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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 1 APRESENTAÇÃO O Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Potengi – PTDRS configura no esforço conjunto de todos os municípios do Território Potengi, juntamente com o Governo Federal e Governo Estadual, todos irmanados no mesmo objetivo inovam na tentativa de definição de uma política de desenvolvimento sustentável e da abordagem territorial para o Território Potengi, em consonância com os preceitos constitucionais, com os princípios e diretrizes estabelecidas no Plano de Ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA. O referido documento contextualiza o Território integrado pelos 11 municípios, evidenciando aspectos históricos, geográficos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, políticoinstitucionais, científicos e tecnológicos. A principal característica do Plano é delimitar linhas básicas de ações, objetivos e diretrizes a serem pressupostos ao longo de sua implantação. Efetivamente o plano desdobrase em duas linhas de ação: Em primeiro lugar, estão os entraves ao desenvolvimento, tais como obras de infraestrutura e ações de enfrentamento da pobreza, onde se contemplam, no primeiro caso, o saneamento básico, a malha viária e o abastecimento de água para o consumo humano e para a agropecuária e no segundo caso, investimentos para subsidiar financeira e tecnicamente iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para a melhoria das condições gerais de subsistência e elevação do padrão de qualidade de vida. Em segundo lugar, estão os Programas e Projetos contemplando ações voltadas aos demandantes do desenvolvimento sustentável e da abordagem territorial, a saber: a agropecuária com ênfase no cardápio de projetos sugeridos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário MDA, os projetos inovadores contemplando a agricultura familiar e os socialmente excluídos, a formação de capital humano e capital social e à integração das esferas regionais e locais aos processos decisórios e de implantação das políticas públicas com as que comprometeram o sucesso na busca por um desenvolvimento mais sustentável.

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 1

APRESENTAÇÃO  

O  Plano  Territorial  de  Desenvolvimento  Rural  Sustentável  do  Potengi  –  PTDRS 

configura  no  esforço  conjunto  de  todos  os  municípios  do  Território  Potengi, 

juntamente com o Governo Federal e Governo Estadual, todos  irmanados no mesmo 

objetivo  inovam  na  tentativa  de  definição  de  uma  política  de  desenvolvimento 

sustentável e da abordagem territorial para o Território Potengi, em consonância com 

os preceitos constitucionais, com os princípios e diretrizes estabelecidas no Plano de 

Ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA. 

O  referido  documento  contextualiza  o  Território  integrado  pelos  11  municípios, 

evidenciando  aspectos  históricos,  geográficos,  econômicos,  sociais,  culturais, 

ambientais, político‐institucionais, científicos e tecnológicos. A principal característica 

do  Plano  é  delimitar  linhas  básicas  de  ações,  objetivos  e  diretrizes  a  serem 

pressupostos ao longo de sua implantação. 

Efetivamente o plano desdobra‐se em duas linhas de ação: Em primeiro lugar, estão os 

entraves  ao  desenvolvimento,  tais  como  obras  de  infraestrutura  e  ações  de 

enfrentamento  da  pobreza,  onde  se  contemplam,  no  primeiro  caso,  o  saneamento 

básico, a malha viária e o abastecimento de água para o consumo humano e para a 

agropecuária  e  no  segundo  caso,  investimentos  para  subsidiar  financeira  e 

tecnicamente  iniciativas que  lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão 

para  a  melhoria  das  condições  gerais  de  subsistência  e  elevação  do  padrão  de 

qualidade de  vida. Em  segundo  lugar, estão os Programas e Projetos  contemplando 

ações  voltadas  aos  demandantes  do  desenvolvimento  sustentável  e  da  abordagem 

territorial, a saber: a agropecuária com ênfase no cardápio de projetos sugeridos pelo 

Ministério do Desenvolvimento Agrário ‐ MDA, os projetos inovadores contemplando a 

agricultura familiar e os socialmente excluídos, a formação de capital humano e capital 

social  e  à  integração  das  esferas  regionais  e  locais  aos  processos  decisórios  e  de 

implantação das políticas públicas com as que comprometeram o sucesso na busca por 

um desenvolvimento mais sustentável. 

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2 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

É nossa convicção que o desenvolvimento territorial sustentável deve ser visto como 

um conjunto de ações programadas pelos próprios municípios e se constitui como um 

novo  paradigma  para  enfrentamento  da  pobreza,  o  que  é  evidente,  exige  que  esta 

política  seja  sistemática,  continuada  e  previsível.  Para  tanto,  se  faz  urgente  pensar 

novos  mecanismos  de  organização  institucional  compatível  com  essa  nova 

compreensão de desenvolvimento. 

Nesse atendimento o plano destaca a necessidade de melhorar a eficácia burocrática 

do  Setor  Público,  bem  como  criar  canais  de  participação  popular,  assegurando  a 

viabilização dos princípios da descentralização e participação social tal como preceitua 

a  Constituição.  Igualmente  ressalta  a  perspectiva  de  procurar  uma  articulação 

interinstitucional  e  bem  organizada,  com  as  instituições  governamentais  e  não 

governamentais que se ocupam com esta questão. 

Estes  são  alguns  dos  elementos  que  embasam  o  presente  Plano.  Trata‐se  de  uma 

perspectiva que reflete a necessidade de se investir em questões prioritárias do ponto 

de vista humano  sociais. Seu desenvolvimento e  suas  resultantes poderão contribuir 

para o  fortalecimento da população no processo decisório e político de melhoria de 

qualidade de vida e resgate da cidadania e da dignidade humana desse contingente de 

excluídos do convívio social. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

             

BASES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS 

CAPÍTULO I

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4 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

BASES CONCEITUAIS E METODOLOGICOS 

1.1 Justificativa 

A construção do PTDRS do Potengi atende a proposta de consolidação da política de 

desenvolvimento territorial, que tem como  intuito unir diversos atores sociais, sejam 

eles  instituições,  entidades  ou  pessoas  na  concretização  do  desenvolvimento 

sustentável  e,  consequentemente,  na  diminuição  da  pobreza  e  das  desigualdades 

sociais.  Dessa  forma,  esse  documento  configura‐se  como  um  instrumento  de 

planejamento territorial que norteará as estratégias de ação direcionadas à melhoria 

da qualidade de vida da população residente no Potengi. 

 

1.2 Processo de Construção do PTDRS 

No processo de construção do PTDRS tomou‐se como procedimento metodológico um 

aparato técnico que envolveu desde pesquisa bibliográfica até a realização de visitas in 

loco, compreendendo assim reuniões com membros do colegiado, oficinas territoriais 

com representantes das câmaras temáticas para a coleta de informações. No decorrer 

desse  processo,  foram  realizadas  reuniões  de  validação  das  ações  estratégicas 

construídas com a participação do poder público e da sociedade civil organizada, como 

também a definição do modelo de gestão que norteará a condução das ações previstas 

no referido plano.  

 

1.2.1 Bases Conceituais 

1.2.1.1 Desenvolvimento Territorial 

Na  elaboração  do  PTDRS  do  Potengi  considerou‐se  o  conceito  de  território  como 

elemento  norteador,  uma  vez  que  o  Programa  de Desenvolvimento  Sustentável  de 

Territórios  Rurais  considera  o mesmo  como  um  espaço  geográfico  em  que  há  uma 

interação  entre  diversos  aspectos,  sejam  eles  ambientais,  sociais,  culturais, 

econômicos e políticos. Para o referido programa, o território é  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 5

  

um  espaço  físico,  geograficamente  definido,  geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos caracterizados por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a  sociedade,  a  cultura,  a  política  e  as  instituições,  e  uma população  com  grupos  sociais  relativamente distintos, que  se relacionam  interna  e  externamente  por  meio  de  processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam  identidade e coesão social, cultural e territorial (MDA, 2005, p.11). 

Dessa  forma,  o  Potengi  constitui‐se  como  um  território  onde  ocorre  uma  interação 

entre as diversas  instâncias,  sejam elas ambientais,  sociais, culturais, econômicos ou 

políticas  institucionais.  Considerando  essa  realidade,  o  Potengi  refere‐se  à 

circunscrição territorial composta por onze municípios, cujos membros são Barcelona, 

Bom Jesus, Ielmo Marinho, Lagoa de Velhos, Riachuelo, Ruy Barbosa, Santa Maria, São 

Tomé, São Paulo do Potengi, São Pedro, Senador Elói de Souza (Mapa 1). 

Essa delimitação espacial  foi  adotada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário – 

MDA  e  pela  Secretaria  de  Desenvolvimento  Territorial  –  SDT  por  apresentar 

características ambientais, econômicas, culturais, políticas e institucionais similares.  

 

1.2.2 Bases Metodológicas 

Durante o processo de elaboração do PTDRS do Potengi utilizou‐se, como metodologia 

para  a  consolidação  do  referido  plano,  a  realização  de  visitas  in  loco,  onde  foram 

coletadas  informações  valiosas  que  serviram  de  aporte  para  a  estruturação  do 

diagnóstico  analítico  que  contemplou  as  dimensões  ambiental,  sociocultural, 

socioeconômico e político institucional.  

Após  essa  etapa,  partiu‐se  para  a  coleta  de  dados  secundários  em  instituições  de 

ensino  e  pesquisa  e  em  entidades  governamentais  e  não  governamentais  que 

disponibilizaram  informações  relevantes  para  a  construção  do  referido  diagnóstico. 

Esse  diagnóstico  subsidiou  as  oficinas  de  planificação  e  de  gestão  do  PTDRS  que 

envolveu  consultores  territoriais  e  estaduais,  assessor  territorial,  representantes  de 

diversas entidades que compõem o Colegiado, além da equipe de apoio.  

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6 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Durante  a  realização  dessas  oficinas,  que  levaram  em  consideração  os  anseios  da 

população  e  as  reais  condições  verificadas  no  território,  foram  projetados  os  eixos 

estratégicos com seus  respectivos programas e projetos que orientarão os  rumos do 

desenvolvimento sustentável no Território do Potengi. 

Com base nas propostas discutidas e formuladas durante as oficinas de planejamento, 

os  consultores  elaboraram  os  programas  e  projetos  fundamentais  ao  processo  de 

desenvolvimento no Território do Potengi. Além disso, foram identificados os possíveis 

parceiros para execução das ações previstas no PTDRS.    

Por  fim,  foram  realizadas várias  reuniões e eventos para discussão e aprimoramento 

do  PTDRS,  com  a  participação  de  diversos  representantes  dos  núcleos  dirigentes, 

técnicos e das redes dos Colegiados Territoriais. 

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Mapa 01

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DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO  

CAPÍTULO II

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 9

DIAGNÓSTICO 

2.1 DIMENSÃO SÓCIOCULTURAL EDUCACIONAL 

2.1.1 Contexto histórico da formação e constituição do Território 

Nos  idos  de  2003  foi  criado  e  reconhecido  oficialmente  o  Território  Borborema  no 

estado  do  Rio  Grande  do  Norte  e  homologado  pelo  Conselho  Estadual  de 

Desenvolvimento  Rural  Sustentável  –  CEDRUS,  seguindo  critérios  de  priorização  do 

Ministério  do Desenvolvimento Agrário  por meio  da  Secretaria  de Desenvolvimento 

Territorial  –  SDT,  ou  seja,  áreas  com  certa  concentração  de  agricultores  familiares, 

famílias assentadas em áreas de reforma agrária e famílias de trabalhadores rurais sem 

terra, mobilizados ou não. 

O primeiro passo da Secretaria de Desenvolvimento Territorial no Estado foi aproveitar 

a  instalação  do  Conselho  Estadual  de  Desenvolvimento  Rural  Sustentável  e  da 

realização de uma oficina em Natal, que discutiu o conceito de “Territorialidade”. Uma 

vez  escolhidos  os  territórios,  foram  realizados  seminários  com  os  participantes 

convidados  tanto da sociedade civil como dos órgãos de governo das  três  instâncias. 

Os assuntos tratados foram: metodologia e conceitos de Desenvolvimento Territorial. 

O último  item da agenda deste evento foi a “checagem” dos  limites do Território, ou 

seja, uma discussão sobre que municípios fariam parte deste. Mais tarde, houve uma 

segunda  oficina  que  teve  como  assunto  principal  a  identificação  dos  atores  sociais 

presentes no território. A seleção dos territórios seguiu os parâmetros adotados pela 

Secretaria  de  Desenvolvimento  Territorial.  Foram  realizadas  várias  oficinas  sobre 

territorialidade e desenvolvimento rural para os parceiros da sociedade civil e órgãos 

governamentais,  cujo  conteúdo  priorizou  a  metodologia  de  conceituação  do 

Desenvolvimento Territorial. 

Inicialmente, o Território Borborema era  formado por 21 municípios: Barcelona, Boa 

Saúde,  Campo  Redondo,  Coronel  Ezequiel,  Jaçanã,  Japi,  Lagoa  de  Velhos,  Lajes 

Pintadas, Monte das gameleiras, Santa Cruz, São Bento do Trairi, Ruy Barbosa, São José 

de Campestre,  São Paulo do  Potengi,  São Pedro,  São  Tomé,  Senador  Eloi de  Souza, 

Serra Caiada, Serra de São Bento, Sítio Novo e Tangará; municípios estes pertencentes 

às microrregiões TRAIRI E POTENGI, com identidades caracterizadas e bem definidas. 

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10 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

As reuniões sempre eram realizadas nas cidades pólos das microrregiões: Trairi – em 

Santa Cruz; e Potengi – em São Paulo do Potengi. Porém, os representantes do Potengi 

não  participavam  das  reuniões  quando  eram  realizadas  no  Trairi  e  vice‐versa. Após 

várias  discussões  ocorridas  nas  oficinas  territoriais,  o  colegiado  chegou  a  uma 

conclusão de que o  território Borborema deveria  ser desmembrado, subdividindo‐se 

em dois  territórios; POTENGI E TRAIRI. Respeitando  tais  referências,  foi  solicitada ao 

Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável a divisão dos territórios em 

13/09/2005 e reconhecido oficialmente pela SDT/MDA no dia 17/09/2007. 

Nos últimos anos, o Brasil avançou na redução das desigualdades sociais e regionais. 

Para enfrentar o desafio de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros que vivem nas 

regiões mais necessitadas, especialmente no meio rural, o Governo Federal lançou em 

2008, o “Programa Território da Cidadania”. 

O Território da Cidadania tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico 

e  universalizar  programas  básicos  de  cidadania  por  meio  de  uma  estratégia  de 

desenvolvimento rural sustentável. A participação social e a integração de ações entre 

Governo  Federal,  Estados  e Municípios  são  fundamentais  para  a  construção  dessa 

estratégia. 

O Território do Potengi foi contemplado como Território da Cidadania em 2009. Foram 

previstas para este ano um total de 58 ações com a atuação de nove ministérios que 

integram o Programa Território da Cidadania, com valor previsto de R$ 39.203.502,54. 

Até 31/08/2009 o Território foi beneficiado com a execução de 45 ações. 

Os  municípios  que  integram  o  Território  da  Cidadania  Potengi  ficaram  assim 

constituídos: Barcelona, Bom  Jesus,  Ielmo Marinho, Lagoa de Velhos, Riachuelo, Ruy 

Barbosa, Santa Maria, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé e Senador Eloi de 

Souza. Dentre  eles,  São  Tomé  detém  a maior  área  territorial  com  31%  do  total  do 

Território, enquanto a menor área está com Lagoa de Velhos que detêm 4%.   

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Mapa 02

 – Territórios do RN

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12 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

2.1.2 Localização Geográfica do Território Potengi 

O Território Potengi está  localizado na Zona Homogênea do Agreste Potiguar, Estado 

do  Rio Grande  do Norte,  em  pleno  semiárido;  possui  uma  área  de  2.757,78  km²  e 

apresenta uma variedade de micro‐climas e paisagens, onde se sobressai a caatinga, 

em meio  a  uma  relativa  riqueza  biológica  e  endemismo  e  a  diferença  de  solos  e 

relevos, o que permite uma diversidade de atividades econômicas, com predominância 

do  setor  agropecuário.  A  precipitação  pluvial  está  distribuída  de  forma  desigual  ao 

longo do ano variando entre uma máxima de 1.570 mm e uma mínima de 350 mm. O 

período de chuvas  localiza‐se entre  janeiro e  julho. A umidade relativa do ar situa‐se 

em torno de 75%. 

O  Território  é  cortado  pela  Bacia  Potengi,  na  qual  o  Rio  Potengi  e  seus  afluentes 

Jundiaí, Pedra Preta, Camaragibe e o Riacho Pedra Branca banham os municípios de 

Santa Maria,  Ielmo Marinho, São Paulo do Potengi, São Pedro, Bom  Jesus e Senador 

Eloi de Souza. A Bacia do Rio Ceará‐ Mirim banha apenas o município de Riachuelo. Em 

Ielmo Marinho está localizada a bacia doce, tendo como rio principal o Rio Doce e seus 

afluentes, os Rios Guagiru e o Riacho do Mudo. 

Quadro 01 – Áreas dos municípios, percentual e densidade demográfica   

Município  Área (Km2) Percentual em 

relação à área total(%) 

Densidade demográfica (hab/km2) 

Barcelona  152,6 5,5 25,7 Bom Jesus  122,0 4,4 69,5 Ielmo Marinho  305,2 11,0 38,2 Lagoa de Velhos  112,8 4,1 23,9 Riachuelo  262,9 9,5 26,0 Ruy Barbosa  125,8 4,5 28,8 Santa Maria  219,6 7,9 21,2 São Paulo do Potengi 240,4 8,7 60,2 São Pedro  195,2 7,1 32,9 São Tomé  862,6 31,2 12,9 Senador Eloi de Souza  167,6 6,1 35,2 Fonte: 2001, IBGE 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 13

  

2.1.3 Características Demográficas 

O Território Potengi é composto por 11 municípios e agregava, em 2007, de acordo 

com dados da Contagem Populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 

Estatística –  IBGE, uma população de 79.799 habitantes correspondendo a 2,65% da 

população  total do Estado,  registrando uma  taxa de crescimento, no período 2000 – 

2007, de 5,83 %.  A sede do Território é o município de São Paulo do Potengi, que em 

2007  totalizava  14.483  habitantes,  caracterizado  como  centro  polarizador  no 

Território. 

Em  relação  à  população  em  idade  produtiva,  consideram‐se  nesta  análise,  as  faixas 

etárias compreendidas entre 15 a 64 anos de  idade, pelo fato de que esse segmento 

populacional concentra o número de pessoas aptas a desenvolver atividades laborais, 

visto que a partir dos 15 anos de  idade as pessoas  já podem se  inserir no mundo do 

trabalho na condição de menor aprendiz. No outro extremo, ou seja, a partir dos 64 

anos de idade, os trabalhadores ainda permanecem no mercado de trabalho, embora 

com expressiva parcela se preparando para se aposentar. 

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14 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

No  que  se  refere  ao  Território  do  Potengi,  o mesmo  registrava  uma  população  em 

idade produtiva de 48.273 habitantes em 2007, como se pode se observar no Quadro 

02.  A  densidade  demográfica  do  Território  apresentava  uma  distribuição  de  29,0 

habitantes por Km². 

Quadro 02 – Variação populacional, segundo sexo 

Município População 2000  População 2007  Variação 

População (2000‐2007)Homem  Mulher  Total  Homem  Mulher  Total 

Barcelona  2.076  1.914  3.990  1.995  1.931  3.928  ‐1,58 Bom Jesus  4.297  4.311  8.608  4.185  4269  8.478  ‐1,53 Ielmo Marinho  5.260  4.989  10.249  6.063  5.586  11.649  12,02 Lagoa de Velhos  1.344  1.307  2.651  1.399  1.300  2.699  1,78 Riachuelo  2.907  2.853  5.760  3.438  3.340  6.824  15,59 Ruy Barbosa  1.879  1.807  3.686  1.862  1.763  3.625  ‐1,68 Santa Maria  1.925  1.853  3.778  2.361  2.270  4.659  18,91 São Paulo do Potengi 

6.870  6.952  13.822  7.090  7.267  14.483 4,56 

São Pedro  3.434  3.342  6.776  3.215  3.124  6.433  ‐5,33 São Tomé  5.345  5.453  10.798  5.623  5.492  11.115  2,85 Senador Eloi de Souza 

2.579  2.449  5.028  2.682  2.570  5.906 14,87 

TOTAL  37.916  37.230  75.146  39.913  38.912  79.799  5,83 Fonte: IBGE 2000, Censo Demográfico  2007, Contagem da População  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 15

A razão de sexo é um indicador que aponta o equilíbrio dos sexos numa população na 

medida em que há uma divisão proporcional entre homens e mulheres.   Expressa o 

número  de  pessoas  do  sexo  masculino  para  cada  grupo  de  100  pessoas  do  sexo 

feminino.    Conforme  o  IBGE  –  2009,  no  Brasil  havia  para  cada  100 mulheres,  94,8 

homens, com tendência de declínio em virtude da sobremortalidade masculina.   

O Território Potengi aponta uma redução da proporção de mulheres na sua população 

total,  ao  comparar  os  números  do  censo  2000,  considerando  que  neste  ano,  elas 

representavam  49,54%  da  população  total,  enquanto  os  resultados  da  Contagem 

Populacional 2007  resultaram em 48,76%.   Os municípios de São Paulo do Potengi e 

Bom Jesus, entretanto, detêm na sua população, a predominância de mulheres (50,1 e 

50,3%,  respectivamente).  Em  contrapartida,  os  municípios  de  Ielmo  Marinho  e 

Senador  Eloi  de  Souza  apresentam  os  menores  percentuais  (47,9  e  43,5%, 

respectivamente).   

Ao  estabelecer  a  razão  de  sexo  na  população  do  Território,  existia  em  2000,  uma 

média de 98,2 homens para cada 100 mulheres.  Em 2007, o índice reduziu para 97,5. 

 

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16

PLA

NO

TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Quadro 03

 – Pop

ulação, segun

do grupo

s etários 

Mun

icípios 

Popu

lação do

 Território po

r grande

s grup

os etários

Até 14 anos 

15 a 64 anos 

Mais de

 64 anos 

Total

Absoluta

2000

2007

2000

2007

 20

0020

0720

0020

07 

Barcelon

a 1.30

8 1.09

4 2.31

3 2.41

1 36

9 42

0 3.99

0 3.92

8 Bo

m Je

sus 

3.01

7 2.55

4 4.85

5 5.14

2 73

6 75

8 8.60

8 8.47

8 Ielm

o Marinho

3.69

8 3.69

6 5.83

5 71

05 

716 

848 

10.249 

11.649 

Lagoa de

 Velho

s96

9  82

8 1.49

5 1.62

6 18

7 24

5 2.65

1 2.69

9 Riachu

elo 

2.19

1 2.18

1 3.15

7 4.05

6 41

2 53

9 5.76

0 6.82

4 Ru

y Ba

rbosa

1.30

6 1.14

6 2.10

2 2.13

6 27

5 34

3 3.68

3 3.82

5 Santa Maria

1.31

4  1.46

3 2.20

0 2.82

8 26

4 34

0 3.77

8 4.65

9 São Paulo do

 Poten

gi4.57

3 4.03

1 8.05

4 9.03

7 1.19

5 1.28

8 13

.822 

14.483 

São Pe

dro 

2.20

1 1.76

9 4.04

5 3.98

6 53

0 58

4 6.77

6 6.43

3 São To

mé 

3.60

3 3.09

3 6.10

3 6.81

3 1.09

2 1.20

9 10

.798 

11.115 

Senado

r Elói de Souza

1.87

4  1.68

2 2.76

9 3.13

3 38

5 43

7 5.02

8 5.90

6 TO

TAIS

26.054 

23.537 

42.928 

48.273 

6.16

1 7.01

1 75

.143 

79.999 

Fonte. IB

GE 

 20

00 – Cen

so Dem

ográfico. 

2007

 – Con

tagem Pop

ulacional. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 17

No  Brasil,  os  números  do  IBGE  apontam  que  o  peso  relativo  da  população  jovem, 

aquela  abaixo  de  15  anos  de  idade,  tem  diminuído  continuadamente.    Como  fator 

determinante, o declínio acelerado das taxas de  fecundidade nos últimos anos.   Essa 

redução tem acontecido em ritmo mais acelerado do que o aumento da proporção dos 

idosos,  pois  a  substituição  de  jovens  por  idosos  é mediatizada  pelo  crescimento  da 

população adulta. 

O Território Potengi tem refletido o cenário nacional, reduzindo sua população jovem 

em  quase  6%.    Em  comparação  à  população  total,  esse  grupo  etário  representava 

37,3%  em  2000,  tendo  sido  reduzida  para  31,9  %  em  2007.    Levando‐se  em 

consideração o mesmo período, quem mais decresceu sua população nessa faixa etária 

foi  o município  de  São  Pedro  (24%),  enquanto  que,  contrariando  todos  os  índices 

negativos, Santa Maria elevou a mesma população em 10%.  

Um  dos  grandes  desafios  das  políticas  públicas  para  esta  parcela  populacional  será 

garantir a universalização do atendimento do ensino fundamental e do ensino médio.  

Como o primeiro não garante inclusão social via mercado de trabalho, o ensino médio 

assume  uma  importância  fundamental,  principalmente  o  profissionalizante, 

condicionado pela demanda de segmentos produtivos.   

Quanto à população em  idade economicamente ativa (15 a 64 anos), o Brasil detinha 

em 1980 cerca de 70 milhões de brasileiros.  Atualmente, esse contingente já passa de 

130 milhões e pode atingir o seu ápice por volta de 2030, quando o Brasil terá cerca de 

150 milhões de pessoas em idade produtiva, segundo projeções do Instituto Brasileiro 

de Geografia e Estatística ‐ IBGE. 

 Esse  incremento  na  população  em  idade  ativa  também  pode  ser  destacado  no 

Território  Potengi,  a  partir  de  uma  análise  no  quadro  04  que  demonstra  um 

crescimento de 11% nesse grupo etário, que representava 57% da população total em 

2000, passando para 60% em 2007.   

Ao observar os municípios que  integram a composição territorial, São Pedro divergiu 

dos demais reduzindo essa população em 1,4%.   Destaque‐se aí o município de Santa 

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18 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Maria que a ampliou o percentual em 22%.   Ter uma parcela da população em plena 

atividade  superando  a  camada  de  dependentes  costuma  ser  benéfico  ao 

desenvolvimento de um país, mas para o aproveitamento desse “bônus demográfico”, 

faz‐se  necessário  fortes  investimentos  em  educação  e  garantias  de  qualificação 

adequada para essa mão de obra disponível, como também, mercado de trabalho com 

grandes oferta de vagas, capazes de absorvê‐las. 

A  faixa  de  idosos  também  tem  demonstrado  ascensão  continuada.    Os  dados  do 

Ministério  da  Saúde mostram  resultados  já  observados  em  todas  as  regiões:  o 

considerável incremento dessa faixa de idade.  Segundo as estimativas, já são mais de 

19 milhões de  idosos,  representando uma parcela  substancial de 10% da população 

brasileira.   Destes, 20%  requer atenção especial devido às  suas  condições de  saúde.  

Demonstram ainda os estudos que, enquanto a população idosa aumenta, as taxas de 

natalidade  estão  em  queda  livre.  A  previsão  do  Instituto  é  que  o  país  apresente 

potencial de  crescimento populacional até 2039, para quando  se espera o  chamado 

"crescimento  zero".    A  partir  de  2050,  a  taxa  de  crescimento  deverá  ser  negativa, 

caindo para 0,291%.  O IBGE destaca outro dado importante sobre o quadro: em 2008, 

para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos de  idade, existiam 24,7  idosos de 65 

anos ou mais.   Em 2050, o quadro muda, e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos de 

idade  existirão  172,7  idosos.    Mais  brasileiros  idosos  do  que  na  infância  e  pré‐

adolescência.  

Sob o ponto de vista Territorial, os idosos representavam 8,1% da população total, no 

ano de 2000.  Em 2007, esse percentual elevou‐se para 8,7%.  Em números absolutos, 

essa  população  do  Território  aumentou  em  857  pessoas,  ou  seja,  um  aumento  de 

9,5%.    Dos municípios  que  compõem  o  Território,  todos  ampliaram  este  grupo  da 

população.   Bom  Jesus  foi o município que  teve a menor ampliação  (2%), enquanto 

Lagoa de Velhos alcançou 23,6%.   

A redução da população de crianças e jovens e o consequente aumento da população 

adulta e  idosa estão associados à queda  continuada dos níveis de  fecundidade e ao 

aumento  da  esperança  de  vida,  que  em  2008,  alcançou  a média  76,6  anos  para  as 

mulheres e de 69 para os homens, segundo o IBGE.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 19

Com  esse  peso  significativo  de  idosos,  famílias  cada  vez menores  e  com  arranjos 

sociais  extremamente  diversificados,  aumento  continuado  da  longevidade  e  da 

população em idade ativa, têm transformado rapidamente a demografia brasileira.  E, 

com  isso,  exigindo  ajustes  que  não  se  realizarão  sem  a  intermediação  do  Estado, 

através  de  políticas  públicas  fundamentais,  como  por  exemplo,  as  políticas  de 

educação, saúde, mercado de trabalho e previdência. A ausência ou  ineficácia dessas 

políticas  poderá  comprometer  a  consecução  dos  objetivos  maiores  de  um 

desenvolvimento econômico com justiça social. 

   

A  razão  de  dependência  é  um  indicador  demográfico  utilizado  para  fins  de  análise 

socioeconômica,  como  os  de  mercado  de  trabalho.  Esse  indicador  expressa  a 

proporção de pessoas em idade potencialmente inativa de uma população em relação 

a 100 pessoas em  idade potencialmente ativa  (PIA) ou disponível para as atividades 

econômicas. De acordo com o IBGE, em 2009, no Brasil, a razão entre as populações de 

0 a 14 anos e de 65 anos ou mais de idade e o segmento populacional de 15 a 64 anos 

de idade era de 47,2%.  No território Potengi, a razão de dependência, em 2000 ,tinha 

o índice de 75%, passando logo em seguida, no ano 2007, para 63%.   

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20 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Dentre seus municípios, o Território registra a maior taxa em Ruy Barbosa, com 69,7%.  

A  menor  está  localizada  em  São  Paulo  do  Potengi,  com  58,8  %.    Para  melhor 

compreender a razão de dependência, conforme se visualiza no Gráfico 04, para cada 

100  pessoas  em  idade  ativa  (PIA)  ou  economicamente  ativa,  estavam  sob  sua 

dependência  em  2000,  60  jovens  e  12  idosos.    Focalizando  os  dados  da  contagem 

populacional 2007, para  cada 100 PIA, estavam dependentes 48  jovens e 14  idosos.  

Percebe‐se,  portanto,  a  partir  do  contexto  acima,  que  o  peso  de  dependência  tem 

migrado  da  população  jovem  para  a  população  idosa.    Como  os  dependentes, 

teoricamente,  consumiriam mais  do  que  produzem  e  a  população  adulta  produziria 

mais do que consome, quanto maior a relação de dependência, maior a dependência 

do Estado para com a população estatisticamente considerada dependente.  

Quadro 04 ‐ População Rural e Urbana 

Município 2000 2007 

Total  Urbano Rural Total Urbano  Rural 

Barcelona  3.990  1599 2391 3928 1.579  2.349

Bom Jesus  8606  6273 2333 8478 6.437  2.041

Ielmo Marinho  10249  1123 9126 11649 1.425  10.224

Lagoa de Velhos  2.651  1577 1.074 2.699 1.709  990 

Riachuelo  5.760  3631 2.129 6.824 4.206  2.618

Ruy Barbosa  3.686  1376 2.310 3.625 1.370  2.255

Santa Maria  3.778  3778 1.427 4.659 3.053  1.606

São Paulo do Potengi  13822  9899 3923 14483 11.103  3.380

São Pedro  6.776  2861 3.915 6.433 3.468  2.965

São Tomé  10.798  5600 5.198 11.115 6.091  5.024

Senador Eloi de Souza 5.028  2093 2.935 5.906 2.535  3.371

Totais  76.571  39.810 36.761 79.799 42.976  36.823

Fonte: IBGE 2000, Censo Demográfico  2007, Contagem da População  

De  acordo  com  o  IBGE,  em  2009  a  taxa  de  urbanização  para  o  País  (proporção  de 

pessoas residentes em áreas urbanas) foi de 84,0%.  Em nível territorial, a taxa média 

de urbanização elevou‐se de 50% em 2000 para 53% em 2007.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 21

Ao  focalizar  municípios  integrantes  do  Território,  segundo  dados  visualizados  no 

gráfico 05 acima, registra‐se o maior índice em São Paulo do Potengi, com 76%.  Mas, 

reagindo  ao  cenário  de  contínua  elevação,  o município  de  Riachuelo  decresceu  sua 

população urbana, migrando de 63 para 61%, conforme intervalo já exposto. Também, 

já é possível identificar, municípios que estão trilhando sentidos inversos da dinâmica 

de redução da população rural e aumento da população urbana, onde podemos citar: 

Ielmo Marinho,  Riachuelo,  Santa Maria  e  Senador  Eloi  de  Souza.    E,  aqueles  que 

reduziram o número de habitantes na zona urbana, como Barcelona e Santa Maria.  

Todos  estes municípios  têm  em  comum,  com  exceção  de  Barcelona,  a  criação  de 

grandes áreas de assentamentos.   A partir deste cenário, começa‐se a verificar que a 

última década trouxe algumas reversões de dinâmicas que são consideradas negativas 

no  processo  de  organização  demográfica,  quando  se  compara  com  os  números  do 

cenário nacional.   

 

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22 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

Ao destacar o cenário migratório no Território Potengi, reportamo‐nos  inicialmente à 

dinâmica do êxodo  rural,  segundo projeção estadual.   Os números do  IBGE  revelam 

que o RN  tem,  segundo  a última  contagem populacional  (2007), uma população de 

3.014.228 habitantes, concentrando 2.319.217 na área urbana, o que significa 76,95% 

de sua população total.  Uma realidade bastante diferenciada, quando comparada com 

a população da década de 70, que  tinha sua maior parcela  fixada no meio rural.   Na 

atualidade, essa parcela soma apenas 23,05%.  

 Esse  fluxo  migratório  quase  triplicou  a  população  urbana  nos  últimos  40  anos, 

enquanto a rural foi reduzida de 812,9 a 740,1 mil habitantes no mesmo período. Ao 

observar o Gráfico 05, o Território Potengi caminhou na mesma tendência, saltando de 

seus 15.390 habitantes na zona urbana para 42.976 (1970 a 2007).  Contrastando com 

o cenário rural, que decresceu sua população de  forma acentuada, saindo de 52.088 

para 36.823 habitantes no mesmo período.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 23

Desta forma, pode‐se observar que, no âmbito estadual, o nivelamento da população 

rural/urbana  ocorreu  na  década  de  70,  enquanto  no  Território  Potengi  só  veio  a 

ocorreu após 20 anos, ou seja, no final dos anos 90.   

Faz‐se  importante destacar, ao contextualizar o  intervalo de maior migração com os 

resultados da produção rural no mesmo período, a existência de uma estreita relação 

com  a  crise  e  decadência  da  produção  algodoeira  provocada  pela  praga  do 

popularmente conhecido como “bicudo”, aliado a outros fatores externos.   A história 

rural demonstra que  a denominação de  “ouro branco” não  se deu por mero  acaso, 

visto que todas as demais culturas eram complementares e de consumo, enquanto o 

algodão era responsável pela garantia de resultados econômicos concretos, capazes de 

suprir  as  despesas  contraídas  em  todo  um  ano  de  trabalho,  contando  ainda  com  a 

certeza do lucro. 

Três  fatores  compõem  a  dinâmica  populacional  de  uma  localidade:  natalidade, 

mortalidade e migração. A dinâmica populacional de um determinado município ou 

região,  por  sua  vez,  está  intrinsecamente  relacionada  com  o  desempenho  da  sua 

atividade econômica.  Ao se dimensionar, buscando melhor compreender essa relação, 

compare‐se que a área colhida com algodão arbóreo e herbáceo na Região que era de 

aproximadamente 100 mil hectares em 1980, reduziu‐se para 6.400 hectares em 1985 

e  apenas  990  hectares  em  2002.  Nesta  última  área,  foram  obtidas  apenas  602 

toneladas de algodão em rama, contra as 30 mil que eram obtidas anualmente nos 100 

mil hectares cultivados até o início da década de 1980 (PAM, 2002). 

É possível verificar, portanto, essa  relação no  recorte em questão.   Pois,  tendo  sido 

ceifada  a  principal  atividade  econômica  da  Região  e  ausentes  políticas  de  atenção 

capazes  de  contornar  e  apontar  atividades  produtivas  alternativas  geradoras  de 

ocupação  e  renda,  resultou  em  profundas  incertezas  no  meio  rural  influenciando 

enormemente  o  fenômeno migratório.    Ainda,  reportando‐se  ao  período  de maior 

migração (1980 a 1990), os dados quanto a condição do agricultor em relação à terra, 

verificava‐se que  a maior parte dos  agricultores  trabalhavam  em  terras  arrendadas, 

subsistindo na dependência econômica e de trabalho  junto aos  latifundiários, que os 

mantinham a partir da cultura do algodão.   

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24 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Apesar de sua condição ainda ascendente, a partir de 2000 principalmente, o ritmo de 

crescimento  da  população  urbana  tem  gradativo  recuo  no  Território  Potengi,  com 

ênfase para um  importante cenário: a estabilização migratória e pequena ampliação 

do  número  de  habitantes  no meio  rural.  É  possível  relacionar  este  cenário  com  a 

política  de  assentamentos  rurais  aliada  aos  incentivos  financeiros  de  programas 

(PRONAF)  governamentais  voltados  ao  setor,  infraestrutura  básica  como  energia 

elétrica,  habitação,  regularização  fundiária,  abastecimento  d’água,  garantias 

previdenciárias diferenciadas  (segurado especial) e à própria estabilização econômica 

do país. 

O Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicada ‐ IPEA (2010) destaca que um dos fatores 

com  influência  na  decisão  de  migrar  é  a  idade.  O  estudo  identificou  que  há  um 

percentual maior de migrantes entre 18 e 29 anos. Chamando a atenção para o alto 

percentual de  jovens entre os migrantes do Nordeste para o Sudeste, que em 2008 

chegou a 62,9%, maior que o de não migrantes (32,8%).  Revela o estudo ainda, que o 

nível de escolaridade é outro fator  importante, destacando também que o fenômeno 

interregional  alcança  índices maiores  naqueles  com  pouco  tempo  de  escolaridade, 

enquanto os que detêm maior tempo tendem a migrar na própria região. 

Mesmo não dispondo de tabulações que  identifiquem, no Território Potengi, a partir 

da população  rural, a  localização de maior  incidência de migração de acordo  com  a 

faixa  etária  e  tempo  de  estudo,  essa  realidade  pode  ser  considerada  pelo  processo 

sistemático  de  monitoramento  das  políticas  para  o  campo,  levando‐se  em 

consideração os que buscam o  acesso.   É possível  também  a  verificação do  cenário 

migratório  da  população  urbana  a  partir  dos  produtos  oriundos  das  atividades 

territoriais,  utilizados  como  indicadores  para  o  apontamento  de  políticas  para  o 

campo.  A migração dos jovens representa perda de capital humano e social no campo. 

É na população  jovem que se concentra um melhor nível de acesso à educação e um 

maior potencial de formação profissional e de empreendedorismo. Apesar das poucas 

possibilidades  de  acesso  ao  associativismo,  os  jovens  também  demonstram 

capacidades e habilidades para trabalhos associativos.  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 25

 

A taxa de fecundidade no Rio Grande do Norte em pouco mais de 40 anos, caiu de 8,2 

filhos, em 1960, para 2,1, em 2006. A taxa média do Brasil ficou ainda mais baixa, 1,8 

filho por mulher, enquanto que em 1960 era de 6,3 filhos.   

Ainda,  segundo  informações  do  Ministério  da  Saúde,  a  taxa  de  fecundidade, 

juntamente com a mortalidade e a natalidade, são os fatores que mais  influenciam o 

crescimento de um país, sendo que, o ideal é uma taxa de reposição de pelo menos 2,1 

filhos por mulher. 

Quanto à taxa bruta de natalidade, o Rio Grande do Norte reduziu a sua de 22,9 em 

2001, para 17,98 nascimentos/1.000 em 2009. São informações tabuladas e divulgadas 

pela  Síntese  de  Indicadores  Sociais  –  2010.  O  Território  Potengi,  também  oscilou 

negativamente essa mesma taxa, passando de 18,29 para 14,02 nascimento para cada 

grupo  de  1000  nascimentos  no  período  de  entre  2005  e  2008,  conforme  dados  do 

Sistema  de  informações  sobre  nascidos  vivos  –  SINASC  do Ministério  da  Saúde.   O 

município  de  Lagoa  de  Velhos  foi  o  único  do  Território  que  apresentou  um  índice 

positivo de 13,55% no número de nascimentos no mesmo período.   

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26 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A maior  redução  foi observada no município de Ruy Barbosa, que alcançou a marca 

substancial de 97,22%. Um detalhe importante, visto que o setor rural historicamente 

obteve  marcas  diferenciadas  e  sempre  à  frente  da  população  urbana  é  que,  dos 

municípios  que  integram  o  território  Potengi,  a maior  redução  da  natalidade  está 

localizada  naqueles  que  detêm  maior  percentual  de  sua  população  residindo  no 

campo.  Com isso é possível inferir que o cenário nacional está se reproduzindo entre a 

população rural.   

Os  vários  programas  de  acompanhamento  à  saúde  da  mulher  que  disseminam 

informações e orientam  sobre planejamento  familiar e os meios  contraceptivos que 

são  cada  vez  mais  aperfeiçoados  e  alternativos  são  fatores  que,  aliados  a  uma 

crescente  participação  das mulheres  no mercado  de  trabalho,  incidem  na  taxa  de 

natalidade, alterando as configurações das famílias brasileiras.

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 27

A  Síntese  de  Indicadores  Sociais  –  SIS‐2010  detalha  ainda,  a  existência  de 

condicionantes que  incidem na taxa de fecundidade.   Os socioeconômicos, tais como 

anos de estudo das mulheres e a  cor ou  raça, provocam variáveis demográficas nas 

análises da fecundidade. Ou seja, o aumento na escolaridade feminina guarda estreita 

relação  com  reduções  nas  taxas  de  fecundidade.    Revelam  ainda  que,  no  Brasil, 

mulheres  com menos  de  7  anos  de  estudo  apresentam  um  padrão  de  fecundidade 

extremamente  jovem  (o  grupo  de  20  a  24  anos  de  idade  concentra  37,0%  da 

fecundidade total).  

A partir dele, a  fecundidade declina rapidamente. Mostra‐se, porém, mais dilatado o 

padrão de fecundidade de mulheres mais instruídas, com tempo de estudo superior a 

8 anos: grupos de 20 a 24 e de 25 a 29 anos de idade próximas ou bem mais elevadas 

que as adjacentes, concentram 25,0% e 24,8%, respectivamente. Outro dado apontado 

é a alta e preocupante proporção da fecundidade na adolescência, nas mulheres com 

menos de 7 anos de estudo, 20% do grupo de 15 a 19 anos de  idade, concentra uma 

taxa  de  fertilidade  de  20%.    Fator  que,  consequentemente,  acaba  por  dificultar  o 

processo educacional e a inserção de adolescentes no mercado de trabalho.  

 Uma  análise  ao  gráfico  da  natalidade  no  Território  Potengi,  tendo  como 

condicionantes a idade e tempo de estudo (avaliados independentes), observa‐se que 

o recorte em questão traz  linhas do quadro nacional, conforme estudos do SIS/2010.  

Verifica‐se que 23% da  fecundidade na adolescência está no grupo de 14 a 19 anos, 

que somados ao grupo etário de 20 a 24, alcança 54% da natalidade no Território.   

Condicionando o fator estudo, as que detêm até 7 anos alcançam um  índice de 60%, 

que decresce substancialmente para 30% para aquelas entre 8 a 11 anos e de 8% com 

tempo escolar maior que 11 anos.  Essa importante participação das adolescentes nos 

índices de nascidos vivos sugere a necessidade de  implementação e reformulação de 

políticas locais e regionais voltadas à saúde materno‐infantil, como também, um maior 

controle  no  acompanhamento  do  pré‐natal,  diante  da  maior  probabilidade  de 

ocorrência de gravidez de alto risco. 

 

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28 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

O  Gráfico‐09  expressa  bem  os  condicionantes,  quando  se  focaliza  o  número  de 

nascimentos no Território a partir da cor.   A relação da natalidade é particularmente 

expressiva na população parda, principalmente sob a ótica de que 59,2% da população 

Potiguar  está  caracterizada  como  tal,  segundo  as  informações  do  SIS/IBGE  –  2010, 

enquanto a população branca detém uma parcela de 36,3% dos potiguares.   Com um 

olhar  aos  municípios  do  Território  Potengi,  Lagoa  de  velhos  crava  em  89,8%  dos 

nascimentos  informados como sendo pardos, enquanto em São Tomé, encontra‐se o 

maior percentual dos informados como brancos, 48,9%. 

De modo  geral, pesquisas  indicam que  a maioria  absoluta das mães  adolescentes é 

solteira, principalmente nas  faixas mais precoces. Sob esta ótica, a partir da situação 

declarada pelas mães, levando‐se em consideração as crianças nascidas viva no ano de 

2008,  70%  delas  se  definiram  com  solteiras,  sendo  um  número  expressivo  no 

Território. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 29

 

Dentre o percentual apontado de mães solteiras, não foi possível diferenciá‐las entre 

as  sem  companheiros  das  de  união  estável  (consensual), mas  é  possível  destacar  a 

existência  de  estreita  relação  com  as  pesquisas  de mães  solteiras  nas  faixas mais 

precoces, conforme pesquisas macro (Brasil). Em 2008, a taxa de nupcialidade legal no 

País alcançou 6,7%.   

Na  esfera  dos municípios,  São  Pedro  indica maior  índice  de  nascimento  por mães 

solteiras,  82%.   O menor  fica  por  conta  do município  de  Barcelona,  com  68%.    As 

iniciativas de ações coletivas por parte dos municípios têm reduzido os casos de união 

consensual, a partir da legalização civil.   

Um  dos  impedimentos  para  a  iniciativa  individual  ainda  está  nos  elevados  custos 

cartoriais,  principalmente  para  àquelas  de  menor  condição  social.    Uma  das 

consequências  da  ausência  da  legalidade  civil  consiste  no  reconhecimento  da  união 

conjugal pelo INSS, nos casos de óbito de um de seus membros. 

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30 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

Tradicionalmente  a  Taxa  de Mortalidade  Infantil  é  empregada  como  um  indicador 

social representativo da realidade das condições de vida ou saúde presentes em uma 

região  ou  segmento  populacional.  A  associação  existente  entre  fatores  sócio‐

econômicos  das  condições  de  vida  e  fatores  relacionados  à  atenção  dos  serviços 

básicos de saúde (infraestrutura básica de acesso e qualidade da atenção médica) com 

o nível da mortalidade  infantil torna tal medida um  importante  indicador da situação 

de saúde de grupos populacionais. 

O Brasil passa por um declínio acelerado nas taxas de mortalidade infantil, segundo o 

IBGE. Os números passaram de 47,0% para 23,3% entre 1990 e 2008, correspondendo 

a  uma  queda  de  50%  neste  período.    Os  números  apontados  pelo  SINASC/MS, 

conforme o gráfico 11 acima, revelam que o Rio Grande do Norte não alcançou esta 

projeção,  já que  reduziu este  cenário em 40%, ou  seja, de 21 para 14 o número de 

óbitos infantis para cada 1000 nascidos vivos.   

O  SINASC/MS  revela  ainda,  mensurando  os  números  do  Território  Potengi,  uma 

redução de 18 para 9 o número de óbitos  infantis para um grupo de 1000 nascidos 

vivos.  Em números absolutos, os números reduziram de 25 para 11 os óbitos infantis, 

apontando uma diminuição de 56%, bem maior que média nacional.  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 31

A Secretaria de Saúde Pública do RN (SESAP) aponta que a maioria dos óbitos infantis 

acontece  nos  primeiros  sete  dias  de  vida,  demonstrando  estreita  relação  com 

problemas do parto e, principalmente, do pré‐natal.  

Desta  forma, melhor qualificar os programas de saúde da  família no período de pré‐

natal  e  no  parto  devem  ser  prioridade  do  sistema  público  de  saúde.   A melhoria  e 

ampliação da cobertura desses programas, aliados à participação efetiva da futura mãe 

às consultas do pré‐natal, serão preponderantes para a manutenção de queda deste 

índice. 

   

Sendo uma síntese da mortalidade ao  longo de todo o ciclo de vida dos  indivíduos, a 

esperança de vida é o indicador empregado para mensurar as dimensões humanas no 

índice de desenvolvimento, qual seja direito a uma vida longa e saudável. Isso porque, 

em  cada  um  dos  grupos  etários,  os  indivíduos  estão  sujeitos  a  diferentes  riscos  de 

mortalidade, estabelecendo distintas causas principais de mortalidade. 

Em termos evolutivos, os ganhos desse indicador, em anos de vida, vêm estabelecendo 

comportamento  contínuo  e  positivo.  Segundo  pesquisa  do  Instituto  Brasileiro  de 

Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no País aumentou em cerca de três 

anos no período compreendido entre 1999 e 2009, elevando‐a para 73,1 anos.   

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32 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

As menores taxas de mortalidade são registradas entre as mulheres, por isso elas têm 

vivido  por mais  tempo  e  somam  55,8%  das  pessoas  com mais  de  60  anos  no  país.  

Segundo a pesquisa, a expectativa de vida delas passou de 73,9 para 77 anos. Entre os 

homens,  subiu  de  66,3  anos  para  69,4  anos.  O  Rio  Grande  do  Norte,  segundo  a 

pesquisa, tem média de 71,1 anos.  

Trazer essas  referências de âmbito nacional e estadual é  importante, principalmente 

por  ainda  não  se  dispor  no  Território,  de  números  atualizados  a  partir  de  cada 

município. Mesmo assim, destacamos os números do  IBGE/2000 para  compreender, 

naquela década, a configuração os municípios do Território Potengi.   Em média, este 

alcançou uma esperança de vida ao nascer, de 65 anos.  A maior taxa estava localizada 

no  município  de  Riachuelo  (70,6)  e  a  menor,  reportava‐se  ao  município  de  Ruy 

Barbosa.  

Mas,  uma  rápida  observação  no Gráfico  31,  que  reproduz  os  percentuais  de  óbitos 

segundo  faixas  etárias  no  ano  de  2008,  a  partir  das  informações  do  Sistema  de 

informações  sobre  mortalidade  –  SIM/DATASUS/2008,  revelam  que  a  maior 

concentração  de  óbitos  está  entre  os maiores  de  80  anos,  cujo  percentual  chega  a 

37%, seguido pela  faixa dos 70 aos 79 anos que projetam 18,11 pontos percentuais.   

Ou seja, configurando a ampliação da expectativa de vida. 

 

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33

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 ‐ IDH 

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icipal (IDH‐M

) 200

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de adu

ltos 

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freq

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Rend

a pe

capita 

Índice de 

espe

rança 

de vida 

(IDHM‐L) 

Índice de 

educação

 

(IDHM‐E) 

Índice de 

PIB      

(IDHM‐R) 

Índice de Des. 

Hum

ano 

Mun

icipal 

(IDH‐M

Ranking 

por UF 

Ranking 

Nacional 

Barcelon

a 0,59

4 0,79

9 76

,338

 0,67

9 0,66

3 0,49

6 0,61

3 11

7 44

34 

Bom Je

sus 

0,60

4 0,76

3 85

,809

 0,70

2 0,65

7 0,51

6 0,62

5 96

 42

14 

Ielm

o Marinho

 0,55

4 0,76

3 66

,609

 0,67

2 0,62

3 0,47

4 0,59

0 14

9 48

46 

Lagoa de

 Velho

s 0,68

9 0,85

6 77

,302

 0,64

8 0,74

4 0,49

8 0,63

0 88

 41

24 

Riachu

elo 

0,63

1 0,80

7 86

,953

 0,76

0 0,69

0 0,51

8 0,65

6 40

 36

68 

Ruy Ba

rbosa 

0,59

0 0,80

2 66

,899

 0,60

2 0,66

1 0,47

4 0,57

9 15

7 50

01 

Santa Maria 

0,63

7 0,82

1 85

,286

 0,66

8 0,69

9 0,51

5 0,62

7 94

 41

78 

São Paulo do

 Poten

gi 

0,65

9 0,80

1 10

6,09

8 0,66

8 0,70

6 0,55

1 0,64

2 61

 38

89 

São Pe

dro 

0,64

5 0,80

4 73

,168

 0,70

4 0,69

8 0,48

9 0,63

1 86

 41

14 

São To

mé 

0,62

5 0,84

7 79

,918

 0,63

7 0,69

9 0,50

4 0,61

3 11

4 44

20 

Senado

r Elói de Souza 

0,56

5 0,84

3 73

,741

 0,61

5 0,65

8 0,49

1 0,58

8 15

1 48

66 

Fonte: ONU 

 

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34 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

De acordo do PNUD/2010, o Brasil é o 73º no ranking de 169 nações e territórios da 

nova versão do  IDH  (Índice de Desenvolvimento Humano), que passou por uma das 

maiores reformulações desde que foi criado, há 20 anos. O índice brasileiro de 0,699, 

põe o país entre os de alto desenvolvimento humano e é maior que a média mundial 

(0,624).  Segundo  o  Relatório  de  Desenvolvimento  Humano,  o  resultado  é  parecido 

com o total de países da América Latina e Caribe (0,704). Devido à nova metodologia, 

não se pode comparar o novo IDH com índices anteriores. 

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede os avanços alcançados por um país 

em  três  aspectos:  vida  longa  e  saudável  (baseado  na  esperança média  de  vida  ao 

nascer), acesso ao conhecimento (baseado na alfabetização e na escolarização) e nível 

de vida digno  (baseado no PIB per capita associado ao poder de compra em dólares 

americanos). Os  países  são  classificados  dentro  desses  aspectos  em  valores médios 

entre 0 e 1. Ou seja, quanto mais próximo a 1, melhor será a qualidade de vida de seu 

povo. Ainda não há disposição dos números, de acordo com a nova metodologia, de 

forma  a  avaliar  o  cenário  do  Território  Potengi.  Para  tanto,  os  dados  de  referência 

dizem respeito às informações municipais do PNUD/2000. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 35

O Território do Potengi é composto por 11 (onze) municípios que possui um Índice de 

Desenvolvimento Humano de (0,620), abaixo da média do Estado que é de (0,750) e o 

IDH do País é de (0,766). 

Quadro 06 ‐ Renda e PIB per capita do Território do Potengi 

Municípios RENDA TOTAL (R$) 

PER CAPITA (R$) 

PIB TOTAL (R$) 

PIB PER CAPITA (R$) 

  Barcelona  299,86 76,34 11.110 2.645   Bom Jesus  727,50 85,81 27.502 2.897   Ielmo Marinho  775,94 66,61 38.516 3.513   Lagoa de Velhos  208,63 77,30 9.682 3.145   Santa Maria  397,37 85,29 12.420 2.840   São Pedro  1.536,65 73,17 18.230 2.752   São Paulo do Potengi 1.536,65 106,10 51.154 3.380   São Tomé  888,31 79,92 23.480 2.262   Riachuelo  593,35 86,95 16.113 2.814   Ruy Barbosa  242,51 66,90 10.399 2.649   Senador Elói de Souza 435,51 73,74 16.672 3.043 

TOTAL DO TERRITÓRIO  6.576,33  82,41  235.279  2,948 

 TOTAL DO ESTADO  488.714,00 176,21 1.786.226 594.796.726Fonte: 2007, IBGE. 

 

Os  aspectos  que  destacam  a  presença  de  situações  diferenciadas  de  indigência  e 

pobreza entre os municípios devem  ser  considerados nos programas e estratégias a 

serem adotadas, pois são flagrantes as desigualdades de condições de vida registradas 

pelos diferentes municípios. 

Figura 01 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÍNDICE DE GINI, 2000

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36 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Evidencia‐se a grande heterogeneidade de  situações existentes. Todos os municípios 

registraram percentuais altos em relação à pobreza e à  indigência. Constata‐se que a 

população  cuja  renda domiciliar, per  capita,  corresponde a menos de ¼ do valor do 

salário mínimo, encontra‐se em municípios com valores mínimos de cerca de 30% e 

valores máximos de mais de 60%, cujos valores encontrados em São Paulo do Potengi 

correspondem a 32,1%, valor mínimo. 

 

 

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 37

2.1.4 Tecido Social Organizativo  

O  Território possui um universo bastante diversificado de organização da  sociedade 

civil,  entre  as  quais  se  destacam  àquelas  ligadas  à  Igreja  Católica  e  ao Movimento 

Sindical,  assim  como  outras  Associações  Civis  e  os  Conselhos  Gestores  de  políticas 

públicas. 

A  Igreja  Católica  possui  uma  longa  trajetória  na  região,  onde,  além  de  sua missão 

pastoral, desenvolveu  intensos  trabalhos de ação social nos campos do sindicalismo, 

do  cooperativismo  e  da  educação  pelo  rádio  (escola  radiofônica).  O  êxito  das 

experiências contemporâneas de planejamento  regional  tem suas  raízes nas décadas 

de  1950  e  1960,  quando  o  Estado  e  a  Igreja  Católica  desenvolveram  experiências 

exitosas de parcerias para a promoção do desenvolvimento comunitário.  

Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros foi um sacerdote católico da Arquidiocese de 

Natal.  Devido  ao  seu  trabalho  social,  foi  chamado  pelo  povo  de  “Monsenhor  das 

Águas” ou Profeta das Águas”. 

Monsenhor Expedito  foi pároco por 56 anos em São Paulo do Potengi. Sua  luta pelo 

acesso  democrático  aos  recursos  hídricos  começou  na  década  de  50,  mais 

precisamente após um episódio ocorrido em 1953, quando, acompanhado de outros 

padres, ele ouviu de um trabalhador a frase “Monsenhor, tira nós dessa escravidão”, 

durante uma visita a uma comunidade rural. A partir de então, passou a se empenhar 

pela elaboração de projetos definitivos para o problema das águas. 

Mas  os  frutos  só  foram  colhidos  quatro  décadas  depois,  com  a  implementação  do 

Programa Estadual de Adutoras. Em 1º de julho de 1996 foi criada a Lei  do Programa 

de Recursos Hídricos.  Projeto de solução simples, definitivo e pioneiro, que propunha 

a transposição das águas de rios e represas para a distribuição a populações carentes. 

Foi sua última grande obra no campo social, obtida utilizando a força moral da Igreja. 

Uma das três adutoras recebeu seu nome e leva água potável a 23 cidades e povoados. 

O Movimento Sindical, por  sua vez,  teve o  seu berço no município de São Paulo do 

Potengi, de onde se irradiou para os demais municípios que constituíram a Federação 

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38 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Norte – FETARN e onde também 

foi  criada  a  FETRAF/RN  –  Federação  dos  Trabalhadores  na  Agricultura  Familiar. 

Constitui‐se numa federação estadual de sindicatos municipais e regionais, que por sua 

vez está  filiada ao sistema nacional de  federações estaduais, a FETRAF Brasil. No Rio 

Grande do Norte a FETRAF congrega hoje mais de 50 municípios. 

Em  2008,  a  Federação  foi  responsável  pela  realização  da  I  Feira Agroecológica  que, 

pela sua reconhecida importância Regional, foi possível realizá‐la novamente em 2010, 

onde  contou  com  a  presença  do  Ministro  do  MDA,  Guilherme  Cassel.    Outra 

importante  ação  da  FETRAF  foi  a  realização  da  IV  Jornada  de  Lutas  da  Agricultura 

Familiar Potiguar, quando 1.500 agricultores e agricultoras familiares caminharam até 

a governadoria e depois ao  INCRA/MDA onde  foi  conquistado ganhos  concretos em 

termos  de  políticas  públicas  para  o  campo,  especialmente  no  que  diz  respeito  a 

programas de habitação. Com  estas  ações,  ampliou‐se o  grau de  respeito  e diálogo 

produtivo com as  instâncias dos Poderes Públicos pertinentes às bandeiras e  lutas da 

agricultura familiar.  

As  Associações  cumprem  um  importante  papel,  principalmente  no  diálogo  de  seu 

público  com  as  Instâncias  governamentais  e  de  outros  interesses.    Mas,  algumas 

associações da sociedade civil, com exceção de algumas  ligadas à  Igreja Católica e ao 

Movimento Sindical, ainda são frágeis, muitas delas necessitando de sede própria e de 

recursos mínimos para funcionamento.   

Os  conselhos  gestores  de  políticas  públicas  são  numerosos  e  diversificados  no 

Território,  sendo  responsáveis  pela  identificação  de  problemas  e  indicação  de 

soluções, abrindo espaços para a democratização e para a participação da sociedade. 

De um modo  geral, os  conselhos  apresentam dificuldades e  limitações  importantes, 

mas constituem um avanço significativo no processo de gestão dos projetos  locais da 

região, contribuindo para a democratização e estimulando a organização da sociedade 

regional. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 39

Relação dos Conselhos Municipais em Atuação no Território 

1. Conselho Municipal de Saúde 

2. Conselho Municipal de Assistência Social 

3. Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável ‐ CMDRS 

4. Conselho Municipal de Educação (FUNDEF, Caixa escolar e Merenda Escolar) 

5. Conselho Municipal de Apoio Comunitário – FUMAC 

6. Conselho Tutelar 

7. Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente 

8. Conselho Municipal dos Direitos da Mulher 

9. Conselho Municipal do Idoso 

É  importante  lembrar  que  nenhum  dos  11  municípios  tem  todos  esses  conselhos 

criados, instalados e em pleno funcionamento. 

Os Conselhos de Saúde e Assistência Social são dois setores que, além de serem objeto 

de  políticas  públicas,  devendo  ter  cobertura  universal,  fazem  parte  das  políticas 

setoriais  cuja  descentralização  para  o  nível  de  governo  local  é  cada  vez  mais 

estimulada pelo próprio governo federal.  

 

• CONSELHOS DE SAÚDE 

A descentralização das políticas de saúde da Reforma sanitária ocorrida no País a partir 

da década de 1990 foi marcada pela difusão de um novo modelo de gestão que passou 

a  incluir órgãos colegiados no  interior do Poder Executivo – Os Conselhos – nas  três 

esferas  de  governo.  Instituídos  pela  lei  que  criou  o  Sistema Único  de  Saúde  –  SUS, 

estes conselhos foram dotados de um conjunto razoável de poderes  legais e neles os 

usuários devem ter representação paritária em relação aos prestadores de serviços de 

saúde e do governo. Além disso, a criação dos mesmos é condição para o repasse de 

recursos de outras esferas de governo. Assim,  foram criados Conselhos em  todos os 

municípios do  território do Potengi, em  respostas  tanto a movimentos da  sociedade 

civil organizada quanto  a preceitos  legais.  Todas  as  secretarias municipais de  saúde 

participam dos conselhos de saúde. 

 

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40 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

• CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 

A criação de Conselhos de Assistência Social vem responder a dispositivos legais neste 

setor de governo, como a Instituição da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, em 

1993. 

• CONSELHOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 

A promulgação da Lei 8.096 de 13 de  julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da 

Criança  e  do  Adolescente,  proporcionou  uma  mudança  no  arcabouço  jurídico‐

institucional de atendimento a crianças e adolescentes. Por aquela lei a nova forma de 

gestão das políticas de defesa dos direitos das crianças e adolescentes seria baseada 

em:  municipalização  do  atendimento,  criação  de  conselhos,  nas  três  esferas  de 

governo. O Estatuto da Criança e do Adolescente, assim, proporcionou a criação de 11 

conselhos municipais, desde sua promulgação. Os Conselhos Tutelares  tem a mesma 

origem dos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente. Ambos estão inseridos 

na política de atenção e de garantia dos direitos da população infanto‐juvenil. 

• CONSELHOS DE EDUCAÇÃO 

A Constituição Federal de 1988 instituiu a possibilidade de sistemas de ensino próprios 

para  cada município  permitindo,  entretanto,  que  o município  opte  por  integrar  o 

sistema estadual de ensino. Neste  sentido, a  instituição de  conselhos de política no 

setor de Educação passou a ser  incentivada, porém nenhuma  lei a  torna obrigatória. 

Todas as secretarias municipais de educação participam dos conselhos municipais. 

 

• CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL  

A maioria dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável formou‐se 

no  Rio  Grande  do  Norte  a  partir  de  1997,  como  condição  para  que  os municípios 

recebessem recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar 

– PRONAF, em sua linha de infraestrutura e serviços. 

 • GESTORES PÚBLICOS LOCAIS 

As administrações públicas municipais do território passaram a assumir  funções mais 

destacadas  no  contexto  da  Federação  a  partir  da  promulgação  da  Constituição  de 

1988. Os municípios se beneficiaram da descentralização fiscal e político‐institucional 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 41

promovida pelas emendas  constitucionais da primeira metade da década de 1980 e 

pela Constituição Federal de 1988. 

No período vigente atual aconteceram mudanças importantes no perfil político, com a 

eleição de profissionais liberais com maior grau de escolaridade, faixa etária de até 50 

anos e mais abertos aos processos de descentralização e de participação social que se 

seguiram à redemocratização da década de 1980. As Prefeituras incluem um conjunto 

de atores pelo seu desempenho multissetorial de cada município. No entanto esta é 

considerada uma das instâncias mais difíceis de manter articulação quando se trata da 

política de desenvolvimento territorial. 

Todas  as  Prefeituras  têm  representantes  no  Colegiado. Os  representantes  não  têm 

poder de decisão e alguns não  levam as discussões que ocorrem no colegiado para a 

base. Existe um conhecimento político, mas não existe aceitação ou compromisso. Há 

discordâncias, sentem‐se ameaçados pela falta das políticas públicas em suas mãos. É 

preciso fazer uma grande mobilização e motivação central explícita para sensibilizar.  O 

colegiado tem que buscar oportunidade de estabelecer parceria entre a sociedade civil 

e o poder público. 

Quadro 07 ‐ Gestores Municipais, segundo municípios e partidos políticos 

Município  Nome do gestor  Nome do partido 

Barcelona  Carlos Zamith de Souza  PDT 

Bom Jesus  Edmundo Aires de Melo Júnior  PMDB 

Ielmo Marinho  Germano Jácome Patriota  PMDB 

Lagoa de Velhos  Severino Ribeiro Sobrinho  PRN 

Riachuelo  Paulo Bernardo de Andrade Júnior  PSB 

Ruy Barbosa  Maria Aparecida Cavalcante  PMDB 

Santa Maria  Nilson Urbano  PSB 

São Paulo do Potengi  José Azevedo Lopes  PMDB 

São Pedro  João de Deus Garcia de Araújo  PSB 

São Tomé  Anteomar Pereira da Silva  PP 

Senador Eloi de Souza  Kerginaldo Medeiros de Araújo  PMDB 

FONTE: Federação dos Municípios do RN ‐ 2009 

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42 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

2.1.5 Situação de saúde 

A  saúde  –  entendida  pela  Organização Mundial  de  Saúde  (OMS)  como  um  estado 

completo  de  bem  estar  físico,  mental  e  social  e  não  somente  a  ausência  de 

enfermidades, é vista como um direito universal. Neste sentido, garantir a efetivação 

do acesso universal às ações preventivas e  curativas  com qualidade, humanização e 

resolutividade e a redução das desigualdades, são desafios a serem enfrentados pelo 

Brasil, e em especial, pela dinâmica Territorial. Segundo a OMS ainda, mais de 75% da 

população brasileira depende exclusivamente do SUS  (Sistema Único de Saúde) para 

ter  acesso  a  serviços de  saúde.   Embora 98% dos municípios brasileiros  apliquem o 

mínimo de 15% de recursos de seu orçamento, mais da metade dos estados brasileiros 

não têm atingido sua contrapartida orçamentária. 

O sistema de saúde disponível para a população apresenta‐se insuficiente para atender 

à demanda  local, agravando‐se mais nos municípios menores e em  relação ao meio 

rural.    As  instalações  físicas  –  rede  hospitalar  e  ambulatorial  –  são  insuficientes  e 

espacialmente concentradas na sede do território – São Paulo do Potengi, agregando‐

se  a  essa  problemática  a  irregularidade  no  transporte  de  doentes  para  centros 

especializados na capital do estado.  Garantir rubricas orçamentárias suficientes e sua 

devida aplicação será fundamental ao atendimento desse vital serviço à população.   

O Território Potengi, principalmente através da Câmara temática específica, tem papel 

fundamental  na  construção  de  ações  intersetoriais  na  promoção  da  saúde,  como 

também na proteção específica através de ações setoriais que atendam a segmentos 

da população expostos a situações de risco, como as pessoas idosas, os trabalhadores 

(urbanos e rurais), as gestantes e mulheres de um modo geral, as crianças, os  jovens 

desempregados e outros. Diagnosticar a  realidade da saúde neste espaço geográfico 

será  fundamental  para  a  construção  das  ações  que  confrontem  com  o  cenário 

apresentado como insuficiente, apesar dos avanços. Afinal, o quadro de desigualdades 

econômicas e sociais que caracteriza a sociedade brasileira tem expressão na área da 

saúde,  tanto nos quadros epidemiológicos como nas condições de acesso às ações e 

serviços. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 43

 

 

De  acordo  com  o DATASUS/2008,  o  Território  Potengi  contava  com  um  total  de  68 

equipamentos  de  saúde,  sendo  62  públicos  e  6  privados  e  1  beneficente  sem  fins 

lucrativos. 

 

 

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44 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

  Os  padrões  internacionais  estabelecidos  pela Organização Mundial  de  Saúde  ‐ OMS 

orientam pela existência de pelo menos um médico a cada 1000 habitantes. Sob esta 

ótica,  o  Território  Potengi  estaria  bem  servido.    No  entanto,  a  existência  de  um 

Hospital Regional em São Paulo do Potengi, concentra espacialmente a maior parcela 

de Médicos e outros quadros de especialistas, assim  como, equipamentos de média 

complexidade. Ao  se  contabilizar  a média de equipamentos e  recursos humanos no 

setor,  excluindo  o  município  polarizador,  os  demais  ficam  aquém  dos  índices 

estabelecidos, segundo padrões.   

A maior  parcela  de  internações,  pela  sua  especificidade,  não  são  absorvidas  pelos 

municípios,  por  não  disporem  de  recursos  necessários  (equipamentos  e  recursos 

humanos), gerando demanda no Hospital Regional de São Paulo do Potengi e para a 

Capital.   

A redução da população dependente, menor de 15 anos, aumento da população em 

idade  ativa  e  da  população  idosa,  demandará,  consequentemente,  a  ampliação  de 

quadros médicos específicos não só para a população em ascensão (especialidade em 

doenças do trabalho, geriatria, dentre outros), mas para as causas de maior incidência 

apontadas nos números de internações hospitalares e de óbitos. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 45

Os  resultados dessa  concentração espacial  são bastante  visíveis quando dos dias de 

atendimentos de médicos  especialistas, diante das  filas diurnas  e dos  transtornos  a 

que são submetidos os/as pacientes e os profissionais da área, gerando  também um 

sentimento de  ineficácia e exclusão. Esse sentimento torna‐se ainda mais perceptível 

quando, além da dificuldade em realizar uma consulta médica, ao consegui‐la, esta não 

consegue  atingir  seus  objetivos  diante  da má  qualidade  na  prestação  desse  direito 

fundamental.   

Torna‐se  impossível um estreitamento na  relação de confiança,  seja pela dificuldade 

em estabelecer um cotidiano necessário de consultas ou, até mesmo, quando percebe 

que a maior preocupação do profissional está em atender a enorme demanda e não ao 

fiel cumprimento da consulta.  Não se trata de ausência de zelo para com a atividade, 

mas pela deficiência nos quadros médicos, desproporcional à demanda da população. 

 

O Brasil, em 2010, apresentou a menor quantidade de leitos hospitalares já registrados 

nas últimas  três décadas. Os números  totais apontam para a existência de 443,2 mil 

leitos, representando 2,4 unidades para cada mil habitantes, quando o Ministério da 

Saúde  estabelece  um  índice  ideal,  variando  de  2,5  a  3  para  cada  grupo  de  mil 

habitantes.  O Rio Grande do Norte, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos 

de Saúde do Ministério da Saúde – 2010, apresentava uma média de 2,63  leitos por 

1000 habitantes, considerando cálculo simples.   

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46 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Apesar do RN  ser um dos únicos estados do Nordeste a atingir a marca de um  leito 

para  cada 10 mil habitantes, este possui um déficit de 223  leitos de UTI´s,  segundo 

indica a Secretaria de Estado de Saúde Pública – SESAP  (2010), ou  seja, os números 

gerais de leitos, mesmo dentro de um coeficiente aceitável, não reflete a demanda de 

leitos mais especializados. 

O Território Potengi, expressa no Gráfico 19, o número de profissionais existentes em 

seu espaço geográfico e a proporção deles para cada grupo de 1000 habitantes (1,58), 

número  bem  aquém  do  ideal  estabelecido  pelo  Ministério  da  Saúde.  Quanto  às 

internações  de  complexidade  mais  elevada,  não  absorvidas  pela  rede  de  saúde 

regional,  os  registros  do  Hospital Walfredo  Gurgel  no  primeiro  semestre  de  2007, 

apontaram  para  269  internações  originárias  do  Território  Potengi.    São  Paulo  do 

Potengi,  Ielmo  Marinho  e  São  Tomé,  elencaram  como  maiores  demandantes. 

Contrapondo as  inferioridades dos  ideais mínimos, estudos apontam que, ao ampliar 

os níveis de eficiência da gestão da saúde pública, a redução do tempo de internação 

de pacientes, eficácia da medicina e expansão da atenção básica à saúde, a  redução 

dos números de leitos seria um indicador positivo. 

  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 47

O  Sistema  de  Internações  Hospitalares  –  SIH/SUS  revela  as  principais  causas  de 

internações hospitalares no Território Potengi.   Numa escala temporal variando entre 

2002 a 2009, os registros do Órgão revelam uma redução progressiva nas internações 

originárias de doenças infecciosas e parasitárias. Com tendências inversas, estavam as 

de  origem  do  aparelho  circulatório  e  respiratório  que  têm  ampliado  o  número  de 

atendimentos e internações.  As doenças do aparelho digestivo e as de causas externas 

tiveram reduções progressivas até 2005, quando voltaram com tendência  inversa até 

2009.   Segundo o sexo feminino, houve sensível redução das  internações oriundas de 

doenças infecciosas e parasitárias, como também as doenças do aparelho respiratório.  

Para este sexo ainda, as do aparelho circulatório e digestivo demonstrou redução até 

2006, quando voltaram elevar‐se continuadamente até 2009.   

O Gráfico 20 representa os números oficiais de 2009 quanto às principais origens de 

internações no  Território.   Verificando‐se os municípios que  integram  a  composição 

geográfica do Território é possível traçar um mapa das principais causas de internações 

hospitalares,  onde  as  doenças  do  aparelho  digestivo  predominam  na maioria  deles, 

apresentando a seguinte situação: Bom Jesus (11%), Riachuelo (12%), Lagoa de Velhos 

(14%),  São  Pedro  (12%)  e  Senador  Eloi  de  Souza  (15%).    As  doenças  do  aparelho 

respiratório  estão  mais  presentes  nos  municípios  de  Ielmo  Marinho  (13%),  Ruy 

Barbosa  (14%)  e  São  Paulo  do  Potengi  (11%).    Já  Barcelona  obteve  o maior  índice 

(18%).    Um  fato  que  merece  atenção  está  no  município  de  São  Tomé  que  vem 

mantendo  números  elevados  de  internações  decorrentes  de  doenças  infecciosas  e 

parasitárias,  alcançando  25%  do  total  de  atendimento  no  exercício  de  2009.  Tais 

referências  devem  servir  de  parâmetros  na  formulação  de  políticas  de  atenção  à 

saúde. 

O Território Potengi se apresenta com 37 equipes do Programa Saúde da Família e 206 

agentes  comunitários  de  saúde  em  2010,  apontando  com,  praticamente  100%  de 

cobertura  populacional,  segundo  o  Ministério  da  Saúde.    Dados  que  configuram  

avanços  importantes  na  atenção  básico‐preventiva.    Entretanto,  a  demanda  por 

exames mais especializados,  cujos equipamentos  inexistem nos municípios,  reflete a 

necessidade  de  investimento  no  setor.    As  Centrais  de  Regulação  que  agendam  e 

monitoram essas demandas, expressam a triste realidade entre a urgência e o possível.   

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48 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

Os  indicadores  dessas  necessidades  estão  nas  inúmeras  pessoas  (atravessadores  da 

saúde)  que  criam  afinidades  nos  órgãos  públicos  e  particulares  da  Capital 

estabelecendo  canais  alternativos  para  realização  desses  procedimentos.    Os/as 

beneficiários/as dessa relação  ficam condicionados pelo voto mantendo uma relação 

de favor político e colocando‐os/as aquém do direito à cidadania plena em detrimento 

da capacidade do Estado em prestar‐lhes tal cuidado.   

É  importante ainda  relatar que esse canal, por muitas vezes,  retira o  lugar de quem 

está  na  própria  fila  de  espera,  através  do  procedimento  de  agenda  e  controle  do 

Estado.  Ao  destacar  a  disponibilização  dos  equipamentos,  conforme  gráfico,  os  de 

natureza  mais  complexa  ficam  polarizados  no  Hospital  Regional  localizado  no 

município de São Paulo do Potengi e que, nem sempre, estão disponíveis por ausência 

de pronta manutenção. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 49

  

 

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50 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Ao  se  considerar  a  redução  nos  índices  de  crescimento  da  população,  existe  uma 

desproporcionalidade na ampliação das principais causas de mortalidade registrada no 

Território.   Tal desproporcionalidade ainda é mais visível quando se observa a oferta 

de quadros médicos capazes de promover um acompanhamento necessário e eficaz, 

no  sentido  de  amenizar  os  índices  apresentados.  Ao  se  prevalecerem  as  doenças 

relacionadas  ao  aparelho  circulatório,  neoplasias  e  as  de  causas  externas,  estas 

precisam de estudo prioritário no sentido de se conhecer as origens que  incidem no 

seu acometimento (biológica, alimentação, sedentarismo).   Ao analisar os  índices por 

municípios,  percebe‐se  que  as  doenças  do  aparelho  circulatório  foram  às maiores 

causas de óbitos em todos eles, seguidas pelas neoplasias e causas externas. 

 

Quanto ao fator sexo, os óbitos registrados ratificam as pesquisas realizadas no Brasil, 

onde vem prevalecendo a sobremortalidade masculina e maior longevidade feminina.  

Comparando  os  resultados  obtidos  a  partir  do  Sistema  de  informações  sobre 

Mortalidade – SIM/MS, no período de 2000 a 2007, dos óbitos registrados, 52% foram 

do sexo masculino contra 48% do sexo  feminino. Neste mesmo  intervalo, segundo o 

Gráfico 19, Senador Eloi de Souza foi o município no Território que registrou a maior 

diferença entre os sexos, enquanto em Barcelona os óbitos femininos ultrapassaram os 

de sexo masculino. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 51

Quando  se  analisa  a  evolução  dos  óbitos  registrados  é  bem  visível  a  tendência  de 

queda  localizada no período de 2000  a 2003, quando  acontece  rápida evolução em 

2004  e  conseqüente  retorno  no  ano  seguinte,  que  inicia  sentido  de  progressiva 

ascensão  até  2007. Na  comparação  entre  sexos,  as  tendências  ocorreram  de  forma 

paralela, apesar da menor quantidade registrada para o sexo feminino.  

 

Ao  se detalhar nas origens das  causas de óbitos,  segundo as doenças específicas da 

mulher,  verifica‐se  que  houve  considerável  elevação  ocasionada  pela  diabetes 

mellitus,  no  período  de  2005  a  2007,  tendo  a  partir  daí,  gradativa  redução.    A 

hipertensão teve praticamente a mesma trajetória.  A neoplasia maligna de mama teve 

ligeira elevação no ano de 2007, seguida de queda havendo registro de apenas 01 caso 

em  2008,  segundo  fonte  citada.  Entre  2006  e  2008  foi  registrado  apenas  01  óbito 

materno no  Território. Os óbitos por  causas mal definidas  caíram drasticamente no 

período  de  2002  a  2005  (de  175  casos  registrados  para  pouco mais  de  50  casos, 

respectivamente),  mantendo  queda  mais  suave  até  2008.    Os  óbitos  infantis, 

praticamente  todas  as  causas  estão  em  queda  desde  2004,  com  exceção  daquelas 

causas  por  pneumonia  em menores  de  5  anos,  onde  foram  registrados  4  casos  em 

2008, sendo que não fora registrado nenhum caso em 2007. 

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52 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

As causas de óbitos segundo sexo masculino, estão divididas segundo faixa de  idade, 

onde, juntamente com as informações já expostas acima, traz melhor compreensão de 

suas evoluções, a partir dos gráficos (26 a 30), que refletem os óbitos totais registrados 

no Território Potengi, diferenciando‐os segundo as causas. 

    

   

    

 

Gráfico 26Óbitos, segundo causas específicas da mulher

Gráfico 27Mortalidade, segundo específicas do homem (10 a 19 anos) 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 53

    

 

 

    

  

 

Gráfico 28Mortalidade, segundo específicas do homem (20 a 59 anos) 

Gráfico 29Mortalidade, segundo específicas do homem (maior de 60 anos) 

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54 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

    

    

O Gráfico 30 mostra um pico nos óbitos de causas externas ocorridos em 2004 e 2007 

e  posteriormente,  em  ambos,  houve  reduções  significativas.  Quando  se  avalia  os 

gráficos 27 a 28 é perceptível a  identificação dos maiores  índices estarem vinculados 

aos acidentes de trânsito, estando os jovens, entre as maiores vítimas. Segundo dados 

DETRAN, o Território ampliou em 35,9% o número de motocicletas e em 24% a frota 

de veículos registrados, ambos no período de 2005 a 2009.   

O  acesso  facilitado  a  esses  bens  de  consumo,  aliados  à  imprudência  tem  trazido 

enormes prejuízos sociais.   Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gasta cerca de 28 

bilhões por ano para atender, internar e prestar assistência às vítimas de acidentes de 

trânsito.   

Apesar da projeção de queda a partir de 2008, verificada no gráfico acima, é preciso 

intensificar ações de monitoramento dos  centros de  formação de condutores,  como 

também, a própria fiscalização visando à proibição de uso de veículos automotores por 

pessoas não habilitadas e, principalmente àqueles que consomem bebidas alcoólicas, 

quando estão dirigindo.  

Gráfico 30Óbitos, segundo causas externas

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 55

 Uma política constante e integrada de educação e infraestrutura no trânsito deve ser 

pautada  pelo  Território,  visando  à  redução  do  número  de  óbitos  causados  por 

acidentes de trânsito. Os  índices de homicídios registrados no Território Potengi têm 

na  sua maior  parte,  estreita  relação  com  as  drogas,  cujo  consumo  já  tem  índices 

elevados, também na zona rural. 

Sobre a mortalidade masculina por causas externas, segundo estudos do  IBGE  ‐2010, 

vem  se  generalizando  em  todo  o  Território  Nacional,  afetando,  exatamente,  um 

segmento  populacional  em  plena  fase  produtiva,  reduzindo,  em  termos  de  anos  de 

vida,  os  ganhos  obtidos  com  a  redução  da mortalidade  ocorrida  na  infância.    Esse 

quadro  epidemiológico,  cuja  magnitude  dos  óbitos  por  acidentes  de  trânsito, 

homicídios e suicídios se destacam, é fator de grande  impacto para as emergências e 

os demais serviços de saúde no País, no Estado e no Território. 

 

No que tange à mortalidade, pela crescente concentração dos óbitos em  idades mais 

elevadas, o perfil para os idosos reproduz, em parte, os principais grupos de causas de 

mortes da população como um todo.  

   

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56 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 08 – Cobertura Vacinal  MUNICÍPIOS  BCG  HEPATITE B  INFLUENZA  PÓLIO  TRIPLICE  SARAMPO Barcelona  60,8  51,0 93,1 68,6 102,0  0 Bom Jesus  84,6  123,1 89,5 153,9 140,0  0 Ielmo Marinho  28,1  121,6 82,5 101,4 120,1  0 Lagoa de Velhos  20,3  79,9 80,3 79,7 83,0  0 Riachuelo  33,9  93,6 74,5 100,9 99,1  0 Ruy Barbosa  16,7  119,4 97,1 122,2 125,0  0 Santa Maria  42,4  74,7 84,7 90,9 103,0  0 São Paulo do Potengi  114,8  101,6 88,0 110,6 100,0  0 São Pedro  50,7  134,4 79,6 123,3 130,1  0 São Tomé  60,9  116,7 64,6 114,5 90,6  0 Senador Eloi de Souza 53,1  81,3 79,3 89,1 150,0  0 Fonte: 2010, DATASUS/SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 25/03/2010. 

  

Formalizado  em  1975,  o  Programa  Nacional  de  Imunizações  (PNI)  teve  importante 

impacto  na  redução  das mortes  infantis  por  doenças  imunizáveis.  Hoje,  no  Brasil, 

apenas  0,2%  dos  óbitos  infantis  são  devidos  a  doenças  imunizáveis.  Atualmente,  o 

Programa  de  Imunizações  disponibiliza  43  tipos  diferentes  de  imunobiológicos:  26 

vacinas,  13  soros  heterólogos  (imunoglobulinas  animais)  e  4  soros  homólogos 

(imunoglobulinas humanas), utilizadas na prevenção e/ou tratamento de doenças. 

Dados  disponibilizados  pelo  DATASUS/MS  –  2010,  mostram  que  176.931  crianças 

menores de 5 anos no Rio Grande do Norte  foram  imunizadas na  segunda etapa da 

campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil).  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 57

Este resultado representa 66,4% das 267.905 doses previstas para os 167 municípios 

do Estado, um  índice  semelhante ao que alcançou o País  (66%).   Ao  se  comparar o 

contexto estadual, os resultados alcançados pelos municípios do Território Potengi se 

apresentam com melhores índices, visto que em 2010, São Paulo do Potengi atingiu a 

marca de 96% da cobertura vacinal e sendo registrado o menor índice no município de 

Lagoa de Velhos com pouco mais de 75% de cobertura. 

 

 

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58 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Segundo  dados  do Ministério  da  Saúde  (2010),  o  Rio  Grande  do  Norte  dobrou  o 

número de Equipes de Saúde da Família, passando de 451 para 862, alcançando uma 

cobertura  populacional  de  77,4%.  Os  5321  Agentes  Comunitários  de  Saúde  já 

conseguem chegar a 80,8% da população.  

O  Brasil  Sorridente,  caracterizado  pelos  cuidados  com  a  Saúde  Bucal,  ampliou  seu 

número de 191 em 2002 para 849 em 2010 atingindo, portanto, 94,2% da população 

do  Estado,  acrescentando  ainda,  segundos  os  dados,  a  instalação  de  20  Centros  de 

Especialidades  Odontológicas.    O  mesmo  Órgão  revela  ainda  que  os  Agentes 

Comunitários  de  Saúde  e  o  Programa  Brasil  Sorridente  estão  em  quase  100%  das 

unidades familiares no Território Potengi.   

Objetivando  ofertar  medicamentos  a  preços  menores,  o  Rio  Grande  do  Norte 

disponibilizou 10 Farmácias Populares do Brasil e 99 unidades do “Aqui Tem Farmácia 

Popular”.    Esse  tipo  de  oferta  de  extrema  importância  é  bastante  deficiente  no 

Território,  contando  com  apenas  02  farmácias  populares,  ambas  concentradas  no 

município de São Paulo do Potengi.  

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 59

Segundo  dados  do Ministério  da  Saúde  (2010),  o  Rio  Grande  do  Norte  dobrou  o 

número de Equipes de Saúde da Família, passando de 451 para 862, alcançando uma 

cobertura  populacional  de  77,4%.  Os  5321  Agentes  Comunitários  de  Saúde  já 

conseguem chegar a 80,8% da população.  

O  Brasil  Sorridente,  caracterizado  pelos  cuidados  com  a  Saúde  Bucal,  ampliou  seu 

número de 191 em 2002 para 849 em 2010 atingindo, portanto, 94,2% da população 

do  Estado,  acrescentando  ainda,  segundos  os  dados,  a  instalação  de  20  Centros  de 

Especialidades  Odontológicas.    O  mesmo  Órgão  revela  ainda  que  os  Agentes 

Comunitários  de  Saúde  e  o  Programa  Brasil  Sorridente  estão  em  quase  100%  das 

unidades familiares no Território Potengi.   

Objetivando  ofertar  medicamentos  a  preços  menores,  o  Rio  Grande  do  Norte 

disponibilizou 10 Farmácias Populares do Brasil e 99 unidades do “Aqui Tem Farmácia 

Popular”.    Esse  tipo  de  oferta  de  extrema  importância  é  bastante  deficiente  no 

Território,  contando  com  apenas  2  farmácias  populares,  ambas  concentradas  no 

município de São Paulo do Potengi.  

O Gráfico 35 que trata da cobertura do PSF nos municípios do Território, demonstram 

a existência substancial do alcance do Programa, chegando a  todos com percentuais 

superiores a 90%. Entretanto, conhecer as causas dos não atingidos por essa cobertura 

deve  ser  fator  de  preocupação  para  os  gestores  e  setores  da  saúde.    A  cobertura 

integral  do  Programa  se  traduz  no  conhecimento,  acompanhamento  e  garantia  de 

equidade no trato da assistência à saúde a cada membro de uma família.  

 

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60

PLA

NO

TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Quadro 09

 – Orçam

ento destin

ado à saúd

e em

 2009, segun

do m

unicípios 

Mun

icípio 

Programas

Subtotal R$ 

Total R$ * 

Farm

ácia básica

Atenção

 Básica ‐Fixo

ACS

Saúd

e Bu

cal

PSF

Senado

r Elói de Souza

24.214,56 

98.777,44

87.633,00

78.300,00

250.800,00

539.725,00

718.016,13

 

São Tomé 

45.571,56 

185.593,75

179.403,00

135.600,00

434.400,00

980.568,31

1.125.595,18

 

São Pe

dro 

26.375,28 

106.324,33

114.597,00

99.450,00

318.600,00

665.346,61

756.924,51

 

São Paulo do

 Poten

gi59

.380,32 

240.100,98

265.734,00

229.050,00

733.800,00

1.528.065,30

1.768.849,88

 

Santa Maria 

19.101,96 

77.779,77

67.410,00

66.300,00

212.400,00

442.991,73

471.710,92

 

Ruy Ba

rbosa 

14.862,48 

59.711,52

67.410,00

46.200,00

212.400,00

400.584,00

508.528,31

 

Riachu

elo 

27.978,36 

114.735,11

104.790,00

78.300,00

250.800,00

576.603,47

648.196,01

 

Lagoa de

 Velho

s11

.065,92 

52.741,37

47.187,00

33.150,00

106.200,00

250.344,29

272.756,17

 

Ielm

o Marinho

47.760,96 

194.304,17

155.043,00

165.750,00

531.000,00

1.093.858,13

1.153.781,84

 

Bom Je

sus 

34.759,80 

142.615,50

161.784,00

132.600,00

424.800,00

896.559,30

965.697,79

 

Barcelon

a 16

.104,84 

64.707,31

67.991,00

66.300,00

212.400,00

427.503,15

498.185,80

 

Totais R$

327.176,04

 1.337.391,25

1.318.982,00

1.131.000,00

3.687.600,00

7.802.149,29

8.888.242,54

 

Fonte: 2009, FNS/MS 

* O valor total refere‐se a 100% dos recursos de

stinados aos m

unicípios, enq

uanto o subtotal, a

penas a soma do

s valores listado

s na

 tabela (prin

cipais 

programas). 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 61

  

 

2.1.6 Situação da Educação 

O sistema de educação no Território Potengi é formado pela rede estadual, municipal 

e particular de  ensino. Abrangem  atividades nos níveis de  educação  infantil,  ensino 

fundamental, ensino médio e educação de  jovens e  adultos  com um  total de 1.137 

docentes e com 24.238 alunos matriculados, dados esses do IBGE/MEC – 2008.  

A  infraestrutura  e  os  serviços  educacionais  são  prestados  pelas  esferas  estadual, 

municipal e privada através de 223 estabelecimentos,  sendo que muitas escolas em 

funcionamento  concentram‐se  nas  cidades,  e  que  algumas  escolas  do  setor  rural 

encontram‐se  fechadas,  ou  servindo  de  sedes  de  associações  comunitárias,  ou  até 

mesmo de moradia para famílias.   

Em relação ao Ensino Infantil que contempla crianças na faixa etária de 0 a 6 anos de 

idade,  de  acordo  com  o  IBGE/MEC  –  2008,  contavam  no  Território  Potengi  2.494 

crianças matriculadas em 71 escolas e com um número de 153 docentes, o que dá uma 

média de 32,6 crianças por cada dois (02) professores.   

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62 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Na sua maioria, estes docentes têm nível superior ou estão cursando uma graduação 

ou licenciatura, mas ainda existe um número considerável de professores com apenas 

o curso de magistério do ensino médio.  Observa‐se que algumas dessas escolas ainda 

não têm uma estrutura adequada para um bom funcionamento de ensino e que têm 

inclusive  problemas  de  acessibilidade  por  parte  das  crianças,  como  batentes muito 

altos ou  carteiras  escolares  em mal  estado de  conservação, ou  até mesmo  falta de 

material didático para uso dos professores e alunos. 

Quadro 10 – Matrícula, docentes e rede escolar – 2008   Municípios 

Matrículas  Docentes  Escolas Ensino 

Fundamental Ensino Médio 

Ensino Pré‐

Escolar 

Ensino Fundamental 

Ensino Médio 

Ensino Pré‐

Escolar 

Ensino Fundamental 

Ensino Médio 

Ensino Pré‐

Escolar Barcelona  785  157  123  38  6  4  10  1  1 Bom Jesus  1.915  426  231  91  11  16  16  1  7 Ielmo Marinho 

2.611  422  524  125  12  41  25  1  20 

Lagoa de Velhos 

851  152  127  45  9  5  4  1  3 

Riachuelo  1.581  295  257  79  11  17  9  1  9 Ruy Barbosa 

966  207  51  46  7  3  11  1  1 

Santa Maria 

1.018  268  89  50  7  6  7  1  2 

São Paulo do Potengi 

3.209  635  493  148  32  26  17  2  11 

São Pedro  1.291  327  137  64  19  7  10  1  5 São Tomé  2.014  442  297  102  16  20  22  1  7 Senador Eloy de Souza 

1.269  303  165  55  11  8  9  1  5 

Total  17510  3634  2494  843  141  153  140  12  71 Fonte: IBGE/MEC – 2008  

  

  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 63

O  ensino  fundamental  no  Território  do  Potengi,  de  acordo  com  IBGE/MEC  ‐2008, 

possui um número de 17.510 matrículas, com 843 docentes e com 140 escolas, o que 

mostra uma média de 20.77 alunos por professor, mas  isso não acontece na prática, 

pois  é  normal  verificar  salas  de  aula  com  até mais  de  50  alunos, mostrando  que 

problemas como desvio de função de professores existe.   

Essa modalidade de ensino apresenta, no Território, deficiências tais como excesso de 

alunos em  sala de  aula;  falta de  infraestrutura  como:  carteiras  adequadas,  recursos 

didáticos, laboratórios de informática, de ciência, área de lazer, esporte e cultura; falta 

de  preparação  de  professores  que  comprometem  a  qualidade  do  ensino  e  a 

continuidade  dos  estudos  nos  níveis mais  avançados  de  formação:  ensino médio  e 

superior.  

Quadro 11 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB/2009 

Município IDEB ‐ Rede pública todas as dependências 

administrativas – 5º ao 9º ano. 

Barcelona  3,20

Bom Jesus  2,90

Ielmo Marinho  4,10

Lagoa de Velhos  3,10

Riachuelo  3,30

Ruy Barbosa  2,80

Santa Maria  2,90

São Paulo do Potengi 3,20

São Pedro  3,10

São Tomé  3,00

Senador Elói de Souza 2,80

Média  3,12Fonte: IEP/IDEB – 2009  

 

Como  mostra  o  Gráfico  38,  onde  aparecem  os  índices  do  IDEB  –  Índice  de 

Desenvolvimento da Educação Básica – da rede pública de ensino de 5º ao 9º ano em 

todas as dependências administrativas, observa‐se que apenas os municípios de São 

Paulo do Potengi, Ielmo Marinho, Riachuelo e Barcelona alcançaram a meta projetada 

para  2009  que  era  de  3,20,  ficando  assim,  o  Território  com  uma média  de  3,12. 

Destaca‐se, portanto, o município de Ielmo Marinho, com a média de 4,1. 

 

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64 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

  

Quadro12– Escolas com laboratório de informática – 2008 

Município  Total  Dependência Administrativa 

Federal Estadual Municipal  Particular

Rural  Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana  Rural  Urbana

Barcelona  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

Bom Jesus  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

Ielmo Marinho  0  1  0 0 0 0 0 1  0  0

Lagoa de Velhos  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

Riachuelo  1  0  0 0 1 0 0 0  0  0

Ruy Barbosa  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

Santa Maria  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

São Paulo do Potengi  1  2  0 0 0 2 0 0  1  1

São Pedro  0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

São Tomé  1  0  0 0 1 0 0  0  0

Senador Elói de Souza 0  0  0 0 0 0 0 0  0  0

Total  3  3  0 0 2 2 0 1  1  1

Fonte: IBGE – 2008 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 65

Observa‐se de acordo com o quadro acima, que a estrutura de informática para alunos 

e professores nas escolas do Território não chega à maioria absoluta das escolas e dos 

municípios, pois segundo dados do IBGE‐2008, pouco mais de 5%, ou seja, 13 escolas 

das 223 existentes  (apenas algumas escolas de São Paulo do Potengi, São Tomé, São 

Pedro, Riachuelo e  Ielmo Marinho) estão equipadas com  laboratórios de  informática, 

ficando  assim,  os  demais municípios  e  escolas  sem  esta  ferramenta  importante  e 

essencial para a aprendizagem dos alunos, ainda tendo o agravante que em algumas 

escolas destas, os laboratórios estão sem funcionamento por falta de manutenção dos 

equipamentos e de instrutores capacitados e remunerados. 

No que  se  refere ao ensino médio,  segundo o  IBGE/MEC  ‐2008, existe no Território 

Potengi um número de  3.634  alunos matriculados.  Em  relação  ao  corpo docente,  a 

quantidade é de 141 docentes em 12 escolas estaduais.   Segundo estes números, a 

relação é de 22,77 alunos para cada professor. 

A  qualidade  insuficiente  do  ambiente  de  ensino  e  a  necessidade  de  inserir‐se 

precocemente  no mercado  de  trabalho  impedem,  por muitas  vezes,  que  o  jovem 

conclua o Ensino Médio. Usualmente, os jovens que abandonam a escola o fazem para 

aceitar  trabalhos  que  exigem  baixas  ou  nenhuma  qualificação  profissional.  Tal  fato 

colabora para elevar o nível de desemprego juvenil.  

Aproximadamente 23% dos  jovens economicamente ativos na  faixa de 18 a 24 anos 

estão  sem  trabalho  ou  estão  em  condição  de  subemprego,  segundo  dados  do 

INEP/MEC – 2008. 

A formação dos professores, bem como a própria educação, é um desafio que merece 

atenção no Território, pois falta aos profissionais de educação além de uma formação 

continuada  e  boas  condições  de  trabalho,  salário  e  carreira,  até material  didático 

suficiente para o ensino de melhor qualidade. 

Outra dificuldade bastante agravante é a situação do transporte escolar no Território, 

que  é  caracterizada  pelo  péssimo  estado  de  conservação  dos  poucos  veículos 

existentes e pela utilização de veículos quase  sempre  inadequados ao  transporte de 

alunos,  sobretudo  de  crianças  e  adolescentes,  que  se  tornou  motivo  de  grande 

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66 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

preocupação de pais de alunos, pois estes alunos não  têm outra possibilidade de  se 

deslocar para as escolas. Além do  transporte quase sempre  irregular oferecido pelas 

prefeituras municipais, outro problema visível são as condições das estradas, que no 

tempo do inverno, muitas vezes não têm condições nenhuma de tráfego. 

É comum o transporte escolar ser realizado em veículos que não reúnem as condições 

mínimas  de  segurança,  e  muitas  vezes  realizado  até  em  veículos  inadequados  ao 

transporte de passageiros, como os caminhões e camionetas do  tipo "pau‐de‐arara", 

nesse caso o transporte mencionado é da zona rural. Em alguns municípios como é o 

caso  de  São  Tomé,  Riachuelo,  Ielmo Marinho,  Ruy  Barbosa,  São  Paulo  do  Potengi, 

Lagoa  de  velhos,  Santa  Maria,  São  Pedro  e  Barcelona  existe  para  cada  município 

destes,  um  ônibus  próprio  para  transporte  de  alunos  adquiridos  com  recursos  do 

governo  federal, mas  que  é  insuficiente  para  a  demanda  de  alunos  dos municípios 

onde  tem  e  uma  necessidade  emergente  para  os municípios  que  ainda  não  foram 

contemplados,  inclusive é e  será uma  luta do  colegiado  territorial a aquisição desse 

tipo de veículo suficiente para todos os municípios do Território.   

No que se refere ao Ensino Técnico Profissionalizante, O CTEAD ‐ Centro de Tecnologia 

e Educação a Distância, iniciou suas atividades em fevereiro de 2007 na cidade de São 

Paulo do Potengi, atuando  com o  curso  técnico em Petróleo e Gás  com uma  turma 

média de 30 alunos, que continua funcionando até hoje.   

É  latente  nas  pessoas  do  Território  o  desejo  da  implantação  de  uma  escola  técnica 

profissionalizante,  inclusive o colegiado territorial do Potengi, por meio de audiências 

públicas, intercâmbio ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) em Brasília, discussão 

com reitor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) 

no  Estado,  lutou muito  e  já  protocolou  documento  no MEC,  propiciando  assim,  o 

Território do Potengi como primeiro Território dentro do plano de expansão em 2011 

dos IF’s a ser beneficiado no Estado, tendo como justificativa que o Potengi era o único 

Território  no  Estado  que  ainda  não  tinha  uma  escola  federal,  e  que  os  jovens  do 

Território tinham que se deslocarem para Natal ou Santa cruz para poderem acessar  

esta escola. Em Dezembro de 2004, o Governo do Estado do RN através da Secretaria 

de  Educação  firmou um  convênio de Cooperação  Técnica  com  a UVA  (Universidade 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 67

Estadual Vale do Acaraú). Através dessa parceria, o Estado reconheceu oficialmente a 

legitimidade  das  duas  instituições  e  a  importância  de  suas  atividades  desenvolvidas 

para o crescimento da educação no RN, desde então presente no Território Potengi.  

Desta  forma,  existem  atualmente no  Território  04 pólos  de  ensino  superior privado 

oferecidos pela IBRAPES/UVA – Universidade Estadual Vale do Acaraú.  Estes pólos de 

ensino funcionam em regime especial com aulas aos sábados nas cidades de São Paulo 

do Potengi, Senador Elói de Souza, Bom  Jesus e Riachuelo  com os  seguintes  cursos: 

Graduação  em  Pedagogia  e  Licenciatura  plena  em  Geografia,  Português,  História  e 

Matemática com um total de 380 alunos matriculados.  

Está  sendo  implantada neste ano de 2010 na Cidade de São Paulo do Potengi, uma 

UAB – Universidade Aberta do Brasil. A UAB é um projeto construído pelo Ministério 

da  Educação  em  parceria  com  os  Estados, Municípios  e  Universidades  Públicas  de 

Ensino  Superior  para  oferta  de  cursos  de Graduação,  Pós Graduação  e  de  Extensão 

Universitária  visando  ampliar  o  número  de  vagas  da  educação  superior  para  a 

sociedade,  promover  a  formação  inicial  e  continuada  para  os  profissionais  do 

magistério e para os profissionais da administração Pública. 

 2.1.7 Situação da Cultura  

A cultura não é tratada com a importância que ela merece, ficando restrita à “cultura 

popular”, que acontece pela manifestação espontânea dos moradores, limitando‐se às 

festas tradicionais religiosas e comemorativas.  

A formação étnica do povo é decorrente da fusão entre o índio que habitava a região 

antes do seu descobrimento, do português colonizador, do negro e do holandês, este 

em  pequeno  número. O  afro  tem  sua maior  influência  com  as  danças,  folclore,  as 

comidas e a simbiose religiosa.  Além das festas tradicionais religiosas, faz‐se presente 

com as quermesses, as vaquejadas e as danças típicas como o forró, a quadrilha junina, 

o  bumba‐meu‐boi  e  o  boi  calemba.  São  encontradas  também  várias  expressões 

artísticas por meio de emboladores  (destaque para a dupla  “Maçã e Maturi”  ‐ duas 

crianças de 9 e 10 anos de  idade  respectivamente, moradores da comunidade Nova 

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68 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Descoberta no município de Ielmo Marinho), cordelistas, cantadores de viola e  grupos 

de dança.  

Destaca‐se ainda o artesanato expresso como manifestação cultural, em geral usando 

a matéria‐prima da região, como as peças feitas de cipó, (balaios e cestas), as peças de 

sisal, de palhas de milho, de quenga de coco, renda de bico,  fuxico  (encontrado com 

bastante ênfase na comunidade quilombola de Grossos em Bom Jesus, onde um grupo 

de mulheres  trabalha numa associação), crochê, bordados e macramê. O artesanato 

vem despertando cada vez mais a atenção de vários  setores da  sociedade, que nele 

vêem, além do produto de manifestações  culturais, uma opção para a melhoria das 

condições  de  vida,  devido  à  venda  do  produto,  contribuindo  de  alguma  forma  no 

complemento  de  alimentos  para  a  família,  de  significativa  parte  da  população, 

principalmente da agricultura familiar.  

Um  vulto  popular  muito  forte  no  Território  é  da  figura  de  Fabião  Hermenegildo 

Ferreira da Rocha, popularmente  conhecido por Fabião das Queimadas, um poeta e 

rabequeiro que nasceu como escravo em 1848, na fazenda Queimadas, município de 

Santa  Cruz.  Nascido  escravo,  o  notável  poeta  pertenceu  ao major  José  Ferreira  da 

Rocha,  nas Queimadas,  férteis  terras  localizadas  no município  de  Lagoa  de  Velhos.  

Fabião começou a vida como agricultor e vaqueiro. Há uma grande suspeita de que o 

poeta  era  filho  de  José  Ferreira  com  uma  escrava.  Porém,  foi  encontrado  pelo 

pesquisador Hugo Tavares Dutra na Arquidiocese de Natal, a certidão de casamento de 

Fabião datada de 17 de novembro de 1881, na qual consta que este era  filho de um 

escravo  chamado Vicente. Mesmo  assim,  a  possibilidade do  poeta  ser  filho  de  José 

Ferreira não está descartada.   Com dez anos o poeta  já cantava. Aos dezoito anos de 

idade,  o  poeta  não  se  conteve  e,  com  algumas  economias  que  fez  no  trabalho  da 

agricultura, juntando dinheiro vendendo couro de animais, mel,  legumes e frutas que 

plantava,  conseguiu  comprar  uma  rabeca,  que  passou  a  ser  um  instrumento  de 

trabalho,  cantando  e  tocando  suas  toadas  e  repentes  pelas  vaquejadas,  casas  e 

povoados simples de sua região.  Note o amor com que o poeta dedica esta redondilha 

ao seu instrumento: 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 69

"Essa minha rabequinha É meus pés e minhas mãos É meu roçado me mio Minha pranta de feijão Minha criação de gado 

Minha safra de algodão." 

Com esse propósito, o poeta conseguiu ganhar dinheiro o suficiente para comprar a 

sua própria liberdade por 800$000 (oitocentos mil réis) e posteriormente a de sua mãe 

Antônia  por  100$000,  Antônia  e  de  uma  sobrinha,  Joaquina  Ferreira  da  Silva  por 

400$000,  conhecida  como  "Sinhaninha"  com a qual o poeta  casou e  tiveram quinze 

filhos. Fabião veio a residir sucessivamente nos municípios de São Tomé, Sítio Novo e 

finalmente na comunidade de Riacho Fundo em Barcelona.  

 

 Fabião das Queimadas. Foto 01. Portal Virtual de Barcelona 

 

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70 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Fabião  das  Queimadas  morreu  aos  80  anos  de  idade  em  1928,  na  sua  pequena 

propriedade  chamada Riacho  Fundo em Barcelona,  vitimado pelo  tétano quando  se 

feriu num espinho de macambira, quando viajava montado em um burro. O poeta está 

enterrado no cemitério local de Barcelona. 

2.2 Dimensão Ambiental 

2.2.1características Geoambientais 

O  Território  do  Potengi  é  banhado  por  5  (cinco)  bacias  hidrográficas.    A  Bacia  do 

Potengi e Doce são as mais importantes, mas conta também com a Bacia Ceará Mirim, 

Trairi e Piranhas.  A Bacia Potengi ocupa uma superfície de 4.093 km², correspondente 

a cerca de 7,7% do território estadual. No Território Potengi, todos os municípios são 

banhados pela Bacia Potengi. Seus principais afluentes são os Rios Jundiaí, Pedra Preta, 

Camaragibe e o Riacho Pedra Branca banhando os municípios de Santa Maria,  Ielmo 

Marinho, São Paulo do Potengi, São Pedro, Bom Jesus e Senador Eloy de Souza. O Rio 

Potengi  dispõe  de  uma  vazão  baixa,  com  um  escoamento  superficial  que  não  é 

suficiente  para  as  futuras  demandas,  comprometendo  o  desenvolvimento  local  da 

região, considerando que em situação de estiagem prolongada, não atenderá nem ao 

consumo humano, tampouco à agricultura irrigada. 

Destaca‐se  como  reservatório  de  água,  na  bacia  do  rio  Potengi,  a  barragem Campo 

Grande, no município de São Paulo do Potengi, com capacidade de armazenamento de 

34.000.000 m³, perenizando o rio Potengi a partir de São Paulo do Potengi até Natal 

(Quadro 01). Na metade Leste da bacia há predominância do tipo As’, da classificação 

climática de Koppen, caracterizado por um clima  tropical chuvoso com verão  seco e 

estação chuvosa se adiantando para o outono; na porção Centro Oeste, predomina o 

tipo BSs’h’  –  clima muito quente  e  semiárido,  com  estação  chuvosa  que  se  adianta 

para o outono e no extremo Oeste, perfazendo cerca de 10% da área total da bacia, o 

tipo BSw’ – clima muito quente e semiárido, com estação chuvosa que se atrasa para o 

outono. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 71

 Rio Potengi – Barcelona/RN.  Foto 02.  Johan Adones, 2009  

Situada entre as coordenadas geográficas de 35º, 13’ a 35º e 38’ e 5º, 38’ e 5º e 45’ a 

Bacia  Doce  possui  uma  área  de  drenagem  de  387,8  km²,  equivalente  a  0,72%  da 

superfície do Estado, tendo como formadores os Rios Guajirú, Mudo, Doce e a Lagoa 

de  Extremoz.   A Bacia do Rio Ceará Mirim banha  apenas o município de Riachuelo. 

Com relação à do Trairi, a mesma banha o município de Senador Elói de Souza e o Sul 

do município de São Tomé.  

Quanto  à  disponibilidade  de  recursos  hídricos  predominam  as  águas  superficiais, 

captadas dos  rios e  riachos e  também na  forma  armazenada em  grandes, médios e 

pequenos reservatórios.  

É  importante  destacar  que  os  aqüíferos  que  oferecem  maiores  disponibilidades  e 

potencialidades  são:  o  Barreira  e  o  Aluvião.  O  Cristalino  é  o  aqüífero  que  oferece 

menor disponibilidade. As possibilidades de vazão de seus poços, em geral, permitem 

captar, nos aqüíferos Barreiras, entre 5 a 20m³/h, no Aluvião, entre 3 a 6m³/h e, no 

Cristalino, a vazão é de 1 a 2m³/h. 

 

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72 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 Barragem Campo Grande ‐ São Paulo do Potengi/RN. Foto 03. Johan Adones, 2009 

Quadro 13 ‐ Bacias Hidrográficas  

Bacias   Área (Km²)  Área ocupada pelos municípios 

Potengi  4.093 1.238,7 km²  ‐ Santa Maria,  Ielmo Marinho, São Paulo do Potengi, São Pedro, Bom Jesus e Senador Eloy de Souza 

Doce  388  314,8 km² ‐ Ielmo Marinho Fonte: PERH/SERHID, Plano Estadual de Recursos Hídricos, 1998   Quadro 14 ‐ Bacias Hidrográficas, segundo áreas ocupadas pelos municípios 

 Bacias 

Hidrográficas 

Ocupação com bacia principal Ocupação como bacia 

secundária Área ocupada 

pelos municípios 

(km²) 

% da área ocupada em relação a sua bacia 

N° de Municípios 

Área ocupada 

N° de Municípios 

Área ocupada (Km²) 

Doce  0  0  1  47,00  47,00  12,12 Potengi  12  2.099,20  1  11,60  2.110,80  51,57 

Fonte: PERH/SERHID, 1998 

 Quadro 15 ‐ Disponibilidade de água superficial das bacias hidrográficas do Território  

Bacias Hidrográficas 

Fonte de 

Água Município 

Escoamento de Rios Reservatórios maiores de 10hm² 

Vol. Acumul. (0m²x10²) 

Vazão  regularizável  seg. níveis de garantia (I/S) 

Área km² 

VMA m³/s 

VU Is km² 

100%  95%  90%  85% 

Potengi 

Rio Potengi 

Macaíba  2.403  2.61  1.09  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Açude Campo Grande 

 

São Paulo do Potengi 

‐  ‐  ‐  31.100  11.6  168  181  194 

Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos SERHID, 1998 

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74 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

É  importante  destacar  que  os  aqüíferos  que  oferecem  maiores  disponibilidades  e 

potencialidades são o Barreira e o Aluvião, e o que menor disponibilidade oferece é o 

aqüífero  cristalino.  As  possibilidades  de  vazão  de  seus  poços,  em  geral,  permitem 

captar nos aqüíferos barreiras, entre 5 a 20m³/h  , no aluvião, entre 3 a 6m³/h e, no 

cristalino,  a  vazão  é  de  1  a  2m³/h.  Na  Bacia  existe,  em  operação,  uma  estação 

meteorológica operada pelo  Instituto Nacional de Meteorologia ‐  INMET.   Existem 10 

postos  pluviométricos,  distribuídos  nos  municípios  do  Território,  utilizados  para 

aferição  dos  índices  de  chuvas.    A  EMPARN  é  responsável  pela  operação  dos 

instrumentos. 

No  Território,  há  predominância  do  clima  do  tipo  As´,  da  classificação  climática  de 

Köppen,  caracterizado  por  um  clima  tropical  chuvoso  com  verão  seco  e  estação 

chuvosa  se  adiantando  para  o  outono;  na  porção  centro‐oeste,  predomina  o  tipo 

BSs´h´‐ clima muito quente e semiárido, com estação chuvosa que se adianta para o 

outono; e, no extremo oeste, o  tipo BSw´h´  ‐  clima muito quente e  semiárido,  com 

estação  chuvosa que  se atrasa para o outono. De um modo geral, as  chuvas anuais 

médias de  longo período decrescem do  litoral para o  interior, passando de cerca de 

1.300 mm na foz para 500 mm nas cabeceiras do Rio Potengi. As temperaturas médias 

anuais oscilam entre a mínima de 21 e a máxima de 32 °C.   A umidade relativa do ar 

tem média de anual de 70%. A precipitação média em 2.010 ficou em 248 mm, sendo 

um volume bem  inferior às médias  registradas em períodos de  chuvas  consideradas 

normais, fato este, decorrente do cenário de estiagem registrado no Nordeste.   

Quadro 16 ‐ Número de poços existentes 

MUNICÍPIO  QUANTIDADE Barcelona  14 Bom Jesus  31 Ielmo Marinho  29 Lagoa de Velhos  23 Riachuelo  21 Santa Maria  21 São Paulo do Potengi  38 São Pedro  28 São Tome  17 Senador Eloi de Souza 41 Total  263 Fonte: 2005, MME/Diag. de fontes de abast. por água subterrânea do RN  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 75

Um perfil mais detalhado da situação dos poços no Território Potengi revela que 68% 

deles estão localizados em áreas particulares, sendo os demais em áreas consideradas 

de  acesso  público.    No  que  tange  às  condições  estruturais,  55%  deles  estão  em 

operação,  17%  em  operação,  15%  paralisados  e  13%  abandonados.    Quanto  à 

utilização da água, 48% é destinada para  consumo animal, 16% para uso doméstico 

primário,  30%  de  uso  doméstico  secundário  e  apenas  6%  é  destinado  para  a 

agricultura.   

A  portaria No.  1.469/FUNASA,  estabelece  os  padrões  de  potabilidade  da  água  para 

consumo  humano,  sendo  1000  mg/l  o  valor  máximo  permitido  para  os  sólidos 

dissolvidos  (STD).  Teores  elevados  deste  parâmetro  indicam  que  a  água  tem  sabor 

desagradável,  podendo  causar  problemas  digestivos,  principalmente  nas  crianças,  e 

danifica  as  redes  de  distribuição.  Para  efeito  de  classificação  das  águas  dos  pontos 

levantados, 83% deles a água é considerada salina e 14% considerada salobra.  Ou seja, 

impróprias para o humano.     Apenas 4% das águas oriundas dos poços  levantados no 

Território  são  consideradas  doces,  sendo  62%  desta  água  via  poços,  localizada  no 

município de  Ielmo Marinho.  Já São Tomé é o município que possui maior extensão 

territorial  e  maior  demanda  por  este  tipo  de  abastecimento,  principalmente  para 

dessedentação animal.   

Os  solos  do  Território  estão  formados  por  argilas,  areias,  cascalhos,  rochas  e  por 

matéria orgânica de origem animal e vegetal. Também é comum o solo tipo podzólico 

vermelho‐amarelo  abrúptico  e  o  latossolo  vermelho‐amarelo  distrófico,  que 

apresentam  aptidão  agrícola  para  lavoura,  caso  das  culturas  de  ciclo  longo  como  o 

algodão, o sisal, caju e o coco. 

Referindo‐se ao uso dos solos, observa‐se que, há faixas com fertilidades naturais altas 

e  outras  com  média  e  baixa  fertilidade.  A  irrigação  em  algumas  áreas  (após  o 

barramento em São Paulo do Potengi – Barragem Campo Grande) é recomendada em 

função dos períodos de estiagem e em outras áreas, torna‐se problemática, uma vez 

que  são  raros,  apresentando  problemas  de  manejo  e  considerável  teor  de  sódio 

trocável.  

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76 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 17 – Tipos de solos e aptidão, segundo municípios 

MUNICÍPIOS  TIPOS DE SOLOS  APTIDÃO AGRÍCOLA 

BARCELONA  Planossolo Solódico 

Aptidão regular para pastagem plantada. Terras aptas para culturas especiais de ciclo longo,tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. Pequena faixa de terra indicada para preservação da flora e 

fauna. 

BOM JESUS Podzólico Vermelho Amarelo, Abrúptico 

Plinthico 

Regular para lavouras, apta para culturas especiais de ciclo longo, tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. 

IELMO MARINHO 

Planossolo Solódico e Padzólico Vermelho Amarelo equivalente Eutrófico Abrúptico 

Regular para pastagem plantada. Terras aptas para culturas especiais de ciclo 

longo, tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. pequenas áreas com aptidão 

regular para lavouras. 

LAGOA DE VELHOS, RIACHUELO, RUY 

BARBOSA, SANTA MARIA, SÃO PAULO DO POTENGI 

Planossolo Solódico 

Regular para pastagem plantada e terras aptas para culturas especiais de ciclo 

longo, tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. 

SÃO PEDRO Planossolo Solódico e padzólico vermelho 

amarelo abrúptico plínthico 

Regular para lavouras e pastagem plantada. Terras apta para culturas especiais de ciclo longo tais como: algodão arbóreo, sisal, caju e coco. 

SÃO TOMÉ  Planossolo Solódico 

Regular para pastagem plantada, apta para culturas especiais de ciclo longo, tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. Aptidão restrita para pastagem natural, terras indicadas para preservação da flora e da fauna e uma pequena área, ao sul, 

com aptidão regular para lavoura. 

SENADOR ELOY DE SOUZA 

Planossolo solódico e padzólico vermelho 

amarelo abrúptico plínthico 

Regular para pastagem plantada e lavouras, apta para culturas especiais de ciclo longo tais como: algodão arbóreo, 

sisal, caju e coco. 

Fonte: Anuário Estatístico do RN – IDEMA/2007 

Em outros municípios como exemplo de São Tomé, Barcelona, Ruy Barbosa, Riachuelo, 

há o impedimento ao uso de máquinas agrícolas devido à pedregosidade, rochosidade 

e  pequenas  profundidades  destes  solos.  Há  áreas,  com  exceção  de  Bom  Jesus  e 

Senador Elói de Souza, que apresentam restrições ao uso agrícola pela forte carência 

d’água, decorrente do longo período de estiagem. Seu aproveitamento racional requer 

intenso  controle  da  erosão,  conservação  da  vegetação  natural  para  preservação  da 

flora  e  fauna,    como  forma  de  diminuir  a  baixa  capacidade  produtiva  e  tem  como 

principais características, a presença de uma pecuária semi‐intensiva para a produção 

de  carne,  leite  e  derivados,  contando  com  o  uso  de  pastagens  plantadas,  uma 

agricultura de autoconsumo ou subsistência. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 77

Quanto ao uso do solo, sua principal característica de exploração é a presença de uma 

pecuária semi‐intensiva para a produção de carne,  leite e derivados, contando com o 

uso de pastagens plantadas, uma agricultura de autoconsumo ou subsistência. No uso 

deste  solo  apresentam‐se  situações  bem  distintas:  há  terras  aptas  e  voltadas 

principalmente para culturas especiais. O ecossistema da caatinga, predominante na 

região,  possui  características  que  denotam  fragilidades  no  tocante  ao  processo  de 

recuperação  de  áreas  degradadas.  A  conservação  da  biodiversidade  entra  em 

confronto  com  práticas  observadas  em  algumas  áreas,  como  o  desmatamento 

desordenado, o  sobrecultivo, o pastoreio excessivo, a  irrigação mal conduzida, entre 

outros.  A  ocorrência  de  secas  estacionais  e  periódicas  estabelece  regimes 

intermitentes  aos  rios  componentes  desse  ecossistema.  Trata‐se  de  uma  formação 

vegetal  resistente a grandes períodos de estiagem, apresentando arbustos e árvores 

com  alguns  espinhos,  dando‐lhes  um  aspecto  agressivo,  entremeado  de  outras 

espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.  

A  caatinga,  como  floresta  natural  tem,  historicamente,  provido  grande  parte  da 

energia  necessária  às  atividades  produtivas  e  à  subsistência  da  população.  Apesar 

disto,  ainda  possui  um  volume  significativo  de  biomassa  florestal  que  é  consumida 

pelos  setores doméstico e  industrial. Representa, ainda, uma  fonte de  renda para o 

agricultor,  principalmente  no  período  de  seca  (IDEMA,  2002).    As  matas  ciliares 

localizadas  nas  várzeas  dos  rios  são  de  fundamental  importância,  pois  além  de 

contribuírem para a manutenção da qualidade dos recursos hídricos, funcionam como 

corredores úmidos entre as áreas agrícolas,  favorecendo a proteção da vida silvestre 

local. 

Quadro 18 – Tipos de vegetação predominante, segundo municípios MUNICÍPIOS  TIPOS DE VEGETAÇÃO 

Riachuelo A vegetação dominante é a caatinga hipoxerófila, destacando‐se espécies como: marmeleiro e jurema. 

Bom Jesus, Senador Eloy de Souza, São Paulo do Potengi, 

Caatinga hipoxerófila com : marmeleiro, jurema preta e áreas com floresta caducifólia 

Ielmo Marinho, Santa Maria  Caatinga hipoxerófila

Barcelona, Lagoa de Velhos, Ruy Barbosa e São Tomé e Senador Eloy de Souza 

Caatinga hipoxerófila ‐ Vegetação de clima semi‐árido, apresenta arbustos e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerófila. Entre outras espécies destacam‐se a catingueira, angico, braúna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira. 

Fonte: Perfil do Estado do Rio Grande do Norte, 2002. 

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78 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

O Território, por ter uma paisagem onde predomina a aridez, tem na sua formação, a 

vegetação da caatinga, representada por arbustos e árvores com espinhos, formados 

por plantas adaptadas ao clima e ao solo, que sobrevivem com pouca água, presente 

nos municípios de: a) Riachuelo  (com as espécies vegetais marmeleiro e  jurema); b) 

Bom Jesus, Senador Eloy de Souza e São Paulo do Potengi (marmeleiro, jurema preta e 

áreas  com  florestas  caducifólia);  Ielmo  Marinho  e  Santa  Maria,  com  caatinga 

hipoxerófila. (Fonte: Perfil do Estado do Rio Grande do Norte, IDEMA – 2002).   

As principais espécies vegetais são: a braúna, o angico,  jurema, marmeleiro,  juazeiro, 

mandacaru, a caatingueira, umbuzeiro, pau branco,  imburana e aroeira. A caatinga é 

de grande importância socioeconomica e ambiental para o território, pois é ainda, rica 

em fonte de produtos florestais, desde que seja explorada racionalmente e de forma 

sustentável. 

 Patrimônio Ambiental  Áreas de Preservação Permanente e de Conservação 

O Rio Potengi banha cerca de 54% dos municípios do Território Potengi, atingindo 90% 

quando somados aos seus afluentes. Nessa grande extensão, encontram‐se suas áreas 

de conservação (matas ciliares, leito do Rio) merecendo atenção especial diante de sua 

importância  ambiental  e  econômica,  principalmente  quando  praticada  numa  ótica 

sustentável.  

Estas  áreas  estão  bastante  susceptíveis  aos  impactos  ambientais,  não  só  pela  sua 

exploração  produtiva, mas  principalmente  ao  cruzarem  os  solos  urbanos.    Em  igual 

atenção, está a Barragem Campo Grande no município de São Paulo do Potengi, cujo 

espelho  de  água  se  estende  a montante  (da  Barragem  em  direção  à  nascente)  por 

cerca de 14 km.   

Outro destaque, além daquelas que deveriam existir em todos os imóveis rurais, são as 

áreas de preservação permanente determinadas pelo INCRA nos  imóveis constituídos 

em  Assentamentos.    Por  determinação  legal,  no mínimo  20%  da  área  total  destes 

imóveis estão demarcados como de interesse ambiental.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 79

Incluem‐se nessa demarcação, as áreas de açudes, barragens, rios, riachos, etc. Ao se 

contabilizar as áreas dos  imóveis destinados à  reforma agrária no Território Potengi, 

cerca de 5.134 hectares são consideradas como áreas de preservação. Embora assim 

consideradas,  estas  áreas  sofrem  incidência  das  mesmas  ações  impactantes 

observadas no Rio Potengi.  

As demais áreas de preservação existentes ficam por conta de açudes de grande porte 

como a Barragem dos Rainés em São Tomé, como é mais conhecido.  De médio porte  

se destacam os municípios de Riachuelo e Santa Maria,  Ielmo Marinho, São Pedro e 

Lagoa  de  Velhos.  Vale  ressaltar  que  no município  de  Bom  Jesus,  fica  localizada  no 

centro da cidade, uma importante lagoa em grau elevado de contaminação. 

O Rio Potengi é um importante patrimônio ambiental do Território Potengi, razão pela 

qual,  faz‐se necessário conhecer os tipos e a dimensão dos  impactos ambientais que 

incidem sobre ele, como  forma de se apontar ações permanentes capazes de, senão 

eliminar, mas construir para uma convivência sustentável. 

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Mapa 04

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 81

2.2.2 Características Antrópicas  

O desmatamento indiscriminado e as queimadas ‐ práticas comuns no preparo da terra 

para  a  agropecuária  têm  contribuído  para  a  destruição  da  cobertura  vegetal  e  da 

biodiversidade,  comprometendo  a  manutenção  da  fauna  silvestre,  a  qualidade  da 

água,  o  equilíbrio  do  clima  e  do  solo  (a  erosão  e  o  empobrecimento  dos  solos), 

tornando o Território um espaço susceptível à desertificação.  

A poluição do ar tem maior acentuação em períodos de queimas de desmatamentos 

para plantios, queima de  lenha em cerâmicas que, ao estar  localizada em perímetro 

urbano (São Paulo do Potengi), impacta diretamente na qualidade do ar e conseqüente 

na  saúde  de  seus  habitantes.  Ressalta‐se  a  este  tipo  de  poluição,  a  Fábrica  de 

Beneficiamento de Castanhas ‐ Olam Brasil, localizada em perímetro urbano. Além da 

fumaça, também são gerados efluentes tóxicos, canalizados para lagoas de captação e 

que já se apresentam saturadas.  Os efluentes tratados (quando é possível atingir esse 

grau) têm como destinação, o Rio Potengi. 

A degradação ambiental que de forma acentuada ocorre no Território é causada pelo 

uso indiscriminado dos seus recursos naturais (solo, água e vegetação), sem que sejam 

observadas as  técnicas de manejo e conservação do  solo,  sem o gerenciamento dos 

recursos  hídricos  e  a  total  desobediência  ao  uso  racional  da  cobertura  vegetal  e  às 

normas ambientais. 

 

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82 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A partir dos dados  levantados pelo  IDEMA/2009, através do Perfil dos Municípios do 

RN, em 2004, foram retirados 32.713 m3 de  lenha a partir de espécies nativas, sendo 

que, houve  redução deste número em 2006 para 12%.   No que  se  refere ao  carvão 

vegetal, no mesmo período houve uma produção de 76 e  63  toneladas,  apontando 

também uma redução de 13%. 

Não  foi possível determinar o percentual de  absorção dessa produção no  Território 

Potengi, mas dentre seus maiores consumidores estão olarias e padarias.   Mas, essa 

produção tem rompida a circunscrição do Território passando a atender demandas do 

produto  por  outros  Territórios,  principalmente  aqueles  com  maior  número  de 

cerâmicas. 

 

São Tomé está no ranking deste tipo de exploração, onde sozinho, foi responsável por 

29% em 2006, seguido por São Paulo do Potengi e Lagoa de Velhos com 12%. Em Lagoa 

de Velhos, a maior parte desta produção  foi originária do Projeto de Assentamento 

Potengi,  segundo  consta  dos  relatos  de  assentados  daquela  área,  quando  do 

levantamento do tema nas atividades do Território Potengi. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 83

Usos de Agrotóxicos 

No  Rio  Grande  do  Norte,  cerca  de  23,78%  dos  alimentos  consumidos  apresentam 

irregularidades no que diz respeito ao uso de agrotóxicos não autorizados e, portanto, 

utilizados de forma irregular.  As informações são do Programa de Análise de Resíduos 

de Agrotóxicos em Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ‐ 2010.  

Dentre os produtos analisados, o abacaxi e o pimentão apresentaram maior incidência 

desse  tipo  de  irregularidade,  enquanto  a  banana,  batata,  cebola  e  feijão,  não 

apresentaram nenhuma anormalidade. 

A utilização de agrotóxicos no Território Potengi está inserta principalmente no cultivo 

irrigado,  sobretudo, às margens da Barragem Campo Grande, quando do plantio do 

tomate,  pimentão  e  hortaliças  diversas.    O  município  de  Ielmo  Marinho  aparece 

também com preocupante incidência do uso na produção em escala do abacaxi.   

No entanto, a utilização de veneno na  fica  restrito as  culturas  irrigadas, visto que o 

município  de  São  Tomé  acumulou  o  surpreendentemente  índice  de  41%,  em  um 

universo de 1.099 pessoas que declararam utilizar agrotóxicos no Território Potengi.  

Número  considerado  elevadíssimo,  principalmente  por  não  apresentar  destaque 

produtivo em suas lavouras. 

Entretanto,  o  algodão  teve  sensível  investimento  em  termo  de  área  plantada, 

objetivando seu retorno a economia agrícola do município, que ostentava destaque e 

predominância na economia local.  Com  a exigência de uso sistemático de agrotóxicos 

no controle da praga do bicudo, aliado a ausência de subsídios e garantias de preço, a 

prática foi novamente perdendo espaço.  Esse enfoque vem à tona para elencar como 

um  dos  possíveis  fatores  no  uso  elevado  de  agrotóxicos  naquele município,  para  o 

período  levantado.  Mesmo  assim,  exige‐se  atenção  pelo  setor  de  saúde,  visando 

constatar a permanência dessa prática e as medidas necessárias se ainda confirmada. 

Em segundo lugar no uso de agrotóxico está o município de Ielmo Marinho com 15%, 

sendo que, apenas 28% utilizam EPI´s. A menor incidência no uso fica com o município 

de Lagoa de Velhos, apresentando menos de 1%.  

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84 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Outro  fator  preocupante  deve  ser  observado  no  município  de  Bom  Jesus.  Este 

apresentou em 2006, 7% de agricultores utilizando agrotóxicos e destes, apenas 2% 

declararam  utilizar  EPI´s.  Como  conseqüência  pela  ausência  de  equipamentos  de 

proteção, o município ostentou a marca negativa de 68% de pessoas  intoxicadas em 

relação ao total pesquisadas no Território. 

Um  ponto  que  deve  ser mencionado,  quanto  ao  uso  e  intoxicações  decorrentes  de 

agrotóxicos, diz respeito a sua utilização também no manuseio de rebanhos, quando 

do controle sanitário.   Devendo, portanto, atentar‐se sobre as origens das causas de 

intoxicações neste município e sua possível relação nesse meio. 

Sob o ponto de  vista  territorial, de um universo de  5.530 pessoas,  19% declararam 

fazer uso de agrotóxicos.  No tocante ao uso de EPI´s, apenas 6% mencionaram o uso 

de  equipamentos,  levando‐se  em  consideração  um  universo  de  6068  pessoas.  No 

contexto  das  conseqüências  pelo  uso  de  agrotóxicos,  de  uma  total  de  5.479 

entrevistados  pelo  IBGE  8%  apresentaram  sintomas  de  intoxicações.  Quando  se 

observa os números da morbidade hospitalar, constata‐se o mesmo percentual 8% de 

internações oriundas de  lesões por envenenamento e algumas outras consequências 

externas.  

Havendo  a  prática  da  utilização  de  agrotóxicos  no  Território  é  extremamente 

importante  se  conhecer  os  locais  de  maior  incidência,  tipos  utilizados,  fatores  de 

riscos,  acompanhamento  técnico,  impactos  ao meio  ambiente  e  principalmente,  a 

destinação  final  das  embalagens.    Os  dados  aqui  apresentados  são  resultantes  do 

Censo Agropecuário – 2006,  realizado pelo  IBGE. Um ponto positivo que  se destaca, 

contrapondo ao cenário em questão, está na  transição que o Território Potengi vem 

delineando das práticas do cultivo  tradicional onde  são utilizados agrotóxicos para a 

agricultura  agroecológica.    São  Paulo  do  Potengi  e  Bom  Jesus,  têm  sido  referência 

deste tipo de iniciativa.  A produção agroecológica, além de melhorar a qualidade dos 

alimentos e evitar os efeitos nocivos à saúde, agrega valores à produção e aderem a 

um mercado de crescente consumo de produtos que prezam pela prática de manejo 

ecologicamente correto.  Garantir assistência técnicas e crédito diferenciado para este 

tipo de produção deve constar na pauta de ações do Território Potengi. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 85

 Produção agroecológica às margens da Barragem Campo Grande. Foto 04. Dário Alves, 2010 

 ASSOREAMENTO DOS RIOS 

 

O  Rio  Potengi  percorre  176  km  desde  a  nascente,  no município  de  Cerro  Corá/RN, 

cruzando os municípios de São Tomé, Barcelona, São Paulo do Potengi, São Pedro e 

Ielmo  Marinho,  até  desaguar  no  mar.  Neste  percurso,  vários  são  os  impactos 

ambientais  observados,  desde  a  destruição  de  suas  matas  ciliares  sem  a  devida 

reposição, como também o assoreamento de seu leito.  

Nascente do Rio Potengi: Foto 05.  Arquivo da Prefeitura de Cerro Corá 

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86 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Os relatos dos agricultores familiares que utilizam o Rio para o plantio e manutenção 

de suporte forrareiro (capim elefante, irrigado ou não), retratam os prejuízos causados 

pelo volume de sedimentos que tem mudado a paisagem do Rio.  Consequentemente, 

tem‐se eliminado práticas de cultivos, seja para consumo animal, seja para consumo 

humano,  além  de  aterrar  os  mananciais  que  se  constituíam  permanentes 

(dessedentação animal), mesmo nos períodos mais secos.   

 Assoreamento do Rio Potengi. Foto 06. Dário Alves, 2009 

Um fator impactante verificado no município de Ielmo Marinho diz respeito à extração 

de  areia  aluvionar,  seja  com  devida  autorização  (a  menor  parte),  seja  de  forma 

irregular.    Sendo  realizada  em maior  escala  neste município,  o  produto  tem  como 

destino maior, o mercado demandado pela construção de civil.  Em menor escala, esta 

atividade é percebida em  todos os municípios do Território.   Outra prática que  tem 

mudado a paisagem do Rio Potengi, principalmente quando este permeia os centros 

urbanos, diz  respeito  ao  loteamento  (inclusive  a  venda  ilegal) do  seu  leito, que  são 

utilizados  para  a  criação  e  aprisionamento  de  rebanhos,  por  agricultores  e 

comerciantes.  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 87

A aproximação perigosa das construções urbanas nas margens do Rio Potengi deve ser 

fator de preocupação das autoridades, principalmente quando se observa a existência 

de Plano Diretor Municipal, como é o caso de São Paulo do Potengi.  Essa dinâmica de 

risco,  aliada  à  presença  de  forte  assoreamento  do  rio,  já  provocou  a  destruição  de 

várias residências em 2004, quando das elevadas precipitações ocorridas naquele ano. 

Construir  e  fazer  valer  as  diretrizes  de  planos  diretores  dos municípios  devem  se 

constituir em pauta no processo de planejamento urbano dos municípios, visando um 

processo mais harmônico entre natureza e o crescimento urbano.   

A poluição que incide no Rio Potengi, não diz respeito apenas às cidades inseridas em 

seu  percurso,  os  próprios  afluentes  também  são  responsáveis  pelo  processo  de 

assoreamento  e  contaminação.    O  assoreamento  também  tem  reduzido  de  forma 

sistemática a  capacidade hídrica da Barragem Campo Grande, estimada  inicialmente 

em 34 milhões de m3. De fato, não existem muitos estudos que possam imprimir uma 

real situação do Rio Potengi, envolvendo sua presença no Território.  

Destaque‐se a existência de processos participativos em ações de educação ambiental 

no município de Cerro Corá, local da nascente do Rio.  Também, vários são os estudos 

realizados em seu estuário, deixando um enorme vácuo no Território Potengi, quanto 

a dados reais,  já que é preciso se  levar em consideração, sua perenização a partir do 

município de São Paulo do Potengi até seu deságue em Natal 

Identificar  as  condições  de  utilização  do  Rio  Potengi  e  seus  afluentes  e  apontar 

estratégias  sustentáveis  tem  sido uma preocupação do Território do Potengi, que  já  

aprovou e iniciará seu estudo situacional, buscando contribuir de forma concreta, com 

ações  capazes  de mitigar  e/ou  eliminar  os  efeitos  negativos  que  desconfiguram  o 

cenário ambiental do Rio Potengi.   O  sucesso para o  levantamento das  informações 

que nortearão o diagnóstico  e  a própria  construção de um processo participativo  e 

permanente de educação ambiental só serão possíveis com  a participação dos atores 

municipais  (população e  suas  representações Pública e Privada) e estaduais  (através 

dos Órgãos pertinentes, Universidades e Instituições). 

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88 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

O  sucesso  para  o  levantamento  das  informações  que  nortearão  o  diagnóstico  e  a 

própria  construção  de  um  processo  participativo  e  permanente  de  educação 

ambiental, só serão possíveis com   a participação dos atores municipais (população e 

suas  representações  Pública  e  Privada),  estaduais  (através  dos  Órgãos  pertinentes, 

Universidades  e  Instituições).  Segundo  a  Secretaria  de Meio  Ambiente  e  Recursos 

Hídricos – SEMARH, o Rio Grande do Norte tem 97,6% de sua superfície com tendência 

à desertificação, compreendendo 159 municípios dos 167 existentes (95,21%). Destes, 

143  integram  a  Área  Semiárida,  13  fazem  parte  da  Área  Subúmida  Seca  e  três 

compõem a Área do Entorno.   

Considerando  que,  em  aproximadamente  75%  do  território  estadual  o  clima 

predominante  é  o  semiárido  e  que  as  ASD's  também  abarcam  espaços  subúmidos 

secos  e  a Área  do  Entorno,  tem‐se  um  quadro  em  que,  apenas,  2,4%  da  superfície 

potiguar não demonstram suscetibilidade à desertificação.  Segundo ainda a SEMARH, 

os estudos revelam que o Rio Grande do Norte representa 40% do estado tomado pela 

desertificação,  tendo  como  fatores,  intensiva  extração  de  argila  e  a  retirada  da 

cobertura vegetal para a obtenção de lenha para as olarias.  

No Território Potengi, estão  instaladas duas olarias nos municípios de  São Paulo do 

Potengi e Lagoa de Velhos, cuja cobertura vegetal e extração de argila, necessária para 

sua alimentação é extraída do próprio Território.  Porém, o problema da desertificação 

tem  contexto  maior,  sendo  necessário  analisá‐los  sobre  os  aspectos  de  natureza 

ambiental e climática, social, econômica e político‐institucional.   

Dentro destes aspectos, além da extração de argila e  lenha, o manejo  inadequado do 

solo,  a  criação  extensiva  e  o  desmatamento  sem  estudo  técnico  e  conseqüente 

determinação  de  área  de  preservação,  caracterizam  como  os  principais  que 

aprofundam essa problemática no Território. Ao se  levar em consideração a evolução 

do rebanho, no período de 1996 a 2006, houve um acréscimo de 32% de bovino, 250% 

de ovinos e 158% no rebanho caprino, conforme pesquisa do IBGE através do censo e 

pesquisa  agropecuária  dos  municípios.    Números  que  irão  refletir  diretamente  na 

ampliação de áreas de pastagens. 

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90 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

2.2.3 Contexto Socioambiental 

 Situação de Saneamento 

Segundo  a  Organização  Mundial  da  Saúde,  entende‐se  por  saneamento  básico  o 

controle de  todos os  fatores do meio  físico que exercem ou podem exercer efeitos 

nocivos à saúde e ao bem‐estar  físico, mental ou social. Assim, o saneamento básico 

não se restringe somente ao abastecimento de água e à rede coletora de esgotos, mas 

inclui  também  a  limpeza  pública  e  a  coleta  de  lixo.  O  processo  de  crescimento  e 

expansão das cidades brasileiras tem ocorrido sem um planejamento adequado, o que 

provoca  consequências  drásticas  no meio  ambiente  urbano  dos municípios,  dentre 

elas, uma das piores, a falta de saneamento básico. 

Atualmente, apenas 0,22% do Produto  Interno Bruto (PIB) é aplicado no saneamento 

básico, segundo a Fundação Getúlio Vargas  (2009), sendo que o  ideal seria 0,63% do 

PIB. Com a atual taxa de crescimento de 1,59% da rede de esgoto, seriam necessários, 

segundo  a  pesquisa,  56,5  anos  para  diminuir  pela metade  o  déficit  do  saneamento 

básico no Brasil. Os números comprovam, portanto, que alguns efeitos nocivos à saúde 

tendem a continuar com níveis altos e em longo prazo se não forem aplicados recursos 

de forma massiva no saneamento das cidades brasileiras.   Segundo o Fundo Nacional 

de Saúde – FUNASA, a saúde pública está  ligada a fatores possíveis e  indesejáveis de 

ocorrerem em áreas urbanas e rurais, que podem ser minimizados ou eliminados com 

uso apropriado de serviços de saneamento.   

A  utilização  de  água  potável  é  vista  como  fornecimento  de  alimento  seguro  à 

população; O sistema de esgoto promove a  interrupção da “cadeia de contaminação 

humana”;  A melhoria  da  gestão  dos  resíduos  sólidos  reduz  o  impacto  ambiental  e 

elimina ou dificulta a proliferação de vetores e a drenagem urbana tem sido utilizada 

para eliminação da malária humana. Com o advento da Lei 11.445/07 ‐ do Saneamento 

Básico que estipula metas de curto, médio e  longo prazo a serem atingidas por todos 

os  municípios  brasileiros,  através  de  planos  de  saneamento  básico,  será  possível 

levantar dados reais e a proposição de ações conjuntas com os demais planos setoriais, 

capazes de projetar a melhoria de índices sociais satisfatórios à população brasileira. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 91

Quadro 19 – Situação do Lixo 

MUNICÍPIOS 

 SITUAÇÃO DO LIXO (%)

À céu aberto Coletado Queimado/Enterrado

Urbana  Rural Urbana Rural Urbana  Rural

Barcelona  1,33  41,03 96,20 4,44 2,47  54,53

Bom Jesus  0,10  11,67 99,70 8,03 0,20  80,30

Ielmo Marinho  6,37  8,51 60,30 25,13 33,33  66,36

Lagoa de Velhos  7,90  0,00 61,44 0,00 30,65  0,00

Riachuelo  0,36  5,78 95,51 40,14 4,13  54,08

Ruy Barbosa  2,16  21,07 95,69 1,53 2,16  77,39

Santa Maria  0,25  5,68 98,14 16,79 1,61  77,53

São Paulo do Potengi 0,65  17,37 94,09 11,42 5,26  71,21

São Pedro  0,30  43,03 99,19 16,21 0,51  40,76

São Tomé  0,71  83,27 99,29 0,46 0,00  16,27

Senador Elói de Souza  0,39  4,78 98,55 16,43 1,05  78,79

% no Território  1,35  25,91 93,15 15,02 5,49  59,06

 

 

  

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92 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

No que diz respeito ao lixo produzido por seus municípios, o índice de coleta alcançado 

tem sido satisfatório, chegando à média de 93,15%.  Entretanto, a grande preocupação 

tem  sido  com  a  destinação  final  deste  tipo  de  resíduo,  responsável  por  grandes 

contaminações e deterioração do meio ambiente. 

O  Território  não  possui  aterros  sanitários  necessários  para  acomodar  a  demanda 

produzida,  sendo  praticamente  100%  depositados  em  vazadouros  a  céu  aberto 

(lixões), fato que pode ser constatado facilmente já que a localização de muitos desses 

lixões são cartões de visitas da maioria dos municípios que compõem o Território.   

Não  possuindo  aterros  que  garantam  a  correta  destinação,  ocorrem  as  queimas 

periódicas  que  geram  transtornos  à  saúde  da  população,  ocasionados  pela 

contaminação do ar.  O público infantil e idoso são os mais afetados com este tipo de 

poluição.    Nos  lixões  ainda  são  encontradas  pessoas  que  sobrevivem  da  venda  de 

materiais  recicláveis,  exercendo  essa  atividade  sem  os  devidos meios  de  proteção 

(EPI´s).   

Alocar recursos e prover ações de permanente educação ambiental, infraestrutura de 

reciclagem,  consórcios  de  aterros  sanitários  e  estações  de  transbordos  serão 

fundamentais para mudança do quadro existente. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 93

Quanto ao  lixo hospitalar, no Rio Grande do Norte apenas 27% dos  seus municípios 

têm cobertura adequada de tratamento deste tipo de resíduo.  Serviço habilitado por 

uma  única  empresa  no  Estado.    O  lixo  hospitalar  produzido  nos  municípios  do 

Território  Potengi,  apenas  o  que  fornece  riscos  de  contaminação,  é  coletado  pela 

empresa credenciada.  A parte restante segue o rito dos demais. 

No que se refere à coleta de lixo, a zona rural tem sido o setor de grande deficiência no 

atendimento deste tipo de serviço público, registrando apenas 15% coletado.  A maior 

parte, aquele não coletado, tem percentual de 56% incinerado ou enterrado, gerando 

uma  preocupação  com  a  contaminação  de  mananciais  hídricos  que,  muitas  vezes 

servem de consumo próprio, uso geral ou para dessedentação animal.  

O  lixo  a  céu  aberto  corresponde  a  25%,  traduz‐se  também  em  canais  de 

contaminações para as crianças e moradores.  Os animais se utilizam dos resíduos para 

alimentação.  Em todas as situações, além dos enormes riscos à saúde da população, o 

meio ambiente também sofre impacto. 

Quadro 20 – Saneamento Básico 

MUNICÍPIOS 

SITUAÇÃO DE SANEAMENTO BÁSICO (%) 

À céu aberto Rede de Esgoto Fossas 

Urbana  Rural Urbana Rural Urbana  Rural

Barcelona  0,38  11,19 0,38 0,36 99,24  88,45

Bom Jesus  0,40  6,36 0,50 0,15 99,10  93,48

Ielmo Marinho  10,30  9,88 0,81 0,09 88,89  90,03

Lagoa de Velhos  5,45  0,00 0,00 0,00 94,55  0,00

Riachuelo  0,36  4,76 91,38 1,02 8,26  94,22

Ruy Barbosa  0,90  18,39 0,09 0,00 99,01  81,61

Santa Maria  0,37  6,91 1,24 1,48 98,39  91,60

São Paulo do Potengi 0,71  13,15 74,31 0,48 24,99  86,37

São Pedro  0,30  5,01 0,20 0,00 99,49  94,99

São Tomé  0,81  34,75 42,00 0,00 57,19  65,25

Senador Elói de Souza  0,26  4,20 0,66 0,47 99,08  95,34

% no Território  1,37  12,73 29,04 0,29 69,59  86,97

Fonte: Fonte: 2009, SIAB/MS  

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94 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

O Saneamento básico é onde demandam grandes consequências à saúde da população  

a configuração desse serviço no Território Potengi está aquém dos padrões mínimos 

desejados, visto atender apenas 29% de sua população.   No Brasil, números recentes 

apontam  que mais  de  55%  da  população  era  servida  com  esgotamento  sanitário. 

Apesar  de  estar  bem  a  frente,  comparado‐se  com  os  números  do  Território,  não  o 

torna significativo. Com procedimentos parecidos, o esgotamento sanitário se  traduz 

também  em  outra  grande  preocupação,  além  de  sua  inexpressiva  cobertura 

populacional  no  Território:  a  destinação.    Apenas  os  municípios  de  São  Paulo  do 

Potengi e São Tomé estão dotados de lagoas de tratamento.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 95

Dos municípios  do  Território,  apenas  Riachuelo,  São  Paulo  do  Potengi  e  São  Tomé, 

segundo informações do Ministério da Saúde, estão servidos de esgotamento sanitário 

urbanos, com  índices respectivamente de 91%, 74%, 42%.   Ao apresentar quase 70% 

de  coleta  através  de  fossas  sépticas/rudimentares  no  setor  urbano,  demanda  a 

necessidade  de  coleta  sistemática  por  limpa‐fossas,  sendo  flagrante  o  lançamento 

resultante desse trabalho no leito do Rio Potengi, afluentes ou próximo a córregos que 

destinam suas águas para mananciais utilizados pela população e animais.  Acrescente‐

se  que  esse  tipo  de  reservatório,  quando  não  atendido  pelas  coletas,  termina  por 

transbordar lançando seus efluentes em ruas e córregos.  

Frente a esse impacto ambiental é preciso lembrar que 30% da população rural ainda 

consome  água  sem  tratamento,  conforme  o  gráfico  36.    O  maior  reservatório  da 

Região  Potengi,  a  Barragem  Campo  Grande  (capacidade  de  34  milhões  de  m3) 

localizada no município de São Paulo do Potengi, também recebe efluentes “in natura” 

dos  bairros  adjacentes,  não  dotados  de  saneamento.  Outro  prejudicado  é  o  Rio 

Potengi que recebe cargas de esgoto sanitário dos municípios de São Tomé, Barcelona, 

São Paulo do Potengi, São Pedro e  Ielmo Marinho (apesar de São Paulo do Potengi e 

São Tomé possuírem estação de tratamento, não acobertam a totalidade da população 

rural). E, indiretamente, dos municípios de Lagoa de Velhos, Ruy Barbosa e Riachuelo, 

via seus afluentes. 

Quadro 21 – Abastecimento de Água 

MUNICÍPIOS ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) 

Da Rede Pública  De Poços/Nascentes  Cons. s/ tratamento  

Urbana  Rural  Urbana  Rural  Urbana  Rural 

Barcelona  75,48  20,60  19,20  32,33  0,00  11,19 

Bom Jesus  99,45  72,58  0,20  4,39  11,84  36,36 

Ielmo Marinho  58,40  15,29  28,18  49,47  20,46  48,54 

Lagoa de Velhos  77,38  0,00  1,36  0,00  29,02  0,00 

Riachuelo  97,13  65,65  0,18  8,84  1,80  4,08 

Ruy Barbosa  92,99  1,34  0,90  9,00  0,18  1,53 

Santa Maria  99,13  35,80  0,37  39,75  0,37  34,32 

São Paulo do Potengi  97,00  40,79  0,14  34,93  3,05  17,37 

São Pedro  97,57  31,94  0,81  16,81  0,61  49,23 

São Tomé  98,37  3,88  0,22  39,16  7,00  28,29 

Senador Elói de Souza  99,08  86,71  0,26  1,17  33,25  25,99 

% no Território  93,52  32,78 2,62 28,92 8,17  30,48Fonte: 2009, SIAB/MS  

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96 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

  

 

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 97

Por  décadas,  as  políticas  de  combate  à  seca  implementadas  pelos  governos  (nas 

diversas  esferas),  estiveram  muito  centradas  em  grandes  obras  hídricas,  como 

construção de açudes, e em alguns projetos de  irrigação.   Esses projetos, no entanto, 

não foram capazes de alcançar a população difusa.   

Em  1997,  um  investimento  de  R$  416 milhões  aplicados  no  Programa  Estadual  de 

Recursos Hídricos/RN, que  resultou no maior programa de adutoras do país, mudou 

drasticamente as elevadas dificuldades da população em saciar a sede.  

 A libertação do carro‐pipa, melhoria nas condições de saúde e a quebra das correntes 

do  assistencialismo  político,  foram  marcas  deixadas  pelo  Profeta  das  águas, 

Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, que por seu grito forjado no clamor de seu 

povo,  construiu  uns  dos  maiores  movimento  pela  água,  pela  libertação  social 

culminando numa  imensa obra: a Adutora Monsenhor Expedito responsável em  levar 

água a 162.550 habitantes. 

Com  uma  vazão  de mais  de  1,6 milhões  de  litros  por  hora,  abastece  no  Território 

Potengi os municípios de Senador Elói de Souza, Bom Jesus, São Pedro, Ielmo Marinho, 

São  Paulo  do  Potengi,  Lagoa  de Velhos, Barcelona, Ruy Barbosa,  São  Tomé  e  Santa 

Maria, além de grande número de comunidades rurais. 

A partir da inauguração da Adutora Monsenhor Expedito, o Território Potengi passou a 

apresentar  uma  nova  configuração  no  mapa  do  abastecimento  de  água  por  rede 

pública.  Nos aglomerados urbanos os índices já alcançam (93%), conforme se visualiza 

no Gráfico 46.  Ielmo Marinho é o município que ainda tem apresentado deficiência do 

serviço  (apenas  58%).    No  setor  rural,  os  melhores  índices  são  encontrados  em 

Senador Eloi de Souza com 86%.   

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98 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 Figura 02. Fonte: SEMARH/RN, 2008.  Mas,  o  cenário  configurado  até  pouco  tempo,  tem  hoje  se  traduzido  em  grandes 

preocupações por parte da população, governos e  Instituições.   O Território passa a 

conviver com gradual deficiência na regularidade e quantidade de água necessária ao 

suprimento das necessidades crescente da sua população.   

Vários são os fatores: concessão para construção de ramais e extensões em municípios 

e comunidades rurais, sem a devida análise de viabilidade técnica; ligações irregulares 

(gatos)  e,  a  ampliação  do  consumo  ocasionada  pela  escassez  de  chuvas  e  aumento 

populacional. 

As  conseqüências  desses  fatores  têm  saturado  drasticamente  a  capacidade  de 

fornecimento do sistema do adutor, cujas projeções do consumo atual eram previstas 

somente  para  os  próximos  5  anos.      Intervalo  em  que,  sistematicamente  iria  se 

ampliando a vazão do sistema, acomodando assim, demandas planejadas.   

A  preocupação  tem  sido  tão  forte  que  tem  gerado  inúmeras  audiências  públicas  e 

conteúdos de noticiários nos mais variados meios de comunicações,  razão pela qual, o 

Território  Potengi  está  pautando  o  tema  nas  suas  deliberações,  na  perspectiva  de 

apontar as soluções a curto, médio e longo prazo.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 99

Uma  delas  está  da  utilização  dos mananciais  estratégicos  existentes  na  Região  de 

forma alternativa e alternada.   Uma outra se dará nas provisões  futuras oriundas da 

perenização da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, cuja rede de abastecimento  já 

alcança o município de Riachuelo, havendo a possibilidade, após os devidos estudos 

técnicos,  da  interligação  dessa  rede  ao município  de  São  Paulo  do  Potengi  que  se 

ramifica  com  a  maior  parte  dos  municípios  vizinhos.    De  imediato,  são  frutos  de 

apontamentos  demandados  pelo  Território,  cuja  construção  e  ação  estão  sendo 

amadurecidas. 

Quadro 22 – Casas de taipas 

MUNICÍPIOS Casas taipas existentes (com e sem revestimento) % 

Urbana Rural Barcelona  0,00 7,99 Bom Jesus  0,00 1,82 Ielmo Marinho  5,96 14,58 Lagoa de Velhos  1,36 0,00 Riachuelo  1,97 6,97 Ruy Barbosa  2,96 24,90 Santa Maria  0,25 5,43 São Paulo do Potengi 0,08 2,21 São Pedro  0,61 3,10 São Tomé  0,05 5,86 Senador Elói de Souza  0,13 1,52 

Percentual médio  0,82 7,93  

 

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100 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Os programas habitacionais destinado ao setor rural têm melhorado substancialmente 

as  condições de moradias das  famílias,  sobretudo aquelas que  transitam da  casa de 

taipa  para  a  de  alvenaria,  já  que  passam  a  contar  com  banheiros  e  fossas  sépticas 

(grande parte das casas de taipa não possui banheiros). 

No  Território  Potengi,  segundo  as  informações  do  Ministério  da  Saúde/2009,  o 

município de Ruy Barbosa aponta como sendo o de maior existência, ainda, deste tipo 

de  moradia  (24%),  seguido  por  Ielmo  Marinho  com  14%,  índices  localizados  nos 

aglomerados  rurais.    Já o  setor urbano, o maior número deste  tipo de moradia está 

localizado também, no município de Ielmo Marinho com 5,96%.  No total, cerca de 8% 

das famílias do Território estão morando em estruturas na sua forma mais rudimentar. 

 

2.3 DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA 

2.3.1 Estrutura Fundiária  

Segundo  o  Censo  Agropecuário,  em  2006  havia  no  Território  Potengi  5.891 

estabelecimentos rurais, ocupando uma área de 233.753 hectares. 

Quadro 23 – Perfil Fundiário 

Grupo de Área 

Perfil fundiário 

(em hectares) 

Até 

2,0  

De  

2,1 a 

 5,0 

De  

5,1 a 

10,0 

De  

10,1 a 

20,0  

De  

20,1 a 

50,0 

De 

 50,1 a 

100,0 

De 

 100,1 

200,0  

Mais de 

200,0  Total 

Est. Rurais nº   1.707  1.435  762  641  639  304  192  211  5.891 

%  29  24,8  12,6  10,8  10,84  5,16  3,25  3,58  100,03 

Área há  1.747  4.213  5.191 8.739  19.497 20.858 25.670  147.838  233.753

%  0,75  1,8  2,22  3,74  8,34  8,92  10,98  63,24  99,99 

Área Média 

 (há / est)  1,0  2,9  6,8  13,6  30,5  68,6  133,7  700,7  39,7 

Fonte: 2006, Censo Agropecuário   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 101

  Apesar da desapropriação de 26 mil hectares para fins de reforma agrária no Território 

Potengi,  63%  da  área  total  dos  imóveis  estão  concentrados  por  apenas  3,6%  dos 

estabelecimentos  rurais. Ao  se  analisar  pelo  número  de  estabelecimentos,  cerca  de 

93,1%  deles  estão  enquadrados  como  agricultura  familiar  (sob  a  ótica  da  lei 

11.326/2006), predominando massivamente a participação da categoria na produção e 

economia  territorial. Ao destacar a  importância da agricultura  familiar no Território, 

entretanto,  estes  estabelecimentos  detêm  apenas  25,6%  da  área  total  dos  imóveis 

rurais. 

Embora com gradativa melhora no quadro, as políticas e ações de acesso à terra têm 

se  demonstrado  bastante  lentas,  persistindo  o  quadro  de  concentração  de  áreas  e 

impedindo  a  implementação  de  um  modelo  sustentável  e  solidário  de 

desenvolvimento. 

       

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102 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 24 ‐ Ocupação da terra 

Municípios Ocupação da terra

Total Lavouras  Pastagens  Matas e florestas há  %  há % Há % Há  % 

Barcelona  1.066  6,36 2.972 17,73 12.722 75,91 16.760  100Bom Jesus  1.982  30,48 3.976 61,14 545 8,38 6.503  100Ielmo Marinho  4.836  21,31 14.706 64,80 3.152 13,89 22.694  100Lagoa de Velhos  1.646  18,68 4.156 47,16 3.010 34,16 8.812  100Riachuelo  414  3,01 13.158 95,76 168 1,22 13.740  100Ruy Barbosa  1.342  10,86 3.137 25,39 7.874 63,74 12.353  100Santa Maria  12.013  22,23 7.597 14,06 34.420 63,71 54.030  100São Paulo do Potengi  1.223  11,99 5.330 52,24 3.649 35,77 10.202  100 São Pedro  1.907  17,01 7.081 63,15 2.225 19,84 11.213  100São Tomé  14.027  23,31 18.543 30,82 27.600 45,87 60.170  100Senador Elói de Souza 

3.299  41,87 3.564 45,23 1.017 12,91 7.880  100 

Total/média 43.755  19,50 84.220 37,54 96.382 42,96 224.357  100Fonte: 2008, IBGE‐ Produção Agrícola Municipal     

 Quanto à exploração dos estabelecimentos segundo a atividade econômica, o gráfico 

40 demonstra que, mesmo predominando as matas e florestas, a pecuária permanece 

ocupando  a maior  parte  das  áreas  dos  estabelecimentos  do  Território  com  37%.  A 

produção  mista,  ou  seja,  a  ocupação  com  a  exploração  de  lavoura  e  pecuária,  é 

resultado da organização típica da região, onde se combinam criação e culturas. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 103

Quadro 25 ‐ Condição legal das terras 

Municípios Próprias 

Sem titulação 

(Órgãos 

Fundiários) 

Arrendatários  Parceiros  Ocupantes 

N°  Área  N° Área N° Área N° Área  N°  Área

Barcelona  206  16.362  27 888 8 128 8 41  55  249

Bom Jesus  229  6.863  ‐  ‐ 24 66 6 81  89  211

Ielmo 

Marinho 675  27.355  357  6.792  107  1.980  69  57  205  1.424 

Lagoa de 

Velhos 68  4.844  66  1.523  3  58  2  ‐  10  633 

Riachuelo  179  13.977  ‐  ‐ ‐ ‐ ‐ ‐  ‐  ‐

Ruy Barbosa  290  10.601  ‐  ‐ 8 72 24 66  143  1.393

Santa Maria  87  12.444  18 402 1 ‐ ‐ ‐  5  6

São Paulo 

do Potengi 359  10.343  1  ‐  16  28  4  9  7  55 

São Pedro  421  11.840  18 276 11 27 24 70  35  90

São Tomé  846  46.549  ‐  ‐ 33 1.105 19 153  214  2.157

Senador Eloi 

de Souza 430  6.965  171  537  36  79  72  212  64  147 

Total  2514  114.629  487 9.881 178 2.359 137 324  549  4.061

%  65,0  87,3  12,6 7,5 4,6 1,8 3,5 0,2  14,2  3,1

Fonte; IBGE – Censo Agropecuário 2006 

 

Quanto à condição legal das terras, de um total de 3865 estabelecimentos rurais, 65% 

deles  são próprios, 12,6%  são enquadrados  como  sem  titulação definitiva, 4,6%  são 

considerados arrendatários, 3,5% parceiros e 14,3% parceiros.   

Os  números  referentes  aos  sem  títulos  remetem  à  necessidade  de  ampliação  do 

Programa de Regularização Fundiária iniciado pelo Governo do Estado, como forma de 

melhor  qualificar  os  produtores  no  acesso  aos  programas  ofertados.   Uma  precária 

regularização  fundiária  dificulta  o  acesso  às  políticas  públicas  e,  principalmente  às 

políticas  de  crédito  necessárias  para  viabilizem  o  aperfeiçoamento  da  agricultura 

familiar. 

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104

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Mapa 6 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 105

Quadro 26 ‐ Assentamentos existentes sob responsabilidade do INCRA 

Assentamento  Município Ano de 

constituição Área (há) 

Famílias deassentadas 

Bela Vista  São Pedro  1998 684,12 20 Lagoa Nova I  Riachuelo  1998 7.281,35 240 Lagoa Nova II  Ielmo Marinho 1998 1.277,00 60 Passagem do Juazeiro São Paulo do Potengi 2000 5.297,36 264 Pedra Branca  São Paulo do Potengi 1996 1.392,00 39 Potengi  Lagoa de Velhos  1997 8.364,91 240 Santa Maria II  Santa Maria 1999 368,49 15 União  Barcelona  1997 1.008,06 30 

TOTAL  8 25.673,29   908 Fonte: 2006, INCRA  As  áreas  de Assentamentos  no  Território  Potengi  são  relativamente  novas,  ou  seja, 

constituídas a partir de 1998.  Uma das mais recentes, localizada no município de São 

Paulo  do  Potengi,  o  Assentamento  Passagem  do  Juazeiro  com  264  famílias,  tem 

configuração marcada pela história das demais  áreas. Ao  completar 10  anos de  sua 

existência,  a  famílias  assentadas  ainda  não  foram  assistidas  pelo  crédito  para 

investimento.  

A ausência de um processo de seleção eficaz, metodologia de integração e convivência 

coletiva,  capacidade  operacional  do  órgão  responsável  e  a  ineficiente  e  burocrática 

política  de  assistência  técnica,  dificulta  a  consolidação  do  processo  de  inserção  e 

construção sustentável  econômica e social dos agricultores beneficiários.  

O Território Potengi  construiu a dinâmica das desapropriações,  sem movimentos de 

ocupações,  comuns  ao  Movimento  dos  Trabalhadores  Sem  Terra.  O  Pólo  Sindical 

Potengi1,  atuou  com  levantamento  das  áreas  devolutas  e/ou  que  apresentavam 

situações  de  ausência  de  produtividade  suficientes  para  respaldar  o  processo 

construção futura de área de Assentamento, cobrando iniciativa do órgão responsável 

em relação às áreas apontadas com suas respectivas áreas e situações produtivas. 

Procedimento que culminou com a constituição da maioria das áreas hoje existentes 

no Território, que totalizam 908 famílias acessando cerca de 25 mil hectares de terras, 

antes improdutivas.  

 

 

1 1 Organização que reúne os Sindicatos de Trabalhadores na Agricultura Familiar do Território Potengi

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106 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

  

Com uma política de apoio à Reforma Agrária executiva pelo  INCRA, a Secretaria de 

Estado  de  Apoio  a  Reforma  Agrária  –  SEARA/RN,  disponibilizou  linhas  de 

financiamentos  para  aquisição  de  terras  dispostas  à  venda,  não  enquadradas  nos 

critérios de desapropriação do  INCRA.   Desta form,a cerca de 359 famílias acessaram 

ao  crédito,  passando  a  serem  possuidoras  legítimas  de  uma  área  próxima  a  5 mil 

hectares, distribuídos no Território, em 25 áreas de assentamentos,  localizadas em 4 

municípios (Senador Eloi de Souza, São Pedro, São Paulo do Potengi e Ielmo Marinho).  

No  território,  são  33  Assentamentos  beneficiando  1.267  famílias,  que  ocupam  uma 

área de 26.165 hectares. A  localização das áreas de assentamentos, de acordo com o 

órgão  responsável.  Esta  nova metodologia  alternativa  de  aquisição  de  terras  pelos 

agricultores familiares, quando acessadas pela  linha específica de Combate a Pobreza 

Rural  –  CPR,  torna  reembolsável  apenas  os  recursos  destinados  ao  pagamento  do 

imóvel. Os recursos destinados aos  investimentos, que são liberados juntamente com 

o  título  do  imóvel,  não  são  reembolsáveis.  Existem  ainda  no  Território,  quatro 

acampamentos monitorados pelo Movimento dos  Trabalhadores Rurais  Sem  Terra  ‐ 

MST, localizados nos municípios de São Tomé, Lagoa de Velhos, São Paulo do Potengi e 

Ielmo Marinho. Ambos alcançam, em média, mais de 300 famílias. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 107

Quadro  27  ‐  Assentamentos  constituídos,  segundo  Programa  Nacional  de  Crédito Fundiário 

Município  Quantidade  Área (há)  Famílias Assentadas 

Ielmo Marinho  8  2658,3  206 

São Paulo do Potengi  4  1.281,60  58 

São Pedro  2  186  9 

Senador Eloi de Souza  11  856,4  86 

Totais  25  4982,3  359 

Fonte: 2009, Secretaria de Apoio a Reforma Agrária ‐ SEARA/RN 

 

Os setores produtivos presentes no Território do Potengi são a agropecuária, indústria, 

comércio e serviços. Os setores de comércio e serviços são típicos de cidades de médio 

porte  que  polarizam  o  entorno  dos  demais  municípios,  sendo,  portanto,  o  mais 

expressivo, o município de São Paulo do Potengi. 

Um  dos  componentes monetários  dos municípios  são  os  salários  dos  funcionários 

municipais,  seguido das aposentadorias e do comércio. Os aspectos que destacam a 

presença  de  situações  diferenciadas  de  indigência  e  pobreza  entre  os  municípios 

devem  ser  considerados  nos  programas  e  estratégias  a  serem  adotadas,  pois  são 

flagrantes  as  disparidades  de  condições  de  vida média  registradas  pelos  diferentes 

municípios. 

  

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108 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

  Quadro 28 ‐ Produto Interno Bruto ‐ 2007  Municípios 

Agropecuária (mil reais) 

Indústria (mil reais) 

Serviços (mil reais) 

Imposto sobre produtos (mil reais) 

PIB per capita (reais) 

Barcelona  1.775  1.051 10.991 909 3.749Bom Jesus  5.806  2.383 22.924 2.833  4.004Ielmo Marinho  15.563  2.862 33.449 6.424  5.005Lagoa de Velhos  2.142  875 9.206 951 4.881Riachuelo  3.289  1.681 18.045 1.703  3.622Ruy Barbosa  1.455  841 10.489 697 3.719Santa Maria  1.986  1.596 13.468 1.374  3.954São Paulo do Potengi 5.688  5.607 43.806 4.477  4.114São Pedro  3.615  1.626 16.748 1.814  3.700São Tomé  3.742  2.795 26.951 2.123  3.204Senador Eloy de Souza 

2.904  1.371  15.204  1.370  3.530 

Total  47.965  22.688 221.281 24.675   Fonte: 2007, IBGE ‐ Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais 

 Dados  divulgados  em  novembro  de  2010  pela ONU, mostram  o  Brasil  com  IDH  de 

0,699, ocupando atualmente o 73° lugar no ranking mundial. O IDH Renda ‐ refere‐se à 

renda per capita baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse  item 

tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, 

ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente 

os mesmos  aspectos  que  o  PIB,  no  entanto,  a  RNB  também  considera  os  recursos 

financeiros oriundos do exterior. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 109

Os  indicadores  aqui  expressos  não  se  apresentam  dentro  de  nova  metodologia 

implantada pela ONU, ressaltando também, que os dados mais recentes apontados no 

documento referem–se a situações analisadas em 2000.   A última década passou por 

expressivas  transformações econômicas e  sociais, que alteraram os dados da última 

década. Mesmo  assim,  podem  ser  traçados  indicadores  no  gráfico  43,  a  partir  do 

pressuposto que as variações de crescimento apontam para uma proporcionalidade. 

Neste  sentido,  analisando  as  diferenças  socioeconômicas  do  Território  Potengi,  é 

possível  verificar  as  diferenças  socioeconômicas  entre  os  próprios  municípios, 

determinadas  por  suas  dinâmicas  econômicas,  deixando  à  tona,  o  grau  de 

vulnerabilidade social de parcela importante da população. 

Dentre  esses  que  se  apresentam  nas  condições  de  vulnerabilidade,  destacam‐se  os 

municípios  de  Senador  Eloi  de  Souza,  Ruy  Barbosa  e  Ielmo  Marinho.  Os  que 

apresentam melhores índices ficam com São Paulo do Potengi e Riachuelo.  Analisando 

o  intervalo entre 1991 e 2000, Riachuelo e Ruy Barbosa tiveram melhor desempenho 

alcançando 20 e 19% de aumento no índice, respectivamente.  Ielmo Marinho e Lagoa 

de Velhos apresentaram os menores  valores, 8 e 9%  respectivamente. Em média, o 

Território elevou seu IDH Renda de 0,43 para 0,50. 

Ao  se  analisar  o  PIB  agropecuário  dos  municípios  do  Território,  tem  importante 

destaque  o  município  de  Ielmo Marinho,  respondendo  sozinho  por  32%  do  total, 

seguido  por  Bom  Jesus  com  12%.    Neste  critério,  o  que menor  respondeu  na  sua 

produtividade foi o município de Ruy Barbosa com 3%. 

No PIB  indústria, a maior  resposta  veio do município de São Paulo do Potengi,  com 

24% do total, seguido por Ielmo Marinho, com 12,6%.  A menor resposta foi apontada 

no município de Ruy Barbosa com 3,7%. 

Analisando o PIB serviços se sobressai o município de São Paulo do Potengi com 19%, 

seguido por Ielmo Marinho com 15%.   O menor  índice foi registrado em Ruy Barbosa 

com 4%. 

Do ponto de vista Territorial, os municípios de São Paulo do Potengi e Ielmo Marinho 

são  impulsionados  pelo  setor  de  serviços,  seguido  pelo  setor  agropecuário.    O 

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110 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

destaque no setor de serviços em São Paulo do Potengi  tem  fatores preponderantes 

pela  centralização  espacial  de  serviços  bancários,  central  do  cidadão,  restaurante 

popular, oferta de pousadas, restaurantes,  lojas e serviços especializados em diversas 

áreas.  No setor industrial, destaca‐se a fábrica de beneficiamento de castanhas Olam 

Brasil  que,  juntamente  com  o  setor  de  comércio  e  serviços,  tem  dimensionada  a 

população  do município,  quando  comparada  com  o  crescimento  da  população  dos 

demais do Território. No geral, o município de Ielmo Marinho apresenta o melhor PIB 

per capita (R$ 5.005,00), seguido por Lagoa de Velhos com R$ 4.881,00. 

Compreender este cenário é exercício a ser trabalhando pelo Território na perspectiva 

de  equalizar  o  desenvolvimento  regional,  levando‐se  em  consideração  suas 

potencialidades  e  superando  os  fatores  que  emperram  a  construção  de  um 

desenvolvimento capaz de minimizar as suas diferenças econômicas e sociais. 

 

 

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 111

Somente  em  agosto  de  2010,  o  Rio  Grande  do  Norte,  segundo  o  Portal  da 

Transparência  do  Governo  Federal,  recebeu  R$  24,96  milhões  em  royalties,  pelas 

atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.  Do Território Potengi, 

apenas  o  município  de  Ielmo Marinho  é  beneficiado  com  essa  compensação,  por 

dispor de instalações de medição e transferência de petróleo e gás.   

Uma nova consulta àquele portal, visualiza‐se que no exercício de 2009, o município 

recebeu  pouco  mais  de  6  milhões  de  reais,  superando  os  valores  do  Fundo  de 

Participação dos Municípios – FPM que alcançou apenas 4,8 milhões. Mesmo sendo o 

único município do Território com um volume extra e considerável de  recursos, não 

são perceptíveis melhorias nas condições  infraestruturais e sociais de sua população, 

destacando‐se  como  exceção  os  números  do  IDEB  que  se  apresentam  à  frente  dos 

demais.   

Com uma maior participação no  controle  social, a população poderia apontar ações 

prioritárias  para  utilização  desse  aporte  financeiro  considerável,  cuja  destinação 

deveria ser focalizada, principalmente em melhorias habitacionais, saneamento básico 

e saúde.  

A economia no  setor  rural do Território Potengi  segue praticamente o  contexto das 

demais  regiões,  apresentando‐se  como  um  complexo  de  pecuária  extensiva  e 

agricultura, ainda, de baixo rendimento e valor agregado.  

Do ponto de vista das famílias do campo, a atividade mais importante é a agrícola; do 

ponto  de  vista  do  proprietário  das  terras,  é  a  pecuária.  As  atividades  de  destaque 

econômico no Território Potengi  ficam por  conta da  cajucultura  (aproveitamento da 

amêndoa), apicultura, produção de alimentos e  com maior ênfase, a pecuária mista 

aliada com a caprinovinocultura.  A agricultura do Território ainda é, basicamente, uma 

agricultura de sequeiro, com o plantio de feijão, milho e mandioca.   

Dentre  os  principais  problemas  enfrentados  pelos  agricultores,  um  dos maiores  é  a 

perda  das  safras  provocada  pelas  estiagens.  E,  quando  a  safra  é  considerada 

satisfatória,  os  preços,  principalmente  do  feijão,  sofrem  quedas  significativas  em 

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112 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

virtude da grande produção, provocando desequilíbrios entre os preços recebidos e os 

custos de produção, e, conseqüentemente, queda na competitividade da lavoura. 

   Quadro 29 – Principais lavouras temporárias, segundo área plantada e produção 

PRODUTO 2004 2008 

Área plantada (há) Produção (t) Área Plantada (há)  Produção (t)SORGO  20  20 273 251 TOMATE  1  34 9 166 GIRASSOL  0  0 63 22 CANA DE AÇUCAR  350  28.000 350 24.500ABACAXI  850  21.250 692 17.300ALGODÃO  851  606 187 141 BATA DOCE  9  69 37 181 FAVA  17  8 210 85 FEIJÃO  10.695  5.696 7.540 2.664 MANDIOCA  2.650  26.630 3.104 28.878MILHO  10.090  6.325 7.253 28.878

TOTAL  25.533  88.638 19.718 103.066Fonte: IBGE  

Das  culturas  agrícolas  temporárias  produzidas  no  território  em  2008,  as  principais, 

segundo  o  IBGE,  levando‐se  em  consideração  as  áreas  plantadas,  têm  destaque  as 

culturas  feijão,  milho  e  mandioca,  representando  a  maior  quantidade  de  área 

plantada, representado mais de 91% do total.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 113

Os volumes de produção encontrados no abacaxi e cana de açúcar, são específicos do 

município de Ielmo Marinho que, juntamente com o município de Touros, são  líderes 

na produção do abacaxi.  

Entre 2004 e 2008, dentre as áreas que reduziram o plantio está a cultura do  feijão, 

milho e  algodão.  Já  as  culturas da mandioca,  fava, e  sorgo,  tiveram uma  ampliação 

substancial.   Percebe‐se no  gráfico  comparativo  abaixo,  redução na  área plantada e 

ampliação do  volume  colhido,  concluindo‐se que houve  ampliação na produtividade 

agrícola. A maior parte das lavouras dispostas no quadro tem produção de sequeiro e 

sua  comercialização  é  feita  nas  feiras  livres,  diretamente  pelo  produtor  ou  por 

atravessadores.   

No  caso  do  abacaxi,  a  existência  de  larga  produção  e  mercado  institucional  que 

absorva,  condiciona  a  entrega  de  praticamente  100%  dessa  produção  nas mãos  de 

atravessadores  que  lucram  com  o  trabalho maior.    A  produção  de  raízes,  como  a 

macaxeira  e  a  batata‐doce  não  tem  produção  expressiva.    Sua  comercialização  é 

absorvida pelo mercado  local, através das feiras  livres e supermercados.   Têm grande 

importância nutritiva e simbólica, pois são presença constante no cardápio regional. As 

principais áreas plantadas com  lavouras  temporárias no Território  são desenvolvidas 

em sua maioria, tomando por base a agricultura familiar.  

 

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114 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A  EMPARN  vem  desenvolvendo  pesquisas  importantes  em  sementes  com melhores 

condições  de  adaptabilidade  às  especificidades  de  cada  Território,  refletindo  na 

precocidade, qualidade e redução de custos de produção, agregando ainda, a melhoria 

na qualidade do produto e sua melhor inserção no mercado.   

 Faz‐se  necessário,  portanto,  fortalecer  os  canais  de  participação  dos  agricultores 

familiares nos avanços produzidos pela  Instituição, sem contudo, deixar de preservar 

as sementes nativas. 

Quadro 30 – Principais lavouras permanentes, segundo área plantada e produção 

Produto 2004  2008 

Área plantada (há) Produção (t) Área plantada 

(há) Produção (t) 

Banana  48  695  15  152 

Castanha  987  357  1.061  416 

Coco da baía  126  333  106  265 

Goiaba  ‐  ‐  20  120 

Laranja  ‐  ‐  7  83 

Mamão  5  90  21  321 

Manga  36  396  82  1.527 

Maracujá  1  9  8  93 

Total  1.203  1.880  1.320  2.977 Fonte: IBGE 

 

A produção de castanha de caju, coco da baía e manga foram as mais representativas 

das  culturas  permanentes  do  território  e  responderam  por  96%  de  toda  a  área 

plantada em 2008.  O município de Ielmo Marinho, pela sua disponibilidade hídrica nas 

grandes  áreas  de  assentamento,  tem  sido  destaque  na  maioria  das  culturas 

permanentes, relacionadas no quadro.  Com exceção do coco da baía e da banana, os 

demais produtos tiveram suas áreas ampliadas substancialmente no intervalo de 2004 

e 2008, segundo o IBGE, com maior destaque para a manga.   

Quanto aos produtores das  lavouras permanentes, praticamente  todo  seu  resultado 

tem origem na Agricultura Familiar.   Sua comercialização, quando não absorvida pelo 

mercado  local,  é  vendida  nas  feiras  de municípios  vizinhos,  como Macaíba  e  Ceará 

Mirim.    No  que  diz  respeito  à  produção  da  castanha  no  Território  Potengi,  esta 

alcançou 416 toneladas em 2008.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 115

Considerando que capacidade de beneficiamento da fábrica Olam Brasil  instalada em 

São Paulo do Potengi é de 50  toneladas/dia, a produção Regional daquele ano  seria 

suficiente para suprí‐la por apenas 8 dias no ano.  Com esses números, a expansão em 

escala  da  produção  de  castanha  no  Território  tem  destinação  garantida,  podendo 

ainda, ser absorvida pela fábrica, não só a produção Regional que é ínfima em relação 

à sua capacidade de processamento, mas também o próprio cenário estadual. 

  A publicação do censo agropecuário de 2006 pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e 

Estatística  –  IBGE  trouxe  à  tona  elementos  que  possibilitam  avaliar  e  quantificar  a 

participação  da  agricultura  familiar  e  do  agronegócio  no  contexto  da  produção 

agropecuária.  Os  dados  revelam  ainda  a  existência  de  83  mil  estabelecimentos 

agropecuários no Rio Grande do Norte, dos quais 85% são da agricultura familiar.  

No contexto estadual são 71,2 mil famílias de agricultores familiares, respondendo por 

83%  da  produção  de milho  e  61%  da mandioca,  nos  produtos  de  origem  vegetal,  

enquanto  que  entre  os  produtos  de  origem  animal,  essa  participação  é  de  48%  no 

plantel bovino, 22% nas aves, 75% no plantel  suíno e 45% da produção estadual de 

leite bovino e 64% do  leite de cabra.   Representa ainda, 77% do pessoal ocupado no 

setor. 

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116 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Mesmo alcançando 85% dos estabelecimentos agropecuários, esse percentual só tem 

participação  de  32%  da  área  total.  Dentre  tantos  fatores  e  programas  ainda 

necessários  para  impulsionar  uma  maior  participação  econômica  na  produção 

agropecuária.    A  participação  no  mercado  institucional  se  traduz  em  ferramenta 

importantíssima  de  inserção  econômica  e  produtiva,  fortalecendo  e  ampliando  as 

culturas  permanentes  e  reduzindo  a  vulnerabilidade  da  agricultura  familiar, 

capitalizando e criando padrões de concorrência.   

A  importância de estabelecer processos de transição da agricultura tradicional para a 

agroecológica  deve  ser  vista  como  prioritária  pelas  fontes  de  investimentos  e  pelas 

assistências  técnicas,  sensibilizadas  e  aptas  a  conduzirem  esta  prática  junto  aos 

agricultores  familiares.    Quando  se  discute  assistência  técnica  para  a  agricultura 

familiar, é importante destacar que cerca de 50% dos agricultores familiares ainda não 

dispõem  de  qualquer  assistência  técnica  e  extensão  rural,  segundo  o  Conselho 

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Quadro 31 ‐ Estabelecimento e área da agricultura familiar  

Municípios Agricultura Familiar Agricultura Não Familiar

Estabelecimentos Área (há) Estabelecimentos  Área (há)Barcelona  306 4.748 40  12.920Bom Jesus  279 2.179 41  5.042Ielmo Marinho  1.337 6.724 87  30.336Lagoa de Velhos  117 3.103 23  4.395Riachuelo  163 3.502 20  10.475Ruy Barbosa  383 5.227 91  6.904São Paulo do Potengi 348 4.535 40  5.912Santa Maria  167 1.347 43  11.559São Pedro  497 2.616 54  9.686São Tomé  878 13.721 269  36.242Senador Eloy de Souza 749 3.702 136  4.238

TOTAL  5224 51404 844  137709Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006 

No  que  diz  respeito  aos municípios,  Lagoa  de  velhos  apresenta  a maior  área  por 

estabelecimento  familiar  (26  ha),  enquanto  que,  Senador  Eloi  de  Souza  tem  área 

baixíssima de 4,6 ha por estabelecimento. Ao analisar esse mesmo perfil com atenção 

aos  estabelecimentos  não  enquadrados  como  agricultura  familiar,  o  destaque  de 

concentração  de  terra  fica  com  o  município  de  Ielmo  Marinho  que  alcança  348 

hectares  por  estabelecimento,  enquanto  Senador  Eloi  de  Souza  apresenta  o menor 

número, 31 hectares.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 117

Os  municípios  que  detêm  maiores  áreas  de  concentrações  de  terra  respondem 

também  pela  identificação  de  acampamentos  de  agricultores  sem‐terras  sob  a 

organização do MST,  como é  caso do município de  Ielmo Marinho.   A partir desses 

dados, a priorização das políticas de acesso à  terra devem  ser apontadas para estes 

espaços,  sem  contudo,  desconsiderar  os  municípios  de  menores  ou  nenhuma 

demanda. 

Quadro 32 – População de Agricultores Familiares 

Municípios N° 

Agricultores Familiares 

N° Famílias Assentadas 

N° Famílias Acampadas 

Demanda Social

Barcelona  389  29  0  418 Bom Jesus  435  0  0  435 Ielmo Marinho  446  266  150  862 Lagoa de Velhos  125  237  10  372 Riachuelo  203  241  0  444 Ruy Barbosa  490  0  0  490 Santa Maria  100  15  0  115 São Paulo do Potengi  1.230  300  120  1708 São Pedro  492  20  0  512 São Tomé  1.105  0  20  1125 Senador Eloy de Souza  886  0  0  886 TOTAL  5.901  1.166  300  7.367 Fonte: 2006, IBGE/Censo Agropecuário             2006, INCRA 

 

 

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118 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Apesar  da  perspectiva  de  baixa  produção  condicionada  pela  escassez  de  chuvas,  a 

produção  leiteira  no  Território  Potengi  se  constitui  como  a maior  fonte  de  renda 

permanente,  oriunda  da  produção  agropecuária.    Dela,  partem  os  recursos  para  a 

manutenção do rebanho e, principalmente da unidade familiar.  O volume que chegou 

a mais de 14 milhões  litros produzidos em 2008 é praticamente  todo adquirido por 

atravessadores que o revendem aos laticínios.  A produtividade por animal é bastante 

baixa, concluindo deficiência alimentar e/ou baixo padrão genético do rebanho.  

A exemplo, conforme o gráfico acima, a produção alcançou seu ápice em 2006, quando 

comparada  aos  demais  anos  dispostos.  Levando‐se  em  consideração  que  foram 

ordenhadas  19.444  vacas  naquele  ano,  a  produtividade média  alcançou  apenas  2,2 

litros por animal. Os municípios que apresentaram índices melhores foram Bom Jesus 

(3,4) e Riachuelo (3,2 litros).  Importante mencionar que o município de Bom Jesus tem 

destaque na produção de leite, sendo que, polarizadas em unidades não familiares.  Os 

que  ficaram  abaixo  da  média:  Ruy  Barbosa  com  1,6  e  Ielmo  Marinho  com  1,4, 

município este que concentra o maior rebanho leiteiro.  Quanto ao volume produzido, 

Bom  Jesus tem apresentado o melhor resultado, alcançando uma produção anual de 

2.574  litros, em 2006.   O de menor expressão produtiva fica com o município de Ruy 

Barbosa com 425 litros.   

 No  que  diz  respeito  ao  programa  do  leite,  sua  importância  é  destacada  pelos 

produtores que vêem na política de subsídios do Governo do Estado, a vitalidade do 

segmento. A cultura do consumo do leite, criada após a consolidação do Programa de 

Governo,  não  apenas  ampliou  a  produção, mais  diversificou  a  cadeia  produtiva.  A 

reestruturação da pecuária leiteira através das ações do Programa do Leite do Estado 

conseguiu ampliar e integrar a maior parte da produção local ao mercado institucional.  

 Apesar do mercado Institucional, a cultura da coleta pelo atravessador que entrega o 

pagamento em mãos a cada fim de semana e/ou quinzena, predomina na cultura dos 

produtores,  principalmente  pela  questão  de  exigência  de  abertura  de  conta, 

manutenção desta e a obrigatoriedade de  saque em agência bancária. Ao  se  igualar 

com preço do atravessador ou mesmo ultrapassá‐lo, não chega a ser suficiente para 

convencer o criador a mudar sua rota.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 119

Com  a  criação  do  PAA  –  Leite,  o  Ministério  do  Ministério  do  Desenvolvimento 

Social/Programa Fome Zero ‐ Leite pretende fortalecer ainda mais a cadeia produtiva 

do  leite  no  Rio  Grande  do  Norte,  a  partir  de  uma  nova  logística  de  entrega  pelo 

produtor em sua própria comunidade ou em comunidade pólo, onde serão instalados 

tanques  de  resfriamentos  estratégicos,  na  perspectiva  de  inserir  o  produtor  neste 

importante programa.   Segundo a SAPE, a previsão de recursos anuais será de R$ 84 

milhões do Tesouro Estadual e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Esses 

novos investimentos garantirão uma aquisição diária de 37.988 litros de leite bovino e 

caprino, beneficiando 2.500 agricultores familiares de 93 municípios do Estado.  

Entre 2005 e 2008, o Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Potengi propôs à 

Secretaria de Desenvolvimento Territorial/MDA e  foram aprovados para o Território 

projetos  para  o  fortalecimento  da  cadeia  produtiva  do  leite:  14  Entrepostos  de 

Resfriamento  de  Leite,  para  serem  construídos  e  equipados  nos  municípios  do 

Território, aquisição de kits de inseminação artificial e ensiladeiras, seja na perspectiva 

de  se melhorar  o  padrão  genético  do  rebanho  leiteiro,  seja  no  sentido  de  prover 

alimentação para esse  rebanho, através de  técnicas de armazenamento. Quanto aos 

entrepostos, a perspectiva é beneficiar 2.842 famílias de agricultores, potencializando 

a  Cooperativa  de  Laticínios  –  “COOLAGOANOVA”  como  um  instrumento  de 

organização e comercialização Produzido na Região.  Discutir o processo de gestão dos 

tanques e a participação do produtor e da comunidade será um dos próximos desafios 

a  ser enfrentado pelo Território, visto que  todos os municípios  foram  contemplados 

com  entrepostos,  através  das  ações  Territoriais.  Também,  já  fora  priorizado  pelo 

Território,  a  fim  de  dotar  a  infraestrutura  de  apoio  à  comercialização  do  leite,  a 

aquisição  de  caminhão  tanque  com  capacidade  de  5  mil  litros.  Como  também, 

diagnosticar  essa  importante  cadeia  a  partir  do  conhecimento  de  cada  unidade 

produtiva.   Os resultados apontaram para necessárias ações voltadas ao segmento, a 

partir  das  deliberações  do  Território.  O  Programa  do  Leite  distribui  sete  litros  por 

semana, a cada beneficiado. Ao ser entregue, os municípios disponibilizam postos de 

distribuição.    Em  cada município  a  entrega  do  leite  fica  sob  a  responsabilidade  dos 

postos  de  distribuição.  Diariamente  são  entregues  cerca  de  3400  litros  de  leite 

pausterizado, cujo maior destino fica no município de São Tomé, com 18% do total.   

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120 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 33 – Programa do Leite, segundo municípios e atendimento 

Usina Destino do 

fornecimento Média diária fornecida 

(l) Participação (%) 

Cooperativa Agropecuária do Assentamento Lagoa nova – Coolagoanova 

Barcelona 220 5,0% Ielmo Marinho 545 12,5% 

Riachuelo 330 7,5% Ruy Barbosa 236 5,4% Santa Maria 200 4,6% 

São Paulo do Potengi 625 14,3% São Pedro 460 10,5% São Tomé 800 18,3% 

TOTAL  ‐ 3.416 78,1% Fonte: SETHAS/RN 2007 

 

Quadro 34 – Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Compra Direta/2008 

Municípios  Agricultores  Entidades  Beneficiários Investiment

o R$ 

Quantidade adquirida 

(kg) 

Barcelona  11  16 1.220 23.101,52  3.383,85

Bom Jesus  51  09 3.195 58.640,00  12.340,00

Ielmo Marinho  25  20 3.190 121.437,00  24.986,00

Lagoa de Velhos  10  07 1.442 10.429,00  1.375,00

Riachuelo  13  15 2.985 100.341,50  12.109,00

Rui Barbosa  14  11 1.516  

Santa Maria  14  08 2.145 45.929,20  12.066,60

São Paulo do Potengi  72  29 6.453 148.929,02  29.000,00

São Pedro  29  15 2.974 62.330,42  ‐ 

São Tomé  21  29 3.554 38.414,00  10.333,00

Senador Eloi de Souza  22  19 1.815 45.000,00   

Total  282  178 30.489 654.551,66  105.593,45

Fonte: EMATER/RN 2009 

 

O Programa de Aquisição de Alimentos  (PAA) é uma ação que  vem possibilitando o 

acesso das  famílias de agricultores  familiares ao mercado  institucional,  sendo este a 

principal  porta  de  entrada  para  a  geração  de  renda,  resgatando  um  direito  que  os 

agricultores consideram portar: vender sua própria produção e ter renda. Desde 2005 

o Compra Direta  já beneficiou mais de 17 mil  famílias, em  todo o Estado, cada uma 

podendo comercializar até R$ 4.500,00/ano. Todos os gêneros alimentícios são doados 

para  entidades  sócioassistenciais  (escolas  e  hospitais  públicos,  creches,  sopões 

comunitários,  entre  outros),  que  atendem  pessoas  em  situação  de  insegurança 

alimentar.  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 121

No Território do Potengi, no ano de 2008, participaram do Programa, 282 agricultores, 

cujos  produtos  comprados  foram  entregues  a  178  entidades,  beneficiando  a  um 

público de 30.489 pessoas. O volume aplicado chegou a mais de 650 mil reais.  A ação 

que  dá  concretude  ao  PAA  é  o  PNAE  (Programa Nacional  de  Alimentação  Escolar), 

instituído em 2009 a partir da lei 11.947/2010, prevendo que, no mínimo, 30% de toda 

a  merenda  escolar  do  estado  e  dos  municípios  devesse  ser  adquirida  de  fontes 

provenientes da agricultura familiar.  

A  boa  vontade  de  algumas  prefeituras  municipais  foi  evidente,  levantando  as 

discussões  e  encaminhando  as  ações  necessárias  para  a  efetivação  dessa 

determinação do governo Federal em relação à agricultura familiar. No entanto, outras 

andaram na contramão. Em relação ao recurso do governo do estado  isso se deu de 

maneira mais generalizada: poucas escolas ligadas ao estado realizaram, num primeiro 

momento, essa aquisição.  

Comparando o PAA com o PNAE, o primeiro é programa de um governo e pode vir a 

sofrer  mudanças,  enquanto  o  outro  é  uma  ação  instituída  por  lei  federal  e  que 

dificilmente  sofrerá mudanças  retrógradas. No  Território  Potengi,  o  exercício  2009, 

cujo  número  de  alunos  serve  de  base  para  liberação  do  orçamento  seguinte, 

contabilizaram mais  de  1 milhão  de  reais  para  a merenda  escolar,  somando‐se  os 

recursos do Governo do Estado (Escolas Estaduais) mais os recursos do PNAE nacional 

creditado direto nas contas da Prefeituras.  

 Com essa cifra, multiplicando‐se 30% desse valor, chega a um volume maior que 300 

mil  reais/ano  que  podem  ser  acessados  pelos  agricultores  em mais  um  e  definitivo 

mercado institucional.  Mas, o público beneficiário deve estar atento para os critérios 

de  regularidade  e  observância  as  questões  sanitárias.    A  garantia  de  compra  dos 

produtos  da  agricultura  familiar  condiciona  a  padronização  sanitária  da  produção, 

como já vem ocorrendo com o compra direta, facilitando a inserção dos produtos em 

outros mercados. 

 

 

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122 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 35 ‐ Repasses do PNAE às escolas da rede Estadual de Educação 

Município  Repasse R$  30% PNAE Barcelona  12.879,60  3.863,88 Bom Jesus  35.948,80  10.784,64 Ielmo Marinho  23.568,40  7.070,52 Lagoa de Velhos,  14.236,80  4.271,04  Riachuelo  34.322,00  10.296,60  Rui Barbosa  8.904,00  2.671,20 Santa Maria   19.930,40  5.979,12 São Paulo do Potengi  71.918,80  21.575,64 São Pedro  35.118,00  10.535,40 São Tomé,   28.721,60  8.616,48 Senador Elói de Souza 18.416,00  5.524,80 

TOTAL  R$ 303.964,40  R$ 91.189,32 Fonte: Secretaria Estadual de Educação /2009   Quadro 36 ‐ Repasses do PNAE às escolas Municipais ‐ Prefeituras 

Municipio  Repasse r$  30% pnae  Barcelona  37.232,80  11.169,84Bom Jesus  83.212,80 24.963,84Ielmo Marinho  154.176,00  46.252,80Lagoa de Velhos,  24.472,80  7.341,84 Riachuelo  67.016,40  20.104,92 Rui Barbosa  46.120,80 13.836,24Santa Maria   49.227,20  14.768,16São Paulo do Potengi  240.000,00 72.000,00São Pedro  52.676,80  15.803,40São Tomé,   106.639,80  31.991,94Senador Elói de Souza 19.008,00  5.702,40

TOTAL  R$#879.783,40 R$#263.935,38Fonte: 2009 Portal transparência do Governo Federal    Quadro 37 – Repasses Totais do PNAE – Estado/Território do Potengi 

Recursos destinados ao PNAETotal R$  30% PNAE 

R$ 1.183.747,00  R$ 355.124,10 

 De todo este montante disponibilizado aos agricultores da Região, apenas o município 

de  São  Paulo  do  Potengi  conseguiu  viabilizar  a  execução  do  programa,  apesar  das 

inúmeras atividades com as Instituições escolares e ligadas ao setor rural. O Território 

deve se  imbuir nesse processo de  forma a ampliá‐lo, garantindo o acesso  integral de 

todos  seus  municípios  e  consolidando  a  prática  de  culturas  permanentes  e 

manutenção de renda para os agricultores.  

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 123

As culturas irrigadas existentes no Território dizem respeito apenas aos municípios de 

São  Paulo  do  Potengi  e  Ielmo Marinho,  diante  das  reservas  hídricas  existentes.    A 

prática  da  irrigação  ainda  demanda  enormes  desafios  ligados  à  falta  de 

técnicas/tecnologias  apropriadas, que  evitem os desperdícios de  água, de  energia  e 

favoreçam a  redução no desgaste do  solo e dos custos. Em São Paulo do Potengi, a 

oferta  de  água  da  Barragem  Campo  Grande  é  utilizada  para  irrigar  hortaliças 

(pimentão,  tomate,  alface,  cebolinha,  cheiro  verde,  milho  e  feijão  verde).    Esses 

produtos abastecem a maior parte do Território.   O município de  Ielmo Marinho  se 

apresenta  com  farta  diversidade  produtiva,  seja  de  sequeiro,  seja  irrigada  e  sua 

produção abastece o município e as feiras próximas, como Macaíba e o município de 

Ceará Mirim.  

Dentre  as  dificuldades  já  elencadas,  os  custos  tarifários  da  energia,  burocracia  para 

contratação  de  projeto,  concentração  fundiária  das  margens  da  Barragem  Campo 

Grande também são empecilhos citados pelos produtores, a partir dos planejamentos 

territoriais.  

A assistência técnica também é um dos grandes gargalos que a agricultura familiar tem 

para  conseguir  atingir  e  aproveitar  todas  as  oportunidades  que  são  postas  à  sua 

disposição pelas diversas políticas públicas e tendências do mercado convencional. Há 

famílias  que  têm  a  terra, mesmo  pequena,  têm  o  crédito  através  do  PRONAF, mas 

esbarram na  capacidade  técnica de enfrentar os problemas existentes na produção, 

principalmente famílias que querem trabalhar de forma orgânica ou agroecológica. 

A  atual  estrutura  de  ATER  pública  não  atende  aos  anseios  da  agricultura  familiar, 

mesmo  com  os  sucessivos  investimentos  de  grande  valor  que  o  Ministério  do 

Desenvolvimento Agrário vem fazendo. A EMATER ainda não tem capacidade instalada 

e  nem  profissionais  suficientes  para  atender  a  demanda  reprimida  de  assistência 

técnica  apropriada  à  sua  realidade.    No  quadro  a  seguir,  a  disponibilidade  de 

profissionais pertencentes ao quadro da EMATER, lotados no Território: 

     

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124 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 38 – Assistência técnica da EMATER, segundo quadros Função  N° de profissionais 

Engenheiro agrônomo  02 Técnico em agropecuária  16 Zootecnista  01 Médico veterinário  03 Assistente social  0 Pedagogo  01 Nutricionista  0 Biólogo  0 Sociólogo  0 

Total  23 Fonte: EMATER/RN ‐ 2009  Quanto ao aspecto tecnológico, predomina no Território Potengi, a baixo nível, como 

exemplo,  aquelas  relacionadas  ao  trabalho  braçal  e  tração  animal.  (Fonte:  “Plano 

Regional  de  Desenvolvimento  Sustentável  do  Agreste,  Trairi  e  Potengi  –  IICA, 

SEPLAN/RN, julho de 2004”.). 

O uso de máquinas agrícolas nos estabelecimentos familiares está relacionado ao corte 

de  terras  no  período  de  chuvas,  onde  as  secretarias  municipais  de  agricultura 

disponibilizam  1  hora  deste  tipo  de  serviço  a  cada  agricultor.  Cerca  de  70%  dos 

municípios do Território receberam do MDA, tratores equipados destinados a ofertar 

serviços demandados por estabelecimentos  familiares.   Sendo desproporcionalmente 

insuficiente,  a  espera  dos  agricultores  pela  aração  de  suas  terras,  termina  por 

prejudicá‐los no calendário agrícola. 

 

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126 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A  pecuária  complementa  o  sistema  produtivo  do  Território.  Destacam‐se  a 

bovinocultura,  caprinovinocultura  e  a  avicultura.  Em  geral,  essas  atividades  são 

praticadas  em  médias  e  pequenas  propriedades.  A  bovinocultura  nas  pequenas 

propriedades é limitada, assumindo um caráter de reserva de valor a ser utilizada nos 

momentos  críticos  dos  produtores,  porém  trata‐se  de  uma  atividade  de  forte 

expressão econômica no Território, pela diversidade de sua produção, assim como a 

co‐participação  do  médio  produtor  e  do  pequeno  produtor.    Esse  fato  reforça  a 

significativa participação da agricultura familiar na economia regional. A bovinocultura 

tem  uma  expressiva  participação  no  Território  com  um  efetivo  bovino  de  98.418 

cabeças. A maior parte das áreas dos estabelecimentos agropecuários do território é 

utilizada para a produção pecuária, exclusiva ou mista, quando se associa a agricultura 

com pecuária.  

 

O rebanho bovino é expressivo em relação aos demais, alcançando 54%, apontando a 

importância da cadeia produtiva e econômica do  leite e carne no Território.   Dentre 

seus  municípios,  o  maior  rebanho  bovino  está  localizado  em  Ielmo  Marinho  com 

15.691  cabeças,  seguido  pelo  município  de  São  Paulo  do  Potengi  com  10.805, 

conforme apontam os números do IBGE ‐ 2008. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 127

Esse acréscimo tem estreita relação com os números de acesso ao Pronaf, que tiveram 

substancial crescimento em 2006.   Outra política de agregou na elevação do rebanho 

bovino foi o Programa Desenvolvimento Solidário – PDS/SETHAS/RN 

 

Ao  comparar  a  evolução  dos  rebanhos  dispostos  no  gráfico  48  acima,  houve  uma 

ampliação de 32% no rebanho bovino, 250% nos caprinos, 262% nos ovinos e 158% no 

rebanho de suínos, no período de 1996 a 2006.   Em  termos absolutos, a década em 

questão foi responsável pelo acréscimo de quase 24 mil cabeças de ovinos, 15 mil de 

caprinos, 33 mil de ovinos e suínos atingindo 9 mil cabeças a mais.   

 

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128 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

No que  se  refere à  caprinovinocultura, em  razão do  caráter marcadamente  rural do 

Território  e  pelas  condições  de  clima,  relevo  e  vegetação,  a  caprinovinocultura  se 

apresenta como uma atividade econômica desenvolvida em  todos os municípios que 

integram a região.  A produção de caprinos no Território está voltada em sua maioria 

para a produção de carne, ainda sendo tímida a produção de leite.  

O município  de  São  Tomé  lidera  o  ranking  com  7.356  cabeças,  seguido  por  Ielmo 

Marinho  com  3.820  e  São  Paulo  do  Potengi  com  2.372.   O município  de  São  Tomé 

conduz  com  tradição  a  caprinocultura,  apresentando  este  destaque  pelas 

características  diferenciadas  de  solo,  vegetação  e  relevo,  em  relação  aos  demais 

municípios. Quanto ao rebanho ovino,  Ielmo Marinho e São Paulo do Potengi são os 

destaques na criação do tipo, liderando também no maior rebanho de suínos.   

De todos os rebanhos existentes, o Programa de Desenvolvimento Solidário ajudou a 

incrementá‐los, chegando a beneficiar 1059 famílias no período de 1999 a 2006, com 

investimento no setor.  

Todos  os  rebanhos  até  aqui  destacados  têm  sua  produção  destinada  ao mercado 

consumidor de carne e  leite, com exceção dos caprinos que  têm praticamente 100% 

destinados à carne.   

Com a demanda crescente para o beneficiamento de carnes, agregando‐se a  isso, as 

precárias  unidades  de  abate  animal,  totalmente  desvirtuadas  dos  padrões mínimos 

necessários, perseguiu‐se pela construção de abatedouro modelo compatível com as 

demandas  de  abate,  aliando‐se  à  devida  consonância  com  as  exigências  sanitárias.  

Desta forma, foi construída essa infraestrutura no município de São Paulo do Potengi, 

que  absorve  as  demandas  dos municípios  do  Território,  que  não  dispõem  ainda  de 

estrutura com condições mínimas de abate. 

Graças  a  esse  investimento  do  Governo  do  Estado/EMATER  e  Governo  Federal,  os 

criadores dos municípios próximos,  já conseguem ofertar e  comercializar a carne de 

seu rebanho junto aos programas institucionais e no mercado local.   

O  IDIARN  tem  intensificado  o  controle  sanitário  dos  animais,  com  atenção  especial 

para aqueles que entram para  serem abatidos. Como  conseqüência, os abatedouros 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 129

clandestinos  foram  reduzidos  drasticamente,  principalmente  quando  se  refere  ao 

abate de bovinos.  Já nos rebanhos ovino, caprino e suíno ainda predominam os abates 

caseiros,  ainda mais  quando  se  leva  em  consideração  as  carnes  consumidas  pelas 

populações  residentes  nas  comunidades  rurais,  já  que  são  ali  abatidos  e  ali 

consumidos. 

Em  termos  gerais,  predomina  um  baixo  padrão  genético  no  rebanho  do  Território 

Potengi.    Embora  evoluindo  lentamente,  ações  estratégicas  como  o  Circuito  de 

Exposições  Agropecuárias  realizado  anualmente  no  Território,  tem  sido  importante 

espaço de  conhecimento,  troca de experiências  e  acessos  a  animais  com destacada 

condição genética.   

O Território Potengi tem este evento em seu calendário agropecuário, ocorrendo todo 

mês de abril.   Durante  sua  realização, ocorre  também o Feirão do PRONAF onde as 

propostas de aquisição de animais são concentradas e negociadas no evento, visando 

garantir um melhor acompanhamento aos produtores, que  conta ainda  com grande 

oferta  e  diversidade  do  rebanho  pretendido.    Todo  esse  processo  tem  suporte  dos 

agentes sanitários e técnicos da EMATER.  

Uns  dos  entraves  nas  propostas  de  créditos  buscados  pelos  produtores  estão  nos 

baixos  valores  por  animais,  dificultando  a  aquisição  destes,  com  melhor  padrão 

genético. 

A EMATER tem realizado capacitações para difundir técnicas de inseminação artificial e 

oferta de banco de sêmens, tendo sido priorizado pelo Território, a aquisição de kits de 

inseminação artificial que serão destinadas a cada município, ajudando ainda mais na 

padronização qualificada dos rebanhos existentes.  

Mas, ainda  são ações pontuais num espaço Territorial que ostenta na  sua economia 

rural, a criação de rebanhos. 

A melhoria da qualidade do rebanho deve ser perseguida pelos produtores, utilizando‐

se de capacitações e infraestrutura para disseminar técnicas de inseminação artificial, 

como  também,  a  introdução  de  reprodutores  e  matrizes  selecionados,  garantindo 

melhores ganhos de produtividade. 

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130 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quanto  às  forragens  existentes  no  Território  destinadas  à  ração  animal,  existem 

algumas  ações  pontuais  e  tímidas  visando  garantir  reservas  estratégicas  para  os 

rebanhos nos períodos escassos.  Dentre elas, apoio e capacitação para construção de 

silagens,  principalmente  junto  às  unidades  familiares  detentoras  de menores  áreas 

disponíveis  para  a  criação  extensiva.    Com  pouco  mais  de  90%  do  total  de 

estabelecimentos  rurais  configurados  como  agricultura  familiar,  ou  seja,  pequenas 

áreas disponíveis para manutenção das atividades desenvolvidas, a prática de garantir 

essas reservas pode ser fundamental para atravessar, sem acentuada descapitalização, 

os períodos críticos de estiagens.  

Além desse meio alternativo, predominam as pastagens nativas, agregadas a poucas 

áreas  plantadas  com  o  capim  pangola,  gramínea  perene  e  rasteira,  que  tem  boa 

adaptabilidade  nos  solos mais  arenosos.   O  capim  elefante  está  presente  nas  áreas 

permeadas  pelo  Rio  Potengi  e  no  entorno  da  Barragem  Campo  Grande,  onde  são 

utilizadas  as margens  e  parte  o  leito  do  Rio  para  cultivo  dessa  forragem. Uma  das 

razões de redução das matas ciliares nativas. 

Atualmente, o cenário de estiagem prolongado traz, mais do que nunca, a importância 

dos meios alternativos de alimentação do rebanho.  Tendo esgotadas todas as fontes, 

os  criadores  estão  se  socorrendo  dos  cactáceos  nativos  que  têm  seus  espinhos 

queimados para servir de alimento.  Outro cactáceo utilizado é a palma forrageira que 

tem  tido  sua  área  plantada  bastante  reduzida  no  Território.    Anos  consecutivos  de 

invernos  rigorosos  e  normais,  fizeram  reduzir  os  investimentos  no  plantio  deste 

cactáceo. 

A EMPARN  junto com a EMATER  têm  sido  importantes parceiros no aprimoramento 

dessas políticas, principalmente quando se destacam os avanços no uso da polpa do 

caju  como  ração  suplementar  para  os  rebanhos.    Tendo  90%  de  toda  a  produção 

Territorial  desperdiçada,  tanto  o  caju  in  natura  como  o  bagaço,  após  serem 

beneficiados,  podem  substituir  o milho,  o  sorgo  ou  o  farelo  de  trigo,  a  partir  dos 

cuidados  com  o  armazenamento  e  dosagens  alimentar.    Tecnologias  simples  que 

precisam chegar aos produtores, em especial àqueles que contemplam produção de 

caju em suas áreas. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 131

Portanto,  a  criação  e  manutenção  de  forragens  alternativas  devem  ser  ações 

potencializadas através de investimentos nas técnicas que atendam às especificidades 

de  cada  município.    Otimizar  custos  com  a  manutenção  do  rebanho  e  dispor  de 

alimentação  com melhorado  teor  nutricional,  devem  ser  apontados  e  perseguidos 

pelas políticas de apoio à produção, visando melhor qualificar os resultados da criação 

dos rebanhos existentes no Território. 

 

No  que  se  refere  a  outros  tipos  de  rebanhos,  pode‐se  visualizar,  pelos  números 

apresentados entre 2006 e 2008,  importantes  incrementos na criação de aves (Galos, 

frangas, frangos e pintos), que acresceram 54 mil cabeças a mais entre 2006 e 2008, ou 

seja, um aumento de 32%. O município de Ielmo Marinho é o maior produtor com 41% 

do  rebanho  total,  enquanto  que  Lagoa  de  Velhos  detém  apenas  1%.  Praticamente 

todos  os municípios  têm  o  rebanho  de  aves  destinado  ao  consumo  pela  unidade 

familiar.  Também, a produção de ovos, seja diretamente para o consumo, comércio e 

programas  Institucionais. As  aves,  juntamente  com outros  rebanhos pouco maiores, 

são espécies de poupanças diante da facilidade de venda e dinheiro rápido. 

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132 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

A produção de ovos  teve  recuo entre 2006 e 2008, momento em que houve grande 

ampliação do número de aves.   O aumento do número de aves  caipiras para venda 

periódica, como o caso do frango, pode incidir no resultado apontado. O município de 

Ielmo Marinho lidera a produção de aves com 51% do total. 

No  que  tange  à  questão  fitossanitária,  as  informações  da  Secretaria  de Agricultura, 

Pecuária e Pesca – SAPE, dão conta do cumprimento de todas as etapas de vacinação 

contra a febre aftosa, perseguindo a meta de se tornar  área livre de risco da doença.  

De  acordo  com  informações do  Instituto de Defesa  e  Inspeção Agropecuária do RN 

(Idiarn) não há nenhum caso de aftosa registrado nos últimos 12 anos no Estado. Para 

conseguir  ser  caracterizada  como  Área  Livre,  não  depreende  esforços  apenas  do 

Estado, faz‐se necessário que os estados do entorno cumpram as mesmas exigências. 

No Território Potengi, a Campanha Estadual de vacinação 2009 contra a Febre Aftosa 

imunizou um rebanho de mais de 57 mil cabeças. O menor  índice ficou por conta do 

município de Senador Eloi de Souza com 60% e o maior ficou por conta do município 

de  Barcelona  com  85%.  Numa média  geral,  todos  ultrapassaram  o  índice  de  70%, 

resultado que não é considerado satisfatório. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 133

   

  A  produção  de mel  no  Território  já  aparece  como  uma  atividade  difundida.  O  seu 

potencial  econômico  fica  comprovado  nos  números  oficiais  disponíveis.   De  acordo 

com  as  estatísticas  de  produção  da  pecuária  dos municípios  publicadas  pelo  IBGE  ‐ 

2008, a produção de mel de abelha foi de 36.846 kg/ano.   

Gráfico 63 

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134 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

O destaque maior desta atividade é observado no município de São Paulo do Potengi 

onde existe uma associação de nível municipal  ligada em rede com as associações de 

06 (seis) comunidades, sendo elas: Boa Vista dos Raimundos, Várzea Fria, Manjericão, 

Cabaço, Campo Grande e Mocó. Sendo o município de São Paulo do Potengi o maior 

produtor, este responde com 59% do total produzido. O município de  Ielmo Marinho 

vem logo em seguida com 13%.  Riachuelo e Ruy Barbosa também possuem produção 

do  produto,  segundo  informações  das  Instituições  que  participam  das  atividades 

territoriais, apesar de não  ser apontado pelos números  censitários.   O Programa de 

Desenvolvimento  Solidário  ‐  PDS  foi  responsável  pelo  incremento  da  infraestrutura 

necessária  para  criação  e  padronização  da  produção  existente,  sendo  seguido  por 

investimentos próprios dos apicultores e via as linhas de crédito do PRONAF.  Cerca de 

30%  do  mel  produzido  é  destinado  ao  mercado  Institucional  (Compra  Direta), 

enquanto  que  a  parcela  restante  é  vendida  diretamente  aos  atravessadores,  com 

preços negociados aquém daquele devido. 

A produção se apresenta com boas perspectivas, principalmente quando se observam 

o  baixo  custo  de  manutenção  e  a  possibilidade  de  consorciar  com  outros  meios 

produtivos.  O Território Potengi, em suas discussões, tem apontado para uma melhor 

organização  da  produção  e  no  estabelecimento  de  canais  institucionais  capazes  de 

melhor  agregar  valor  a  produção  e  garantias  de  comercialização.   Dentre  as metas 

perseguidas pelo Território, está cumprir as etapas necessárias para garantir o Selo de 

Inspeção Estadual/Federal, abrindo‐se desta  forma, canais para uma comercialização 

direta com o mercado externo. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 135

A pesca artesanal do Território está restrita à Barragem Campo Grande em São Paulo 

do Potengi e a açudes no entorno da cidade de São Tomé, sendo os únicos municípios 

com  presença  de  Colônia  de  Pescadores.   A  primeira  tem  267  pescadores  em  seus 

quadros de associados, seguido por São Tomé com pouco mais de 50 pescadores.  As 

principais espécies de peixe  são: Tilápia, Tucunaré e Pescada Branca, destacando‐se 

ainda,  Traíra,  Curimatã,  Piau  e  Cará.  A  Barragem  Campo  Grande  oferece  grande 

potencial  para  criação  de  peixes  em  tanques‐rede,  tendo  inclusive  uma  Associação 

específica  para  empreender  essa  atividade,  a  qual  foi  responsável  em  abastecer  a 

demanda institucional do PAA pelo período em que esteve produzindo.   

Diante da suspensão, por um período, do Programa PAA, e do baixo preço da tilápia, 

aliada  ao  aumento  substancial  da  ração,  o  grupo  foi  obrigado  a  suspender  suas 

atividades.    Com  o  retorno  do  Programa  e  o  acréscimo  do  PNAE  que  exige  boa 

demanda  do  filé  de  peixe,  é  possível  o  retorno  produtivo  e  o  beneficiamento  da 

produção, transformando‐a em filé.  Os pescadores são beneficiários do seguro‐defeso 

que garante um salário mínimo no período em que não podem exercer suas atividades 

por ocasião da piracema. 

A cajucultura desponta como uma das principais alternativas existentes no  território 

para  ampliação  da  fruticultura  de  sequeiro.  Todos  os municípios  do  Território  são 

produtores  de  caju.  Os  principais  são:  Bom  Jesus,  Ielmo  Marinho,  São  Paulo  do 

Potengi,  São  Tomé e  Senador  Eloy de  Souza. Os  grandes problemas desta  atividade 

estão diretamente  relacionados  com os  seguintes aspectos: baixa produtividade dos 

pomares, em geral compostos por plantações antigas, realizadas sem planejamento e 

sem  a  utilização  de  sementes  e mudas melhoradas;  comercialização  de  castanha  in 

natura;  inexistência  de  beneficiamento  direto  pelos  produtores,  como  forma  de 

agregação de renda. 

 Constata‐se  que  a maior  parte  da  castanha  produzida  nestes  espaços  é  vendida  a 

intermediários, já a polpa do fruto, retirada aquela para consumo  in natura e para os 

animais,  é  desperdiçada.  Existe  também  como  potencial  para  comercialização  da 

castanha in natura a partir da fábrica de beneficiamento instalada no município de São 

Paulo do Potengi.  

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136 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A Olam  foi  fundada em 1989,  fazendo parte do grupo Kewlram Chanrai  fundada em 

1860,  com  140  anos  de  experiência  em  negócios  através  do mundo.  Com  sede  em 

Singapura,  atualmente  está  presente  em  mais  de  30  países.    Seus  negócios  são: 

castanha de caju, café, algodão, açúcar, cacau, arroz, madeira e gergelim, etc.  

No mercado de castanha de caju, a Olam está presente em todos os países onde existe 

produção de castanha  in natura, sendo a maior processadora do mundo com 75 mil 

toneladas/ano,  além  de  ser  a  única  companhia  presente  em  toda  cadeia  de 

processamento da amêndoa.  

A Olam Brasil  iniciou  suas atividades de produção em São Paulo do Potengi‐RN, em 

setembro de 2003, e exportou pela primeira vez em março de 2004, sendo uma das 

fábricas mais modernas existentes, com capacidade de produção de 50 toneladas dia, 

empregando  cerca de 700 pessoas e com capacidade de produção de 800  caixas de 

produto acabado.  

Obedece  às mais  exigentes  normas  de  segurança  alimentar  e  de  boas  práticas  de 

fabricação e possui uma necessidade de compra de castanha  in natura de 30 milhões 

de kg/ano.  Diante da oferta de trabalho posta à disposição pela Olam Brasil, percebe‐

se um maior fluxo migratório para o município sede do Território. 

No Território estão distribuídas pequenas comunidades fora dos centros urbanos, bem 

como núcleos urbanos que são sedes municipais, mantendo, porém as características 

do ambiente rural. Essas comunidades ressentem‐se de isolamento e de falta de infra‐

estrutura de  comunicações,  sobretudo para  atender  às necessidades de emergência 

para atendimento médico ou outras necessidades de comunicação. Ao mesmo tempo 

é  necessário  promover  a  inclusão  digital  dessas  populações,  de  modo  a  fornecer 

instrumentos para o exercício da cidadania, como a ampliação do programa GESAC do 

Ministério das Comunicações. Com relação à malha rodoviária que corta o Território, 

esta  se  encontra  em  bom  estado  de  conservação,  visto  que  ambas  passaram  por 

reformas  nos  últimos  anos.   Um  grande  benefício  que  poderá  resultar  em  rota  de 

comércio, turismo e serviços será a ligação via asfalto entre o município de São Tomé e 

Cerro Corá.  Antes, só possível chegar a este último município, utilizando rotas com a 

BR 226.   

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 137

As  estradas  vicinais  que  dão  acesso  às  comunidades  rurais  dos  municípios  têm 

profundo  impacto  no  período  chuvoso,  deixando  boa  parte  de  suas  populações 

isoladas  do  centro municipal.    As maiores  dificuldades  enfrentadas  nesses  termos 

estão  localizados nos municípios de Ruy Barbosa e São Tomé, diante de seus relevos 

diferenciados dos demais municípios do Território, tornando extremamente difícil, em 

especial  nessa  época  chuvosa,  a  dinamização  das  potencialidades  produtivas  e  o 

oferecimento dos serviços sociais básicos.   

No que se refere a infraestrutura produtiva, destaca‐se a ausência de equipamentos de 

beneficiamento  da  produção,  que  atendam  a  agricultura  familiar  e  que  possam  ser 

autogestionadas pelas famílias, de acordo com as potencialidades locais e habilidades 

que se consegue aperfeiçoar com um contínuo processo de capacitação e mobilização 

social. 

2.3.2 Agroindústria 

A produção  a partir de  agroindústria está  centrada na Cooperativa Agropecuária do 

Assentamento  Lagoa Nova  –  COOLAGOANOVA.    Criada  em  1998,  com  objetivo  dos 

assentamentos Lagoa Nova I e II, gerar renda através da compra e beneficiamento do 

leite dos pequenos produtores dos  assentamentos, do município de Riachuelo  e de 

regiões vizinhas. Este Projeto de Assentamento, que congrega duas grandes agrovilas, 

originou‐se  de  uma  fazenda  empresarial  com  o  funcionamento  de  indústria  de 

laticínios, quem  vem buscando  sua manutenção na  condição de  cooperativa,  gerida 

principalmente pelos próprios assentados, maiores demandantes do leite processado. 

Com  capacidade  de  processamento  para  até  5 mil  litros  de  leite  dia,  esta  trabalha 

atualmente com 60% de sua capacidade.  O leite pasteurizado atende exclusivamente 

ao Programa do Leite do Governo do Estado, cuja característica de dependência gera 

instabilidade e incertezas no seu funcionamento, quando dos atrasos nos repasses de 

pagamento  pelo  contratante.    Tal  situação  gera  desconforto  no  cumprimento  das 

despesas fixas e insatisfação junto aos seus fornecedores.  Um dos grandes desafios da 

Cooperativa está em  sua  inserção no mercado  comum, apresentando produtos  com 

em condições competitivas. 

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138 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Com alguns investimentos, a Coolagoanova passou a produzir iogurte, agregando mais 

um produto na sua escala produtiva.  Demonstrando boa qualidade e aceitabilidade do 

produto, essa nova modalidade casou‐se perfeitamente com o Compra Direta – PAA, 

onde, numa parceria com a EMATER, canalizou‐se grande parte dessa produção para o 

mercado  Institucional.    Mercado  esse,  que  deve  ser  instigado  pela  cooperativa, 

principalmente  a partir da  inserção de 30% dos produtos da Agricultura  Familiar na 

merenda escolar, por determinada da lei 11.947/2009. 

A oferta do PAA – Leite, lançado pelo Governo Federal, aliado aos fortes investimentos 

na cadeia produtiva do  leite no Território Potengi,  fornece  instrumentos  importantes 

para alavancar e consolidar o potencial, capacidade de absorção e processamento do 

produto  pela  Coolagoanova.    Afinal,  sua  saúde  deve  ser  observada  como  um 

termômetro capaz de medir o nível de organização da cadeia produtiva em questão, a 

partir  dos  novos  elementos  apresentados,  tendo  como  ator  principal,  a  agricultura 

familiar. 

 Outros pequenos empreendimentos  financiados pelo Programa de Desenvolvimento 

Solidário  ainda  são  embrionários,  como  é  o  caso  da minifábrica  de  pães,  bolos  e 

biscoitos  no  município  de  Bom  Jesus  e  a  unidade  de  beneficiamento  de  carnes 

instalada no município de São Paulo do Potengi.   Este último, com recursos oriundos 

da EMATER/MDA. 

 

2.3.3 Infraestrutura de capacitação e formação 

O Potengi, a partir da dinâmica das políticas territoriais iniciadas pelos Território Rural, 

passou  intensificar  dentre  suas  ações,  a  necessidade  de  infraestrutura  para 

capacitação, formação e eventos voltados para a agricultura familiar.  Desta forma, em 

2008 foi apontado para a construção de Centro que pudesse atender essa demanda do 

setor  rural.  Iniciadas suas obras em 2010, o espaço com previsão para ser concluído 

em  2011,  dotará  o  Território  também,  de  espaço  próprio  para  suas  atividades 

institucionais,  dispondo  de  auditório,  dormitórios,  cozinha,  escritório,  área  de  lazer, 

entre outros. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 139

Com  recursos do MDA, as obras  foram agraciadas com a visita “in  loco” do Ministro 

Guilherme  Cassel  que  pode  perceber  a  importância  dessa  infraestrutura  para  a 

agricultura  familiar,  que  não  dispõe  de  espaço  próprio  para  suas  demandas,  em 

especial, aquelas destinadas a formação e capacitação. 

A visita se deu por ocasião da realização da II Feira da Agricultura Familiar do Território 

Potengi,  realizada pela  Federação dos  Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura 

Familiar  do  RN. Oportunamente,  o Ministro  entregou  oficialmente  09  tratores  com 

implementos aos gestores dos municípios que  integram o Território.   Numa parceria 

da  EMATER  com  o MDA,  essa máquinas  objetivarão  dar  suporte  as  demandas  dos 

agricultores familiares. 

 

 Visita  do MDA Guilherme  Cassel  nas  obras  de  construção  do  Centro  de  Formação  e  Capacitação da 

Agricultura Familiar do Território Potengi – São Paulo do Potengi/RN.  Foto 07. Dário Alves – 2010 

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140 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 Máquinas  entregues  pelo Ministro Guilherme  Cassel,  por  ocasião  da  II  Feira  Regional  da Agricultura 

Familiar do Território Potengi.  Foto 08. Dário Alves, 2010. 

 

Quadro 39 – Cobertura de energia elétrica no setor rural 

Municípios 

PROGRAMA LUZ PARA TODOS

Residências 

atendidas 

Investimento

em R$ 

Valor médio/Residência 

(R$) 

Barcelona  120 1.029.055,00 8.575 

Bom Jesus  161 62.760,00 4.738 

Ielmo Marinho  700 1.178.895,00 1.684 

Lagoa de velhos  85  491.775,00 5.786 

Riachuelo  162 845.353,00 5.218 

Ruy Barbosa  386 2.155.632,00 5.585 

Santa Maria  56  377.523,00 6.741 

São Paulo  236 956.241,00 4.052 

São Pedro  64  813.532,00 12.711 

São Tomé  891 5.681.367,00 6.376 

Senador Eloi de Souza 207 813.236,00 3.929 

Total R$  3068 15.105.369,00 4.923,52 

Fonte: 2009, Comitê Estadual do Luz para Todos 

  

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 141

 

O  Programa  Luz  para  Todos  foi  lançado  em  novembro  de  2003  com  o  desafio  de 

acabar com a exclusão elétrica no país. A meta era levar energia elétrica para mais de 

10 milhões de pessoas do meio  rural  até o  ano de 2008,  sendo esta,  alcançada em 

maio  de  2009.    Em  2010,  os  beneficiados  pelo  Programa,  segundo  acumulado,  já 

ultrapassaram as metas propostas de 12 milhões.   

Pesquisa realizada pelo Ministério de Minas e Energia – MME revela que nove em cada 

dez  beneficiários  do  programa  Luz  para  Todos  acreditam  que  a  qualidade  de  vida 

melhorou depois da chegada da energia elétrica a suas casas. Junto com a moradia, a 

renda familiar também cresceu para 36%.  

As oportunidades de emprego  também  foram elevadas para 34% dos entrevistados, 

desde o  início do programa. A pesquisa mostrou  também que a chegada da energia 

elétrica  gerou  o  retorno  do  homem  ao  campo,  invertendo  situação  que  vinha  se 

repetindo  há  anos.  Aproximadamente  96 mil  famílias  retornaram  ao  campo  com  o 

intuito de viver melhor que nos centros urbanos. O comércio dos municípios não foi o 

único beneficiado. Além dele, as indústrias também ampliaram lucro e produção.  

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142 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Segundo  informações do Comitê Gestor Estadual, o Rio Grande do Norte  superou a 

meta  inicial do Programa Luz para Todos, atingindo 16 mil  ligações além do previsto 

em  2004,  que  era  de  30.095  ligações  em  166  municípios.  Segundo  ainda  a 

coordenação do programa,  até maio de 2009,  foram executadas 46.426  ligações na 

zona rural do Estado, alcançando um índice de 76,89% da meta atual, que é de 60.383 

ligações, levando energia elétrica para cerca mais de 180 mil pessoas que ainda viviam 

à luz da lamparina e da vela.   

Com esses números, os  investimentos somam, em 2010, a cifra de R$ 161,9 milhões 

dos  governos  federal  e  estadual  e  da  concessionária  Neoenergia/Cosern.  No  Rio 

Grande  do Norte,  o  programa  foi  implantado  em  junho  de  2004  e  dentre  as  várias 

consequencias positivas  apontadas,  está o  favorecimento  à  circulação de  renda nos 

municípios, com estimativas de R$ 67 milhões. 

O Comitê Gestor do Programa Luz Para Todos no RN, a partir dos dados 2009,  indica 

que mais de 3 mil  famílias  foram atendidas pelo Programa no Território Potengi.   Se 

compararmos os números do gráfico acima 66, o Território saltou de pouco mais de 5 

mil famílias assistidas em 2000, para mais de 8 mil em 2009.   

Em termos percentuais, o Território elevou de 68% para 90% a cobertura deste tipo de 

serviço.  Importante  destaque  é  observado  no  município  de  São  Tomé,  cujos 

investimentos alcançam cifras acima de 5 milhões de reais, seguidos por Ruy Barbosa 

com mais de 2 milhões e  Ielmo Marinho com valores superiores a 1 milhão de reais.  

Esse volume ampliado de recursos demonstra a carência deste tipo de benefício para a 

população rural, principalmente nos municípios de São Tomé e Ruy Barbosa, diante da 

geografia de seus relevos (serras).  

Investimentos  impossíveis  de  serem  realizados  a  punho  pelas  próprias  unidades 

familiares.  Pode‐se  assim,  afirmar  que  o  Programa  está  cumprindo  a  missão  de 

universalizar o acesso,  levando o benefício aos  locais mais distantes e  superando as 

peculiares de cada município/localidade.  

 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 143

2.3.4. Telecomunicações 

No tocante aos serviços de telecomunicações, o grande destaque se deu a partir das 

instalações das principais operadas de serviço móvel de  telefonia.   Com exceção dos 

Municípios  de  São  Pedro  e  Bom  Jesus,  todos  os  demais  municípios  do  Território 

possuem coberturas instaladas no próprio município.  Mesmo não as tendo instalado é 

servida  pelo  sinal  da  operação  TIM.    Abaixo,  as  operadoras  os  serviços móveis  de 

telefonia e sua cobertura: 

Quadro 40 – Cobertura de serviço móvel de telefonia, segundo municípios 

Operada  Cobertura 

TIM São Pedro, São Paulo do Potengi, Santa Maria, 

Riachuelo, Bom Jesus 

CLARO São Paulo do Potengi, São Tomé, Santa Maria, 

Ielmo Marinho 

OI Lagoa de Velhos, Ruy Barbosa, Senador Eloi de 

Souza 

Apesar da oferta do serviço móvel, tem sido bastante deficiente a qualidade do sinal 

nas  comunidades  rurais  do  Território,  principalmente  aquelas  mais  distantes  das 

fontes  de  sinal.    Como  existe  uma  carência  enorme  de  telefonia  fixa  nestas 

comunidades,  como  também,  a  própria  adesão  ao  serviço móvel  se  popularizou  e 

tornou‐se mais cômoda e acessível, a comunicação, a ampliação dos serviços móveis 

fazendo chegar a todo o setor rural, será importante avanço no setor. A telefonia fixa 

está  presente  através  da  Telemar.    Quanto  aos  números  de  terminais  instalados, 

podem ser visualizados na tabela abaixo: 

 Quadro  41  ‐  Terminais  instalados  e  terminais  em  serviço  da  TELEMAR,  segundo  os municípios Municípios  Terminais Instalados  Terminais em operação Barcelona  187  117 Bom Jesus  554  436 Ielmo Marinho  316  184 Lagoa de Velhos  188  83 Riachuelo  255  180 Rui Barbosa  185  106 Santa Maria  156 106 São Paulo do Potengi  937  747 São Pedro  470  188 São Tomé  509  413 São Vicente  265  224 Senador Elói de Souza  268  151 

Totais  4.290  2.935 

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144 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Fonte: 2006, Telemar Norte Leste S/A. 

Um importante serviço no setor de telecomunicações tem se dado no crescente acesso 

à  internet, a partir da redução dos custos e de suas tarifas.   A cobertura dos serviços 

gratuitos  instalados em  Instituições não governamentais – ONG´s  ‐ como o Programa 

GESAC  do  Ministério  das  Comunicações,  tem  ampliado  de  forma  substancial  os 

conhecimentos  e  utilização  dessa  importante  ferramenta  de  comunicação.  Seus 

pontos  de  presença  estão  priorizados  exatamente  nos  locais  de  difícil  acesso 

(Comunidades  Rurais,  Assentamentos,  Distritos)  e  que  carecem  da  oferta  destes 

serviços.   

As  escolas de  inclusão digital  instaladas pela  EMATER  e Prefeituras  têm  capacitado, 

principalmente, o público que está às portas do primeiro emprego. Outros serviços de 

acesso à internet estão dispostos no Território através das operados de serviço móvel 

telefônico, através de equipamentos móveis ou banda larga. 

Garantir  o  acesso  público  à  internet  de  qualidade  deve  ser  apontado  como  uma 

importante  ferramenta  de  inclusão  social,  condicionada  pelo  acesso  à  informação.  

Redes  WiFi  podem  e  devem  ser  disponibilizadas  em  todos  os  locais  públicos, 

principalmente  nas  praças,  como  é  o  caso  da  “Internet  de  Todos”  do  Governo  do 

Estado, fornecida gratuitamente em vários municípios do Rio Grande do Norte. 

No  que  diz  respeito  às  Instituições  financeiras,  três  atuam  no  Território,  ligadas  ao 

Governo Federal: Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.  Por 

intermédio de suas agências, oferecem financiamento a todos os setores da economia, 

de acordo com suas políticas.   

2.3.5 Instituições financeiras 

Um serviço  importante que descongestionou o único Banco do Território, o do Brasil, 

foram os correspondentes bancários do Bradesco, casas  lotéricas da Caixa Econômica 

Federal e os  franqueados  responsáveis pela absorção da maior parcela de  títulos de 

pagamentos demandados. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 145

Ainda,  com  referência  aos  serviços  bancários,  apesar  da  existência  dos 

correspondentes, estes possuem serviços  limitados, gerando ainda, demandas para o 

Banco do Brasil em São Paulo do Potengi.   Com o fechamento da agência do mesmo 

Banco  em  São  Tomé  há mais  de  10  anos,  o município  deixou  de  polarizar  serviços 

bancários de sua população e de seus municípios mais próximos, reduzindo ainda mais 

o fomento na economia do município.   

De sorte, a Superintendência do Banco anunciou o retorno de seus serviços via Agência 

naquele município.    Aliado  com  o  início  das  obras  asfálticas  ligando  São  Tomé  ao 

município  de  Cerro  Corá  (RN  203),  vislumbra‐se  um  novo  ciclo  de  retomada  da 

econômica,  a  qual  foi  bastante  castigada  com  o  fim  da  produção  algodoeira, 

caracterizada como motor do desenvolvimento, principalmente quando da existência 

da usina de beneficiamento do produto que polarizava a dinâmica econômica à época. 

O Banco do Nordeste é responsável pela expressiva demanda de acessos às  linhas de 

financiamento  pelo  Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar  – 

PRONAF,  cujo  programa  tem  relevante  importância  para  o  desenvolvimento 

econômico e sustentável do Território.   Criado em 1995 sob a égide do Ministério do 

Desenvolvimento Agrário, o PRONAF teve poucos acessos em seus primeiros anos.   A 

elevação de contratação se deu nos últimos anos, com a incorporação e ampliação do 

Pronaf B, como uma linha de crédito destinada a investimento. Por serem executados 

sem  o  devido  planejamento,  foi  ampliado  o  limite  de  crédito  não  reembolsável, 

visando cobrir as despesas com assistência técnica.   

O  Programa  disponibiliza  linhas  de  crédito  específicas  para  cada  perfil  de  renda  do 

agricultor familiar.  Dentre elas, estão dispostas as linhas A, A/C, B, C, D e E.  O tipo de 

enquadramento  do  agricultor  a  cada  uma  das modalidades,  depende  da  renda  do 

Produtor, cuja definição geralmente é caracterizada na própria Declaração de Aptidão 

ao  Produtor  –  DAP,  a  partir  das  informações  relatadas  pelo  agricultor.    O  MDA 

disponibilizou,  no  Plano  Safra  2010/2011,  R$  16  bilhões  para  as  linhas  de  custeio, 

investimento  e  comercialização  do  Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da 

Agricultura  Familiar  (Pronaf).    Desse  total,  R$  8,5  bilhões  serão  destinados  para  as 

operações de investimento e R$ 7,5 bilhões para as operações de custeio. 

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146 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Quadro 42 – Acesso ao Pronaf, segundo grupos de crédito 

Municípios 

GRUPOS

A e A/C  B C D E  TOTAL Cont.  Valor  Cont  Valor Cont Valor Cont Valor Cont Valor  Cont.  Valor

Barcelona  ‐  ‐  54  72.825,00 5 14.230,52 ‐ ‐ ‐ ‐  59  87.055,52Bom Jesus  ‐  ‐  39  57.976,00 ‐ ‐ ‐ ‐  39  57.976,00Ielmo Marinho  18  387.000,00  121  192.814,25 ‐ ‐ ‐ ‐  139  579.814,25Lagoa de Velhos  ‐  ‐  13  19.435,00 1 2.045,00 ‐ ‐ ‐ ‐  14  21.480,00Riachuelo  ‐  ‐  ‐  ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐  0  0,00Ruy Barbosa  ‐  ‐  63  91.929,00 7 25.978,15 ‐ ‐ ‐ ‐  70  117.907,15Santa Maria  ‐  ‐  8  11.400,00 3 13.561,74 ‐ ‐ ‐ ‐  11  24.961,74S. Paulo Potengi  5  107.500,00  158  243.523,00 8 22.221,74 ‐ ‐ ‐    171  373.244,74São Pedro  ‐  ‐  100  166.657,00 9 36.676,45 ‐ ‐ ‐ ‐  109  203.333,45São Tomé  ‐  ‐  214  297.468,00 12 48.709,22 ‐ ‐ ‐ ‐  226  346.177,22

Sem. Eloi de Souza  ‐  ‐  40  54.170,00 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐  40  54.170,00Total  23  494500  810  1208197,3 45 163422,82 0 0 0 0  878  1866120,1

Fonte:  2008, www.mda.gov.br/saf  

Quanto aos acessos  realizados pelos agricultores  familiares no Território Potengi, no 

período  de  2007  a  2009  foram  atendidos  65  contratos  de  créditos  na  linha  A  A/B. 

Deste  total,  55%  foram  atendidos  apenas  em  2007.  Declinando  para  9%  no  ano 

seguinte e ampliando novamente para 35% em 2009.  Os acessos na linha de crédito B 

totalizaram 2883 contratos, sendo o ano de 2007 com o maior percentual, 43%.   Em 

2008 essa margem foi reduzida para 28% e estabilizando com esse mesmo percentual 

em  2009.  A  linha  C  registrou  650  contratos,  cujos  percentuais  anuais  ficam  assim 

caracterizados: 2007 (61%), 2008 (31%) e 2009 (6,9%). As  linhas C e D alcançaram 98 

propostas contratadas até 2008, visto que não houve acesso em 2009 por estas linhas 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 147

 

 

O Programa Desenvolvimento Solidário – PDS  faz parte das ações desenvolvidas pela 

Secretaria  de  Estado,  do  Trabalho,  Habitação  e  Assistência  Social  –  SETHAS  e  visa 

prover  as  comunidades  rurais  de  infraestruturas  necessárias  e  ações  que  se 

concretizem em resultados geradores de ocupação e renda dos agricultores familiares  

com financiamentos do Banco Mundial em parceria com o governo do Estado.   

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148 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Com ações diferenciadas de gerenciamento de recursos públicos, a ação participativa 

das  organizações  e  comunidade,  beneficiária  do  projeto,  é  fator  obrigatório  para 

inserção da  comunidade na ação.    Seus  investimentos estão presentes em  todos os 

municípios  do  Território  do  Potengi,  distribuídos  em  59%  das  aplicações  em 

infraestrutura e 41% em projetos produtivos.    

São mais de 4 milhões  investidos em  ramais de adutoras, energia elétrica, cisternas, 

espaços  de  múltiplas  atividades  e  outros.  Dentre  os  produtivos,  destacam‐se  a 

aquisição e melhoramento na cadeia produtiva de bovinos e ovinocaprinocultura. 

 

A expressividade da participação da  agricultura  familiar no  valor bruto da produção 

nacional, alcançando 38% no último Censo Agropecuário, reflete conquistas no âmbito 

político institucional. Todavia, ainda são vários os desafios no sentido de contemplar as 

especificidades e a diversidade de formas da agricultura familiar brasileira.  O PRONAF 

deve  ir muito  além  de  fornecer  crédito  rural.    Deve  ser  propulsor  no  processo  de 

integração  dos  agricultores  e  suas  organizações  na  integração  com  a  economia  em 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 149

seus diversos âmbitos, participando e criando novos nichos econômicos. O processo de 

construção  coletiva,  qualificação  e  empreendedorismo  na  agricultura  familiar  se 

caracterizam como  fator determinante para o acesso cada vez mais amplo e racional 

dos recursos e resultados.  

 O processo de inserção no mercado pelos agricultores nos programas institucionais já 

traduz  a  dinâmica  da  necessidade  de  adequar  a  produção  aos  novos  conceitos  de 

mercado  e  sanitários.    Investimento  em  assistência  técnica  permanente  refletirá  na 

elevação do nível de profissionalização dos agricultores familiares, propiciando novos 

padrões tecnológicos, de gestão e de resultados. 

2.3.6 Comércio 

O  setor  de  indústria  e  serviços  tem  importante  impacto  na  economia  do  Território 

Potengi. Juntos, são responsáveis por 76% do PIB regional, principalmente o setor de 

serviços que detém  a maior parcela,  chegando  a  69%.    Tendo  como  base os dados 

2006  da  COSERN,  o  Território  apresenta  1179  ligações  elétricas  identificadas  como 

estabelecimentos  de  comercio  e  indústria.    Desse  total,  cerca  de  7%  estão 

caracterizadas como indústrias e 83% como estabelecimentos comerciais.   

Com exceção da Fábrica Olam Brasil, em São Paulo do Potengi, responsável por gerar 

700  empregos  diretos,  os  demais  municípios  predominam  o  setor  de  comércio  e 

serviços  concentrando  as  ofertas  de  trabalho,  seja  formal  ou  informal,  levando‐se 

ainda em consideração que muitos vínculos de trabalho têm relação de parentesco ou 

são gerenciados pelo próprio núcleo familiar. 

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150 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

Conforme  o  gráfico  acima,  o município  de  São  Paulo  do  Potengi  é  responsável  em 

situar  32%  dos  estabelecimentos  industriais  e  31%  dos  comerciais.    Todos  os 

municípios, com exceção de Ruy Barbosa e Lagoa de Velhos estão dotados de postos 

combustíveis.  

Os serviços de pousadas e hotéis são tímidos ou  inexistem nos municípios menores e 

mais distantes das rotas RN’s principais do Território (Lagoa de Velhos e Ruy Barbosa), 

predominando a maior oferta destes serviços no município de São Paulo do Potengi, 

que se caracteriza como ponto de apoio de atividades desenvolvidas no Território, por 

empresas, vendedores, autônomos, serviços públicos e outros. 

As farmácias estão presentes em todos os municípios do Território, garantindo oferta 

de medicamentos  a  população.    Os  Cartórios  notariais  também  se  configuram  em 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 151

todos os municípios, que também concentram suas tradicionais feiras livres.  Dentre as 

mais importantes, está a de São Paulo do Potengi e São Tomé. 

Conhecer  essas  novas  dinâmicas  se  constitui  num  importante  instrumento  de 

condutividade na priorização de ações alternativas de desenvolvimento nos municípios 

do  Território.    Destaque‐se  que,  aqueles  presentes  as  margens  da  BR  304,  como 

Riachuelo e Santa Maria, descobriram no  canal viário, vitrines para a oferta de  seus 

produtos e serviços.  

Apesar de se encontrar mais  isolado, o município de  Ielmo tem  importante dinâmica 

econômica no setor agropecuário, reduzindo suas diferenças em relação aos demais.  

Um  potencial  também,  que  precisa  ainda  mais  de  combustível  visando  melhor 

organizar o setor produtivo e, principalmente, o da comercialização onde se identifica 

gargalos nos resultados financeiros para os agricultores. 

Deve‐se,  portanto,  ter maior  atenção  para  aqueles municípios  que  apontam menos 

oportunidades  de  crescimento,  como  Lagoa  de  Velhos,  São  Pedro,  Ruy  Barbosa  e 

Senador  Eloy  de  Souza,  onde  se  apresentam  com  baixos  índices  de  crescimento 

econômico e social, conforme os números do IDH e participação no PIB. 

 

2.3.7 Turismo 

No que se refere ao turismo no Território Potengi, visualiza‐se em alguns municípios, 

uma significativa e emergente potencialidade e oportunidades econômicas, como é o 

caso de São Paulo do Potengi, onde além de ser marcado como a cidade do “Profeta 

das Águas”, Monsenhor Expedito, com seu museu e estátua  instalados na praça que 

levam o seu nome, existe também a Barragem Campo Grande com estrutura de bares, 

pousadas  e  restaurantes,  além  da  bela  paisagem.    A  cidade  já  dispõe  de  boa 

infraestrutura  para  atender  visitantes,  como  restaurantes  e  pousadas,  mais  ainda 

insuficiente para uma demanda concentrada de visitantes. 

No  turismo  rural,  a  Pedra  da  Fé,  no município  de  Barcelona,  destaca‐se  pela  sua 

imponência rochosa com o nome “fé” esculpida pelas  intempéries do tempo.   Ao seu 

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152 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

lado,  um  rústico  restaurante  com  culinária  regional  que  se  soma  ao  cenário  das 

relíquias  regionais  no  entorno  da  pedra,  fontes  de  oportunidade  da  prática  do 

ecoturismo  ou  turismo  rural.  No  município  de  Ruy  Barbosa,  rodeando  a  cidade, 

encontra‐se  outro  imponente monte,  intitulado  por  seu  povo  como  “O Monte  do 

Calvário”, local que abriga uma capela recebendo romeiros e visitantes todo o ano. O 

Poder Público dotou o espaço de infraestrutura como uma ampla escada em forma de 

“S” para acesso ao  local.   Do seu alto, tem‐se ampla visão das extensões e paisagens 

rurais do município.  

A  cidade  de  São  Pedro  dispõe  também,  de  outra  imponente  formação  rochosa, 

denominada de “Monte de Pedra Branca”.   O  local  também é visitado por  romeiros 

durante  todo  o  ano.    Sua  localização  está  situada  na  comunidade  rural  de mesmo 

nome do Monte e distante 5 km da sede do município.   

Além destes cenários, todos os municípios do Território têm a presença tradicional das 

festas religiosas por ocasião de seus padroeiros, ocasião onde suas famílias se reúnem 

em  torno  da  religiosidade.  Portanto,  no  Território,  a  paisagem,  a biodiversidade,  a 

cultura a crença, o artesanato, o Rio Potengi, marco maior da identidade de seu povo, 

podem  e  devem  ser  melhor  estudados  e  explorados  no  propósito  de  assegurar 

oportunidades econômicas e manutenção de suas tradições. 

2.3.8 Artesanato 

Quanto ao artesanato no Território Potengi, este tem evoluído seja na sua qualidade, 

seja na diversidade,  já sendo encontrados em  todos os municípios do Território.   Os 

diversos artesanatos de  linha  (bordados em ponto cruz, vagonite, crochê,  reciclados, 

panos de pratos) estão presentes nas  comunidades  rurais e nos grupos urbanos.   O 

trabalho  com  o  sisal  está  restrito  ao  município  de  São  Tomé,  cujo  resultado  do 

trabalho tem maior parcela destinada para a Associação dos Artesãos de Lajes Pintada, 

cuja organização já consegue escoar essa produção para outros países, inclusive.   

O bordado  em  redes  é bem  explorado pelos municípios de  São Paulo do Potengi  e 

Ielmo Marinho. Grupos  interessados estão  sendo capacitados por alguns municípios, 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 153

através das Secretarias de Assistência Sociais, sendo visíveis os resultados nos diversos 

eventos municipais  e  regionais.    Os  artesanatos  trabalhados  em madeira,  palha  e 

reciclados têm maior incidência no município de Ruy Barbosa. Lagoa de Velhos destaca 

uma diversidade de pinturas em telas.   As feiras da Agricultura Familiar da Região do 

Potengi  (2006 e 2008)  têm sido  importante vitrine no processo de divulgação desses 

trabalhos  e  de  suas  referências.    Além  das  exposições  regionais,  o  artesanato  do 

Território  já  consegue  chegar  às  exposições  estaduais.    Mas,  a  grande  vitrine  do 

artesanato potiguar será a partir da Central de Comercialização da Agricultura Familiar, 

construída em Natal/RN, com local estratégico. 

 Artesanato Regional – Foto 09. Dario Alves, 2010 

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CAPÍTULO III

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 155

ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL 

3.1 Marco Estratégico do PTDRS 

O Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário  ‐ MDA,  por  intermédio  da  Secretaria  de 

Desenvolvimento  Territorial  –  SDT,  propôs  a  implantação  do  Plano  Territorial  de 

Desenvolvimento  Rural  Sustentável  –  PTDRS,  com  o  objetivo  de  aprimorar  as 

capacidades  e  habilidades  dos  atores  para  realizarem  a  gestão  compartilhada  do 

desenvolvimento dentro dos princípios da gestão social. 

O Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Potengi‐RN,  construído 

em  2005/2006,  foi  fruto  de  um  processo  de  amadurecimento  social  e  político, 

resultado  de  articulações  político  institucionais  estabelecidas,  pesquisas  e  estudos 

elaborados, oficinas de concertação territorial realizadas, que garantiu o envolvimento 

e  a  participação  direta  e  indireta  de  diversos  agentes  e  organizações  locais  de 

desenvolvimento, parceiros das ações territoriais e interministeriais, na construção do 

Plano. Tendo em vista, a necessidade de qualificação do PTDRS, buscou‐se ampliar as 

reflexões  sobre  a  importância  da  promoção  de  ações  que  pudessem  resultar  num 

desenvolvimento endógeno, dinâmico e de caráter multidimensional. 

 

3.2 Visão do PTDRS 

Promover  o  desenvolvimento  em  suas  diferentes  dimensões  –  ambiental,  social, 

cultural  e  econômica,  com  preservação  ambiental  para  o  bem‐estar  social  das 

populações  do  Território  Potengiense,  através  de  um  processo  de  formação 

permanente, tanto para as gerações atuais, bem como para as futuras gerações. 

 

3.3 Missão 

Desenvolvimento Sustentável com igualdade e inclusão social. 

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156 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

3.4 Objetivos Estratégicos 

• Articular as demandas da agricultura familiar e gestores públicos municipais; 

• Organizar  as  propostas  do  território  para  o  desenvolvimento,  priorizando  as 

ações estratégicas, e; 

• Apresentar  o  planejamento  integrado  das  ações,  visando  o  desenvolvimento 

sócio cultural territorial sustentável. 

Esses objetivos procuram fortalecer a agricultura familiar, por meio da inclusão social e 

melhoramento da renda com sustentabilidade. 

 

3.5 Eixos de Desenvolvimento 

Os  Eixos  e  Programas  propostos  partiram  do  acúmulo  de  demandas  da  agricultura 

familiar, estratégias do desenvolvimento sustentável que foram pensadas e definidas a 

partir das diferentes dimensões do desenvolvimento territorial. 

No  contexto  da  dimensão  socioeconômica,  as  dimensões  centrais  do  debate  e 

proposição  do  Território  são:  Formação,  Ampliação  e  Consolidação  das  cadeias 

produtivas  ‐  ampliação,  recuperação  e manutenção  da  infraestrutura  e  Difusão  de 

Tecnologias apropriadas e na assistência técnica; 

Na  dimensão  sociocultural  e  educacional:  Elevação  da  educação  e  qualificação  da 

população do território e a Melhoria das condições sociais da população territorial; 

Na  dimensão  Ambiental:  Conservação,  preservação  e  uso  sustentável  dos  recursos 

naturais  e  Ampliação  da  oferta  e  gestão  integrada  dos  recursos  hídricos;  E  na 

dimensão  Político  Institucional:  Descentralização  e  melhoria  da  Gestão  Pública  e 

Fortalecimento das organizações da sociedade civil e controle social; 

Acredita‐se que  a  partir  dos  Eixos  Estratégicos  e  da  efetivação  das  ações  propostas 

listadas no quadro a seguir, o  território Potengi possa a curto, médio e  longo prazo, 

cumprir com a missão de gerar desenvolvimento sustentável com igualdade e inclusão 

social. 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 157

 

3.6 Relação entre o Diagnóstico, os Eixos Estratégicos e os Programas 

O  Diagnóstico,  segundo  as  dimensões  Socioeconômica,  Sociocultural  Educacional, 

Ambiental e Político‐institucional, foi elaborado a partir de várias oficinas territoriais e 

serviu de base para apontar os Eixos Estratégicos, os Programas e projetos prioritários 

para o desenvolvimento  sustentável dos onze municípios que  compõem o Território 

Potengi. 

É  de  fundamental  importância,  na  seqüência  do  processo  de  mobilização  e 

participação, que se tenham bem fixados os principais conceitos que, em consonância 

com  a  missão  institucional,  orientam  a  estratégia  de  apoio  ao  desenvolvimento 

territorial,  com  a  elaboração  do  Plano  Territorial  de  Desenvolvimento  Rural 

Sustentável – PTDRS. 

Visando  promover  o  desenvolvimento  territorial,  os  Eixos  Estratégicos  foram 

desagregados  em  Programas  e  Projetos,  explicitando  as  ações  concretas  que 

constituem instrumentos operacionais de estratégia de desenvolvimento. 

Eixo 1: Formação, ampliação e consolidação das cadeias produtivas. 

Destaca‐se  como  eixo  estratégico  de  desenvolvimento  territorial,  a  ampliação  e 

consolidação das cadeias produtivas existentes. 

Eixo 2: Ampliação, recuperação e manutenção da infraestrutura; 

A oferta adequada e com qualidade de transporte, energia e comunicação é um fator 

decisivo  para  a  atuação  da  economia  do  território,  além  de  constituir  serviços 

importantes para a qualidade de vida da população. 

Eixo 3: Difusão de Tecnologias apropriadas e na assistência técnica 

A difusão de novas tecnologias é uma condição fundamental para a consolidação das 

atividades econômicas e para o aumento da renda. 

 

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158 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Eixo 4: Elevação da educação e qualificação da população do Território 

Constitui  um  eixo  central  da  estratégia  de  desenvolvimento  do  Território,  criando 

condições para igualdade de oportunidades sociais. 

Eixo 5: Melhoria das Condições Sociais do Território Potengi 

Este eixo objetiva a melhoria das condições de vida da população, gerando emprego, 

ampliando a escolaridade e a qualificação e aumentando o capital social. 

Eixo 6: Conservação, Preservação e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

Os Recursos Naturais permitem uma vida saudável, desde que sejam aproveitados de 

forma sustentável, conservando os solos, bacias e os ecossistemas. 

Eixo 7: Descentralização e Melhoria da Gestão Pública 

Para melhorar a qualidade da gestão pública é necessário modernizar as  instituições, 

descentralizar as decisões e a execução das ações. 

Eixo 8: Fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil e Controle Social 

Constituem  como  elementos  importantes  da  democratização  da  sociedade  e  da 

formação do capital social, a organização da sociedade e a ampliação dos espaços de 

participação. 

 

 

 

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ica

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160 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

 

 

CAPÍTULO 4 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PPRROOGGRRAAMMAASS  EE   PPRROOJJEETTOOSS

CAPÍTULO IV

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 161

PROGRAMAS E PROJETOS  

Os  programas  e  projetos  aqui  apresentados  são  resultados  de  um  processo  de 

participação  coletiva  na  elaboração  do  Plano  Territorial  de  Desenvolvimento  Rural 

Sustentável  do  Potengi,  baseado  nos  Eixos  Estratégicos  que  foram  construídos  nas 

oficinas  territoriais, de maneira que contribuiu para  identificar programas e projetos 

em busca do desenvolvimento sustentável. 

A construção do PTDRS  teve como ponto de partida a  realização de um diagnóstico, 

focado  nas  dimensões  Sociocultural  Educacional,  Socioeconômica,  Ambiental  e 

Político‐Institucional,  contemplando  diversos  aspectos  da  realidade  territorial,  de 

maneira  que  possibilitou  analisar  os  problemas  e  apontar  soluções  dentro  de  uma 

estratégia de ação capaz de contribuir com as articulações que projetam o futuro. 

 

Quadro 43 – Distribuição de Eixos, Programas e Projetos por Dimensão 

DIMENSÃO  EIXOS  PROGRAMAS  PROJETOS 

Sociocultural Educacional  01  03  12 

Socioeconômica  01  01  08 

Ambiental  01  03  05 

Político Institucional  01  02  02 

TOTAL  04  09  27 

 

 

 

 

 

 

 

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162

PLA

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RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

4.1 Dim

ensão Sociocultural Edu

cacion

al 

  Quadro 44

 ‐ Eixo Estratégico 1: Program

as e Projetos para a Elevação da

 Edu

cação e Qualificação

 da Po

pulação do

 Território, e a propo

sta de

 

implantação com possíveis parcerias e suas atribu

içõe

s. 

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Elevação

 da ed

ucação

 e qualificação

 da po

pulação do

 territó

rio 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Melho

ria da

 qu

alidade da

 ed

ucação

 

Prom

over 

capacitações e 

treinamen

to 

perm

anen

te dos 

professores da

 rede

 estadual e 

mun

icipal do 

ensino

 fund

amen

tal e 

méd

io 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

 Diretoria Regional de Ed

ucação

 – 

DIRED

 (São

 Paulo do Po

tengi) 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

    

Governo

 Estad

ual 

Realizar capacita

ções e treinamen

to para os 

professores da

 red

e estadu

al de en

sino

 Governo

 Mun

icipal 

Realizar capacita

ções e treinamen

to para os 

professores da

 red

e mun

icipal de en

sino

 

     

Construir no

vas 

unidades 

escolares 

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Edu

cação ‐ M

EC 

Governo

 Estad

ual 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para 

construção

 de no

vas escolas no

 territó

rio do

 Poten

gi 

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RIT

OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

163

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Elevação

 da ed

ucação

 e qualificação

 da po

pulação do

 territó

rio 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

                         Melho

ria da

 qu

alidade da

 ed

ucação

 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

 Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Governo

 Estad

ual 

Construir no

vas un

idades estaduais de en

sino

 nos 

mun

icípios do

 Poten

gi 

Governo

 Mun

icipal 

Construir no

vas un

idades m

unicipais de

 ensino. 

Recupe

rar as instalaçõe

s físicas das escolas estaduais 

situadas na região

 do Po

tengi. 

Melho

rar as 

instalaçõe

s físicas 

das escolas 

estadu

ais e 

mun

icipais 

 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

  Diretoria Regional de Ed

ucação

 – 

DIRED

 (São

 Paulo do Po

tengi); 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

 

Governo

 Mun

icipal 

Recupe

rar as instalaçõe

s físicas das escolas m

unicipais 

situadas em seu

s do

mínios. 

 

Equipar as 

escolas estadu

ais 

e mun

icipais 

 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

 Diretoria Regional de Ed

ucação

 – 

DIRED

 (São

 Paulo do Po

tengi); 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

 

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilização

 de eq

uipamen

tos técnicos e 

pedagógicos para m

elho

rar a qu

alidade de

 ensino 

oferecida nas escolas estadu

ais. 

Governo

 Mun

icipal 

 Dispo

nibilização

 de eq

uipamen

tos técnicos e 

pedagógicos para m

elho

rar a qu

alidade de

 ensino 

oferecida nas escolas mun

icipais 

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164

PLA

NO

TE

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ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Elevação

 da ed

ucação

 e qualificação

 da po

pulação do

 territó

rio 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Implantar 

bibliotecas e 

ampliar o acervo

 das já existen

tes 

 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

 Diretoria Regional de Ed

ucação

 – 

DIRED

 (São

 Paulo do Po

tengi); 

 Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

  

Governo

 Estad

ual 

Firm

ar parcerias com

 os mun

icípios para a 

implantação de

 novas bibliotecas pú

blicas; 

Aum

entar o nú

mero de

 pub

licaçõe

s de

stinadas às 

bibliotecas; 

Equipar as bibliotecas da

 red

e estadu

al de en

sino

. Governo

 Estad

ual 

Construir bibliotecas pú

blicas para aten

der a de

manda

 local. 

Aum

entar o acervo

 bibliográfico nas bibliotecas 

mun

icipais. 

Equipar as bibliotecas da

 red

e mun

icipal de en

sino

Melho

ria da

 qu

alidade da

 ed

ucação

 

Fortalecer a infra‐

estrutura das 

escolas rurais 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

  

 Governo

 Mun

icipal 

Reform

ar a estrutura física das escolas rurais; 

Adq

uirir no

vos eq

uipamen

tos técnicos e ped

agógicos 

para as institu

içõe

s de

 ensino; 

Capacitar os professores 

Melho

rar as 

cond

içõe

s de

 de

slocam

ento 

dos alun

os do 

meio rural que

 freq

üentam

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Edu

cação ‐ M

EC 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos – SEC

Governo

 Mun

icipal 

Governo

 Fed

eral 

Libe

ração de

 recursos fin

anceiros para adqu

irir ou 

melho

rar a qu

alidade do

s transportes de

stinados aos 

estudantes da zona

 rural. 

Governo

 Estad

ual 

Aqu

isição

 e m

anuten

ção de

 ônibu

s para o transporte 

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DE

DES

ENV

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IMEN

TO R

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AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

165

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Elevação

 da ed

ucação

 e qualificação

 da po

pulação do

 territó

rio 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

escolas na

 área 

urbana

 Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

 do

s estudantes da rede

 estadual de en

sino

. Governo

 Mun

icipal 

Aqu

isição

 e m

anuten

ção de

 ônibu

s e microôn

ibus 

para o transporte dos estud

antes da

 red

e mun

icipal 

de ensino. 

Ampliar e 

melho

rar os 

programas de 

alfabe

tização

 de 

jovens e adu

ltos 

em to

dos os 

mun

icípios do

 Po

tengi 

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Edu

cação – MEC

 Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

dos Despo

rtos ‐ SECD

 Diretoria Regional de Ed

ucação

 – 

DIRED

 (São

 Paulo do Po

tengi); 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Ed

ucação

 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para ampliar 

os program

as de alfabe

tização

 de jovens e adu

ltos. 

Governo

 Estad

ual 

Ampliar e executar os programas de jovens e adu

ltos 

em to

dos os m

unicípios do

 Poten

gi. 

Governo

 Mun

icipal 

Ampliar e executar os programas de jovens e adu

ltos 

em to

dos os m

unicípios do

 Poten

gi. 

Melho

ria da

 qu

alidade da

 ed

ucação

 

Implantar escolas 

de inclusão

 digita

l

Governo

 Fed

eral 

Ministério das Telecomun

icaçõe

s –  

Ministério do

 Desen

volvim

ento, 

Indú

stria e Co

mércio Exterior ‐ MDIC. 

Ministério da

 Edu

cação ‐ M

EC 

Ministério do

 Desen

volvim

ento 

Agrário – M

DA 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Ed

ucação, da Cu

ltura e 

Governo

 Fed

eral 

Libe

ração de

 recursos fin

anceiros para a im

plantação 

de escolas de inclusão

 digita

l. Governo

 Estad

ual 

Instalar as escolas de

 inclusão

 digita

l em to

dos os 

mun

icípios da

 região. 

Governo

 Mun

icipal 

Dispo

nibilizar espaços para a instalação

 das às escolas 

de inclusão. 

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RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Elevação

 da ed

ucação

 e qualificação

 da po

pulação do

 territó

rio 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

dos Despo

rtos – SEC

Institu

to de Assistência Técnica e 

Extensão

 Rural do Rio Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER         

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Iniciativa Privada

 Microsoft 

Contratação de

 profission

ais para difu

ndir 

conh

ecim

entos sobre inform

ática. 

Realizar m

anuten

ção do

s eq

uipamen

tos de

 inform

ática. 

Iniciativa Privada

 Co

labo

rar junto com os en

tes fede

rativ

os (U

nião, 

Estado

 e M

unicípios) na im

plantação das escolas de

 inclusão

 digita

l. Articular junto 

a UFRN e ao IFRN

 a 

criação de

 cursos 

técnicos 

e de

 nível 

supe

rior 

volta

dos 

para a 

realidade local. 

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Edu

cação – MEC

 Universidade Fede

ral do

 Rio G

rand

e do

 Norte – UFRN 

IFRN

 e UFRN 

Governo

 Fed

eral 

Implantar cursos técnicos e de

 nível sup

erior volta

dos 

para a realidade local 

         

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AL

SUST

ENTÁ

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DO

PO

TEN

GI

167

Quadro 45

 ‐ Eixo Estratégico 2: Program

as e Projetos para a M

elho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais, e a propo

sta de

 implantação com possíveis 

parcerias e suas atribuições. 

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Incentivo à 

ocup

ação

 e ren

da 

Incentivo a 

ocup

ação

 profission

al de 

jovens e 

mulhe

res 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Estado

 do Trabalho

, da 

Habita

ção e da

 Assistência Social – 

SETH

AS 

Secretaria 

de 

Desen

volvim

ento 

Econ

ômico – SEDEC

. Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Governo

 Estad

ual 

Viabilizar iniciativ

as de geração de

 emprego e rend

a para jovens e m

ulhe

res. 

Governo

 Mun

icipal 

Form

ar parcerias 

com a 

iniciativ

a privada 

para 

inserir jovens e m

ulhe

res no

 mercado

 de trabalho

.  

Erradicação do

 trabalho

 infantil 

Governo

 Fed

eral 

UFRN, IFRN 

Ministério Pú

blico 

Delegacias Re

gion

ais de

 Trabalho ‐ 

DTR

 Governo

 Estad

ual 

SETH

AS 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

ONGs 

 

Governo

 Fed

eral 

Articular instituições de form

ação

 existen

tes para 

realização

 de cursos de capacitação, com

 vistas para 

perm

itir o 

avanço d

a escolaridade

 da 

popu

lação 

jovem. 

Governo

 Estad

ual 

Envolver e articular os órgãos púb

licos e privado

s para um

a atuação 

conjun

ta, 

no sentido 

de 

iden

tificação

 dos focos do prob

lema, com

 vistas a 

seu eq

uacion

amen

to 

 

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ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

 

Ampliação e 

facilitação

 do 

acesso ao micro 

créd

ito 

Governo

 Fed

eral 

Banco do

 Norde

ste, Banco do Brasil 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

SEBR

AE 

Coop

erativas; 

ONGs 

Governo

 Fed

eral 

Mapear e 

cadastrar pe

ssoas 

interessadas em

 ob

ter 

micro‐crédito; 

Governo

 Mun

icipal 

Iden

tificar e m

obilizar organizações e coo

perativas com

 cond

içõe

s de

 oferecer micro‐crédito sob

 mod

alidades 

facilitadas à pop

ulação

 de baixa rend

a. 

 

Redu

ção da

 Po

breza 

Ampliação e 

controle social 

das 

Transferên

cias 

governam

entais 

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Social – M

DS 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria Estadu

al de

 Trabalho

, Habita

ção 

e Assistência 

Social 

(SETHAS) 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

 

Governo

 Fed

eral  

Estim

ular a criação

 de rede

s de

 con

trole social 

Fiscalizar a aplicação

 de recursos fe

derais 

Governo

 Mun

icipal 

Verificar 

constantem

ente 

a situação

 do

s be

neficiários do

 Programa 

Bolsa 

Família, visand

o redu

zir o nú

mero de

 pessoas cadastradas que

 não

 precisam

 do be

neficio.  

Criar mecanismos de

 atualização

 do

s dado

s do

s be

neficiários em to

dos os m

unicípios do

 Território. 

 

Assistência Social 

e açõe

s compe

nsatórias 

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério de

 Desen

volvim

ento 

Social 

Governo

 Estad

ual 

SETH

AS 

Governo

 Fed

eral 

Consolidar as açõe

s qu

e se voltam para a redu

ção 

da situ

ação

 de risco do

s contingentes da po

pulação 

em con

dição de

 vulne

rabilidade social; 

Governo

 Estad

ual 

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TEN

GI

169

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Realizar avaliações sistem

áticas sobre 

as açõe

s de

senvolvidas; 

Governo

 Mun

icipal 

Iden

tificar con

tingentes pop

ulacionais em situ

ação

 de

 risco. 

 

Melho

ria das 

Cond

içõe

s Habita

cion

ais 

 

Construção

 e 

Ampliação de

 Moradias 

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério das cidade

s Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Estado

 do Trabalho

, da 

Habita

ção 

e da

 Assistência Social‐ 

SETH

AS 

Programa Estadu

al de Habita

ção  

 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para Ampliar 

os program

as habita

cion

ais  

Governo

 Estad

ual 

Construir 

e form

ar residê

ncias 

em todo

s os 

mun

icípios do

 territó

rio. 

 

Melho

ria das 

Cond

içõe

s de

 Saúd

e  

Reestruturação

 e 

ampliação do

s serviços de 

assistên

cia 

preven

tiva, 

méd

ico e 

odon

tológica 

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Saúde

 Universidade Fede

ral do RN

 ‐ UFRN 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria Estadual de Saúd

e Governo

 Mun

icipal 

Secretaria M

unicipal de Saúd

e Co

nselho

 Mun

icipal de saúd

e Agentes Com

unitá

rios de Saúd

e Pastoral da Criança 

Governo

 Fed

eral 

Ampliar os program

as integrantes do SU

S (ESF, Equipe

 de

 Saúde

 Bucal, CEO

´s) 

 

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170

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TO

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RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Reestruturação

 e 

Ampliação da

 Re

de Física do

s Serviços de Saúd

e

Governo

 Fed

eral 

Ministério da

 Saúde

 Governo

 Estad

ual 

Secretaria Estadual de Saúd

e Governo

 Mun

icipal 

Secretaria M

unicipal de Saúd

e  

  Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilizar recursos fin

anceiros para viabilizar 

a construção, reforma ou

 ampliação e eq

uipar as unidade

s de

 saúde

 existen

tes 

 

 Va

lorização da

 cultu

ra regional 

Fortalecim

ento 

da infra‐estrutura 

cultu

ral 

Governo

 Fed

eral 

Ministério do

 Turismo 

Ministério da

 Cultura 

Ministério das cidade

s Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Planejam

ento e Fianças 

– SEPLAN 

Secretaria Estadual de Infraestrutura 

Secretaria de Turism

o Secretaria da Ed

ucação

 e da Cu

ltura; 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Secretarias Mun

icipais de

 Turismo e 

Infraestrutura 

Governo

 Fed

eral 

Libe

ração de

 recursos fin

anceiros para a construção

 de

 espaços destin

ados ao fortalecim

ento da cultu

ra 

region

al; 

Apo

iar fin

anceiram

ente a

 con

strução 

de e

spaços 

destinados ao espo

rte e a cultu

ra local. 

Executar a con

strução de

 espaços que

 valorizem

 as 

práticas culturais e ativ

idades despo

rtivas. 

Governo

 Mun

icipal 

Dispo

nibilizar espaços para a construção

 de espaços 

dedicado

s a cultu

ra e as praticas despo

rtivas 

 

Fortalecer as 

práticas culturais 

med

iante a 

Governo

 Fed

eral 

Serviço Brasileiro de

 Apo

io às Micro e 

Pequ

enas Empresas ‐ SEBR

AE‐RN

Governo

 Fed

eral 

Realizar cursos de

 form

ação

 e 

aperfeiçoamen

to 

visand

o fortalecer as práticas culturais existen

te no 

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AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

171

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

realização

 de 

cursos de 

form

ação

 e 

aperfeiçoamen

to 

de grupo

s locais 

Serviço 

Nacional de

 Apren

dizagem 

Comercial – SEN

AC 

Governo

 Estad

ual 

Fund

ação

 José Augusto 

 

territó

rio.  

Governo

 Estad

ual 

Difu

ndir a

s práticas culturais a

través d

e even

tos, 

cursos d

e form

ação

 e ape

rfeiçoam

ento entre d

os 

grup

os locais 

    4.1.1 Cron

ograma de

 Execução da

s Ações da Dim

ensão Sociocultural Edu

cacion

al 

  Quadro 46: C

rono

gram

a de

 Execução das Ações previstas nos eixos estratégicos da

 Dim

ensão Sociocultural Edu

cacion

al no PTDRS

 do Po

tengi 

em um prazo de 10

 ano

s.  

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

Melho

ria da

 qualidade da

 ed

ucação

 

Prom

over 

capacitações 

e treinamen

to 

perm

anen

te 

dos 

professores 

da rede

 estadu

al e 

mun

icipal do en

sino

 fun

damen

tal e 

méd

io; 

  

  

  

  

  

Construir no

vas un

idades escolares; 

  

  

  

  

  

Melho

rar as instalações físicas das 

  

  

  

  

  

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VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

escolas estadu

ais e mun

icipais 

Equipar 

as escolas 

estadu

ais 

e mun

icipais 

  

  

  

  

  

Implantar bibliotecas e 

ampliar o 

acervo

 das já existen

tes; 

  

  

  

  

  

Fortalecer a 

infra‐estrutura 

das 

escolas rurais 

  

  

  

  

  

Melho

rar 

as 

cond

içõe

s de

 de

slocam

ento dos aluno

s do

 meio 

rural qu

e freq

üentam

 escolas 

na 

área

 urbana 

  

  

  

  

  

Ampliar e 

melho

rar os p

rogram

as 

de alfabe

tização

 de jovens e adu

ltos 

em to

dos os m

unicípios do

 Poten

gi 

  

  

  

  

  

Implantar escolas de

 inclusão

 digita

l  

  

  

  

  

 

Articular jun

to a U

FRN e ao IFRN

 a 

criação de

 cursos técnicos e de nível 

supe

rior volta

dos para a 

realidade 

local 

  

  

  

  

  

Incentivo à ocup

ação

 e 

rend

Incentivo a ocup

ação

 profission

al de 

jovens e m

ulhe

res 

  

  

  

  

  

Erradicação do

 trabalho

 infantil 

  

  

  

  

  

Ampliação e facilitação

 do acesso ao 

  

  

  

  

  

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SUST

ENTÁ

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DO

PO

TEN

GI

173

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

micro crédito 

Redu

ção da

 Pob

reza 

Ampliação 

e controle social das 

Transferên

cias governamen

tais 

  

  

  

  

  

Assistência 

Social 

e açõe

s compe

nsatórias 

  

  

  

  

  

Melho

ria das Co

ndiçõe

s Habita

cion

ais 

Construção

 e Ampliação de

 Moradias 

com habita

bilidade 

  

  

  

  

  

Melho

ria das Co

ndiçõe

s de

 Saúde

 

Reestruturação

 e 

ampliação 

dos 

serviços de

 assistên

cia 

preven

tiva, 

méd

ico e od

ontológica 

  

  

  

  

  

Reestruturação

 e Ampliação da

 Red

e Física dos Serviços de

 Saúde

  

  

  

  

  

 

Valorização da

 cultura 

region

al 

Fortalecim

ento 

da 

infra‐estrutura 

cultu

ral 

  

  

  

  

  

Fortalecer 

as 

práticas 

cultu

rais 

med

iante a realização

 de cursos de 

form

ação

 e 

aperfeiçoamen

to de

 grup

os locais 

  

  

  

  

  

       

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VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

4.2 Dim

ensão Ambien

tal 

Quadro 47

 ‐ Eixo Estratégico 3: P

rogram

as e Projetos para a Con

servação

, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos, e a propo

sta 

de im

plantação com possíveis parcerias e suas atribu

içõe

s. 

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

PROGRA

MAS  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Conservação 

Ambien

tal 

Diagnóstico da

 bacia Hidrográfica 

do Rio Poten

gi 

Governo

 Fed

eral 

Ministério do

 Meio Ambien

te 

ICMBIO 

Governo

 Estad

ual 

SEMARH

 EM

ATER 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilizar recursos fin

anceiros; 

Governo

 Estad

ual/Mun

icipal 

Delim

itar e qu

antificar as áreas prioritárias a serem

 recupe

radas; 

Reflo

restar as margens do rio Po

tengi; 

Realizar m

onito

ramen

to dos desmatam

entos e as 

práticas agrícolas 

Fortalecim

ento 

da Gestão 

Ambien

tal 

 

Apo

io a 

recupe

ração de

 ecossistem

as  

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério do

 Meio Ambien

te 

BNB 

BANCO

 DO BRA

SIL 

Governo

 Estad

ual 

SEMARH

 EM

ATER 

IDEM

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilizar recursos fin

anceiros; 

Governo

 Estad

ual 

Apo

iar as ações de manejo susten

tável da caatinga; 

Governo

 Mun

icipal 

Elaborar e im

plantar planos de manejo da

 caatin

ga 

 

Fortalecim

ento 

Implantação e 

Governo

 Fed

eral 

Governo

 Fed

eral 

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DES

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IMEN

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SUST

ENTÁ

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DO

PO

TEN

GI

175

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

PROGRA

MAS  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

da Gestão 

Ambien

tal 

 

ampliação do

 Sistem

a de

 Gestão 

Integrada de

 Re

sídu

os Sólidos 

Ministério do

 Meio Ambien

te 

BNB 

BANCO

 DO BRA

SIL 

Governo

 Estad

ual 

SEMARH

 EM

ATER 

IDEM

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

 

Dispo

nibilizar recursos fin

anceiros 

Governo

 Estad

ual 

Implantar 

açõe

s qu

e assegurem 

um 

maior 

cumprim

ento das le

gislaçõe

s urbanas e am

bien

tais, 

garantindo

 o con

trole am

bien

tal n

o licen

ciam

ento e 

na fiscalização; 

Governo

 Mun

icipal 

Realizar 

campanh

as 

de 

sensibilização 

da 

comun

idade 

Implantar um

 sistema de

 inform

açõe

s am

bien

tais; 

Divulgação e 

educação

 sanitá

ria 

e am

bien

tal 

 

Governo

 Fed

eral 

Ministério do

 Meio Ambien

te 

Governo

 Estad

ual 

SECD

 SEMARH

 EM

ATER 

IDEM

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Governo

 Estad

ual/Mun

icipal 

Desen

volver u

m p

rogram

a de

 divulgação 

sobre a 

impo

rtância 

da água

 e 

da ne

cessidade 

de sua 

conservação e utilização racion

al; 

Inserir e institu

cion

alizar a tem

ática de

 edu

cação 

ambien

tal nas escolas dos m

unicípios do

 territó

rio; 

 

           

Implantação de

 projetos de 

quintais produ

tivos 

nas comun

idades e 

assentam

entos 

rurais 

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Agrário – M

DA 

Ministério da

 Agricultura, P

ecuária e 

Abastecim

ento – M

APA

 Governo

 Estad

ual 

Governo

 Fed

eral 

Apo

iar através de

 recursos fin

anceiros a im

plantação 

dos 

projetos de

 qu

intais prod

utivos no

 territó

rio 

serido

ense. 

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilização

 de

 profission

ais 

para orientar os 

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EN

TO

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RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

PROGRA

MAS  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

   Fortalecim

ento 

da Gestão 

Ambien

tal 

 

consorciando

 espé

cies florísticas 

nativ

as e frutífe

ras 

Secretaria de Estado

 da Agricultura, 

da Pecuária e da

 Pesca – SAPE

 Institu

to de

 Assistência Técnica 

e Extensão

 Ru

ral do

 Rio 

Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER                                        

Secretaria de

 Estado

 de

 Assun

tos 

Fund

iários e Apo

io à Reforma Agrária 

‐ SEA

RA      

Governo

 Mun

icipal 

Secretaria de

 Meio 

Ambien

te e 

Agricultura 

Instituições Finan

ceiras  

Banco do

 Norde

ste 

Banco do

 Brasil                                          

Socied

ade Civil 

Articulação

 do Semiárido

 – ASA

 ONGs e OSCIP 

Associações Com

unitá

rias 

Sind

icatos 

dos 

Trabalhado

res 

e Trabalhado

ras Ru

rais ‐ STTR

 

proced

imen

tos 

necessários 

a im

plantação 

dos 

projetos de

 qu

intais prod

utivos nas 

comun

idades 

rurais; 

Distribuição de

 mud

as frutíferas para o plantio

 nos 

quintais produ

tivos. 

Governo

 Mun

icipal 

Fortalecer a

s açõe

s com a

 distribuição 

de m

udas 

nativ

as e frutífe

ras. 

Instituições Finan

ceiras  

Financiar a fund

o pe

rdido a construção

 de cisternas e 

aquisição de

 mud

as para im

plantação do

s projetos de 

quintais prod

utivos nas 

comun

idades rurais do

 Po

tengi 

Socied

ade Civil 

Ampliar a 

construção

 de

 cisternas 

calçadão

 para 

facilitar a im

plantação do

s qu

intais; 

Mob

ilizar a po

pulação rural sobre os ben

efícios da

 im

plantação do

s projetos de qu

intais produ

tivos; 

Mapear 

as 

comun

idades 

rurais 

que 

desejam 

implantar os projetos de

 quintais prod

utivos; 

Acompanh

ar e 

mon

itorar 

a im

plantação 

e o 

desenvolvimen

to dos quintais prod

utivos na região

 do

 Poten

gi. 

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DES

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IMEN

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SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

177

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

PROGRA

MAS  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

                        

Ampliação da

 oferta e gestão 

integrada do

s Re

cursos Hídricos

 

 Co

nstrução, 

ampliação, 

recupe

ração e 

operação

 de infra‐

estrutura hídrica 

 

Governo

 Fed

eral 

Dep

artamen

to Nacional de

 Obras 

Contra as Secas – DNOCS

 Governo

 Estad

ual 

Secretaria de

 Meio 

Ambien

te e 

Recursos Hídricos – SEMARH

      

 Program

a Desen

volvim

ento 

Solidário – PDS 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Secretarias mun

icipais de

 Obras 

Governo

 Fed

eral 

Viabilizar a construção

 de açud

es púb

licos para sanar 

a carência de água

 nos m

unicípios afetados por secas. 

Governo

 Estad

ual 

Viabilizar recursos junto 

ao Governo

 fede

ral para 

construção

 de 

infra‐estrutura 

hídrica 

no T

erritório 

Potengi.  

Governo

 Mun

icipal 

Dispo

nibilização

 de

 recursos para construção

 de

 infraestrutura hídrica. 

Construção, 

ampliação e 

recupe

ração de

 sistem

as 

simplificado

s de

 água

 

Governo

 Fed

eral 

Dep

artamen

to Nacional de

 Obras 

Contra as Secas – DNOCS

 Governo

 Estad

ual 

Secretaria de

 Meio 

Ambien

te e 

Recursos Hídricos – SEMARH

      

 Program

a Desen

volvim

ento 

Solidário – PDS 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Secretarias mun

icipais de

 Obras 

Socied

ade civil 

Articulação

 do Semiárido

 ‐ ASA

 

Governo

 Fed

eral 

Apo

iar 

à construção

 e 

operação

 de

 sistem

as 

simplificado

s; 

Governo

 Estad

ual 

Aum

entar a oferta d

e água

 para consum

o difuso, 

racion

alizando

 a 

construção, a 

manuten

ção 

e a 

conservação 

de no

vas 

fontes de

 abastecimen

to 

simplificado

 de água; 

Governo

 Mun

icipal 

Sensibilizar e mob

ilizar a comun

idade para um m

aior 

envolvim

ento na gestão

 dos recursos hídricos. 

Socied

ade civil 

Prom

over a participação

 dos diversos atores sociais 

envolvidos na gestão

 dos recursos hídrico; 

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178

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ESE

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VIM

EN

TO

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RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

4.2.1.Cron

ograma de

 Execução da

s Ações da Dim

ensão Ambien

tal 

  Quadro 48: C

rono

gram

a de

 Execução das Ações previstas nos eixos estratégicos da

 Dim

ensão Ambien

tal no PTDRS

 do Po

tengi em um prazo de 

10 ano

s.  

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

Conservação Ambien

tal 

Diagnóstico e recupe

ração da

 bacia 

Hidrográfica do

 Rio Poten

gi 

  

  

  

  

  

Fortalecim

ento da 

Gestão Ambien

tal 

Apo

io a recup

eração

 de ecossistem

as 

  

  

  

  

  

Implantação e am

pliação do

 Sistema 

de Gestão 

Integrada 

de Re

sídu

os 

Sólidos 

  

  

  

  

  

Divulgação 

e ed

ucação

 sanitária 

e am

bien

tal 

  

  

  

  

  

Ampliação 

da oferta e 

gestão

 integrada 

dos 

Recursos Hídricos 

Implantação de

 projetos de

 quintais 

prod

utivos 

nas 

comun

idades 

e assentam

entos 

rurais consorciando

 espé

cies 

florísticas 

nativ

as 

e frutífe

ras 

  

  

  

  

  

Construção, am

pliação, recup

eração

 e op

eração

 de infra‐estrutura hídrica 

  

  

  

  

  

Construção, ampliação e recupe

ração 

de sistemas sim

plificado

s de

 água. 

  

  

  

  

  

 

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DES

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ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

179

4.3 Dim

ensão Socioe

conô

mica 

Quadro 49

 ‐ Eixo Estratégico 4: Program

as e Projetos para a Formação

, Ampliação e Co

nsolidação

 das Cad

eias Produ

tivas, e a propo

sta de

 

implantação com possíveis parcerias e suas atribu

içõe

s.  

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Ampliação e 

consolidação

 da 

cade

ia produ

tiva 

do Leite 

 

Aqu

isição

 de 

Equipamen

tos para 

instalação

 de un

idades 

de Resfriamen

to de Leite

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Agrário 

Ministério da

 Ciência e Tecno

logia 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria da Agricultura 

Empresa de

 Pesqu

isa Agrop

ecuária do

 Rio Grand

e do

 Norte ‐ EM

PARN

 Governo

 Mun

icipal 

Secretaria M

unicipal de Agricultura 

Governo

 Fed

eral 

Apo

iar os cen

tros com

unitá

rios de prod

ução

 em

 investim

ento na infra‐estrutura 

Investim

ento e

m U

sinas de

 Ben

eficiamen

to 

do Leite 

Governo

 Estad

ual 

Libe

rar recursos financeiros p

ara 

conclusão 

dos Tanq

ues de

 Resfriamen

to d

e Leite

 em 

todo

 Território e executar os projetos; 

Realizar 

cursos 

de 

capacitação 

sobre 

alim

entação, 

sanidade

, manejo, 

melho

ramen

to gen

ético e gerenciamen

to da 

atividade pe

cuária. 

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180

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EN

TO

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RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Melho

ria da

 qualidade 

através da

 po

tencialização

 da 

reserva alim

entar e 

melho

ramen

to gen

ético 

Governo

 Estad

ual 

EMATER, ID

IARN

, EMPA

RN 

Governo

s Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Agricultura 

Governo

 Estad

ual 

Difu

ndir pe

squisa sobre 

expe

riên

cias com 

supo

rte forrageiro a animais no

 sem

iárido

 Prom

over 

Pesquisas 

com 

demandas 

levantadas no colegiado 

Governo

s Mun

icipais 

Colabo

rar 

em 

processo 

de 

pesquisa 

participativa 

Prom

over Dias de

 Cam

pos sobre o tema 

Ado

tar 

expe

riên

cias piloto de

 manejo 

e prod

ução

 de forragen

s para várias espé

cies 

anim

ais no

 sem

iárido

 Estim

ular à m

elho

ria do

 rebanh

o, m

ediante 

inseminação

 artificial e 

substituição gradativa 

dos plantéis 

Governo

 Estad

ual 

EMATER, ID

IARN

, EMPA

RN 

Governo

s Mun

icipais 

Secretaria M

unicipal de Agricultura 

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilizar 

matrizes 

e reprod

utores 

melho

rado

s gene

ticam

ente para substituir 

gradativam

ente o 

rebanh

o do

 territó

rio 

Potengiense. 

   Ampliação e 

consolidação

 da 

cade

ia produ

tiva 

da Fruticultura 

   

Realizar estud

o de

 mercado

 e de 

potencialidades da 

fruticultura no territó

rio 

 

Governo

 Fed

eral 

Secretaria 

de 

Desen

volvim

ento 

Territo

rial ‐ SD

T Serviço Brasileiro de

 Apo

io às Micro e 

Pequ

enas Empresas ‐ SEBR

AE‐RN

. Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Estado

 da Agricultura, 

da Pecuária e da

 Pesca – SAPE

 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para 

realização

 dos estud

os; 

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para 

realização

 dos estud

os; 

Governo

 Mun

icipal 

Apo

io logístico para facilitar a realização

 dos 

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DES

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TO R

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SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

181

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

                     Ampliação e 

consolidação

 da 

cade

ia produ

tiva 

da Fruticultura 

Institu

to de Assistência Técnica e 

Extensão

 Rural do Rio Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER/RN

 Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Socied

ade Civil 

ONGs e OSCIP 

Associações Com

unitá

rias 

Sind

icatos dos Trabalhadores Rurais 

Assen

tamen

tos Ru

rais 

estudo

s; 

Socied

ade Civil 

Mob

ilizar a po

pulação local para a realização

 do

s estudo

s de

 mercado

 e de po

tencialidades 

da fruticultura. 

 

 Substituir os cajue

iros 

improd

utivos por 

varied

ades m

elho

radas e 

precoces, promover a 

substituição de

 cop

as e 

estim

ular a con

sorciação 

com culturas 

tempo

rárias 

 

 Governo

 Fed

eral 

Secretaria da

 Agricultura Familiar – 

SAF  

Serviço Brasileiro de

 Apo

io às Micro e 

Pequ

enas Empresas ‐ SEBR

AE‐RN

. Em

presa 

Brasileira 

de 

Pesquisa 

Agrop

ecuária – EM

BRAPA

 Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Estado

 da Agricultura, 

da Pecuária e da

 Pesca – SAPE

 Institu

to de Assistência Técnica e 

Extensão

 Rural do Rio Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER/RN

 Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Governo

 Fed

eral 

Financiar Assessoria Técnica 

Realizar Estud

os da cade

ia produ

tiva 

Prom

over pe

squisa adeq

uada

 a 

realidade 

semi‐á

rida

 Governo

 Estad

ual 

Prom

over Dias de

 Cam

po e eventos de 

capacitação   

Assessorar as com

unidades e grupo

s prod

utivos  

Governo

 Mun

icipal 

Apo

iar a mob

ilização e a estrutura de

 apo

io no 

núcleo

 urbano do

s cajuculto

res 

Fazer oficinas de técnicas  

Socied

ade Civil 

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182

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EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Socied

ade Civil 

ONGs e OSCIP 

Associações 

Comun

itárias 

e do

s Assen

tamen

tos Ru

rais 

Sind

icatos dos Trabalhadores Rurais 

Mob

ilizar os agricultores de

 acordo 

com a

 realidade prod

utivas das com

unidades 

               Ampliação e 

consolidação

 da 

cade

ia produ

tiva 

da Fruticultura 

               

Incentivar o 

associativismo e 

coop

erativismo en

tre os 

apicultores 

 

Governo

 Fed

eral 

Secretaria 

de 

Desen

volvim

ento 

Territo

rial – SDT 

Ministério da

 Agricultura, Pe

cuária e 

Abastecim

ento – M

APA

 Serviço Brasileiro de

 Apo

io às Micro e 

Pequ

enas Empresas ‐ SEBR

AE‐RN

. Governo

 Estad

ual 

Secretaria de Estado

 do Trabalho

, da

 Habita

ção 

e da

 Assistência Social – 

SETH

AS 

(Program

a de

 Desen

volvim

ento 

Solidário) 

Secretaria d

e Estado

 da Agricultura, 

da Pecuária e da

 Pesca – SAPE; 

Socied

ade Civil 

ONGs e OSCIP  

Sind

icatos 

dos 

Trabalhado

res 

e Trabalhado

ras Ru

rais – STTR; 

Fede

ração 

dos 

Trabalhado

res 

Governo

 Fed

eral 

Prom

over assessoria técnica na

 con

stitu

ição

 de

 associações e coo

perativ

as de prod

utores. 

Prom

over cursos de

 capacita

ção de

stinados ao 

fortalecim

ento de associaçõe

s e coop

erativas 

Libe

ração de

 recursos para a capita

lização

 de 

coop

erativas; 

Governo

 Estad

ual 

Apo

iar 

na constituição 

e aprovação 

de 

projetos com

unitá

rios. 

Socied

ade Civil 

Dispo

nibilização

 de técnicos para assessorar a 

constituição das associaçõe

s e coop

erativas de 

prod

utores rurais. 

 

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OR

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DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

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AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

183

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

                   Ampliação e 

consolidação

 da 

cade

ia produ

tiva 

da Fruticultura 

Trabalhado

ras na

 Agricultura Fam

iliar 

‐ FETRA

Implantar un

idades de 

bene

ficiamen

to de mel 

(casas de mel) com

 foco 

nos padrõe

s exigidos 

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Agrário ‐ MDA 

Secretaria 

de 

Desen

volvim

ento 

Territo

rial – SDT 

Ministério da

 Agricultura, Pe

cuária e 

Abastecim

ento – M

APA

 Governo

 Estad

ual 

Programa 

de 

Desen

volvim

ento 

Solidário ‐ PD

S Secretaria d

e Estado

 da Agricultura, 

da Pecuária e da

 Pesca – SAPE; 

Institu

to de

 Assistência Técnica 

e Extensão

 Ru

ral do

 Rio 

Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER            

Institu

to 

de 

Defesa 

e Inspeção

 Agrop

ecuária do

 RN ‐ IDIARN

. Institu

to 

de 

Desen

volvim

ento 

Econ

ômico e Meio Ambien

te – ID

EMA 

Governo

 Fed

eral 

Libe

ração 

de recursos para implantação 

das 

unidades de be

neficiamen

to de mel; 

Governo

 Estad

ual 

Libe

ração 

de recursos para implantação 

das 

unidades de be

neficiamen

to de mel; 

Libe

ração 

de licen

ças para a 

construção

 e 

funcionamen

to dos empreend

imen

tos  

Fornecer o

rien

tação 

técnica 

na implantação 

das un

idades de be

neficiamen

to de mel. 

 

Dem

ocratização

 do

 acesso a terra 

e regularização 

fund

iária 

Ampliar a regularização 

fund

iária e 

Estruturar os 

assentam

entos rurais no 

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Agrário ‐ MDA  

Institu

to N

acional de

 Colon

ização

 e 

Governo

 Fed

eral 

Dispo

nibilização

 de recursos financeiros para 

ampliar a regularização fund

iária no

 território 

do Poten

gi 

Page 184: PTDRS - Potengi Final - sit.mda.gov.brsit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio123.pdf · agricultura familiar e os socialmente excluídos, a formação de capital humano

184

PLA

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TE

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ESE

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VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

territó

rio Po

tengi 

 Re

form

a Agrária – IN

CRA  

Governo

 Estad

ual 

 SEA

RA 

EMATER/RN

                                                  

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras mun

icipais 

Secretarias Mun

icipais de

 Agricultura 

 

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilizar técnicos para obter in

form

açõe

s em

 cam

po; 

Realizar cadastro de

 tod

os os im

óveis rurais 

dos mun

icípios do

 Poten

gi; 

Elaborar plantas sob

re as prop

ried

ades rurais   

Emitir títulos de prop

ried

ade; 

Mob

ilização 

dos prop

rietários de

 terras em

 todo

s os m

unicípios do

 Poten

gi 

Dispo

nibilização

 de

 infra‐estrutura 

e de

 veículos p

ara 

dar supo

rte 

as p

esqu

isas e

campo

 e a m

obilização; 

Elaborar propo

stas de de

senvolvimen

to para 

serem im

plantadas no

s assentam

entos rurais; 

Desen

volver alternativas de

 geração 

de 

emprego e rend

a para as famílias assen

tadas 

Governo

 Mun

icipal 

Dispo

nibilização

 de

 infra‐estrutura 

e de

 veículos para apoiar a 

mob

ilização 

e a 

realização

 das pesqu

isas em cam

po 

Incentivos aos 

pequ

enos 

negócios 

Apo

io e incentivo ao

 Artesanato 

Governo

 Fed

eral 

Banco do

 Norde

ste 

Banco do

 Brasil 

Governo

 Estad

ual 

SETH

AS 

Governo

 Fed

eral 

Ampliar recursos de créd

ito para o artesanato  

Normatizar a aplicação

 de recursos de acordo

 com a realidade e mercado

s  

Governo

 Estad

ual 

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TER

RIT

OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

185

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Programa Desen

volvim

ento Solidário‐ 

PDS 

EMATER 

SEBR

AE 

SENAC 

STTR

 Associações 

Apo

iar em

 capacita

ções e

 intercâmbios d

as 

atividades em diversas tip

ologia 

Investir em unidade

 de oficinas com

unitá

rias 

de artesanato em

 cada mun

icípio do territó

rio 

Assessorar as fa

mílias que

 desen

volvem

 a arte, 

sobretud

o a juventud

e e as m

ulhe

res  

Levantar inform

açõe

s de

 mercado

 e promoção

 de

 marcas para os grup

os  

Prom

over cursos em

 con

junto com o governo

 do

 estado 

Incentivos aos 

pequ

enos 

negócios 

Consolidação

 das Feiras 

Livres 

Governo

 Fed

eral 

Ministério 

do 

Desen

volvim

ento 

Agrário – M

DA 

Ministério do

 Desen

volvim

ento Social 

e de

 Com

bate a Fom

e – MDS 

Ministério do

 Trabalho e Em

prego 

‐ MTE 

Governo

 Estad

ual 

SETH

AS 

Programa Desen

volvim

ento Solidário‐ 

PDS 

EMATER 

SEBR

AE 

SENAC 

Governo

 Mun

icipal 

Governo

 Fed

eral 

Implantar o 

SECA

FES 

com estruturação

 de

 po

ntos de vend

as e o m

ercado

 local 

Investir em

 feiras da

 agricultu

ra familiar e 

centros de

 com

ercialização

 solidários 

Lançar ed

itais de

 prom

oção

 de

 marcas 

e eq

uipamen

tos de

 feiras livres  

Governo

 Estad

ual 

Dispo

nibilizar linhas 

espe

cíficas de

 créd

ito 

para investim

ento em fe

iras livres; 

Incentivo 

a criação 

de 

associaçõe

s e 

coop

erativas que

 organizem

 as feiras livres; 

Governo

 Mun

icipal 

Organizar estud

os de mercado

s participativos  

Estruturar pon

tos de

 apo

io as feiras livres da 

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186

PLA

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ITO

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L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Form

ação, A

mpliação e Co

nsolidação

 das Cadeias Produ

tivas 

PROGRA

MA  

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Secretaria de Agricultura 

Secretaria 

de 

Infraestrutura 

e urbanism

o Socied

ade Civil 

STTR

 Associações 

Agricultura Fam

iliar  

             

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DE

DES

ENV

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SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

187

Quadro 50

 ‐ Eixo Estratégico 5: Program

as e Projetos para a Ampliação, Recup

eração

 e M

anuten

ção da

 Infraestrutura, e a propo

sta de

 

implantação com possíveis parcerias e suas atribu

içõe

s.  

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Ampliação, recup

eração

 e m

anuten

ção da

 infra‐estrutura 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Complem

entação e 

consolidação

 da 

infra‐estrutura‐ 

econ

ômica 

Melho

ria, 

conservação das 

rodo

vias 

existentes e 

implantação de

 rodo

vias vicinais 

Governo

 Fed

eral 

Ministério do

s Transportes 

Dep

artamen

to Nacional de 

Infraestrutura de Transportes ‐ D

NIT 

Governo

 Estad

ual 

Dep

artamen

to de Estradas e 

Rodagens – DER

 Governo

 Estad

ual 

Prefeituras Mun

icipais  

Secretarias de

 Obras e de Infra‐

Estrutura 

Governo

 Fed

eral 

Libe

rar recursos financeiros para recup

eração

 e 

conservação das rodo

vias existen

tes. 

Governo

 Estad

ual 

Recupe

rar a malha

 rod

oviária estadu

al e realizar a 

manuten

ção das estradas existen

tes. 

Governo

 Mun

icipal  

Prom

over a recup

eração

 e a con

servação

 das 

estradas vicinais existentes em seu

s mun

icípios 

       

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188

PLA

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ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Quadro 51

 ‐ Eixo Estratégico 6: Program

as e Projetos para a Difu

são de

 Tecno

logias Aprop

riadas e na Assistência Técnica, e a prop

osta de 

implantação com possíveis parcerias e suas atribu

içõe

s.  

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Difu

são de

 tecnologias apropriadas e na

 assistência té

cnica 

PROGRA

MA 

PROJETO

S EX

ECUÇÃ

O  

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Mod

ernização 

tecnológica 

das 

cade

ias prod

utivas 

Geração

 de no

vas 

tecnologias 

apropriadas 

à agrope

cuária; 

Assistência 

técnica 

as 

atividades 

agrope

cuárias 

e agroindu

striais 

Governo

 Estad

ual 

Institu

to de Assistência Técnica e 

Extensão

 Rural do Rio Grand

e do

 Norte ‐ EM

ATER/RN

 Institu

to de Defesa e Inspeção

 Agrop

ecuária do

 RN ‐ IDIARN

.  

Governo

 Estad

ual 

Expand

ir de form

a qu

antitativa e qu

alita

tiva a 

assistên

cia técnica aos prod

utores rurais qu

e se 

dedicam à pecuária. 

Realização

 de palestras e dias de campo

 para difusão 

de con

hecimen

to entre os prod

utores. 

           

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OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

189

  4.3.1 Cron

ograma de

 Execução da

s Ações da Dim

ensão So

cioe

conô

mica 

  Quadro 52: Cron

ograma de

 Execução das Ações previstas nos eixos estratégicos da

 Dim

ensão Socioe

conô

mica no

 PTD

RS do Po

tengi e

m um 

prazo de

 10 anos.  

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

Ampliação 

e consolidação

 da

 cade

ia prod

utiva 

do 

Leite

 

Aqu

isição

 de

 Equipamen

tos para 

instalação

 de

 un

idades 

de 

Resfriam

ento de Leite

  

  

  

  

  

 

Melho

ria da

 qualidade através da

 po

tencialização

 da

 reserva 

alim

entar 

e melho

ramen

to 

gené

tico 

  

  

  

  

  

Estim

ular à m

elho

ria do

 reb

anho

, med

iante 

inseminação

 artificial e

 substituição gradativa do

s plantéis 

  

  

  

  

  

Ampliação 

e consolidação

 da

 cade

ia prod

utiva 

da 

Fruticultura 

Realizar estud

o de

 mercado

 e de 

potencialidades da fruticultura no 

territó

rio 

  

  

  

  

  

Substituir 

os 

cajueiros 

improd

utivos 

por 

varied

ades 

melho

radas e precoces, prom

over 

a substituição de

 cop

as e estim

ular 

a consorciação

 com 

cultu

ras 

tempo

rárias 

  

  

  

  

  

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190

PLA

NO

TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

 Ampliação e consolidação

 da

 cadeia prod

utiva da

 Apicultu

ra 

Incentivar 

o associativismo 

e coop

erativismo 

entre 

os 

apicultores 

  

  

  

  

  

Implantar 

unidades 

de 

bene

ficiamen

to d

e mel (casas de

 mel) 

com 

foco 

nos 

padrõe

s exigidos.  

  

  

  

  

  

Dem

ocratização

 do acesso 

a terra e regularização 

fund

iária 

Ampliar a regularização fund

iária e 

Estruturar os assentam

entos rurais 

no te

rritó

rio Po

tengi 

  

  

  

  

  

 Apo

io e incentivo ao

 Artesanato 

  

  

  

  

  

Incentivos aos peq

ueno

s ne

gócios 

Consolidação

 das Feiras Livres 

  

  

  

  

  

Complem

entação e 

consolidação

 da infra‐

estrutura‐ econô

mica 

Melho

ria, 

conservação 

das 

rodo

vias existen

tes e im

plantação 

de rod

ovias vicinais 

  

  

  

  

  

Mod

ernização tecnológica 

das cade

ias prod

utivas 

Geração

 de

 no

vas 

tecnologias 

apropriadas à agrope

cuária 

  

  

  

  

  

Assistência té

cnica as ativ

idades 

agrope

cuárias e agroindu

striais 

  

  

  

     

     

     

     

   

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DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

191

4.4.  Dim

ensão Po

lítico Instituciona

Quadro 53

 ‐ Eixo Estratégico 07: Fortalecim

ento das O

rganizaçõe

s e as propo

stas prioritá

rias envolvend

o os possíveis parceiros e suas 

respectivas atribuições. 

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Fortalecim

ento das Organizaçõe

s da

 Sociedade

 Civil e Co

ntrole Social 

PROGRA

MA  

PROJETO

/LINHAS 

DE AÇÃ

EXEC

UÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Fortalecim

ent

o das form

as 

colegiadas e 

associativas 

 

Consolidação

 dos 

Conselho

s e 

Associações civis 

para 

implem

entação e 

integração

 de 

Políticas Púb

licas 

Governo

 Fed

eral 

UFRN 

Ministério do

 Desen

volvim

ento Agrário – 

MDA 

CONDRA

F Governo

 Estad

ual 

Secretaria d

a Agricultura, Pe

cuária e

 da 

Pesca – SA

PE 

CEDRU

S Co

legiado Territo

rial 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Socied

ade Civil 

FETR

AF 

Conselho

s Mun

icipais 

Fórum de Associações 

Governo

 Fed

eral 

Implantação 

de um

 programa 

de qu

alificação 

para 

mem

bros dos con

selhos gestores de

 políticas pú

blicas, 

dirigentes de associaçõe

s, coo

perativ

as e outras form

as 

de organização. 

Governo

 Estad

ual 

Contribu

ir para form

ação

 e qualificação

 dos m

embros 

dos conselho

s e ou

tros. 

Governo

 Mun

icipal 

Implantar rede

s inform

atizadas, d

e form

a a alim

entar o 

Sistem

a de

 Inform

açõe

s Geren

ciais 

para garantir o 

acom

panh

amen

to, avaliação e controle social. 

 

   

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192

PLA

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TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Quadro 54

 ‐ Eixo Estratégico: Descentralização

 e M

elho

ria da

 Gestão Pú

blica e as propo

stas prioritá

rias envolvend

o os possíveis parceiros e 

suas respe

ctivas atribuições. 

EIXO

 ESTRA

TÉGICO 

Descentralização

 e M

elho

ria da

 Gestão Pú

blica 

PROGRA

MA  

PROJETO

/LINHAS 

DE AÇÃ

EXEC

UÇÃ

PARC

ERIAS 

ATR

IBUIÇÕES 

Reestruturaçã

o e 

mod

ernização 

das Prefeituras 

e Câ

maras 

Mun

icipais 

               

 Re

estruturação

 administrativa 

e mod

ernização 

das 

Prefeituras 

.             Melho

ria 

e Desem

penh

o das 

Câmaras 

Mun

icipais 

     

Governo

 Fed

eral 

BNDES 

UFRN 

Governo

 Estad

ual 

Secretaria 

de 

Estado

 de

 Planejam

ento e 

das 

Finanças – 

SEPLAN 

FEMURN

 Associação 

de 

Mun

icípios 

do 

Potengi 

Governo

 Mun

icipal 

Prefeituras Mun

icipais 

Governo

 Fed

eral 

Institu

to 

Brasileiro 

de 

Adm

inistração

 Mun

icipal – IB

AM 

Escola N

acional de

 Adm

inistração

 Pú

blica – EN

AP 

Escola de Adm

inistração

 Fazen

dária 

– ESAF 

Governo

 Estad

ual 

SEPLAN 

Governo

 Fed

eral 

Concep

ção 

e im

plantação 

de um

 sistem

a integrado 

de 

planejam

ento e 

de um

 programa 

de capacitação 

e de

 valorização do

s recursos hum

anos das Prefeitu

ras; 

Governo

 Estad

ual 

Utilização

 de

 planejam

ento anual 

e plurianu

al, 

como 

instrumen

to de racion

alização

 da ação

 púb

lica no

s term

os da 

legislação; 

Governo

 Mun

icipal 

Inform

atização

 dos p

rocessos d

e planejam

ento e

 gestão 

de 

recursos hum

anos. 

Governo

 Fed

eral 

Introd

uzir no

vos 

processos 

de trabalho

 no

s legislativos 

mun

icipais; 

Governo

 Estad

ual 

Abrir canais de

 articulação

 com

 as organizações de apoio as 

administraçõe

s mun

icipais. 

Governo

 Mun

icipal 

Incentivo de

 criação

 de agen

das mun

icipais e câmaras m

irins 

para um m

elho

r conh

ecim

ento da realidade local. 

 

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OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

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AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

193

4.4.1 Cron

ograma de

 Execução da

s Ações da Dim

ensão Po

lítico‐Instituciona

Quadro 55

 ‐ Cron

ograma de

 execução das açõe

s da

 dim

ensão Po

lítico Institu

cion

al 

PROGRA

MAS 

PROJETO

S PE

RIODO (A

NOS) 

2011

2012

 2013

2014

2015

2016

2017

2018

 2019

 2020

 

Fortalecim

ento 

das 

form

as 

colegiadas 

e associativas 

Consolidação

 do

s Co

nselho

s e 

Associações 

civis 

para 

implem

entação 

e integração

 de

 Po

líticas Púb

licas 

  

  

  

  

  

Reestruturação

 e 

mod

ernização 

das 

Prefeituras 

e Câ

maras 

Mun

icipais 

Reestruturação

 administrativa 

e mod

ernização das Prefeituras; 

Melho

ria 

e Desem

penh

o das 

Câmaras M

unicipais. 

  

  

  

  

  

           

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194 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO 5 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SSIISSTTEEMMAA  DDEE   GGEESSTTÃÃOO

CAPÍTULO V

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 195

SISTEMA DE GESTÃO 

5.1 Pressupostos e Diretrizes 

O Modelo de Gestão do Colegiado Territorial do Potengi no Estado do Rio Grande do Norte está 

definido a partir dos seguintes pressupostos: 

1. Estabelecer  um  clima  de  integração  entre  todos  os  parceiros  do  Colegiado,  de  forma  a 

favorecer uma troca contínua de informações e benefícios; 

2. Permitir o contínuo monitoramento das ações e a constante avaliação dos resultados; 

3. Proporcionar maior agilidade na execução das ações propostas; 

4. Mapear  as  ações  de  interesse  particular  de  cada  um  dos  onze  municípios,  de  interesse 

específico e comum, que podem ser partilhados pela  identificação de propósitos e otimização 

na aplicação de recursos; 

5. Facilitar a realização dos ajustes necessários à otimização do PTDRS; 

6. Fortalecer o colegiado territorial por meio de debates; 

 

  A O Modelo de Gestão do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Potengi 

está  fundamentado  no  desenho  institucional  da  qual  participam  entidades  do  poder  público  e  da 

sociedade civil, comprometidas com a construção de um novo pacto para alcançar o desenvolvimento 

territorial, articulado em torno das seguintes diretrizes: 

• Planejamento Plurianual e anual; 

• Implementação de políticas, programas e projetos públicos, alinhados  com as prioridades do 

território; 

• Coordenação  das  ações  de  políticas  públicas  a  serem  implantadas  no  território,  a  nível 

municipal, estadual e  federal, com o objetivo de evitar superposição de  recursos  financeiros, 

duplicação de ações e paralelismo de ações; 

• Articulação  entre  as  instancias  de  democracia  representativa  e  democracia  participativa, 

objetivando  a  elaboração  de  propostas,  requerimentos  e  projetos  de  interesse  do 

desenvolvimento no âmbito do território 

 

 

 

 

 

 

 

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196

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 197

5.3 Estrutura De Gestão 5.3.1 Estrutura Colegiada Territorial 

O  contexto  da  construção  do  diagnóstico  promoveu  um Modelo  de  Gestão  para  a 

implementação do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Potengi, 

que  deverá  adotar  uma  estrutura  operativa,  que  possibilite  a  construção  de  uma 

estratégia constituída por uma aglomeração de forças que asseguram a realização das 

ações territoriais. Para isso, é importante a divisão de responsabilidades das instâncias 

do Colegiado. 

PLENÁRIA GERAL  

A  Plenária  é  o  órgão  colegiado  superior,  ao  qual  competem  todas  as  decisões 

estratégicas  ligadas  ao  processo  de  desenvolvimento  territorial.  Composta  por 

instituições da sociedade civil e poder publico assim:  

PODER

 PÚBLICO/ ÓRG

ÃOS GOVCE

RNAMEN

TAIS 

    

1 Prefeitura Municipal de São Tomé 

24Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural ‐ EMATER REGIONAL

2 Prefeitura Municipal de São Paulo do Potengi 

25Secretaria de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio a Reforma Agrária 

3 Prefeitura Municipal de São Pedro 

26Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 

4 Prefeitura Municipal de Santa Maria 

27 Banco do Brasil – BB 

5 Prefeitura Municipal de Bom Jesus 

28 Banco do Nordeste do Brasil – BNB 

6 Prefeitura Municipal de Senador Elói de Souza 

29 Caixa Econômica Federal – CEF 

7 Prefeitura Municipal de Ruy Barbosa 

30Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária – IDIARN 

8 Prefeitura Municipal de Barcelona

31Programa Desenvolvimento Solidário – PDS

9 Prefeitura Municipal de Riachuelo  

32Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – 

10 Prefeitura Municipal de Ielmo Marinho

33Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e da Pesca ‐ SAPE/PRONAF

11 Prefeitura Municipal de Lagoa de Velhos

34Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – 

12  Câmara Municipal de São Tomé  35União das Secretarias de Educação do 

Potengi – UNDIME 

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198 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

13 Câmara Municipal de São Paulo do Potengi  

36Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB 

14  Câmara Municipal de São Pedro  37V Unidade Regional de Saúde Pública – URSAP

15 Câmara Municipal de Santa Maria 

38Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado 

16  Câmara Municipal de Bom Jesus  39Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRN 

17  Câmara  Municipal  de  Senador Elói de Souza 

40 Secretaria  da  Aqüicultura  e  Pesca  – SEAP

 18  Câmara  Municipal  de  Ruy 

Barbosa 41 Ministério  da  Agricultura  e 

Abastecimento‐MAPA 

 19  Câmara Municipal de Barcelona  42 Fundação  Nacional  de  Saúde  ‐ 

FUNASA

 20  Câmara Municipal de Riachuelo  43 Universidade  Federal  do  Rio Grande 

do Norte ‐ UFRN

 21  Câmara  Municipal  de  Ielmo 

Marinho44 Secretaria  da  Aqüicultura  e  Pesca  ‐ 

SEAP

 22  Câmara Municipal  de  Lagoa  de 

Velhos 45 Secretaria  de  Estado  da  Saúde 

pública ‐ SESAP

 23  Fundação José Augusto     

 

Sociedade Civil: 

SOCIED

ADE CIVIL ORG

ANIZADA 

       

1 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de São Tomé 

26 CMDRS de Lagoa de Velhos 

2 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de São Paulo do Potengi 

27 Fórum Municipal de Riachuelo 

3 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de São Pedro 

28 Fórum Municipal de Ruy Barbosa 

4 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Santa Maria 

29Fórum Municipal de São Paulo do Potengi 

5  Sindicatos dos Trabalhadore/as  30 Fórum Municipal de Santa Maria 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 199

na Agricultura Familiar de Riachuelo 

6 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Ruy Barbosa 

31 Fórum Municipal de São Pedro 

7 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Lagoa de velhos 

32 Fórum Municipal de São Tomé 

8 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Ielmo Marinho 

33Fórum Municipal de Senador Elói de Souza 

9 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Bom Jesus 

34Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte – FETRAF/RN 

10 Sindicatos dos Trabalhadore/as da Agricultura de Senador Elói de Souza 

35Associação dos Quilombolas de Grossos/Bom Jesus/RN 

11 Sindicatos dos Trabalhadore/as na Agricultura Familiar de Barcelona 

36Associação dos Quilombolas de Gameleira/São Tomé?RN. 

12 Conselho do FUMAC de Barcelona 

37Cooperativa dos Assentados de Furnas – COOLAGOANOVA ‐ Riachuelo/RN. 

13 Conselho do FUMAC de São Pedro 

38Representante do Grupo de Mulheres do Território 

14 Conselho do FUMAC de Ruy Barbosa 

39Representante do Grupo de Jovens do Território 

15 Conselho do FUMAC de Lagoa de Velhos 

40 Regional do SINTE do Potengi 

16 Conselho do FUMAC de Santa Maria 

41 Colônia de Pescadores Z ‐ 24 

17 Conselho do FUMAC de São Paulo do Potengi 

42 Representante da Igreja Católica 

18 Conselho do FUMAC de São Tomé 

43Representante da Igreja Evangélica 

19  Conselho do FUMAC de  44 Cooperativa de Trabalho 

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200 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Riachuelo  Multidisciplinar Potiguar ‐ TECHNE 

20 Conselho do FUMAC de Bom Jesus 

45Associação dos Apicultores de São Paulo do Potengi ‐ ÁPIS 

21 Conselho do FUMAC de Senador Elói de Souza 

   

22 Conselho do FUMAC de Ielmo Marinho 

   

23  Fórum Municipal de Barcelona     

24  Fórum Municipal de Bom Jesus     

25 Fórum Municipal de Ielmo Marinho 

   

Atribuições ou papéis: 

• Propor, Divulgar, priorizar e monitorar projetos; 

• Articulações institucionais orientadas para o desenvolvimento territorial;  

• Fomentar  a  criação,  estruturar,  assessorar  organizações  associativas  da 

Agricultura Familiar, com interesse pontual;  

• Análise  e  aprovação  dos  PTDRS  ‐  Plano  Territorial  de Desenvolvimento Rural 

Sustentável, bem como das respectivas agendas de prioridades;  

• Aprovação  dos  eixos  estratégicos  que  orientam  os  projetos  específicos  e  o 

PTDRS;  

• Aprovação dos critérios para seleção dos projetos específicos;  

• Seleção dos Projetos Específicos a serem implementados a cada ano;  

• Apreciação dos relatórios de acompanhamento e avaliação e definição sobre as 

providências de aperfeiçoamento que forem necessárias.  

 

CÂMARAS TEMÁTICAS 

• DESENVOLVIMENTO  SUSTENTÁVEL  DA  PRODUÇÃO  (Incluindo  cadeias 

produtivas de acordo com o PTDRS) e Setor Terciário de Serviços; 

• EDUCAÇÃO, SAÚDE E CULTURA 

• AQUICULTURA E PESCA 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 201

• DIREITO  E  CIDADANIA  (Grupos  de  Trabalho:  Segurança  Pública,  Prestação  de 

serviços Públicos); 

• MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS 

Essas  câmaras  temáticas  foram  criadas  recentemente e ainda estão em processo de 

organização. 

NÚCLEO DIRETIVO 

PODER

 PÚBLICO / ÓRG

ÃOS GOVER

NAMEN

TAIS 

 

 SO

CIED

ADE CIVIL ORG

ANIZADA 

 

Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural ‐ EMATER 

Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura familiar do Rio Grande do Norte – FETRAF/RN. 

Prefeitura Municipal de São Tomé 

Fumac de São Paulo do Potengi 

Banco do Nordeste do Brasil ‐ BNB 

Cooperativa dos Assentados de Furnas ‐ Coolagoanova 

   

   

   

   

Atribuições ou papéis:  

• Representar a institucionalidade territorial;  

• Coordenar as ações do COLEGIADO DO TERRITORIO POTENGI;  

• Acompanhar as ações da Entidade executora;  

• Formatar a Ficha‐Resumo para encaminhamento de propostas de projetos;  

• Receber  as  pré‐propostas  de  projetos  das  entidades  pertencentes  ao 

Território;  

• Fortalecer as articulações entre as entidades do Território;  

• Propor  eixos  orientadores  para  os  projetos  a  serem  homologados  pela 

plenária;  

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202 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

• Acompanhar  a  implementação  dos  Planos  e  Projetos  territoriais  e,  de 

maneira geral, para a efetivação das decisões da Plenária.  

NÚCLEO TÉCNICO 

Composição: 

PODER

 PÚBLICO / ÓRG

ÃOS GOVER

NAMEN

TAIS 

 

 

SOCIED

ADE CIVIL ORG

ANIZADA 

 

Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural ‐ EMATER 

Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte – FETRAF/RN. 

Banco do Nordeste do Brasil ‐ BNB 

 

Prefeitura Municipal de Lagoa de Velhos 

 

Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca ‐ SAPE 

 

Prefeitura Municipal de São Tomé 

 

   

   

Atribuições ou papéis: 

• Mobilização  social  do  Território,  através  de  apoio  aos  componentes  do 

Núcleo Diretivo em suas respectivas áreas de ação;  

• Dinamizar as ações do COLEGIADO DO TERRITORIO POTENGI;  

• Elaborar  e  divulgar  as  fichas  resumo  para  apresentação  de  propostas  de 

projetos à Plenária;  

• Auxiliar na elaboração e adequação de projetos aos editais;  

• Emitir parecer sobre os relatórios de atividades do COLEGIADO, elaborados 

pela entidade executora. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 203

5.3.2 Assessorias de Apoio Técnico e Institucional 

Secretaria executiva do PTDRS 

Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura Familiar do rio Grande do Norte – 

FETRAF/RN – Dário Alves de Andrade 

Assessoria Territorial  

Johan Adones de Lima – Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento 

Sustentável Local.‐ IDS. 

Atribuições: 

• Mediar conflitos; 

• Secretário executivo do Território; 

• Mobilização; 

• Mapear as políticas públicas no território presentes e ausentes. 

 

5.3.3. Rede Estadual de Colegiados Territoriais  

A  Rede  Norte‐riograndense  dos  Colegiados  Territoriais  é  uma  rede  de  governança, 

integrante da Rede Nacional de Colegiados Territoriais, sendo composta por todos os 

Colegiados Territoriais no Estado do Rio Grande do Norte (RN), comprometidos com o 

processo  de  gestão  social  de  políticas  de  desenvolvimento  rural  sustentável  com 

enfoque territorial. 

A  Rede  organizar‐se‐á  para  cumprir  o  papel  a  ela  designado  pelos  Colegiados 

Territoriais membros, para representar politicamente os Colegiados Territoriais,  junto 

de  instituições  públicas,  privadas,  da  sociedade  civil  e  organismos  internacionais, 

participando  ativamente  nos  debates  sobre  promoção  do  desenvolvimento  rural 

sustentável  e  solidário,  com  enfoque  territorial,  considerando  e  prezando  pela 

participação e por sua autonomia política. 

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204 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

A gestão  social e controle das políticas publicas é uma  responsabilidade política dos 

colegiados  territoriais  em  Rede,  sobretudo  no  Planejamento  o  qual  envolve  a 

elaboração, o aprofundamento e a atualização dos PTDRS  com Projetos Estratégicos 

bem definidos, bem como os instrumentos derivados de seus eixos estratégicos para o 

Desenvolvimento  Sustentável,  caso  dos  Planos  Territoriais  de  Cadeias  produtivas, 

Planos Safras Territoriais, Estudos Básicos, Planos Regionais de Desenvolvimento, etc. 

Neste sentido, a dimensão do controle social envolve critérios políticos, de efetividade 

das políticas públicas e eficácia do estado, da transparência e da sustentabilidade.   

De  todo  modo,  o  Sistema  Integral  de  gestão  e  controle  social  do  planejamento 

territorial definirá os  compromissos e a agenda  comum pactuados entre os agentes 

públicos do estado com seus instrumentos de oferta de políticas públicas nas suas três  

esferas  federativas,  União,  Estados  e  Municípios,  e  seus  planos  ministeriais,  de 

secretarias  estaduais  e  setoriais  e  planos  diretores  municipais.  De  outro  lado,  os 

colegiados  articulados  em  Rede  no  nível  Nacional  e  Estadual  e  no  território  no 

conjunto  das  organizações  e  instituições  da  sociedade  civil  e  do  poder  público, 

mediados pelo PTDRS e suas ferramentas derivativas do detalhamento de seus eixos, 

programas e projetos terá plenas condições da negociação dos interesses contidos no 

Plano. 

A  Rede  Norte‐riograndense  dos  Colegiados  Territoriais  é  composta  de  instâncias 

decisórias  do  plano  político‐institucional  que  garante  a  legitimidade  dos  colegiados 

territórios e das demandas estratégicas do  território, constitutivamente  formado em 

Rede.  

As  instâncias são estas: Plenária – composto por 60 (sessenta) representantes dos 10 

(dez)  territórios,  Coordenação  Política  em  âmbito  estadual  com  membros 

legitimamente  advindas  das  coordenações  territoriais  dos  colegiados  com  20 

componentes,  entre  titulares  e  suplentes;  a  Secretaria  Executiva  servirá  como 

secretaria da Rede no tocante a execução de suas ações, e atuar como mobilizadora e 

animadora dos processos. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 205

5.3.4 Plano Estadual de Ações Estratégicas  

O Plano  Estadual de Ações  Estratégicas de Desenvolvimento  Territorial  tem por  fim 

servir qual ferramenta de negociação no nível estadual e federal  incluindo os Projetos 

Estratégicos de cada dimensão dos PTDRS dos territórios do Rio Grande do Norte (RN). 

O  Plano  Estadual  servirá  de  Acompanhamento  e  de  Monitoramento  dos  Planos 

Territoriais  e  Projetos  Estratégicos,  conduzidos  pelos  componentes  da  Rede  Norte‐

riograndense de Colegiados Territoriais,  como  representantes das  coordenações dos 

colegiados territoriais. 

As  negociações  se  darão  em  estreito  diálogo  com  os  documentos  já  existentes, 

resultados de planejamento público do poder executivo e de setores deste, a exemplo 

dos Planos Plurianuais (PPA) dos estados e da federação, do Programa de Aceleração 

do Crescimento  (PAC), matriz de  ações do Programa  Territórios da Cidadania  (PTC), 

Programa de Ação Estadual de Combate a Desertificação e Mitigação dos Efeitos da 

Seca  no  RN,  Planos  Safras Anuais  e  Territoriais,  entre  outros  das  ações  estaduais  e 

federais. 

Os diálogos permanentes e as articulações político‐institucionais se darão nos espaços 

legítimos como o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRUS), 

Comitê de Articulação Estadual (CAE), entre outros conselhos e fóruns setoriais. Com 

os resultados do processo de Negociação estabelecerá Agenda de Compromissos entre 

a Coordenação Política da Rede Estadual e os agentes públicos gestores das políticas 

públicas,  relacionados  as  temáticas  e  setores  de  interesse  no  estado  e  no  âmbito 

nacional. 

Os  componentes  do  Plano  Estadual  contemplam  as  ações  estratégicas  dos  Planos 

Territoriais, ações de  caráter estadual  contidas na Matriz Estadual, ações de  caráter 

federal contidas na Matriz Federal do PTC, e os componentes públicos como PPA, PAC, 

e Consórcios Municipais. 

 

 

 

 

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206 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 

 

MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO

CAPÍTULO VI

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PO

TEN

GI

207

 MONITORA

MEN

TO 

6.1. Dim

ensão Socioe

conô

mica 

Eixo

 Estratégico 1 

Form

ação, ampliação e consolidação

 das cadeias produ

tivas 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Ampliação 

e consolidação

 da

 cade

ia 

prod

utiva do

 Leite; 

 

Concluir e ade

quar à infra‐

estrutura 

dos 

tanq

ues 

de 

resfriam

ento de

 leite

 no

 

territó

rio 

Potengi, 

dand

funcionalidade continua; 

Concluir e 

adeq

uar 100%

 do

s tanq

ues de

 

resfriam

ento de

 leite

 im

plantado

s ou

 já 

previstos para serem

 instalado

s no

 território 

do Poten

gi, no de

correr de 2 anos. 

Iden

tificar no territó

rio do

 Poten

gi o núm

ero 

de 

tanq

ues 

de 

resfriam

ento 

de 

leite

instalados, 

equipado

s e 

em 

plen

funcionamen

to. 

Melho

ria 

da 

qualidade 

através 

da po

tencialização

 

da 

reserva 

alim

entar 

melho

ramen

to gen

ético 

Aum

entar 

em 

60% 

a qu

antid

ade 

de 

prod

utores rurais capacitado

s no

 decorrer de

 

10 ano

s. 

Verificar nas instituições parceiras o

 núm

ero 

de produ

tores rurais capacita

dos no

 Poten

gi 

Estim

ular à 

melho

ria 

do 

rebanh

o, 

med

iante 

inseminação

 artificial 

substituição 

gradativa 

dos 

plantéis 

Melho

rar 

10% do

 rebanh

o po

r meio 

de 

inseminação

 artificial e sub

stitu

ição

 gradativa 

dos plantéis em 10 anos 

Contabilizar o rebanh

o bo

vino

 que

 passou po

uma melho

ria gené

tica. 

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Eixo

 Estratégico 1 

Form

ação, ampliação e consolidação

 das cadeias produ

tivas 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Ampliação 

e consolidação

 da

 cade

ia 

prod

utiva da

 Fruticultura 

Realizar estud

o de

 mercado

 

e de

 po

tencialidades da

 

fruticultura no territó

rio 

 

Ampliar em

 30%

 o n

úmero 

de estud

os d

mercado

 e de po

tencialidades da fruticultura 

no decorrer d

e 2 anos. 

Mon

itorar nas institu

içõe

s parceiras o nú

mero 

de estud

os de mercado

 e de po

tencialidades 

da fruticultura re

alizados no territó

rio. 

Substituir 

os 

cajueiros 

improd

utivos por variedade

melho

radas 

e precoces, 

prom

over a sub

stitu

ição

 de 

copas 

e estim

ular 

consorciação

 com cultu

ras 

tempo

rárias; 

Ampliar em

 50%

 a sub

stitu

ição

 dos cajue

iros 

improd

utivos por variedade

s precoces em 8 

anos. 

Averiguar junto 

aos 

órgãos respon

sáveis a 

quantid

ade 

de 

cajueiros 

prod

utivos 

substituído

s na

 área de

limita

da. 

Ampliação 

e consolidação

 da

 cade

ia 

prod

utiva da

 Apicultu

ra 

 

Incentivar o associativismo e 

coop

erativismo 

entre 

os 

apicultores  

Aum

entar em

 20%

 o núm

ero de

 associações 

de apiculto

res no

 período

 de 2 anos. 

 

Averiguar no territó

rio do

 Poten

gi o núm

ero de

 

associaçõe

s criadas 

após a 

constituição 

do 

PTDRS. 

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209

Eixo

 Estratégico 1 

Form

ação, ampliação e consolidação

 das cadeias produ

tivas 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Implantar 

unidades 

de 

bene

ficiamen

to 

de 

mel 

(casas de mel) com foco no

padrõe

s exigidos 

Criar 

nos 

mun

icípios 

unidades 

de 

bene

ficiamen

to de mel no pe

ríod

o de

 2 ano

s Mapear 

o nú

mero 

de 

unidades 

de 

bene

ficiamen

to 

de 

mel 

implantadas 

no 

territó

rio. 

Dem

ocratização

 do 

acesso a

 terra e

 

regularização fund

iária 

 

Ampliar 

a regularização 

fund

iária e  

Estruturar os assentam

entos 

rurais no territó

rio Po

tengi 

Aum

entar 

em 

50% 

a prop

orção 

de 

agriculto

res qu

e foram b

eneficiado

s com a 

regularização 

fund

iária 

num pe

ríod

o de

 5 

anos 

Iden

tificar 

o nú

mero 

de 

agriculto

res 

bene

ficiado

s com a 

regularização 

fund

iária 

junto às institu

içõe

s parceiras. 

Incentivo aos pe

quen

os Negócios 

Apo

io 

e incentivo 

ao 

Artesanato 

 

Melho

ria de

 70%

 das con

dições de prod

ução, 

comercialização

 e qualidade do

s prod

utos 

Mapear o nú

mero de

 artesãos existentes no 

territó

rio. 

Consolidação

 das 

Feiras 

Livres 

Melho

rar as con

dições de comercialização

 e a 

qualidade 

dos 

prod

utos em

 60

% do

prod

utos ven

dido

s nas feiras livres 

Mapear o nú

mero de

 feirantes existen

tes no

 

territó

rio. 

   

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Eixo

 Estratégico 2 

Ampliação, recup

eração

 e m

anuten

ção da

 infraestrutura 

Programa 

Projeto 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Complem

entação 

e consolidação

 

da infra‐estrutura 

econ

ômica; 

Melho

ria, con

servação

 das 

rodo

vias 

existentes 

implantação 

de rodo

vias 

vicinais 

Aum

entar 

em 20

% os investim

entos 

em 

ampliação 

e manuten

ção 

de rodo

vias no

 

Potengi 

Verificar a 

quantid

ade 

de recursos de

stinados a 

ampliação e manuten

ção de

 rodo

vias no Po

tengi 

  Eixo

 Estratégico 3 

Difu

são de

 Tecno

logias aprop

riadas e na

 assistência té

cnica 

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Mod

ernização 

tecnológica das cade

ias 

prod

utivas; 

Geração

 de

 no

vas 

tecnologias 

apropriadas a agrope

cuária; 

Aum

ento de difusão de

 ciência e tecno

logia do

 

Territó

rio. 

Observar 

as 

novas 

tecnologias 

implantadas 

no 

Territó

rio. 

Assistência técnica as atividades 

agrope

cuárias e agroindu

striais; 

Aum

ento de 20

% no nú

mero de

 profission

ais 

que 

trabalham com assistên

cia 

técnica 

para 

atuarem 

na 

orientação

 da

 atividade 

agrope

cuária no de

correr de 3 anos. 

Iden

tificar nas 

institu

içõe

s Governamen

tais e 

Não

 

Governamen

tais o efetivo de

 profission

ais qu

e foram 

contratado

s para atuarem

 na atividade agrope

cuária. 

 

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6.2 Dim

ensão Sociocultural Edu

cacion

al 

Eixo

 Estratégico 4 

Elevação

 da ed

ucação

 e qua

lificação

 da po

pulação do

 território 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Melho

ria 

da qu

alidade 

da edu

cação; 

 

Prom

over 

capacitações 

treinamen

to 

perm

anen

te 

dos 

professores 

da rede

 estadu

al e 

mun

icipal do en

sino

 fun

damen

tal e 

méd

io 

Aum

ento de

 50

% no

 nú

mero 

de cursos de

 

capacitação 

volta

dos 

a professores 

da rede

 

estadu

al e 

mun

icipal do

 en

sino

 fund

amen

tal e 

méd

io no de

correr de 20

 ano

s. 

Verificar  nas institu

içõe

s parceiras a qu

antid

ade 

de professores 

capacitado

s e 

de cursos 

oferecidos pelo Estado

 e M

unicípios. 

Construir no

vas un

idades escolares 

 

Ampliar em

 10%

 o núm

ero de

 unidade

s escolares 

no decorrer d

e 4 anos. 

Averiguar no Estado

 e nos m

unicípios o nú

mero 

de escolas con

struídas no de

correr do pe

ríod

estip

ulado. 

Melho

rar as instalações físicas d

as 

escolas estadu

ais e mun

icipais 

 

Melho

rar 100%

 das instalações físicas das escolas 

estadu

ais e mun

icipais no

 decorrer d

e 20

 ano

s. 

Verificar nas institu

içõe

s parcerias a qu

antid

ade 

de escolas recup

eradas em tod

os os mun

icípios 

do Poten

gi 

Equipar 

as escolas 

estadu

ais 

mun

icipais 

 

Equipar 100%

 das escolas estaduais e m

unicipais 

no decorrer d

e 7 anos. 

Verificar 

nas 

institu

içõe

s parceiras 

os 

investim

entos 

direcion

ados a 

compra 

de 

equipamen

tos 

para as escolas 

estadu

ais 

mun

icipais. 

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Eixo

 Estratégico 4 

Elevação

 da ed

ucação

 e qua

lificação

 da po

pulação do

 território 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Implantar 

bibliotecas 

e am

pliar 

acervo

 das já existen

tes 

 

Implantar bibliotecas em

 100% dos m

unicípios e 

das escolas estadu

ais e mun

icipais no

 decorrer de

 

20 ano

Verificar nas institu

içõe

s parceiras o nú

mero de

 

bibliotecas 

implantadas 

nas 

sede

s do

mun

icípios e nas escolas estadu

ais e mun

icipais 

 Fortalecer 

a infra‐estrutura 

das 

escolas rurais 

 

Melho

rar 

100%

 da

 infra‐estrutura 

das 

escolas 

rurais no prazo de

 4 ano

s. 

Verificar 

nas 

prefeituras 

mun

icipais 

as 

melho

rias realizadas na

 infra‐estrutura 

das 

escolas localizadas no campo

 

Melho

rar 

as 

cond

içõe

s de

 

deslocam

ento d

os a

luno

s do

 meio 

rural que

 freq

üentam

 escolas na área 

urbana

 

Aqu

isição

 po

r 100%

 do

s mun

icípios 

de micro‐

ônibus p

ara 

transportar os e

stud

antes da

 zon

rural para a zona

 urbana 

Averiguar 

nas 

prefeituras 

mun

icipais 

quantid

ade 

de veículos adqu

iridos para o 

transporte escolar 

Ampliar e melho

rar os program

as de 

alfabe

tização

 de jovens e adu

ltos em

 

todo

s os m

unicípios do

 Poten

gi 

Aum

entar em

 40%

 os investim

entos direcion

ados 

aos 

programas de

 alfabe

tização

 de

 jovens e 

adultos no

 decorrer de

 4 ano

Iden

tificar nos m

unicípios o nú

mero de

 pessoas 

bene

ficiadas 

com 

os 

programas 

de 

alfabe

tização

 de jovens e adu

ltos 

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Eixo

 Estratégico 4 

Elevação

 da ed

ucação

 e qua

lificação

 da po

pulação do

 território 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Implantar escolas de

 inclusão

 digita

 

Implantar em

 10

0% do

s mun

icípios escolas de

 

inclusão

 digita

l no prazo de

 2 ano

s. 

Verificar nas institu

içõe

s parceiras o nú

mero de

 

escolas 

de inclusão

 digital im

plantadas 

nos 

mun

icípios. 

Articular jun

to a U

FRN e ao IFRN

 a 

criação de

 cursos técnicos e de nível 

supe

rior voltado

s para a

 realidade 

local. 

Implantar no

 decorrer de

 4 ano

s cursos técnicos e 

de nível sup

erior volta

dos para a realidade local 

Verificar na

 UFRN e 

no IFRN

 os cursos 

implantado

s após a im

plem

entação do

 PTD

RS 

  Eixo

 Estratégico 5 

Melho

ria da

s Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Incentivo 

à ocup

ação

 e 

rend

Incentivo a ocup

ação

 profission

al de 

jovens e m

ulhe

res 

 

Ampliar 

em 50

% o 

número 

de atividades 

prod

utivas destin

adas a inserção de

 mulhe

res e 

jovens no mercado

 de trabalho

 no de

correr de 20

 

anos 

Verificar a quantidade de

 atividades produ

tivas 

criadas ao

 lon

go do pe

ríod

o estabe

lecido

 com

 

fins 

a inserção

 de

 mulhe

res 

e jovens no

 

mercado

 de trabalho

 

Erradicação do

 trabalho

 infantil 

Combater em

 100% o trabalho

 infantil 

Verificar 

a pe

rmanên

cia 

de 

crianças 

adolescentes nas escolas. 

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EN

GI

Eixo

 Estratégico 5 

Melho

ria da

s Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Ampliação e facilitação

 do acesso ao 

micro crédito 

Ampliar em

 30%

 as facilidades d

e ob

tenção

 do 

micro crédito 

Verificar a in

clusão

 social e

 produ

tiva e cidadã

 

de pessoas e organizaçõe

s sociais no

 sistema 

prod

utivo 

Redu

ção da

 Pob

reza 

 

Transferên

cias governamen

tais 

Realização

 de avaliações periódicas para red

ução

 

da pob

reza no Territó

rio 

Verificar o núm

ero de

 fam

ílias que

 saíram da 

cond

ição

 de risco e vulnerabilidade

Assistência 

Social 

e açõe

compe

nsatórias 

Atend

er em 40%

 a id

entificação

 da po

pulação em

 

situação

 de risco. 

Verificar os contingentes po

pulacion

ais 

em 

situação

 de

 risco, excluído

s do

s programas 

governam

entais. 

Melho

ria das Co

ndiçõe

Habita

cion

ais 

Construção

 e Ampliação de

 Moradias 

Aum

entar em

 50%

 o núm

ero de

 ben

eficiado

s pe

los 

programas habita

cion

ais no

 decorrer de

 5 ano

Iden

tificar 

a qu

antid

ade 

de 

moradias 

construídas e de

 pessoas ben

eficiadas junto as 

institu

içõe

s parceiras 

Melho

ria das Co

ndiçõe

de Saúde

 

Reestruturação

 e 

ampliação 

dos 

serviços de

 assistên

cia 

preven

tiva, 

méd

ico e od

ontológico 

Ampliar em

 30%

 as eq

uipe

s de

 saúde

 da família em

 

todo

s os m

unicípios do

 Poten

gi no de

correr de 3 

anos 

Iden

tificar a quantidade de

 equ

ipes de saúd

da fam

ília contratadas após a implantação do

 

PTDRS

 

 Re

estruturação

 e Ampliação da

 Red

Física dos Serviços de

 Saúde

 

Melho

rar em

 60%

 e equ

ipar os po

stos de saúd

e e 

hospita

l do territó

rio Po

tengi 

Averiguar o 

número 

depo

stos de

 saúd

e e 

hospita

l reform

ado e eq

uipado

s no

 território 

do Poten

gi. 

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PLA

NO

TER

RIT

OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

215

Eixo

 Estratégico 5 

Melho

ria da

s Co

ndiçõe

s Sociais do

 Território Po

tengi 

Programa 

Projetos 

Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Valorização 

da cultu

ra 

region

al 

Fortalecim

ento da

 infra‐estrutura 

cultu

ral 

Ampliar em

 20%

 o núm

ero de

 espaços destin

ados 

a realização

 de even

tos cultu

rais e despo

rtivos no 

períod

o de

 5 ano

Iden

tificar nas prefeitu

ras mun

icipais o nú

mero 

de espaços con

struídos p

ara a realização

 de 

even

tos 

cultu

rais e 

desportivos, 

após a 

implem

entação do

 PTD

RS 

Fortalecer 

as 

práticas 

cultu

rais 

med

iante a realização

 de cursos de 

form

ação

 e 

aperfeiçoamen

to de

 

grup

os locais 

Ampliar em

 30%

 o núm

ero de

 cursos de

stinados ao 

aperfeiçoamen

to de artistas locais no de

correr de 

3 anos 

Averiguar o

 núm

ero 

de p

essoas capacita

das 

pelas institu

içõe

s parceiras 

 

Eixo

 Estratégico 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Conservação Ambien

tal 

 

Recupe

ração 

da bacia 

Hidrográfica 

do Rio Poten

gi 

Inibir e

m 4

0% o

s de

smatam

entos e 

as p

ráticas 

agrícolas 

não 

conservacion

istas 

na 

bacia 

hidrográfica do

 Poten

gi. 

Garantir a

 proteção 

e preservação 

do m

eio 

ambien

te. 

Apo

io a recup

eração

 de ecossistem

as 

Arborizar cerca 

de 50% das 

áreas 

urbanas 

comun

idades rurais, en

fatizando

 o 

plantio

 de

 

Verificar se há

 con

servação

 e recup

eração

 dos 

diversos ecossistemas do territó

rio. 

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216

PLA

NO

TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Eixo

 Estratégico 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

 espé

cies nativas.

Implantação e am

pliação do

 Sistema 

de Gestão 

Integrada 

de Re

sídu

os 

Sólidos 

Melho

ria 

em 

50% 

das 

cond

içõe

s de

 

acon

dicion

amen

to, coleta, transporte, tratam

ento 

e de

stino fin

al dos resíduo

s sólidos 

Verificar o

 sistema de

 coletas e

 estim

ular a

 

participação

 da socied

ade no

 processo. 

Fortalecim

ento 

da 

Gestão Ambien

tal 

Divulgação 

e ed

ucação

 sanitária 

ambien

tal 

Melho

ria 

em 6

0% d

o uso 

correto 

dos recursos 

ambien

tais. 

Incentivar e aprofun

dar o conh

ecim

ento a tod

popu

lação Po

tengiense. 

Ampliação 

da oferta e 

gestão

 integrada 

dos 

Recursos Hídricos 

 

Construção, am

pliação, recup

eração

 

e op

eração

 de infra‐estrutura hídrica 

 

Aum

ento de

 30

% na

 infra‐estrutura 

hídrica 

no 

intervalo de

 5 ano

Verificar o aum

ento da infra‐estrutura hídrica, 

através de

 dados d

ispo

níveis n

o DNOCS, na

 

SEMARH

, nas Prefeitu

ras mun

icipais, na ASA

,  e 

em Programas como 

o Desen

volvim

ento 

Solidário. 

Construção, 

ampliação 

recupe

ração 

de 

sistem

as 

simplificado

s de

 água 

Construir, ampliar e recupe

rar em

 50%

 dos poços e 

sistem

as d

e abastecimen

to d

e água

 paralisados 

por prob

lemas de op

eração

 e m

anuten

ção nu

intervalo de

 5 ano

Averiguar o

 núm

ero de

 poços e sistemas de 

abastecimen

to de

 água

 recupe

rado

s pe

la 

SEMARH

, em to

dos os m

unicípios do

 Poten

gi. 

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TER

RIT

OR

IAL

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO R

UR

AL

SUST

ENTÁ

VEL

DO

PO

TEN

GI

217

Eixo

 Estratégico 

Conservação, Preservação

 e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos 

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Implantação de

 projetos de

 quintais 

prod

utivos 

nas 

comun

idades 

assentam

entos 

rurais consorciando

 

espé

cies 

florísticas 

nativas 

frutífe

ras. 

Aum

ento em 50 % na im

plantação de

 projetos de

 

quintais produ

tivos no pe

ríod

o de

 3 ano

s. 

Iden

tificar a quantidade de

 quintais prod

utivos 

instalados nas com

unidades e assen

tamen

tos 

rurais em secretarias de agriculturas do

 Estado  

e do

s Mun

icípios, além d

e ONGs locais q

ue 

atuam na região. 

  6.3.Dim

ensão Po

lítico Instituciona

Eixo

 Estratégico 

Descentralização

 e M

elho

ria da

 Gestão Pú

blica 

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Reestruturação

 e 

mod

ernização 

das 

Prefeituras 

e Câmaras 

Mun

icipai 

Reestruturação

 adm

inistrativa e 

mod

ernização das Prefeituras 

Reestruturar e m

odernizar as 11 Prefeituras do

 

Territó

rio. 

Ade

quar o 

mod

elo 

de gestão

 das 

prefeituras 

mun

icipais 

aos 

mod

erno

s princípios 

da 

administração. 

Melho

ria 

e Desem

penh

o das 

Câmaras M

unicipais 

Introd

uzir n

ovos p

rocessos d

e trabalho

 nos 

legislativos m

unicipais. 

Abrir espaços de articulação

 com

 as organizações de 

apoio as adm

inistraçõe

s. 

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218

PLA

NO

TE

RR

ITO

RIA

L D

E D

ESE

NV

OL

VIM

EN

TO

RU

RA

L S

UST

EN

VE

L D

O P

OT

EN

GI

Eixo

 Estratégico 

Fortalecim

ento das organizaçõe

Programa 

Linh

as de ação

 Indicado

res de

 Mon

itoram

ento 

Estratégias de

 verificação 

Fortalecim

ento das 

form

as colegiadas e 

associativas 

 

Consolidação

 do

s Co

nselho

s e 

Associações 

civis 

para 

implem

entação e integração

 de 

Políticas Púb

licas 

Garantir 

apoio 

técnico 

operacional 

aos 

conselho

s gestores d

e po

líticas p

úblicas e

 as 

associaçõe

s organizativ

as 

Verificar a 

integração

 en

tre 

conselho

s, associaçõe

s, 

coop

erativas, sind

icatos, com vistas a 

uma 

maior 

participação

 de seus associado

s para implem

entação 

dos programas e projetos qu

e integram

 o PTD

RS 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 219

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AAÇÇÕÕEESS  PPAARRAA  AA   GGEESSTTÃÃOO  DDOO  PPTTDDRRSS  

CAPÍTULO VII

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220 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

AÇÕES PARA A GESTÃO DO PTDRS  

7.1 Providências da Gestão  

 

i. Mobilização e participação e capacitação – ações que imprimirão uma 

dinâmica  de  mobilização  permanente  e  que  identifique  os 

responsáveis do colegiado e as instancias corretas. 

ii. Fortalecimento Institucional  

Descrever  uma  forma  de  apoio  ao  processo  de  gestão  social  e 

planejamento territorial e execução do mesmo.  

Programa de Apoio Territorial:  custeio das ações do  colegiado  como 

programa no plano. 

iii. Agenda Executiva:  

Esta agenda  será  resultado do planejamento operacional a cada ano 

identificando  as  ações,  parceiros,  operacionalização,  produtos 

esperados, prazos e períodos, bem como detalhamentos pertinentes e 

fundamentais para a elaboração de projetos executivos.  

iv. Audiências Públicas:  

Identificar neste  item formas para além das reuniões e momentos do 

colegiado territorial que divulgue e legitime o plano como instrumento 

territorial e de  interesse regional para o desenvolvimento....foi citado 

acima audiências, podendo ser outras formas...    

v. Negociação Territorial: 

Ações  imediatas para a negociação  fazendo  interface  com os Planos 

diretores  dos municípios,  Planos  Territoriais  de  Cadeias  Produtivas, 

Planos de Desenvolvimento de Assentamentos (PDA´s), etc. 

vi. Estratégia de Comunicação:  

Descrever os objetivos  (divulgar, promover, etc.), os veículos  (rádios, 

internet,  boletins,  etc.)  e  identificando  os  responsáveis  prevendo 

coletivos  em  forma  de  comissões  ou  equipes  de  trabalho  que 

assumirão a comunicação. 

 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 221

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS 

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Pesquisas. 2010. IBGE.  

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cidade  de  Natal,  Brasil.  2001,  Disponível  em  <http://www.ub.es/geocrit/sn‐94‐

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Desenvolvimento  do  Sistema  Único  de  Saúde  no  Brasil:  Avanços,  desafios  e 

reafirmação  de  princípios  de  diretrizes.  Brasília/DF.  1ª  Edição.  2002.  Disponível  em 

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/desenvolvimento_sus.pdf>.  Acesso  em 

22 set 2010 

Cooperativa do Assentamento Lagoa Nova – COOLAGOANOVA. 2010 

ALVES, Gilderlanio Holanda.  Instituições, Agricultura  Familiar e Crédito Rural. 2010. 

Disponível  em  <http://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/HolandaGA_DISSERT.pdf>. 

Acesso em 22 set 2010. 

Projeto  cadastro  de  fontes  de  abastecimento  por  água  subterrânea.  Rio Grande  do Norte.  CPRM  –  Ministério  de  Minas  e  Energias.  Recife.  2005.  Disponível  em <www.cprm.gov.br>, acesso em 10 nov 2010. 

Algumas  considerações  sobre o êxodo  rural no Nordeste. BNB. 2001. Disponível em 

<http://www.bnb.gov.br/content/Aplicacao/ETENE/Rede_Irrigacao/Docs/Algumas%20

Consideracoes%20sobre%20o%20Exodo%20Rural%20no%20Nordeste.PDF>.  Acesso 

em 12 nov 2010.  

Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares do RN. Natal. 2010 

Impactos na saúde e no Sistema Único de Saúde decorrentes de agravos relacionados a  um  saneamento  ambiental  inadequado.      Funasa/MS.  2010.  Disponível  em <http://www.funasa.gov.br/internet/Bibli_estPesq.asp>.    Acesso  em  15  out  2010 

Page 222: PTDRS - Potengi Final - sit.mda.gov.brsit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio123.pdf · agricultura familiar e os socialmente excluídos, a formação de capital humano

222 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

 Água  e  política  no  sertão:  desafios  ao  Programa  Um Milhão  de  Cisternas.  Água  e política no sertão: desafios ao Programa Um Milhão de Cisternas. Isadora de Afrodite Richwin  Ferreira.  2009.  Brasília/DF.  Disponível  em <http://repositorio.bce.unb.br/handle/10482/4144>.  Acesso  em  22  out  2010. (Dissertação)  MINEIRO,  Fernando.    Breve  perfil  das  internações  e  atendimentos  no  hospital Walfredo  Gurgel.  2007.  Disponível  em <http://mineiro13666.com.br/media/uploads/publications/arq47279aecf2269.pdf>.  Acesso em 14 out 2010.  O SINASC como fonte de informação sobre fecundidade no Rio Grande do Norte. 2000. Lára  de Melo  Barbosa  e  Flávio  Henrique Miranda  de  Araújo  Freire.  Disponível  em <http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_abep/PDF/ABEP2004_53.pdf>.  Acesso em 10 set 2010. (Artigo)  Brito, Fausto. A transição demográfica no Brasil: as possibilidades e os desafios para a economia e a sociedade / Fausto Brito. ‐ Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2007.   

Cadernos  de  Informações  de  Saúde  Rio  Grande  do  Norte. Municípios. Municípios. TabNet/DATASUS.  Disponível  em  <http://tabnet.datasus.gov.br>.  Acesso  em  25  out 2010. 

 Informações  de  Saúde.  Situação  de  Saneamento.  DATASUS/MS.  Disponível  em <http://www2.datasus.gov.br>.  Acessado em 29 out 2010.  Produção Agrícola Municipal – PAM.  IBGE. 2002. Disponível em <www.ibge.gov.br>.  Acessado 26 out 2010  

 Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. DATASUS/MS/. 2000 a 2008.  

Disponível em <www.datasus.gov.br>. Acessado 14 out 2010. 

Documentos necessários para requerimentos de benefícios. Previdência Social. 2010. Disponível  em <http://menta2.dataprev.gov.br/prevfacil/prevdoc/benef/pg_internet/iben_menu.asp?titulo=Pensão por Morte&parm_doc=17>. Acessado em 23 out 2010.   Sistema de informações sobre mortalidade – SIM. DATASUS. 2000 a 2008. Disponível em <www.datasus.gov.br>.  Acessado 20 out 2010  Ranking  do  Índice  de  Desenvolvimento  Humano.  PNUD.  2010.  Disponível  em <www.pnud.org.br>.  Acessado  05  nov  2010 

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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI 223

  Federação dos Municípios do RN – FEMURN. 2009. Disponível <www.femurn.org.br>. Acessado em 09 set 2010.  Internações Hospitalares.SIH/SUS. 2009. Disponível em <www.datasus.gov.br>. Acessado 23 out 2010.  Frota  de  Veículos  dos  Municípios.  DENATRAM.  2005  A  2009.  Disponível <www.denatran.gov.br>.   Acessado 17 nov 2010 Cobertura Vacinal. Programa Nacional de Imunizações – PNI/MS. 2010. Disponível em <www.datasus.gov.br>. Acessado 27 nov 2010. Sistema  de  Informação  da  Atenção  Básica  –  SIAB.  2009.  Disponível  em <http://siab.datasus.gov.br>.  Acessado 14 nov 2009. 

Recursos  destinados  a  saúde  –  Fundo  a  fundo.  FNS.  2009.  Disponível  em 

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Índice  de  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  –  IDEB.  2009.    Disponível  em 

<http://sistemasideb.inep.gov.br>.  Acessado 11 nov 2010 

Ensino Técnico Profissionalizante. CTEAD. 2009.   Disponível em <www.ctead.com.br>.  

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Cursos  de  Graduação  no  Território.  IBRAPES/UVA.  2009.  Disponível  em 

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Plano  Estadual  de  Recursos  Hídricos.  1998.    SEMARH.  Disponível  em <www.semarh.rn.gov.br>.  Acessado 02 set 2010.  Anuário  Estatístico  do  Rio  Grande  do  Norte.  2005  a  2007.  IDEMA.  Disponível  em <www.idema.rn.gov.br>.  Acessado 04 out 2010.  Perfil  do  Estado  do  Rio  Grande  do  Norte.  2002.    IDEMA.  Acessado  em <www.idema.rn.gov.br>.  Acessado 29 set 2010. 

Recursos destinados aos municípios. 2000 a 2009.  Porta da Transparência do Governo 

Federal.  Disponível em <www.transparência.gov.br>.  Acessado 10 nov 2010.  

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB/2009  COEPPIR. Povos indígenas no rio grande do norte. Natal: Kilombo, 2007. Disponível em: <http:/www.quilobolabaoba.org/territórios/>. Acessado em: 17 nov 2010. 

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224 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO POTENGI

Controladoria Geral da União. Portal da Transparência. BrasÍlia‐DF: Governo Federal, 

2009. Disponível em: <http://rn.transparencia.gov.br/>. Acessado em 13 out 2010.   

CÂMARA,  O.  N.  et  al.  Atlas  para  a  Promoção  do  Investimento  Sustentável  no  Rio 

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Departamento de Informática do SUS/DATASUS. Sistema de Informações Hospitalares 

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