portfolio @ revista da qualidade #32

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JULHO ‘11 | EDIÇÃO 32 Ambrósio & Filha, Presidente e Vice-Presidente das empresas do Grupo 2000: Tintas 2000, Tintas Marilina e Ambrósio e Filha ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO ‘SOL’ (PORTUGAL, ANGOLA, MOÇAMBIQUE E CABO VERDE) S-LOG: UMA MAIS-VALIA PARA A LOGÍSTICA DA SUA EMPRESA SECTOR VINÍCOLA: À DESCOBERTA DOS VINHOS DO DOURO MUTUALISMO EM PORTUGAL: NOVOS BENEFÍCIOS PARA UMA VIDA MELHOR “O MERCADO NÃO É PARA TOTÓS”… sublinha ANTÓNIO AMBRÓSIO

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Page 1: Portfolio @ Revista da Qualidade #32

JULHO ‘11 | EDIÇÃO 32

Ambrósio & Filha, Presidente e Vice-Presidente das empresas do Grupo 2000:Tintas 2000, Tintas Marilina e Ambrósio e Filha

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO ‘SOL’ (PORTUGAL, ANGOLA, MOÇAMBIQUE E CABO VERDE)

S-LOG: UMA MAIS-VALIA PARA A LOGÍSTICA DA SUA EMPRESA

SECTOR VINÍCOLA: À DESCOBERTA DOS VINHOS DO DOURO

MUTUALISMO EM PORTUGAL: NOVOS BENEFÍCIOS PARA UMA VIDA MELHOR

“O MERCADO NÃO É PARA TOTÓS”… sublinhaANTÓNIO AMBRÓSIO

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>> RQ32 // ACÇÃO SOCIAL I MUTUALISMO EM PORTUGAL

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Fundada a 11 de Janeiro de 1929, em Coimbra, numa época marcada pela Grande Depressão e pela inexistên-cia da Segurança Social, esta instituição de referência cedo se impôs em todo o país pela sua bem concertada acção mutualista, como nos revela Mário Nunes, presidente da direcção d’ A Previdência Portuguesa.

Tintas 2000, S.A

UMA NOBRE MISSÃO

Nascidas, tradicionalmente, em tempo de crise, como resposta a uma necessidade de garantias

financeiras em caso de infortúnio ou de impossibilidade permanente para o trabalho, as associações mutualistas são o reflexo do afã de abnegados empre-endedores sociais. “Havia dificuldades, como hoje há, semelhantes ou até tal-vez maiores, o que levou a que alguns comerciantes e profissionais liberais de Coimbra, onde pontuavam advogados, engenheiros e médicos, se tivessem uni-do para formar uma associação que es-tivesse consciente da situação e que lhes garantisse um futuro sem problemas”, afirma Mário Nunes, presidente da direc-ção desde 2009, evocando a fundação d’ A Previdência Portuguesa, em 1929. A partir de uma quotização, os associa-

dos tinham a garantia de que quando morressem, a família teria o direito a re-ceber um subsídio que poderia, naquela data, totalizar 20.000$00 (para a época era um apoio considerável para a famí-lia). “Esta foi a linha orientadora da fun-dação da instituição. Nesta base a acção foi estendida à comunidade, primeiro à cidade de Coimbra, depois ao país. Nes-sa altura havia apenas uma modalidade mutualista, designada por Subsídio de Funeral e Luto, hoje intitulado Subsídio de Sobrevivência, que apesar de não poder ser herdada, podia ser deixada a quem o sócio pretendesse, em caso de morte deste”, refere o presidente.Gradualmente, a Instituição foi sendo ampliada e, no sentido de garantir os capitais próprios, foi comprando proprie-dades, ao mesmo tempo que diversificou

A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA

os serviços prestados aos associados. Sur-giram, assim, a assistência médica, os ar-rendamentos preferenciais a associados resultante das reuniões estatutárias, as modalidades cresceram e totalizam dez, que se consolidaram ao longo dos anos. “Temos cerca de dez mil associados, do Norte ao Sul, e emigrantes, o que nos torna uma das maiores associações mu-tualistas do país”, afirma Mário Nunes, acrescentando: “Integramos os corpos sociais, directivos e executivos da Mutuá-lia – Federação Mutualista, tendo já per-tencido ao Conselho de Administração da União das Mutualidades Portugue-sas, da qual fomos os embriões. Temos registado a presença em congressos inter-nacionais, que se realizam todos os anos, sob o signo da economia social. Garan-timos um bom relacionamento com instituições congéneres, com as quais es-tabelecemos uma base de intercâmbio”. Hoje, ao nível da assistência médica, os associados dispõem de dois médicos e duas enfermeiras por dia na área da sede, para além das convenções firmadas com prestadores de serviços de várias especia-lidades, laboratórios e farmácias. “Neste sentido fizemos um acordo recíproco com a Liga das Associações de Socorro Mútuo do Porto, para que os associados daquela zona possam usufruir da Assis-tência Médica em regime de igualdade”, aponta Mário Nunes, referindo que “foi firmado recentemente um acordo com os Consultórios Médicos de Celas, em Coimbra, que acolhem doze especialida-des. Uma outra convenção abarca apenas a especialidade de Estomatologia e é de âmbito nacional, tendo sido estabelecida com a Dentist Zone – Serviços Medicina Dentária, S.A.”. O Jardim-de-Infância e a Creche-Berçá-rio, em Coimbra, hoje com 102 crian-ças, é uma das faces do dinamismo d’ A Previdência Portuguesa. É uma outra vantagem muito interessante para os as-sociados, que têm igualmente preferência sobre quaisquer outros pais e encarrega-dos de educação, dada a escassez deste tipo de oferta social. “A Creche, aberta ao público desde Setembro de 2010, veio dar resposta às necessidades dos bebés a partir dos três meses. Temos nesse espaço

uma Horta Pedagógica e um pequeno pomar, para confrontar as crianças com a realidade rural”, aponta o presidente da direcção.

A oferta mutualista em destaqueDe entre as várias modalidades, o pre-sidente da direcção aponta uma muito curiosa destinada a estudantes. Tendo em conta que quando um estudante entra para o Ensino Superior tem mais encar-gos, os pais ou encarregados de educação podem subscrever o Plano Poupança-Educação no início de vida do seu filho ou educando, recebendo este, entre os 18 anos e uma idade limite definida, em tranches, o respectivo montante capitali-zado. Uma outra modalidade destacada é o Capital de Reforma, em que uma pessoa vai entregando uma quotização para formação dum subsídio que irá ser liquidado quando o subscritor atingir uma idade pré-determinada e que poderá vir a ser aplicada num complemento de reforma. Existem duas modalidades de empréstimo. Uma para apoio na com-pra, acabamento ou reconstrução de habitação própria e outra para resolução de situações pontuais que podem surgir na vida das pessoas. “No primeiro caso, emprestamos até 150 mil euros, com re-duzida burocracia e a um juro baixíssimo. No segundo, emprestamos sobre o valor das reservas matemáticas do associado, constituídas essencialmente através da quotização liquidada por este e que quan-do necessário, pode ser concedido de um dia para o outro, com uma taxa de juro muito competitiva. É um micro crédi-to que resolve os problemas de muitos associados quando a questão passa por conseguir dinheiro de uma forma rápi-da”, realça Mário Nunes, ciente de uma condição: “Somos das instituições mais credíveis para confiar as poupanças, que representarão um investimento seguro e garantido”.

Mário Nunes, Presidente da Direcção

LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM

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>> RQ32 // ACÇÃO SOCIAL I MUTUALISMO EM PORTUGAL

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“Corria o ano de 1895. Densas trevas envolviam ainda esta terra de cavadores e marítimos quando ao longe começaram a aparecer os primeiros «arreboes» da Idéa Nova, encarnada no verbo ardente e fervoroso de José Luíz Simões que chamava à vida associativa este povo que durante dezenas de anos viveu manietado ao mais negro obscurantismo”, evoca um testemunho da fundação d’ A Mutualidade da Moi-ta. Mariana Reto, Presidente do Conselho de Administração, Rui Gregório, Vice-Presidente, e Elisa Fonseca, Secretária, traçam o passado, o presente e o futuro desta dinâmica associação mutualista.

Tintas 2000, S.A

“É EM MOMENTOS COMO ESTE QUE A NOSSA ACÇÃO SE TORNA AINDA MAIS IMPORTANTE”

Nos finais do Século XIX, o país vivia em ebulição e as necessidades das pessoas

eram tremendas, acentuadas pela inexistência de Segurança Social e de um sistema público de saúde. Conscientes destes factos, alguns ci-dadãos da Moita, conhecedores do movimento mutualista e detentores de referências de mutualidades em Lisboa, criaram uma associação mutualista com diversas modali-dades. A Moita era uma terra de trabalhadores agrícolas, de pessoas que trabalhavam no rio e de operá-rios. “Na altura fomos pioneiros, criando a associação com modali-dades muito avançadas para a épo-ca”, assegura Mariana Reto. A mutualidade teve como primei-ras modalidades a Assistência Médica e a Assistência Medica-mentosa, que ainda hoje mantém, providenciando subsídios para Ares do Campo, Termas, Parto, Doença, bem como dois subsídios adicionais – um de Prisão, outro de Cárcere – que davam resposta às consequên-cias dos movimentos históricos de contestação ao poder político. A associação fazia, igualmente, os funerais, numa época em que não havia nem agências funerárias, nem casas mortuárias, fornecendo toda a logística necessária à dignificação do momento. “Tínhamos um médi-co e o único centro de saúde para toda a população que, na sua maio-ria, era nossa associada”, revela a presidente. Alexandre Sequeira foi um médico abnegado que, no fim da vida, teve a sua reforma susten-tada no contributo dos associados, em preito de gratidão. “Na altura as quotizações pagavam os benefícios, hoje não. Com a evo-lução, a associação foi tendo pro-blemas de se financiar a ela própria.

Em 1913 teve de abrir uma farmá-cia, porque já não conseguia fazer face à Assistência Medicamentosa. A farmácia ainda hoje existe e é a mais antiga do concelho”, afirma a presidente.

Um olhar sobre as mo-dalidades mutualistas

“Temos uma modalidade de subs-crição e de pagamento obrigatório, a Quota de Solidariedade Associa-tiva, no valor de um euro por mês. Depois os associados podem esco-lher qual ou quais das modalidades adicionais pretendem, de entre a Assistência Médica, a Assistência Medicamentosa e o Capital por Morte. No entanto, no caso do fale-

A MUTUALIDADE DA MOITA

cimento do associado por acidente, os seus familiares têm o direito a receber mil euros. Até aos 20 anos não se paga jóia de inscrição”, ex-plica a presidente do Conselho de Administração d’ A Mutualidade da Moita.

:: Assistência Médica (Quota: 1 euro por mês) - Clínica Médica, aberta todos os dias até às 22 horas | Consultas a preços reduzidos (Clíni-ca Geral: 6 euros / Outras Especiali-dades: 25 a 35 por cento de desconto do valor tabelado)

:: Assistência Medicamentosa Far-mácia (Quota: 1,5 euros por mês) - 15 por cento de desconto nos medi-camentos comparticipados e 10 por

cento em todos os outros produtos

:: Capital por Morte (antigo Sub-sídio de Funeral) – 0,15 euros/mês - Subsídio: 100 eurosMariana Reto congratula-se pelo facto de se verificar uma fideliza-ção de associados familiares ao longo de gerações. “Na nossa Clí-nica Médica, aberta a toda a po-pulação, com preços diferenciados para associados e não-associados, cobrimos uma faixa de pessoas que, não querendo ter apenas o Serviço Nacional de Saúde, e não podendo pagar um seguro de saúde, preten-dem ter uma alternativa do ponto de vista da Assistência Médica, ao nível dos cuidados de saúde pri-mários”, enuncia Mariana Reto.

Mariana Reto, Presidente, Rui Gregório, Vice-Presidente, e Elisa Fonseca, Secretária, com os fundadores em plano de fundo

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Das consultas de clínica geral às especialidades, incluindo Medicina Dentária, passando pelos rastreios de saúde oral e pela Homeopatia e Acupunctura, a oferta é vasta. Em breve vão avançar as consultas pré-natais de Pediatria. No que concerne ao Capital por Morte, como está sujeito a cálcu-los sobre as reservas matemáticas

e dada a reduzida faixa etária dos associados, a mutualidade assegura a atribuição do mesmo no valor de cem euros. “Comparticipamos as despesas com material escolar em 80 por cento, até ao limite dos 100 euros por ano, a todos os associa-dos até aos 24 anos que sejam estu-dantes”, adiciona Mariana Reto. O Subsídio de Dependência só é sus-tentável a partir de mil associados, pelo que, por falta de associados su-ficientes, não está actualmente em funcionamento. “Neste momento, o nosso projec-to mais importante é construir de novo o edifício da sede, erigido entre 1922 e 1926, cujo rés-do-chão acolhe a farmácia, que vai benefi-ciar de um alargamento substan-cial. Os serviços administrativos também serão integrados na sede, à semelhança do que já aconteceu no passado”, vaticina a presidente. O edifício onde se encontram, pensa-do para o Serviço de Apoio Domi-ciliário, será reconvertido à luz da

oferta mutualista. A finalizar, Mariana Reto, evocan-do a História d’ A Mutualidade da Moita, deixa uma reflexão transversal a quem ao longo da vida sentiu e viveu a associação por dentro: “Em 1895 vivíamos uma turbulência política e social, partimos do nada. Hoje vivemos momentos difíceis, talvez mais di-fíceis que aqueles vividos aquando da fundação da nossa Mutualida-de. Mas, todos juntos, saberemos dar um novo élam à “Nossa Mu-tualidade” recusando a acomoda-ção e o conformismo. Apesar da conjuntura económica e social não se mostrar favorável ao cres-cimento, julgamos ser esta uma oportunidade para, com ideias e vontade, levarmos a “Nossa Mu-tualidade” a um patamar de gran-deza e respeitabilidade idêntico ao que a elevou nos finais do Séc. XIX. É em momentos como este que a nossa acção se torna ainda mais importante”.

«As mutualidades são associações de pessoas e não de capitais»

Princípios éticos do Mutualismo:

:: DEMOCRACIAUma pessoa um voto. Não é o va-lor das quotizações que determina o número de votos, mas a pessoa. :: LIBERDADEA adesão ou desvinculação dos as-sociados é facultativa. Não existe discriminação nem negativa nem positiva, todos são iguais indepen-dentemente da sua raça crença reli-giosa, aparência ou situação econó-mica ou social. :: RESPONSABILIDADEOs associados assumem, individual e colectivamente a sua responsabili-dade pela vida associativa.:: SOLIDARIEDADEAs modalidades associativas respei-tam o lema “e pluribus unum” (de muitos um), e são, essencialmente, de repartição.

Neste momento, o nosso projecto mais importante é constru-ir de novo o edifício da sede, erigido entre 1922 e 1926, cujo rés-do-chão acolhe a farmácia, que vai bene� ciar de um alar-gamento substancial

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Quando Elisabete Gomes integrou a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, há dez anos, vinda do sector bancário, saiu, como cos-tuma dizer, sem desprimor, de uma casa com dinheiro para entrar numa casa sem dinheiro. A Directora-Geral revela que, nesse momento, a instituição estava em expansão no domínio da Acção Social, a par do incremento da oferta na área da Saúde, sectores que estiveram na base da sua fundação no ano de 1872.

Tintas 2000, S.A

UMA OFERTA GLOBAL DE ACÇÃO SOCIAL E CUIDADOS DE SAÚDE

Historicamente, a União Mutu-alista Nossa Senhora da Con-ceição, sedeada no Montijo,

orientou a sua acção de beneficência em torno de dois grandes eixos – a Saúde e a Acção Social. No campo da Saúde, a União Mutualista abre as por-tas de uma Farmácia e de um Centro Clínico aos quase cinco mil associados, com regalias especiais, e à população em geral, com preços diferenciados, mas acessíveis. A universalidade da prestação destes serviços sempre foi uma imagem de marca da instituição ao longo destes quase 130 anos de his-tória. A comprová-lo está o índice de afluência diário, cifrado à volta de mil utentes, segundo estatísticas recentes. “Se, por um lado, na Farmácia, a ins-tituição concede benefícios ao sócio sobre o valor a pagar pelos medica-mentos, de dez por cento até à reforma e de 20 por cento após a reforma, por outro, no Centro Clínico, disponibiliza todo o tipo de consultas e um conjunto alargado de Exames Complementares de Diagnóstico, como análises clínicas, radiologia, ecografia, mamografia e TAC, entre outros. A União Mutualis-ta Nossa Senhora da Conceição presta ainda serviços na área da Medicina, Higiene e Segurança no Trabalho”, re-fere Elisabete Gomes. Dentro da vasta oferta mutualista no âmbito da Acção Social, há um departamento transver-sal, as Empresas de Inserção Social, ocupadas por desempregados de lon-ga duração, advindos de uma parceria com o Instituto do Emprego e Forma-ção Profissional, que trabalham para dentro da instituição. “Em cada equi-pamento temos duas cozinhas – uma para toda a população idosa, outra para toda a população da área da infância. A lavandaria industrial trabalha para toda a instituição e a limpeza está dividida por pessoa/hora em cada equipamento a fazer a manutenção”, refere Elisabete

Gomes, consciente de um trabalho de grande dedicação que tem vindo a ser trilhado ao longo dos últimos 12 anos. O potencial humano é uma das mais-valias de uma instituição forte e coesa em torno do seu principal objectivo – a ajuda ao próximo. A União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, com 300 colaboradores, à excepção dos especialistas em regime de prestação de serviços, é, desde há vários anos, a segunda maior entidade empregadora do concelho do Montijo, a seguir à Câmara Municipal. “Conse-guimos pessoal para trabalhar na área da infância, mas na área dos idosos nem por isso. No lar, mais de 50 por cento dos utentes representam casos demenciais. Com o passar dos anos, os utentes tornam-se mais dependentes, o

UNIÃO MUTUALISTA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO | MONTIJO

que agrava o rácio funcionário-utente”, revela Elisabete Gomes. Em termos financeiros, a União Mu-tualista Nossa Senhora da Conceição é dotada de um orçamento anual de 12 milhões de euros. “É um desafio que não é fácil. Tudo o que angariamos, quer na farmácia, quer na clínica, é colocado ao serviço da acção social”, revela a directora-geral, acrescentando: “Temos feito um esforço enorme para tentar equilibrar as contas da instituição. Sabemos que estas instituições são o ga-rante da complementaridade aos servi-ços do Estado”. Desafiada a partilhar o sonho de um projecto futuro, Elisabete Gomes idealiza uma casa de acolhi-mento de crianças que “seguisse o cres-cimento, criasse uma família e fosse di-ferente, para que elas saíssem um dia de

forma independente, com ferramentas para a vida”, bem como uma Unidade de Cuidados Continuados para Alzhei-mer, assim pudesse erigi-la. Considera o trabalho de equipa, em prol da insti-tuição, como uma experiência bonita e gratificante – “estou aqui porque tive um segundo filho” -, mas, sendo da área das ciências, é calculista e tem sempre os pés bem assentes na terra. “Tenho cultivado na mente das minhas colegas que é preciso garantir a sustentabilida-de financeira da instituição, com base no rigor e na transparência”, reitera Elisabete Gomes, e é na base desta sustentabilidade que do Montijo se rein-venta, constantemente, uma força em torno da Saúde e da Acção Social que a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição corporiza desde 1872.

Elisabete Gomes, Directora-Geral

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>>RQ32 // ACÇÃO SOCIAL I MUTUALISMO EM PORTUGAL

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:: Infância – Duas creches e jardins-de-infância (400 crianças);

:: ATL – 1.º Ciclo e 2.º Ciclo (até aos 12 anos);

:: Centro Comunitário “Mais Cidadão” – Apoio a jovens e famílias (240 pessoas);

:: Centro de Dia (38 utentes);

:: Serviço de Apoio Domiciliário – 7 dias por semana (80 utentes e 22 viaturas);

:: Serviço de Apoio Domiciliário Integrado – Alcochete – 7 dias por se-mana (15 utentes);

:: Lar Residência (14 utentes);

:: Lar convencionado com a Segurança Social (38 utentes);

:: Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração (28 camas);

:: CATEI – Centro de Acolhimento Temporário de Emergência para Idosos (14 utentes);

:: Casa abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica (10 mulheres e 15 crianças);

:: Empresas de Inserção Social – Lavandaria, Limpeza e Cozinha.

A Acção Social num minuto...

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Apresentando uma proposta de valor baseada na transversalidade de serviços e numa � loso� a orientada para o cliente, o Banco BIC assume-se como o parceiro privilegiado nos investimentos recíprocos entre Angola, onde nasceu, e Portugal, país que acolheu o seu irmão-gémeo, em termos de estrutura accionista. Mira Amaral, Chief Executive Of� cer (CEO) do Banco BIC, traça-nos a génese, a oferta disponibilizada e as tendências de crescimen-to de um reconhecido player do mercado angolano.

Tintas 2000, S.A

A LIDERANÇA DE UM BANCO DE REFERÊNCIA

F oi em Angola que tudo co-meçou, há cinco anos, com a fundação do Banco BIC,

sob a égide do direito angolano. Mais tarde, os accionistas decidi-ram criar um banco com a mesma composição em Portugal. “Sendo um banco de direito português, desenvolvemos praticamente a mesma actividade dos restantes bancos, com uma forte incidên-cia nos clientes empresariais. Na-turalmente, com a nossa ligação ao mercado angolano e ao irmão gémeo, que é o Banco BIC local, somos especialistas no financia-mento ao comércio externo entre Portugal e Angola”, afirma Mira Amaral. O CEO do Banco BIC defende que “as empresas portu-guesas têm de ir mais longe. Não se podem limitar a exportar para Angola, têm de investir em An-

BANCO BIC | ANGOLA

Sendo um banco de direito português, desenvolvemos prati-camente a mesma ac-tividade dos restan-tes bancos, com uma forte incidência nos clientes empresariais. Naturalmente, com a nossa ligação ao mercado angolano e ao irmão gémeo, que é o Banco BIC local, somos especialistas no � nanciamento ao comércio externo en-tre Portugal e Angola

Mira Amaral, CEO do Banco BIC

ACTU

ALID

ADE

24Entre coisas boas e coisas más, entre a política e a economia, a cultura e a ciên-cia, a verdade e a razão, de que é feita, hoje em dia, a nossa actualidade? Porque a actu-alidade acaba por ser, no fundo, tudo aquilo que faz possível o nosso dia-a-dia, qualquer que seja o contexto.

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>>RQ32 // ACTUALIDADE I INTERNACIONALIZAÇÃO

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gola”. Depois de ter assistido a grandes investimentos no sector da construção civil e na banca, Mira Amaral sente que há alguns portugueses que estão a pensar investir em Angola em áreas tão diversas como a agricultura, a agro-indústria, a pecuária, as pescas, a indústria transforma-dora, as tecnologias da informa-ção, a distribuição alimentar e de produtos farmacêuticos, a saúde e, inclusivamente, a educação. Face a um potencial investimen-to de empresas portuguesas no mercado angolano, Mira Amaral assegura que “não faz sentido que seja o Banco BIC português a financiar uma empresa dentro desse quadro. Porquê? Existe uma provisão de risco de crédito de dez por cento, oficializada pelo Banco de Portugal, que torna o financiamento proibitivo, se for feito a partir de Portugal. Nesses casos, aconselhamos em Portugal e ajudamos a preparar o dossier de investimento que depois é su-jeito ao Banco BIC Angola, onde a decisão de crédito recai”. De-pois, quer no domínio das expor-tações, quer no domínio da repa-triação de lucros, o Banco BIC assegura a administração dos fluxos financeiros, efectuando a

gestão integrada das transferên-cias internacionais entre o Banco BIC | Angola e o seu congénere português. Mira Amaral considera que hoje, em termos de investimentos por-tugueses em Angola, o Banco BIC se encontra a fazer tudo o que é necessário para a fideli-zação dos clientes, satisfazendo as necessidades das empresas, inclusivamente ao nível da in-formação de potenciais parceiros locais, com base na sua poderosa base de informação. “É evidente que eu também gostaria de ter parcerias entre portugueses e an-golanos, nomeadamente no sec-tor dos materiais de construção e da cerâmica, porque Angola tem um ambicioso programa de ha-bitação social e vai haver muito trabalho nesta área. Angola tem excelentes recursos naturais, não tem, porém, capacidade empre-sarial instalada”, atesta. Neste campo particular, o CEO con-cretiza que, na medida em que se conseguisse captar investido-res angolanos que se ligassem a investidores portugueses, e vice-versa, se podiam perspectivar empreendimentos profícuos. Na prática, o que é que acontecia? “Ao investir numa empresa por-tuguesa, o angolano diversificava os seus activos e tinha uma base empresarial na Europa. Ao mes-

mo tempo arranjava uma empre-sa portuguesa com conhecimen-to e know-how do negócio para produzir materiais de construção e cerâmica, em Angola, abrindo as portas de um país emergente”, assegura Mira Amaral. Registe-se que a estratégia de investi-mento em Portugal, por parte dos angolanos, tem recaído no sector imobiliário, na perspectiva do rendimento e da proximidade afectiva com o nosso país, sendo que o Banco BIC tem registado, igualmente, uma procura cres-cente pelo Private Bank. No que concerne ao mercado an-golano, o Presidente do Conse-lho de Administração do Banco BIC | Angola, Fernando Teles, montou uma rede de distribui-ção nacional, com agências em todo o país, que revolucionou a banca angolana. “Uma agência

do Banco BIC Angola no lu-gar mais recôndito é um factor de modernidade”, realça Mira Amaral, afirmando que “toda a lógica que temos em Portugal de cartões de débito e crédito, de produtos bancários e de banca à distância multicanal, está a ser replicada em Angola. Os ango-lanos têm hoje, graças à banca portuguesa, um dos mais mo-dernos sistemas bancários de África. Os angolanos aderiram em massa a estas tecnologias, o que configura um caso de sucesso, ainda que haja alguns constrangimento em termos de telecomunicações”.Segundo uma estratégia contínua de afirmação como um banco de empresas, em Portugal, Mira Amaral reitera que “o Banco BIC não se guia no mercado por-tuguês por uma lógica de retalho. Seria preferível comprar uma rede já existente do que conceber uma de raiz. Quando saímos de Lisboa, criámos Centros de Em-presas e balcões exclusivos, de apoio, de âmbito distrital, nas cidades do Porto, Aveiro, Braga, Leiria e Viseu, para estarmos mais próximos dos empresários que já estivessem em Angola”. Já em Angola, todos os meses Fernando Teles tem inaugurado novas agências, embora neste momento o território angolano já esteja razoavelmente coberto pela rede, numa base de pionei-rismo que tem contribuído, deci-sivamente, para incremento das relações económicas bilaterais entre o mercado angolano e o português.

:: É um dos principais bancos do sistema angolano, com mais de 100 agências espalhadas por todo o país, nas vertentes de Retalho (Particu-lares e Pequenos Negócios) e de Centros de Empresa (PME e Grandes Empresas). :: É o primeiro banco em termos de operações com o exterior.

:: É o quarto banco em termos de depósitos e de crédito.

O Banco BIC Angola em factos e números

Ao investir numa empresa portuguesa, o angolano diver-si� cava os seus ac-tivos e tinha uma base empresarial na Europa. Ao mesmo tempo arranjava uma empresa portuguesa com conhecimento e know-how do negócio para produzir materi-ais de construção e cerâmica, em Angola, abrindo as portas de um país emergente

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>>RQ32 // ACTUALIDADE

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Tintas 2000, S.A

NA SENDA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Qual é o posicionamento da empre-sa em termos corporativos e organi-zacionais para fazer face à missão de oferecer uma efectiva cobertura nacional?A Renascimento dispõe de três unidades operacionais, em Lou-res, Santa Maria da Feira e Algoz (Silves), totaliza uma área total de aproximadamente 60 mil metros quadrados e tem cerca de 135 cola-boradores e parceiros. No sentido de garantir a logística inerente ao acondicionamento, recolha e trans-porte de resíduos, a empresa dispõe de uma frota de viaturas pesadas e ligeiras, bem como de um parque de contentores e prensas.

Que tipo de serviços é que a Renasci-mento presta no âmbito da gestão de resíduos? E que tipos de Resíduos?

A Renascimento disponibiliza os serviços reciclagem, valorização e tratamento de resíduos perigosos e não perigosos. Presta ainda ser-viços de transporte e contentoriza-ção, limpezas industriais, descon-taminação de solos e demolições. Adicionalmente, são desenvolvi-das acções de formação ambiental, transversais aos diversos sectores em que a Renascimento actua. Es-sencialmente a empresa actua nos resíduos industriais, resíduos eléc-tricos, viaturas em fim de vida e re-síduos da construção e demolição.

A formação e a certi� cação ocupam um lugar de efectivo destaque, na estratégia empresarial e na respon-sabilização ambiental e social que a Renascimento desenvolve?A formação e a sensibilização são

Renascimento – Gestão e Reciclagem de Resíduos, Lda

fundamentais quer na afirmação de uma estratégia de desenvolvi-mento sustentável, quer no sentido de suportar a actividade de gestão global de resíduos. A Renasci-mento encontra-se certificada se-gundo referenciais de Qualidade, Ambiente e Segurança, pelas nor-mas ISO 9001 e ISO 14001 e pela OSHAS 18001. A empresa tem, igualmente, vindo a seguir uma política de sustentabilidade nas áreas do ambiente, do desenvolvi-mento pessoal dos colaboradores e no apoio à comunidade, entre ou-tros domínios, numa lógica parti-lhada. A entrada da Renascimento como membro no UNGC - United Nations Global Compact, sob o signo da sustentabilidade, firma o compromisso de que as estratégias e políticas empresariais respeitam

integralmente os dez princípios consagrados pelas Nações Unidas neste Pacto Global, que envolvem os Direitos Humanos e do Traba-lho, Protecção do Ambiente e Me-canismos Anticorrupção. Que estratégias é que se impõem para o futuro da Renascimento?Desejamos continuar o nosso cres-cimento sustentando, à luz dos valores e da missão da empresa. Numa altura em que todos fa-lamos de desenvolvimento sus-tentável, é essencial destacar a importância de uma coesão da so-ciedade em torno deste desígnio. É fundamental a incorporação de valores como a honestidade, a transparência, a adopção de uma atitude ecológica e o respeito pelo ser humano.

Nascida em 1995 com o objectivo de dar cumprimento à gestão de resíduos, a nível industrial e de serviços, em todo o território nacional, a Renascimento cedo se assumiu como uma referência do sector, pelo vasto portfólio de serviços que disponibiliza.

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>>RQ32 // ACTUALIDADE

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Angola é um mercado que vai ao encontro da estratégia de internacionalização da Normetal que, até há bem pouco tempo, só estava presente no mercado ibérico, operando daí para o exterior. O investimento corresponde a um desa� o lançado em 2011, do qual Luís Sá, Responsável da Delegação Norte, com competências delegadas para o mercado angolano, nos fala.

Tintas 2000, S.A

FLEXIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO NA ROTA DE ANGOLA

“O investimento em Ango-la tornou-se uma opção estratégica pela contínua

procura dos nossos produtos. Deci-dimos avançar porque é um mercado em expansão, onde já temos larga experiência. Queremos desenvolver o mesmo serviço que temos vindo a empreender em Espanha e em Por-tugal”, afirma Luís Sá. Em face do déficit que Angola apresenta em ter-mos de infra-estruturas para habita-ção e indústria, a Normetal propõe, em vez das construções tradicionais, “soluções construtivas, fiáveis, rá-

pidas, económicas e funcionais”. A aplicabilidade das nossas soluções industrializadas é transversal, indo do mercado residencial aos serviços, passando pela indústria e pelo lazer. “Pretendemos potenciar a oferta, na lógica do grande volume de constru-ção que estão a ser construídas e que estão planeadas em Angola”, destaca o nosso entrevistado, referindo que neste momento existem solicitações para várias províncias angolanas. “Como exemplo disso, estamos a terminar uma obra de vinte e uma vivendas em Kikuxi no novo siste-

NORMETAL – CONSTRUÇÃO MODELAR, LDA. | ANGOLA

ma modular SM desenvolvido para residências que, para além das signi-ficativas melhorias de habitabilidade, permite a organização do espaço habitacional. Este projecto foi desen-volvido na sequência da procura con-tinuada da construção pré-fabricada, em que um dos grandes trunfos é a ra-pidez e o preço, rivalizando com siste-ma de construção tradicional e pode incluir qualquer tipo de acabamentos, indo de encontro ao gosto e exigência do cliente. Estas soluções permite-nos ir mais além, abrangendo um mer-cado muito mais alargado, do que o

tradicional módulo pré-fabricado”, enuncia, dando conta da existência de múltiplos projectos na área dos se-guros, banca e de postos de abasteci-mento de combustíveis, entre outros. “Queremos continuar a desenvolver o mercado, como temos desenvolvi-do em Portugal, sempre a crescer, na óptica do desenvolvimento de novos produtos e indo ao encontro das ne-cessidades dos nossos clientes, com serviços de excelência”, afirma Luís Sá, confiante no futuro: “A partir do momento em que o negócio se inicia, o objectivo é crescer”.

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>>RQ32 // ACTUALIDADE I EXPOCOSMÉTICA

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“Quando o meu avô, António Sá Fernandes, tinha três anos foi levado para Espanha. Regressou a Portugal, com 20 anos, no princípio da década de 40, para cumprir o serviço militar obrigatório. No Exército, onde permaneceu vários anos, dedicou-se ao ofício de barbeiro”, revela André Granja. Quando regressou à vida civil, enveredou por um emprego numa fábrica de pneus e, como quem sabe não esquece, à noite e ao � m-de-semana continuou a cortar cabelos. Foi só o começo de uma longa história de sucesso que vale a pena conhecer…

Tintas 2000, S.A

HISTÓRIA E INOVAÇÃO DE MÃOS DADAS

Os tempos de infância e juventude em terras de nuestros hermanos valeram a António Sá Fernan-

des o epíteto de “Espanhol”. Sabendo da necessidade que os barbeiros tinham em fazer a manutenção das tesouras e navalhas, este empreendedor nato partiu ao seu encontro, primeiro numa bicicle-ta, depois numa motorizada. A experi-ência de amolador levou-o a constatar que as cadeiras das barbearias eram mui-to antigas e que não havia quem as pro-duzisse. Na dúvida, pensou que ou as começava a restaurar, incorporando os conhecimentos e fazendo uma nova, ou se mantinha barbeiro, tendo envereda-do pela primeira opção. Avançou com o restauro das cadeiras antigas e, mais

CASA ESPANHOL

tarde, há cerca de 30 anos, lançou um novo modelo com um enorme sucesso – a cadeira Confort – que ainda integra o catálogo da Casa Espanhol. “Entretanto apareço eu na empresa, para júbilo do meu avô que tinha um grande desgosto pelo facto de nenhum dos filhos e netos ter seguido a arte. Eu adorava estar na companhia do meu avô e cumpri o desejo de continuidade. Aca-bei por deixar a faculdade, quando me faltavam apenas três cadeiras para aca-bar o curso, contra tudo e contra todos, para fazer evoluir a empresa”, revela An-dré Granja, actual administrador. Fê-lo por paixão a uma referência no mundo da estética e a um lugar onde a história se cruza com a inovação. A Casa Espa-

nhol reúne hoje uma vasta oferta de pro-dutos para profissionais, de marcas pró-prias e de representações exclusivas para Portugal, uma realidade que advém da dinâmica de diversificação planeada por André Granja há cinco anos. A monta-gem de espaços de cabeleireiro e estética, numa lógica de absoluta exclusividade, em que cada espaço montado se torna único em termos de design, é uma das áreas de referência da Casa Espanhol. “Criámos um espaço amplo, com exposição ao cliente, onde é possí-vel acompanhar toda a dinâmica da empresa, inclusivamente o fabrico e o restauro das tradicionais cadeiras de barbeiro que estiveram na nossa génese”, anuncia André Granja, abrin-

do as portas da Casa Espanhol aos pro-fissionais que queiram conhecer de perto a dinâmica da empresa.

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Tintas 2000, S.A

“VALE A PENA PROSSEGUIR O TRILHO DA INCLUSÃO”

A DREER tem entre mãos uma nobre mis-são, corporizada num conjunto muito es-pecí� co de divisões dedicadas que ofere-cem uma resposta integrada a diferentes necessidades especiais e organizacionais. Numa breve contextualização, que ob-jectivos e valores é que estão na base da vocação da DREER?Segundo os Censos de 2001, estima--se que cerca de 4,9 por cento da popu-lação da Região Autónoma da Madeira (RAM) possua algum tipo de deficiên-cia. É à Direcção Regional de Educa-ção Especial e Reabilitação (DREER), da Secretaria Regional de Educação

e Cultura, que compete assegurar a inclusão familiar, educacional e social de crianças, jovens e adultos com defi-ciência ou outras necessidades especiais (NE). Norteada pelos objectivos estraté-gicos de criar uma cultura de inclusão; promover políticas, programas, pro-jectos e medidas na área da educação especial e reabilitação, a nível regional; desencadear processos de boas práticas

Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação | Madeira

no campo da educação especial e reabi-litação; eleger redes integradas de apoio conducentes à optimização de recursos e respostas no atendimento à população com NE e assegurar uma gestão rigoro-sa e transparente dos recursos patrimo-niais e financeiros, a DREER pauta-se pelos valores da igualdade, da dignida-de, da partilha, da cooperação, da ino-vação, da transparência e do respeito, no intuito de que a filosofia da inclusão se torne realidade.

À luz da estrutura orgânica, elemento transversal a diferentes realidades, quais são as áreas de actuação da DREER e a que público-alvo se destinam?Numa política integrada, transversal e descentralizada, a DREER estabelece como eixo central da sua acção a pres-tação de serviços especializados a crian-ças, jovens e adultos com deficiência ou outras NE. Neste âmbito, esta Direcção Regional exerce a sua acção estratégica nas instituições de educação especial e nos estabelecimentos de educação e en-sino públicos e privados da RAM, com particular enfoque na educação especial e na reabilitação de crianças e jovens. Paralelamente, garante a transição para a vida activa de jovens e adultos, pro-

movendo experiência pré-profissionais, formação profissional, integração socio-profissional, programas de actividades ocupacionais e/ou emprego protegido, privilegiando uma intervenção holística como pilar de uma sociedade justa e inclusiva.

O Sistema de Gestão da Qualidade im-plementado na DREER foi recentemente

Maria José de Jesus Camacho,Directora Regional

reconhecido pela APCER com a norma NP EN ISO 9001:2008. Qual é o impacto de uma acção desta natureza na a� rmação e replicação de referenciais de boas prá-ticas a nível regional?O compromisso com a qualidade e a excelência, através da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, re-presenta uma conquista que permitiu, por um lado, proceder à reengenharia dos processos e, por outro, fomentar a mobilização interna, através do en-volvimento dos trabalhadores na me-lhoria contínua. Consolida-se, assim, o reconhecimento público do trabalho em prol de uma política permanente de informação, sensibilização e divulgação de boas práticas, condição sine qua non para combater preconceitos e promover uma cultura de aceitação da diferença.Exemplo é a revista Diversidades, veículo privilegiado na divulgação de estudos e boas práticas nesta área. Analoga-mente, a DREER tem promovido a sensibilização dos agentes educativos, através da realização de Encontros Re-gionais, ciclos de conferências e acções de sensibilização. Numa lógica de corresponsabilização, a afirmação do paradigma da inclusão, enquan-to premissa basilar para a promoção da igualdade de oportunidades vem, indubitavelmente, estimular as alian-ças institucionais e o envolvimento da sociedade civil.

Sendo a formação uma ponte de conheci-mento entre a teoria e a prática, que pa-pel é que esta dimensão assume no seio da DREER, ao nível organizacional e de recursos humanos especializados?Consubstanciando a premência que a aquisição e/ou renovação de competên-cias assumem para a organização e com vista à valorização pessoal e profissional dos seus colaboradores, a DREER tem promovido a participação em acções formativas, abarcando temáticas de natureza técnica, específica e/ou trans-versal, em consonância com as políticas de desenvolvimento do capital humano e com as mudanças na administração pública. Ainda neste âmbito, e associa-das aos projectos de investigação-acção implementados nos últimos anos, sob a consultoria científica de especialistas da Universidade do Minho, têm sido

Grá� co 1 - Utentes

CERT

IFIC

AÇÃO

50O tecido empre-sarial português tem vindo a evoluir de forma indelével e, como tal, é imperativo falar da quali-dade, do rigor e da excelência com que tem pautado as suas apostas. A certi� -cação das empre-sas assume hoje um papel fulcral na projecção das mesmas junto dos clientes e dos mercados.

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>>RQ32 // CERTIFICAÇÃO

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dinamizadas acções de formação em contexto de trabalho, num processo de aprendizagem contínuo que permite o aperfeiçoamento, a supervisão e a con-vergência das práticas, através do inter-câmbio de experiências pedagógicas en-tre os agentes educativos, a fim de elevar a qualidade dos serviços prestados.

Descreva sucintamente a DREER na óptica de factos e números relativos ao seu desempenho enquanto entidade de referência.No ano de 2011, o número de utentes atendidos pela DREER é de 4147 (grá-fico 1).Para o efeito, a DREER conta com uma equipa transdisciplinar (gráfico 2), jovem e dinâmica, composta por 866 efectivos - 79,8 por cento do sexo femi-nino e 20,2 por cento do sexo masculino - com idades maioritariamente compre-endidas entre os 30 e os 49 anos (68,5 por cento) e habilitações que se situam, na sua maioria, entre a licenciatura (48,6 por cento) e o ensino secundário

Grá� co 2 - Recursos Humanos

(12,4 por cento). A carreira mais repre-sentativa é a docente, abarcando quer os docentes especializados em educação especial, quer os das áreas de educação visual e tecnológica, educação física, educação musical e Língua Gestual Portuguesa (LGP). É ainda de refe-rir a variedade de áreas técnicas de apoio, tais como: psicologia, serviço social, psicomotricidade e diagnósti-co e terapêutica (terapia ocupacional, terapia da fala, fisioterapia, dietética e audiologia), bem como de intérpretes

de LGP.

Gostaria ainda de salientar mais algum assunto?Gostaria de salientar dois grandes eventos promovidos anualmente. No âmbito das comemorações do Dia In-ternacional da Pessoa com Deficiência (3 de Dezembro), a DREER organiza a Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais. Esta iniciati-va tem sido apadrinhada por figuras públicas regionais, sob um lema. “O

meu querer… âncora do teu futuro!” e “Reconhecer a Diferença… Construir a Igualdade!” foram os eleitos nos dois últimos anos. O vasto programa de ac-tividades - que inclui spots, exposições, cafés gestuais, contos infantis acessíveis, arte inclusiva, concursos, espectáculos, workshops, entre outras - fomenta uma atitude proactiva face a esta população. Outro evento - os Jogos Especiais - con-ta já com 19 edições. O objectivo primordial é promover a reabilita-ção e a inclusão social, através da prática do desporto adaptado. Num contexto de afirmação de potencia-lidades, e aliando as componentes competitiva e recreativa, os partici-pantes praticam actividade física e, acima de tudo, convivem. Consciente de que na peculiaridade do percurso da DREER se congregaram sonhos e dilemas, conquistas e obstáculos, que se constituíram em profissionalismo e disseminação de práticas eficazes, asse-vero que vale a pena prosseguir o trilho da inclusão!

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>>RQ32 // EARMA

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Foi sob o signo de uma nova centralidade, à luz de uma estratégia de desenvolvimento sustentado, assente em boas práticas, que estive-mos à conversa com António Jorge Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, que nos falou da realização da 17.ª Conferência Anual da EARMA (European Association of Research Managers and Administrators) na cidade, entre várias outras iniciativas e factos em destaque.

Tintas 2000, S.A

CAMINHOS DE MUDANÇACÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA

A cidade de Bragança acolheu, entre os passados dias 22 a 24 de Junho de 2011, a 17.ª Confe-

rência Anual da EARMA (European Association of Research Managers and Administrators). O evento decorreu no Instituto Politécnico de Bragança e foi considerado, desde o primeiro momen-to, “uma mais-valia para todo o distrito, tanto a nível científico como turístico, ao constituir uma oportunidade de di-vulgação da região além-fronteiras”, revela o edil. A afirmação do interior como uma janela de oportunidades, captadora de investimento e foco de qualidade de vida, tem em Bragança um dos exemplos a seguir. “A proximidade com os grandes mercados, europeu e ibérico, na óptica da exportação, é um dos trunfos que Bragança reúne, em torno do desígnio de internacionali-zação da economia nacional”, afirma António Jorge Nunes. A localização de mão-de-obra jovem e qualificada, que torna Bragança o sétimo muni-cípio português com o maior índice de qualificações, em termos de licen-ciatura e habilitações de graduação mais elevada, como nos revela o pre-sidente, é outra das mais-valias para a consecução do objectivo da fixação de recursos humanos na região, na óptica da iniciativa empresarial. Se, por um lado, o empreendedorismo é fomentado, para garantir empre-gabilidade, por outro, o Desenvol-vimento do Parque Industrial e do Pólo de Ciência e Tecnologia, com uma aposta nas áreas do ambiente e da energia, na óptica da sustentabili-dade, é a materialização do desejo de instalação de actividades económicas

diferenciadoras, quer na cidade, quer no distrito.A região de Bragança é, desde há longos séculos, um reduto da força empreendedora de homens e mulhe-res que contrariaram o destino da interioridade. Prova deste dinamismo é o grande e valioso património edifi-cado, para além da riqueza imaterial dos hábitos e costumes bragançanos. “Corporizando hoje uma oferta cul-tural ao nível do melhor da Europa, Bragança teve a felicidade de acolher este ano eventos de referência que a projectam como um dos grandes pólos do interior do país”, reitera António Jorge Nunes, feliz por viver e servir “uma terra, segura, justa e de gente muito receptiva, generosa e en-tusiasmada no futuro”.

Eventos de excelênciaAlém da 17.ª Conferência Anual da EARMA, que constitui a grande re-ferência dos eventos que aconteceram este ano em Bragança, a cidade aco-lheu as seguintes iniciativas: Sob a temática “Novas formas de cooperação: espaços de convergência nos países lusófonos” teve lugar em Bragança o XXI Encontro da Asso-ciação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), entre os passa-dos dias 6 e 9 de Junho. O evento que integrou a presença de cerca de 400 académicos, oriundos da Comunida-de dos Países de Língua Portuguesa e de Macau, decorreu no Instituto Poli-técnico de Bragança e contou com o apoio da edilidade local.A I Feira Ibérica de Sustentabilidade Urbana, realizada de 7 a 9 de Junho, congregou especialistas e empresários

ibéricos das áreas do Eco-Turismo, Eco-Produtos, Eco-Construção e Eco-Energia. O II Encontro Europeu da Casta-nha, que decorreu nos dias 16 e 17 de Junho, no Instituto Politécnico de Bragança, no qual participaram con-gressistas, produtores, exportadores,

industriais, técnicos e associações de oito países. Realiza-se, também, de 29 de Junho a 2 de Julho, o 17.º Congresso da Associação Portuguesa de Desen-volvimento Regional, sob a temática “Gestão de Bens Comuns e Desen-volvimento Regional Sustentável”.

António Jorge Nunes, Edil de Bragança

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>>RQ32 // SAÚDE

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“Com base no desenvolvimento do conhecimento cientí� co e também da actividade clínica neste domínio, entendeu-se na Clínica São João de Deus, criar uma unidade multidisciplinar dedicada às Neurociências, abarcando Neurologia, Psiquiatria, Neurocirurgia, Psicologia Clínica e Neuropsicologia”, começa por nos revelar Luiz Gamito, psiquiatra.

Tintas 2000, S.A

NEUROCIÊNCIAS: AS “ESTRADAS” DO COMPORTAMENTO

A afirmação de uma unidade integrada de Neurociências na histórica Clínica São João

de Deus, em Lisboa, que este ano cumpre 42 anos de actividade, surge no âmbito do desenvolvimento de projectos de referência por parte de um grupo de especialistas. “Cada vez mais, o trabalho em equipa é fundamental”, defende Luiz Ga-mito, acrescentando que “tem de haver um aprofundamento da es-pecialização, na base uma resposta integrada, que responda a alguns constrangimentos da prática clí-nica. Como vamos contemplando um paciente em compartimentos, por assim dizer, às vezes deixamos de ter uma visão conjunta do indi-víduo. Esta passagem de um tempo em que a Medicina era global, para uma visão compartimentada trouxe desafios que é importante unificar”. No que diz respeito às ciências que têm que ver com o comportamento humano e com o Sistema Nervoso Central, refere, esta realidade “é muito evidente”. Na busca de no-vos métodos de diagnóstico e de te-rapêutica, Luiz Gamito revela que a Clínica São João de Deus tem tido a ajuda de especialistas fora da área da Medicina, nomeadamente no ramo da Engenharia Informá-tica, que têm contribuído para o desenvolvimento de instrumentos clínicos no domínio da realidade virtual, o sentido de dar resposta a diversas patologias. O psiquia-tra, na base de uma longa prática clínica, aponta a continuidade de uma certa resistência por parte das pessoas em assumir que, num dado momento da sua vida, se encon-tram perante uma patologia do foro mental, por natureza progressiva e silenciosa. “Eu diria que aí existem dois tipos de pessoas: umas que têm resistência pela natureza das próprias perturbações, como de-pressões, que vão avançando muito lentamente, as outras guiadas pelo

estigma que é atribuído pela socie-dade à doença que têm”, identifica Luiz Gamito. A maior parte dos problemas que atingem a mente são benignos e não há tradicionalmente uma es-tratégia profiláctica traçada, em termos de consultas de rotina. Os clínicos gerais são, muitas vezes, os primeiros a contactar com alguma perturbação, fazendo depois o en-caminhamento para os respectivos especialistas. Luiz Gamito defende que a informação é uma poderosa aliada a favor da consciencializa-ção da sociedade. “Quanto mais informado um indivíduo está, mais robusto e esclarecido se apresenta. Não podemos cair no erro de “psi-quiatrizar” a pessoa, isto é, trans-formar numa dimensão doentia certos aspectos que não são assim tão graves, decorrentes do desco-nhecimento”, reitera o psiquiatra. A doença prevalente no âmbito das Neurociências é a depressão, pato-logia que pode assumir diferentes quadros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão será, a longo prazo, uma doença ainda mais dominante no quadro das afecções do foro mental. “Não é o facto de uma pessoa ser forte ou fraca que a faz estar mais pro-pensa à depressão”, afirma Luiz Gamito, desmistificando um mito que tem perdurado na sociedade. O facto de uma pessoa se sentir con-tinuamente triste, e esse é um dos sinais de um potencial diagnóstico depressivo, também não quer dizer que sofra de uma depressão. A de-pressão tem de ter uma evolução, por vezes apresenta-se mascarada de outros sintomas, mas contempla a existência de alguns medos, per-da ou ganho de peso em relação ao padrão habitual, quebra de apetite, falta de prazer sexual, entre outros. Uma pessoa deprimida tem, igual-mente, a impressão de que tudo quanto seja mau lhe possa chegar,

CLÍNICA SÃO JOÃO DE DEUS

desde doenças infecciosas a afec-ções malignas. A própria ideação é muito negativa, associada a uma atitude pessimista perante a vida, sinais e sintomas que têm de ser vi-giados no seu todo. Actualmente, existem outras patologias prevalen-tes, que se colocam em evidência ao nível da senescência, ou seja, da velhice, como demências e défices cognitivos, decorrentes do facto de as pessoas viverem, em média, mais anos. “Na Clínica São João de Deus, temos vindo a aprofundar o conhecimento sobre as perturba-ções ansiosas, nomeadamente ao nível das fobias, uma área em que estamos a desenvolver rastreios e onde existe um arsenal terapêutico bastante potente e completo. Os

doentes organizam a sua vida de forma a evitar aquilo que temem, o que dificulta a identificação da pa-tologia, mas ao contrário de outras afecções, as fobias são praticamente todas recuperáveis, desde que o do-ente tome consciência e queira ser tratado”, afirma Luiz Gamito. A finalizar, o psiquiatra reitera que é preciso ultrapassar definitivamente o estigma associado às doenças do foro mental, para que se verifique um reconhecimento de que a maior parte é tão vulgar como uma gripe sazonal.

O RASTREIO DAS FOBIAS ESTÁ A DECORRERGRATUITAMENTE ATÉ AO FIM DE JUNHOMARCAÇÃO ATRAVÉS DO: 808 203 021

Luiz Gamito, Psiquiatra

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>> RQ32 // SAÚDE I ANO MUNDIAL DA MEDICINA VETERINÁRIA

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Integrando o grupo farmacêutico MSD para área de saúde animal, a Intervet Portugal tem como missão assumir-se como o parceiro preferencial deste mercado, não só disponibilizando uma das mais vastas gamas de produtos do sector, mas também, e acima de tudo, proporcionando serviços diferenciadores e de qualidade. Narciso Bento, Director Geral da Intervet Portugal, dá-nos a conhecer a dinâmica de uma empresa em constante inovação.

Tintas 2000, S.A

CRESCER EM CONJUNTO COM OS PARCEIROS

“A Intervet Portugal é líder no mercado de saúde ani-mal”, começa por afirmar

Narciso Bento, acreditando que esta realidade passa, em grande medida, pelo reconhecimento transversal que os parceiros de negócio confe-rem ao trabalho desenvolvido por esta empresa, acrescentando que “esta liderança se traduz numa res-ponsabilidade acrescida, no senti-do de inovar constantemente para acrescentar valor à nossa proposta

integrada de soluções (produtos + serviços)”. A Intervet Portugal opera em to-das as principais áreas da saúde animal, estando organizadas em três unidades de negócio, uma para os Animais de Companhia e duas outras para trabalhar as Espécies Pecuárias: a de Suínos & Aves, sec-tores semelhantes no mercado, quer ao nível da concentração industrial, quer da estrutura organizacional e a de Ruminantes, abrangendo os

INTERVET PORTUGAL

sectores do leite e da carne nas suas diversas vertentes.“Temos uma equipa fortemente motivada, muito focada para os nossos parceiros no terreno, quer sejam médicos veterinários, técni-cos ou empresários do sector, com quem partilhamos recursos e tra-balhamos em busca das melhores soluções”, declara Narciso Bento. “Apostamos muito na formação, não só da nossa equipa, mas tam-bém dos colaboradores dos nossos

parceiros, quer em áreas técnico-científicas, quer em competências de gestão e administração. Acredi-to que o sucesso e a sustentabilida-de de qualquer empresa depende, em grande medida, da qualifica-ção dos seus recursos, pelo que, com este forte investimento na formação, visamos contribuir para a criação de valor por parte dos nossos parceiros, sendo que se estes tiverem sucesso e crescerem, nós, por inerência, iremos também

Equipa da Intervet Portugal

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>>RQ32 // SAÚDE I ANO MUNDIAL DA MEDICINA VETERINÁRIA

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crescer”, afirma. Dando corpo a esta estratégia, a Intervet Portugal concebeu, em parceria com a Universidade Ca-tólica Portuguesa, dois Progra-mas Avançados de Gestão para Empresas (PAGE), destinados aos diversos profissionais do sector da saúde animal – o PAGE VET, vo-cacionado para hospitais, clínicas e consultórios Medico-Veteriná-rios e o PAGE PEC, dirigido aos profissionais de empresas do sec-tor pecuário, nas suas várias com-ponentes. Estes programas avan-çados em Business Administration, são complementados, ao longo do ano, por um conjunto de seminá-rios que permite alargar o leque de participantes, tornando o projecto mais abrangente.Dando seguimento a esta parceria com a Universidade Católica Por-tuguesa e tendo como objectivo apoiar a adequação e implementa-ção dos conceitos de Gestão e Ad-ministração à realidade individual de cada empresa, foi desenhado um projecto-piloto de consultado-ria a 25 clínicas veterinárias, intitu-lado VET Business Coaching.

Este projecto visa melhorar a pro-posta de valor das clínicas veteri-nárias para o mercado, através de benchmarking de boas práticas e de ferramentas de Gestão in loco, que permitem identificar os indi-cadores de performance (KPIs) a melhorar, sendo a sua progressão monitorizada com visitas regula-res durante dois anos. Brevemente, esta iniciativa irá ser alargada a empresas do sector pecuário, es-tando já em fase de ultimação o seu ajuste à realidade das mesmas.Continuando a ilustrar a impor-tância que a Intervet Portugal dá à valorização profissional, Narciso Bento refere que “para além do projecto de formação e consulta-doria com a Universidade Católi-ca, iniciámos, há cerca de quatro anos, os VetClubs e os TechClubs, que são espaços de partilha de informação e formação para Mé-dicos Veterinários e Técnicos dos vários sectores de actividade. Pro-movemos fóruns e reuniões peri-ódicas sobre temas votados pelos membros, disponibilizando tam-bém uma plataforma na Internet para promover uma rápida comu-nicação e acesso aos conteúdos formativos”.Outro exemplo da aposta, por par-te da Intervet Portugal, na criação de valor para o sector, é o apoio protocolado com a Ordem dos Médicos Veterinários para divul-gar e reforçar a importância do papel do Médico Veterinário na nossa sociedade. “Enquanto em-presa líder, acabamos por ter uma responsabilidade acrescida. Se qui-sermos ter uma visão de médio e de longo prazo, é fundamental que haja uma mudança da percepção do que é, não só o papel do Mé-dico Veterinário na sociedade, mas também de toda a indústria pecuá-ria”, atesta Narciso Bento.O general manager da Intervet Por-tugal reitera que a indústria pecu-ária continua a registar uma per-cepção bastante injusta por parte do consumidor, tendenciada pela comunicação negativa que é, fre-quentemente, transmitida nos me-dia, em termos de ameaças à saúde animal e à saúde pública. No en-tender de Narciso Bento “é muito importante ajudar a empreender

uma correcta consciencialização na opinião pública relativa não só a esta indústria, como aos profis-sionais que nela operam diaria-mente e que são um garante para a saúde pública e para a segurança alimentar”. “Hoje em dia há um grau de rastre-abilidade e controlo nos sistemas produtivos que é extremamente completo. Quando um alimento de origem animal chega às nossas me-sas, já passou por várias análises e controlos ao longo de toda a sua cadeia produtiva, desde a origem dos animais até ao ponto de ven-da para o consumidor final. Todos estes procedimentos, assegurados pelas empresas do sector e pelos médicos veterinários, garantem as características qualitativas, orga-nolépticas e de salubridade destes produtos”, refere Narciso Bento. Para além do papel, acima men-cionado, na segurança alimentar, o Médico Veterinário tem tam-bém uma participação activa e importante na garantia da Saúde Pública, sobretudo ao nível das zo-onoses, ou seja, as doenças trans-missíveis entre os animais e o ho-mem. “Cada vez mais as práticas se direccionam para as medidas de educação dos donos e sua sensibi-lização para as medidas de preven-ção nos seus animais de estimação, com o intuito de reduzir ao máxi-mo as possibilidades de ocorrência de doenças. Esta situação, a par com a evolução que os fármacos têm tido, tem possibilitado uma

abordagem tendencialmente pro-filáctica bastante marcada, quer em termos de vacinas, quer no que respeita aos medicamentos anti-parasitários, áreas onde somos muito fortes”.“Na nossa companhia, a indústria farmacêutica de saúde animal está muito ligada à sua congénere de saúde humana, numa lógica inte-grada e coordenada de Investiga-ção e Desenvolvimento (I&D)”, afirma Narciso Bento. O general manager da Intervet Portugal con-sidera que a integração no Grupo MSD permite o alargamento do pipeline de investigação, possibi-litando uma maior quantidade e diversidade de projectos para de-senvolvimento de novos produtos, tendo reforçado que a companhia é das empresas farmacêuticas que mais investe em I&D, uma vez que este constitui, no seu entender, a base para a sustentabilidade do negócio.“O compromisso de toda a equi-pa da Intervet Portugal é o de continuar a trabalhar ao lado dos vários parceiros do sector, não só disponibilizando novas e mais completas soluções integradas em programas de saúde animal, como também ajudando a consolidar e desenvolver os resultados das suas empresas, seja através de ferra-mentas de gestão, seja pela divul-gação da qualidade existente nos nossos médicos veterinários, técni-cos e produtores”, finaliza Narciso Bento.

IV EDIÇÃO | 2011 | INTERVET PORTUGAL | UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA | JORNAL “PÚBLICO”

É sob o signo da inovação, da diferenciação e da replicação das boas práti-cas, em Portugal, que a Intervet promove a IV Edição da iniciativa “Portu-gal Vencedor”, destinada a partilhar projectos de empreendedorismo nos vários sectores de actividade económica, demonstrando que, mesmo num país pequeno e com uma conjuntura difícil, é possível ter casos de sucesso a nível Nacional ou Internacional. Inserido nesta iniciativa foi criado o Prémio Portugal Vencedor que vai já para a sua 2.ª edição e que se destina a premiar projectos inovadores que tenham sido desenvolvidos e imple-mentados por empresas das diversas áreas do sector da saúde animal. A empresa ou pro� ssional que seja o mentor do melhor projecto a concurso, cujas candidaturas decorrem até Outubro de 2011, conquistará um pré-mio de cinco mil euros em formação na Universidade Católica Portuguesa, para além de uma cobertura alargada dos media, em particular do Jornal Publico, enquanto media ‘partner’ do projecto.

“PORTUGAL VENCEDOR”

O compromisso de toda a equipa da In-tervet Portugal é o de continuar a trabalhar ao lado dos vários par-ceiros do sector, não só disponibilizando novas e mais comple-tas soluções integra-das em programas de saúde animal, como também ajudando a consolidar e desen-volver os resultados das suas empresas, seja através de ferra-mentas de gestão, seja pela divulgação da qualidade existente nos nossos médicos veterinários, técnicos e produtores