revista capital 72

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Revista Capital 72

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  • 4 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    34 Sectores prioritrios tm mais 10% do OE

    Educao, Sade, Infraestruturas e Agricultura vo consumir uma proporo significativa do bolo do Oramento de Estado e as despesas relativas criao de postos de trabalho tero somente 0,3% do que ser alocado s prioridades.

    40 Moambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gs natural do mundo

    A costa de Cabo Delgado esconde um potencial que poder tornar Moam-bique num dos maiores players do sector da energia global. No entanto, tudo ir depender do avano dos projectos de liquefao do gs, cuja exportao apenas ir ter incio daqui a quatro anos. A constatao pertence a John Peffer, presidente da Anadarko em Moambique.

    46 A projeco de Moambique na viso da Sucia

    Numa breve radiografia a Moambi-que, a embaixadora da Sucia pas que h pouco tempo representava os parceiros de desenvolvimento revelou uma grande preocupao com as questes estruturais em Mo-ambique. A diplomata Ulla Andrn elogiou o desempenho da economia, mas ao mesmo tempo deixou srios avisos aos decisores.

    72 No negcio da limpeza O empresrio Csar Muianga faz

    parte de um universo de empreen-dedores decididos. Em 2009, criou uma empresa vocacionada para a prestao de servios de limpeza, numa aventura que lhe permitiu passar a gerir 900 colaboradores e a actuar nas reas de recolha de lixo, jardinagem e fumigao.

    Sumrio

    Destaques

    propriedade e Edio: Mozmedia, Lda., Av. MaoTsTung, 1245 Telefone/Fax: (+258) 21 303188 [email protected] Director Geral: Andr Dauane [email protected] Directora Editorial:HelgaNeida Nunes helga.nunes@mozmedia. Directora Executiva: VanizeManjate - [email protected] co.mz Redaco: ArsniaSithoye - [email protected];Srgio Mabombo [email protected] Secretariado administrativo: Indira Muss [email protected]; Cooperao: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Colunistas: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; Fotografia: Celso Zaqueu; Gettyimages.pt, Google.com; ilustraes: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. paginao: Arlindo Magaia Design e Grafismo: Mozmedia Departamento Comercial: Neusa Simbine [email protected], LoniMachava [email protected] ; Distribuio:mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registo: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinio dos autores e no necessariamente da revista. Toda a transcrio ou reproduo, parcial ou total, autorizada desde que citada a fonte.

    CapaMoambique ser dos maiores exportadores de gs

    Actual Foco Negcio

    Tema de Fundo

    Projecto imobiliriona marginal de Luandaaberto a investidores externos

    Porsche procura investidores paramercados subsaarianos

    Moambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gs natural do mundo

    17 36

    17

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 5

    Editorial

    Aamericana Anadarko descobriu, na costa de Cabo Delgado, quantidades de gs natural suficientes para projectar Moambique no panorama mundial da produo daquela commodity.Embora se saiba que os benefcios do gs no desenvolvimento scio-econmico do pas apenas

    viro a tornar-se visveis em 2018, o motor da explorao daquela multinacional ir certamente estimular a economia, local e nacional, potenciando negcios tanto paralelos como complementares.As expectativas que pairam sobre o projecto da Anadarko so mais do que muitas. Basta comparecer aos open days daquela companhia para nos apercebermos do interesse que a mesma movimenta, no s a nvel do sector privado como no seio das organizaes no governamentais.Existe mesmo uma corrida para que empresas e instituies no fiquem de fora da redoma da grande oportunidade. E muito embora nem todos possuam as condies ideais para participarem a ttulo individual, sobretudo as que dizem respeito capacidade financeira, a criatividade impera, surgindo ideias e sugestes que passam pela constituio de consrcios e parcerias inteligentes.Como parte do seu esforo no sentido de maximizar os benefcios para os moambicanos, a Anadarko criou um programa que ajuda a promover a capacidade das PMEs afim das mesmas poderem participar na economia de Cabo Delgado e no sucesso do projecto LNG de Moambique. Ao longo de 2013, a multinacional americana esteve a trabalhar no sentido de implementar o programa de desenvolvimento do fornecedor moambicano da Anadarko, em parceria com outras empresas (empreiteiros). E, entretanto, uma centena de empresas moambicanas j se encontram a prestar servios Anadarko.Numa primeira anlise, o projecto ir necessitar de apostar na construo e no apoio implementao das suas instalaes industriais. Contudo, outros desafios se iro impor e podero constituir igualmente boas oportunidades para o tecido empresarial moambicano. A Anadarko prev necessidades a suprir ao nvel das telecomunicaes; da electrificao do distrito; do saneamento e abastecimento de gua; da produo e fornecimento de bens alimentares; da formao ou capacitao profissional; do transporte e da logstica; e dos servios proporcionados por portos e aeroportos, entre outras.O projecto da Anadarko, pela envergadura que apresenta, encerra em si mesmo uma srie de grandes expectativas para as quais empresas e organizaes devero estar altura.c

    Bem-vindoGrandes expectativas

    Plataforma Empresarial

    Estilos

    Lusomundo promete levar mais gente s salas de cinema

    Requinte a toda a prova

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    76

    PerspectivaCooperao

    A projeco de Moambique na viso da Sucia

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  • 6 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 7

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  • 8 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    Contents

    property and Edition: Mozmedia, Lda., 1245 MaoTsTung Av., Telephone/Fax: (+258) 21 303188 [email protected] Managing Director: Andr Dauane [email protected] Editorial Director: Helga Neida Nunes helga.nunes@mozmedia. Executive Director:VanizeManjate - [email protected] co.mz Editorial Staff: ArsniaSithoye - [email protected]; Srgio Mabombo [email protected] administrative Secretariat: Indira Muss [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Columnists: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; photography: Celso Zaqueu; Gettyimages.pt, Google.com; illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. page make-up: Arlindo Magaia Design and Graphics: Mozmedia Commercial Department: Neusa Simbine [email protected], Loni Machava [email protected] ; Distribution: mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registration: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors opinion, and not necessarily the magazines opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

    Highlights

    35 Priority sectors have 10% more from State budget (SB)

    Education, Health, Infrastructure and Agriculture will consume a significant proportion of the cake of the state budget expenditure relating to the creation of jobs will have only 0.3% of that will be allocated to priorities.

    40 THEME Mozambique may be the worlds third largest gas exporter

    The Cabo Delgado coast hides a po-tential that could make Mozambique one of the largest players in the global energy sector. However, everything will depend on the progress of projects liquefaction of gas, whose export will only start in four years. The observa-tion belongs to John Peffer, president of Anadarko in Mozambique.

    48 The projection of Mozambi-que in Sweden point of vie

    In a brief radiography to Mozambi-que, the ambassador of Sweden - the country that recently represented the development partners - revealed a major concern with the structural is-sues in Mozambique. The diplomat Ulla Andrn praised the performance of the economy, but at the same time has left serious warnings to policymakers

    73 In cleaning business The businessman Csar Muianga is

    part of a group of entrepreneurs deter-mined. In 2009, he created a company dedicated to the provision of cleaning services, an adventure that enabled him to spend managing 900 employe-es and operate in the areas of refuse collection, gardening and fumigation .

    Current Focus BusinessReal Estate project forLuandas waterfront opento foreign investors

    Porsche procura investidores paramercados subsaarianos

    18 37

    CoverMozambique will be one of the largest exporters of natural gas

    Background ThemeMozambique may become the worlds third largest natural gas exporter

    43

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 9Capital Magazine Maro 2013 9

    Editorial

    The American Anadarko discovered on the coast of Cabo Delgado, sufficient quantities of natural gas to project Mozambique in global panorama of production of that commodity.Although it is known the benefits of gas in the socio-economic development of the country it will

    only become visible in 2018, the engine of the multina-tional operation will surely stimulate the economy, local and national, enhancing both parallel and complemen-tary businesses.Expectations hovering over the project Anadarko are more than many. Just attend the open days of that company to realize the interest that moves not only in the private sector level to within non-governmen-tal organizations..Exists even a race for companies and institutions to not remain outside the dome of great opportunity. And although not everyone has the ideal conditions to par-ticipate individually, especially those relating to financial capacity, the creativity reigns, emerging ideas and sug-gestions that go through establishment of consortia and intelligent partnerships.As part of its effort to maximize the benefits for Mozambique, Anadarko has created a program that helps promote the capacity of SMEs in or-der to participate in Cabo Delgado economy and the suc-cess of Mozambique LNG project.Throughout 2013, the American multinational was working towards implement-ing the development program of the Mozambican sup-plier of Anadarko, in partnership with other companies (contractors). And yet, a hundred Mozambican companies are already providing services to Anadarko.On an initial analysis, the project will need to invest in building and supporting the implementation of their plants. However, other challenges will be important and may also provide good opportunities for Mozambican business commu-nity.Anadarko provides to meet the needs of telecom-munications, electrification of the district; sanitation and water supply, production and supply of food; training or professional training; transportation and logistics, and services provided by ports and airports, among others.The project Anadarko, by its wingspan, contains in itself a lot of high expectations for which companies and organi-zations should be at the height.c

    WelcomeGreat expectations

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 9

    BUSINESS PLATFORM

    Life Style

    Lusomundo promises to take more people to movie theaters

    Refinement to the whole evidence

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    80

    PerspectiveCooperation

    A projectionof mozambiqueas swedens vision

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  • COISAS QUE SE DIZEM

    EM alta

    EM BaiXa

    FALHAS NA COORDENAO BARALHAM EDMO PCA da Electricidade de Moambique (EDM), Augusto de Sousa, atacou os munic-pios e outras instituies governamentais pelo que considera uma falha na coordena-o entre essas instituies e a empresa que dirige. Sousa diz que estas instituies tm estado a implementar projectos com grande impacto na energia, mas sem o envolvimento da EDM, agravando assim o dfice elctrico.

    Capitoon

    MILLENNIUM BIM MELHOR BANCO OUTRA vEz O Millennium Bim foi, mais uma vez, reconhe-cido pelo seu desempenho no sector banc-rio moambicano, tendo conquistado pela oitava vez o prmio Banco do Ano em Mo-ambique. O galardo anualmente atribu-do pela revista The Banker, uma das mais prestigiadas publicaes financeiras interna-cionais.

    SASOL ExPANDE INvESTIMENTO NO gS A multi-nacional sul-africana Sasol pretende alargar o investimento na explorao de gs em Moambique para servir mais facilmente o mercado de hidrocarbonetos em frica, aumentado a capacidade da Instalao de Processamento Central (IPC), com um investi-mento de 100 milhes de euros, e o pipeline (150 milhes de euros) de modo a acomodar a crescente procura de gs no continente.

    12 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    O BOM FILHO vOLTA SEMPRE A CASA Um dia, eu volto em definitivo mas por enquanto acho que tenho ainda uma voz para gritar bem alto Moambique. Eu sinto que temos que falar um pouco mais alto l fora. Ningum me mandou fazer isso Sinto que uma obrigao moral para qualquer moambicano falar em alto e bom som que de Moambique. Os outros fazem-no. Ns tambm temos que falar alto.Casimiro Nhussi, conceituado msico e bailarino moambi-cano, radicado no Canad, in jornal Domingo.

    E SE SAMORA MACHEL RESSUSCITASSE...? Se ele (Samora Machel) viesse s para visitar ficaria decepcionado. Se ele viesse para impor ordem, diria que vamos acabar com estas coisas, mas no no sentido de impedir a explorao desses recursos. Os recursos existem, so nossos e devem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do pas. Agora, o que ele diria que temos que dirigir esse processo de tal maneira que o povo inteiro no sofra e uma pequena minoria beneficie.Jorge Rebelo, antigo secretrio do Trabalho ideolgico da Frelimo, in jornal Savana.

  • 14 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    THE PRODIgAL SON WILL ALWAyS RETURN One day Ill be bak for good, but for now I think I still have a voice to shout out Mozambique. I feel that we have to speak a little bit louder out there. Nobody made me do thisI feel its a moral obligation for any mozambican to say, loud and proud, that they are from Mozambi-que. The others do it. We also have to speak out.Casimiro Nhussi, mozambican musician and dancer, based in Canada, in Domingo.

    And if SAmorA wAS reSurrected? If he (Samora Machel) came just to visit he would be disappointed. If he came to put order in things, he would say lets end this, but in anyway to prohibit the exploration of resources. The resources exist, they are ours and they should contribute to the growth and development of the country. Now, what he would say is that we have to carry out this process in a way that the people will not suffer and only a small minority benefits. Jorge Rebelo, ex-secretary of Frelimos ideological work, in Savana.

    ThIngS BEIng SAID

    in HiGH

    in low

    Capitoon

    FAIL IN COORDINATION BAFFLES EDM The CEO of Electricidade de Moambique (EDM), Augusto de Sousa, attacked the municipali-ties and other government institutions for what he considered a fail in coordination between these institutions and the company he runs. Sousa says that these institutions have been implementing projects with a large impact on energy, but without EDMs involve-ment, worsening the electricity deficit.

    MILLENNIUM BIM vOTED BEST BANk AgAIN Millennium BIM was, once again, recognized for its effort in the mozambican banking sector, having conquered for the eighth time Mozambiques Bank of the Year award. The prize is given out annually by The Banker magazine, one of the most prestigious inter-national financial publications.

    SASOL ExPANDS INvESTMENTS INTO gAS A multi-nacional sul-africana Sasol pretende alargar o investimento na explorao de gs em Moambique para servir mais facilmente o mercado de hidrocarbonetos em frica, aumentado a capacidade da Instalao de Processamento Central (IPC), com um investi-mento de 100 milhes de euros, e o pipeline (150 milhes de euros) de modo a acomodar a crescente procura de gs no continente.

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    Porsche procurainvestidores paramercados subsaarianos

    O nmero de milionrios em Angola subiu 68% entre 2007 e 2013, situando-se agora nos 6.400, de acordo com os da-dos da consultora New World Wealth.

    De acordo com os dados, havia 3.800 cidados angolanos com um valor lquido superior a um milho de dlares em bens (728.500 euros), nos quais se exlui o valor da residncia oficial.Neste perodo, entre 2007 e Setembro de 2013, a subida percentual de Angola (68%) s ultrapassada pela da Etipia, cujo nmero de milionrios mais que duplicou em seis anos: de 1.300 para 2.700, segundo os dados desta consultora baseada em Oxford, Reino Unido, e com uma representao em Joanesburgo, na frica do Sul.Se Angola est em segundo lugar na curva de crescimento percentual relativa ao nmero de milionrios, em termos absolutos tambm aparece no top ten africano, ficando em sexto lugar, atrs da frica do Sul (48.700 milionrios), Egipto (22.800), Nigria (15.700), Qunia (8.300) e Tunsia (6.400).O relatrio da consultora britnica no apanhou de surpresa os principais bancos que investem na gesto de fortunas, como o Barclays, o HSBC Holdings ou o UBS, o maior do mundo, que j tinha afirmado no ms passado que a Nigria e Angola so as prioridades do banco na aposta na captao de novos clientes milionrios.c

    O construtor alemo Porsche procura investidores para a abertura de pontos de venda e de assistncia ps-venda nos mercados da frica subsaariana por explorar. Nesse sentido, criou uma nova plataforma electrnica dedicada a potenciais investidores e que permite que estes manifestem interesse em entrar numa parceria com o construtor da marca germnica. O processo de eleio ir depois envolver entrevistas e visitas aos locais propostos. A Porsche est presente em 19 mercados do Mdio Oriente, ndia e frica atravs do escritrio regional do Dubai e tem por objectivo estabelecer--se em novos mercados de modo a permitir um novo nvel de crescimento. Christer Ekberg, director geral da Porsche do Mdio Oriente e frica, disse, citado pelo site Jeune Afrique, que com o lanamento da plataforma de comu-nicao dedicada aos investidores, demos um salto qualitativo para chegar aos objectivos de crescimento de 2018. A Porsche procura investidores apaixonados pela marca, que possuam um conhecimento profundo do mercado local e que nos permita oferecer aos clientes um servio de qualidade irrepreensvel. Recorde-se que no final do 3 trimestre deste ano, as entregas da Porsche Mdio Oriente e frica aumentaram 38% em termos homlogos. A meta de crescimento visa essencialmente o mercado africano subsaariano e a oferta para a classe mdia de vrios pases ricos em matrias-primas que crescem igualmente no sector imobilirio.c

    Nmero de milionrios em Angola subiu 68% em seis anos

    16 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

  • CuRRENt

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 17

    The number of millionaires in angola increased by 68% between 2007 and 2013, at approximately 6400, ac-cording to the data provided by the consulting firm New

    World Wealth. According to the data, there were 3,800 Angolans with a liquid value of over one million dollars in goods (728,500 Euros), excluding the value of their official residences. In this period, between 2007 and September 2013, the percent-age increase in Angola (68%), was only surpassed by Ethiopia, whose number of millionaires more than doubled in six years from 1,300 to 2,700, according to data by the con-sulting firm based in Oxford, United Kingdom, and with representatives in Johannesburg, South Africa. If Angola is in second place in the percentage growth curve relative to the number of millionaires, then in absolute terms they also appear in the African Top Ten, in sixth place af-ter South Afria (48,700 millionaires), Egypt (22,800), Nigeria (15,700), Ke-nya (8,300), and Tunisia (6,400). The report from the British Consult-ing firm was not surprised that the main banks, such as Barclays, HSBC Holdings or UBS, invest in the man-agement of fortune, and had already affirmed last month that Nigeria and Angola were the banks priorities in their gamble for the acquisition of new millionaire clients. c

    Porsche looks forinvestors in Sub-Saharan markets

    The German manufacturer Porsch looks for investors for the opening of sales points and the after-sales assistance for African Sub-saharan markets that can be explored. In this sense, a new electronic platform was created, dedicated to potential investors and that allows them to manifest interest and enter into a partnership with the German manufacturer.

    The selection process will then involve interviews and visits to the locations of the proposals. Porsche is represented in 19 Middle Eastern, Indian and African markets through the regional Dubai office and whose objective is to establish new markets in order to allow a new level of growth. Christer Ekberg, general director of Middle Eastern and African Porsche, said, in Jeune Afrique, that with the launch of the communication platform dedicated to investors, we gave a qualitative jump in order tho reach the growth objectives for 2018. Porsche is looking for investors who are passionate about the brand, and that possess profound knowledge of the local market and that allows us to provide clients with a service of impeccable quality. Remember that in the third quarter of this year, the Porsche Middle East and Africa homologous sales increased by 38%. The goal for growth, focuses es-sentially on the African Sub-Saharan market and offers the middle-class of various countries that are rich in primary materials, which are also experienc-ing growth in the real estate sector. c

    Numberof Millionaires in Angola increased 68% in six years

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 19

    Briefing MuNDO

    O legado de Mandelana economia sul-africana

    APS 27 anos cativo, Nelson Man-dela libertado em 1990. Quatro anos depois eleito Presidente da frica do Sul, tendo sido o primeiro presidente negro. Cumpriu apenas um mandato, de 1994 a 1999, mas conseguiu dotar a economia sul--africana do perodo mais longo de crescimento da histria. Em cinco anos, Madiba conseguiu cortar na despesa, captar um volume grande de investimento estrangeiro e relanar a frica do Sul para os mer-cados, grageando confiana junto das instituies internacionais e investi-dores de todo mundo.O Apartheid comeou na frica do Sul

    em 1948 e durou at 1994. Mais de 40 anos de polticas repressivas con-duziram o pas a srias dificuldades econmicas. A comunidade interna-cional chegou a impor sanes e boi-cotes frica do Sul. Estas polticas afastavam o investimento externo e, em 1994, quando Madiba chegou ao poder, tinha reservas monetrias para pagar apenas 10 dias de importaes e um dfice de 9.1% do PIB.Dados mostram que, no final de 1993, o PIB sul-africano rondava os 130.406 milhes de dlares, a taxa de inflao era superior a 8% e a taxa de desemprego ascendia a quase 23%.c

    as medidas econmicas de Madiba

    NELSON Mandela convidou Chris Liebenberg, ex-presidente de um dos quatro maiores bancos da frica do Sul, para o cargo de ministro das Finanas. E o convite foi aceite. Foram tempos dif-ceis. Estvamos a caminhar para a ban-carrota. Mandela tinha muita conscincia de que como o ANC nunca tinha estado no Governo no seria to astuto como deveria ser a gerir a economia. Veio falar comigo porque fui banqueiro e tinha mui-tos conhecimentos e contactos internacio-nais, recordou Liebenberg Bloomberg.No primeiro Oramento do Estado, Mandela aumentou os impostos, igualou o nvel de carga fiscal para todos os gru-pos sociais e reduziu o oramento para o sector da Defesa. Estas medidas fizeram com que o pas conseguisse obter 750 milhes de dlares atravs de uma emis-so de obrigaes, um valor 50% acima do previsto.Mandela teve de mudar de opinio. Ao contrrio do que defendia o ANC e o prprio Mandela pouco depois de ser libertado, os lucros provenientes da minerao no pas e os bancos no foram nacionalizados, quando chegou ao poder. Com a crescente confiana, o investimento externo chegou em maior nmero e Mandela conseguiu alterar as condies de acesso aos apoios sociais. Cerca de 16 milhes de pessoas con-seguiram ter acesso a penses e subs-dios. E, em 1996, 85% das habitaes j tinham electricidade.As medidas desenvolvidas pelo Execu-tivo de Madiba permitiram economia expandir-se durante 15 anos consecuti-vos, at 2008, quando a crise financeira mundial arrastou a frica do Sul para a recesso.Para o analista poltico Calton Cadeado, ao no nacionalizar as minas e os ban-cos, Nelson Madela provou ser bastante inteligente, uma vez que seria uma medida largamente aplaudida pela maioria negra sul-africana, mas com efeitos devastadores para a economia, e que poderia empurrar a frica do Sul para o empobrecimento.c

  • Briefing MuNDO/WORlD

    FOI no governo de Mandela que a frica do Sul se aventurou num programa amplo de reduo das assimetrias entre negros e brancos, aps o fim do Apartheid. Denominado Black Empowerment, o programa criou, segundo analistas, meia dzia de negros ricos, mas no conseguiu ainda tirar a maior parte da popula-o da sua condio inicial. Alis, a riqueza continua concentrada numa burguesia branca.No final de 2012, o PIB sul-africano registou um crescimento de 2.5% e superou os 384.3 mil milhes de dlares. A populao superava os 51 milhes de pessoas, sendo que a maioria negra continua pobre, de-

    sempregada, com um fraco nvel de escolaridade e vivendo em condies precrias. J a taxa de desemprego continua num nvel elevado e as-cende aos 24.7%. Quanto mdia salarial da populao branca 40% superior da populao negra.Estatsticas indicam que metade dos indivduos com menos de 25 anos est no desemprego e o presidente, Jacob Zuma, tem plena conscincia disso. uma situao que, combinada com padres de educao em queda e trabalhadores sem formao, acu-mula problemas para o futuro, segun-do o analista Calton Cadeado.Mandela conseguiu atrair os pases que concentram mais de 80% do

    BLACk EMPOWERMENT no destruiu desigualdades

    PIB mundial no seu funeral (com a presena de cerca de 100 chefes de Estado e de Governo) e deixou o mundo e o seu pas com a dura misso de abater as desigualdades sociais e o alto nvel desemprego.c

    20 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    AFTER 27 years of incarceration, Nelson Mandela was released in 1990. Four years later he was elected Presi-dent of South Africa, being the countrys first black presi-dent. He did only one mandate, from 1994 to 1999, but was able to move the south african economy into its lon-gest growth period in its history. In five years, Madiba was able to cut costs, capture a large volume of foreign investments and relaunch South africa into the markets, gaining the trust of international institutions and investors from all over the world.Apartheid began in South Africa in 1948 and lasted until 1994. More than 40 years of repressive policies led the country to serious economic difficulties. The interna-tional community even imposed sanctions and boycotts on South Africa. These policies pushed away external investments, and in 1994, when Madiba came to power, the countrys reserves could only pay for 10 days of im-ports and a GNP at a deficit of 9.1%. The data shows that, at the end of 1993, the South Afri-can GDP was at around 130,406 million dollars, with an inflation rate of over 8% and a unemployment rate of almost 23%.c

    The Mandela legacy on the South African economy

  • Briefing WORlD

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 21

    Madibas economic measures

    NELSON Mandela invited Chis Li-ebenberg, ex-president of one of the four largest banks in South Africa, to be the Minister of Finance. The invi-tation was accepted. They were dif-ficult times. We were heading towards bankruptcy. Mandela was very aware of the fact that the ANC had never been in Government and it would not be astute about how to manage the economy. He came to speak to me because I was a banker and had a lot of international knowledge and con-tacts, remembers Liebenberg in Bloomberg. In the first State Budget, Mandela raised taxes, equalized the fiscal weight for all social groups and reduced the budget for the Defense sector. These measures allowed the country to obtain 750 million dollars through these obligations, with the value being 50% more than had been estimated. Mandela had to change his opinion. Contrary to what the ANC defended and what he, Mandela defended shortly after being released, the profits coming from mining in the country and the banks were not na-tionalized, when he came to power. With growing confidence, the foreign investments came in larger numbers and Mandela was able to change the conditions of access to social support. Approximately 16 million people were able to get access to pensions sand subsidies. And, in 1996, 85% of hushing already had electricity. The measures developed by the Madiba Administration allowed the economy to expand for 15 con-secutive years, until 2008, when the world financial crisis dragged south Africa into the recession. For the po-litical analyst Calton Cadeado, by not

    nationalizing banks and mines, Nel-son Mandela proved to be extremely intelligent , since it would have been a measure largely applauded by the majority of black south africans, but with devastating effects to the economy, and could have dragged South Africa to poverty. c

    BLACK EMPOWERMENT does not destroy inequality

    IT WAS during Mandelas gover-nance that South Africa took on a widespread program to reduce the asymmetry between blacks and whites, after the end of Apartheid. Connotated Black Empowerement, the program created , according to analysts, half a dozen rich blacks, but has not been able to remove the ma-jority of the population from their initial situation. Actually, the wealth continues concentrated with the withe bourgeoisie. At the end of 2012, the South African

    GNP registered a grown rate of 2.5% and made over 384.3 thousand mil-lion dollars. The population was over 51 million people, with the majority being poor, unemployed, with a low level of schooling and living in pre-carious conditions. The unemploy-ment rate continues at an elevated level and has grown to 24.7%. The average salary for the white popula-tion is 40% higher than that of the black population. Statistics show that half of the in-dividuals under 25 years of age are unemployed and the President, Ja-cob Zuma, is very aware of that. It is a situation that, combined with the standards of education decreasing and workers with no training, accu-mulates problems of the future, ac-cording to analyst Calton Cadeado. Mandela was able to attract coun-tries with GDPs of over 80% world-wide, at his funeral (with the pres-ence of over 100 Heads of State and Government) and left the world and his country with the difficult mission of knocking down social inequalities and the high unemployment levels.c

  • Banca/ BCI

    22 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    ComunicadoPara: Redaco

    Data: 19 de Dezembro de 2013

    Assunto: Lanamento da 1 Pedra do futuro Edifcio-Sede do BCI

    BCI lana 1 Pedra da Nova Sede

    Maputo, 19 de Dezembro de 2013 Teve lugar no dia 19 de Dezembro, pelas 14h30, o lana-mento da primeira pedra do futuro edifcio-sede

    do BCI, na Av. 25 de Setembro, junto

    Praa Robert Mugabe, em Maputo. A cerimnia foi presidida pelo Pre-sidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, David Simango, com a presena de altas individua-lidades representativas do Governo Central e Local, para alm de Em-

    presrios, Instituies, Parceiros e Clientes do Banco.O futuro edifcio-sede do BCI foi pla-neado para ser um verdadeiro marco arquitectnico da Cidade de Ma-puto, com um Corpo Principal com 10 pisos destinados a Escritrios,

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 23

    Centro de Formao, Centro Social e reas tcnicas, com rea bruta co-berta de cerca de 1.500 m2 por piso (um total de mais de 8.000 m2 de rea de escritrio), o que permitir acolher mais de 600 Colaboradores um Corpo Frontal com 1 piso (onde dever funcionar uma Agncia, Au-ditrio e Centro de Reunies e um Corpo de Estacionamento com 3 pi-sos cobertos + 1 piso sem cobertura, com capacidade total para acomodar 286 lugares, para alm de reas tc-nicas (8.700 m2 de estacionamento coberto e 1.400 m2 de estaciona-mento exterior).O projecto de arquitectura tem a as-sinatura do prestigiado arquitecto moambicano Jos Forjaz, estando a empreitada de execuo adjudicada construtora Casais Moambique. O prazo de construo de cerca de 2 anos, estando o investimento total

    da empreitada estimado em cerca de 43,6 milhes de dlares americanos.O edifcio ser inteligente, ou seja, est concebido para integrar siste-mas automatizados de controlo e gesto de acessos, preveno de ris-co de incndios, eficincia energti-ca, consumo de gua e climatizao. Estas caractersticas proporcionaro uma elevada eficincia operacional aos servios centrais do BCI e cons-tituiro, no seu conjunto, uma refe-rncia de modernidade para a Cida-de de Maputo do sculo XXI.A construo do novo edifcio-sede do BCI enquadra-se no projecto de expanso do Banco, o segundo maior do Pas, com um ambicioso plano de crescimento que contem-pla a expanso da sua Rede Comer-cial, actualmente com 131 Agncias. Em 2013, o BCI conquistou, entre outras distines, o Diamond

    Arrow - PMR frica, o mais prestigiado prmio atribudo pelos Empresrios, Administradores e Directores das Grandes e Mdias Empresas moambicanas, pelo reconhecimento do extraordinrio contributo dado para estimular o crescimento e o desenvolvimento econmico em Moambique, nas categorias de Banca de Particulares, de Banca de Empresas, assim como na Categoria de Empresas que demonstra excepcionais qualidades de Gesto e Governao Corporativa no sector bancrio. Tambm a prestigiada revista financeira World Finance elegeu o BCI, em 2013, pelo terceiro ano consecutivo, O Melhor Banco Comercial em Moambique e, pela primeira vez, O Banco Mais Sustentvel no nosso pas, em reconhecimento pela inovao e pela excelncia das solues bancrias ao servio do desenvolvimento da economia, das empresas e das famlias moambicanas, de forma socialmente responsvel e sustentvel.c

  • Briefing FRICA

    Moambique na 10 posio em termoscompetitividade fiscal na SADC

    MOAMBIqUE est na 10 posio em termos de facilidades concedidas s empresas no papagemtno de impostos, na Comunidade de Pases para o Desenvolvimento da frica Austral (SADC), ocupando a posio 129 do ranking global. A informao foi veiculada pelo relatrio Paying Taxes 2014, no qual a Repblica Democrctica do Congo obteve o pior resultado na Regio.Em Moambique, as empresas pagam um total de 37 impostos, numa m-dia de 230 horas, representando a tributao 37.5% do lucro das em-presas. O economista moambicano Humberto Zaqueu defende que a Autoridade Tributria deve continuar a imprimir reformas no sentido de criar facilidades para o pagamento

    de impostos, de modo a que Moam-bique melhore a sua classifcao na Regio e no Mundo. No que se refere ao comrcio trans-fronteiro, a Janela nica Electrnica apresenta-se como um instrumento inovador de pagamento de impostos no pas. Mas esta inovao deve ter em conta outros impostos pagos pelas empresas para que as mesmas no levem muito tempo a pagar impostos, realou. O documento revela ainda que as Maurcias so o pas mais bem classi-ficado na SADC no que tange com-petitividade fiscal, ocupando o lugar 13 no ranking global. Nas Maurcias, as empresas pagam oito impostos, numa mdia de 152 horas, e a tribu-tao corresponde a 28.2% do lucro das empresas.

    De acordo com o relatrio da PwC e que analisa a competitividade fis-cal em 189 economias, Seychelles, na 19 posio e frica do Sul, no 24 lugar, compem a lista dos trs pases da frica Austral mais pro-pcios s empresas em matria de pagamento de impostos, seguidos da Suazilndia, Madagascar e Zmbia. No que se refere Comunidade de Pases de Lngua Oficial Portuguesa (CPLP), Moambique aparece como quarto posicionado em termos de facilidades das empresas pagarem impostos, sendo menos competitivo que Timor Leste, Cabo Verde e Por-tugal. O ranking global do Paying Taxes 2014 liderado pelos Emirados ra-bes Unidos, Quatar e Arbia Saudita, pases com boa classificao tambm no Doing Business do Banco Mun-dial. Conta ainda nos cinco primeiros com Hong Kong e Singapura, e en-cerrado por Venezuela (187), Rep-blica Centro Africana (188) e Chade (189).c

    Ranking de competitividade Fiscal da SADC

    24 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    Posio Global Posio na SADC Pas13 1 Maurcias19 2 Seychelles24 3 frica do Sul59 4 Suazilndia61 5 Madagascar68 6 Zmbia81 7 Malawi101 8 Lesoto126 9 Nambia129 10 Moambique141 11 Tanznia142 12 Zimbabwe155 13 Angola159 14 Botswana176 15 R.D. Congo

  • MOzAMBIqUE is in 10th position in terms of the ease conceded to busi-nesses in the payment of taxes, in the Southern African Developing Countries (SADC), occupying the 129th position in the global rank. The information was provided by the arti-cle Paying Taxes 2014, in which the Democratic Republic of the Congo had the word result. In Mozambique, companies pay a total of 37 taxes, in an average of 230 hours, with taxes representing

    Briefing FRICA/AFRICA

    O DOCUMENTO The African Compe-titiveness Report 2013, do World Economic Forum, citado no mais recente trabalho sobre o continente da Esprito Santo Research, frisa que se est na regio menos com-petitiva a nvel mundial. frica um continente de oportuni-dades. o menos competitivo, mas apresenta crescimentos mdios anualizados de 5,3% entre 2002 e 2012, contra 3,9% da mdia mun-dial. Os factores problemticos realizao de negcios citados no

    trabalho da ESR vo desde o finan-ciamento e da corrupo, s infraes-truturas inexistentes e inadequadas passando pela burocracia. aquilo a que convenientemente se chama custos de contexto. A estratgia passa por promover um processo de desenvolvimento sus-tentado e inclusivo. Esta soluo que Francisco Mendes Palma, da ESR, defende para dar resposta ao rpido crescimento demogrfico, ao desemprego jovem, ao dfice estru-tural, explorao sustentada dos

    frica a regio menos competitivado mundo, mas isso pode ser uma oportunidade

    recursos e melhoria da educao e formao de recursos humanos. No trabalho so analisados vrios pases. Destacamos a Costa do Mar-fim e as oportunidades geradas a nvel agroindustrial, onde faltam unidades de processamento em todas as reas. Num trabalho de-senvolvido com a colaborao do Ecobank, uma instituio financeira com forte implantao na frica Ocidental, o pas considerado o segundo produtor mais diversifica-do de culturas de rendimento na frica Ocidental. Entre as suas pro-dues de relevo est o cacau, o caf, o caju, o leo de palma, o algodo e o acar.Vitor Norinha (Oje).c

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 25

    Mozambique is in 10th place in termsof SADC tax competitiveness

    37.5% of business profits. The Mo-zambican economist Humberto Za-queu emends that the Tributary Au-thority should continue to implement reforms in the sense of creating ease for the payment of taxes, in order for Mozambique to better their classifi-cation in the Region and the World. In terms of cross-border commerce, the Single Electronic Window, presents itself as an innovative instrument of tax payments in the country. But this innovation should take into account other taxes paid by companies in the country so that they dont take too long to pay taxes, he highlighted. The document also reveals that Mau-ritius is the most well classified in the SADC in terms of tax competitive-ness, taking 13th place in the world ranking. In Mauritius, the companies pay eight taxes, in an average of 152 hours, and the taxes correspond to 28.2% of company profits. According to the PwC report which

    analyses the competitiveness of taxes in 189 economies, Seychelles is in the 19th position and South Africa is in the 24th place, are the two countries in Sub-Saharan Africa most prone to business in terms of tax payments, followed by Swaziland, Madagascar, Zambia. In terms of the Community of Coun-tries with Portuguese as an Official Language, Mozambique is in fourth place in terms of ease of tax pay-ments for companies, being less competitive than East Timor, Cape Verde, and Portugal. The global ranking of Paying Taxes 2014 is led by the United Arab Emi-rates, Qatar, and Saudi Arabia, coun-tries that also have high rankings in Doing Business by the World Bank. This includes Hong Kong and Singa-pore within the top five, and ended with Venezuela (187), The Central African Republic (188), and Chad (189). c

  • Briefing AFRICA

    26 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    Africa is the least competitive region in the world, but this may be an opportunity

    THE AFRICAN Competitiveness Re-port 2013, from the World Economic Forum, cited in the most recent work about the continent of the Espirito Santo Research, states that this re-gion is the least competitive worl-dwide.

    Africa is a continent of opportunity. It is less competitive, but it shows ave-rage annual increases of 5.3% be-tween 2002 and 2012, against the 3.9% world average. The problematic factors for businesses cited in the ESR, which go from financing to cor-

    ruption, and the bureaucratic infras-tructure is inadequate and nonexis-tent. This is conveniently called the cost of context. The strategy promo-tes a process of inclusive and sustai-nable development, this is the solu-tion that Francisco Mendes Palma, from ESR, defends as an answer to the rapid demographic growth, youth unemployment rates, structural defi-cit, exploration sustained by resour-ces and educational improvements and human resource training. Various countries are analyzed in the study. We highlighted the Ivory Coast and the opportunities generated in the agriculture industry, in which there is a lack of processing units in every area. In a report developed with the cooperation of the Ecobank, a financial institution with a strong presence in Western Africa, the coun-try is considered the second largest producer of the most diversified crops in Western Africa. Amongst its crops are cocoa, coffee, cashews, palm oil, cotton, and sugar. Vitor Norinha (Oje).c

    Global Ranking SADC Ranking Country13 1 Maurcias19 2 Seychelles24 3 frica do Sul59 4 Suazilndia61 5 Madagascar68 6 Zmbia81 7 Malawi101 8 Lesoto126 9 Nambia129 10 Moambique141 11 Tanznia142 12 Zimbabwe155 13 Angola159 14 Botswana176 15 R.D. Congo

    SADC Ranking for Tax Competitiveness

    DR

  • Briefing MOAMBIQuE

    iGEpE e innoQ induzem qualidade nas empresas participadas pelo Estado

    O INSTITUTO de Gesto das Empresas Participadas do Estado (IGEPE) e o Instituto Nacional de Normalizao e Qualidade (INNOQ) iniciaram, no fim de 2013, um programa de induo dos Sistemas de Gesto de Qualida-de, Ambiente, Segurana e Sade no Trabalho para as empresas onde o Estado moambicano possua aces. Este ano, as duas instituies deve-ro encontrar-se mais vezes no sen-tido de estabelecer e implementar os sistemas de gesto nas empresas, para alm das principais etapas do processo.Com a colaborao do INNOQ, o IGE-PE tem melhorado a gesto das par-ticipadas do Estado, como resultado de um memorando de entendimento asssinado entre as duas entidades. Trata-se de uma iniciativa promo-vida pelo Governo moambicano, tendo interesse que as participadas adoptem de forma clere as normas internacionais do Sistema de Gesto de Qualidade, Ambiente, Segurana e Sade de Trabalho.O presidente do Conselho de Ad-ministrao do IGEPE, Apolinrio Panguene, revelou que a certificao das empresas pelas normas inter-nacionais traz inmeras vantagens, desde o mbito de competitividade no mercado, liderana, melhoria con-

    tnua e padronizao dos processos, at reduo dos custos das empre-sas, cumprimentos dos requisitos legais, reduo de riscos e acidentes de trabalho.c

    EDM soluciona cortes constantes na capitaliGEpE e innoQ induzem qualidade nas empresas participadas pelo Estado

    PARECE estar para breve o fim dos cortes constantes de corrente elctri-ca na capital do pas. A empresa dina-marquesa Per Aarsleff avanou que conseguiu um contrato com a Electri-cidade de Moambique (EDM) para a construo de linhas de transporte de energia na cidade de Maputo.A informao foi confirmada pelo presidente do Conselho de Admi-nistrao (PCA) da EDM, Augusto Fernando, tendo revelado que o contrato implica a construo de 140 quilmetros de linhas de alta tenso de 275 KV e 100 quilmetros de uma outra linha de 110 KV, bem como a instalao de quatro estaes de transformao a norte e a nordeste da capital Maputo.

    O contrato, avaliado em 96 milhes de dlares, financiados na totalidade pela Danida Business Finance (or-ganismo do governo da Dinamarca) destina-se a garantir o abasteci-mento estvel de energia elctrica a particulares e empresas da cidade das accias. As obras sero reali-zadas em parceria com a empresa portuguesa Seth, devendo as linhas de alta tenso ser subcontratadas Eltel Networks TE AB e s estaes de transformao ABB AB.Quase 90% das linhas de transporte de energia elctrica da cidade de Maputo encontram-se obsoletas, devido aos longos anos de operao, no suportando a crescente deman-da de electricidade por parte dos vrios consumidores da capital do pas.c

    Riopele renasce das cinzas

    A FBRICA txtil Riopele dever rea-brir, em Maro, para produzir fios e tecidos, aps um encerramento de 10 anos. A revitalizao resulta da constituio, em 2012, do consrcio Mozambique Cotton Manufactures (MCM), constitudo pela empresa moambicana Intelec Holdings e pelas portuguesas Mundotxtil, Mun-difios e Crispim Abreu.Localizadas ainda em Marracuene, provncia de Maputo, as instalaes da antiga Riopele, encontram-se num estado avanado de recuperao,

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 27

    DR

    DR

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  • Briefing MOAMBIQuE/MOZAMBIQuE

    DESTAqUE

    O ECOBANk, o banco com mais escrit-rios nos pases africanos, prepara-se para avanar para Angola e Moambi-que em 2014, segundo o presidente da instituio, Thierry Tanoh. A aposta de-corre da meta de fortalecer a sua rede nos pases lusfonos. O Ecobank opera em trs bolsas de valores e em 35 dos cerca de 50 pases africanos, e j tem

    balces em Cabo Verde, Guin Bissau e So Tom e Prncipe.c

    Ecobank este ano em Moambique

    devendo a unidade fabril estar asso-ciada a um programa de produo de algodo em Manica. Nesta provncia, o Instituto de Algodo de Moambi-que est a desenvolver um projecto de fomento e processamento da fibra.O consrcio luso-moambicano j in-vestiu aproximadamente 20 milhes de dlares de um total de 40 milhes de dlares, montante de investimen-to que vai permitir que a Riopele passe a ter fiao, tecelagem e tin-turaria. O presidente da Associao Industrial de Moambique, Francisco Ferreira dos Santos, acredita que esta parceria dever resultar na revitali-zao da Riopele, mas avisa que preciso fazer mais para que a inds-tria txtil volte a ter a dimenso do perodo anterior independncia.c

    28 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    IgEPE and INNOq introduce quality in State companies

    THE Institute of Management for State Companies (IGEPE) and the Na-tional Institute for Quality and Nor-malcy (INNOQ) began, at the end of 2013, a program for the introduction of Quality, Environment, Security, and Health Management Systems in the

    Work environment, for companies in which the Mozambican Government has shares. This year, the two institutions should meet more often in order to establish and implement the business man-agement systems, as well as the main

    stages of the process. With the collaboration of INNOQ, IGEPE has improved their manage-ment of state entities, as a result of a memorandum of agreement signed by the two parties. It is part of an initiative promoted by the Mozam-bican Government, with the hope that the participants rapidly adopt the international standards for the Quality, environment, Safety, and Health Management Systems for the Workplace. The President of the Administra-tive Council at IGEPE, Apolinario Panguene, revealed that the certi-fications for businesses according to international standards brings numerous advantages, from the level of competitiveness in the market, leadership, continuous improvement and standardization of processes, even the reduction of costs in busi-nesses, compliance with legal requi-sites, and there eduction of risks and workplace accidents.c

  • Briefing MOZAMBIQuE

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 29

    EDM solves constant powercuts in the capital

    IT SEEMS that the constant electrical power cuts in the countrys capital are close to an end. The Danish company Per Aarsleff stated that they were able to get a contract with Electricidade the Mocambique (EDM) for the con-struction of energy transport lines in the city of Maputo. The information was confirmed by the Chief Operating Officer (CEO) of EDM, Augusto Fernando, revealing that the contract implies the construction of 140 kilometers of high voltage lines 275 KV and 100 kilometers of another line of 110KV, as well as the installation of four trans-former stations to the north and to the northeast of the capital Maputo. The contract, estimated at 96 million dollars, financed completely by Danida Business Finance (an organ of the Danish government) is meant to guarantee the steady supply of electricity to homes and businesses to the city of Acacias. The construction should be done in partner-ship with the portuguese company Seth, with the high voltage being subcontracted to Eltel Networks TE AB and the transformer stations to ABB AB. Almost 90% of the electrical energy transport lines in the city of Maputo are obsolete, due to the long years of operation, not being able to support the growing demand of electricity to all the consumers in every part of the country.c

    Riopele reborn from the ashes

    THE textile factory Riopele should reopen, in March, to produce threads and cloth, after being closed for 10 years. The revival is the result of a constution, in 2012, of a consortium of Mozambique Cotton Manufactures (MCM), constituted by the mozambican company Intelec Holdings, and the portguese companies Mundotextil, Mundifios, and Crispim Abreu. Based in Marracuene, in Maputo Provine, the installa-tions of Riopele, find themselves in an advanced stage of reconstruction, due to the association by the fabric entity in a cotton production program in Mania. In this province, the Mozambican Cotton Institute is developing a project for the promotion and processing of fiber. The luso-mozambican consortium has already invested approximately 20 million dollars out of a total of 40 mil-lion dollars, an investment that will allow Riopele to have spinning, weaving, and dyeing equipment. The president of the Mozambique Industrial Association, Francisco Fer-reira dos Santos, believes that the partnership should result in the revival of Riopele, but warns that it is neces-sary to do more in order for the textile industry to return to the dimension it was in the period before indepen-dence.c

  • DOSSIER

    Os desafios dos municpios

    Os elencos sados nas eleies de Novembro e Dezembro (apenas em Nampula) de 2013, nos 53 municpios, tm desafios quase semelhantes, sendo que as autarquias

    menos desenvolvidas possuem a oportunidade de elaborar os planos de estrutura urbana que podem

    evitar problemas visveis em cidades como Maputo e Matola. Em geral, os municpios deparam-se com problemas no sector das estradas, saneamento do meio, abastecimento de gua, disputa de terras, uma situao associada fraca capacidade financeira das autarquias. Penso que as autoridades municipais

    1.33%

    0.66%

    5.17%

    Cidade de Maputo

    Municpios Populao Taxa de crescimento anual

    Cidade da Beira

    Cidade de Nampula

    1,094,628

    431,583

    471,717Fonte: Instituto Nacional de Estatsticas (INE)

    Crescimento anual dos municpios face sua populao

    devem encontrar formas de se tornarem mais independentes do Governo central e de doaoes externas. Neste momento, a maior parte dos oramentos dos municpios depende em mais de 50% das alocaes do Oramento do Estado, pelo que urge mudar este cenrio, indicou o economista Constatino Marrengula.A ministra de Administrao Estatal, Carmelita Namashilua, desafiou os municpios a incrementar a capacidade de colecta de receitas como forma de assegurar o desenvolvimento sustentvel das autarquias, atravs do aproveitamento integral das oportunidades que as janelas fiscais oferecem. Os municpios tm legitimidade para cobrar cerca de 10 designaes fiscais aos muncipes, entre impostos, taxas, licenas e multas, contudo a janela pouco explorada.

    Estradas, transportes e solo urbano

    O presidente do Municpio de Maputo, David Simango, conseguiu renovar o seu mandato em Novembro, e tem conscincia de que h muito trabalho por realizar nas reas das estradas, como forma de garantir uma transitabilidade condigna. O seu vizinho da Matola, recentemente eleito para dirigir a edilidade, Calisto Cossa no herdeiro de estradas e ou infraestruturas dignas, pelo que as suas promessas eleitorais devem ser postas em prtica nos cinco anos de governao municipal. David Simango prometeu um metro de superficie, como forma de

    30 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    DR

  • Cidade da Beira

    Mdia de todosmunicpios do pas

    Cidade de Nampula

    Fonte: Finanas locais: desempenho e sustentabilidade dos municpios Moambicanos, Instituto Estudos Sociais e Econmicos (IESE)

    Capacidade de abastecer as despesas por via da receita

    65%

    65%

    80%

    55%

    Cidade de Maputo

    Mdia de todosmunicpios do pas

    Cidade de Nampula

    Fonte: Finanas locais: desempenho e sustentabilidade dos municpios Moambicanos, Instituto Estudos Sociais e Econmicos (IESE)

    24%

    31%17%

    32%Cidade de Maputo

    Cidade da Beira

    Peso das Receitas Fiscais dos Municpiosnas Receitas Prprias Totais

    resolver o problema de transporte que enferma a capital, difultando inclusive as ligaes entre esta e demais localidades da provncia de Maputo.Pelo valor que cada poro de terra representa em muitos municpios do pas, tem estado a crescer o nmero de casos de pessoas que disputam pelos ttulos de propriedade de terras. Em Maputo, Matola, Beira, Tete e Nampula, os casos de conflito motivados pela posse de terra multiplicam a cada dia que passa.Mau grado se debater com problemas de natureza diversa, prprios de uma cidade em crescimento, o Municpio da Beira quer tornar-se uma referncia obrigatria na agenda moambicana. Com a proteco costeira praticamente assegurada e algumas vias pblicas pavimentadas, Chiveve revela-se uma autarquia rejuvenescida. Porm, as questes relacionadas com o sistema de saneamento do meio na zona urbana, a precariedade de alguns edifcios e o desordenamento territorial continuam a ser

    os principais desafios da edilidade de Daviz Simango. Na componente da rede rodoviria, a Beira continua a ser bastante pressionada pelo grande fluxo de camies, situao tpica de uma cidade porturia e com ligao a vrios cantos do continente que, por dia, recebe em mdia 700 camies.

    Nos ltimos dois anos, a edilidade levou a cabo uma campanha de melhoramento das vias pblicas, sobretudo as de terra batida, tendo grande parte beneficiado de recarga do solo.

    Comrcio informal

    Um nmero significativo de municpios debate-se com o problema de possuir um sector informal desorganizado que chega a aglomerar-se no centro da cidade, como o caso dos municpios de Maputo e Quelimane. As autoridades municipais da capital do pas tentaram sem sucesso retirar milhares de moambicanos que vendem de forma desordenada nas vias, e o motivo deveu-se ao tamanho da reaco. O presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel da Arajo, deixou claro que no tem nenhum programa para tirar os vendedores informais das ruas, pelo facto deste ser o meio de sustento de milhares de famlias.c

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 31

  • DOSSIER

    32 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    The rosters that resulted from the November and Decem-ber 2013 elections (except in Nampula), in 53 munici-palities, have similar chal-lenges, being that the least

    developed municipalities have the opportunity to elaborate structural urban plans to avoid problems that can be seen in cities likes Maputo and Matola. Overall, the municipalities are facing problems with roads, urban sanita-tion, water, land disputes, a situation associated with the weak financial capacities of the municipalities. I think that municipal authorities should find ways of becoming more

    independent from the central Govern-ment and external donations. At this moment, most of the municipalities depend on the State budget for over 50% of their budgets, it is urgent to change this scenario, indicated the economist Constantine Marrengula. The minister of State Administration, Carmelita Namashilua, challenged the municipalities to implement the ability to create profits as a means of assuring the sustainable develop-ment of the municipalities, through the full use of the opportunities of-fered by tax breaks. The municipali-ties have the legitimacy to charge around 10% of municipal taxes, be-tween taxes, licenses and fines, over-

    all the breaks are under-explored.

    Roads, transport and urban soil

    The mayor of Maputo, David Simango renovated his mandate in Novem-ber, and is aware that there is a lot of work to be done on the roads, in order to guarantee proper transit. Its neighbor Matola, whos recently elected Mayor, Calisto Cossa, hasnt inherited proper roads or infrastruc-tures, and so his electoral promises must be put to practice in the five years of municipal governance. David Simango promised a surface metro, as a means to resolve the

    The challengesof the municipalities

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 33

    transport problem that grips the city, making difficult even the links between this and the districts of the Maputo Province. By the value of each portion of land represented in many municipalities in the country, the number of people who dispute cases for the deeds to land has been growing. In Maputo, Beira, Tete and Nampula, the cases of conflict caused by land ownership multiplies everyday. Despite struggling with different problems, signs of a prospering city, the Municipality of Beira wants to become a point of reference in the countrys agenda. With coastal protection practically ensured, and most roads paved, Chiveve reveals itself to be a rejuvenated municipal-ity.However, issues related to the system of sanitation in the urban area, the precariousness of some buildings and land disordering re-main the main challenges of the city council-man Daviz Simango. On the road network component, Beira continues to be hard pressed by the large flow of trucks, typical situation of a port city and connected to various corners of the continent which, per day, receives an average of 700 trucks. Over the past two

    1.33%

    0.66%

    5.17%

    Maputo

    Municipality Population Annual growth rate

    Beira

    Nampula

    1,094,628

    431,583

    471,717Source: National Institute of Statistics (INE)

    Annual population growth of municipalities

    Beira

    National average

    Nampula

    Source: "Local Finances: effort and sustainability of Mozambican Municipalities" Institute of Social and Economic Studies (IESE)

    Capacity to supply expenses through income

    65%

    65%

    80%

    55%

    Maputo

    National average

    Nampula

    Source: "Local Finances: effort and sustainability of Mozambican Municipalities" Institute of Social and Economic Studies (IESE)

    24%

    31%17%

    32%Maputo

    Beira

    Tax Revenues of Municipalitiesas a percentage Total Treasury Revenues

    years, the City Council has undertak-en a campaign to improve the public roads, especially dirt roads, having

    largely benefited recharge soil.

    Informal Commerce

    A significant number of municipali-ties is faced with the problem of hav-ing an unorganized informal sector that comes to cluster in the center, as is the case of the cities of Maputo and Quelimane. The municipal au-thorities of the capital city tried un-successfully to withdraw thousands of Mozambicans selling a disorderly manner on the roads, and the reason was due to the size of the reaction.The President of the Municipal Coun-cil of Quelimane, Manuel de Araujo, made it clear that it has no program to take informal street vendors, be-cause of the fact that this is the live-lihood of thousands of families.c

  • 020406080

    100120140160

    Despe

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    Educa

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    o

    Previso 2013 Plano 2014

    117,6

    135,7

    30,7 37,9

    15,4 19,132,3 32,1

    17,4 22 14,6 17,5 6,7 7,1 5,9 6,4 0,8 0,7

    Despesas nos sectores prioritrios (milhes de meticais)

    Foco ECONOMIA

    Sectores prioritriostm mais 10% do OEEducao, Sade, Infraestruturas e Agricultura vo consumir uma proporo significativa do bolo e as despesas relativas criao de postos de trabalho tero s 0,3% do que ser alocado s prioridades.

    Em 2013, os sectores estrat-gicos para o desenvolvimento social e econmico nacional mereceram 58.5% do bolo. Os nmeros actuais revelam que os esforos do Governo

    em alocar cada vez mais recursos no sentido de erradicar a misria prosseguem este ano, o ltimo do ciclo de implementao do Programa Quinquenal do Governo (2010-2014) e do Plano de Aco para a Reduo da Pobreza (PARP 2011-2014).Em conjunto, os sectores estratgicos iro absorver 135.716,2 milhes de meticais, o que equivale a 68,3% das despesas totais excluindo as operaes financeiras e os encargos da dvida. Em relao a 2013, o valor alocado a estes sectores aumenta em 18.098,9 milhes de meticais, ou 9,8%.De acordo com o Oramento do Esta-do (OE) aprovado pela Assembleia da Repblica em Dezembro do ano pas-sado, a Educao, Sade, Infraestru-turas e Agricultura vo consumir uma proporo significativa do bolo, e as despesas relativas criao de postos de trabalho tero apenas 0,3% do que ser alocado s priori-dades (690 milhes de meticais).Entre as diversas realizaes previs-

    tas, o sector da Sade destaca o in-cio da construo de cinco hospitais em distritos das provncias de Gaza, Inhambane, Manica e dois na Zam-bzia, alm da concluso do Hospital Distrital de Mapai, em Gaza.Na Educao, sero contratados 8.830 novos professores. No sector das Infraestruturas o destaque vai para a construo e reabilitao de estradas e a produo de alimentos a palavra de ordem na Agricultura.

    Quanto ao emprego, iro entrar para o mercado de trabalho mais 183 mil pessoas e, no que diz respeito Energia, a rede de distribuio de electricidade de Cahora Bassa pre-tende chegar a todos os distritos.Em termos globais, as despesas do Estado devero atingir 229.721,5 milhes de meticais, o correspon-dente a 42,9% do PIB, um aumento em 2,7% do PIB face a 2013.c

    34 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

  • Focus on ECONOMYFocus on ECONOMY

    Priority Sectors have more than 10% of the SBHealth, Education, Infrastructure, and Agriculture will consume a significant portion of the cake and the relative costs of job creation will only be 0.3% of what will be allocated to the priorities.

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 35

    In 2013, the strategic sectors for national social and eco-nomic development deserve 58.5% of the cake. The actual numbers reveal that Government efforts to allocate

    ever more resources in order to eradicate poverty proceed this year, the last cycle of the Govern-ment 5-Year Program (2010-2014) and the Action Plan for the Reduc-tion of Poverty (PARP 2011-2014). Together, the strategic sectors will absorb 135.716,2 million meti-cals, the equivalent of 68% of total expenses- excluding finan-cial operations and incurred debt. In relation to 2013, the value allo-cated for these sectors increased by 18.098,9 million meticals or 9.8%. According to the State Budget (SB) approved by the Assembly of the Republic last December, Educa-tion, Health, Infrastructure and Agriculture will consume a signifi-cant portion of the cake, and the relative costs of job creation will have only 3% of what is allocated to the priority sectors (690 million meticals). Amongst the foreseen actions, the Health sector highlight the begin-ning of construction of five hos-

    pitals in districts in Gaza, Inhaca, Manica, and two in Zambezia, as well as the conclusion of the Mapai District Hospital, in Gaza. In Education, 8,830 new teachers will be contracted. In the Infra-structure the highlight goes to the construction and rehabilitation of roads, and raw materials are the focus in the Agricultural industry.

    As for employment, 183 thousand more people will be employed, and in respect to Energy the dis-tribution network from Cahora Bassa should reach all districts. In global terms, the State expens-es should reach 229.721.5 million metals, the corresponding 42.9% of the GDP, an increase of 2.7% of 2013s GDP. c

    020406080

    100120140160

    Total E

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    Forecast 2013 Plan 2014

    117,6

    135,7

    30,7 37,9

    15,4 19,132,3 32,1

    17,4 22 14,6 17,5 6,7 7,1 5,9 6,4 0,8 0,7

    Expenses in priority sectors (million meticals)

  • Foco NEGCIO

    Projecto imobiliriona marginal de Luandaaberto a investidores externos

    36 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    O projecto imobilirio na margi-nal de Luanda, no valor de mil milhes de euros est aberto a investidores externos, de acor-do com o vice-presidente da sociedade gestora, Carlos Silva.

    O responsvel, que tambm presi-dente do Conselho de Administrao do Banco Privado Atlntico, destacou a estabilidade macroeconmica que Angola vive, para justificar a adeso de mais investidores ao projecto, cujo desenvolvimento imobilirio pretende ser uma referncia urbana no conti-nente africano.Temos sociedades com investidores chineses, portugueses, espanhis e an-golanos. um investimento que assenta na requalificao de uma das zonas mais emblemticas do pas, devolvendo cidade todo o equilbrio ecolgico, salientou. De acordo com o projecto, s metade do espao [nove hectares] ir ter edifcios, o resto sero zonas verdes.O principal argumento da Sociedade

    Baa de Luanda (SBL), que gere o pro-jeto, cujos primeiros 25 edifcios j foram apresentados num investimento global de mil milhes de euros, o facto da construo civil ser um dos sectores no petrolferos que mais investimento estrangeiro capta em Angola, com uma quota de cerca de 35%.

    H muitos edifcios na baixa de Luanda, mas no h metros quadrados dispon-veis

    Os principais accionistas da SBL so a petrolfera angolana Sonangol, o Banco Privado Atlntico, o Banco Comercial Portugus e a Finicapital, um inves-timento de cerca de 300 milhes de euros no projecto de requalificao, e que se espera venha a ser recuperado em 10 anos.As reas de construo da SBL to-talizam 494 mil metros quadrados, distribudos por trs parcelas, ao longo

    da marginal, incluindo o futuro Centro Financeiro.Para Miguel Carneiro, administrador--executivo da SBL, a oferta de escri-trios encontra-se justificada pela procura do mercado, desvalorizando a contnua construo de novos edifcios em Luanda, de tipologia de servios.H muitos edifcios a serem construdos na baixa de Luanda, no entanto, no h metros quadrados disponveis. Esses mesmos edifcios j tm os seus metros quadrados ocupados. A maior parte destes edifcios s arrancaram a sua construo quando j tinham as vendas realizadas, salientou.Citando casas de avaliao e monitori-zao do mercado imobilirio em An-gola, Miguel Carneiro adiantou que a procura mantm-se, a economia ango-lana vai continuar a crescer, o sector da construo, o sector dos servios, todo o sector no petrolfero est a crescer em Angola, nomeadamente no plano de desenvolvimento do sector industrial. Miguel Carneiro disse ainda que a SBL estima o valor do metro quadrado na zona de interveno do empreendi-mento entre 2.180 e 3 mil euros, abai-xo e acima do solo e incluindo o valor do terreno. importante realar que o projeto Baa de Luanda no seu conceito tem exata-mente esta preocupao em oferecer ao mercado o metro quadrado a um valor o mais eficiente possvel. O valor do metro quadrado dos terrenos na Baa de Luanda situa-se nos 650 euros o metro quadrado, referiu o mesmo.c

    DR

  • Capital Magazine FEVEREIRO 2014 37

    Focus BuSINESS

    The real estate project on Luandas boardwalk, valued at a thousand million euros is open to foreign investors, ac-cording to the vice-president of the managing group, Carlos

    Silva. The man responsible, who is also President of the Banco Privado Atlanticos Administrative Council, highlighted that the macroeconomic stability in which Angola lives, to justify the addition of more investors in the project, whose real estate development is meant to be an urban reference on the african continent. We have societies with Chinese, Portuguese, Spanish, and angolan investors. It is an investment that accents the requalification of one of the most important areas in the country, returning the cities ecological balance he highlighted. In accordance with the project, only half of the space (nine hectares) will have buildings, the rest will be green spaces. The main argument of the Luanda Bay Society (SBL), which is managing the project, whose first 25 buildings have already been presented in a global investment of one thousand million euros, is the fact that civil construction is one of the sectors that does not involve petrol which has the most investment per capita in Angola, with a quota of about 35%.

    There are a lot of buildin-gs in downtown Luanda, but no square meters available

    The main stakeholders of SBL are the petroleum company Sonangol, the Banco Privado Atlantico, the Portuguese Comercial Bank, and Fini-capital, an investment of around 300 million euros in the requalification project and a return is expected to occur within the next 10 years.

    Real Estate project forLuandas waterfront opento foreign investors

    The SBL construction areas are over 494 thousand square feet, distribu-ted over 4 lots, along the coast, in-cluding the future Financial District. For Miguel Carneiro, SBLs executi-ve administrator, the offer of office space is justified by the market demand, devaluing the continuos construction of new office buildings in Luanda. There are a lot of buildings being constructed in downtown Luanda, meanwhile, that arent enough square meters available. Theses same buildin-gs already have their square meters occupied. The construction of most of these buildings only began after the space had been sold, he added. Citing evaluation and monitoring appraisals in the real estate market in Angola, Miguel Carneiro added

    that the demand still exists, the angolan economy will continue to grow, the construction sector, the service sectors, all non-petrol sectors are growing in Angola, namely the development plan for the industrial sector. Miguel Carneiro also stated that the SBL estimates that the value a square meter in the area where the enterprise is happening is between 2.180 and 3 thousand euros, above and below ground including the value of the land. It is important to reiterate that the Luanda Bay project in its concept is concerned with offering the market a square meter at the most efficient price possible. The value of the square meter at the lots on the Luanda Bay are around 650 euros per square meter, he said. c

    DR

  • PlAtAFORMA EMPRESARIAl

    38 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    No um dado novo que com o desenvolvimento das Tecnologias de Informao, disponibilidade da Internet e possibilidade de ver qualquer filme em casa, a cultura do

    cimena em Moambique (e no s) est em vias de extino. mesmo neste quadro de contrarie-dades que a Lusomundo Moambique pretende ir em contra-mo e chamar toda a gente s salas de cinema para conferir as mais recentes novidades em Trs Dimenses (3D), este ano.J consolidada em Maputo, com a apresentao de propostas cine-matogrficas para gente de todas as idades, a vez de conquistar os matolenses, com a materializao do complexo de cinemas no Centro Co-mercial Parque dos Poetas.

    Segundo o director-geral da Luso-mundo, Lus Mota, numa primeira fase, o complexo ter duas salas com tecnologia de ponta em 3D, imagem e som digitais de ltima gerao. Na fase posterior, o espao ser ampliado para quatro salas de cinema, naquele que representa uma fase importante de expanso da empresa em Moam-bique.A ambio da Lusomundo ir mais longe. Investir continuamente na cobertura de mais geografias deste vasto pas e fazer de Moambique um dos grandes receptores de cinema e cultura de qualidade, com mais tec-nologia de primeira linha e criao de postos de trabalho.A ideia estrear c filmes, em simul-tneo, com a Europa.Hoje, a procura pelos servios da Lu-

    Lusomundo promete levar mais gente s salas de cinema

    somundo alta. Mas a construo do complexo da Matola (em parceria com o respectivo Conselho Municipal) e o diferencial que se pretende introduzir na qualidade dos servios vai elevar a adeso dos moambicanos s salas de cinema.

    Facebook, a alavanca!

    Desde que a Lusomundo conquistou o mercado com a exibio de filmes em 3D, todas as novidades so veicu-ladas no Facebook e ganham grande notoriedade. Ver um filme em casa, pode no ter custos. O ingresso do cinema custa entre 200 e 350 meticais, mas o re-sultado compensa, basta olhar para a quantidade de visualizaes que as novidades da Lusomundo levam no Facebook. Todos os produtos novos tm centenas de dezenas de comet-rios. O facebook , sem dvidas, uma das mais importantes ferramentas de divulgao dos produtos da Luso-mundo.A projeco de tal modo que a cadeia de comunicao social e de cinema portuguesa a Lusomundo conseguiu sacudir a presso da con-corrncia das televises e conquistar, gradualmente, espao prprio.H alguns anos, a Lusomundo enfren-tava srias dificuldades de falta de pblico porque exibia filmes que j tinham passado nos canais de tele-viso. A situao levava, inclusive, ao encerramento de algumas sesses. Hoje, o problema est ultrapassado e o futuro parece reservar dias ainda melhores.c

  • BuSINESS PlAtFORM

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 39

    It is not a new fact that with the development of Information Technology, internet availabil-ity and the ability to watch any movie at home, the culture of cinemas (amongst others) in

    Mozambique is on the way to extinc-tion. Lusomundo will be going specifi-cally against this, and will be calling everyone to movie theaters to see the most recent movies in three-dimensions (3), this year. Already consolidated in Maputo, with the presentation of cime-matograhic proposals for people of all ages, it is time to conquer the people of Matola, with the construc-tion of a Movie Theatre at the Cen-tro Comercial Parque dos Poetas. According to Lusomundos General Director, Luis Mota, in the first phase, the theatre will have two show-rooms with the newest 3-D technol-ogy, and the latest generation sound and image. In the next phase, the space will be expanded to have four

    showrooms, which will represent an important phase for the companys expansion in Mozambique. Lusomundos ambition is to go even further. To invest continuously in the coverage of more geographic loca-tions of this vast country, and make mozambique one of the large recep-tors of cinema and quality culture, with more first line technology, and job creation. The idea is to debut movies here, simultaneously, with Europe. Today, the demand for Lusomundos services is high. But the construction of a movie theater in Matola (in part-nership with the Municipal Council) is the difference that we hope to introduce in the quality of services that will lead to Mozambicans filling up out movie theaters.c

    Facebook, a alavanca!

    Since Lusomundo conquered the market with the exhibition of 3D movies, all the news are posted on

    Facebook, and get a lot of attention. Watching a movie at home may not have any costs. A movie ticket costs between 200 and 350 meticals, but the result is compensating, just look at the number of views that the Lu-somundo news have on Facebook. All the products have hundreds of comments. Facebook, is without a doubt, one of Lusomundos most important marketing tools.The projection is done in such a way that the network of social commu-nication and of portuguese cinema- Lusmondu- was able to shake off the competition from television, and gradually conquer its own space. For a few years, Lusomundo, con-fronted several difficulties with a lack of an audience because they showed movies that had already been seen on tv. The situation even led to the cancellation of some shows. Today, the problem has been surpassed and the future seems to predict that even better days will come.c

    Lusomundo promises to take more people to movie theaters

  • Moambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gs natural do mundo A costa de Cabo Delgado tem um potencial que pode tornar o nosso pas um dos maiores players do sector de energia global. No entanto, tudo vai depender do andamento dos projectos de liquefao de gs natural, cuja exportao est prevista iniciar daqui a quatro anos. A observao pertence a John Peffer, presidente da Anadarko em Moambique, uma multinacional americana que opera na Bacia do Rovuma.

    40 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

  • tEMA DE FuNDOtEMA DE FuNDO

    Qual o peso de Moambique como um produtor de gs nos mercados em que actua a Anada-rko?Moambique pode ganhar grande importncia no panorama global da produo de gs natural. A Ana-darko descobriu aqui quantidades suficientes de gs para projectar o pas, mesmo que no seja ex-portado. Alm disso, sermos uma das maiores empresas de petrleo do mundo um factor importante, coloca Moambique em posies de topo e chama a ateno para os principais mercados de consumo de energia. No entanto, os benef-

    cios do gs natural para o desen-volvimento social e econmico do pas s se tornar evidente com o incio dos primeiros carregamentos de GNL, em 2018.

    Na rea concessionada Anadarko - rea 1 da Bacia do Rovuma - qual o potencial esperado de gs e que volumes j foram descober-tos?Ns encontramos mais de 65 trili-es de ps cbicos de gs natural recupervel. A pesquisa ainda est em andamento e acreditamos que ainda h muito gs para desco-brir nesta rea. Em nossa opinio, Moambique tem potencial para se tornar um player essencial no mercado mundial, com capacidade para exportar 50 milhes de to-neladas de gs natural liquefeito (GNL) por ano, atrs de potncias como o Qatar e Austrlia.

    Em 2010, a Anadarko anunciou a descoberta de petrleo em quan-tidades no comerciais. Qual a probabilidade de novas descober-tas de petrleo em quantidades economicamente viveis ?Ainda existe um potencial para petrleo, embora, a bacia tem-se demonstrado muito mais propen-sa para o gs natural. Ns ainda temos um trabalho de explorao adicional a fazer para definir com-pletamente a quantidade e tipo de recurso na bacia.

    Olhando para as caractersticas geolgicas da costa, onde Ana-darko opera, e de acordo com a experincia da empresa em vrios pontos do mundo, Moambique pode ser um produtor de petr-leo?Nosso foco mudou at certo nvel para desenvolver os enormes re-cursos de gs natural descobertos

    at hoje. Como mencionado, temos uma explorao adicional prevista para 2015, por isso vamos ver o que esses esforos vo revelar.

    H informaes sobre um possvel consrcio com a italiana ENI para a criao de um complexo de pro-duo. Como ser operacionaliza-do esse consrcio?Estamos procura desde o ano passado de um parceiro. Chega-mos a um acordo com a ENI para avanar com o Consrcio, e temos a inteno de instalar duas unida-des de liquefao de gs natural. Atualmente, esperamos partilhar as instalaes terrestres, mas cada parte ir operar com recursos prprios e ter responsabilidades especficas no consrcio. O parque de GNL em terra ser instalado em uma extenso de sete mil hectares e, se necessrio , temos permisso para expandir.

    Como ser feita a diviso das res-ponsabilidades tendo em conta a complexidade dos investimentos necessrios?Ns ainda estamos a trabalhar nos detalhes. No h uma resposta que possa dar agora, mas pensamos em produzir juntos 10 milhes de toneladas por ano no projeto inicial. O investimento necessrio para instalar as fbricas encontra--se estimado em pelo menos 12 a 16 bilies de dlares, que sero partilhados dentro do consrcio liderado pela Anadarko e a ENI.

    Como tem funcionado a relao com as empresas moambicanas e quantas j prestam servios Anadarko?O relacionamento da Anadarko com Moambique muito bom. A Anadarko foi uma das primeiras empresas de petrleo a investir

    John Pefferainda existe um potencial para petrleo, embora, a bacia tem-se demonstrado muito mais propensa para o gs natural. ns ainda temos um trabalho de explorao adicional a fazer para definir completamente a quanti-dade e tipo de recurso na bacia.

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 41

  • significativamente em Moam-bique, tendo sido objectiva na instalao de mquinas para o desenvolvimento de actividades de explorao. Este aspecto pode ter sido crucial para as boas rela-es estabelecidas com o Governo. Alm disso, o relacionamento que desenvolvemos com empresas moambicanas que prestam servi-os tambm muito bom. Existem cerca de 100 empresas moambi-canas que prestam servios para ns.

    A construo uma das reas pro-curadas pela Andarko no sentido de providenciar infraestruturas. Quais so as outras?Vamos continuar a investir nas telecomunicaes. Pretendemos tambm portos capazes de res-ponder s necessidades de uma indstria de energia slida. Sen-timos falta de um aeroporto em Palma (distrito de Cabo Delgado, onde Anadarko opera). Alm disso, o servio de energia elctrica deve ser expandido no distrito, cujo potencial se estende disponibi-lidade de fertilizantes naturais. No norte, est previsto ser construdo um porto para o transporte de GNL, enquanto o projecto de Gs Natural Liquefeito (GNL) proposto avana.

    A Anadarko tem uma experincia consolidada no mercado nigeria-no. At que ponto essa experin-cia pode vir a encurtar caminhos em Moambique?A Anadarko j esteve em muitos pases de frica, sobretudo da fri-ca Ocidental. E por ser uma grande companhia, com uma presena inegvel neste continente, posso dizer, seguramente, que este po-der ser um mercado na linha dos pases de grande sucesso.c

    Em Dezembro de 2006, o governo moambicano concedeu multinacio-nal americana Anadarko o direito de prospeco da rea 1 da Bacia do Rovuma. Desde aquela poca, a Anadarko e seus parceiros perfuraram mais de 20 poos em guas profundas na rea Offshore do bloco 1, descobrindo valores estimados entre 35 e 65 trilies de ps cbicos (Tcf) de gs natural recupervel. Seis poos descobertos no complexo

    estavam entre as maiores descobertas em toda a frica em 2010, 2011 e 2012.Neste momento, a Anadarko est comprometida com a formao de moambicanos que possam ajudar a construir o parque de GNL e atividades associadas. Os graduados especializam-se em matrias de sade, segurana e nas habilidades essenciais ao local de trabalho. Este ano, a multinacional d incio ao projecto LNG. Os investimentos brutos feitos at agora j somam cerca de trs bilies de dlares.c

    Anadarko em Moambique

    42 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

  • BACKGROuND tHEME

    Capital Magazine FEVEREIRO 2014 43

    What is the weight of Mozambique as gas a producer in the markets in which Anadarko operates? Mozambique can gain great im-portance in the global panorama of natural gas production. Anadarko discovered here sufficient quantities of gas to project the country, even if it is not being exported. Moreover, we are one of the largest oil com-panies in the world is an important factor, puts Mozambique on top positions and draws attention to major markets of energy consump-tion. However, the benefits of natural gas in the social and economic de-velopment of this country will only become apparent with the onset of the first LNG cargoes, in 2018.

    In the area concessioned to Anadar-ko - Area 1 of the Rovuma Basin - what is the expected potential for gas and what volumes have already been discovered?

    Mozambique may become the worlds third largest natural

    gas exporterBlending in to the Cabo Delgado coast is a potential that

    can make our country one of the largest players in the global energy sector. However, everything will depend

    on the progress of projects liquefaction of natural gas, whose export is expected to start in four years. The observation belongs to John Peffer, president of

    Anadarko in Mozambique, an American multinational that operates in the Rovuma Basin.

    John Peffer

    there is still a potential for oil; although, the basin has proven to be much more natural gas-prone. we still have additional explora-tion work to do to fully define the quantity and type of resource in the basin.

  • 44 FEVEREIRO 2014 Capital Magazine

    Weve found more than 65 trillion cubic feet of recoverable natural gas. The survey is still ongoing and we believe there is still much gas to discover in this area. In our opinion, Mozambique has the potential to become an essential player in the world market, with capacity to ex-port 50 million tonnes of Liquefied Natural Gas (LNG) per year, behind potencies such as Qatar and Aus-tralia.

    . In 2010, Anadarko announced the discovery of oil in non-commercial quantities. What is the probability of new oil discoveries in economi-cally viable quantities?There is still a potential for oil; although, the basin has proven to be much more natural gas-prone. We still have additional explora-tion work to do to fully define the quantity and type of resource in the basin.

    Looking at the geological features of the coast where Anadarko oper-ates, and according to the com-panys experience in various spots in the world, Mozambique could be an oil producer? Our focus has shifted to some de-gree to developing the massive natural gas resources weve discov-ered to date. As mentioned, we do have some additional expl