revista do varejo 45

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Ano IV Janeiro 2008 R$ 9,90 ISSN 1806 7500 Nº 45

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Janeiro de 2008

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Page 1: Revista do Varejo 45

Ano IV Janeiro 2008 R$ 9,90

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Page 4: Revista do Varejo 45

carta ao leitorPráticas, resistentes e baratas, as sacolas plásticas con-

quistaram o varejo ainda no início dos anos 60, com o

surgimento das primeiras versões nos supermercados nor-

te-americanos. De lá para cá, elas ganharam o mundo e vêm

sendo utilizadas por todos os tipos de comércio: dos gran-

des supermercados às feiras de hortifrúti. O sucesso e a acei-

tação foram tão grandes que hoje, apenas no Estado de São

Paulo, cerca de 66 milhões de sacolas plásticas são

consumidas a cada mês.

Tamanho volume de plástico, que muitas vezes não é

reciclado e nem descartado de forma adequada, vem cha-

mando a atenção de pessoas e entidades preocupadas com

as questões ambientais. Sabendo

que o plástico-filme usado para a

fabricação destas sacolas leva

quase 100 anos para se decom-

por na natureza, muitas empresas

varejistas já estão testando novos

materiais como tecidos sintéticos

e plásticos oxibiodegradáveis, en-

quanto alguns consumidores res-

gatam a prática de usar sacolas

reutilizáveis para fazer compras.

Enquanto algumas cidades nos

EUA – como São Francisco – já

proibiram o comércio de usar sa-

colas plásticas, a discussão no Bra-

sil sobre as alternativas ao plástico ainda está só começan-

do. A princípio, o mercado prefere evitar uma proibição le-

gal ou uma legislação específica e aposta na pressão dos

consumidores para que as empresas se adaptem aos no-

vos tempos. Mas certas opções, como o oxibio, vêm geran-

do polêmica entre governo, entidades não-governamentais

e iniciativa privada.

Na matéria de capa desta edição, a repórter Andréa da

Luz aprofunda a discussão sobre o tema e mostra algumas

experiências que já vêm sendo feitas por diversas redes va-

rejistas no País, além de ouvir a opinião de pesquisadores,

varejistas e governantes sobre a polêmica do plástico

oxibiodegradável e outros materiais candidatos a substituir

o plástico-filme. Confira a reportagem na página 16.

Boa leitura e boas vendas!

A Revista do Varejo é editada e

comercializada pela Editora Empreendedor

DIRETOR-EDITORAcari Amorim [email protected]

REDAÇÃO [email protected]

■ Edição Executiva: Diógenes Fischer■ Reportagem: Andréa da Luz, Camila Stähelin, Cléia Schmitz ePaula Arend■ Edição de Arte: Fernanda Pereira■ Fotografia: Casa da Photo, PurestockX e Clipart.com■ Revisão: Lu Coelho■ Ilustrações: Édio Wilson Cardoso

SEDES

■ São PauloGerente Comercial: Fernando Sant’Anna [email protected] de Contas: Gesner C. Vieira, Érika Kaiser, Nassara KedmanRua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis01239-010 – São Paulo – SPFone: (11) [email protected]

■ FlorianópolisExecutivo de Contas: Vitor Hugo de [email protected] de Atendimento: Ronaldo César [email protected]. Osmar Cunha, 183 – Ceisa Center – bloco C – 9° andar – Centro88015-900 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 2106-8666

ESCRITÓRIOS REGIONAIS

■ Rio de JaneiroTriunvirato Desenv. Empresarial Ltda / Milla de SouzaRua São José, 40 – sala 31 – 3º andar – Centro20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fone: (21) [email protected]

■ BrasíliaUlysses C. B. CavaFone: (61) 9975-6660 / [email protected]@agenciamidiax.com.br

■ Rio Grande do Sul / Alberto Gomes CamargoRua Arnaldo Balvê, 210 – Jardim Itu91380-010 – Porto Alegre – RSFone: (51) [email protected]

■ ParanáMerconet Representação de Veículos Comunicação Ltda / RicardoTakigutiRua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 1 – Boa Vista82560-460 – Curitiba – PRFone: (41) [email protected]

■ PernambucoHM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) [email protected]

■ Minas GeraisSBF Representações / Sérgio Bernardes FariaAv. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 170430112-021 – Belo Horizonte – MG – Fone: (31) [email protected]

PRODUÇÃO GRÁFICA■ Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP

AssinaturAssinaturAssinaturAssinaturAssinaturas: 0800 as: 0800 as: 0800 as: 0800 as: 0800 9999979 7979 7979 7979 7979 797979797979Serviço de Atendimento ao Assinante

Diretora: Luzia Correa Weiss

[email protected]

www.empreendedor.com.br

Page 5: Revista do Varejo 45
Page 6: Revista do Varejo 45

16

O que fazer

com as sacolas?

Matéria de Capa

Perfil

O estilista Vinicius Campion fala

sobre sua experiência no varejo

com os erros e acertos da rede

de lojas A Mulher do Padre

ÍÍÍÍÍNDICENDICENDICENDICENDICE

6 Janeiro 2008

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24

54

Entre o uso de novos materiais e a volta do

velho hábito de reutilizar a bolsa de compras,

o varejo busca alternativas ao plástico

Banho de Loja

A arquiteta Kátia Bello instiga

os varejistas a saírem da zona

de conforto e perderem o

medo de investir em inovação

Fazendo Melhor

O consultor Moacir Moura

fala sobre a importância

de dar bons exemplos de

liderança aos funcionários

57

Tendência

Como as lojas descobriram

nas revistas um novo canal

para reforçar a marca e se

comunicar com os clientes

30

Page 7: Revista do Varejo 45

Franquia

Vendendo soluções sob medida para organização

de espaços, a rede Mr. Closet oferece dois formatos

de franquia para expandir sua área de atuação

ENTREVISTA 12

O consultor Hilton de Brito aconselha os lojistas a

prepararem desde já uma previsão das vendas para

o ano todo e ensina como analisar as variáveis que

podem influir no desempenho futuro do negócio

E MAIS:

Carta ao Leitor 4

Movimento 8

Teste Friedman 58

Pequenas Notáveis 60

Feiras 62

Empreendedor na internet 66

40

34

Para reduzir custos operacionais e manter o foco

nas vendas, cresce o número de lojas que estão

terceirizando o departamento de Recursos Humanos

Gestão

REVISTA DO VAREJO ANO IV Nº 45

72007 Janeiro

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Vare

joProjeto de Loja

A Babel mistura uma ambientação contemporânea

com elementos clássicos em uma loja intimista e

moderna para vender roupas masculinas de grife

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74

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8 Janeiro 2008

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joMMMMMOVIMENTOOVIMENTOOVIMENTOOVIMENTOOVIMENTO

xxxxxxxxx

A "bíblia" do marketing promocional

brasileiro ganha edição atualizadaA Pearson Education está lançando a sexta edição

do livro Marketing Promocional, fruto da experiência

profissional de João de Simoni Ferraccio, carinhosamente

reverenciado pelo mundo publicitário brasileiro como

o 'papa' das promoções. Nesta nova edição, que agora

enfoca todo o vasto campo de atuação do marketing

promocional, foi mantida a estrutura básica que vem

auxiliando há vários anos tanto profissionais quanto

estudantes da área. As atualizações e acréscimos foram

feitos com o intuito de deixá-la ainda mais completa,

agradável e fácil de compreender.

Entre os temas abordados por De Simoni, estão o

uso das técnicas que transformam, enriquecem e con-

vertem a promoção de vendas em marketing promocio-

nal; como trabalhar com premiações, ofertas, descon-

tos e todas as técnicas promocionais e de merchandi-

sing, além de sugestões de como planejar e organizar

eventos e de como expor de maneira atraente seus pro-

dutos. O livro trata ainda dos três diferentes tipos de

promoção (industrial, de serviço e de varejo) e faz co-

mentários sobre ética e a legislação do marketing pro-

mocional. Para encerrar, um glossário com termos pro-

mocionais e de merchandising.

Urano lança solução completa para pesagem no varejoUrano lança solução completa para pesagem no varejoUrano lança solução completa para pesagem no varejoUrano lança solução completa para pesagem no varejoUrano lança solução completa para pesagem no varejo

MOVIMENTO

MOVIMENTO

MOVIMENTO

MOVIMENTO

MOVIMENTO

Marketing Promocional –

A Evolução da Promoção de Vendas

por João de Simoni Soderini Ferraccio

208 páginas – R$ 41

Pearson Prentice Hall, 2007

Desenvolvida para os pequenos e médios

estabelecimentos, a TOP, novo lançamento da

Urano, conta com balança e etiquetador de

código de barras em um único produto. O equi-

pamento permite cadastrar os itens na pró-

pria balança através do teclado e

tem navegação simplificada das

funções, sem a utilização de có-

digos. Concebida para atender

também o mercado externo, a ba-

lança tem preço competitivo para fa-

zer frente aos similares chineses.

Já a TOP NET é uma evolução da TOP. Com todos os

benefícios da TOP, o modelo NET agrega um módulo

de comunicação TCP-IP, que permite fazer uma rede

entre as balanças de um estabelecimento e gerenciar

os dados via Internet. A balança TOP pode, a qual-

quer momento, ser transformada em TOP NET.

Basta agregar o módulo de comunicação

TCP-IP. Ambos os modelos contam com

bateria interna, com autonomia de 60

horas, o que permite trabalhar por seis

dias, durante 10 horas diárias, sem

energia elétrica.

Page 9: Revista do Varejo 45

92008 Janeiro

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jo

O aumento na utilização dos cartões de débito e crédito

pelos consumidores, inclusive brasileiros, confirma os resul-

tados da Pesquisa de Uso Global do Dinheiro, realizada pela

KRC Research a pedido da MasterCard. O estudo foi feito para

avaliar o uso de dinheiro vivo comparado a outros meios

alternativos de pagamento e também teve o objetivo de de-

terminar o interesse dos consumidores por novas tecnolo-

gias como os cartões sem contato PayPass.

A empresa anunciou em dezembro a emissão de 20 mi-

lhões de cartões desse tipo no mundo inteiro. Atualmente a

tecnologia, que foi projetada para oferecer uma alternativa

fácil e conveniente ao dinheiro vivo, já é aceita em mais de 80

mil estabelecimentos de 20 países. A

principal vantagem é eliminar a ne-

cessidade de passar o cartão ou assi-

nar recibo para compras abaixo de US$

25. Para pagar, o consumidor só pre-

cisa tocar o PayPass nos terminais.

A pesquisa foi realizada em 13

países e mostra que a maioria dos con-

sumidores acredita que um dia deve

existir uma sociedade sem dinheiro –

em termos globais, os consumidores

não gostam de carregar grandes volu-

mes de dinheiro, e seu comportamen-

to, que mostra a relutância em per-

manecer em filas por mais de dez mi-

nutos para fazer pequenas compras, está incentivando o cres-

cimento de meios de pagamento sem contato.

Principais resultados da pesquisa

– A maioria dos pesquisados (56%) acredita que um dia

o mundo não terá mais dinheiro em papel-moeda e os car-

tões de débito e crédito devem substituir dinheiro e che-

ques como meios de pagamento.

– 75% dos pesquisados acreditam que não precisam mais

dispor de grandes volumes de dinheiro em papel-moeda.

– Dois terços (66%) dos entrevistados utilizam dinheiro

para fazer compras com uma freqüência menor do que há

cinco anos.

– Apenas um quinto (21%) dos consumidores está dis-

posto a esperar em filas durante mais de 10 minutos para

fazer uma compra de menos de US$ 25.

Pesquisa sobre uso de cartõesPesquisa sobre uso de cartõesPesquisa sobre uso de cartõesPesquisa sobre uso de cartõesPesquisa sobre uso de cartões

prevê o fim do dinheiro vivoprevê o fim do dinheiro vivoprevê o fim do dinheiro vivoprevê o fim do dinheiro vivoprevê o fim do dinheiro vivo

Plastrom apresenta sensorPlastrom apresenta sensorPlastrom apresenta sensorPlastrom apresenta sensorPlastrom apresenta sensor

antifurto discreto e funcionalantifurto discreto e funcionalantifurto discreto e funcionalantifurto discreto e funcionalantifurto discreto e funcional

Presidente da CNDL criticaPresidente da CNDL criticaPresidente da CNDL criticaPresidente da CNDL criticaPresidente da CNDL critica

novo aumento de impostosnovo aumento de impostosnovo aumento de impostosnovo aumento de impostosnovo aumento de impostos

A preocupação dos varejistas em pre-

venir os furtos, mas sem descaracterizar

o layout da sua loja, fez com que a Plas-

trom Soluções lançasse o sistema de Vi-

gilância Eletrônica de Mercadorias (VEM)

Ônix Dual. Composto por um pedestal

único, sua eletrônica microprocessada

permite um vão de até 1,60 metro (vari-

ando de acordo com o ambiente), pos-

sui baixa incidência de manutenção e

permite o sincronismo com o Circuito

Fechado de TV (CFTV).

Por utilizar tecnologia de radiofre-

qüência de última geração, a Ônix Dual

não sofre interferências nos locais ins-

talados. Já na parte estética, o uso de

acrílico transparente garante uma per-

feita integração com a ambientação

das lojas.

As medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda no

início de janeiro para compensar a perda de arrecadação da

CPMF não foram bem recebidas pelo movimento lojista do

Brasil. O aumento nas alíquotas do Imposto sobre Opera-

ções Financeiras (IOF), em 0,38%, e da Contribuição Social

sobre Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 15% "vão ser repas-

sados para os bens e produtos finais, além de onerar o crédi-

to ao consumidor brasileiro, que já paga uma das cinco maiores

cargas tributárias do mundo", afirma Roque Pellizzaro Júni-

or, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojis-

tas (CNDL).

As medidas visam garantir uma arrecadação de pelo menos

R$ 10 bilhões ao ano – a perda da CPMF implicou numa queda

de aproximadamente R$ 40 bilhões no orçamento da União.

"O Brasil não precisa do aumento destes tributos pois, sem

contar a CPMF, em 2007 o governo obteve um crescimento

superior aos R$ 40 bilhões na arrecadação, assim como em

2008 também deve ter", analisa Pellizzaro Júnior.

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10 Janeiro 2008

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Comércio eletrônico bate recorde no NatalComércio eletrônico bate recorde no NatalComércio eletrônico bate recorde no NatalComércio eletrônico bate recorde no NatalComércio eletrônico bate recorde no Natal

HISTÓRICO DO NATAL

2006 2007

Período 15/11/06 a 23/12/06 15/11/07 a 23/12/07

Tíquete médio R$ 304 R$ 308

Faturamento R$ 693 milhões R$ 1,081 bilhão

RANKING DOS PRODUTOS MAIS VENDIDOS NO

NATAL EM 2007 (EM VOLUME DE PEDIDOS)

Lugar Categoria Porcentagem

1° Eletrônicos 17%

2° Livros, Revistas e Jornais 16%

3° Informática 13%

4° Telefonia Celular 11%

5° Títulos de CD, DVD e Vídeo 11%

com participações de 15%, 8% e 9%, respectivamente.

A principal mudança no ranking ocorreu com a categoria

de Títulos de CD, DVD e Vídeo, que ocupou durante muitos

anos a 1ª colocação, passando agora ao 5° lugar com 11%

das vendas. O aumento da participação de televisores, com-

putadores, celulares, notebooks e tocadores de MP3 no carri-

nho de compras do consumidor virtual sobre o total de pedi-

dos efetuados durante o período elevou o tíquete

médio de R$ 304 para R$ 308.

Os motivos apontados pelo diretor-geral da e-

bit, Pedro Guasti, para esse recorde de vendas são

as facilidades oferecidas pelo canal, o constante

aprimoramento da logística de entrega e a como-

didade que encanta os e-consumidores. "Produtos

importados como Eletrônicos geralmente são mais

baratos pela internet, além das políticas de parce-

lamento e entrega no prazo que são motivadores

para que os consumidores procurem, cada vez com

mais freqüência, esse canal de compra."

De acordo com o Índice e-bit/Pwc, calculado

pela e-bit durante o período em que as compras na-

talinas foram efetuadas, a satisfação do consumidor

se manteve próxima a 86%, sendo que o percentual

de pedidos que teve todos os produtos entregues

dentro do prazo prometido pelas lojas chegou a 77%.FONTE: E-BIT INFORMAÇÃO (WWW.EBITEMPRESA.COM.BR)

Assim como no varejo tradicional e nos shoppings,

os adeptos às compras pela internet não pararam de

clicar neste Natal e as expectativas de cresci-

mento com relação a 2006, mais uma vez, se

confirmaram. Pelo acompanhamento que a e-

bit faz do setor, era esperado que as lojas vir-

tuais atingissem no período de 15 de novem-

bro a 23 de dezembro um faturamento de aproxima-

damente R$ 1 bilhão. Entretanto, esse valor foi su-

perado e o comércio eletrônico alcançou R$ 1,081

bilhão. Desta maneira, enquanto as lojas de rua e os

shoppings cresceram, segundo o Índice Serasa e a Al-

shop, 9,9% e 12% respectivamente, o e-commerce ele-

vou suas vendas em 55% se comparado ao mesmo período

de 2006.

Entre as categorias de produtos mais vendidas, itens de

alto valor agregado como Eletrônicos, Artigos de Informática

e Telefonia Celular, que foram as grandes apostas de vendas

para a data comemorativa, tiveram 17%, 13% e 11% de par-

ticipação em volume de pedidos, ocupando o 1°, 3° e 4°

lugar no ranking, respectivamente. No Natal de 2006, essas

mesmas categorias ocupavam o 2°, 5° e 4° lugar na tabela

Superando expectativas, o varejo virtual cresce mais que as

lojas de rua, com um volume de vendas superior a R$ 1 bilhão

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12 Janeiro 2008

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132008 Janeiro

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JJJJJá sabe qual é a sua previsão de vendas para oNatal deste ano? Tudo bem que 2008 está apenas

começando, o período de maior movimento no co-mércio acabou de passar, mas os varejistas já devem– ou, ao menos, deveriam – estar preparados desdejá para enfrentar o ano inteiro. O que, quanto, comoe onde pretendem vender é o que os donos de lojadevem saber ao fazer seu planejamento. E como aprevisão de vendas é composta por uma série de va-riáveis que se diferenciam de acordo com o segmen-to em que se atua, é preciso conhecer muito bem omercado onde está inserido seu negócio.

Independente da previsão ser anual, semestralou trimestral, o monitoramento constante é indis-pensável. "Quanto melhor for a informação do queestá acontecendo no seu ponto-de-venda, melhorpode ser a sua capacidade de reagir às alteraçõesda sua previsão de venda", destaca o diretor da ZBS,Hilton de Brito Filho, empresa que atua no varejodando suporte ao planejamento de negócios. Con-fira na entrevista a seguir como a previsão de ven-das pode ser determinante no processo de organi-zação da sua loja.

por cam i l a s tähe l i n f o tos casa da photo

Previsões

para 2008Não é preciso ser astrólogo para ter uma idéia de

como serão suas vendas nos próximos meses. De

acordo com o consultor Hilton de Brito, basta manter

os pés no chão, conhecer bem o ramo em que atua

e monitorar constantemente o desempenho da loja

Revista do Varejo – Qual a importância de uma previ-são de vendas?Hilton de Brito – É uma forma de o lojista montar umcenário que permita que ele conheça seu negócio. Aprevisão de vendas é composta por uma série de va-riáveis com pesos distintos, que orientam comodeve ser a participação do empreendimento em umdeterminado mercado. Como se está olhando o futu-ro, e ele é sempre incerto, tem que se ter o cuidadode garantir que essas variáveis estejam, pelo menos,dentro de uma faixa de controle do seu negócio. Atra-vés da previsão, o empresário estabelece qual deveser a sua venda. Por exemplo, 10 mil peças em trêsmeses. E essa venda de produtos está orientada porpremissas que apontam quais os aspectos do merca-do merecem maior atenção.

RV – É possível determinar quais dessas variáveis sãomais importantes na hora de se fazer uma previsão?Brito – É difícil. Porque depende muito do tipo deproduto, mercado e segmento que se esteja anali-sando. Quando se verifica segmentos mais estáveis,as variáveis são muito mais tradicionais. Já em rela-

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14 Janeiro 2008

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“ Ao invés de ficar

esperando o que vai

acontecer no próximo

trimestre, o lojista tem que

fazer o monitoramento em

uma escala menor de

tempo. Deve tentar ler o

que está acontecendo no

ponto-de-venda e assimilar

essas informações

semanalmente ”

ção a produtos novos, em que o lojista está sujeito amudanças de tecnologia, por exemplo, é preciso en-tender a reação do consumidor e ainda assim depen-de de regulamentações governamentais, como nocaso das tecnologias para telefonia celular. Em al-guns segmentos, a localização do ponto-de-vendavai ser crucial, em outros serão as relações com ocliente e com o fornecedor. Portanto, se o varejistaconhece quais são as variáveis que compõem a equa-ção do negócio dele, pode montar cenários mais pró-ximos daquilo que vai realmente acontecer.

RV – Existem técnicas específicas para previsão devendas?Brito – Há modelos matemáticos, que conseguem for-necer algumas tendências. E outros mais qualitati-vos, nos quais a inteligência de planejamento daspessoas que estão na empresa qualifica os númerosestabelecidos nessas previsões matemáticas. Esse com-ponente, que vai ajudar o lojista a determinar o quepode vender no futuro, é acompanhado por um fa-tor bastante interessante, que é a cadeia de supri-mentos com a qual se vai trabalhar. Ela vai dizer quala estimativa de erro lá na frente. Sim, porque podehaver erro. E quanto maior este erro, pior será a con-dição de custo na cadeia. Se errar muito para cima,vai faltar produto. Se errar muito para baixo, haveráexcesso de produto. Quanto maior for o erro da suaprevisão, mais difícil será montar sua cadeia de su-primentos para garantir que sua loja terá aquele pro-duto disponível para o seu cliente no menor custopossível.

RV – E o que se deve fazer quando a previsão devendas dá errado?Brito – Vamos imaginar o cenário. Voltemos às 10mil peças que se pretende vender durante três me-ses. Ao invés de ficar esperando o que vai acontecerno próximo mês ou trimestre, o proprietário da lojatem que começar a fazer o monitoramento em umaescala menor de tempo. Então, deve tentar ler o queestá acontecendo no ponto-de-venda e assimilar es-sas informações semanalmente. Monitorar o que estáacontecendo no curto prazo e tentar projetar solu-

ções, caso haja erros, a cada semana no médio pra-zo. Assim, é preciso monitorar sempre, não necessa-riamente mudar todo o planejamento, para garantirque meu erro relativo semanal seja menor que aque-le erro que possa acontecer no mês fechado ou notrimestre. Quanto melhor for a informação do queestá acontecendo no seu ponto-de-venda, melhorpode ser a sua capacidade de reagir às alterações dasua previsão de venda.

RV – É possível ao varejista fazer uma previsão anualde vendas para o seu negócio levando em conside-ração os períodos de sazonalidade do comércio?Brito – Todo dono de loja tem que fazer uma previ-são de vendas. A anual é uma previsão macro, quan-do se trabalha com grandes números. Traduzindo emtermos de volume de dinheiro, por exemplo, há umempresário que quer faturar R$ 10 milhões no ano.Só que, primeiro, é preciso entender o porquê dessevalor, que pode tanto ser um crescimento quanto umamanutenção dos faturamentos dos anos anteriores.Para isso, é preciso olhar para trás, entender onde

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152008 Janeiro

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errou nas variáveis para poder ajustar esses erros egarantir esses R$ 10 milhões. Só que não pode espe-rar o mês de janeiro começar para fazer a previsãodo ano, tem que ser antes do ano começar. Depois defazer essa projeção anual, é necessária uma previsãoquebrada por trimestre. No caso dos primeiros trêsmeses, por exemplo, janeiro é um mês fraco, feverei-ro tem alguma sazonalidade do Carnaval e março pre-cisa começar a se abastecer para o Dia das Mães. Emseguida, olhar isso mensalmente.

RV – Aí entra novamente a importância de ummonitoramento constante?Brito – Com certeza. O lojista precisa fazer o ano,entender trimestralmente o que vai acontecer e fazerrevisões mensais e semanais para garantir que nãoesteja fazendo projeções nem muito grandes, nemmuito pequenas. Então é um processo de projeçãoanual, com revisões periódicas. Desta forma, omonitoramento vai ajudar demais o lojista na parteda execução do planejamento. É necessário acompa-nhar se o que ele planejou está acontecendo ou não.

Então ele precisa montar um processo de aprendiza-do contínuo que vai ajustando o planejamento dele.

RV – O planejamento é imprescindível para o suces-so do negócio?Brito – Planejar é difícil e requer muita disciplina. Sedeixar de lado o mês de janeiro, por exemplo, começao ano com um mês a menos. Se entrar com carga deproduto em excesso ou falta, isso significa prejuízopara a loja. O varejista que perde um dia não conse-gue recuperar depois, a não ser que pague um preçopor isso, que é fazendo promoções e ações afins. Eisso custa caro para o lojista. Sendo assim, planejar éuma condição indispensável para que ele não tenhasurpresas. Quanto melhor ele planejar, quanto maisele entender do negócio dele, menor a variação dasurpresa. Um problema sério de quando não se plane-ja bem é a falta ou o excesso de estoque. Se pegar umvarejista e perguntar o que ele prefere, se falta ou háexcesso, ele não vai saber responder. É preciso plane-jar. Não importa se dezembro foi maravilhoso, em ja-neiro precisa dar lucro de novo.

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MMMMMAAAAATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIA DE CAP DE CAP DE CAP DE CAP DE CAPAAAAA

16 Janeiro 2008

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jo

o

O que fazer com

Consumidores e lojistas fazem a mesma pergunta: como reduzir o impacto ambiental das

embalagens de plástico no comércio? Entre testes de novos materiais e a volta do hábito

de reutilizar sacolas, confira algumas das soluções encontradas pelos varejistas brasileiros

por andréa da luz fo to d i vu lgação

as sacolas?

extinção. "Explicamos que quería-

mos resgatar o antigo costume de

usar essas sacolas para sensibilizar

as pessoas a cuidarem do ambien-

te", diz a sócia-gerente Fabiana Cas-

selhas. Ela lembra que, no começo,

as pessoas compravam as sacolas

mas esqueciam de trazer quando vol-

tavam à padaria. "Muitos achavam

que queríamos economizar na com-

pra de sacolas plásticas", conta Fa-

biana. O treinamento dos atenden-

tes ajudou a multiplicar a idéia e es-

clarecer o objetivo da ação. Mais de

mil unidades foram vendidas e, em

breve, haverá mais um modelo à dis-

posição. "Assim atingimos dois ti-

pos de clientes: os que querem abra-

çar a causa e os que querem fazer

isso sem perder o estilo", afirma.

Outra solução simples e eficien-

te é a Bag Market, sacola organiza-

dora reutilizável e reciclável que se

encaixa dentro dos carrinhos de su-

permercados. O produto é uma cri-

ação da empresa paulista Gatto de

Rua, que antes de entrar nesse mer-

cado atuava no ramo de confecções

descarte inadequado, o

baixo índice de recicla-

gem, o entupimento de

redes pluviais e o longo

tempo para decomposi-

ção das sacolas plásticas (cerca de

100 anos) estão forçando o consu-

midor a repensar costumes e o co-

mércio a estudar alternativas de em-

balagens menos agressivas ao am-

biente. A preocupação ambiental

traz de volta o velho hábito de fa-

zer compras levando uma sacola

própria, ao mesmo tempo em que

se pesquisam novos materiais como

o tecido não-tecido (TNT), o bioplás-

tico e o plástico oxibiodegradável,

em designs inteligentes e em bolsas

reutilizáveis.

Entre as diversas alternativas en-

contradas pelo varejo, a panificado-

ra e confeitaria paulistana Pão do

Parque lançou uma campanha pelo

uso das sacolas reutilizáveis de TNT

no começo de 2007. A sacola custa

R$ 2 e a renda é repassada a uma

ONG que cuida da preservação de

mamíferos aquáticos ameaçados de

de moda. A idéia partiu da sócia e

diretora comercial da empresa, Elai-

ne Guapo. Irritada com a falta de

uma bolsa prática e eficiente para

fazer compras, ela reuniu a equipe

de criação para fazer o design das

peças.

Foram quatro anos de trabalho

para desenvolver e aperfeiçoar um

protótipo. Depois, mais dois meses

de pesquisas para achar o material

adequado: a fibra de polipropileno

retornável de 80g, um TNT lavável,

originado do plástico, leve e de uso

sustentável. A intenção não é aca-

bar com a sacola plástica, mas ofe-

recer às pessoas uma oportunidade

de ajudar na preservação ambien-

tal. "O grande apelo ecológico de

nosso produto é que, após o tem-

po médio de uso de cinco anos,

pode-se descartá-lo na coleta reci-

clável de lixo", explica o sócio-dire-

tor Mário Gaspar.

Lançada em março de 2007 em

São Paulo durante a feira da Asso-

ciação Paulista de Supermercados

(Apas), a bolsa fez tanto sucesso

Page 17: Revista do Varejo 45

172008 Janeiro

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do

Vare

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NO HIPPO

Supermercados, a

primeira remessa de

300 unidades da

sacola reutilizável

esgotou em uma

semana

Divulgação

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MMMMMAAAAATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIA DE CAP DE CAP DE CAP DE CAP DE CAPAAAAA

18 Janeiro 2008

Rev

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do

Vare

jo

que se transformou no carro-chefe

da empresa. A produção atual é de

12 mil peças mensais, mas a meta é

ampliar para 18 mil a 20 mil saco-

las em 2008 e atingir a capacidade

total de 48 mil unidades/mês em cin-

co anos. Os sócios negociam com

um grande canal de varejo a distri-

buição para todo o País, divulgam

o artigo em feiras do setor e desen-

volvem outras peças para carrinhos

e cestas de farmácias, empórios e

lojas. "Não vimos ainda no merca-

do um produto tão completo e que

satisfaça tanto o cliente quanto a

Bag Market", afirma Gaspar.

Disponível em dois tamanhos,

com capacidade para 130 litros e

210 litros, possui três divisórias per-

mitindo a separação entre perecíveis

e não-perecíveis, e ainda pode se

transformar em três bolsas separa-

das. O preço é de R$ 60 e R$ 80,

respectivamente, para as sacolas

média e grande. Consumidores tam-

bém podem adquiri-las arcando com

o custo do envio por Sedex. Em no-

vembro, 350 unidades foram ven-

didas em uma campanha promoci-

onal da Coppertone na loja Broo-

klin do Carrefour, em São Paulo.

reduzir, reutilizar e reciclar

O foco da rede francesa de su-

permercados, no entanto, é nos

três Rs: reduzir, reutilizar, reciclar.

O Carrefour quer chamar a aten-

ção do consumidor para o uso ra-

cional ensinando a reutilizar e des-

cartar de maneira correta para reci-

clagem. A empresa realiza um pro-

jeto piloto na loja de Pamplona, em

São Paulo, com sacolas de polipro-

pileno que custam entre R$ 2 e R$

3. Com capacidade para 35 quilos,

5 mil unidades foram importadas da

França. De acordo com a gerente de

Sustentabilidade da empresa, Kari-

na Chaves, o primeiro momento é

de conscientização. "Apenas repas-

samos ao consumidor o custo das

embalagens, pois queremos estimu-

lar o novo hábito", diz. E, para en-

tender melhor o comportamento dos

clientes e seus hábitos de compra, a

empresa realiza uma pesquisa na-

quela unidade. "O estudo acontece

junto com o projeto das sacolas e

visa avaliar se e onde existe a de-

manda por embalagens diferencia-

das", explica Karina.

Simultaneamente, a rede já ofe-

rece caixas de papelão para acondi-

cionar compras maiores, que não

cabem nas bolsas de polipropileno.

A empresa também estimula os for-

necedores a estudarem alternativas

à utilização do plástico. Outra op-

ção é utilizar menos sacolas no su-

Div

ulg

ação

FABIANA, da Pão do Parque: a renda com a venda das sacolas de TNT é revertida para a preservação de mamíferos aquáticos

Casa

da P

hoto

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192008 Janeiro

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Vare

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O CARREFOUR investe no polipropileno para mudar os hábitos do consumidor

permercado. Uma unidade agüenta

até seis quilos de produtos, então

não é preciso usar duas para carre-

gar um pacote de arroz.

sucesso de público

Em Florianópolis, o Hippo Super-

mercados lançou o projeto piloto da

sacola reutilizável 100% algodão em

julho passado, com divulgação em

banners e panfletos e treinamento na

frente de caixa. A primeira remessa,

de 300 unidades, se esgotou em uma

semana. "Encomendamos mais 300

e a procura também foi maior do que

a oferta, o que nos deixou felizes

porque o principal objetivo é estimu-

lar a reutilização, mesmo que as sa-

colas não sejam da nossa empresa",

diz a assessora de marketing Márcia

Regina Bonett. A bolsa é vendida

por R$ 9 e quem a adquire ganha

um quilo de adubo orgânico. Cerca

de 2 mil unidades já foram comer-

cializadas. "Isso é só o começo, pois

acreditamos que a empresa que não

estiver protegendo o ambiente não

terá como existir no futuro", avalia

Márcia.

Segundo ela, o objetivo é ampli-

ar a participação do consumidor

nas ações ambientais da empresa.

Com um público focado principal-

mente nas classes A e B, o super-

mercado tem a vantagem de contar

com a fácil adesão da clientela ao

conceito de proteção ambiental. "Já

tínhamos uma cliente que vinha ao

supermercado com as próprias sa-

colas e não pegava novas no caixa.

Outros traziam sacolas reutilizáveis

de viagens feitas a países da Euro-

pa", conta a assessora. A idéia do

projeto, portanto, é reduzir a quan-

tidade de lixo que se leva para casa.

A empresa utiliza ainda modelos oxi-

biodegradáveis certificados (um adi-

tivo é acrescentado ao plástico con-

vencional permitindo a desintegra-

ção das sacolas em contato com o

oxigênio, luz e calor) que levam de

um ano e meio a dois anos para se-

rem decompostos em partículas

menores, invisíveis a olho nu, na na-

tureza.

Essa alternativa também foi ado-

tada em julho pela rede Sesi Farmá-

cias em Santa Catarina, com 83 lo-

jas no Estado. A empresa está subs-

tituindo as sacolas pequenas, de

maior uso, pelo novo plástico mes-

mo com a polêmica criada em torno

do material. Isso porque vários seg-

mentos discutem a contaminação

do ambiente pelas partículas que se

originam dos oxibiodegradáveis, o

que não está provado cientificamen-

te. Segundo o superintendente Sér-

gio Gargioni, caso os danos sejam

confirmados, a continuidade do uso

poderá ser reavaliada. A rede incen-

tiva também o uso de sacolas de

tecido 100% algodão que podem ser

compradas por R$ 5 ou trocadas por

pontos acumulados no Cartão Fi-

delidade.

Casa

da P

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MMMMMAAAAATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIATÉRIA DE CAP DE CAP DE CAP DE CAP DE CAPAAAAA

20 Janeiro 2008

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Cerca de 66 milhões de

sacolas plásticas são consumidas

por mês no Estado de São Paulo

e menos de um terço é

reciclada. Calcula-se que das 12

mil toneladas de lixo doméstico

produzidas por mês na cidade,

8,6% (ou mil toneladas) sejam

de material plástico. (Fonte: O

Estado de São Paulo, dados de

setembro/2007)

465,1 bilhões de

unidades de sacos plásticos

foram consumidas no mundo em

2007. (Fonte: RES Brasil,

associada à Abief)

20% do total de plástico é

reciclado em média no Brasil, o

equivalente a 200 mil toneladas

por ano. Não há dados

específicos sobre o plástico-

filme. Sabe-se apenas que o

material representa 29% do

total de plásticos separados

pelas cidades que fazem coleta

seletiva.

50% de energia pode ser

economizada com o uso de

plástico reciclado.

3,2% das sacolas e sacos

plásticos são reciclados nos EUA

(28,8 mil toneladas por ano) e

2% das embalagens de produtos

(30 mil toneladas). O plástico é

altamente combustível, mas a

reciclagem energética ainda não

é praticada no Brasil.

Fonte: Cempre

O plásticoem números

GERGIONI, da Sesi Farmácias, com o

saquinho de plástico oxibiodegradável

para pequenas compras e a sacola

de tecido para volumes maiores

discussões à vista

A questão das embalagens nocomércio vai além da mera elimina-ção das sacolas comuns. É precisolevar em conta a infra-estrutura, oshábitos comportamentais brasilei-ros e as conseqüências do uso dasalternativas disponíveis. Por isso,ainda deve haver muita controvér-sia sobre o assunto. De acordo coma pesquisadora do Departamento deTecnologia de Polímeros da Unicamp,Lúcia Mei, que conduz estudos so-bre o material no Brasil, pesquisasfeitas na Itália, Inglaterra e EUAmostraram que microorganismosatacam os plásticos oxibiodegradá-veis, o que seria um indício de queeles são biodegradáveis após sofre-rem a desintegração por exposiçãoao tempo.

De acordo com a pesquisadora, épreciso fazer mais ensaios científicospara comprovar que isso de fatoocorre. "Prefiro coletar mais dadosantes de dizer que é seguro usar essetipo de embalagem. Em viagem re-cente à China e Japão, no entanto,percebi que os oxibiodegradáveis es-tão sendo muito utilizados", afirma.As sacolas comuns podem ser reci-cladas várias vezes, quando correta-mente descartadas e não contamina-das com o lixo. Quando isso aconte-ce, o custo da limpeza antes da reci-clagem inviabiliza o processo e elasvão para os aterros. "As oxibiode-gradáveis podem ser recicladas oucompostadas. Na Europa, por exem-plo, onde há falta de espaço para ater-ros, é feita a compostagem, enquan-to no Brasil a possibilidade ainda estásendo estudada para os plásticos emgeral", diz Mei.

O governador do Estado de SãoPaulo, José Serra, é contra o uso domaterial e vetou recentemente umprojeto de lei que obriga a troca do

plástico-filme pelo oxibiodegradávelno comércio. A Secretaria Estadualdo Meio Ambiente realizou em de-zembro, na capital e no interior doestado, um mutirão de conscientiza-ção sobre o problema causado pelouso de sacolas plásticas e estimulouo uso de sacolas de pano.

Já a ONG Fundação Verde (Fun-verde) defende a embalagem oxibio-degradável. "Com a opção aditiva-da, o produto ficará no máximo 18meses no ambiente, causando me-nor dano do que as sacolas tradici-onais. Por isso, a população devecobrar dos comerciantes o uso desacolas com ciclo de vida curta, evi-tando aumentar o rastro de polui-ção que deixaremos para as gera-ções futuras", diz o presidente Cláu-dio José Jorge. Para a organização,o custo das embalagens (indepen-

Divulgação

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792005 Maio

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22 Janeiro 2008

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dente do tipo) sempre é re-

passado ao consumidor;

então o mais importante é

levar em conta o custo dos

danos ambientais causado

pelo descarte incorreto das

sacolas plásticas convenci-

onais, somado ao uso de di-

nheiro público para limpe-

za de áreas poluídas com

esses objetos, como rios e

ruas. "Este custo é enorme

e afeta todos e o planeta",

diz.

O presidente da Associ-

ação Brasileira de Supermer-

cados (Abras), Sussumo

Honda, afirma que os su-

permercados estão procu-

rando soluções para coo-

perar com a não-agressão ao ambi-

ente. Segundo ele, Condor e Muffa-

to, do Paraná, e Modelo, de Mato

Grosso, já aderiram às sacolas com

plástico oxibio. Outros adotam as

reutilizáveis ou trabalham com a

conscientização dos clientes. Mas o

presidente admite que é preciso sa-

ber mais sobre a ação dos oxibiode-

gradáveis. Por isso, o setor começa

a discutir e a trabalhar em conjunto

com o governo e a sociedade orga-

nizada, em busca de soluções mais

efetivas para o problema.

taxa polêmica

Em alguns países europeus,

a solução afeta diretamente o

bolso do consumidor, que paga

para usar as sacolas de plástico-

filme dos supermercados. Mas

o modelo de taxação tem pou-

ca chance de dar certo no Bra-

sil. De acordo com o presidente

da Associação Brasileira da In-

dústria de Embalagens Plásticas

Flexíveis (Abief), Rogério Mani,

é preciso analisar a situação so-

cioeconômica e a infra-estrutu-

ra de cada país. "Se houver no

Brasil uma taxa para sacolas

plásticas, quem vai sofrer é o

consumidor, pois a maioria da

população faz compras a pé ou

usando algum meio de transporte que

não o automóvel", aponta.

"Não podemos dizer que vamos

eliminar totalmente o uso do plásti-

co. Precisamos estimular seu uso ra-

cional e o descarte correto", defende

a gerente de Sustentabilidade do Car-

A BAG MARKET é outra alternativa

reutilizável que se encaixa dentro

dos carrinhos e pode ser usada

por um período de cinco anos

Casa

da P

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KARINA, do Carrefour: “Não podemos dizer que vamos

eliminar totalmente o uso do plástico. Precisamos

estimular seu uso racional e o descarte correto"

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ação

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232008 Janeiro

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CONTATO

Abief

(11) 3032-4092

Abre

(11) 3082-9722

Carrefour

0800 7273090

Hippo Supermercados

(48) 3212-6600

Pão do Parque

(11) 3714-3916

Sesi Farmácias

(48) 3231-4671

Funverde

(44) 3226-2113

Profª Drª Lúcia Helena Mei

(19) 3521-3900

refour, Karina Chaves. O presidente

da Abief partilha da mesma opinião.

"Não podemos considerar as saco-

las plásticas como vilãs, pois o pro-

blema é o descarte incorreto. O ca-

minho mais curto e eficiente para re-

solver essa situação é a reciclagem

energética", afirma Rogério Mani, res-

saltando o fato de se tratar de “um

dos produtos mais versáteis do mun-

do” e uma das poucas embalagens

que suportam cerca de mil vezes seu

próprio peso. "Há ainda o aspecto

econômico do País, que faz com que

a maior parte se transforme em sa-

cos para acondicionamento de lixo."

Justamente por essa condição é

que o executivo não acredita na mas-

sificação das sacolas reutilizáveis. Para

ele, a maior oferta continuará sendo

de sacolas tradicionais, porém com

melhor qualidade. Mani cita como

exemplo o Programa da Qualidade de

Sacolas Plásticas, que envolve 15 fa-

bricantes e visa reduzir em até 30% o

consumo de sacolas no varejo. “Com

sacolas melhores, serão necessárias

menos unidades para acomodar as

compras”, afirma. O novo modelo

mais reforçado foi lançado em dezem-

bro pela Plastivida e pelo Instituto Na-

cional do Plástico (INP).

Para Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação

Brasileira de Embalagem (Abre), a discussão sobre as sacolas no

comércio tem que ser mais profunda e cautelosa. "Conforme o

desfecho do debate, a indústria atenderá a nova demanda, mas não

dá para definir uma única solução e obrigar o mercado a atendê-la

através de legislação", opina. Ela alerta para a necessidade de

fomentar o mercado de material reciclado para fortalecer a

demanda – o que incentivará a indústria de reciclagem a

reprocessar esse material – e incentivar o desenvolvimento de

tecnologias que permitam o uso de materiais já reciclados na

fabricação de embalagens.

Para dar suporte à indústria, entidades como o Centro de

Tecnologia de Embalagem (Cetea) e a Plastivida estudam os

efeitos da degradação das oxibiodegradáveis em solos e rios. Mas

na opinião da diretora da Abre, a segurança das embalagens

reutilizáveis também deve ser discutida. "Como transportam

produtos químicos e de limpeza e depois alimentos (como

verduras) sem proteção, pode haver contaminação. Que órgão vai

se responsabilizar por isso?", questiona.

A fabricante Nobelpack, que fornece sacolas de papel 100%

reciclado pós-consumo ao varejo, já trilha o caminho das

embalagens ecologicamente corretas. O produto é feito a partir da

celulose resultante da reciclagem de embalagens longa-vida e de

jornais e revistas. Com uma tonelada de papel reciclado, se produz

em média 20 mil sacolas. Em 2007, 85% da matéria-prima

utilizada veio de embalagens longa-vida recicladas, cujo

reaproveitamento rendeu uma economia de 31,1 milhões de litros

de água (equivalente ao consumo médio mensal de 5.200 pessoas),

343.900 kW de energia (consumo médio de cerca de 1.960

famílias/mês) e a preservação de 16.660 árvores reflorestadas.

De acordo com a gerente de marketing Cleonice Rodrigues

Takeda, os varejistas buscam alternativas com apelo ambiental e

benefícios sociais. Por isso, a empresa oferece várias opções como o

plástico oxibiodegradável, o plástico reciclado pós-consumo, o

papel 100% reciclado pós-consumo, além de desenvolver sacolas

retornáveis em TNT e em ráfia. "A tendência é que todas as

alternativas caminhem juntas e que o varejo teste várias em

conjunto para ver o que será mais apropriado", diz. "Os

supermercados estão sendo considerados os grandes vilões por

causa das sacolas plásticas, mas a troca envolve custos e mudança

de cultura, o que leva tempo", avalia Cleonice. Na opinião dela, o

caminho é a conscientização, em especial do consumidor, de quem

deve partir a exigência da troca das embalagens.

O que diz a indústria

Page 24: Revista do Varejo 45

24 Dezembro 2007

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CAMPION ainda estava na

faculdade quando abriu sua

primeira loja: ”Com formação

em produtos, não tinha

experiência com comércio,

que é sempre um mistério”

Page 25: Revista do Varejo 45

252008 Janeiro

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Sem experiência prévia no varejo, o estilista Vinicius Campion atingiu o sucesso com

a grife A Mulher do Padre depois de uma série de experiências com formatos de loja

diferenciados e estratégias ousadas, sem deixar de aprender com os próprios erros

experimentarA moda é

por cam i l a s t ähe l i n f o tos casa da pho to

iversificar e estar sempreatento às novas opor-tunidades de negócios.Esta é a receita de suces-so para o estilista Vini-cius Campion, dono damarca A Mulher do Pa-

dre (AMP). O paulistano já foidono de banca de camisetas, salãode beleza, casa noturna, gravado-ra, agência de DJs e loja de móveis.Há dois anos reformulou radical-mente seus negócios, fechou suaslojas e está apostando em novosformatos para o varejo. O porquêdo nome da grife, ele mesmo expli-ca: "É um exercício de antimarca.Teoricamente, é a última marca quevocê quer ser. Mas, na verdade,buscamos criar um desejo em cimado indesejado".

A Mulher do Padre é anti-sexypor opção. Em suas criações, Cam-pion trabalha basicamente commodelagens fechadas, quase aus-teras, com corte reto que mais lem-bram o estilo brechó. Mas o quepoderia não agradar a muitos

dfashionistas fez sucesso entre osmodernos da cidade. Tudo começouquando o estudante de DesenhoIndustrial começou a criar estampase imprimir em camisetas para ven-der na porta de escolas em vans.Logo em seguida, as peças passa-ram a ser vendidas numa feira cha-mada Mercado Mundo Mix. Nessaocasião, em 1995, A Mulher do Pa-dre, ou AMP, como é mais conheci-da a grife, foi criada oficialmente.

A participação no Mundo Mixfez com que o novato fosse convi-dado a integrar o grupo de estilis-tas da Semana de Moda – Casa dosCriadores, evento paralelo ao SãoPaulo Fashion Week. A partir dis-so, Campion expandiu a linha deroupas, criando peças mais concei-tuais e não se limitando a produzirapenas camisetas, investindo tam-bém em acessórios. "Estava na fa-culdade quando abri a primeira loja.Minha formação é voltada paraprodutos e não tinha experiênciaanterior com comércio, que é sem-pre um mistério a se desvendar."

A primeira loja da AMP foi im-plantada no Shopping Villa-Lo-bos, na capital paulista. Na épo-ca, sua namorada, Paula Ferrali,com quem é casado, morava emBuenos Aires. "Em um primeiromomento, resolvemos agir nasduas frentes, aqui e na Argentina.Então, fabricávamos todas as pe-ças no Brasil, mas comercializáva-mos nos dois países", conta Cam-pion. Até hoje Paula divide as ta-refas, criativas e administrativas,da loja com o marido.

além do underground

Durante oito anos os lança-mentos das coleções da AMP fo-ram feitos nesses eventos alter-nativos. "O Mercado Mundo Mixfoi uma possibilidade de ampliar oshorizontes comerciais. Tivemosoportunidade de visitar outros es-tados e abrir lojas em outras capi-tais, como Curitiba, Belo Horizon-te e Rio de Janeiro", conta o pro-prietário da marca. Só que o lojis-ta queria ampliar seu público

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para além do universo under-ground. "Decidimos mudar nos-sa plataforma de lançamento emontamos um projeto em SãoPaulo, bem concentrado na cida-de. Compramos um prédio de seisandares, com 2 mil m² de área,localizado em Pinheiros."

No subsolo e no térreo do edi-fício funcionava o ampgalaxy, mis-to de casa noturna e bar. Tambémno térreo abrigava a Riviera, lojade móveis e objetos antigos. Noprimeiro andar ficavam a loja deroupas da AMP e o salão de bele-za, chamado Hairy Label Supers-tars. "Trabalhávamos com uma téc-

nica baseada nos quatro arquéti-pos fisionômicos de Hipócrates,algo novo que não havia em ne-nhum outro lugar do Brasil", contaCampion. No segundo pavimento,dividiam espaço o escritório, a gra-vadora de discos ampgalaxy Re-cords e a agência de DJs hairylabel-superstars, que traziam não sópara o Brasil, como para outrospaíses da América Latina, artistasestrangeiros de renome, como oamericano Larry Tee.

"Compramos a licença de algunsálbuns desses caras e criamos umselo nosso próprio. Chegamos a lan-çar sete discos", conta o estilista. Mas

tudo isso era para movimentar amarca. Essa pequena holding fatu-rou no segundo ano de funciona-mento (2004) cerca de R$ 13 mi-lhões. Desse total, 70% advinhamda venda de roupas nas quatro lo-jas próprias (na época, três em SãoPaulo e uma em Porto Alegre) e em170 multimarcas espalhadas peloBrasil.

mudança de foco

"Aparentemente, estávamosindo bem. O problema é que aca-bamos nos perdendo um pouco nonosso foco. O mais importanteeram e são as lojas de roupas, e

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272008 Janeiro

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naquele momento me descuidei dis-so. A casa noturna e a gravadoraganharam proporção e foram to-mando demais o meu tempo, quechegou uma hora que decidi fechá-las."

O prédio com o complexo co-mercial funcionou de 2003 a 2006."Nosso raio de penetração nãopassava muito da cidade de SãoPaulo, então chegamos à conclu-são de que era melhor criar núcleosregionais do que continuar com oesforço todo concentrado nesseponto", diz. Em 2006 a fabricaçãofoi levada para Paulatina, pólo in-dustrial no interior do Espírito San-

to, e para Franca, interior de SãoPaulo.

As quatro lojas próprias daAMP fecharam as portas e foramcriados 15 showrooms regionais."Pretendemos cuidar mais de pertodos nossos clientes, então o tra-balho de dois anos para cá vem commuito mais agressividade na parteda distribuição", afirma o empresá-rio. Atualmente, A Mulher do Pa-dre está presente em 200 lojasmultimarcas no País.

Além disso, o estilista aposta emdois novos formatos de lojas parao varejo: o pop up e o amp pocketstore. O primeiro deles é uma espé-cie de franquia trimarca, em funcio-namento desde dezembro do anopassado em quatro cidades: VilaVelha (ES), Aracaju (SE), Franca(SP) e no Rio de Janeiro (RJ). "É quaseuma franquia, na verdade, só que olojista trabalha com três marcas epode escolher uma quarta paracompor o mix de produtos. É umprojeto de loja que conta com aAMP; a Lei Básica, uma marca doEspírito Santo, produzida na mes-ma indústria que a gente; e a Adi-das Originals, que é a marca impor-tada da Adidas."

Segundo Campion, o grandediferencial desse formato é que ovarejista pode contar com todos osbenefícios de uma franquia, mascom a flexibilidade de uma multi-

Mulher do PadreFundação: 1995Sede: São PauloÁrea de atuação: vestuário e acessóriosNúmero de lojas: 15 showrooms; 4 pop up epresente em 200 multimarcas

marca. "Temos um projeto de es-tarmos com 100 lojas em cincoanos, com custo de implementaçãoe um projeto arquitetônico muitobaixo. Com R$ 180 mil é possíveldeixar uma unidade totalmentepronta. Por isso acreditamos quevai ser muito fácil a expansão."

Outro formato proposto são aspocket stores, que começarão a serimplantadas ainda este ano. É ummodelo de loja mais compacto, comuma variedade de produtos que vãoalém do vestuário. "Estamos desen-volvendo alguns itens complemen-tares exclusivos para estas lojas,com o objetivo de posicionar amarca como multiproduto. Inclu-sive vamos para a China no próxi-mo mês para fabricar em parceriacom fornecedores de lá desde brin-quedos até acessórios, como guar-da-chuva e coisas para casa", afir-ma o empreendedor.

sucesso internacional

Mas as escalas da marca peloexterior não são de hoje. As pe-ças já foram distribuídas na Itália,França, Inglaterra, Portugal, Espa-nha, Suécia e Japão. Atualmente,são três escritórios funcionandona Europa: um em Portugal, quedistribui também para a Espanha;um na Grécia; e um na Itália. Oestilista afirma que apesar da acei-tação da grife lá fora ser muito

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28 Janeiro 2008

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as

boa, o câmbio não favorece."Chegamos com o preço mui-to alto e, por conta disso, aexportação está acontecendoem um volume muito peque-no. Através desse trabalhocom o parceiro chinês, preten-demos resolver isso de manei-ra definitiva, já que teremosuma base de fabricação no ex-terior."

criação própria

Vinicius Campion cria desdeas estampas utilizadas em suasroupas até os ambientes das lo-jas, incluindo as campanhaspublicitárias da marca. O mate-rial para a inspiração das cole-ções serve, inclusive, também comoestratégia de divulgação da grife. Issoporque, há seis anos, antes de criarqualquer coleção é desenvolvido umfilme, que serve de base de informa-ção para as peças de roupas e aces-sórios.

Segundo o estilista, a regra parao processo de criação e confecçãosegue três fases: "A primeira delas étotalmente livre, que é a parte maiscriativa, onde se desenvolve uma nar-rativa, uma coleção de personagens.Nela, organizamos todo o repertó-

rio no formato de um curta-metra-gem. A segunda parte é mais indus-trial e fazemos tudo aquilo que foifeito na fase anterior virar produ-to. Na terceira e última parte, sãofiltros utilizados pelo nosso depar-tamento comercial e pela nossa es-trutura industrial a partir de algu-mas limitações que são colocadaspelo mercado", diz o empresário.

No final do ano passado a AMPfinalizou seu quarto vídeo, chama-do Armadilha de Mosca Vênus, quetraz os elementos gráficos que nor-

1995

TRAJET

TRAJET

TRAJET

TRAJET

TRAJETÓÓÓÓ ÓRIA

RIA

RIA

RIA

RIA O estudante de Desenho Industrial cria a marca A

Mulher do Padre, no Mercado Mundo Mix. É convidadoa integrar o grupo de estilistas da Semana de Moda –Casa dos Criadores.

2003Compra prédio em Pinheiros (SP), onde passa afuncionar loja de roupas, casa noturna, gravadora,agência de DJs, salão de cabeleireiro, loja de móveisantigos e escritório. Tudo com a marca da AMP.

2006Campion decide reformular seusnegócios. Fecha o prédio de Pinheirose todas as lojas próprias da marca.Transfere a produção fabril e deacessórios de cidades e investe emnovos formatos de loja para o varejo.

2007Viagem para fechar parceria chinesa.

teiam a coleção Verão 2008.Com a participação do casal deatores Mel Lisboa e Daniel Al-vim, a marca promove a con-tinuidade do filme anterior, Crè-

me Brûlle. No roteiro, um pas-seio por locações inusitadas deSão Paulo, passando pela Sa-pataria Burso, uma das maistradicionais e antigas da cida-de, até o Astronete Bar, queemprestou o clima retrô paraambientar uma cena de bailecom shows de dança de umelenco performático.

Com uma estratégia de co-municação segmentada, aAMP atinge desde os consumi-dores fiéis que se identificam

com o conceito mais moderno atéos clássicos, que não abrem mãodos catálogos impressos. "Imaginoque fornecemos para clientes de 17aos 70 anos de idade. Não acho quesejamos uma marca para o públicojovem. Criamos peças que podemdurar no guarda-roupa, feitas parao consumidor que está no topo dapirâmide no que se refere à informa-ção", identifica o criador da grife.

CONTATO

www.amulherdopadre.com

CAMPION: “Temos um projeto de estarmos com

100 lojas no formato pop up em cinco anos,

com custo de implementação muito baixo”

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joTTTTTENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIA

Cresce o número de varejistas que estão investindo em

revistas para divulgar sua marca e seus produtos, criando

um novo canal de relacionamento com os consumidores

de lojaLeitura

por c l é i a s chm id t f o tos casa da pho to

omercado de revistascustomizadas – nomeque se dá às publica-ções relacionadas auma marca ou empre-

sa – está em franca ascensão. Deacordo com o professor Luiz Chi-nan, consultor editorial da Asso-ciação Brasileira de JornalismoEmpresarial (Aberje), nos EstadosUnidos essas publicações já repre-sentam um volume de negócios deUS$ 1,5 bilhão. No Brasil, não hálevantamentos precisos, mas opotencial é de um mercado em tor-no de R$ 500 milhões. De olhonesse potencial, muitas redes va-rejistas resolveram apostar nessemeio como um forte canal de co-municação e fidelização de seusclientes.

Para Chinan, o primeiro ganhode uma revista customizada é apossibilidade de criar um banco dedados qualitativo de clientes. Elecita como exemplo a revista AlôBebê, publicação da rede homô-nima. "Ao fazer uma determinadacompra, o cliente faz seu cadas-tro e 'ganha de brinde' uma assi-natura da publicação. As maté-rias versam sobre os temas de in-teresse do público e da loja, as-suntos ligados à paternidade e àmaternidade", afirma. E essa é asegunda vantagem de uma publi-cação customizada na opinião deChinan: prestar ao cliente o ser-viço da informação.

"Obviamente, os fabricantes deprodutos têm todo o interesse deaparecer em anúncios de destaquepara leitores dessa revista. Afinal,compõem o seu público-alvo semdispersão. Esse é o terceiro ganho,que vale também por um quarto:a rede estimula as vendas e, ao

Escolha um formato e umprojeto gráfico queexpresse a identidadeda loja e estimule aleitura. Uma rede desurfwear, por exemplo,não combina com umapublicação clássica;

Invista em conteúdos de interesse do seu cliente, incluindotemas externos à loja. Afinal, revista customizada não écatálogo;

Contrate correspondentes em cada região de atuação da redede lojas. É uma excelente forma de se aproximar do universode todos os clientes;

Mantenha uma periodicidade regular para que o cliente/leitorpossa criar expectativas positivas com a publicação;

Invista em interatividade para promover a participação doleitor e avaliação constante da publicação;

Anote reclamações apresentadas pelo cliente em relação apreço, produto e atendimento.

Fonte: Aberje

DICDICDICDICDICAS PAS PAS PAS PAS PARA FARA FARA FARA FARA FAZER SUAZER SUAZER SUAZER SUAZER SUA REVISTA REVISTA REVISTA REVISTA REVISTAAAAA

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mesmo tempo, financia a publi-cação por meio de seus fornece-dores", afirma o consultor daAberje.

evolução do catálogo

Foi para divulgar sua lista depreços para o segmento varejistaque a Kalunga criou uma das re-vistas customizadas mais conhe-cidas do Brasil, com uma tiragemde dar inveja a muitas publicaçõescomerciais: 250 mil exemplares,distribuídos gratuitamente paraclientes da marca – fabricantes, re-vendedores, lojistas e consumido-res de materiais escolares e pro-dutos para escritório e informáti-ca. Quinze anos depois, a revistaKalunga continua publicando sua

lista de preços, mas conquistoumuitos leitores com reportagensde interesse geral. "Temos leitoresfiéis, desde o início. Muitos delescolecionam a revista, separam asmatérias e até as encadernam anoa ano", afirma Manoel Dorneles,editor desde o primeiro número dapublicação.

Para o jornalista, a revista é ummeio bastante eficiente de divul-gação institucional da marca Ka-lunga. A empresa também já cons-tatou que, depois de consultar apublicação, muitas pessoas pro-curam as lojas da rede ou ligampara o canal de televendas paracomprar mercadorias. Todos osmeses, mais de 100 mil clientes quecompram rotineiramente na Ka-

lunga recebem a revista em casa,um banco de dados precioso paraas estratégias de fidelização damarca. Os outros 150 mil exem-plares são distribuídos nas lojas.Há novos planos para a publica-ção. "Nossa intenção é torná-lamais segmentada, conforme o pú-blico a que se destina. Assim, ha-veria uma edição para o varejo,outra para o corporativo, e assimpor diante", afirma Dorneles.

Há muitas marcas interessadasem anunciar nessas publicações.Tanto que a rede de móveis e aces-sórios para casa Tok&Stok estudaaumentar o espaço de sua publi-cação reservado aos anunciantes.Criada em 2005, a revista é anuale está em sua terceira edição. Em

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114 páginas, divididas em noveseções e cerca de 32 matérias, háentrevistas com arquitetos e de-signers, soluções para diferentesambientações, dicas para com-pras, além de matérias sobre meioambiente e cultura. "A revista sur-giu da necessidade de aliarmos adivulgação de nossos produtos eserviços com conteúdo editorialrico em informações de apoio aosclientes. A Tok&Stok sempre foifonte e referência de informaçõesque auxiliam as pessoas a encon-trarem alternativas inteligentes deorganização e adequação estéticados espaços da casa, escritório eáreas de lazer", explica o gerentecomercial da rede, Nilo Signorini.

Segundo o executivo, muitosclientes entram na loja para ad-quirir ambientes completos retra-tados nas fotos da revista. A últi-ma edição teve tiragem de 30 milexemplares, vendidos a R$ 9,90nas lojas da rede e na internet.Acompanha a revista um catálo-

go dos produtos da mar-ca, incluindo especificaçõestécnicas de cada item,como as medidas, nome dodesigner que assina a peça,cores e tipos de acabamen-tos disponíveis. Segundo odiretor comercial da rede,a tiragem tem aumentadoem 15% a cada edição."Por acreditar que a revis-ta é um material colecio-nável e por ser a continui-dade da loja dentro dacasa do cliente, aumenta-mos os pontos de conta-to com a marca e temoso retorno em fidelização

de nossos clientes habituais e no-vos", afirma Signorini.

sintonia com a marca

Revistas customizadas tambémajudam a fortalecer a identidade deuma marca. A rede Track&Field, es-pecializada em moda esportiva emoda praia, destaca o con-ceito de vida saudável emsua publicação trimestral, aTracks, criada em 2003.Além de divulgar a coleçãoda marca, a revista traz in-formações sobre esporte,saúde e qualidade de vida."Ela ajuda a estreitar o re-lacionamento da marcacom os clientes, que ficamsabendo em primeira mãode todas as novidades da

Track&Field e ainda podem realizaras compras através dos catálogosdisponíveis na revista. Aliás, essaé uma alternativa que tem dadobastante retorno", afirma AnaClaudia Moura, diretora comercialda empresa. A Tracks é distribuídagratuitamente nas lojas e direcio-nada para o mailing de clientes damarca. A rede prefere não revelara tiragem da publicação, mas adi-anta que a meta é aumentá-la em2008.

Quem está estreando sua pró-pria revista é a Mundo Verde, redede produtos naturais com 113 lo-jas franqueadas. A publicação serátrimestral, com tiragem de 20 milexemplares. No editorial da primei-ra edição, a executiva Isabel MariaAntunes Joffe, fundadora e atualdiretora de marketing da MundoVerde, afirma que os clientes darede não buscam apenas produtosmas um estilo de vida que a revis-ta pretende abordar com informa-ções sobre sustentabilidade, saú-de e bem-estar. "Escolhemos fazeruma diagramação ousada e alegreporque achamos que essa é a cara

A REVISTA da Tok&Stok traz

entrevistas com arquitetos e

designers, dicas de compras

e soluções de decoração

COM TIRAGEM de 20 mil

exemplares, a revista da

Mundo Verde aposta no

conteúdo relacionado ao

estilo de vida dos clientes

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da Mundo Verde e do seu públi-co", afirma Gustavo Negrini, idea-lizador da revista e diretor daAgência E3.

leitores fidelizados

Uma boa revista customizadaé aquela que o cliente faz questãode levar para casa. O varejista JoséOscar Constantino, diretor execu-tivo da rede Oscar Calçados, con-ta que a revista Oscar FashionShoes é disputada até o últimonúmero nos pontos de venda. "Éo nosso melhor meio de comuni-cação e fidelização", afirma o lo-jista. Uma pesquisa despretensio-sa no site de buscas Google mos-tra que Constantino tem razão.Num fórum virtual de fãs da can-tora Sandy, capa de uma das últi-mas edições da publicação, umacliente da Oscar Calçados contaentusiasmada que recebeu a revis-

ta em casa. Os colegas se interes-sam em ir às lojas para ver e pe-gar um exemplar da revista. Compublicação trimestral, a OscarFashion tem tiragem de 70 milexemplares nas edições de março,junho e setembro e 100 mil exem-plares na edição de novembro.

Para alcançar seus objetivos,uma revista customizada deve teralto padrão de qualidade editorial.Para isso, é preciso seguir algumasnormas básicas. Primeira regra: terreportagens bem apuradas e bemescritas. "Isso significa ter matéri-as com foco em serviço real e de-sinteressado aos leitores – e nãode promoção explícita de produ-tos", orienta Luiz Chinan. Outradica importante, segundo o con-sultor da Aberje, é usar fotografi-as jornalísticas, "e não somentepublicitárias, como aquelas debancos de imagens". Para comple-

tar, Chinan recomenda uma dia-gramação que estimule a leitura,uma periodicidade regular e, porfim, mecanismos de interação quepermitam a participação do públi-co e a avaliação constante do ve-ículo. Se tiver dúvida, pergunte aoleitor. Aliás, estimular a interati-vidade é um bom caminho paraaumentar o potencial de fideliza-ção da revista.

CONTATO

Aberje(11) 3662-3990Kalunga(11) 3346-9966Track&Field(11) 3048-1238Tok&Stok0800 7010161Oscar Calçados(12) 3942-5355Mundo Verde(24) 2237-2528

DORNELES: “Temos leitores fiéis que colecionam a revista da Kalunga, separam as matérias e até as encadernam ano a ano”

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joGGGGGESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO

Contratar empresas especializadas para assumir a gestão de Recursos Humanos

é uma estratégia que vem ganhando espaço entre os varejistas, que podem se

concentrar em outros aspectos administrativos e reduzir seus custos operacionais

de terceirosPessoal nas mãos

por andréa da luz fo tos casa da photo

ma pesquisa feita pela

Associação Brasileira

dos Provedores de Out-

sourcing de Recursos

Humanos (ABPO-RH)

– entidade que reúne as 15 prin-

cipais fornecedoras desses servi-

ços no País – revela que 11,4%

de empresas ligadas ao comércio

optaram por terceirizar atividades

dessa área. E a tendência é que o

índice aumente, visto que as áreas

de RH estão cada vez mais foca-

das na retenção e desenvolvimen-

to de talentos e em estratégias que

tragam retorno aos negócios e

menos na execução de rotinas ope-

racionais.

A confirmação está nos resul-

tados da pesquisa, onde 70,5%

das 200 grandes e médias empre-

sas ouvidas disseram que buscam

a ferramenta para reduzir custos,

55,4% querem melhores práticas

de gestão e 35,4% mais tempo

para os negócios. Os processos

ude recrutamento e seleção e de fo-

lha de pagamento são os mais ter-

ceirizados por serem bastante ope-

racionais e demorados. Já os mais

difíceis de terceirizar são os que en-

volvem gestão (do capital intelec-

tual ou de remuneração variável,

por exemplo), porque sua respon-

sabilidade é de cada área e não do

RH.

foco no negócio

De acordo com o diretor execu-

tivo da Datasul HCM (Human Ca-

pital Management), Célio Luiz Val-

canaia, a principal vantagem para

o varejista é manter o foco no seu

negócio sem se preocupar com

processos de RH. "A segunda van-

tagem é o custo: em vez de você

ter uma equipe interna e manter

servidores e sistemas, passa a ter

um custo proporcional ao núme-

ro de funcionários, na terceiriza-

ção", aponta.

Nas Lojas Colombo, a terceiri-

zação começou há cerca de um

ano e meio na área de desenvolvi-

mento de pessoas, envolvendo os

6,1 mil funcionários em 340 lojas

e três centros de distribuição nos

estados do Rio Grande do Sul, San-

ta Catarina, Paraná, São Paulo e

Minas Gerais. "Entendemos que o

desenvolvimento do nosso capi-

tal humano pode gerar resultados

para a empresa e essa ferramenta

é um catalisador", diz o diretor de

RH, Rogério Souto.

A formação e a capacitação

obedecem ao cronograma anual

da universidade corporativa da

empresa. "Desenvolvemos os tó-

picos e a consultoria monta o pro-

grama. Com isso o processo fica

muito mais rápido e não é preciso

deslocar pessoas do RH para essa

função", explica Souto. As equi-

pes internas foram ajustadas para

trabalhar com gestão de resulta-

dos, que é o foco do setor, e o

número de horas de capacitação

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joGGGGGESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO

dos colaboradores em todas

as unidades dobrou. "Como

as provedoras de outsour-

cing de RH estão sempre in-

vestindo no desenvolvimen-

to e atualização de seus con-

sultores, a qualidade dos pro-

jetos melhorou e o custo bai-

xou", revela Souto.

Outra vantagem, segun-

do o diretor, é a agilidade.

Com a matriz sediada em Far-

roupilha (RS), a mobilidade

para fazer treinamentos na-

cionais era mais restrita.

Agora, é possível trabalhar

com consultorias regionais

que são muito mais próxi-

mas das lojas e acabam sen-

do mais eficazes. Por fim, a

terceirização do processo

permite ter gente qualifica-

da internamente para assu-

mir novos postos de gestão

em curtíssimo prazo, diminuindo

a captação no mercado e a rota-

tividade.

"Conseguimos reter nosso

pessoal porque oferecemos pro-

jeto de remuneração competitivo,

bom relacionamento e perspecti-

va de carreira, dentro da nossa fi-

losofia de gestão de pessoas",

afirma Souto. Indicadores de

gestão medidos após a apli-

cação do programa mostram

a efetividade do parceiro: cres-

cimento da equipe, melhoria

no atendimento, aumento no

volume de vendas e percen-

tual de conversão. "Os resul-

tados são rápidos: em 15 dias

já é possível observar as mu-

danças", diz o diretor de RH.

gestão de temporários

A Riachuelo optou pela

terceirização focada no recru-

tamento e seleção de tempo-

rários contratados durante as

festas de fim de ano. Nessa

época, o número de funcio-

nários quase dobra: além dos

12,5 mil colaboradores efeti-

vos das 93 lojas, cerca de 10

mil temporários são contra-

tados. Segundo o coordenador de

Desenvolvimento Organizacional,

Gil Afeche Cohen, a matriz man-

tém uma equipe interna de RH

Opções de terceirização

Terceirização da tecnologia

empregada na área de recursos

humanos. Nesse modelo, o

cliente usa o sistema e a infra-

estrutura de banco de dados de

um fornecedor (softwares,

portal de RH, etc), mas continua

processando as informações

internamente.

A empresa faz a entrada dos

dados em um sistema e a

prestadora dos serviços faz

todo o processamento dessas

informações (cálculo de folha

de pagamento e de rescisões,

integração com a

contabilidade, etc).

SOUTO: “Como as provedoras de outsourcing

de RH investem no desenvolvimento e

atualização de seus consultores, a qualidade

dos projetos melhorou e o custo baixou”

ASP

Aplication Service Provider

BSP

Business Service Provider

BPOBusiness Process Outsourcing

Nesse sistema, funcionários

da prestadora contratada

fazem o serviço dentro da

empresa do cliente (entrega

de contracheques, arquivo de

dados, homologação de

documentos, etc).

Conheça as características das modalidades mais populares de outsourcing

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para contratação de efetivos, mas

nas lojas o processo já ocorre

através de terceirizadas, na

maioria das vezes. "Temos três

parceiros já definidos e o gerente

da loja escolhe com qual deles vai

trabalhar na seleção de temporá-

rios", explica Cohen. De posse do

perfil requerido, as contratadas

recrutam e selecionam os interes-

sados e encaminham os finalistas

para os gerentes das lojas entre-

vistarem. A partir daí, a decisão

é interna.

Mas nem sempre foi assim. Até

2006, era comum deslocar super-

visores da área de vendas das lo-

jas para realizar as entrevistas

com os candidatos. O desfalque

no atendimento levou às mudan-

ças. "Mesmo que seja mais caro

pagar por esse serviço do que

fazê-lo internamente, em 2007

optamos por terceirizar todo o

volume de contratações de fim de

ano evitando que as pessoas pa-

rem de se dedicar ao trabalho na

loja para fazer a seleção", afirma

Cohen. Embora os custos não

sejam vantajosos nesse caso, o

know-how e o banco de dados

das contratadas permitem rápida

reposição no caso da necessida-

de de troca de funcionários. "Mas

o melhor mesmo é podermos fi-

car focados no nosso negócio, e

com esse argumento tivemos o

consenso da diretoria para não

tirar as pessoas de suas funções

para realizarem o processo sele-

tivo", diz o coordenador.

Na Levi Strauss do Brasil, a

opção foi contratar um provedor

para cuidar de rotinas de pessoal,

administração de benefícios, fo-

lha de pagamento, segurança do

trabalho e segurança patrimonial.

A empresa deixou de operaciona-

lizar essas tarefas em 1997, mas

manteve os processos de seleção,

treinamento e desenvolvimento e

remuneração dos 55 funcionári-

os e 10 estagiári-

os. Há um ano, a

loja firmou con-

trato de BPO (Bu-

siness Process

Outsourcing) por

dois anos com a

Propay, renováveis

automaticamente

por mais 12 meses

para rotinas de

pessoal, adminis-

tração de benefíci-

os e folha de paga-

mento. "Um funci-

onário da contra-

tada trabalha den-

tro da nossa em-

presa realizando

todos os trabalhos

pertinentes a essas

áreas", explica a

gestora de Recur-

sos Humanos, Ve-

rônica Almeida.

Com isso, a área de

RH aperfeiçoou os

serviços, reduziu o

número de colabo-

radores e baixou o

custo. Na opinião

de Verônica, a

maior vantagem é

a otimização dos

recursos.

impulso aos pequenos

Embora a terceirização de RH

seja mais comum em empresas mé-

dias e grandes, a tendência é que

conquiste cada vez mais lojas pe-

quenas e com poucos funcioná-

rios. De acordo com Célio Valca-

naia, da Datasul, é muito caro

VALCANAIA: “Muitos varejistas de pequeno porte têm o

hábito de querer controlar tudo e esse sentimento é um

dos principais inibidores da contratação dos provedores”

manter uma área interna de RH,

mas elas ainda não estão muito

convencidas disso. "Muitos ainda

têm o hábito de querer controlar

tudo e esse sentimento é um dos

principais inibidores das contrata-

ções dos provedores", afirma. Os

pequenos também hesitam em ter-

ceirizar porque acham que o ban-

co de dados fora da empresa não

é seguro. "Normalmente quando

as empresas pequenas optam por

terceirizar, o nível de segurança

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aumenta, e não diminui, porque

em geral elas não têm ambiente

contra fogo, roubo, invasão de

hackers, etc, o que um data center

de renome com certeza terá", diz

Valcanaia.

A estratégia dos provedores

de outsourcing para conquistar

o mercado de pequenas e médias

empresas é apostar na ampla di-

vulgação dos serviços. "Estamos

preparados para atender qual-

quer porte de empresa, mas o

mercado é novo, por isso tenta-

mos mostrar a diferença entre

fazer os serviços interna ou ex-

ternamente e suas vantagens",

diz o presidente da ABPO-RH,

Eduardo Quadrado.

"Com a terceirização, o custo

operacional passa a ser variável

(de acordo com o número de fun-

cionários), os riscos diminuem e

os gestores de RH podem focar

mais nos seus negócios", desta-

ca. Segundo o consultor, o mer-

cado cresce visivelmente nos seg-

mentos de concessionárias de veí-

culos, drogarias e grandes redes

lojistas. Mas ainda há muito para

crescer. "Nos EUA e Europa, de

38% a 45% das empresas tercei-

rizam RH, enquanto no Brasil esse

índice fica entre 4% e 4,5%. Que-

remos chegar em 2010 com 15%

desse mercado", revela.

CONTATO

Datasul0800 7043442

ABPO-RH(11) 3129-7107

Lojas Colombo(54) 3268-8250

Levi Strauss do Brasil0800 551501

Lojas Riachuelo(11) 6281-2100

QUADRADO: “Nos Estados Unidos e na Europa, de 38% a 45% das empresas

terceirizam a área de Recursos Humanos, enquanto no Brasil esse índice

fica entre 4% e 4,5%. Queremos chegar em 2010 com 15% desse mercado”

Como escolher

um bom provedor

Alguns cuidados são necessários na hora de escolher um bom

provedor de outsourcing de RH. Conforme Valcanaia, é preciso

lembrar que o banco de dados vai estar fora da empresa, então

o escolhido tem que ter um centro de dados confiável, com

garantia de disponibilidade e de espelhamento (duplicação da

base de dados), evitando que as informações se percam, por

exemplo, no caso de um incêndio.

Para o consultor Eduardo Quadrado, o varejista deve avaliar a

confiabilidade e o perfil do provedor, além de saber exatamente

quais serviços quer terceirizar e qual o nível de rapidez de

resposta dos serviços (por exemplo, quanto tempo leva entre a

entrega dos documentos e a contratação efetiva de um novo

funcionário).

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por cami la s tähe l in fo tos casa da photo

Vendendoorganização

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jocrescimento no merca-

do imobiliário brasileiro

na década de 1990 in-

centivou a companhia

costa-riquenha Hoggan

International a investir no País e cri-

ar, em 1998, a Mr. Closet, loja es-

pecializada em organização de es-

paços. A marca oferece soluções

para armários, closets, home offi-

ce, home theater e áreas de servi-

ços, além de dispor de opções de

acessórios e acabamentos para de-

Com dois formatos de

franquia, a Mr. Closet busca

parceiros para ampliar

sua rede de lojas que

vendem soluções sob

medida para organizar

espaços internos

ocorar ambientes internos de resi-

dências. Com o objetivo de expan-

dir sua área de atuação, há dois

anos a empresa optou pelo siste-

ma de franchising.

"A franquia é uma forma mais

organizada de se fazer negócio, já

que existe um compromisso entre

franqueador e franqueado, além de

ser um meio mais seguro para quem

quer começar um negócio próprio,

sem ter que testar novos produtos

e negócios", afirma o fundador da

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jo

empresa, Ronny Kleiman.

Para aqueles que tive-

rem interesse em se tor-

nar um franqueado da

rede, há dois tipos de ne-

gócios, com investimen-

to que variam entre R$

150 mil e R$ 350 mil. A

primeira opção é a fran-

quia, sugerida para cida-

des com população aci-

ma de 500 mil habitan-

tes. Nela, o franqueado

disponibiliza um show-

room com todos os pro-

dutos comercializados,

oferecendo ao cliente

uma idéia completa do

que a Mr. Closet oferece.

Neste formato, só po-

dem ser vendidos produ-

tos da marca.

A segunda opção é a

franquia compacta, des-

tinada para cidades menores ou

espaços pequenos. Neste caso, o

franqueador oferece um mini-

showroom com os principais pro-

dutos e acabamentos disponíveis

para o consumidor ter uma idéia

de como seu ambiente poderá ser

organizado. Esta alternativa permi-

te ao franqueado trabalhar com

outras empresas do ramo de deco-

ração, desde que não sejam do mes-

mo segmento em que a Mr. Closet

atua. Além disso, também propor-

ciona a oportunidade de comerci-

alizar diversos tipos de produtos

para casa ou escritório.

escolhidos a dedo

Há um processo de se-

leção dos franqueados atra-

vés de uma série de entre-

vistas e testes. "Achamos

interessante selecionar pes-

soas que tenham um perfil

empreendedor e que quei-

ram se dedicar integralmente

ao negócio", destaca o pre-

sidente da empresa. São re-

alizadas visitas às cidades

dos candidatos e os interes-

sados vão até às lojas e fá-

bricas. "Ajudamos o fran-

queado a encontrar qual o

ponto certo para ele mon-

tar a loja na sua cidade, fa-

zemos o projeto do espa-

ço, além de treinarmos toda

a equipe de funcionários",

diz Kleiman.

Para atrair franqueados

e clientes finais, a marca oferece uma

série de atrativos. Entre eles, um sof-

tware que permite a personalização

em 3D dos projetos e um "Serviço

de Organização de Espaço Persona-

lizado" nas lojas. Através dele, o ar-

mário é arrumado de acordo com o

estilo de vida de cada cliente como,

PERFIL DO NEGÓCIO

Fundação: 1998

Início do franchising: 2005

Lojas franqueadas: 7

Unidades próprias: 1

Investimento inicial: R$ 150 mil a R$350 mil (incluindo taxa defranquia)

Prazo de retorno do investimento: 24 a 36meses

Funcionários por unidade: 6 (em média)

Tamanho médio das lojas: 150 a 300 m²

Royalties: 5% sobre as compras

Fundo de promoção: 5% sobre ascompras

Prazo de contrato: 5 anos

Negócio: loja especializada emorganização de espaços comclosets e armários em geral

KLEIMAN, proprietário da marca, destaca o cuidadoso

processo de seleção dos franqueados, que inclui testes

e entrevistas, além de visitas a outras lojas e à fábrica

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Divulgação

CONTATO

Mr. Closet

www.mrcloset.com

Cristina Guimarães

(61) 3234-9622

por exemplo, os tipos de roupas

mais usadas e que, provavelmente,

ficarão mais à vista, cabides especí-

ficos e caixas organizadoras para de-

terminados tipos de roupas e aces-

sórios. O serviço é gratuito para

projetos com valor superior a R$ 10

mil. Em caso de mudança de endere-

ço, é possível levar o closet ou o

armário com uma nova adaptação

e sem custo adicional, dentro do

mesmo município. Para outros es-

tados, é cobrada uma taxa de trans-

porte e instalação.

Atualmente, a empresa possui

sete franquias e uma loja matriz com

a sua bandeira, além de duas unida-

des fabris, localizadas em São Pau-

lo. "Estamos investindo nas princi-

pais capitais brasileiras e em cida-

des com mais de 400 mil habitan-

tes, focando nos públicos das clas-

ses A e B", destaca Kleiman.

suporte essencial

Cristina Guimarães é franquea-

da responsável pela unidade de Bra-

sília, aberta há pouco mais de qua-

tro meses no Casa Park, um shop-

ping voltado para artigos de casa e

decoração. A empresária conta que

queria montar uma franquia e, de-

pois de uma longa pesquisa pela in-

ternet, encontrou a Mr. Closet, ti-

nha o dinheiro necessário, optou

pelo formato franquia e investiu.

"Antes tive uma loja no ramo de en-

tretenimento, através de uma licen-

ça de uso, mas não deu certo, du-

rou pouco tempo. Daí, então, optei

por encontrar algo no sistema de

franquia pelo negócio já vir pronto,

o risco ser menor e ter uma equipe

para dar suporte", afirma.

Todo o processo, desde o pri-

meiro contato, escolha do ponto-

de-venda, recrutamento e treina-

mento de funcionários, estudo de

mercado e abertura da loja, durou

um ano. O pessoal, formado por

quatro arquitetas, dois instalado-

res e um supervisor, foi treinado em

São Paulo, com exceção dos insta-

ladores cujo treinamento foi feito

montando o próprio showroom de

Brasília.

A franqueada afirma que uma

das maiores preocupações que tinha

era em relação à entrega dos pro-

dutos no prazo. "Mas, até agora,

todos foram entregues dentro do

tempo esperado. Além disso, a mon-

tagem é feita sem qualquer sujeira,

seja de serragem ou de outros resí-

duos. Isso me dá um retorno do

produto muito bom quanto à ins-

talação", destaca Cristina.

Pelo pouco tempo de existência,

a franquia de Brasília está surpre-

endendo positivamente a empresá-

ria. "Vendemos muito mais do que

o esperado. A receptividade do cli-

ente tem sido muito boa." Outro

ponto que merece destaque para ela

é a relação bastante flexível entre

franqueador e franqueado. "Nós

possuímos um diálogo aberto e

franco. Fazemos sugestões e, quan-

do possível, eles colocam em práti-

ca. Nos falamos diariamente via

Skype. Não tenho o que reclamar.

Acho que fiz a escolha certa."

UM DOS

diferenciais da

Mr. Closet é o

serviço que

simula no

computador

como ficará a

instalação na

casa do cliente

Page 45: Revista do Varejo 45

An Habibs GUIA FRANQUIA 230X315.indd 1 12/17/07 3:37:32 PM

Page 46: Revista do Varejo 45

PPPPPROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJA

46 Janeiro 2008

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NO TÉRREO, um tapete

estreito sobre o chão de

concreto raspado guia o

cliente através da loja

PPPPPROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJA

Page 47: Revista do Varejo 45

472008 Janeiro

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jo

por pau la arend fo tos casa da photo

a

Misturando uma ambientação contemporânea com elementos que remetem à

tradicional feira de antiguidades que acontece na praça em frente à loja, a Babel

cria uma atmosfera intimista para vender roupas masculinas de diversas marcas

Modernidade emtons clássicos

Praça Benedito Calixto,

em São Paulo, é famosa

pela sua feira de antigui-

dades que acontece to-

dos os sábados, impre-

terivelmente, faça chuva ou faça

sol. O evento é marcado pelo mul-

ticulturalismo tanto das pessoas

que freqüentam o local como

dos produtos vendidos nas

barraquinhas. Mas desde o fi-

nal de setembro, dia 24 espe-

cificamente, existe um moti-

vo para ir à praça também na

segunda-feira, terça-feira,

quarta-feira, enfim, durante a

semana. Trata-se da Babel,

nova aposta dos empresári-

os Samuel Duek e Marcos

Sancovsky, focada no públi-

co masculino.

No dicionário, Babel, en-

tre outras explicações, signi-

fica mistura de línguas e reu-

nião de diversos elementos,

que podem ser usados tam-

bém para explicar tanto o

projeto de arquitetura como

o conceito do estabelecimento.

Além do fato de se tratar de uma

multimarcas, que inclui mais de 20

grifes, entre elas Seven for All

Mankind, Fórum (alfaiataria), Ale-

xandre Herchcovitch, Vans, Adi-

das, Lorenzo Merlino, Energie, a

apresentação desses produtos é

feita por meio de uma mistura de

elementos contemporâneos e clás-

sicos.

De acordo com Samuel Duek, a

proposta da loja é voltada para o

homem moderno, que representa

um nicho em crescimento, mas ain-

da carente de opções no Brasil. E

a Benedito Calixto foi esco-

lhida em razão da relação

positiva entre custo e bene-

fício. Entre eles, o fato de ser

um ponto turístico nos fins

de semana, apresentar uma

boa localização – próxima

dos principais shoppings da

capital paulista e também da

sofisticada região dos Jardins

–, usufruir do clima de tran-

qüilidade da praça mais va-

zia durante a semana e ain-

da não ser um ponto comer-

cial com custo tão caro como

OS DESENHOS do artista italiano

René Gruau influenciaram o estilo

da Babel e decoram as paredes da

área de vendas

Page 48: Revista do Varejo 45

PPPPPROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJA

48 Janeiro 2008

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jo

no citado Jardins.

"A idéia é que a loja fosse uma

mistura de tudo. O clássico e o

moderno. O barato (que nem é

tão barato) e o caro. Tudo bus-

cando um meio termo que agra-

dasse várias tribos", explica o em-

presário, que também foi respon-

sável pelo desenvolvimento do vi-

sual da loja. "Chamamos alguns

profissionais, como eletricista e

pedreiro, para resolver algumas

questões, mas, de modo geral, fo-

mos construindo aos poucos o

projeto", conta Duek.

clima nova-iorquino

Antes do empreendimento de

Samuel Duek e Marcos Sancovsky

(também dono da Benedixt, loja de

decoração e peças de design que

tem, inclusive, uma unidade ao

lado da Babel), o número 79 da

Benedito Calixto, em Pinheiro, já

abrigou, entre outras coisas, ba-

zares que só abriam nos sábados.

Para incorporar o perfil de loft e

das lojas da região nova-iorquina

do Soho, a construção deixou de

ser um ambiente de dois pavimen-

tos para ganhar uma área com pé-

direito duplo – com sete metros

aproximadamente – e um mezani-

no de cerca de 60 m².

A fachada estreita, aliás, disfar-

ça a amplitude e a profundidade

do interior da loja. E o objetivo pa-

rece ter sido esse mesmo. Duek con-

ta que se inspirou nas lojas mais

antigas do centro paulistano, com

vários produtos expostos em pe-

quenas vitrines, mas também nos

bistrôs franceses para decidir por

uma porta central com um toldo

e duas vitrines paralelas e criar

uma atmosfera mais intimista. "Em

um primeiro momento, pode pa-

recer que prejudica, mas não", ex-

plica. "Uma loja não precisa ser

uma fachada teatral", diz.

A decisão pelo azul na facha-

da é quase óbvia, uma vez que se

trata de lugar que agrega todos os

elementos de um verdadeiro Clu-

be do Bolinha – entre eles mesa de

bilhar, cadeira do barbeiro, bar&

café. A justificativa de Samuel

NA ENTRADA, os expositores laterais funcionam como uma extensão das vitrines, alternando itens clássicos e modernos

Page 49: Revista do Varejo 45

492008 Janeiro

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AAAAA LLLLLOJAOJAOJAOJAOJA

Local: São Paulo (SP)

Data do projeto: setembro de 2007

Tempo de execução: 120 dias

Área construída: 200 m2

Piso: madeira, concreto

Laje/cobertura: gesso, concreto e telhas

Paredes: pintura, estrutura da obra (tijolos)

Iluminação: dicróica, lâmpadas brancas (provadores) eamarelas (spots)

Mobiliário: modulados e peças restauradas

Duek é de que o tom escolhido é

bastante clássico e masculino.

Diante do pouco espaço, as vi-

trines "entram" na loja, em exposi-

tores laterais, divididos por estilos

– sendo um com itens mais clássi-

cos e outro com produtos mais

modernos. Tal espaço é bastante

destacado do restante da loja, pois

fica na área de pé-direito duplo e

ganha um reforço significativo da

luz natural que entra por meio de

uma imensa janela de vidro na par-

te superior da fachada – equiva-

lente ao espaço do segundo pavi-

mento. Há também uma abertura

lateral, além da própria porta e das

vitrines.

No expositor do lado esquerdo,

a parede é revestida por uma imen-

sa cortina de veludo alemão cinza,

que está presa em um cabo de aço

fixado próximo da cobertura. Foi a

solução mais prática encontrada

para esconder a caixa de luz e ou-

tras tubulações que ocupavam

aquela parede, conta o empresário.

visualização integral

A largura estreita da constru-

ção, segundo Duek, também não

chegou a ser um empecilho na

apresentação interna dos produ-

tos. O fato de ser uma loja bas-

tante comprida permitiu que os

itens pudessem ser distribuídos em

uma seqüência, além de garantir

uma visualização praticamente in-

tegral do que a Babel oferece. Em

prateleiras relativamente simples,

modulados que mantêm o mesmo

padrão em toda a loja, a disposi-

ção começa com acessórios e rou-

pas mais casuais no térreo, com

os artigos mais sofisticados no

mezanino.

O revestimento do piso, a co-

bertura e a decoração das paredes

Page 50: Revista do Varejo 45

PPPPPROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJAROJETO DE LOJA

50 Janeiro 2008

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também mudam entre um ambien-

te e outro. No térreo, o chão é de

concreto raspado e tem um tapete

estreito que guia o cliente ao lon-

go da loja, até os provadores, além

de dividir a loja. A metade posteri-

or está em um nível superior – que

além da identificação pelo tapete

também é identificada por uma viga

vermelha. Essa mudança de "pata-

mar" também é marcada pela loca-

lização do caixa, instalado sob a

escada de ferro preta que leva ao

mezanino na lateral esquerda.

Antes desses degraus, porém,

um sofá forrado com jeans listra-

do tem como fundo desenhos de

René Gruau – artista, aliás, que

também influenciou o conceito da

Babel e tem como fã o próprio

Duek. Pouco conhecido do públi-

co em geral, esse pintor e desenhis-

ta italiano – mas que se mudou

para Paris com menos de 20 anos

de idade – foi responsável por pe-

ças publicitárias de nomes como

XXXXXXS, xxxxxxxxxxx

EXPOSITORES

modulados (acima)

contrastam com as

peças restauradas

do mobiliário

Page 51: Revista do Varejo 45
Page 52: Revista do Varejo 45

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Dior, Balenciaga e Givenchy desdea década de 1940. O ilustrador tor-nou-se símbolo de publicidade ele-gante e cheia de glamour.

E elegância e glamour não fal-tam na Babel. Mesmo depois de re-velados alguns "truques". O char-moso mobiliário, por exemplo, nãoconsiderando os expositores mo-dulados, foi todo restaurado. E otecido dos estofados veio da po-pular Rua 25 de Março, no Centrode São Paulo. "É tudo uma ques-tão de combinação e acabamento",explica Samuel Duek. E, claro, bomgosto e olho para perceber e co-nhecer qualidade no meio de tantavariedade, além de saber misturaradequadamente o antigo e o novo.

No final do caminho feito pelocarpete, estão dois provadores. As

NO MEZANINO, um ambiente

especial combina mesa de sinuca

(acima) com uma antiga cadeira

de barbeiro (abaixo), além dos

serviços de engraxate e alfaiate

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532008 Janeiro

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O empresário trabalha com moda desde os 18anos, tendo morado na Europa e realizado cursosrelacionados ao assunto em Milão e Florença,além de aulas de desenho na Escola Pan Ameri-cana em São Paulo e vários cursos livres. Traba-lhou na coordenação de estilo Triton e tambémna Fórum – marca que tem como nome à frente oirmão de Samuel, Tufi Duek.

CONTATO

Babel

(11) 3063-4444

O IDEALIZADORO IDEALIZADORO IDEALIZADORO IDEALIZADORO IDEALIZADOR

cortinas xadrez e a cadeira antiganovamente contrastam com umaluminária contemporânea e que aju-da a deixar uma luz difusa dentrodo provador. Uma porta próximadali leva ao estoque e à área admi-nistrativa. A iluminação no espa-ço do térreo é feita basicamentepor um trilho de spots com luzamarela direcionada, que está pre-so nas vigas de madeira pintadasde preto da laje que dá suporte aopiso do mezanino.

galpão “vip”

O segundo pavimento é ondeestão reunidos os elementos maismasculinos e que não são roupas.Sobre um chão de madeira lixada,uma mesa de bilhar divide o espa-ço com os modulados de madeiraescura, uma cadeira de barbeiro eoutro provador igual aos do pisotérreo. Neste espaço, além do tri-lho com spots, luminárias refor-çam a iluminação principalmentesobre a mesa de bilhar e a cadeirado barbeiro. Mas há também aajuda de uma janela posterior e daabertura de vidro frontal – que ficasob a fachada.

Nas paredes cinzas, mesma corusada no térreo, fotografias em pre-to e branco de ícones do cinemamasculino, entre eles James Dean,

dividem o espaço com os tacos desinuca. Diferente do gesso que re-veste a laje do pé-direito duplo oua das vigas pretas sob o próprio me-zanino, esta área tem a coberturaaparente, apenas com as telhas evigas pintadas de branco. Trata-senovamente do jogo de viés chique edespojado ao mesmo tempo: a at-mosfera de galpão criado pelo chãode madeira lixada e a cobertura apa-rente combinada com os produtosmais sofisticados da loja.

De acordo com Samuel Duek, omezanino "é quase um espaçoVIP", que permite ao cliente umaprivacidade maior na hora de es-colher as roupas e os acessórios,além de abrir a possibilidade de queseja fechado por alguma ocasiãoespecial. É também nesse espaçoque está o ateliê do alfaiate e osmateriais do en-graxate – tudopara mimar o ho-mem urbano quea Babel buscaatender. Mimosque não terminampor aí. Há aindauma espécie de"sacada" internaformada pelo me-zanino onde está atabacaria, o bar e

o café, completando um mix deconvivência e pool de serviços.Tudo para que os homens se sin-tam exclusivos.

Trata-se de mais do que umponto-de-vendas. É quase um lo-cal para amigos se encontrarem.E enquanto renovam o guarda-roupa, apreciam um bom uísqueou um bom charuto, aproveitampara fazer a barba ou jogar umpouco de bilhar. "Pelo retorno dosclientes, parece que acertamos",observa Samuel Duek, referindo-se ao difícil equilíbrio entre umambiente masculino e sofisticado,sem que ficasse ostensivo, porexemplo.

Page 54: Revista do Varejo 45

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joBBBBBANHO DE LOJAANHO DE LOJAANHO DE LOJAANHO DE LOJAANHO DE LOJA

KÁTIA BELLOArquiteta e sócia-diretorada Opus Designkat [email protected]

Zona de

confortoExperimente unir as suas mãos entrelaçan-

do os dedos. Agora descruze. Repita a ação.

Agora tente unir novamente as mãos alterando

a ordem dos dedos. Não parece que na primeira

posição era mais confortável?

Muito provavelmente você já ouviu a expres-

são “sair da zona de conforto” para ilustrar que

muitas vezes, sem perceber, repetimos as mes-

mas ações que se tornam hábitos. Sem falar que

ficamos sempre fazendo apenas aquilo que sa-

bemos ou estamos acostumados, pois isso nos

traz aparente segurança e conforto.

Zona de conforto para lojas não se refere a

um lugar com sofá e cafezinho para o cliente,

muito menos uma área da cidade onde seja con-

fortável chegar. Uma loja na zona de con-

forto é aquela onde você chega e o dono

lhe diz: em time que está ganhando não

se mexe. O raciocínio é que se achou uma

formatação que se julga ideal e se perma-

nece igual por muito tempo.

A variável tempo é extremamente im-

portante, pois a formatação que era ideal para

uma loja no passado agora pode não ser mais. O

tempo entre uma reforma e outra tem diminuído

drasticamente. Antigamente, falávamos que o

ciclo era de 10 anos, hoje falamos em quatro ou

cinco como referência. Porém, de acordo com o

segmento e as alterações do mercado, este tem-

po pode variar.

Agora, por exemplo, estamos reformando

um hipermercado de 8 mil metros quadrados

que foi reformado há apenas três anos. Só que a

conjuntura em torno dele mudou de tal forma

que se faz necessário este investimento em re-

forma em um curto espaço de tempo. Os concor-

rentes mudam, os consumidores mudam, os de-

“Inovar muitas vezes causaarrepio em administradores,pois a primeira coisa quelhes vem à cabeça é custo”

sejos de consumo também. A loja tem que mu-

dar, e cada vez mais rápido.

Lojas que não mudam correm o risco de de-

saparecer. Varejo é movimento constante, e quem

não acompanha a velocidade fica para trás. E

como é triste ver uma loja que perdeu o compas-

so do tempo.

Mudar significa sair da zona de conforto e

rumar para o novo. Inovar muitas vezes causa

arrepio em administradores, pois a primeira coi-

sa que lhes vem à cabeça é custo. Aqui, há de se

entender a diferença entre gasto e investimento.

Para mudar é necessário planejamento e

conhecimento. Quanto mais informações você

tiver, melhor será o resultado. Uma reforma bem-

feita pode aumentar seu faturamento por metro

quadrado. Neste caso o dinheiro investido terá

sido um investimento, e não um gasto, pois retor-

nará por meio do próprio incremento de vendas.

Sempre que um ano se inicia as pessoas

falam em mudanças, mas nem sempre as efeti-

vam. O novo muitas vezes assusta porque é des-

conhecido. Mas, às vezes, ficar parado pode ser

mais perigoso do que seguir adiante. Para se-

guir adiante é preciso lembrar de uma palavra

que não é sinônimo de ausência de medo, e sim

de conseguir agir mesmo com dúvidas ou me-

dos. Esta palavra é o que eu desejo a você agora:

CORAGEM. Em 2008 mexa-se! Não deixe sua

loja ou empresa na zona de conforto!

Page 55: Revista do Varejo 45

692006 Maio

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Page 56: Revista do Varejo 45

PPPPPEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEIS

70 Maio 2007

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Page 57: Revista do Varejo 45

FFFFFAZENDO MELHORAZENDO MELHORAZENDO MELHORAZENDO MELHORAZENDO MELHOR

572008 Janeiro

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jo

Uma loja é o reflexo do perfil de quem a

dirige. Acaba prevalecendo o jeito que o líder

se comporta diante do trabalho e da sua equi-

pe. Se o cabeça nivela por baixo, os demais

colaboradores dançam conforme a música.

O líder influi diretamente em 70% no cli-

ma organizacional do ambiente, determinan-

do a produtividade e os resultados do ponto-

de-venda. A ação do líder tem extraordinária

importância na qualidade do trabalho. Aquilo

com que ele mais se preocupa e cobra é o que

acaba acontecendo.

Há grande diferença entre "cuidar" e "ad-

ministrar” uma loja. Quem cuida abre, fecha,

evita roubos, cumpre determinação da

central e segue o regulamento da or-

ganização. Avesso a mudanças, man-

tém tudo como encontrou. Ninguém

pode taxá-lo de incompetente, porque

não é. Mas como desenvolver pessoas

e cobrar desempenho não é sua obri-

gação, a equipe estaciona no mesmo nível de

aprendizado.

Profissionais empreendedores que adoram

aprender sempre não conseguem ficar muito

tempo ao lado de um “cuidador de loja”. Caso

não consigam transferência para ambientes

desafiadores, demitem-se. Não da empresa,

mas do "gerente cuidador". Com ele ficam os

cuidadores padrões que detestam inovação e

se contentam com um rendimento medíocre.

Pensam e agem pequeno.

Enquanto que o gerente com capacidade

de liderança gerencia de fato e de direito. Colo-

ca todos para dançar. E dança junto também.

Empenhado em pôr a loja na rota do cresci-

Liderança

“Profissionais que adoramaprender sempre nãoficam muito tempo ao ladode um ‘cuidador de loja’”

é tudo

MOACIR MOURA

Palestrante, consultor de varejo,especialista em gestão emotivação de pessoasmoacirmoura@ter ra.com.br

mento, inspira todos a vencerem desafios di-

ários. Mais antenado com o mercado, estabe-

lece um ritmo diferente de trabalho. Promove

esforços conjuntos para melhorar o padrão da

loja em organização, ambientação, vendas e

resultados. Não se contenta com pouco.

Rédeas na mão. Nada de barco à deriva.

Ambiente inspirador, positivo, bom para com-

prar e excelente para se trabalhar. Jogo aber-

to, transparência, disponibilidade para ouvir

as pessoas, todos jogando o jogo da confiança.

Prontos para vencer desafios. Faz o show.

A sala do gerente deve ser ampla, abran-

gendo todo o salão de venda. Mesmo com

boa performance, o gerente deve buscar um

desempenho ainda melhor. Incentivar vendas

adicionais, incluir itens e acrescentar valor, a

fim de aproveitar melhor o potencial de cada

cliente.

Além da habilidade para vender produtos,

estimula a equipe a entender o que mais

motiva a compra dos clientes, para ajustar a

argumentação dos vendedores. Qualidade,

marca, atendimento, serviços, confiança e pós-

venda. Preço, embora seja decisivo, não é mais

importante do que esses fatores. Satisfeitos

seus anseios, desejos e sonhos, os clientes

colocam o preço em segundo lugar. Relaciona-

mento é fundamental também.

Page 58: Revista do Varejo 45

Como lidar com objeções

TTTTTESTE FRIEDMANESTE FRIEDMANESTE FRIEDMANESTE FRIEDMANESTE FRIEDMAN

O senhor e a senhora "Volto já" já visitaram sua loja? Vocêse lembra deles. Eles gostaram da mercadoria que você de-monstrou e disseram que "voltariam depois". Eles vão voltar(com certeza), assim como o senhor. "Vou dar uma olhadapor aí." Ele acha que você tem uma seleção maravilhosa deprodutos, mas ele precisa "dar uma volta por aí".

Algumas vezes a hesitação de um cliente em adquiriruma mercadoria é uma forma de adiar a tomada de decisão.Não é fácil para ninguém desfazer-se de seu próprio dinhei-ro. Por que, então, isso seria mais fácil para seus clientes?Quem nunca ouviu a frase "está muito caro" no dia-a-dia detrabalho no varejo?

Muitas vezes os clientes podem dar uma desculpa aodizer: "Eu quero ver outras lojas", ou "Eu quero pensar com

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jo

Janeiro 2008

aos preços?

mais calma", quando, na verdade, acham o preço daqueleitem muito alto. Nesse caso, você pode gastar o dia todotentando superar o "eu quero ver outras lojas" e, já que essenão é o problema real, você nunca vai fechar a venda. É porisso que é vital você trabalhar para descobrir a objeção real,e não simplesmente tomar ao pé da letra a afirmação docliente.

Lidar com objeções no varejo é rotineiro, principalmen-te quando se trata do preço de produtos e serviços. E sabercontornar esses questionamentos é fundamental para fe-char e salvar vendas. Que tal avaliar seus conhecimentosem objeção de preços? Responda às perguntas na página aolado e confira se você poderia agir melhor nestas situações.Boa sorte!

Page 59: Revista do Varejo 45

CONFIRA AS ALTERNATIVAS

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Fax: (21) 2156-8861

De 0 a 20 pontos:Para converter mais vendas, é funda-

mental que você saiba contornar mais efi-

cazmente as objeções de seus clientes.

Pratique e descubra a verdadeira razão de

seus clientes colocarem obstáculos à com-

pra. Para saber mais sobre como contor-

nar objeções, que tal conhecer as técnicas

de Harry Friedman no livro Não, obrigado,

estou só olhando? Ligue agora para 0800

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De 30 a 40 pontos:Você consegue lidar com as objeções mais

clássicas de seus clientes, mas é necessário

ter jogo de cintura para superar as situações

mais complicadas ou inesperadas. Portanto,

mãos à obra! Para ficar mais escolado no as-

sunto, que tal conhecer as técnicas de Harry

Friedman no livro Não, obrigado, estou só

olhando? Ligue agora para 0800 7044407

e garanta já o seu.

De 50 a 60 pontos:Parabéns! Com você no salão de vendas,

não há objeção que fique sem argumento

sólido de vendas. Continue assim! E para

aprender ainda mais sobre contorno de obje-

ções, que tal conhecer as técnicas de Harry

Friedman no livro Não, obrigado, estou só

olhando? Ligue agora para 0800 7044407

e garanta já o seu.

1) B; 2) B; 3) A; 4) A; 5) B e 6) A

CADA RESPOSTA CERTA VALE 20 PONTOS

1) Por que ocorrem objeções?a ( ) Porque nem sempre o cliente está disposto a comprar.b ( ) Porque o cliente não percebeu valor no produto ou confiança no atendimento.

2) Ter empatia junto aos clientes para contornar a objeção é:a ( ) Se tornar um verdadeiro advogado do cliente, mesmo que você tenha quediscordar dos interesses da loja.b ( ) Mostrar interesse e se colocar no lugar do cliente sem, entretanto, enfrentara loja.

3) Como uma sondagem bem-feita e as objeções se relacionam?a ( ) Sondagens bem elaboradas passam informações que permitem ao vendedortransmitir segurança ao cliente.b ( ) Com uma sondagem bem executada, você terá cer teza absoluta de que nãoocorrerão objeções.

4) Qual é a diferença entre objeções por valor e por orçamento?a ( ) A objeção por orçamento se refere a quanto o cliente pode pagar por cer toproduto. Já a objeção por valor ocorre quando o comprador não acha que o produtovale o preço cobrado.b ( ) A objeção por orçamento acontece quando o cliente não acha que o produtovale o preço cobrado. A objeção por valor ocorre quando o comprador não temcondições de pagar por certo produto.

5) Seu cliente reclamou do preço de seu produto. Como você lidaria com ele?a ( ) Ofereceria já as opções de parcelamento de minha loja.b ( ) Descobriria se a objeção é relativa ao preço ou orçamento, adotando aestratégia mais adequada para cada caso.

6) Você deve oferecer um produto mais barato:a ( ) Apenas após ter utilizado todos os seus argumentos de CVBA (características,vantagens, benefícios e atração) e oferecido condições de parcelamento ao seucliente.b ( ) Tão logo verificar que o cliente não poderá levar o produto original.

Calendário de seminários do Grupo Friedman

PTG – Programa de Treinamento de Gerentes

SÃO PAULO – 22 a 24 de janeiroRIO DE JANEIRO – 19 de fevereiro

PSL – Programa de Super visão de Lojas

SÃO PAULO – 26 a 28 de fevereiroSALVADOR – 4 a 6 de março

Page 60: Revista do Varejo 45

PPPPPEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEIS

60 Janeiro 2008

Rev

ista

do

Vare

joO espaço da micro e pequena empresa

Proprietários de micro e pequenas

empresas têm novo prazo para aderir ao

Simples Nacional: de 2 a 31 de janeiro

de 2008. Quem não entrar nesse período

terá que esperar para janeiro de 2009,

uma vez que as adesões são feitas cada

início de ano. A exceção é para empresas

novas, que podem ingressar no sistema

até dez dias após a efetivação do último

procedimento de registro da empresa.

O Simples Nacional é o novo sistema

de tributação das micro e pequenas em-

presas em vigor desde julho de 2007. Cri-

ado pela Lei Complementar 123/06, a Lei

Geral da Micro e Pequena Empresa, o sis-

tema unifica tributos federais, estaduais e

Empresas têm novo prazo paraaderir ao Simples Nacional

municipais: IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS,

INSS patronal, ICMS e ISS. Até novembro

de 2007, 2.797.064 empresas estavam

inscritas no regime.

Podem aderir ao Simples Nacional

empresas com receita bruta anual de até

R$ 2,4 milhões, desde que não estejam

entre as atividades vedadas. Quem tiver

débitos ou irregularidade cadastral terá

que resolver o problema também até 31

de janeiro, se não, fica de fora.

As adesões serão feitas pelo por tal do

Simples Nacional, via site da Receita Fe-

deral do Brasi l . O endereço é

www.receita.fazenda.gov.br. Os empresários

também podem solicitar a adesão acessan-

Período de adesão vai de 2 a 31 de janeiro, e quem

não optar nesse prazo terá que esperar mais um ano

CONHECIMENTO E NEGÓCIOS

EMPRESÁRIOS DEVEM VERIFICAR SE É VANTAGEM OU NÃO ADERIR AO REGIME E FICAR ATENTOS AO PRAZO

do o endereço www.receita.fazenda.gov.br/

simplesnacional/, conforme ocorreu em ju-

lho deste ano. O resultado das opções será

publicado nesse mesmo por tal.

Segundo o secretário-executivo do Comi-

tê Gestor do Simples Nacional, Silas Santia-

go, se a empresa tiver débitos, deverá quitá-

los ou fazer o parcelamento convencional,

que no caso da União é de até 60 meses. Nos

Estados e municípios, esse parcelamento

obedece às respectivas legislações.

A Lei Geral da Micro e Pequena Empre-

sa tem por base proposta do Sebrae elabo-

rada a par tir de sugestões de empresários

do segmento. Entre os objetivos da lei está

a redução de burocracia e tributos. “Os

empresários precisam fazer as contas e, se

confirmada a vantagem, não perder o pra-

zo”, aler ta o gerente de Políticas Públicas

do Sebrae nacional, Bruno Quick.

CA

RL

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EIR

A

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612008 Janeiro

Rev

ista

do

Vare

jo

por cândida bittencourt

Na tarde do dia 14 de dezembro de

2006, o presidente Luiz Inácio Lula da

Silva sancionava a Lei Geral da Micro e

Pequena Empresa. Essa data histórica

foi lembrada pelo diretor de Adminis-

tração e Finanças do Sebrae nacional,

Carlos Alberto dos Santos, durante a

12ª Reunião Plenária do Fórum Per-

manente das Micro e Pequenas Empre-

sas e Empresas de Pequeno Porte, re-

alizada em dezembro, em Brasília.

Para Carlos Alber to, além da redu-

ção da carga tributária, houve, princi-

palmente, um avanço na simplificação,

já que, agora, todos os tributos estão

concentrados numa mesma guia, redu-

zindo o número de papéis e, conseqüen-

temente, a burocracia. Ele ressaltou

também que mais de cem municípios

do País regulamentaram a lei, de acor-

do com a realidade socioeconômica da

região onde estão localizados.

Referindo-se também à Lei Geral, o

ministro interino do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior, Arman-

do de Mello Meziat, afirmou que, com

a aprovação da Lei, o Brasil finalmente

reconheceu a prioridade das micro e

pequenas empresas, que são respon-

sáveis por 54,6% dos empregos no País

e 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

“A Lei Geral veio atender aos anseios

da sociedade brasileira. Para alavan-

car essas empresas, é necessário in-

vestir em tecnologia e na diversifica-

ção de mercado com foco na exporta-

ção. Para este ano, a inovação tecnoló-

gica terá um capítulo exclusivo na agen-

da do governo”, afirmou.

Lei Geralcompletaum ano

O circuito nacional da Feira do Empreen-

dedor já tem calendário definido para 2008. O

evento, que leva capacitação e oportunidades

de negócios, será realizado em 11 cidades das

cinco regiões do País. “Preparamos melhor

nossas feiras para atender ao candidato a em-

presário, alinhando oportunidades de negóci-

os com informação e capacitação simultanea-

mente”, explica Andrea Faria, gestora nacio-

nal do circuito.

Em 2007, a feira foi visitada por um total

de 258 mil pessoas nas 11 cidades por onde

passou, segundo balanço divulgado pelo Se-

brae Nacional. O evento tem como finalidade

Feira do Empreendedorpercorre 11 cidades em 2008

Empresários elogiam feira pelas oportunidades de

negócio e oferta de conhecimentos sobre o mercado

levar informações, serviços e oportunidades

de negócios a empreendedores e empresá-

rios. No ano passado, foram preenchidas mais

de 50 mil vagas nas capacitações oferecidas.

A feira teve como um dos principais enfo-

ques, em 2007, a gestão ambiental relaciona-

da à oportunidade de negócios. O evento pro-

curou chamar a atenção de empreendedores e

empresários sobre a importância de as empre-

sas funcionarem com padrões adequados do

ponto de vista ambiental. Também chamou a

atenção para possibilidades de negócios neste

terreno como a criação de produtos com mate-

riais reciclados.

Londrina (PR)13 a 17 de agostoContato: Andre Basso(43) 3373-8000/[email protected]

Florianópolis (SC)21 a 24 de agostoContato: Siomara Cals de Abreu(48) 3221-0874

[email protected]

Belo Horizonte (MG)2 a 5 de setembroContato: Julio Júnior(31) 3371-9054/[email protected]

Teresina (PI)10 a 13 de setembro

Contato: Marilda Melão(86) 3216-1373/[email protected]

Mossoró (RN)6 a 9 de novembroContato: Eduardo Viana(84) [email protected]

Porto Alegre (RS)20 a 23 de novembroContato: Vânia Fernandes(51) 3216-5215/[email protected]

Calendário da Feira do Empreendedor 2008

Belém (PA)9 a 12 de abril

Contato: Carmélia Oliveira

(91) 3181-9075

[email protected]

Recife (PE)13 a 17 de maio

Contato: Tereza Nelma Alves

(81) 2101-8400

[email protected]

Palmas (TO)Junho

Contato: Rogério Maracaipe

(63) 3219-3349

[email protected]

Campo Grande (MS)3 a 6 de julho

Contato: Thaise Coelho Calaça

(67) 3389-5411

[email protected]

Fortaleza (CE)23 a 26 de julho

Contato: Horácio Melo

(85) 3255-6707/3255-6600/ 9944-1921

[email protected]

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FFFFFEIRASEIRASEIRASEIRASEIRAS

62 Janeiro 2008

Rev

ista

do

Vare

jo

Em fevereiro, a cidade de São Paulo será sede do maior even-

to de móveis e acessórios de alta decoração da América Latina.

Nesta 5ª edição, a feira organizada pela Associação Brasileira

das Indústrias de Móveis de Alta Decoração (Abimad) contará

com 175 expositores que estão se preparando para fazer negó-

cios em grande estilo.

Serão aproximadamente 50 mil m² de área de exposição, onde

as maiores indústrias de alta decoração do País vão apresentar

as últimas tendências em móveis modernos e contemporâneos

para ambientes externos e internos, residenciais e comerciais e,

ainda, acessórios para decoração de interiores. Devido ao su-

cesso da última edição, estima-se que cerca de 10 mil pessoas

visitem a feira este ano.

fffffeireireireireir a.aa.aa.aa.aa.abimad.com.brbimad.com.brbimad.com.brbimad.com.brbimad.com.br

ABIMAD 2008

Feira Brasileira de Móveis e Acessórios de Alta Decoração

14 a 17/02/2008

Centro de Exposições Imigrantes

São Paulo – SP

Associação Brasileira da Indústria de Móveis de Alta Decoração (Abimad)

� (48) 3033-5959

FENATECFeira Internacional de Tecelagem

(primavera-verão)

11 a 14/03/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios Ltda

� (11) 3291-9111

www.fenatec.com.br

MOVELSUL BRASIL16ª Feira de Móveis da Região Sul

Bento Gonçalves – RS

24 a 28/03/2008

Parque de Eventos de Bento Gonçalves

Sindicato das Indústrias do Mobiliário de

Bento Gonçalves (Sindmóveis)

� (54) 2102-6800

www.movelsulbrasi l .com.br

BRASILPACKFeira Internacional da Embalagem

10 a 14/03/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios Ltda

� (11) 3291-9111

www.brasi lpack.com.br

SALÃO EMBALA INOVAÇÃOSemana Internacional da Embalagem,

Impressão e Logística

10 a 14/03/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios

Ltda

� (11) 3291-9111

www.sa laoembala.com.br

FEICON BATIMATFeira Internacional da Indústria da

Construção

8 a 12/04/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios Ltda

� (31) 3282-8280

www.feicon.com.br

NATURAL TECH4ª Feira Internacional da Alimentação

Saudável, Produtos Naturais e Saúde

1º a 4/05/2008

Pavilhão da Bienal

São Paulo – SP

Francal Feiras e Empreendimentos

� (11) 6226-3100

www.natural tech.com.br

EXPOLUXFeira Internacional da Indústria da

Iluminação

8 a 12/04/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios

Ltda

� (11) 3291-9111

www.expolux.com.br

PONTO FINALSalão Internacional de Aviamentos de

Moda, Beneficiamento e Acabamento

11 a 14/03/2008

Pavilhão de Exposições do Anhembi

São Paulo – SP

Alcântara Machado Feiras de Negócios Ltda

� (11) 3291-9111

www.fenatec.com.br

TOYS, PARTIES & CHRISTMASFAIR SOUTH AMERICA13ª Feira de Artigos de Natal, Festas,

Papelaria Fina e Velas

17 a 20/05/2008

Transamérica Expo Center

São Paulo – SP

Grafite Feiras e Promoções Ltda

� (11) 2105-7000

www.graf i tefeiras.com.br

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Page 64: Revista do Varejo 45
Page 65: Revista do Varejo 45
Page 66: Revista do Varejo 45

PPPPPEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEISEQUENAS NOTÁVEIS

66 Janeiro 2008

Rev

ista

do

Vare

jopor alexandre gonçalves alexandre @empreendedor.com.brEEEEEMPREENDEDOR NA INTERNETMPREENDEDOR NA INTERNETMPREENDEDOR NA INTERNETMPREENDEDOR NA INTERNETMPREENDEDOR NA INTERNET

www.empreendedor.com.brO conteúdo que faz toda a diferença

www.empreendedor.com.brO conteúdo que faz toda a diferença

Página inicial

Novidades no arSeguindo as tendências da web

2.0, de abrir canais de diálogos com

internautas e de apresentar matérias

em formato multimídia, o site

www.empreendedor.com.br estréia

2008 em nova versão. Além do novo

layout e logomarca, o Empreendedor

on-line está mais dinâmico e interati-

vo, através de espaços para comen-

tários em cada notícia e reportagem,

seções de contato direto com colu-

nistas, inclusive para esclarecimento

de dúvidas, e informações apresen-

tadas em diferentes formatos (áudio,

imagem e vídeo).

No novo site também serão apre-

sentados mais conteúdos especialmen-

te produzidos para o portal, além do

acesso gratuito às matérias publica-

das na Revista Empreendedor, Revis-

ta do Varejo, Guia de Franquias e Em-

preendedor Rural. Artigos; entrevis-

tas com grandes empresários; perfis

com empresas reconhecidas nacional-

mente; experiências de empreendedo-

res que divulgam, abertamente, seus

principais erros e acertos durante sua

gestão; agenda de feiras e eventos são

outros conteúdos disponíveis.

O objetivo é buscar cada vez mais

informação de qualidade, apresentá-

la de maneira atraente e tornar o por-

tal não apenas o ponto de referência,

mas também o ponto de encontro dos

empreendedores brasileiros.

Confira algumas das principaisnovidades do mês do novoportal Empreendedor:

Notícias: A área “De Empreende-

dor para Empreendedor” se transfor-

mou na seção “Notícias”. A diferença

está na atualização mais constante de

assuntos que interessam ao meio em-

presarial e no ranking de notícias mais

lidas e mais comentadas do site.

Leitura: Nesta nova seção, o in-

ternauta terá acesso às críticas de li-

vros voltados para assuntos empresa-

rias, com sugestão de preço e infor-

mações adicionais. Além da possibili-

dade de comprar as obras, através de

uma parceria com o site Submarino.

Frase do Dia: A todo o momento

será atualizada no site uma frase ou dica

de um empresário ou consultor. O ob-

jetivo é dar oportunidade ao leitor de

analisar o que eles pensam sobre di-

versos assuntos e refletir sobre temas

importantes do meio empresarial.

Newsletter: O cadastro para o re-

cebimento dos boletins eletrônicos está

mais simples. Agora, basta informar o

e-mail para ter acesso, duas vezes na

semana e de forma gratuita, a um re-

sumo das principais novidades divul-

gadas no site.

Os dez mais empreendedoresConfira, no site Empreendedor, o

perfil dos dez mais empreendedores do

ano que passaram por incubadoras, se-

lecionados pela Revista Empreendedor.

Todos são criadores de empresas de

qualidade reconhecida mundialmente e

que disputam com competitividade o

mercado. São eles: Alexandre Costa,

da PCTel; Augusto Guimarães, da Nu-

teral; Cláudio Grando, da Audaces; Fá-

tima Chamma, da Chamma da Ama-

zônia; Flávio Lacerda, da Adespec;

José Hahn Filho, da Pollux; Juliano

Alves, da Oníria; Nilton Alves da Qui-

mlab e Ricardo Sarmento Costa, da

Trilha Projetos.

Depois de conhecer os empresári-

os que mais se destacaram no ano de

2007, participe da enquete do mês de

janeiro. Diga qual é, na sua opinião, o

mais empreendedor entre os dez sele-

cionados. Para participar, clique na se-

ção “Enquete”, no menu à esquerda do

site Empreendedor.

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Acesse o site Empreendedor

(www.empreendedor.com.br)

e saiba como receber as man-

chetes, um resumo e o link de

cada novo conteúdo publicado.

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An Ragazzo 230x315 GUIA FRANQUIA.indd 1 12/17/07 3:19:56 PM

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