revista interbuss - edição 179 - 02/02/2014

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ÔNIBUS ELÉTRICO CHINÊS É A SURPRESA NO PASSEIO DE SP Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 179 2 de Fevereiro de 2014 MAIS DE UM ÔNIBUS QUEIMADO POR DIA. E A POLÍCIA, INERTE Série de ataques a ônibus deixa milhares de pessoas sem transporte em várias regiões.Enquanto isso, a polícia não prende os criminosos MAIS DE UM ÔNIBUS QUEIMADO POR DIA. E A POLÍCIA, INERTE

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Page 1: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

ÔNIBUS ELÉTRICOCHINÊS É ASURPRESA NOPASSEIO DE SP

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 179 2 de Fevereiro de 2014

MAIS DE UM ÔNIBUSQUEIMADO POR DIA.E A POLÍCIA, INERTE

Série de ataques a ônibus deixa milhares de pessoas sem transporteem várias regiões.Enquanto isso, a polícia não prende os criminosos

MAIS DE UM ÔNIBUSQUEIMADO POR DIA.E A POLÍCIA, INERTE

Page 2: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

Page 3: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

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Page 4: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Tarifa de ônibusé reajustada paraR$ 3,00 no Riode JaneiroNo ano passado a tarifa havia sidoreajustada para R$ 2,95, porémhouve revogação por contade série de manifestações 12

MAIS ÔNIBUS QUEIMADOS EIMPUNIDADE À SOLTA

Polícia não contêm a onda de violência em São Paulo

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Jovem pegarabeira em ônibuse agride motoristaem Ribeirão PretoMotorista foi repreendido peloinfrator e sofreu ferimentosde estilhaços de vidro 09

Page 5: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSComo economizar e manter 22

Página 07

ANO 4 • Nº 179 • DOMINGO, 2 DE FEVEREIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 02h49

EDITORIALParabéns à Belo Horizonte! 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

MAIS ÔNIBUS QUEIMADOS EIMPUNIDADE À SOLTA

Excepcionalmente, nesta semana, não publicamos a colunade José Euvilásio.

Um dos maiores eventos sobre ônibus e transporte estará de volta em 2014. Aguardem mais informações em breve!

PÔSTERBusscar Urbanuss 16

Guilherme Rafael

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzChega de vandalismo 30

COLUNISTAS Adamo BazaniA integração dos modais no Bilhete Semanal 26

| Colunas

Consórcio HP-Itacompra mais de400 ônibus Caiopara o DFEntre os modelos compradosestão quarenta unidades dearticulados com carroceriaMillennium BRT 26

| Deu na ImprensaMuseu brasileirodo transportejá conta comquatro patrocíniosQuatro fortes empresas do setor já patrocinam ogrande projeto 21

Page 6: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Nos próximos dias o país poderá comemorar um marco histórico no avanço da mobilidade urbana. Apesar de todos os retroces-sos que foram interpostos, a região metropolitana de Belo Horizonte terá um sistema de BRT, um dos primeiros a ser inaugurado para a Copa do Mundo, que acontece dentro de alguns meses no país. Várias obras ainda estão em andamento em diversas cidades, mas a capital mineira saiu na fr-ente e vai entregar o seu sistema logo mais. Durante todo o processo de implantação dos corredores exclusivos em Belo Horizonte, os empresários locais do setor de transportes fizeram o possível e o impossível para retardar tudo, inclu-sive conseguiu a aprovação da colocação de ôni-bus super básicos nas linhas alimentadoras, mas eles não conseguiram fazer muita coisa em relação às troncais, cujas exigências foram mantidas e os primeiros Marcopolo Viale BRT sobre Mercedes-Benz O-500MA começaram a chegar. Há algum tempo, quando começaram a circular algumas fotos de um suposto ônibus biarticulado com mo-tor dianteiro, a capital mineira foi a primeira a ser indicada para receber o suposto novo modelo, que permanece em mistério até hoje. A realidade

mostrou ser diferente tempos depois, e estamos vendo nas ruas. Nos últimos anos o transporte belorizon-tino sofreu um retrocesso muito grande, com o fim da exigência do chassi de motor traseiro na frota urbana. Rapidamente os ônibus da cidade foram trocados por veículos com motorização dianteira, com as configurações mais simples possíveis. O número de ônibus articulados permaneceu o mesmo durante anos, e mesmo com as absurdas demandas que existem em várias linhas, os veícu-los pequenos prevaleceram, em detrimento ao interesse da população. Agora, com a Copa a ser jogada no estádio do Mineirão, a necessidade da implantação de um sistema de deslocamento rá-pido falou mais alto, mesmo com o empresariado chorando. Poderiam ser feitas obras de ampliação do Metrô, com a criação de novos ramais, mas os custos menores dos corredores exclusivos, além dos benefícios serem semelhantes ou até maiores, fez com que o sistema fosse escolhido. O poder público sempre tem que se in-terpor ao interesse particular, para que o interesse público prevaleça sempre, e os governos devem sempre fazer com que o público seja privilegiado.

Um marco histórico para amobilidade de Belo Horizonte

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial Se dependesse de alguns empresários, o trans-

porte mineiro seria feito por carroças até hoje. A manutenção da exigência de ônibus articulado com motor traseiro ou central foi uma vitória da coletividade, apesar do retrocesso nos ônibus das linhas alimentadoras, onde até a suspensão a ar foi dispensada, mesmo com as adaptações realizadas por algumas montadoras em alguns de seus chas-sis de motor dianteiro. O Distrito Federal é a próxima macror-região a receber um sistema de BRT nas próximas semanas. O Expresso DF será inaugurado e os ôni-bus articulados com piso baixo e ar condicionado deverão entrar em circulação em breve. A licitação do transporte público local, apesar de toda a polêmi-ca envolvida, foi benéfica para a população, que hoje dispõe de uma frota nova, em contraste com a frota velha e caindo aos pedaços que circulava pela capital federal. A chegada dos novos ônibus ar-ticulados também é um marco histórico importante para o avanço do transporte local. Esperamos que outras cidades termi-nem suas obras no setor de mobilidade, mesmo que depois da Copa do Mundo, e que tudo sirva de exemplo a outras localidades, como São Paulo, que não fez nada no setor de ônibus, deixando tudo nas costas do Metrô, onde várias obras estão sendo feitas simultaneamente e mesmo assim não ficarão prontas para a Copa. A maior cidade do país, não fez praticamente nada para que houvesse uma melhoria nos deslocamentos da população. Uma pena.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

• Portal O Dia / Folha de S. Paulo [email protected] A cada dia, em média, oito ônibus são incendiados ou depredados nas 27 regiões metropolitanas das capitais. Levantamento da Folha de S. Paulo com base em dados de governos, prefeituras e sindicatos de empresas mostra que, do início de 2013 até ontem, 230 veículos de transporte coletivo foram queimados e outros 3.111, depredados. Nas capitais e no entorno, a moti-vação para os atos de vandalismo é variada, como ações do crime organizado, reivindi-cações específicas de moradores, protestos populares como os de junho pelo valor da tarifa e até vandalismo em dias de jogo de futebol. O total de 3.341 ônibus representa uma média de oito ataques a cada dia e de cerca de 255 por mês. O prejuízo chega a no mínimo R$ 69 milhões, se considerados só os ônibus incendiados –um modelo tradicional custa R$ 300 mil. Já as consequências às vítimas não podem ser contabilizadas. Um dos incêndios a ônibus no Maranhão, no início do mês, resultou na morte de uma menina de seis anos e em quatros feridos. Os atentados, diz o governo, foram ordenados por criminosos presos no com-plexo penitenciário de Pedrinhas Apenas ontem, em Porto Alegre, 25 ônibus foram depredados durante a greve de motoristas e cobradores. Em Santa Catarina, 97 suspeitos foram indiciados, entre outras ações, sob suspeita de ataques a 43 ônibus no início de 2013. As ordens partiram de uma facção criminosa.

‘VITRINE’ Atacar um ônibus tornou-se vitrine para manifestantes e criminosos, segundo

Destaque

A S E M A N A R E V I S T ADE 26 DE JANEIRO A 1 DE FEVEREIRO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 02/02/14 07

Levantamento mostraque nas regiõesmetropolitanas osataques são maisincisivos a cada dia

Brasil tem 8 ônibus atacadospor dia, em média, desde 2013

Arte Folha

Otávio Cunha, presidente-executivo do NTU, associação nacional das empresas de ônibus. “Houve um acréscimo [em 2013]. As manifestações de junho acirraram os ânimos.” Para o professor Sérgio Adorno, co-ordenador do Núcleo de Estudos de Violência da USP, os ataques não têm uma causa única. A morte de um jovem na favela, por exemplo, pode ser mais um estopim do que uma causa para a ação. “Pode ter um sentimento de insatis-fação acumulada com as falhas no transporte

e com o fato de o poder público não cuidar do bairro”, afirma. Da mesma forma que em países como a França, ataques a veículos podem ser reflexos de uma mudança na sociedade, diz Adorno. No caso do Brasil, seria fruto de uma geração que, apesar de mais escolar-izada e com mais poder de consumo, percebe que não teve o melhor ensino possível e que, mesmo consumindo, não é reconhecida pela sociedade.

NÚMEROS • As estatísticas da depredação de ônibus em todo o Brasil desde 2013

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Para Governo de SP, ataques a ônibus podem ser de facções

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• Estadãoa@terra. com.br O secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou nesta quinta-feira, 30, que a polícia investiga a ligação entre os incêndios de ônibus regis-trados em São Paulo. Em visita a Campinas, ele anunciou a ampliação do reforço de poli-ciamento em uma terceira região da capital, na zona leste, onde outro ônibus foi atacado na noite de quarta-feira. “Vamos chegar ao esclarecimento desses fatos. Não são fatos que aparentam ser isolados. São motivos aparentemente diferentes, ora por morte de fulano, ora por falta de luz, por enchentes. Mas nós acredit-amos que uma outra linha de investigação deve ser perseguida e é isso que estamos fa-zendo”, afirmou Grella, ao confirmar a sus-peita de ações coordenadas. Questionado sobre as declarações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de que a responsabilidade sobre a se-gurança pública é do governo do Estado, o secretário de Segurança criticou a politiza-ção do assunto. “Ver as coisa sobre esse enfoque é uma coisa muita pequena. O problema é muito mais sério do que querer atribuir, sob o aspecto político, a responsabilidade so-bre esses eventos a um segmento”, afirmou Grella. Ele disse que em uma reunião, na noite de quarta-feira com a cúpula das polí-cias, foi definido um plano que já começou a ser implantado. “Em razão dessas ações já foi possível a prisão de 16 pessoas na terça-

ATAQUES • Mais um ônibus queimado na Grande São Paulo: Ato do crime organizado

02/02/14 • REVISTAINTERBUSS08

Estadão

feira e ontem”, disse o secretário. Policiamento. Parte do plano é o reforço de policiamento ostensivo em áreas mais problemáticas. “Intensificamos o poli-ciamento preventivo em duas regiões críti-cas de São Paulo e hoje em uma terceira em razão do episódio de ontem.” O reforço será nas regiões do João 23 (zona oeste), do Jardim Ângela (zona sul) e do Lageado (zona leste). Grella, porém, não detalhou quantos homens serão usados nem se outras equipes serão mobilizadas.

“Vamos garantir a circulação do ônibus.” Alckmin. Durante entrega de uma creche-escola em Guararapes, a 560 quilô-metros da capital paulista, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a polícia paulista já tem 13 suspeitos presos por ataques criminosos aos ônibus na per-iferia da capital. O governador disse ainda que será por intermédio deles que a polícia chegará aos verdadeiros motivos dos ataques e saberá se houve a participação do crime or-ganizado.

Santos tem lixo em paradas• G1 Santosa@terra. com.br Frequentadores do bairro Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, reclamam da quantidade de lixo acumulado em um dos pontos de ônibus mais movimentados da ci-dade. A prefeitura diz que vai estudar a coloca-ção de uma nova lixeira, mas pede a colabora-ção da população. O ponto de ônibus da Avenida Presi-dente Wilson, entre o canal 2 e a Avenida Ana Costa, reúne diariamente milhares de pessoas que trabalham no bairro Gonzaga e aguardam ônibus para retornar aos municípios de São Vi-

cente, Praia Grande e outros bairros de Santos. Os munícipes afirmam que o local acumula muito lixo, principalmente nas primeiras horas da manhã. A professora Lucy de Almeida, que sai para trabalhar por volta das 6h30, relata que o ponto está sempre com lixo espalhado. “Hoje me deparei com um saco de lixo em cima do banco onde sentamos. É muita falta de higiene e pode atrair bichos, como ratos e baratas” diz. O vigia Andreson Matteus Lima tam-bém reclama da sujeira e ressalta que muitas

pessoas não contribuem com a limpeza, jogan-do o lixo na calçada. “A população também tem que ter mais educação, mas um dos problema é que só tem uma lata de lixo, como o ponto é muito movimentado, logo fica cheio e o povo começa a jogar no chão”, afirma Anderson. Em nota, a prefeitura de Santos infor-ma que a coleta de lixo é feita diariamente no local, por volta das 9h. A secretaria de Serviços Públicos vai estudar a possível colocação de outra lixeira de concreto no local, mas afirma que é importante que a população colabore jo-gando o lixo no local adequado.

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REVISTAINTERBUSS • 02/02/14 09

Motorista é agredido por jovem que pegou rabeira em ônibus• G1 Ribeirão [email protected] Um motorista de ônibus foi agredido por um jovem que tentou “pegar rabeira” no coletivo em Ribeirão Preto (SP). De acordo com o condutor do veículo, que não quis se identificar, o rapaz quebrou o vidro do ônibus com um pedaço de madeira e fugiu de bicicle-ta. Os estilhaços do vidro atingiram o braço do motorista. As câmeras de segurança do ônibus registraram o momento da agressão, na noite de quinta-feira (30). O motorista conta que trafegava no bairro Jardim Paiva, quando notou um jo-vem de bicicleta se aproximar da lateral do ônibus. “Ele agarrou no parachoque do lado esquerdo. Parei o ônibus e pedi para que ele se soltasse. Pedi com educação, porque ele poderia se machucar e aí complicaria. Ele se irritou, mas se soltou do ônibus”, afirma o motorista, relatando que, o jovem voltou em direção ao ônibus, segundos depois, com um pedaço de madeira nas mãos. “Ele bateu no vidro com força duas vezes até quebrar. Os estilhaços me machucar-am. Tinha bastante passageiro no ônibus e o pessoal ficou assustado, perguntou se eu tinha me machucado”, relembra o homem. Após a agressão, o rapaz fugiu com a bicicleta. De acordo com a vítima, o jovem tra-java camiseta verde, bermuda, boné e estava

Reprodução

em uma bicicleta laranja. O motorista regis-trou um boletim de ocorrência sobre o caso. “Nessas horas, a gente pensa na família e nos passageiros que estão com a gente. Poderia acontecer coisa mais grave, eu poderia perder o controle da direção e machucar mais gente,

é difícil. A gente trabalha com medo porque não sabe o que pode acontecer”, conclui. A empresa de ônibus urbano for-necerá as imagens das câmeras de segurança internas do veículo à Polícia Civil, que ten-tará identificar o suspeito.

RIBEIRÃO PRETO • Motorista ficou ferido com os estilhaços do vidro quebrado

Problema mecânico incendeia ônibus• G1 [email protected] Um ônibus articulado pegou fogo por volta das 17h30 desta quarta-feira na Rua Coronel Diogo, esquina com a Avenida Ricardo Jafet, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. Segundo passageiros, o incêndio começou após o motorista acelerar o veículo. “Ele (motorista) vinha acelerando desde lá de cima (da rua) e o fogo começou no chão, perto da ‘sanfona’”, disse um passageiro, que pediu para não ser identificado. Ninguém fi-cou ferido. Um caminhão-tanque da Prefeitura de São Paulo que passava pela região foi utilizado no combate ao incêndio. Policiais militares da Rocam bloquearam o trânsito e cerca de 10 minutos depois um caminhão do Corpo de Bombeiros chegou para auxiliar no trabalho de rescaldo. O ônibus, que fazia a linha 4113-10

(Gentil de Moura circular/Praça da Repúbli-ca), ficou completamente destruído. Por volta das 17h45, a Avenida Ricardo Jafet estava com duas faixas da direita bloqueada na pista sentido Centro. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomendava aos motor-

istas que evitassem acessar a Rua Coronel Diogo, em ambos os sentidos, junto à Ave-nida Dr. Ricardo Jafet. Agentes de trânsito estavam no local orientando os usuários. A ocorrência vai ser registrada no 6º distrito de polícia, no Cambuci.

FOGO • Ônibus articulado acabou incendiado após insistentes acelerações do motorista

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A S E M A N A R E V I S T A

02/02/14 • REVISTAINTERBUSS10

Mesmo após prazo, BHTrans não divulga dados de auditoria

Minas Gerais

• Estado de [email protected]

A 17 dias do início da operação do Move, como foi batizado o transporte rápido por ônibus de Belo Horizonte (BRT), prefei-tura e empresas fazem os últimos preparati-vos para garantir a entrada em funcionamento do sistema, aposta do município para reduzir problemas enfrentados por passageiros e motoristas. Os primeiros ônibus articulados e simples que circularão pelos novos corre-dores de ônibus já chegaram a garagens de empresas que operarão o serviço. Ontem, a reportagem do Estado de Minas flagrou com exclusividade um dos veículos, pintado e adequado às especificações da BHTrans, na concessionária Cidade BH, no Bairro Letícia, em Venda Nova. Além de começar a receber os ôni-bus, as empresas fazem agora treinamentos diários com motoristas na Avenida Cristiano Machado e definem contratação de novos funcionários para trabalhar no sistema. Por sua vez, a prefeitura informou que estão em fase final as obras nas avenidas Cristiano Machado, Paraná e Santos Dumont, as três que receberão veículos do Move a partir de 15 de fevereiro. As vias têm entre 92% e 94%, respectivamente, das intervenções con-cluídas, segundo a Superintendência de De-senvolvimento da Capital (Sudecap). Pelo menos três veículos já chega-ram à concessionária Cidade BH. Os ônibus articulados têm 19 metros de comprimento

e capacidade para levar até 140 passageiros. São dotados de ar-condicionado, câmbio au-tomático, que suaviza trepidações, e portas ajustadas para embarque e desembarque em nível. Todos os veículos terão câmeras de segurança interna e monitoramento por GPS, que possibilitará avisar quanto tempo falta para chegar a uma determinada estação. O pacote completo de veículos adquiridos será de 432 unidades, dos quais 232 padrons (sim-ples) e 200 articulados. Inicialmente, o número estimado de passageiros transportados quando o BRT es-tiver funcionando plenamente é de 700 mil, mas a BHTrans garante que até 1 milhão de pessoas poderão ser transportadas. A previsão é de que depois da área central e da Cristiano Machado, em 15 de fevereiro, o corredor da Avenida Antônio Carlos seja inaugurado em 15 de março. O de Venda Nova está prometi-do para 15 de abril. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Hori-zonte (Setra-BH), 15 linhas deverão começar a circular no mês que vem. O cálculo é de que pelo menos 89 veículos sejam necessári-os para começar a operar o serviço. No iní-cio do mês, as cinco empresas de chassis e de montagem de carrocerias calculavam que, por conta de atrasos na definição das especifi-cações dos veículos, conseguiriam garantir a entrega de 42 unidades até 15 de fevereiro, número 53% menor que o esperado. Na oca-sião, o Setra-BH informou que as entregas es-

tavam acertadas para fevereiro, março e abril, conforme previsto.

INTEGRAÇÃO Os ônibus que rodarão nos corre-dores inaugurais deverão sair das Estações de Integração (EI) das avenidas Santos Dumont e Paraná, onde entrarão na Rua Curitiba, em seguida no Viaduto Leste do Complexo da Lagoinha e na Cristiano Machado. Ao longo desse caminho embarcarão e desembarcarão passageiros em instalações modulares que têm acesso às ruas, as chamadas Estações de Transferência (ET), até o ponto final do corredor, a EI São Gabriel, que precisa estar pronta para que o Move faça manobras de retorno e a ligação com o metrô da Linha 1 (Vilarinho-Eldorado). A empresa que recebeu os ônibus do Move atualmente é responsável pelas linhas 60, 61, 62, 64, 625, 6024 e 6025, que já cir-culam no corredor da Cristiano Machado. Enquanto os últimos ajustes nos veículos novos são feitos, as empresas investem em treinamento. Todos os dias ônibus articula-dos usados para treinar motoristas circulam pela Cristiano Machado, entre as 8h e as 17h, segundo o Setra-BH. Procurada, a BHTrans não se manifestou sobre os novos ônibus nem sobre ajustes finais, como funcionamento de catracas, sistemas de ventilação de estações, entre outros, sob a justificativa de que todas as explicações serão repassadas posterior-mente, em entrevista coletiva.

CHEGANDO • Primeiros articulados chegam às garagens

Estado de Minas

Page 11: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

REVISTAINTERBUSS • 02/02/14 11

• G1 Triângulo Mineiro [email protected]

Uberlândia instala sistema dereconhecimento facial em ônibus Os idosos, deficientes físicos e estu-dantes que utilizam o transporte público em Uberlândia estão sendo monitorados. O eq-uipamento instalado nos veículos consegue tirar seis fotos logo que o usuário passa pela catraca. A tecnologia é usada para detectar fraudes e conta com o reconhecimento facial, similar a que a polícia utiliza para identificar criminosos a partir de comparações de traços do rosto. O sistema compara as imagens da catraca com aquela tirada no dia da emissão do vale-transporte eletrônico. O aparelho também envia outras informações como a linha, o horário de embarque e o nome do titular. Segundo o administrador geral da Ubertrans, Iverton Mantovani, o investimen-to foi de R$ 500 mil na frota de Uberlândia, que conta hoje com 410 veículos. “A intenção é coibir de 20% a 30% as evasões de receita do sistema”, explicou. O idoso com idade de 60 a 64 que é flagrado fraudando o sistema perde o direito ao passe livre. Já os estudantes ficam sem o cartão por seis meses. Em 30 minutos de im-plantação, a tecnologia apontou mais de 40 fraudes na cidade. De acordo com o encarregado do sistema de bilhetagem, João Regner, assim que é detectado a fraude o cartão é bloqueado e um relatório é repassado a Secretaria Mu-

nicipal de Trânsito e Transportes (Settran), que entra em contato com o usuário e aplica as penalidades da lei. Por mês as catracas do Sistema Inte-grado giram cerca de seis milhões de vezes, as pessoas que tem algum tipo de benefício social

representam um milhão das utilizações. O secretário de Serviços Urbanos, Alexandre Andrade, acredita que no decorrer dos anos, com a diminuição da fraude, o Mu-nicípio pode trabalhar com um ambiente de receita e despesa mais saudável.

NOVO SISTEMA • Seis fotos são tiradas imediatamente após o embarque do usuário

Vereador de Uberaba querônibus parando fora de pontos• Jornal de [email protected] Com a finalidade de garantir a segu-rança dos passageiros devido ao aumento da criminalidade, o vereador Cleber Humberto de Sousa Ramos – Cleber Cabeludo (Pros) está elaborando um projeto de lei para regula-mentar o desembargue de passageiros após as 22h no transporte coletivo urbano. Essa ini-ciativa entrará em tramitação no próximo mês e será encaminhada para votação no plenário da Câmara Municipal, possivelmente, ainda no mês de fevereiro. “Essa iniciativa servirá para locais que não sejam previamente regu-lamentados para desembarque, em áreas con-

sideras de risco à integridade física das pes-soas”, destacou. O projeto ainda prevê que o desem-barque seja feito somente em locais regula-mentados como parada de veículos e que obedeçam ao trajeto regular da linha do trans-porte coletivo urbano. “Com a autorização, o Executivo poderá auxiliar no combate e na diminuição da violência, determinando dir-etrizes de gestão de segurança para os usuári-os do transporte coletivo urbano municipal, para que as empresas concessionárias do transporte coletivo urbano autorizem os seus funcionários a realizarem o desembarque de usuários, principalmente as mulheres, em lo-

cais mais seguros”, observou. Cleber ressalta que esse projeto é de extrema relevância para Uberaba, porque o município tem condição de minimizar o aumento de assaltos, furtos e outros tipos de delitos cometidos em vias públicas, principal-mente em horário noturno e locais ermos e escuros. “Essa foi uma das formas que en-contrei para contribuir com o Executivo nas políticas de segurança pública da cidade, uma vez que, diariamente, têm sido registrados assaltos, furtos e outros tipos de delitos co-metidos em vias públicas, principalmente no período noturno”, finalizou.

Page 12: Revista Interbuss - Edição 179 - 02/02/2014

02/02/14 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T A

Tarifa de ônibus na capitalcarioca sobe para R$ 3,00

Rio de Janeiro

• Monitor [email protected] A Prefeitura do Rio de Janeiro au-torizou o aumento do valor das passagens de ônibus urbanos na cidade de R$ 2,75 para R$ 3. Segundo decreto publicado no Diário Ofi-cial do Município, a nova tarifa será cobrada a partir de 8 de fevereiro. O reajuste, de 9,09%, foi calculado com base em índices de inflação da Funda-ção Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e levando-se em consideração a unificação das tarifas de ônibus com e sem ar condicio-nado, a desoneração do PIS/Cofins de 3,65% e o desconto de 50% do IPVA dos ônibus. O decreto também propõe uma série de medidas que visam melhorar a qualidade do transporte público rodoviário na cidade, por determinação do Tribunal de Contas do Município (TCM). Entre as ações estão a criação da Comissão de Acompanhamento do Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus e a obrigatoriedade dos consór-cios de instalarem ar condicionado em toda a frota até dezembro de 2016. A Prefeitura também instituiu o passe livre para estudantes universitários com renda familiar per capita até um salário mínimo e para aqueles beneficiados pelos programas de cotas e Programa Universidade para Todos. O atual valor da passagem de ônibus foi estabelecido em janeiro de 2012. Reajuste para R$ 2,95 chegou a ser anunciado pela Prefeitura para entrar em vigor em junho do ano passado, mas foi cancelado devido às manifestações que ocuparam as ruas da ci-dade.

TCM não concorda com revisão O plenário do TCM determinou que a Prefeitura não pode conceder revisão tarifária para as empresas de ônibus, prevista a cada quatro anos, enquanto não sejam con-cluídas as auditorias pedidas pelo Tribunal e cumpridas todas as medidas acertadas no contrato de prestação do serviço. A revisão ocorre quando são avaliados ponto por ponto dos contratos e confrontados com a planil-ha de custos das empresas para se chegar à definição da tarifa. Em dezembro do ano passado, o Tribunal recomendou ao prefeito do Rio,

Eduardo Paes, que não fizesse a revisão das tarifas até a conclusão da auditoria feita du-rante 90 dias pelo órgão. Para o presidente do Tribunal, Thiers Montebello, o pedido feito na época, por prudência, era para comprovar o descumprimento de vários pontos dos con-tratos, que agora terão que ser seguidos. - Hoje está nítido, neste voto, quais são as obrigações que têm as concessionárias e a Prefeitura - disse. O presidente disse que a auditoria já constatou que a fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes está insuficiente. - A realidade é que não há estrutura hoje bastante capaz de fazer a fiscalização conforme tem que ser feita. A discussão que teve aqui de auditar, ou não, é necessária. Tem que ter uma auditoria para acompanhar isso até para se estruturar. O serviço de ôni-bus tem que ser bem prestado - acrescentou. O conselheiro-relator, Ivan Moreira, considerou que, após concluir as apurações e a auditoria, se comprovar que houve omissão intencional de dados para o cálculo das tari-fas, a Prefeitura e o Tribunal terão mecanis-mos para medidas compensatórias à popula-ção, incluindo a redução de valores e adotar punições que se estendem até a cassação de concessões, “sem prejuízo de reparação em perdas e danos ao erário e à sociedade”. O voto do conselheiro-relator foi aprovado por unanimidade pelo plenário, com ressalvas em dois pontos. Um deles desobriga as empresas a passarem por nova concorrência pública para a subconcessão na administração dos terminais rodoviários e o outro trata da contratação de uma auditoria

para definir as revisões tarifárias. Quanto ao reajuste das tarifas, que é anual e foi liberada, Moreira disse que não au-torizar o aumento dos valores poderia “servir de ardil”, por parte dos consórcios controla-dores das empresas de ônibus, para justificar possível descumprimento das obrigações ou alegar desequilíbrio econômico financeiro. - No sentido do estrito cumprimen-to dos contratos de concessão, de todas as variáveis alocadas e do princípio da con-tinuidade do serviço público, entendo que a administração municipal poderá, até que sejam concluídos os trabalhos de auditoria desta Corte e da auditoria independente, esta já contratada, reajustar o preço das passagens de ônibus nos termos do contrato em vigor, condicionado à execução integral do pac-tuado, com a qualidade necessária - apontou Moreira. Montebello destacou que o reajuste é contratual, mas não se pode “colocar na conta do Tribunal dar ou não o reajuste”. Na avaliação do presidente do Tribunal de Con-tas, esse é um problema da Prefeitura e não do órgão. - Quem tem que aferir os riscos de cumprir ou não os reajustes é a Prefeitura e não somos nós. Isso pode ensejar medida judicial também. É descumprimento de con-trato. Como também pode ensejar medida ju-dicial pelo não cumprimento de contrato por parte dos concesionários - explicou. A Prefeitura informou que vai aval-iar o relatório do TCM e não tem prazo para concluir o trabalho, por isso não há ainda uma declaração sobre a decisão.

REAJUSTE • Tarifa volta a ser reajustada mesmo com parecer contrário do TCM

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Greve de motoristas leva caos a Porto Alegre; paralisação segue

Sul

[email protected] Reunidos em assembleia no Ginásio Municipal Tesourinha, os rodoviários de Porto Alegre decidiram na tarde desta sexta-feira, por ampla maioria, manter a greve da categoria, que já dura cinco dias. Mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), aumentando para R$ 100 mil o valor da multa imposta ao sindicato para cada dia de descumprimento, os motoristas e cobradores prometem que nenhum coletivo deixará as ga-ragens neste sábado. Inicialmente marcada para as 17h, a assembleia foi atrasada em mais de uma hora, devido à ausência do presidente do sindicato, Julio Pires, que foi vaiado durante a execução do Hino Rio-Grandense. Muitos dos trabalha-dores presentes ao encontro demonstraram in-satisfação com a direção do sindicato, a quem acusam de ser subserviente aos interesses das empresas de transporte público. Motorista há oito anos da empresa Restinga, pertencente ao consórcio STS, Sim-one Silva de Oliveira Davila reclamou da desor-ganização do sindicato, que teria descumprido um acordo prévio para permitir apenas a entrada de trabalhadores identificados no ginásio. “Nós chegamos aqui e não tinha ninguém da direção do sindicato para fazer esse controle. Já tinha várias pessoas na arquibancada, e ninguém fez o controle da entrada deles. Por isso, nós decidi-mos fazer, por conta própria, esse controle, cha-

mando o pessoal para assinar a ata”, afirmou. Simone afirmou que entende a insat-isfação da população com a ausência de ônibus nas ruas, mas disse que a categoria não tem outra forma de pressionar por melhorias. “Qual é a mágica? Nossa única forma de pressão é a greve. Todo cobrador e motorista tem uma família que também depende de ônibus. Mas essa é a única forma que a gente tem pra ser ouvido”, disse. Segundo a motorista, a grande maioria da categoria apoiou uma proposta que garantia a circulação de 100% da frota de ônibus de Porto Alegre, desde que não fossem cobradas as

tarifas dos passageiros. A proposta, porém, não teria tido apoio do próprio sindicato. “A gente deu a proposta de 100% da frota com roleta lib-erada. Aí essa proposta, que tinha respaldo de toda a categoria, chegou até o Júlio Bala e ele fala: ‘aí eu não estou com vocês’”, relata. Antes mesmo da votação, já era claro entre os rodoviários que a greve seria mantida. O vice-presidente do sindicato, Aldair da SIlva, queixou-se da ausência de propostas concretas por parte das empresas. “Até agora não chegou nenhuma proposta do sindicato patronal. Como é que a gente vai voltar a trabalhar sem propos-ta?”, questionava, antes do início da votação.

• G1 [email protected] Um ônibus invadiu o saguão da rodoviária de Itajaí, atingindo um quiosque, na noite desta quarta-feira (29). Uma mulher ficou ferida, segundo o Corpo de Bombeiros da cidade. Até as 22h15, não se sabia as cau-sas do acidente. A moradora da cidade Ivonete Schreiber estava esperando outro ônibus na plataforma ao lado de onde ocorreu o fato. Ela relatou que tudo ocorreu rápido e que o quiosque estava funcionando no momento do acidente. “Foi um susto muito grande”, disse. Integrantes do Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar se mobilizaram para a ocorrência. A guarnição dos bombeiros

Ônibus invade saguão do terminal de Itajaí

informou que uma mulher teve ferimentos leves e foi atendida pelos médicos do Samu.

O G1 tentou contato com a empresa de ônibus, mas, até as 22h40, não obteve êxito.

GREVE • Ônibus da Carris é impedido de sair da garagem da empresa, na quinta-feira

INCIDENTE • Mulher ficou ferida ao ser atingida pelo ônibus que invadiu a rodoviária

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A S E M A N A R E V I S T A

Cuiabá: União Transporte terá que indenizar passageira humilhada

Centro-Oeste

• G1 [email protected] Uma empresa de transporte coletivo terá que pagar o valor de R$ 14,4 mil por dano moral a uma passageira com deficiên-cia física que teria sido humilhada por uma funcionária da empresa ao ter dificuldades no momento em que foi descer do ônibus, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (31) e concedida pelo juiz da Terceira Vara Cível da Comarca de Várzea Grande, Luiz Otávio Pereira Marques. A decisão cabe recurso. Ao G1, a assessoria jurídica da em-presa União Transporte e Turismo Ltda in-formou que não foi notificada da decisão e preferiu não se manifestar sobre o assunto. De acordo com a denúncia, no dia

12 de abril de 2010, a passageira pegou um ônibus no Terminal André Maggi para se di-rigir até uma agência bancária. Ao se aproxi-mar do local, ela relatou que pediu ajuda para a cobradora para que a ajudasse a descer do ônibus utilizando o elevador. No entanto, a funcionária da empresa disse em alto e bom som “que a requerida não precisava utilizar o elevador, pois aquele era só para cadeirantes e a mesma poderia usar a escada”. A passageira explicou a sua condição física informando que por ter so-frido um acidente de moto e ter ficado com sequelas não conseguia colocar a perna no chão. A cobradora, porém, teria aberto os braços e declarado: “vem, vem, pode descer, você não tem nada não”. Enquanto isso, os demais passageiros do ônibus riam de sua

condição física. Uma pessoa sensibilizada com a situação ajudou a passageira a descer do veículo. Diante das humilhações sofridas, a usuária do transporte público resolveu ingres-sar com uma ação por danos morais contra a empresa. Uma testemunha confirmou o ocorrido e disse que a passageira ainda ten-tou descer pela escada do ônibus sentada, mas não conseguiu. “Dessa sorte, inarredável o dever de indenizar a autora pelos prejuízos por esta su-portado em decorrência dos constrangimen-tos realizados pela funcionária da requerida, bem como pela má prestação de serviços, já que este não agiu com a diligência necessária para a preservação da integridade psíquica de seu cliente”, conta trecho da decisão.

• Zero Hora@t Depois da grave lesão sofrida por Falcao García, a Colômbia precisa pensar em um substituto para o craque — cujas chances de recuperação até a Copa são remotas. Com uma vaga em aberto no ataque colombiano, surge a oportunidade para um jogador que, até os 23 anos, ainda nem era atleta profis-sional: Carlos Bacca. Hoje com 27 anos, Bacca iniciou sua carreira profissional em 2009, no Junior Barranquilla, da Colômbia. Há sete anos, o jogador ainda trabalhava como cobrador no ônibus que fazia o trajeto até a cidade de Bar-ranquilla. Atuou durante três anos na equipe colombiana, até ser contratado pelo Brugge, da Bélgica. — Eu tinha muita confiança nas minhas próprias condições, achava que uma oportunidade podia chegar e que eu tinha qualidade — afirmou. Na temporada 2012/13 europeia, Bacca foi o artilheiro do Campeonato Belga, com 25 gols, além de ser escolhido o melhor jogador da competição. Com o crescimento dentro de campo, o atacante colombiano foi contratado em julho de 2013 pelo Sevilla. E o

jogador tem demonstrado um bom rendimen-to no clube espanhol. Até agora, ele disputou 29 partidas e marcou 13 gols. O momento favorável de Bacca foi notado pelo técnico José Néstor Pekerman, que tem convocado o jogador frequente-mente. O atacante destaca o trabalho dos co-lombianos nas eliminatórias e se diz surpreso com a ausência de sua seleção nos últimos Mundiais: — Parece incrível que, com tantas boas gerações de jogadores, tenhamos es-perado 16 anos para voltar a uma Copa do

Mundo. Mas demos o melhor de nós nestas eliminatórias para colocar a Colômbia no lugar onde ela merece estar. Em um intervalo de sete anos, Bac-ca deixou de ser cobrador de ônibus e vive agora a expectativa de disputar uma Copa do Mundo. Mesmo assim, o atacante não ignora a concorrência existente na equipe colombi-ana: — Sei que há uma competição muito saudável por uma vaga, mas tenho esperança e vontade de ir à Copa. Por isso, trato de dar o meu melhor a cada dia.

Internacional

Atacante colombiano que deverá vir para a Copa foi cobrador de ônibus

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• Bom Dia Brasil

Ô N I B U S A N F Í B I O

No Rio de Janeiro, a novidade no turismo é um passeio a bordo de um veí-culo que roda em terra como ônibus – mas também navega como um barco na Baía de Guanabara. O repórter André Trigueiro, da TV Globo, foi conhecer o primeiro ônibus anfíbio do Brasil. O passeio começa em terra firme. O ponto de encontro é na Urca, perto da estação inicial do bondinho do Pão de Açúcar. Quando o ônibus aparece, não dá para perceber ainda do que ele é capaz. “Eu estou com expectativa muito grande porque pela primeira vez que vou andar em um ônibus dentro do mar, né?”, disse a professora Eliene Pacheco, antes do passeio. “Já fiz um em Portugal, era legal, mas tenho esperança que com esta vista vai ser ainda melhor”, diz o engenheiro eletrônico Michel de Castro. A capacidade máxima é de 28 pes-soas a bordo. Pelo caminho, algumas das mais belas paisagens do Rio de Janeiro. Na chegada à Marina da Glória, é hora de substituir o condutor. “Sou piloto de asfalto, agora é com o marinheiro”, diz o motorista Jorge Luiz Caldevilla, na hora da troca. “Daqui para frente é comigo, eu que comando”, confirma o marinheiro. E começa o momento mais espe-rado do passeio: o ônibus segue viagem pelas águas da Baía de Guanabara. Serão duas horas de aventura a bordo do primei-ro ônibus anfíbio do Brasil. Difícil não estranhar o impacto, logo que o ônibus entra na água: é quando o veículo vira barco. “É muita diversão, você fica espe-rando, de repente, entra toda a água assim, é muito bom”, atesta a estudante Mariana Pereira. O motor que antes movimentava as rodas agora faz girar uma hélice. A ve-

ÔNIBUS QUE ANDA NATERRA E NO MAR FAZTURISMO NO RIO

locidade não ultrapassa os oito quilômet-ros por hora. Para que ir mais rápido se há tanta vista bonita para conferir? São 40 minutos de deslumbramento pela Baía de Guana-bara. “Muito diferente poder estar no mar dentro do ônibus. Nunca imaginei fazer isso aqui no Rio de Janeiro”, diz o engenheiro Breno Pinheiro. “Melhor coi-sa, fugir do trânsito do Rio. Estar no mar ainda, curtindo o visual, não tem preço”. “No asfalto, sua, aqui é um ar re-frescante, maravilhoso”, conta a dona de casa Maria da Graça Cardinale. Para transformar um ônibus con-

vencional movido a diesel com tração nas quatro rodas na primeira versão anfíbio do Brasil foram investidos R$ 2 milhões nos últimos cinco anos. A tecnologia é 100% brasileira. A experiência do Rio de Janeiro deverá inspirar projetos semelhantes em outras cidades do país. “Brasília, Paranoá, acho que é bem legal, é um lugar quente como o Rio, muito gostoso; e Florianópo-lis”, revela o empresário Ilídio Soares. “Adorei, a paisagem é muito, muito linda aqui no Rio. Eu gostei, muito bom”, diz o turista que já havia viajado em ônibus anfíbio em Portugal, após o passeio na capital fluminense.

TERRA E ÁGUA • Ônibus chama a atenção por onde passa, seja na terra, seja no mar

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REVISTAINTERBUSSGUILHERME RAFAELAMERICANA/SP • VCA

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• Do Site da Transpo [email protected]

LAN Cargo terá um hangarpróprio em Miami-Dade O primeiro hangar de manutenção da LAN Cargo, companhia do Grupo LA-TAM Airlines, nos Estados Unidos será con-struído no Condado de Miami-Dade. Quando pronto, poderá atender até uma aeronave de porte equivalente ao Boeing 777-300, em uma área de 6,1 mil m2, sendo 1,5 mil m2 de galpões e área de oficina e 1,3 mil metros quadrados de área administrativa (escritórios, salas de mecânica, estoque de peças etc.). Dessa forma, o hangar deverá em-pregar mais de 300 funcionários diretos e indiretos durante os primeiros cinco anos. A unidade prestará os serviços de manutenção das aeronaves de passageiro e de carga da TAM, da LAN e de suas afiliadas que operam voos com rota em Miami. Os serviços de manutenção, tais como checagens diárias, troca de turbinas, consertos maiores e troca de componentes serão realiza-dos no local, que servirá ainda de espaço de ar-mazenagem para peças, turbinas e componentes utilizados nos serviços de manutenção. A sede global da LAN Cargo fica

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

em Miami, que abriga o principal aeroporto dos Estados Unidos, sendo o nono do mundo em transporte internacional de cargas. As unidades de carga do Grupo LATAM Air-lines (MAS AIR, no México, LAN Cargo, na Colômbia e TAM Cargo, no Brasil) de-

vem transportar mais de 4,5 mil toneladas de importações, além de 3,5 mil toneladas de exportações por semana pelo Aeroporto In-ternacional de Miami, totalizando aproxima-damente 414 mil toneladas de carga durante todo o ano de 2014.

TranspoOnline

Austríaco compra Scania B-100• Do Site da Transpo [email protected] O transportador austríaco Nothegger Transport acertou a compra de 220 camin-hões Scania, com tecnologia Euro VI, movi-dos 100% a biodiesel. Todas as unidades são do modelo Streamline com motor de 13 litros e 450 cavalos de potência. O contrato inclui serviços de manutenção para a nova frota. Na Áustria, há um incentivo fiscal a que incentiva o uso do biodiesel, através de preços mais baixos nos postos de abastec-imento. Apesar de consumir um pouco a mais e demandar mais manutenção, a Nothegger Transport espera diminuir os custos opera-cionais com a economia proporcionada pelo custo do litro deste combustível. Segundo contas da própria empresa, ao rodar 150.000 quilômetros em um ano, a economia pode chegar a 4.000 euros por caminhão. A Nothegger Transportes mantém presença física em 13 países europeus e pos-

sui forte atuação no transporte de frutas e le-gumes. Fundada em 1992, a transportadora dispõe de uma frota atual de 750 caminhões. B100 – Os motores Euro VI pre-parados para rodar com 100% de biodiesel são uma novidade no mercado europeu. Em

outubro de 2013, apenas os motores de 9 litros, de 320 e 360 cv, com cinco cilindros poderiam ser abastecidos desta forma. Agora, os motores de 13 litros, de 450 e 490 cv, com seis cilindros também podem ser abastecidos com o biodiesel puro.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Conheça o avião de papelmais perfeito do mundo

É coisa de gênio ou de doido, ou seria as duas coisas no mesmo sujeito? Pois é, um cara chamado Luca Iaconi-Stewart construiu um avião de papel perfeito, seguindo um pro-jeto de engenharia aeronáutica formidável de que nada lembra aqueles aviões que as crian-ças fazem. Trata-se de um Boeing 777 com identificação visual da companhia aérea Air India. Ficou impressionado? Então veja as fo-tos que contam todo esse rigoroso processo de montagem em http://www.flickr.com/photos/lucaiaconistewart/page1/

TranspoOnline

TranspoOnline

Transportadora com Pink Floyd• Do Site da Transpo [email protected] A transportadora neozelandesa Menefy Trucking, com sede em Palmerston North, é conhecida por tematizar toda a sua frota de caminhões – predominantemente da marca Mack – em homenagem aos discos, às músicas, à história e aos músicos da lendária banda de rock, Pink Floyd. Na foto, a mais recente homenagem: três caminhões Mack com o tema “Run Like Hell”, música do clás-sico disco “The Wall”, do Pink Floyd. Além do nome da canção, os caminhões receberam uma pintura temática especial nas laterais.

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Divulgação

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D E U N A I M P R E N S A

• Do Site da Transpo [email protected]

Programa da Volvo transformaresíduo plástico em sacos de lixo

TranspoOnline

No começo deste ano, a Volvo pas-sou a direcionar toda a sucata plástica gerada nas linhas de produção de caminhões e ôni-bus para transformação em sacos de lixo 100% reciclados, utilizados pela própria montadora. “A empresa tem como meta tornar-se líder mundial em soluções sustentáveis de transporte, e isso passa, necessariamente, pelas linhas de produção”, afirma Cyro Mar-tins, diretor de Operações de Manufatura do Grupo Volvo no Brasil. Segundo a montadora, os materiais enviados para reciclagem são embalagens para proteção de peças, galões, fitas e tampas, entre outros materiais plásticos. A reciclagem e produção dos sacos de lixo são feitas pela empresa responsável pela coleta da sucata plástica gerada pela fábrica. Dessa forma, o produto gerado pela reciclagem volta para o uso na empresa, fechando um ciclo de uso dos recursos nat-urais. “Vários outros resíduos gerados pela fábrica são reciclados e recolocados no mer-cado em forma de produto, mas não voltam direto para a fábrica”, destaca Fábio Tokuue, coordenador de Tratamento Químico e do

Terminal de Resíduos da Volvo. Além de ser mais sustentável, a Volvo conseguiu reduzir 75% os gastos com a compra de sacos de lixo e melhorou a quali-dade do material. “Esta redução dos custos deve-se ao processo de logística reversa, pois vendemos a sucata plástica e compramos de volta, em forma de saco de lixo”, explica Kaio Pimenta, da área de Compras da Volvo e re-sponsável pela negociação e implementação do projeto de reciclagem dos sacos de lixo.

No ano passado, a fábrica gerou 240 toneladas de sucata plástica, sendo que 23 toneladas já regressaram para a Volvo em forma de sacos de lixo. “Outra vantagem deste projeto é que contribui com o aumento da competitividade dos nossos fornecedores, que vendem o produto gerado com a recicla-gem também para outras empresas, e gera uma cadeia de negócios sustentáveis, não apenas do ponto de vista ambiental, mas tam-bém do econômico”, finalizaa Tokuue.

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Primeiros DAF do Brasil são entregues• Do Site da Transpo [email protected] Os primeiros dois caminhões DAF comercializados no Brasil foram entregues para a Transportes Begnini, em uma negociação intermediada pela concessionária Macponta Caminhões, instalada em Ponta Grossa (PR). Os veículos, um XF105 6×4 com 460 cv e outro 6×2 com 410 cv, serão integrados à frota de 80 caminhões da transportadora, que tem sede em Carambeí (PR) e atua nos segmentos de trans-porte de carga seca e viva, contêiner e têxtil. “Estamos entrando no mercado de transporte de aço, e o XF105 será muito deman-dado. Ele atende plenamente às necessidades da empresa, com autonomia e economia de com-bustível. Além disso, a fábrica da DAF fica próx-ima à empresa e queremos incentivar o consumo de produtos fabricados na região”, confirma Daniel Begnini, proprietário da transportadora. Outra empresa que investiu na compra

do DAF XF 105 6×4 foi a Madeireira Montene-gro, que possui duas serrarias em Ponta Grossa (PR) e uma frota de 29 caminhões. “O camin-hão estava carregado com a carga máxima e não precisou ser rebocado pelo trator durante o transporte de madeira na floresta, surpreenden-do o motorista. Tem ótima força de arrancada, é potente e robusto. Além disso, o XF105 apre-sentou economia de 10% de combustível em relação aos outros veículos da frota”, analisa Gilcesar Zeny, um dos sócios proprietários da Madeireira. Também no caso da Madeireira Mon-tenegro, a venda ocorreu na concessionária Mac-ponta Caminhões. “Entregar os primeiros veícu-los DAF no Brasil é um acontecimento relevante e uma etapa importante na história da marca, re-forçando o papel pioneiro assumido por nós em nossas atividades, e o nosso compromisso com a DAF e com os clientes”, diz José Divalsir Gon-daski, diretor da Macponta, que também é con-

hecido pelo apelido de Ferruge. Macponta Caminhões – A conces-sionária é resultado de um investimento da or-dem de aproximadamente R$ 50 milhões dos sócios Ferruge (diretor da Macponta Máquinas Agrícolas, concessionário John Deere para a região dos Campos Gerais) e José Álvaro Góes Filho (diretor do grupo Madcompen, referên-cia no setor de suprimentos para marcenaria no Brasil). A concessionária tem atuação em 225 municípios, incluindo as regiões Central, Norte Pioneiro e Noroeste do Paraná, o que representa 56% do território do Estado. Os empresários projetam a inaugu-ração de mais quatro concessionárias até 2019, que serão instaladas em Ponta Grossa, Marialva (próximo a Maringá), Campo Mourão e Londri-na. “Estamos construindo um concessionário de altíssimo padrão para oferecer aos clientes DAF um atendimento exclusivo, à altura do que ofer-ecem os caminhões da marca”, ressalta Álvaro.

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• Do Site da Transpo [email protected]

Museu Brasileiro do Transporte já tem quatro patrocinadores

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O Museu Brasileiro do Transporte, que será construído em Campinas (SP), encerrou 2013 com quatro patrocinadores: Scania, Patrus Transportes, PPW Brasil e Randon. O projeto é idealizado pela FuM-tran (Fundação Memória do Transporte), uma organização de Sociedade Civil de In-teresse Público ligada à CNT (Confederação Nacional do Transporte), sendo que o pro-jeto do Museu foi aprovado no Ministério da Cultura para captação de recursos pela Lei Rouanet. “Para a Scania é importantíssimo apoiar iniciativas e espaços como o Mu-seu Brasileiro do Transporte. A história da indústria brasileira de veículos comerci-ais, uma das mais importantes do mundo, merece um espaço alusivo à sua grandeza. Além de ser uma forma de contribuirmos com as pessoas, foco principal dentro dos valores globais da Scania”, afirma Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania do Brasil. “O projeto do Museu Brasileiro do Transporte reunirá os valores do transporte nacional, resgatando e valorizando esse setor econômico. A PPW não poderia deixar de prestigiar essa iniciativa”, enfatiza Ana-célia Panzan, diretora Geral da PPW Brasil. O Museu foi pensado para ser um espaço nobre, comprometido em contar a história dos modais de transporte aéreo, ferroviário, rodoviário e aquaviário, bem como seus impactos e benefícios na vida

social e econômica do País. “O público terá à sua disposição um ambiente inteligente, dinâmico e integrador, que contará com os mais modernos recursos da interatividade. Um projeto ímpar, que está aos cuidados dos maiores talentos em museologia, cenografia, história, arquitetura, marketing e gestão do mercado nacional”, destaca Elza Lúcia Pan-zan, presidente da FuMtran. O premiado projeto arquitetônico é assinado pelo renomado escritório Athié Wohnrath. Para o desenvolvimento muse-ológico, a FuMtran reuniu um time de ex-perts nessa área, com a participação do pro-fessor e museólogo Fábio Magalhães, e o

experiente escritório Arte3. “A rica história do transporte carecia de ser contada e, mais do que isto, documentada para as próximas gerações. É muito legítima a iniciativa da criação de um museu que pretende remontar, passo a passo, a trajetória do transporte que retrata o próprio crescimento do Brasil, através da movimentação da riqueza nacional. Trata-se de um legado que a atual e as próximas gerações vão saber bem aproveitar”, ob-serva David Abramo Randon, presidente das Empresas Randon, grupo que figura en-tre as maiores empresas privadas do atual cenário nacional.

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

Saber conduzir um caminhão pelas perigosas estradas brasileiras não é o sufici-ente. Cada vez mais as transportadoras bus-cam profissionais qualificados, capazes de ti-rar o melhor de cada veículo – economizando combustível e garantindo a manutenção ad-equada. Quem tem o próprio caminhão pre-cisa se preocupar ainda mais com os detalhes e hábitos de direção, afinal está conduzindo um investimento sobre rodas. Dirigir da ma-neira correta exige conhecimento e trein-amento, mas só traz benefícios. Confira algumas dicas para dirigir de maneira mais eficiente, economizando diesel e estendendo a vida útil do caminhão:

Não andar na banguela Dirigir em declives com o veículo desengatado, em ponto morto, é o hábito mais comum e mais equivocado na direção, além de ser contra a lei. “Andar na banguela não se justifica de forma nenhuma”, afirma Eduardo Staggemeier, instrutor do Sest Senat de Santa Maria (RS). Segundo ele, ao contrário do que se imagina, o veículo desengatado fica no re-gime de marcha lenta, gastando combustível. De acordo com Carlos Souza, supervisor de Help Desk Técnico da Iveco, no caso de mo-tores a diesel, com a marcha engatada, o con-sumo é zero, pois o próprio peso da carreta faz o sistema de combustível entrar em corte, ou débito zero de consumo. Além disso, na banguela a caixa de transmissão não recebe a lubrificação correta, podendo ser danificada, e o caminhão engatado adere melhor ao solo, dando maior segurança.

Não cambiar em altas rotações A maioria dos caminhões novos tem no tacômetro, o popular conta-giros, uma faixa verde, que indica a rotação ideal do motor para a troca de marchas. Ele serve de

CINCO DICAS ÚTEIS PARAECONOMIZAR COMBUSTÍVELConfiram essas dicas para estender a vida útil do caminhão e do ônibus de sua frota,sobretudo quando há a condução necessária nas péssimas rodovias de todo o Brasil

guia para evitar acelerações desnecessárias nas trocas de marcha, uma das principais formas de desperdiçar combustível. “Dentro dessa faixa, é possível o motorista trabalhar sem prejuízos, tendo o torque necessário sem perder velocidade e tendo economia”, ex-plica Staggemeier. Manter o giro constante e a mínima pressão no acelerador diminuem a necessidade de trocas de marchas, ajudando a explorar ao máximo a faixa de maior torque do motor.

Não pisarduplamente na embreagem A famosa dupla debreagem, popular em caminhões antigos, quando a transmissão era do tipo “caixa seca”, perdeu o sentido. O ato consiste em pisar duas vezes na embrea-gem durante as trocas de marcha, acelerando nos intervalos. É um hábito que, em camin-hões novos, não tem justificativa, pois pisan-do uma vez o veículo já estará debreado, e as acelerações são mais uma maneira de des-

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CINCO DICAS ÚTEIS PARAECONOMIZAR COMBUSTÍVELConfiram essas dicas para estender a vida útil do caminhão e do ônibus de sua frota,sobretudo quando há a condução necessária nas péssimas rodovias de todo o Brasil

perdiçar combustível. Para Carlos Souza, está entre os hábitos de maior desperdício desne-cessário de diesel.

Não trafegar com excesso de peso Além de ser um hábito contra as leis de trânsito, o excesso de peso prejudica a ma-nutenção do caminhão como um todo, prin-cipalmente dos pneus. Para puxar uma carga mais pesada, o consumo será invariavelmente maior, pois vai exigir mais força do motor. “O

excesso de peso vai determinar que o motor funcione sempre em regime mais alto, fora da área verde do tacômetro”, diz Staggemeier.

Manter a pressãocorreta dos pneus Segundo um estudo da fabricante Goodyear, somente a manutenção da pressão correta dos pneus influencia em até 30% no desempenho. Para Rogério Matheus, master driver – espécie de piloto de testes – da Sca-

nia, a manutenção geral do veículo é princípio básico para a economia. “Muitos querem ap-enas ganhar o frete, mas esquecem de coisas básicas, como checar o óleo, líquidos de arre-fecimento e, principalmente, os pneus. Pneus descalibrados são o suficiente para diminuir bastante a média”, alerta.

Cartola - Agência de Conteúdo

Especial para o Terra

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1º • Novos Viale BRTde Belo Horizonte

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

A subida das primeiras unidades deMarcopolo Viale BRT da fábrica deCaxias do Sul para a cidade de BeloHorizonte, onde começará nospróximos dias a operação do novosistema de transporte rápido porônibus, o BRT MOVE, foi o assuntomais comentado nas redes sociais nasemana passada. As primeiras fotosdos primeiros veículos, ainda nasrodovias que levaram até à garagem nacapital mineira, circularam as redes.

2º • Reajuste datarifa no RJDiversos comentários acerca doreajuste da tarifa do transportemunicipal do Rio de Janeiro tambémchegaram às redes sociais na semanapassada. Muitos passageiros, revoltadoscom o aumento, colocaram suas opiniões nas redes. Algumas pessoasmanifestaram-se a favor do reajuste,justificando com argumentos.

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REVISTAINTERBUSS • 02/02/14 25

Neste sábado, 25 de janeiro, São Paulo completou 460 anos e, como ocorre há nove anos,ocorreu mais um passeio turístico de trólebus pela região central da cidade

O Passeio dos 460 anos

Chegamos ao Pátio do Colégio às 13h00. A primeira coisa que percebi foi a ausência de filas. Diferentemente do ano pas-sado – quando as filas foram enormes – hoje quem chegava já embarcava direto. Nem pre-cisava esperar muito. Logo no começo pensei que fosse resultado do incremento da frota do passeio que ocorreu neste ano. Ao invés de 13 veículos, neste ano usaram 16, sendo que dois desses eram articulados. Mas, segundo infor-mações de alguns amigos que por lá estavam, o movimento estava fraco mesmo. Parte por conta de a data ter caído em um sábado onde, mesmo sendo feriado, parte do comércio da região central acabou abrindo suas portas. Mas acredito que o principal motivo foi a falta de divulgação da Prefeitura. Os releases a respeito do passeio só foram passados à im-prensa no final da tarde de sexta. Da frota deste ano, os veículos artic-ulados eram da Metra, operadora do corredor ABD da EMTU. Além deles, ela levou mais um trólebus convencional. Outros doze tróle-bus eram da Ambiental Transportes, que opera as linhas de trólebus da área 4 – região leste e central paulistanas. E havia ainda uma novi-dade: o K9, um ônibus chinês movido 100% a energia elétrica acumulada em baterias, fab-ricado pela BYD, empresa chinesa que está se instalando no país e que está sendo testado pela SPTrans em conjunto com a BYD. O Passeio – Quando cheguei, a úni-ca fila que vi era para andar no K9, que estava chegando de outra viagem. Esta era formada quase que totalmente por “busólogos” e pes-soas interessadas em transporte. Como o veí-culo só tinha 23 lugares, de cara já vi que os lugares estavam todos preenchidos. Então, resolvi fazer o roteiro em um dos articulados da Metra, o 8162. Já havia andado em um dos articulados antes. O bom desse veículo é que ele é equipado com ar condicionado. Logo, o calorão ficou todo do lado de fora. A viagem começou e o trólebus par-tiu com bancos vagos. Embora a organização segurasse o veículo até ele ficar lotado, chegou um momento em que o acumulo de carros foi grande e não havia mais como segurá-lo. Logo no começo da viagem as ala-vancas que conectam o trólebus à rede elétri-ca caíram. Levou um tempo para recoloca-los na rede por conta de outros trólebus de linhas que vinham logo atrás. E, nesse tempo, o K9 acabou passando pela gente. Durante o trajeto, uma monitora contava a história dos pontos turísticos do centro velho da cidade. E em cada ônibus do passeio havia um monitor que fazia o mesmo

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papel. O detalhe: a monitora de nossa viagem era francesa. Dentre os pontos destacados es-tavam o Teatro Municipal, o Edifício Itália com seus 41 andares, o Viaduto do Chá e a Praça da República. K9 – Não conseguimos andar no K9, mas as opiniões que ouvi sobre ele foram divididas. Alguns gostaram outros não. De todo o modo, o veículo mostra-se uma bela opção aos motores movidos a diesel. A en-ergia elétrica lhe dá autonomia de 250km. Segundo informações que algumas pessoas obtiveram junto aos operadores do veículo, nas frenagens, o K9 repõe parte da energia elétrica gasta. O gasto de energia gasto no passeio turístico correspondeu, até a penúlti-

ma viagem, a 2% do que foi acumulado nas baterias. Só vale lembrar que o trajeto do pas-seio ocorre em um itinerário curto e sem os problemas de trânsito que encontramos no dia-a-dia. Em linhas longas certamente o des-empenho não seria tão bom.

* * *

O passeio turístico deste ano termi-nou por volta das 15 horas, sem a tradicional chuva de final de tarde de todos os anos. E a cada passeio, precebemos o quanto nossa ci-dade precisa de linhas turísticas que ajude a preservar e a perpetuar o patrimônio histórico de nossa cidade.

José Euvilásio Sales Bezerra

ELÉTRICOS • O Caio Millennium BRT trólebus da Metra, no qual fizemos a viagem; E o K9, ônibus elétrico protótipo que está em testes na SPTrans

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02/02/14 • REVISTAINTERBUSS26

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A Urbs – Urbanização de Curitiba S. A., autarquia da capital paranaense respon-sável pelo gerenciamento dos serviços de ônibus de Curitiba e de 13 municípios viz-inhos continua obrigada a realizar os repasses para os serviços metropolitanos com o obje-tivo de possibilitar o equilíbrio econômico-financeiro do sistema e custear parte das inte-grações entre os ônibus que servem a Capital e a Grande Curitiba. Apesar de ser um órgão municipal, após um acordo com o Governo do Estado, a Urbs gerencia todo o sistema da RIT – Rede Integrada de Transporte – desde 1996. No dia 17 de janeiro, o juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Recu-peração Judicial de Curitiba determinou que a Urbs – Urbanização de Curitiba S.A, reali-zasse os repasses, que estavam dois meses atrasados e somavam cerca de R$ 10 milhões. Apesar de ter pago R$ 2,5 milhões para 12 empresas metropolitanas, a Urbs en-trou na Justiça para derrubar a determinação do juiz Roger Vinícius Pereira de Camargo Oliveira. A autarquia alega que os recursos que deveriam vir da Comec, Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, do Gov-erno do Estado do Paraná, não foram repas-sados. No entanto, a desembargadora Re-gina Afonso Portes, de instância superior, manteve a obrigatoriedade do pagamento. Ela destacou que a Comec fez os repasses e que é obrigação da Urbs auxiliar

a manutenção do sistema metropolitano após um acordo judicial em 01 de agosto de 2012, que ainda é válido. “Denota-se que em 01 de agosto de 2012, para dirimir controvérsia sobre o cál-culo dos custos da remuneração das autoras e da tarifa técnica da Rede Integrada de Trans-porte de Curitiba e Região Metropolitana, a autoras e a URBS firmaram acordo, por meio do qual esta se comprometeu a remunerá-las pela aplicação de planilha inserida no acordo, e determinações do anexo III do edital de Concorrência Pública nº - 05/2009. A vigên-cia do referido acordo judicial é determinada, obrigando a URBS até o encerramento das

concessões intermunicipais e/ou até even-tual ruptura do Convênio URBS/COMEC do Convênio URBS/COMEC.” – escreveu a de-sembargadora no despacho. Os recursos da Comec são respon-sáveis por apenas 6% do custeio, sendo 64% de responsabilidade da Urbs. O acordo é vá-lido até o final do mês de fevereiro deste ano e foi elaborado para manter a tarifa em R$ 2,75. Por este valor, é possível usar quan-tos ônibus forem necessários nos municípios que fazem parte da RIT, independentemente do tempo de viagem, desde que as integra-ções sejam realizadas nos terminais ou esta-ções-tubo.

Autarquia da prefeitura de Curitiba tentou contestar na Justiça decisão quedeterminada o pagamento, mas teve pedido negado

Justiça mantém obrigação da Urbs repassar verbas para integração nos ônibus metropolitanos

CURITIBA • Ônibus da região metropolitana de Curitiba. Urbs tentou derrubar determinação judicial que determina repasse de recursos para ajudar nas integrações, mas segunda instância manteve obrigação da Urbs de depositar as verbas

Total de ônibus encomendados pelo Consórcio HP-ITA, do Distrito Federal, para a Caio, soma 496 unidades

A fabricante de carrocerias de ôni-bus Caio Induscar informou que somam 496 unidades as encomendas da Urbi – Consórcio HP-Ita, do Distrito Federal, para as operações do Lote 3, que atende regiões como Núcleo Bandeirante, Samambaia, Riacho Fundo I e II e Recanto das Emas. De acordo com a Caio, cerca de cem ônibus já foram entregues. Todos os veículos são de chassi Mercedes Benz que seguem as normas de re-strição de emissão de poluentes baseadas nos padrões internacionais Euro V. A empresa, vencedora da licitação concluída em junho de 2013, que dividiu o sistema em cinco lotes operacionais, terá os

seguintes modelos:- 399 unidades do Caio Apache Vip III. Os ônibus possuem comprimento de 12.690 mm, largura de 2.500 mm, capacidade para trans-portar 42 passageiros sentados, 37 em pé e uma pessoa portadora de deficiência, contan-do com um elevador que garante para todos os passageiros a acessibilidade, além de apre-sentar poltronas ergonômicas almofadadas com encosto de cabeça, poltrona do motorista e do cobrador hidráulica, piso em taraflex an-tiderrapante, vidros fumês, que diminuem a incidência de raios solares, tornando as via-gens mais confortáveis. Já foram entregues, cerca de 100 carrocerias para o cliente.

- 40 unidades do Caio Millennium BRT Articulados, com comprimento de 18.600 mm, largura de 2.600 mm e capacidade para transportar 139 pessoas, contando com es-paço para quem depende de cadeira de rodas. As carrocerias BRT vem equipadas com ar condicionado, elevador, facilitando a loco-moção dos passageiros, cinto de segurança do motorista com regulagem de altura, dando maior segurança a dirigibilidade, vidros fixos colados e para-brisa tripartido, facilitando a manutenção. - 57 unidades do ônibus midi (micrão) Caio Foz Super, modelo com comprimento de 9.600 mm e 2.500 mm de largura.

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Secretário dos transportes metropolitanos também garantiu bilhetes só para CPTM e Metrô

Bilhete Único Semanal vai ser usadotambém no sistema de metrô e trem

O Bilhete Único Semanal, prometido pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para o mês de abril, vai ser usado também na CPTM – Companhia Paulista de Trens Metro-politanos e no Metrô de São Paulo. A confirmação foi do secretário es-tadual dos transportes metropolitanos, Juran-dir Fernandes. As regras devem ser as mesmas do que já ocorre com o Bilhete Único Mensal, em vigor desde 30 de novembro do ano pas-sado. Pagando um valor fixo, o passageiro pode usar quantos ônibus ou composições dos trens e metrô quiserem por mês. O valor do Bilhete Único Semanal ainda não foi definido oficialmente, mas deve ser proporcional ao Bilhete Único Mensal. Jurandir Fernandes disse que o Governo do Estado pretende ter bilhetes únicos exclusi-vos para a CPTM e Metrô, apesar de a mo-dalidade mensal da SPTrans já possibilitar este uso.

QUANDO VALE A PENATER BILHETE ÚNICO MENSAL? Antes de aderir ao Bilhete Único Mensal, o passageiro deve calcular sua forma de uso (se é só nos ônibus ou nos ônibus e também nos trens), o valor previsto que será gasto no mês e a quantidade de viagens feitas no período de 31 dias. Quando o uso é restrito para ônibus,

o valor mensal é de R$ 140. O mesmo ocorre se o passageiro usar só o trem ou o metrô. Para fazer integração entre ônibus e transportes por trilhos, o passageiro paga por mês R$ 230. Mas muita atenção! O crédito depositado não é cumula-tivo. Se o passageiro não usar os R$ 140 (para só ônibus ou só trilho) ou os R$ 230 (para os dois meios de transporte), ele perde o que restou, diferentemente do Bilhete Único nos moldes convencionais, cujos créditos ficam depositados no cartão. Assim, é preciso fazer as contas para ver se realmente vale a pena ter o Bilhete Único Mensal. Se o passageiro fizer até 50 viagens por mês, ou seja, o suficiente para ir e voltar ao trabalho de segunda a sexta-feira, o Bilhete Único Mensal válido para os dois meios de transporte não é vantajoso, levando em con-sideração a atual tarifa de R$ 3,00 tanto nos ônibus como no sistema metroferroviário. Já para quem só usa o ônibus ou para que só usa Metrô/CPTM, o Bilhete Único Mensal só é vantajoso se o passageiro fizer mais de 46 viagens por mês, caso contrário, ele pode perder dinheiro. A diferença entre 50 viagens no mês para integração e 46 só para um meio de transporte se explica pelo “desconto” dado à modalidade integrada. Um meio de transporte é R$ 140 por mês. Dois meios, em vez de ser

o dobro, ou seja R$ 280, saem por menos, R$ 230. O Bilhete Único Mensal também tem a versão para o estudante que nas duas modali-dades pagam meia tarifa. Para se inscrever, é necessário entrar no endereço eletrônico da SPTrans, inclusive quem só quer usar o bilhete no sistema de trilhos. Além de dados pessoas e documentos, o passageiro deve enviar uma foto 3X4 em arquivo de computador. Depois, é necessário escolher um dos postos da SPTrans para re-tirar o bilhete. SPTrans: http://bilheteunico.sptrans.com.br/ O Bilhete Único nos moldes habitu-ais garante o uso de 4 ônibus em três horas por R$ 3,00 no comum ou em duas horas no modelo Vale-Transporte. Também permite o uso de três ôni-bus e o sistema Metrô/CPTM por três horas, desde que nas duas primeiras horas seja usa-do o trem ou o metrô. No caso da integração, além dos R$ 3,00, o passageiro paga mais R$ 1,65 ao trocar de meios de transporte. Desde que respeitando o prazo de duas horas para transferência e de três horas para a viagem completa, o uso dos modais (ônibus, trem, metrô) pode ser intercalado. A integração não é válida para o Bil-hete Único o Idoso que, mesmo pegando o ônibus primeiro, deve apresentar documento de identificação nas catracas do Metrô e da CPTM.

TRILHOS • Bilhete Único Semanal vai poder ser usado no sistema de trens e metrô. Valor não foi definido oficialmente, mas deve ser proporcio-nal ao que é cobrado no Bilhete Único Mensal. Foto: Diego Silva

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02/02/14 • REVISTAINTERBUSS28

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REVISTAINTERBUSS • 02/02/14 29

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02/02/14 • REVISTAINTERBUSS26

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Ônibus: chega de vandalismo!

Todos sabem que o meio de trans-porte mais popular é o ônibus. É claro que você não precisa ter um, e sim, locomover-se de um bairro a outro por um preço acessível. E maioria das viagens pessoais acaba saindo bem mais barata do que ter um transporte in-dividual. Precisamos de ônibus sim! Agora a cada ano, vemos que ônibus são queimados cada vez mais, por motivos geralmente ino-centes. E o que os ônibus têm a ver com isso? Os coletivos foram culpados por prejudicar alguém, por algum motivo? Parece que este ano, em São Paulo parece ser o pior período para a frota das empresas de ônibus. Quais as soluções para inibir e até acabar o incêndio a ônibus cole-tivos? Primeiro, basta ter uma polícia efi-ciente e inteligente. É preciso ver onde está

a raiz do problema: se foi policial que baleou uma pessoa tanto do bem quanto do mal, ou se foi atropelamento, ou desarticulação de ponto de entorpecentes. Se a polícia fez com êxito, chame pelo menos três viaturas a mais para rondar o local no período de 12 horas para evitar queimar um ônibus. Segundo, as viações que tiverem seus ônibus avariados podem suspender parte do percurso por um determinado tempo. As-sim, os baderneiros que também pegam esses mesmos ônibus junto com outros passageiros da rua ficam prejudicados por um tempo, an-dando centenas ou milhares de metros até o ponto de parada onde o ônibus passa. A des-vantagem é que isso pode gerar outra revolta, fazendo com que queimem ônibus de novo. E terceiro, se o motivo foi por algum problema de ordem natural, como chuva forte que gerou inúmeros problemas como inunda-

ção, queda de árvore, falta de água, telefone ou energia elétrica, aguarde pacientemente até que alguém resolva a situação. Se não, queimar ônibus não vai apre-ssar a resolver qualquer problema, e sim gerar mais e mais problemas em cascata, lembran-do que a prefeitura pode até deixar de atender a população só porque queimou um ônibus. Então, é melhor não passar ônibus ali até os moradores aprenderem que queimar ônibus é queimar patrimônio útil para a população! É lição de casa. Concluindo, sou contra qualquer tipo de vandalismo, mesmo chamando a atenção da imprensa, e não há nenhuma inteligência fazer ou incitar qualquer tipo de vandalismo não só em ônibus, mas em qualquer institu-ição pública ou particular, inclusive veículos. Cuide do patrimônio. Não quebre, não van-dalize, pois um dia você pode precisar.

Marisa V

anessa N.Cruz

VANDALIZADO • Um dos ônibus queimado por vândalos em janeiro deste ano

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