edição 62 - revista de agronegócios - outubro/2011

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Edição 62 - Revista de Agronegócios - Outubro/2011

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Café: grão atinge maior cotação em 50 anose-mails

RENATO MENDONÇA AGUIAR([email protected])Cafeicultor. São Sebastião do Paraíso (MG). “Solicito a gentileza de atualizar o meu endereço para o recebimento da Re-vista Attalea Agronegócios.”.

SORAYA PIMENTA FARAH([email protected])Engª Agrônoma da BASF e empresária. São Sebastião do Paraíso (MG). “Solicito alteração do meu cadastro pois mudei de endereço.”

RAFAELLA BRAZEmpresária. Piumhi (MG). “Gostaria que alterasse o meu endereço”.

IVONE BARROSO([email protected])Universitária da UNIGRAN. Brasilia (DF). “Gostaria de assinar a revista, pois me ajudaria muito em meu curso ”.

JULIO CESAR TERRA([email protected])Franca (SP). “Quero receber a revista”.

MÁRCIA TOMAZELLA([email protected])Batatais (SP). “Gostaria de agradecer o recebimento da revista este mês. Tanto eu quanto meu pai adoramos. Muito interes-sante”.

ROGERIO LUIZ DE AGUIAR([email protected])Cafeicultor. São Sebastião do Paraí-so (MG). “Bom dia, favor mudar meu endereço de correspondência. Obrigado”.

EDITORIAL

ERRATA• A.ALVES = representante NEW HOLLAND na regiãoNa edição anterior, publicamos infor-mações erradas sobre a 3ª Expoverde. O representante New Holland na região de Franca (SP) é a A.ALVES. A AGROPL é uma empresa de locação de máquinas e prestação de serviços na agricultura.

• IRRIGARE = representante AMAN-CO em Franca (SP)Na edição anterior, publicamos infor-mações erradas sobre a 3ª Expoverde. A Irrigare, que expôs no evento, é representante AMANCO e não NE-TAFIM, que é representada na região pela Bolsa Agronegócios e Bolsa Ir-riga.

O período não poderia ser melhor. O grão cru do café atingiu este mês o melhor preço em 50 anos no país.

Mesmo com oscilações nas bolsas do mundo, o café continua com preços atrativos, benefi ciando o cafeicultor.

Por outro lado, em decorrên-cia de problemas climáticos (primeiro as geadas e posteriormente a seca na época do fl orescimento), associado à redução dos estoques mundiais e au-mento de consumo podem “dobrar de valor”, como alerta Armando Matielli, presidente da SINCAL.

Outro fator relevante, que merece ser destacado, é o fato do café estar mais caro na BM&F Bovespa do que na Bolsa de Nova York.

No tocante ao uso da tecnologia na lavoura cafeeira, ressaltamos maté-ria da Agência Estado que mostra que a bienalidade perde força na cafeicul-tura.

Dentre os eventos, esta edição

destaca a premiação do 9º Concurso de Qualidade de Café da AMSC, edição Dr. Orestes Quércia. Cafeicultores de Pedregulho (SP), Altinópolis (SP) e Cajuru (SP) conquistaram as primeiras colocações nas categorias Micro-Lote, Natural e Cereja Descascado, respec-tivamente.

Queremos parabenizar toda a di-retoria da AMSC, na pessoa do presi-dente André Luiz Cunha, também diretor da Monte Alegre Soluções Agrícolas.

Apresentamos, também, o dia-de-campo realizado pela Syngenta em parceria com a Casa das Sementes. O evento aconteceu na propriedade do cafeicultor Toninho David e compro-vou os benefícios do Programa ForteX-tra na cafeicultura.

Na atividade leiteira, excelente artigo sobre a água, o nutriente esque-cido pela grande maioria de criadores.

Boa leitura a todos.

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.brMÁQUINAS

O setor de máquinas e equi-pamentos, no acumulado de janeiro a julho de 2011, faturou R$ 45,8 bilhões,

10,3% a mais que o registrado no mes-mo período de 2010. O resultado, no entanto, é 2,6% menor que o desem-penho alcançado nos sete primeiros meses de 2008, antes da crise fi nan-ceira internacional.

Em julho, o setor faturou 6,9 bi-lhões, resultado 1,1% superior ao de junho e 10,9% ao de julho de 2010. Os dados foram divulgados pela Associa-ção Brasileira da Indústria de Máqui-nas e Equipamentos (ABIMAQ).

Os setores que apresentaram os melhores resultados foram máquinas

Faturamento do setor de máquinas agrícolas cresce 24,5% em 2011

agrícolas, com aumento de 24,5% no faturamento; hidráulica e pneumáti-ca (15,1%); e bombas e motobombas (11,7%). Os piores resultados foram verifi cados em máquinas têxteis (-38,9%), válvulas (-20,8%) e máqui-nas para plástico (-1,7%).

Segundo a ABIMAQ, a balança comercial do setor esta defi citária este ano em US$ 10,2 bilhões, um rombo 27,3% maior que o registrado no mes-mo período de 2010 (US$ 8,1 bilhões). De janeiro a julho, as exportações so-maram US$ 6,3 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 16,5 bi-lhões, crescimento de 29,5% e 28,1%, respectivamente, comparado a 2010.

Entre os principais destinos das

exportações brasileiras destacaram-se, em valor, os países da América La-tina (47%), seguida de Estados Unidos (18%) e Europa (18%).

Com relação aos desembarques, os destaques foram, em valor, Estados Unidos (25,5%), Alemanha (14%) e China (13,1%).

Para o presidente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, apesar de o fatura-mento do setor ter crescido até agora, o governo precisa intervir nas políti-cas de câmbio e juros para manter o país competitivo. “A competitividade não será restabelecida caso o governo não mexa, urgentemente, na política cambial, nos juros e no custo Brasil”, afi rma. (Fonte: Agência Brasil) A

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EVENTOS

Expoverde supera as expectativas e gera negócios superiores a R$ 1,7 milhão

Com uma movimentação de negócios na ordem de R$ 1,74 milhão, em negócios imediatos e fu-

turos, a Comissão Organizadora da 3ª Expoverde - Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas, Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Orna-mentais, Plantas Medicinais, Plan-tas Nativas, Insumos e Agricultura Orgânica, comemora os resultados alcançados.

Realizada em Franca (SP) no fi nal de setembro, a feira contou com 52 empresas expositoras, que contabilizaram mais de 20 mil con-tatos de negócios. Em quatro dias de evento, 19 mil pessoas visitaram o recinto, adquirindo máquinas, ferramentas, fl ores, plantas orna-

mentais, mudas frutíferas, imple-mentos agrícolas, adubos e serviços relacionados às áreas de agricultura e de paisagismo. Produtores rurais de município da Alta Mogiana e

de Minas Gerais, prestigiaram o evento que contou ainda com a participação do secre-tário adjunto de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Alberto Macedo, que visitou a feira em companhia do prefeito Sid-nei Rocha.

O GANHADOR - Marcial de Souza Ste-fani, cafeicultor do sítio Retiro, região rural do Caetitu, município de Ribeirão Corrente (SP), preencheu a fi cha de inscrição ao visitar a feira e ganhou uma Carreta Agrícola Acton. O prê-mio foi entregue por Claudionor Eurípedes da Silva, presidente da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim, e Alexandre Ferreira, secretário de Desenvolvimento. “É uma forma que encontramos para estimular a participação do produtor rural na Expoverde e, ao mesmo tempo, gerar mais negócios. Para o próximo ano, já estamos estudando qual será o prêmio para o produtor rural que visitar o evento”,

Alexandre Ferreira (Secretário Municipal de Desenvolvimento), Marcial de Souza Stefani (cafeicultor) e Claudionor Euripedes da Silva (presidente da Associação Produtores Rurais do Bom Jardim)

Estande da Oimasa na Expoverde

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.brEVENTOS

afi rma Alexandre Ferreira.

DESTAQUES - O destaque maior fi cou por conta da participação do Banco do Brasil, com estande próprio e orientações direciona-das aos produtores rurais. De acordo com Nori-valdo Rocha, gerente geral do banco, por conta da 3ª Expoverde, R$ 675 mil foram protocola-das em todas as agências do Banco do Brasil. Além disto, o evento aproximou os expositores e os pequenos agricultores do Banco do Brasil e fortaleceu relacionamentos junto à expositores e instituições presentes.

Dentre as empresas expositoras, destaque maior para a Vemafre, concessionária Che-vrolet em Franca (SP). De acordo com André Ferreira, consultor de vendas da Vemafre, a Expoverde facilitou o contato da empresa com os produtores rurais da região de tal forma que, em apenas dois dias, cinco veículos foram co-mercializados (três Camionete S10 e duas Montana).

No setor de máquinas agrí-colas, destaque para a Oimasa, concessionária Massey Fergu-son, que comercializou um tra-tor MF 4297 cabinado. Já a Sami Máquinas (revenda Yanmar Agritech) e o Departamento de Máquinas da Cocapec fecharam a 3ª Expoverde com vários im-plementos comercializados.

No setor de fl ores, orquídeas e plantas ornamen-tais, a Multiverde (viveiro de mudas de Batatais/SP) e a Sa-pucaia Paisagismo (Franca/SP) contabilizaram, cada uma, cinco caminhões de mudas.

No setor de irrigação, o grande destaque fi cou com a Irrigare Sistemas de Irrigação. Segundo Wesley do Carmo Araújo, diretor da empresa, a Expoverde foi muito importante para ampliar o trabalho que a equipe da Irrigare já vinha exe-cutando junto aos produtores rurais da região, bem como fi r-

mar o nome da Amanco no setor de irrigação.

PALESTRAS - Dentre os eventos de difusão de tecnologia, destaque para o 1º Workshop de Cafeicultura da Região de Franca, que contou com a presença dos consultores Hélio Casale e Ales-sandro Oliveira, que apresentaram informações sobre Produtividade

Econômica na Cafeicultura. Mais de 120 cafeicultores de Franca e região participaram do evento.

PRÓXIMO EVENTO - A Comissão Organizadora da Ex-poverde já iniciou os preparativos para a edição 2012 da feira, que acontecerá de 13 a 16 de setembro, no Parque de Exposições “Fernando Costa”.

Estande da Sami Máquinas na Expoverde

Estande da Vemafre Chevrolet na 3ª Expoverde, com o lançamento do Cruze

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EVENTOS

Até 2015, toda área rural do país será atendido por telefonia e internet banda larga

Viver na zona rural tem seus prós, mas também seus contras. Entre as desvantagens, talvez a difi culdade de comunica-ção, tanto via internet quanto por telefone, seja um dos principais desafi os para quem vive no campo. Seja na hora

de conversar com um fornecedor ou negociar a safra, a comunicação é fundamental para o andamento dos negócios. A boa notícia é que, até 2015, produtores rurais das regiões mais longínquas do País poderão ter acesso a esse tipo de serviço, sem que para isso precisem se deslocar até a cidade, por exemplo. É que no dia 30 de junho, o governo fede-ral assinou o Plano Geral de Metas Para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo (PMGU 3).

O texto do decreto número 7.512 determina que a Agência Na-cional de Telecomunicações (Anatel) deve realizar a licitação até abril de 2012 das faixas de frequência de 450 mega-hertz (MHz), voltadas para a telefonia rural e também para a frequência de 2,5 gigahertz (GHz) para a banda larga de quarta geração (4G). Em todo o Brasil, existem mais de 44 milhões de telefones fi xos instalados. Segundo E-duardo Levi, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), cada frequência é utilizada para um fi m específi co. “A de 450 mega-hertz

será a frequência da telefonia rural e transferên-cia de dados”, diz. O PMGU 3 também determina que até outubro deste ano a Anatel adote medidas regulatórias para estabelecer padrões de qualidade, a serem cumpridos pelas operadoras de internet banda larga.

Um dos grupos que se mostraram interessa-dos em operar a área de telefonia e internet ru-ral, no Brasil, é o americano Access Industries. O grupo, que atua no setor de commodities agrícolas, químico, imobiliário, telecomunicações e mídia, é proprietário, entre outras empresas, da Warner Music Group. A holding já detém a concessão para a prestação de serviço de telecomunicações seme-lhante na Suécia. Em entrevista coletiva concedida em junho, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, confi rmou o interesse da companhia es-trangeira. “Pedimos para eles apresentarem a pro-posta à Anatel”, disse.

Por enquanto, os requisitos para concorrer à licitação não foram divulgados. “Ainda não sabe-mos como será feita a licitação. Estamos no aguar-do de mais notícias”, diz. No fi m de julho, uma de-legação brasileira, composta por representantes do Ministério das Comunicações e da Anatel, viajou até a Suécia para conhecer de perto como funciona o sistema de telecomunicações na faixa dos 450 megahertz por lá. Entre as empresas visitadas estão a Ericsson e a Net 1. (Fonte: Isto É Dinheiro) A

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.brCAFÉ

Mudança Climática: Embrapa testa efeitos do CO2

Uma plantação com 35 mil pés de café, em Jaguariúna (SP), teve 12 equipamentos insta-lados (denominados anéis),

que vão liberar o gás carbônico nas plantas de acordo com a direção dos ventos. A intenção dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa A-gropecuária (Embrapa) é saber os efei-tos da mudança do clima em uma das principais culturas agrícolas do Brasil. Os grãos testados serão o ubatã e o catuaí-vermelho, este último um dos mais plantados no País.

“Queremos saber o que vai acon-tecer com a cultura do café em dife-rentes aspectos. Nós vamos monitorar as alterações dessas plantas que rece-beram o gás ao longo do tempo. É a primeira vez no mundo que será tes-tada a resistência do café às alterações climáticas”, disse Raquel Ghini, pesqui-sadora e coordenadora do projeto Cli-mapest, que envolve o Face (sigla para Free Air Carbon Dioxide Enrichment), que simula um aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Os especialistas vão analisar, por um período mínimo de dois anos, o

efeito desta maior concentração sobre os grãos, se há aumento da densidade de pragas, ou mesmo mutações nas doenças, além de constatar se o excesso do gás de efeito estufa prejudicará o sa-bor da bebida.

A necessidade de descobrir tais detalhes é importante para os produ-tores brasileiros, já que o País é o maior produtor e exportador mundial do grão, de acordo com dados do Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abaste-

cimento e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em 2010, o Brasil produziu 48,1 milhões de sacas e a previsão para 2011 é de 43,5 milhões de sacas, redução de 9,5% na comparação com o ano anteri-or, mas que ainda mantém a liderança no cultivo do grão.

Por um período mínimo de dois anos, será observado se o solo da plantação foi afetado, se pragas como bicho-mineiro do café (uma larva que se alimenta da folha e causa buracos nela) e a ferrugem foram afetadas ou sofreram mutações genéticas que difi -cultariam seu combate, além de saber se o período de crescimento se alterou.

“Para chegarmos ao resultado, vamos simular ainda a modifi cação no sistema de chuva devido ao au-mento da temperatura nos próximos anos, conforme previsto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Por isso, a irrigação dos pés de café também passará por alterações”, explica Raquel. O estudo tem investimentos de R$ 2 milhões, parte proveniente do governo federal. parte proveniente do governo federal.

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CAFÉ

A COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agro-pecuaristas, de Franca (SP), premiou, no início de outu-

bro, os cinco melhores lotes de café na categoria Cereja Descascado e Natural do 8º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana.

Cafeicultores de Franca (SP) e Cássia (MG) vencem 8º Concurso de Qualidade de Café da Cocapec

Os vencedores na Categoria Natural. Da esquerda para direita (1º) Sérgio Hiroshi Naka-mura, de Franca/SP; (2º) Antonio Carlos Taveira, de Franca/SP; (3º) Célio Isidoro Pereira, de Itirapina, SP; (4º) Maria Leonor Guimarães, de Cássia/MG; e (5º) José Milton de Sousa, de Franca/SP. Na Categoria Cereja Descascado, Eurípedes Alves Pereira, de Cássia/MG, fi cou em 1º lugar.

O Engº Agrônomo João Alves de Toledo Filho, diretor presidente da Cocapec, discursa na so-lenidade de abertura do evento

O evento aconteceu na matriz da cooperativa, em Franca (SP) e con-tou com a presença do presidente João Alves de Toledo Filho, da diretoria da cooperativa, de cooperados e famili-ares; de Manoel Bertone, Secretário de Produção e Agroenergia do Minis-tério da Agricultura Pecuária e Abas-tecimento (MAPA); e de Gil Barabach, consultor de mercado de Safras & Mer-cados.

A posse do economista Ro-bério Oliveira Silva na Di-reção-Executiva da Orga-

nização Internacional do Café (OIC) acontecerá no dia 1º de novembro, em Londres.

Embora fosse a favorita desde o início, a candidatura brasileira enfrentou a resistência dos EUA e da Alemanha, que fecharam com o candidato do México, Rodolfo Trampe Taubert. Mas a diplomacia venceu. Robério foi aclamado por 77 países produtores.

Atual diretor do Departamen-to do Café do Ministério da Agricul-tura, Robério Silva tem estreita liga-ção com o tema. Foi secretário-geral da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e secretário de Produtos de Base do Ministério do Desenvolvi-mento, além de secretário-geral da Associação dos Países Produtores de Café (APPC) entre 1994 e 2002.

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CAPEBE e Syngenta fi rmam parceria em projetos socioambientais

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CAFÉ

Syngenta e Casa das Sementes realizam dia-de-campo em Franca (SP)

O Engº Agrônomo Flávio Henrique Nascimento apresenta a tecnologia Syngenta para os cafeicultores.

Em evento realizado no fi nal do mês de setembro, a Syngenta, com o apoio da Casa das Sementes, apre-sentou aos cafeicultores da região de Franca (SP) os resultados do Programa Café ForteXtra na lavoura

do cafeicultor Antonio Carlos David, no Sitio Santa Isabel, região do Bom Jardim.

O Programa Café ForteXtra compreende a aplicação de ‘Verdadero’, ‘Priori Xtra’ e ‘Actara’ na cultura do café e, de acordo com o Engº Agrº Flávio Henrique Nascimento, da Syngenta, assegura um excelente controle fi tossanitário com maior vigor, produtividade e qualidade, proporcionado maior rentabilidade ao cafeicultor.

Segundo Toninho David, os produtos da Syngenta - por serem menos agressivos - não interferem no trabalho que ele já vem desenvolvendo há anos com o manejo da braquiária, principalmente nos procedimentos utilizados para decom-posição da matéria orgânica. “No meu cafezal, apliquei 1 kg/ha de Verdadero em 20 de outubro do ano passado. Em 15 de novembro, 0,5 litro/ha de Priori Xtra, mesma quantidade repetida 60 dias após. No início de fevereiro, apliquei 1kg/ha de Actara e fi nalizei na segunda quinzena de abril com 750ml/ha de Alto 100 + 400ml/ha de Vertimec.

O ‘Verdadero’ atua diretamente no sistema radicular, promovendo maior crescimento das radicelas. Posterior-mente, com a aplicação do ‘Priori Xtra’, o objetivo é garantir a sanidade (especifi camente para ferrugem, phoma e cercós-pora) e o vigor das folhas do cafeeiro. Quanto maior a área foliar, maior a intensidade da fotossíntese e, consequente-mente, maior a disponibilidade de energia que a planta terá.

Para fi nalizar o programa, a Syngenta indica o ‘Actara’, um inseticida sistêmico seletivo, utilizado especifi camente con-tra o bicho mineiro e outros insetos sugadores. Toninho Da-vid afi rma, ainda que utiliza, quando necessário, o fungicida ‘Alto 100’. A

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O Engº Agrônomo Edmilson Bezerra (Casa das Sementes) e o cafeicultor Toninho David explicam os benefícios do Programa Café ForteXtra.

Em um talhão de café já em fl oração, o cafeicultor Toninho David acom-panha o Engº Agrº Wanderley Lima Salgado e um cafeicultor de Ibiraci/MG

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A combinação entre oferta escassa, demanda elevada e problemas de liquidez na BM&FBovespa levaram o

mercado futuro de café a uma situa-ção inédita nas últimas semanas. Pela primeira vez, afi rmam participantes do mercado, a commodity negociada em São Paulo está mais cara do que na bolsa de Nova York em um período de safra no Brasil.

Ao longo de 2011, inclusive du-rante o pico da entressafra, quando a oferta é escassa, os contratos futuros na bolsa brasileira operaram sistematica-mente em níveis inferiores aos nova-iorquinos, que servem de referência para a formação dos preços em todo o mundo. O “desconto” em relação a Nova York é considerado o padrão nesse mercado - entre outras razões, devido às diferenças de especifi cação do produto.

Em meados de setembro, porém, houve o que os analistas chamam de “inversão”. O mercado paulista passou a pagar um “prêmio” sobre as cotações internacionais, sob forte pressão devi-do à aposta dos fundos de investimento contra as commodities em meio aos

Café fi cou mais caro na BM&F que em Nova Yorksinais de agravamento da crise global. O diferencial se manteve neste mês, mesmo com a recuperação das cotações em Nova York.

O fenômeno é mais acentuado nos contratos de curto prazo - os lotes para entrega em dezembro chegaram a apresentar um ágio superior a US$ 20 por saca nos últimos dias -, mas tam-bém pode ser observado nos venci-mentos mais longos.

Para Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercados, a BM&FBovespa refl ete um cenário atípico de aperto na oferta, apesar da colheita brasileira recém-encerrada. Gozando de uma situação fi nanceira privilegiada, após a escalada dos preços internacionais ao longo do último ano, os produtores adotaram uma postura defensiva e restringiram a disponibili-dade do café no mercado. “O produtor está dosando as vendas, trabalhando com volumes pequenos e sempre abaixo da linha de consumo, o que obriga o comprador a ser muito mais agressivo”, explica Barabach.

Segundo ele, o mercado nova-iorquino é menos afetado pela postura do produtor brasileiro. “O comprador

estrangeiro tem outras opções. Colôm-bia, América Central e Vietnã estão começando a colher suas safras, então ele pode esperar. No Brasil, o compra-dor não tem opção.”

“O produtor brasileiro tem sido muito bem sucedido em sua estratégia de venda, o que ajudou a sustentar os preços localmente”, afi rma Rodrigo Costa, operador de mercado da Ca-turra Coffee Corporation, em Nova York. Ele observa que os preços na ICE Futures US ajustaram-se mais rapida-mente, “talvez, de forma precipitada”, à expectativa de um menor aperto na oferta global de café na safra 2011/12, com a possibilidade de uma colheita recorde no Brasil no ano que vem.

“Também é possível que o in-vestidor estrangeiro estivesse se ante-cipando a uma desvalorização ainda mais acentuada do real, o que pesaria sobre os preços internacionais do café”, especula o trader. Nos últimos 30 dias, os preços do café verde em Nova York acumularam uma queda de 10% nos contratos para março. As cotações fu-turas também recuaram no Brasil, mas numa intensidade menor: 7,6%.

Analistas afi rmam que a “in-versão” do mercado também refl ete as barreiras impostas ao capital especula-tivo estrangeiro no Brasil, que fi zeram minguar a liquidez. “Quando o dife-rencial sobe, não há especulador para vender e fazer a contraparte dos com-pradores, então temos uma distorção no mercado”, afi rma Eliezer Freitas, analista da corretora Socopa na capital paulista. “Alguns dos maiores inves-tidores que operavam em São Paulo agora estão exclusivamente em Nova York”, observa ele.

A principal barreira é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor desde 2009, que sobretaxa os investidores estrangeiros em 2% nas operações com derivativos fi nanceiros e agropecuários na bolsa de São Paulo. Estima-se que o custo total para os não residentes pode chegar a 8%, uma vez que o tributo incide também sobre os ajustes diários. O resultado é o crescen-te desinteresse pela bolsa paulista. Ap-enas no último ano, o número de con-tratos de café abertos na BM&FBovespa cedeu de quase 16 mil para 6,5 mil.

Ainda é possível se inscrever no curso de pós-graduação em Gestão do Agronegócio Café da Universidade Café

Brasil, que terá início no dia 28 de outubro de 2011, em São Sebastião do Paraíso, município situado ao Sul de Minas Gerais, principal região produ-tora de café de Minas Gerais.

Oferecido por uma parceria entre a Universidade do Café Brasil, a Fundação Instituto de Administra-ção (FIA) e a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (COOPARAÍSO), o programa aborda disciplinas como Economia e Coordenação do Agronegócio Café, Administração Geral, Governança e Cooperativismo, Matemática e Gestão Financeira, Comercialização e Mar-

Universidade do Café oferece pós-graduação em São Sebastião do Paraíso/MG

keting, entre outros temas relaciona-dos à atividade cafeeira.

O curso de especialização lato-sensu, credenciado pelo Ministério da Educação, é composto por um to-tal de 500 horas. Com início em 28 de outubro de 2011, as aulas vão até dezembro de 2012 e acontecem sem-pre às sextas-feiras e aos sábados, em encontros de 14 horas de duração, nas dependências da COOPARAÍSO.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3732-2034.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (35) 3411-7101 e (35) 3411-7098.

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.brFERTILIZANTES

Vendas de fertilizantes crescem 25% no país

As vendas de fertilizantes seguem fortes no Brasil e cresceram 25,6 por cento no acumulado do ano até agosto, estimuladas pelo bom cenário regis-trado para as culturas de soja, milho, cana e café,

mostrou levantamento mensal divulgado pela indústria nes-ta quinta-feira.

Os dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) revelam que os produtores brasileiros já compraram 17,053 milhões de toneladas, contra 13,573 mi-lhões de toneladas em igual período do ano passado.

Os altos preços das commodities agrícolas vêm impul-sionando o ritmo das vendas de fertilizantes neste ano.

Somente em agosto, as entregas do insumo nas reven-das do país totalizaram 3,117 milhões de toneladas, alta de 16,9 por cento sobre o mesmo mês de 2010. Este volume representa o maior já registrado para um mês de agosto, si-milar ao que já aconteceu tanto em junho como julho.

O volume recorde de entregas do setor foi registrado em outubro de 2006, quando as vendas totalizaram 3,438 milhões de toneladas, segundo a Anda. “Tivemos aí uma antecipação de compras, mas também um aumento de con-sumo no primeiro semestre”, afi rmou o diretor executivo Anda, David Roquetti Filho.

Além da demanda para milho safrinha no primeiro se-mestre, os números indicam os esforços de produtores para investir em insumos para o cultivo da safra de verão, sobre-tudo, milho e soja.

No caso da cana, diz o executivo, houve um bom vo-lume de vendas no primeiro semestre, para adubação das

áreas de replantio, em esforço de renovação dos canaviais no Brasil.

Roquetti Filho ressaltou que a relação de troca segue favorável ao produtor. “O preço (do insumo) subiu, mas de forma suave, muito mais lenta que nos picos de 2008, en-quanto os preços de commodites seguem em alta”, explicou.

As importações também tiveram forte alta, saltando 45 por cento, para 12,833 milhões de toneladas no acumulado até agosto, ante 8,884 milhões de toneladas em igual período de 2010.

Já a produção nacional subiu 4,3 por cento, para 6,303 milhões de toneladas entre janeiro e agosto, versus 6,041 milhões de toneladas de 2010.

A despeito da crescente demanda, a indústria local trabalha com uma limitada capacidade de produção e passa por um período de investimentos para ampliar a oferta in-terna, especialmente entre as grandes do setor como a Vale e a Petrobras.

Questionado sobre o cronograma de navios carregados com fertilizantes, o executivo informou que o tempo médio de espera no Porto de Paranaguá, principal via de entrada do produto no país, está em 32 dias e o volume deve continuar constante na faixa de 1,8 milhão de toneladas.

“O ritmo de importações continua fi rme. A grande dúvida do mercado é saber se o consumo será assim tam-bém. Se continuar do jeito que está com todas as variáveis macro (econômicas) atuais, a tendência é que continue como está”, ponderou o executivo. (FONTE: CAPEBE, por Fabíola Gomes) A

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CAFÉ

Cafeicultores de Pedregulho, Altinópolis e Cajuru vencem 9º Concurso da AMSC

Em noite de muito brilho e par-ticipação de convidados espe-ciais, a AMSC - Associação de Produtores de Cafés Especiais

da Alta Mogiana premiou os vence-dores do 9º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana - “Edição Drº Orestes Quércia 2011”.

A festa de premiação aconteceu no Clube de Campo de Franca (SP) e reuniu mais de 500 convidados, entre cafeicultores, empresas parceiras, pre-feitos, vereadores e convidados ilus-tres, como a D. Alaíde Quércia, viúva do ex-Senador Orestes Quércia; do prefeito de Ribeirão Corrente (SP), Sr. Luiz da Cunha Sobrinho e de Manoel Ortolan, presidente da Associação dos Fornecedores de cana do Oeste do Es-tado de São Paulo (CANAOESTE).

Foram premiados os lotes de café acima de 80 pontos, emitidos pelos classifi cadores durante a etapa de Júri e Seleção, realizada no Santoro Café (Franca/SP) entre os dias 8 e 9 de outu-bro último.

Destaque para Leonardo Maran-goni (Pedregulho/SP) fi cou em primei-ro lugar na categoria Micro-Lote, sendo que cada saca do seu café foi arrematado por R$ 2.200,00 pela Eisa Interagrícola durante o leilão realizado logo após a premiação.

Na categoria Cereja Descascado, Versi Crivelenti (Cajuru/SP) mais uma vez conquistou o prêmio. Já na catego-ria Natural, o vencedor foi José Luiz S.

André Luis da Cunha (presidente da AMSC e diretor da Monte Alegre Soluções Agrícolas) discursa na solenidade de abertura, ao lado de Luiz da Cunha Sobrinho (seu pai e prefeito de Ribeirão Corrente/SP), Milton Pucci (diretor de Relações Públicas da AMSC), D. Alaíde Quércia, do degustador aposen-tado Dr. Odilon e Joel Leal Ribeiro (Cati-Franca).

Palma (Altinópolis/SP).José Luiz Palma e Flávia Lancha

Olivito (Cristais Paulista/SP) foram os destaques do evento, visto que ambos conseguiram brilhantes colocações tanto no Natural quanto no Cereja Descascado.

Mais uma vez o Banco Bradesco

foi o patrocinador master do evento, consolidando-se como o parceiro fi -nanceiro da instituição. O evento contou ainda com parcerias com o Sebrae; Sami Máquinas Yanmar Agri-tech; A.Alves New Holland; Syngenta; Bayer CropScience; Stockler; Valoriza; NaanDannJain; e Senar-SP.

O Engº Agrº Milton Cerqueira Pucci (diretor da AMSC) e a esposa, Luisa Léia.

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André Luiz Cunha (presidente da AMSC e diretor da Monte Alegre Soluções Agrícolas) e a esposa Lucimara.

O cafeicultor José Luiz S. Palma, de Altinópolis (SP) conquistou o 1º Lugar na Categoria Café Natural e o 2º Lugar na Categoria Cereja Descascado.

O cafeicultor Wagner Crivelente Ferrero, representa Versi Crivelenti, de Cajuru (SP), que conquistou o 1º Lugar na Categoria Cereja Descascado.

Calixto Peliciari premia Leonardo Marangoni, de Pedregulho (SP), pelo 1º Lugar na Categoria Micro-Lote.

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Luis Cláudio (diretor da Cooperfran) e a esposa Elaine (assessora do Banco Santander em Franca/SP)

Márcio Lima Freitas (RTV Bayer CropScience), esposa e fi lhos.José Frugis (Gerente-Café da Bayer CropScience) e a esposa.

A empresária Célia Aparecida Souza (Monte Alegre Soluções Agrícolas), ao lado do marido e da fi lha.

José Edson (diretor da Cafeeira Silva & Diniz) e a esposa Carla.O Engº Agrônomo Guilherme Ubiali e a namorada Maria Fernanda Lima

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João Carlos Seixas (Técnico em Desenvolvimento de Mercado BASF) e a esposa.

O Engº Agrº Renato Pádua Duarte (RTV BASF Café) e a esposa.

A empresário Sheila Lima e o Engº Agrº Allan de Menezes Lima, diretores da Bolsa Agronegócios.

O empresário Danilo Vaz Pereira Lima (A.Alves e New Holland), a esposa e Manoel Ortolan, presidente da CANAOESTE.

Alexandre Ferreira (secretário de Desenvolvimento e Secretário de Saúde do município de Franca/SP) parabeniza André Cunha, ao lado da esposa.

César Oliveira (Coordenador Regional de Vendas da Yanmar Agritech), Nelson Watanabe (Gerente Nacional de Vendas da Yanmar Agritech), Sami El Jurdi (diretor da Sami Máquinas), a esposa Maria Elaine, Liliana Jurdi e o esposo Eduardo Carui.

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CAFÉ

Maior produtor mundial, o país contabilizou no ano passado 48,1 milhões de sacas de 60 quilos, das quais 33 milhões foram destinadas ao mer-cado externo.

Em 2011, ano de ciclo de baixa para a safra, a redução dos estoques somou-se a fatores como o aumento do con-sumo e a queda da safra colombiana, que perdeu entre 2 mi-lhões e 3 milhões de sacas em três anos, para fazer o preço do café em grão cru alcançar o melhor patamar dos últimos 50 anos e bater na casa dos R$ 520 a saca - o dobro do re-gistrado pouco mais de 12 meses atrás. “Esse conjunto de fatores, somados ao dólar valorizado, fez os preços subirem a níveis inimagináveis há um ano”, diz Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

No mercado externo, o preço do café arábica era de US$ 1,30 no ano passado. Em 2011, chegou a US$ 3 - e tende a continuar alto. O Brasil está ganhando produtividade e qualidade. Antes ausente, o café brasileiro hoje compõe 50% dos blends da rede mundial Starbucks. Agora vai ser servido na rede de Alain Ducasse, ícone da gastronomia mundial.

O privilégio pertence ao café Jacu, da fazenda Camo-cim, região de Pedra Azul (ES), e exemplifi ca a sofi sticação alcançada pelo produto nacional.

De alto valor agregado, com preço que supera R$ 5 mil

a saca, resulta de grãos consumidos e defecados pelo jacu (pássaro típico da Mata Atlântica). “Queremos mostrar que o Brasil produz o melhor café do mundo”, explicou Henrique Sloper, proprietário da Camocim e integrante da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

O esforço se justifi ca. O segmento não chega a 3% do mercado mundial, mas cresce entre 7% e 10% ao ano. O sub-segmento de cafés orgânicos tem expansão anual de 20% e plus de mais de 100 pontos na bolsa de Nova York, onde chega a 350 pontos.

Segundo dados da certifi cadora UTZ, o Brasil hoje também é líder global em volume de cafés certifi cados, com 1 milhão de sacas em 2010, 38% do total mundial. “A certifi -cação rende em média US$ 10 de prêmio”, diz Vanduir An-tonio Caixeta, gerente comercial do Alto Cafezal, grupo que congrega trade e 12 fazendas em Patrocínio (MG), das quais duas já são certifi cadas e mais duas estão em preparação.

O comportamento do grupo refl ete a profi ssionalização do produtor e o desempenho atual do café brasileiro, com mais foco em produtividade do que em expansão.

Além de investimentos voltados ao aperfeiçoamento de tratos culturais, irrigação, campo experimental para iden-tifi car espécies mais resistentes, o Alto Cafezal gastou mais de R$ 5 milhões em um armazém com capacidade para 300 mil sacas e processamento diário de 3 mil. “O pessoal tem se capacitado da porteira para dentro e para fora”, diz Caixeta. Isso signifi ca entender mais de mercado, comercialização, câmbio. O grupo, que embarca entre 100 mil e 120 mil sacas ao ano, faz hedge em café e em dólar para lidar com possíveis oscilações.

A produção própria soma 2,2 mil hectares, com média de 80 mil sacas anuais e projeto de nos próximos quatro anos chegar a 3 mil hectares e 100 mil sacas por ano. Os planos le-vam em conta a manutenção dos preços mesmo com cenário fi nanceiro incerto. “O otimismo vem do equilíbrio entre produção e demanda, com ganhos de produtividade, custos de produção mais competitivos e melhoria no perfi l quali-tativo”, concorda Guilherme Braga, diretor do Conselho de Exportadores do Café do Brasil (Cecafé).

Mas ele lembra que os preços melhoraram também para os países concorrentes do Brasil. Nos próximos anos, a expansão da produção pode ser um fator de pressão. “O desafi o é continuar o processo de melhoria. O mundo está disposto a comprar café diferenciado e pagar por isso”, diz Braga.

Segundo ele, o cenário atual refl ete a característica de altas e baixas do café, cujo pico de valorização no fi nal dos anos 90 foi seguido de forte queda nos preços entre 2001 e 2002, quando a saca chegou a fi car abaixo de US$ 40.

O resultado foi o ajuste na produção mundial, com os países reduzindo rapidamente sua oferta. “Os preços hoje são o dobro dos de 2007, mas sujeitos a grande volatilidade, mesmo sem alteração substancial nos fundamentos”, alega. Nos últimos três meses, com o vaivém da crise, os preços chegaram a US$ 2,95 e caíram a US$ 2,30, sem registro de aumento de produção ou de queda no consumo. (Fonte: Cof-fee Break).

Grão cru de café atinge o melhor preço em 50 anos

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FERTILIZANTES

Palestra da Fertec aborda a importância da nutrição equilibrada do cafeeiro

Em palestra realizada no início de outubro, no Hotel Dan Inn, em Franca (SP), a Fertec Indústria e Co-mércio de Fertilizantes, com sede em Colina (SP), apresentou o que a empresa tem de novidade em

nutrição para a cultura do café. O evento teve início com a palestra do pesquisador

Alysson Vilela Fagundes, engº agrônomo da Fundação Pro-café, em Varginha (MG), que abordou o tema “Importância da Nutrição Equilibrada do Cafeeiro”.

Dirigido especifi camente para profi ssionais que tra-balham no setor, a palestra foi encerrada com a participação

do empresário e engº agrônomo Fernando Paiva, diretor da Fertec. “A FERTEC oferece produtos diferenciados de alta concentração com baixas dosagens e conseqüentemente um menor volume de resíduos lançados ao meio ambiente. A proposta foi a de incrementar ainda mais as informações que os profi ssionais de campo já possuem, apresentando novi-dades em micronutrientes e solucionando dúvidas”, disse.os profi ssionais de campo já possuem, apresentando novi-

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CAFÉ

O crescente emprego de tec-nologia pelos cafeicultores brasileiros tem aumen-tado a produtividade das

lavouras e diminuído a diferença de rendimento entre safras de ciclo baixo e alto. Cultura com característica bi-enal, o café alterna anos de alta e de baixa produção. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a produtividade dos anos de ciclo baixo saltou 47% em dez anos, de 14 sacas de 60 quilos para 21 sacas por hectare, entre 2001/02 e 2011/12. Na outra ponta, o rendimento dos anos de ciclo alto subiu de 21 para 23 sacas entre 2002/03 e 2010/11. No último ciclo, de baixa, a safra foi a maior des-de 1999/2000, com 43,15 milhões de sacas, queda de 10,3% ante a safra pas-sada, de acordo com a estatal.

Embora não permitam dizer que o ciclo bienal do café está em xeque, os números mostram uma forte aproxi-mação entre os anos de alta e baixa produção. Isso, afi rmam pesquisadores, é resultado direto do emprego mais generalizado de tecnologia, em espe-cial por pequenos e médios produtores. “A planta continua tendo um ciclo bi-enal. Mas quando você adensa, irriga, maneja a fertilidade, consegue miti-gar essa bienalidade. A produtividade oscila muito mais próxima da média.

Com tecnologia, bienalidade do café perde força

Não chega a acabar, mas reduz a am-plitude”, afi rma o pesquisador Celso Luis Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agri-cultura de São Paulo.

Entre os fatores que têm aju-dado o cafeicultor a tirar mais grãos das lavouras ano a ano Aymbiré Fran-cisco Almeida da Fonseca, pesquisa-dor da Embrapa Café/Incaper, destaca a renovação das lavouras. “Os novos plantios têm sido feitos em bases tec-nológicas mais avançadas, com varie-dades mais produtivas e adaptadas a cada região”, afi rmou. “Os cafezais do cerrado da Bahia têm produtividades altíssimas porque os cultivos são novos, irrigados”, lembra. Ali, o rendimento é de cerca do dobro da média nacional.

No Espírito Santo, onde pre-domina a variedade robusta, a média de plantas por hectare passou de 1,5 mil para 3 mil nos últimos 18 anos; no Paraná, chega a 15 mil e 20 mil plantas em algumas áreas. “O adensamento re-duz os riscos de geada, economiza água e conserva o solo”, afi rma Fonseca. E os bons preços pagos pelo grão têm gerado uma renovação mais intensa em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. “Na região de Franca (SP), 25 milhões de mudas estão sendo produzidas”, contra Vegro, do IEA.

No caso da irrigação, seu em-

prego tem avançado no País, o que contribui para elevar a produtividade e reduzir a diferença que caracteriza a bienalidade. “A irrigação é relativa-mente nova no Brasil, mas no Espírito Santo, por exemplo, já abrange um ter-ço das áreas”, diz Fonseca, da Embrapa Café/Incaper. Segundo ele, a formação de algumas áreas novas de cafeicultura, como ocorre em Goiás, só se faz com irrigação. Não há dados sobre a exten-são das áreas com a tecnologia, contu-do. Fonseca as estima em cerca de 20%. Já Vegro calcula esse porcentual em 10%. Mas ele vê avanços. “Por ano, são agregados 12 mil hectares de irrigação no Brasil.” O avanço em áreas como o sul de Minas Gerais, que responde por 25% da produção do país, também se dá pela necessidade de mitigar os efei-tos de anos de estiagens muito inten-sas. Ali, diz o pesquisador da Embrapa, chove bem, mas às vezes em épocas er-radas.

De acordo com Fonseca, o alto custo da irrigação na fase de implan-tação do sistema - de R$ 3 mil até R$ 7 mil por hectare - é compensado pelo aumento de produtividade. “O custo de utilização é pequeno, mesmo con-siderando o gasto com energia”, disse. Segundo ele, a diferença de rendimen-to dos cafezais irrigados chega a ser o dobro. “Isso também contribui para tornar menos intensas as variações de produção de um ano para outro.”

Futuro - O panorama tecnológico da cafeicultura nacional tem melhora-do, mas ainda há obstáculos, diz Aym-biré Fonseca, da Embrapa Café/Incap-er. O maior deles, diz, é justamente a disseminação de conhecimento entre os produtores. “A transferência de tecnologia é o grande salto que temos que dar no curto prazo”, diz. Para Celso Vegro, do IEA, “o conhecimento agronômico é, hoje, o maior capital na cafeicultura. Mais que o dinheiro.” Ambos acreditam que novos saltos de produtividade virão no futuro, mas de forma gradual. (FONTE: Agência Es-tado) A

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Elias Pauliano Pereira Marques 1

A sábia Natureza responde de acordo com a ação do Homem. Podemos ana-lisar que, são benefi ciados

os produtores que atuam em parceria com o meio ambiente, praticando bons manejos, como exemplo, o sistema de Braquiária na cafeicultura, associado ao método de uso das roçadeiras ecológi-cas e o uso de fertilizante orgânico de qualidade.

Esta prática forma uma boa ca-mada de matéria orgânica, melhoran-do as condições de vida microbiana do solo. Isto provoca vários outros benefí-cios, sendo os principais a temperatura do solo, que pode ter uma variação até mesmo superior a 10º C, quando com-paramos áreas com bom nível de Ma-téria Orgânica com áreas sem uso do sistema acima mencionado.

Também podemos identifi car melhores resistências das plantas ao período da seca, por manter maior umidade no solo e melhor estrutura para o sistema radicular e, consequen-temente, visando melhores resultados.

Podemos analisar que os produ-tores que estão tendo bons manejos e uma boa programação de controle de pragas e doenças, com o sistema cor-reto/preventivo, terão boas produtivi-dades e qualidade. E mais, preparados para todas as fases do cafeeiro, em se tratando de fatores climáticos e co-merciais.

Deve ser lembrado dos quebra-ventos, que devem ser implantados

A natureza agradece boas práticas

1 - Técnico em Agropecuária / Administrador com Ênfase em Agronegócios. Email: [email protected] ou MSN [email protected]

sobre orientações técnicas, observando a altura da barreira, comprimento, al-tura, distância entre as barreiras para ter mais sucesso. E melhor, atingir o máximo do potencial das áreas exis-tentes em harmonia com a natureza

e desenvolver novas áreas com bons manejos e qualidade. Desejo aos produ-tores e aos consultores técnicos, ótimos planejamentos e, ações das atividades para que possam ter resultados satis-fatórios na próxima safra. A

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Primeiramente gostaríamos de relembrar os nossos artigos de 01/06/2011 e 15/06/2011, intitulados “SINCAL ALER-

TA – Geada nos Cafezais, Estoques Praticamente Zerados” e “Geadas nos cafezais” respectivamente publicados no site do SINCAL, onde fi zemos con-siderações a respeito de geadas e seca na cafeicultura. Fatos esses confi rma-dos e que estão impactando de maneira extremamente negativa na produção 2012/2013.

Nas nossas andanças pelas regiões cafeeiras, nesses últimos dias, constata-mos claramente que nossas lavouras sofreram grandes prejuízos pelo frio e pela seca atual ocasionando um des-folhamento anormal e comprometerá de forma drástica a produção vindoura de 2012/2013. Gostaríamos de para-benizar o professor Dr. Molion que nos “abriu os olhos” sobre o clima, onde o conceituado pesquisador e doutor no assunto, durante o Simpósio do Café

Café: Pane na Produção

artigo

Armando Matielli - Engenheiro Agrônomo e presidente do SINCAL [www.sincal.org.br]

em Manhuaçu (MG), em abril passado, afi rmou categoricamente que teríamos um ano muito frio e seco. Realmente suas previsões foram “acertadas na mosca”.

Provando essas colocações mostramos na TABELA 1 os dados pluviométricos em diferentes regiões produtoras de café, fornecidas pela FUNDAÇÃO PROCAFÈ do MAPA, de Varginha.

Esses índices pluviométricos es-tão ocasionando um agravado prejuízo que impacta de maneira drástica na produção.

Além desses dados sabemos que outras regiões produtoras de café, em Minas Gerais, como Zona da Mata e Sudoeste Mineiro os dados pluvio-métricos foram péssimos, de MAIO a SETEMBRO e, as lavouras perderam suas características produtivas. O mes-mo ocorreu nas regiões produtoras do Estado de São Paulo, com isso a seca assolou 90% das regiões produtoras

de arábica. Outro dado importante é o levantamento dos últimos 22 anos da Fazenda Jacutinga (Guapé/MG), apre-sentados abaixo (TABELA 2), cons-tatamos que a média histórica foi de 178,82 mm de MAIO A SETEMBRO e esse ano choveu tão somente 39 mm sendo 22% da média histórica, ou seja, o menor índice pluviométrico dos últi-mos 22 anos.

Além disso, o ano de 2010, tam-bém foi seco, com somente 98 mm de chuva no mesmo período e foi um fator determinante para a queda de produção, que não deverá chegar à 40 milhões de sacas e, as bases atuais nos dão sustentação aos números iniciais que prevíamos 35 milhões de sacas.

Para efeito de segurança devere-mos fechar no máximo com 38 milhões de sacas de 2011/2012. No Simpósio, do Rio de Janeiro, dias 5 e 6 de setem-bro passado, as principais Cooperativas apresentaram uma queda ao redor de 20% do previsto inicialmente e confi r-mando o afi rmado de uma produção de no máximo 38 milhões de sacas para a presente safra. A quebra no rendimen-to, devido à seca de 2010, entre MAIO e SETEMBRO, provocou um grande susto nos cafeicultores e nas coopera-tivas. Precisou-se a redor de 550 a 600 litros de café para um saco benefi ciado, ou seja, ao redor de 20% de pre-

TABELA 1 - Índice Pluviométrico (mm) nas regiões cafeeiras de MG.

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juízo sobre a média histórica. Portanto, tivemos secas su-cessivas entre, MAIO à SETEMBRO, em 2010 e 2011 e isso compromete drasticamente a produção.

IMPORTANTE - Mesmo que a pluviometria (perío-do de chuvas) venha a se regularizar a partir de outubro, o prejuízo já ocorrido é IRREVERSÌVEL em termos de produção 2012.

Quando observamos os dados históricos de 22 anos de regime pluviométrico nunca ocorreram 02 (dois) anos de seca seguidos nessa intensidade. Outro aspecto importante a ser analisado são as safras abundantes no citado período, quando de MAIO a SETEMBRO, do ano anterior foi chu-voso, ou seja, acima de 200 mm no período. Vejamos: - 2009 choveu acima de 200 mm e a safra de 2010 foi de 48 mi-lhões de sacas, o mesmo ocorre em 2006, quando colhemos 42,5 milhões de sacas. Ainda em 2002, tivemos recorde de produção de 48,5 milhões de sacas, pois em 2001 choveu acima de 200 mm no período referenciado. Portanto a binu-alidade está diretamente relacionada com o regime hídrico, o qual é muito mais importante que o próprio estado ve-getativo da lavoura. Para ilustrar tal confi rmação, lembra-mos que tínhamos no fi nal do verão um potencial de até 55 milhões de sacas. E agora? “SÓ DEUS SABE”. Mas, pelos dados pluviométricos de seca intensa nos dois últimos anos principalmente 2011, poderemos seguramente afi rmar que deveremos atingir no máximo, em 2012, uma safra igual ou menor que 2011.

O IAC ( Instituto Agronômico de Campinas), foi fun-dado há mais de um século para pesquisar , principalmente café e do IAC saíram as principais tecnologias, cultivares

TABELA 1 - Relação Índice Pluviométrico (mm/mês) e a Produção Brasileira de Café (milhões de sacas) [1990 a 2011].

plantadas no Brasil e outros países. O IAC pode ser deter-minado juntamente com o antigo IBC (Instituto Brasileiro do Café) os pais da CAFEICULTURA. No IAC passaram os principais técnicas do café como Dr. Alcides Carvalho, entre outras e numa pesquisa de 30 ANOS (3 décadas) detectou-se que as produções foram obtidas dentro do seguinte contexto. (DE MAIO A SETEMBRO).

Baseado no exposto, o mercado precisa se preparar para uma frustração marcante da safra de 2012. A SINCAL, alerta os cafeicultores que os preços dispararão em detri-mento a escassez dada à baixa produção de 2011, seguida de baixa produção em 2012, estoques baixíssimos e os patama-res de preços alcançaram níveis incalculáveis e dentro de um cenário real poderemos vender café acima de R$ 1.000,00/saca. Preço esse realmente necessário para cobrir o grande prejuízo que tivemos nos últimos 14 anos, onde o café subiu tão somente 35% até 2010 e os custos subiram 550%. Fato esse decorrido a total falta de gestão na política cafeeira tanto no MAPA, como nas entidades privadas que sugaram os cafeicultores colocando-os dentro de uma escravidão econômica nunca sofrida, por um período tão longo, no setor produtivo.

Baseado nisso, precisamos quebrar paradigmas e-xistentes no “statu quo” dos diversos elos da Cadeia do Agronegócio Café. Está totalmente perceptível uma coesão de interesses recíprocos dos diferentes segmentos da cadeia, numa acomodação mais interessantes a todos esses elos em detrimento à escravidão imposta ao setor produtivo.

Portanto, o preço de R$ 500,00 / saca está totalmente defasado e na lógica fi nanceira e matemática deveríamos es-tar vendendo nosso café a R$ 1.100,00 / saca, para cobrir a evolução do custo de produção, pois vendíamos café à R$ 200,00/saca (ordem de grandeza) há 14 anos e corrigindo a 550% realmente chegamos a R$ 1.100,00/saca que será um preço compatível com os ajustes de defasagem fi nanceira.550% realmente chegamos a R$ 1.100,00/saca que será um preço compatível com os ajustes de defasagem fi nanceira. A

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Água, o nutriente esquecido!Rafaela Carareto 1

Muitos produtores e téc-nicos se esforçam para garantir aos animais di-etas balanceadas, com ex-

celentes fontes de proteínas, energias, vitaminas etc... E acabam se esquecen-do de garantir ao animal o nutriente mais importante que ele necessita para maximizar a produção de leite: a água. Estudos indicam que em média, para cada litro de leite produzido, a vaca precisa ingerir de 2 a 4 litros de água e um litro de leite contém 87% de água, portanto garantir que o animal tenha acesso a água com quantidade e quali-dade satisfatória torna-se extrema-mente necessário para se alcançar e-levada produção leiteira.

A água, como já foi citado, é um nutriente extremamente impor-tante e necessário. Perde apenas para o oxigênio em escala de importância. Ela participa de vários processos vitais como: transporte de nutrientes, con-trole da temperatura (por isso é muito importante em dias de elevadas tem-peraturas), solventes para transporte de excrementos e nutrientes e ainda manutenção do balanço de íons e fl uí-dos. Um animal pode perder 100% de sua gordura e 50% de sua proteína corporal e ainda consegue se manter vivo (por certo tempo), porém, a perda de 20% de água do seu corpo o leva à morte rapidamente.

Quanto de água o animal ingere por dia? - A quantidade de água que o animal deve ingerir por dia varia em função da produção, do peso do ani-mal e também em função de algumas variáveis climáticas como a tempera-tura e a umidade. Não podemos nos es-quecer que o consumo de água também varia em função do teor de matéria seca da dieta, ou seja, com dietas mais secas o animal terá que consumir mais água e com dietas mais úmidas o animal pre-cisará ingerir menores quantidades de água. Por fi m a quantidade de água a ser ingerida por dia também pode vari-ar de acordo com o teor de gordura do leite, fato que devemos estar atentos, principalmente quando o rebanho for composto por raças caracterizadas pela elevada produção de gordura, como

por exemplo, animais Jersey.Com tantos fatores infl uenciando

o consumo de água fi ca difícil saber a quantidade exata de água que um ani-mal deve ingerir por dia. Vários pes-quisadores, na grande maioria norte americanos, realizaram experimentos a fi m elaborar um equação para estimar a quantidade de água ingerida pelo a-nimal, levando em consideração o teor de matéria seca da dieta e a produção lei-teira. O programa de computador usado para formular dietas, o NRC 2001, cita uma destas equações:

Consumo de água (kg/dia) = 14,3 + 1,28 x (produção de leite kg/dia) + 0,32X (% de MS da dieta)

Com base no exemplo acima, uma vaca produzindo 30 kg/dia e con-sumindo uma dieta com 60% de ma-téria seca, deveria ingerir 72 litros de água por dia.

Já a Tabela 1 traz o consumo de

água em função da temperatura do ambiente de produção e da categoria animal:

E por fi m, temos ainda a equa-ção proposta por Al Kertz, que leva em consideração além do consumo de matéria seca do animal, a produção de leite corrigida para 4% de gordura

Consumo de água (kg/dia) = (4xconsumo de matéria seca) + produção de leite corrigido para 4% de gordura + 25,6

Onde produção de leite corrigido para 4% de gordura = (0,4 x Kg de leite) + [15 x (% de gordura do leite/100) x kg leite]

Neste último exemplo uma vaca produzindo 30 kg/dia com 3,8% de gordura e consumindo 21 kg de maté-ria seca por dia teria a ingestão de 138 litros de água.

Qualidade da Água - Uma vez re-solvida a questão da quantidade

1 - Professora da Universidade de Brasília - UnB, campus Planaltina (DF). (www.milkpoint.com.br)

Tabela 1 - Consumo de água (kg/dia) em função da temperatura ambiente para diferentes categorias animais.

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LEITE

5º) - Agricultura Efi ciente: saindo agora do campo gerencial e indo para o técnico, foi possível per-ceber em todos eles, mesmo nos que têm grande paixão pelas vacas, a im-portância que se dá à exploração agrí-cola efi ciente como sustentáculo da atividade. Analisando o caso destes produtores de destaque, não há leite rentável sem agricultura competente, seja via pasto de alta produtividade, seja agricultura tradicional.

• Irrigação: nos proutores loca-lizados em regiões onde há risco de défi cit hídrico (ou seja, quase todos), o uso de irrigação entra como uma fer-ramenta fundamental para aumentar a lotação e portanto a receita por área, e reduzir os riscos climáticos cada vez mais freqüentes.

• Utilização efi ciente dos deje-tos: nos produtores confi nados, a ir-rigação é geralmente combinada com a aplicação de dejetos animais para reduzir o uso de fertilizantes quími-cos, melhorar as condições do solo, resolver problemas ambientais e ele-var a produtividade por área. Dos 11 produtores brasileiros, 2 já tem biodi-gestores para geração de energia. No quesito sustentabilidade, não podem-os de deixar de ressaltar Franke Dij k-stra, pioneiro do plantio direto e que

de água, vamos agora discutir sobre a sua qualidade. Primeiro com relação a limpeza, os bebedouros devem ser lim-pos pelo menos uma vez por semana e como teste para verifi car se eles pre-cisam ser limpos vale a seguinte per-gunta: - Esta água está boa para você beber? Se a resposta for NÃO, então é sinal que ela também não está apropri-ada para seus animais. Os bebedouros podem ainda ser desinfetados, usando água sanitária (1/2 xícara de água sani-tária diluída em 5 litros de água).

Com relação a composição da água, infelizmente ainda há poucos es-tudos sobre o assunto. Percebe-se que os animais são tão sensíveis ou mais do que nós quando ingerem água contami-nada. Caso haja suspeita de que a água disponível não esteja com qualidade adequada, recomenda-se fazer análise para verifi car os níveis de minerais e

Características do produtor de leite de sucesso (parte 2)

abordou no evento como resolveu a sucessão familiar em seu negócio, além da questão da sustentabilidade ambi-ental e integração entre as atividades.

• Instalações adequadas ao siste-ma de produção: via de regra, o que se viu foram instalações adequadas ao sistema de produção e feitas de acordo com as recomendações técnicas, as-sistidas por profi ssionais do ramo. Em nenhum dos casos se viu “aberrações” que eram tão comuns em projetos de grande porte há 10 ou 15 anos.

• Diversifi cação: esse é um item interessante e que me chamou a aten-ção quando Luis Bettencourt, o maior produtor do mundo (62.000 vacas) e que veio ao Interleite assistir ao even-to, sentenciou: “não vi nenhum produ-tor de leite aqui, todos eles têm várias atividades”. Na cabeça do americano (ou melhor, no caso do português que imigrou aos EUA), produtor de leite é aquele que apenas produz leite, muitas vezes nem as bezerras cria. No Brasil, nota-se entre os grandes produtores a existência de várias atividades, mui-tas vezes complementares: avicultura, suinocultura, sementes, citricultura, genética bovina, etc. Talvez isso tenha se dado pela histórica insegurança do setor, impelindo os produtores a de-senvolver alternativas para não colocar todos os ovos na mesma cesta.

possíveis contaminações bacterianas. Independentemente de suspeitar da qualidade da água, recomenda-se que esta seja analisada uma vez por ano.

Problemas comuns relacionados aos minerais são elevados teores de sulfato e de ferro. No primeiro, a água fi ca com odor de ovo e o segundo fi ca com gosto metálico. Nestes casos o animal poderá ter o consumo de água reduzido e ainda prejudicar a absorção de outros minerais como cobre, zinco e selênio. A água poderá ainda conter elevados níveis de nitrato, que podem levar a problemas de intoxicação dos animais, uma vez que no rúmen o ni-trato será convertido em nitrito e uma vez absorvido diminui a capacidade de transporte de oxigênio do sangue. Teores elevados de nitrato são causa-dos por contaminação de adubos ou matéria fecal (humana ou animal).

a) - Para maximizar a produção de leite maximize a ingestão de comida (matéria seca) e para maxi-mizar a ingestão de comida, maxi-mize a ingestão de água!

b) - Como maximizar a in-gestão de água

c) - instale bebedouros na saí-da da ordenha

d) - os bebedouros devem estar no máximo a 15 metros do cocho de alimentação

e) - evite água fria, os animais preferem água morna (temperatura entre 25º e 30º C)

f) - recomenda-se lavar os bebedouros pelo menos uma vez por semana.

DICAS

• Entendimento do modelo de negócios visando rentabilidade: mais um aspecto que gerou refl exões. Apesar de uma série de caracter-ísticas parecidas, fi cou evidente que cada caso é um caso e que o produ-tor precisa alinhar seus interesses e o mercado ao seu sistema de produção. Assim, a certifi cação da produção de leite da raça jersey faz todo o sentido para Geraldo Calmon, do Rio de Ja-neiro, que obtém um sobre-preço muito signifi cativo ao fornecer o leite com essas características a uma mul-tinacional especializada em queij os fi nos, mas pode não fazer sentido a Jeremy Casey, do projeto Leite Verde, que tem como meta produzir leite de qualidade a baixo custo.

• Excelência no que fazem: uma última característica me chamou a atenção. Todos os produtores pre-pararam palestras de alta qualidade e se dedicaram a apresentar da melhor maneira possível, fazendo deste Inter-leite um grande evento para o setor. Neles, vi uma característica que sem-pre procuro identifi car: a busca pela excelência, traduzida até na prepara-ção das palestras. Pessoas assim não se contentam como nada que não seja o ótimo, e isso certamente se refl ete na maneira como tocam seus negócios. (Fonte: Milkpoint)maneira como tocam seus negócios.

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.brDESTAQUES

Mais sustentabilidade na produção de cana

Assegurar a sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar, trabalhando de acordo com as boas práticas agrícolas, respeitando o meio ambiente, o trabalha-

dor e a sociedade. Esses são alguns dos benefícios ofereci-dos pelo Valore, programa de certifi cação criado pela Bayer CropScience, que está sendo implementado em algumas unidades do Grupo Guarani, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil e produtoras de açúcar, etanol e energia.

O programa Valore da Bayer CropScience inicia como piloto junto a 13 produtores agrícolas, fornecedores de cana-de-açúcar das Unidades Cruz Alta e Severínia do Grupo Guarani, além das áreas de produção das duas usinas. O ob-jetivo é agregar valor à cadeia produtiva e assegurar diferen-ciação e competitividade ao produtor brasileiro, certifi cando a produção responsável da cana-de-açúcar.

O piloto será executado até abril de 2012 e incluirá metodologias como sistema de gestão integrada, adoção de boas práticas agrícolas, preservação ambiental, respeito às regras de segurança do trabalho, preocupação com o bem-estar dos trabalhadores e atendimento rigoroso à legislação brasileira. Os fornecedores do Grupo Guarani serão orien-tados e acompanhados durante toda a safra, por uma equipe especializada da Bayer CropScience que vai avaliar e indicar as melhorias necessárias para que os padrões de certifi cação sejam atingidos, além de oferecer treinamento e apoio téc-nico.

Ao fi nal desse período, os fornecedores serão auditados pelo grupo alemão TÜV Rheinland, um dos mais respeitados certifi cadores do mundo. Uma vez aprovados, receberão o selo Valore pelas práticas sustentáveis.

Aconteceu entre os dias 6 e 8 de outubro, em Pouso Alegre (MG), a premiação fi nal da 1ª OBAP - Olimpíada Brasileira de Agropecuária, organiza-do pelo Instituto Federal do Sul de Minas e pelo

CNPq. Todas as quatro etapas da Olimpíada aconteceram entre os meses de agosto e outubro de 2011.

Cerca de 350 equipes de escolas agrícolas de todo o país foram inscritas no evento.

A ETEC “Carmelino Corrêa Jr.”, mais conhecida como Escola Agrícola de Franca (SP) se fez presente com duas equipes: a Agromaster (Curso de Agronegócio) e a Agrotec (Curso de Agropecuária). As professoras Belquice Rodrigues e Gisele Pereira Avelar foram as responsáveis pela organiza-ção e acompanhamento das equipes.

Para a etapa fi nal foram classifi cadas 50 equipes, entre elas as duas equipes de Franca. Mas, infelizmente, não fi -

Colégio Agrícola de Franca entre as 50melhores da 1ª OBAP

caram entre as 15 equipes fi nalistas.A Olimpíada é uma atividade dirigida

aos alunos do ensino médio integrado e, con-comitante, ao curso Técnico em Agropecuária. As três primeiras etapas são virtuais, através de avaliações de múltipla escolha, de caráter eliminatórias e classifi catórias. Na 1ª e 2ª fases foram 10 questões de múltipla escolha cada uma, de Agricultura e Zootecnia. A 3ª fase com 20 questões de Agropecuária.

Já a quarta fase foi presencial, e os alu-nos tiveram que apresentar uma inovação tec-nológica em agropecuária, referente ao tema proposto para a Olimpíada: Projeto para uma Escola-Fazenda se tornar:Economicamente Viável; Socialmente Justa; Ecologicamente Correta; e Didaticamente Inovadora.

As Engª Agrônomas Belquice Rodrigues e Gisele Pereira Avelar, orientadoras dos alunos do “Carmelino Corrêa Jr.” na 1ª OBAP.

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O futuro do plástico: os agroplásticos

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Jean Baptiste de Vevey - ONG Sucre-Ethique na Suíça. [[email protected]]

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No meu primeiro artigo nesta Revista, eu falei da im-portância de sempre inovar para adquirir novos merca-

dos e tornar sua empresa um sucesso a longo prazo.

Agora, eu quero apoiar meu pon-to de vista, apresentando uma empresa 100% brasileira sustentável e que está gerando muito lucro: a Braskem.

Para quem não conhece, em poucas palavras, a Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas.

Com 31 plantas industriais dis-tribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas ter-moplásticas e outros produtos petro-químicos.

Com uma receita total de 16,1 bilhões de dólares em 2010 e 6.700

empregados, a Braskem está fazendo da quómica, da petroquímica e das bio-tecnologias um negócio verde e lucra-tivo. De fato, a Braskem usa matérias agrícolas ao invés de usar recursos do petroléo para a fabricação de produtos químicos, plásticos e várias fontes de energia não-fósseis.

Além disso, o escritório america-no McKinsey estima que esse mercado vai crescer de 170 bilhões de dólares em 2008 até 450 bilhões de dólares em 2020.

Em 2007, a Braskem desenvolveu o primeiro prolipeno 100% verde a partir da fermantação do álcool de cana de açúcar.

O outro grande projeto desta em-presa é o de oferecer um produto à base de etanol de segunda geração, feito de celulose. Ano que vem, uma usina de produção industrial de uma capaci-

dade de 200.000 toneladas por ano vai nascer.

Há alguns meses atrás, a Nestlé Brasil em parceria com a Tetra Pak e a Braskem apresentaram para algumas das marcas da Nestlé Brasil uma fi cha de embalagem feito a base de polip-rolipeno verde. Esse processo contri-bui para a redução mundial de gás de efeito de estufa graças ao uso da cana de açúcar, fonte renovável que absorve o CO2 predominante da atmosfera.

O conceito é baseado no princípio que, para conseguir um sucesso a longo prazo, é mais importante gerar valor para os acionistas que para as comuni-dades onde a empresa está presente. A Braskem é uma parceria de fundações de empresas, de governos, de ONGs de sociedades privadas, como a Tetra Pak.

Neste contexto positivo e com muita avanço sobre seus con-correntes, a Braskem está no lugar certo para ganhar essa competição.

Podemos pensar que o futuro do plástico está sendo nos agroplásticos. Isso é óti-mo para o nosso planeta. Mas também não deve esconder as condições sociais nas lavouras.

Hoje, recomenda-se comprar ações da Braskem e não vender, caso vocês já te-nham comprado. Isto porque os analistas da Bolsa de Va-lores de São Paulo dizem que tudo está verde para essa empresa continuar a crescer. Essa empresa quer ser um dos maiores grupos de petro-química no mundo em 2020 e o líder mundial da química sustentável.

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.brSILVICULTURA

Eucalipto: novos olhares para antigos recursos

Andre Lobo Faro1

Quantas pessoas a terra pode sustentar? Essa per-gunta já se tornou tema de livros e ainda pro-voca polêmica entre especialistas. Alguns teóri-cos chegam a defender que o desenvolvimento

da medicina e seus recursos podem ser responsáveis por um surto demográfi co no planeta. Segundo a Divisão de Popula-ção das Nações Unidas, até o fi nal de 2011, seremos 7 bilhões de pessoas no mundo, enquanto, em 1930, não passávamos de 2 bilhões.

Se em menos de um século a população mundial quase quadriplicou, deveríamos cogitar que os recursos disponíveis para a existência da humanidade teriam também de ter cres-cido quatro vezes nesse período – mas sabemos que não é essa a realidade. Ouvimos constantemente notícias sobre es-cassez de água ou falta de terras férteis em nosso planeta.

Por isso, precisamos cada vez mais buscar um novo o-lhar para as soluções já existentes – o que nos poupa tempo e, muitas vezes, dinheiro. Um mesmo recurso pode ser fonte de múltiplos benefícios. O eucalipto, por exemplo, além de ter se tornado uma fonte de renda promissora para produtores rurais através do refl orestamento, tem chamado a atenção de outros setores. Em Candeias (BA), uma organização de energias renováveis passou a utilizar a árvore para cogerar energia elétrica em uma empresa da região.

O eucalipto caiu no gosto da indústria cosmética e farmacêutica, sendo manejado para a utilização em essências e cremes, além da tradicional extração de mel por meio de programas de apicultura. A árvore também se tornou um dos principais recursos para o setor carvoeiro – somente em 2008, estima-se que quase um milhão de hectares de fl orestas 1 - Gerente Nacional de Vendas da Husqvarna, líder no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes.

plantadas de eucaliptos abasteceu fornos de diversos níveis tecnológicos para a geração do carvão vegetal destinados ao consumo industrial e doméstico no país.

Mais uma inovação está por vir: a transformação da ce-lulose em etanol em escala comercial. Diversos experimen-tos foram realizados com sucesso e esta tecnologia deverá revolucionar o mercado internacional de etanol em expan-são. A expectativa é que novos países fornecedores entrem no setor, o que dará maior liquidez e credibilidade aos com-pradores, ajudando na consolidação desta àrea global. E o Brasil, certamente, irá fi gurar como um importante player.

Para que o manejo inteligente desses recursos seja real, empresas de equipamentos para a plantação e colheita do eucalipto já estão fornecendo produtos que atendem a essa demanda. Este é o caso da Husqvarna, empresa sueca que desenvolve potentes máquinas para o manejo de fl orestas, possibilitando a poda e o corte de árvores, de forma equili-brada.

Com o correto manejo de uma plantação, a sociedade obtém ganhos em diversos segmentos. O eucalipto é apenas um exemplo do que podemos fazer com qualquer tradi-cional método de encarar os recursos naturais, basta estar disposto a imaginar novos horizontes – e, claro, garantir os equipamentos mais avançados para tal. A

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