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4 JUNHO 2014 · Capital Magazine

34 Da (in)sustentabilidade da dívida pública à

revisão do PIB em alta O FMI alerta para o facto de que o

rápido aumento da dívida pública vai atingir níveis insustentáveis e a agência Moody’s, reforçou a ideia. Tudo indica que há riscos reais do Governo perder a capacidade de honrar os compromissos de dívida contraída para financiar projectos de desenvolvimento.

36 Nova era de cooperação com o Velho Continente

A Alemanha, a mais poderosa econo-mia da Europa, quer consolidar a sua presença no país com a abertura do Gabinete para o Fomento Económico Moçambique-Alemanha, uma espé-cie de Câmara de Comércio que vai identificar e explorar oportunidades de negócios.

40 Empresariado tem de combater mais a corrupção

O Centro de Integridade Pública (CIP) desenvolve estudos no sentido de melhorar a qualidade de vida dos moçambicanos. Altos níveis de pobreza e de corrupção são os temas que mais o inspiram e que incomodam decisores e multinacio-nais que operam na área extractiva. Saiba como com o seu director geral, Adriano Nuvunga.

62 Educação também é negócio As deficiências do sistema educativo

moçambicano apontam para a for-mação de um trabalhador que não desenvolve habilidades importantes para o trabalho, como a concentra-ção, a capacidade de abstração e a agilidade mental, que se reflecte na qualidade do trabalho produzido. Saiba como a Educação pode ser catalisadora de negócios com um artigo escrito pelo Professor António Batel Anjo.

Sumário

Destaques

propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., 1ª Rua Perpendicular nº 15 - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – [email protected] – Director Geral: André Dauane – [email protected] – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Sérgio Mabombo – [email protected] – Secretariado administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; – ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected], ; – Distribuição:Ímpia– [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

CapaEmpresariado temde combater a corrupção

Dossier Foco Empresa

Tema de fundo

Crescimentoeconómico desacelera

Recursos Humanoscom solução à vista

Empresariado tem de combater mais a corrupção

30 38

40

Page 5: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 5

Editorial

Bem-vindo

Plataforma empresarial

UP-GRADE

Estilos

CIS contribui parao desenvolvimento sustentável de Nacala

Um ano passadoe a Riopele não arrancou

Buongiorno,Principessa!

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53

74

A Capital elegeu como capa do mês de Junho o desempenho do Centro de Integridade Pública (CIP) e traz uma grande entrevista com o seu director geral, Adriano Nuvunga. O Centro de Integridade Pública realiza estudos com o objectivo de melhorar a qualidade de vida

dos moçambicanos. Os temas que mais inspiram as pes-quisas, realizadas e divulgadas ao público por aquela organização, têm sido os altos níveis de pobreza e de corrupção. Temáticas que, muitas vezes, incomodam os decisores e as multinacionais que operam sobretudo na área extractiva. Nesse sentido, o CIP tem vindo a ser criticado por uns e elogiado por outros, mas na verdade tem vindo a con-tribuir para que a corrupção suba ao palco do debate público e da governação. Muita gente enriqueceu durante décadas, por vias ilí-citas, mas nunca se falava sobre isto de forma aberta e transparente. Actualmente, já se aborda o tema e constata-se uma considerável melhoria graças à inter-venção do CIP. Ao mesmo tempo, a indústria extractiva – em franca progressão no país - melhorou bastante no que diz respeito a aspectos relacionados com o quadro institucional, e quanto à Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva, entre outras vertentes. E registam-se igualmente melhorias na alocação dos orçamentos para os distritos e na execução de despesas a nível local. No entanto, e apesar das conquistas feitas, o desempe-nho do sector privado no esforço de reduzir os níveis de corrupção não tem sido o melhor. O CIP alerta para o facto de que o sector privado moçambicano não adere ao debate anticorrupção, quando o ideal seria que fosse mais interventivo e arregaçasse as mangas. O empenho dos empresários no combate à corrupção é essencial para uma economia saudável e um bom ambiente de negócios.c

Contra a corrupção. A favorda transparência

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Contents

property and Edition: Mozmedia, Lda., 15- 1ª Rua Perpendicular-Coop, – Telephone: +258 21 416186 | Fax:+258 21 416187 – [email protected] – Managing Director: André Dauane – [email protected] – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Sérgio Mabombo – [email protected] – administrative Secretariat: Indira Mussá – [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; photography: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; – illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. page make-up: Arlindo Magaia – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – [email protected]; – Distribution: Ímpia – [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

CoverThe business community has to fight corruption harder

8 JUNHO 2014 · Capital Magazine

35 From the (un)sustainability of the public debt to the revision of the GDP - highlight

The IMF alerts on the fact that the rapid increase of the public debt will hit unsustainable levels, and the agency Moody’s reinforced the idea. It all suggests that there are real risks that Government loses its capacity to honor the commitments from the debt acquired to finance development projects.

37 New era of cooperation with the Old Continent

Germany, the most powerful eco-nomy in Europe, wants to cement its presence in Mozambique, through the opening of an Office for Econo-mic Promotion Mozambique – Ger-many, in mid-April – Some form of Chamber of Commerce which aims at identifying and explore business opportunities.

44 Business community has to fight corruption harder

The Public Integrity Centre carries out studies towards improving Mo-zambicans’ life quality. It is mostly inspired by topics such as high poverty levels and corruption, and these bother decision makers mul-tinationals operating in the mining industry. Get to know how, with its General Director, Adriano Nuvunga.

64 Education is also business The deficiencies of the Mozambican

educational system suggest the training of a staff member who does not gather the main abilities for the desired work, such as concentration, abstraction capacity and mental agility, which is reflected on the work performed. Through an article writ-ten by the Professor António Batel Anjo, get to know how education may be a catalyzer for business.

Highlights

Dossier Focus Company

Background Theme

Economic growthdecelerates

Human Resourceswith Solution in Sight

Business communityhas to fight corruption harder

32 39

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Capital Magazine · JUNHO 2014 9Capital Magazine · Março 2013 9

Editorial

Welcome

Capital Magazine · JUNHO 2014 9

For June’s front cover, the Capital has elected the performance of Public Integrity Centre (CIP), and brings along a great interview with its general director, Adriano Nuvunga. The Public Integrity Centre conducts studies with the objective of improving the quality of life among

Mozambicans. The topics that mostly inspire the researches carried out and divulged to the public by this organization, have been the high poverty rate and corruption. These are issues that often bother the decision makers as well as the multinationals operating, mainly in the mining area. In that sense, the CIP has been criticized by some and praised by others, yet in true sense, it has been contributing towards bringing up the issue of corruption at the stage of public debate. Many people enriched themselves by illicit means through decades, and it was never spoken about in an open and transparent way. Currently, the issue is being engaged and a considerable improvement is noticed thanks to CIP’s intervention. In tandem, the mining industry – in sheer progress in the country – has improved significantly in aspects related to the institutional framework and the Mining Industry Transparency Initiative, among others. There are also improvements in budgetary allocations for the districts, as well as in the running costs local level. However, despite the achievements made, the performance of the private sector in the effort towards reducing corruption levels has not been at its best. CIP warns to the fact that the Mozambican private sector does not adhere to the anti-corruption debate, while the ideal would be it were more interventional and pulled up its sleeves. The commitment of businessmen in the fight against corruption is essential for a healthy economy and a good business environment. c

Against Corruption. Favoring Transparency

Entrepreneurial Platform

UP-GRADE

Lifestyle

CIS contributed for the sustainabledevelopment of Nacala

One year gone and Riopele did not kick-start

Buongiorno,Principessa!

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COISAS QUE SE DIZEM

EM alta

EM BaiXa

CONTRABANDO AmEAçA EsTABILIDADE ORçAmENTALO grande desafio da Autoridade Tributária está relacionado com o combate ao contra-bando, um mal que na opinião do seu presi-dente coloca em causa a estabilidade do Orçamento do Estado. O contrabando incide nos corredores de Goba – Boane; Ressano – Matola, em Maputo, e na zona de Mapai, no distrito de Chicualacuala, província de Gaza. A nível de região Centro, o destaque vai para a Beira, passando por Inchope até à fronteira de Machipanda. No Norte existe o eixo Naca-la – Nampula, com repercussões no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.

DEGRADAçãO AmBIENTAL AFECTA TURIsmO Em mANICA A devas-

tação contínua do meio ambiente, causada pelo desenvolvimento de determinadas actividades económicas não sustentáveis, na província de Manica, é apontada como um dos principais problemas que dificulta o desenvolvimento do turismo naquela região. Entre as actividades económicas não susten-táveis destacam-se o garimpo, as queimadas descontroladas, a caça furtiva e o desfloresta-mento.

Capitoon

mAIs DUAs FAIxAs NA EN4 A Estrada Nacional Número Quatro (EN4) passará a ter seis faixas de rodagem. O arranque das obras, de acordo com o concessionário, está previsto para Janeiro de 2015, e tem por objectivo minimizar o dilema do con-gestionamento. O projecto de alargamento da EN4 vai partir do Hospital Geral José Macamo até à zona do supermercado Shoprite, na Matola, num troço de pouco mais de 10 quilómetros. A EN4 possui duas faixas de cada lado, às quais serão acrescidas mais duas (uma para cada lado) facto que vai implicar o alargamento das pontes rodoviárias e algumas pedonais..

PEsCA ARTEsANAL AssUmE PROTAGONIsmO A pesca artesanal contribuiu com cerca de 87% para a produção pesqueira global alcançada em 2013, o que representa um crescimento contí-nuo do sector. Concorre para este aumento a melhoria dos factores de produção e produtivi-dade bem como a melhoria registada na efici-ência do sistema estatístico das pescas. Em 2013, a produção pesqueira global foi de 222.000 toneladas de pescado diverso, o que representa uma realização de 114% da meta programada para o ano em apreço e um cresci-mento de 4%.

12 JUNHO 2014 · Capital Magazine

CANDIDATOs NATURAIs “Afonso Dlhakama é o nosso candidato natural. É natural porque até agora ele é que dirige e controla o Partido. Ele é que está a dar os destinos a este Partido e apesar do tempo em que está como Presidente continua activo e está a dar o máximo para que este Partido tenha resultados e o apoio de muita gente”,

secretário-geral da Renamo, manuel Bissopo, In Jornal Zambeze.

NEGóCIOs sINUOsOs “Primeiro, explicar que nem todos os negócios do País devem passar pela Assembleia da República. O Governo tem prerrogativas e tem soberania para tomar decisões sobre os assuntos económicos do País. A questão da migração digital foi um processo muito complexo e sinuoso que envolveu um conjunto de avaliações ”.

ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel mu-thisse, in Jornal Notícias.

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14 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Capitoon

ThIngS BEIng SAID

in HiGH

CONTRABAND THREATENs BUDGETARy sTABILITyThe greatest challenge for the Taxation Au-thority is related to the fight against contra-band, being one evil that on the opinion of its president puts at stake the budgetary stabili-ty of the State. The contraband falls in the corridors of Goba – Boane; Ressano – Matola, in Maputo and in the area Mapai in the dis-trict of Chicualacuala, Gaza Province. As for the Centre region, the highlight goes to Beira through Inchope up to the Machipanda border. In the North there is the axle Nacala – Nampula, with repercussions in the district of Mocímboa da Praia, in Cabo Delgado.

ENVIRONmENTAL DEGRADATION AFFECTs TOURIsm IN mANICA The

continuous devastation of the environment, caused by the development of specific none sustainable economic activities in the provin-ce of Manica, is indicated as one of the main problems which makes difficult the develop-ment of tourism in that region. Among these none sustainable economic activities the gold-digging stands out, as well as the uncon-trolled fires, poaching and deforestation.

TWO mORE LANEs AT EN4 The National Road Number Four (EN4) will now have six lanes. The commencement of the works, as per the concessionaire, is anticipated for January 2015, and has the objective to minimize the dilemma of congestion. The project to enlarge the EN4 will start from the General Hospital José Macamo up to the vicinities of the supermarket Shoprite at Matola, in a stretch with slightly more than 10 kilometers. The EN4 now has two lanes on each side and two will be added (one to each side) thus being a fact that will imply the enlargement of the road bridges as well as some pedestrian ones.

. ARTIsANAL FIsHING TAkEs ONE kEy ROLE The artisanal fishing contributed with roughly 87% of the global fishing produce that was achieved in 2013, which represents a conti-nuous growth in the sector. Competing to this increase is the improvement on the factors of production as well as the registe-red improvement on the efficiency of the statistic system in the fisheries. In 2013, the global fishing produce was that of 222.000 tons of diverse catch, which represents a performance by 114% of the programmed target for the year in question and a growth of 4%.

NATURAL CANDIDATEs “Afonso Dlhakama is our natural candidate. He is natural because to this moment he is the one who leads and controls the Party. He is the one giving the destinations to this Party and despite the time he is as President, he continues active and is giving his best so that this Party gathers the results and the support from many people”,

General secretary of Renamo, manuel Bissopo, in Zambeze newspaper

sINUOUs BUsINEssEs “Firstly, explaining that not all businesses in the country have to go through the Parliament. The Government has prerogatives and sovereignty to take decisions over economic issues in the country. The question of digital migration was a very complex and sinuous process which entailed a combination of evaluations”.

minister of Transports and Communications, Gabriel muthisse, in Notícias Newspaper.

in lOW

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ACtuAl

Gás canalizadochega este mês

16 JUNHO 2014 · Capital Magazine

As residências e instituições de Maputo e Marracuene deverão ter gás canalizado a partir deste mês no âmbito do projecto de distribuição de gás da Empresa Nacional de

Hidrocarnetos. A garantia foi dada por Paulino Gregório, administrador da ENH, nas instalações da estação de redução de pressão de gás, que completa o projecto avaliado em 38 milhões de dólares financiados pela empresa sul-coreana Kogas.O projecto tem ganhos, entre os quais a eliminação do uso de botijas

COmmODITIEs

OPORTUNIDADE DE NEGóCIO

Jangamocom reservasde areias pesadas de “classe mundial”

Classe média moçambicana atrai BMW

A COmPANHIA britânica Savannah Resources apurou a existência de areias pesadas de “classe mun-dial”, em Jangamo, na província de Inhambane, e vai realizar testes adicionais para arrancar “rapida-mente” com a exploração.As areias pesadas permitem a extracção de metais como ilmeni-te, rútilo e zircão, usados em várias indústrias tecnológicas, incluindo o sector aeronáutico e das teleco-municações.c

O AUmENTO do poder de compra da classe média moçambicana, cujo gasto diário e individual é estimado em mais de 40 dólares, constitui o principal factor atractivo da marca alemã, BMW, ao País. Assim, a Construtora apostou tudo ao lançar a sua BMW X5, terceira geração, no mercado. A decisão foi tomada mes-mo com a consciência de que Moçambi-que recebe por ano cerca de 450.000 viaturas em segunda mão, contra apenas 4.500 automóveis zero quilómetros, sendo que é o factor preço que incre-menta a importação. «É preocupante que alguns importadores ainda conti-nuem a trazer risco ao País», refere a propósito Dalila Tsilaks, PCA da Ronil Moçambique. c

de aço, pois haverá canalização se-melhante à que leva a água às resi-dências, com uma válvula para abrir e fechar o gás no fogão. A rede de distribuição tem uma extensão de 62 quilómetros que per-correm várias artérias da capital até Marracuene partindo da estação de redução de pressão do gás situada na então central térmica de Maputo (antiga SONEFE).O projecto prevê abranger 200 grandes consumidores, num pri-meira fase, na sua maioria, hotéis, restaurantes, indústrias e moradias que, segundo as estimativas da ENH, poderão totalizar 68 mil famílias no raio atravessado pela rede de distri-buição.Gregório disse, por outro lado, que em termos de custos, comparativa-mente ao gás de cozinha, vulgo (GPL), as estimativas da ENH apontam para uma redução de 86 por cento e uma fasquia de 14 a 15 por cento na pou-pança na factura das famílias.Basta possuir entre 30 e 90 mil me-ticais para pagar a instalação. Este valor será aplicado consoante a distância dos gasodutos às residên-cias, empresas ou estabelecimentos comerciais.Quanto ao custo que as famílias de-verão pagar pelo acesso ao combus-tível, a fonte afirmou estar em estudo um mecanismo alternativo, baseado em parcerias ou subsídios, pois os materiais usados na canalização do gás às residências são todos eles im-portados a custos que variam entre os mil e os três mil dólares. c

DR

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CuRRENt

Capital Magazine · JUNHO 2014 17

COmmODITIEs

OPORTUNIDADE DE NEGóCIO

Jangamo withreserves of “world class” heavy sands

Mozambican middle classattracts BMW

THE British company Savannah Resources established the exis-tence of “world class” heavy sands in Jangamo, in the province of Inhambane, and will conduct ad-ditional tests to “rapidly” start with the exploration.The heavy sands enable the ex-traction of metals such as ilmenite, rutile and zircon, which are used in various technological industries, including the aeronautical and telecommunications sectors. .c

THE INCREAsE of buying power from the Mozambican middle class, whose individual daily expenditure is estimated in more than 40 dollars, constitutes the main attractive factor for the German make BMW, to the country. Thus, the manufacturer staked everything in laun-ching its BMW X5, third generation, in the market. The decision was made still with the consciousness that Mozambi-que has an annual intake of 450,000 second hand vehicles versus 4,500 zero kilometer ones and price being the factor which augments importation. «It is worrisome that some importers still continue to bring risk into the country», refers apropos Dalila Tsilaks, CBD from Ronil Mozambique. c

THE households and institutions in Maputo and Marracuene may have piped gas as from this month, in the scope of the project for the distribu-tion of gas from the National Com-pany of hydrocarbons. The assurance was made by Paulino Gregório, the administrator of ENH, while at the premises of the station for the reduc-tion of gas pressure, which concludes the project valued at 38 million dol-lars, financed by the South Korean enterprise Kogas. The project has advantages, which include phasing out of steel cylinders, as there will be pipes similar to the ones taking water to households, with a valve to open and close the gas at the stove. The distribution network has an ex-tension of 62 kilometers which run through various arteries of the capital up until Marracuene, coming from the station for the reduction of gas pres-sure which is located at the former Thermal Centre of Maputo (formerly SONEFE). At first stage, the projects expects to

reach 200 large consumers, mainly hotels, restaurants, industries and households which, as per ENH esti-mates, may sum up to 68 thousand families on the radius lengthened by the distribution network. On the other side, Gregório uttered that in terms of cost, comparatively to the kitchen gas, vulgarly (GPL), the estimates from ENH indicate a reduc-tion of 86 percent and a mark of 14 to 15 percent savings in household invoices. All it takes is 30 to 90 thousand met-icais to pay for the installation. This amount will be applied in accordance to the distance between the pipelines and households, companies or com-mercial facilities. As for the cost which families will have to pay to access the fuel, the source affirmed that an alternative mechanism is being studied, based on partnerships or subsidies, given that the materials used in the gas piping through to households are all imported at costs that vary from one thousand to three thousand dollars.c

Piped gasarrives this month

DR

Page 18: Revista Capital 76

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Briefing MuNDO

Capital Magazine · JUNHO 2014 19

países desenvolvidos continuam os maisinovadores

A LIsTA das 25 nações mais inovadoras permanece inalterada desde 2013 e traz, somente, os países mais ricos. O facto das nações desenvolvidas encabeçarem a produtividade mundial em termos de inovação mostra que os países em de-senvolvimento ainda enfrentam sérios obstáculos.Para que o índice melhore cada vez mais, a WIPO (Agência das Nações Unidas Responsável pela Propriedade Intelectu-al) sugere que exista colaboração entre a comunidade científica e as empresas privadas. “Os pesquisadores muitas vezes não estão ligados a nenhum actor do sector privado capaz de transformar o projecto em inovações reais”.Outra saída semelhante para os países em desenvolvimento é dada por um especialista do centro de pesquisa e treinamento da Universidade das Nações Unidas e da Universidade de Maastricht. Hugo Hollanders dá orientações para que as próprias empresas invistam mais nas pesquisas, independentemente do incen-tivo dos governos locais.c

Países mais inovadores (em produção)        

1. Suíça 14. Israel

2. Suécia 15. Alemanha

3. Reino Unido 16. Noruega

4. Holanda 17. Nova Zelândia    

5. EUA 18. Coreia

6. Finlândia 19. Austrália

7. Hong Kong (China)     20. França

8. Cingapura 21. Bélgica

9. Dinamarca 22. Japão

10. Irlanda 23. Áustria 

11. Canadá 24. Malta  

12. Luxemburgo 25. Estônia 

13. Islândia 64. Brasil

Fonte: Wipo

BnDES já opera em África

O BANCO Nacional de Desenvolvi-mento Económico e Social (BNDES) do Brasil inaugurou o seu escritório de representação, em Joanesburgo. Localizado em Sandton, o escritório terá a missão de estreitar o relacio-namento comercial entre o Brasil e África, prospectando negócios e in-vestimentos. A decisão reforça a estratégia do go-verno de Dilma Rousseff de priorizar África na sua política externa e ser um novo apoio para as empresas bra-sileiras com negócios no continente.O pontapé inicial foi dado, em Abril deste ano, quando a presidente Dil-ma Rousseff determinou a criação de uma direcção específica para Assun-tos da África, América Latina e Caribe. Sob comando do economista Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, o sector é voltado para exportações de bens e serviços do Brasil.O banco já possui uma carteira de operações em África, por meio da BNDES Exim, área de financiamento a exportações brasileiras para Angola, África do Sul, Guiné Equatorial, Gana e Moçambique. De 2007 a 2012, os desembolsos cresceram 357,82%, ou seja, de 148.9 milhões de dólares para 681.9 milhões de dólares.c

Moçambique vai terformação em monitoria de Florestas

A ORGANIZAçãO das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)  e o Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (INPE) do Brasil  fir-maram um acordo para a capacitação na área de monitoramento de flores-tas a partir de satélites. A iniciativa vai beneficiar países da África, Amé-rica do Sul e Ásia.Serão realizados seis cursos ao lon-go de 2014 e 2015, em português, espanhol, francês e inglês. Da África, participarão técnicos de Moçambi-que, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Marrocos, Argélia, Tunísia, República do Congo, Nigéria, Gana e África do Sul. De outros continentes, há técnicos do Quirquistão, Tajiquis-tão, Uruguai, Argentina, Chile,  Filipi-nas, Laos, Tailândia, Butão, Papua Nova Guiné, Sri Lanka.Pelo acordo, cabe ao INPE empregar a sua experiência no ensino de técnicas de sensoriamento remoto e uso de imagens de satélites voltado para o monitoramento de florestas. Os parti-cipantes irão conhecer ainda as fun-cionalidades do TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo Instituto para os seus programas de monitoramento no Brasil. Por sua vez, a FAO irá garantir a ida dos participantes estrangeiros aos cursos, bem como equipamentos e consultoria técnica.c

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Briefing MuNDO/WORlD

20 JUNHO 2014 · Capital Magazine

O BANCO Mundial (BM) anunciou que duplicará a sua capacidade anual de empréstimo aos países emergen-tes para ajudá-los a alcançar o objectivo de erradicar a pobreza extrema até 2030. Após priorizar em Dezem-bro a ajuda aos países mais pobres, o BM pode agora quase duplicar seus empréstimos anuais aos países com rendas intermediárias, de 15 biliões de dólares para 28 biliões, segundo o seu presidente. Como con-sequência, a linha de crédito para países como Brasil, México e China aumentará a partir deste ano de 2.5 biliões para 19 biliões de dólares, embora acompanha-da de um maior custo de empréstimo .c

COmmODITIEs

Banco Mundial duplicacrédito para emergentesD

R

Developed countries continue being more innovative

THE list of the 25 most innova-tive nations remains unchanged since 2013, and it only entails the richest counties. The fact that the more developed nations spearhead the world’s productivity in terms of innovation shows that developing countries still face serious obstacles. In order to have a better index, the WIPO (United Nations Agency Re-sponsible for Intellectual Property) suggests the establishment of col-

laboration between the scientific community and private companies. “The researchers are many times not linked to any actor of the private sec-tor capable of transforming the project into real innovations”. Another similar solution for the de-veloping countries is provided by a specialist from the research and training centre at the University of the United Nations and from the University of Maastricht. Hugo Hol-

Top innovative countries (in production)        

1. Switzerland 14. Israel

2. Sweden 15. Germany

3. United Kingdom 16. Norway

4. Holland 17. New Zealand  

5. USA 18. Koreia

6. Finland 19. Australia

7. Hong Kong (China)     20. France

8. Singapore 21. Belgium

9. Denmark 22. Japan

10. Ireland 23. Austria 

11. Canada 24. Malta  

12. Luxemburg 25. Estonia 

13. Iceland 64. Brazil

Source: WIPO

landers advises that the companies themselves invest more in research, regardless of the incentive from local governments.c

DR

DR

Page 21: Revista Capital 76

Briefing WORlD

Capital Magazine · JUNHO 2014 21

THE World Bank (WB) announced that it will double its annual loan capacity to the emerging countries in order to help them attain the objective of eradicating extreme poverty by 2030. In December, after prioritiz-ing support to the poorest countries, the WB may now nearly double its annual loans to the countries with in-termediate income, from 15 billion dollars to 28 billion, as indicated by its president. As a consequence, the credit line for countries such as Brazil, Mexico and Chi-na, will increase as from this year, from 2.5 billion to 19 billion dollars, although tagged with a higher loan cost.c

BnDES alreadyoperates in africa

THE National Bank for Economic and Social Development (BNDES) from Brazil has inaugurated its repre-sentation office in Johannesburg. Located in Sandton, the office will have the mission to straighten the commercial relationship between Brazil and Africa, while prospecting businesses and investments. The decision reinforces the strategy from Dilma Riusseff’s administration, by means of prioritizing Africa in its external policy and be a new sup-

port for the Brazilian enterprises with businesses in the continent. The kick start has been given in April this year when President Dilma Rous-seff determined the creation of a specific directorate for Africa, Latin America and the Caribbean. Under the command of the economist Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, the sector is oriented to the expor-tation of goods and services from Brazil. The bank already owns an array of operations in Africa, through the BNDES Exim, being the area for fi-nancing Brazilian exportations to An-gola, South Africa, Equatorial Guinea, Ghana and Mozambique. From 2007 through to 2012, the disbursements grew 357,82%, as in from 148.9 mil-lion dollars to 681.9 million dollars.c

Mozambique will be trained in SatelliteForests’ Monitoring

THE United Nations Organization for Food and Agriculture (FAO) and the National Institute for Spatial Researches (INPE) from Brazil, have

firmed a capacity building agreement towards monitoring forests through satellites. The initiative will benefit countries from Africa, South America and Asia. Six trainings will be conducted in the course of 2014 and 2015, in Portuguese, Spanish, French and English. From Africa, there will be technicians from Mozambique, Equa-torial Guinea, Sao Tome and Principe, Morocco, Algeria, Tunisia, Republic of Congo, Nigeria, Ghana and South Africa. From other continents, there are technicians from Kyrgyzstan, Tajikistan, Uruguay, Argentina, Chile, Philippines, Laos, Thailand, Bhutan, Papua New Guinea, and Sri Lanka. From the agreement, it’s up to the INPE to exercise its experience in sharing remote sensoring techniques and use of satellite images oriented to forests’ monitoring. Participants will also get to know the function-alities of TerraAmazon, which is a system developed by the institute for its monitoring programs in Brazil. In turn, FAO will guarantee the atten-dance of foreign participants in the training, as well as equipment and technical expertise.c

COmmODITIEs

World Bank doubles credit to emerging ones

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Briefing ÁFRICA

24 JUNHO 2014 · Capital Magazine

54% da populaçãoafricana tem telemóvel

O ACEssO à telefonia móvel em África cresceu significativamente, nos útimos anos, tendo já atingido 54% da população em 2012. Hoje, existem mais de 754 milhões cone-xões na África subsaariana e mais de 35 operadoras de telefonia móvel no continente. Vários países, como Seychelles, Tunísia, Marrocos e Gana, têm taxas de acesso à telefonia mó-vel de mais de 100%. Na Tunísia, a taxa é de 120%, ou seja, o número de telemóveis (celulares) ultrapassa o número de cidadãos em 10.8 mi-lhões.Não há dúvida de que a infraestru-tura móvel tornou-se tão importante para as economias nacionais quanto a infraestrutura rodoviária ou energé-tica. Além de fornecer acesso a liga-ções de Internet e redes móveis, em alguns países africanos facilitam as transacções financeiras de indivíduos e outros pequenos negócios mais do que o próprio sector bancário.No Quénia, o sistema de transfe-rência de dinheiro através de SMS (M-pesa) movimenta cerca de 24 milhões de dólares por dia. São 8.8 bilhões por ano – ou 40% do PIB do país – na sua rede de 17 milhões de usuários. Este sistema chegou também a Moçambique e tem estado a facilitar a vida de muitos no paga-mento de produtos e serviços, para além da transferência de dinheiro.c

países africanos entre os mais eficientes em inovação

O RELATóRIO da Agência das Nações Unidas responsável pela propriedade intelectual (WIPO), chamado de Índi-ce Global de Inovação, indica quatro países africanos entre os mais efi-cientes em inovação. Na lista, figuram  Mali, Guiné, Suazilândia e Nigéria. O WIPO chegou a esse resultado ao relacionar os elementos da economia que permitem actividades com as saídas criativas. Ao mesmo tempo em que demonstram eficiência em ino-vação, no quadro geral de avaliação, os quatro países apresentam baixo índice de inovação. Isso significa um alto percentual de sucesso nos pou-cos projectos de inovação realizados. O economista Sacha Wunsch-Vin-cent, um dos autores da pesquisa, considera promissor o resultado dos países africanos, mas alerta que isso não representa, necessariamente, um ambiente produtivo e saudável.Divulgado em Genebra, o estudo avaliou os sistemas de inovação de 142 países nos seguintes aspectos: marcos institucionais para a promo-ção de negócios e crescimento; capi-tal humano e pesquisa; infraestrutura (incluindo as tecnologias de infor-mação e comunicação e a sustenta-bilidade ambiental); sofisticação do mercado; sofisticação empresarial; e os resultados do conhecimento e da tecnologia.c

telemóveis aumentam produtividade agrícola em África

NUm documento intitulado “TIC pela Agricultura na África”, o Banco Mundial listou as maneiras pelas quais a Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) pode apoiar a agricultura em todas as fases: pré--cultivo, cultivo de culturas e colheita e pós-colheita. Os Sistemas de Infor-mação Geográfica (SIG) podem ser usados, por exemplo, para o planea-mento do uso do solo e a adaptação às alterações climáticas.Alguns agricultores no Quénia e Zimbabwe já implantaram as TIC para aumentarem a sua renda e produtivi-dade, tendo obtido resultados positi-vos. O especialista em comunicação do Zimbabwe, Charles Dhewa, lançou o eMkambo em 2012, um mercado virtual integrado onde os agricultores e compradores partilham o conheci-mento e transaccionam negócios por meio de telefones celulares.Os agricultores também têm usado as TIC de maneira a partilhar novas habilidades de processamento de produção e de comercialização no Burkina Faso; para rastrear mangas através de um sistema que conecta agricultores do Mali com consumi-dores globais; para angariar infor-mações importantes que melhoram a governança florestal na Libéria; e para fornecer serviços baseados em SMS desenvolvidos pela União Na-cional de Agricultores da Zâmbia.c

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Briefing ÁFRICA/AFRICA

AGENDA

Feira Internacionalde Luanda – FILDA 2014 em Outubro

Capital Magazine · JUNHO 2014 25

CONsIDERADA o principal evento multi-secto-rial do mercado angolano, a Feira Internacio-nal de Luanda (FILDA 2014) realiza-se na segunda quinzena de Outubro e terá entre os seus propósitos a optimização da participa-ção brasileira através do foco em rodadas de negócios e da promoção comercial dos secto-res de alimentos e bebidas, máquinas e equi-pamentos, casa e construção.c

54% of the African population owns a mobile phone

THE access to mobile telephony in Africa grew significantly in the last years, having now reached 54% of the population in 2012. Today, there are more than 754 million connec-

tions in sub-Saharan Africa and more than 35 operators of mobile tele-phony in the continent. Many coun-tries such as Seychelles, Tunisia, Mo-rocco and Ghana have mobile tele-phony access rates of over 100%. In

Tunisia, the rate is 120%, in other words, the number of mobile phones (cellphones) exceeds the number of citizens by 10.8 million. It is no doubt that the mobile infra-structure has become as important for the national economies as the road or energetic infrastructure. Besides providing access to internet connections and mobile networks, in some African countries they facilitate financial transactions from individu-als and other small businesses, even more so than the banking sector itself. In Kenya the money transfer system through text messages (M-pesa) moves over 24 million dollars per day. It is 8.8 billion per year – or 40% of the country’s GDP – in its network of 17 million users. This sys-tem has also arrived to Mozambique and has been assisting many in the payment of goods and services, over and above money transfers.c

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Briefing AFRICA

26 JUNHO 2014 · Capital Magazine

african countries among the most efficient in innovation

THE report from the United Na-tions Agency responsible for intellec-tual property (WIPO), which is called Innovation Global Index, indicates four African countries to be among the most efficient ones in innovation. The list features Mali, Guinea, Swazi-land and Nigeria. WIPO came to this result through relating the economy’s elements which enable activities based on creative means. While they show efficiency in innovation, in the general evaluation framework, the four countries still present a low innovation index. This means a high percentage of success through the few innovation projects that are con-ducted. The economist Sacha Wunsch-Vincent, one of the research authors, considers the results of African coun-tries as promising but also alerts that it does not necessarily represent a productive and healthy ambience. Divulged in Geneva, the study evalu-ated the innovation systems of 142 countries, in the following aspects: institutional milestones for the pro-motion of businesses and growth; human capital and research; infra-structure (including technologies of information & communication and the environmental sustainability); market sophistication; entrepreneur-ial sophistication and the results of knowledge and technology.c

CONsIDERED the main multi-sectorial event in the Angolan Market, the Luanda International Fair (FILDA 2014) will be hosted on the second quar-ter of October and will have among its objectives, the optimization of the Brazilian participation through focus on business rounds and the commer-cial promotion of the food and beverages industries, machinery and equipment, housing and construction.c

IN a document titled “ICT for Ag-riculture in Africa”, the World Bank listed the means by which the Infor-mation and Communication Tech-nologies (ICTs) may support agricul-ture through all stages: pre-harvest, cultivation of crops and post-harvest. The Geographic Information Systems (GIS) may be used, for instance, for the planning and use of land as well as adaptation for climate changes. Some farmers in Kenya and Zimba-bwe have implanted the ICTs in order to increase their income and produc-tivity, and have obtained positive results. The specialist in communica-tion from Zimbabwe, Charles Dhewa,

has launched the eMkambo in 2012, which is an integrated virtual market where farmers and buyers share knowledge and transact businesses through mobile phones. In Burkina Faso, the farmers have also been using the ICTs as means to share new abilities for processing production and commercialization; to track mangoes through a system which connects farmers in Mali with global consumers; to raise important information which improves forest management in Liberia; and to pro-vide services based on text messages developed by the National Union of Farmers in Zambia. c

mobile phones augment agricultural productivity in Africa

AGENDA

Luanda International Fair – FILDA 2014, in October

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Briefing MOÇAMBIQuE

Capital Magazine · JUNHO 2014 27

ROGéRIO Manuel foi reeleito presidente do Conselho Directivo da CTA - Con-federação das Associações Económicas de Moçambique, para o triénio 2014-2017, durante a 23ª sessão da Assembleia Geral da organização. Momentos após a sua eleição, Rogério Manuel comprometeu-se a trabalhar com os membros da organização e parceiros na realização de reformas econó-micas em Moçambique: “Continuaremos a privilegiar acções de aperfeiçoamento do diálogo com o sector público, de modo a que o ambiente de negócios melhore, a cada ano, no País”, frisou.O presidente reeleito propôs-se ainda a prosseguir com o processo de criação das federações sectoriais e a realizar acções conducentes à consolidação das federações existentes, através da capacitação institucional e busca de parce-rias para a materialização de projectos específicos.“Consta ainda da nossa agenda a criação de um Conselho Económico Técnico, constituído pelos presidentes das federações e os presidentes dos pelouros e prosseguir com as acções tendentes à sustentabilidade da organização do sector privado”, acrescentou Rogério Manuel.c

tarifa de electricidade pode aumentarem Moçambique

TAL como está a acontecer na Áfri-ca do Sul e em outras economias da região, a tarifa de consumo da ener-gia eléctrica no País poderá sofrer ajustamentos no futuro, em conse-quência dos elevados custos de investimento na construção de no-vas e modernas fontes de produção de energia, projectadas com vista a aumentar a disponibilidade de elec-tricidade, em Moçambique. Esta hi-pótese foi colocada pelo especialis-ta de Energia e Infraestruturas do Grupo Standard Bank, David Hum-phrey, que esteve recentemente em Maputo.Segundo Humphrey, Moçambique atingiu um estágio de desenvolvi-mento em que se torna necessário realizar um investimento para au-mentar a disponibilidade de energia, por forma a permitir uma distribui-ção de electricidade com qualidade e de forma eficiente.A perspectiva reside agora na cria-ção de parcerias público-privadas para a produção, transporte e abas-tecimento de energia.c

política orçamental de Moçambique põe em perigo sustentabilidade da dívida

O DéFICE orçamental de Moçambi-que deverá atingir 12% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, o que segundo a agência de notação finan-ceira Moody é negativo para o rating do crédito da dívida soberana do País.Os analistas da Moody avançam que défice orçamental previsto é “o

Rogério manuel renovamandato na CTA

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Briefing MOÇAMBIQuE/MOZAMBIQuE

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maior desde o fim da guerra civil”, o que levanta problemas em relação à sustentabilidade da tendência da dívida pública, principalmente porque “este aumento vem depois de uma década de défices moderados, situados em média 3.7% de 2003 a 2012 “. Mesmo assim, a avaliação de Mo-çambique continua positiva (B1, com perspectiva estável), mas a Moody acrescenta que as eleições de Outubro próximo constituem outro factor de preocupação, dada a “escalada significativa do conflito entre a Renamo e o partido do Go-verno”. No entanto, Manuel Chang garantiu à Capital que a dívida de Moçambi-que continua estável, porque esta questão depende excluisivamente de aumentar o PIB ou reduzir a dívi-da para se retornar ao cenário mais estável dos anos anteriores.c

porto de Maputo lança mais dois rebocadores

mil milhões dólares para aumentar a capacidade de processamento do porto para 50 milhões de toneladas até 2033. A carga movimentada no porto tem aumentado de forma constante ao longo da última década, tendo passado de cinco milhões de toneladas em 2003 para 15 milhões de toneladas em 2012 e 17 milhões de toneladas em 2013.c

O mAPUTO Porto Development Com-pany MPDC lançou dois novos rebo-cadores com 1.750 motores de po-tência cada, para melhorar as condi-ções de funcionamento do Porto de Maputo. O executivo-chefe do MPDC, Osório Lucas, disse que os dois rebocadores - nomeados Sereia e Bulani - tinham sido construídos especificamente para operar no porto de Maputo e custaram 15 milhões de dólares. Os dois barcos são operados pela P & O Marítimo, que em 2012 foi contratada para prestar serviço na-val, incluindo pilotagem, amarração e suprimento de equipamentos e serviços de manutenção para os re-bocadores. Os dois novos barcos são parte de um plano mestre, avaliado em 1.8

DURING the 23rd Session of the Organization’s General Assembly, Rogério Manuel was reelected the President of the Directive Board of CTA – Confederation of Economic Associations of Mozambique, for the

triennium 2014-2017. Moments after his reelection, Rogério Manuel committed himself to work with the members of the organization and partners, through the implemen-tation of economic reforms in Mozam-

Rogério manuel renews mandate at CTA

bique: “we will continue to privilege dialogue melioration actions with the public sector, such to improve the busi-ness environment in the country, each year”, he stated. The reelected president offered to also proceed with the process of es-tablishing sectorial federations and to carry out actions conducive to the consolidation of existing federations, through institutional capacity build-ing and the quest for partnerships towards the materialization of specific projects. “It is also part of our agenda to create a Technical Economic Board, comprised by the presidents of the federations and the presidents of portfolios, while also pursuing actions towards the sustain-ability of the private sector organiza-tion”, added Rogério Manuel. c

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Briefing MOZAMBIQuE

Capital Magazine · JUNHO 2014 29

Electricity tariff mayincrease in Mozambique

LIkEWIsE it is happening in South Africa and other economies in the region, the electric power consump-tion tariff in the country may suffer adjustments in the future, as a conse-quence of the high investment costs in the construction of new and mod-ern sources of power production, which are projected with the aim of increasing the availability of electric-ity in Mozambique. This hypothesis was brought up by the specialist of energy and infrastructures from the Standard Bank Group, David Hum-phrey, who was recently in Maputo. According to Humphrey, Mozambique has reached a development stage where it is necessary to conduct investments towards increasing the availability of energy, such to enable a distribution of electricity with qual-ity and efficiency. The perspective now resides on the creation of public-private partner-ships for the production, transport and supply of energy. c

IN order to improve the working conditions of the Maputo Port, the Maputo Port Development Company (MPDC) launched two new tugboats,

mozambique’s budgetary policyputs at risk debt sustainability

THIs year, the budgetary deficit in Mozambique may hit 12% of the Gross Domestic product (GDI), which, as per the financial notation agency Moody, it is a negative for the credit rating of the country’ sovereign debt. Moody’s analysts advance that the expected budgetary deficit is “the highest since the end of the civil war”, which raises concerns to the sustain-ability of the public debt’s trend, mainly because “this increase comes after a decade of moderate deficits, with an average mark of 3.7% from 2003 to 2012”.

Still, Mozambique’s evaluation re-mains positive (B1, with a stable perspective), however, Moody adds that the next elections in October constitute another factor of concern, given the “significant escalation of the conflict between Renamo and the ruling party”. Meanwhile, Manuel Chang assured to Capital that Mozambique’s debt remains stable, as this matter de-pends exclusively from increasing the GDP or reducing the debt so to return to the stable scenario of pre-vious years. c

maputo port launchestwo more tugboats

each with engine power of 1,750. The chief executive of MPDC, Os-ório Lucas, said that the two tugs – dubbed Sereia and Bulani – had been built specifically to operate in the Maputo port at a cost of 15 million dollars. The two boats are operated by the P & O Marítimo, which has been contracted in 2012 to provide naval services which include piloting, lash-ing and suppressing equipment and maintenance services for the tugs. The two new boats are part of a master plan, estimated at 1.8 thou-sand million dollars to increase the processing capacity of the port to 50 million tons by 2033. The cargo handled at the port has increased steadily through the last decade, having shifted from five million tons in 2003 to 15 million tons in 2012, and 17 million tons in 2013. c

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DOSSIER

Crescimentoeconómico desacelera

30 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Dados da última “Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação” do Banco de Moçam-bique indicam que a economia moçambicana registou um cres-cimento anual acumulado de

7.0% em 2013, em linha com a meta projectada para o ano, mas relativa-mente abaixo quando comparada com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) registado em 2012, que se situou nos 7.3%.Há cinco anos, as projecções do cres-cimento da economia moçambicana

apontavam que, por esta altura, o PIB teria um desempenho de 8% ou mais ao ano. No entanto, factores que têm estado a minar a exploração do carvão mineral, em particular, contribuem para que os números ora previstos pelo Go-verno e instituições de Bretton Wodds não se realizem. Previa-se que, actualmente, a extracção e a comercialização do carvão deves-sem estar a acontecer na província de Tete. Contudo, não foi previsto que as questões logísticas não estivessem ajustadas à necessidade escoamento

do carvão por parte das mineradoras. A Vale e a Rio Tinto já revelaram que estão a produzir muito abaixo da suas capacidades, porque não existem linhas férreas para escoar grandes toneladas de carvão. Isto porque a linha de Sena se apresenta apenas com capacidade para escoar cerca de cinco milhões de toneladas de carvão por ano. A agravar a falta de infraestruturas, encontram-se as cheias cíclicas e a tensão político-militar no centro do país – que já teve impacto negativo na

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mapa dos países mais apeticíveis para se investir. “Não há dúvidas que a situação que se vive, neste momento, no centro do país, prejudica bastante a imagem de Moçam-bique e tem um impacto negativo na economia”, realçou o economista

Indústria transformadora caiu no final de 2013

Os dados do Banco de Moçambique indicam ainda que a actividade eco-nómica, no quarto trimestre de 2013,

registou uma variação anual de 7.1%, em torno da média de crescimento dos quatro trimestres anteriores, represen-tando, porém um relativo abrandamen-to quando comparado com o trimestre homólogo do ano transacto, quando se registou um crescimento acima de 8%.A evolução da economia no trimestre em referência foi associada à dinâmica de quase todos os sectores de activida-de. Dinâmica essa que foi, no entanto, ligeiramente contrariada pela queda da produção no ramo da indústria trans-formadora devido ao abrandamento na indústria metalúrgica de base; do cimento para a construção; indústria do tabaco; fabrico de produtos metálicos; maquinaria e equipamento; montagem de veículos automóveis e de reboque; material eléctrico; impressão e repro-dução.

Taxas de juro aumentam

Segundo a última “Conjuntura Econó-mica e Perspectivas de Inflação” do Banco de Moçambique, as taxas de juro médias praticadas pelas instituições de crédito tenderam a aumentar no país, nos últimos meses, apesar do Banco Central ter mantido as taxas directoras que determinam a fixação do custo do dinehiro no mercado.         O documento revala que as taxas de juro médias nominais - praticadas pelas instituições de crédito nas suas operações - aumentaram em 39 pontos base (pb), entre Dezembro de 2013 e Fevereiro de 2014, para 20.65%. Trata-se de uma taxa que corresponde ainda a um aumento de 56 pb, quando comparada com a praticada em Feve-reiro de 2013.Entre Dezembro de 2013 e Fevereiro de 2014, o Banco de Moçambique manteve as taxas directoras, tal como mostram os dados do último docu-mento disponibilizado pelo Banco de Moçambique. As taxas de Facilidade Permanente de Cedência (FPC) e de Fa-cilidade Permanente de Depósito (FPD)

estão fixadas em 8.25% e 1.50%, há cerca de seis meses. Há mais tempo sem alteração está o Coeficiente das Reservas Obrigatórias que a autoridade monetária decidiu manter inalterada à taxa de 8%, desde Maio de 2012 a esta parte. O comportamento dos bancos comer-ciais em relação às taxas directoras do Banco de Moçambique vem confirmar o que muitos gestores de instituições financeiras avançaram, ao revelar que a redução das taxas de referência não é suficiente para estimular juros mais baratos no mercado.O economista João Mosca avançou que se estas taxas de juro continuarem a este nível, Moçambique não estará em condições de atrair investimentos e nem de estimular o surgimento de Pequenas e Médias Empresas (PME).  O economista disse que muitos investi-dores endividam-se no exterior, porque as taxas de juros praticadas pelas instituições finaceiras não se mostram atractivas.   

Taxa de juro de depósito cai

Outro sinal de que os bancos estão a andar em contra-mão em relação aos factos do sistema financeiro está ligado à taxa de juro média das operações passivas (depósito a prazo), que se situou em 7.80%, em Fevereiro último, o que corresponde a uma redução de 15 pontos base em relação à praticada em Novembro de 2013 e 1.24 pontos percentuais em relação à taxa do perío-do homólogo do ano precedente.“Como resultado desta evolução, o dife-rencial entre a taxa de juro de crédito e de depósitos reduziu em 20 pontos base, quando comparado com o observado em Novembro de 2013 e aumentou de 1,05 pontos percentuais quando compa-rado com o período homólogo de 2013”, de acordo com a “Conjuntura Económi-ca e Perspectivas de Inflação”. c

 

distribuição do carvão. Aliás, um dos comboios que transportava o carvão da mineradora Vale foi atacado. O economista João Mosca avançou que é preciso resolver a tensão político--militar, antes que a mesma prejudique definitivamente os investimentos em curso e coloque Moçambique fora do

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DOSSIER

32 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Data from the last document on “Economic conjuncture and In-flation Perspectives” from the Bank of Mozambique indicate that the Mozambican economy registered an accumulated

annual growth of 0.7% in 2013, in line with the projected target for the year, yet relatively lower when com-pared with the evolution of the Gross Domestic Product (GDP) registered in 2012, which was set at 7.3%. Five years back, the projections for the growth of the Mozambican

economy pointed that by this time, the GDP would have a performance of 8% or more in this year. However, factors that have been affecting the exploration of mineral coal in particu-lar, contribute that the numbers once estimated by the Government and Bretton Wodds institutions do not materialize. It was anticipated that by now, the extraction and commercialization of coal would be happening in the province of Tete. However, it was not calculated by the mining companies

Economic growthdecelerates

that some logistical issues were not adjusted to the outflow of coal. The Vale and Rio Tinto has already revealed that they are producing far below their capacity because there are no railways for the outflow of large quantities of coal. This is be-cause the Sena line reveals itself only with the capacity to carry around five million tons of coal per year. To aggravate the lack of infrastruc-ture, there are the cyclic floods and the political-military tension in the center of the country – which has had a negative impact in the distribution of coal. In fact, one of the trains which transported coal from the mining company Vale was attacked. The economist João Mosca advanced that it is necessary to resolve the political-military tension before it ter-minally causes harm to investments underway and puts Mozambique out of the map of countries enticing for investment. “There is no doubt that the situation being witnessed currently in the center of the country, affects the image of Mozambique and has a negative im-pact in the economy”, stressed out the economist.

Transformation Industry plunged at the end of 2013

The data from the Bank of Mozam-bique indicate that in the fourth quarter of 2013, the economic activ-ity registered an annual variation of 7.1%, around the growth average

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of the four previous trimesters and thus representing, however, a relative slow-down when compared with the homologous of the past year, when a growth of over 8% was registered. The evolution of the economy in the referred quarter was associated to the dynamic of nearly all sectors of activity. This dynamic which was in fact slightly countered by production fall in the field of the transformation industry due to the slacking in the metallurgic industry of base; cement for construction; tobacco industry; production of metallic articles; ma-chinery and equipment, assembling of automobiles and towing ones; electrical material; printing and re-production.

Interest rates increase

According to the last “Economic conjuncture and Inflation Perspec-tives” from the Bank of Mozambique, the average interest rates exercised in the country by credit institutions tended to increase in the past six months, despite the fact that the Cen-tral Bank maintained the reference rates which determine the fixation of the cost of money in the market. The document reveals that the aver-age nominal interest rates – practiced by the credit institutions in their op-erations – increased 39 basis points (bp), between December 2013 and February 2014 to 20.65%. It is about a rate which also corresponds to the increase of 56 bp when compared with the one practiced in February 2013. Between December 2013 and Febru-ary 2014, the Bank of Mozambique maintained the reference rates just as indicated by data from the latest document made available from the Bank of Mozambique. For six months now, the standing Standing Lending Facility (SLF) rates and the Standing Deposit Facility (SDF) are fixed at

8.25% and 1.50%. The Coefficient of Mandatory Reserves has been longer without alteration as the monetary authority decided to maintain it at 8% since May 2012. The behavior of the commercial banks in relation to the reference rates from the Bank of Mozambique come to confirm what many man-agers of financial institutions had hinted, in revealing that the reduction of the reference rates is not enough to stimulate cheaper interests in the market. The economist João Mosca advanced that if the interest rates continue at this level, Mozambique will not be in position to attract investments and not even stimulate the emerging of Small and Medium Scale Enterprises (PMEs). The economist said that many investors contracted debts outside as the interest rates being exercised by financial institutions were not at-tractive.

Deposit Interest Rates Tumble

Another sign that the banks are go-ing against the tide regarding the fact that the financial system is con-nected to the average interest rates of passive operations (notice savings deposit) which was set at 7.80% last February, and which corresponds to a reduction of 15 basis points in rela-tion to the one practiced in Novem-ber 2013 and 1.24 percentage points in relation to the rate in the homolo-gous period of the previous year. “As a result of this evolution, the dif-ferential between the credit interest rate and that of deposits has reduced 20 basis points when compared with what was observed in November 2013, and increased 1,05 percentage points when compared with the homologous period in 2013”, as per the “Economic conjuncture and Inflation Perspec-tives”. c

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Foco ECONOMIA

34 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Da (in)sustentabilidade da dívida pública à revisão do PIB em alta

Primeiro, foi o Fundo Monetário Internacional (FMI) a alertar que o rápido aumento da dí-vida pública vai atingir níveis insustentáveis. Mais recente-mente, a agência norte-ameri-

cana de notação, a Moody’s, reforçou a ideia. Tudo indica que há riscos re-ais do Governo perder a capacidade de honrar os compromissos de dívida contraída para financiar projectos de desenvolvimento.O Governo minimiza o risco. O minis-tro das Finanças, Manuel Chang, vem revelando à imprensa que o nível de dívida permanece dentro dos limites recomendados de sustentabilidade. Com 6.8 biliões de dólares até ao último dia de 2013, a dívida pública nacional correspondia a 24.8% so-bre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 e um rácio de 29.6% em 3013, portanto, abaixo do limite estabeleci-do em 40% do PIB.Para melhor compreensão da ques-tão, a Capital entrevistou o econo-mista Eduardo Sengo, da Confede-ração das Associações Económicas (CTA), que confirmou que a dívida pública tem estado a expandir-se a uma taxa relativamente alta em rela-ção à habitual, com a agravante de se tratar de dívida comercial (a taxas de juro do mercado).É que, neste caso, as taxas de juro podem subir com relativa facilidade, sempre que ocorram factos que re-traiam a confiança dos investidores

Dois fenómenos marcam as grandes discussões sobre o rumo da economia no primeiro semestre: o crescimento da dívida pública é a ameaça. Para atenuar, as previsões do crescimento do PIB subiram.

internacionais. Tudo isto concorre para um maior encarecimento da dívida pública. Acrescido a isto, o pagamento é projectado com base em receitas futuras, provenientes da exploração de recursos minerais. Mas os preços destes também estão su-jeitos a flutuações no mercado inter-nacional, que adicionado a eventuais variações cambiais, também coloca em risco as receitas futuras e, por conseguinte, a capacidade do Estado de pagar a dívida contraída.

PIB crescerá mais do que se esperava

Enquanto prevalece o temor de que a dívida pública possa extravasar

os limites da sustentabilidade, as novas projecções do FMI para o crescimento do económico este ano melhoraram. Dos 8% iniciais assume-se, agora, 8.3% para 17.034 milhões de dólares. “Um crescimento significativo”, segundo o economista Eduardo Sengo, para quem não há na estrutura da economia qualquer situação extraordinária que justifique a nova projecção, podendo resultar apenas da correcção de um erro de estimativa.Mas o mais importante aqui não é o crescimento do PIB em si, mas que este crescimento possa “colocar pão na mesa de todos os moçambicanos”, que é o que se chama de desenvol-vimento.c

6.8 5.8

0.99

Total da Dívida Pública Dívida Externa

Dívida Pública Nacional a 31 de Dezembrode 2013 (mil milhões USD)

Dívida Interna

Fonte: Ministério das Finanças

Page 35: Revista Capital 76

Focus on ECONOMY

Capital Magazine · JUNHO 2014 35

From the (un)sustainability of the public debt to the revisionof the GDP - highlightTwo phenomenon mark great discussions over the direction of the economy in the first semester: The threat is the growth of the public debt. To attenuate, the projections of the GDP growth have ameliorated.

6.8 5.8

0.99

Total Public Debt Foreign Debt

National Public Debt as at 31 December 2013 (USD billion)

Internal Debt

At first, it was the International Monetary Fund (IMF) alerting that the rapid increase of the public debt will hit unsustain-able levels. More recently, the North American Agency

of Notation, Moody’s, reinforced the idea. It all indicates that there are real risks that the Government may lose its ability to honour the com-mitments from the debt acquired to finance development projects. The Government minimizes the risk. The Minister of Finance, Manuel Chang, has been disclosing to the media that the debt levels remain within the recommended sustain-ability boundaries. With 6.8 billion dollars until the last day of year 2013, the national public debt cor-responded to 24.8% over the Gross Domestic Product (GDP) in 2010 and a ratio of 29.6% in 3013, therefore, below the established limit of 40% of the GDP. For a better insight of the matter, the Capital interviewed the economist Eduardo Sengo, from the Confedera-tion of Economic Associations (CTA), who confirmed that the public debt has been expanding at a rate rela-tively high than usual, with the aggra-vation that it is about a commercial debt (at market interest rates). The thing is that, in this case, the interest rates may increase with relative easiness, whenever the oc-

currence of facts that retract the confidence of international investors is registered. All this compete for a higher growth of the public debt. Ad-ditionally, that payment is projected with basis on future income, deriving from the exploration of mineral re-sources. However, the prices of these are also subject to fluctuations at the international market, which when added to possible stock exchange variations, also puts at risk these fu-ture dividends; therefore, the ability of the Government in paying up for the acquired debt.

GDP will grow more than what was expected

While the fear that the public debt

may exceed the sustainability limita-tions prevails, the new projections of the IMF for this year’s economic growth have ameliorated. From the initial 8%, it is now assumed 8.3% for 17.034 million dollars. “A con-siderable increase”, according to the economist Eduardo Sengo, who states that there is no extraordinary situation in the structure of the economy which justifies the new projection, which may simply derive from a correction of an error in the estimation. However, more importantly here is not the growth of the GDP itself, but that this growth may “secure bread on the table of all Mozambicans”, which is what we call development.

Page 36: Revista Capital 76

36 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Foco NEGÓCIO

FONTE: Embaixada da Alemanha em Moçambique

COm oportunidades de recursos naturais e défice de infraestruturas, há muito trabalho que pode ser executado por empresas alemãs dotadas de tecnologia avançada;

NO já iniciado processo de integração regional e de empresas da SADC, através da Câmara de

Comércio da África Austral, Moçam-bique é um parceiro importante;

A CâmARA e as empresas da Alemanha querem ajudar a resolver ou mitigar o défice de pessoal qualificado, o principal obstáculo ao desenvolvimento do sector privado;

INTEGRAR e promover a coopera-ção entre grandes investimentos

internacionais e Pequenas e Médias Empresas locais e resolver o problema de uma economia fragmentada;

INTEGRAR Integrar a Cooperação Internacional e a cooperação técnica e financeira da Alemanha com o sector privado, o grande motor da economia.

Nova era de cooperaçãocom o Velho Continente

A Alemanha, economia mais poderosa da Europa, quer cimentar a sua presença em Moçambique, com a abertu-ra, em meados de Abril, do Gabinete para o Fomento

Económico Moçambique-Alemanha - uma espécie de Câmara de Comér-cio cuja finalidade é identificar e explorar o máximo de oportunidades de negócios.Em princípio, qualquer área é explo-rável segundo os alemães. Contudo, “o interesse principal é estar presente no desenvolvimento económico que está a fazer-se, sobretudo nos campos de recursos minerais, gás, etc., onde estão a construir-se fábricas e ins-talações muito grandes. Temos uma indústria de boa qualidade e que está interessada em vender e instalar ma-quinarias e outros equipamentos aos projectos em desenvolvimento”, con-fessou o embaixador da Alemanha em Moçambique, Phillip Schauer.

Comércio? O economista alemão Friedrich Kaufmann, gestor da “Casa Moçambique-alemanha” apresentou cinco pontos que considera fundamentais para a sua instalação e para o sucesso da cooperação entre os países:

Os pilares da Câmara de Comércio moçambique-Alemanha

Composição das trocas comerciais:Exportações de Moçambique: Alumínio, tabaco, metais preciosos e pedras preciosasImportações de Moçambique: Máquinas, cereais e vestuário

Nesse sentido, o papel da Câmara recém-aberta, de acordo com o di-plomata, será o de juntar empresas germânicas interessadas neste mer-cado e fornecer a ajuda necessária para assegurar o êxito nos negócios.Mas pretende-se, com a nova “casa”, que haja vantagens também para Moçambique, pois “será um local onde os moçambicanos poderão obter informações sobre como colocar pro-

dutos no mercado alemão”, segundo revelou Maria Rita Fernandes Freitas, directora nacional de Apoio ao Sec-tor Privado, do Ministério da Indús-tria e Comércio.A iniciativa é também uma medida encontrada pelos alemães para evitar a “burocracia e o défice de infraes-truturas” que dificultam o comércio, quer interno quer internacional, de acordo com o embaixador.c

Volume de negócios Exportações de Moçambique Importações de Moçambique

Relações Comerciais entre Moçambique em 2012 (milhões de euros)

305

128

177

Page 37: Revista Capital 76

Germany, the most powerful economy in Europe, wants to cement its presence in Mozambique, through the opening of an Office for Eco-nomic Promotion Mozambique

– Germany, in mid-April – Some form of Chamber of Commerce which aims at identifying and explore business opportunities in depth. In principle, any area is exploitable, according to the Germans. However, “The main interest is to be present in the economic development underway, particularly in the fields of mineral resources, gas etc., where large facto-ries and infrastructures are being built. We have a good quality industry which is interested in selling and installing machinery and other equipment to the ongoing projects”, disclosed the German Ambassador in Mozambique, Phillip Schauer. In that sense, the role of the recently opened Chamber, according to the

diplomat, will be to bring together German companies interested in this market and provide the required assistance to ensure success in busi-nesses. However, it is intended with the new “house”, that there are also advan-tages to Mozambique, as “it will be a place where Mozambicans may obtain information on how to place products in the German market”, as revealed

by Maria Rita Fernandes Freitas, the national director of Support to the Private Sector, from the Ministry of Industry and Commerce. The initiative is also a measure es-tablished by the Germans to avoid the “bureaucracy and infrastructure deficit” which hinder commerce, both internally and internationally, as per the Ambassador. .c

Comércio? the German Economist Friedrich Kaufmann, manager of the “Mozambique-Germany House” presented five points which he considers fundamental for the installation and success of the cooperation between the two countries:

Focus on BuSINESS

Capital Magazine · JUNHO 2014 37

SOURCE: German Embassy in Mozambique

New era of cooperationera with the old continent

Composition of commercial exchange:Mozambique exports: Aluminum; tobacco, precious metals and gemstones

Imports from Mozambique: Machinery, cereals and clothing

Business volume Exports from Mozambique Imports from Mozambique

Relações Comerciais entre Moçambique em 2012 (milhões de euros)

305

128

177

WITH the opportunity of mineral resources and the deficit of infra-structures, there is a lot of work that may be executed by German companies endowed with advanced technology;

IN THE process already underway for regional integration and SADC companies, through the Chamber of

Commerce of Southern Africa, Mozambique is an important partner;

THE CHAmBER and the German companies want to help to solve or mitigate the deficit of qualified personnel, being the main obstacle for the development of the private sector;

INTEGRATE and promote the

cooperation among large interna-tional investments and local small and medium scale enterprises; and therefore solve the problem of a fragmented economy;

INTEGRATE the International Cooperation and the technical and financial cooperation from Germany with the private sector, being the key engine of the economy.

The pillars of the Chamber of Commerce mozambique-Germany

Page 38: Revista Capital 76

Foco EMPRESA

Recursos Humanoscom solução à vista

38 JUNHO 2014 · Capital Magazine

A consultora portuguesa de Recursos Humanos, Couti-nho, Neto & Orey acaba de abrir uma representação na capital moçambicana e pretende actuar de forma

transversal, com foco no recruta-mento especializado e formação, respondendo às principais preocu-pações das empresas e de quem procura emprego.A entrada no mercado moçambi-cano encaixa na estratégia de ex-pansão da Coutinho, Neto & Orey,

e para explorar as necessidades criadas pelo crescimento da activi-dade económica em Moçambique, em que há um crescente grau de importância da gestão dos Recursos Humanos no desenvolvimento das empresas.A consultora actua em diversos ramos da actividade económica nomeadamente a banca, sector automóvel, distribuição, hotelaria e turismo, produtos de grande consu-mo, sector industrial, agrícola, entre outros, prestando serviços a em-

Coutinho, neto & Orey presas de várias dimensões desde multinacionais a PMEs (pequenas e médias empresas).Numa altura em que a preocupação dos empregadores é a insuficiência de pessoal qualificado, a empresa portuguesa poderá apoiar os inves-tidores com a realização de análises psicológicas individuais e curricula-res dos Recursos Humanos, dando a possibilidade das organizações po-derem dispôr de funcionários ade-quados ao perfil que pretendem. Elabora, também, processos de recrutamento e selecção, e promete assegurar a transferência do Know--How para o cliente, assegurando a continuidade e actualização do projecto.A Coutinho, Neto & Orey integra também uma Empresa de Trabalho Temporário (ETT) especializada na cedência de trabalhadores tempo-rários no sentido de dar resposta às solicitações dos seus clientes e às necessidades de um mercado cada vez mais competitivo.Esta empresa chega a Moçambique numa ocasião oportuna. O mercado conhece uma grande expansão, à escala nacional, de empresas de vá-rios ramos de actividade, sobretudo de prestação de serviços. Assim, além de abrir mais uma oportuni-dade para o seu próprio negócio, poderá criar condições para um melhor desempenho de empresas nacionais, a avaliar pela transversa-lidade das áreas de actuação. À semelhança do posicionamento assumido em Angola, onde a Cou-tinho, Neto & Orey está presente há cerca de 10 anos, aqui poderá formar uma equipa de profissionais altamente motivados e rigorosos na prestação de serviços.Com 27 anos de existência, a Cou-tinho, Neto & Orey está presente, além de Portugal, em Espanha, Angola e mais recentemente em Moçambique e Cabo Verde.c

DR

Page 39: Revista Capital 76

Focus on COMPANY

Human Resourceswith solution in sight

Capital Magazine · JUNHO 2014 39

Coutinho, neto & Orey

The Human Resources Consul-tancy, Coutinho, Neto & Orey has just opened a branch in the Mozambican capital and intents to act in a transversal approach, with focus on a re-

cruitment specialized in training; and thus responding to the main concerns from companies and those looking for placement. The entry to the Mozambican mar-ket fits the expansion strategy from Coutinho, Neto & Orey, and to explore the needs deriving from the growth of the economic activity in Mozambique, where there is an increasing degree of importance towards the management of Human Resources in the develop-ment of enterprises.

The consultancy acts in diverse fields of the economic activity, namely in banking, automobile sector, distribu-tion, accommodation and tourism, high consume products, industrial sector, agriculture, among others, thus providing service to companies of dif-ferent dimensions ranging from multi-nationals to PMEs (small and medium scale enterprises). At a time when the concern from em-ployers is the insufficiency of quali-fied personnel, the Portuguese firm may support investors by carrying out Human Resources’ individual and cur-riculum psychological analyses, giving organizations the possibility of using adequate personnel for their intended profile. It also elaborates recruit-

ment and shortlisting processes, and promise to ensure the transference of know-how onto the client, so to secure continuity and keeping the project updated. The Coutinho, Neto & Orey also integrate a Temporary Employment Firm (ETT) specialized in the transfer of temporary workers towards giving responses to requests from its clients, and the needs of a market increas-ingly competitive. This firm arrives to Mozambique in a very timely occasion. The market reg-isters a major expansion, at national level, of companies from various field of activity, particularly the provision of services. Thus, besides opening one more opportunity for its own business, it may create conditions for a better performance from national companies, when taking into account the transversality of its action areas. Similarly to the position made by An-gola, where Coutinho, Neto & Orey is present for more than 10 years, here it may form a team of professionals highly motivated and rigorous on ser-vices’ provision. With 27 years of experience, Coutin-ho, Neto & Orey is present, besides Portugal, in Spain, Angola and more recently in Mozambique and Cape Verde.c

DR

DR

Page 40: Revista Capital 76

40 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Empresariado tem de combater mais a corrupção Nos últimos anos, o Centro de

Integridade Pública tem sido uma das mais interventivas organizações da Sociedade Civil a nível nacional, que através de questões sensíveis como Governação e Economia, procura promover a justiça social, tentando que haja cada vez menos desigualdades sociais. De que forma é que o CIP tem vindo a trabalhar?Uma das nossas abordagens é a aposta no jornalismo investigativo. Temos jornalistas de reconhecida “craveira” que se empenham oito horas por dia na busca de informações de grande relevância social. Tudo começa com o

O Centro de Integridade Pública (CIP) desenvolve estudos cuja intenção é melhorar a qualidade de vida dos cerca

de 25 milhões de moçambicanos. Altos níveis de pobreza e de corrupção são os temas que mais inspiram as suas pesquisas, que, muitas vezes, incomodam os decisores

e as multinacionais que operam na área extractiva. O director geral do CIP, Adriano Nuvunga, conta à Capital

como é tentar arbitrar um jogo em que estão envolvidos o Poder e o Povo.

ADRIANO NUVUNGA,Director Geral do CIP

Page 41: Revista Capital 76

tEMA DE FuNDOtEMA DE FuNDO

Capital Magazine · JUNHO 2014 41

mapeamento dos grandes temas que têm de ser desvendados e esse processo leva tempo (entre dois e três meses), mas temos uma equipa multidisciplinar devidamente distribuída pelos diferentes temas que abordamos. Temos também uma área de monitoramento e rastreio da despesa pública que trabalha durante todo o ano, além da área da indústria extractiva onde contamos com o apoio de peritos nacionais e internacionais, por se tratar de uma área muito técnica.

Os resultados das pesquisas do CIP mostram uma série de situações

por corrigir. No campo da indústria extractiva, por exemplo, considera insignificante o contributo das multinacionais para as receitas do Estado. A Kenmare e a Sasol reagiram justificando que não havia fundamentos na pesquisa do CIP que conduzissem àqueles resultados. Como intrepreta estes desmentidos?É positivo que haja reacção porque o que queremos é conduzir o debate público sobre temas candentes. O CIP trouxe uma dimensão muito grande da discussão sobre assuntos de corrupção e governação, que até há pouco tempo não existia. Aquelas empresas estão aqui há muitos anos mas a sua contribuição para os cofres do Estado é muito marginal. Portanto, fizeram bem em reagir, apesar de o terem feito tentando desacreditar o trabalho do CIP. Como sabe, ninguém gosta de ser criticado e a reacção da Kenmare e da Sasol só mostra que o CIP consegue provocar debates abertos e acessíveis ao público sobre este tema.

O CIP revela que as despesas públicas também não vão bem. Considera que não há cumprimento

das metas inicialmente traçadas nos distritos, além de que as próprias prioridades sejam mal desenhadas. Que explicação existe para esta realidade?Isto revela um problema que se coloca com o sistema nacional de planificação. A qualidade do PESOD nos distritos é bastante má. Não se sabe o que se faz com o dinheiro público: os planos não são cumpridos. Mais gravoso ainda é a qualidade dos empreendimentos que se erguem no País. Por exemplo, se a recém reabilitada avenida Julius Nyerere, aqui na cidade capital, mesmo antes da reinauguração já estava esburacada, imagine o que se passa com as obras nos distritos!Ao denunciar a corrupção, má governação, deficiências na distribuição de riqueza, e todas as questões que podem incomodar estruturas de poder, não teme que venha a nascer uma força que, de alguma forma, possa descredibilizar o CIP? Trabalhamos com o máximo de profissionalismo para não acusar ou denegrir a imagem das pessoas por falta de domínio das matérias. Dispomos de meios de pesquisa que

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42 JUNHO 2014 · Capital Magazine

asseguram credibilidade às nossas conclusões e abordamos os temas com a necessária profundidade de modo a evitar a imprecisão. Temos consciência do grau de risco do trabalho que desenvolvemos porque ninguém gosta de ser criticado. Até hoje, temos tido uma reacção hostil mas sabemos conviver com isso aceitando os limites que o nosso trabalho impõe.

Que resultados o CIP conseguiu alcançar com todas as intervenções realizadas até hoje? Há retornos?De um modo geral, o CIP ajudou a trazer a corrupção para o centro do

debate público e da governação. Muita gente enriqueceu por várias décadas por vias ilícitas mas nunca se falava sobre isto abertamente. Há considerável melhoramento de vários aspectos e nas diversas vertentes em que o CIP opera. A indústria extractiva melhorou bastante em aspectos relacionados com o quadro institucional, Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva (ITIE), entre outros. Há melhorias também na alocação dos orçamentos para os distritos e na execução de despesas, em resultado do rastreio que realizamos a nível local.Quais os constragimentos no

exercício da vossa actividade?Temos limitações no acesso à informação, cuja Lei teima em não sair do Parlamento. Por outro lado, o empresariado não adere ao debate anti-corrupção. Em muitos países, foram os empresários que arregaçaram as mangas e lutaram pelo fim da corrupção e pelo melhoramento do ambiente de negócios. Que empresariado é esse que não sabe que só com o fim da corrupção é que haverá melhor ambiente para o exercício da sua actividade? Gostaríamos que o nosso empresariado fosse mais interventivo.c

Page 43: Revista Capital 76
Page 44: Revista Capital 76

BACKGROuND tHEME

The Centre for Public Integrity carries-out studies which are intended to improve the quality of life for some 25 million Mozambicans. High poverty levels and corruption are the topics that inspire the most its researches, which many times bother the decision makers and multinationals operating in the mining industry. The Director General of CIP, Adriano Nuvunga, tells Capital how it is to try to arbitrate a game where the Power and the People are involved.

44 JUNHO 2014 · Capital Magazine

ADRIANO NUVUNGA,CIP General Director

Business community has to fight corruption harder

Page 45: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 45

In the last years, the Centre for Public Integrity has been one of the most intervening organizations from the Civil Society at national level, which looks at promoting social justice through sensitive questions such as Governing and Economy and attempting to ensure lesser social inequalities. In what form has CIP been working? One of our approaches is the wager on investigative journalism. We have journalists of recognized caliber who dedicate themselves eight hours per day on the quest for information of greater social relevance. It all starts with the mapping of the major topics that need to be unveiled, and this process takes time (from two to three months), but we have a multidisciplinary team properly distributed across the different topics that we engage. We also have a monitoring area and tracking of the public expense which works all year, over and above the mining area where we count with the support of national and international experts, as it is about a very technical field.

The results CIP researches indicate a series of situations to be corrected. In the field of the mining industry, for instance, it considers insignificant the contribution from the multinationals for the State’s revenue. The Kenmare and Sasol reacted justifying that there were no grounds on CIP’s research which led to those results. How do you interpret those denials? It is positive that there is a reaction because what we want is to drive the public debate on hot topics. CIP brought a huge discussion dimension over the issues of corruption and governance, which did not existed until recently. Those companies are here for many years

yet their contribution to the states’ coffers is very marginal. However, they did well in reacting although they did it in order to discredit CIP’s work. As it is known, no one likes to be criticized and the reaction from Kenmare and Sasol shows that CIP is able to trigger open debates on this topic and accessible to the public.

CIP reveals that the public expenses are also not going well. Do you consider that there is no fulfillment of the targets initially established in the districts, besides the fact that the priorities themselves are badly formulated? What sort of explanation is there for this reality? This reveals a problem which is placed with the national planning system. The quality of PESOD in the districts is very bad. It is not known how public money is employed: plans are not met. Even more seriously is the quality of undertakings that are erected in the country. For example, the recently rehabilitated Julyus Nyerere Avenue, right here at the city capital, was already potholed even before the inauguration; imagine what happens with the sites in the districts!

In reporting corruption, bad governance, deficiencies in the distribution of wealth, and all the matters that may upset the power structures, don’t you fear that a force aimed at somehow discrediting CIP may arise? We work with maximum professionalism so not to accuse or denigrate the image of people due to lack of dominium over the issues. We have means for research which ensure credibility of our conclusions and we engage the topics with the necessary depth as to avoid imprecision. We are

conscious of the level of risk in the work that we do as no one likes to be criticized. To this day, we have had hostile reactions but we know how to live with that and accepting the limitations imposed by our work.

What results has CIP managed to achieve with all its intervention carried-out to this day? Are there returns? From a general perspective, CIP has helped to bring corruption to the center of public debate and governance. Many people enriched themselves through various decades but this was not spoken openly. There are considerable improvements in various aspects and in different fronts where CIP operates. The mining industry improved significantly on aspects related to the institutional framework, Transparency Initiative for the Mining Industry (ITIE) among others. There are also improvements in the allocation of budgets for the districts and on the execution of charges as a result of the tracking that we carried out at local level.

Which are the constraints in the exercise of your activity? We have limitations in information access, as the law is adamant in not leaving the parliament. On the other side, the business community does not adhere to the anti-corruption debate. In many countries, it was entrepreneurs who pulled up their sleeves and fought for the end of corruption and for the improvement of business environment. What business community is that which does not realize that it is only with the end of corruption that there will be and environment for the exercise of its activities. We wish our business community were more intervening.c

Page 46: Revista Capital 76

Edição Nr. 06JUNHo - JULHo 2014

PrEço: 200MT

Virtual offices Escritórios virtuais

arquitecto Henrique Castro

Edifícios altos exigem

tecnologias

Vida contemporânea

PROJECTO DE ARQUITECTURA

DO “NATTA CAFÉ”

“CAFE NATTA” THE ARCHITECTURAL DRAFT

12 • MAJOR projects• Architecture 3D• Focus Leisure

• GRANDES projectos• Architectura 3D• Foco lazer

Contemporary living

arqUiTEcTUra | dEcoração dE iNTEriorEs | iMobLiária

interview

entrevista

Architect Henrique Castro

Tall buildings require

technology

Page 47: Revista Capital 76

EMPREENDER

Recolha de resíduos sólidos contribui para o emprego

Capital Magazine · JUNHO 2014 47

O negócio começou, há três anos, em Nampula, mas devido às oportunidades de mercado rapidamente se expandiu para as cidades de Maputo e Matola. Trata-se da

Highlighter, uma empresa vocaciona-da para a recolha de resíduos sólidos em espaços públicos ou comuns.O jovem Ednilton Madeira, director geral da Highlighter, lançou-se no mercado, trabalhando, numa primeira fase, com condomínios em Nampula e Maputo, e agora já está a trabalhar na recolha de resíduos sólidos nos municípios da Beira, Nampula, Queli-mane e Guruè.

Contando com a colaboração de 100 trabalhadores, a Highlighter tende a firmar-se cada vez mais no mercado moçambicano na prestação de um serviço que complementa a limpeza que é feita no interior das casas e instituições. Embora a prestação de serviços aos municípios esteja ainda numa fase embrionária, Ednilton Madeira prevê instalar, ao longo das vias, contento-res e caixas do lixo que vão garantir a acumulação de resíduos sólidos para posterior recolha. “A ideia agora é atacarmos os espaços públicos. Falo concratamente ose jardins, praças e rotundas e já temos

contactos avançados para a concre-tização deste objectivo”, revelou Ma-deira, tendo realçado que é impor-tante trabalhar mantendo os níveis de qualidade altos, como forma de garantir a satisfação das necessida-des dos clientes e da empresa se tornar uma referência. A Highlighter pretende expandir as suas actividades em todo o País, ex-plorando as oportunidades existen-tes nos sectores públicos e privados. “Uma das coisas que se destaca no trabalho que prestamos tem a ver com o elevado número de pessoas que empregamos. Pelas exigências e também pela natureza, precisamos de estar sempre a contratar novas pesso-as, o que é bom porque contribuímos para a criação de emprego”, conside-rou Ednilton Madeira.Para o empresário, o segredo para o sucesso está “na perseverança e na adopção de uma gestão estratégica do mercado”. “Estamos num mercado livre, onde a concorrência cresce a olhos vistos, por isso temos que traba-lhar com determinação nos objectivos que traçamos”, acrescenta o empre-endedor, bem ciente da sua missão.c

Edição Nr. 06JUNHo - JULHo 2014

PrEço: 200MT

Virtual offices Escritórios virtuais

arquitecto Henrique Castro

Edifícios altos exigem

tecnologias

Vida contemporânea

PROJECTO DE ARQUITECTURA

DO “NATTA CAFÉ”

“CAFE NATTA” THE ARCHITECTURAL DRAFT

12 • MAJOR projects• Architecture 3D• Focus Leisure

• GRANDES projectos• Architectura 3D• Foco lazer

Contemporary living

arqUiTEcTUra | dEcoração dE iNTEriorEs | iMobLiária

interview

entrevista

Architect Henrique Castro

Tall buildings require

technology

Page 48: Revista Capital 76

48 JUNHO 2014 · Capital Magazine

ENtREPENEuR

The business started three years back in Nampula, and due to market opportunities, it rapidly expanded to the cities of Maputo and Matola. This is about Highlighter, a

company dedicated to the collection of solid residues in public and com-mon spaces. The youngster Ednilton Madeira, general director of Highlighter, launched himself into the market working with condominiums in Nam-pula and Maputo as first stage; and is now working on the collection of solid residues in the municipalities of Beira, Nampula, Quelimane and Guruè. Counting with the collaboration of 100 workers, the Highlighter tends to firm itself more and more in the Mozambican market, while provid-

ing a service that complements the cleaning which is done inside households and institutions. Although the service provision to Municipalities is still at an embry-onic stage, Ednilton Madeira plans to install containers and dustbins along the roads, which will ensure the accumulation of solid residues, for further collection. “The idea now is to tackle the public spaces. I speak of gardens, square and roundabouts more precisely, and we have good contacts underway for the materialization of this objective”, revealed Madeira, having stressed that it is important to maintain high quality levels in the work performed, as means of ensuring the needs satisfaction for the firm’s clients and the company becoming a reference. The Highlighter intends to expand

its activities throughout the country, exploring the existing opportunities in the public and private sectors. “One of the things that stand out in the work we do, has to do with the large number of people that we employ. Based on the demand and also by the nature, we need to be continuously hiring new people, which is good as we contribute for the generation of jobs”, considered Ednilton Madeira. For the entrepreneur, the secret for success is in “the perseverance and the adoption of a strategic manage-ment of the market”. “We are on a free market, where competition grows at naked eyes and that’s why we have to work with determination in the objectives established”, added the entrepreneur, well conscious of his mission.c

Collection of solid residues contributes for employment

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Page 50: Revista Capital 76

PlAtAFORMA EMPRESARIAl

50 JUNHO 2014 · Capital Magazine

Que visão possui a CIS Nacala relativa-mente ao desenvolvimento sustentável, nesta região?A CIS entende que o desenvolvimento sustentável é baseado na conjugação harmoniosa e equilibrada entre o apoio ao desenvolvimento local, a diminuição do impacto ambiental e a criação de oportunidades reais de emprego aos nacionais. Para tal, a identidade cultural é respeitada em todos os nossos centros de investimento. Após a realização do diagnóstico das ne-cessidades e oportunidades, do ponto de vista social, identificámos como priorida-des: o incentivo à produção de alimentos e a valorização profissional.A produção de alimentos, além de me-lhorar a carência de segurança alimentar nas famílias também funciona como um pólo de oportunidades para a criação de rendimento sustentável das comunidades locais, através da comercialização do excedente de produção. Que planos estão delineados pela CIS Nacala em termos de apoio ao desenvol-vimento das comunidades locais?A CIS Nacala desenvolveu um conjunto de iniciativas que irão alavancar uma série de projectos, nomeadamente de apoio à

A CIS Nacala, especialista no fornecimento de catering, alojamento e serviços de apoio, em lugares remotos, tem promovido a iniciativa local, e contribuído para a inclusão dos pequenos e médios produtores, na cadeia de valor dos grandes projectos. Fomos saber pormenores destas iniciativas, através do responsável pelo Departamento de Desenvolvimento Sustentável da CIS Nacala, Luis Góis.

CIs contribui parao desenvolvimento sustentável de Nacala

seu impacto junto das populações?O programa já arrancou com vários gru-pos de agricultores, nomeadamente em Umphaco, Nacuxxa e Nacotho, onde foram entregues sementes hortícolas, ferramen-tas, apoio técnico no decorrer das cultu-ras, e, sobretudo, a compra da produção a um preço justo. Desta forma, contribuímos para a inclusão da pequena economia lo-cal na cadeia de valor dos grandes projec-tos. Neste momento, já estão a beneficiar cerca de 40 famílias. Ou seja, acima de 200 pessoas. Em breve, estaremos tam-bém a apoiar agricultores em Nacala-a--Velha, onde aliás, temos tido uma grande abertura por parte das suas autoridades locais, o que demonstra a receptividade que este programa está a gerar.

Quanto à valorização profissional, que planos estão a desenvolver e que parce-rias já estabeleceram?Empenhamo-nos muito na valorização dos nossos trabalhadores, com programas regulares de formação. Também estabele-cemos uma parceria com a ADPP-Colégio Politécnico em Nacala, onde temos rece-bido alunos finalistas do curso de Hote-laria, para estágios profissionais, com a possibilidade de serem admitidos no final do estágio, o que tem vindo a acontecer. Durante 2014, iremos receber cerca de 80 estagiários.c

produção local e de criação de emprego, a que demos o nome de ‘Sementes para o Desenvolvimento’. O seu esforço baseia-se em cinco pilares fundamentais: Iniciativas de produção agrícola; segurança alimentar das famílias; emprego e valorização profis-sional; a maximização das compras locais e a protecção do meio ambiente, onde recentemente obtivemos um certificado de ‘Boas Práticas’.

Qual tem sido a evolução do Programa ‘Sementes para o desenvolvimento’ e o

Page 51: Revista Capital 76

ENtREPRENEuRIAl PlAtFORM

Capital Magazine · JUNHO 2014 51

What is the vision of CIS Nacala, re-lated to Sustainable Development in this region? CIS believes that Sustainable Devel-opment is based on the harmonious

and balanced combination between support to Local Development, re-duction of environmental impact and creating real employment opportu-nities to locals, respecting cultural

identity in all our investment centers. Since the beginning, and after making the diagnosis of the needs and also of opportunities from the Social point of view with potential

CIs contributing to thesustainable Developmentin NacalaCIS Nacala, a specialist company providing Catering, Accommodation and Support Services in Remote Sites, has been promoting local development initiatives, contributing for the inclusion of small and medium producers in the value chain of Major Projects. We talk about details of these initiatives with the responsible for the Sustainable Development at CIS Nacala, Luis Gois.

Page 52: Revista Capital 76

Tel.: +258 21 303449Fax: +258 21 303450Rua Ngungunhane nº 56 r/c Afrin Prestige Hotel

Restaurante e Serviço de Catering

Organizamos os seguintes eventos

BanquetesConferências

CocktailsPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

Restaurantee Serviço de Catering

Organizamosos seguintes evento

BanqueteConferência

CocktailPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

“Da simplicidade vem a classe”

for sustainable development of populations, we identified as priorities the suport of food production and vocational training. , Apart from improving the lack of food security in families, food production also functions as a hub of opportunities to create sustainable income for local communities through the sale of surplus production.

What plans are outlined by CIS Nacala currently, to support the development of local communities?CIS Nacala, developed a number of initiatives that will leverage a num-ber of projects, including to support local production, which we named ‘SEEDS FOR DEVELOPMENT’. These ef-forts are based in 5 main pillars: food production initiatives, food security of families, maximize local employ-

ment and professional development, increase local purchase and environ-mental protection, for which we have recently received a ‘Good Pratices Certificate Award’.

What has been the evolution of the program ‘SEEDS FOR DEVELOPMENT’, and the impact among the population?This program has already started with several groups of farmers, namely in Umphaco, Nacuxxa and Nacotho where vegetables’ seeds are delivered, as well as tools, technical support during the crop cycle, and mainly the purchase of produce at a fair price, thereby contributing to the inclusion of the small local economy in the value chain of Major Projects. At the moment, they are already benefiting about 40 families, nearly 200 people.Soon we will also be supporting

farmers in Nacala-a-Velha. In fact, in this nice village we had very good relations with Local Authorities, which demonstrates the receptivity and expectation that this program is creating.

Regarding professional development, which plans are being developed and which existing partnerships are estab-lished?We are engaged in the valuation of our employees with regular training programs. We also established a partnership with the ADPP- in Nacala, where we have been shortlisted students of the Hospitality course, for professional internships, with the possibility of being admitted at the end of the period, as happened before. We hope to receive about 80 students during 2014.c

Page 53: Revista Capital 76

uP-GRADE

Capital Magazine · JUNHO 2014 53

Já não se vai chamar Riopele. Mas, durante muito tempo, a mais importante unidade idustrial da área têxtil do país ostentou esse nome. Adjudi-cada a operadores privados

– um consórcio luso-moçambicano – há alguns anos, já poderia estar a operar desde meados do ano passa-do, com a designação Mozambique Cotton Manufactures, nome atribuído pelos novos proprietários, se não fossem os sucessivos atrasos, por diversas razões. Interrompida há mais de 10 anos, a Riopele, localizada em Marracuene, na província de Maputo, não retomou as actividades em 2013 por razões que se prendem com o fornecimento

de energia eléctrica.Em Dezembro, os proprietários – que integram a moçambicana Intelec Hol-dings e as portuguesas Mundotêxtil, Mundifios e Crispim Abreu – asse-guraram que o problema da energia tinha sido ultrapassado e que já tinham sido investidos 12 milhões de dólares na reposição das infraestru-turas físicas, o suficiente para inau-gurar a tão esperada indústria têxtil em Março deste ano.“Terminamos todo o processo de montagem do que será a parte indus-trial que vai transformar o algodão em fio e, no fim de Janeiro, contamos concluir a parte para a produção de tecido, para que até Março, quando a

fábrica inaugurar, possamos produzir tanto o fio quanto o tecido”, revelou, na altura, Haje Pedreiro, representan-te da Intelec Holdings.Os proprietários garantem que já não há muito que falte para opera-cionalizar o empreendimento, mas este mês, Junho de 2014, já estamos a quase um ano desde o primeiro adiamento.É que ainda em Dezembro, o consór-cio avançava a necessidade de 40 milhões de dólares para a aquisição de novos equipamentos e reposição dos equipamentos antigos da fábrica. E o processo que se previa como re-lativamente curto, vai-se arrastando por mais tempo.

Um ano passadoe a Riopele não arrancou A sua abertura marca a revitalização da indústria têxtil nacional, pela dimensão que se espera que a Riopele venha a ter na mobilização de outros operadores e produtores de algodão. Mas apesar de estar quase tudo a postos, a mesma ainda não arrancou.

DR

DR

DR

Page 54: Revista Capital 76

uP-GRADE

54 JUNHO 2014 · Capital Magazine

âncora da revitalização da indústria têxtil

À volta do projecto Riopele, está um plano de revitalização da indústria têxtil nacional. O ministro da Indús-tria e Comécrio, Armando Inroga, já havia anunciado que o Governo posicionou uma fábrica de processa-mento de algodão para a produção de fardos em Guro, na província de Manica. Trata-se de um projecto a montante, que tem em vista o desen-volvimento da indústria têxtil com grandes projectos e Pequenas e Mé-dias Empresas (PME) associadas.

Ainda de acordo com Inroga existe, no mercado, matéria-prima suficiente para alimentar a indústria que se pretende. A título de exemplo, “Mo-çambique teve, no ano passado, o segundo maior volume de produção de algodão da história, e grande quantidade acabou perdida no Norte por falta de mercado”.Espera-se também que a nova Tex-moc, em Nampula, também venha a adquirir parte do tecido fabricado na Riopele, agora Mozambique Cotton Manufactures.No global, o empreendimento espera envolver mais de 150 Pequenas e Médias Empresas, com grande im-pacto na criação de novos postos de trabalho.

A par disso, poderá constituir mais um mercado para a produção nacio-nal de algodão, que várias vezes se perde por ausência de uma indústria têxtil capaz de absorvê-la.Estima-se que em três anos de ope-ração, a Riopele possa empregar cerca de 700 pessoas.O alvo da Mozambique Cotton Manu-factures é cobrir o mercado nacional e canalizar o excedente de produção para o mercado externo.

mOZAmBIQUE COTTON mANU-FACTUREs

Investimento total: 40 milhões USDPostos de trabalho: cerca de 700.c

One year gone and Riopele did not kick-start Its launch marks the revitalization of the national textile industry, considering the dimension which Riopele is expected to have on the mobilization of other cotton operators and producers. However, despite the fact nearly everything is in place, it still did not take-off.

DR

Page 55: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 55

uP-GRADE

It will no longer be called Riopele. However, for a long time, the most important industrial plant in the textile sector within the country bore that name. Having been adjudicated to private operators – a luso-mozambican consortium – a few years back, it could have started operating mid last year, with the designation Mozambique Cotton Manufacturers, being the name ascribed by the new proprietors, if not for the successive delays due to various reasons. Interrupted for over 10 years, Riopele which is located in Marracuene, Maputo Province, has not resumed its activities in 2013 due to reasons around the supply of electric power. In December, the owners – who integrate the Mozambican Intelec Holdings and the Portuguese Mundotêxtil, Mundifios and Crispim Abreu – assured that the electricity problem had been solved and that 12 million dollars had been invested towards restoring physical infrastructures; just about enough to inaugurate the much expected textile industry, in March this year. “We have concluded the whole fitting process of the industrial section which will transform cotton into fiber, and that towards the end of January, we expect to conclude the sector for the production of fabric, so that up until March, when the factory opens, we may produce as much fiber as fabric”, stated then by Haje Pedreiro, the representative of Intelec Holdings. The proprietors guarantee that not much is left to operationalize the undertaking, yet this month, June 2014, we are nearly a year since its first postponement. The thing is that still in December, the consortium advised on the need to source 40 million dollars for the acquisition of new equipment as well as the replacement of old equipment

in the factory. Hence, the process that was anticipated to be relatively short, keeps dragging longer.

The revitalizing anchor of the textile industry

A plan to revitalize the national textile industry oozes around the Riopele project. The minister of industry and commerce, Armando Inroga, had already announced that the Government positioned a cotton processing plant in Guro, Manica province, for the production of bales. It is about an upstream project which aims at developing the textile industry through big projects and associated Small & medium scale enterprises. As per Inroga still, there is enough raw material in the market, to feed the desired industry. As for example, “last year, Mozambique had the second largest volume of cotton production in history, and a major quantity ended up lost in the north due to lack of market”.

It is expected that the new Texmoc, in Nampula, will also acquire part of the fabric manufactures at Riopele, which is now Mozambique Cotton Manufactures.Overall, the undertaking expects to involve more than 150 Small and Medium Scale Enterprises, with great impact on the creation of new jobs. In parallel, it may constitute one more market for the national production of cotton, which is lost many times due to lack of a textile industry capable of absorbing it. It is estimated that in three years of operations, Riopele may employ around 700 people. The Target of Mozambique Cotton Manufacturers is to cover the national market and channel the production surplus to the external market.

mOZAmBIQUE COTTON mANU-FACTUREs

Total Investment: 40 million USDNew Jobs: Nearly 700.c

DR

Page 56: Revista Capital 76

Aluguer de longa duração incluindo manutençãoAluguer de longa duração sem manutenção

Gestão de SegurosGestão de ManutençãoGestão de Motoristas

Venda e LocaçãoAuditoria de FrotasGestão de Frotas

Full Maintenance RentalOperating Rental

Insurance ManagementManaged Maintenance

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1ª Rua Perpendicular nº 15-Bairro da Coop | Telefone: +258 21 416186 | Fax: +258 21 416187Maputo - Moçambique

Page 57: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 57

Aluguer de longa duração incluindo manutençãoAluguer de longa duração sem manutenção

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Page 58: Revista Capital 76

58 JUNHO 2014 · Capital Magazine

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

Esta é a promessa que fazemos aos nossos clientes, aos nossos colaboradores e às comunidades nas quais operamos.

Oferecemos uma amplitude de serviços para assessorar os nos-sos clientes, nas mais diversas áreas, para enfrentar desafios e potenciar o seu desempenho.

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A PwC é uma rede internacional e sustentada de prestação de ser-viços de elevado profissionalismo.

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FISCAlIDADE PRICEWAtERHOuSECOOPERS

A ImPuGnAçãO DOs AcTOs TrIbuTárIOsEbrahim Bhikhá *

Aspectos Introdutórios

com a presente nota pretendemos dar continuidade ao tema já inicia-do em edições anteriores (Do Proce-dimento de Fiscalização Tributária I e II), concluindo a abordagem dos aspectos relativos à possibilidade

do sujeito passivo recorrer Hierarquicamen-te ou Contenciosamente caso não concorde com o posicionamento da Administração Tributária (“AT”).A AT deve, nas suas actuações face aos administrados, respeitar os direitos e inte-resses legalmente protegidos dos mesmos, conforme resulta do 2 n.º 1 do artigo 249 da Constituição da República de Moçambique (“CRM”). No âmbito fiscal, esses direitos e interesses são tutelados através das cha-madas garantias dos contribuintes, que nos aparecem, desde logo, como uma decorrên-cia do princípio da legalidade da tributação, previsto no artigo 100 da CRM.Ao nível do Direito Tributário, a expressão garantias dos sujeitos passivos aparece--nos no artigo 50 da Lei n.º 2/2006, de 22 de Março, Lei Geral Tributária – “LGT”, onde se enumeram alguns dos meios ao alcance do SP quando pretenda reagir face a actos da AT lesivos dos seus direitos, nomeada-mente, não pagar impostos legalmente estabelecidos, apresentar reclamações ou recursos hierárquicos, solicitar revisões ou apresentar recursos contenciosos de quaisquer actos ou omissões da AT, lesivos dos seus direitos ou interesses legalmente protegidos.

Procedimentos em caso de Reclamação GraciosaNão concordando com a liquidação ou decisão da AT, o sujeito passivo poderá submeter a respectiva Reclamação Gra-ciosa para o autor do acto dentro do prazo estabelecido para o pagamento (cfr. Arts. 126, 127 e 128 da LGT). A Reclamação Graciosa visa a anulação dos actos da AT, por iniciativa do sujeito passivo ou interessado, dirigido ao serviço que aprovou o acto, e tem como fundamentos qualquer ilegalidade, nomeadamente: (i) errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros, valores patrimoniais; (ii) vício de fundamentação; (iii) preterição de outras formalidades; (iv) incompetência. Em caso de indeferimento da Reclamação Graciosa e/ou da decisão de revisão ou fixação da matéria colectável é permissível o Recurso Hierárquico, no prazo de 90 dias, para o superior do autor do acto. O Recurso Hierárquico justifica-se não só pela necessidade de salvaguardar e defender os interesses do sujeito passivo, mas por força do Princípio da Exaustão, de modo a se obter a definitividade do acto e aceitação junto do Tribunal Fiscal, sob pena de rejeição liminar (cfr. arts. 52, 126, 138 e 141 da LGT conjugados com o Art. 7 da Lei n.º 2/2004, de 21 de Janeiro, Lei dos Tribunais Fiscais – “LTF”). Assim, não será necessário que o sujeito passivo percorra toda a hierarquia da AT para que obtenha um acto administrativo no qual assentará o seu direito ao Recurso Contencioso (Impug-

Page 59: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 59

FISCAlIDADE PRICEWAtERHOuSECOOPERS

A ImPuGnAçãO DOs AcTOs TrIbuTárIOsnação Contenciosa). A decisão sobre o Recurso Hierárquico é passível de Recurso Contencioso após a notificação da decisão do indeferimento, no prazo de 90 dias (cfr. Art. 141 da LGT).

Procedimentos em caso de Reclamação ContenciosaO processo ou contencioso tributário con-siste no meio processual, pelo qual o sujeito passivo pode defender, perante os tribunais fiscais, os seus direitos e interesses legal-mente protegidos. Regra geral, o processo de Reclamação Con-tenciosa inicia-se com a apresentação da petição inicial após notificação da decisão ou indeferimento do Recurso Hierárquico que será submetida junto do Tribunal Fiscal. A AT produzirá uma resposta a contestação (contra-alegações) dirigida ao respectivo Tri-bunal Fiscal onde apresentará a sua posição em relação aos factos arrolados pelo sujeito passivo que será apensada aos autos para efeitos de decisão pelo Tribunal Fiscal.Segundo o disposto no Art. 34 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, que Regulamenta o Contencioso das Con-tribuições e Impostos – “RCCI”, os motivos que podem levar à impugnação do acto de liquidação são: (i) inexistência ou cessação dos factos tributários; (ii) erro na determi-nação da matéria colectável e do seu valor; (iii) erro na designação ou transferência da inscrição de prédios, pessoas, factos ou valores; (iv) duplicação ou omissão relativa à inscrição de contribuintes ou descrição de

factos tributários; (v) aplicação de taxa dife-rente da devida ou erro de cálculo na fixa-ção da colecta ou de quaisquer adicionais; (vi) duplicação de colecta; (vii) ilegalidade da contribuição ou imposto; (viii) incom-petência do funcionário que o liquida; (ix) incompetência do tribunal.O Recurso Contencioso só terá efeito sus-pensivo, caso o sujeito passivo deposite as importâncias impugnadas ou preste caução mediante garantia bancária. Nos termos da alínea c) do n. 1 do Art. 13 da LTF, o Tribunal Fiscal julga o Recurso Conten-cioso, como como Tribunal de 1ª Instância. Caso a sentença do Tribunal Fiscal seja desfavorável ao sujeito passivo, o mesmo poderá, no prazo de 8 dias, recorrer para o Tribunal Administrativo, em 2ª instância (Cfr. Art. 18 do RCCI). Na eventualidade de em sede da 2ª instân-cia no Tribunal Administrativo, o sujeito passivo ser novamente condenado poderá ainda recorrer em última instância para o Plenário do Tribunal Administrativo. O Re-curso para o Plenário do Tribunal Adminis-trativo deve ser feito no prazo de 10 dias a contar da data da notificação da notificação do acórdão. Caso não se preste a caução (de modo a obter o efeito suspensivo), o Acórdão poderá ser executado pela Adminis-tração Tributária.

Notas Finais O uso por parte dos sujeitos passivos dos meios ao seu dispor abordados, ao longo da presente nota, justificam-se como tutela

plena e efectiva em tempo útil, dos direitos e interesses legalmente protegidos em matéria tributária surgindo em regra, na sequência de um acto tributário, com o qual o sujeito passivo não está de acordo no todo ou em parte por considerar ter ocorrido uma ilegalidade (mas pode também surgir no caso em que está apenas em causa a determinação do “quantum” do imposto).Daí, em nosso entender, a importância dos sujeitos passivos conhecerem as normas que lhes permitem reagir, muitas vezes em casos que possam constituir uma verdadei-ra extorsão fiscal, e que podem levar muitos sujeitos passivos a encerrarem os seus es-tabelecimentos comerciais por violação dos seus direitos e garantias no que se refere às relações que se estabelecem com a AT.

Ebrahim Bhikhá[email protected] Consultor Fiscal & LegalPwC

Este artigo é de natureza geral e mera-mente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profis-sional adequado para um caso concreto. a pricewaterhouseCoopers legal não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de uma decisão to-mada (ou deixada de tomar) com base na informação aqui descrita.c

Page 60: Revista Capital 76

60 JUNHO 2014 · Capital Magazine

tAxAtION PRICEWAtERHOuSECOOPERS

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Introductory Aspects

With the present note, we intend

to give continuity to the topic

already started in previous

editions (from the Procedure

of Tax Inspection I and II), thus

concluding the approach of

the aspects around the possibility of the

taxable subject appealing Hierarchically

or Contentiously in case he does not agree

with the positioning of the Tax Administra-

tion (“AT”).

The AT has to, in its actions before the ad-

ministered ones, respect their rights and

interests legally protected, as resulting from

the 2 n. 1 of the article 249 in the Constitu-

tion of the Republic of Mozambique (“CRM”).

In the fiscal scope, these rights and interests

are protected by the so called guarantees of

taxpayers, which are presented to us, from

the onset, as a result from the principle of

taxing legality, stipulated in the article 100

of the CRM.

At the level of the Tax Law, the expression

guarantees of the taxable subjects is shown

in the article 50 of the Law n. 2/2006, from

22nd March, General Tax Law – “LGT”, where

some instruments available to the PS are

numbered, whenever intending to react to

the harmful actions from the AT to his rights,

namely, not paying legally established taxes,

presenting complains or hierarchical ap-

peals, request for revisions or presenting

contentious appeals of any acts or omis-

sions from the AT, which are harmful to his

rights or legally established interests.

Procedures in the event of Gracious

ComplainNot agreeing with the liquidation or decision

from the AT, the taxable subject may submit

the respective Gracious Complain to the au-

thor of the act, within the period established

for the payment (cfr. Articles. 126, 127 and

128 from the LGT).

The Gracious Complain aims at the annul-

ment of the acts from the AT, under the

initiative of the taxable or interested sub-

ject, directed to the service which approved

the act, and has as its fundament any illegal-

ity, namely: (i) erroneous qualification and

quantification of revenues, profits, asset

values; (ii) defective reasoning; (iii) breach

of other formalities; (iv) incompetence.

In the event of rejection of the Gracious

Complain and/or the revision decision or

fixation of collectable matter, an Hierarchi-

cal Appeal to the superior of the author of

the act, is permissible, within the period of

90 days.

The Hierarchical Appeal is justified not only

by the need of safeguarding and defend-

ing the interests of the taxable subject, but

by force of the Principle of Exhaustion, as

means of obtaining the definitiveness of the

act and acceptance by the Tax Court, or else

facing an outright rejection (cfr. articles. 52,

126, 138 and 141 from the LGT conjugated

with the article 7 from the law n.º 2/2004,

from 21st January, Law of the Tax Courts –

“LTF”). Hence, it will not be necessary that

the taxable subject goes through the whole

hierarchy of the AT in order to obtain an ad-

The ImPuGnATIOn OF TAx AcTsEbrahim Bhikhá *

Page 61: Revista Capital 76

Capital Magazine · JUNHO 2014 61

tAxAtION PRICEWAtERHOuSECOOPERS

ministrative act in which it will be based his

right to appeal to the Contentious Recourse

(Contentious Impugnation).

The decision over an Hierarchical Appeal is

subject to Contentious Recourse after the

notification of the decision of rejection, in

a period of 90 days (cfr. Article. 141 from the

LGT).

Procedures in the event of Contentious

Complain The process or tax contentious consists on

the procedural means, by which the taxable

subject may defend his rights or legally pro-

tected interests, before the tax courts.

General rule, the Contentious Complain

Process starts-off with the presentation of

the initial petition after the notification of

the decision or rejection of the Hierarchical

Resource, which will be submitted through

the Tax Court. The AT will produce an answer

to the contestation (counter-claims) directed

to the respective Tax Court, where it will

present its position in relation to the facts

presented by the taxable subject, and which

will be appended to the docket, towards a

decision by the tax court.

According to the established in the article 34

of the Legislative Diploma n. 783, from 18th

April, 1942, which regulates the Contending

of Taxes – “RCCI”, the reasons which may

lead to the impugnation of a liquidation act

are: (i) absence or cessation of taxable facts;

(ii) error on the determination of the collect-

able mater and its value; (iii) error on the

designation or transfer of the inscription of

buildings, people, facts or values; (iv) dupli-

cation or omission in relation to the inscrip-

tion or taxpayers or description of taxable

facts; (v) application of a rate different of

that owed or calculation error on the fixation

of the collection or any other additions; (vi)

duplication of the collection; (vii) illegality of

the contribution or tax; (viii) incompetence

of the employee which liquidates it; incom-

petence of the court.

The Contentious Recourse will only have

suspensive effect, in the event the taxable

subject deposits the impugnated monies or

ensures bailment through bank guarantee.

In terms of the line c) of the n. 1 from the

Article 13 from the LTF, the Tax Court judges

the Contentious Recourse as a first degree

court. In the event the sentence of the Tax

Court is not favourable to the taxable sub-

ject, he may appeal to the Administrative

Court in a period of 8 days as a 2◦ degree (Cfr.

Article. 18 from the RCCI).

In the event that the 2 degree appeal at the

Administrative Court, the taxable subject is

again found guilty, he may still appeal as a

last resource to the Plenary of the Adminis-

trative Court. The appeal to the Plenary of the

Administrative Court has to be done within a

period of 10 days, counting as from the date

of notification of the judgement. In case the

bailment is not secured (in order to have the

suspensive effect), the judgement may then

be executed by the Tax Administration.

Final Notes The use, by the taxable subjects, of the

means available as mentioned along the cur-

rent note, are justified as plain, effective and

timely tutelage, of the rights and interests

legally protected in tax matters, emerging as

rule, from a tax act, with which the taxable

subject does not agree as a whole or portion

of it, therefore considering that an illegality

has occurred (but may also emerge when-

ever it is merely at stake the determination

of the “quantum” of the tax).

Hence, in our understanding, the impor-

tance of taxable subjects having command

of the norms that enable them to react,

many times in cases which may constitute a

true tax extortion, and which may lead many

taxable subjects to shut down their busi-

nesses given the violation of their rights and

guarantees, as far as the established rela-

tions with the AT are concerned.

Ebrahim Bhikhá

[email protected]

Tax & Legal Consultant

PwC

this article is of general nature and merely informative, not destined to any entity or situation in particular, and does not substitute adequate professional advice for a specific case. the pricewaterhouseCoopers legal will not be held responsible for any damage or loss merging from a decision taken (or not taken) with basis on the information here described.c

The ImPuGnATIOn OF TAx AcTs

Page 62: Revista Capital 76

Perspectiva EDuCAÇÃO

62 JUNHO 2014 · Capital Magazine

estudos realizados em todo o mundo mostram que a me-lhoria da Educação de um país está relacionada com o incremento da produtividade e competitividade das empresas.

Uma educação adequada produz um impacto grande na produtividade de uma empresa quando comparada com outras sem funcionários quali-ficados. Uma experiência mundial-mente conhecida é a da Coreia, cuja aposta na Educação de qualidade teve um impacto notável na produ-tividade e na renda “per capita” da população. As deficiências do sistema educativo moçambicano apontam para a for-mação de um trabalhador que não desenvolve habilidades importantes para o trabalho, como a concentra-ção, a capacidade de abstração e a agilidade mental, que se reflecte na qualidade do trabalho produzido. A aposta de Moçambique na Edu-cação, depois de ouvido o sector produtivo, centra-se agora no “saber fazer” e “saber pensar”. As empre-sas necessitam de quadros médios e superiores com capacidade de executar e de progredir num mundo cada vez mais industrializado e mais tecnológico.

O reforço da ligação do graduado ao mercado de trab-alho

Constitui-se agora como prioridade a necessidade de reforçar a ligação do graduado dos diferentes níveis do Sistema Nacional de Educação com o

mercado de trabalho.Assumem um papel fulcral as áreas do Ensino Técnico e das Universida-des, com a necessidade de reforçar a área de Ciências e Engenharia, por onde passa muita da mão-de-obra qualificada para responder às ne-cessidades do sector produtivo. Não descurando o ensino profissionali-zante nas Escolas Secundárias com o objectivo de preparar os jovens e adultos para a vida activa.O novo Plano Estratégico 2012 – 2016 privilegia a continuação da ex-pansão do Sistema Educativo, explo-rando várias modalidades de ensino, havendo a necessidade de continuar a elevar a capacidade do sector com quadros cada vez mais qualificados e motivados para a gestão dos proces-sos de mudança e para assegurar a consolidação das reformas iniciadas ao nível do sector da educação e do sector público.É necessário criar uma visão holística do desenvolvimento do sistema educativo para assegurar a aquisição de competências e habilidades avan-çadas e especializadas no sentido de sustentar e impulsionar o actual desenvolvimento do País. A Educa-ção continua a criar as condições necessárias para o aumento dos graduados do ensino secundário geral com competências profissiona-lizantes para facilitar a sua transição para a vida adulta e laboral; a expan-são de Ensino Técnico-Profissional de qualidade, baseado em compe-tências necessárias e requeridas pelo mercado de trabalho e nos sectores das indústrias emergentes; a forma-

ção e capacitação de profissionais através de acções de curta duração, respondendo melhor e de forma mais rápida às necessidades de ter uma mão-de-obra qualificada.O aumento dos recursos financeiros, materiais e humanos, beneficiando directamente as escolas com salas de aula superlotadas e com altos rácios professor-aluno.Para além do aumento dos recursos financeiros, a chave para o sucesso de qualquer política é a melhoria na formação de professores.

A importância do sector Privado

Assumindo a educação como uma responsabilidade partilhada entre o Governo e o sector produtivo, principal beneficiário do aumento de qualidade dos recursos humanos nos próximos anos, será encorajado por uma maior expansão do ensino privado. O sector privado é particularmente importante no ensino pós-primário. Em 2011, cerca de 10% dos alunos no ensino secundário frequentavam escolas privadas ou comunitárias e, em 2010, cerca de 28% dos estu-dantes do ensino superior frequen-tavam instituições privadas. Das 46 universidades existentes apenas 18 são públicas, reflectindo o interesse e a apetência do sector privado pelo Ensino como potencial negócio. A maioria dos cursos ministrados pelas universidades está na área das Ciências Sociais o que representa um desequilíbrio muito grande em

Educação também é negócioAntónio Batel Anjo*

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relação às necessidades do desen-volvimento do País que se encontra sobretudo nas Ciências Naturais.

Esta é uma das assimetrias que urge resolver e cujo impacto na sociedade e na economia é muito elevado, uma vez que muitos projectos não con-seguem resolver os seus problemas junto do mercado e, por outro lado, muitos desses jovens graduados ficam desempregados. Esta situação agudiza-se nas universidades pri-vadas onde poucas são as que pos-suem cursos de Ciências e Engenha-rias, facto determinado pelo custo de formação dos alunos nestas áreas. No entanto, este facto representa uma oportunidade de negócio tanto para o sector público como privado.

A pródiga associação en-tre ‘empregadores e emprega-dos’

O sector da Educação gera outro im-pacto na Economia por via das em-presas fornecedoras de serviços em geral e das empresas de base tecno-lógica que se instalaram no País para fornecer equipamentos e formação em áreas específicas relacionadas com os equipamentos tecnológicos e de precisão. A instalação destas empresas em território nacional, além de potenciar o emprego de jovens com elevado potencial nas áreas de Ciências e Engenharia, são parceiros dinâmicos no sector da Educação trazendo para o País os mais recentes avanços tecnológicos.

O MINED assume o estímulo à criação de empregos no sector priva-do, através de várias iniciativas que se concentram no Plano Tecnológico da Educação. Uma dessas iniciativas é o “cluster para a produção de con-teúdos”, cuja ideia base é estabele-cer uma plataforma colaborativa de capacitação de moçambicanos nas áreas tecnológicas, de construção de conteúdos e de modernas estraté-gias de formação. Esta estratégia está em consonância com o Plano Tecno-lógico da Educação e com o Plano de Estratégico para a Educação – 2012 – 2016.

TriploA - um modelo de negócio

Neste “cluster” pode ser encontrada uma actividade económica através da reunião de pequenas, médias empresas e organismos públicos locais, situadas num mesmo espaço e que apresentam grandes níveis de entrosamento entre si e constituem o que hoje existe de mais moderno em modelo de desenvolvimento. No fundo, este “cluster” tem também ele de criar um modelo de negócio que seja sustentado e sustentável no tempo. O “cluster” não é mais que um modelo que designamos por “triploA”1 já que tem por base:

1. Aglomeração, de um con-junto de empresas concen-tradas no espaço que pro-movem a troca de ideias,

1 A expressão “TriploA” foi obtida pela junção das primeiras letras das palavras: Aglomeração, Afinidade e Articulação.

de sinergias, a prática colaborativa e de alianças estratégicas, inclusive para contrariar limitações rela-cionadas com economias de escala.

2. Afinidade entre empresas voltadas para o mesmo posicionamento em termos de negócio, em que cada uma delas seja especializa-da em tarefas particulares.

3. Articulação, que permite um relacionamento próxi-mo, de grande intensidade e permanente colaboração entre as empresas, tanto na troca de sinergias e as prá-ticas colaborativas como no estímulo à competitividade.

Do ponto de vista operacional o “cluster” é uma forma de desenvol-vimento económico e social que se vem assumindo como um bom modelo tanto para países industriali-zados como em países em desenvol-vimento.Este é um bom exemplo, entre mui-tos, de como o Ministério da Educa-ção se pode aliar ao sector privado na criação de conteúdos para o Sistema de Ensino, criando empregos e dando uma nova perspectiva ao sector privado de que a Educação é um negócio importante e a ter em conta.c

(*) Coordenador do Programa Pensas do Ministério da Educação

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Perspective EDuCAtION

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studies carried out worldwide indicate that the improve-ment of a country’s education is related to the increment on productivity and com-petitiveness of enterprises.

An adequate education produces a huge impact on the productivity of a business when compared with others with no qualified personnel. One experience known worldwide is that of Korea, which wager on qual-ity education had a notorious impact on the population’s productivity and revenue “per capita”. The deficiencies of the Mozambican educational system suggest for the training of a staff member who does not gather important abilities for the desired work such as concentration, abstraction capacity and mental agil-ity, which are reflected on the quality of work performed. The wager of Mozambique on educa-tion, after hearing the productive sector, is now centered on “know how” and “know to think”. The com-panies need technical and higher qualification personnel with the capacity to execute and progress in a world increasingly industrialized and technological.

The reinforcement of the connection of the graduate to the job market

It now constitutes a priority and ne-cessity to reinforce the connection of the graduate of the different levels of the National Education System with the job market. A key role is assumed by the areas of Technical Education and Universities, with the need to reinforce the field

Education is Also BusinessAntónio Batel Anjo*

of Sciences and Engineering, where volumes of qualified labor is chan-neled to respond to the needs of the productive sector. Not disregarding the professionalizing education at Secondary Schools with the objective of preparing youths and adults to the productive life. The new strategic plan 2012 – 2016 privileges the continuous expansion of the Education System, exploring various modalities of education and therefore the need the continue to elevate the capacity of the sector with personnel more and more quali-fied and motivated for the manage-ment of changing processes and to ensure the consolidation of the initi-ated reforms within the education and public sectors. It is necessary to create a holistic view of the development of the edu-cation system so to secure the acqui-

sition of competencies and advances & specialized abilities as means of sustaining and propel the country’s current development. Education continues to create the necessary conditions for the increase of gradu-ates from the general education with professionalizing competencies to facilitate their transition for the adult and labor life; the expansion of a quality Technical and Vocational Education, based on competencies which are necessary and required by the job market and in the sectors of emerging industries; the training and capacity building of professionals through short term actions which re-spond better and faster to the need to have qualified labor. The increase of financial resources and human means directly benefit the schools with have overcrowded classes and high teacher-student

DR

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ratios. Besides the increase of financial resources, the key for success of any policy is the improvement of teach-ers training.

The importance of the pri-vate sector

Taking education as a shared respon-sibility between the Government and the productive sector, the main beneficiary of the improvement on the quality of human resources in the coming years, it shall be encouraged by a greater expansion of the private education. The private sector is particularly important on the post-primary edu-cation. In 2011, roughly 10% of the students on the on the secondary education attended private or com-munity schools and in 2010, roughly 28% of the students in higher education attended private schools. From the existing 46 universities only 18 are public, which reflect the desire and interest of the private sec-tor for the Education as a potential business. The majority of courses taught by the universities are on the field of Social Sciences which represents a huge imbalance in relation to the develop-ment needs of the country which is mainly on Natural Sciences. This is one of the asymmetries which urge to be solved and which impact in so-ciety and economy is very high, given that many projects cannot solve their problems in the market and on the other side, many of these graduated youths remain unemployed. This situation is worsened on the private universities which there are very few which provide Sciences and Engi-neering, which is a fact determined by the cost of training students in these fields. However, this fact repre-sents a business opportunity both for the public and private sector.

The prodigal association between “employers and em-ployees”

The education sector generates another impact on the economy through the companies which pro-vide services in general and the com-panies with a technological basis which have established themselves in the country to provide equipment and training in specific fields related with technological and precision equipment. The establishment of these firms in the national territory, besides poten-tiating jobs among youths with am-ple potential in the fields of Sciences and Enginering, are also dynamic partners on the sector or Education and thus bringing into the country the latest technological releases. The MINED assumes the stimuli for the creation of jobs in the private sector through various initiatives which focus on the Education’s Technological Plan. One of these initiatives is the “cluster for the production of contents”, where the basic idea is to establish a collabora-tive platform of capacity building of Mozambicans in the fields of technology, construction of contents and modern training strategies. This strategy is in conformity with the Education’s Technological Plan and the Strategic Plan for Education – 2012 – 2016.

Triple A - a business model

In this “cluster” an economic ac-tivity may be found through the combination of small and medium scale enterprises and local public organisms located in the same space and which present high levels of interplay among themselves, and constitute what today exists as the most modern in development model.

In essence, this “cluster” has to also create a business model which is supported sustained and sustainable in time. The “cluster” is not more than a mod-el which we designate as “Triple A” 1 as it has its basis on the following: 1. Agglomeration of a group of enterprises concentrated on the space where they promote the Exchange of ideas, synergies, the collaborative practice and strategic alliances including to counter the limitations associated with scale economies; 2. Affinity among companies oriented for the same position in terms of business, where each of them is specialized in specific tasks; 3. Articulations, which enable a close relationship, of high intensity and permanent collaboration among companies, both in the exchange of synergies and the collaborative practices such as in the stimuli to competitiveness. From the operational point of view, the “cluster” is a form of economic and social development which has been assuming as a good model to industrialized countries as well as to developing countries. This is a good example, among many, on how the Ministry of Education may ally itself with the private sector on the creation of contents for the Education System, thus creating jobs and giving a new perspective to the private sector as Education is also an important business to take into ac-count. c

(*) Coordinator of the programme Pensas from the Ministry of Educa-tion

1 The expression “Triple A” was obtained by the func-tion of the first letters of the words: Agglomeration, Affinity and Articulation.

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GEStÃO EStRAtÉGICA

na procura continuada da melhoria das operações, as instituições que operam na África Subsaariana têm vin-do a dedicar uma crescente atenção à eficiência ope-

racional, através da introdução de ferramentas de planeamento, moni-torização e controlo dos padrões de consumo, e da reengenharia e simpli-ficação dos processos (streamlining), aplicando novas práticas de gestão. Neste contexto, torna-se relevante reflectir sobre a temática da “Gestão e Transporte de Valores” nos pontos finais de entrega, à luz dos conceitos de planeamento e controlo operacio-nal, inserido num contexto de uma economia emergente (com um cres-cimento do PIB entre os 7%-8,5%, em 2012 e 2013, e previsão similar nos próximos anos) com uma vasta extensão e dispersão geográfica (ter-ritório com mais de 800 mil Km2, que posiciona Moçambique em 35º no ranking dos países com maior área terrestre) que coloca desafios únicos aos gestores de instituições finan-ceiras e outras que lidam igualmente com a necessidade de deslocação de valores.Para os gestores, a eficiência finan-ceira decorrente da optimização operacional do processo é uma ala-vanca para a melhoria do rácio do cost-to-income (é uma actividade não diferenciadora na cadeia de valor, mas que representa exigências ele-

vadas na execução).Analisando o tema por partes, exis-te hoje uma convergência para as componentes que contribuem para o apuramento da função de “Gestão e Transporte de Valores”, numa insti-tuição, que resulta do somatório das componentes de custo de transporte (como prática, é entregue em regime de outsourcing, representando uma percentagem elevada do custo total da função), custo de seguros (cober-tura de riscos de roubo e extravio), perdas/ degradação de numerário e o custo de oportunidade (balanço essencial ao volume dos valores em circulação).A optimização do desempenho da função do ponto de vista operacional e financeiro, com as 4 componentes analisadas de forma integrada, está maioritariamente dependente de ca-pacidades que extravasam a activida-de core do negócio, nomeadamente por exigir previsões de necessidades de caixa, muitas vezes dependente da sensibilidade dos tesoureiros dos respectivos pontos de venda, pela definição de limites de guarda de valores com base em parâmetros subjectivos e qualitativos, e pelas decisões de fornecimento e recolha serem tomadas sem suporte de apli-cações/ mecanismos de simulação e estimativa. Em Moçambique, a pró-pria dispersão geográfica e as gran-des diferenças de necessidade de circulação de valores entre diferen-

tes províncias e distritos acrescenta outro factor de complexidade.De acordo com a experiência da Accenture junto de diversas orga-nizações clientes a nível global, a implementação de novos conceitos de gestão, através da introdução de mecanismos de previsão (com recolha de parâmetros como os dias de pico, o histórico de movimentos, eventos dos pontos de venda, pla-neamento de entregas e recolhas), permitem poupanças significativas, através da optimização dos proces-sos de distribuição de valores, como dos montantes envolvidos, para ob-tenção de níveis de serviço idênticos ou superiores.Em paralelo, existem benefícios adi-cionais decorrentes da implementa-ção destas soluções, nomeadamente: Redução do custo total de “caixa” em numerário, incluindo despesas com transportes, processamento e custos de oportunidade; Maior enfo-que no negócio, reduzindo o esforço administrativo dos pontos de venda; Melhores condições para o controle centralizado e para o acompanha-mento do planeamento de “caixa” em numerário e transporte; Melhores condições e informações para a opti-mização dos serviços prestados por terceiros (ex.: transportadoras); Redu-ção dos esforços de processamento.Este tema assume uma importância ainda maior, num contexto de franco crescimento dos indicadores base

Desafios e impactosda dispersão geográficana Cadeia de Valor

JOãO RUEFF TAVAREs,Director da Accenture Strategy na área de Serviços Financeiros

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de negócio (ex: o sector bancário enfrenta taxas de expansão anuais de novos balcões e ATMs entre os 5% a 10%, e um maior aumento da cobertura geográfica, fora do distrito de Maputo).A eficiência deste desafio é acima de tudo, resultante da combinação de mais e melhor planeamento e monitorização dos comportamen-tos de procura (através da imple-mentação de modelos simples, com a inteligência necessária ao nível da geração dos parâmetros em análise), com o aproveitamento de sinergias de rotas (triangu-lações entre balcões; sinergias com entregas não financeiras, como documentação), e com um modelo de supervisão activa do comportamento dos balcões, por parte das tesourarias centrais. A efectividade deste processo também se traduz num reflexo e benefício para a população/ clientes finais, contribuindo para o reforço da imagem das instituições junto dos seus clientes e para a formaliza-ção da econo-mia.c

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StRAtEGIC MANAGEMENt

In the continuous search of the operations improvement, institu-tions that operate in Sub-Saharan Africa have been dedicating a growing attention towards opera-tional efficiency, through the use

of planning, monitoring and control tools of the consuming patterns, and also processes reengineering and simplification (streamlining), apply-ing new management practices. In this context, it’s important to think on the theme of “Cash Man-agement and Transportation” at its final stages of delivery, considering concepts of planning and operational control, included in a context of an emerging economy (with a GDP growth between 7-8.5 percent, in 2012 and 2013, and similar forecast for the next few years) with a vast extension and geographic disper-sion (with a territory of more than 800.000 square Km, that positions Mozambique in 35th of the countries with the largest territorial area) that places unique challenges to the ex-ecutives of financial institutions and others that also deal with the neces-sity of value transportation. For executives, financial efficiency arising from the operational opti-mization of the process leverage towards the improvement of cost-to-income ratio (it is a non-differenti-ating activity in the value chain, but represents high requirements in the execution).

Challenges and impacts of geographic dispersion in the Value Chain

JOãO RUEFF TAVAREs,Manager at Accenture Strategy - Financial Services

Analyzing it in parts, there is today a convergence for the components that contribute to the clarification of the role of “Cash Management and Trans-portation” in an institution, resulting from the sum of shipping cost (as a practice, it is delivered in outsourc-ing, accounting for a high percentage of the total function cost), insurances cost (cover the risks of robbery and loss), notes loss/degradation and op-portunity cost (essential balance to the volume of circulating value).The performance optimization of the function through operational and financial points of view, with the 4 components analyzed integrally,

mostly dependents on capabilities that go beyond the core activity of the business, notably by requiring forecasts of cash needs, often reli-ant on the sensitivity of the treasur-ers in selling points, through the definition of safe custody bounds based on subjective and qualitative parameters, and for the decisions of supply and collect made without supporting mechanisms for simula-tion and estimation. In Mozambique, the geographic dispersion and the very different needs for values circu-lation between different provinces and districts adds another layer of complexity. According to Accenture´s experience in many global client organizations, the implementation of new manage-ment concepts, through the use of forecast mechanisms (with the as-sembly of parameters such as peak days, movement history, events at the points of sale, planning of deliv-eries and collects), allow significant savings, through the optimization of the processes of value distribution, as the amounts involved, to obtain the same or higher levels of service. In parallel, there are additional benefits of implementing these solu-tions, including: Reduced total cost of “cash in hand”, including expenditure on transportation, processing and opportunity costs; Greater focus on business, reducing the administra-tive effort of points of sale; Improved

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conditions for centralized control and monitoring of “cash in hand” and transport; Better conditions and information for the optimization of services provided by third parties (example: transporters); Reduction of process efforts. This theme assumes an even bigger importance in a context of rapidly growing base of business indicators (eg., the banking industry for new branches and ATMs faces annual expansion between 5-10 percent, and a further increase of the geo-graphical coverage, out of the Ma-puto district). The efficiency of this challenge is, above all, the result of more and

better planning and monitoring of search behaviors (through the implementation of simple models, with the necessary intelligence for the same level of parameters generation in analysis), with the use of routes synergies (triangula-tions between branches; synergies with non-financial supplies, such as documentation), and as a model of active surveillance of the behavior of branches, by central treasuries. The effectiveness of this process also results in benefits to the popu-lation / end customers, contributing to strength the institutions’ image to their customers and to the formal-ization the economy.c

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EStIlO DE VIDA

Buongiorno, Principessa!

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no frondoso Parque dos Poetas, que fica mesmo no centro da Cidade da Matola, é possível encontrar uma pastelaria com um bouquet de propostas gastronómicas

de fazer corar os comensais mais exi-gentes e com um ambiente deveras agradável. Sendo Princesa de nome, a pastelaria exibe um certo ar de ‘easy staying’, pois a sua extensa esplanada, co-roada por uma protecção amovível, permite que os seus clientes estejam confortavelmente resguardados das mais drásticas intempéries. Faça chuva ou faça sol, está-se bem na Princesa...Sendo um spot com alguma ‘delica-tessen’ à mistura. Entre bolos, pro-dutos de charcutaria, pães diversos e produtos mais gourmet do que de marca de distribuição massificada, a pastelaria lá vai conquistando as preferências dos passantes, apesar do peso dos preços de venda ao público. Não obstante, é possível encontrar-se naquele recanto os

famosos Panettone entre os mais diversos produtos de inspiração ita-liana como bolos, biscoitos, molhos, massas, água e conservas diversas que incluem espargos. Até a famosa água Voss – cuja embalagem é uma autêntica pérola do design – se en-

contra disponívelNa charcutaria é possível encontrar um bom leque de presuntos, sala-mes, bacons e queijos que são bons amigos do pão de sementes ou de mistura. Mas se a ideia não é comprar nada mas apenas ficar a gozar um pouco a paisagem e a companhia de alguém, deixe-se ficar pela esplanada e não perca a oportunidade de experimen-tar uma baguete com molho de cogu-melos cremoso e parmesão, adicio-nados de rúcula, halloumi, tomate e azeitonas. A Princesa é um sítio ópti-mo para se tomar o pequeno-almoço e acordar para o dia.Já lhe despertei o apetite? Então, já agora, aventure-se num enrolado doce picante com frango tailandês, ou num tostado de queijo provolone e feta, e bom proveito!c

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lIFEStYlES

Buongiorno, Principessa!

76 JUNHO 2014 · Capital Magazine

In the leafy Poets’ Park, which is right at Matola city center it is possible to find a bakery with a bouquet of gastronomical sugges-tions which may blush the most discerning diners, with and agree-

able ambience indeed. Being a princess by name, the bakery exhibits a particular flair of easy staying, as its extensive esplanade, which is crowned by a detachable protection, allows for its clients to be comfortably safeguarded from the most drastic weather. Come rain come sun, it’s all to the good at Princesa …

Being a spot with some mixed “delicatessen”, through cakes, charcuterie products, different breads and more gourmet products than massive distribution brands, the bakery keeps conquering the preferences of passer-byes, regardless of the heavy price burden to the public. Nonetheless, it is possible to find at that nook, the famous Panettone, among the most diverse products of Italian inspiration such as cakes, biscuits, dressings, pastas, water and different preserves which include asparagus. Even the famous Voss

water – which packing is an authentic pearl of design – is available. At the charcuterie it is possible to find a good array of hams, salamis, bacons and cheese which are good friends of seed breads or mixed. However, if the idea is to buy nothing and simply enjoy a bit of the landscape with someone’s company, suit yourself at the esplanade and do not miss the chance to experience a baguette with a creamy mushroom sauce and parmesan, add-ons of rucola, halloumi, tomato and olives. The Princesa is a great place to have breakfast and wake-up for the day. Have I triggered your appetite? Then, right now, venture yourself in a sweet hot wrapping with Thai chicken or in a provolone and feta cheese toast, and enjoy!c

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ights Reserved.

Um melhor ambiente de trabalho começa consigo.

Todos os dias, todos os colaboradores da EY contribuem para a construção de um melhor ambiente de trabalho - para as nossas pessoas, os nossos clientes e a nossa comunidade.

ey.com/betterworkingworld

@EY_Africa

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ited. All R

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Um melhor ambiente de trabalho começa consigo.

Todos os dias, todos os colaboradores da EY contribuem para a construção de um melhor ambiente de trabalho - para as nossas pessoas, os nossos clientes e a nossa comunidade.

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