edição 72 - revista de agronegócios

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1 AGO 2012

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Edição 72 - Revista de Agronegócios

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EVENTOS

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Manejo da Irrigaçãocom TensiômetroArtigo dos profi ssionais da Bolsa Irriga, de Franca/SP, com os pro-cedimentos necessários para de-tectar a necessidade de irrigação para o cafeeiro, a partir da utiliza-ção de tensiômetros.

Regional CATI-Francapremia AgricultoresDia do Agricultor premia agri-cultores de 13 municípios da Regional Franca da CATI. Em Franca, a Câmara Municipal pre-mia dois agricultores escolhidos pelo CMDRural.

A qualidade do leite temmelhorado ultimamente?Artigo de Laerte Cassoli, da Clínica do Leite (Esalq/USP) analisa a qualidade do leite produzido no Bra-sil após a implantação da Instrução Normativa 51 em 40 mil fazendas, com coletas mensais.

Poda do cafeeiro Conilon preparando a próxima safraArtigo da Embrapa orienta os cafeicultores de café Conillon so-bre quais os procedimentos mais recomendados para as podas de produção, após o período de colheita.

Nutrição na Florada do Cafeeiro

O Gestor Agronômico do Gru-po Bio Soja, Engº Agrº Renato Passos Brandão publica a tercei-ra parte do seu artigo sobre NU-TRIÇÃO DO CAFEEIRO. Nesta edição, ênfase para a Nutrição na Florada do Cafeeiro, com orien-tações sobre a adubação antes da fl orada, as adubações foliares e as adubações pós-fl orada. O pesquisador detalha, ainda, to-das as fases da fl orada no cafee-iro, fazendo com que o cafeicultor analise cada etapa.

Concursos de Qualidade de CaféE A 4ª EXPOVERDE EM FRANCA (SP)

Sistemas Silvipastoris: árvores e pastagensArtigo extraído do Anais da ZOO-TEC, que será dividido em três partes. Nesta primeira parte, ên-fase para os conceitos de Agro-fl orestas e o estabelecimento de sistemas silvipastoris.

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Em meio à fi nalização da colheita de café em grande parte das regiões produtoras do país, des-

tacamos a realização do 1º Con-curso de Qualidade de Café de Santo Antônio da Alegria (SP), organizado pela APRONA - As-sociação dos Produtores Rurais do Norte Alegriense, realizado neste mês de agosto. Os cafei-cultores Antonio Maia e Divino Maia venceram na categoria “Lote” e Arlindo da Silveira ven-ceu na categoria “Microlote”. Ambos participarão do Concurso Estadual de Qualidade de Café de São Paulo.

Ressaltamos, também, a realização do 10º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mo-giana, edição Dr. Celso Vegro, or-ganizado pela AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogia-na, que incorpora os concursos de Altinópolis (SP) e de Pedregulho (SP), e que será realizado em 20 e 22 de setembro próximo.

O destaque da edição na cafeicultura fi ca por conta da ter-ceira parte do artigo do Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, Renato Passos Brandão, que en-foca a “Nutrição na Florada do

Cafeeiro”.Na condução da lavoura

do cafeeiro Conilon, artigo da Embrapa orienta sobre os pro-cedimentos de poda de produção após a fi nalização do período de colheita.

Em dois artigos sobre ir-rigação, publicamos orientações sobre a importância do manejo através do uso de tensiômetros, bem como a irrigação em pasta-gens.

Na atividade leiteira, o pes-quisador da Esalq/USP, Laerte Cassoli, aborda o tema qualidade do leite. Será que mesmo após as orientações sobre a IN-51 me-lhorou a qualidade do leite?

A realização da 4ª EX-POVERDE merece destaque por conta das ofertas de máquinas e implementos que acontecerão durante o evento, bem como a realização de três seminários: o 6º Seminário de Agricultura Orgânica; o 2º Workshop de Ca-feicultura da Alta Mogiana; e o 3º Seminário de Meliponicultura.

A Revista Attalea Agrone-gócios estará presente com es-tande próprio e será Mídia Ofi -cial do evento.

Boa leitura a todos.

EDITORIAL

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Parque Fernando Costa sediaráEM SETEMBRO A 4ª EXPOVERDE

Com grande expectativa, a Comissão Or-ganizadora da 4ª EXPOVERDE - Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas, In-sumos, Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas

Nativas, Plantas Ornamentais, Plantas Medicinais e Agricultura Orgânica de Franca e Região já iniciou os preparativos para o evento, que acontecerá de 20 a 23 de setembro, no Parque de Exposições “Fer-nando Costa”, em Franca (SP).

A realização é da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim, com o apoio da Prefeitura de Franca, através da Secretaria Municipal de De-senvolvimento, do SENAR-SP, através do Sindi-cato Rural de Franca; do SEBRAE-SP, através do Escritório Regional de Franca; do Banco do Brasil; e do Clube do Automóvel Antigo de Franca. A Re-vista Attalea Agronegócios fi rmou parceria como a Mídia Ofi cial do evento, da mesma forma que a empresa Toninho Butina será a Montadora Ofi cial.

“Buscamos, com este evento, fi rmar a EX-POVERDE como a principal feira de negócios da Alta Mogiana no segundo semestre, envolvendo atividades e negócios nas áreas agrícolas e de paisa-gismo”, explica Claudionor Euripedes da Silva, presidente da Associação do Bom Jardim.

A feira conta com vários estandes de empresas de produtos e serviços relacionados à agricultura (cultivo de grãos, mudas frutíferas, sementes de hortaliças, irrigação, agricultura orgânica, plantas medicinais, insumos, máquinas e implementos agrí-colas) e também o paisagismo (mudas de orquídeas, fl ores e demais plantas ornamentais, gramas, mudas de plantas nativas, pedras, decoração, jardinagem, madeira, gramas, etc.).

Reunidas em um único espaço, as empresas que trabalham nestas áreas terão a oportunidade de mostrar produtos e serviços, atraindo um número maior de visitantes, bem como comprovar a importância econômica destas atividades na economia local, respon-sáveis pela geração de riquezas e geração de empregos.

O Banco do Brasil estará presente no evento, favorecendo a efe-tivação de negócios entre empresas e produtores rurais. De acordo com Nivan Ferreira Borges, gerente geral da Agência Franca, serão ofertadas várias linhas de crédito para a aquisição de máquinas e im-plementos agrícolas.

EMPRESAS CONFIRMADASPara este ano são mais de 60 espaços comerciais dos quais 65%

já foram comercializado. “As empresas anteciparam a reserva dos es-tandes, o que nos agrada muito, pois facilita a organização dos espa-ços e a divulgação”, disse Claudionor.

Trator Yanmar-Agritech, no estande da SAMI MÁQUINAS, pre-sente mais uma vez na EXPOVERDE.

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EVENTOSComo destaques principais, confi rmaram participação,

com estandes próprios, duas grandes empresas na área de paisagismo: a Sapucaia (Franca/SP) e a Multiverde (Batatais/SP); também duas revendas agropecuárias de Franca/SP: a Casa das Sementes e a Casa do Café; além da APOFRAN - Associação dos Produtores Orgânicos de Franca e Região; a MCT - Consultores (Campinas/SP); a AgroOceânica (Campinas/SP); a Irrigare (Franca/SP), empresa especiali-zada em irrigação; a Pioneer (Franca/SP), multinacional do setor de grãos, principalmente milho e soja; a Sami Máqui-nas, concessionária Yanmar-Agritech (Franca/SP); a OIMA-SA, consessionária Massey Ferguson (Franca/SP); o Paraíso dos Tratores, revendedor Green Horse (São Sebastião do Paraíso/MG); a Vemafre e a Automec, revendas Chevrolet (Franca/SP); a Viasol Aquecedor Solar (Franca/SP); a Luana Motos (Franca/SP), dentre várias outras empresas.

Na área Ambiental, muitas ações e estandes estão sendo programados pela Secretaria Municipal de Serviços e Meio Ambiente para comemorar o Dia da Árvore. “Convidamos toda a comunidade francana a visitar a 4ª EXPOVERDE, em especial os estandes da Trilha da Vida, do Jardim Zoobotâni-co e das entidades ambientais parceiras, como a Polícia Am-biental e a Cetesb”, disse Ismar.

NEGÓCIOSNo ano passado, a EXPOVERDE contabilizou R$ 1,75

milhão em negócios gerados durante o evento. E a agricul-tura foi o setor com maior destaque, principalmente com as empresas de máquinas e implementos e também irrigação. “Aos poucos, a feira vai se tornando referência regional, dando oportunidade para os agricultores de toda a região e também de Minas Gerais conhecerem e adquirirem máqui-nas, implementos, equipamentos, insumos e diversos outros serviços voltados à produção agrícola”, afi rma Carlos Aran-tes Corrêa, Secretário Municipal de Desenvolvimento e di-retor da Revista Attalea Agronegócios.

O horário de funcionamento da 4ª EXPOVERDE será das 9 às 18 horas, com entrada gratuita. A Revista Attalea Agronegócios é parceira do evento desde a sua criação e

manterá um estande próprio durante os quatro dias.

CURSOS e PALESTRASAlém da feira comercial, o produtor rural ou o visi-

tante comum poderá ainda participar de várias palestras téc-nicas e cursos programados para o período da feira.

Em parceria com o Sindicato Rural de Franca, será re-alizado o “Curso de Cultivo de Orquídeas”, com profi ssional do SENAR-SP.

Já em parceria com o Círculo de Orquídófi los de Franca, serão realizados quatro cursos Básicos de Cultivo de Orquídeas, proferido pelo especialista Jânio Miras Henrique, chefe do Orquidário Municipal “Iaiá Jacintho”.

Com o apoio da CATI através do EDR-Franca, também está programada a realização de uma palestra sobre PPAIS - Compra de Alimentos da Agricultura Familiar.

AGRICULTURA ORGÂNICAO 6º Seminário de Agricultura Orgânica tem como

realizadores o SEBRAE-SP e a APOFRAN - Associação dos Produtores Orgânicos de Franca e Região e acontecerá no

Os cafeicultores terão várias opções e modelos de equipamentos para todas as operações que a cultura exige.

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durante todo o dia 20 de setembro, no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”, no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa”. Os temas das pa-lestras ainda estão sendo defi nidos, mas os organizadores informam que pretendem abordar a importância dos alimentos orgânicos na alimentação e para a saúde.

Além das palestras, os interessa-dos em Agricultura Orgânica poderão conhecer e adquirir produtos e ali-mentos orgânicos nos vários estandes já confi rmados na feira. Entre eles, a feirinha da APOFRAN e a AGRO OCEÂNICA.

CAFÉJá o 2º Workshop de Cafei-

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EVENTOS

Cafeicultura da Alta Mogiana acontecerá no dia 21 de setem-bro, sexta-feira, no mesmo local e contará com três palestras. Um tema ainda não fi cou defi nido.

Uma das palestras será do Dr. Alysson Fagundes, en-genheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé des-de 2006. O tema a ser abordado será “Nutrição Equilibrada do Cafeeiro”.

A terceira palestra será do Engº Agrº Roberto Maega-wa, profi ssional da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicul-tores e Agropecuaristas e um dos responsáveis técnicos pelas pesquisas na Fundação Experimental do Café Alta Mogiana, entidade criada pela parceria entre COCAPEC, Prefeitura de Franca, Sindicato Rural de Franca, COONAI e Credicocapec, com o objetivo de pesquisar cafeeiras na Alta Mogiana.

MELIPONICULTURAOs amantes da criação de abelhas terão a oportunidade

de maiores conhecimentos durante o 3º Seminário de Meli-ponicultura (criação de abelhas sem-ferrão), que acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”.

Mesmo sem ter fechado o quadro de palestrantes, os or-ganizadores confi rmaram a abertura do seminário com a pa-lestra do Prof. Ayrton Vollet (USP-Ribeirão Preto/SP), abor-dando o tema “Biologia das Abelhas Sem-Ferrão e o porquê Criá-las”. Logo a seguir, o Dr. Ricardo Camargo (Embrapa Meio Ambiente-Jaguariúna/SP), abordando o tema “Carac-terísticas e Processamento de Mel de Abelhas Sem-Ferrão”. No período da tarde teremos o Prof. Jerônimo Villas Boas (Coordenador de Estudos Ambientais na Paraíba), abordan-do o tema “Meliponário Massapê - Um Exemplo de Sucesso”. Encerrando o dia com a palestra do Dr. Osmar Malaspina (UNESP-Rio Claro/SP), abordando o tema “Agrotóxicos e Pesticidas - Risco para Nossa Abelhas”.

No dia 21 de setembro estão confi rmadas apenas as pa-lestras do Prof. Ayrton Vollet, abordando o tema “Resgate de Abelhas Nativas em Projetos de Alto Impacto Ambien-tal”. A seguir, fechando o seminário, palestra do Dr. Ricardo Camargo, abordando o tema “Profi ssionalização da Meli-

ponicultura”.O biólogo Célio Augusto Pereira Rodrigues acrescenta,

ainda, que os visitantes da 4ª EXPOVERDE poderão con-ferir, no local, a instalação de um meliponário. “Pretende-mos ensinar os interessados como proceder para montar o seu Meliponário, mostrando a disposição das caixas, quais os modelos de caixas e ainda as espécies mais apropriadas de abelhas sem-ferrão para iniciar o criatório”, explicou Célio.

BRINDESMais uma vez, a Comissão Organizadora programou

vários sorteios de prêmios para os produtores rurais e os visi-tantes que se cadastrarem. Para o acesso à feira, o credencia-mento será obrigatório. Muito simples e rápido.

Para os produtores rurais, a Comissão Organizadora programou o sorteio de uma Roçadeira. Enquanto que para os visitantes, os brindes estão sendo recolhidos junto às em-presas expositoras. O sorteio acontecerá no domingo dia 23 de setembro, no período da tarde.

No ano passado, o agricultor Marcial de Souza Stefani, cafeicultor do sítio Retiro, zona rural de Ribeirão Corrente (SP), foi o ganhador de uma Carreta Agrícola Acton. “Para este ano, estudamos aumentar o valor do prêmio, mas de-pendemos dos patrocinadores.

CARROS ANTIGOSOutra excelente atração para o público visitante será o

14º Encontro de Automóveis Antigos de Franca, organiza-do pelo Clube do Automóvel Antigo de Franca, do diretor Gil Biasoli, que ocorrerá concomitantemente com a 4ª EX-POVERDE. São aguardados expositores de mais de 35 mu-nicípios brasileiros.

Os amantes de fl ores, orquídeas e plantas ornamentais terão, mais uma vez, a oportunidade de adquirir seus vasos, a preços competitivos.

Camionete antiga que estará em exposição na 4ª EXPOVERDE, em que além da carroceria, parte da cabine é de madeira.

POVERDE. São aguardados expositores de mais de 35 mu-A

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EM TEMPO4ª EXPOVERDE - Parque de Exposições “Fernando Costa”

Av. Dr. Flávio Rocha, 500, Vila Exposição, Franca (SP).Telefone (16) 9156-9636, com Marcos.

www.franca.sp.gov.br/expoverde / Email: [email protected]

14º ENCONTRO DE AUTOMÓVEIS ANTIGOS DE FRANCAEmail: [email protected]

Telefone (16) 3724-3813, com Gil Biasoli

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do FEAP - Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, ór-gao responsável pela execução do Programa.

Os agricultores paulistas que se enquadram dentro do perfi l FEAP [ isto é, aqueles com renda agropecuária anual de até R$ 600 mil ], que deve representar no mínimo 80% de sua renda bruta anual - pequenos e médios produtores.

Os interessados em participar devem procurar a Casa da Agricultura do município ou por meio dos escritórios re-gionais da CATI, para orientações na elaboração do projeto e organização do pedido.

A CATI encaminhará o projeto, juntamente com a Declaração de Aptidão do FEAP (DAF), à agência do Banco do Brasil do seu município/região para análise de crédito. Aprovado o fi nanciamento pelo banco, procure a revenda responsável pelo orçamento, para providenciar emissão da nota fi scal. De posse da nota fi scal, o Banco do Brasil, após o registro do instrumento de crédito em cartório, autorizará o pagamento à revenda do implemento agropecuário, para que, na sequência, seja feita a sua entrega.

Oimasa e Banco do Brasil de Nuporanga (SP) assinam1º CONTRATO DO PROGRAMA PRÓ-IMPLEMENTOS EM SP

MÁQUINAS

O primeiro contrato do Programa “Pró-Implemen-tos” no estado de São Paulo foi assinado no início do mês de agosto na agência do Banco do Bra-sil, em Nuporanga (SP). Os agricultores Moacir

Vanderlei Bocalon e a esposa Ivete Aparecida Piazza Bo-calon adquiriram implementos agrícolas da concessionária OIMASA Orlândia Implementos e Máquinas Agrícolas S/A.

O Programa “Pró-Implementos” foi criado em maio deste ano pelo governador Geraldo Alckmin, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). O programa é inédito no país, onde o produtor rural pode fi nanciar implementos ag-ropecuários com juros zero, subsidiados pelo Estado.

Os implementos devem ser novos, não havendo limite do número adquirido, desde que o valor máximo fi nanciado não ultrapasse R$ 150 mil. O fi nanciamento pode ser pago em até seis anos com carência de até três anos.

O programa é desenvolvido pela Secretaria da Agricul-tura e Abastecimento e o Banco do Brasil, agente fi nanceiro

Os agricultores Moacir Bocalon e Ivete Piazza assinam contrato.

o pagamento à revenda do implemento agropecuário, para A

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• Programa CONSERVADOR DE ÁGUAS, com o replantio de to-das as APPs de todas as propriedades cadastradas no município;• Programa POLICIAMENTO COMUNITÁRIO RURAL, com a implantação de GPS, rádios e mapeamento das estradas rurais;• Criação da FEIRA REGIONAL DO CAFÉ.• E mais: www.alexandre45.com.br

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EVENTOS

Sindicato Rural de Uberlândia defineDATA DA FEMEC 2013

A segunda edição da FEMEC - Feira de Negócios que reunirá as principais marcas do setor agro-pecuário em Uberlândia (MG), acontecerá de 19 a 22 de março de 2013, no Parque de Exposições

do Camaru. A data do evento foi anunciada pela diretoria do Sindicato Rural, no início de agosto.

Os organizadores da FEMEC 2013 realizaram a pri-meira reunião com revendedores, empresários, represen-tantes da indústria e de instituições parceiras para iniciar a formatação do projeto que será conduzido de maneira coo-perada. O objetivo é atender aos anseios de todos os envolvi-dos no processo. Este ano, a data de lançamento ofi cial da FEMEC será antecipada para que os fabricantes possam se programar previamente e garantir seu espaço no parque e obter sucesso no evento.

De acordo com o coordenador João Semenzini, o po-tencial do mercado será ainda mais explorado desta vez com a inclusão de outros segmentos do agronegócio na feira. Segundo ele, a intenção é expandir a FEMEC para o setor pecuário. “A cadeia produtiva do leite é um bom campo para ser prospectado e agregar valor ao evento”, afi rmou.

Em 2012 a FEMEC reuniu importantes nomes do mercado brasileiro de máquinas e implementos agrícolas, insumos, sementes, fertilizantes, ferramentas, bombas e mo-tores, veículos utilitários, náutica e equipamentos em geral para agricultura de pequeno, médio e grande porte. A movi-mentação fi nanceira da FEMEC neste ano ultrapassou R$ 70 milhões. Informações sobre reservas de espaço pelos tele-fones (34) 3292 8840 (34) 3292 8840 | 3292 8833. A

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DESTAQUE

A CBI Madeiras, empresa com unidades em Franca, Capelinha (MG) e João Pinheiro (MG), conquis-tou um certifi cado inédito no país, o selo Quali-trat; concedido pela ABPM (Associação Brasileira

dos Produtores de Madeira Tratada)para empresas que segu-em padrões de origem, qualidade e legalidade na produção de madeira refl orestamento tratada. A cerimônia de entrega do certifi cado foi realizada no dia 24 de julho, na sede do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em São Paulo (SP).

A empresa está há mais de 30 anos no mercado, in-vestindo em refl orestamento, produção, tratamento e co-mercialização de madeiras para as mais diversas fi nalidades.

Para o presidente da CBI Madeiras, Paulo Maciel, o Qualitrat irá agregar valor a produção e garantir aos con-sumidores a qualidade do produto. “Muitas empresas per-guntam sobre a origem da madeira, processo do tratamento ou se há certifi cação. Este selo antecipa e responde essas dúvidas. Vivemos até aqui sem o Qualitrat, mas será difícil, a partir de agora, crescer e se fi xar no mercado sem esta fan-tástica e real diferenciação”, afi rma.

CBI Madeiras conquista SELO DE QUALIDADE QUALITRAT

Paulo acredita que este certifi cado é uma das medidas mais importantes já desenvolvidas pelo setor. “Criar espon-taneamente um programa como este mostra a maturidade, seriedade e confi ança das usinas afi liadas à ABPM. O Quali-trat garantirá ao consumidor que ele está adquirindo produ-tos de uma empresa que opera de acordo com princípios de qualidade e legalidade”, comenta Maciel.

Para conquistar o selo, a CBI Madeiras teve que com-provar sua atuação em cinco categorias: Habilitação e Ido-neidade Jurídica; Gestão da qualidade nos processos; Gestão Ambiental; Regularidade Social, Trabalhista e Gestão de Saúde e Segurança; Ética e Responsabilidade Social.

O programa de autorregulamentação foi criado pela ABPM, em parceria com o IPT, responsável pelo processo de auditoria e o Instituto Totum, uma das entidades mais conceituadas na área.

Paulo Maciel e a diretora da CBI Madeiras, Rita Mutton Maciel

• Pequeno Cafeicultor na região do Bom Jardim;• Fundador da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim;• Um dos responsáveis pelo asfaltamento da Vicinal Nelson Nogueira (que liga Franca a Ribeirão Corrente);• Funcionário Público há 12 anos no Parque “Fernando Costa”.

FRANCA (SP)

Celina Almeida (Instituto Totum), Flavio Geraldo (Presidente da ABPM), Paulo Maciel (presidente CBI Madeiras), e Ligia Ferrari (IPT) durante a cerimônia de entrega do selo

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LEITE

Uma pergunga simples: A qualidade doLEITE TEM MELHORADO NOS ÚLTIMOS ANOS?

Laerte Dagher Cassoli 1

Nesse artigo iremos tentar responder a uma per-gunta que frequentemente é feita a nossa equipe da Clínica do Leite: “Mas e ai? A qualidade me-lhorou ou não nos últimos anos?”. Aparentemente

trata-se de uma pergunta simples que poderia ser respon-dida sem mais delongas. No entanto, a sua resposta necessita de uma análise intensa e cuidadosa sobre o banco de dados de resultados de análise. Ao longo destes últimos 2 meses, fi zemos um estudo, o qual iremos apresentar neste artigo para que possamos responder de forma técnica e científi ca se a qualidade melhorou ou não ao longo dos últimos anos.

O banco de dados da Clínica do Leite - ESALQ/USP - A Clínica do Leite monitora leite de cerca de 366 indústrias localizadas principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, mas também em Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia. O programa de monitoramento iniciou-se em 2002/03 e intensifi cou-se após 2005 com a IN-51. No início eram menos de 15 indústrias com cerca de 2.000 produtores monitorados. Este número foi aumentando a cada ano e em junho de 2012, atingimos cerca de 40.000 fazendas com pelo menos uma análise mensal.

Variáveis de avaliação da qualidade do leite e seleção de produtores - Para este estudo, utilizamos duas variáveis de avaliação da qualidade do leite, a contagem bacteriana to-tal (CBT) e a contagem de células somáticas (CCS). Foi con-siderado o período de 2007 a 2012 (até junho 2012), e para cada produtor selecionado, foi calculada a média geométrica anual para CCS e CBT.

Em relação aos produtores selecionados,temos que des-tacar aqui qual foi o critério utilizado tendo como objetivo responder a pergunta inicial “A qualidade do leite melhorou nos últimos anos ?”. Para responder a esta pergunta temos que analisar sempre a mesma população de produtores du-

rante os anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012. Portanto, se-lecionamos somente produtores que tiveram análise durante os 5 anos consecutivos. Assim poderemos analisar se de fato houve alteração na qualidade do leite.

Além disso, incluimos nesta avaliação o fator “Pro-grama de valorização por qualidade (PVQ)”, ou seja, divi-dimos os produtores em dois grupos: Grupo A (produtores cujas indústrias compradoras remuneram por qualidade - PVQ) e Grupo B (produtores cujas indústrias compradoras não remuneram por qualidade - SPVQ). Com esta análise poderemos verifi car se os produtores com PVQ apresenta-ram uma melhoria da qualidade mais intensa que os demais.

Resultados Observados - Na Tabela 1, são apresentados o número de produtores que tiveram resultados de análise durante os 5 anos (2008, 2009, 2010, 2011 e 2012), tanto para CCS quanto para CBT. Como podem observar trata-se de um número signifi cativo de produtores, quase 10 mil, acompa-nhados durante os 5 anos. Como o ano de 2012 ainda não se encerrou, iremos considerar apenas até o ano de 2011 para fazermos as nossas considerações.

Para cada ano e grupo, distribuimos os produtores de acordo com determinadas faixas (classes) de CCS e CBT. Do ponto de vista analítico, a distribuição dos produtores por faixas é a melhor maneira de se caraterizar a população es-tudada.

No Gráfi co 1, apresentamos esta distribuição para CBT de produtores não submetidos a programa de valorização da qualidade (SPVQ). Podemos notar que a % de produtores com CBT acima de 600 mil UFC/mL diminui signifi cati-vamente de 49% em 2008 para 33% em 2011 (redução de

Tabela 1 - Número de produres monitorados continuamente du-rante 5 anos.

Gráfi co 1 - Distribuição de 5.149 produtores sem PVQ, em função da CBT, durante o período de 2008 a 2012.

1 - Eng. Agrônomo pela USP (2000), mestrado em Ciência Animal e Pasta-gens pela USP (2005) e doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela USP (2010). Atualmente, é pesquisador da Clínica do Leite, do departamento de Zootecnia da ESALQ/USP, onde desenvolve pesquisas nas áreas de Bovino-cultura Leiteira, Produção e Qualidade do Leite. Departamento de Zootecnia. Piracicaba, SP - Caixa-postal: 09. Telefone: (19) 3429-4278. www.clinicad-oleite.com.br.

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MUNDO PET

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LEITE

32%). Se considerarmos o limite de 100 mil, tinhamos 15% de produtores “conformes” em 2008 sendo que em 2011 esta proporção subiu para 23% (aumento de 50%). Fica evidente portanto a melhoria na CBT ao longo dos 5 anos, mesmo para produtores que não estavam submetidos a um PVQ.

Já no Gráfi co 2, temos a mesma distribuição para produtores que estavam submetidos a um PVQ.

Considerando limite de 600 mil UFC/mL, tínhamos uma porcentagem de 17% dos produtores em 2008, con-tra apenas 8% em 2011 (redução de 52%). Por outro lado, considerando o limite de 100 mil UFC/mL, em 2008 tínha-mos 53% dos produtores “conformes”, contra 65% em 2011 (aumento de 30%). Assim como os produtores sem PVQ (SPVQ), produtores submetidos a PVQ apresentaram uma melhora signifi cativa na qualidade do leite quanto a CBT.

A velocidade com que ocorreu esta melhoria pode ser questionável, visto que estamos falando de 5 anos e de uma

variável (CBT) que tecnicamente é uma das mais fáceis de serem trabalhadas.

Vale ainda ressaltar aqui a diferença que existe entre produtores submetidos ou não a programas de valorização da qualidade. Observem que abaixo de 100 mil UFC/mL (limite que será adotado em 2016), quase 70% dos produtores que recebem por qualidade, já estariam conforme, contra apenas 23% dos que não recebem por qualidade.

E quanto a CCS? Será que também estamos observando uma melhoria signifi cativa? No Gráfi co 3 é apresentada a dis-tribuição dos produtores não submetidos a um PVQ (SPVQ).

Diferentemente da CBT, a % de produtores acima do limite de 600 mil cels/mL não se alterou e inclusive sofreu aumento de 21% em 2008 para 26% em 2011. Se conside-rarmos o limite de 400 mil cels/mL (que passará a valer em 2016), tinhamos 55% dos produtores “conformes” em 2008 e 50% em 2011. Através destes resultados, podemos concluir que a qualidade do leite não melhorou quanto a CCS, em produtores que não recebem por qualidade (PVQ). Mas e os que recebem por qualidade? Será que melhoraram a CCS visto que foram incentivados fi nanceiramente para isso ?

Como podemos observar no Gráfi co 4, também não houve qualquer tipo de melhora na qualidade do leite quan-to a CCS, mesmo nos produtores que foram “incentivados”.

Da mesma forma, diferentemente da CBT, para CCS não existe diferença na distribuição dos produtores com ou sem PVQ. Tal comportamento sugere que existam outros fa-tores que infl uenciam na redução da CCS, que não o PVQ. Somado a isso, sabemos que o controle da mastite é um tema complexo e que exige um esforço muito grande por parte do produtor.

Como pudemos observar através dos resultados aqui apresentados, nota-se uma melhoria da qualidade quanto a contagem bacteriana total nos últimos anos, talvez numa ve-locidade não tão grande como poderíamos imaginar. Além disso, produtores com PVQ possuem um leite com menor CBT. Já para CCS, nota-se que não houve qualquer tipo de melhoria nos últimos anos o que comprova que o controle da mastite é um dos grandes desafi os dos produtores e téc-nicos.

Gráfi co 2 - Distribuição de 4.825 produtores com PVQ, em função da CBT, durante o período de 2008 a 2012.

Gráfi co 3 - Distribuição de 5.111 produtores sem PVQ, em função da CCS, durante o período de 2008 a 2012. Gráfi co 4 - Distribuição de 4.806 produtores com PVQ, em função

da CCS, durante o período de 2008 a 2012. - Distribuição de 4.806 produtores com PVQ, em função

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17AGO2012

EMPRESAS

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BASF investe em novoCENTRO DE TRATAMENTO DE SEMENTES

A Unidade de Proteção de Cultivos da BASF inau-gurou na última quinta-feira, dia 2 de agosto, em Santo Antonio de Posse (região metropolitana de Campinas/SP), seu novo Centro de Tecnologia

para Tratamento de Sementes. O novo complexo da BASF tem como principal objetivo dar apoio tecnológico às ativi-dades de tratamento de sementes da empresa.

Com maquinário de última geração para o tratamento de sementes, o novo Centro contribuirá no desenvolvimen-to de produtos e tecnologias que atendam as necessidades da agricultura brasileira, bem como na prestação de serviços voltados à cadeia de valor sementeira, por meio de capaci-tação, treinamentos, workshops e dias de campo. Coorde-nado pelo Dr. Reinaldo Bonnecarrere, gerente Técnico de Tratamento de Sementes da BASF para a América Latina, contará com dez profi ssionais trabalhando exclusivamente nesta unidade.

Esse investimento reforça a posição da Estação Experi-mental de Santo Antônio de Posse (SP) como uma referência para a BASF globalmente, já que fi gura como um dos pólos

de desenvolvimento de novas tecnologias para os trópicos no desenvolvimento de produtos e serviços voltados ao agronegócio. “Trabalharemos com o desenvolvimento de novos produtos para atender as necessidades das empresas de sementes. Os principais cultivos a serem analisados são soja, milho, algodão, feij ão, trigo, cevada, girassol, canola, sorgo e amendoim”, explica Leandro Martins, diretor de pesquisa e desenvolvimento da BASF da Unidade de Pro-teção de Cultivos para a América Latina.

“A inovação tecnológica faz parte da estratégia da companhia – somente em 2011, a BASF investiu cerca de US$ 2 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), e a maior porcentagem deste valor total (cerca de 26%) foram destinados exclusivamente ao negócio de proteção de culti-vos. O novo Centro recebeu um aporte de aproximadamente US$ 2,5 milhões, um montante considerável quando falamos de pesquisa agrícola no Brasil”, comenta Eduardo Leduc, Vice Presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para América Latina e de Sustentabilidade para a América do Sul.

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18AGO 2012

CAFÉ

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Organizado pela APRONA - As-sociação dos Produtores Ru-rais do Norte Alegriense, com o apoio do SEBRAE-SP, Es-

critório de Ribeirão Preto (SP), aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto, o 1º Concurso de Qualidade de Café de Santo Antônio da Alegria (SP).

A proposta veio atender uma deman-da dos cafeicultores do município em par-ticipar do Concurso Estadual de Café, que acontece no fi nal de cada ano. Para isto, era necessário organizar um concurso no município - conhecido pela qualidade dos cafés ali produzidos.

De acordo com o Engº Agrº José Guilherme Nogueira, Gestor e Consultor de Agronegócios do SEBRAE, 19 amostras

APRONA realiza 1º Concurso de QualidadeDE CAFÉ DE STO. ANTONIO DA ALEGRIA (SP)

no critério Café Natural foram selecionadas para partici-par do concurso. Foram avaliados aspectos sensoriais do café (como aroma, cheiro, paladar), que comprovam a qualidade fi nal do produto.

Segundo o Engº Agrº Carlos Pasquali, presidente da APRONA, na categoria “Lote” [até 20-30 sacas], An-tônio Maia e Divino Maia fi caram em 1º lugar, segui-do de Miguel de Assis (2º), Ademir Guerra (3º) e Élvio Frighetto (4º).

Já na categoria “Micro-Lote” [até 5 sacas], Arlindo da Silveira conquistou o 1º lugar, seguido de Adelina Aparecida Souza Silva (2º).

Os dois primeiros de cada ca-tegoria poderão agora participar do Concurso Estadual de Qualidade do Café. Em dezembro acontecerá o 9º Concurso Nacional de Qualidade do Café – Safra 2012, promovido pela ABIC - Associação Brasileira das In-dústrias de Café.

Várias empresas participa-ram do evento, com destaque para a Batatais Tratores e Implementos (concessionária Agrale em Batatais/SP); a Cooparaíso; a Casa das Semen-tes, revenda de Franca/SP; o Café Nova Era, de Altinópolis/SP; e a San-ta Emília (concessionária Toyota, de Ribeirão Preto/SP).

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HORTICULTURA

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20AGO 2012

IRRIGAÇÃO

Leandro D. Oliveira 1

Com o aumento da competi-tividade no mercado do boi leiteiro e do boi gordo e o grande avanço das tecnolo-

gias empregadas no segmento, o produ-tor que deseja obter um bom resultado de seu gado deve pensar em irrigar sua pastagem, pois com ela, ele consegue uma produtividade maior do que uma área não irrigada, tendo assim várias vantagens como a diminuição de custo.

O sistema mais utilizado é o por aspersão em malha, em que os tubos de subida da água são distribuídos geo-metricamente por toda área, interliga-dos pela tubulação principal, daí vem o nome aspersão em malha. Abaixo temos um quadro onde destacamos al-gumas vantagens desta modalidade de irrigação:

a) - Pode ser empregado em ter-renos de qualquer topografi a;

b) - Exige menos mão de obra na implantação;

c) - Promove melhor distribuição de adubos solúveis na água;

d) - Umidade do ar é elevada, re-

duzindo a transpiração das plantas;e) - A irrigação pode ser feita a

qualquer hora do dia;f) - Custo de implantação mais

baixo comparado a outras modalidades;g) - Aumento da qualidade e

produtividade do alimento para o gado;h) - Sistema que pode ser utiliza-

do pelo pequeno produtor.

1 - Gerente administrativo-fi nanceiro - E-mail: [email protected]

INDICE

Tabela 1: Dados da produção de leite em pastos tropicais ir-rigados

PRODUÇÃO VERÃO

PRODUÇÃO INVERNO

0718

12619.530

155 dias

1418252

52.920210 dias

LotaçãoProdução/vaca/diaProdução/ha/diaProdução totalQuantidade de dias

* Cana p/ 09 cab.x 155 dias (14-5) = 50 ton´s necessária (+ 0,5 ha)Total : 48.300 lt/há/ano

ca diminuir seus custos, aumentar a produtividade, sendo ele pequeno ou grande produtor deve investir em ir-rigação de suas pastagens, que com certeza colherá bons frutos futura-mente.

Abaixo temos uma ilustração que mostra como é feito a irrigação por aspersão em malha:-

IRRIGAÇÃO

Irrigação por ASPERSÃO EM PASTAGEM

Portanto, o produtor que bus-

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22AGO 2012

Cafeicultores de Elói Mendes (MG)participam de palestra sobreDOENÇAS FOLIARES NO CAFEEIRO

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Cooparaíso convida agricultores paraCAMPANHA HORA CERTA 2012

CAFÉ

Acontece nos dias 11,12 e 13 de setembro a Cam-panha Hora Certa 2012. O objetivo do evento é proporcionar aos produtores rurais insumos, máquinas e implementos com os melhores preços

e condições de pagamento.Uma bem montada estrutura está sendo preparada para

receber mais de 5 mil visitantes. O local escolhido este ano para a realização da Feira é a EXPAR – Parque de exposições de São Sebastião do Paraíso . Com amplo estacionamento e uma área ideal para demonstrações de máquinas e imple-mentos, o parque receberá mais de 80 fornecedores de re-nome da agricultura nacional .

A feira contará ainda com diversas atrações para produ-tores e suas famílias. Uma bem montada praça de alimen-tação, mini fazendinha, cursos de artesanato em chinelos e arranjos fl orais para as mulheres, vôo panorâmico de balão entre outros.

Para os jovens, o evento contará com um Workshop sobre Cooperativismo e a Gincana da Hora, uma atividade onde os jovens das comunidades rurais poderão mostrar seus conhecimentos sobre o cooperativismo, a cafeicultura e ain-

da ganhar prêmios. Todos estão convidados a participar deste evento.

Venha e faça bons negócios, afi nal esta é a hora de acertar os ponteiros com os custos! (FONTE: Cooparaíso)

No fi nal de julho, cafeicultores da região de Elói Mendes (MG) participaram de palestra com o tema: “Doenças Foliares no Cafeeiro”, minis-

trada pela Drª Flávia Patrício, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo.

A palestra foi de grande importância para o conhe-cimento dos produtores de café, já que a Mancha Au-reolada vem aparecendo em plantações de café de mu-nicípios vizinhos.

O evento contou com a organização da EMATER-MG, através do Técnico em Agropecuária Cláudio Salim e o apoio de várias empresas do segmento, dentre elas: Lobão Agropecuária, Geagro e Laboratório de Análises Químicas de Santo Antônio do Amparo (MG).

Estiveram presentes produtores rurais de toda co-munidade, o prefeito Natal Cadorini. (Fonte: Rede Social do Café)

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24AGO 2012

AMSC participa no RJ doFESTIVAL VALE DO CAFÉ

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MSCUm festival que

alia tradição, costumes, mú-sica e gastro-

nomia e tem como foco o apogeu do ciclo do café no Brasil; esse é o Festival Vale do Café, realizado no Rio de Janeiro durante o mês de julho. O evento acontece simultaneamente em 15 municípios do sul fl uminense e tem como ob-jetivo divulgar e valorizar a cultura cafeeira da região, promover o turismo cultu-ral e o desenvolvimento econômico no interior do Estado.

“Tivemoso privilégio de participar deste grande evento através de convite do Se-brae, levando o café Terra Preta para apreciação e degusta-ção do enorme público presente. Os eventos aconteceram

em duas lindas fazendas, sendo o café servido após os espe-táculos musicais. Durante a degustação, tivemos a oportuni-dade de contar um pouco sobre o nosso café e a região da

Alta Mogiana e sentir a receptividade e aceita-ção do público. Foi uma grande oportunidade de contatos e também de apresentar e projetar nos-so café e nossa região”, conta Fernanda Maciel, produtora de cafés especiais e associada à AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana).

Em 2012, o festival chegou a sua 10ª ed-ição e promoveu atividades culturais durante duas semanas. Praças, igrejas e fazendas no meio da Mata Atlântica foram os palcos das atrações do evento. Os shows percorreram diversos mu-nicípios do Vale do Café e segundo a organização do evento cerca de 90 mil pessoas prestigiaram as atividades.

Antes de cada apresentação, a sommelière Deise Novakoski ministrou uma palestra sobre café - história, os tipos, formas de produção e degustação. O público aprendeu, por exemplo, como se dá o processo de plantio da semente, formas de torrefação e moagem e como identi-fi car e degustar um bom café. Além de receber dicas de métodos de preparo do café turco ao expresso.

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GESTÃO

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CAFÉ

Além de reunir diversos dados para mapear a área cafeeira da região, hidrografi a, matas ciliares, APPs (Área de Preservação Permanente), ras-trear os tipos de lavoura dos cooperados, sacas por

produtor, temperatura, entre outras importantes informa-ções, a área de Geoprocessamento da COOXUPÉ está incor-porando cada vez mais novos processos e projetos.

Segundo o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa, o projeto dividiu-se em duas etapas. “Pri-meiro precisávamos saber a área e a produção que tínhamos. Hoje temos dados de precisão que além de facilitar o tra-balho da COOXUPÉ nos ajuda a argumentar com governo e entidades sobre as necessidades do setor. O segundo passo agora é fornecer estes dados para o cooperado”, diz Paulino.

Atualmente, mais de 14 estações meteorológicas são comandadas pela área, que também possui 254 pontos de coleta de chuva. Dados como temperatura, força do vento e as oscilações do clima são atualizadas de 15 em 15 minutos na página da cooperativa. “Isso ajuda o produtor com o seu planejamento do dia, da semana ou do mês. É a temperatura que irá determinar quando ele pode pulverizar a lavoura, plantar, entre outras manobras que precisam do clima espe-cífi co”, afi rma Éder Ribeiro dos Santos, coordenador técnico

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Cooxupé aposta em geoprocessamentoPARA MELHORAR PRODUÇÃO

de Geoprocessamento da cooperativa.

Grandes projetos em vista - Com o grande fl uxo de in-formações do setor cafeeiro, a área espera levar até o fi nal de 2013 para o site da cooperativa, dados ainda mais completos que vão facilitar a gestão da propriedade dos cooperados. “Hoje conseguimos avaliar o que acontece em cada região. Porque a produção caiu ou aumentou? Como o produtor consegue produzir um café de qualidade e o seu vizinho não? Nosso corpo técnico viaja constantemente, atualiza os dados. Nossa intensão é que no momento em que o coope-rado acessar sua página, ele obtenha essas informações per-sonalizadas sobre sua propriedade, o que deverá facilitar seu planejamento de ações”, conta.

Em breve deve começar na cooperativa um projeto de inclusão digital para que os produtores conheçam as fer-ramentas disponíveis na internet. Desde janeiro, os coope-rados da COOXUPÉ podem contar com o Café Online, que permite a comercialização de café na internet.

Outro novo passo dado pela equipe de Geoprocessa-mento é a atualização das estradas rurais, o que facilitará a locomoção tanto da equipe técnica da cooperativa, que visita regularmente as propriedades dos cooperados.locomoção tanto da equipe técnica da cooperativa, que visita

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28AGO 2012

sos segmentos de produção, da cafeicultura a outras culturas agrícolas. A maioria das empresas oferece também imple-mentos de fabricação própria ou em parceria com outras indústrias. As opções de compra também foram variadas, do crédito do banco da própria fábrica a linhas de fi nancia-mento através do Banco do Brasil.

Para produtores de leite, do pequeno ao grande, foram ofertadas várias máquinas, como uma ordenhadeira de tec-nologia alemã, que, num sistema informatizado, registra até a produtividade de cada vaca, facilitando ao proprietário acompanhar o desempenho do animal.

Dois pavilhões foram reservados para criadores de aves para abate, mostrando equipamentos para a montagem de aviários e granjas de suínos, poços artesianos, material de construção rural. Em outros dois pavilhões o visitante encontrava artesanato de várias cidades da área da AMEG (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), como Carmo do Rio Claro, Jacuí, Cássia e São José da Barra, que trouxeram tapetes, toalhados, artigos de cerâmica e até doces típicos da região.

SINAGRO, em sua 4ª edição,SUPERA EXPECTATIVAS DE NEGÓCIOS

EVENTOS

A 4ª Sinagro (Feira de Agronegócios do Sindicato dos Produtores Rurais de Passos), realizada de 7 a 10 de agosto no Parque de Exposições ‘Adolpho Coelho Lemos’, em Passos (MG), superou as ex-

pectativas de público e de negócios, com negociações de R$ 10 milhões fechados durante a feira e negócios futuros em torno de R$ 30 milhões.

O evento contou também com a presença do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Alves Nascimento e o secretário de Desenvolvimen-to Social, Cássio Soares. Também esteve presente o diretor técnico da Emater-MG, José Rogério Lara e o subsecretário de Política Urbana, Renato Andrade.

A feira que está em sua quarta edição é organizada pelo SinRural (Sindicato Rural de Passos) e tem como coordena-dor o presidente Leonardo Medeiros, que também é presi-dente da Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro).

De acordo com Medeiros, “a Sinagro se consolida, a cada ano, como o evento de importância para o agronegócio regional e como oportunidade para que produtores, fornece-dores e parceiros possam aproveitar a reunião de todos num espaço em que o intercâmbio é facilitado e, por isso mesmo, ótimos negócios podem ser feitos”, disse.

A 4ª Sinagro conseguiu em quatro dias a exposição de produtos, serviços e de eventos paralelos, como palestras, minicursos e até um seminário sobre agricultura familiar. Com entrada gratuita, os visitantes puderam conhecer os novos modelos de tratores, máquinas, implementos agríco-las, insumos, equipamentos para a agroindústria e para di-versas atividades rurais, e também várias linhas de crédito e fi nanciamento de instituições bancárias, distribuídos nos estandes das mais de 70 empresas participantes.

De São Sebastião do Paraíso, a Cooparaíso (Cooperati-va Regional dos Cafeicultores em São Sebastião do Paraíso), adquiriu um espaço para oferecer produtos de um fabricante de tratores, máquinas e implementos.

Os tratores em exposição na 4ª Sinagro são para diver-

Estande da Sami Máquinas, fi lial de São Sebastião”ao do Paraíso (MG)

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30AGO 2012 Thiago Silva Santos, Allan de Menezes Lima e

Geraldo Augusto Nascimento 1

1. APRESENTAÇÃO

A necessidade de irrigação do cafeeiro surgiu com o avanço da cultura para as regiões considera-das marginais ao cultivo quanto às necessidades hídricas onde a cafeicultura só é viável quando

irrigada; desta maneira, ressalta-se que se tem alcançado ele-vadas produtividades e produto de alta qualidade.

Nas regiões consideradas aptas à cafeicultura, tradicio-nalmente produtoras, a ocorrência de estiagens prolongadas (veranicos) nas fases críticas de demanda de água pela cul-tura tem promovido redução signifi cativa na produção.

A irrigação por gotejamento é um método que vem despertando grande interesse em todo o mundo. Vários tra-balhos experimentais e observações de campo mostram que este sistema permite bom controle e economia da água apli-cada. Em diversas condições, tem proporcionado produções superiores às obtidas por outros métodos.

A utilização da irrigação por gotejamento no Brasil, de uma maneira geral, vem ocorrendo sem um monitora-mento criterioso do nível de água no solo. A ausência de um manejo adequado da água utilizada na irrigação contribui para o seu desperdício e possíveis perdas em produtividade, aumentando os custos da atividade.

2. MANEJO COM TENSIOMETRIA

a. TENSIOMETRIAO tensiômetro é uma ferramenta bastante prática e

com precisão adequada para ser usado no manejo da irriga-

Instruções de Manejo deIRRIGAÇÃO COM TENSIOMETRIA

IRRIGAÇÃO

1 - Departamento Agronômico, Bolsa Irriga. Netafi m Brasil

ção do cafeeiro. O tensiômetro é constituído basica-mente de uma cápsula porosa, conectada a um me-canismo de leitura através de um tubo de PVC, sendo seu interior preenchido com água. Quando colocado no solo, a água contida na cápsula tende a entrar em equilíbrio com a tensão da água no solo ao seu redor.

Qualquer mudança no teor de água do solo e conseqüentemente em seu estado de energia, será transmitida à água no interior da cápsula, sendo in-dicada rapidamente pelo dispositivo de leitura. Desta forma, mede-se com que força o solo retém a água e, conseqüentemente, o quanto de água está retido no solo.

O posicionamento dos tensiômetros deve ser

feito com muito critério em relação ao gotejador e as plantas, de forma a representar a umidade do solo na média da faixa úmida formada pelo tubogotejador. Caso estes sensores de umidade sejam posicionados muito próximos ou muito dis-tantes em relação ao gotejador, as leituras induzirão a inter-pretação de excesso ou falta de umidade, respectivamente. O posicionamento ideal está representado abaixo:

Igualmente importante, a instalação deve ser realizada sob orientação de um profi ssional especializado e com ferra-mentas adequadas para garantir perfeito funcionamento do tensiômetro. O furo no solo deve ser feito com trado espe-cífi co, em seguida umedecido com água e colocado o tensiô-metro, pressionando levemente o solo ao redor do mesmo na superfície.

b. INTERPRETAÇÃO DAS LEITURASComo o próprio nome já diz, o tensiômetro mede a

força com que o solo retêm a água e quanto maior esta força, mais seco está o solo. Para fi ns de manejo de irrigação, tem-se usado os seguintes valores de referência em lavouras de café irrigadas com gotejamento:

• 0 -8 kPa: O solo está saturado ou muito próximo à saturação, quando as irrigações atingem esse nível de umi-dade no solo houve um gasto excessivo de água e há lixivi-ação do solo;

• 10 kPa: Para a maioria dos solos é tido como a ca-pacidade de campo, ou seja, o teor ideal de umidade no solo onde há água facilmente disponível às plantas e a aeração não é prejudicada;

• 25-30 kPa: Em cafeeiros irrigados por gotejamento este é o momento de irrigar.

• 30 kPa: A partir deste valor a planta começa a ter difi culdades de absorver água do solo e pode ter seu desen-

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IRRIGAÇÃO

volvimento vegetativo e reprodutivo afetados.É importante lembrar que o valor obtido nas leitu-

ras de tensiômetros estão acrescidas do peso da coluna de água presente no interior do tensiômetro, e por isso deve ser descontado de suas leituras para se obter o potencial matri-cial, medida da força com que o solo retêm a água e indire-tamente indica o teor de umidade.

A correção da leitura é feita subtraindo-se da mesma o valor do comprimento do tensiômetro (em centímetros) dividido por dez, de acordo com a fórmula abaixo:

Onde: - potencial matricial (em kPa); L – leitura do tensiômetro;

h – comprimento do tensiômetro deste o meio da cápsula até o nível de água em seu interior.

3. CONCLUSÕES

O manejo da irrigação e fertirrigação abrangem questões que vão desde economia pura e simples gerada pelo manejo adequado do sistema de irrigação até as questões ambientais de racionalização do uso da água, fertilizantes e energia e seus benefícios preservacionistas, ressaltando as-sim a importância da irrigação e adubação via água conveni-entemente dosada.

Instalação dos Tensiômetros

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A comunidade rural do Bom Jardim, situada entre os municípios de Franca (SP) e Ribeirão Corrente (SP) realizará no próximo dia 1º de Setembro, a

tradicional Quermesse na Capela do Bom Jardim. O even-to, em louvor a Nossa Senhora Aparecida, é realizado há décadas por várias famílias da comunidade. Os organiza-dores convidam todos a participarem. O evento terá iní-cio a partir das 17h30, com uma missa e procissão. Logo em seguida, o famoso leilão de prendas, comandado por Cizinho, Carlos Henrique e Luan.

Bom Jardim realiza QUERMESSE EM SETEMBRO

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CAFÉ

Redução do tempo de germinação de sementesDE CAFÉ É TEMA DE DISSERTAÇÃO NA UFLA

No fi nal do mês de julho foi dado mais um passo rumo à validação de uma nova metodologia para avaliar e atestar a germinação de sementes de café em tempo reduzido. Os benefícios da nova

metodologia foram enfatizados durante a defesa de disserta-ção do estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Gabriel Castanheira Guimarães, sob a orientação da pes-quisadora da Embrapa Café, Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa.

Em atuação na UFLA desde 2008, no âmbito do Con-sórcio Pesquisa Café, a pesquisadora da Embrapa Café vem desenvolvendo pesquisas em parceria com a UFLA e a Uni-versidade de Ohio/EUA, com o objetivo de redu-zir o tempo gasto no teste de germinação de sementes de café.

Segundo a pesquisadora, o teste de germinação do café, atualmente descrito nas regras ofi ciais do Sistema Nacio-nal de Produção de Sementes e Mudas (SNSM), demanda um período de 30 dias. “Este tempo é considerado longo, atrasando e onerando a comercialização das sementes e pos-teriormente a formação das mudas”, considera, reforçando que a redução do tempo do teste é altamente favorável, do ponto de vista técnico, econômico e científi co, dando

maior fl exibilidade e autonomia às atividades do sistema de produção, bem como às atividade de pesquisa sobre a propa-gação desta espécie.

Além dessa fi nalidade, o teste de germinação de se-mentes de café vem sendo apontado como importante fer-ramenta no controle de qualidade de grãos de café para a produção da bebida. Resultados recentes de pesquisas com-provam a correlação entre parâmetros químicos e sensori-ais com variáveis da qualidade fi siológica e bioquímica dos grãos de café. Assim, há evidências de que o teste de germi-nação poderá ser utilizado como um marcador fi siológico da qualidade de bebida do café, dando ao produtor uma opção para a tomada de decisão sobre os destinos de lotes de café, em função da qualidade.

A defesa da dissertação teve a participação do pesquisa-dor da Epamig, Antônio Rodrigues Vieira e do professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais André Delly Veiga.

Com os resultados deste trabalho, a equipe dará início ao processo de validação do novo teste de germinação de sementes de café, visando a posterior publicação nas Regras de Análises de Sementes. (Fonte: UFLA/Cibele Aguiar)sementes de café, visando a posterior publicação nas Regras

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34AGO 2012

CAFÉ

A importância do Fósforo e dos FosfitosNA CULTURA DO CAFÉ (parte 2)

Fernando Jardine 1

Na edição anterior, discorremos sobre a importância do fósforo e o seu comporta-mento no solo, bem como o papel do fós-foro nas plantas. Agora falaremos sobre os

fosfi tos.

O que são os fosfi tosA fonte normal de fósforo para as plantas são os

ácidos fosfóricos (H3PO4), que ao reagirem com uma base formam os fosfatos (PO4). Os fosfi tos tem como fonte de fósforo o ácido fosforoso (H3PO3) que ao re-agir com uma base forma fosfi tos (PO3).

Os fosfatos (PO4) são pouco móveis no solo pois formam compostos insolúveis com Ca e Mg, tornan-do-se indisponíveis para as plantas principalmente na época que a planta mais necessita de fósforo, que é na fl orada.

Quando aplicados via foliar levam 5 dias (sem chuva) para que a planta absorva 50% deste. A planta absorve 10% após 16 horas.

Quando se aplica fosfatos via foliar em horas quentes ou em excesso, estes podem causar fi totoxidade nas plantas.

No solo somente 1% do fosfato fi ca disponível.Os fosfi tos possuem uma molécula de oxigênio a me-

nos que os fosfatos e, por esse motivo, apresentam um alto grau de solubilidade e mobilidade. Essa única característica confere aos fosfi tos a habilidade de serem absorvidos rapida-

mente e se deslocarem através das membranas da planta, na folhagem e no sistema radicular.

De 90 a 98% dos fosfi tos, quando aplicados via foliar, são absorvidos de 3 a 20 horas após a aplicação.

O fosfi to é assimilado na sua totalidade, é mais móvel no solo e portanto mais disponível para as plantas e é mais solúvel em água e solventes orgânicos. A planta requer me-nos energia para absorver o fosfi to que o fosfato. É um ex-celente agente complexante que favorece a absorção de ou-tros nutrientes como Ca, B, Zn, Mn e K.

Os fosfi tos transformam os aminoácidos das plantas em proteínas mais rapidamente; pode ser usado no controle de enfermidades devido as propriedades sanitárias, pois o íon fosfi to (PO3) exerce por si só uma ação inibidora no desen-volvimento de infecção fúngicas (ação curativa) e por outra parte, induz a planta a formação de substâncias naturais de autodefesa (ação preventiva).

O íon fosfi to é indicado no controle dos fungos do gênero Phytophora e dos fungos da podridão do colo, raiz, tronco e frutos.

A persistência do íon fosfi to na planta é de 30 a 90 dias em plantas perenes e de 15 a 30 dias em hortícolas e orna-mentais.

Diferenças básicas entre fosfato e fosfi toQuando o ácido fósforico (H3PO4) é neutralizado com

uma base, tal como hidróxido de potássio (KOH), hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de amônio (NH4OH), resulta num sal. O sal do ácido fosfórico é um fosfato. A equação abaixo mostra o reação do ácido fósforico com o hidróxido de potássio.

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CAFÉ KOH KOH KOH

H3PO4 KH2PO4 K2HPO4 K3PO4

Quando o ácido fosforoso (H3PO3) é neutralizado com uma base, tal como hidróxido de potássio (KOH), hidróxido de sódio (NaOH) ) ou hidróxido de amônio (NH4OH), re-sulta num sal. O sal do ácido fosforoso é um fosfi to. A reação entre o ácido fosforoso e o hidróxido de potássio é mostrada abaixo.

KOH KOH

H3PO3 KH2PO3 K2HPO3

Fosfi to: sua importância na agricultura e infl uência nas plantas.

O química do fosfi to se difere da do fosfato pois no fos-fi to tem-se um átomo de oxigênio no lugar do hidrogênio. Esta substituição resulta em profundas diferenças na ma-neira com que os dois compostos comportam-se em relação a organismos vivos.

No fosfato o átomo de fósforo se apresenta no centro de um tetraedro, com os átomos de oxigênio distribuídos nas pontas do tetraedro. As cargas no íon são distribuídas regularmente entre estes quatro átomos de oxigênio de

KH K K

KH K

modo que a estrutura seja totalmente simétrica, por qual-quer maneira que se veja o tetraedro.

No fosfi to o átomo de fósforo também se apresenta no centro de um tetraedro, mas a simetria perfeita, que é carac-terística do fosfato, é perdida.

Para o fosfato reagir e se tornar parte na bioquímica de organismos vivos, ele deve reagir com enzimas, catalisa-dores, para que as reações químicas coletivas da célula cons-tituam um metabolismo.

Possivelmente a enzima fosfato reconhece três dos quatro átomos de oxigênio e liga o íon fosfato a superfície da enzima. Tanto a forma da molécula como a distribuição das cargas parecem infl uir nesta ligação.

Uma vez que o fosfato tenha limite para reagir com a enzima, o oxigênio remanescente da superfície torna-se disponível para reagir com outras enzimas catalisadoras da reação.

O fosfi to tem somente um lado semelhante a todos os outros lados do tetraedro do fosfato, então para se ligar a superfície de uma enzima, com a qual a fosfato normalmente se une, deve ser obrigatoriamente através deste lado.

Quando o fosfato se une a superfície da enzima nesta orientação, é o átomo de hidrogênio ligado ao átomo de fósforo que esta na superfície da enzima, não um átomo de oxigênio como no fosfato. Assim, o fosfi to não pode entrar nas mesmas reações bioquímicas que o fosfato.

Eles devem, assim como, na distribuição diferente nos dois ânions, ser discriminados pela maioria das enzimas en-volvidas nas reações de transferencia do fósforo. A

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36AGO 2012

DESTAQUE

A 9ª edição da AGRIFAM - Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural, que foi realizada, pela primeira vez, no recinto de exposições “José

Oliveira Prado”, na cidade de Lençóis Paulista, no início de agosto, registrou um sucesso de público com a marca de 28 mil visitantes. O local que já abriga as exposições FACILPA e EXPOVELHA agregou a AGRIFAM, que pas-sou a ter uma estrutura melhor e teve seus setores valori-zados junto ao público e expositores. Segundo a entidade organizadora do evento, a FETAESP - Federação dos Tra-balhadores na Agricultura do Estado de São Paulo, foram movimentados cerca de R$ 17 milhões em negociações, somando as vendas no local mais as propostas pós-evento.

Advindos de todas as regiões paulistas e de outros estados, o público que conferiu as novidades e a grande diversidade de atrativos para a agricultura familiar, lotou os estacionamentos gratuitos com carros, motos e carava-nas realizadas por prefeituras, sindicatos e organizações. Durante os três dias de feira, pode-se ver uma grande va-riedade de produtos, maquinários, implementos agríco-las, automóveis e utilitários, além de artigos produzidos por agricultores, assentados e quilombolas, como nas fei-ras da CATI e ITESP, que atraíram muitos visitantes com suas comidas, bebidas e outros produtos típicos do campo.

Braz Albertini, presidente da Fetaesp e idealizador da Agrifam, em seu balanço fi nal da feira, salienta “que a alteração de local foi benéfi ca, agregando qualidade e melhor estrutura ao evento”. Destacou ainda a satisfação demonstrada pelo público visitante, expositores e au-toridades que estiveram no local. “A Feira fi cou maior, ganhou destaque e é evidente o contentamento de todos, público e expositores, são só elogios”.

A próxima edição já tem data certa para acontecer, de 02 a 04 de agosto de 2013, no mesmo local. “O apoio e carinho recebido por todos da cidade nos garante a certe-za de muitas edições da Agrifam em Lençóis Paulista”, disse Albertini.

Revista Attalea apóia campanhaEM PROL DO HOSP. ALLAN KARDEC

Sucesso de público na 9ª AGRIFAM, EM LENCÓIS PTA.

A diretoria do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, por intermédio do seu diretor, o cafeicultor Wan-derley Cintra Ferreira, iniciou uma campanha en-

tre os cafeicultores da região de Franca (SP), solicitando apoio para que a instituição consiga manter o atendimen-to para pacientes mentais.

A instituição é uma entidade fi lantrópica que com-pleta 90 anos em novembro próximo e que destina 200 leitos para internação e 30 vagas no Hospital-Dia para pacientes mentais. Possui programas específi cos para o tratamento de alcoolistas e demais dependentes químicos, onde existe hoje grande demanda.

Segundo Wanderley, o SUS (Sistema Único de Saúde) contribui com uma pequena parte das despesas, obrigando a instituição promover campanhas junto à co-munidade, a fi m de cobrir os custos com os cuidados dedi-cados aos pacientes.

Diante disto, o Hospital Allan Kardec inicia uma campanha junto aos cafeicultores solicitando ajuda, através da doação de sacas de café, que poderão ser en-tregues na COCAPEC ou em outro local determinado pelo doador.

A Revista Attalea Agronegócios compartilha este trabalho benefi cente e solicita o apoio de todos os ca-feicultores que puderem colaborar. Aproveitamos para convidá-los a visitar a instituição: Rua José Marques Gar-cia, 675 - Cidade Nova. Franca (SP) - Tel. (16) 2103-3000 - www.kardec.org.br A

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CAFÉ

Nutrição do Cafeeiro (parte 3) - NUTRIÇÃO NA FLORADA DO CAFEEIRO

Renato Passos Brandão 1

O crescimento do cafeeiro pode ser di-vidido em duas fases: crescimento vegetativo e reprodutivo. Em de-terminados estádios do desenvolvi-

mento do cafeeiro, as duas fases podem ocor-rer simultaneamente. Por exemplo, na fase de enchimento dos grãos, há também um intenso crescimento vegetativo do cafeeiro.

O crescimento vegetativo ocorre com maior intensidade durante o período chuvoso e com altas temperaturas (setembro/outubro a março).

O crescimento reprodutivo é constituído por duas etapas: fl oração e frutifi cação. A fl orada tem início com a indução fl oral e vai até a antese ou abertura das fl ores.

Na frutifi cação ocorre a formação dos frutos do cafeeiro e é composta pelas seguintes fases: vingamento fl oral, desenvolvimento do fruto e maturação.

positivamente no pegamento da fl orada e dos frutos e no de-senvolvimento posterior dos frutos do cafeeiro.

Qualquer insucesso nesta fase da cultura, com certe-za absoluta, comprometerá a produtividade do cafeeiro e a rentabilidade desta atividade agrícola.

O que é uma fl or?Do ponto de vista botânico, uma fl or é simplesmente

uma folha modifi cada. Uma estrutura vegetativa infl uencia-da pelo ambiente, transforma-se em uma estrutura reprodu-tiva que potencialmente originará um fruto.

A fl orada e a produção do cafeeiro concentram-se na porção dos ramos laterais que cresceram na estação anterior. Eventualmente, podem também surgir fl ores em ramos de crescimento do ano mas são casos raros.

É importante destacar que as axilas fl orais produzem gemas uma única vez. Desta forma, as produções do cafeeiro, com o passar dos anos, concentram-se nas extremidades dos ramos. Quando isso acontece após sucessivas safras, reco-menda-se a poda para a renovação da lavoura.

Fases da fl orada do cafeeiroO cafeeiro arábica (Coffea arabica L.) é uma espécie

diferente das demais levando dois anos para completar o seu ciclo fenológico. No primeiro ano, formam-se os ramos ve-getativos durante os meses de dias longos e no segundo ano, as gemas vegetativas são induzidas a gemas reprodutivas.

A fl orada do cafeeiro pode ser dividida em quatro fases: indução ou iniciação fl oral; diferenciação ou desenvolvi-mento da fl or; dormência do botão fl oral e antese, abertura da fl or ou a fl orada propriamente dita

Nesta edição será abordada inicialmente a fl oração do cafeeiro, suas fases e as interações ambientais e nutricionais. Posteriormente, será abordada a importância do manejo nu-tricional antes e logo após a fl orada do cafeeiro em lavouras com alto potencial produtivo.

Na próxima edição, a ser publicada em setembro deste ano, será abordada a frutifi cação, segunda etapa do cresci-mento reprodutivo do cafeeiro.

O que é fl orada?A fl orada é o processo de formação de fl ores, ou seja, a

produção dos órgãos reprodutivos das plantas. É um momen-to crucial em qualquer cultura e o cafeeiro não é exceção a esta regra. A fl orada, desde o seu início (indução fl oral) até a abertura da fl or ou antese envolve uma série de modifi cações bioquímicas, morfológicas e fi siológicas no cafeeiro.

Do ponto de vista biológico, a produção de fl ores sig-nifi ca a perpetuação do cafeeiro.

Do ponto de vista econômico, a fl orada signifi ca o provável retorno dos investimentos realizados pelo cafeicul-tor.

Uma boa fl orada não signifi ca necessariamente altas produtividades mas é o ponto de partida de um novo ciclo reprodutivo que será concretizado com a colheita dos grãos do cafeeiro.

A produtividade do cafeeiro é refl exo da fl orada e da capacidade da cultura em segurar ou manter o máximo pos-sível de fl ores. Os fatores bióticos ou internos do cafeeiro e abióticos ou ambientais vão infl uenciar negativamente ou 1 - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas e Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja. E-mail: [email protected]

Florada do cafeeiro

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39AGO2012

CAFÉ

A partir deste momento, vamos abordar as diferen-tes etapas da fl orada do cafeeiro e a sua interação com as condições ambientais e nutricionais.

a. Indução ou iniciação fl oral A indução ou iniciação fl oral é a transformação das

gemas vegetativas em reprodutivas causada por estímulos ambientais.

A indução fl oral tem início em janeiro, quando os dias começam a fi car menores e as gemas vegetativas são indu-zidas pelo fotoperiodismo a transformarem-se em gemas reprodutivas. A partir de abril, com os dias com menos de 13 horas de luz efetiva, intensifi ca-se a indução das gemas foliares em gemas fl orais.

As condições ideais para a indução fl oral no cafeeiro são dias curtos, a não ocorrência de défi cit hídrico severo e a diminuição da temperatura noturna entre os meses de fevereiro e abril.

b. Diferenciação fl oral ou desenvolvimento das fl oresPosteriormente, os primórdios fl orais se desenvolvem

continuamente por um período de aproximadamente dois meses até atingirem um tamanho máximo de 4 a 8 mm e quando maduras, entram em dormência.

A diferenciação fl oral necessita de dias quentes e noites amenas. Uma amplitude térmica desejável seria por volta de 11ºC, ou seja, noites com temperaturas ao redor de 18ºC e dias com temperaturas em torno de 29ºC.

c. DormênciaA dormência é a fase na qual o botão fl oral do cafeeiro

atinge a sua maturidade fi siológica e fi ca pronto para a an-tese através de um estímulo ambiental. Nas regiões cafeeiras do Sudeste do Brasil, o estímulo ambiental à quebra da dor-mência dos botões fl orais é o reinício das chuvas que ocorre entre setembro e outubro.

O período de dormência do cafeeiro no Sudeste

Brasileiro está associado a um período de défi cit hídrico e baixa temperatura. Neste período ocorre também uma grande redução no crescimento vegetativo do cafeeiro.

O cafeeiro arábica suporta défi cits hídricos de até 150 mm sem maiores prejuízos ao desenvolvimento vegetativo das plantas e sem consequências signifi cativas para a safra a ser colhida no ano seguinte.

d. Antese ou abertura das fl ores ou fl orada propria-mente dita

A antese ou a abertura das fl ores ou a fl orada propria-mente dita do cafeeiro ocorre após um período de estiagem seguido por períodos de chuvas. É necessário um período seco para quebrar a dormência dos botões fl orais, que per-manecem em repouso até a ocorrência das chuvas.

O choque hídrico, causado pela chuva ou irrigação, é o principal fator para desencadear a fl orada. Entretanto, ou-tros fatores, como um acentuado aumento da umidade rela-tiva do ar, mesmo nos cafeeiros que não receberam água das chuvas ou das irrigações, poderá também provocar a fl orada.

Normalmente, em setembro ou outubro (fi nal do período seco do ano) ocorrem as primeiras chuvas e tem início o desenvolvimento das fl ores. A abertura das fl ores ocorre, em geral, de 8 a 12 dias após as primeiras chuvas ou irrigações (8 a 10 mm) e logo depois, verifi ca-se a queda das pétalas (fase pós-fl orada).

Em lavouras submetidas a um período de defi cit hí-drico observa-se com frequência uma fl orada principal com grande intensidade e fl oradas secundárias. Entretanto, nos cafeeiros que receberam água com muita frequência na fase da dormência, os botões fl orais crescem de forma

Flor do cafeeiro

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40AGO 2012

CAFÉ

indefi nida, resultando em fl oradas sucessivas. As fl oradas sucessivas resultam na necessidade de várias colheitas, o que, num sistema de manejo mecanizado (tratos culturais e colheita), representa uma grande desvantagem e aumenta o custo de produção do cafeeiro.

Nesta fase da cultura, defi cit hídrico e temperatura am-biente elevada, provocam a morte dos tubos polínicos pela desidratação, causando o abortamento das fl ores, resultando nas conhecidas “estrelinhas”.

Outro fator importante na fl orada é o enfolhamento do cafeeiro. Portanto, pragas, doenças, desequilíbrios nutricio-nais e a colheita podem afetar a área foliar do cafeeiro e irão prejudicar o pegamento da fl orada e contribuir para a queda precose dos frutos (aborto fl oral).

As folhas são extremamente importantes para assegu-rar o bom desenvolvimento e vingamento dos botões fl o-rais. Um cafeeiro bem enfolhado tem maior quantidade de carboidratos e um fornecimento mais efi ciente de água aos botões fl orais.

Nesta fase da cultura, chuvas de baixa intensidade e alta luminosidade favorecem a fotossíntese das plantas e são decisivas no pegamento da fl orada.

Além dos fatores climáticos mencionados acima (chu-vas, temperatura e luminosidade), a carga de frutos das plan-tas também afeta signifi cativamente a produção da safra pos-terior. Elevada produção no ano, associada a um forte défi cit hídrico, normalmente refl ete negativamente na produção do ano seguinte.

O que vem a ser um cafeeiro ideal?Até o presente momento, abordamos a fl orada, as suas

diferentes fases e as interações com o ambiente e nutrição.A partir deste momento, vamos responder de forma

bem suscinta, os questionamentos abaixo:• O que vem a ser uma lavoura de café ideal?• Qual o segredo para uma lavoura de café produtiva ao

longo de várias safras?Para responder as duas perguntas, basta observar as

lavouras com alta performance ao longo de várias safras. São lavouras que possuem um sistema radicular bem desenvolvi-

do no perfi l do solo e área foliar abundante e saudável.Portanto, o cafeicultor tem que adotar práticas cul-

turais que estimulem o desenvolvimento do sistema radicu-lar na maior profundidade possível e mantenha uma área foliar exuberante.

A frutifi cação do cafeeiro, fase posterior a fl orada, ne-cessita de uma grande demanda de carboidratos provenien-tes da fotossíntese notadamente nos cafeeiros com grande carga pendente. Portanto, é crucial uma área foliar abun-dante e saudável para suprir a demanda dos grãos em de-senvolvimento e manter o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro.

Infelizmente, os maiores erros da grande maioria dos cafeicultores ocorrem no plantio do cafeeiro. Neste momen-to, é usual a subdosagem de nutrientes notadamente o fós-foro, um dos nutrientes responsáveis pelo desenvolvimen-to do sistema radicular do cafeeiro. Em muitos programas nutricionais, o boro é relegado a um segundo plano e em muitas situações, nem consta das adubações de solo.

Em muitas situações, os cafeicultores aplicam doses de calcário abaixo das necessidades dos solos. É importante re-alizar a calagem elevando a saturação de bases para a faixa adequada ao cafeeiro (V = 60 a 70%). A gessagem deve ser utilizada em solos com impedimento químico nas camadas subsuperfi ciais para estimular o aprofundamento do sistema radicular.

A defi ciência do magnésio afeta inicialmente o cres-cimento das raízes, antes mesmo de qualquer alteração na parte aérea do cafeeiro. É importante ressaltar que a defi -ciência do magnésio compromete a produção de clorofi la, local aonde ocorre a fotossíntese e a produção dos fotoassi-milados. A defi ciência do magnésio em cafeeiros com carga pendente muito grande é um dos principais responsáveis pelo depauperamento do cafeeiro e acentua a bianualidade.

Lavouras com alta carga pendente demandam grandes quantidades de carboidratos que são provenientes da fotos-síntese.

Resumo:CAFEEIRO PRODUTIVO = SISTEMA RADICULAR DE-SENVOLVIDO EM PROFUNDIDADE + ÁREA FOLIAR EXUBERANTE E SADIA

Recomendações de uso dos produtos Bio Soja para a fl orada do cafeeiro

O programa nutricional Bio Soja para a fl orada do cafeeiro tem três objetivos:

Objetivo 1. Nutrição equilibrada e balanceada do cafeeiro;

Objetivo 2. Desenvolvimento do sistema radicular horizontal e em profundidade;

Objetivo 3. Manter uma área foliar exuberante e sadia.

A partir deste momento, vamos dividir o programa nu-tricional Bio Soja para a fl orada do cafeeiro em duas etapas: adubações antes e adubações depois da fl orada do cafeeiro.

A. Adubações antes da fl orada do cafeeiroAs adubações realizadas nesta fase cafeeiro em

produção são aquelas realizadas depois da colheita e antes da fl orada do cafeeiro.

Flor estrelinha (fl or anormal).

Page 41: Edição 72 - Revista de Agronegócios

41AGO2012

CAFÉA.1. Adubações de soloNesta fase da cultura, realizar a aplicação de nitrogênio,

fósforo, potássio, magnésio, enxofre e boro no solo.A forma mais efi ciente para o fornecimento de fósforo

ao cafeeiro em produção é a aplicação de fertilizantes organominerais enriquecidos com este nutriente (Fertium® Phós) na dosagem de 400 a 800 kg/ha. Aplicar a maior dosa-gem do produto em solos com baixo teor de P (P resina < 13 mg/dm3) e com alta expectativa de produtividade (≥50 sacas benefi ciadas/ha).

Em cafeeiros em produção fertirrigados, realizar a apli-cação de parte do fósforo nas primeiras irrigações do cafe-eiro. Aplicar o Irrigamax® 13-40-13 na dosagem de 70 kg/ha. Os produtos Irrigamax® possuem baixo índice salino (isento de sódio e cloro) e baixo poder acidifi cante, características ideais para a utilização em fertirrigação.

Em cafeeiro em produção principalmente em lavou-ras com elevada carga pendente, a defi ciência de magnésio é generalizada mesmo em solos com teor adequado do nutri-ente. A demanda do cafeeiro por este nutriente é muito ele-vada e é necessário o seu fornecimento no solo na dosagem de 45 a 60 kg/ha.

A dosagem do boro no cafeeiro em produção varia de 2 a 6 kg/ha sendo que as maiores dosagens do nutriente de-vem ser utilizadas em cafeeiros com alto potencial produ-tivo (≥50 sacas benefi ciadas/ha) e em solos com baixo teor do nutriente (B < 0,6 mg/dm3). A dosagem máxima de boro por aplicação no solo deve ser de 4 kg/ha. Em cafeeiro fertir-rigados, a dosagem do boro deve ser parcelada a partir das primeiras irrigações até fevereiro do ano seguinte.

O Gran Boro Mag ou o Gran Mix Visão são fertili-zantes granulados de solo fornecedores de boro e magnésio ao cafeeiro. Para o fornecimento das dosagens de magnésio e boro mencionadas anteriormente, aplicar de 150 a 300 kg/

ha do Gran Boro Mag ou do Gran Mix Visão sendo que a dosagem máxima por aplicação é de 200 kg/ha.

O Gran Mix Visão é um fertilizante granulado mais completo fornecendo magnésio, enxofre, boro, manganês e zinco ao cafeeiro e deve ser direcionado para os solos sob vegetação de cerrado.

Antes da fl orada do cafeeiro, aplicar de 20 a 30% da dosagem recomendada de nitrogênio e potássio. Aplicar de 60 a 70% do nitrogênio e do potássio entre a fl orada e o fi nal de dezembro e o restante da dosagem dos nutrientes até o início de março. Em cafeeiros fertirrigados, a dosagem do nitrogênio e potássio deve ser parcelada a partir da primeira irrigação após a fl orada do cafeeiro até o início de março do ano seguinte. Evitar a aplicação de fertilizantes nitrogenados e potássicos acidifi cantes e com alto índice salino utilizando preferencialmente os produtos da linha Irrigamax®.

A.2. Adubações foliaresNormalmente, no início da fl orada do cafeeiro, os teo-

res foliares dos nutrientes estão abaixo da faixa adequada ao cafeeiro.

Além disso, em muitas lavouras, pode ocorrer um des-folhamento acima do aceitável que pode ser causado por uma estação seca muito prolongada, alta incidência de pra-gas e doenças, colheita do café e desequilíbrios nutricionais.

Neste caso, é recomendável a aplicação foliar do Bio-amino® Extra antes da fl orada do cafeeiro. Este produto é um fertilizante fl uido com alta concentração de compos-tos orgânicos solúveis em água de cadeia curta, de origem vegetal e é obtido através de processos controlados de bio-fermentação. O Bioamino® Extra atua no metabolismo do cafeeiro maximizando o seu potencial produtivo e auxili-ando na recuperação do cafeeiro após o défi cit hídrico e da colheita.

Page 42: Edição 72 - Revista de Agronegócios

42AGO 2012

CAFÉOs principais benefícios do Bioamino® Extra estão es-

pecifi cados abaixo:

• Melhora a nutrição do cafeeiro com a quelatização dos nutrientes catiônicos, tais como, Cu2+, Fe2+, Mn2+ e Zn2+;

• Recuperação mais rápida do cafeeiro submetido aos estresses causados pelas adversidades climáticas, tais como, défi cit hídrico, geadas e variações bruscas de tempe-raturas;

• Maior desenvolvimento vegetativo do cafeeiro fa-vorecendo a fotossíntese e a produção de carboidratos;

• Maior desenvolvimento radicular favorecendo a absorção de água e nutrientes;

• Maior pegamento e uniformidade da fl orada e da frutifi cação do cafeeiro;

• Melhora a qualidade dos grãos do cafeeiro;• Reduz a bianualidade estimulando o desenvolvi-

mento radicular e vegetativo do cafeeiro;• Maior produtividade do cafeeiro.

A aplicação de Ca e B antes e logo após a fl orada do cafeeiro aumenta o pegamento das fl ores e dos chumbinhos proporcionando maior produtividade na cultura (Tabela 1).

O NHT® Cálcio Super é um fertilizante fl uido com alto teor de cálcio ao cafeeiro (417,5 g/L) e é produzido com carbonato de cálcio nanoparticulado originando partículas extremamente pequenas. O NHT® Cálcio Super possui baixo índice salino, característica ideal para as aplicações foliares antes e depois da fl orada do cafeeiro.

O NHT® P-Boro-P é um fertilizante fl uido com alto teor de boro ao cafeeiro (103,7 g/L) com uma formulação diferenciada. O boro é complexado com poliol, garantindo maior translocação do nutriente no fl oema das plantas pro-porcionando um melhor aproveitamento deste nutriente pelo cafeeiro.

B. Adubações após a fl orada do cafeeiro

B.1. Adubações de soloApós a fl orada do cafeeiro, realizar o fornecimento do

nitrogênio e potássio. A dosagem do nitrogênio e potás-sio em cafeeiro em produção é de 250 a 500 kg/ha. A maior dosagem dos nutrientes é para as maiores expectativas de produtividade e para solos com baixo teor de potássio. Em cafeeiros com alta expectativa de produtividade (>70 sc be-nefi ciadas/ha), a dosagem destes nutrientes pode chegar a 550 kg/ha.

Maiores informações sobre o parcelamento do ni-trogênio e potássio, consultar o item A.1. (adubações de solo antes da fl orada do cafeeiro).

B.2. Adubações foliaresRealizar a segunda aplicação do NHT® Cálcio Super,

NHT® P-Boro-P e do Bioamino® Extra nas mesmas dosagens realizadas antes da fl orada do cafeeiro. Além disso, iniciar as aplicações foliares dos micronutrientes (Tabela 2).

O Fertilis® Mol é um fertilizante foliar líquido fornece-dor de molibdênio ao cafeeiro. Este nutriente tem ação dire-ta no aumento da efi ciência das adubações nitrogenadas no cafeeiro. O molibdênio é constituinte da enzima, redutase do nitrato, responsável pela conversão inicial do N-nítrico (N-NO3

-) em N orgânico orgânico (aminoácidos, proteínas, clorofi la e demais compostos nitrogenados).

Em lavouras com defi ciência de manganês, realizar a aplicação do NHT® Manganês + na dosagem de 6 a 8 L/ha parcelando a dosagem entre 3 e 5 aplicações anuais inici-ando após a fl orada do cafeeiro.

Em lavouras com baixo teor de cobre nas folhas, reali-zar a aplicação do NHT® Cobre Super na dosagem de 450 a 600 mL/ha parcelando a dosagem entre 3 e 5 aplicações anuais iniciando após a fl orada do cafeeiro.

Considerações gerais

A fl orada é uma das fases mais críticas do cafeeiro e é neste momento que é defi nida a produtividade máxima da cultura. Entretanto, diversos fatores do cafeeiro e ambien-tais ou ambos podem infl uenciar negativamente nas fases posteriores e podem comprometer a produtividade da cul-tura.

Portanto, a missão dos cafeicultores e dos profi ssionais da área agronômica é reduzir ao máximo a infl uência destes fatores para atingir altas produtividades no cafeeiro.

Basicamente, cafeeiro produtivo ao longo de sucessivas safras é aquele que possui um sistema radicular bem desen-volvimento no perfi l do solo e uma área foliar exuberante e sadia.

Com um manejo nutricional mais equilibrado e ba-lanceado, o cafeeiro tem condições de produzir altas produ-tividades em safras sucessivas, minimizando a morte das raízes, a seca dos ponteiros e reduzindo a sua bianualidade.

Maiores informações sobre os produtos Bio Soja para a fl orada do cafeeiro, entrar em contato com a Bio Soja via representante comercial (verifi car o telefone de contato – www.biosoja.com.br) ou via e-mail - [email protected].

TRATAMENTO

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Tabela 1: Efeito da aplicação do cálcio e boro no pegamento da fl orada e na produtividade do cafeeiro.

PEGAMENTO DA FLORADA (%)

PRODUTIVIDADE EM SC BENEFICIADAS/ha

TestemunhaCálcio via foliarBoro via foliarCálcio e boro via foliar

33485153

Fonte: Adaptado de Santinato et al. (1990).

ÉPOCA DE APLICAÇÃO

Tabela 2: Adubações foliares antes e após a fl orada do cafee-iro..

PRODUTOS DOSAGEM POR HECTARE

750 mL a 1 L1 L

1 a 1,5 L1 L

100 a 200 mL750 mL a 1 L500 mL a 1 L

1 a 1,5 L150 a 300 mL

250 mL100 a 200 mL

NHT® CálcioNHT® P-Boro-PBioamino® ExtraNHT® MagnésioNaft® ou Silkon®

NHT® CálcioNHT® P-Boro-PBioamino® ExtraNHT® ZincoFertilis® MolNaft® ou Silkon®

ANTES DA FLORADA

PÓS-FLORADA (30 DIAS APÓS A FLORADA)

[email protected]

Page 43: Edição 72 - Revista de Agronegócios

43AGO2012

CAFÉ

O Brasil, que já avançou em produtividade na cafei-cultura, com média de 25 a 30 sacas por hectare, tem condições de ampliar ainda mais seu poten-cial por meio do manejo das lavouras e alcançar

entre 30 e 35 sacas por hectare. Várias cultivares melhora-das já estão à disposição do produtor e algumas pesquisas prometem maior efi ciência à atividade, como a mecanização do café robusta e o plantio do capim braquiária em meio à plantação.

Grande parte dos estudos é feita pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, iniciado há 15 anos. Formado por cerca de 40 instituições, entre elas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Epamig, Iapar, o consórcio traz em seu currículo o maior programa de estudos sobre café no mundo.

Pesquisa como o estresse hídrico controlado, que pos-sibilita a maturação uniforme dos frutos, colaborou para a diminuição da bienalidade da espécie arábica, em que um ano de alta produção é seguido por outro de menor colheita. A tecnologia desenvolvida para o Cerrado, combinada à nu-trição equilibrada e irrigação, proporciona maior produtivi-dade e crescimento do cafeeiro.

Outra aposta dos pesquisadores é o plantio de braqui-

Consórcio Nacional do Café valida novaNOVA TÉCNICA QUE DIMINUI CUSTOS

ária entre os pés de café, que inibe as plantas invasoras e reduz a aplicação de herbicidas, provocando a redução dos custos e menor impacto ambiental. Depois de roçada, a bra-quiária forma uma camada de nutrientes para a planta, prin-cipalmente o fósforo, que fi ca retido no solo. O nutriente garante energia para a planta, forma novos ramos, e aumenta a produção.

O estudo está prestes a ser validado. Os testes começaram em 2007 em alguns plantios de Minas Gerais, oeste da Bahia e Goiás. A previsão, de acordo com Antonio Fernando Guerra, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Café, é que em pouco tempo a técnica esteja sendo empregada na maior parte do sistema produtivo.

Na região de Franca (SP), vários cafeicultores adotam esta prática há alguns. Destaque para Antônio Carlos David, que adaptou o manejo da braquiária em seu cafezal com a aplicação de microorganismos (Bokashi), fertilizantes foli-ares (Nutriplant) e a colheita mecanizada. Técnica esta que diminuiu consideravelmente os custos, centralizou as opera-ções de colheita em um determinado período, eliminou em alguns anos a necessidade de varrição, além de reduzir a in-festação com broca. (Fonte: Adaptado de Valor Econômico/Carine Ferreira). A

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44AGO 2012

CAFÉ

Poda dos cafeeiros Conilon: preparandoA LAVOURA PARA AS PRÓXIMAS SAFRAS

Terminado o período de colheita do café Coffea canephora (Conilon ou Robusta), é hora de fazer a poda para preparar as plantas para as próximas safras. A técnica deve ser realizada no período de

estiagem entre o término da colheita e, quando possível, o primeiro fl orescimento. Nos cafeeiros da espécie C canepho-ra, os ramos horizontais e os verticais que estiverem esgota-dos devem ser eliminados pela poda, permitindo-se assim, a renovação parcial ou total do cafezal para novos ciclos de produção.

Os ramos horizontais, também conhecidos como ra-mos produtivos, guias ou plagitrópicos, são os responsáveis pela produção dos frutos de café, enquanto que os ramos ou hastes verticais, conhecidos tecnicamente como ortotrópi-cos, são os responsáveis pela sustentação dos ramos produ-tivos. As hastes ortotrópicas devem ser podadas de acordo com o tipo de manejo de ortotrópicos proposto, enquanto que a poda ramos produtivos deve ser realizada todo ano, a partir da primeira safra, independentemente do manejo de ortotrópicos recomendado.

Para a poda dos ramos horizontais, devem ser elimina-dos todos aqueles da parte inferior da planta, que já produzi-ram frutos em pelo menos 70% de sua extensão. Esse proce-dimento também é conhecido como derrama ou retirada da “saia” do cafeeiro. De maneira geral, a planta é visualmente dividida em três partes, sendo eliminados os ramos do terço inferior. Na prática, esses valores podem ser diferenciados, ou seja, em anos em que houve baixa produtividade, deve-se eliminar menos plagiotrópicos, enquanto que nas safras de alta produtividade podem ser eliminados mais ramos.

As hastes ortotrópicas devem ser eliminadas sempre que atingirem altura que difi culte os tratos culturais, tais como aplicação de produtos químicos (fungicidas, insetici-das, acaricidas e adubos foliares) e colheita. Na prática, es-ses ramos devem ser mantidos por três ou quatro colheitas,

dependendo do manejo adotado. Em Rondônia, existem três tipos de podas de ramos ortotrópicos praticadas atualmente: poda tradicional, recepa parcial e recepa total.

O sistema de poda de produção tradicional (anual) consiste na renovação anual de 1/3 a 1/4 das hastes verticais da planta. Após completar um ciclo de poda, a planta apre-senta hastes podadas com um, dois, três e quatro anos de idade dependendo da quantidade eliminada por ano.

No sistema de “recepa parcial”, o número de hastes ortotrópicas é defi nido durante a formação da lavoura, preferencialmente após indução para formação de copa (envergamento ou capação) dos cafeeiros. Estas hastes, em número de três ou quatro, são conduzidas pelo período de quatro a cinco anos (três a quatro produções), após os quais há a eliminação de 3/4 dos mesmos, restando apenas uma ou duas hastes por planta, que funcionam como “pulmão”, per-mitindo o crescimento mais rápido dos novos ramos, além de manter a produção da lavoura, uma vez que podem pro-duzir até 40% da colheita anterior. No ano seguinte à recepa parcial, após a seleção de brotos para substituição das hastes antigas, promove-se a eliminação dos ortotrópicos remanes-centes depois da safra. Essa poda é semelhante à Poda Pro-gramada de Ciclo (PPC), realizada por agricultores do estado do Espírito Santo.

A recepa total consiste em conduzir o número de hastes verticais desejado, três a quatro, por um período de cinco anos (quatro anos de produção), após os quais é realizada a poda drástica, em que todos os ortotrópicos são eliminados à altura de 20 a 40 cm do solo.

A principal diferença entre as recepas parcial e total é a manutenção do ramo “pulmão”, que tem como função fornecer energia para as novas brotações, além de possibili-tar colheita de frutos, embora pequena, na produção do ano seguinte à poda dos ortotrópicos. (Fonte: Agroclima Portal do Agricultor / Embrapa) A

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45AGO2012No fi nal de julho, a Federação dos Cafeicultores do

Cerrado mais uma vez inovou e formou o Grupo de Embaixadores da Região do Cerrado Mineiro. O Grupo de Embaixadores é constituido por co-

laboradores das nove cooperativas e sete associações de ca-feicultores que integram a Região do Cerrado Mineiro e são associadas a Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Os Embaixadores serão os responsáveis em suas en-tidades e municípios por liderar a Estratégia de Marca da Região do Cerrado Mineiro e coordenar as ações de Comu-nicação e Marketing Desenvolvidas em conjunto pela Fe-deração dos Cafeicultores do Cerrado, entre elas o Projeto Amantes do Café e os programa de Rádio Minuto do Café e Bate Papo com Produtor, além de em suas entidades gerir os materiais de comunicação visual de acordo com a estratégia de Marca da Região do Cerrado Mineiro.

Trata-se de uma estratégia inovadora e pioneira no Brasil em termos de gestão de marca coletiva. A Região do

CAFÉ

Federação dos Cafeicultores do Cerrado formaGRUPO DE EMBAIXADORES DO CERRADO MINEIRO

Cerrado Mineiro é a maior Indicação Geográfi ca em Café no Brasil, abrangendo 55 municípios e uma área de 170.000 ha de café. Isto exige um esforço coletivo e bem direcionado na divulgação e promoção, um engajamento que envolva desde os produtores, comunidade, mercado e consumidores, uma verdadeira integração da cadeia produtiva.

Juntos, os Embaixadores da Região do Cerrado Minei-ro irão criar o Plano de Comunicação da Região do Cerrado Mineiro para 2013, contendo uma série de ações de valori-zação da Região.

Para Juliano Tarabal Diretor de Marketing da Federa-ção dos Cafeicultores do Cerrado “para se trabalhar estraté-gias de desenvolvimento de território e gestão de uma marca coletiva o nível de engajamento de toda a região deve ser muito alto, e agora com os Embaixadores da Região nosso esforço ganhara uma força muito grande pois teremos ex-celentes profi ssionais, cada um em sua entidade e município promovendo a Região do Cerrado Mineiro”. A

Page 46: Edição 72 - Revista de Agronegócios

46AGO 2012

SILVICULTURA

Sistemas Silvipastoris: combinação possívelENTRE ÁRVORES E PASTAGENS (parte 1)

1. Introdução - ConceitoAgrofl oresta é um sistema de manejo de recursos natu-

rais, dinâmico, baseado na ecologia, que diversifi ca e sustenta a produção por meio da integração de árvores nas fazendas e na pai-sagem agrícola, visando aumentar os benefícios sociais, econômi-cos e ambientais para usuários da terra, em todos os níveis. Sistemas silvipastoris são uma das modalidades de istemas agrofl orestais. Re-sumidamente, sistemas silvipastoris são sistemas nos quais forragei-ras e/ou animais e árvores são cultivados, simultânea ou seqüen-cialmente, na mesma unidade de área.

As árvores são sub-utilizadas nas propriedades rurais. A ar-borização das pastagens permite repovoar de forma ordenada áreas de pastagens a céu aberto, para proteger o rebanho dos extremos climáticos e ainda obter serviços ambientais e diversifi cação de produtos fl orestais e pecuários. Árvores são um investimento de longo prazo, e podem ser utilizadas no manejo do risco econômi-co, no planejamento da aposentadoria e como forma de transferir riqueza entre gerações.

2. Porque estabelecer sistemas silvipastoris?É necessário um planejamento cuidadoso para

capturar todos os benefícios da presença das árvores no espaço rural. As árvores produzem madeira e ou-tros bens fl orestais (resinas, produtos medicinais), combatem a salinidade e problemas de alagamento, protegem e conservam os solos, provém sombra e abrigo para outras plantas e animais, conservam e en-corajam a biodiversidade, melhoram a beleza cênica.

Os sistemas silvipastoris diminuem os impactos ambientais negativos, inerentes aos sistemas conven-cionais de criação de gado, por favorecerem a restau-ração ecológica de pastagens degradadas, diversifi can-do a produção das propriedades rurais, gerando lucros e produtos adicionais, ajudando a depender menos de insumos externos (como adubos, postes e mourões), permitindo e intensifi cando o uso sustentável do solo, além de outros benefícios.

Produção Sistemas silvipastoris podem fornecer alimento

para pessoas e para o gado, madeira, lenha, postes e mourões, frutos e castanhas, resinas, pasto apícola, entre outros produtos. A utilização das árvores para a produção de madeira envolve planejamento e conhe-cimento das opções, necessidade de mão de obra e/ou treinamento de pessoal, produção esperada, custos, taxas, mercado e riscos envolvidos. O preço da ma-deira é afetado não só pela qualidade e espécies, mas também pelo custo de colheita e transporte, facili-dade de acesso durante todo o ano e pela regularidade de produção. A associação de pequenos produtores pode permitir a comercialização de volumes maiores, aumentando o preço da madeira, e ainda pode viabi-lizar a utilização de serrarias portáteis, que agregam valor ao produto comercializado. A produção de ma-deira leva tempo, e para maximizar os benefícios, os sistemas implantados devem utilizar o maior número de benefícios possível da presença das árvores, como proteção dos ventos e sombra.

Na Grã-Bretanha, sistemas silvipastoris com ovinos e Acer pseudoplatanus, na densidade de 400 árvores/ha, não mostraram qualquer redução na produção anual do gado mesmo aos 12 anos de cres-cimento das árvores. No caso de espécies de cresci-mento mais rápido como Larch (Larix europaea) e Ash (Fraxinus excelsior), na mesma densidade, houve redução de 10% na produtividade animal, devido ao sombreamento provocado pelas árvores.

O sombreamento excessivo das gramíneas for-rageiras pode reduzir a produção de matéria seca. Al-ternativas para manter a produtividade incluem po-das e raleamento (desbaste) das árvores, que

Page 47: Edição 72 - Revista de Agronegócios

47AGO2012

SILVICULTURApodem inclusive gerar renda direta (venda de escoras, postes) ou indireta (uso na propriedade rural).

Serviços ambientaisOs sistemas silvipastoris têm um papel impor-

tante no estabelecimento de corredores biológicos, que favorecem o intercâmbio de genes entre populações de espécies, pela polinização e dispersão de sementes, in-terligando fragmentos fl orestais dispersos e isolados.

Além disso, sistemas silvipastoris promovem a conservação e melhoria do olo, por meio da redução da erosão eólica, estabilização dos solos, especialmente nas encostas, ação descompactante das raízes e atividade microbiana (Figura 1). As árvores aceleram a ciclagem de nutrientes, principalmente no caso de plantas fi xa-doras de nitrogênio e com micorrizas, aumentando os nutrientes disponíveis no sistema. A sombra, também, reduzindo o estresse térmico dos animais, auxilia no ganho produtivo dos animais.

As árvores auxiliam a conservação do solo de várias maneiras: reduzem a erosão do solo, aumentam a matéria orgânica do solo, melhoram a estrutura do solo e aceleram a ciclagem de nutrientes. As árvores aju-dam a reduzir a erosão pela redução do fl uxo do vento e de água, mantendo o solo agregado e aumentando a infi ltração.A recuperação de áreas degradadas pode ser auxiliada pela deposição de restos vegetais, incluindo tocos, galhos e liteiras, ao longo de curvas de nível, onde eles podem segurar matéria orgânica e sementes. O aumento nos teores de matéria orgânica do solo e de liteira das árvores ajuda a melhorar a estrutura do solo e aumenta a infi ltração da água pluvial. A germinação das sementes e o desenvolvimento de uma faixa de vege-tação ao longo dessas linhas aumentam, com o tempo, o controle dos fl uxos de água e de vento, bem como a ciclagem de nutrientes As raízes de algumas árvores po-dem penetrar mesmo em solos bastante compactados, auxiliando a capacidade de infi ltração da água.

Árvores exploram camadas de solo de um a mais de cinco metros abaixo do sistema de raízes de culturas anuais e de forrageiras. As raízes trazem utrientes e os depositam na superfície do solo como liteira, que se de-compõe formando a matéria orgânica do solo. A dis-persão desses nutrientes para longe das árvores pode ser alcançada pela rotação de longo prazo entre árvores e culturas/pastagens, pela alimentação dos animais com a forragem oriunda das árvores, e pelo plantio das ár-

vores junto com as culturas/pastagens. As raízes, ao penetrarem o solo, formam poros, que com a decomposição das raízes, auxiliam a infi ltração de água.No ambiente mais ameno sob as árvores, a macrofauna contribui para aumentar a permeabilidade do solo.

A taxa de decomposição da liteira em matéria orgânica é afetada pela relação carbono:nitrogênio no solo. O maior teor de nitrogênio, como é encontrado de modo geral nas leguminosas, acelera a conversão em matéria orgânica. Além disso, o nitrogênio incorporado a partir das leguminosas é menos propenso a sofrer lixiviação que o de fertilizantes comerciais. Algumas espécies de árvores, como Eucalyptus gummifera, aumentam a disponibili-dade de fósforo pela secreção de exsudados da raiz. Árvores que se associam a micorrizas (como Pinus radiata, Eucalyptus mar-ginata) também aumentam o aproveitamento dos nutrientes. Se as árvores são raleadas ou colhidas como madeira, há exportação de nutrientes, que costuma ser menor que as perdas em culturas de cereais. A exportação de nutrientes pode ser reduzida ao se deixar raízes, folhas e casca no local, reduzindo a necessidade de fertilizante para o próximo ciclo de plantio das árvores. O uso de espécies forrageiras para a conservação de solo é uma boa ma-neira de obtenção de retorno econômico de áreas que estão sendo degradadas sob manejo convencional.

O vento transporta muitas pragas, e a proteção das árvores reduz o transporte das pragas para longe de uma área particu-lar e podem simplifi car a necessidade de tratamento. Os quebra-ventos podem servir como uma barreira efetiva para reduzir a contaminação por aspersão, sendo recomendados para sistemas de produção orgânicos. As árvores atraem predadores – aves e in-setos, e podem também aumentar a polinização. Por outro lado, o ambiente mais úmido encontrado sob as árvores pode favorecer a incidência de doenças fúngicas. (Fonte: Anais do Zootec, Campo Grande/MS). Continua na próxima edição.

Controle de erosão com Flemingia macrophylla

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Page 48: Edição 72 - Revista de Agronegócios

48AGO 2012 Em uma palestra realizada na Fazenda Santa Hele-

na, município de Altinópolis (SP), organizada pela Campagro - fi liais de Franca (SP) e Ibiraci (MG), cerca de 60 cafeicultores da região puderam con-

ferir as novidades em bioestimulantes para a cultura.O Engº Agrº Rafael Isaac, da equipe da Campagro - co-

mandada por José de Alencar, gerente da unidade Campagro Franca (SP) e Ibiraci (MG) - iniciou a palestra apresentando os resultados obtidos no trabalho desenvolvido na Fazenda Santa Helena, do cafeicultor Juliano Calil.

Posteriormente, Fransérgio Batista, Gerente de Pes-quisa e Desenvolvimento da Aminoagro, mostrou aos par-ticipantes os pontos positivos obtidos com a adoção de bioe-stimulantes na cultura do café.

Segundo Fransérgio, bioestimulantes são produtos não nutricionais, de ação fi siológica, ricos em moléculas bioati-vas, que vão agir em momentos críticos do ciclo vegetati-vo, fornecendo energia necessária para que a planta tenha grandes incrementos em qualidade e produtividade.

“De maneira geral, esses momentos críticos podem ser de origem fi siológica ou interna (germinação, fl orescimen-to, maturação, etc.) ou mesmo causada por fatores externos (stress hídrico, fi totoxidez, temperatura, pragas, doenças, defi ciência nutricional, etc.). Quando não é feito o manejo adequado, esses momentos trarão perdas signifi cativas ao produtor”, explicou Fransérgio.

Os bioestimulantes mais conhecidos são: aminoácidos, substâncias húmicas (ácidos fúlvicos e húmicos) e os hor-mônios vegetais. A utilização destes produtos tem sido uma crescente no mercado agrícola brasileiro por promoverem uma séria de vantagens ao desenvolvimento das culturas.

Campagro e Aminoagro realizam palestra paraCAFEICULTORES EM ALTINÓPOLIS (SP)

EVENTOS

AMINOÁCIDOS• Germinação (o embrião consome aminoácidos pro-

cedentes das proteínas armazenadas no endosperma);• Estimulam um maior enraizamento de estacas em

fl ores e ornamentais;• Atuam diretamente na formação de fi tohormônios;• Melhoram a resistência em condições de estresse;• Agem regulando o balanço hídrico da planta em

situações de stress;• Funcionam como agente quelante natural de metais;• São fonte de energia para o vegetal quando forne-

cidos de forma exógena, por serem matéria-prima para proteínas e fonte direta de carbono.

SUBSTÂNCIAS HÚMICAS (ácidos fúlvicos e húmicos):• Estimulam o enraizamento;• Atuam como quelante de metais;• Possuem grande efeito estimulante;• São alimento de microorganismos benéfi cos;• Auxiliam na regulação do potencial osmótico in-

tracelular;• Melhoram as condições físicas do solo.

HORMÔNIOS VEGETAIS • São responsáveis por iniciar, terminar, acelerar e de-

sacelerar os processos vitais das plantas;• São responsáveis pela germinação, enraizamento,

desenvolvimento vegetativo, fl orescimento e senescência dos vegetais;

• Ativam o metabolismo celular.

Confira as vantagensDOS BIOESTIMULANTES

José Mário Jorge (cafeicultor), José de Alencar (Campagro), Samir Aha-mad (Aminoagro), Gustavo Cavaroli (Aminoagro), Juliano Calil (propri-etário da Fazenda Santa Helena), Rafael Isaac (Campagro) e Fransérgio Batista (Aminoagro).

crescente no mercado agrícola brasileiro por promoverem A

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Page 49: Edição 72 - Revista de Agronegócios

49AGO2012

Regional da CATI-Franca premia AgricultoresEVENTOS

A comemoração pelo Dia do Agricultor na região de abrangência da CATI-Franca foi realizada no dia 26 de julho

na Associação Recreativa Pedregulhense, em Pedregulho (SP).

O encontro reuniu mais de 500 participantes dos 13 municípios que compõem a Regional de Franca. Esti-veram presentes agricultores, repre-sentantes de todas as prefeituras, alguns prefeitos, alguns vereadores, presidentes de Conselhos Municipais de Desenvolvi-mento Rural, presidentes de Sindicatos Rurais, o representante do Senar/Faesp e representantes de associações e coope-rativas.

A programação contou com uma palestra sobre cooperativismo e associa-

tivismo, proferida pelo Engº Agrº Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organiza-ção das Cooperativas do Brasil (OCB), e uma apresentação do Programa de Desen-volvimento Rural Sustentável – Microba-cias II – Acesso ao Mercado, feita pelo Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelar, diretor da CATI Regional Franca.

Também houve a entrega de placas comemorativas, que homenagearam um produtor de cada município da Regional. “É fundamental valorizarmos os agricul-tores. Esse evento local permitiu incen-tivarmos e homenagearmos os cerca de 5.500 produtores da Regional, que são nos-sos principais parceiros. As Casas da Agri-cultura estão de portas abertas para recebê-los”, diz Pedro Avelar.

Antônio Carlos David é homenageado por Franca (SP), ao lado de sua esposa Marlize e as fi lhas, Marina, Márcia e a pequena Maísa.

O agricultor Paulo Roberto Lucca (a di-reita) foi homenageado por Rifaina (SP).

O agricultor Láecio Aylon Ruiz (a esquerda) é homenageado pelo município de Restinga (SP).

O agricultor Divino de Carvalho Garcia (a esq.) foi homenageado por Patrocínio Paulista (SP).

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Page 50: Edição 72 - Revista de Agronegócios

50AGO 2012

HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DE FRANCA (SP)Os agricultores Antônio Carlos David e a esposa Marlize (à esquerda) e Luis Giovani Basso e a esposa (à direita) recebem homenagem da Câmara Mu-nicipal, da CATI-Franca, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ru-ral, da Prefeitura de Franca e do Sindicato Rural de Franca, através da lei municipal criada pelo vereador Miguel Laércio Mathias (ao centro).

Maurício Mendonça (à esq.) foi ho-menageado por Cristais Pta (SP).

Odair Ferreira Oliveira (à esq.) foi homenageado por Altinópolis (SP).

Sebastião Lourival Claro (à esq.) foi homenageado por Batatais (SP).

Hélio Ribeiro Mendes (à esq.) foi ho-menageado por Rib. Corrente (SP).

Antônio Zero (ao centro.) foi ho-menageado por Pedregulho (SP).

João Bosco Mara (à esq.) homenagea-do por Sto. Antônio da Alegria(SP).

João Zaneti Neto (à esq.) foi home-nageado por São José B. Vista (SP).

Luiz Carlos Bergamasco (à esq.) foi homenageado por Jeriquara (SP).

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Page 51: Edição 72 - Revista de Agronegócios

51AGO2012

INSUMO / SERVIÇO

3.9164740471327265

1,30635830

2,40

Jun/2012R$ 0,87 2

Vaca em Lactação (+12 litros)DiaristaRação para Vaca em Lactação (sc 50kg)Farelo de Algodão (sc 50kg)Sal Comum (sc 25 kg)NeguvonTintura de Iodo a 10% (Litro)Remédio para Mastite (Mastilac)Vacina Aftosa (dose)Uréia PecuáriaSulfato de Amônia (sc 50kg)Detergente alcalino (limpeza ordenha)Óleo Diesel (Litro)

LEITE - LITROS NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA 1

3.62144

38,444

12,828,626,54,91,46256322,3

Mai/2012R$ 0,89

3.94146,637,7

4113,129,4

274,91,5575234

2,3

Abr/2012R$ 0,88

3.38540

34,136,111,828,625,14,31,3

52,445,329,32,1

Mar/2012R$ 0,86

3.20043

34,836,111,929,126,34,21,3

55,246,924,82,1

Fev/2012R$ 0,84

3.710554247153130

4,81,6685937

2,5

Jan/2012R$ 0,82

3.333514144143029

4,71,6705637

2,4

Dez/2011R$ 0,84

3.554514044142830

4,91,6645635

2,3

Nov/2011R$ 0,86

3.667464043143127

4,71,8605534

2,2

Out/2011R$ 0,90

1 - Poder de compra do leite. 2 - Preço Médio pago ao Produtor. Fonte: Panorama do Leite - Embrapa CNPGL

3.3154138421331314,61,75449312,2

Set/2011R$ 0,91

MÊSARÁBICA

Tipo 6 BC-Duro(Base Cepea-Esalq)

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

CAFÉ - MÉDIA MENSAL DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES 1

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro. - 1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS.

CANA DE AÇÚCAR

MÊS/ANO

0,47020,49430,51090,49760,50570,48010,50260,52680,52780,51620,49830,48800,4929

Valor ATR mêsR$/kg ATR

Jul/2012Jun/2012Mai/2012Abr/2012Mar/2012Fev/2012Jan/2012Dez/2011Nov/2011Out/2011Set/2011Ago/2011Jul/2011

VALORES DE ATR e PREÇO TON. CANA

53,7454,8155,3154,3354,7954,6254,8855,0054,7754,4254,0653,9654,15

Cana Campo1

(R$/ton.)60,0361,2361,7960,6961,2061,0161,3061,4461,1860,7960,3960,2860,48

Cana Esteira2

(R$/ton.)

Fonte: Orplana e UNICA - Elaboração: UDOP(1) Índice Cana Campo = 109,19 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue no campo.(2) Índice Cana Esteira = 121,97 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue na esteira.

2010280,75278,68279,70282,18289,46305,13302,36313,93328,23327,15355,51387,01

2011 2012433,34495,98524,27524,41530,76515,01457,81470,62511,57490,45493,83491,35

485,04441,31387,49379,53382,65360,31

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Varginha-MG)2010233,75227,78221,52225,50231,90241,43246,82234,09234,76235,00243,80249,51

2011 2012261,43281,00320,00325,00326,59336,43340,95346,09360,00363,50384,00390,00

390,00378,95346,82340,00336,36340,00360,00

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Vitória-ES)2010189,50191,39186,52190,00190,00210,95225,91219,09223,10222,25224,70229,71

2011 2012241,43251,00260,00268,95290,00288,57283,81295,00308,33314,50328,50349,05

350,00346,84322,27320,00316,36320,00335,00

CONILLONTipo 6 - Pen. 13)

(Base Cepea-Esalq)2010173,51168,47173,67158,23160,51167,57171,50171,45170,03173,81187,14192,83

2011 2012206,21214,32215,81220,82231,69226,82218,48222,01233,00244,15269,29297,26

296,51270,64255,29248,66253,75252,44

CONILLONTipo 7 BC

(Base Vitória-ES)2010185,00172,78166,52174,00174,05182,38197,95195,45193,33192,25191,20192,00

2011 2012195,71214,50230,00233,42225,00232,62223,57229,13235,00235,25258,50299,52

300,00284,21272,27254,50252,73260,00275,00

MERCADO

Page 52: Edição 72 - Revista de Agronegócios

52AGO 2012