vivem juntos realizam numa situação”

(Silva, 1991)

Equipamento da Ramalha

“Desde os tempos mais remotos o ato de contar

histórias já fazia parte da vida das pessoas (…)

criava-se um ritual em que a história envolvia os

ouvintes que se deliciavam com a sonoridade das

rimas, com o suspense e com o clima de curiosidade

que o conto criava.”

(Magdaleno, 1997)

Atividades nas nossas salas...

“Cancioneiro Infantil” .O meu Primeiro Diário “Maleta dos Sonhos”

A sala Arco Iris (2 Anos) vai O nosso berçário (Sala A sala Sol (JI) iniciou uma

desenvolver, ao longo do Sonhos) está a construir a “viagem” de casa em casa,

ano letivo, uma partilha de mais íntima das histórias… onde as famílias iniciaram

canções “de e com as A história de vida dos e deram continuidade a

famílias”. Como principal nossos bebés, nas quais uma história, com recurso

o b j e t i v o p ro c u r a - s e família e equipa, em à palavra, materiais ou

fomentar a relação escola- articulação, vão relatando objetos diversif icado,

família e possibilitar que e descrevendo o percurso a s s o c i a n d o a i n d a à

em casa possa haver uma e aventuras que as crianças narrativa um objeto que a

continuidade do trabalho vão vivendo, para mais caraterize e que possa

escolar, com os pais a tarde recordar. acompanhar a maleta.

c a n t a r a s c a n ç õ e s

preferidas dos filhos na

Creche

Capa do Projeto Curricular de Equipamento | Cristina Moreira

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro28

RAMALHATeor icamente o “Era uma vez…” potencia o

desenvolvimento de competências narrativas, da

linguagem, expressão de sentimentos e a relação adulto-

criança.

No nosso projecto considerámos como principal objetivo

“Potenciar o conhecimento das histórias infantis no

desenvolvimento da criança”, ou mais especificamente:

1. Promover e valorizar o contato com histórias infantis;

2. Desenvolver a identidade moral, inteletual e cultural;

3. Apelar ao maravilhoso, à fantasia e ao imaginário.

Projeto Curricular de Equipamento (PCE)

Ao longo do ano serão dinamizadas várias iniciativas que

visam a concretização dos objetivos propostos, sejam de

caráter coletivo, de sala ou com a comunidade e família.

“Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar

uma história. Dessas onde não faltem animais ou Deuses e

muita fantasia. Porque é assim suave e docemente que se

desperta a consciência” (Jean de la Fontaine, Séc. XVII)

Acreditamos que todos somos potenciais contadores de

histórias, quer estas sejam episódios que experimentámos,

narrativas lidas de um livro ou produto da nossa

imaginação. Uma mesma história lida por duas pessoas

adquire um sabor diferente consoante a expressividade, a

entoação ou as emoções que lhe são impostas.

Por isto propomos que após a leitura deste artigo/revista,

abram um livro e explorem as suas potencialidades à vossa

maneira, sempre rodeados daqueles que vos são mais

queridos e das suas emoções!

Em forma de desafio…

Atividades Coletivas...

Apresentação do PCE

“Histórias à solta”

Dia da Infância/Mês do Idoso

Partilha de lengalengas

Reunião de Pais “Todos somos contadores de histórias…»

Tratou-se da primeira grande atividade, com a

apresentação do projeto às famílias através da

dramatização do conto “Baralhando Histórias” (de

Gianni Rodari) pela equipa pedagógica.

Partilha de contos tradicionais na qual cada sala

seleciona uma história e transmite o seu encanto por

todo o Equipamento, explorando o seu potencial nas

várias áreas de desenvolvimento/conteúdo.

Promoção do encontro de gerações com a

dramatização da história “Cadeirão das Estações” para

os séniores da nossa Instituição.

De forma a promover o convívio entre todas as

Respostas Sociais do Equipamento, trimestralmente é

realizado pelas crianças um momento coletivo com a

apresentação de canções, lengalengas ou destrava-

linguas.

Na segunda Reunião de Pais e Encarregados de

Educação convidámos a Mestre Manuela Matos para

nos sensibilizar sobre a importância dos livros na

formação pessoal, social e inteletual das crianças e de

que forma a família o pode realizar.

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 29

Sala Arco-Íris (2 anos)

DOCUMENTAAo serviço de tesouros escondidos …

O Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

consciente da urgência em preservar o património

histórico, sociocultural e religioso, que ainda existe nas

Paróquias da Diocese e mais especificamente no Concelho

de Almada, aceita o desafio e cria um novo serviço cultural e

cívico - o Centro de Documentação de Instituições

Religiosas e da Família (inaugurado a 4 de Novembro de

2012). Este tem como missão salvaguardar e conservar o

património dos arquivos paroquiais, através da

organização, descrição arquivística, preservação digital e

difusão documental; essencial para o aprofundamento da

identidade da comunidade eclesiástica e local.

Onde nos encontramos

As instalações ficam situadas na Casa Senhorial da Quinta

de S. João da Ramalha, anexa à Capela de S. João da

Ramalha. Este espaço está equipado com um auditório e

diversas salas de digitalização e tratamento arquivístico,

higienização e conservação preventiva, exposições,

reuniões e de utilizadores.

Os nossos serviços

O Centro de Documentação conta com os seguintes

serviços: apoio técnico especializado na consulta presencial

dos utilizadores, com o acesso à documentação organizada

em suporte digital; serviço de digitalização de documentos;

serviço de reprodução (fotocópias, impressões); serviço de

Centro de Documentação

apoio técnico e pesquisa (área de investigação e

genealogia); serviço de preservação e conservação

preventiva de documentos; e disponibilização de auditório.

A equipa do Centro de Documentação centra-se num

trabalho arquivístico dos acervos documentais produzidos

pelas Paróquias, no âmbito do exercício das suas atividades,

ao longo de séculos.

Trabalho arquivístico

O trabalho é desenvolvido a partir do momento em que é

realizada a transferência temporária da documentação das

entidades produtoras/ paróquias. Após uma análise prévia

das condições em que se encontram os documentos

(muitos necessitam de um período de secagem, mediante

o seu estado de humidade), segue-se o processo de

higienização.

Processo de higienização

Este consiste na limpeza, folha a folha, com uma trincha de

pelo macio e na eliminação de materiais corrosivos, ácidos

e de poeiras dos documentos. Após este demorado

processo, procede-se à conservação preventiva que integra

intervenções ao nível da hidratação e proteção das capas

de couro e pergaminhos; na colagem de capas e folhas

rasgadas; na preservação e consolidação das folhas; e

outras pequenas intervenções com materiais específicos,

atendendo à necessidade de cada documento.

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro30

Centro de Documentação de Instituições Religiosas e da Família

DOCUMENTAÇÃOTratamento arquivístico

Posteriormente, realiza-se a organização física e intelectual

através da elaboração do recenseamento do espólio

documental; da identificação, ordenação e delimitação das

séries documentais com base na Norma Internacional para

a Descrição Arquivística - ISAD (G) e nas Orientações para a

Descrição Arquivística (ODA I); e da realização do quadro de

classificação, organizando os documentos pelos respetivos

fundos.

Este trabalho é fundamental para se proceder à descrição

arquivística propriamente dita de cada documento.

Inicia-se o processo de informatização de dados no

software X-arq, assente numa base de dados arquivística

multinível, feita do geral para o particular, começando a

descrever o fundo, a secção, a série e o documento simples

ou composto. Regista-se assim, a história administrativa da

entidade produtora, a designação do documento, o seu

código de referência, a sua data de produção, o suporte e o

seu conteúdo, entre outras caraterísticas.

Digitalização da documentação

Todos estes documentos são digitalizados a cores e com

resolução de 300 dpi, de modo a garantir um elevado índice

de qualidade, obtido através de um scanner planetário. A

representação digital é anexada a cada registo no software,

para que os utilizadores possam aceder ao seu conteúdo

como se estivessem a visualizar o documento real,

preservando assim o original, que é devolvido às paróquias.

Divulgação à comunidade

Consciente que é necessário divulgar e salvaguardar estas

pérolas existentes nos arquivos paroquiais, o Centro de

Documentação coloca ao dispor da comunidade

instrumentos de descrição documental (catálogos e

inventários) e promove conferências subordinadas ao

estudo histórico-religioso.

Neste primeiro ano de existência, o Centro de

Documentação tem disponível o periódico semanal Jornal

de Almada (1954 a 2008) e em formato digital cerca de 620

documentos da Paróquia da Cova da Piedade, entre os

séculos XVIII e XX. Desta forma, os utilizadores podem

aceder eficazmente ao conteúdo e imagem do espólio

documental.

Atualmente, a equipa está a trabalhar nos acervos das

Paróquias do Monte de Caparica, Almada e Seminário

Maior de S. Paulo, bem como a realizar a conservação

preventiva de livros da Confraria de Nossa Senhora do Cabo

Espichel.

A Equipa

Horário de Funcionamento | Segunda a Sexta 10h -19h

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 31

Livro de Compromisso

da Irmandade da Virgem da Nossa Senhora da Piedade, 1606

Equipa do Centro de DocumentaçãoO tratamento dos documentos é feito segundo rigorosos cuidados

CONVERSA COMSaberes e Sabores da Chef Fátima Vieira

Oriunda de Vilares de Viseu (distrito de Chaves), Fátima

Vieira entrou para o Centro com 22 anos - apenas um mês

depois do Padre Ricardo ter começado a liderar os destinos

da casa. Hoje, quase 39 anos volvidos e já a partir da

Residência, continua a gerir a cozinha da Instituição e a

deliciar os utentes com sabores que resultam de um talento

apurado pela vontade de fazer sempre mais e melhor, num

impecável gosto pela cozinha tradicional baseada em

produtos frescos e temperos de qualidade.

Centro Paroquial do Bairro

O Centro Paroquial do Bairro era, à altura da sua admissão,

o único equipamento existente e Fátima Vieira esteve um

curto período a fazer trabalhos diversos antes de transitar

para a cozinha, num desafio que a direcção lhe lançou e que

a fez chorar muita lágrima “porque não sabia nada daquilo”.

Contudo, cheia de coragem decidiu aceitar e procurando

“fazer o melhor que podia e sabia”, acabou por adquirir o

gosto pela culinária. “Adaptei-me, porque tive que zelar por

aquilo que assumi toda a minha vida. Quando se assume

uma responsabilidade é assim”, explica à + Social.

Ao início, as condições eram muito diferentes e Fátima

recorda como tudo era mais difícil e custoso. “Antigamente

a cozinha era muito pequenina e tinha que fazer uma panela

de sopa à parte noutro fogão que havia em cima de uma

pedra mármore pois não chegava o comer que fazia ali.

Chegávamos às 700 refeições e quando o prato era

acompanhado de batatas era preciso descascar oito sacas.

Cada panela de sopa levava 20 quilos de cenouras! O tacho

maior tinha capacidade para 45 litros e tínha que fazer três!

Trabalhava-se muito mas tudo se fazia com alegria!”.

Sem adivinhar a dimensão que a Instituição viria a

conquistar, calculou desde cedo que “não ficaria por ali”,

pois via como o Padre Ricardo funcionava, “sempre que

tinha dinheiro fazia obras e melhorias”. A cozinha do bairro,

casa, que sente sua e da qual só tem coisas boas a dizer.

“Fazíamos cada arraial! Era trabalhar até às três ou quatro

da manhã mais a diretora Luísa para arranjar verbas para

novos equipamentos. Fazia panelas e panelas de caldo verde,

chegava a preparar 50 e 60 quilos de bifanas, de cada vez, e

desaparecia tudo!”, lembra com um sorriso, garantindo que

não está “arrepesa de nada”.

por exemplo, era um “cochichinho” e foi alargada por

diversas vezes, por etapas, até chegar ao que está.

Profissionalmente, foi evoluindo ao mesmo tempo que a

No início dos anos 90 - ainda o seu filho era pequeno - leu

um dia numa revista, durante a travessia de cacilheiro, que

para tirar a carteira profissional devia ir à Rua António

Augusto de Aguiar. Não conseguiu logo vaga, mas

perseverante voltou no ano seguinte e inscreveu-se, com o

apoio da Direção. “Fazia o meu trabalhinho todo na mesma

e saía a correr para apanhar o autocarro, o barco, o metro...

Andei um ano nessa vida e tirei a carteira, Graças a Deus. O

que aprendi é mais para usar em hotéis e nunca quis sair

daqui mas foi bom na mesma. As pessoas quando gostam de

fazer uma coisa devem aplicar-se”.

Residência Nossa Senhora da Esperança

Quando a Residência foi inaugurada, Fátima Vieira mudou-

se juntamente com a máquina de fazer bolos, embora faça

tudo com o mesmo agrado, seja sobremesa, prato ou sopa.

Alheia a modas, não vai buscar nada aos livros nem à

televisão, buscando inspiração somente na imaginação e

no “brio em fazer tudo como deve de ser, de inventar coisas

de que as pessoas gostem”, sem recurso a caldos, margarinas

e outros artifícios e cozinhando apenas com “azeitinho e

manteiga”.

No total, entre refeitório, copa e cozinha, a equipa atual

inclui 10 pessoas e Fátima tem que fazer a coordenação das

cozinhas de todos os equipamentos. Para tal, baseia-se em

16 ementas que funcionam de Inverno ou Verão e têm em

linha de conta a época religiosa em curso. Para além do

prato diário há ainda as dietas e os líquidos, bem como o

cuidado de haver sempre fruta que os idosos e as crianças

consigam comer com agrado. Quanto aos produtos

À Conversa com...texto: Filipa Branco

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro32

CONVERSA COM

utilizados, são sempre frescos e entregues diariamente,

quer se trate de frutas, legumes, carne ou peixe. Só na

Residência, confecionam-se diariamente 350 refeições ao

todo, entre almoços, jantares e apoio domiciliário.

“Até agora tenho deixado a casa sempre bem e espero aqui

ficar até me reformar”, daqui a meia dúzia de anos,

“desempenhando bem o meu papel até ao fim. Estou ao pé de

pessoas que conheço há muitos anos e ainda faço tudo com o

mesmo gosto que antes, embora já não tenha a mesma

facilidade que quando era mais nova, em que a gente

trabalhava e não se ressentia. Mas tudo se vai fazendo”,

refere, ciente de que o novo projecto da Casa de S. Paulo vai

exigir novas angariações. “Toda a vida me entenderam e

reconheceram o meu valor e eu também reconheço o seu (da

Direção). O Padre José parece pessoa boa, interessada e

preocupada, tem força para levar isto por diante e a casa vai

certamente continuar a

crescer no seu valor. É

preciso é que todos

ajudem a zelar pelo que

se construiu e se vai

construir, para bem dos

que estão e dos que

hão-de vir”, conclui.

Para já, a sua única

dúvida remete para o

prato preferido do

novo presidente, que

a inda não ca lhou

descobrir qual é...

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 33

Fátima, Alice, Luísa, Mª da Luz, Eduarda

Ana Cristina, Angélica, Miriam, Célia

Equipa da Cozinha da Residência Nossa Senhora da Esperança

Março 2014

D. Fátima com o Sr. Padre Ricardo

Natal 2003

AÇÃO SOCIALGIAS na Cova da Piedade

Oferece Rumos de Esperança

Está já em pleno funcionamento na nossa comunidade o

GIAS - Grupo de InterAjuda Social, cujo principal objectivo é

oferecer uma resposta a pessoas em situação de

desemprego e exclusão social, sobretudo através da

escuta e partilha de experiências. Ao longo dos vários

encontros pretende-se, assim, ultrapassar estigmas e

medos, bem como superar dificuldades e barreiras, com

vista à valorização pessoal e ao estímulo de boas ideias,

capazes de gerar novos rumos ditados pela motivação e

esperança.

Como nasceu o projeto

Sob a égide da Cáritas Portuguesa, este projecto foi

inicialmente implementado em Santa Isabel e, ao fim de um

ano, está pronto a ser replicado um pouco por todo o país.

A funcionar desde Fevereiro no Centro Social Paroquial

Padre Ricardo Gameiro - na sequência de uma sessão

aberta destinada a explicar o modo de funcionamento do

GIAS e o código deontológico que está na sua base - o

primeiro grupo está agora a desenvolver laços de confiança

e a preparar uma caminhada pautada por uma dinâmica

muito própria.

Aberto a toda a comunidade

Aberto a toda a comunidade, o GIAS conta atualmente com

vários monitores disponíveis para formar novos grupos.

Quem estiver interessado em abraçar este projecto e dar as

mãos a uma oportunidade de superar a solidão e a

frustração provocados pelo desemprego, deve candidatar-

se através dos contactos aqui disponibilizados. As reuniões

são semanais, às 4ªs feiras, englobando cerca de oito

participantes ao todo, além dos voluntários com formação

em diversas áreas, como a psicologia e serviço social. No

fundo, trata-se de “dar atenção uns aos outros para nos

estimularmos ao amor e às boas obras” (Papa Bento XVI).

Contatos: GIP - Gabinete de Inserção Profissional

Morada| Praceta Luísa Sigeia nº40A

Tel| 212 740 290

Email| [email protected]

Ação Socialtexto: Filipa Branco

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro34

CULTURACultura Aberta

Mercado de Produtos Biológicos

Como forma de angariação de fundos para a nossa casa

de S. Paulo, decorreu na Residência Nossa Senhora da

Esperança mais uma venda de produtos biológicos, nos

últimos dias 13 e 14 de Fevereiro.

Os produtos foram confecionados pelos voluntários da

Cultura Aberta e os legumes oferecidos à instituição por

voluntários e colaboradores.

Atividades Centro de ConvívioPercursos Pedestres

Sob a orientação do prof. António Tavares, a atividade

Percursos Pedestres, inserida no projeto Cultura Aberta,

tem sido um êxito.

Em cada ano que passa mais gente se junta ao grupo sendo

que, atualmente, há dias em que caminham juntas mais de

20 pessoas. Vulgarmente conhecida entre nós por

"caminhadas", centraliza a atividade no Parque da Paz onde

decorre a maioria dos passeios das segundas e quartas-

feiras de cada semana. Caminha-se, convive-se e fazem-se

exercícios sempre na perspetiva de manter o corpo são e

operacional para, pelo menos, o passeio seguinte.

Quando se sai fora de portas, isto é, quando se deixa o

Parque da Paz, nosso quartel-general, descobre-se, sempre

a pé, o Concelho. Por isso, Cacilhas e a fragata D. Fernando II

e Glória, o cais do Ginjal, o seu jardim, o miradouro e

Almada Velha, o Seminário e a magistral vista para o rio, o

Solar dos Zagalos e a sua ímpar arquitetura, foram também

já contemplados nos nossos percursos. E sem resmunguice

ou menos vontade, caminham jovens dos cinquenta aos

noventa anos, mas o grupo está aberto para pessoas de

todas as idades. Desde que saibam e gostem de andar, é

claro.

Fiquem sabendo que, se as condições meteorológicas não

ajudarem, há sempre percursos alternativos, quer seja por

debaixo de varandas e varandins, quer seja refugiando-nos

numa bica, no Almada Forum. Pelo sim, pelo não, quando S.

Pedro ameaçar abrir as torneiras de limpeza celestes,

tragam a gabardina. Dá sempre jeito.

E para quem desconhecia esta atividade, vá lá, juntem-se a

nós!

Vítor Fernandes

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 35

SAÚDEMedicina e Humanismo

de mãos dadas na Residência

Um acompanhamento diário, aliado a uma dedicação

ímpar, permitem à equipa médica que acompanha os

utentes da nossa Residência prestar um verdadeiro serviço

de luxo, que prima tanto pelo tratamento físico e prevenção

da doença, como pela aposta no bem estar psíquico e

emocional. É por isso que qualquer pessoa, atingindo

determinadas condições, está melhor em locais como este,

defende a chefe de serviço Drª Adelaide Freire, a mais

antiga das voluntárias que ali zelam pela saúde de um total

de 78 utentes.

+ Social: Começou no Bairro e, quando a residência abriu,

tinha todos os utentes a seu cargo. Entretanto, a equipa

aumentou. Pode falar-nos um pouco sobre o seu

funcionamento habitual?

Drª Adelaide Freire: Estou cá desde o início e atualmente

temos uma equipa muito boa, composta por uma doutora

que é Internista, a Drª Paula Brito, duas colegas de Medicina

Geral e Familiar, a Drª Deolinda Dinis e a Drª Manuela

Rodrigues, e uma de Medicina Geral, a Drª Margarida Adão.

A ideia é que todos os dias venha até cá um elemento médico.

Penso que é um luxo, mas nós queremos que assim seja. E se

houver algum problema, estamos sempre disponíveis, a

qualquer hora.

+ Social: Como é que se processa a atribuição dos utentes?

Drª Adelaide Freire: Normalmente, os utentes são

distribuidos de acordo com a área do médico. Ou seja,

destinamos para mim os doentes respiratórios visto que sou

pneumologista, para a colega Deolinda a área da psiquiatria

e neurologia, a Drª Paula está mais ligada à infecciologia e a

Drª Margarida à dermatologia. Embora uma seja internista e

outras de clínica geral, dedicam-se a estas áreas e portanto

tentamos distribuir os utentes de acordo com estes critérios.

Cada uma de nós tem, então, responsabilidades com

determinados utentes, cujo acompanhamento é gerido de

acordo com a sua situação clínica. No caso de doentes que

estão pior ao nível respiratório, por exemplo, quando venho

às consultas vejo sempre todos. Se, por exemplo, temos uma

pessoa com insuficiência cardíaca que acho que deve ser

vigiada mensalmente, organizo a agenda de consultas nesse

sentido, mas se surge mais outra coisa qualquer, então passa

a ser vista com mais frequência.

+ Social: Todas são médicas voluntárias?

Drª Adelaide Freire: Somos todas voluntárias e todas

trabalhamos com empenho. O voluntariado não é isento de

responsabilidades! Um bom profissional tem tanta

responsabilidade quando é voluntário como quando está a

exercer numa clínica ou hospital. Não faltamos no dia

marcado para as consultas sem avisar previamente e quando

marcamos férias a mesma coisa, para não descurarmos o

acompanhamento. Portanto, o voluntariado não tem menos

responsabilidade.

+ Social: Qual é o vosso maior desafio?

Drª Adelaide Freire: O maior desafio é que tudo funcione

bem. É importante evitar as quedas, fraturas, traumatismos e

todas as patologias para que a nossa intervenção seja útil.

Também procuramos colmatar aqui todas as necessidades,

de modo a reduzir ao mínimo as idas às urgências, para que

os utentes possam estar no seu meio. Obviamente que há

situações em que temos mesmo que os mandar! O objetivo é

que todos estejam confortáveis e que medicamente tenham

a melhor assistência possível. Todos os anos fazemos as

Saúde

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro36

texto: Filipa Branco

Drª Margarida Adão

Drª Adelaide Freire

Diretora Clínica da Residência Nossa Senhora da Esperança

SAÚDEprofilaxias para as infecções respiratórias e tentamos agir de

modo que o utente seja logo visto aos primeiros sintomas

para evitar que a situação evolua. As fichas clínicas estão

sempre actualizadas.

+ Social: No âmbito da construção da nova Casa de São

Paulo, considera importante haver mais espaços como

estes, sabendo nós que a população está a envelhecer?

Drª Adelaide Freire: Penso que a qualidade de vida, aqui, é

muito superior comparativamente a quando os doentes

estão em situação de internamento ou até mesmo em casa.

Para mim, a Residência só peca por ter poucas vagas, há

sempre necessidade de mais. Pessoalmente, sou apologista

de que as pessoas, quando atingem determinadas condições,

físicas ou de idade ou médicas, estão muito melhor num

centro como este do que em casa, sozinhas, mesmo que

disponham das condições todas, com empregadas e

enfermeira. A atenção que têm não é a mesma. Aqui, contam

com toda uma equipa devidamente preparada para cuidar

delas e além das medidas curativas realizamos também

medidas preventivas. Nós não temos uma escara. No Verão,

tentamos controlar a temperatura para não haver ondas de

calor. A própria diretora vai ao microfone mandar beber

água e estamos permanentemente a relembrar aos

funcionários que devem dar água aos utentes. A alimentação

tende a ser cuidada e tentamos que as dietas sejam o mais

corretas possível para este grupo etário. Procuramos,

realmente, que as pessoas usufruam do melhor ambiente

possível, evitando a doença.

+ Social: É, sem dúvida, um grande trabalho de parceria...

Drª Adelaide Freire: Só em equipa é que se consegue

funcionar bem. Não é um trabalho independente, de médico,

enfermeiro, auxiliar. Todos trabalhamos em colaboração,

incluindo com a equipa de medicina física e de reabilitação,

pois sempre que necessário pedimos a intervenção da Drª

Fátima Carvalho. Para tudo funcionar bem, tanto aqui como

em qualquer serviço médico, tem que se trabalhar em

equipa.

+ Social: Outra das vantagens é que, na nossa Residência,

os utentes não são apenas um número sem rosto...

Drª Adelaide Freire: O doente deve estar sempre no centro

da nossa atenção, de toda a equipa. É muito aborrecido estar

doente por isso procuramos estar sempre no nosso melhor e

trabalhar para o bem comum, de modo a atingir os objetivos.

Sempre com um sorriso! Mesmo que estejamos mal dispostos

não temos o direito de transmitir essa má disposição a

pessoas que estão doentes. A minha posição é esta: quando

sabemos que algum utente não tem visitas, é nele que

devemos duplicar a nossa atenção. Uns são apaparicados

pela família, mas no caso dos que não têm ninguém que o

faça, temos que nos substituir à própria família. A nossa

dedicação vai sempre muito além da mera assistência

médica, porque a saúde não é só bem estar físico, é físico e

psíquico. O ser humano é um conjunto e as duas partes têm

que estar em consonância.

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 37

Atividade promovida pela equipa de fisioterapia

ACONTECEUAconteceu...

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro38

III Jornadas da Pastoral da Saúde

’’Viver com Dependência|Os desafios de Hoje’’

Um Testemunho de Amor

Foi com muito gosto que aceitámos, eu e o meu marido

aqui ao meu lado, o convite que nos foi feito para

partilharmos a nossa experiência como cuidadores. (de

uma pessoa dependente, a nossa filha.) Pensamos que esta

partilha pode ajudar outros, na medida em que ajuda-nos a

refletir sobre a nossa própria história, aceitando-a e

vivendo-a o melhor possível.

Aos 23 anos, tudo nos sorri, achamos que tudo é possível,

há um mundo à nossa espera, temos uma vida cheia de

expectativas e de sonhos para realizar, infelizmente nem

sempre é assim.

Está tudo bem, e de repente há um dia em que tudo muda,

surge inesperada e traiçoeiramente a doença, grave, mas a

esperança e a fé ajuda-nos a crer que tudo irá ficar

resolvido, e bem, com sucesso. Após um ano intenso de

tratamentos surge uma complicação e a nossa filha, então

com 24 anos e após ter entrado em coma, e assim

permanecer durante 15 dias, fica em estado vegetativo.

Aqui sim, o mundo caiu-nos em cima. Não conseguíamos

acreditar no que estava a acontecer, não sabíamos como

lidar com a situação, não a conseguíamos sequer aceitar!

Enfrentar esta situação foi difícil e devastadora para toda a

família, e quando uma família está completamente

arrasada, não consegue pensar, nós como que flutuávamos,

como se esta situação não fosse bem nossa, ou seja ainda

achávamos que tudo se iria resolver, não conseguíamos

interiorizar a gravidade e o caracter definitivo da situação.

Mas chegou o dia em que somos confrontados com uma

dura realidade, a alta hospitalar.

A nossa filha, tinha alta clinica. E agora, o que vamos

fazer? Como vamos resolver a situação?

Existem decisões que pensamos serem tão improváveis que

os pais tenham que tomar em relação aos filhos, que nunca

pensamos nelas, mas a realidade é bem diferente, e nós pais

tivemos que pensar e decidir. Depois de muito ponderar, os

prós e os contras, tomámos a decisão que julgámos melhor

para a nossa filha. Decidimos que a nossa filha seria

certamente melhor cuidada por profissionais que lhe

prestassem os melhores cuidados técnicos, teríamos que

procurar um local, uma instituição.

Bom, iniciámos os contactos, e começaram as dificuldades,

bater às portas e estas a fecharem-se, frequentemente

com a desculpa de não estarem vocacionadas para estas

situações, não era o local indicado, não tinham condições,

etc. Mas o povo diz, e com razão, “ Quando Deus fecha uma

porta, abre sempre uma janela”, e em boa hora eu bati, a

minha janela foi a Residência Nossa Srª. da Esperança,

bati à porta, e com o grande humanismo que caracteriza a

instituição e uma sensibilidade e generosidade imensa,

abriram-nos o coração e, apesar de não ser uma instituição

vocacionada para situações desta natureza, decidiram

aceitar o desafio e ajudar-nos a nós pais e à nossa filha.

São profissionais competentes, zelosos e com um carinho

enorme para dar, e nós também precisávamos disso,

queríamos os melhores cuidados em termos técnicos mas

também queríamos colo.

Não tiveram medo de ter que aprender sobre situações

novas, para fazer cada vez melhor e fizeram-no muito bem,

a nossa filha foi muito bem cuidada, com profissionalismo,

competência e muito carinho o que para nós pais foi um

grande conforto.

No início e perante a fragilidade da nossa filha tudo era

novo, difícil e complicado estávamos todos a aprender e

quando alguma intercorrência surgia, ficávamos em pânico,

valia-nos o corpo clinico da instituição, que são

excelentes profissionais, e que muito nos tranquilizavam, e

a boa relação e disponibilidade que também se criou com

serviço de Gastro do HGO.

De facto os anos ensinaram-nos e o que era desesperante

no inicio, passámos a lidar com as situações com mais

serenidade, já sabíamos todos, a família e os técnicos da

instituição, como se resolviam as situações mais frequentes

e o tempo que tínhamos para as resolver.

As urgências e os pânicos serenaram.

Apesar de não sermos nós os cuidadores formais, de

primeira linha, uma coisa nós tínhamos a certeza,

queríamos manter a relação que nos unia à nossa filha,

não podíamos quebrar os laços existentes, bom, então o

que podemos fazer, qual a atitude a tomar? como

proceder?

Tanto eu como o meu marido, trabalhávamos e não

podíamos abandonar as nossas profissões, mas fizemos

questão de conjuntamente com o apoio de familiares

próximos e amigos, nas nossas impossibilidades, estar

Organização:

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde de Setúbal

ACONTECEU

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 39

Ciclo de Conferências

“Estudos Históricos e Religiosos“

O Centro de Documentação de Instituições Religiosas e da

Família tem vindo a realizar um Ciclo de Conferências,

subordinado ao tema Estudos Históricos e Religiosos.

A I Conferência teve lugar no dia 11 de dezembro de 2013 e

contou como orador com o Pe. Francisco Mendes, que

abordou o tema “A evolução territorial das Paróquias de

Almada e (Seixal) na Idade Média”. Nesta palestra foram

apresentadas as origens da formação das paróquias, sendo

a Paróquia de Santa Maria do Castelo a primeira

documentada em 1173; seguindo-se a de S. Tiago, entre

1204 e 1214. Posteriormente, em 1472, surge a Paróquia do

Monte de Caparica.

A II Conferência realizou-se no dia 10 janeiro de 2014,

intitulada “Arte Sacra: Património a conhecer e a preservar”,

pelo Pe. Casimiro Henriques, atual Diretor da Comissão

Diocesana de Arte Sacra da Diocese de Setúbal. Esta teve

como finalidade mostrar o trabalho desenvolvido pela

Comissão nesta Diocese, que consiste na inventariação,

preservação e restauro dos bens culturais das Paróquias,

com vista na valorização e conservação do património

religioso-cultural da Igreja. Foram apresentados vários

exemplos de bens culturais da Igreja, materiais e imateriais,

já inventariados e fotografados, diagnosticando os

problemas e os respetivos restauros.

A III Conferência aconteceu no dia 7 de fevereiro,

subordinada ao “Estudo das Confrarias Eclesiásticas nos

Concelhos de Almada e Seixal – uma perspetiva histórica,

artística e documental, séculos XV a XIX”, proferida pelo

Investigador Rui Mendes. Desta pode-se concluir que as

Confrarias e Irmandades tinham uma dinâmica interna

exigente, com compromissos próprios e com estritos

preceitos observados pelos seus Confrades/Irmãos, que

espelhavam a vivência real da época.

Alexandra Figueiredo

Pe. Casimiro Henriques | II Conferência

sempre alguém presente na visita diária.

Era principalmente nesta visita que mantínhamos e

fomentávamos a relação com a nossa filha.

A relação estabelecida entre o cuidador e o doente, pode

ser completa, a todos os níveis, ou como no nosso caso em

que existia um cuidador principal, a instituição, nós

família tínhamos um papel mais secundário mas não menos

importante, e nesta situação o cuidado da família, não

passa por grandes cuidados, mas por pequenas coisas,

como participar na alimentação, por exemplo, fazíamos

questão de sermos nós a dar o lanche, pequenos cuidados

de higiene ou toalete, poderia ser somente aplicar um

creme, fazer uma pequena massagem, pentear, etc, e

mesmo quando o doente não está consciente como era o

caso da nossa filha, em que não existia interação, não

obtínhamos uma resposta, um incentivo, mas fazíamos o

que sabíamos que a nossa filha gostava, antes de

adoecer, colocávamos-lhe a musica que ela gostava, e que

lhe dava prazer.

O facto de ela estar inconsciente nunca nos desmotivou,

pelo contrario, gostávamos de "lhe fazer coisas" de estar

em contacto com ela, se calhar às vezes até exagerávamos!

Mas queríamos que ela nos sentisse, e se de alguma

maneira ela consciencializasse algumas atitudes nossas,

queríamos que ela sentisse que estávamos com ela,

falávamos-lhe contando-lhe as coisas importantes que

iam sucedendo com a família, amigos e na sociedade em

geral, e mesmo que ela não entendesse nunca deixámos de

lhe dizer todos os dias que gostávamos muito dela.

Sentimos sempre a necessidade de lhe exprimir o nosso

amor e as saudades que tínhamos dela, a falta que ela nos

fazia!

Pensamos que o fundamental da relação familiar /

doente é a família nunca se demitir, por mais grave que

seja a situação, por maior evidência que exista de que o

nosso familiar não está consciente, e não interage

connosco, temos que persistir e continuar a dedicar-lhe

todo o nosso afeto e cuidado.

Ver sofrer um filho é difícil, é talvez a maior dor que existe, e

nós passámos por isto muito tempo.

Passaram dez anos, hoje a nossa filha já partiu, e partiu de

forma serena, como foi toda a sua vida, nós ficámos, com o

coração inquieto, como se fica quando se perde um filho,

mas com a consciência tranquila de que fizemos tudo o que

esteve ao nosso alcance para lhe proporcionar a melhor

qualidade de vida possível e, apesar da saudade que não vai

acabar nunca, a vida continua para os que ficaram, como ela

quereria que continuasse.

Por ela, por nós e por tudo o que fizemos por ela,

estamos em Paz.

Obrigado.

Amélia Robalo e António Tavares

ACONTECEU

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro40

Festa Litúrgica dos Beatos Francisco e JacintaGrupo ’’Mensagem de Fátima’’

Susana Sousa

No dia 20 de Fevereiro no Centro Comunitário, foi realizada

uma actividade organizada pelo grupo da paróquia

“Mensagem de Fátima” para as crianças de jardim de

Infância e CATL 1º e 2º ciclo e seus familiares.

A festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta, Pastorinhos

de Fátima, é celebrada pela Igreja no dia 20 de Fevereiro,

data que assinala o aniversário da vidente mais nova. Nesse

dia, fomos convidados a recordar a entrega destas duas

crianças de coração puro e simples, que ofereceram os seus

sacrifícios e orações a Nossa Senhora pela conversão dos

pecadores e pela paz no mundo.

Esta actividade culminou com a partilha de um lanche que o

grupo “Mensagem de Fátima” ofertou às nossas crianças!

Foi uma tarde rica em simbolismo!

Jantar de FadosAngariação de Fundos para a Casa de São Paulo

O salão do Centro Comunitário, na Igreja Nossa Senhora de

Fátima, foi pequeno, no passado dia 25 de Janeiro, para

receber as duzentas pessoas que se reuniram num jantar

com noite de fados, para angariar fundos para a Casa de

São Paulo, o novo projeto do Centro Social Paroquial Padre

Ricardo Gameiro.

Com lotação esgotada desde os primeiros dias, a noite

contou com o contributo dos nossos fornecedores, que se

associaram, cedendo-nos todos os géneros necessários

para a confeção do jantar. Na parte musical contámos com

a presença dos fadista Marilou de Matos e Jorge Gonçalves,

que de forma inteiramente gratuita atuaram num

extraordinário espetáculo.

Mesmo sem qualquer tipo de apoio estatal, avançámos

com a Casa de São Paulo, porque queremos continuar a dar

uma resposta de excelência a todos quantos nos procuram.

Será marcada por uma atividade cultural intensa, aberta a

toda a comunidade civil e religiosa e vai apostar, por esta

via, no combate ao desenraizamento do idoso quando é

institucionalizado.

Agradecemos por nos continuarem a ajudar, mesmo

quando os tempos estão tão difíceis, deixando claro que é

essa ajuda que nos permite renovar a esperança de

podermos continuar a fazer mais e melhor por aqueles que

nos são confiados.

Com o envolvimento de todos, acreditamos ser possível

concretizar o nosso sonho!

Ana Teresa

"De tudo sou capaz naquele que me dá força" São Paulo (Fl 4, 13)

Equipa de funcionários que participou na organização da noite da fados

Aconteceu...

ACONTECEU

Ação de Formação | 5 de Março

(parceria entre o CSPPRG e a Servilusa)

A ação de formação em «gestão e resolução de conflitos»

permite a aprendizagem e reflexão acerca da dinâmica

intrapessoal e comunicacional, atentos aos estilos de

negociação comportamentais que possam contribuir para

a realização pessoal e coesão intergrupal.

Dr. Vítor Sebastião

Psicólogo

Encontro de Voluntários do

C. S. P. Padre Ricardo Gameiro

No passado dia 27 de Fevereiro realizou-se um encontro de

voluntários da Instituição com a oradora Dr.ª Isabel

Cordovil, psicóloga e membro de diversas organizações

com projetos na promoção de cidadania e ação política, de

combate ao desemprego e à solidão.

O encontro teve por tema: “ Onde está o teu irmão? O que

fazes com o teu irmão?”. Foram partilhados textos para

reflexão que abordavam o amor de Deus pelo mundo; e à

Sua semelhança, também nós devemos ir ao encontro do

outro que precisa de ajuda.

Num momento partilhado entre todos, ser-se voluntário é

o dom de fazer o bem ao próximo como arte de encontro,

como arte da relação, como arte de viver num impulso de

humanidade e solidariedade.

O grupo de voluntários participou ativamente numa troca

de experiências e saberes enriquecendo-nos fortemente,

num compromisso de podermos ser para os outros

enquanto “irmãos”.

Isabel Abreu

Encontro com a Dra. Helena Presas

Despertar para a Fé

No dia 25 de Fevereiro de 2014, o Secretariado Vicarial da

Pastoral Social de Almada, convidou os Centros Sociais e

Paroquiais da Vigararia de Almada, bem como da vigararia

do Seixal a participarem no encontro com a Dra. Helena

Presas, no âmbito do programa “Despertar para a Fé”.

A convidada de honra, a Dra. Helena Presas, é licenciada em

teologia pela Universidade Católica Portuguesa, e é

atualmente a diretora da Catequese da Paróquia do Campo

Grande e, ao mesmo tempo, Diretora de Serviços do Centro

Paroquial da mesma Paróquia.

Este encontro teve como objetivo sensibilizar os

trabalhadores dos centros paroquiais para a importância da

relação entre a Paróquia e o Centro Paroquial e que, apesar

de serem realidades eclesiais distintas, pertencem à mesma

Igreja e por isso comungam da mesma missão

evangelizadora.

A Relação entre a paróquia e o centro traz uma mais valia

em termos organizativos, administrativos e de recursos,

sendo um bom suporte para a vida da paróquia, garantindo

igualmente que o centro não se desvia da missão principal

que é a da procura de justiça social. Assim sendo, procura

responder às necessidades concretas dos habitantes da

paróquia e, seguindo as propostas pastorais da Igreja, terá

como opção preferencial os mais pobres, não só de bens

materiais, mas também os que estão isolados, doentes,

marginalizados.

Faz um apelo relativamente à área sénior das instituições,

em que cada vez mais tem que ser valorizada a dimensão

espiritual, como componente essencial da integridade que

deve caracterizar o nosso acompanhamento. É urgente

incorporá-la entre aquelas a ter em conta para acompanhar

as pessoas idosas, nos diferentes programas que para elas

existem. São formas que transformam a vida da pessoa

numa vida muito maior, mais integrada no corpo da Igreja,

deixando a pessoa de se sentir isolada.

Esperemos que este encontro nos confirme a todos no

caminho já feito e que nos entusiasme para o continuar, não

esquecendo a missão da Igreja, na noção preferencial pelos

mais pobres.

Ana Teresa

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 41

ACONTECEUPREPARAÇÃO PARA O DESFILE DE CARNAVAL

O projeto educativo deve ter em conta o meio social em

que vivem as crianças e famílias, o que inclui vantagem em

que se envolva a participação de outros parceiros da

comunidade que podem contribuir para diversificar e

enriquecer a resposta educativa proporcionada às crianças.

Neste contexto, é nosso hábito participarmos em iniciativas

promovidas pela Câmara Municipal de Almada, onde se

inclui a participação no Desfile de Carnaval das Escolas e

Instituições Educativas, no qual a comunidade é

presenteada com a brilhante participação das crianças que

muito nos orgulha!

Mas… antes do resultado final, existe todo um processo

desenvolvido:

- Preenchimento de candidatura e envio à entidade parceira

(CMA), onde consta, para além dos aspetos de ordem

prática, a caraterização da ideia de forma descritiva e a

apresentação de esquissos dos fatos;

- Confeção dos fatos e adereços, quando é possível com a

participação das crianças;

- Construção da identificação da Instituição e respetivo

tema abordado;

- Construção de um presente simbólico para o

representante da CMA;

- Ensaios da coreografia a apresentar no final do desfile (em

frente à tribuna);

- Dia do desfile: Vestir os fatos; proceder à maquilhagem;

fotografar o momento.

Felizes e contentes sob o olhar atento dos educadores

(inclua-se o coreógrafo) e de muitos pais que nos

acompanham, estamos prontos para nos apresentar à

comunidade!

Como tudo acontece...

“As crianças constroem o conhecimento a partir

das interações que estabelecem com as outras

pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento

não se constitui em cópia da realidade, mas sim,

fruto de um intenso trabalho de criação,

significação e ressignificação.”

(Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil,

Brasil, 1998)

Realização dos adereços

Esquiços iniciais | Beta Silva

Maquilhagem das personagens

Ensaios da coreografia

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro42

Aconteceu...

ACONTECEU

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro

Desfile de Carnaval da Infância27 Fevereiro

Mais uma vez os nossos

equipamentos de infância

participaram no desfile de

Carnaval das escolas,

promovido pela Câmara

Municipal de Almada.

Passados 40 anos sobre a

revolução dos cravos, as

n o s s a s c r i a n ç a s

encarnaram as suas

personagens, para que os

valores de Abril não sejam

esquecidos.

3

Baile de Carnaval

na Residência Nossa Senhora da Esperança

Os nossos idosos também festejaram o Carnaval com

grande animação, num baile com música ao vivo!

43

Desfile de Carnaval da Infância27 Fevereiro

Mais uma vez os nossos

equipamentos de infância

participaram no desfile de

Carnaval das escolas,

promovido pela Câmara

Municipal de Almada.

Passados 40 anos sobre a

revolução dos cravos, as

n o s s a s c r i a n ç a s

encarnaram as suas

personagens, para que os

valores de Abril não sejam

esquecidos.

VAI ACONTECER

EQUIPAMENTO BAIRRO CENTRO COMUNITÁRIO DA CENTRO COMUNITÁRIO JARDIM INFANTIL ROMEIRA CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA

Bairro Nossa Senhora da Piedade COVA PIEDADE / LARANJEIRO RENASCER Largo da Romeira DA RAMALHA

Cova da Piedade – 2800-247 Rua Óscar Acúrsio – Quinta S. Rua Almada Negreiros - Quinta do Cova da Piedade Rua José Justino Lopes e

ALMADA Simão Chegadinho 2800-512 ALMADA Rua Cidade de Ostrava

Tel. 212 725 720 Laranjeiro – 2810-146 ALMADA Feijó – 2810-017 ALMADA Tel. 212 769 032 2800-512 ALMADA

Fax. 212 725 729 Tel. 212 588 360 Tel. 212 509 191 Fax. 212 741 823 Tel. 212 769 032

[email protected] Fax. 212 588 369 Fax. 212 509 193 [email protected] Fax. 212 741 823

[email protected] [email protected] [email protected]

Vai Acontecer...

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro 45

Não esquecer...

“As visitações da Ordem de Santiago às Igrejas do termo

de Almada, séc. XV e XVI”, é o tema que vai marcar o

encerramento de um Ciclo de Conferências no Centro de

Documentação, dia 9 de maio pelas 15h, sendo orador o

Dr. Alexandre Flores.

Equipamentos de Infância | 2014/2015

Novos Utentes Renovação de Matrícula

2 e 5 de Maio (10h-19h) 6 a 16 de Maio (10h-19h)

O QUE VAI ACONTECER NOS NOSSOS EQUIPAMENTOS

Festa da Páscoa | Equipamento do Bairro

Feira do Livro | Todos os Equipamentos

Mês de Maria

Festa da Maia | Equipamento da Romeira

Festa Verde

Teatro Inter Escolas

Caminhada Solidária

Marchas Populares | Equipamento de Infância

Arraial/Festa de Final de Ano | Equipamentos de Infância

Festa de S. João da Ramalha

Abril

Maio

Junho

Descobre as 7 diferenças

Soluções na próxima revista

PassatemposPalavras Escondidas

Amêndoas, Cristo, Folar, Ovos, Páscoa,

Passagem, Primavera, Quaresma, Ramos, Ressurreição

Inscrições2014/2015

DESPERTAR PARA A FÉA Semente

Uma semente,

queria conhecer o mundo…

o vento soprou,

ela voou,

o vento soprou,

ela voou.

Certo dia

o vento parou

a semente caiu

e no chão aterrou,

sem pernas para andar

ali teve de ficar,

parada,

naquele lugar.

Cheia de medo

pôs-se a chorar,

a mãe terra teve pena

deixou-a entrar.

Estava escuro

parecia faltar-lhe o ar,

abanou-se,

sacudiu-se para se acomodar,

fechou os olhos

e dormiu,

descansou,

estava ali fechada

e o peso da terra, pesava

curioso!?

não sentia fome,

nem sede,

nem frio,

nem calor…

sentia-se apenas um pouco maior,

parecia que já ali não cabia

e todos os dias

tinha de empurrar… empurrar…

para caber naquele lugar.

Abriu-se uma janela

que a deixou respirar

viu o sol,

sentiu o vento,

alguns pingos a salpicar,

alguém a estava a regar!

A criança baixou-se

encostou-me o nariz

e dois grande olhos castanhos

arregalaram-se para mim.

Despertar para a Fé

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro46

Talvez me leve para outro lugar!

Pensei!

Tentei mexer-me,

agitar-me

acenar-lhe,

sei lá mais o quê!?

Não adiantou

as raízes prendiam-me

nem o vento forte

me conseguiria arrancar.

Passaram-se muitos dias

passaram-se muitas noites

e eu crescia,

crescia sem parar.

O sonho de viajar

desvanecia.

Ganhei tronco e ramos fortes

e um dia,

a primavera passou por mim

encheu-me de flores

com cheiro a Jasmim.

E outro dia,

um velho aproximou-se

encostou-me o nariz

e dois grandes olhos castanhos

arregalaram-se para mim.

Sentou-se e começou a falar

contou-me histórias fascinantes

que falavam de outros lugares

e todos os dias

os olhos castanhos

prendiam-se a mim

faziam-me imaginar!

E mesmo presa para sempre

a este lugar

alguém comigo partilhou

palavras

que durante muitos anos

me fizeram viajar.

25 de Fevereiro de 2014

Clara Cunha

PÁSCOA, FESTA DA VIDA NOVA

A Vida rebenta, de novo, em toda a obra da Criação; é a

Natureza que renasce como numa irrupção incontida de

nova vida; passado o Inverno ficam para trás os sinais de

morte e tudo parece cantar um hino à Vida Nova.

Primavera, estação da vida nova que inunda a Natureza

inteira e nos convida à esperança e à alegria.

A Páscoa é a festa da Primavera, perenemente renovada

na Igreja.

A Páscoa é a certeza de que a Vida triunfou, decisivamente,

sobre a morte.

A Páscoa é a festa do renascer da esperança, de que vale a

pena caminhar na vida como peregrino, que põe os olhos

na meta da Eternidade.

A Páscoa é a festa duma Vida, que em Cristo, readquiriu o

valor da nossa peregrinação terrena.

A Páscoa é a festa da verdadeira alegria, que nos lembra a

cidade de Deus, onde não mais haverá lágrimas.

A Páscoa, que lembra ao homem, que no sangue de Cristo

todos somos chamados a formar um só Povo.

A Páscoa é a garantia da felicidade para a qual Deus criou o

homem e de que, agora e aqui neste mundo, os homens

são chamados a serem construtores.

Boas e Felizes Festas Pascais!

Padre Ricardo Gameiro (in GAMEIRO, Ricardo. Páscoa, Festa da Vida Nova.

Passo a Passo, Cova Piedade, nº24, p.14, abril 1994)

Traços de Recordação