revista irrigazine nº 32 - junho 2013

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Fertirrigação com Precisão Irrigação por Gotejamento em Paisagismo Notícias Agricultura Irrigada

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06 CONTA-GOTAS10 AGENDA10 CARTAS

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Valmont recebe troféu de prata em inovação pelo Valley Corner

Irritec produz tubo gotejador no Brasil

Fertirrigação com PrecisãoFerramentas Auxiliares

Irrigação por gotejamento enterrado em paisagismo

ARTIGO CLASSIFICADOS

ARTIGO

23

27

30

06

00 27

2330

Amanco investe meio milhão em atualização de software

ENTREVISTA

20

12

Lindsay mostra o pivot central 9500, considerado o mais rápido do mercado

1314

Franklin Electric lança novas motobombas submersas e de alta pressão

15

16 Seminário debate os potenciais da Irrigação no Brasil

16

Systemgotas iniciou produção de filtros de areia e conexões para irrigação em aço galvanizado e inox

18

20

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04 JUNHO 2013

DIREÇÃODenizart Pirotello Vidigal

[email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELSílvia Marrat Sitta - MTB: 3248

[email protected]

TEXTO E EDIÇÃOSílvia Marrat Sitta

COLABORAÇÃOJosé Giacoia Neto

Roberto Lyra Villas Bôas Thais Regina de Souza

EDITORAÇÃOMayara Mesquita

PRODUÇÃO/PROJETO GRÁFICOClan da Criação Comunicação

CAPAMurilo Uyemura

REVISÃODenizart Vidigal Barufe

Sílvia Marrat Sitta

CONTATOComercial e Editora AGROS Ltda.

Rua Guerche 3484 - Votuporanga/SPCEP: 15502-155 - Fone: (17) 3046-3204

[email protected]

ASSINATURASDébora Pirotello Vidigal

[email protected] irrigazine na internet:

blog: http://irrigazine.wordpress.comsite: www.irrigazine.com.br

twitter: www.twitter.com/irrigazine

A Revista Irrigazine não se responsabiliza peloconteúdo dos artigos assinados ou pelas

opiniões emitidas pelos entrevistados, fontes e dos anúncios publicitários.

Junho 2013Edição 32

A tecnologia é uma das principais responsá-veis pela alta produtividade alcançada no campo quando se fala em irrigação. A par de uma política nacional de irrigação, pesquisas, linhas de crédi-to, informação adequada e fluindo até o produtor, desburocratização para outorgas (acesso ao uso da água), infraestrutura de energia elétrica, a in-dústria de máquinas e equipamentos de irrigação é de vital importância para determinar níveis de produtividade cada vez mais amplos na atividade agropecuária irrigada.

Se em alguns dos itens ainda estamos patinan-do, a Indústria anda dando show. Por esta razão, boa parte desta edição que circula na 20ª Hortitec, se dedica às novidades e destaques apresentados na Agrishow 2013. Para começar fizemos uma entrevista sobre a atualização do IrrigaCAD, da Amanco. Além de mostrar as ampliações de pro-dução, lançamentos e premiações.

Por sua vez, o Ministério Nacional de Irriga-ção reuniu agentes do governo, produtores rurais e especialistas do setor, durante dois dias, no Se-minário Nacional de Agricultura Irrigada, em Belo Horizonte, para refletir sobre os desafios e oportunidades da agricultura irrigada no Brasil. E conforme Guilherme Orair, Secretário Nacio-nal de Irrigação, para “mostrar que a atividade da agricultura irrigada promove desenvolvimento ao mesmo tempo que é socialmente inclusiva e am-bientalmente sustentável”. Concordamos e você pode conferir.

Os artigos” Fertirrigação com Precisão” de Ro-berto Lyra VillasBôas e Thaís Regina de Souza e “Irrigação por meio de gotejamento enterrado em paisagismo” de José Giacóia Neto encerram pontos que merecem atenta leitura.

Boa Leitura!

O País da Irrigação

“Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espan-tes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1:9

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05MAIO 2013

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06 JUNHO 2013

Para atender a crescente de-manda na região Centro-Oeste a Irricenter abre um centro de distribuição em Brasília. O objetivo é dar maior agilidade nas entregas e no atendimento a um dos mercados que mais cresce no Brasil. Segundo o en-genheiro Anderson d’ Muniz, gerente de marketing da Irri-center, “além da expansão o mercado está se tornando mais exigente, com projetos mais

sofisticados e necessidade de assistência técnica”.

A Irricenter também refor-mulou seu site (www.irricen-ter.com.br), que e um dos mais acessados do mercado de irri-gação. Nele, o internauta en-contra produtos, e promoções, modelos de irrigação, videos, detalhes de montagem, manu-ais e folders de toda linha de produtos comercializados pela empresa.

Irricenter abre centro de distribuição em Brasília e lança novo site

Um sistema de irrigação movido a energia solar foi criado pela International Development Enterprises (iDE) e deverá ser lançado no mercado internacional, com preços em torno de seis mil reais. Desenvolvido para agricultores de sub-sistência, o sistema poderá

ser utilizado por todos os produtores. O dispositivo dispensa o uso de combus-tíveis ou eletricidade para funcionar, reduzindo gastos.

Nomeado SunWater, o sistema de irrigação elimi-na o uso de combustíveis fósseis, que têm preços al-tos e não precisa da energia

disponível na rede elétrica- que nem sempre está ao alcance das populações que sobrevivem da produção agrícola.

Segundo o Inhabitat, cada exemplar do SunWa-ter vai custar R$ 5.856. O produto ainda passa por testes, mas já está em fase

de captação de recursos.O iDE é uma empresa

social, sediada nos Estados Unidos que trabalha com modelos de desenvolvi-mento orientado em comu-nidades rurais pobres de todo o mundo.

Fonte: CicloVivo

Irrigação com energia solar

Entre as medidas to-madas para atenuar os efeitos da seca na Para-íba a Agência Nacional das Àguas (ANA) adotou a perenização zero (com-portas fechadas) e a proi-bição do uso das águas do açude Epitácio Pessoa

para irrigação. Os produ-tores agrícolas da região somente poderão voltar a utilizar as águas do Bo-queirão quando o açude se recuperar e após con-cessão da outorga da ANA.

O açude Epitácio Pes-soa, o município de Bo-

queirão é responsável pelo abastecimento de Campina Grande e outros 16 municípios. Ao final do primeiro semestre, encerrado o período chu-voso na região, técnicos da ANA vão avaliar os da-dos de armazenamento e

realizar nova batimetria para verificar se há a ne-cessidade de racionamen-to a partir do próximo ano ou se basta manter as medidas anunciadas para garantir o atendimento ao abastecimento humano.

Corte na irrigação para minizar efeitos da seca

A Baccara-Geva, um dos maiores fabricantes de produtos de automa-ção do mundo, tanto na área industrial, quanto médica e de IRRIGAÇÃO, com sede em Israel e a BSV Válvulas e Controles Industriais, com sede em São Paulo, fecham uma parceria para comerciali-

zação no Brasil de toda a linha dos produtos BAC-CARA, unindo assim, ex-celência de engenharia de desenvolvimento, fabrica-ção e qualidade de produ-tos com comercialização e atendimento ao cliente através de engenheiros e equipe de vendas alta-mente qualificada.

Baccara definitivamente no Brasil

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Com a missão de expandir a presença da empresa nacional-mente, assumiu como novo gerente geral da Bauer Irrigação, Eu-gênio Brunheroto. A empresa estuda ex-

pansão nas instala-ções e pode ter nova unidade de produção. Brunheroto também acenou com ajustes para tornar mais com-petitivos os carretéis enroladores da mar-

ca. Ele aposta na ver-satilidade dos pivôs série 9000 que fun-cionam como linear, mas pivotam também. Outro trunfo, para o mercado de cana-de---açúcar, é o pivô re-

vestido para aplicação de vinhaça, não é uma novidade, mas a Bauer aponta para um custo menor do que os con-correntes neste pro-duto.

Bauer anuncia investimentos no Brasil

Revista Irrigazine presente na Agrishow 2013

A Irrigazine está sempre presente nos melhores e maiores eventos do setor. Assim não poderia deixar de participar da Agrishow 2013.

07JUNHO 2013

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08 JUNHO 2013

O sistema OIL VAC nasceu na década de 90 em uma fazenda no oeste do Texas-EUA quando seu fundador, Gary Sage construiu o primeiro equipamento para troca de óleo dos motores de seus pivôs de irrigação, perce-bendo o quanto esse processo era eficiente e seguro para o meio ambiente e trabalha-dores. Seus vizinhos fazendeiros viram os benefícios e assim nas-ceu o negócio.

Consciência Am-biental, Condições de Trabalho Seguro e Sustentabilidade são as

principais motivações para a Sage Oil Vac Bra-sil produzir este equi-pamento. O sistema enclausurado elimina respingos, desperdício e o risco de autuações por contaminação do solo ou do operador. O acondicionamento correto do óleo usado o mantém limpo e isola-do, para utilização na reciclagem, rerrefino ou permite direcionar para nova finalidade.

OIL VAC reduz o es-forço e a possibilidade de lesões e o contato do fluído com o mecâni-co fazendo com que as condições de trabalho

fiquem mais saudáveis.OIL VAC facilita a

troca de óleo no cam-po, porque é Versátil; não necessita de veí-culo exclusivo para o transporte. O equipa-mento de lubrificação pode ser montado so-bre carreta, caminho-nete e caminhões do tipo 3/4. É Eficiente; a troca de óleo a vácuo diretamente do cár-ter pode ser feito com o motor ainda quente, sendo 66% mais rápido do que a drenagem tra-dicional por gravida-de. De Fácil Operação; o uso do vácuo e da pressão de ar para tro-

ca e reposição de óleo se torna muito prática para o operador em campo, pois é simples seu manuseio. Econô-mico; a compra de óleo em tambor de 200 li-tros é mais econômica comparado as usuais latas de 18 litros. Não haverá gastos gerados pelos transtornos cau-sados no sistema tra-dicional, com limpeza do solo contaminado, ou autuações relacio-nadas.

Hoje, os equipamen-tos Oil Vac também são fabricados no Brasil, produzindo tecnologia e gerando de empregos.

Troca de óleo na lavoura

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Eima Agrimach India 2013De 5 a 7 de dezembro de 2013New Delhi / Índia www.eimaagrimach.in

Rafael BressaniniJeverton BetimGetulio MatsumeMarcelo Ribeiro MendonçaDow Brasil S.aMarcelo Carazo CastroForte ParafusosIrriga Soluções IrrigaçãoAUE SoluçõesAgrodomus Insumos AgricolasInacio B. Lucena - AguatecJoão Paulo SimõesEduardo Ribeiro GarciaCorumbau - FazendãoEduardo Roxo NobreFrancisco Jose SilveiraGustavo G. RomeroLuis Carlos SáAdalberto Vieira Souza

Novos assinantes da Irrigazine Boa tarde!Gostaria de obter informações a respeito de

valores para receber a Revista Irrigazine.

Prof. Thiago Jardelino DiasUniversidade Federal da Paraíba Bananeiras – PB

Bom dia, gostaria de receber exemplares da revista de vocês, como faço para ser assinante?

Agamemnon

Envie perguntas ou comentários através do nosso site: www.irrigazine.com.br

Dica de Leitura

Irrigação Princípios e métodos - 3ª edição - 2012 – Autores: Everardo Mantovani, Salassier Bernardo, Luiz Fabiano Palaretti. Editora UFV - Universidade Federal de Viçosa.

1º Fórum Mundial de IrrigaçãoDe 29 de setembro a 5 de outubro de 2013Mardin – Turquia http://forumirrigacao.blogspot.com.br

Agritech IndiaDe 23 a 25 de agosto de 2013Gayatri Vihar Palace Terra, BengaluruBangalore / Índia

Palestra e Prática: Irrigação de Hortaliças24 de junho de 2013Sítio Santana - Rodovia SP 127 - Piracicaba / SP(19) 3429-4178 ou [email protected].

Fenasucro & Agrocana - 21ª Feira Internacional de Tec. Sucroe’nergéticaDe 27 a 30 de agosto de 2013Centro de Eventos Zanini - Sertãozinho / SPhttp://www.fenasucro.com.br/

10 JUNHO 2013

XV Curso de Manejo de Nutrientes em Cultivo ProtegidoDe 26 a 30 de agosto de 2013mais informações: www.infobibos.com/mncp

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12 JUNHO 2013

Instalado na região de perdizes (MG) o inovador Pivot Valley Corner ren-deu a Valmont a conquista do troféu de prata na Cate-goria novidade Agrishow 2013. O equipamento, re-cém lançado no Brasil já é sucesso nos EUA. O Valley Corner é um produto com grande potencial para maximizar o uso do solo na propriedade rural, ir-rigando áreas antes ina-tingíveis. Como um braço articulado o Valley Cor-

ner possibilita a irrigação de campos quadrados, com obstáculos e com ou-tras formas com precisão. O engenheiro-agrônomo Vinícius Melo explica que todo o sistema é guiado por GPS, com válvulas de controle de vasão, “Isso garante eficiência na apli-cação de água, efluentes e insumos na medida cer-ta”, e ressalta, “além de novos projetos o equipa-mento pode ser acoplado em pivôs já existentes”.

Valmont recebe troféu de prata em inovação pelo Pivot Valley Corner

NOTÍCIAS DO SETOR

João Rebequi, diretor--presidente da Valmont comemorou, “É um or-gulho para a Valmont re-ceber um prêmio como esse, justamente no ano em que comemoramos o aniversário de 35 anos do primeiro pivot central do Brasil, instalado por nós. O inovador Valley Corner veio para trazer a pos-sibilidade de ampliar os campos irrigados, sem precisar investir em no-vas terras ou em outras

formas de irrigação. É a Valmont mais uma vez marcando a história da irrigação brasileira”.

Para reforçar o time nessa comemoração a Valmont também apre-sentou seu novo Vice Presidente de Marketing Global, Matthew On-drejko, responsável pela estratégia global de ma-rketing e implementação, comunicações de marke-ting, pesquisa e desenvol-vimento de produtos.

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13JUNHO 2013

NOTÍCIAS DO SETOR

A Lindsay levou a Agrishow 2013 o Pivot Central 9500, pertencente à família Zimmatic, con-siderado o mais rápido do mercado, pois conclui um círculo de 0,4 km em me-nos de 13 horas, enquanto os outros modelos levam 16 horas para o mesmo procedimento.

Reconhecido pela ver-satilidade, a constituição do equipamento permite que se escolha os pontos do pivô, os vãos, a trans-missão, o painel de con-trole e os demais acessó-rios para a obtenção de um sistema personaliza-do. Assim, não há limite para a largura de vão e se-quer para o comprimento

total da máquina.O 9500P permite a es-

colha de altura da torre – com opções de 3, 4, 5 e 6 metros – o que possibilita a sua aplicação em qual-quer cultura agrícola: do milho à cana-de-açúcar. Entre as suas qualidades, recebem destaques ain-da a robustez dos pontos de pivô, as suas hastes de aço galvanizado por imer-são a quente e as barras transversais mais resis-tentes.

O equipamento conta com aspersores customi-zados e um motoredutor exclusivo Zimmatic, que demanda menor consu-mo de energia.

Lindsay mostra o pivot central 9500, considerado o mais rápido do mercado O gerenciamento re-

moto da irrigação é outro ponto focal da Lindsay na Agrishow 2013. Trata-se de um aplicativo de ge-renciamento integrado, denominado FieldNET e que pode ser instalado em dispositivos móveis como tablets, smartphones ou computadores. Ele permi-te o gerenciamento remo-to da alimentação de água ou fertilizantes, entre ou-tros acompanhamentos, de modo que, no caso de qualquer instabilidade

no conjunto, o agricultor recebe alertas de men-sagens de texto e que são enviadas em tempo real para um dos dispositivos móveis cadastrados.

O monitoramento do FieldNET conta ainda com o Map View, que uti-liza coordenadas de GPS para que o agricultor visu-alize todos os pivôs simul-taneamente, fornecendo uma atualização clara e abrangente sobre o status dos equipamentos.

FieldNET atua na gestão do processo

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Líder de mercado na Europa e há mais de 15 anos presente no Brasil a empresa de irrigação ita-liana Irritec iniciou, em março, em sua fábrica em Indaiatuba (SP) a produ-ção de tubos gotejadores brasileiros. A empresa aposta no crescimento do setor e em fevereiro nomeou Luiz Carlos Fer-nandes, diretor geral e o Israelense Eyal Pesman para sua gerencia de pro-dução aqui no país.

A Irritec investiu em torno de quatro milhões de reais (€ 1.500) em má-quinas equipamentos e instalações para a produ-ção dos tubos gotejadores planos com espessuras de 0,2 milímetros até 0,9 mi-límetros que são os que,

no momento, estão sendo produzidos. Luiz Carlos Fernandes, afirmou que a produção atual é de três milhões de metros por mês, funcionando 24 ho-ras por dia.

Entusiasmado o novo diretor da Irritec explica que a fábrica tem uma máquina em produção, mas o projeto é de que nos próximos anos outras três entrem em operação.

Fernandes enume-ra questões de logística, versatilidade de ofertas e prazos de entrega meno-res como as grandes van-tagens da produção nacio-nal de tubos gotejadores. Para o futuro, outros tipos de tubos gotejadores de-vem entrar na linha de produção nacional.

Em 2012 a Irritec inaugurou sua fábrica no Brasil. Antes a empresa participava do merca-do nacional de irrigação com suas linhas comple-tas em tubos gotejadores, filtros, conexões e aces-sórios, importados atra-vés de distribuidores.

De tradição familiar, o grupo Irritec& Siplast

tem sua origem na Sicilia, Itália, no ano de 1974 com a família Giuffré cuja tra-dição familiar continua até hoje mesmo depois da internacionalização do grupo com fábricas na Espanha, México, Es-tados Unidos e agora, no Brasil.

Irritec produz tubo gotejador no Brasil

14 JUNHO 2013

NOTÍCIAS DO SETOR

A burocracia e a falta de unicidade de proce-dimentos tornam mais demorado o tempo para compra de equipamentos de Irrigação e essa é a ban-deira com que tomou pos-se na 20ª Agrishow o presi-dente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irri-gação (CSEI) da ABIMAQ, Antônio Alfredo Teixeira Mendes.

A questão é que cada estado tem legislações e procedimentos adminis-trativos específico para lidar com liberação de ou-torgas de água, e além dis-so muitos vezes o proce-dimento ainda vai para a esfera federal. Mendes dis-se que a diretoria do CSEI

e representantes do setor trabalham junto à Agência Nacional das Águas (ANA) e outros órgãos públicos para facilitar o processo.

“Estamos fazendo arti-culações institucionais em todos os níveis do governo para mostrar que é possí-vel agilizar o processo e, principalmente, que existe muita possibilidade para o setor e que o Brasil está perdendo isso”. Mesmo com a lentidão na aprova-ção dos financiamentos e do complexo processo de liberação de outorgas o setor tem expectativa de crescimento e está otimis-ta.

A Diretoria eleita com Chapa única.

CSEI elege nova diretoria

Presidente ANTÔNIO ALFREDO TEIXEIRA MENDESNaanDan Jain Brasil Ind. e Com. de Equiptos. para Irrigação Ltda.

Vice-PresidentesÂNGELO TADEU PIASSETTAIrrigabrasil Indústria e Comércio de Máquinas Ltda.EUGÊNIO BRUNHEROTO Bauer Irrigation Equipamentos Agrícolas Ltda.JOÃO REBEQUI Valmont Indústria e Comércio Ltda.MARCOS GERMEK Hidromecânica Germek Ltda.MÁRCIO SANTOSLindsay América do Sul Ltda.MARCUS TESSLERNetafim Brasil Sistemas e Equiptos. de Irrigação Ltda.RONALDO CHAQUIB ASSEF FILHOTigre S/A. Tubos e ConexõesTEREZA REISJohn Deere Water Sistemas de Irrigação Ltda.

Page 15: Revista IRRIGAZINE nº 32 - junho 2013

15JUNHO 2013

NOTÍCIAS DO SETOR

A Franklin Electric esta lan-çando duas novas linhas de produ-tos – as séries VME e SUB 6”, além de ampliar a série SUB 4”. Referên-cia nacional no transporte inteli-gente de água, a empresa aposta no desenvolvimento, produção e comercialização de equipamentos que possam atender às tendências do segmento.

As motobombas de alta pres-são VME se destacam pela fácil instalação e por contribuir para a redução de espaço no projeto. Os equipamentos ainda apresentam outros importantes elementos, como o bombeador de aço inox e intermediário, base e flanges de ferro fundido, com pintura a fun-do E-Coat. Estas características garantem ao produto alta durabili-dade, com menores índices de cor-rosão e ampla resistência à abra-sividade.

Entre as aplicações para esta linha, está o uso em abastecimen-to predial, irrigação, alimentação de caldeiras, transporte de água a longa distância, lavação de am-bientes, veículos e máquinas e em indústrias.

Já as séries SUB 4” e SUB 6” são ideais para o bombeamento

em poços tubulares, com diâmetro a partir de 4” e 6”. Marcados pelo alto desempenho e resistência, os equipamentos foram desenvolvi-dos para funcionar dentro da água, a grandes profundidades. Neste caso, o lançamento dos produtos visa à ampliação de alternativas para projetos que requerem maio-res volumes de vazão.

Com sede nos Estados Unidos, a Franklin Electric é líder global na fabricação e comercialização de sistemas e componentes para mover água e combustíveis auto-motivos. No Brasil, a empresa está localizada em Joinville (SC). A in-dústria chegou ao país em 2008, quando passou a administrar a marca Schneider Motobombas. No mercado brasileiro, é referência no consumo inteligente de água, por meio da fabricação de produtos com elevado nível de tecnologia. A Franklin Electric produz equi-pamentos para a construção civil, em indústrias, poços artesianos, sistemas de pressurização e uso na área agrícola. Além da matriz e da fundição, em Araquari (SC), possui filiais nas cidades de Reci-fe/PE, Contagem/MG, Belém/ PA e Goiânia/GO. Atualmente, conta

com um extenso número de pontos de vendas espalhados pelo país e ampla rede de assistência técnica em todos os Estados brasileiros. O grupo possui ainda fábricas e es-critórios em 14 países, entre eles o Brasil, Estados Unidos, México, Alemanha, África do Sul, Turquia, China, Austrália e Japão. Para sa-ber mais sobre a Franklin Electric, acesse: www.franklin-electric.com.br

Franklin Electric lança novas motobombas submersas e de alta pressãoProdutos apresentam alta durabilidade e desempenho, além de contribuírem para a redução de espaço nos projetos.

Page 16: Revista IRRIGAZINE nº 32 - junho 2013

16 JUNHO 2013

NOTÍCIAS DO SETOR

O Ministério da In-tegração Nacional tem incentivado os estados a elaborar Planos Dire-tores de Irrigação, com indicadores, metas e prioridades para a agri-cultura irrigada. Esse é um instrumento estraté-gico para a política pú-blica voltada para o setor. “Em resumo, o desafio da implementação des-tes planos é promover, unificadamente, a reser-vação, a conservação e o uso sustentável da água para irrigação”, enfati-zou Guilherme Orair, se-cretário Nacional de Irri-gação no encerramento do Seminário Nacional de Agricultura Irrigada, realizado pelo Ministério da Integração Nacional em parceria com a Se-cretaria de Agricultura,

Pecuária e Abastecimen-to de Minas Gerais, em Belo Horizonte, nos dias 6 e 7 de junho. O debate: Os rumos da agricultura irrigada no país, aliando expansão da produção e redução dos impactos ambientais.

Atualmente, as ações do Plano Diretor de Mi-nas Gerais, elaborado com apoio do Governo Federal, já estão sendo executadas. O Ministério da Integração Nacional trabalha, hoje, pelo de-senvolvimento dos pla-nos do Ceará, Pernambu-co, Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio Gran-de do Sul. O estado do Pa-raná, por sua vez, já está em processo de licitação para a elaboração do pro-jeto. São Paulo, também

em articulação, terá em breve novos encaminha-mentos para a criação de seu plano diretor.

O Ministério da In-tegração Nacional tam-bém já deu início à ela-boração do Plano Diretor Nacional de Irrigação. O estudo, coordenado pela Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), terá um papel estratégico

na formulação de polí-ticas públicas setoriais de agricultura irrigada, aliando aumento da pro-dução de alimentos e sus-tentabilidade ambiental, com o uso responsável da água. Nesta primei-ra etapa, está em curso o estudo de tendências e oportunidades, que vai trazer um panorama da irrigação brasileira.

Seminário debate os potenciais da Irrigação no Brasil

Page 17: Revista IRRIGAZINE nº 32 - junho 2013

“Levantamos os debates sobre os desafios da agri-cultura irrigada no território nacional durante a Se-mana do Meio Ambiente para mostrar, inclusive, que a produção agropecuária brasileira se integra mui-to bem com a proteção ambiental”, ressaltou Orair, “Mas é preciso aprofundar o entendimento e as dis-cussões das potencialidades relacionadas à irrigação que trarão impactos na produção de alimentos, fibras e energia para as gerações futuras”, completou.

De acordo com Mário Ramos Vilela, especialista em agricultura irrigada e responsável por ministrar a palestra magna do seminário, é preciso fazer mais e melhor, com menos. “O Brasil deve aprender a ver-ticalizar os investimentos em irrigação. Para essa boa gestão dos recursos, as políticas e os planeja-mentos para uso do solo e da água precisam cami-nhar juntos. O resultado desse esforço proporcionará mais segurança para o setor agrícola, sobretudo para os irrigantes”, disse.

A participação de representantes de todos os esta-dos do país reforçou a abrangência dos debates. Luiz Henrique Noquelli, do Fórum Nacional de Órgãos Gestores das Águas, apresentou o exemplo positivo do Mato Grosso na gestão hídrica. Depois de Minas Gerais, o estado está no topo da lista dos grandes ex-portadores de água dentro do sistema de recursos hí-dricos do país. “Não devemos nos preocupar em não usar a água, mas sim, em como usá-la”, defendeu No-quelli. “A abundância deste recurso no país exige do Brasil ainda mais responsabilidade acerca dos méto-dos de conservação”, completou.

Ainda no contexto das potencialidades do Brasil, Evaristo Miranda, da Empresa Brasileira de Pesqui-

17JUNHO 2013

NOTÍCIAS DO SETOR

sa Agropecuária (Embrapa), ressaltou que o país preserva hoje 30% de seu território e, em paralelo, a agricultura irrigada registra altos índices de desem-penho e desenvolvimento.

O evento, parte da programação da SuperAgro Mi-nas 2013, reuniu mais de 600 representantes de ins-tituições públicas e privadas, produtores rurais e es-pecialistas do setor agrícola para discutir o cotidiano e os desafios para o desenvolvimento da agricultura irrigada no país.

Fonte: Assessoria MI / Fotos: Divulgação MI

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18 JUNHO 2013

A Systemgotas desenvolveu uma linha própria de filtros de areia para oferecer ao mercado mais uma alternativa aos produtos importados.

Os diretores da empresa, José Ricardo Beckers e Roberto Tavares, informam que todos os modelos são construídos com chapas de aço A-36 de 4 mm, cre-pinas importadas, sistema de automação israelense, areia especial (0,6 a 1,2 mm) e pintura eletrostática com garantia de três anos. “As vazões são definidas com base em taxas de filtragem que variam entre 35 e 70 mm³/m², conforme a qualidade da água”, explica Beckers.

Systemgotas iniciou produção de filtros de areia e conexões para irrigação em aço galvanizado e inox

• Os filtros de areia também são fabricados com braços coletores (sem fundo falso), com alta eficiência da retro-lavagem.

A Systemgotas Irrigação tem sede administrativa e área industrial na cidade de Mogi Mirim, SP e filial em São Sebastião do Paraíso, MG. A empresa também fabrica conexões em aço galvanizado e inox: válvu-la de pé, válvula de retenção flangeada com by-pass,

sucção e saída de bomba com diversas configurações; e importa produtos de diversos países, entre eles Is-rael, Itália, Espanha, Grécia e China, para atender à sua linha de fabricação e elaboração de projetos hi-dráulicos.

NOTÍCIAS DO SETOR

Page 19: Revista IRRIGAZINE nº 32 - junho 2013

19JUNHO 2013

Page 20: Revista IRRIGAZINE nº 32 - junho 2013

20 JUNHO 2013

Amanco investe meio milhão em atualização de software.

ENTREVISTA

A iniciativa da Aman-co de investir na atua-lização do software da marca resultou na am-pliação da possibilidade de desenvolvimento de sistemas de irrigação, de forma rápida, organi-zada e proporcionando economia de materiais. Lançado na Agrishow

2013 a nova versão do Amanco IrrigaCAD, um software gratuito e to-talmente em português, facilita os projetos de sistemas de irrigação nas áreas de plantio de acordo com o tipo de cultivo, topografia, ne-cessidade hídrica das plantas, manejo do sis-

Alexsandro CastroGerente Comercial de Irrigação

da Mexichem Brasil

1- O que a nova ver-são do IrrigaCAD traz de novidade?

A nova versão do siste-ma conta agora com o mó-dulo Aspersão, indicado para o desenvolvimento de projetos de irrigação de pastagem. O usuário pode ainda criar sistemas de ir-rigação por gotejamento e microaspersão.

A versão 2013, que foi apresentada ao público da feira, é mais moderna, intuitiva e amigável. Ela vem com mais de 40 mo-dificações, sugestão feita pelos usuários da ferra-menta. Agiliza em até dez vezes a elaboração e exe-cução de um projeto de ir-rigação. O sistema auxilia, inclusive, na determina-ção dos materiais, geran-do uma lista completa de todos os tubos e conexões em PVC e Polietileno cal-culados no projeto.

A partir desta nova ver-são 2013 o usuário poderá cadastrar qualquer tipo de emissor (Aspersor, Micro-aspersor e Tubo Goteja-dor) do mercado.

2- Quais os requisitos da máquina para utili-zação do programa, sof-twares e conhecimento da operação de outros softwares hospedeiros?

O computador onde será instalado o Amanco IrrigaCAD deve possuir sistema operacional Mi-crosoft Windows 2003®, Windows XP®, Windows Vista®, Windows 7® e uma

versão do AutoCAD® 2010 a 2013, 32 ou 64 bits, insta-lado e funcionando corre-tamente.

3- Quais as funções oferecidas pelo Amanco IrrigaCAD?

Entre as função ofere-cidas pelo Amanco Irriga-CAD estão:

Identificação de cur-vas de nível gerando mo-delos tridimensionais do

terreno, cadastro de cul-turas, criação e cálculo de blocos de cultivo, ob-tenção de composição de telescópicas, lançamento de tubulações, dimensio-namento de todo o sistema criando setores e análise dos resultados dos cálcu-los hidráulicos do sistema de irrigação proposto.

É possível ainda de-talhar todo o projeto ob-

tema e demais condições. O programa relaciona os itens necessários para o sistema de irrigação e é capaz de gerar listagens prontas para serem envia-das e orçadas. O software ainda minimiza possíveis erros de especificação, já que sua base contém in-

formações referentes às normas brasileiras.

O gerente comercial de irrigação da Mexichem Brasil, Alexsandro Castro falou à Irrigazine sobre o novo IrrigaCAD e outras novidades da Amanco para o setor de Irrigação no Brasil.

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tendo listas de materiais e relatórios dos cálculos dimensionais.

4- A quem se destina diretamente, agriculto-res, engenheiros agrô-nomos, revendedores?

A ferramenta é desti-nada a profissionais em especial da área agríco-la que desejam elaborar projetos de irrigação: téc-nicos agrícolas, engenhei-ros agrônomos, agrícolas, bem como áreas afins.

5- O que os projetis-tas e os irrigantes ga-nham com a utilização do Amanco IrrigaCAD. Rapidez, segurança?

Os profissionais que utilizam o Amanco Irriga-CAD reduzem o tempo de

detalhamento do projeto, possuem mais precisão nos cálculos, tem acesso às listas de materiais por projeto específico e obtêm informações sobre qual-quer elemento em apenas um click, entre outras vantagens

O Amanco IrrigaCAD é uma ferramenta que fa-cilita o desenvolvimento dos projetos de irrigação, tornando sua realização rápida e prática.

6- O software auxilia em qualquer tipo de sis-tema de irrigação?

O Amanco IrrigaCAD é ideal para elaboração de projetos de Irrigação por Gotejamento, Microasper-são e também de Asper-

são, fornecendo seguran-ça, agilidade e precisão em projetos.

7- E em qualquer cultura?

Sim, com o Amanco IrrigaCAD é possível de-senvolver projetos para diferentes culturas.

8- Ele tem aplicações específicas para tipos de projetos? Agricultu-ra, paisagismo?

O Amanco IrrigaCAD foi desenvolvido para atender todos os projetos de irrigação localizada (aspersão, microaspersão e gotejamento), para os mais diversos tipos de cul-turas, podendo também ser adaptado para paisa-gismo, o mesmo propõe

soluções de dimensiona-mento hidráulico em di-ferentes sistemas de irri-gação.

9- Quem ainda não usa o Amanco Irriga-CAD, como faz para ad-quirir?

O download do progra-ma é feito de forma rápida e segura pelo site www.amanco.com.br. O sof-tware utiliza a tecnologia ARX, fornecida pela pró-pria AutoDesk, que é a de-senvolvedora do AutoCAD.

10- Quem já tem a versão de 2011, o que faz para atualizar?

Para quem já possui as versões anteriores do IrrigaCAD, basta fazer o download do novo arquivo

ENTREVISTA

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de instalação e executá-lo em seu computador. Auto-maticamente a nova ver-são do Amanco IrrigaCAD irá substituir a versão an-terior permitindo a sua utilização imediata.

11- Vocês têm idéia de quantos download do Amanco IrrigaCAD foram realizados desde o seu lançamento?

Temos um acompa-nhamento feito pela equi-pe de Trade Marketing da Amanco que listou em torno de 800 downloads desde seu lançamento ini-cial. Com essa nova ver-são, acreditamos que esse número seja superado ra-pidamente em função de termos novidades como o módulo de Aspersão, que é um sistema de irrigação

usado em todo o país em larga escala.

12- Além da atuali-zação do Amanco Irri-gaCAD quais as outras novidades da Amanco para a irrigação?

A Amanco apresen-tou também na Agrishow 2013 o Amanco Irrigafort, o primeiro tubo em PVC da marca desenvolvido especialmente para altas pressões no segmento de irrigação. Além de resis-tente e leve, o que facilita o transporte e a instala-ção, o processo produti-vo do tubo consome me-nos energia em relação às soluções de mercado para a mesma aplicação, tonando-se uma opção sustentável. O produto possui ainda o sistema de

vedação do tipo junta elás-tica, com anel integrado e removível, permitindo a integração com qualquer sistema defofo.

Os visitantes do es-tande puderam conhecer o produto mais profunda-mente por meio do Raio-X Interativo, que permitia a visualização do interior do tubo e as moléculas biorientadas, tecnologia inovadora e exclusiva da Amanco no país, que aumenta a performance mecânica do tubo duran-te a aplicação. O Amanco Irrigafort é a versão para o mercado agrícola do Amanco Biax, que foi lan-çado em 2010 e é voltado para sistemas de adução e distribuição de água e es-goto sob pressão.

O Amanco Engate Rápido Roscável 2” e 3”, relançado na Agrishow, chegará em breve ao mer-cado ainda mais resisten-te e com nova identidade visual.

Entre as característi-cas deste tubo de engate está a facilidade de monta-gem e desmontagem, que dispensam ferramentas. Esse quesito é indispensá-vel para as propriedades rurais que usam o sistema de aspersão convencional, com a possibilidade de reutilização por diversas vezes.

O Amanco Engate Rá-pido Roscável pode ainda ser utilizado em campos desportivos, jardins e pi-quetes de gado.

ENTREVISTA

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23JUNHO 2013

A fertirrigação, apli-cação de fertilizantes via água de irrigação, é uma prática empregada na agricultura irrigada que apresenta alta eficiência no manejo da nutrição, pois combina dois fatores essenciais para o cresci-mento, desenvolvimento e produção das plantas: água e nutrientes.

O manejo do sistema de fertirrigação, no que diz respeito à aplicação de fertilizantes, apresen-tou avanços importantes nos últimos anos, com destaque para o desen-volvimento das curvas de acúmulo de nutrientes. A curva de acúmulo de nutrientes define a quan-tidade de nutrientes ab-

sorvida pelas plantas em cada fase do seu desen-volvimento. Portanto, ela estabelece a necessidade nutricional da cultura. Com a curva de acúmulo de nutrientes é possível obter as doses adequa-das e a melhor forma de parcelamento dos fertili-zantes, evitando perdas, e consequentemente au-mentando a eficiência da adubação.

Porém, existem alguns fatores pontuais que afe-tam a eficiência e a dispo-nibilidade de nutrientes. Entre eles, destacam-se: o clima (chuva, seca, tem-peratura, umidade, radia-ção), o manejo (controle de plantas daninhas, pra-gas e doenças, sistema de

irrigação), e a própria for-ma de adubação (tipo de adubo, adubação orgâni-ca, restos de cultura ante-riores). Portanto, a curva de acúmulo de nutrientes é a base de todo o mane-jo de fertilizantes na fer-tirrigação, porém ajustes na adubação muitas ve-zes são necessários, pois alguns fatores pontuais poderão influenciar o de-senvolvimento da cultura.

O monitoramento da adubação durante o ciclo da cultura poderá forne-cer informações impor-tantes quanto ao estado nutricional da planta e a concentração de nutrien-tes no solo e, se observada falta ou excesso de nu-trientes, ajustes poderão

ser feitos. A fertirrigação é uma técnica que per-mite ajustes constantes na adubação devido ao maior parcelamento. Po-rém, para que isso ocorra são necessárias técnicas de análise sensíveis e pontuais, que mostrem a concentração de nutrien-tes na planta ou no solo de forma prática e rápida.

Além das técnicas convencionais de análise de solo e planta, existem outras ferramentas pro-missoras utilizadas com o objetivo de aumentar a eficiência da adubação na fertirrigação. Entre elas estão: a análise da solu-ção do solo, a análise da seiva e a medida indireta da clorofila.

Fertirrigação com Precisão

ARTIGO Roberto Lyra Villas Bôas é Prof. Dr. da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Botucatu)

Thais Regina de Souza é pós-doutoranda do Instituto

Agronômico de Campinas (IAC)

Ferramentas Auxiliares

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A solução do solo nada mais é que a água presen-te no solo, como esta água não é pura, recebe o nome de solução. A absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas ocorre a partir da solução do solo. Portanto, é importante saber quais são os nutrientes presentes na solução.

A solução do solo pode ser coletada diretamente no campo com o auxílio de extratores de solução. O ex-trator de solução é um equipamento composto de tubo de PVC conectado, em sua extremidade inferior, a uma cápsula de cerâmica porosa. Na extremidade superior o extrator fica vedado com borracha ou rolha (Figura 1).

A instalação do extrator de solução do solo é simples sendo necessário apenas um trado ou uma barra de aço que tenha diâmetro igual ou menor que o da cápsula porosa, se o solo estiver úmido facilitará a instalação, pois é necessário que a cápsula fique em contato com o solo. A cápsula de cerâmica deve ser enterrada até a profundidade em que se deseja obter a solução do solo, que seria profundidade efetiva do sistema radicular das culturas, região de maior concentração das raízes. Por exemplo, para tomate seria em torno de 15 a 30 cm e para pimentão ao redor de 20 cm de profundidade.

Quanto à coleta da solução é necessário retirar o ar dos extratores (aplicar vácuo), para forçar a entrada da solução do solo no equipamento, este procedimento pode ser feito logo após a fertirrigação e a coleta da so-

Análise da Solução do SoloARTIGO

lução do solo deve ser feita no mínimo 2 horas após a aplicação do vácuo. O vácuo pode ser aplicado com uma seringa ou com bombas de vácuo elétricas e manuais, e a solução coletada com uma seringa (Figura 2).

Diretamente no campo pode-se determinar, com o auxílio do condutivímetro (Figura 3a), o valor da con-dutividade elétrica (CE) da solução do solo e, observar se o resultado encontrado esta dentro da faixa adequa-da para o desenvolvimento da cultura, que no caso do tomate, por exemplo, vai de 1,5 a 3,0 dS m-1. Com o au-xílio do peagâmetro (Figura 3b), pode-se determinar o valor de pH da solução e observar se não ocorrem pro-blemas de acidificação (pH < 5,0). Utilizando diversos equipamentos que existem para determinar a concen-tração de nutrientes (íons), como os kits de nitrato e po-tássio da fabricante Horiba (Figuras 3c e 3d), é possível verificar se a concentração de nutrientes na solução do solo esta excessiva, adequada ou baixa para o desenvol-vimento da cultura.

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Além dos métodos de análise química direta das plantas, existem métodos indiretos, destacando-se a medida indireta da clorofila, que avalia o estado nutricional para nitrogênio, a partir da medida da intensidade da cor verde das folhas, utilizando, para isso, um aparelho denominado, clorofilômetro (Fi-gura 5). Este equipamento vem mostrando ser uma ferramenta simples e rápida para predizer o estado nutricional do nitrogênio em condições de campo.

Quando os teores de nitrogênio no solo são bai-xos, as plantas absorvem menos este nutriente, e consequentemente, apresentam menor síntese de clorofila. A deficiência de nitrogênio nas plantas é determinada visualmente quando as folhas velhas apresentam clorose generalizada. Uma das vanta-gens do clorofilômetro é capacidade de detectar a redução da coloração verde das folhas antes de se tornarem cloróticas (diagnóstico precoce).

Vários estudos têm demonstrado correlação entre a leitura do clorofilômetro e o teor de N na folha.

Medida Indireta da Clorofila

ARTIGO

A seiva nada mais é que o liquido contido nos teci-dos condutores das plantas (xilema e floema). Fazendo uma relação com o corpo humano seria o mesmo que o sangue presente nas veias.

A análise da seiva tem sido considerada uma nova ferramenta para determinar e quantificar o que a planta está absorvendo no momento da amostragem. É uma técnica bastante precisa e sensível para indicar a demanda por nutrientes de plantas nos diferentes estádios de desenvolvimento, que é a base fundamen-tal do programa de nutrição na fertirrigação. Como é uma técnica de análise pontual, sua aplicação torna mais confiável as mudanças na adubação, quando ne-cessárias.

Na análise da seiva o órgão da planta amostrado, em geral, corresponde aos tecidos condutores junto das folhas destinadas à análise foliar, como pecíolos e nervuras.

A amostra deve ser representativa e realizada com os mesmos critérios da análise foliar, também é im-portante estabelecer horário de coleta, sendo o ideal pela manhã. Após a coleta das amostras a extração da seiva deve ser realizada em um menor tempo possível.

Existem diversos métodos de extrair a seiva, porém para obter o extrato de seiva diretamente no campo se utiliza a extração com auxílio de prensas (Figura 4a, 4b e 4c).

Análise da Seiva

Após a extração da seiva, a concentração de nu-trientes pode ser determinada utilizando equipamen-tos portáteis, como os equipamentos da fabricante Ho-riba (Figuras 3c e 3d).

Muitos estudos têm mostrado altos valores de cor-relação entre os nutrientes presentes na folha e na sei-va, durante todo o ciclo de desenvolvimento da cultu-ra. Por exemplo, para o tomateiro teores de nitrato na seiva entre 1000 e 1200 mg L-1 foram observados du-rante a formação da primeira inflorescência; com as primeiras flores abertas as concentrações encontra-das variaram de 600 a 800 mg L-1; plantas com frutos entre 2 e 5 cm de diâmetro apresentaram concentra-ção de 400 a 600 mg L-1 de nitrato na seiva; e valores entre 200 e 400 mg L-1 foram observados no período entre a primeira e a segunda colheitas.

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O maior benefício do clorofilômetro é a conve-niência e a facilidade de uso, pois as áreas de pro-dução podem ser amostradas em poucos minutos, obtendo-se rápido diagnóstico da situação da lavou-ra, facilitando assim a tomada de decisão de quanto fertilizante aplicar.

As plantas podem absorver mais N do que neces-sitam a chamada absorção de luxo, porém, para a clorofila isto não ocorre. A determinação indireta da clorofila atinge um ponto máximo, a partir do qual as leituras são constantes ou apresentam pe-quenas variações. Este ponto máximo tem sido con-siderado como indicativo da dose adequada de N. Para tomate, por exemplo, o ponto máximo fica em torno de 45 a 55 unidades SPAD (Soil Plant Analysis Development - unidade adotada pela Konica Minol-ta), porém a variedade, a folha e o período de desen-volvimento da cultura devem ser levados em consi-deração.

Como a fertirrigação é uma técnica que permite aplicações frequentes de nutrientes e o monitora-mento constante da adubação, ferramentas diag-nósticas como a medida indireta da clorifila, a aná-lise da solução do solo e a análise da seiva, poderão auxiliar no manejo da adubação, obtendo-se assim, “uma fertirrigação com maior precisão”.

ARTIGO

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ARTIGO

Irrigação por meio de gotejamento enterrado em paisagismo

A Irrigação por gotejamento enterrado é reconheci-da como um método eficiente e perfeito para arbustos, plantas e gramados. No entanto, durante anos houve o receio da utilização e, também, devido a diversos problemas de instalação devido ao entupimento pela entrada de partículas e raízes das plantas.

As principais vantagens na utilização de tubos go-tejadores, enterrados ou não, são:

1. A irrigação com tubo gotejador utiliza menos água que outros métodos;

2. Não há nebulização;3. Não há escorrimento superficial;4. Não há evaporação superficial;5. Não existem perdas por deriva com vento. Muitos produtos de linha de gotejadores subsu-

perficiais começaram a utilizar herbicida tóxico para resistir intrusão radicular. Basicamente, o que temos hoje é a utilização da trifluralina que é:

- Classificada no grupo “C” como causadora de câncer humano,

- Tóxica aos peixes e outros organismos aquáticos,- Um herbicida banido de vários países europeus,- Deve ser manuseado com EPIs,- Não aceita por produtores orgânicos,Ou seja, torna-se completamente não recomendá-

vel a utilização deste produto em áreas urbanas.O gotejamento enterrado em áreas residenciais

pode ser feito, e já está sendo, com tubos gotejadores normais. Existem várias opiniões e considerações a respeito e o assunto é polêmico e gera discussões.

Afirmamos que funciona, porém, nossa grande ressalva é que tem que se ter um manejo muito bem feito, utilizar tubos com espessura de parede compatí-vel com a aplicação.

Outro ponto é que os instaladores acabam progra-mando um tempo de irrigação muito superior ao ne-cessário para manter o bulbo molhado sempre úmido para evitar a intrusão de raízes. Resultado: a econo-mia vendida pelo gotejamento vai literalmente por água abaixo e acaba resultando em uma conta de água ainda maior.

Em 2010, foi lançada a mais revolucionária tecno-logia para utilização de gotejamento enterrado. Trata--se de um sistema chamado de “Barreira de Cobre”,

incorporado ao gotejador. Esta tecnologia patenteada protege os emissores da intrusão de raízes, criando um sistema de longa vida útil e baixa manutenção para os jardins, resultando num sistema que não necessita manutenção, uso, ou reposição de produtos químicos para a prevenção a entupimento. Os gotejadores são auto-compensantes e o tubo é feito em dupla camada (cor cobre sobre preto), garantindo grande resistência a produtos químicos, crescimento interno de algas e aos danos causados por radiação Ultra Violeta.

O gotejador possui um placa de cobre interna, e seu desenho do emissor são extremamente tolerantes a entupimentos devido à larga passagem da água com-binada com a ação de auto-limpeza.

José Giacóia NetoEngenheiro Agrícola, M.Sc. em Irrigação e Drenagem (UFV) e

MBA em Gestão Comercial (FGV)

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28 JUNHO 2013

ARTIGO

Como funciona exatamente esta tecnologia? 1. As raízes das plantas exudam, naturalmente,

ácidos orgânicos, que em contato com as placas de cobre dos emissores, liberam íons de cobre.

2. Os íons de cobre ficam localizados na solução do solo próximos aos orifícios de saída dos emisso-res/gotejadores.

3. Esses íons enfraquecem e inibem o cresci-mento das radicelas junto aos emissores.

4. O cobre não é absorvido pelas radicelas e transferido para outras partes das plantas, manten-do-as saudáveis e livres de produtos tóxicos.

5. Tecnologia usada há mais de 10 anos no con-trole de raízes em diversos outros tipos de aplica-ções.

Os dados que temos é que assumindo uma mé-dia de funcionamento de 45 min/dia, 4 dias por semana,a expectativa de vida do tubo xf-sdi ultra-passa os 16 anos.

Abaixo, seguem os dados técnicos e especifica-ções recomendadas para este tipo de produto:

•Pressão de Operação: 0,6 a 4,1 bars• Vazão: 2,3 e 3,4 l/h • Temperatura da Água (máxima): 38o C• Filtragem necessária: 120 mesh• Diâmetro Externo: 16,1 mm• Diâmetro Interno: 13,6 mm• Espessura da Parede: 1,24 mm• Espaçamento entre Emissores: 30,5 cm• Comprimento da Bobina: 152,4 m • Cor: Cobre

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