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4 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

34 Sectores prioritários têm mais 10% do OE

Educação, Saúde, Infraestruturas e Agricultura vão consumir uma proporção significativa do “bolo” do Orçamento de Estado e as despesas relativas à criação de postos de trabalho terão somente 0,3% do que será alocado às prioridades.

40 Moçambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gás natural do mundo

A costa de Cabo Delgado esconde um potencial que poderá tornar Moçam-bique num dos maiores players do sector da energia global. No entanto, tudo irá depender do avanço dos projectos de liquefação do gás, cuja exportação apenas irá ter início daqui a quatro anos. A constatação pertence a John Peffer, presidente da Anadarko em Moçambique.

46 A projecção de Moçambique na visão da Suécia

Numa breve radiografia a Moçambi-que, a embaixadora da Suécia país que há pouco tempo representava os parceiros de desenvolvimento revelou uma grande preocupação com as questões estruturais em Mo-çambique. A diplomata Ulla Andrén elogiou o desempenho da economia, mas ao mesmo tempo deixou sérios avisos aos decisores.

72 No negócio da limpeza O empresário César Muianga faz

parte de um universo de empreen-dedores decididos. Em 2009, criou uma empresa vocacionada para a prestação de serviços de limpeza, numa aventura que lhe permitiu passar a gerir 900 colaboradores e a actuar nas áreas de recolha de lixo, jardinagem e fumigação.

Sumário

Destaques

propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. MaoTséTung, 1245 – Telefone/Fax: (+258) 21 303188 – [email protected] – Director Geral: André Dauane – [email protected] – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Directora Executiva: VanizeManjate - [email protected] co.mz – Redacção: ArséniaSithoye - [email protected];Sérgio Mabombo – [email protected] – Secretariado administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Celso Zaqueu; Gettyimages.pt, Google.com; – ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected], LoniMachava – [email protected] ; – Distribuição:Ímpia– [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

CapaMoçambique será dos maiores exportadores de gás

Actual Foco Negócio

Tema de Fundo

Projecto imobiliáriona marginal de Luandaaberto a investidores externos

Porsche procura investidores paramercados subsaarianos

Moçambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gás natural do mundo

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Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 5

Editorial

Aamericana Anadarko descobriu, na costa de Cabo Delgado, quantidades de gás natural suficientes para projectar Moçambique no panorama mundial da produção daquela commodity.Embora se saiba que os benefícios do gás no desenvolvimento sócio-económico do país apenas

virão a tornar-se visíveis em 2018, o motor da exploração daquela multinacional irá certamente estimular a economia, local e nacional, potenciando negócios tanto paralelos como complementares.As expectativas que pairam sobre o projecto da Anadarko são mais do que muitas. Basta comparecer aos open days daquela companhia para nos apercebermos do interesse que a mesma movimenta, não só a nível do sector privado como no seio das organizações não governamentais.Existe mesmo uma corrida para que empresas e instituições não fiquem de fora da redoma ‘da grande oportunidade’. E muito embora nem todos possuam as condições ideais para participarem a título individual, sobretudo as que dizem respeito à capacidade financeira, a criatividade impera, surgindo ideias e sugestões que passam pela constituição de consórcios e parcerias inteligentes.Como parte do seu esforço no sentido de maximizar os benefícios para os moçambicanos, a Anadarko criou um programa que ajuda a promover a capacidade das PMEs afim das mesmas poderem participar na economia de Cabo Delgado e no sucesso do projecto LNG de Moçambique. Ao longo de 2013, a multinacional americana esteve a trabalhar no sentido de implementar o programa de desenvolvimento do fornecedor moçambicano da Anadarko, em parceria com outras empresas (empreiteiros). E, entretanto, uma centena de empresas moçambicanas já se encontram a prestar serviços à Anadarko.Numa primeira análise, o projecto irá necessitar de apostar na construção e no apoio à implementação das suas instalações industriais. Contudo, outros desafios se irão impor e poderão constituir igualmente boas oportunidades para o tecido empresarial moçambicano. A Anadarko prevê necessidades a suprir ao nível das telecomunicações; da electrificação do distrito; do saneamento e abastecimento de água; da produção e fornecimento de bens alimentares; da formação ou capacitação profissional; do transporte e da logística; e dos serviços proporcionados por portos e aeroportos, entre outras.O projecto da Anadarko, pela envergadura que apresenta, encerra em si mesmo uma série de grandes expectativas para as quais empresas e organizações deverão estar à altura.c

Bem-vindoGrandes expectativas

Plataforma Empresarial

Estilos

Lusomundo promete levar mais gente às salas de cinema

Requinte a toda a prova

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PerspectivaCooperação

A projecção de Moçambique na visão da Suécia

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6 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

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8 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Contents

property and Edition: Mozmedia, Lda., 1245 MaoTséTung Av., – Telephone/Fax: (+258) 21 303188 – [email protected] – Managing Director: André Dauane – [email protected] – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Executive Director:VanizeManjate - [email protected] co.mz – Editorial Staff: ArséniaSithoye - [email protected]; Sérgio Mabombo – [email protected] – administrative Secretariat: Indira Mussá – [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; photography: Celso Zaqueu; Gettyimages.pt, Google.com; – illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. page make-up: Arlindo Magaia – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – [email protected], Loni Machava – [email protected] ; – Distribution: Ímpia – [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

Highlights

35 Priority sectors have 10% more from State budget (SB)

Education, Health, Infrastructure and Agriculture will consume a significant proportion of the “cake” of the state budget expenditure relating to the creation of jobs will have only 0.3% of that will be allocated to priorities.

40 THEME Mozambique may be the world’s third largest gas exporter

The Cabo Delgado coast hides a po-tential that could make Mozambique one of the largest players in the global energy sector. However, everything will depend on the progress of projects liquefaction of gas, whose export will only start in four years. The observa-tion belongs to John Peffer, president of Anadarko in Mozambique.

48 The projection of Mozambi-que in Sweden point of vie

In a brief radiography to Mozambi-que, the ambassador of Sweden - the country that recently represented the development partners - revealed a major concern with the structural is-sues in Mozambique. The diplomat Ulla Andrén praised the performance of the economy, but at the same time has left serious warnings to policymakers

73 In cleaning business The businessman César Muianga is

part of a group of entrepreneurs deter-mined. In 2009, he created a company dedicated to the provision of cleaning services, an adventure that enabled him to spend managing 900 employe-es and operate in the areas of refuse collection, gardening and fumigation .

Current Focus BusinessReal Estate project forLuanda’s waterfront opento foreign investors

Porsche procura investidores paramercados subsaarianos

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CoverMozambique will be one of the largest exporters of natural gas

Background ThemeMozambique may become the world’s third largest natural gas exporter

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Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 9Capital Magazine · Março 2013 9

Editorial

The American Anadarko discovered on the coast of Cabo Delgado, sufficient quantities of natural gas to project Mozambique in global panorama of production of that commodity.Although it is known the benefits of gas in the socio-economic development of the country it will

only become visible in 2018, the engine of the multina-tional operation will surely stimulate the economy, local and national, enhancing both parallel and complemen-tary businesses.Expectations hovering over the project Anadarko are more than many. Just attend the open days of that company to realize the interest that moves not only in the private sector level to within non-governmen-tal organizations..Exists even a race for companies and institutions to not remain outside the dome ‘of great opportunity’. And although not everyone has the ideal conditions to par-ticipate individually, especially those relating to financial capacity, the creativity reigns, emerging ideas and sug-gestions that go through establishment of consortia and intelligent partnerships.As part of its effort to maximize the benefits for Mozambique, Anadarko has created a program that helps promote the capacity of SMEs in or-der to participate in Cabo Delgado economy and the suc-cess of Mozambique LNG project.Throughout 2013, the American multinational was working towards implement-ing the development program of the Mozambican sup-plier of Anadarko, in partnership with other companies (contractors). And yet, a hundred Mozambican companies are already providing services to Anadarko.On an initial analysis, the project will need to invest in building and supporting the implementation of their plants. However, other challenges will be important and may also provide good opportunities for Mozambican business commu-nity.Anadarko provides to meet the needs of telecom-munications, electrification of the district; sanitation and water supply, production and supply of food; training or professional training; transportation and logistics, and services provided by ports and airports, among others.The project Anadarko, by its wingspan, contains in itself a lot of high expectations for which companies and organi-zations should be at the height.c

WelcomeGreat expectations

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 9

BUSINESS PLATFORM

Life Style

Lusomundo promises to take more people to movie theaters

Refinement to the whole evidence

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PerspectiveCooperation

A projectionof mozambiqueas sweden’s vision

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COISAS QUE SE DIZEM

EM alta

EM BaiXa

FALHAS NA COORDENAçãO BARALHAM EDMO PCA da Electricidade de Moçambique (EDM), Augusto de Sousa, atacou os municí-pios e outras instituições governamentais pelo que considera uma falha na coordena-ção entre essas instituições e a empresa que dirige. Sousa diz que estas instituições têm estado a implementar projectos com grande impacto na energia, mas sem o envolvimento da EDM, agravando assim o défice eléctrico.

Capitoon

MILLENNIUM BIM MELHOR BANCO OUTRA vEz O Millennium Bim foi, mais uma vez, reconhe-cido pelo seu desempenho no sector bancá-rio moçambicano, tendo conquistado pela oitava vez o prémio “Banco do Ano em Mo-çambique”. O galardão é anualmente atribuí-do pela revista “The Banker”, uma das mais prestigiadas publicações financeiras interna-cionais.

SASOL ExPANDE INvESTIMENTO NO gáS A multi-nacional sul-africana Sasol pretende alargar o investimento na exploração de gás em Moçambique para servir mais facilmente o mercado de hidrocarbonetos em África, aumentado a capacidade da Instalação de Processamento Central (IPC), com um investi-mento de 100 milhões de euros, e o pipeline (150 milhões de euros) de modo a acomodar a crescente procura de gás no continente.

12 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

O BOM FILHO vOLTA SEMPRE A CASA “Um dia, eu volto em definitivo mas por enquanto acho que tenho ainda uma voz para gritar bem alto Moçambique. Eu sinto que temos que falar um pouco mais alto lá fora. Ninguém me mandou fazer isso… Sinto que é uma obrigação moral para qualquer moçambicano falar em alto e bom som que é de Moçambique. Os outros fazem-no. Nós também temos que falar alto”.Casimiro Nhussi, conceituado músico e bailarino moçambi-cano, radicado no Canadá, in jornal ‘Domingo’.

E SE SAMORA MACHEL RESSUSCITASSE...? “Se ele (Samora Machel) viesse só para visitar ficaria decepcionado. Se ele viesse para impor ordem, diria que vamos acabar com estas coisas, mas não no sentido de impedir a exploração desses recursos. Os recursos existem, são nossos e devem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país. Agora, o que ele diria é que temos que dirigir esse processo de tal maneira que o povo inteiro não sofra e uma pequena minoria beneficie”.Jorge Rebelo, antigo secretário do Trabalho ideológico da Frelimo, in jornal ‘Savana’.

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14 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

THE PRODIgAL SON WILL ALWAyS RETURN “One day I’ll be bak for good, but for now I think I still have a voice to shout out Mozambique. I feel that we have to speak a little bit louder out there. Nobody made me do this…I feel it’s a moral obligation for any mozambican to say, loud and proud, that they are from Mozambi-que. The others do it. We also have to speak out.”Casimiro Nhussi, mozambican musician and dancer, based in Canada, in “Domingo”.

And if SAmorA wAS reSurrected…? “If he (Samora Machel) came just to visit he would be disappointed. If he came to put order in things, he would say lets end this, but in anyway to prohibit the exploration of resources. The resources exist, they are ours and they should contribute to the growth and development of the country. Now, what he would say is that we have to carry out this process in a way that the people will not suffer and only a small minority benefits. Jorge Rebelo, ex-secretary of Frelimo’s ideological work, in “Savana”.

ThIngS BEIng SAID

in HiGH

in low

Capitoon

FAIL IN COORDINATION BAFFLES EDM The CEO of Electricidade de Moçambique (EDM), Augusto de Sousa, attacked the municipali-ties and other government institutions for what he considered a fail in coordination between these institutions and the company he runs. Sousa says that these institutions have been implementing projects with a large impact on energy, but without EDM’s involve-ment, worsening the electricity deficit.

MILLENNIUM BIM vOTED BEST BANk AgAIN Millennium BIM was, once again, recognized for its effort in the mozambican banking sector, having conquered for the eighth time “Mozambique’s Bank of the Year” award. The prize is given out annually by “The Banker” magazine, one of the most prestigious inter-national financial publications.

SASOL ExPANDS INvESTMENTS INTO gAS A multi-nacional sul-africana Sasol pretende alargar o investimento na exploração de gás em Moçambique para servir mais facilmente o mercado de hidrocarbonetos em África, aumentado a capacidade da Instalação de Processamento Central (IPC), com um investi-mento de 100 milhões de euros, e o pipeline (150 milhões de euros) de modo a acomodar a crescente procura de gás no continente.

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ACtuAl

Porsche procurainvestidores paramercados subsaarianos

O número de milionários em Angola subiu 68% entre 2007 e 2013, situando-se agora nos 6.400, de acordo com os da-dos da consultora New World Wealth.

De acordo com os dados, havia 3.800 cidadãos angolanos com um valor líquido superior a um milhão de dólares em bens (728.500 euros), nos quais se exlui o valor da residência oficial.Neste período, entre 2007 e Setembro de 2013, a subida percentual de Angola (68%) só é ultrapassada pela da Etiópia, cujo número de milionários mais que duplicou em seis anos: de 1.300 para 2.700, segundo os dados desta consultora baseada em Oxford, Reino Unido, e com uma representação em Joanesburgo, na África do Sul.Se Angola está em segundo lugar na curva de crescimento percentual relativa ao número de milionários, em termos absolutos também aparece no top ten africano, ficando em sexto lugar, atrás da África do Sul (48.700 milionários), Egipto (22.800), Nigéria (15.700), Quénia (8.300) e Tunísia (6.400).O relatório da consultora britânica não apanhou de surpresa os principais bancos que investem na gestão de fortunas, como o Barclays, o HSBC Holdings ou o UBS, o maior do mundo, que já tinha afirmado no mês passado que a Nigéria e Angola são as prioridades do banco na aposta na captação de novos clientes milionários.c

O construtor alemão Porsche procura investidores para a abertura de pontos de venda e de assistência pós-venda nos mercados da África subsaariana por explorar. Nesse sentido, criou uma nova plataforma electrónica dedicada a potenciais investidores e que permite que estes manifestem interesse em entrar numa parceria com o construtor da marca germânica.

O processo de eleição irá depois envolver entrevistas e visitas aos locais propostos. A Porsche está presente em 19 mercados do Médio Oriente, Índia e África através do escritório regional do Dubai e tem por objectivo estabelecer--se em novos mercados de modo a permitir um novo nível de crescimento. Christer Ekberg, director geral da Porsche do Médio Oriente e África, disse, citado pelo site Jeune Afrique, que “com o lançamento da plataforma de comu-nicação dedicada aos investidores, demos um salto qualitativo para chegar aos objectivos de crescimento de 2018. A Porsche procura investidores apaixonados pela marca, que possuam um conhecimento profundo do mercado local e que nos permita oferecer aos clientes um serviço de qualidade irrepreensível”. Recorde-se que no final do 3º trimestre deste ano, as entregas da Porsche Médio Oriente e África aumentaram 38% em termos homólogos. A meta de crescimento visa essencialmente o mercado africano subsaariano e a oferta para a classe média de vários países ricos em matérias-primas que crescem igualmente no sector imobiliário.c

Número de milionários em Angola subiu 68% em seis anos

16 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

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CuRRENt

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 17

The number of millionaires in angola increased by 68% between 2007 and 2013, at approximately 6400, ac-cording to the data provided by the consulting firm New

World Wealth. According to the data, there were 3,800 Angolans with a liquid value of over one million dollars in goods (728,500 Euros), excluding the value of their official residences. In this period, between 2007 and September 2013, the percent-age increase in Angola (68%), was only surpassed by Ethiopia, whose number of millionaires more than doubled in six years from 1,300 to 2,700, according to data by the con-sulting firm based in Oxford, United Kingdom, and with representatives in Johannesburg, South Africa. If Angola is in second place in the percentage growth curve relative to the number of millionaires, then in absolute terms they also appear in the African Top Ten, in sixth place af-ter South Afria (48,700 millionaires), Egypt (22,800), Nigeria (15,700), Ke-nya (8,300), and Tunisia (6,400). The report from the British Consult-ing firm was not surprised that the main banks, such as Barclays, HSBC Holdings or UBS, invest in the man-agement of fortune, and had already affirmed last month that Nigeria and Angola were the banks priorities in their gamble for the acquisition of new millionaire clients. c

Porsche looks forinvestors in Sub-Saharan markets

The German manufacturer Porsch looks for investors for the opening of sales points and the after-sales assistance for African Sub-saharan markets that can be explored. In this sense, a new electronic platform was created, dedicated to potential investors and that allows them to manifest interest and enter into a partnership with the German manufacturer.

The selection process will then involve interviews and visits to the locations of the proposals. Porsche is represented in 19 Middle Eastern, Indian and African markets through the regional Dubai office and whose objective is to establish new markets in order to allow a new level of growth. Christer Ekberg, general director of Middle Eastern and African Porsche, said, in Jeune Afrique, that “with the launch of the communication platform dedicated to investors, we gave a qualitative jump in order tho reach the growth objectives for 2018. Porsche is looking for investors who are passionate about the brand, and that possess profound knowledge of the local market and that allows us to provide clients with a service of impeccable quality.” Remember that in the third quarter of this year, the Porsche Middle East and Africa homologous sales increased by 38%. The goal for growth, focuses es-sentially on the African Sub-Saharan market and offers the middle-class of various countries that are rich in primary materials, which are also experienc-ing growth in the real estate sector. c

Numberof Millionaires in Angola increased 68% in six years

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Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 19

Briefing MuNDO

O legado de Mandelana economia sul-africana

APóS 27 anos cativo, Nelson Man-dela é libertado em 1990. Quatro anos depois é eleito Presidente da África do Sul, tendo sido o primeiro presidente negro. Cumpriu apenas um mandato, de 1994 a 1999, mas conseguiu dotar a economia sul--africana do período mais longo de crescimento da história. Em cinco anos, Madiba conseguiu cortar na despesa, captar um volume grande de investimento estrangeiro e relançar a África do Sul para os mer-cados, grageando confiança junto das instituições internacionais e investi-dores de todo mundo.O Apartheid começou na África do Sul

em 1948 e durou até 1994. Mais de 40 anos de políticas repressivas con-duziram o país a sérias dificuldades económicas. A comunidade interna-cional chegou a impor sanções e boi-cotes à África do Sul. Estas políticas afastavam o investimento externo e, em 1994, quando Madiba chegou ao poder, tinha reservas monetárias para pagar apenas 10 dias de importações e um défice de 9.1% do PIB.Dados mostram que, no final de 1993, o PIB sul-africano rondava os 130.406 milhões de dólares, a taxa de inflação era superior a 8% e a taxa de desemprego ascendia a quase 23%.c

as medidas económicas de Madiba

NELSON Mandela convidou Chris Liebenberg, ex-presidente de um dos quatro maiores bancos da África do Sul, para o cargo de ministro das Finanças. E o convite foi aceite. “Foram tempos difí-ceis. Estávamos a caminhar para a ban-carrota. Mandela tinha muita consciência de que como o ANC nunca tinha estado no Governo não seria tão astuto como deveria ser a gerir a economia. Veio falar comigo porque fui banqueiro e tinha mui-tos conhecimentos e contactos internacio-nais”, recordou Liebenberg à Bloomberg.No primeiro Orçamento do Estado, Mandela aumentou os impostos, igualou o nível de carga fiscal para todos os gru-pos sociais e reduziu o orçamento para o sector da Defesa. Estas medidas fizeram com que o país conseguisse obter 750 milhões de dólares através de uma emis-são de obrigações, um valor 50% acima do previsto.Mandela teve de mudar de opinião. Ao contrário do que defendia o ANC e o próprio Mandela pouco depois de ser libertado, os lucros provenientes da mineração no país e os bancos não foram nacionalizados, quando chegou ao poder. Com a crescente confiança, o investimento externo chegou em maior número e Mandela conseguiu alterar as condições de acesso aos apoios sociais. Cerca de 16 milhões de pessoas con-seguiram ter acesso a pensões e subsí-dios. E, em 1996, 85% das habitações já tinham electricidade.As medidas desenvolvidas pelo Execu-tivo de Madiba permitiram à economia expandir-se durante 15 anos consecuti-vos, até 2008, quando a crise financeira mundial arrastou a África do Sul para a recessão.Para o analista político Calton Cadeado, ao não nacionalizar as minas e os ban-cos, Nelson Madela provou ser “bastante inteligente”, uma vez que seria uma medida “largamente aplaudida” pela maioria negra sul-africana, mas com efeitos “devastadores” para a economia, e que poderia empurrar a África do Sul para o empobrecimento.c

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Briefing MuNDO/WORlD

FOI no governo de Mandela que a África do Sul se aventurou num programa amplo de redução das assimetrias entre negros e brancos, após o fim do Apartheid. Denominado “Black Empowerment”, o programa criou, segundo analistas, meia dúzia de negros ricos, mas não conseguiu ainda tirar a maior parte da popula-ção da sua condição inicial. Aliás, a riqueza continua concentrada numa burguesia branca.No final de 2012, o PIB sul-africano registou um crescimento de 2.5% e superou os 384.3 mil milhões de dólares. A população superava os 51 milhões de pessoas, sendo que a maioria negra continua pobre, de-

sempregada, com um fraco nível de escolaridade e vivendo em condições precárias. Já a taxa de desemprego continua num nível elevado e as-cende aos 24.7%. Quanto à média salarial da população branca é 40% superior à da população negra.Estatísticas indicam que metade dos indivíduos com menos de 25 anos está no desemprego e o presidente, Jacob Zuma, tem plena consciência disso. É uma situação que, combinada com padrões de educação em queda e trabalhadores sem formação, acu-mula problemas para o futuro, segun-do o analista Calton Cadeado.Mandela conseguiu atrair os países que concentram mais de 80% do

BLACk EMPOWERMENT não destruiu desigualdades

PIB mundial no seu funeral (com a presença de cerca de 100 chefes de Estado e de Governo) e deixou o mundo e o seu país com a dura missão de abater as desigualdades sociais e o alto nível desemprego.c

20 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

AFTER 27 years of incarceration, Nelson Mandela was released in 1990. Four years later he was elected Presi-dent of South Africa, being the country’s first black presi-dent. He did only one mandate, from 1994 to 1999, but was able to move the south african economy into its lon-gest growth period in its history. In five years, Madiba was able to cut costs, capture a large volume of foreign investments and relaunch South africa into the markets, gaining the trust of international institutions and investors from all over the world.Apartheid began in South Africa in 1948 and lasted until 1994. More than 40 years of repressive policies led the country to serious economic difficulties. The interna-tional community even imposed sanctions and boycotts on South Africa. These policies pushed away external investments, and in 1994, when Madiba came to power, the country’s reserves could only pay for 10 days of im-ports and a GNP at a deficit of 9.1%. The data shows that, at the end of 1993, the South Afri-can GDP was at around 130,406 million dollars, with an inflation rate of over 8% and a unemployment rate of almost 23%.c

The Mandela legacy on the South African economy

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Briefing WORlD

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 21

Madiba’s economic measures

NELSON Mandela invited Chis Li-ebenberg, ex-president of one of the four largest banks in South Africa, to be the Minister of Finance. The invi-tation was accepted. “They were dif-ficult times. We were heading towards bankruptcy. Mandela was very aware of the fact that the ANC had never been in Government and it would not be astute about how to manage the economy. He came to speak to me because I was a banker and had a lot of international knowledge and con-tacts,” remembers Liebenberg in Bloomberg. In the first State Budget, Mandela raised taxes, equalized the fiscal weight for all social groups and reduced the budget for the Defense sector. These measures allowed the country to obtain 750 million dollars through these obligations, with the value being 50% more than had been estimated. Mandela had to change his opinion. Contrary to what the ANC defended and what he, Mandela defended shortly after being released, the profits coming from mining in the country and the banks were not na-tionalized, when he came to power. With growing confidence, the foreign investments came in larger numbers and Mandela was able to change the conditions of access to social support. Approximately 16 million people were able to get access to pensions sand subsidies. And, in 1996, 85% of hushing already had electricity. The measures developed by the Madiba Administration allowed the economy to expand for 15 con-secutive years, until 2008, when the world financial crisis dragged south Africa into the recession. For the po-litical analyst Calton Cadeado, by not

nationalizing banks and mines, Nel-son Mandela proved to be “extremely intelligent” , since it would have been a measure “largely applauded” by the majority of black south africans, but with “devastating” effects to the economy, and could have dragged South Africa to poverty. c

BLACK EMPOWERMENT does not destroy inequality

IT WAS during Mandela’s gover-nance that South Africa took on a widespread program to reduce the asymmetry between blacks and whites, after the end of Apartheid. Connotated “Black Empowerement”, the program created , according to analysts, half a dozen rich blacks, but has not been able to remove the ma-jority of the population from their initial situation. Actually, the wealth continues concentrated with the withe bourgeoisie. At the end of 2012, the South African

GNP registered a grown rate of 2.5% and made over 384.3 thousand mil-lion dollars. The population was over 51 million people, with the majority being poor, unemployed, with a low level of schooling and living in pre-carious conditions. The unemploy-ment rate continues at an elevated level and has grown to 24.7%. The average salary for the white popula-tion is 40% higher than that of the black population. Statistics show that half of the in-dividuals under 25 years of age are unemployed and the President, Ja-cob Zuma, is very aware of that. It is a situation that, combined with the standards of education decreasing and workers with no training, accu-mulates problems of the future, ac-cording to analyst Calton Cadeado. Mandela was able to attract coun-tries with GDPs of over 80% world-wide, at his funeral (with the pres-ence of over 100 Heads of State and Government) and left the world and his country with the difficult mission of knocking down social inequalities and the high unemployment levels.c

Page 22: Revista Capital 72

Banca/ BCI

22 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

ComunicadoPara: Redacção

Data: 19 de Dezembro de 2013

Assunto: Lançamento da 1ª Pedra do futuro Edifício-Sede do BCI

BCI lança 1ª Pedra da Nova Sede

Maputo, 19 de Dezembro de 2013 – Teve lugar no dia 19 de Dezembro, pelas 14h30, o lança-mento da primeira pedra do futuro edifício-sede

do BCI, na Av. 25 de Setembro, junto

à Praça Robert Mugabe, em Maputo. A cerimónia foi presidida pelo Pre-sidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, David Simango, com a presença de altas individua-lidades representativas do Governo Central e Local, para além de Em-

presários, Instituições, Parceiros e Clientes do Banco.O futuro edifício-sede do BCI foi pla-neado para ser um verdadeiro marco arquitectónico da Cidade de Ma-puto, com um Corpo Principal com 10 pisos – destinados a Escritórios,

Page 23: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 23

Centro de Formação, Centro Social e áreas técnicas, com área bruta co-berta de cerca de 1.500 m2 por piso (um total de mais de 8.000 m2 de área de escritório), o que permitirá acolher mais de 600 Colaboradores – um Corpo Frontal com 1 piso (onde deverá funcionar uma Agência, Au-ditório e Centro de Reuniões e um Corpo de Estacionamento com 3 pi-sos cobertos + 1 piso sem cobertura, com capacidade total para acomodar 286 lugares, para além de áreas téc-nicas (8.700 m2 de estacionamento coberto e 1.400 m2 de estaciona-mento exterior).O projecto de arquitectura tem a as-sinatura do prestigiado arquitecto moçambicano José Forjaz, estando a empreitada de execução adjudicada à construtora Casais Moçambique. O prazo de construção é de cerca de 2 anos, estando o investimento total

da empreitada estimado em cerca de 43,6 milhões de dólares americanos.O edifício será inteligente, ou seja, está concebido para integrar siste-mas automatizados de controlo e gestão de acessos, prevenção de ris-co de incêndios, eficiência energéti-ca, consumo de água e climatização. Estas características proporcionarão uma elevada eficiência operacional aos serviços centrais do BCI e cons-tituirão, no seu conjunto, uma refe-rência de modernidade para a Cida-de de Maputo do século XXI.A construção do novo edifício-sede do BCI enquadra-se no projecto de expansão do Banco, o segundo maior do País, com um ambicioso plano de crescimento que contem-pla a expansão da sua Rede Comer-cial, actualmente com 131 Agências. Em 2013, o BCI conquistou, entre outras distinções, o “Diamond

Arrow - PMR África”, o mais prestigiado prémio atribuído pelos Empresários, Administradores e Directores das Grandes e Médias Empresas moçambicanas, pelo reconhecimento do extraordinário contributo dado para estimular o crescimento e o desenvolvimento económico em Moçambique, nas categorias de Banca de Particulares, de Banca de Empresas, assim como na Categoria de Empresas que demonstra excepcionais qualidades de Gestão e Governação Corporativa no sector bancário. Também a prestigiada revista financeira “World Finance” elegeu o BCI, em 2013, pelo terceiro ano consecutivo, “O Melhor Banco Comercial” em Moçambique e, pela primeira vez, “O Banco Mais Sustentável” no nosso país, em reconhecimento pela inovação e pela excelência das soluções bancárias ao serviço do desenvolvimento da economia, das empresas e das famílias moçambicanas, de forma socialmente responsável e sustentável.c

Page 24: Revista Capital 72

Briefing ÁFRICA

Moçambique na 10ª posição em termoscompetitividade fiscal na SADC

MOçAMBIqUE está na 10ª posição em termos de facilidades concedidas às empresas no papagemtno de impostos, na Comunidade de Países para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), ocupando a posição 129 do ranking global. A informação foi veiculada pelo relatório “Paying Taxes 2014”, no qual a República Democráctica do Congo obteve o pior resultado na Região.Em Moçambique, as empresas pagam um total de 37 impostos, numa mé-dia de 230 horas, representando a tributação 37.5% do lucro das em-presas. O economista moçambicano Humberto Zaqueu defende que a Autoridade Tributária deve continuar a imprimir reformas no sentido de criar facilidades para o pagamento

de impostos, de modo a que Moçam-bique melhore a sua classifcação na Região e no Mundo. “No que se refere ao comércio trans-fronteirço, a Janela Única Electrónica apresenta-se como um instrumento inovador de pagamento de impostos no país. Mas esta inovação deve ter em conta outros impostos pagos pelas empresas para que as mesmas não levem muito tempo a pagar impostos”, realçou. O documento revela ainda que as Maurícias são o país mais bem classi-ficado na SADC no que tange à com-petitividade fiscal, ocupando o lugar 13 no ranking global. Nas Maurícias, as empresas pagam oito impostos, numa média de 152 horas, e a tribu-tação corresponde a 28.2% do lucro das empresas.

De acordo com o relatório da PwC e que analisa a competitividade fis-cal em 189 economias, Seychelles, na 19ª posição e África do Sul, no 24º lugar, compõem a lista dos três países da África Austral mais pro-pícios às empresas em matéria de pagamento de impostos, seguidos da Suazilândia, Madagascar e Zâmbia. No que se refere à Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), Moçambique aparece como quarto posicionado em termos de facilidades das empresas pagarem impostos, sendo menos competitivo que Timor Leste, Cabo Verde e Por-tugal. O “ranking” global do “Paying Taxes 2014 é liderado pelos Emirados Ára-bes Unidos, Quatar e Arábia Saudita, países com boa classificação também no “Doing Business” do Banco Mun-dial. Conta ainda nos cinco primeiros com Hong Kong e Singapura, e en-cerrado por Venezuela (187º), Repú-blica Centro Africana (188º) e Chade (189º).c

Ranking de competitividade Fiscal da SADC

24 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Posição Global Posição na SADC País13 1 Maurícias19 2 Seychelles24 3 África do Sul59 4 Suazilândia61 5 Madagascar68 6 Zâmbia81 7 Malawi101 8 Lesoto126 9 Namíbia129 10 Moçambique141 11 Tanzânia142 12 Zimbabwe155 13 Angola159 14 Botswana176 15 R.D. Congo

Page 25: Revista Capital 72

MOzAMBIqUE is in 10th position in terms of the ease conceded to busi-nesses in the payment of taxes, in the Southern African Developing Countries (SADC), occupying the 129th position in the global rank. The information was provided by the arti-cle “Paying Taxes 2014”, in which the Democratic Republic of the Congo had the word result. In Mozambique, companies pay a total of 37 taxes, in an average of 230 hours, with taxes representing

Briefing ÁFRICA/AFRICA

O DOCUMENTO ‘The African Compe-titiveness Report 2013’, do World Economic Forum, citado no mais recente trabalho sobre o continente da Espírito Santo Research, frisa que se está na região menos com-petitiva a nível mundial. África é um continente de oportuni-dades. É o menos competitivo, mas apresenta crescimentos médios anualizados de 5,3% entre 2002 e 2012, contra 3,9% da média mun-dial. Os factores problemáticos à realização de negócios citados no

trabalho da ESR vão desde o finan-ciamento e da corrupção, às infraes-truturas inexistentes e inadequadas passando pela burocracia. É aquilo a que convenientemente se chama “custos de contexto”. A estratégia passa por promover um processo de desenvolvimento sus-tentado e inclusivo. Esta é à solução que Francisco Mendes Palma, da ESR, defende para dar resposta ao rápido crescimento demográfico, ao desemprego jovem, ao défice estru-tural, à exploração sustentada dos

África é a região menos competitivado mundo, mas isso pode ser uma oportunidade

recursos e à melhoria da educação e formação de recursos humanos. No trabalho são analisados vários países. Destacamos a Costa do Mar-fim e as oportunidades geradas a nível agroindustrial, onde faltam unidades de processamento em todas as áreas. Num trabalho de-senvolvido com a colaboração do Ecobank, uma instituição financeira com forte implantação na África Ocidental, o país é considerado o segundo produtor mais diversifica-do de culturas de rendimento na África Ocidental. Entre as suas pro-duções de relevo está o cacau, o café, o caju, o óleo de palma, o algodão e o açúcar.Vitor Norinha (Oje).c

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 25

Mozambique is in 10th place in termsof SADC tax competitiveness

37.5% of business profits. The Mo-zambican economist Humberto Za-queu emends that the Tributary Au-thority should continue to implement reforms in the sense of creating ease for the payment of taxes, in order for Mozambique to better their classifi-cation in the Region and the World. “In terms of cross-border commerce, the Single Electronic Window, presents itself as an innovative instrument of tax payments in the country. But this innovation should take into account other taxes paid by companies in the country so that they don’t take too long to pay taxes”, he highlighted. The document also reveals that Mau-ritius is the most well classified in the SADC in terms of tax competitive-ness, taking 13th place in the world ranking. In Mauritius, the companies pay eight taxes, in an average of 152 hours, and the taxes correspond to 28.2% of company profits. According to the PwC report which

analyses the competitiveness of taxes in 189 economies, Seychelles is in the 19th position and South Africa is in the 24th place, are the two countries in Sub-Saharan Africa most prone to business in terms of tax payments, followed by Swaziland, Madagascar, Zambia. In terms of the Community of Coun-tries with Portuguese as an Official Language, Mozambique is in fourth place in terms of ease of tax pay-ments for companies, being less competitive than East Timor, Cape Verde, and Portugal. The global “ranking” of “Paying Taxes 2014” is led by the United Arab Emi-rates, Qatar, and Saudi Arabia, coun-tries that also have high rankings in “Doing Business” by the World Bank. This includes Hong Kong and Singa-pore within the top five, and ended with Venezuela (187º), The Central African Republic (188º), and Chad (189º). c

Page 26: Revista Capital 72

Briefing AFRICA

26 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Africa is the least competitive region in the world, but this may be an opportunity

‘THE AFRICAN Competitiveness Re-port 2013’, from the World Economic Forum, cited in the most recent work about the continent of the Espirito Santo Research, states that this re-gion is the least competitive worl-dwide.

Africa is a continent of opportunity. It is less competitive, but it shows ave-rage annual increases of 5.3% be-tween 2002 and 2012, against the 3.9% world average. The problematic factors for businesses cited in the ESR, which go from financing to cor-

ruption, and the bureaucratic infras-tructure is inadequate and nonexis-tent. This is conveniently called “the cost of context”. The strategy promo-tes a process of inclusive and sustai-nable development, this is the solu-tion that Francisco Mendes Palma, from ESR, defends as an answer to the rapid demographic growth, youth unemployment rates, structural defi-cit, exploration sustained by resour-ces and educational improvements and human resource training. Various countries are analyzed in the study. We highlighted the Ivory Coast and the opportunities generated in the agriculture industry, in which there is a lack of processing units in every area. In a report developed with the cooperation of the Ecobank, a financial institution with a strong presence in Western Africa, the coun-try is considered the second largest producer of the most diversified crops in Western Africa. Amongst its crops are cocoa, coffee, cashews, palm oil, cotton, and sugar. Vitor Norinha (Oje).c

Global Ranking SADC Ranking Country13 1 Maurícias19 2 Seychelles24 3 África do Sul59 4 Suazilândia61 5 Madagascar68 6 Zâmbia81 7 Malawi101 8 Lesoto126 9 Namíbia129 10 Moçambique141 11 Tanzânia142 12 Zimbabwe155 13 Angola159 14 Botswana176 15 R.D. Congo

SADC Ranking for Tax Competitiveness

DR

Page 27: Revista Capital 72

Briefing MOÇAMBIQuE

iGEpE e innoQ induzem qualidade nas empresas participadas pelo Estado

O INSTITUTO de Gestão das Empresas Participadas do Estado (IGEPE) e o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) iniciaram, no fim de 2013, um programa de indução dos Sistemas de Gestão de Qualida-de, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho para as empresas onde o Estado moçambicano possua acções. Este ano, as duas instituições deve-rão encontrar-se mais vezes no sen-tido de estabelecer e implementar os sistemas de gestão nas empresas, para além das principais etapas do processo.Com a colaboração do INNOQ, o IGE-PE tem melhorado a gestão das par-ticipadas do Estado, como resultado de um memorando de entendimento asssinado entre as duas entidades. Trata-se de uma iniciativa promo-vida pelo Governo moçambicano, tendo interesse que as participadas adoptem de forma célere as normas internacionais do Sistema de Gestão de Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde de Trabalho.O presidente do Conselho de Ad-ministração do IGEPE, Apolinário Panguene, revelou que a certificação das empresas pelas normas inter-nacionais traz inúmeras vantagens, desde o âmbito de competitividade no mercado, liderança, melhoria con-

tínua e padronização dos processos, até à redução dos custos das empre-sas, cumprimentos dos requisitos legais, redução de riscos e acidentes de trabalho.c

EDM soluciona cortes constantes na capitaliGEpE e innoQ induzem qualidade nas empresas participadas pelo Estado

PARECE estar para breve o fim dos cortes constantes de corrente eléctri-ca na capital do país. A empresa dina-marquesa Per Aarsleff avançou que conseguiu um contrato com a Electri-cidade de Moçambique (EDM) para a construção de linhas de transporte de energia na cidade de Maputo.A informação foi confirmada pelo presidente do Conselho de Admi-nistração (PCA) da EDM, Augusto Fernando, tendo revelado que o contrato implica a construção de 140 quilómetros de linhas de alta tensão de 275 KV e 100 quilómetros de uma outra linha de 110 KV, bem como a instalação de quatro estações de transformação a norte e a nordeste da capital Maputo.

O contrato, avaliado em 96 milhões de dólares, financiados na totalidade pela Danida Business Finance (or-ganismo do governo da Dinamarca) destina-se a garantir o abasteci-mento estável de energia eléctrica a particulares e empresas da cidade das acácias. As obras serão reali-zadas em parceria com a empresa portuguesa Seth, devendo as linhas de alta tensão ser subcontratadas à Eltel Networks TE AB e às estações de transformação à ABB AB.Quase 90% das linhas de transporte de energia eléctrica da cidade de Maputo encontram-se obsoletas, devido aos longos anos de operação, não suportando a crescente deman-da de electricidade por parte dos vários consumidores da capital do país.c

Riopele renasce das cinzas

A FáBRICA têxtil Riopele deverá rea-brir, em Março, para produzir fios e tecidos, após um encerramento de 10 anos. A revitalização resulta da constituição, em 2012, do consórcio Mozambique Cotton Manufactures (MCM), constituído pela empresa moçambicana Intelec Holdings e pelas portuguesas Mundotêxtil, Mun-difios e Crispim Abreu.Localizadas ainda em Marracuene, província de Maputo, as instalações da antiga Riopele, encontram-se num estado avançado de recuperação,

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 27

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Page 28: Revista Capital 72

Briefing MOÇAMBIQuE/MOZAMBIQuE

DESTAqUE

O ECOBANk, o banco com mais escritó-rios nos países africanos, prepara-se para avançar para Angola e Moçambi-que em 2014, segundo o presidente da instituição, Thierry Tanoh. A aposta de-corre da meta de fortalecer a sua rede nos países lusófonos. O Ecobank opera em três bolsas de valores e em 35 dos cerca de 50 países africanos, e já tem

balcões em Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.c

Ecobank este ano em Moçambique

devendo a unidade fabril estar asso-ciada a um programa de produção de algodão em Manica. Nesta província, o Instituto de Algodão de Moçambi-que está a desenvolver um projecto de fomento e processamento da fibra.O consórcio luso-moçambicano já in-vestiu aproximadamente 20 milhões de dólares de um total de 40 milhões de dólares, montante de investimen-to que vai permitir que a Riopele passe a ter fiação, tecelagem e tin-turaria. O presidente da Associação Industrial de Moçambique, Francisco Ferreira dos Santos, acredita que esta parceria deverá resultar na revitali-zação da Riopele, mas avisa que é preciso fazer mais para que a indús-tria têxtil volte a ter a dimensão do período anterior à independência.c

28 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

IgEPE and INNOq introduce quality in State companies

THE Institute of Management for State Companies (IGEPE) and the Na-tional Institute for Quality and Nor-malcy (INNOQ) began, at the end of 2013, a program for the introduction of Quality, Environment, Security, and Health Management Systems in the

Work environment, for companies in which the Mozambican Government has shares. This year, the two institutions should meet more often in order to establish and implement the business man-agement systems, as well as the main

stages of the process. With the collaboration of INNOQ, IGEPE has improved their manage-ment of state entities, as a result of a memorandum of agreement signed by the two parties. It is part of an initiative promoted by the Mozam-bican Government, with the hope that the participants rapidly adopt the international standards for the Quality, environment, Safety, and Health Management Systems for the Workplace. The President of the Administra-tive Council at IGEPE, Apolinario Panguene, revealed that the certi-fications for businesses according to international standards brings numerous advantages, from the level of competitiveness in the market, leadership, continuous improvement and standardization of processes, even the reduction of costs in busi-nesses, compliance with legal requi-sites, and there eduction of risks and workplace accidents.c

Page 29: Revista Capital 72

Briefing MOZAMBIQuE

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 29

EDM solves constant powercuts in the capital

IT SEEMS that the constant electrical power cuts in the country’s capital are close to an end. The Danish company Per Aarsleff stated that they were able to get a contract with Electricidade the Mocambique (EDM) for the con-struction of energy transport lines in the city of Maputo. The information was confirmed by the Chief Operating Officer (CEO) of EDM, Augusto Fernando, revealing that the contract implies the construction of 140 kilometers of high voltage lines 275 KV and 100 kilometers of another line of 110KV, as well as the installation of four trans-former stations to the north and to the northeast of the capital Maputo. The contract, estimated at 96 million dollars, financed completely by Danida Business Finance (an organ of the Danish government) is meant to guarantee the steady supply of electricity to homes and businesses to the city of Acacias. The construction should be done in partner-ship with the portuguese company Seth, with the high voltage being subcontracted to Eltel Networks TE AB and the transformer stations to ABB AB. Almost 90% of the electrical energy transport lines in the city of Maputo are obsolete, due to the long years of operation, not being able to support the growing demand of electricity to all the consumers in every part of the country.c

Riopele reborn from the ashes

THE textile factory Riopele should reopen, in March, to produce threads and cloth, after being closed for 10 years. The revival is the result of a constution, in 2012, of a consortium of Mozambique Cotton Manufactures (MCM), constituted by the mozambican company Intelec Holdings, and the portguese companies Mundotextil, Mundifios, and Crispim Abreu. Based in Marracuene, in Maputo Provine, the installa-tions of Riopele, find themselves in an advanced stage of reconstruction, due to the association by the fabric entity in a cotton production program in Mania. In this province, the Mozambican Cotton Institute is developing a project for the promotion and processing of fiber. The luso-mozambican consortium has already invested approximately 20 million dollars out of a total of 40 mil-lion dollars, an investment that will allow Riopele to have spinning, weaving, and dyeing equipment. The president of the Mozambique Industrial Association, Francisco Fer-reira dos Santos, believes that the partnership should result in the revival of Riopele, but warns that it is neces-sary to do more in order for the textile industry to return to the dimension it was in the period before indepen-dence.c

Page 30: Revista Capital 72

DOSSIER

Os desafios dos municípios

Os elencos saídos nas eleições de Novembro e Dezembro (apenas em Nampula) de 2013, nos 53 municípios, têm desafios quase semelhantes, sendo que as autarquias

menos desenvolvidas possuem a oportunidade de elaborar os planos de estrutura urbana que podem

evitar problemas visíveis em cidades como Maputo e Matola. Em geral, os municípios deparam-se com problemas no sector das estradas, saneamento do meio, abastecimento de água, disputa de terras, uma situação associada à fraca capacidade financeira das autarquias. “Penso que as autoridades municipais

1.33%

0.66%

5.17%

Cidade de Maputo

Municípios População Taxa de crescimento anual

Cidade da Beira

Cidade de Nampula

1,094,628

431,583

471,717Fonte: Instituto Nacional de Estatísticas (INE)

Crescimento anual dos municípios face à sua população

devem encontrar formas de se tornarem mais independentes do Governo central e de doaçoes externas. Neste momento, a maior parte dos orçamentos dos municípios depende em mais de 50% das alocações do Orçamento do Estado, pelo que urge mudar este cenário”, indicou o economista Constatino Marrengula.A ministra de Administração Estatal, Carmelita Namashilua, desafiou os municípios a incrementar a capacidade de colecta de receitas como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável das autarquias, através do aproveitamento integral das oportunidades que as janelas fiscais oferecem. Os municípios têm legitimidade para cobrar cerca de 10 designações fiscais aos munícipes, entre impostos, taxas, licenças e multas, contudo a janela é pouco explorada.

Estradas, transportes e solo urbano

O presidente do Município de Maputo, David Simango, conseguiu renovar o seu mandato em Novembro, e tem consciência de que há muito trabalho por realizar nas áreas das estradas, como forma de garantir uma transitabilidade condigna. O seu vizinho da Matola, recentemente eleito para dirigir a edilidade, Calisto Cossa não é herdeiro de estradas e ou infraestruturas dignas, pelo que as suas promessas eleitorais devem ser postas em prática nos cinco anos de governação municipal. David Simango prometeu um metro de superficie, como forma de

30 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

DR

Page 31: Revista Capital 72

Cidade da Beira

Média de todosmunicípios do país

Cidade de Nampula

Fonte: “Finanças locais: desempenho e sustentabilidade dos municípios Moçambicanos”, Instituto Estudos Sociais e Económicos (IESE)

Capacidade de abastecer as despesas por via da receita

65%

65%

80%

55%

Cidade de Maputo

Média de todosmunicípios do país

Cidade de Nampula

Fonte: “Finanças locais: desempenho e sustentabilidade dos municípios Moçambicanos”, Instituto Estudos Sociais e Económicos (IESE)

24%

31%17%

32%Cidade de Maputo

Cidade da Beira

Peso das Receitas Fiscais dos Municípiosnas Receitas Próprias Totais

resolver o problema de transporte que enferma a capital, difultando inclusive as ligações entre esta e demais localidades da província de Maputo.Pelo valor que cada porção de terra representa em muitos municípios do país, tem estado a crescer o número de casos de pessoas que disputam pelos títulos de propriedade de terras. Em Maputo, Matola, Beira, Tete e Nampula, os casos de conflito motivados pela posse de terra multiplicam a cada dia que passa.Mau grado se debater com problemas de natureza diversa, próprios de uma cidade em crescimento, o Município da Beira quer tornar-se uma referência obrigatória na agenda moçambicana. Com a protecção costeira praticamente assegurada e algumas vias públicas pavimentadas, Chiveve revela-se uma autarquia rejuvenescida. Porém, as questões relacionadas com o sistema de saneamento do meio na zona urbana, a precariedade de alguns edifícios e o desordenamento territorial continuam a ser

os principais desafios da edilidade de Daviz Simango. Na componente da rede rodoviária, a Beira continua a ser bastante pressionada pelo grande fluxo de camiões, situação típica de uma cidade portuária e com ligação a vários cantos do continente que, por dia, recebe em média 700 camiões.

Nos últimos dois anos, a edilidade levou a cabo uma campanha de melhoramento das vias públicas, sobretudo as de terra batida, tendo grande parte beneficiado de recarga do solo.

Comércio informal

Um número significativo de municípios debate-se com o problema de possuir um sector informal desorganizado que chega a aglomerar-se no centro da cidade, como é o caso dos municípios de Maputo e Quelimane. As autoridades municipais da capital do país tentaram sem sucesso retirar milhares de moçambicanos que vendem de forma desordenada nas vias, e o motivo deveu-se ao tamanho da reacção. O presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel da Araújo, deixou claro que não tem nenhum programa para tirar os vendedores informais das ruas, pelo facto deste ser o meio de sustento de milhares de famílias.c

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 31

Page 32: Revista Capital 72

DOSSIER

32 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

The rosters that resulted from the November and Decem-ber 2013 elections (except in Nampula), in 53 munici-palities, have similar chal-lenges, being that the least

developed municipalities have the opportunity to elaborate structural urban plans to avoid problems that can be seen in cities likes Maputo and Matola. Overall, the municipalities are facing problems with roads, urban sanita-tion, water, land disputes, a situation associated with the weak financial capacities of the municipalities. “I think that municipal authorities should find ways of becoming more

independent from the central Govern-ment and external donations. At this moment, most of the municipalities depend on the State budget for over 50% of their budgets, it is urgent to change this scenario,” indicated the economist Constantine Marrengula. The minister of State Administration, Carmelita Namashilua, challenged the municipalities to implement the ability to create profits as a means of assuring the sustainable develop-ment of the municipalities, through the full use of the opportunities of-fered by tax breaks. The municipali-ties have the legitimacy to charge around 10% of municipal taxes, be-tween taxes, licenses and fines, over-

all the breaks are under-explored.

Roads, transport and urban soil

The mayor of Maputo, David Simango renovated his mandate in Novem-ber, and is aware that there is a lot of work to be done on the roads, in order to guarantee proper transit. Its neighbor Matola, who’s recently elected Mayor, Calisto Cossa, hasn’t inherited proper roads or infrastruc-tures, and so his electoral promises must be put to practice in the five years of municipal governance. David Simango promised a surface metro, as a means to resolve the

The challengesof the municipalities

Page 33: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 33

transport problem that grips the city, making difficult even the links between this and the districts of the Maputo Province. By the value of each portion of land represented in many municipalities in the country, the number of people who dispute cases for the deeds to land has been growing. In Maputo, Beira, Tete and Nampula, the cases of conflict caused by land ownership multiplies everyday. Despite struggling with different problems, signs of a prospering city, the Municipality of Beira wants to become a point of reference in the country’s agenda. With coastal protection practically ensured, and most roads paved, Chiveve reveals itself to be a rejuvenated municipal-ity.However, issues related to the system of sanitation in the urban area, the precariousness of some buildings and land disordering re-main the main challenges of the city council-man Daviz Simango. On the road network component, Beira continues to be hard pressed by the large flow of trucks, typical situation of a port city and connected to various corners of the continent which, per day, receives an average of 700 trucks. Over the past two

1.33%

0.66%

5.17%

Maputo

Municipality Population Annual growth rate

Beira

Nampula

1,094,628

431,583

471,717Source: National Institute of Statistics (INE)

Annual population growth of municipalities

Beira

National average

Nampula

Source: "Local Finances: effort and sustainability of Mozambican Municipalities" Institute of Social and Economic Studies (IESE)

Capacity to supply expenses through income

65%

65%

80%

55%

Maputo

National average

Nampula

Source: "Local Finances: effort and sustainability of Mozambican Municipalities" Institute of Social and Economic Studies (IESE)

24%

31%17%

32%Maputo

Beira

Tax Revenues of Municipalitiesas a percentage Total Treasury Revenues

years, the City Council has undertak-en a campaign to improve the public roads, especially dirt roads, having

largely benefited recharge soil.

Informal Commerce

A significant number of municipali-ties is faced with the problem of hav-ing an unorganized informal sector that comes to cluster in the center, as is the case of the cities of Maputo and Quelimane. The municipal au-thorities of the capital city tried un-successfully to withdraw thousands of Mozambicans selling a disorderly manner on the roads, and the reason was due to the size of the reaction.The President of the Municipal Coun-cil of Quelimane, Manuel de Araujo, made it clear that it has no program to take informal street vendors, be-cause of the fact that this is the live-lihood of thousands of families.c

Page 34: Revista Capital 72

020406080

100120140160

Despesa

total

nos s

ectore

s ...Edu

cação

Saúde

Infrae

strutu

ras

Agricul

tura e

Desenvo

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o Rura

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Agricul

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Outros

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Previsão 2013 Plano 2014

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30,7 37,9

15,4 19,132,3 32,1

17,4 2214,6 17,5

6,7 7,1 5,9 6,4 0,8 0,7

Despesas nos sectores prioritários (milhões de meticais)

Foco ECONOMIA

Sectores prioritáriostêm mais 10% do OEEducação, Saúde, Infraestruturas e Agricultura vão consumir uma proporção significativa do “bolo” e as despesas relativas à criação de postos de trabalho terão só 0,3% do que será alocado às prioridades.

Em 2013, os sectores estraté-gicos para o desenvolvimento social e económico nacional mereceram 58.5% do “bolo”. Os números actuais revelam que os esforços do Governo

em alocar cada vez mais recursos no sentido de erradicar a miséria prosseguem este ano, o último do ciclo de implementação do Programa Quinquenal do Governo (2010-2014) e do Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-2014).Em conjunto, os sectores estratégicos irão absorver 135.716,2 milhões de meticais, o que equivale a 68,3% das despesas totais – excluindo as operações financeiras e os encargos da dívida. Em relação a 2013, o valor alocado a estes sectores aumenta em 18.098,9 milhões de meticais, ou 9,8%.De acordo com o Orçamento do Esta-do (OE) aprovado pela Assembleia da República em Dezembro do ano pas-sado, a Educação, Saúde, Infraestru-turas e Agricultura vão consumir uma proporção significativa do “bolo”, e as despesas relativas à criação de postos de trabalho terão apenas 0,3% do que será alocado às priori-dades (690 milhões de meticais).Entre as diversas realizações previs-

tas, o sector da Saúde destaca o iní-cio da construção de cinco hospitais em distritos das províncias de Gaza, Inhambane, Manica e dois na Zam-bézia, além da conclusão do Hospital Distrital de Mapai, em Gaza.Na Educação, serão contratados 8.830 novos professores. No sector das Infraestruturas o destaque vai para a construção e reabilitação de estradas e a produção de alimentos é a palavra de ordem na Agricultura.

Quanto ao emprego, irão entrar para o mercado de trabalho mais 183 mil pessoas e, no que diz respeito à Energia, a rede de distribuição de electricidade de Cahora Bassa pre-tende chegar a todos os distritos.Em termos globais, as despesas do Estado deverão atingir 229.721,5 milhões de meticais, o correspon-dente a 42,9% do PIB, um aumento em 2,7% do PIB face a 2013.c

34 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Page 35: Revista Capital 72

Focus on ECONOMYFocus on ECONOMY

Priority Sectors have more than 10% of the SBHealth, Education, Infrastructure, and Agriculture will consume a significant portion of the “cake” and the relative costs of job creation will only be 0.3% of what will be allocated to the priorities.

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 35

In 2013, the strategic sectors for national social and eco-nomic development deserve 58.5% of the “cake”. The actual numbers reveal that Government efforts to allocate

ever more resources in order to eradicate poverty proceed this year, the last cycle of the Govern-ment 5-Year Program (2010-2014) and the Action Plan for the Reduc-tion of Poverty (PARP 2011-2014). Together, the strategic sectors will absorb 135.716,2 million meti-cals, the equivalent of 68% of total expenses- excluding finan-cial operations and incurred debt. In relation to 2013, the value allo-cated for these sectors increased by 18.098,9 million meticals or 9.8%. According to the State Budget (SB) approved by the Assembly of the Republic last December, Educa-tion, Health, Infrastructure and Agriculture will consume a signifi-cant portion of the “cake”, and the relative costs of job creation will have only 3% of what is allocated to the priority sectors (690 million meticals). Amongst the foreseen actions, the Health sector highlight the begin-ning of construction of five hos-

pitals in districts in Gaza, Inhaca, Manica, and two in Zambezia, as well as the conclusion of the Mapai District Hospital, in Gaza. In Education, 8,830 new teachers will be contracted. In the Infra-structure the highlight goes to the construction and rehabilitation of roads, and raw materials are the focus in the Agricultural industry.

As for employment, 183 thousand more people will be employed, and in respect to Energy the dis-tribution network from Cahora Bassa should reach all districts. In global terms, the State expens-es should reach 229.721.5 million metals, the corresponding 42.9% of the GDP, an increase of 2.7% of 2013’s GDP. c

020406080

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Forecast 2013 Plan 2014

117,6

135,7

30,7 37,9

15,4 19,132,3 32,1

17,4 2214,6 17,5

6,7 7,1 5,9 6,4 0,8 0,7

Expenses in priority sectors (million meticals)

Page 36: Revista Capital 72

Foco NEGÓCIO

Projecto imobiliáriona marginal de Luandaaberto a investidores externos

36 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

O projecto imobiliário na margi-nal de Luanda, no valor de mil milhões de euros está aberto a investidores externos, de acor-do com o vice-presidente da sociedade gestora, Carlos Silva.

O responsável, que é também presi-dente do Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico, destacou a “estabilidade macroeconómica” que Angola vive, para justificar a adesão de mais investidores ao projecto, cujo desenvolvimento imobiliário pretende ser “uma referência urbana” no conti-nente africano.“Temos sociedades com investidores chineses, portugueses, espanhóis e an-golanos. É um investimento que assenta na requalificação de uma das zonas mais emblemáticas do país, devolvendo à cidade todo o equilíbrio ecológico”, salientou. De acordo com o projecto, só metade do espaço [nove hectares] irá ter edifícios, o resto serão zonas verdes.O principal argumento da Sociedade

Baía de Luanda (SBL), que gere o pro-jeto, cujos primeiros 25 edifícios já foram apresentados num investimento global de mil milhões de euros, é o facto da construção civil ser um dos sectores não petrolíferos que mais investimento estrangeiro capta em Angola, com uma quota de cerca de 35%.

Há muitos edifícios na baixa de Luanda, mas não há metros quadrados disponí-veis

Os principais accionistas da SBL são a petrolífera angolana Sonangol, o Banco Privado Atlântico, o Banco Comercial Português e a Finicapital, um inves-timento de cerca de 300 milhões de euros no projecto de requalificação, e que se espera venha a ser recuperado em 10 anos.As áreas de construção da SBL to-talizam 494 mil metros quadrados, distribuídos por três parcelas, ao longo

da marginal, incluindo o futuro Centro Financeiro.Para Miguel Carneiro, administrador--executivo da SBL, a oferta de escri-tórios encontra-se justificada pela procura do mercado, desvalorizando a contínua construção de novos edifícios em Luanda, de tipologia de serviços.“Há muitos edifícios a serem construídos na baixa de Luanda, no entanto, não há metros quadrados disponíveis. Esses mesmos edifícios já têm os seus metros quadrados ocupados. A maior parte destes edifícios só arrancaram a sua construção quando já tinham as vendas realizadas”, salientou.Citando casas de avaliação e monitori-zação do mercado imobiliário em An-gola, Miguel Carneiro adiantou que “a procura mantém-se, a economia ango-lana vai continuar a crescer, o sector da construção, o sector dos serviços, todo o sector não petrolífero está a crescer em Angola, nomeadamente no plano de desenvolvimento do sector industrial”. Miguel Carneiro disse ainda que a SBL estima o valor do metro quadrado na zona de intervenção do empreendi-mento entre 2.180 e 3 mil euros, abai-xo e acima do solo e incluindo o valor do terreno.“É importante realçar que o projeto Baía de Luanda no seu conceito tem exata-mente esta preocupação em oferecer ao mercado o metro quadrado a um valor o mais eficiente possível. O valor do metro quadrado dos terrenos na Baía de Luanda situa-se nos 650 euros o metro quadrado”, referiu o mesmo.c

DR

Page 37: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 37

Focus BuSINESS

The real estate project on Luanda’s boardwalk, valued at a thousand million euros is open to foreign investors, ac-cording to the vice-president of the managing group, Carlos

Silva. The man responsible, who is also President of the Banco Privado Atlantico’s Administrative Council, highlighted that the “macroeconomic stability” in which Angola lives, to justify the addition of more investors in the project, whose real estate development is meant to be an “urban reference” on the african continent. “We have societies with Chinese, Portuguese, Spanish, and angolan investors. It is an investment that accents the requalification of one of the most important areas in the country, returning the cities ecological balance” he highlighted. In accordance with the project, only half of the space (nine hectares) will have buildings, the rest will be green spaces. The main argument of the Luanda Bay Society (SBL), which is managing the project, whose first 25 buildings have already been presented in a global investment of one thousand million euros, is the fact that civil construction is one of the sectors that does not involve petrol which has the most investment per capita in Angola, with a quota of about 35%.

There are a lot of buildin-gs in downtown Luanda, but no square meters available

The main stakeholders of SBL are the petroleum company Sonangol, the Banco Privado Atlantico, the Portuguese Comercial Bank, and Fini-capital, an investment of around 300 million euros in the requalification project and a return is expected to occur within the next 10 years.

Real Estate project forLuanda’s waterfront opento foreign investors

The SBL construction areas are over 494 thousand square feet, distribu-ted over 4 lots, along the coast, in-cluding the future Financial District. For Miguel Carneiro, SBL’s executi-ve administrator, the offer of office space is justified by the market demand, devaluing the continuos construction of new office buildings in Luanda. “There are a lot of buildings being constructed in downtown Luanda, meanwhile, that aren’t enough square meters available. Theses same buildin-gs already have their square meters occupied. The construction of most of these buildings only began after the space had been sold,” he added. Citing evaluation and monitoring appraisals in the real estate market in Angola, Miguel Carneiro added

that “the demand still exists, the angolan economy will continue to grow, the construction sector, the service sectors, all non-petrol sectors are growing in Angola, namely the development plan for the industrial sector.” Miguel Carneiro also stated that the SBL estimates that the value a square meter in the area where the enterprise is happening is between 2.180 and 3 thousand euros, above and below ground including the value of the land. “It is important to reiterate that the Luanda Bay project in its concept is concerned with offering the market a square meter at the most efficient price possible. The value of the square meter at the lots on the Luanda Bay are around 650 euros per square meter,” he said. c

DR

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PlAtAFORMA EMPRESARIAl

38 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Não é um dado novo que com o desenvolvimento das Tecnologias de Informação, disponibilidade da Internet e possibilidade de ver qualquer filme em casa, a cultura do

cimena em Moçambique (e não só) está em vias de extinção.É mesmo neste quadro de contrarie-dades que a Lusomundo Moçambique pretende ir em “contra-mão” e chamar toda a gente às salas de cinema para conferir as mais recentes novidades em Três Dimensões (3D), este ano.Já consolidada em Maputo, com a apresentação de propostas cine-matográficas para gente de todas as idades, é a vez de conquistar os matolenses, com a materialização do complexo de cinemas no Centro Co-mercial Parque dos Poetas.

Segundo o director-geral da Luso-mundo, Luís Mota, numa primeira fase, o complexo terá duas salas com tecnologia de ponta em 3D, imagem e som digitais de última geração. Na fase posterior, o espaço será ampliado para quatro salas de cinema, naquele que representa uma fase importante de expansão da empresa em Moçam-bique.A ambição da Lusomundo é ir mais longe. Investir continuamente na cobertura de mais geografias deste vasto país e fazer de Moçambique um dos grandes receptores de cinema e cultura de qualidade, com mais tec-nologia de primeira linha e criação de postos de trabalho.A ideia é estrear cá filmes, em simul-tâneo, com a Europa.Hoje, a procura pelos serviços da Lu-

Lusomundo promete levar mais gente às salas de cinema

somundo é alta. Mas a construção do complexo da Matola (em parceria com o respectivo Conselho Municipal) e o diferencial que se pretende introduzir na qualidade dos serviços vai elevar a adesão dos moçambicanos às salas de cinema.

Facebook, a alavanca!

Desde que a Lusomundo conquistou o mercado com a exibição de filmes em 3D, todas as novidades são veicu-ladas no Facebook e ganham grande notoriedade. Ver um filme em casa, pode não ter custos. O ingresso do cinema custa entre 200 e 350 meticais, mas o re-sultado compensa, basta olhar para a quantidade de visualizações que as novidades da Lusomundo levam no Facebook. Todos os produtos novos têm centenas de dezenas de cometá-rios. O facebook é, sem dúvidas, uma das mais importantes ferramentas de divulgação dos produtos da Luso-mundo.A projecção é de tal modo que a cadeia de comunicação social e de cinema portuguesa – a Lusomundo – conseguiu “sacudir” a pressão da con-corrência das televisões e conquistar, gradualmente, espaço próprio.Há alguns anos, a Lusomundo enfren-tava sérias dificuldades de falta de público porque exibia filmes que já tinham passado nos canais de tele-visão. A situação levava, inclusive, ao encerramento de algumas sessões. Hoje, o problema está ultrapassado e o futuro parece reservar dias ainda melhores.c

Page 39: Revista Capital 72

BuSINESS PlAtFORM

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 39

It is not a new fact that with the development of Information Technology, internet availabil-ity and the ability to watch any movie at home, the culture of cinemas (amongst others) in

Mozambique is on the way to extinc-tion. Lusomundo will be going specifi-cally against this, and will be calling everyone to movie theaters to see the most recent movies in three-dimensions (3), this year. Already consolidated in Maputo, with the presentation of cime-matograhic proposals for people of all ages, it is time to conquer the people of Matola, with the construc-tion of a Movie Theatre at the Cen-tro Comercial Parque dos Poetas. According to Lusomundo’s General Director, Luis Mota, in the first phase, the theatre will have two show-rooms with the newest 3-D technol-ogy, and the latest generation sound and image. In the next phase, the space will be expanded to have four

showrooms, which will represent an important phase for the company’s expansion in Mozambique. Lusomundo’s ambition is to go even further. To invest continuously in the coverage of more geographic loca-tions of this vast country, and make mozambique one of the large recep-tors of cinema and quality culture, with more first line technology, and job creation. The idea is to debut movies here, simultaneously, with Europe. Today, the demand for Lusomundo’s services is high. But the construction of a movie theater in Matola (in part-nership with the Municipal Council) is the difference that we hope to introduce in the quality of services that will lead to Mozambican’s filling up out movie theaters.c

Facebook, a alavanca!

Since Lusomundo conquered the market with the exhibition of 3D movies, all the news are posted on

Facebook, and get a lot of attention. Watching a movie at home may not have any costs. A movie ticket costs between 200 and 350 meticals, but the result is compensating, just look at the number of views that the Lu-somundo news have on Facebook. All the products have hundreds of comments. Facebook, is without a doubt, one of Lusomundo’s most important marketing tools.The projection is done in such a way that the network of social commu-nication and of portuguese cinema- Lusmondu- was able to shake off the competition from television, and gradually conquer its own space. For a few years, Lusomundo, con-fronted several difficulties with a lack of an audience because they showed movies that had already been seen on tv. The situation even led to the cancellation of some shows. Today, the problem has been surpassed and the future seems to predict that even better days will come.c

Lusomundo promises to take more people to movie theaters

Page 40: Revista Capital 72

Moçambique pode tornar-se o terceiro maior exportador de gás natural do mundo A costa de Cabo Delgado tem um potencial que pode tornar o nosso país um dos maiores players do sector de energia global. No entanto, tudo vai depender do andamento dos projectos de liquefação de gás natural, cuja exportação está prevista iniciar daqui a quatro anos. A observação pertence a John Peffer, presidente da Anadarko em Moçambique, uma multinacional americana que opera na Bacia do Rovuma.

40 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Page 41: Revista Capital 72

tEMA DE FuNDOtEMA DE FuNDO

Qual é o peso de Moçambique como um produtor de gás nos mercados em que actua a Anada-rko?Moçambique pode ganhar grande importância no panorama global da produção de gás natural. A Ana-darko descobriu aqui quantidades suficientes de gás para projectar o país, mesmo que não seja ex-portado. Além disso, sermos uma das maiores empresas de petróleo do mundo é um factor importante, coloca Moçambique em posições de topo e chama a atenção para os principais mercados de consumo de energia. No entanto, os benefí-

cios do gás natural para o desen-volvimento social e económico do país só se tornará evidente com o início dos primeiros carregamentos de GNL, em 2018.

Na área concessionada à Anadarko - Área 1 da Bacia do Rovuma - qual é o potencial esperado de gás e que volumes já foram descober-tos?Nós encontramos mais de 65 trili-ões de pés cúbicos de gás natural recuperável. A pesquisa ainda está em andamento e acreditamos que ainda há muito gás para desco-brir nesta área. Em nossa opinião, Moçambique tem potencial para se tornar um player essencial no mercado mundial, com capacidade para exportar 50 milhões de to-neladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano, atrás de potências como o Qatar e Austrália.

Em 2010, a Anadarko anunciou a descoberta de petróleo em quan-tidades não comerciais. Qual é a probabilidade de novas descober-tas de petróleo em quantidades economicamente viáveis ?Ainda existe um potencial para petróleo, embora, a bacia tem-se demonstrado muito mais propen-sa para o gás natural. Nós ainda temos um trabalho de exploração adicional a fazer para definir com-pletamente a quantidade e tipo de recurso na bacia.

Olhando para as características geológicas da costa, onde Ana-darko opera, e de acordo com a experiência da empresa em vários pontos do mundo, Moçambique pode ser um produtor de petró-leo?Nosso foco mudou até certo nível para desenvolver os enormes re-cursos de gás natural descobertos

até hoje. Como mencionado, temos uma exploração adicional prevista para 2015, por isso vamos ver o que esses esforços vão revelar.

Há informações sobre um possível consórcio com a italiana ENI para a criação de um complexo de pro-dução. Como será operacionaliza-do esse consórcio?Estamos à procura desde o ano passado de um parceiro. Chega-mos a um acordo com a ENI para avançar com o Consórcio, e temos a intenção de instalar duas unida-des de liquefação de gás natural. Atualmente, esperamos partilhar as instalações terrestres, mas cada parte irá operar com recursos próprios e terá responsabilidades específicas no consórcio. O parque de GNL em terra será instalado em uma extensão de sete mil hectares e, se necessário , temos permissão para expandir.

Como será feita a divisão das res-ponsabilidades tendo em conta a complexidade dos investimentos necessários?Nós ainda estamos a trabalhar nos detalhes. Não há uma resposta que possa dar agora, mas pensamos em produzir juntos 10 milhões de toneladas por ano no projeto inicial. O investimento necessário para instalar as fábricas encontra--se estimado em pelo menos 12 a 16 biliões de dólares, que serão partilhados dentro do consórcio liderado pela Anadarko e a ENI.

Como tem funcionado a relação com as empresas moçambicanas e quantas já prestam serviços à Anadarko?O relacionamento da Anadarko com Moçambique é muito bom. A Anadarko foi uma das primeiras empresas de petróleo a investir

John Pefferainda existe um potencial para petróleo, embora, a bacia tem-se demonstrado muito mais propensa para o gás natural. nós ainda temos um trabalho de exploração adicional a fazer para definir completamente a quanti-dade e tipo de recurso na bacia.

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 41

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significativamente em Moçam-bique, tendo sido objectiva na instalação de máquinas para o desenvolvimento de actividades de exploração. Este aspecto pode ter sido crucial para as boas rela-ções estabelecidas com o Governo. Além disso, o relacionamento que desenvolvemos com empresas moçambicanas que prestam servi-ços também é muito bom. Existem cerca de 100 empresas moçambi-canas que prestam serviços para nós.

A construção é uma das áreas pro-curadas pela Andarko no sentido de providenciar infraestruturas. Quais são as outras?Vamos continuar a investir nas telecomunicações. Pretendemos também portos capazes de res-ponder às necessidades de uma indústria de energia sólida. Sen-timos falta de um aeroporto em Palma (distrito de Cabo Delgado, onde Anadarko opera). Além disso, o serviço de energia eléctrica deve ser expandido no distrito, cujo potencial se estende à disponibi-lidade de fertilizantes naturais. No norte, está previsto ser construído um porto para o transporte de GNL, enquanto o projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) proposto avança.

A Anadarko tem uma experiência consolidada no mercado nigeria-no. Até que ponto essa experiên-cia pode vir a encurtar caminhos em Moçambique?A Anadarko já esteve em muitos países de África, sobretudo da Áfri-ca Ocidental. E por ser uma grande companhia, com uma presença inegável neste continente, posso dizer, seguramente, que este po-derá ser um mercado na linha dos países de grande sucesso.c

Em Dezembro de 2006, o governo moçambicano concedeu à multinacio-nal americana Anadarko o direito de prospecção da Área 1 da Bacia do Rovuma. Desde aquela época, a Anadarko e seus parceiros perfuraram mais de 20 poços em águas profundas na Área Offshore do bloco 1, descobrindo valores estimados entre 35 e 65 triliões de pés cúbicos (Tcf) de gás natural recuperável. Seis poços descobertos no complexo

estavam entre as maiores descobertas em toda a África em 2010, 2011 e 2012.Neste momento, a Anadarko está comprometida com a formação de moçambicanos que possam ajudar a construir o parque de GNL e atividades associadas. Os graduados especializam-se em matérias de saúde, segurança e nas habilidades essenciais ao local de trabalho. Este ano, a multinacional dá início ao projecto LNG. Os investimentos brutos feitos até agora já somam cerca de três biliões de dólares.c

Anadarko em Moçambique

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BACKGROuND tHEME

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 43

What is the weight of Mozambique as gas a producer in the markets in which Anadarko operates? Mozambique can gain great im-portance in the global panorama of natural gas production. Anadarko discovered here sufficient quantities of gas to project the country, even if it is not being exported. Moreover, we are one of the largest oil com-panies in the world is an important factor, puts Mozambique on top positions and draws attention to major markets of energy consump-tion. However, the benefits of natural gas in the social and economic de-velopment of this country will only become apparent with the onset of the first LNG cargoes, in 2018.

In the area concessioned to Anadar-ko - Area 1 of the Rovuma Basin - what is the expected potential for gas and what volumes have already been discovered?

Mozambique may become the world’s third largest natural

gas exporterBlending in to the Cabo Delgado coast is a potential that

can make our country one of the largest players in the global energy sector. However, everything will depend

on the progress of projects liquefaction of natural gas, whose export is expected to start in four years. The observation belongs to John Peffer, president of

Anadarko in Mozambique, an American multinational that operates in the Rovuma Basin.

John Peffer

there is still a potential for oil; although, the basin has proven to be much more natural gas-prone. we still have additional explora-tion work to do to fully define the quantity and type of resource in the basin.

Page 44: Revista Capital 72

44 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

We’ve found more than 65 trillion cubic feet of recoverable natural gas. The survey is still ongoing and we believe there is still much gas to discover in this area. In our opinion, Mozambique has the potential to become an essential player in the world market, with capacity to ex-port 50 million tonnes of Liquefied Natural Gas (LNG) per year, behind potencies such as Qatar and Aus-tralia.

. In 2010, Anadarko announced the discovery of oil in non-commercial quantities. What is the probability of new oil discoveries in economi-cally viable quantities?There is still a potential for oil; although, the basin has proven to be much more natural gas-prone. We still have additional explora-tion work to do to fully define the quantity and type of resource in the basin.

Looking at the geological features of the coast where Anadarko oper-ates, and according to the com-pany’s experience in various spots in the world, Mozambique could be an oil producer? Our focus has shifted to some de-gree to developing the massive natural gas resources we’ve discov-ered to date. As mentioned, we do have some additional exploration planned through 2015, so we’ll see what those efforts uncover.

There is information about the ad-vancement of a possible creation of a consortium with Italy’s ENI to create a production complex. How will the consortium be operated?We are looking since last year for a partner. Reached an agreement with ENI to move forward with the Consortium, and we intend to install two units of natural gas liquefaction. Currently, we expect to share the

onshore facilities, but each part will operate with its own resources and will have specific responsibilities in the consortium. The onshore LNG park will be installed in an exten-sion of seven thousand hectares, and if necessary we have permission to expand.

How will be made the division of responsibilities taking into account the complexity of the required investments?

We’re still working on the details. There is no answer that I can give now, but we think to produce to-gether 10 million tonnes per year in the initial project. The investment required to install the factories lies estimated at least 12 to 16 billion dollars, which will be shared within the consortium led by Anadarko and ENI.

How has the relationship has worked with Mozambican compa-

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Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 45

In December 2006, the Mozambican government granted the American multinational Anadarko the right to prospect for gas in Area 1 of the Ro-vuma Basin. Since that time, Anadarko and its partners drilled more than 20 wells in deep waters in the Offshore Area of block 1, discovering amounts estimated between 35 and 65 trillion cubic feet (Tcf) of natural gas recov-erable. Six wells discovered in complex were among the biggest discover-

ies across Africa in 2010, 2011 and 2012.At this time, Anadarko is committed to the training Mozambicans who can help build the park LNG and associated activities. Graduates specializing in matters of health, safety and the essential workplace skills.This year, the multinational starts with the LNG project. Gross investments made so far have amounted to around three billion dollars.c

nies and how many already supply services to Anadarko?The Anadarko’s relationship with Mozambique is very good. Anadarko is among the first oil companies to significantly invest in Mozambique, having been objective in the instal-lation of machinery for the develop-ment of exploration activities. This aspect may have been crucial to the good relations established with the Government. Moreover, the re-lationship we have developed with Mozambican companies that provide services is also very good. There are about 100 Mozambican companies which provide services to us.

Construction is one of the areas sought by Anadarko in the sense of providing infrastructure. What are the others?We will continue to build out tele-communications. We also intend ports capable of responding to the necessity of a solid energy industry. We miss an airport in Palma (district of Cabo Delgado, where Anadarko operates). Furthermore, electricity service must be expanded in the district, which potential extends to availability of natural fertilizers. In the north, a port is planned to be built to transport LNG, as the pro-posed Liquefied Natural Gas (LNG) advances.

Anadarko has a consolidated expe-rience in the nigerian market. To what extent this experience could turn out to create shortcuts in Mo-zambique? Anadarko has already been in many countries in Africa, particularly in North and West Africa. And for being a great company with an undeniable presence on this continent, I can say surely that this may be a market in line with the countries of great suc-cess.c

Anadarkoin Mozambique

Page 46: Revista Capital 72

Perspectiva COOPERAÇÃO

Numa breve radiografia a Moçambique, a embaixadora da Suécia país que há pouco tempo representava os parceiros de desenvolvimento – mostrou grande preocupação com questões estruturais em Moçambique. Numa entrevista concedida à CAPITAL, Ulla Andrén elogiou o desempenho da economia mas deixou sérios avisos aos decisores.

Aos olhos da embaixadora da Suécia, Moçambique é um país cuja transparência na governação é a ferramenta mais importante para che-gar à prosperidade sócio-

-económica. Em vários momentos, na entrevista concedida à CAPITAL, Ulla Andrén levantou este aspecto quan-do chamada a opinar sobre assuntos de domínio e interesse nacional da actualidade. “A Suécia também tem recursos naturais: temos minas, temos florestas. O nosso método de utilização desses recursos passa por procurar ter uma sociedade mais equilibrada, porque pensamos que não é bom termos

46 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

A projecçãode Moçambique na visãoda Suécia

pessoas muito pobres e outras muito ricas. O que é extremamente importante na governação é que haja transparência para que o povo participe das decisões sobre os melhores investimentos e destinos do país, revelou Ulla Andrén, que a seguir criticou: infelizmente, em Moçambique há muito secretismo, e

esta é uma tradição antiga e que deve ser quebrada”. O exemplo para argumentar a falta de transparência é a recente compra de 30 navios à França (por 300 milhões de euros) pela Ematum. A questão da corrupção também deve merecer grande atenção, por isso chamo sempre a atenção para que

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haja mais transparência, porque o ambiente de negócios é manchado pelo sentimento de que pode haver corrupção, insistiu Ulla Andrén.A nível económico, Moçambique apresenta uma das mais altas taxas de crescimento do mundo (próximas dos 8%), mas continua pobre e demanda por mais investimentos, sobretudo em termos de infraestruturas. Entretanto, chegar a esse ponto implica gerir os recursos existentes de forma eficiente e responsável, aplicar regras rigorosas de tributação e investir as receitas em áreas que permitam ampliar a riqueza.

Efectivamente, o país ficou mais corrupto

Coincidência ou não, a preocupação da diplomata com este assunto foi consubstanciada pelo resultado que viria a ser publicado em Dezembro pela Transparência Internacional sobre o nível de corrupção no país. Numa escala de zero a 100, e em que zero significa muito corrupto e 100 significa livre de corrupção, Moçambique obteve 30 pontos, mais um que no ano anterior, situando-se no 119º lugar no ranking global composto por 177 países. Uma posição humilde tanto no seio dos países da África Austral como dos países falantes de português.

Facilitação do comércio: um novo horizonte da cooperação

A Suécia formou quadros nacionais, representantes de várias instituições públicas, em procedimentos que vão facilitar o comércio com o mundo. A ideia é que, à semelhança daquele país escandinavo, que exporta 70% da sua produção, Moçambique tenha bons negociadores de acordos comerciais, sobretudo com a União Europeia. Trata-se de uma iniciativa que pretende melhorar não só as exportações para a Suécia, mas também para a União Europeia. A Formação esteve dividida em duas fases: a primeira em Outubro de 2013 e a segunda no mês seguinte.

Apoio a Moçambique não tem contrapartidas

A Suécia faz parte do Grupo dos 19 países que financiam o Orçamento

do Estado moçambicano. Mas, qual seria o interesse daquele país em prestar este apoio? Qual é a contrapartida? Não há contrapartida directa. O apoio vem pelo entendimento de que deve haver crescimento em todos os países do mundo, incluindo em Moçambique. Pelo sentimento de que todos devemos caminhar na mesma direcção quando crescemos, explicou a diplomata.“O nosso apoio à cooperação está plasmado na filosofia dos acordos assumidos no quadro das Nações Unidas, que estabelecem a canalização de 1% dos Orçamentos dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento e a Suécia é dos poucos países que, de facto, estão a dar 1%”, concluiu.A cooperação com a Suécia começou antes da Independência, quando aquele país apoiou a Frelimo na luta de libertação colonial, e em 1976 abriu a sua embaixada em Moçambique.c

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 47

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48 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

A projectionof mozambiqueas sweden’s vision

Page 49: Revista Capital 72

Perspective COOPERAtION

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 49

In the eyes of the Swedish embassy, Mozambique who’s governmental transparency is the most important tool for the achievement of socio-economic prosperity. At various times, in

an interview held with CAPITAL, Ulla Andren raised this aspect, when asked to demonstrate her opinion about dominion and national interest in current events. “Sweden also has natural resources: we have mines, we have forests. Our method of using these resources is through the attempt to achieve a bal-anced society, because we don’t think its good to have people who are too poor and people who are too rich. What is extremely important in gover-nance is that there is transparency so the people can participate in the deci-sions about better investments and the destiny of the country” revealed Ulla Andren, who then criticized: “unfortunately, in Mozambique there is a lot of secrecy, and this is the oldest tradition that must be broken”. The example to argue the “lack of transparency” is the recent purchase of 30 ships from France (for 300 mil-lion euros) by Ematum. “The question of corruption also deserves a lot of attention, thats why I always say that there should be more transparency, because the business environment is stained by the feeling that there may be irruption”, insisted Ulla Andren.

At an economic level, Mozambique has one of the highest growth rates in the world (8%), but continues poor and demands more invest-ments, overall in terms of infra-

structure. Meanwhile, getting to this point implies “managing the existing resources in an efficient and respon-sible manner, apply rigorous tax laws and invest in areas that allow for the amplification of wealth.”

Effectively the country is more corrupt

Coincidence or not, the diplomat’s preoccupation with this issue was substantiated by the result that should have been published in De-cember by the International Trans-parency about the level of corruption in the country. On a scale of zero to 100, in which zero is the most cor-rupt and 100 is free of corruption, Mozambique had 30 points, one more than in the previous year, plac-ing it at 119 in the ranking made up of 177 countries. A humble position both in the African countries as well as portuguese speaking countries.

Ease of commerce: a new horizon in cooperation

Sweden formed national boards, rep-resenting various public institutions, in procedures that will facilitate trade with the world. The idea is that, similar to that scandinavian country, which exports 70% of its production, Mozambique has good negotiators for business deals, overall with the European Union. It is an initiative that hopes to better not only exports to Sweden, but also to the European Union. The training was divided into two parts: the first in October of

2013 and the second in the follow-ing month.

Support to Mozambique has no counterpart

Sweden is part of the Group of 19 countries that finance the mozam-bican State Budget. But, what would be the interest of that country in providing this support? What is the counterpart? “There is no direct counterpart. The support comes from the understand-ing that there should be growth in all countries of the world, including Mozambique. From the feeling that we should all walk in the same direc-tion when we grow”, explained the diplomat. “O nosso apoio à cooperação está plasmado na filosofia dos acordos assumidos no quadro das Nações Uni-das, que estabelecem a canalização de 1% dos Orçamentos dos países desenvolvidos aos países em desen-volvimento e a Suécia é dos poucos países que, de facto, estão a dar 1%”, concluiu.“Our support for cooperation is shaped by the agreements assumed by the board of the United Nations, which established the channeling of !% of the budget of developed countries to developing countries, and Sweden is one of the few countries that is in fact giving 1%”, she concluded. The cooperation with Sweden began before independence, when the country supported Frelimo in the co-lonial liberation, and in 1976 opened its embassy in Mozambique. c

In a brief radiography of Mozambique, the Swedish ambassador- a country that recently represents a development partner- was very worried with the structural issues in Mozambique. In an interview with CAPITAL, Ulla Andren complimented the economic efforts but left serious warnings about the decision makers.

Page 50: Revista Capital 72

50 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Perspectiva PESCAS

Pesca com o mais baixodesempenho produtivo em 2014O aumento da produção pesqueira será de apenas 3%. A produção de camarão, principal produto de exportação, vai manter-se quase estacionária. O plano global de capturas prevê atingir 220 mil toneladas de pescado diverso, com o maior volume projectado para a pesca artesanal.

11%-27%Pesc

a com

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Pesc

a Arte

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4.9

Balanço2012

0.3%7.3%Pesc

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ra

Pesc

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1.3

Previsão2013

2.6%4.8%Pesc

a com

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ra

Pesc

a Arte

sana

l

3.0

Plano2014

Produção Pesqueira (Taxas de Crescimento em %)

As pescas já representaram 20% do Produto Interno Bru-to (PIB) e 20% das exporta-ções globais de Moçambique. Com o tempo, a produtivida-de do sector foi caindo e os

mais de 2.500 quilómetros de costa deixaram de produzir como outrora.Hoje, o peso do sector é de apenas 2% do PIB e 2% das exportações, que representam 75 milhões de dó-lares, segundo dados facultados pelo

Ministério das Pescas à revista Capi-tal. No próximo ano, a produção de pescado terá o menor aumento (só 3%) quando comparado com a gene-ralidade dos sectores de actividade.É verdade que a produtividade recuou, e que o potencial marinho poderia ter peso maior no PIB e na dieta alimentar, mas o ministro que tutela a pasta das Pescas, Víctor Borges, explica que a queda da pro-dução pesqueira é mais acentuada

devido à dinâmica do crescimento dos outros sectores do que propria-mente pela actividade em si. Ou seja, outros sectores como a Agri-cultura, o Turismo, os Transportes e Comunicações, e mais recentemente a Indústria Extractiva, aumentaram em larga medida os níveis da sua produção e passaram a ser os que determinam o ritmo da produção da economia nacional.Segundo as previsões, a projecção

Page 51: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 51

de crescimento de 3% é justificada, fundamentalmente, pela produção da Pesca Comercial, que deve ser acompanhada pelos efeitos das me-lhorias esperadas no desempenho da Pesca Artesanal. O plano de capturas prevê atingir 220 mil toneladas de diverso pes-cado, com maior volume projectado para a Pesca Artesanal na ordem de 190 mil toneladas. Por outro lado, estima-se que 27 mil toneladas se-jam provenientes da Pesca Comercial e 1.8 mil toneladas da Aquacultura.

Pesca do camarão poderá aumentar

A exploração do camarão, principal marisco de exportação e cuja produ-ção tem estado a reduzir nos últimos anos (por motivos que o Governo ainda procura apurar) poderá au-mentar ligeiramente em 2014. As

previsões indicam que a captura do camarão poderá crescer 1%, repre-sentando uma projecção de 2.580 mil toneladas contra 2.550 mil tone-ladas previstas para 2013.A recuperação da produção do ca-marão é justificada por medidas de gestão em curso, que visam melhorar a sua exploração, nomeadamente através da implementação do Esforço Total Admissível (TAE) introduzido este ano como forma de garantir o controlo do esforço da pesca (evitan-do a captura excessiva das espécies bem como a sua extinção).Relativamente à aquacultura (produ-ção artificial de espécies marinhas), onde o plano para 2014 é de 1.8 mil toneladas, o crescimento previsto é de 40,3% face a 2013, impulsionado pelo programa de Massificação da Aquacultura, que prevê para 2014 construir 238 e reabilitar 35 tanques piscícolas, e povoar 112 tanques de

alevinos (peixes recém-saídos do ovo).Na pesca do sector artesanal pro-jecta-se um crescimento de 2,6%, graças ao desempenho na captura de Peixe, Caranguejo e Lagosta.O plano de exportações para 2014 é de cerca de 13 mil toneladas, corres-pondendo a um crescimento de 13% relativamente a 2013, influenciado pelas exportações de Tilápia Fresca e da Gamba, cujo crescimento previsto é de 30 e 14%, respectivamente.Para perseguir resultados mais promissores a nível do sector, as autoridades vão procurar apostar na aquacultura e na pesca de pequena escala, que são considerados funda-mentais para a segurança alimentar e para o aumento da contribuição líquida do sector no equilíbrio da balança de pagamentos.c

1,4 3,4 2,7 5 1,2 2,4 1,4 0 1,8

PRODUÇÃO DA PESCA COMERCIAL (TAXAS DE CRESCIMENTO EM %)

Lagosta Caranguejo Gamba Peixe Camarão Lagostim Cefaiópedes Kapenta Faunaacompanhante

FONTE: Ministério das Pescas

Fonte: Proposta do Plano Económico e Social (PES) para 2014

Produção da Aquacultura

Aquacultura

Total

T.C (%)Balanço 2012(mil Toneladas)

Plano 2014(mil Toneladas)

Camarão marinho 37

566 1.700 31.4

40.3

100 170.3

Peixe marinhode água doce

1.294

37

Previsão 2013(mil Toneladas)

Page 52: Revista Capital 72

11%-27%

Com

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Arte

sana

l Fish

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4.9

2012 Balance

0.3%7.3%

1.3

2013Prediction

2.6%4.8%

3.0

Fishing Production (Growth rate in %)

2013Plan

Fishing represents 20% of the Gross Domestic Product (GDP) and 20% of Mozambique’s global exports. With time, the sector’s productivity fell as over 2,500 kilometers of coast

stopped producing like they did before. Today, the sector’s weight is only 2% of the GDP and 2% of the exports, which represent 75 million dollars, according to facts supplied

by the Ministry of Fisheries to Capital Magazine. Next year, fishing production will have the lowest increase (only 3%) when compared to the general increase in other sectors. It is true that production decreased, and the marine potential could have bigger weight in the GDP and the country’s diet, but the minister who heads the Fisheries, Victor Borges, explains that the fall in

Perspective FISHING

52 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Fishing has the lowestproduction results in 2014The increase in fishing produce will be only 3%. The production of shrimp, a main export product, will remain stationary. The global plan for captures forecasts that fishing will reach 220 thousand tons, with the highest volume belonging to artesanal fishing.

DR

Page 53: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 53

Aquaculture Production

Aquaculture

Total

T.C (%)2012 Balance(thousand tons)

2014 Plan (thousand tons)

Marine shrimp 37

566 1.700 31.4

40.3

100 170.3

Fresh water fish 1.294

37

2013 Prediction(thousand tons)

fishing production occurs due to the dynamic of growth ion there sectors and not the activity itself. In other words, other sectors such as Agriculture, Tourism, Transport and Communication, and more recently the mining industry, have increased their levels of production immensely and have determined the rate of production of the national economy. According to the predictions, the 3% growth projection is justified, fundamentally by the production of Commercial Fishing, which should be followed by the effects of the improvements expected by Artesanal Fishing. Planned captures predict that they will reach 220 thousand tons of diverse fishing products, with a higher volume projected for artesanal fishing at 190 thousand tons. On the other hand, it is estimated that 27 thousand tons will come from commercial fishing, and 1.8 thousand tons from Aquaculture.

Shrimp fishing may increaseThe exploration of shrimp, the main fishing export whose production has been reducing in the past years (for reasons that the Government is still investigating) may increase slightly in 2014. The predictions indicate that the capture of shrimp may increase by 1%, representing 2,580 thousand tons, against the 2,550 tons predicted for 2013. The recuperation of shrimp production is justified by management measures being undertaken, that hope to better its exploration, namely through the implementation of the Admitted Total Effort (TAE) introduced this year as a means of guaranteeing the controlled effort of fishing (avoiding excessive capture of spaies as well as their extinction). Relating to aquaculture (final production of marine species), where the plan for 2014 is of 1.8 thousand tons, the predicted growth

is of 40.3% for 2013, driven by the Massification of Aquaculture Project, which predicts that 238 fish tanks will be built and 35 will be reconstructed in 2014, and 112 tanks will be repopulated with fish spawn (recently hatched fish).

In artesanal fishing the expected growth is of 2.6%, thanks to the effort in the capture of fish, crabs, and lobster. The export plan for 2014 is around 13 thousand tons, corresponding to a growth rate of 13% in comparison to 2013, influencing the exports of fresh Tilapia, and Prawns, whose growth is expected to be 30 and 14% respectively. To obtain more promising results in the sector, the authorities will bet on aquaculture and small scale fishing, which are considered to be fundamental for food security and for an increase to the liquid contribution in the sector in the equilibrium of the balance of payments.c

1,4 3,4 2,7 5 1,2 2,4 1,4 0 1,8

COMMERCIAL FISHING PRODUCTION (GROWTH RATE IN %)

Lagosta Caranguejo Gamba Peixe Camarão Lagostim Cefaiópedes Kapenta Faunaacompanhante

Page 54: Revista Capital 72
Page 55: Revista Capital 72

uP-GRADE

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 55

Pelas contas que se faziam há sete anos, Nacala-a-Velha estaria agora mais próxima de se tornar numa das referências internacionais de venda de petróleo e seus

Refinarias de petróleode Nacala e Matutuíne

abortadasA crise financeira atrapalhou tudo. Os projectos de

construção das refinarias deviam estar já na fase final e o início das actividades para breve. Mas tudo não passou

de um sonho. Prevalece, porém, a esperança de encontrar novos financiadores. A ser este o caso, as refinarias só serão

realidade lá para 2018.

derivados. O sonho começou a ser construído e tudo dava a entender que seria materializado quando, em Outubro de 2007 e através da assinatura de um acordo, o Governo autorizou a Ayr Logistic, Ltd. a construir uma refinaria de petróleo na vila-sede daquele distrito da província de Nampula.“Moçambique vai ganhar não só no que diz respeito à exploração do petróleo, mas também na formação dos moçambicanos em matéria de combustíveis”, revela esparançoso o ministro da Energia, Salvador Namburete, há sete anos, quando as partes se comprometeram em avançar com o projecto, cujos investimentos seriam aproximadamente de cinco biliões de dólares e em que o início das operações estava então previsto para 2015. Mas o sonho de construir uma

DR

Page 56: Revista Capital 72

DESTAqUE

O MINISTRO da Energia, Salvador Namburete, garante também que o projecto de canalização de gás para uso em residencias e instituições públicas e privadas “está a correr bem”, e que “decorrem escavações para a instalação de tubos de distribuição um pouco por toda a cidade, sendo que e a meta é, até Abril ou Maio deste ano, o gás começar a fluir pelo me-nos para os consumidores industriais, como hotéis, estabelecimentos in-dustriais, hospitais, etc”.Cálculos da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos apontam que o consumo de gás canalizado será 40% mais barato do que o consumo nos moldes actuais, através de botijas.c

gás doméstico a partir deste semestre

NÚMEROS& FACTOS

CAPACIDADE: 300 mil barris/dia Investimentos: 5 biliões de dólaresPostos de emprego: 3 milInício da operação: 2015

CAPACIDADE: 350 mil barris/diaInvestimentos: 8 biliõesPostos de emprego: 2 milInício da operação: 2014

1

2

Refinaria de nacala-a-velha

Refinariade Matutuíne

refinaria não pararia por ali. Em 2008, mais uma era projectada, desta feita para Matutuíne, na província de Maputo. Esta refinaria seria construída pela Oil Moz, custaria oito biliões de dólares e entraria em funcionamento este ano. Mas enquanto durava o sonho do país vir a entrar de forma decisiva na área petrolífera, veio a crise financeira internacional e atrapalhou tudo. Hoje, Nacala-a-velha e Matutuíne não avançam mais. É um dado adquirido. “Os investidores que estavam a negociar connosco a implementação

chegar a esse objectivo. Em 2010, perante o atraso no início da construção dos empreendimentos de Nacala-a-Velha e de Matutuíne, o Governo chegou a emitir um aviso ameaçando cancelar e retirar as licenças de construção às empresas Ayr Logistic, Ltd. e Oil Moz.Em 2009, mesmo antes que começasse a ser construída, a refinaria de Matutuíne chegou a ser transferida para o distrito de Marracuene, porque no local inicial ficaria localizada próximo à reserva de elefantes, facto que vai contra os princípios ambientais.A morte dos dois empreendimentos levou consigo a expectativa de emprego dos que vivem em locais onde seriam implantados.c

das duas refinarias foram afectados pela crise. Os bancos com quem estavam a negociar os financiamentos entraram em dificuldades financeiras e não puderam garantir os financiamentos. Como tal, eles também não podiam avançar”, lamentou o ministro da Energia, falando à Capital numa altura em que faltariam poucos meses para os projectos darem início à sua actividade produtiva.

Em busca de novos financiadores

“Estamos, neste momento, a tentar encontrar outros financiadores, mas aqueles saíram definitivamente”. Assim cai por terra a esperança que outrora o ministro Namburete e toda a gente depositara em relação à materialização daqueles projectos energéticos.Aliás, a serem encontrados outros financiadores para os projectos, e tomando em consideração o tempo necessário para materializar projectos daquela envergadura (cinco, seis a sete anos), só em 2018/19 é que Moçambique poderia

56 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

DR

Page 57: Revista Capital 72

uP-GRADE

Oil refineries in Nacalaand Matutuíne abortedThe financial crisis fumbled everything. The construction projects of refineries should be already in the final stage and start the works shortly. But it was all a dream. However, the prevailing hope of finding new funders. This being the case, the refineries will only be really there to 2018.

DR

DRF

or accounts that were made seven years ago, Nacala-a-Velha was now closer to becoming one of the international references for the sale of oil and its

derivatives. The dream began to be built - and everything implied that would be materialized - when, in October 2007 and by the signature of an agreement, the Government authorized the Ayr Logistic, Ltd. to construct an oil refinery in the headquarters of the village of that district in Nampula province. “Mozambique will gain not only with

regard to the exploitation of oil, but also in the training of Mozambicans on fuels,” hopeful said Energy Minister, Salvador Namburete seven years ago, when the parties have committed to move forward with the project, whose investments would be about five billion dollars and the start of operations was then foreseen for 2015.But the dream of building a refinery would not stop there. In 2008, another was planned, this time to Matutuíne, in Maputo province. This refinery would be built by Oil Moz, would cost eight billions of dollars and would be in operation

this year.But while the dream lasted the country will enter decisively in the oil sector, the international financial

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 57

Page 58: Revista Capital 72

FACTS & FIgURE

CAPACITy: 300,000 barrels / dayInvestment: $ 5 billionJob posts: 3 thousandStart of operation: 2015

CAPACITy: 350,000 barrels / dayInvestment: 8 billionJob posts: 2 thousandStart of operation: 2014

1

2

Refinery of nacala-a-velha

Refineryof Matutuíne

HIgHLIgHTS

THE ENERgy Minister Salvador Namburete also ensures that the pipe-line gas project for use in residences, public and private institutions “is going well” and that “ excavations have been made for the installa-tion of distribution pipes slightly all over the city , where the goal is, until April or May of this year, the gas starts to flow at least for indus-trial consumers such as hotels, industrial plants, hospitals, etc “Calculations of the Empresa Nacional de Hidrocarbonetos indicate that the consumption of gas is 40% cheaper than the current con-sumption patterns through cylinders.c

Domestic gas from this semeste

crisis came and fumbled everything. Today, Nacala-a-Velha and Matutuíne do not advance more. It’s a given. “Investors who were negotiating with us the implementation of the two refineries were affected by the crisis. Banks with whom they were negotiat-ing the financing came into financial difficulties and could not guarantee funding. As such, they also could not move, “lamented the Energy Minister, speaking at Capital at a time when would miss a few months for projects to initiate the their productive activity.

In search of new lenders

“We are at present trying to find other lenders, but those came out definitely.” So collapses hope that once the Min-ister Namburete and everyone had deposited in relation to the material-ization of those energy projects.In fact, to be found other funding for proj-ects, and taking into account the time necessary to realize projects of that span (five, six or seven years), only in 2018/19 is that Mozambique could reach this target.In 2010, owing to the delayed start of project construc-tion of Nacala-a-Velha and Matutuíne, the government even issued a warn-ing threatening to cancel and pull

construction licenses to the compa-nies Ayr Logistic, Oil Ltd. and Moz.z.In 2009, even before it began to be built, the refinery of Matutuíne came to be transferred to the district of Marracuene because the initial site would be located near the reserve of elephants, a fact which goes against the environmental principlesThe death of two projects took with them the expectation of employment of those who live in places where they would be deployed.c

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58 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Page 59: Revista Capital 72

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60 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

O consumo de petróleo em África aumentou 5% em 2012, contra 1% a nível global, o que deverá continuar a alimentar as altas taxas de crescimento

económico no continente, segundo o presidente do Sector da Energia da transportadora DHL, Steve Harley.África é, neste momento, a região do mundo com o maior aumento no consumo de petróleo (5%) e as previsões apontam para que este cenário se mantenha porque as economias mais rápidas estão situadas neste continente. Mesmo com este nível de crescimento

no consumo, o continente negro continua a representar uma quota ínfima na absorção do petróleo no Mundo, representado menos de 5% do total de petróleo consumido no globo, mais concretamente uma fatia percentual de 3.7%. Com uma procura média de 25.9 milhões de barris po dia, a região da Ásia e do Pacífico é a que mais petróleo consome no planeta (representando 31.1% do consumo global), seguida da região da América do Norte (que consome 26% do petróleo global) e do continente europeu, com uma quota de 23.5%. Os Estados Unidos de América são o

país que mais consome petróleo no Mundo, absorvendo uma média de 18.6 milhões de barris por dia, o que representa quase 25% do consumo global. De acordo com um estudo da transportadora DHL, a procura de petróleo em África vai continuar nos próximos 25 anos, com o aumento da produção a variar entre 500 mil e dois milhões de barris por dia, contudo fica o alerta que África vai ter de se adaptar para conseguir acompanhar não só este aumento da procura, mas também os desenvolvimentos das tendências neste sector altamente competitivo.c

Perspectiva ENERGIA

Consumo de petróleo cresce 5% em áfrica

7%

Quota de consumo de petróleo no Mundo

26%23.5% 31.1%

3.7%

8.7%8

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5.600.000

22.000.000

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100%

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Page 61: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 61

Oil consumption grows 5% in Africa

Perspective ENERGY

7%

Share of oil consumption in the World

26%23.5% 31.1%

3.7%

8.7%

5.600.000

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3.000.000

7.000.000

19.300.000

25.900.000

100%

82.800.000

Oil consumption in Africa increased by 5% in 2012, compared with 1% globally, which should continue to fuel high rates of economic growth on the continent, according

to Steve Harley, the chairman of the Energy Sector of the conveyor DHL .Africa is currently the world region with the highest increase in oil consumption (5%) and forecasts indicate that this scenario remains

because the fastest economies are situated on this continent. Even with this level of growth in consumption, the black continent continues to represent a very small share in the absorption of oil in the world, represented less than 5% of the total oil consumed in the world, more precisely a percent share of 3.7%.With an average demand of 25.9 million barrels per day the Asia-Pacific is the one which more consumes oil

on the planet (representing 31.1% of global consumption) followed by the North American region (which consumes 26% of the oil globally) and the European continent with a share of 23.5%. United States of America is the country that consumes more oil in the world, absorbing an average of 18.6 million barrels per day which represents almost 25% of global consumption.According to a study from the conveyor DHL oil demand in Africa will continue over the next 25 years, with the increase in production to range between 500 thousand and two millions barrels per day, but be warned that Africa will have to adapt not only to keep up with this increased demand but also the trends of developments in this highly competitive sector.c

Page 62: Revista Capital 72

DESTAqUE

AS RECARgAS de energia eléctrica do sistema pré-pago da EDM (Crede-lec) já podem ser adquiridas a qualquer hora, na cidade e província de Maputo, via telefone celular, através do serviço do Millennium bim para telemóveis, denominado Millennium IZI.Trata-se do primeiro canal de revenda de energia eléctrica operacio-nal, de um total de três contemplados no âmbito do projecto Credelec On-line. Os restantes dois canais (ATM e Internet) encontram-se em de-senvolvimento, prevendo-se que estejam operacionais em Fevereiro.c

Credelec da EDM disponívelno Millennium IZI

Perspectiva BANCA

Moçambique e Angolana mira do ECOBANk

O Ecobank, o banco com mais escritórios abertos nos países africanos, prepara-se agora para investir em Moçambique e Angola em 2014, segundo o seu

presidente executivo, Thierry Tanoh. “O que estamos a tentar fazer é, realmente, fortalecer a nossa rede nos países lusófonos”, explicou o presidente, numa entrevista à Bloomberg.O Ecobank, que opera em três bolsas de valores e em 35 países africanos, já possui balcões em Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, tendo apenas um escritório de re-presentação em Angola, o que deixa esse país e Moçambique como os únicos sem balcões do Ecobank até à data, sendo, portanto, os únicos paí-ses lusófonos africanos para os quais o banco pode avançar em 2014.O Ecobank planeia “continuar a ex-pansão orgânica, particularmente na África Ocidental, disse Tanoh, à mar-gem da sua participação na Associa-ção Africana das Bolsas de Valores, em Abidjan. “Precisamos de reforçar alguns dos nossos afiliados com mais recursos”, afirmou, acrescentando que “a África Oriental é uma área onde são necessá-rios mais recursos”.Em Outubro, esta instituição bancária reportou lucros de 250 milhões de dólares de Janeiro a Setembro, uma subida de 65% alcançada num con-texto de expansão dos negócios na Nigéria e no Gana.c

O banco Barclays acaba de introduzir no mercado moçambicano um serviço denominado “Barclays Móvel”, um serviço tecnológico que permite efectuar consultas

de saldos de conta, extractos e movimentos como recarregar o celular, transferir fundos para contas de outros bancos; requisitar talões de cheque e depósitos a prazo fixo, entre outras funcionalidades.O director de Canais da Banca Electró-nica do Barclays Moçambique, Stelios Papadakis, revelou que “independen-temente de como quiserem passar o dia, agora todos os moçambicanos têm

o Barclays consigo, sem fazer desloca-ções”.Para utilizar o Barclays Móvel não é necessário fazer o download nem instalar qualquer aplicação, basta ter um celular da rede Vodacom ou Mcel e ir até um dos balcões Barclays para subscrever o serviço.O Barclays Móvel é um serviço basea-do na tecnologia USSD (Serviços Su-plementares de Dados para Dispositi-vos Móveis), que permite uma rápida transmissão de informação via rede GSM, utilizando tecnologias de alta segurança. A conta Barclays Móvel só pode ser acedida se o celular estiver registado no serviço.c

62 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Clientes levam Barclays consigo sem se deslocarem

Page 63: Revista Capital 72

HIgHLIgHT

THE electrical energy pre-paid recharge system from EDM (Credelec) can now be accessed at any time, in the city and province of Maputo, through cellphones, through the Millennium BIM cellphone service, denominated Millennium IZI. It is the first operational resale channel for electrical energy, out of a total of three being contemplated for the Credelec Online. The other two channels (ATM and internet) re still in the development phase, and should be operational in February..c

Credelec by EDM is available on Millennium IZI

Perspective BANK

Mozambique and Angolain ECOBANkS sights

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 63

The Barclays Bank has just introduced a service called “Barclays Movel” into the mozambican market, a technological service that allows consultations

of bank balances, extracts, and recharging airtime on a phone, transfers to other banks; requests for checking and deposit forms with fixed dates, amongst other functions. The Director of Electronic Banking Channels of Barclays Mozambique, Stelios Papadakis, revealed that “Independently of how they wish to spend their day, now every mozam-bican can take Barclays with them, without having to move”. To use Barclays Movel, one doesn’t need to download or instal any ap-plication, just use a cellphone oper-ated by Vodacom or Mcel and go to

O Ecobank, o banco com mais escritórios abertos nos países africanos, prepara-se agora para iThe Ecobank, the bank with the most offices in african countries,

is preparing to invest in Mozambique and Angola in 2014, according to their executive president, Thierry Tanoh. “What we are trying to do, really, is strengthen our network in lusophonic countries”, explained the president, at an interview with Bloomberg

Magazine. The Ecobank, which operates in three stock markets and in 35 african coun-tries, already has branches in Cape Verde, Guine Bissau and Sao Tome and Principe, having only one rep-resentative branch in Angola, which leaves that country and Mozambique as the only ones without Ecobank branches to date, therefore, the only lusophonic countries to which the bank can expand in 2014. The Ecobank plans to “continue with organic expansion” , particularly in

Western Africa, says Tanoh, the mar-gin of its participation in the African Stock Market Association, in Abidjan. “We need to reinforce some of those affiliates with more resources”, he affirmed, adding that “Western Africa is the area where more resources are needed”. In October, this banking institution reported profits of 250 million dol-lars from January to September, a 65% increase reached through business expansion not Nigeria and Ghana.c

Clients take Barclays with them without moving

a Barclays Branch to subscribe for the service. Barclays Movel is a USSD (Unstruc-tured Supplementary Service Data) technology based service, which al-

lows rapid transmission from a GSM network, using high security tech-nology. The Barclays account can only be accessed if the cellphone is registered on the service. c

Page 64: Revista Capital 72

Perspectiva tRANSPORtES

64 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Os transportes multimodais - em que as estradas, os caminhos-de-ferro, as ligações aéreas e marítimas se integram em harmonia - podem contribuir

significativamente para o crescimento e a produtividade se as modalidades estiverem bem integradas. Contudo, não é esse o caso de África, onde a integração não é a regra. Os custos de transporte aumentam os preços dos bens africanos nuns gritantes 75%, segundo afirma o relatório da Africa Infrastructure Country Diagnostics, disponível no site do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD). “Sistemas de alfândega corruptos e restrições à entrada de produtos em novos mercados estão a bloquear o desenvolvimento do transporte multimodal”, pelo que “estes e outros

impedimentos atrasam a carga, aumentam os custos de transporte internacional e comprometem o sistema de logística de que depende o comércio global”, acrescenta o documento, que tece uma análise sobre as principais fragilidades dos portos e dos caminhos-de-ferro em África.

Custos cobrados pelos portos são 50% superiores A análise feita no documento mostra que, desde meados dos anos 90, o volume de carga que passa pelos portos africanos triplicou, e estima que o crescimento previsto continue a exigir mais investimentos, principalmente porque “a eficiência e a performance continuam bem abaixo dos padrões internacionais” e com

“tarifas tão altas que desencorajam o tráfico e aumentam os custos” do transporte. Ao que tudo indica, o problema passa também pelo tempo que os camiões têm de esperar até as mercadorias estarem disponíveis, que é superior à média internacional, e pelos custos cobrados pelos portos aos transportadores, que são 50% superiores aos praticados nos principais portos mundiais.

Linhas férreas inadequadas

No que diz respeito aos caminhos-de-ferro, o panorama é ainda mais desolador: linhas com mais de cem anos, sem manutenção, inadequadas para altas velocidades, a precisar de reabilitação ou puramente inexistentes, são algumas das características que o relatório aponta neste sector, embora destaque alguns bons exemplos, como o caso da África do Sul. “Com o declínio do tráfego, poucos caminhos-de-ferro têm a capacidade de gerar receitas que possam ser usadas para financiar os investimentos, pelo que a resposta política usual tem sido concessionar os caminhos-de-ferro, mas apesar das melhorias que daí surgiram, a concessão a privados não foi suficiente para gerar a receita suficiente para ser usada na reabilitação”, conclui o relatório.c

áfrica: Custos de Transporte encarecem produtos em 75%Os custos de transporte das mercadorias em África fazem os produtos encarecer 75%, segundo um relatório emitido pelo African Development Bank Group, salientando-se a importância de integrar as vias de comunicação de modo a aumentar o comércio global.

Page 65: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 65

Africa: Transport Costsincrease product prices by 75%The costs of transporting goods in Africa, increases prices by 75%, according to a report by the African Development Bank Group, highlighting the importance of integrating communiation routes in order to increase global commerce.

Perspective tRANSPORt

Multimode transport- in which roads, railways, airlines, and sea routes are integrated in harmony- can contribute significantly to the

growth and productivity if the means are well integrated. Overall, this is not the case in Africa, where integration is not the rule. The costs of transport increase the cost of african goods by an alarming 75%, confirms the Africa Infrastructure Country Diagnostics report, available on the African Development Bank website. “Corrupt customs systems and restric-tions for the entry of products into new markets is blocking the develop-ment of multimode transport”, which “these and other inhibitors delay cargo, increase the costs of interna-tional transport and compromise the logistics system that international commerce depends on”, adds the document, which weaves an analysis about the main weaknesses of ports and railways in Africa.

Costs charged by ports are 50% higher

An analysis of the document shows that, since the mid-1990s, the vol-ume of cargo that goes through african ports has tripled, and it is estimated that the growth will

emend more investments, especially because “the efficiency and the per-formance cntinue to be below inter-national standards” and with “such high tariffs that discourage traffic and increase the costs” of transport. Everything indicates that, the problem is also the amount of time trucks have to wait until the cargo is ready, which is higher that the international average, and the costs charged by ports to the transporters, which is 50% more than those practiced in the world’s main ports.

Inadequate railways

In respect to railways, the panorama

is even more heartbreaking: railways that over a 100 years old, without maintenance, inadequate for high speeds, needing reconstruction or purely inexistent, are some of the characteristics that the report gives to this sector, although it highlights a few goo examples, like in the case of South Africa. “With a decline in traffic, few railways have the ability to generate profits that can be used to inane investments, because the politi-cal response is usually concessioning the railways, but regardless of the improvements that resulted from this, private concession was not enough to generate enough profit for reconstruc-tion” concluded the report.c

DR

Page 66: Revista Capital 72

66 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

Esta é a promessa que fazemos aos nossos clientes, aos nossos colaboradores e às comunidades nas quais operamos.

Oferecemos uma amplitude de serviços para assessorar os nos-sos clientes, nas mais diversas áreas, para enfrentar desafios e potenciar o seu desempenho.

Local e internacionalmente, a PwC trabalha com as maiores orga-nizações mundiais e com grandes empreendedores.

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PricewaterhouseCoopers Pestana Rovuma Hotel, Centro de Escritórios, 5.º andar, Caixa Postal 796, Maputo, MoçambiqueT: (+258) 21 350400, (+258) 21 307615/20, F: (+258) 21 307621/320299, E-mail: [email protected]

FISCAlIDADE PRICEWAtERHOuSECOOPERS

As NOvAs rEgrAs dO IMPOsTO sObrEO rENdIMENTO dE PEssOAs sINgulArEsMalaika Ribeiro*

Está em discussão a proposta de re-gulamentação do regime dos Preços de Transferência em Moçambique.

É sabido que no ordenamento jurídico moçambicano a matéria dos Preços de Transferência, in-

ternacionalmente conhecida por Transfer Pricing, resume-se a apenas um artigo e encontra-se espelhada no artigo 49.º, do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRPC), aprovada pela Lei n.º 34/2007.

Esta matéria já vinha consagrada no anterior CIRPC aprovado pelo Decreto 21/2002 de 30 de Julho, no entanto, até à presente data não está a ser aplicada, possivelmente por falta de regulamenta-ção que defina a aplicação prática desta norma e as obrigações acessórias a ela associadas.

Assim, é na perspectiva de definição da sua aplicação prática que se pretende regulamentar o regime dos preços de transferência, estando em preparação o referido Regulamento.

Com o intuito de chamar a atenção dos sujeitos passivos sobre a possível entrada em vigor deste regulamento, propusemo--nos a tecer breves considerações sobre a matéria e o significado prático da sua adopção.

O Princípio dos Preços de Transferência e a razão da sua existência

O regime dos Preços de Transferência foi adoptado em muitos regimes fiscais a nível mundial e tem sido aplicado Com o novo ano entram em vigor, a 1 de Janeiro de 2014, as leis nº 19/2013 e nº 20/2013, ambas de 23 de Setembro, que alteram os códigos dos Impostos sobre o Rendimento das Pes-soas Colectivas (CIRPC) e Singulares (CIRPS). As alterações visam essencialmente ade-quar os procedimentos nacionais à prática internacional e simplificar o cumprimento

das obrigações fiscais pelos contribuintes.No presente texto apresentaremos uma

descrição sumária das principais altera-ções introduzidas, limitando a análise ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS).

Da análise comparativa à nova redação do CIRPS podemos verificar alterações significativas e inovações no que respeita (i) às regras de tributação do rendimento de trabalho dependente e do respectivo englobamento, (ii) à determinação das mais-valias e ainda em relação (iii) aos ren-dimentos sujeitos a taxas liberatórias.

Rendimento do trabalho dependenteComo grande novidade no conjunto

das medidas introduzidas, verifica-se uma alteração significativa relativamente à tributação dos rendimentos de trabalho dependente, pois conforme preconizado nas regras gerais de englobamento até aqui aplicadas, a tributação dos rendimentos das pessoas singulares incide sobre o valor global anual dos rendimentos, apurado no final do ano civil. No entanto, com as altera-ções, passam a não estar englobados para efeito de tributação os rendimentos da primeira categoria, ou seja, os rendimentos de trabalho dependente.

Assim, a retenção na fonte que incide sobre os rendimentos mensais passa a ter carácter definitivo, deixando, desta forma, de ter natureza de adiantamento do impos-to devido a final como se tem verificado até aqui, nos termos do número 3, alínea a) do artigo 26.

A ideia subjacente nesta alteração é estabelecer que os contribuintes passem a pagar mensalmente o imposto correspon-dente ao seu rendimento, com carácter definitivo, evitando situações de pagamen-tos adicionais ou de pedidos de reembolso numa fase posterior, aquando do engloba-mento e da apresentação da declaração

Page 67: Revista Capital 72

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 67

FISCAlIDADE PRICEWAtERHOuSECOOPERS

As NOvAs rEgrAs dO IMPOsTO sObrEO rENdIMENTO dE PEssOAs sINgulArEs

anual de rendimentos (modelo M/10).Em conformidade, é introduzido um

novo método e tabela para o cálculo da retenção na fonte deste tipo de rendimento, que passa a ser fixo.

Outra novidade é o facto de deixar de haver tributação por agregado familiar, pas-sando os seus membros a ser tributados de forma individual e não por agregado fami-liar, conforme o número 2 do artigo 18.

No que respeita ao trabalho dependen-te, é ainda de salientar que o subsídio de morte passa a estar isento de IRPS.

Determinação das mais- valiasNo que respeita a esta matéria, as

alterações estabelecem um aumento da base tributável em sede de mais--valias, passando a tributar quaisquer aquisições directas ou indirectas, efec-tuadas por residentes ou não residentes, determinando-se novas percentagens que incidirão sobre o saldo apurado entre as mais-valias e as menos valias realizadas no mesmo ano. No caso das alienações de participações sociais ou outros valores mobiliários, previstos no artigo 40º n.º 3 do IRPS, e sobre os quais incidia uma taxa em função do tempo de detenção da referida participação ou valor mobiliário, verifica-se um acréscimo da taxa a aplicar na seguinte ordem: 100% se detidas por 12 meses (em relação aos 75% previstos anteriormente), 85% se detidas por um período entre 12 e 24 meses (em relação aos 60% previstos anteriormente), 65% se detidas por um período entre 24 e 60 meses (em relação aos 40% previstos anteriormente) e 55% se detidas durante 60 ou mais meses (em relação aos 30% previstos anteriormente).

De salientar ainda a introdução do n.º 5 no artigo 40º do IRPS que determina que no que respeita às mais- valias obtidas por não residentes e sem estabelecimen-

to estável na alienação onerosa de partes sociais, incluindo a sua remição e amorti-zação com redução de capital e de outros valores mobiliários, o saldo é considerado na totalidade, independentemente do pe-ríodo de detenção da participação social.

Taxas liberatóriasNo que respeita às taxas liberatórias,

verifica-se uma reorganização das alíne-as do n.º 2 do artigo 57º do CIRPS relati-vamente às situações que passam a ser tributadas à taxa de 20% e à introdução em alínea autónoma dos rendimentos de títulos da dívida cotados na Bolsa de Valores de Moçambique e dos actos iso-lados. Relativamente aos rendimentos de capitais, o legislador estendeu a tributa-ção por aplicação da taxa liberatória aos rendimentos de capitais e de actos isola-dos obtidos por residentes em território nacional, situação que até agora só se verificava em relação aos não residentes.

Mantém-se a disposição legal que de-termina que estes sujeitos passivos, que no ano a que o imposto respeita apenas tenham auferido rendimentos tributa-dos pelas taxas liberatórias previstas no artigo 57º do CIRPS, não estão obrigados a apresentar a declaração anual de rendi-mentos prevista no artigo 52º do CIRPS.

Deduções relativas à situação pessoal e familiar, limites mínimos de liquidação e reembolso e mínimo não tributável

Como referido anteriormente, outra das novidades é a eliminação do sistema de entrega das declarações anuais de rendi-mentos por agregado familiar, passando cada sujeito passivo a declarar individual-mente os rendimentos próprios e de seus dependentes. Ou seja, de forma individual cada sujeito passivo estará sujeito a uma taxa de imposto específica, pois, por um lado, o estado civil dos mesmos passará

a não influenciar na forma de cálculo do imposto e, por outro lado, os dependentes serão apenas inscritos na declaração de um único sujeito passivo.

Os “limites mínimos” de liquidação e re-embolso do imposto sofreram uma actuali-zação deixando de ter o mínimo de 100,00 MT, passando a ter um mínimo de 500,00 MT, como forma de reajustar o respectivo valor à realidade económica actual do país.

O mínimo não tributável passa de 36 salários mínimos, do salário mínimo mais elevado a 31 de Dezembro do ano a que respeitem os rendimentos para o valor fixo anual de 225.000,00MT.

NOTA FINALEstas alterações deverão ainda ser

objecto de regulamentação, o que determi-nará o impacto prático das medidas intro-duzidas para os contribuintes.

No que respeita aos rendimentos de 3ª categoria haverá, certamente, um aumento da receita fiscal a partir do momento em que os não residentes passam a ser tributa-dos na íntegra pelas mais-valias obtidas.

Relativamente às alterações verificadas no Código sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, pela especial importância que tais matérias revestem, dedicaremos o

nosso próximo artigo.c

PricewaterhouseCoopers Legal PwC

Este artigo é de natureza geral e mera-mente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profis-sional adequado para um caso concreto. a pricewaterhouseCoopers legal não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de uma decisão to-mada (ou deixada de tomar) com base na informação aqui descrita.

Page 68: Revista Capital 72

tAxAtION PRICEWAtERHOuSECOOPERS

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

Esta é a promessa que fazemos aos nossos clientes, aos nossos colaboradores e às comunidades nas quais operamos.

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PricewaterhouseCoopers Pestana Rovuma Hotel, Centro de Escritórios, 5.º andar, Caixa Postal 796, Maputo, MoçambiqueT: (+258) 21 350400, (+258) 21 307615/20, F: (+258) 21 307621/320299, E-mail: [email protected]

Malaika Ribeiro*

With the new year starting, on the 1st of January 2014, laws nº 19/2013 and nº 20/2013, both from the 23rd of September, which alter the tax codes about the Income of Collective People

(CIRPC) and Individuals (CIRPS). The altera-tions are meant to make the national pro-cedures more adequate to the international practices and to simplify the fulfillment of fiscal requirements by contributors.

In the current text we will present a de-scriptive summary of the main alterations introduced, limiting the analysis to the Tax on Income of Individuals (IRPS).

The comparative analysis of the new CIRPS, significant alterations and inno-vations can be seen in respect to (i) the rules for taxation of income dependent on employment and its respective inclusion, (ii) the determination of extras and also in relation, (iii) to income subject to liberation taxes.

Income dependent on employment Como grande novidade no conjunto das

medidas introduzidas, verifica-se uma alte-ração The biggest news in the combination of the measures introduced, a significant alteration can be seen in the taxation of in-come dependent on employment, because as previously cited in the general rules of inclusions applied thus far, the taxation of income of individuals rests on the annual accumulated value of income, as is at the end of the fiscal year. Meanwhile, with the

alterations, income in the primary category is no longer included in the accumulated income being taxed, in other words income dependent on employment.

The retention by the source of monthly income will now have a definitive character, no longer having the nature of an advance-ment of the tax as a result of the end as was seen, in the terms of number 3, line a), of article 26.

The idea behind this alteration is to es-tablish that the contributors will start mak-ing monthly tax payments corresponding to their income, with a definitive character, avoiding situations of additional payments or of requests for reimbursement at a later stage, when presenting annual income declarations (model M/10).

In conformity, a new method and table for the calculation of the retention by the source for this type of income are being introduced, and will now be fixed.

Another new aspect is the fact that there will no longer be taxation of the family unit, instead its members will be taxed as individuals and not as a unit, according to number 2, article 18.

In respect to dependent employment, it should be highlighted that the death sub-sidy is exempt from the IRPS.

Determining extrasIn respect to this area, the alterations

establish an increase in the tax base of extras, taxing any direct or indirect acquisi-tions, made by residents as well as non-

68 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

ThE NEW TAx rulEs AbOuT ThE INCOME OF sINgulAr PErsONs

Page 69: Revista Capital 72

tAxAtION PRICEWAtERHOuSECOOPERS

residents, determining new percentages which will focus on the difference between extras and losses made in the same year. In the case of the alienation of shares or other non-fixed values (in relation to the previ-ously determined 60%), 65% will be retained for a period of between 24 to 60 months (in relation to the previously determined 40%) and 55% will be trained for 60 or more months (in relation to the previously deter-mined 30%).

Highlighting the introduction of number 5 article 40 of the IRPS, which determines that in respect to the extras obtained by non-residents and with a stable establish-ment in the alienation of the honorary establishment of shares, including its remission and amortization with the reduc-tion of capital and other monetary values, the difference is considered in its totality, independently of the period of detention of the shares.

Tax rates

In relation to tax rates, number 2 of article 57 of the CIRPS were re-organized, relating to the situations that are in the 20% tax bracket, and the introduction of the paragraph on the autonomy of income of the titles of debt quoted in the Mozambican Stock Exchange and isolated acts. Relative to capital income, the legislation extends the application of tax rates to capital in-come and isolated acts obtains by residents in national territory, a situation that until now only applied to non-residents.

The legal provision that determines the position of these taxpayers, maintains that in the fiscal year to which the tax relates, they can only withhold taxes as foreseen in article 57 of the CIRPS, and are not obliged to present an annual declaration of income as foreseen in article 52 of the CIRPS.

Deductions relative to individuals and families, minimum limits of liquidation and reimbursements, and the minimum nontaxable rate

As was previously stated, another in-novation is the elimination of the system of delivering annual income statements for families, with each individual declaring their own income and that of their dependents. In other words, every passive individual will be subject to a specific tax, because on the one hand, the civil status of the same will no longer influence how the tax is calculated, and on the other hand, the dependents will only be on the statement of one passive subject.

The “minimum limits” of liquidation and reimbursement of taxes suffer a change, no longer having the minimum limit of 100,00 MT, now having a minimum of 500,00MT, as a means of readjusting the respective value to the economic reality of the country.

The minimum non-taxable rate of 36 minimum wage salaries, of the highest min-imum wage on December 31st of the year in which the income was received, is now the annual fixed values of 225,000.00MT.

FINAL NOTEThese alterations are still subject to

regulation, which determines the practical impact of the measures introduced to the contributors.

In respect to the third category in-comes, there will certainly be, an increase in the tax rate from the moment that non-residents become taxed integrally for the extras obtained.

In relation to the alterations seen in the Code about Income of Collective Persons, due to the particular importance of the materials, we will dedicate our next article

to them.c

PricewaterhouseCoopers Legal PwC

this article is of a general nature and purely informative, and not intended for any particular situation or entity, and it does not replace professional

advice for a particular case. Cool pricewaterhouseCoopers shall not be

liable for any damages or loss arising from a decision made (or lack of) based on the

information herein.

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 69

ThE NEW TAx rulEs AbOuT ThE INCOME OF sINgulAr PErsONs

"As was previously stated, another innovation is the elimination of the system of delivering annual income statements for families, with each individual declaring their own income and that of their depen-dents."

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EMPREENDER

No negócio da limpeza

72 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

Ciente dos riscos, César Muianga acreditou nas oportunidades que o mer-cado oferecia em termos de serviços de limpeza, e criou a Help Multiservice. Uma

empresa que começou a operar com menos de 10 trabalhadores e hoje conta com aproximadamente 900 efectivos. O empreendedor revelou à “Capital” que o crescimento do número de colaboraores da Help “resulta das oportunidades existentes no mercado, descobertas a cada jornada”. Muianga é honesto e como tal reconhe que a Help Multiservice transformou-se em algo que não

O empresário César Muianga faz parte de um universo de empreendedores que escrevem os seus destinos e dos que o rodeiam. Decidiu criar, em 2009, uma empresa vocacionada para a prestação de serviços de limpeza, numa aventura que lhe permitiu passar a gerir 900 colaboradores e a actuar nas áreas de recolha de lixo, jardinagem e fumigação.

esperava, pelo menos em tão pouco tempo. “Na verdade, não esperava que pudessemos chegar a esta dimensão e ainda com perspectivas de crescimen-to. Mas, devo dizer que me sinto hoje mais pressionado com o trabalho, na medida em que tenho a responsabi-lidade de manter uma boa qualidade dos serviços que prestamos, refere. De 2009 a esta parte, a Help não só expandiu o número de colaborado-res, mas também o pacote de servi-ços que presta. Além da tradicional limpeza e manuntenção de edifícios e equipamentos, a empresa de César Muianga actua também na área da recolha de lixo, jardinagem e fumi-gação.

A expansãoA Help Multiservice, que começou a operar em Maputo, conta hoje com delegações em todas as capitais de província e com uma estrutura labo-ral formada por jovens interessados em dar o seu máximo. Para César Muianga, a filosofia da classe empre-sarial não deve ser a de dar emprego às pessoas, mas sim de capacitá-las para depois lhes dar trabalho. É por isso que hoje o director-geral da Help Multiservice não é o único rosto da instituição junto dos clien-tes e fornecedores, descentralizando as actividades com confiança na competência dos seus quadros. No entanto, Muianga não deixa super-visionar o trabalho que se realiza em todo o país, cumprindo, por isso, viagens regulares de monitoria e contacto com os clientes.Na segunda metade de 2013, a em-presa adquiriu novas instalações, na cidade de Maputo, como forma de ganhar independência, uma vez que as anteriores eram arrendadas. Apesar de ter reabilitado as infraes-truturas que albergam o staff ligado ao back office da instituição, César Muianga não esconde o desejo de vir a construir um edifício mais robusto, como forma de proporcionar maior comodidade aos seus colaboradores. E este é um dos objectivos de um empreendedor que acredita piamen-te que a diferença do sucesso reside na qualidade.c

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ENtREPENEuR

In the businessof cleaning

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 73

The entrepreneur Cesar Muianga is part of a universe of entrepreneurs that wrote their own destiny and that of those that surround them. He decided to create, in 2009, a company designed to provide cleaning services, in an adventure that allowed him to manage 900 employees and operate in trash collection, gardening, and fumigation.

Aware of the risks, Cesar Muianga, believed in the opportunities the market offered in terms of cleaning services, and created Help Multiservice. A company that

began by operating with less than 10 workers and today he has almost 900 employees. The entrepreneur revealed to “Capi-tal” that the growth in the number of employees at Help “is a result of the opportunities that exist in the market, discovered with each journey.”Muianga is honest, and recognizes that Help Multiservice has trans-formed itself into something that he didn’t expect, at least not in such a small period of time. “In reality, I didn’t think that we could get this big and still have room for growth. But, I should say that today I feel more pres-sured with work, because I have the responsibility of maintaining good quality in the services we provide” he says. From 2009 to today, Help has not only expanded in the number of employees, but also the package of services they offer. More than just traditional ceasing and maintenance, Cesar Muianga’s company also does trash collection, gardening, and fu-migation.

ExpansionHelp Multiservice, which began op-eration in Maputo, counts today with teams in every provincial capital and with a labor force made up of young people interested in giving their all. For Cesar Muianga, the working class philosophy shouldn’t be to employ people, but to train them in order to employ them. That’s why today the General Direc-tor of Help Multiservice is not the only face of the institution to clients and suppliers, decentralizing activi-ties with confidence in the compe-tence of his subordinates. In the

meantime Muianga has not stopped supervising the work that is done all over the country, as a resulting mak-ing regular trips to monitor and meet clients. In the second half of 2013, the com-pany acquired new installations, in Maputo, in order to gain indepen-dence, as the previous installations were rented. Regardless of the in-

frastructure changes that reach the staff that works in the back office of the institution, Cesar Muianga does not hide the desire to build a more robust buildng, in order to better accommodate his employees. And this is one of the objectives of an entrepreneur that believes whole-heartedly that success resides in quality.c

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EStIlO DE VIDA

76 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

EStIlO DE VIDA

76 FEVEREIRO 2014 · Capital Magazine

‘Mary’ é o nome duma loja de roupa, sita no Kaya Kwanga, que o ensina a vestir de acordo com a moda e a ocasião.

Uma das preocupações legítimas da sua proprietária, Maria do Sameiro (ou Mary), passa sobretudo por pres-tar um serviço altamente personali-zado. Quem chega, é recebido antes de mais pelo seu franco sorriso e intensa cordialidade.Depois de partido o gelo com uma boa chávena de chá ou café, o clien-te fica a saber que poderá contar,

desde logo, com o seu profissionalis-mo e dedicação. Estar nas suas mãos é como ter a sua atenção em exclusi-vo, daí que a mesma prefira trabalhar por marcação. E acredite que na sua lista há quem prefira ser atendido reservando o benefício da hora.Além de escolher as suas colecções de acordo com a moda mais recente que se pratica na Europa - sobretudo em países como a Itália, França e Portugal, Maria do Sameiro não des-cura as tendências da moda africana. Aliás, para as senhoras que, no âmbi-to das suas ‘obrigações’ sociais, fre-

Requinte a toda a prova

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Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 77

Bolos especializados feitos a ordemChefe Pasteleiro - RuiContacto: 845033997

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Requinte a toda a provaquentam festas, lançamentos, galas, casamentos, entre outras efemérides e comemorações não menos impor-tantes, fica aqui a dica da existência de tailleurs de requinte para todas as idades e tamanhos.Mas a sua loja não apresenta apenas fatos e tailleurs em seda, linho e ma-lha… Se procura uns sapatos, cintos, malas e carteiras, também os poderá encontrar ali, revestidos com peles e demais materiais de qualidade. E se a meio de uma escolha se sentir

na dúvida, deixe que Mary desempe-nhe o seu papel e lhe dê uma suges-tão sobre o tecido, cor e formato da roupa que melhor irá projectar a sua imagem. É nisso que ela mais se dis-tingue: na consultoria de imagem.Bottom line: Requinte, qualidade e personalização serão seus por di-reito na loja da Mary! Não perca a oportunidade de se vestir a preceito para o Dia dos Namorados… Já para não falar no resto dos dias deste novo ano.

"Além de escolher as suas colecções de acordo com a moda mais recente que se pratica na Europa - sobretudo em países como a Itália, França e Portugal, Maria do Sameiro não descu-ra as tendências da moda africana."

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‘Mary’ is the name of a clothing shop, at Kaya Kwanga, that teaches you how to dress accor-ding with fashion and

ocasion.One of the legitimate concerns of its owner, Maria Sameiro (or Mary), is mainly for providing a highly cus-

tomised service. Arrivals, is received primarily by his frank smile and in-tense cordiality.After the ice broken with a good cup of tea or coffee, the customer gets to know that they can count from the outset with her professionalism and dedication.Be in your hands is like having your attention exclusively, so

Refinement to the whole evidence

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"Besides choosing their collections ac-cording to the latest fashion that is prac-ticed in Europe - par-ticularly in countries like Italy, France and Portugal, Maria Sameiro does not neglect the African fashion trends."

Capital Magazine · FEVEREIRO 2014 81

Refinement to the whole evidence

that she prefers to work by appoint-ment. And believe in your list there are those who prefer to be served by reserving the benefit of time.Besides choosing their collections according to the latest fashion that is practiced in Europe - particularly in countries like Italy, France and Portugal, Maria Sameiro does not

neglect the African fashion trends. In fact, for the ladies who, within their social ‘obligations’, frequent parties, launches, galas, weddings, anniversa-ries and other celebrations not least, here is the hint of the existence of tailleurs of refinement for all ages and sizes .But her shop not only presents suits and tailleurs in silk, linen and mesh ... If you are looking some shoes, belts, bags and wallets, also you can find there, covered with skins and other quality materials.And if the middle of a choice feel in doubt, let Mary plays its part and give you a hint over the tissue, color and shape of cloth-ing that will better project its image. This is what distinguishes her most: in image consulting.Bottom line: Re-finement, quality and customization are yours by right in Mary store! Do not miss the opportunity to dress in precept for Valentine’s Day ... Not to mention the rest of the days of this new year.

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ights Reserved.

Um melhor ambiente de trabalho começa consigo.

Todos os dias, todos os colaboradores da EY contribuem para a construção de um melhor ambiente de trabalho - para as nossas pessoas, os nossos clientes e a nossa comunidade.

ey.com/betterworkingworld

@EY_Africa

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