revista social trend - edição 01

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1º edição da Revista Social Trend. Revista Social Trend, o recorte mais importante e interessante para profissionais de comunicação, de mídias sociais e usuários das redes sociais.

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Page 1: Revista Social Trend - Edição 01

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Page 2: Revista Social Trend - Edição 01

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Idealizadora / Repórter / Editora-chefeRaquel Calefi

OrientadorJeverson Barbieri

Coordenador de Jornalismo - UnipRoni Muraoka

ArticulistasMoíses de CamargoPaula de CastroRicardo da Silva

Diagramação e IlustraçãoLeonardo Oschiro

Exemplares

www.issuu.com/revistasocialtrend

www.facebook.com/RevistaSocialTrend

Contato

www.facebook.com/RevistaSocialTrend

http://twitter.com/Rev_SocialTrend

[email protected]

Mônica Dib Bariani

Jeverson Barbieri

José Dias Paschoal Neto

Roni Muraoka

Marcos Sandrini

Gustavo Carneiro

Mederi

Armindo Ferreira

Ton Torres

Márcia Ceschini

Rafael Hernandez

Diego Monteiro

Natan Trindade

Diego Martins

Fabrício Carbonel

Leonardo Oschiro

Paula de Castro

Ricardo da Silva

Moíses de Camargo

Participantes do SMSP - Grupo de Discussão

Participantes do Grupo Marketing Estratégico em Redes Sociais.

QUEM FEZAGRADECIMENTO

+ MAIS

Os artigos publicados não refletem a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial sem os devidos créditos. É permitido a reprodução e compartilhamento total ou parcial desde que estejam creditados.

Page 3: Revista Social Trend - Edição 01

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As redes sociais fazem parte da vida das pessoas, de todas as classes, gêneros e gostos. Está cada vez mais difícil

ficar longe desse “vício” que elas se tornaram. Mas não só um vício, elas são ótimos lugares para troca de conhecimento, experiências e fazer negócios.

Viver longe das redes sociais? Nem pensar! Sua utilidade é gigantesca, envolvendo as pessoas em um universo que sacia a necessidade social e profissional. Através delas é possível se informar, manter relações pessoais, profissionais, rir e trabalhar.

Pensando nessas redes que prendem, a Social Trend foi criada para trazer o recorte mais importante do universo das redes sociais para quem vive e trabalha nelas. Entrevistas, curiosidades, informações e discussão fazem parte do repertório das matérias e artigos que compõe essa revista digital.

Outro fator é que por a Social Trend ser uma revista totalmente voltada para as mídias, tem a sua hospedagem e divulgação nas redes sociais, formando assim uma rede de pessoas que lêem, colaboram, ajudam e divulgam a publicação.

Nesta primeira edição, a Social Trend traz uma rede social que ajuda no exercício jornalístico. Também tem a transmídia, que é a interação das mídias tradicionais com as sociais. Reportagens sobre blogs, vlogs, ferramentas de monitoramento para os social medias, e o universo dessas pessoas são temas também em destaque. Seguindo a atualidade e o futuro, as eleições nas redes, além de redes sociais curiosas e pitorescas e dicas de leitura sobre o assunto.

REDES QUE PRENDEM, PESSOAS QUE FAZEM.

Fique a vontade! Leia as matérias, comente, compartilhe o conteúdo. Participe também dessa edição criando discussões sobre os temas aqui tratados e colabore com matérias e artigos para as próximas edições. Afinal, nossa Social Trend é uma rede em que todos fazem parte, ajudando, colaborando e compartilhando.

Boa leitura.

Raquel Calefi

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ÍNDICEAjude um Repórter@raquelcalefiUma rede social que reúne interesses: a necessidade de encontrar fontes e o desejo de participar de matérias jornalísticas.

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Luz, Câmera, Compartilhar@raquelcalefiComo fazer vlogs e um panorama do formato no Brasil. Entrevista com Mederi, do Galo Frito.

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A Convergência de Mídias e a Transmídia@raquelcalefiOs fenômenos que invadem e transformam o dia a dia dos cidadãos e dos meios de comunicação

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Assessor 2.0 ou a Lei do Mínimo Esforço?@rijsilvaRicardo da Silva discute sobre o papel dos assessores de imprensa com as redes sociais.

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#SMSP Interior Paulista e Comunicação Digital@raquelcalefiO Social Media São Paulo abre um diálogo sobre social media no cotidiano do Estado de São Paulo

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Blogosfera, o Mundo dos Blogs@raquelcalefiO cenário dos blogs no Brasil e dicas de blogueiros

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Estar ou não Estar? Eis a Questão@raquelcalefiDilema das empresas quanto a presença nas redes sociais e o boca a boca conquistando novos consumidores

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Planejando e Compartilhando a Imagem Corporativa@raquelcalefiPor que é tão importante fazer um plano de comunicação?

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Quantidade x Qualidade@raquelcalefiRaquel Calefi debate o que é mais importante: a qualidade ou a quantidade

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Profissão Social Media@raquelcalefiQuem são? O que fazem? Como fazem? É oficial? E o futuro?

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Métricas, muito além das mídias sociais@raquelcalefiComo fazer o monitoramento da marca nas mídias sociais em ferramentas pagas e gratuitas

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Planejamento das Redes Sociais nas Empresas@paulawebmktPaula de Castro mostra como as empresas estão lidando com as redes sociais

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Ache seu Espaço@raquelcalefiGosta de bigodes? Quer entrar para a fila do céu? Sem dinheiro para colocar silicone? Redes Sociais, muitas vezes inusitadas, reúnem pessoas que buscam a mesma coisa

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Informar, Engajar, Escutar, Confirmar@raquelcalefiAs redes sociais no exercício da democracia, nas eleições

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Sentindo na pele os efeitos das Redes Sociais na Política@modecamargoMoíses de Camargo conta a experiência das redes sociais com a política

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Coluna Leitura@raquelcalefiDicas de e-books que trazem temas como curadoria digital, comunicação, monitoramento e marketing

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AJUDE UM REPÓRTERUma rede social que reúne interesses: a necessidade de encontrar fontes e o desejo de participar de matérias jornalísticas.

Algumas pessoas ficam se perguntando como os jornalistas sempre acham pessoas para dar entrevistas e

conversar com profissionais do tema da matéria, as chamadas fontes. A tarefa não é simples, mas com as mídias sociais surgiram ideias para facilitar esse trabalho de procurar fontes.

Já imaginou colocar uma solicitação de fonte em um site e minutos depois achar pessoas para entrevistar e conversar sobre o tema da matéria? Ou então ajudar os repórteres nas matérias para jornais, revistas, rádios e TVs? Isso é possível, e o exemplo é o site brasileiro Ajude um Repórter.

O Ajude um Repórter, também conhecido como ARPO, é uma rede social em que há cadastros de jornalistas e fontes, o login é feito através do facebook, twitter ou linkedin. O funcionamento é simples, se o login é de fonte, na página aparecem as solicitações dos repórteres, mostrando o que precisam, para quando precisam e para qual editoria será. Se o login é de jornalista, terá um painel administrativo das solicitações já enviadas e também para criar novas. Para fazer uma nova solicitação é simples, só informar o

resumo, a descrição do que precisa e o prazo para enviarem as respostas, o dead-line.

Mais do que um site que ajuda jornalistas a encontrarem fontes, o ARPO também é uma excelente ferramenta para as assessorias de imprensa indicar seus clientes para participar das matérias, serem fontes especializadas, além de ser útil para os dois lados, como observa Carla Bruzzi, da Publiques Comunicação, “É uma ferramenta muito útil para os profissionais de comunicação, sejam fontes ou jornalistas. Nós, assessores, passamos todo o tempo em busca de boas pautas para nossos clientes. Eles, em contrapartida, buscam boas fontes. É uma forma de ampliar a rede de relacionamentos e oferecer melhores resultados.”

Os usuários, sejam fontes ou repórteres, utilizam o ARPO durante o dia todo, na maioria das vezes com a mesma frequência de outra rede social. A satisfação em ajudar os jornalistas com suas matérias é enorme, como retrata Vitor Costa, que desde quando soube do projeto ficou interessado e teve a oportunidade de conhecer diversos profissionais de comunicação. Em sua opinião, o Ajude um Repórter facilita e ajuda esses profissionais em suas tarefas diárias.

Gustavo Carneiro, criador do Ajude um Repórter

Por Raquel Calefi

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A HISTÓRIA DO AJUDE UM REPÓRTER

O ARPO foi criado em março de 2010 pelo relações públicas Gustavo Carneiro. Ele estava morando no exterior e tinha a intenção de voltar para o Brasil, então começou a se atualizar sobre comunicação e tecnologia e acabou se interessando pelos crowdsourcings – ferramentas que utilizam a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver

problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias –, com a atenção voltada para sua área de atuação, relações públicas e jornalismo.

Interessado neste assunto, Gustavo resolveu testar o conceito da forma mais rápida e barata: pelo twitter, nascia ali o @ajudeumreporter. Seu trabalho inicial consistia em agregar pedidos dos profissionais que estavam na rede, “Procurar fontes já era um hábito comum na rede, mas a atividade era bastante dispersa”, observa Carneiro.

Ele também ressalta que os perfis com maior número de seguidores colhiam mais benefícios e respostas, os pequenos as vezes ficavam sem retorno. E explicando sobre seguidores e retorno, Gustavo conseguiu se destacar com seu projeto, “O Ajude um Repórter mudou isso, criando uma grande base de seguidores que poderia ser acessada por qualquer profissional interessado em fontes”.

O Ajude um Repórter é uma nova ferramenta que utiliza o poder das redes

sociais associado às novas tecnologias para melhorar significativamente o processo de construção da notícias, diminuindo o tempo de busca das fontes e entregando

aquilo que os produtores de conteúdo realmente precisam.

Ajude um Repórter - Pedidos - Painel administrativo das fontes

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Tudo que o Ajude um Repórter fez foi orgânico, resultado da relevância dos serviços prestados, e afirma que nunca fez publicidade para conseguir mais usuários.

Ter o site do Ajude um Repórter sempre foi o objetivo, desde o início, “mas não valia a pena investir nessa estrutura sem que o conceito se provasse viável do ponto de vista do usuário”, argumenta Gustavo quanto a viabilidade do projeto.

A elaboração do site e a ativação do serviço pela plataforma foi possível pelo Catarse – o primeiro crowdfunding brasileiro. Através dele, Gustavo reuniu fundos financeiros para viabilizar o projeto.

Um dos objetivos também é tornar o ARPO economicamente viável, fato que ainda não se concretizou, mas está sendo trabalhado, entretanto pela utilidade o ARPO já é um sucesso. O Ajude um Repórter tem mais de 18 mil seguidores no Twitter e cerca de 10 mil cadastros no site, entre fontes e repórteres. O retorno é bastante satisfatórios para os repórteres, 65% das solicitações obtém pelo menos uma resposta.

Ajude um Repórter - solicitações - Painel administrativo dos repórteres

“Não abro mão desta ferramenta,

posso dizer que já fechei ótimas

pautas” Fabiana Scaramella,

diretora da Scaramella Press

O QUE É CROWDFUNDING

Crowdfunding é uma plataforma para conseguir fundos que permitam a realização de um projeto. Um exemplo brasileiro é o Catarse, uma plataforma para projetos criativos.

Nessas plataformas você faz seu projeto e pede o valor que necessita para a realização. As pessoas doam valores que podem, em troca dessa ajuda, cada apoiador recebe uma recompensa, que é definida inicialmente pelo projetista.

O Catarse foi lançado em Janeiro de 2011 e já levantou mais de 4 milhões de reais para mais de 300 projetos brasileiros.

O Ajude um Repórter foi um dos primeiros projetos que

a inaugurar o Catarse, que já ajudou mais de 300 ideias

a se tornarem reais, arrecadando quase R$ 4 milhões.

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A internet é um espaço democrático, onde todas as pessoas podem fazer

algum trabalho e publicar em sites e redes sociais. Há uma gama muito grande de vídeos na principal rede de compartilhamento desse formato, o Youtube. Alcançar o sucesso na internet é sem dúvidas fazer e trazer novidades, com assuntos nunca antes abordados - o que parece impossível - ou então abordar assuntos de uma forma nova, criativa e que chame atenção dos internautas.

Com a popularização do Youtube, um novo modelo de blog surgiu, o Videoblog, chamado de Vlog. É um modelo de vídeo com uma ou mais pessoas que discutem temas, falam de assuntos assunto, interagem com o público, respondem perguntas e outras tantas coisas que a criatividade dos internautas permitir.

A dedicação é a mesma para que qualquer projeto faça sucesso. Algumas coisas são espontâneas, e acabam

se tornando populares, mas outras precisam de dedicação e boa vontade de quem irá fazer. Para fazer um Vlog você não precisa de equipamentos sofisticados, uma câmera de celular basta para filmar e colocar na rede. Há também várias produtoras voltadas para a internet surgindo no Brasil. O mercado digital está crescendo, e muitos apostam nesse novo modelo de negócio.

São vários os Vlogs de sucesso na internet. Entre eles, o Pathy que te Pariu

(#pqtp), do Galo Frito. O blog de humor conta com três integrantes: Mederi, Cadore e Patrícia. Com uma média de 300 mil visitas por dia no blog e no Youtube, e com recorde de 1,5 milhões em um único dia. Mederi, criador do Blog e do Vlog, fala um pouco sobre como é a rotina do Galo Frito, como surgiu o #pqtp e sobre o cenário dos vlogs no Brasil.

MEDERI

Por Raquel Calefi

Mederi, criador do Galo Frito

LUZ, CÂMERA, COMPARTILHAR

Social Trend: Como surgiu o Pathy que te Pariu?

Mederi: O Vlog Pathy que te Pariu surgiu quando estava em São Paulo conversando com uns amigos que fazem produção para a internet.

Estávamos comentando sobre essa nova onda dos Vlogs, aí eu falei que um Vlog de uma garota iria fazer sucesso, pois ainda não existia nenhuma menina entre eles. Trouxe

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Frame Pathy que te Pariu Youtube

Integrantes do Galo Frito

a idéia aqui para Santa Catarina, pra fazer com a Patrícia dos Reis, e deu muito certo!

ST: Vocês têm patrocínio, e como conseguiram?

M: Sempre rola postagens pagas no blog, e também patrocínio nos vídeos. Somos agenciados pela IQ Talentos, e também conseguimos outros patrocínios através

da Fullscreen, a network de Youtube que estamos.

ST: Qual a situação atual dos Vlogs no Brasil?

M: Com a profissionalização do Youtube no Brasil, isso está crescendo muito. Muita gente está aparecendo, inclusive produtoras voltadas para a internet, por causa do dinheiro que a mesma está trazendo.

ST: O que precisa ter para criar um Vlog de sucesso?

M: Criatividade, originalidade e talento. Equipamento pode conseguir depois, com o resultado do seu trabalho. Uma idéia boa vai ter resultado, mesmo que filmado com uma câmera de celular.

ST: Como é a rotina dos criadores do Galo Frito? É o único trabalho de vocês?

M: Trabalhamos exclusivamente com o Galo Frito. Trabalhei um ano na Globo como roteirista e produtor de uns quadros do Casseta e Planeta, mas agora

com o crescimento do Youtube, estou me dedicando em tempo integral para o Galo Frito. Trabalhamos todos os dias com roteiro, gravação e edição. Tudo somente nós três.

ST: Qual é o panorama sobre os Vlogs, no Brasil e no mundo, segundo a sua visão.

M: Sinto que estamos apenas no começo. O Youtube está crescendo muito, e logo mais vai começar a assustar a televisão (já está assustando um pouco). O investimento até com a publicidade, está crescendo cada vez mais, assim, muito mais pessoas vão querer embarcar na profissão Youtube. O que acontece nos EUA é prova disso, muitos que trabalham com Vlog, estão com empresas muito grandes formadas através disso.

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Os fenômenos que invadem e transformam o dia a dia dos cidadãos e dos meios de comunicação

O conceito de convergência midiática foi desenvolvido por Henry Jekins, no livro

Cultura da Convergência, e diz respeito à tendência que os meios de comunicação estão aderindo para se adaptar a internet. Transmídia é o fenômeno do transporte da informação para múltiplas plataformas de comunicação.

É muito evidente e comum observar esses fenômenos, que estão cada vez mais presentes em todos os meios de comunicação. Um exemplo básico é o celular, que possui vários aplicativos para entrar em redes sociais, assistir TV, ler revistas, jornais, ouvir rádio e outras infinidades de utilidades que o aparelho oferece.

Na televisão a convergência das mídias foi bem trabalhada na novela Cheias de Charme, da Rede Globo, e obteve sucesso ao unir a TV e a internet, trazendo um diferencial da teledramaturgia brasileira. O videoclipe “Vida de Empreguete”, das Empreguetes, o grupo musical que era a história da trama, foi divulgado primeiro no site da novela antes de ir ao ar na televisão e em quatro meses o vídeo teve 12 milhões de acessos. Com mais dois personagens, Fabian e Chayene, a novela lançou sete músicas, que tomaram conta das rádios, transformando em hits. E ainda teve o lançamento de 35 produtos, entre CD, DVD, bonecas das personagens, calçados e um livro, que foi simultaneamente divulgado na TV e na internet, no último capítulo.

Embalado no sucesso da novela, o Fantástico lançou o concurso “A empregada mais cheia de charme do Brasil”, em que as empregadas domésticas gravavam um vídeo e mandavam pela internet para o programa. O concurso foi o segundo com maior número de inscrições deste ano (perdeu apenas para o “Desafio Paul McCartney”).

Para a utilidade pública, a novela lançou o site Trabalhador Doméstico que fala sobre o direito das empregadas domésticas. O vídeo gravado durante a novela para o site está sendo veiculado nos comerciais como conscientização sobre o tema.

O programa The Voice Brasil (@BrasilTheVoice) traz uma proposta de interação com o telespectador. Durante o programa, as pessoas que tuitarem usando as hastags #thevoicebrasil ou #thevoicebr ou #vbr ou então para o Twitter oficial do programa tem suas mensagens exibidas durante a transmissão. Os tweets são de telespectadores e também de famosos comentando o que está acontecendo e expressando opiniões. O assunto chega nos Trending Topics do Brasil durante a veiculação do programa.

As rádios também utilizam das redes sociais para a interação com seu público, fazendo promoções ao vivo ou durante um período de tempo e atendendo pedidos de músicas. Antes essa interação era feita por meio de telefone, que evoluiu e aproveitando-se das inúmeras utilidades das redes sociais.

Os vídeos tornam sucesso não só na web, eles passam a barreira cibernética e invadem as televisões também. Vários programas de TV de entretenimento, como o Tudo a Ver, da Record e o Domingo Legal,

do SBT, exibem quadros com os hits da internet, com os vídeos mais populares, cômicos e interessantes. Esses vídeos também vão parar nos programas jornalísticos, como o da “Luíza que está no Canadá”, que foi matéria de diversos telejornais e também ganhou espaço em notas de jornais impressos.

A internet e a propaganda também se aproveitam dos sucessos da televisão para criarem seus assuntos, como é o caso da Vivo, que utilizou o personagem Tufão, da novela Avenida Brasil, conhecido como o último a saber de tudo, para fazer um comercial no YouTube de um serviço oferecido pela operadora de telefonia móvel. O vídeo foi tirado do ar do canal oficial da Vivo a pedido da emissora que transmitiu a novela, a Rede Globo, mas ainda está disponível na rede, em contas particulares.

O QR Code (código de barras bidimensional, escaneado através da câmera de celulares) também se tornou popular, em embalagens de produtos, propagandas e em impressos, ele está mais comum. O QR Code leva a pessoa para um site, do espaço físico para o virtual em segundos.

É claro que a convergência de mídias e a transmídia fazem parte do dia a dia dos cidadãos, internautas, telespectadores, ouvintes e leitores, e cada vez mais os meios de comunicação estão se adaptando e trazendo mais canais, novidades, utilidades e relacionamento entre empresa e pessoas. Grupos de discussão, pensadores e estudiosos debatem o tema e é praticamente unânime a opinião de que os que não aderirem e se adaptarem ficarão para trás e perderão mercado.

A CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E A TRANSMÍDIA

Por Raquel Calefi

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ASSESSOR 2.0 OU A LEI DO MÍNIMO ESFORÇO?

Ricardo José da Silva

Ricardo José da Silva é jornalista, formado pela Unip Campinas. Já atuou como assessor de impren-sa na Unicamp - Univer-sidade Estadual de Cam-pinas -, foi assessor de comunicação no site Ex-presso Urbano e hoje em dia atua como assessor de comunicação do Grupo GVG.

Falar que as redes sociais mudaram o jeito de vermos e interagirmos com o mundo é chover no molhado. Abordar o modo como nossas interrelações alteraram

nossa percepção com relação aos acontecimentos requer um olhar mais atento.

Com a internet, todos viraram fonte e todos são possíveis propagadores de notícias, o que faz com que cada vez, mais e mais pessoas prestem atenção no que é comentado no Facebook, Twitter, Youtube, Blogs, Fóruns, etc.

Com as assessorias de impressa e, mais diretamente, com os próprios assessores essa interatividade também precisou ser repensada, já que muitos jornalistas buscam informações rápidas sobre determinados assuntos nas redes sociais, ainda mais com a plataforma Ajuda de um Repórter, a qual eu aprecio muito. Afinal de contas o que um assessor precisa é de contatos e, atualmente, nossos contatos são mais virtuais do que reais, basicamente por economia de tempo. Não basta só ficar de olho no Ajude de um Repórter, esperando aparecer aquela pauta que se encaixa perfeitamente no seu assessorado, ou soltar releases em redes sociais esperando alguém pegá-los ao vento. É preciso interagir, perguntar, utilizar das facilidades que as redes sociais trazem. Utilizar das redes de contato para ampliar as chances de uma matéria ser publicada.

Ainda que todas essas alternativas economizem tempo, encurtem distâncias, ainda é preciso fazer o contato pessoal, telefônico, organizar visita às redações e mostrar que você é um jornalista de verdade e que compreende quando algo é noticiável ou não. E se você pode estar em São Paulo e manter contato com um jornalista em Manaus, utilizando as redes sociais, não fique apenas na conversa por interesse ou conveniência. Crie um diálogo direto com o seu colega, afinal de contas, você nunca sabe quando ele irá precisar da informação que você dispõe.

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#SMSP PERCORRE O INTERIOR PAULISTA DISCUTINDO COMUNICAÇÃO DIGITALO Social Media São Paulo abre um diálogo sobre social media no cotidiano do Estado de São Paulo

Valorizar o profissional de social media, promover discussões

e diálogos sobre o mercado das redes sociais do interior paulista. Essa é a proposta do Social Media São Paulo (SMSP), um evento que percorre as principais cidades do Estado de São Paulo, levando profissionais que vivem o dia a dia das mídias sociais para mostrar um pouco da experiência e também ouvir quem faz isso fora da grande São Paulo.

Armindo Ferreira foi o idealizador do SMSP. Ele já havia realizado três eventos sobre mídias sociais e viu que a proposta para a realização do Social Media São Paulo estava madura para percorrer o interior do estado. E assim o fez.

O Social Media São Paulo conta com o patrocínio da UOL,

com o PagSeguro e o apoio do TodaOferta (empresa também da UOL), Papos na Rede, Coletivo de Ideias e Rafael Designer. Também conta com o patrocínio do Scup em algumas edições, e outros patrocinadores locais. O SMSP reuniu cerca de 500

pessoas que participaram dos eventos nas cidades de Ribeirão Preto, Araraquara, Campinas, Santos e Araçatuba em 2012. Teve também contato com 1200 pessoas, entre participantes do evento e envolvidos com a organização.

Há também o Diálogos SMSP que, em parceria com o Senac, vai percorrer cidades onde a instituição tem unidades, levando um diálogo aberto com um outro formato, de menor duração de tempo.

Por Raquel Calefi

Palestra no #SMSP Araçatuba

Palestra na edição de Araçatuba do Social Media São Paulo

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Social Trend: Qual o objeti-vo inicial de quando surgiu o SMSP e o objetivo atual? Algu-ma coisa mudou?Armindo Ferreira: Nosso obje-tivo sempre foi o de valorizar o profissional local, com dis-cussões e diálogos sobre os mercados locais. Há talentos incríveis que merecem visi-bilidade e apoio e esta nossa filosofia mantemos desde o começo.O que mudou é que aprende-mos a adaptar o evento para cada região, assim apesar de ser o mesmo SMSP, nunca ti-vemos uma edição igual, o que torna a experiência rica e de-safiadora.

ST: Quantas pessoas fazem parte da equipe?AF: Existe uma equipe que to-dos vêem, sendo uma fixa e outra temporária e outra que fica nos bastidores na nossa sede. Somando tudo são cerca de 15 pessoas

ST: Como vocês conseguiram patrocínio?AF: Temos uma equipe co-mercial que faz a prospecção e conversa com eventuais apoiadores sobre a importân-cia deste mercado regional do InteriorST: Como o SMSP escolhe as cidades que irão receber o

evento?AF: Normalmente são cidades pólo das regiões e que tenham condições de receber pessoas de outras cidades vizinhas. Com hotéis, linhas de transporte pú-blico e uma infra estrutura míni-ma necessária para a realização do evento.

ST: Como é a organização do SMSP?AF: Há uma equipe da Cruz e Ferreira que cuida de todos os detalhes. Além disso, os pales-trantes se engajam com suas especialidades para o fomento do engajamento e inovações da marca. Levamos ainda em conta tudo que nos é falado em todos os canais, assim a comunidade participa ativamente da cons-trução do SMSP.

ST: O que o SMSP pretende para 2013?AF: Queremos ampliar nossas cidades visitadas e as possibili-dades de interação com o nosso público.

ST: Como surgiu o Diálogos SMSP em parceira com o SE-NAC? AF: Queríamos ter um evento mais intimista e mais aberto ao diálogo sobre as novas mídias, e o Senac topou entrar conosco nesse formato inovador de in-teração com a platéia. O Senac

está também levando cursos de pós-graduação na área para as cidades do interior porque como nós, acreditam na força deste público. Então foi um casamento perfeito.

ST: Como os palestrantes e as-suntos são escolhidos?AF: Escolhemos profissio-nais que trabalham no dia--a-dia com as ferramentas apresentadas e tem na sua rotina clientes reais e que se assemelham aos clientes da platéia. Existem eventos que mostram grandes cases de grandes marcas. O nosso vai na via contrária, discutindo a comunicação digital do dia-a--dia com suas dificuldades e limitações de verba.Os assuntos foram escolhidos baseados na nossa percepção sobre as necessidades iniciais dos mercados. Muitos nunca tinham recebido um evento para este tipo de discussão.

ST: Como é feita a manuten-ção do site? Os assuntos trata-dos no blog?AF: O Ton Torres, do Blog Mi-dia8 e nosso palestrante é a pessoa que cuida disso. Mas temos um grupo fechado no Facebook, onde tomamos de-cisões em conjunto, inclusive de conteúdo. Vivemos a rede o tempo todo.

O SMSP discute a comunica-ção digital do dia-a-dia com suas dificuldades e limitações de verba.“Vivemos a rede o tempo todo”

Armindo Ferreira

Armindo Ferreira

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BLOGOSFERA, O MUNDO DOS BLOGSO cenário dos blogs no Brasil e dicas de blogueiros

Todos já sabem que blogs são plataformas parecidas com sites que permitem a rápida atualização. Com esses modelos

é possível a interação dos leitores por meio de comentários sobre os posts. É possível publicar textos, vídeos, imagens, áudio e links.

Na blogosfera, como é chamado o universo dos blogs, existem milhões de blogs que tratam de diferentes assuntos, blogs pessoais, corporativos,

de personalidades, de trabalho paralelo ou como forma de hobby. Existem diversos grupos de discussão sobre blogs, blogueiros, blogosfera e esse universo gigante que representa parte significativa na web, que une pessoas, transmite informações e debate assuntos.

Os blogueiros costumam ter um bom relacionamento, pois os blogs não vivem sozinhos. Um bom trabalho colaborativo faz com que esses blogs abordem melhor o assunto que estão tratando. Blog é relacionamento.

Os blogs de empresas, os corporativos, são canais para que a empresa fale de seus produtos e serviços, tenha uma abordagem mais ampla do que o site. É utilizado para criar um canal de comunicação com clientes, consumidores e até mesmo dentro da empresa, divulgando notícias próprias ou do mercado e também para demonstrar seu expertise na área de atuação. É importante que o blog corporativo (assim como os blogs pessoais) tenha uma frequência nas suas publicações e também tenham cuidado com a publicidade para que a leitura do blog não se torne cansativa. A frase mais comum nas discussões de blogs é: Se for ter blog, que tenha conteúdo, se for para não alimentar a página, que nem tenha essa rede. Ou seja, o blog exige dedicação e originalidade.

BLOGS CORPORATIVOS

CENÁRIO NO BRASILAtualmente há uma quantidade muito grande

de blogs e cada vez mais especializados no que escrevem e no nicho que atuam. As redes sociais, como Facebook e Twitter, ajudam no trabalho de divulgação dos textos, sendo um suporte essencial para o crescimento da blogosfera e na popularidade.

Adelson Smania, do Gerenciando Blog, faz um panorama sobre o cenário dos blogs no Brasil: “O cenário dos blogs está em constante mutação. Houve um tempo em que todos queriam ter um blog - mesmo que não soubessem o que escrever nele. Vejo que hoje as redes sociais supriram essa necessidade de um espaço para compartilhar seus pensamentos e divagações. Por isso, quem cria um blog hoje normalmente o faz com um tema definido, o que é bastante positivo. No entanto, ainda padecemos de grandes males, e o plágio e a violação de direitos autorais são dois deles. Vejo como grande desafio hoje a convivência dos blogs com as redes sociais. Um blog isolado das redes sociais dificilmente alcançará sucesso.”

A agência digital Boo-Box divulgou números da audiência dos blogs no Brasil. A maioria das visitas e audiência provém da região sudeste, com 60,4%, depois região sul e nordeste.

As mulheres dominam as visitas, 59% são do sexo feminino. O comportamento por faixa etária revela que 47,3% das visitas são de pessoas entre 18 e 24 anos, 33,8% tem entre 25 e 34 anos. Pessoas com o ensino superior representam 55,5% das visitas, enquanto o médio tem 37,8% e o fundamental 6,7%.

A pesquisa também revelou os setores de maior audiência, mas sem grandes surpresas para quem acompanha o cenário digital. Os blogs de entretenimento dominam a blogosfera, com 68% (1,5 bilhão de visitas em um trimestre). Logo atrás, com 17% está tecnologia, depois esporte (11%), moda e beleza, cultura e educação, automotivos, gastronomia e culinária, carreira e negócios e saúde, com apenas 0,1%.

Por Raquel Calefi

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INFOGRÁFICO: AUDIÊNCIA DOS BLOGS NO BRASIL

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SUCESSO NA BLOGOSFERARafael Hernandez, criador do blog Rafael Designer, dá dicas de como se dar bem no mundo dos blogs pessoais e corporativos. Confira:

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1. Atenção na hora de escrever:Em um blog empresarial, não podemos usar muito textos com um foco de descontrações como gírias, imagens negativas ou incompatíveis com o público que se pretende agir.

2. Tenha foco em seu mercado: Se a sua empresa fala sobre eventos, não coloque no blog receita de bolo.

3. Dedique-se a responder comentários o quanto antes:Uma das coisas mais chatas que existem para um visitante é ver que não é possível comentar no blog ou se existir a resposta, é dada uma semana depois

4. Conteúdo relevante e único:Às vezes, é melhor ficar UM dia sem nada do que colocar coisas fúteis e inúteis, só para “encher linguiça”.

5. Compartilhe e distribua seu conteúdo:Depois de publicar um novo conteúdo, perca um pequeno tempo para avisar sua rede, envie para seus amigos, comente com eles e peça para acessar e comentar.

6. Nunca deixe seu blog sem atualização:Estabeleça uma frequência para fazer as postagens, evite deixar de postar.

7. Assine outros feeds de blogs sobre o assunto e participe: Mas não o do seu concorrente para espionar sua frequência. Se você fala de bolos, assine um feed de receitas, ou do blog da Ana Maria Braga. Não será exclusivamente de bolo, mas quem acessar verá que você está pensando no conjunto e que se enquadra nele.

8. Informe as novidades do seu blog sempre que possível: crie listas e e-mail de amigos assinantes de seu blog ou site, e envie com certa frequência um e-mail falando dos posts mais recentes. Assim você estará fazendo um e-mail marketing, mas muito cuidado para não fazer spam.

9. Socialize seu blog: Mantenha seu blog o máximo possível no mundo social da internet, seja participativo e monitore tudo que andam falando de você, de sua marca e do seu negócio.

10. Não fique bitolado somente no blogO blog é a sua principal ferramenta para tráfego, mas não é tudo!

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ESTAR OU NÃO ESTAR? EIS A QUESTÃO!

Dilema das empresas quanto a presença nas redes sociais e o boca a boca conquistando novos consumidores

Muito se discute se a empresa deve ou não estar presente nas redes sociais, algumas empresas não querem ter

uma página corporativa pelo simples fato do medo de estarem falando negativamente da marca. Então o melhor conselho: é melhor estar presente e fazer ações para mudar essa imagem negativa que a marca já tem com os usuários das redes sociais do que não estar presente e nem ficar sabendo a opinião do público, as sugestões dos consumidores e o que pode melhorar. O

consumidor e a opinião já estão nas redes, só a empresa que não sabe.

Estudos demonstram a importância da presença institucional nas redes sociais. A Lab42 divulgou uma pesquisa que mostra que muitas vezes uma fan page no Facebook pode ser mais importante que um portal da marca. Depois de entrevistar 1000 usuários de redes sociais, a empresa americana constatou que 50% deles acham que uma página no Facebook é mais útil que um site.

Por Raquel Calefi

Tela de criação de página no Facebook

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Outros resultados foram divulgados, e mostram que 82% dos entrevistados acham que a fan page é um bom lugar de interação entre empresa e consumidor, e 72% confirmam que economizaram mais ao seguir uma página na rede social. Os amigos nas redes sociais também fazem a diferença, 69% das pessoas afirmaram que só curtiram uma marca porque algum amigo também curtiu.

Esse último dado apresentado traz a uma questão importante, o boca a boca de uma marca nas redes sociais, a experiência de amigos e o compartilhar. As pessoas acreditam e confiam em empresas que alguém conhecido recomenda. E isso também pode ser o inverso, uma reclamação toma um espaço enorme na web.

As redes sociais permitem as mídias boca a boca, mas para tal feito, é preciso conquistar credibilidade, que é a base do boca a boca. Oferecer qualidade nos serviços, no atendimento, gerar uma boa relação com seus consumidores e proporcionar ótimas experiências são fatores que levam alguém a falar bem da empresa e contar experiências positivas para seus amigos, em uma grande velocidade. Pesquisas revelam que as pessoas acreditam mais em seus amigos do que em especialistas. Ou seja, uma indicação de um amigo para determinado serviço pode ser mais útil para a empresa do que mostrar dados e fazer a propaganda mecânica.

Mas vamos lembrar que o boca a boca também pode ser muito negativo se a experiência do usuário for negativa. Um caso recente é o da empresa Visou, que maltratou uma cliente na sua página no Facebook e isso tomou uma dimensão gigantesca, causando crise na empresa e também como não seguir o exemplo.

Dados também apontam que 77% dos usuários das duas redes mais populares do Brasil, o Facebook e o Twitter, seguem pelo menos uma página corporativa. O índice de rejeição também é alto, 40% já deixaram de seguir páginas corporativas, e os principais motivos apontados são o excesso de postagens, a grande frequência que essas páginas geram conteúdos e também a falta de postagem, as páginas abandonadas e sem postagens por muito tempo.

Um ponto importante quando se fala de páginas corporativas é o bom relacionamento e a interação com o público e seguidores. Gil Giardelli, em sua palestra na Social Media Week São Paulo, diz que as pessoas estão cansadas de redes de conteúdo, elas querem redes de pessoas. O que nos remete a repensar o conceito das empresas nas redes sociais. É preciso chegar mais perto das pessoas, manter um relacionamento, não como um material falando, mas com pessoas interagindo. As empresas estão investindo mais na inteligência coletiva, em dar voz a todos, conversar, ouvir, adequar a mensagem e manter uma relação de amizade. O que remete também ao ponto inicial, que as pessoas acreditam em seus amigos, e a empresa sendo amiga dos consumidores, vai ter a credibilidade, admiração e evangelizadores da marca, defensores e apoiadores.

Existem também milhões de casos de sucesso de empresas nas redes sociais, e cada um tem os seus preferidos. Colabore com a gente sobre empresas nas redes sociais. Mande seu texto para a Social Trend e colocaremos em nossas redes. Afinal, uma rede social é feita de pessoas.

“As pessoas estão cansadas de redes de

conteúdo, elas querem redes de pessoas. O que nos remete a repensar o conceito das empresas

nas redes sociais. É preciso chegar mais perto

das pessoas, manter um relacionamento,

não como um material falando, mas com

pessoas interagindo”

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É mais do que comum as empresas estarem presentes nas redes sociais. A princípio parece simples, mas não é tão fácil quanto

parece. Mais do que ter uma página corporativa nas redes sociais, é necessário ter um planejamento para que essa presença não seja um desastre.

Aquela máxima do Gil Giardelli, “Você é o que você compartilha”, também vale para empresas. A imagem corporativa é a identidade da empresa, é o que ela pensa, o que ela é, as missões e visões corporativas, e deve ser coerente também nas redes sociais. A manutenção desta imagem deve ser bem estruturada e planejada, definido muito bem qual o objetivo da empresa ao ter uma página nas redes sociais.

“A comunicação das redes não pode ser invasiva”, comenta Márcia Ceschini, Planner Digital na Chilli Comunicação. Ela ainda ressalta que as empresas nas redes devem tomar cuidado com o que postam, pois as redes sociais

são pessoas, e sendo assim, essas tem que gostar e procurar as empresas, que devem criar conteúdos interessantes e coerentes com o negócio, sem ‘invadir’ a timeline das pessoas, pois essa invasão pode gerar rejeição por parte dos usuários, criando uma imagem negativa.

Por que é tão importante fazer um plano de comunicação?

Por Raquel Calefi

Márcia Ceschini

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Alguns requisitos para se ter uma boa imagem corporativas foram apresentadas pela Digital Vidya, como o engajamento do público, responsáveis por 90% da boa imagem da empresa. Esse engajamento é a forma como a marca e oconsumidor se conectam e interagem dentro de suas redes de relevância. Com 30%, a disseminação de conteúdo.

É importante também que a empresa saiba ouvir mais do que falar. Os dados apontam que 70% do sucesso das empresas vem dessa prática, sendo que a opinião do público e a experiência do usuário são muito importantes para as ações nas redes sociais. Depois vem a comunicação com quem está falando da marca e o monitoramento da reputação digital.

A reinvenção da marca nas redes sociais, trazendo sempre novidades é uma prática que agrada os fãs. É essencial a criação de novidades, trazer assuntos que interessem ao público de uma forma inovadora, nunca antes abordada nas redes, mas sempre considerando a imagem da empresa e o objetivo inicial.

Márcia também ressalta que o verbo da atualidade é compartilhar. Se uma pessoa viu

um assunto interessante, um conteúdo que lhe chamou a atenção, ela vai compartilhar com os amigos, sendo assim, o compartilhamento é uma enorme oportunidade para que mais pessoas conheçam a empresa. Por isso também a importância da criação de conteúdos relevantes e novos.

E, para finalizar, um dado interessante (e óbvio) e uma pergunta: o segundo motivo de compartilhamento é humor. Como a empresa criar um conteúdo de humor sem ser agressivo, sem ser um humor que denigra a imagem da empresa?

VIRAISPensando em planejamento e

compartilhamento, os virais são lembrados. Virais são aquelas ações que se espalham rapidamente pela internet, muitas pessoas compartilham, só falam disso e acabam se tornando memes. Ou seria os memes que se tornam virais? É difícil dizer como surgem os memes e os virais, mas é fácil lembrarmos vários. Deixaremos uma questão para você pensar, refletir e discutir: os virais são planejados ou apenas acontecem?

Ceschini deu algumas dicas sobre como criar uma boa imagem corporativa nas redes. Confira:

1Análise SWOT da marca (dentro da empresa são as forças e fraquezas, no exterior são as oportunidades e ameaças da empresa

2 Planejamento das ações nas redes sociais

3 Desenvolvimento do plano de ação

4 Monitoramento da marca nas redes sociais

5 Avaliação (as métricas)

6 Novas perspectivas de atuação na internet

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QUANTIDADE X QUALIDADE?Raquel Calefi

Raquel Calefi é a ideali-zadora da Social Trend, concluinte de Jornalismo pela Unip, fez estágio na Reitoria da Unicamp e tra-balha a mais de 1 ano e 6 meses com mídias socias.

Quando se fala em redes sociais corporativas logo se pergunta “Quantas curtições a fã page tem?”, “Quantos seguidores o seu twitter tem?”, ou então se fala muito “Consiga milhares de fãs

da sua marca, consiga mil seguidores”, e por aí vai. O foco da maioria das empresas e pessoas que estão presentes nas redes sociais são os números.

Tanto as empresas de comunicação que prestam serviços em mídias sociais quanto as empresas que tem o departamento esse próprio focam as suas forças e ações em conseguir números, grandes números, até milhões de pessoas.

No meio disso tudo vem a pergunta: “É melhor ter quantidade ou qualidade nas redes sociais?”. Para responder essa pergunta, ou então chegarmos a conclusões, vamos analisar as duas redes sociais mais populares no Brasil: Facebook e Twitter.

Os termos fãs, curtições, comentários e compartilhamentos são do Facebook. RT, Reply e Seguidores são do Twitter. Vamos chamar os fãs e seguidores fiéis de evangelizadores, ou seja, aquelas pessoas que gostam da marca, que se interessam pela empresa e que compartilham, dão RT e propagam os posts da marca para os amigos.

É melhor minha empresa ter milhares de seguidores e fãs e seguidores ou centenas de fãs e seguidores fiéis? A resposta é simples, basta pensar nos benefícios.

Você já deve ter a resposta em sua cabeça, não é? Milhares de fãs e seguidores que só clicaram em curtir e seguir, mas que não são o seu público alvo e nunca mais voltam na página, passam reto e batido pelos posts, não se interessam pelo conteúdo produzido pela marca, que não vão propagar a empresa e que não se transformam em consumidores e clientes – vale lembrar aqui que dá para cancelar a assinatura no Facebook, ou seja, a pessoa pode até clicar em curtir, mas não vai ver nada das atualizações. Ou então, alguns muitos (mas não milhares ou a rede inteira), mas evangelizadores, que vão levar sua marca de forma positiva para os amigos. Afinal, os amigos acreditam e consomem mais das marcas indicadas do que por aquelas que ninguém indicou. Ou seja, os evangelizadores, seus fãs e seguidores, no caso do Facebook e Twitter, são aqueles consumidores que consomem a marca e que ainda trazem mais clientes para a empresa.

Mas, afinal, onde encontrar esses evangelizadores? Fica esta a questão para você pensar e refletir sobre a empresa e ações que podem ser feitas para alcançar tal feito.

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PROFISSÃO SOCIAL MEDIAQuem são? O que fazem? Como fazem? É oficial? E o futuro?

A profissão de Social Media, seja como analista, gerente, coordenador ou com as denominações estrangeiras, SMO (Social Media Optimizer) e SMS (Social Media Strategist), ainda não é regulamentada no mercado de trabalho, ou

seja, ainda não existem leis que regulamentem essa profissão, mas esses profissionais fazem parte do departamento de comunicação e marketing das empresas ou são contratados pelas agências, seja como pessoa física ou jurídica (prestador de serviço).

Uma pesquisa feita pelo professor Tarcízio Silva, realizada com 182 profissionais entre 5 e 22 de junho de 2012 revelou o perfil profissional de mídias sociais no Brasil. As mulheres são a maioria na profissão e com 52,4% elas dominam a área. O sudeste concentra mais da metade (54,7%) dos profissionais que responderam a pesquisa, desse total, 37% dos analistas estão em São Paulo e 11% estão no Rio de Janeiro. Quanto à escolaridade, a pesquisa revela que 41,5% possuem graduação, 33,9% são especialistas ou tem MBA e 19,7% são estudantes de graduação.Na distribuição dos cursos, entre os que possuem graduação, 34,5% são de Publicidade e Propaganda e 26,5%

são de Jornalismo. Em pós-graduação, Marketing Digital lidera, com 20,8%, seguido de Marketing, com 15,5% e Mídias Digitais/Novas, com 7,8%.Os cargos ocupados são: Analista de Mídias Sociais, Analista de métricas e monitoramento, Coordenador de Mídias Sociais, Analista de Buzz Inteligence, CEO/Sócio, Analista de Marketing Digital e outros. Quanto ao local de trabalho, 25,8% estão em empresas, 25,3% estão em Agências Digitais e 12,1% em Agência de Propaganda. O Freelancer também tem seu espaço, com 3,3%.O tempo de profissão não é muito variável, pois por ser uma profissão nova, somente 3,8% está a mais de 4 anos no mercado, sendo que 47,8% tem entre 1 e 2 anos de atuação. Nas questões monetárias, 31,7% ganham entre R$2 mil a R$4 mil.

OS SOCIAL MEDIAS DO BRASIL

Qualidades O profissional de mídias sociais precisa ter mais conhecimento além das redes sociais.

É preciso estar sempre atento aos assuntos do momento, nas tendências da tecnologia, preferências do mercado, e de olho nas empresas e nas novidades do setor.

Algumas características são fundamentais nesse trabalho, como saber se relacionar e planejar e executar estratégias. É preciso gostar de pessoas e entender o comportamento delas.

Atuações no mercadoO profissional de social media tem inúmeras áreas de atuação no mercado, ainda novo, mas

muito promissor, e atualmente é o que mais apresenta crescimento. Ele pode atuar na produção de conteúdo para as redes sociais, criação de campanhas sociais, gestão de relacionamento, planejamento e gestão, monitoramento, mensuração e análise.

DesafiosO principal e maior desafio atualmente nas mídias sociais e para os profissionais é superar

a visão de que não precisa de trabalho e nem de investimento. Além do fato da visão de que um profissional de social media fica só em redes sociais. Há muito trabalho nesse mercado e é preciso ser prático e ter agilidade para dar conta de páginas corporativas e manter o bom relacionamento.

FuturoO futuro da profissão é promissor, e a tendência é a valorização desse profissional, assim como

a especialização. Têm surgido diversos cursos na área de mídias sociais e marketing digital, que abordam esse nicho. Grandes e pequenos eventos, cursos rápidos e palestras acontecem constantemente para a atualização profissional e discussão do mercado.

Infográfico elaborado pelo Scup

Por Raquel Calefi

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MÉTRICAS: MUITO ALÉM DAS MÍDIAS SOCIAIS

Como fazer o monitoramento da marca nas mídias sociais em ferramentas pagas e gratuitas

O monitoramento das mídias sociais e as métricas são partes fundamentais da rotina do profissional de social media. É essencial

o acompanhamento também em tempo real do que é dito sobre a marca, mantendo assim um melhor relacionamento com os fãs da marca.

Ao fazer as métricas e o monitoramento, é necessário estar atento na consistência que os números demonstram e também interpretar os resultados. Diego Monteiro, criador do Scup, ressalta esse ponto ao dizer que “O profissional de social media precisa se preocupar com a consistência de suas métricas e como vai ser usada”. Esses dados têm que espelhar o objetivo dos negócios. Mas, antes disso, é preciso definir a métrica a ser usada e o que se pretende medir. Esse trabalho não deve ser só coleta de dados, ele deve ser o coração das redes sociais, que dá forças para todas as ações e interações das páginas da empresa.

Os retweets, shares, amigos e fãs são uma métrica, que atende a um objetivo de negócio. Diego também observa que as métricas não servem somente para as redes sociais, elas demonstram a situação da empresa para vários setores, como o RH, o SAC, a logística, a TI. Um exemplo disso é o que estão falando do atendimento da empresa e do site, da navegabilidade e funcionalidade.

“Monitoramento é fundamental ao fazer

atendimento nas redes sociais”.

Diego Monteiro, fundador do Scup

Diego Monteiro deu sete dicas para fazer o monitoramento em redes sociais. Confira:

1. Entenda todas as possibilidades que um monitoramento pode fazer por uma marca. O monitoramento permite saber o que dizem de uma marca ou tema e extrair inteligência ou agir a respeito da menção. O monitoramento de mídias sociais pode e deve estar do estagiário ao CEO.

2. Transmita o valor e o benefício do monitoramento para o cliente além do medo. Benefícios tangíveis (possíveis ROI de monitoramento) e intangíveis (segurança).

3. Escolha métricas que gerem inteligência ao negócio. Retweets, shares, amigos e fãs são dados em potencial para se tornar uma métrica, que atende a um objetivo de negócio.

4. Na hora de começar, construa os objetivos junto aos gestores da marca. As métricas a serem utilizadas no monitoramento dependem do nível de maturidade da empresa. Há métricas de dados, informação e conhecimento.

5. Se você é uma agência ou filial, pense em como fazer um monitoramento regional. O monitoramento regional para grandes marcas ou eventos pontuais é um mercado interessante.

Por Raquel Calefi

Diego Monteiro, fundador do Scup

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Mostra quantas pessoas foram atingidas pelos tweets gerados através de termos pesquisados. Expõe os dados em gráficos, mostra quantas replies e RTs foram dados e ainda lista os comentários que geraram as estatísticas. Mas só analisa os últimos 50 tweets.

Aplicativos do Google Chrome. Analisa somente páginas do Facebook. Gera gráficos de fãs, tempo de postagens, quantidade e qualidade de interação, os top fãs e a nuvem de tags.

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6. Tenha em sua equipe pessoas com visão analítica. As competências para fazer monitoramento vão muito além de saber de social media. O maior desafio é conseguir o equilíbrio das competências da equipe entre analítico e visão de comunicação.

7. Pense em todo o processo de monitoramento e não só em fazer relatório. Monitorar mídias sociais é um trabalho de atenção constante. Tenha processos definidos para todo o trabalho de monitoramento.

Para fazer as métricas e o monitoramento, várias empresas oferecem esse serviço através de softwares. Há ferramentas pagas e gratuitas. As ferramentas pagas são mais completas, seguras e possuem geração de alertas e gráficos mais consistentes, além de agrupar mais funcionalidades em uma mesma plataforma, o que nas gratuitas é possível com a união e o uso simultâneo de várias ao mesmo tempo. Conheça algumas ferramentas pagas e gratuitas e suas funcionalidades.

FERRAMENTAS PAGASMonitora 16 mídias sociais através de palavras chaves, identifica as pessoas que estão falando da marca, publica nas redes sociais pela própria plataforma, gera relatórios e analisa resultados.

Monitora mais de 30 mídias sociais, gera relatórios, gestão de conteúdos (agendamento de post, monitora interação, histórico de publicações e relatórios por tempo de resposta), otimização de monitoramento com o módulo Regras.

Envolve gestão, monitoramento, atendimento, marketing e métricas em mídias sociais. A ferramenta dispõe as suas potencialidades por meio das abas Painel, Monitorar, Publicar, Social CRM, Campanhas, Relatórios, e Estatísticas.

Possui navegação e exploração através de gráficos (gráficos navegáveis). Gráficos e influências de cada autor, permite personalizar o Brandviewer com a identidade visual de diferentes empresas.

Identifica o cenário da exposição da marca, produto ou serviço na internet, quantifica e qualifica essa exposição, Identifica temas e tópicos em evidência, mapeia temas sensíveis, identifica formadores de opinião, avalia e presença on-line da marca.

FERRAMENTAS GRATUITASPesquisa (através de palavras chave) menções em várias redes sociais, possibilitando filtro. A ferramenta disponibiliza um resultado completo, com top users, top keywords e top hashtags.

Realiza buscas simples e faz o link das menções com os comentários diretamente nas redes em que foram postadas.

Ferramenta para conhecer o público alvo e ajustar o conteúdo com as preferências dos fãs. Faz o rastreamento no Facebook do que os fãs estão curtindo.

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PLANEJAMENTO DAS REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS

Paula de Castro

Paula de Castro é forma-da em Publicidade e Pro-paganda pela Unip, Pós--graduada em Marketing Estratégico e Gestão de Projetos pela USF. Atuou como Analista de Marke-ting na USF, Coordena-dora de Comunicação no Expresso Urbano e atual-mente é Project Order de projetos mobiles.

No mundo digital existem caminhos criativos e práticos entre a empresa e o cliente já que atualmente pode-se optar por fazer compras também na internet e não só em

centros comerciais. Nesta medida o jogo ficou mais equilibrado, desde que se possa contar com as mesmas condições de negociar e montar operações eficazes no comércio eletrônico. O consumidor navega na internet para pesquisar, decidir o que, onde e como comprar antes de sair de casa e fechar uma compra. Tornando a web um dos principais canais para aumentar as vendas de um grande ou pequeno lojista.

Deste modo estamos vivenciando uma revolução digital e esta súbita evolução nos leva a crer que a todo instante devemos estar preparados para as mudanças tecnológicas.

A percepção de que o mundo pode ser transformado em um imenso banco de dados faz com que a ideia de informação possa ser aplicada a áreas do conhecimento, como a biologia, a química e a tecnologia, ao invés de restringir-se ao campo da comunicação. Esse é um dos motivos pelos quais os conceitos de informação e de tecnologias da informação precisam ser reconfigurados constantemente. Do início da internet comercial, desde os anos 90, observamos mudanças significativas como a web estática, de leitura e de página para a web dinâmica, participativa e como plataforma. Visto de uma maneira 360o, as tecnologias digitais têm se tornado cada vez mais presentes em todo os aspectos do cotidiano. E a partir do momento em que a banda larga de acesso à internet se popularizou observamos daí a proliferação das redes sociais on-line.

Essa crescente difusão das redes sociais on-line no Brasil e no mundo está ligada à sua forma de interação não hierárquica sem estrutura temporal e espacial, o que modificou o modo como nos comunicamos e relacionamos uns com os outros.

O jogo da economia está mudando e a primeira e mais importante regra desse novo jogo é a sua dimensão social. Portanto, necessário compreender o significado da palavra social: interação de pessoas com pessoas e não empresa-pessoa ou pessoa-empresa, pois social significa relacionamento, conquista, engajamento, ética, respeito e transparência.

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A economia sempre foi conduzida pelas pessoas, de alguma forma, mas não no grau de distribuição que tem acontecido no cenário digital nos últimos tempos, onde a tecnologia deixa de ser a questão principal. O ponto central passa a ser comportamental.

E por que as redes sociais on-line crescem e empresas devem prestar atenção a elas? Porque “todo mundo viu” - lógica da credibilidade, a informação vem como “não oficial” e a lógica do boca a boca é o engajamento, influência e hashtags.

Conhecer os interesses e medos das pessoas nos permite saber os fatores que as motivam a agir, possibilitando influenciá-las. As redes sociais são uma das formas de comunicação que mais crescem e difundem-se globalmente, modificando comportamentos e relacionamentos. Assim, compreender a dinâmica, as possibilidades e ameaças que as redes sociais apresentam é essencial para obter uma utilização bem-sucedida ou não.

Segundo a jornalista e blogueira Raquel Recuero, existem quatro valores de capital social mais apropriados aos indivíduos que são visibilidade, reputação, popularidade e autoridade. Tornando importante conhecê-los em uma determinada rede para monitorar a marca, produto e/ou serviço; mapear pontos positivos e negativos; estabelecer a estratégia de relacionamento e estruturar a operação e se relacionar, sempre medindo e reavaliando.

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ACHE SEU ESPAÇOGosta de bigodes? Quer entrar para a fila do céu? Sem dinheiro para colocar silicone? Redes Sociais, muitas vezes inusitadas, reúnem pessoas que buscam a mesma coisa

Rede social é um grupo de pessoas com interesses em comum, que compartilham ideias e informações. Elas existem desde

os primórdios da civilização, ao passo que as pessoas se uniam com uma finalidade, como, por exemplo, caçar, realizar algum ritual, entre outras coisas. Uma rede social pode ser online e offline, já que são grupos de pessoas que têm algo em comum. O que difere é o modo de interação: na online, essas pessoas utilizam plataformas digitais para conversar, interagir e compartilhar, que são as mídias sociais. Ou seja, mídias sociais são os espaços que as pessoas usam para fazer a rede social, o compartilhamento de ideias.

Atualmente existem redes sociais para todos os tipos de públicos, desde o uso geral, para conectar com os amigos, até para a busca de informações, como por exemplo, compartilhar o gosto por pássaros, aprender sobre aves, se relacionar com pessoas com o mesmo propósito que o seu, entre outras finalidades.

A rede com maior número de usuários no mundo é o Facebook, criada por Mark Zuckerberg em 2004. Outra rede de muita expressão é o Twitter, um microblog em que os usuários escrevem frases de até 140 caracteres – essa rede é muito utilizada na transmissão de informação e

notícia, visto que sua velocidade é muito rápida. Criado em 2004, o Orkut, do gigante Google ainda é popular no Brasil. Também pertencente ao Google, o Google+ é uma rede que vem para concorrer diretamente com o Facebook. No segmento de compartilhamento de vídeos o YouTube lidera na popularidade, mas existe uma alternativa conhecida como Vimeo, que oferece os mesmos serviços do concorrente.

Há também, em meio às redes mais “genéricas” um espaço que fica entre o Twitter e o Blog, o Tumblr. Nele é possível a postagem de fotos, gifs, textos, etc. Nas redes mais específicas, como o Pinterest, uma rede de pessoas interessadas em fotos. O Decora.me, de interesses em decoração e arquitetura. O DrinkdIn, que indica bares e bebidas para pessoas que compartilham o gosto de beber. O FourSquare, uma rede que os amigos fazer check-in e dão opinião sobre os lugares que estão. O LinkedIn é uma rede social para fins profissionais, onde os usuários colocam seus currículos e experiências profissionais.

Mas também há aquelas redes sociais que soam um tanto quanto diferentes e coisas que você nunca imaginou. Veja algumas dessas redes sociais que você talvez nunca tenha imaginado existir, mas elas estão na web e fazem sucesso entre seu público.

Por Raquel Calefi

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Wikeaves: Você gosta de aves? Quer compartilhar fotos que tirou de pássaros? Aprender mais sobre as espécies? Essa rede tem a finalidade do compartilhamento de fotos e conhecimentos sobre esses animais.

I Just Made Love: Você só quer fazer sexo e não ter compromisso? Quer contar como foi? Esse é o espaço! Essa rede reúne pessoas que gostam de fazer sexo e contar como foi, além de mostrar um mapa com os locais que as pessoas mais praticam sexo.

We Waited: Você sempre quis casar virgem? Esse é seu espaço. Essa rede une pessoas que sonham em se casar virgem, marcando encontros, apresentando quem tem o mesmo ideal de vida.

iHeaven: Algum ente querido faleceu? Crie um perfil para ele, que se relacionará também com outras pessoas que não estão mais presentes entre nós. Uma forma de demonstrar carinho e suprir a falta e a saudade.

Stache Passions: Você tem bigode? É apaixonado por bigode? Encontre outras pessoas que tem o mesmo gosto que você e troque experiências e dicas sobre esse visual.

Line for Heaven: Você vai para onde quando morrer? Quer ir para o céu? No Line for Heaven há pessoas que também querem entrar para a fila do céu. Na rede é possível participar de jogos e desafios que premiam com pontos, para ficar mais pertinho do andar de cima.

HAMNSTERster: Seu pet é um hamster? Compartilhe seu gosto, experiências, dicas e aprenda mais sobre o bichinho nesta rede que une pessoas que também gostam desses roedores.

My Free Implants: Mulheres, vocês desejam fazer uma cirurgia plástica ou ter uma prótese de silicone, mas não tem dinheiro para isso? Entre para essa rede social e ache homens que vão doar dinheiro para você realizar seu sonho.

REMcloud: Teve um sonho estranho mas nenhum de seus amigos vai entender? Nesta rede você conta sua experiência noturna e sabe também de outros sonhos.

ZombieMe: Apaixonados por zumbis, agora pode ser real, no mundo virtual. Nesta rede você é um zumbi e se conecta e interage com outros usuários, também zumbis.

My Microbes: Discuta sobre seus problemas gastrointestinais, compartilhe ideias e histórias do seu intestino. Você também pode enviar suas fezes para o site (por um preço nada modesto) que eles relatam todas as informações sobre a sua flora intestinal.

Intellectconnect: Qual é o seu QI? Se você julga que está acima da média, este é o lugar ideal para estar presente. Esta rede social é para pessoas que se julgam com QI acima da média.

SecondLove: Não, não é Second Life, é Second Love. Você trai? Gosta de trair? Ache pessoas que tem esse mesmo gosto. Mas corre o risco de seu relacionamento descobrir. Atenção máxima.

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INFORMAR, ENGAJAR, ESCUTAR, CONFIRMAR

As redes sociais no exercício da democracia, nas eleições

A campanha de Barack Obama nos Estados Unidos, em 2008, foi um marco do uso das redes sociais nas eleições. Isso mostrou que as redes podiam ser usadas a favor do candidato na corrida eleitoral, e desde então o mercado político aceitou, ainda que não em sua totalidade, as mídias sociais para as eleições.

Em outubro aconteceram as eleições municipais no Brasil, e o uso das redes sociais foi importante em muitas campanhas eleitorais, tanto de vereadores quanto de prefeitos. As eleições municipais já aconteceram, mas em 2014 ocorrerá eleição para deputado, governador e presidente, e é muito importante que as agências de mídias sociais e os social medias fiquem atentos para esse enorme nicho de mercado, mas que requer cuidados no tratamento e na administração das páginas desses candidatos.

Não ser invasivo e responder as perguntas são premissas básicas para a boa administração dos perfis e páginas dos candidatos. Fazer uma boa estratégia e conteúdo são essenciais para o bom recebimento do candidato na rede social. Diego Martins, Gestor de Redes Sociais na Isocial, acredita no tripé Informar, Engajar e Escutar para o bom funcionamento do perfil político, e ainda ressalta que “O inovador é não apenas expor fotos, propostas e artes de impacto, o importante é pedir opinião e criar um calendário por segmentos (cultura, habitação, transporte, segurança, saúde, educação e outros)”. E ainda completa que com o uso da postura

informativa não há rejeições por parte do público.

Mas não é só nas eleições que o candidato deve manter e preservar o bom relacionamento e as redes sociais. Elas são muito úteis e cada vez mais essenciais para os já eleitos, tornando um canal de comunicação direto com a população, tanto para ouvir quanto para informar suas atividades no legislativo ou no executivo. “O que buscamos é qualificar nossas relações com a sociedade e a partir disso, criar um canal de comunicação direto, permanente e confiável, ainda mais permeável e suscetível à participação popular”, comenta Fabrício Carbonel, Gerente de Comunicação Parlamentar.

É muito importante o candidato, os coordenadores de campanha, os assessores e até mesmo os militantes entenderem a internet e as mídias sociais. E é necessário também o social media ou a empresa que oferece esse serviço fazer um bom planejamento e a execução sempre junto aos candidatos e políticos, que buscam a aproximação com os eleitores

e cidadãos, sempre ouvindo bastante e respondendo dúvidas, questionamentos e sugestões.

“É preciso compreender que a Internet passou a exigir das estruturas, também tradicionais, do Estado uma nova forma de relacionamento, sob uma perspectiva e expectativa de desburocratização do serviço público, transparência, maior poder de fiscalização dos recursos públicos e prestação de contas da classe política ao cidadão. Compreender também que há divergências na rede e estar preparado para lidar com elas, e saber que a comunicação não pode se estabelecer em uma única via”, completa Carbonel sobre as redes sociais o uso político, que busca a aproximação dos cidadãos com o processo político.

Carbonel ainda conclui que “Para todo esse trabalho, defendo um setor específico para redes sociais dentro da comunicação dos mandatos parlamentares para saber lidar com as divergências, adotar as melhores práticas e conseguir melhor a comunicação do parlamentar com a sociedade”.

Por Raquel Calefi

Urna eletrônica de votação

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SENTINDO NA PELE OS EFEITOS DAS REDES SOCIAIS NA POLÍTICA

Moisés Fabiano de Camargo Del Buono

Moisés Fabiano de Camar-go Del Buono – Músico, Jornalista e Suplente de Vereador. Uma eleição é fruto de quatro anos de trabalho, no mínimo. Em

junho, pela primeira vez e sem qualquer trabalho anterior fui escolhido para participar das eleições municipais de Serra Negra,

para vereador.Meu nome sempre foi vinculado ao Esporte e a Cultura, porém nunca

havia realizado nenhum trabalho político que pudesse no futuro, buscar votos. A minha primeira atitude foi a criação de espaços em redes sociais. Vale ressaltar que durante toda a campanha investi o valor de R$ 40,00. Todo o meu material foi doado pelo partido. No dia 6 de julho comecei minha campanha via internet, publicando o material de campanha virtual, com propostas, número e a coligação. Estamos falando de Serra Negra, cidade de 25 mil habitantes.

A primeira repercussão foi interessante, com pelo menos 100 curtições e comentários. Em seguida, o blog da campanha foi criado e totalizou até o final da campanha 1153 visualizações. Durante a campanha, também tive oportunidades de me expressar pelo facebook. Serra Negra possui durante o período eleitoral, a festa do peão. Infelizmente, alguns políticos utilizam do evento para conquistarem o voto. Recebi ligações 30 chamadas via facebook para que arrumassem ingressos para o vento.

Em 31 de agosto postei um texto falando sobre o evento e que não iria fornecer nenhum ingresso. Deste dia, para frente, a campanha começou a crescer. Na própria festa do Peão recebi elogios pela atitude aberta e sincera. Também ganhei credibilidade com formadores de opinião.

Também formatei textos visando o voto consciente e os ataques pessoais, visando esclarecer qualquer dúvida que o eleitor pudesse ter sobre o candidato. Claro, o contato pessoal traz credibilidade e também confiança ao eleitor, mas a ferramenta é interessante para abrir a primeira conversa.

Recebi 210 votos e mesmo sem ter trabalhado por quatro anos. Pude mostrar minhas convicções, atitudes, opiniões e a minha realidade nas ruas e pelas Redes Sociais.

Num levantamento, dos 210 votos que eu tive, 110 delas foram de seções que possuem pessoas até os 25 anos de idade. Sei que a maioria delas tem contato com a internet e acredito que as Redes Sociais foram de suma importância para essa campanha.

Claro, poderia ter mais alcance, caso tivesse contratado empresas especializadas no gênero, porém como disse acima, tive muito pouco tempo para se preparar. E dentro das possibilidades que a formação de Comunicador Social me deu, acredito que foi muito positivo o trabalho.

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LEITURA

Muitos e-books surgem todos os dias, tratando dos mais variados temas e assuntos. A leitura desses livros é dinâmica e rápida, sempre bem ilustrados e explicativos,

trazem novidades, ferramentas, assuntos abordados de uma forma que vale a pena fazer o download, ler, aprender e depois compartilhar com os colegas.

Essa coluna Leitura traz sempre e-books que merecem ser lidos e compartilhados. Leu algum e-book e gostou? Mande sua sugestão para a coluna e compartilhe seu conhecimento. Nas próximas edições haverá o espaço para resenhas também. Participe pelas nossas redes sociais e compartilhe conhecimento.

CURADORIA DIGITAL E O CAMPO DA COMUNICAÇÃO

Organizado por Beth Saad, do COM+ (Grupo de Pesquisa em Comunicação e Mídias Digitais da ECA-USP), foi uma pesquisa acadêmica que acabou se tornando um e-book que discute desde as origens do termo e caracterização de sua atividade. Também há a discussão da existência de algoritmos que exercem a curadoria na rede e a curadoria sob o ponto de vista

da cultura, analisa como ocorre essa prática nas mídias sociais, a práxis curatorial vivenciada e aplicada por Tarcizío Silva que conta a experiência das agências e Heitor Ferraz faz um panorama como um jornalista-curador em sua revista Samuel.

Download: http://goo.gl/riAuG

INTRODUÇÃO AO MARKETING NO FACEBOOK

O e-book foi produzido e publicado pelo Resultados Digitais. Traz tópicos que mostram desde como criar uma página na maior rede social do mundo até como customizá-la, editá-la e integrá-la com outros recursos, até o uso de abas e aplicativos. Há também a abordagem de conteúdos e como se aplica o fator Edge Rank.

Download: http://goo.gl/ZeV1t

Por Raquel Calefi

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COMO MONITORAR AS MÍDIAS SOCIAIS E TER INSIGHTS PARA O SEU NEGÓCIO

Uma publicação do Scup, que reúne a aplicação do monitoramento em mídias sociais e como monitorar, mostra o perfil do profissional de monitoramento, ensina a fazer um briefing, traz um capítulo de como analisar os dados e dicas para fazer monitoramento e estratégia.

Download: http://goo.gl/oQKgD

HOW TO MASTER FACEBOOK MARKETING IN 10 DAYS

A publicação do HubSpot traz passos para aumentar a interação no Facebook. Seus capítulos tratam de avaliação das páginas, entendimento das melhores práticas na rede, como criar um calendário de conteúdo, criação de páginas de boas vindas, concursos, Edge Rank, execução de campanhas de anúncios e o Facebook Analytics.

Download: http://goo.gl/gvvQO

BLOGS.COM – ESTUDOS SOBRE BLOGS E COMUNICAÇÃO

Organizado por Raquel Recuero, com a participação de Adriana Amaral e Sandra Montardo. O e-book traz 12 artigos que falam do mapeamento do blog, o ciberespaço e a escrita contemporânea, estudo de casos, debate sobre blogs políticos, a aproximação dos blogs no campo jornalístico e pedagogia dos blogs.

Download: http://goo.gl/aXKKb

PARA ENTENDER O MONITORAMENTO EM MÍDIAS SOCIAIS

Uma publicação da Organização Tarcízio Silva, com 27 artigos de profissionais e pesquisadores da área de mídias sociais. O e-book trata de 22 tópicos sobre o tema: Informação, Reputação, Análise de Sentimento, SAC, Profissionais, ROI, Relevância, Monitoramento, Mensuração, Inteligência Artificial, Gestão de Crises, Classificação, Geolocalização, Conteúdo, Netnografia, Softwares Plenos, Perfis, Opinião Pública,

Convergência, SEO, Visualização, e Gestão do Conhecimento.

Download: http://goo.gl/MMPXM

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