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Publicação Trimestral da Pastoral da Juventude do Regional Sul 1 (Estado de São Paulo)

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4 PejotAç@o

Quem faz a Pejotação

Direção: Coordenação Regional da Pastoral da Juventude (CRPJ) e Comissão Regional de Assessores (CRA) do Regional Sul 1

Reportagens: Grupos de Trabalho (GTs) A Juventude Quer Viver; Ajuri, Caminhos da Esperança; Mística e Construção; Tecendo Relações e Teias da Comunicação

Representantes dos GTs: Aline Alcaraz (A Juventude Quer Vi-

ver); Denise Lima(Ajuri), Ir. Flávio Lima (Caminhos da Esperan-ça); Elaine Lima (Mística e Construção); Marco Júnior e Vagner Benedito (Teias da Comunicação)

Redação virtual: Tiago Motta, Lívia Lima da Silva, Fernando Diegues e Lucas Araújo

Contato: www.pjsul1.org

Pejotação é uma publicação trimestral da PJ do Regional Sul 1

Civilização do Amor é missão de todos Fe

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Civilização do Amor, Outro Mundo Possível, Rela-ções de Fraternidade, Sociedade do Bem Viver ou simplesmente Reino de Deus: A segunda edição da Pejotação convida os/as jovens para refletirem so-bre este projeto e missão, utopia e realidade, que vai mudando de nome conforme os espaços onde a ju-ventude está inserida. Como dizem os jovens Aline Alcaraz e Rodrigo Crivelaro, “A Civilização do Amor é uma certeza que construiremos diariamente por meio da vida que doamos em comunhão”, assumida como compromisso nosso do dia-a-dia, forte testemunho de fé, sonho coletivo e bom de ser vivido, ou como causa digna de se doar a vida. Vale ressaltar que a construção da Civilização do Amor não é algo que se iniciou há pouco tempo, e tampouco está longe de acabar. Trata-se de uma lon-ga e rica trajetória, realizada por meio de um proces-so histórico de luta pela instauração de uma nova so-ciedade, alicerçada na justiça, igualdade e paz, que recebe contribuição significativa da experiência das CEB`s e dos saberes e práticas da Teologia da Li-bertação, especialmente no chão da América Latina. O desafio é grande e exigente: Como construir essa tal Civilização do Amor nos dias atuais? A pedagogia, organização e história da PJ nos permitem afirmar que o primeiro passo é sentir e conhecer verdadei-ramente o chão em que pisamos, pois só assim é possível compreender as reais necessidades, os profundos anseios e as doloridas aflições da nossa juventude. Como consequência deste primeiro pas-so, diversas possibilidades concretas se abrem para construirmos a Civilização do Amor de fato, como a inserção nos conselhos de juventude, o debate so-bre a defesa dos Direitos Humanos, a construção da cultura de paz, a busca por alternativas de economia solidária e sustentável, a expressão e o reconheci-mento das bandeiras de luta pelo respeito às diversi-dades e fim das desigualdades, entre outras . Muitos/as homens e mulheres, como Pedro Casal-dáliga, Margarida Alves, João Bosco Burnier, Doro-

ty Stang, Helder Câmara, entre outros/as tantos/as, que doaram e doam suas vidas pela causa abraça-da, inspiram as ações da PJ e dos/as PJoteiros/as para seguirem firmes no testemunho e na dedicação à construção da tão sonhada Civilização do Amor. Porém, não há inspiração maior que a pessoa do próprio Cristo, que empenhou toda sua vida pela edi-ficação do Reino de Deus. É Jesus Cristo quem nos convida a seguir seus passos e traçar o itinerário que Ele mesmo percorreu, para assumirimos, de forma viva, atual e corajosa, o Projeto de vida em abun-dância para todos e todas, desejado por Deus e a nós confiado. De forma especial, somos chamados/as a caminhar com os/as jovens que mais sofrem e que estão à margem da sociedade, colocando-nos a defender a vida onde ela se encontra ameaçada, diminuída, explorada ou mesmo exterminada. Construir a Civilização do Amor é missão de todos/as nós e a Pejotação, nesta edição, quer colaborar para que continuemos a seguir neste caminho do Reino - Projeto e Missão. Possibilitando uma ampla reflexão sob variados enfoques - da espiritualidade à história, da cultura à política, da ação social à arte -, esta revista novamente se afirma como instrumento valioso aos grupos de base e lideranças pastorais, para fortalecimento da evangelização no meio juve-nil. Como Pastoral da Juventude, continuemos confe-rindo realidade à nossa utopia, testemunhando com nossos gestos e palavras a Boa Nova proclamada por Jesus: “O Reino já está entre vocês” (Lc XXX).

Coordenação Regional da PJ eComissão Regional de Assessores

Regional Sul 1

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PejotAç@o 5

Papo da vez: Hilário DickProdutor de vários estudos sobre juventude, Hilário é um profundo conhecedor do proces-so de evangelização de jovens na América Latina. Por entender como poucos o propó-sito da Civilização do Amor, ele é o nosso en-trevistado nessa edição.

Por GT Teias da Comunicação

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6 PejotAç@o

De onde surgiu a ideia deste olhar latino--americano sobre a Civilização do Amor?

A Civilização do Amor é um nome, um tema, um leitmotiv, uma expressão e, também, uma proposta de sociedade. A expressão vem de Paulo VI, elei-to Papa em junho de 1963, lançando essa “idéia” numa fala após uma das sessões do Concílio Va-ticano II. Para a Pastoral da Juventude Latino-Americana a Civilização do Amor é um lema que diz muito: é o coração das diretrizes da evangelização da juven-tude a partir de sua articulação inicial, em 1983. A Civilização do Amor é o coração destas diretri-zes nas diversas versões: em 1983, 1987, 1995 e 2013. Nestas normas nunca faltou o leitmotiv da Civili-zação do Amor. Em 1995 falava-se Civilização do Amor – Tarefa e Esperança; em 2013 diz-se Civi-lização do Amor – Projeto e Missão. A Pastoral da Juventude não deixa de afirmar, nesta expressão, a sociedade com que sonha, a pessoa humana que deseja, a Igreja que deseja ver real e aquilo que imagina ser uma Pastoral da Juventude. É uma visão da sociedade com mística.

Quais os fatores mais consideráveis para o desenvolvimento da Pastoral Juvenil por toda a América Latina?

Entre os muitos fatores a serem destacados, acen-tuaria: a) a articulação, tendo em vista a elaboração de uma caminhada em conjunto. A proposta pedagógica e teológica da Pastoral Juvenil é fruto da construção

em comum das experiências de trabalhos com os jovens em todos os países da América Latina; b) o apoio que deu ao trabalho com os jovens a opção preferencial pelos jovens, da Conferência de Puebla, em 1979. A Igreja soube marcar presença; c) a organização da caminhada, dividindo a Amé-rica Latina e o Caribe em quatro grandes regiões que se encontravam, através de uma coordenação e através dos Encontros Nacionais de Responsá-veis da Pastoral Juvenil.

O que diferencia o modo de viver a reli-giosidade na América Latina das outras regiões do mundo?

Não se trata de fazer uma comparação, mas não há dúvida que a religiosidade na América Latina, além de vir de uma cultura que respeita as varia-das raízes afro-americanas e indígenas, ainda é mais pujante do que a religiosidade de outros con-tinentes. Apesar de todas as contradições, ainda somos um continente cristão: alegre, no meio do sofrimento. A Teologia da Libertação e a Mística das Comuni-dades Eclesiais de Base (CEBs), aliadas a outras fontes populares, deram e dão uma tônica espe-cial à religiosidade latino-americana. Podemos di-zer que as duas realidades citadas nasceram aqui, que não foram importadas, como acontece com outras experiências. Esta origem explica, igualmente, as dificuldades que a Pastoral Juvenil passou e passa na atual conjuntura eclesial. Os cenários diferentes de Igre-ja são uma realidade e uma ameaça que podem vir de diversos lados, até de lados que não espe-rávamos.

Quais as suas principais considerações sobre o trabalho da Pastoral Juvenil na América Latina e no Brasil?

A pergunta, na perspectiva de passado, deveria ater-se à história que a juventude católica (na Pas-toral Juvenil) já conseguiu fazer em questão de cerca de 30 anos. Uma presença marcante, pro-gressiva, formadora de lideranças para a socieda-de e comprometidas com a Igreja. Quanto ao presente, a mudança de paradigma também ecoa na caminhada da Pastoral Juvenil em todos os níveis: em nível de grupo, de diocese, nacional, e em nível latino-americano. Na perspec-tiva de futuro, o que se espera é que Civilização do Amor – Projeto e Missão leve a todos, jovens, lideranças e acompanhantes, para uma retomada

Internet

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PejotAç@o 7

Hilario é jesuíta e dedica a vida à PJ. Foi assessor da CNBB para o Setor Juventu-de e é autor de vários livros. Colabora no Centro CAJUEIRO e com o CELAM no acompanhamento à PJ Latinoamericana.Internet

da identidade. Continuo acreditando que o grande trabalho a ser feito é a prática e a vivência mística das cinco opções pedagógicas da Pastoral Juvenil que estão nos documentos da Igreja, especialmente no docu-mento 85 da CNBB e nos documentos recentes do CELAM. Há aspectos da identidade que precisam ser retomados. A Pastoral Juvenil procura ser uma Pastoral de Processo, não de Eventos, e isso incomoda. Se o bom é ter identidade é péssimo não saber a pró-pria identidade. Pelo que se fez e se faz contra a Pastoral da Juventude, no Brasil, é admirável o que podemos ver pipocando País afora em ní-vel de iniciativas. Claro que há problemas, mas é cego quem não percebe a capacidade de resis-tência por parte de uma juventude que, apesar de tudo, continua acreditando na importância da au-tonomia e do protagonismo juvenil que vá além do discurso.

Como é possível vivermos a civilização do amor?

Deixando com que o amor seja amor e fazendo que o amor, mais do que discurso e poesia, seja prática. Faz recordar o apóstolo Tiago dizendo que

“Pelo que se fez e se faz contra a Pastoral da

Juventude, no Brasil, é admirável o que podemos ver pipocando País afora”

a fé sem obras é morta. Precisamos de um amor organizado porque se trata de construir uma civilização: a civilização da doação, da gratuidade, da alteridade, do respei-to, da construção comunitária, de atitudes movi-das por um bem querer planetário. A civilização do amor não pode ficar em bons desejos. Trata--se de um Projeto de Vida (PdV) onde o respei-to pelo/a outro/a seja central. Um amor que seja justiça e serviço; onde os pobres estejam em pri-meiro lugar. A civilização do amor exige estudo, pesquisa, mís-tica, fundamentação bíblica, capacidade de plane-jamento, tudo que a Pastoral da Juventude fala quando fala de formação integral, de método, de opções pedagógicas, de horizontes que nos ilumi-nem (assim como se expressa Civilização do Amor – Projeto e Missão), da dimensão celebrativa, do cultivo da memória, do respeito às juventudes, do cuidado com os cuidantes (exorcizando os contro-ladores), da construção em mutirão e de não per-der a fome de utopia.

Internet

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PejotAç@oMatéria da Capa

“...Flores seremos e o mundo inteiro florescerá!”

Por Aline Alcaraz Rodrigo Crivelaro GT Tecendo Relações

Quando a gente pisa pela primeira vez em um encontro de grupo de base da Pastoral da Juven-tude, não faz ideia do infinito de possibilidades que aquele primeiro contato vai trazer! E mesmo para aqueles que estão na PJ, mas que não inicia-ram sua caminhada pelo grupo, existe uma base, uma pessoa, um espaço que representa essa pri-meira troca de olhar, essa acolhida, sem deixar antever as inúmeras sensações que estão por vir. Não temos mesmo como prever o desenrolar de uma história quando acabamos de começar a es-crevê-la, mas creio que muitos dos que leêm esta matéria, em algum momento depois desse primei-ro encontro, se perguntaram: “como seria minha vida se eu não tivesse conhecido a Pastoral da Juventude...?” Fazer essa pergunta nos leva a refletir sobre as mudanças que a caminhada pastoral trouxe para

nossas vidas; quem seria eu, você, ou o que seríamos nós

sem esse cuidar próprio de quem vê no/a outro/a al-guém querido/a mesmo que

tenhamos acabado de nos

Construir a tão sonhada Civilização do Amor não é tarefa fácil. É exigir da Igreja uma conver-são pastoral e transpor da teoria à prática a op-ção preferencial pelos jovens. O protagonismo juvenil é uma das vertentes que sustentam a Civilização do Amor na qual muitos de nós pejoteiros acreditamos. Jovens protagonistas de suas ações, de suas lutas, de suas histórias e projetos de vida. Nisso tudo a Pastoral da Juventude tem muito a contribuir. Por isso, a PejotAç@o convida você, junto com os jovens Aline Alcaraz e Rodrigo Crivelaro, a fazer memória do amor primeiro, das motiva-ções, das místicas que libertam, dos encontros com a base, da comunidade, da militância e da utopia. Bora caminhar com eles?

conhecer. Sem as rodas de debate em que cons-truímos, a partir do/a outro/a, nosso ser político, sem as canções de festejo e resistência de quem não esmorece diante das violências e injustiças do mundo, mas reconhece no suor de uma dança, nas mãos entrelaçadas de uma ciranda, um caminho, uma brecha para transformar a realidade, para fa-zer o novo. Como uma semente plantada, a gente vai se trans-formando sob a terra, devagar, mas de maneira in-sistente, acolhendo o sol e a chuva e sem ter noção da metamorfose que está vivendo. Um dia, quando a gente volta o olhar para si, repara que já não é mais semente, a gente reconhece, com alegria, que é primavera, que faz parte de uma grande estação em que a regra é ser sinal de Um Mundo Novo por meio do Amor e do Serviço.

Divulgação

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PejotAç@o

“...Flores seremos e o mundo inteiro florescerá!” Nem todos florescem, é verdade. Alguns che-gam a este nosso jardim e não se reconhecem nele, outros só passam, como brisa de fim de tar-de. Muitos/as, porém, se apaixonam pelas cores, pelos perfumes, pela energia e se permitem ser possuídos/as por um espírito louco, insano que os/as leva a crer e pregar que um outro mundo É possível. E olhando para esse imenso jardim que é a Pas-toral da Juventude, olhando para quem somos e para aqueles/as com quem comungamos a utopia do novo, percebemos quantas mudanças pessoais, sociais e espirituais sofremos ao longo dessa esta-ção. A história da PJ é, como muito tem se falado nesses tempos de celebração, uma história cons-truída por muitas mãos. Mas há, também, muitas (muitas mesmo) histórias pessoais de vida constru-ídas pela Pastoral, a partir dela; histórias de pesso-as que foram tão cativadas pelos princípios, pela proposta, pelo modo de ser igreja da PJ que hoje, mesmo fora dos espaços pastorais, continuam a ser sinais de esperança e de amor entre o desam-paro e individualismo produzidos por esse sistema excludente. A cada novo encontro pastoral, somos pessoal-mente tocados pelos olhares ternos de quem se mostra verdadeiramente satisfeito com a nossa presença. Somos surpreendidos pelos abraços e beijos gratuitos de quem se sente à vontade para manifestar os mais delicados afetos à pessoa que somos, como se no tempo desse toque não existis-se espaço para conceitos de gênero, orientação se-xual, etnia ou classe social. Somos cativados pelas mãos firmes de quem faz uma opção de vida pelo caminho em comunhão, até que chega o momento em que nós compreendemos que ter fé na vida é ter fé em nós mesmos/as, que se nós temos fé em Deus, Ele também tem em nós, e que mais do que animais pensantes que habitam este planeta, nós somos coauto-res e protagonistas do projeto da Civilização do Amor. Percebemos, então, que vivemos a nossa fé de uma nova maneira.

Que passamos a fazer parte de um pequeno (mas encantador) grupo de pessoas que optam por uma espiritualidade libertadora que reconhece a centra-lidade da opção pelos pobres e marginalizados na Boa Nova anunciada por Jesus. “Não pode haver paz sem justiça...”, a crença na verdade encerrada nessa frase nos leva a optar por uma nova prática em todas as instâncias da nossa vida; mais do que anunciadores/as do Reino, pas-samos a nos reconhecer como responsáveis pela edificação do Reino e assumimos nosso papel po-lítico na sociedade. As ideias de “Céu” e “Paraíso” deixam de fazer sentido, pois compreendemos que a utopia é vivida no chão de nossas realidades diárias, este é o ter-reno sobre o qual fundamos os alicerces do nosso pro-jeto de um Mundo Novo, a nossa tão sonhada Civiliza-ção do Amor. Muitos são aqueles que nos dizem que infinitas são as dificuldades para mudar a realidade, tantas que nem valeria a pena so-nhar, ou muito menos tentar, construir um novo projeto de sociedade. Mas vive-mos uma fé inspirada na coragem, não no medo, nossos passos são dados com con-vicção: a Civilização do Amor não é uma suposição, não é uma ideia nem um deva-neio, é uma cer-teza que constru-ímos diariamente por meio das vi-das que doamos em comunhão.

Divulgação

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O que é......esse tal Dia Nacional da Juventude?

Por GT Caminhos da Esperança

O Dia Nacional da Juventude (DNJ) é uma das atividades permanentes da PJ, junto com as se-manas do Estudante (SdE) e da Cidadania (SdC). Ele é comumente celebrado no último domingo de outubro. Porém, em muitas dioceses, neste ano de 2013, essa data será antecipada ou adiada porque em 27 de outubro muitos jovens farão o Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem). O DNJ surgiu em 1985, durante o Ano Internacio-nal da Juventude, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A PJ entendeu que era o momento de juntar os/as jovens para ce-lebrar a vida em suas diversas realidades, refletir e mostrar a sua cara pelas ruas saindo do espaço eclesial. Nesta data, em muitas dio-ceses do Brasil, acontecem oficinas, rodas de conversas, palestras, atividades espor-tivas, romarias, caminhadas, shows e celebrações, todas voltadas para a Juventude que quer celebrar o seu dia. Antes, os grupos de base do País podem estudar e refle-tir um Tema e um Lema que vem ao encontro dos seus anseios. O DNJ é parte da luta que a PJ trilha para tornar os/as jovens protagonistas de sua história, para que construam uma nova ordem social, pautada na justiça e fraternidade. Luta da educação libertadora na construção da paz e na efetivação da “Civilização do Amor”. Vale enfatizar que o DNJ também é espaço de memória das conquistas da juventude e impulso às batalhas para efetivar direitos que são constante-mente deixados de lado. Todo DNJ tem tema e lema relacionados com a realidade da juventude. E neste histórico de quase 30 anos já se falou de direitos humanos, cidadania, cultura, educação, trabalho, políticas públicas para a Juventude, meio ambiente, meios de comunicação, violência e muito mais! A PJ foi uma das organizações juvenis pioneiras na discussão sobre Políticas Públicas para a Juventude (PPJ´s), tendo inserido esse tema como foco lá no

DNJ de 2001 e o trabalhado por 5 anos consecuti-vos. Essa luta ultrapassou as bases da PJ, foi englo-bada por diversos coletivos juvenis e avançou com a aprovação do Estatuto da Juventude, sancionado pela presidenta Dilma, no último dia 5 de agosto. No ano passado, o DNJ passou a ser uma ativida-de de toda a juventude da Igreja, sendo assumido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventu-de, que junto com a PJ, agora trabalha na proposi-ção de temas e lemas de reflexão.

Em comunhão com os tra-balhos da igreja durante esse ano, o DNJ vem com o Tema: Juventude e Missão e o Lema: Jovem: Levante-se, seja fermento; uma temática que foi trabalhada pela Igreja durante esse ano. Tivemos a Campanha da Fraternidade (CF) em que a Juventude foi o foco, e a experiência be-líssima da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), onde o Papa Francisco convocou os/as jovens para irem ao encontro dos mais necessi-tados, daqueles que preci-sam da ação da Igreja, e da juventude como um todo, que anda deslegitimada não so-mente no âmbito social mas

também no espaço eclesial. Somos chamados/as, enquanto jovens pejoteiros e pejoteiras, a rea-firmar dentro e fora da igreja a nossa “opção pre-ferencial pelos pobres e pelos jovens”. Cabe a nós celebrar o Dia Nacional da Juventude nas dioceses e dentro dos grupos com “muita reza, muita festa, muita luta”, como foi proposto em 2010, quando o DNJ completou 25 anos. A ideia é fes-tejar, mas também estudar os assuntos propostos a cada ano para que a atividade ajude na defesa da vida, na efetivação de direitos, no protagonismo dos/as jovens e na construção da tão sonhada Ci-vilização do Amor. Toda a Juventude é convocada a vivenciar seu dia e, com alegria e ternura, levar o Cristo jovem a toda a sociedade, anunciando-o em casa, na rua, na escola, no trabalho, no campo ou na cidade; aqui, lá, e em qualquer lugar.

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Para grupos

Por GT Mística e Construção

Enquanto Pastoral da Juventude, somos her-deiros/as de um chamado muito especial, que dá sentido à nossa caminhada: somos chamados/as a concretizar no nosso hoje a Civilização do Amor!Afinal de contas, de onde surge tal anseio? A resposta a este questionamento está justa-mente no próprio Jesus, o jovem de Nazaré que era apaixonado pelo Reino de Deus e por causa dele “andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Notícia...” (Lc. 8,1). De fato, só quem realmente ama é capaz de entregar-se sem reservas, por inteiro. E assim fez Jesus. De acor-do com José Antônio Pagola, em seu livro Jesus: Aproximação histórica, o Reino de Deus será a causa pela qual Jesus empenhará toda a sua vida, suas forças e tempo. O Reino é, sem dúvida, o núcleo da pregação do Mestre, sua convicção mais profunda, a paixão que anima toda a sua atividade. Tudo aquilo que ele diz e faz está a serviço do reino de Deus. Tudo adquire sua unidade, seu verdadeiro significado e sua força apaixonante a partir dessa realidade. O reino de Deus é a chave para captar o sentido que Jesus dá à sua vida e para entender o projeto que quer ver realizado na Galiléia, no povo de Israel e, definitivamente, em todos os povos.

Assumir o Projeto

Seguir Jesus é se dispor a percorrer o itinerário que ele percorreu e assumir como ele o Projeto de Deus de “vida abundante para todos” (Jo. 10,10); é caminhar com os que sofrem e que estão à mar-gem da sociedade e consequentemente defender a vida onde ela se encontra ameaçada e explorada. É este o convite audacioso que Jesus faz a todos aqueles que desejam dar um sentido novo às suas vidas. E assim, tendo a pessoa de Jesus como cen-tralidade, a PJ assume a opção preferencial pelos/as pobres e pelos/as jovens no engajamento e na luta contra todas as formas de opressão, violência e extermínio de nossa juventude, que clama pela vida e faz ecoar das nossas periferias os seus gri-tos por justiça e dignidade: “A juventude quer viver”! Como Jesus, acreditamos num outro mundo pos-

De onde brota o anseio por semear a Civilização do Amor?

sível, no Reino de Deus entre nós, numa socieda-de igual, na Civilização do Amor, onde a vida é res-peitada, o amor é lei maior, a justiça é realidade, onde há direitos garantidos, igualdade, liberdade, tolerância, diálogo e esforço permanente pela paz. E o que nos faz seguir cantando: “um novo sol se levanta, pois nasce hoje a civilização do ama-nhã. Uma corrente mais forte que o ódio e que a morte. Nós sabemos: o caminho é o amor...”? Se-guir amando, semeando, sonhando, lutando, dese-jando e concretizando esta Civilização do Amor é justamente o amor à juventude e a defesa de sua vida na convicção de que eles/as são protagonis-tas neste processo.

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No encontro!

Ambientação: Ambiente aconchegante com tecidos coloridos, vela, Bíblia, bandeira da PJ e símbolos que marcam a caminhada de cada um/a na PJ (se possível pedir antecipadamente), pão e vinho para a partilha e tudo mais que desejar.

Acolhida: “Cantemos a alegria da fraternidade e bendigamos a Deus pela nossa comunhão”. Vamos ce-lebrar a alegria do encontro! (três pessoas passam por entre os participantes com água perfumada, mel a ser saboreado, abraço caloroso e vão acolhendo a todos). Enquanto isso se canta: Salmo 133.

Oi, que prazer, que alegria o nosso encontro de irmãos! (Bis)1. É óleo que nos consagra, que ungiu teu servo Aarão. (Bis) É como um banho perfumado, gostosa é a nossa união! (Bis)2. Orvalho de alta montanha, que desce sobre Sião. (Bis) Sereno da madrugada, gostosa é a nossa união! (Bis)3. Senhor, tu nos abençoas, e a vida vem de porção. (Bis) É vida que dura sempre, gostosa é a nossa união! (Bis)4. Ao Deus de todas as crenças, a glória e a louvação. (Bis) No amor da Santa Trindade, gostosa é a nossa união! (Bis)

Motivação: Vamos acolher a Palavra de Deus que é luz e sustento na nossa caminhada! Buscar o Reino de Deus, a Civilização do Amor, só se torna possível se a Palavra de Deus é acolhida e vivenciada!

Acolhida da Palavra de Deus: Passar a Bíblia de mão em mão, enquanto todos cantam

Canto de Aclamação:- Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça/ E tudo o mais vós será acrescentado / Aleluia, Aleluia!- Não só de pão o homem viverá, mas de toda palavra/ Que procede da boca de Deus / Aleluia, Aleluia!- Se vos perseguem por causa de mim, não esqueçais o porquê/ Não é o servo maior que o Senhor / Aleluia, Aleluia!

Iluminação Bíblica: Mateus 25, 31-46

Motivação para partilha: O que esta palavra nos diz hoje e o que trazemos pra colocar em comum da nossa experiência de caminhada na PJ e deste nosso compromisso na construção da Civilização do Amor? Vamos partilhar a palavra, a vida, as experiências de fé!

Pai Nosso: Nesta oração (pode ser rezada ou cantada) que nos irma-na, fazemos memória de nossos mártires, homens e mulheres que doaram suas vidas até as últimas consequências a fim de que o Rei-no de justiça e paz fosse possível. Mesmo tombando na luta, estes nossos companheiros e compa-nheiras pelo seu testemunho reno-vam nossa fé e compromisso!

Partilha do pão: Após esta belíssi-ma partilha de nossas vidas, de nos-

Celebrando o sonho comum: A Civilização do Amor

Fernando Diegues

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PejotAç@o 13

so compromisso com o Reino nas mais diversas formas de engajamento. Juntos (as) partilhemos o alimento, na cer-teza de que é por meio da partilha que o Reino é presença no meio de nós!

Música: Pão da igualdade

- Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fe-charem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão.Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estrei-tas demais. Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais! É Jesus, este pão da igualdade, viemos pra comungar. Com a luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar! Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar! Com a fé e união nossos passos um dia, vão chegar! - O Espírito é vento incessante, que nada há de prender. Ele sopra até no absurdo, que a gente não quer ver.- No banquete da festa de uns poucos, só rico se sentou, nosso Deus fica ao lado dos pobres, colhendo o que sobrou. Muito tempo não dura a verdade...- O poder tem raízes na areia, o tempo faz cair. União é a rocha que o povo usou pra construir. Muito tempo não dura a verdade...- Toda luta verá o seu dia nascer da escuridão. Ensaiamos a festa e a alegria, fazendo comunhão. Muito tempo não dura a verdade...

Bênção: - Que Deus te abençoe com um desconforto inquietante sobre as respostas fáceis, as meias verdades e as relações superficiais, para que possas buscar a verdade corajosa e vive-la profundamente em teu coração.- Que Deus te abençoe com sagrada raiva à injustiça, à opressão e à exploração de pessoas, para que possas trabalhar incansavelmente pela justiça, liberdade e paz entre todas as pessoas.- Que Deus te abençoe com o dom de lágrimas para derramá-las com aqueles que sofrem de dor, re-jeição, fome ou a perda de tudo aquilo que eles amam, para que possas estender a mão para lhes dar conforto e transformar a sua dor em alegria.- Que Deus te abençoe com a tolice suficiente para que creias que realmente podes fazer diferença neste mundo, para que possas, com a graça de Deus, fazer aquilo que os demais insistem ser impossível.- E que a benção de Deus, Suprema Majestade e nosso Criador, Jesus Cristo, a Palavra encarnada que é o nosso irmão e Redentor, e o Espírito Santo, o nosso Advogado e Guia, seja contigo e permaneça contigo e com todos, hoje e para sempre. Amém.

Música: Nova Civilização

- Uma terra que não tem mais fronteiras. Mãos que unidas no mundo formarão, uma corrente mais forteque a guerra e que a morte. Nós sabemos, o caminho é o amor.- Uma pátria mais justa e mais fraterna, onde juntos construímos a unidade. E ninguém é desprezado,porque todos são chamados. Nós sabemos: o caminho é o amor. Nós sabemos: o caminho é o amor.- Um novo sol se levanta, pois nasce hoje a civilização do amanhã. Uma corrente mais forte que o ódio e que a morte. Nós sabemos: o caminho é o amor.- A justiça, novo nome para a paz. O amor leva sempre a perdoar. A verdade, a força que nos dá a liber-dade. Nós sabemos: o caminho é o amor. Um novo sol…- E quem ama irradia com a vida. Sabe ver o amor além da dor. Pois o homem se sente solidário com o mundo. Nós sabemos: o caminho é o amor. Um novo sol…- Meu irmão é você que está ao meu lado. Todos filhos de Deus que nos criou. Ele veio a esta terra para unir a humanidade. Nós sabemos: o caminho é o amor. Um novo sol…

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Aqui se faz PJ

PJ e os Conselhos Municipais de JuventudePor GT A Juventude quer viver...

A Pastoral da Juventude, em sua atuação movida pela fé encarnada na realidade da juventude, ocupa diversos espaços na sociedade civil organizada a fim de contribuir concretamente para a construção desse outro mundo possível: a tão sonhada Civilização do Amor que tantas vezes celebramos.

Estamos, assim, para além das igrejas: nas ruas, escolas, praças, plenárias, conferências, conse-lhos... A fim de que tenhamos voz para, como os/as profetas, denunciar, anunciar e ajudar a construir novas relações entre os/as jovens, relações estas inspiradas pela fraternidade. Os processos das Conferências Nacionais de Juven-tude, por exemplo, foram importantes para levantar as bandeiras em favor da vida da juventude, colocando, definitivamente, os/as jovens na agenda social, em especial do poder público, como sujeitos de direitos e, também, endossar a importância dos Conselhos Mu-nicipais de Juventude. A PJ, que há muito já os pauta-va como essenciais, assim celebrou sua visibilidade e firmou ainda mais os pés pra consolidá-los. Os conselhos são espaços efetivos de monitora-mento das políticas públicas nas cidades, e é na certeza de que participar deles é estar em plena consonância com o que a Igreja nos propõe como missionários/as comprometidos/as com a vida, que a PJ ocupa cadeiras e protagoniza os processos de legitimação dos conselhos em diversos municípios.

No estado de São Paulo são muitas as cidades que têm conselhos de juventude já organizados ou em processo de articulação. No mapa abaixo destacamos alguns que contam com a participa-ção de pejoteiros/as:

Pra entender melhor do que estamos falando:

“Os conselhos são instâncias de participação e inter-locução da sociedade com o Estado no planejamento e acompanhamento da execução das políticas públi-cas. Ligados ao Poder Executivo em todos os níveis (municipal, estadual e nacional), é nestes espaços que a sociedade civil organizada pode debater so-bre os projetos e necessidades comuns e inseri-los na agenda governamental. A composição e forma de funcionamento dos conselhos é muito variada, refle-tindo, em parte a diversidade sociocultural de nosso país e a diversidade de situações quanto à efetivida-de das políticas públicas. Os formatos são definidos combinando diversas possibilidades, que variam de acordo com o seu foco, o cenário político e a cultura de participação dos envolvidos, entre outras.”

Fonte: www.juventude.gov.br/conjuve/guia-de-conselhos-de-juventude

Sub-Região Botucatu

*Pop

ulaçã

o de 1

5 e 29

anos

(IBGE)

Marília 54.347jovens*

Sorocaba153.808jovens*

São Paulo2.908.498

jovens*

Cidades com conselheiros da PJ

Link para baixar doc 85:http://migre.me/fIMwB

A cada oportunidade é necessário que a Pastoral da Juventude, através do seu ardor missionário, se aproprie de espaços como os

conselhos de ju-ventude para que, a partir da sua arti-culação, os jovens possam ter vida em abundância. O documento 85 afirma que é necessária uma “firme atuação de todos os segmentos da Igreja no sentido de garantir o direito dos jovens à vida digna e ao pleno desen-volvimento de suas po-tencialidades (n. 230).” Essa vida digna que se

O Estado de

São Paulo é

dividido em

645 municípios

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PejotAç@o 15

“Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os go-vernos (nacionais, estaduais ou muni-cipais) traçam para alcançar o bem-es-tar da sociedade e o interesse público”.

(Fonte - Políticas Públicas: conceitos e práticas: SEBRAE/MG, 2008, p.15. Acesso:http://migre.me/fHJdN)

Anota aí!

Santa Bárbaraa D’Oeste48.472jovens*

Sumaré67.417jovens

Americana 53.055jovens*

Sub-Região

Campinas

Sub-RegiãoSorocaba

Sorocaba153.808jovens*

Sub-Região

SP 1

São Paulo2.908.498

jovens*

Sub-Região

SP 2

Santo André167.733jovens*

Sub-Região

Aparecida

São José dos Campos168.655jovens*

Cidades com conselheiros da PJ

concretiza com acesso à educação, ao trabalho e à renda, à cultura e ao lazer, à segurança, à assistên-cia social, à saúde e à participação social.

Pejoteiros que atuaram na II Conferência Nacional de Juventude

Sem sombra de dúvidas, os conselhos de juven-tude são, na atualidade, um importante espaço e instrumento para que a juventude possa construir sua formação e sua participação para que, a exem-plo do Ressuscitado, uma nova ordem possa ser estabelecida. E você, sabe se na sua cidade existe conselho de

juventude? Sabe se a Pastoral da Juventude faz parte dele? Quer saber mais sobre Conselhos de Juventude? Então leia o texto “Conselhos de Juventude: for-talecendo diálogos, promovendo direitos” que está disponível no link em http://migre.me/fIKru ou aces-se a página oficial do Conselho Nacional de Juven-tude (Conjuve): www.juventude.gov.br/conjuve .

Div

ulga

ção

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16 PejotAç@o

Dicas culturaisO testemunho da Civilização do AmorPor GT Ajuri

8ª Romaria da terra e das águas: Com objetivo de integrar as lutas do campo e da cidade, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Presidente Prudente realiza em 15 de setembro, às 8 horas, sua 8ª Romaria que tem como tema “Juventude em Movimento” e o Lema “No Campo e na Cidade Transformando a Sociedade”. O local é o Assen-tamento São Bento em Mirante do Paranepanema

Umas das coisas que nos move a construir a Civilização do Amor, além do projeto em si, é o testemunho dado com a vida por diversas pessoas que se apaixonaram e se entregaram de corpo e alma à causa. Elas nos inspiram e nos alimentam em nossa caminhada. Como esquecer de Dom Helder Câmara, Margarida Alves, Dom Pedro Casaldaliga, entre tantos/as outros/as, que doaram a vida ao projeto libertador de Cristo?

O anel de Tucum: Mostra a trajetória de um homem que sai em busca do responsável pelas mobiliza-ções do povo. Descobre um projeto de vida em doa-ção que é maior do que qualquer outro e acaba encontran-do a si mesmo. No seio das comuni-dades eclesiais de base ele percebe que o verdadeiro responsável pela rebeldia popular é o próprio Cris-to. Participação especial de Dom Pedro Casaldáli-ga. Link do filme: migre.me/fWfB5

Dom Helder Câmara, O Santo Rebelde: O documentário sobre Dom Helder, arcebis-po emérito de Olinda e Recife, que morreu em 1999, tem como foco a sua importante partici-pação na ala progres-sista da Igreja Católica na década de 1950, criando a Conferencia Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e o Con-selho Episcopal Latino

– Americano (Celam). Também mostra suas ações durante a ditadura militar, quando foi uma perso-nalidade decisiva. Dom Helder Câmara foi fiel à ideia de uma Igreja pobre para os pobres, inserida na comunidade orante e política. O filme pode ser achado no link: http://migre.me/fWfGL

Pedro, profeta da esperança: O documentário é um fiel retrato de Dom Pedro Casaldaliga, homem de poesia e de profecia. A poesia emergiu nele natu-ralmente, ainda jovem, e foi amadurecendo na reali-dade vivida em beleza, em ternura e de rosto latino- americano. A profecia irrompeu pela unção martirial, sobretudo no sangue de João Bosco Burnier, e na proximidade das mortes matadas de índios, quilom-bolas e camponeses. Dom Pedro já foi alvo de ame-aças de morte e recentemente teve que deixar sua cidade. Link do documentário: http://migre.me/fWfEh

Exposição “Resistir é preciso”: Mostra a resis-tência dos meios de comunicação durante a dita-dura militar. “Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados” (Vladi-mir Herzog, jornalista, assassinado em 1975 pela ditadura).

Organizada em ordem cronológica, a exposição irá contar a história da resistência ao golpe militar (1964-1985), período no qual intelectuais, artistas, sindicatos, estudantes, jornalistas, trabalhadores e outros setores da sociedade lutaram pela demo-cracia e justiça social.

A atuação da imprensa na clandestinidade, no exí-lio e nas bancas faz parte de um cenário pouco co-nhecido pelo público atual, apesar de ter cumprido um papel relevante durante todo o processo de re-democratização do País. A exposição fica em São Paulo de 12 de outubro até 6 de janeiro de 2014.

Inte

rnet

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PejotAç@o 17

# PJ na JMJ “O Papa é pejoteiro”. Essa foi a frase que se es-palhou pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e pelo Brasil depois que pejoteiros conseguiram entregar para o Papa Francisco uma bandeira da PJ, um anel de Tucum e o subsídio Somos Igreja Jovem. Foi durante a visita de Francisco à comu-nidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, que a PJ o presenteou com um pouco de sua identidade. A foto do papa com a bandeira “correu” nas redes sociais .

nização católica austríaca que colabora com inúmeros projetos de evangelização pelo mundo. Jovens lideranças do mundo todo estiveram reuni-dos/as com o objetivo de conhecer a realidade e os espaços onde estão as juventudes do nosso Brasil. Uma experiência que propiciou a troca de experiên-cias e o aprofundamento da fé dos/as participantes.

Tenda

Já na semana da JMJ, a PJ montou a sua tenda, a Tenda das Juventudes, na cidade do Rio de Janei-ro. Foi um espaço aonde os/as pejoteiros/as e os/as peregrinos/as puderam participar de mesas de debate, mesas temáticas, exposições e um espaço místico: o Santuário dos Mártires da Caminhada.

Sem dúvida, julho deste ano ficará marcado na história da Igreja e da PJ do Brasil, pois muitos/as jovens pejoteiros/as puderam vivenciar momentos únicos. E a JMJ do Rio teve gosto especial por ser a primeira viagem internacional do novo Papa, o único de origem latino-americana até hoje! O jeitão do “Papa Chico” encantou muitos jovens e os moti-vou a participar ainda mais deste encontro. Mas a JMJ não ficou limitada à ida ao Rio de Janeiro, pelo menos em diversos locais onde a PJ atua. A JMJ começou antes, durante as atividades da Semana Missionária, que foi parte da progra-mação oficial da Jornada. Muitas dioceses e ar-quidioceses acolheram a proposta e se integraram aos inúmeros peregrinos que passaram por elas.

Intercâmbio

Várias atividades foram fei-tas pela PJ por esse “Brasil-zão” e o nosso Regional Sul 1 acolheu o projeto chamado Intercâmbio Missão Aprender, desenvolvido pela DKA (Die Ktholische Jungschar) - orga-

A Pastoral da Juventude também se fez presente na JMJ indo às ruas do Rio na Marcha Mundial das Juventudes, mostrando a sua cara para denunciar a violência e o extermínio que jovens sofrem no Brasil diariamente. Os/as Pejoteiros/as refizeram suas malas, des-montaram suas tendas e retornaram para seus grupos de base levando no peito as experiências vividas, as emoções sentidas e as palavras ditas pelo Papa Francisco: “porque o jovem tem ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A uto-pia é respirar e olhar adiante...”para continuar a construção da nosso utopia maior, a Civilização do Amor.

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18 PejotAç@o

Aconteceu

SUB REGIÃ0 CAMPINAS

Formação

Somos todos/as pejoteiros/as “com muito orgulho e mui-to amor”! Por que será?! Essa foi a pergunta que ilumi-nou a galera da Dio-cese de Bragança Paulista, entre 5 e 9 de julho, em Franco da Rocha, no 1º Encontro Diocesano de Formação da PJ. Partindo do tema “Na caminhada pastoral, o que nos faz estar aqui?”, coordenadores/as e membros dos grupos de jovens da diocese participaram de assessorias com os te-mas: Projeto de vida, identidade pastoral, afetividade e se-xualidade, cativar e cuidar, juventude e revolução, políticas públicas e direitos juvenis, espiritualidade e mística e maiori-dade penal, buscando fazer com que a caminhada na base se fortaleça e gere ainda mais vida às diversas realidades das nossas juventudes.

SUB REGIÃ0 RP 2

Encontro de Reestruturação

Aconteceu em Olímpia, Diocese de Barretos, a reunião de rear-ticulação da PJ na Sub Região. A atividade foi em 24 de agosto e contou com presença de jovens das dioceses de Jales, Catanduva e Barretos. Além dos/as jovens, fizeram-se presentes também o bispo de Barretos, Dom Edmilson, o padre Emerson, assessor do setor juventude e da PJ de Barretos, e padre Onivaldo, de Jales. No encontro foi discutido sobre as realidades, angustias e de-safios da PJ na sub região, além da construção de propostas para fortalecer as bases e as organizações diocesanas. Com força renovada e de mãos dadas foram encaminhados os próximos passos da rearti-culação. “Não consideramos que estamos começando algo, mas apenas nos reanimando a continuar o que nunca esteve parado”, afirmou o coordenador regional da PJ pela Sub, Luiz Nagô.

SUB REGIÃ0 SP 1

PJotão Em 17 de agosto, aconteceu na Re-gião Belém, Arquidiocese de São Pau-lo, mais uma edição do PJotão. O en-contro é uma atividade permanente da Região que visa proporcionar um fim de semana de arte e cultura aos jovens. Com o tema Juventude e Educação, o PJotão 2013 contou com a presença de 180 jovens participando de diversas oficinas. O evento lembrou também dos 6 anos da morte de Dom Luciano Mendes, que foi Bispo da Região.

SUB REGIÃ0 BOTUCATU

Formação

Em Bauru, foi realizado um momento especial de se encantar

pela história de tantos/as jovens que fizeram e fazem acon-tecer a Igreja Jovem. No encontro de formação, nos dias 22 e 23 de junho, lideranças estudaram documentos da igreja e conheceram a identidade, história, espiritualidade, missão, organização e projetos da PJ; além de afir-marem o horizonte da Civilização do Amor e opta-rem pelo SIM A VIDA da juventude. À noite houve uma festa junina no Assentamento Horto Aymorés e domingo a celebração de Taize.

Fotos: Divulgação

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PejotAç@o 19

Pj é você quem faz! Concurso Cultural

A revista Pejotação chega à sua 2ª edição e aqueles que acompanham nossa fanpage no Facebook têm aproveitado o espaço para trocar idéias, partilhar sugestões, críticas e, claro, participar da construção dessa NOSSA revista. Um dos “agitos” da fanpage foi o Concurso Cultural EU CURTO A REVISTA PEJOTAÇÃO. A proposta era que a galera tirasse uma foto com a revista, compartilhasse a página e convidas-se os amigos a curtir a imagem. Tivemos 3 participações: Andre Paz, que conseguiu 6 curti-das, a galera da Diocese de Itapeva (153 curtidas) e o jovem Dinho (197 curtidas). A equipe da revista conversou e deci-diu premiar as três imagens. Todos recebe-rão o novo livro do Pe. Hilario Dick, “Cartas de Francisco às Juventudes” . Além disso, o 1º lugar leva mais 2 livros pastorais e o 2º lugar ganha mais 1 livro. Você também pode partici-par das promo-ções, enviar suas críticas, sugestões, dúvidas e contribuições para a revista. O link da fanpage é www.facebook.com/RevistaPejotacaoPJSul1 .... E não se esqueçam de curtir, comentar e compartilhar as postagens da Pejotação. Vamos mostrar para todos que NÓS CURTIMOS a Revista Pejotação.

197 curtidas

153 curtidas 6 curtidas

Pejotação nos grupos

A primeira edição da Pejotação se espalhou pelos quatro cantos do País e teve uma boa repercus-são entre os grupos de base. Um exemplo é a galera do Jovens Uni-dos com Cristo (JUC), da Dioce-se de Osasco (Sub Região SP 2). Várias cópias da publicação foram impressas e o grupo mandou essa foto por meio de nossa fanpage! Mande você também alguma foto e um relato de ações do seu grupo!

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