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PTDRS do Território Cocais 1 Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Território COCAIS - MA São Luís Maranhão 2011

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PTDRS do Território Cocais1

Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Território

COCAIS - MA

São LuísMaranhão

2011

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PTDRS do Território Cocais2

Presidente da República Federativa do BrasilDilma Rousseff

Ministro de Estado do Desenvolvimento AgrárioAfonso Florence

Secretário de Desenvolvimento TerritorialHumberto Oliveira

Coordenação Geral Carleuza Andrade da Silva Carlos Humberto Osório Castro Delegada Federal do Ministério de Desenvolvimento Agrário no MaranhãoCicília Mirela Durans CostaArticuladores Estaduais\SDT\MDAMary Alba Santiago FigueiredoWellington Matos

Participação:CODETER - Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Território Cocais

Cooperativa de Serviços, Pesquisa e Assessoria Técnica - COOSPATHélio Henrique Silva Santos Filho - Diretor Presidente

Coordenação Técnica - COOSPATMaria Suely Dias Cardoso Mestre em Ciências Sociais

ConsultoresCarlos Augusto de Oliveira Furtado – Especialista em Planejamento do Desenvolvimento Amazônico MaranhenseMarluze do Socorro Pastor Santos – Mestre em Agroecologia Revisão TextuallAlessandra Ribamar Costa CardosoMirelle Campos Tavares Nina

Revisão Editorial Maria Suely Dias Cardoso

Fotografia e diagramação gráficaRoberto K-zau

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Lista de tabelas

Lista de gráficos

Lista de anexos

Apresentação......................................................................................................................10

1.Introdução........................................................................................................................11

1.1 Antecedentes...................................................................................................................11

2. Objetivos...........................................................................................................................13

2.1 Objetivo geral..................................................................................................................13

2.2 Objetivos específicos.......................................................................................................13

3. Metodologia.....................................................................................................................14

3.1 Os princípios metodológicos................................................................................14

3.2 As fase s do trabalho......................................................................................................16

3.2.1 As oficinas.....................................................................................................................16

3.2.2 Levantamento dos dadds segundários.........................................................................17

4. O Diagnóstico como fonte para a formulação do Planejamento................................18

4.1 Localização e Limites do Território..................................................................................18

4.2 História da Formação do Território..................................................................................19

4.3 Dimensão Ambiental........................................................................................................20

4.3.1 Características geoambientais.....................................................................................20

4.3.2 Os problemas ambientais do Território Cocais.............................................................22

4.4 Dimensão Sociocultural Educacional..............................................................................25

4.4.1 Adinâmica populacional................................................................................................25

4.4.2 Situação da saúde........................................................................................................27

4.4.3 Atendimento sanitário...................................................................................................28

4.4.4 Situação da educação..................................................................................................30

4.4.5 IDH-MA.........................................................................................................................33

4.5 Dimensão Socioeconômica.............................................................................................34

4.5.1 Estrutura fundiária e utilização de terras......................................................................34

4.5.2 A dinâmica da agricultura familiar no Maranhão e Território........................................38

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PTDRS do Território Cocais4

4.6 Dimensão Político Institucional......................................................................................48

4.6.1 Uma análise organizacional do Território a partir dos atores institucionais................48

4.6.2 A organização dos colegiados....................................................................................49

4.6.3 As estruturas de poder no território.............................................................................49

5. A Visão de Futuro dos Representantes do Território.................................................51

6. O Planejamento Sustentável para o Desenvolvimento do Território.......................52

6.1 Dimensão Ambiental.....................................................................................................53

6.1.1 Programa Ambiente sustentável.................................................................................53

6.2 Dimensão Sociocultural Educacional ...........................................................................56

6.2.1 Programa População saudável...................................................................................56

6.2.2 Programa Educação no campo para o combate ao analfabetismo rura....................57

6.2.3 Programa Assistência social.......................................................................................60

6.2.4 Programa Mulher.........................................................................................................60

6.2.5 Programa Cultura........................................................................................................61

6.3 Dimensão Socioeconômica..............................................................................................63

6.3.1 Programa Agricultor e agricultora com Terra...............................................................63

6.3.2 Programa Incentivo as culturas tradicionais.................................................................63

6.3.3 Programa Unidade de produção e beneficiamento de sementes e mudas.................65

6.3.4 Programa Desenvolvimento da fruticultura...................................................................65

6.3.5 Programa Desenvolvimento da horticultura..................................................................66

6.3.6 Programa Melhoramento da criação de animais..........................................................68

6.3.7 Programa Extrativismo..................................................................................................73

6.3.8 Programa Turismo socialmente responsáve................................................................74

6.4 Dimensão Político Institucional..........................................................................................76

6.4.1 Programa Fortalecimento das institucionalidades do Território.........................................76

6.4.2 Programa Aperfeiçoamento do modelo de gestão pública.................................................78

Breves considerações....................................................................................82

Bibliografia Referencial

Anexos

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Tabela I: Desmatamento e focos de queima no Território

Tabela II: População residente por situação do domicílio, e percentual da população rural.

Tabela III: População residente, taxa de urbanização, taxa média de crescimento anual e . densidade demográfica

Tabela IV : Rede coletora de esgotos no Território Cocais em 2000

Tabela VI: Destinação do lixo no Território Cocais- 2000

Tabela V : Situação do analfabetismo no Brasil, Maranhão e no Território Cocais no ano de 2000

Tabela VII: Número de escolas, matriculados e evasão escolar no Maranhão e no Território do Cocais no ano de 2008 Tabela VIII: IDH do Estado Maranhão e no Território Cocais no ano de 2000

Tabela IX: Percentual do estabelecimento e área sobre o total do Território e do Maranhão

Tabela 10 : Percentual do estabelecimento e área segundo a condição do produtor e o total do Maranhão

Tabela 11: Estrutura Fundiária do Maranhão, segundo a categoria do imóvel rural

Tabela 12: Estrutura fundiária do Território Cocais, segundo a categoria de imóvel rural

Tabela 13: Utilização da terra segundo os estabelecimentos e área - variação no Maranhão. 1995/2006

Tabela 14: Utilização da terra segundo a participação das atividades no total Maranhão. 1995/2006

Tabela 15: Utilização da terra segundo os estabelecimentos e área, variação no Território. 1995/2006

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Tabela 16: Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura temporária , Maranhão. 1996/2008.

Tabela 17 : Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura temporária no Território Cocias no período de 1996/2008.

Tabela 18: Variação na área colhida de cultura temporária para o Maranhão e o Território Cocais no período de 1995/2006

Tabela 19: Variação na quantidade produzida de lavoura temporária no Maranhão e Território dos Cocais no período de 1995/2006.

Tabela 20: Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura permanente no . Território Cocais no período de 1995/2006.

Tabela 21: Variação do efetivo do rebanho no Maranhão e no Território, no período de 1996/2007.

Tabela 22: Variação da produção animal Maranhão/Território, 1996/2008

Tabela 23: Variação da quantidade produção extrativa vegetal Território (1996/2008)

Tabela 24: PIB a preço de mercado corrente, população e PIB per capita. Maranhão/Território, 2002/2007

Tabela 25: PIB do setor agropecuário, indústria e serviços a preço de mercado corrente, . Maranhão/Território- 2002/2007

Tabela 26: Total de Assentamentos Criados no Território até 2005

Tabela 27: Total de Assentamentos criados no Território em 2010

Tabela 28: Comunidades quilombolas no Território Cocais

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Gráfico I: Distribuição das chuvas na região Leste do Maranhão

Gráfico II: Distribuição da umidade relativa na região Leste do Maranhão

Gráfico III: População dos municípios do Território Cocais em 2007Gráfico IV: Densidade demográfica dos municípios do Território Cocais em 2000 e em 2007

Gráfico V: Estabelecimentos de saúde nos anos 2006 e 2008

Gráfico VI: Atendimento sanitário no Território

Gráfico VII: Taxa de analfabetismo da área rural e urbana do Território Cocais

Gráfico VIII: Matriculados no Território Cocais em 2008

Gráfico XIX: Comparativo das matrículas na área rural e urbana, em 2008

Gráfico 10: Formação de docentes do município do Território Cocais

Gráfico 11: IDH do Maranhão e do Território Cocais

Gráfico 12: Estabelecimentos e área segundo a condição do produtor, participação no . Território e no Maranhão em 1995

Gráfico 13: Estrutura fundiária do Maranhão em 2005

Gráfico 15 : Confronto dos dados estabelecimentos e área no Maranhão. 1995/2006

Gráfico 16: Utilização da terra no Maranhão, variação no número de estabelecimentos e área. 1995/2006

Gráfico 17: Utilização da terra no Maranhão, participação sobre o total. 1995/2006

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Mapa 1: Classificação climática do Maranhão e do Território

Mapa 2: Precipitação pluviométrica do Maranhão e do Território

Mapa 3: Temperatura média do ar do Maranhão e do Território

Mapa 4: Umidade relativa do ar do Maranhão e do Território

Mapa 5: Bacias hidrográficas

Mapa 6: Geologia

Mapa 7: Geomorfologia

Mapa 8 : Solos do Maranhão e do Território

Tabela 29: Formação geológica, solos e recomendações para preparo de solo

Tabela 30: População residente total, urbana, rural.

Tabela 31: Variação da população e densidade demográfica dos municípios do Território

Tabela 32: Taxa de urbanização e taxa média de crescimento anual dos municípios Território

Tabela 33: Evolução da população do território e taxa de urbanização – 2000 A 2007

Tabela 34: Número de estabelecimentos, leitos, médicos no Território do Cocais, 2007

Tabela 35: Número de domicílios com atendimento sanitário no Território

Tabela 36: Analfabetismo no Brasil, Nordeste, Maranhão e nos municípios ano de 2000

Tabela 37: Número de escolas, matriculados e evasão escolar no Território do Cocais em 2008

Tabela 38: Matricula inicial por nível e modalidade de ensino em 2008

Tabela 39: IDH-M, IDH-R, IDH-L, IDH-L dos municípios do Território Cocais

Tabela 40: Variação do IDH dos municípios do Território Cocais

Tabela 41: Percentual do estabelecimento e área sobre o total do território e do . . maranhão.

Tabela 42: Distribuição do número de imóveis e área total, segundo a categoria de imóvel rural, por município, Território e Maranhão

Tabela 43 : Total de estabelecimentos e área segundo a condição familiar e não familiar, 1996

Tabela 44: Total de estabelecimentos e área segundo a condição familiar e não familiar, 2006

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Tabela 45: Utilização da terra no Território e no Maranhão.

Tabela 46: Estabelecimentos agropecuários e área por utilização da terra pela agricultura familiar Território dos Cocais e MaranhãoTabela 47: Estabelecimentos agropecuários e área por utilização da terra pela agricultura familiar Território dos Cocais e Maranhão

Tabela 48: Total de pessoal ocupado em 1995

Tabela 49: Total de pessoal ocupado em 2006

Tabela 50: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura . permanente

Tabela 52: Efetivo dos rebanhos por tipo de rebanho

Tabela 53: Quantidade produzida na extração vegetal por tipo de produto extrativo

Tabela 54: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2002

Tabela 55: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2003

Tabela 56: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2004Tabela 57: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2005

Tabela 58: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2006

Tabela 59: PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, População, PIB per capita, valores agregados a preços correntes. Ano 2007

Tabela 60: Detalhamento da meta domicílios com rede de distribuição de água, 2011 a 2015

Tabela 61: Detalhamento da meta domicílios com rede de esgoto, período 2011 a 2015

Tabela 62 : Detalhamento da meta, assentamento, por município por estabelecimento

Tabela 63: Detalhamento das metas (culturas tradicionais e mandiocultura), 2011 a 2015

Tabela 64: Detalhamento da meta de desenvolvimento da cadeia de produção das frutíferas

Tabela 65: Detalhamento da meta por município, por estabelecimento no período de 2011 a 2015

Tabela 66: Detalhamento da meta (pólos hortícolas) por estabelecimento, de 2011 a 2015

Tabela 67: Detalhamento da meta, (criação de caprinos, ovinos e suínos) por município

Tabela 68: Detalhamento da meta, (bovinocultura de leite) por município, de 2011 a 2015

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PTDRS do Território Cocais10

A Coospat, entidade da Rede Nacional de Entidades Parceiras – RNEP no âmbito do Ministério de Desenvolvimento Agrário

– MDA\SDT, disponibiliza o Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável - PTDRS do Território Cocais, como importante instrumento no processo de consolidação desse Território. Este documento é o resultado da qualificação do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS) do Território Cocais, é também complementação dos estudos já

elaborados para o Território que compõem às ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT), desenvolvidos pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial.No texto estão incluídos dados e informações do PTDRS realizado em 2005 e do Estudo Propositivo realizado em 2007. Os dados secundários foram revisados, à exceção daqueles em que não havia informações diferenciadas. Parte dessas informações foi obtida nas instituições IBGE, IMESC, INPE, UEMA e MDA. Estão incluídas as informações relativas aos municípios Codó, Coroatá, Senador Alexandre Costa, Timbiras e Peritoró que, à época da elaboração do PTDRS, não faziam parte do Território.A estrutura do documento original foi mantida com duas partes. Na primeira um diagnóstico do Território, utilizando-se das informações dos 17 municípios, e a segunda, o Plano propriamente dito, incluindo as estratégias de implantação e a caracterização do processo de gestão, levando-se em conta, especialmente, os projetos de infraestrutura que sejam estruturantes para o desenvolvimento das comunidades rurais e dos assentamentos de reforma agrária.Aqui estão informações que fazem um retrato do Território, os problemas identificados, e, mais importante, as propostas em forma de programas e projetos apontados pelos atores e atrizes sociais, das entidades parceiras, dos técnicos participaram da elaboração dos documentos anteriores, de pessoas que atuavam e atuam em movimentos sociais e, sobretudo dos representantes do Colegiado que estão relacionados abaixo desta apresentação. A pretensão é que este material seja referência para o Colegiado e demais atores sociais inseridos na dinâmica territorial e demais movimentos sociais, não só dos territórios, e, instrumento de trabalho para todos/as que estão envolvidos nesse processo, em especial as organizações dos agricultores familiares, para o fortalecimento do poder e do lugar dessas organizações, nas diferentes relações e negociações.A COOSPAT, entidade responsável pela elaboração deste documento, tem convicção de que, para atingir o objetivo acima, será necessária a participação de todos e todas no processo de gestão, entendendo que o enfoque territorial deva ser a primazia na execução desse plano.Por fim, nossos agradecimentos aos consultores, a equipe da SDT; a Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário\MA e aos demais que nos apoiaram nesse processo, o INAP, entidade atuante no Território e principalmente o CODETER.

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PTDRS do Território Cocais11

1. 1 Antecedentes

Nos diversos debates ocorridos ao longo dos últimos cinco anos no

Colegiado Territorial1 dos Cocais, os participantes, integrantes do Colegiado, participantes eventuais e assessores técnicos, analisam que o modelo de desenvolvimento adotado na região baseado no

monocultivo, prioriza a produção em grande escala para exportação. Como conseqüência, a área de cerrados vem sendo sistematicamente devastada para dar lugar a plantações de cana de açúcar, bambu, eucalipto e mais recentemente a soja, modelo que não reverte às condições econômicas e sociais da população desse Território, ao contrário promove migração, principalmente dos mais jovens para as atividades sucroalcooleiras do sudeste do país. Diversas organizações e movimentos que atuam na região promoveram ações objetivando redirecionar esse modelo de desenvolvimento. Em 2004 o Ministério de Desenvolvimento Agrário cria o PRONAT2 com a perspectiva de apoiar o desenvolvimento rural a partir de uma abordagem territorial e de modelos sustentáveis. A Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), responsável pela execução do programa assim se define:

“...A SDT surge com o objetivo de apoiar a organização e o fortalecimento institucional dos atores sociais locais, na gestão participativa do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais e promover a implementação e integração das políticas públicas”.

No início da atuação do PRONAT no Território Cocais foi organizado uma Comissão de Instalação das Ações Territoriais - CIAT em cuja composição estavam presentes lideranças locais, dirigentes de ONGs e gestores municipais. Essa Comissão estabeleceu o Território que em sua primeira formação era composto pelos municípios de Afonso Cunha, Aldeias Altas, Buriti Bravo, Caxias, Coelho Neto, Duque Bacelar, Fortuna, Lagoa do Mato, Matões, Parnarama, São João do Sóter e Timon. Em 2004, o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRUS homologou a ampliação dos territórios do Maranhão, incluindo os municípios de Codó, Coroatá, Senador Alexandre Costa, Timbiras e Peritoró, totalizando 17 municípios, a atual composição.Obedecendo às etapas de implementação dessa nova estratégia de desenvolvimento proposto pelo SDT\MDA, para o Território Cocais, foram elaborados os seguintes documentos:

1 De acordo com a definição do Ministério de Desenvolvimento Agrário, o Colegiado Territorial é a instância de gestão local do programa Território da Cidadania, sendo implantado um para cada território, sendo composto paritariamente por governos e sociedade civil. ² Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais

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PTDRS do Território Cocais12

a) Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS) - principal instrumento construído no ano 2005, de forma participativa pelo colegiado em apoio à gestão social do desenvolvimento territorial. O PTDRS foi o primeiro produto elaborado pela sociedade civil, dando inicio às ações de desenvolvimento territorial. A responsabilidade técnica na elaboração do Plano foi do CINPRA, de forma participativa, contando, especialmente, com toda a estrutura do colegiado do território;

b) Estudo Propositivo (EP) segundo documento elaborado para o Território, seguindo a linha metodológica definida pela SDT, visando aprimorar o diagnóstico do PTDRS, tendo como foco a dimensão socioeconômica dos territórios rurais. A fase de elaboração do EP ficou sob coordenação do Instituto Potiguar de Desenvolvimento Social - IP, além do apoio de outros atores relacionados com a dinâmica territorial, como o próprio colegiado territorial, a Comissão de Instalação das Ações Territoriais.

O PRONAT tinha uma perspectiva de implementação de 15 anos, devendo ocorrer uma revisão a cada cinco anos. Nos primeiros cinco anos o objetivo era a construção do PTDRS, a mobilização e capacitação dos atores sociais, investimento em infraestrutura, formação de institucionalidade para a gestão social, formulação de programas adequados às características do território, dinamização da economia e formulação e implantação de projetos específicos.Após a conclusão do PTDRS a CIAT originou o Colegiado de Desenvolvimento Territorial - CODETER. Esse Colegiado passou a ser o responsável pela organização e articulação das políticas no Território Cocais. O PTDRS, entretanto, não foi apropriado pelos organismos executores das políticas o que resultou em taxa de retrabalho, as atuações dispersas, perda da capacidade de sensibilização e persuasão dos programas institucionais junto às comunidades e perda de capacidade orçamentária.Por outro lado muitas informações apresentadas no diagnóstico não foram aproveitadas na parte específica do plano. Da mesma forma, há uma desconexão entre o documento e as ações territoriais estabelecidas, provavelmente, pela ausência de segmentos importantes como representantes dos comércios, indústrias locais e instituições federais como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis- IBAMA e estaduais como a Agência Estadual de Defesa Agropecuária - AGED e a Agência Estadual de Extensão Rural e Pesquisa - AGERP. Após ter se passado os primeiros cinco, o plano precisou ser revisto, atualizado e qualificado. O processo de qualificação foi estabelecido como uma revisão das informações, primárias e secundárias. A revisão introduziu uma dinâmica nova no processo de elaboração que incluiu a análise de documentos municipais como os Planos de Desenvolvimento dos Assentamentos -PDA de reforma agrária existentes nos municípios e os planos das secretarias municipais de parte dos municípios que compõem o Território.Os eixos norteadores: a) Fortalecimento de redes sociais de cooperação, b) Fortalecimento da gestão social, c) Articulação das Políticas Públicas e Dinamização das economias territoriais. O método empregado na elaboração deste documento segue a metodologia adotada pelo MDA/SDT a partir da implementação da Política Territorial iniciada em 2003. Entendemos que mesmo sendo denominado de Qualificação do PTDRS, este documento não deixa de ser um Planejamento com a mesma importância que teve o PTDRS original quando foi elaborado.

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PTDRS do Território Cocais13

2.1 Objetivo geral

Fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas como base para uma ação coordenada das diferentes instituições que intervêm no Território do Cocais de forma a fomentar o desenvolvimento sustentável do Território focado na agricultura

. familiar.

2.2 Objetivos específicoso Caracterizar os sistemas produtivos do Território Cocais bem como, os entraves

técnicos, econômicos, sociais, ambientais e institucionais para o desenvolvimento da região, com vistas à elaboração das propostas de trabalhos institucionais necessários;

o Identificar as sintonias e as contradições entre as políticas públicas já implementadas ou em fase de implementação na região;

o Sistematizar as ações que derivam das políticas de desenvolvimento elaboradas nos últimos anos e que tenham como objetivo a melhoria das estruturas agro-sócio-ambientais da região;

o Construir, em conjunto com os agricultores e suas organizações, bem como com o Colegiado Territorial, propostas de soluções para os problemas identificados;

o Sensibilizar os atores envolvidos, com a perspectiva de incentivar a implementação dessas políticas dentro das condições locais de cada município e, ao mesmo tempo, responsabilizar cada um pela execução de políticas específicas;

o Definir, em conjunto com os municípios, programas e projetos que permitam um desenvolvimento sustentável, visto nas dimensões econômica, social e ambiental, e manejado de forma sistêmica, integral e dinâmica;

o Efetivar parcerias com as instituições envolvidas nas ações locais, concebendo-as como sócias em um projeto de desenvolvimento e não como meras repassadoras e/ou receptoras de recursos, estimulando a articulação em redes.

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3.1 Os princípios metodológicos

Considerando que o PTDRS qualificado deverá ser a expressão do conhecimento e da visão de futuro dos atores locais e sua coesão social no território de modo a apontar e alavancar iniciativas locais para o desenvolvimento sustentável, e criar

condições para o acesso às oportunidades (internas e externas) tanto privadas quanto públicas dos atores sociais e institucionais. E sendo assim, buscou-se estabelecer alguns princípios metodológicos que dessem conta das dinâmicas locais, mas que levasse em consideração a lógica da organização territorial nos moldes propostos pela SDT. Esses princípios procuraram aferir as seguintes hipóteses:

a) A elaboração e implementação do PTDRS proporcione um ambiente que fortaleça a cultura da gestão social e a formação de redes sociais de cooperação;b) A construção e execução do PTDRS estabeleça um processo de articulação e coesão das diversas políticas públicas federais, estaduais e municipais;c) A preparação e efetivação do PTDRS constitua uma ação de empoderamento dos atores mais fragilizados do território (agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, pescadores artesanais, extrativistas, mulheres e jovens);d) A elaboração e aplicação do PTDRS institua um processo de fortalecimento da dinamização econômica dos territórios rurais;e) Os atores envolvidos tenham sempre presentes as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável na perspectiva territorial, quais sejam: desenvolvimento ambiental, socioeconômico, político-institucional e sócio-cultural.Visando o cumprimento dos objetivos do plano, partiu-se então para a definição dos eixos de trabalho e dos passos metodológicos, que inicialmente foram construídos pela equipe de consultores e coordenação técnica da COOSPAT, considerando as orientações da Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT e posteriormente amadurecida com o Colegiado, resultando em readequações para melhor leitura da realidade territorial. Desta forma, no decorrer do desenvolvimento do trabalho de qualificação do PTDRS, a equipe procurou atender as recomendações da SDT nos seguintes termos:

Fortalecimento do colegiadoO Colegiado Territorial é a principal instância de garantia da implantação e implementação do PTDRS no território e, no entanto, há certa desarticulação interna dessa organização que dificulta a execução dessa política. O plano foi trabalhado com a perspectiva de fortalecer o Colegiado garantindo a participação do Núcleo Diretivo em todas as discussões dos programas e projetos e trabalhando para que a assembléia do Colegiado seja a responsável pelas deliberações para encaminhar toda e qualquer proposta que venha a ser indicada para o desenvolvimento dos municípios e do Território como um todo.

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PTDRS do Território Cocais15

Planejamento localAinda que o Governo Federal, através dos seus ministérios, o Governo Estadual, através das suas secretarias, e as empresas estatais tenham boa vontade para a promoção do desenvolvimento dos territórios e municípios, as prioridades, freqüentemente, são definidas por técnicos que conhecem superficialmente a realidade local ou, os recursos disponibilizados não são suficientes para contemplar todas as áreas. No entanto, se o planejamento for feito localmente por técnicos e organizações que dominam o conhecimento sobre a realidade local, a produtividade do uso dos recursos tende a ser aumentada gerando mais benefícios para o conjunto do território e dos municípios. No caso desse PTDRS a equipe que fez a qualificação buscou o envolvimento de técnicos das organizações locais em todas as etapas do Plano.

Planejamento territorial articulado com o planejamento centralAo longo do período de elaboração do plano, ficou claro que ainda há um grande distanciamento entre o que está sendo executado pelas três instâncias de governo e o conhecimento dessas ações pelo Colegiado. Não há qualquer preocupação por parte dos ministérios, secretarias ou empresas de consultar o Colegiado ou o PTDRS para o desenvolvimento de projetos no Território. Por outro lado, o PTDRS foi construído sem amarrações com esses projetos promovendo o mesmo erro que vêm sendo cometido pelos níveis mais centrais. Nesse processo de qualificação procurou-se compreender a lógica de planejamento dos níveis centrais para adequar o planejamento territorial sem perder de vista a responsabilidade de ter um planejamento feito localmente.

Participação popular no planejamento territorialA busca desse processo de qualificação com a participação das populações foi fundamental para que as comunidades pudessem ter seus interesses atendidos, e, condições de participarem da implantação do Plano, principalmente neste território em que muitas comunidades tiveram suas áreas suprimidas no processo de exploração de cana de açúcar, bambu e eucalipto. Muitas famílias foram obrigadas a se deslocarem para outras áreas, perdendo quase toda a capacidade de reivindicar melhores condições de vida.

Melhorar a capacidade técnica e gerencial do ColegiadoFicou claro que o Colegiado Territorial tinha uma grande dificuldade para tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento territorial. Uma preocupação que a equipe que qualificou o plano teve foi com o fortalecimento da capacidade técnica e gerencial desse Colegiado para que seus dirigentes tivessem condições de propor, de refletir e de encaminhar soluções em nível regional, pois as soluções têm sido encaminhadas, quase sempre, localmente, por município.

Articulação entre municípios para fomentar o desenvolvimentoNessa região há quatro municípios com pouco mais de dez anos de emancipação. Esses municípios possuem uma população pequena com pouca capacidade técnica para promover seu próprio desenvolvimento. A articulação regional passa, então, a ser um fator fundamental no processo de busca de soluções.

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De certa forma esse tipo de articulação já existe, mas está relacionada com a busca de soluções de forma política que sempre fortalecem os municípios de maior população que garantem maior quantidade de votos. Nesse plano, procurou-se garantir que as soluções se dêem em outros patamares, permitindo que municípios menores possam se fortalecer para ter os mesmos espaços dos maiores.

3. 2 As fases do trabalhoPara dar início às atividades, a coordenação técnica do projeto realizou diversas reuniões com a equipe de consultores/as com os seguintes objetivos:a) dividir os consultores em duas equipes, onde cada uma atuaria na execução da qualificação do PTDRS em dois territórios rurais maranhenses, ficando a distribuição da seguinte forma: Equipe I – Território do Vale do Itapecuru e Cocais; Equipe II – Território dos Lençóis Maranhenses/Munim e Baixo Parnaíba;b) Discutir o conceito de “qualificação do PTDRS” e dos seus passos metodológicos: neste momento, pouco se tinha de informações a respeito deste produto, assim buscou-se amadurecer estas informações internamente e através de diálogos com a Delegacia Estadual do MDA, porém só com a realização de uma oficina com um representante da SDT/MDA foi possível o entendimento mais claro e objetivo do conceito e das diretrizes da qualificação do PTDRS.c) Reunir com a coordenação técnica para avaliação das atividades realizadas vislumbrando as dificuldades encontradas nos aspectos metodológicos, na mobilização e sensibilização do CODETER para sua efetiva participação e reordenamento no planejamento quando necessário.Com o conhecimento obtido foi possível caracterizar as referências necessárias para organizar o processo de qualificação. Para que o documento pudesse ser ainda mais compreensivo a equipe do Cocais buscou o contato com o CINPRA, especialmente com os secretários de agricultura dos municípios de Caxias e Codó, que como instituição elaboradora do plano anterior e articuladora do Território tinha grande domínio das informações.

3.2.1 As oficinasAs oficinas foram reuniões de trabalho prolongadas em que participavam todos os membros do Colegiado, além de integrantes de órgãos do governo municipal e das organizações da sociedade civil. Em média, o tempo de cada oficina girava em torno de dois dias, suficientes para permitir que os participantes pudessem responder às questões apresentadas, debaterem temas de importância local e regional e apresentarem soluções para os problemas que afligiam os municípios e o território como um todo.

As oficinas para a qualificação do PTDRS foram trabalhadas em três momentos diferentes com três objetivos diferentes: 1) avaliação do PTDRS, EP e Documento da Síntese, o que permitiu à equipe de consultores e consultora terem uma análise apurada do momento do Plano, considerando o que foi e o que não foi implantado; 2) levantamento dos dados qualitativos para o processo de qualificação do PTDRS; 3) planificação, que significa a reconstrução dos programas propostos quando da elaboração do Plano. A última oficina foi transformada em uma assembléia territorial, pois o objetivo foi redimensionado para a apresentação e aprovação do Plano Qualificado.

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3.2.2 Levantamento dos dados secundários.

Entendendo que se trata de uma Qualificação do PTDRS (atualização das informações secundárias), não é objetivo deste trabalho a elaboração de um novo diagnóstico dos municípios e do Território, mas, uma apresentação, uma síntese do mesmo, dando destaque ao confronto dos dados já existentes, tendo em vista que, quando da elaboração do PTDRS (2004), a grande maioria dos dados trabalhados foram do Censo Demográfico 2000 e Censo Agropecuário 1995, entre outros. Assim, foi realizado com os destaques para as informações que foram possíveis confrontar com os dados oficiais disponíveis.

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Um diagnóstico é composto por um conjunto de informações que caracterizem o cenário

onde atores físicos e institucionais vem atuando sobre o meio ambiente que resultam em dinâmicas econômicas e sociais. Essas dinâmicas podem ser avaliadas tanto de forma vertical (análise histórica) quanto de forma horizontal (análise da realidade atual do ponto de vista da organização, da infraestrutura, das condições ambientais e da economia).Para este trabalho, foi usada como referência a lógica de um trabalho científico que estabelece uma estrutura dividida em dois momentos. O primeiro inclui uma revisão das informações disponíveis em diversos documentos produzidos por instituições de pesquisa e órgãos que trabalham com estatísticas, além de planos, programas e projetos elaborados por secretarias e por órgãos de governo e organizações da sociedade civil que atuam na região. O segundo momento exige o levantamento de informações atualizadas tanto de forma quantitativa quanto de forma qualitativa, mais essa do que aquela, considerando que o objetivo está mais relacionado ao desenvolvimento do que à obtenção de resultados específicos.

4.1 Localização e Limites do Território do Cocais

Os municípios que compõem o Território do Cocais fazem parte das Mesorregiões Centro (Fortuna e Senador Alexandre Costa) e Leste Maranhense(Afonso Cunha, Aldeias Altas, Buriti Bravo, Caxias, Coelho Neto, Duque Bacelar, Lagoa do Mato, Matões, Parnarama, São João do Sóter e Timon).O Território tem seu limite ao norte com a Mesorregião Leste Maranhense, ao sul Mesorregião Centro, a oeste com a Mesorregião Centro Maranhense e a Leste com o estado do Piauí. Abrange uma área de 30.211 km² e é composto por 17 municípios: Afonso Cunha, Aldeias Altas, Buriti Bravo, Caxias, Coelho Neto, Codó Coroatá, Duque Bacelar, Fortuna, Lagoa do Mato, Matões, Parnarama, Peritoró, São João do Soter, Senador Alexandre Costa, Timbiras e Timon (Mapa 1).A população total do Território é 721.396 pessoas o que representa 11,78 % da população total do Estado do Maranhão, dos quais 363.534 vivem na área rural, o que representa 50,39 % da população total do Território. Possui 39.516 agricultores familiares. Seu IDH médio é 0,56.

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Mapa 1: Território do Cocais

4.2 História da Formação do Território A maioria dos municípios do Território é cortada pelos rios Itapecuru, Parnaíba e Munim, apropriados para o transporte fluvial, o que favoreceu o seu povoamento no século XVII, portanto, municípios de ocupação antiga: Caxias (1811), Parnarama (1870) e Timon (1890). Os municípios de Lagoa do Mato e São João do Sóter foram instalados em 1997, os demais, na sua maioria foram criados na primeira metade do século XX.Os municípios mais antigos como Caxias figuram como protagonistas de varias ciclos da economia do Maranhão, destacando-se o arroz e algodão. O Maranhão se destacou também como importante centro de indústria têxtil, sendo que quatro das 11 indústrias implantadas estavam instaladas em Caxias.A industrialização de babaçu teve também grande influência no Território, pois envolveu um significativo contingente de força de trabalho rural e um conjunto de comerciantes, Caxias foi novamente um dos principais centros dessa indústria.O declínio dessa atividade foi resultante da perda na competitividade para o óleo de soja, e apropriação de terras por grandes grupos empresarias que substituíram áreas agricultáveis por pastagens e monocultivos com o cercamento de áreas densas em babaçu

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4.3 Dimensão Ambiental

4.3.1 Características geoambientaisA formação geológica é material que origina os solos, possibilitando analisar a qualidade, planejar os sistemas de cultivos e a distribuição espacial de cultura. As principais formações geológicas: Itapecuru, que deu origem a solos constituídos de areia fina e silte com baixa capacidade de retenção de cátions e estrutura frágil; Codó, solos de média e alta fertilidade com razoáveis teores de fósforo; Pedra do Fogo originou solos altamente intemperizados. MOURA (2004) considerou que alguns solos que ocorrem nos Cocais não são recomendados para o preparo de solo convencional, por meio da aração, gradagem, uso de calagem e adubação mineral, sendo a cobertura morta é uma das práticas mais indicada. No Quadro estão relacionados estão os principais solos que ocorrem no Território e recomendações para agricultura familiar.A estrutura geomorfológica demonstrada no Mapaé representada por áreas aplainadas e testemunhos tubulares identificadas como “Superfície Maranhense com Testemunhos” além de Chapadões, Chapadas e Cuestas, formas de relevo que correspondem a área dos remanescentes da superfície americana, que perdem lentamente altitude em direção norte.Informações obtidas no Atlas do Maranhão (NUGEO/LABGEO, 1999) e no Mapa de Solos (EMBRAPA, 1986) indicam que os solos predominantes do Território são latossolos, solos podzólicos e plintossolos. Com referência ao clima e tendo como referência a mesorregião Leste Maranhense, e a Centro Maranhense, o Território tem os seguintes comportamentos:

o Temperatura média de 26,9°C podendo superar os 35°C nos meses de setembro, outubro e novembro;

o Umidade relativa média 70%, o máximo ocorre entre os meses de março e abril e no período seco o valor pode chegar a 57%

o Precipitação média de 1.557mm, com chuvas irregulares, o período chuvoso inicia em novembro até maio;

Conforme a classificação climática de Thornthwaite (1948) ocorre três tipos: o Subsumido do tipo (C²) - apresenta-se com moderada deficiência de água no inverno,

entre os meses de junho a setembro, megatérmico (A’), ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18ºC, sendo que a soma da evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48% em relação à evapotranspiração potencial anual (a’).

o Subsumido seco do tipo (C1) -tem pouco ou nenhum excesso de água, megatérmico (A’), ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18ºC, sendo que a soma da evapotranspiração nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração anual (a’).

o Clima úmido do tipo (B¹) – com moderada deficiência de água no inverno entre os meses de junho setembro, megatérmico (A’), ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C sendo que a soma da evapotranspiração nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração anual (a’).

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Gráfico I – Distribuição das chuvas na região Leste do Maranhão

Fonte: NUGEO/LABMET (2002)

Quanto ao regime térmico, este é de pequena variação sazonal. Todos os meses são razoavelmente quentes, com média térmica variando de 260 C no período das chuvas (dezembro a maio) chegando a 34,4º C entre os meses de julho a outubro (Mapa 3).A variação interna é muito pequena, permanecendo com maior temperatura os municípios que estão mais próximos do semi-árido, ou seja, aqueles que se aproximam mais da parte centro-leste do Estado.

Gráfico II : Distribuição da umidade relativa na região Leste do Maranhão

Fonte: NUGEO/LABMET (2002)

O Território participa de três bacias hidrográficas (Mapa), sendo a mais importante a bacia do Itapecuru, com área de 52.972km² corresponde a 16 % do Estado do Maranhão, uma das bacias formadoras da Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental. O rio Itapecuru um rio de regime fluvial tropical com variações regionais da pluviosidade, na parte média e baixa onde estão situados os municípios do Território Cocais verifica-se maior regularidade das precipitações caracterizando um regime mais torrencial. Os municípios do Território inserido na bacia são os seguintes: Aldeias Altas, Caxias, Codó, Coroatá, Timbiras, São João do Sóter, Fortuna, Buriti Bravo e Lagoa do Mato.

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A segunda bacia mais importante do Território é a bacia do rio Parnaíba formadora da Região Hidrográfica do Parnaíba, com área de 331.441,5 km (MMA, 2006). O Maranhão ocupa 62.936,6 Km² da bacia, equivalente a 19,02 %, os municípios do Território inserido na bacia são os seguintes: Parnarama, Matões, Timon, Caxias, Coelho Neto, Duque Bacelar e Lagoa do Mato.A bacia do Munim com 2.0252 km² que integra a Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental, drena a mesorregião do Leste Maranhense nela estão contidos os municípios do Território Cocais: Afonso Cunha, Coelho Neto, Aldeias Altas, Duque Bacelar e Caxias.A importância dessas bacias hidrográficas é percebida tanto pelo seu uso para o abastecimento das cidades que se localizam nas margens dos rios quanto para o aproveitamento na irrigação. O desmatamento de margens e barramentos dos rios contribuem para o aceleramento dos processos erosivos, e, o uso de produtos tóxicos nas plantações de cana de açúcar e eucalipto, poluem as águas e reduzem a quantidade e a qualidade desse bem público vulnerável.No Território Cocais prevalece a vegetação de cerrado com as fisionomias de cerrado, cerradão, campos; florestas estacionais com babaçu e mosaico de pastagem, floresta aberta e vegetação degradada com babaçu. A floresta com babaçu é um tipo de floresta onde predomina o babaçu pela maior resistência que outras espécies tropicais, ocorrem nos vales dos rios Parnaíba e Itapecuru, sendo que o babaçu é a palmeira de maior importância econômica para o Território pelo potencial de seus produtos subprodutos, em especial para as mulheres que tradicionalmente coletam e beneficiam o babaçu.

Das espécies madeireiras encontradas no Território, destacam-se o angico, canela-de-velho, sapucaia, pau-d’arco, pau-marfim, faveira-de-bolota, sambaíba ou lixeira, candeia, jacarandá, gonçalo-alves, aroeira, olho-de-boi, pau-terra, pau-pombo, maçaranduba, cedro.

As espécies extrativas de uso alimentício e artesanal como o pequi, bacuri, mangaba, açaí, cajuí, araticum, macaúba, anajá, puçá, murici, guabiraba, tucum, araçá, pitomba, mangabeira, pente-de-macaco são espécies de importância econômica para as comunidades tradicionais, mas, se apresentam com distribuição irregular e populações reduzidas.

Em relação à flora medicinal, em levantamento realizado nesse Território, foram catalogadas 58 espécies de 31 famílias (REGO, 1993). Essa vegetação original está sendo suprimida por empresas de cana de açúcar e eucalipto, sendo que os municípios Caxias, Aldeias Altas, Coelho Neto e Duque Bacelar são os municípios mais sujeitados a transformação da paisagem pelos monocultivos.

4.3.2 Os problemas ambientais do Território CocaisNo Território dos Cocais, ao longo da história dos municípios que o compõe, o ambiente vem sendo modificado com a implantação de grandes projetos cuja base são os monocultivos da cana-de-açúcar, bambu, eucalipto, soja além de fábricas cimenteiras e cervejaria. Os modelos industriais adotados pelas empresas estão promovendo a reconcentração fundiária, substituição de áreas agricultáveis, comprometendo a economia da agricultura familiar e a insustentabilidade do ambiente. Com o advento do Pró-álcool em 1975 foi estimulada a expansão canavieira no Brasil, para o Maranhão, se intensifica a produção nos municípios de Coelho Neto, Duque Bacelar com aquisição

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da pelo Grupo João Santos e no município de Aldeias Altas se instala a empresa Costa Pinto que posteriormente mudou de razão social para TG Agroindustrial. Essas empresas adquiriram aproximadamente 300.000 hectares nos municípios de Aldeias Altas, Coelho Neto, Duque Bacelar, Caxias. Codó, Timbiras e em outros municípios do Território do Baixo Parnaíba. Uma das primeiras atividades dessas empresas de exploração de cana de açúcar foi fazer a eliminar de toda a vegetação das áreas adquiridas inclusive com a utilização de fogo em duas etapas do processo como tecnologia de limpeza e na colheita tendo como conseqüência a degradação ambiental em função do desmatamento e homogeneização do ambiente, a poluição do ar causada pela queima a contaminação do solo e dos fontes d’água pelo uso de produtos tóxicos. Além das alterações físicas, químicas, biológicas no solo; dos conflitos pela posse da terra conflitos trabalhistas, esses cultivos vem comprometendo também os recursos hídricos pelo uso intensivo de irrigação, com sistema de jateamento de água, com motores movidos à óleo diesel colocados às margens do rio Parnaíba e Itapecuru, provocando pressão sobre esses recursos hídricos, causando desmatamento das matas ciliares, erosões nas margens dos rios, além de carreamento de resíduo de óleo.

O processo de colonização das florestas para a exploração do eucalipto também produz alterações significativas no espaço natural, concentração fundiária e a comprometimento da agricultura familiar. Inicialmente foi implantada em Caxias a Ramires Reflorestamento, e, mais recentemente o Grupo Suzano que está em processo de implantação de uma unidade de produção de celulose de 1,3 milhão de toneladas de celulose/ano. Para atender a demanda por eucalipto, a empresa, está em processo de licenciamento de uma base de cultivo de 140.000 hectares de eucalipto na região de Timon e pretende expandir a plantação para os municípios de Coelho Neto, Afonso Cunha, Codó, Aldeias Altas, Caxias, São João do Sóter, Timon, Matões, Senador Alexandre Costa, Parnarama, Fortuna, Buriti Bravo, Lagoa do Mato. Conforme dados do EIA/RIMA (2010) da empresa Suzano além das alterações físicas, químicas, biológicas e da qualidade do solo haverá carreamento de partículas do solo para os corpos hídricos e forte carga de produtos químicos que poderá alcançar os aquíferos freáticos.

O desmatamento tradicional associado ao fogo vem sendo discutido, denunciado ao longo desses últimos anos pelo setor da pecuária e agricultura, sem que até o momento a reverter essa realidade. È necessário considerar que o desmatamento associado ao uso intensivo de fogo reduz a biomassa original e causa degradação de alta intensidade rompendo o equilíbrio do meio ambiente e afetando negativamente espécies de plantas, animais, povos e culturas tradicionais. No caso dos animais, a fragmentação dos seus habitats põe em risco a espécie. Caxias é um dos municípios do Estado do Maranhão que possui maior concentração de focos de calor no Território (Quadro) e no Estado nos últimos cinco anos, que pode estar associado as atividades da pecuária, agricultura de corte e queima e a cana de açúcar. A exploração de lenha e a de carvão também se destaca no Território, os dados da exploração legalizada totalizam 165.277 m³ de lenha e 47.298 ton. de carvão sendo que os maiores exploradores são os municípios de Afonso Cunha que respondem por 1759 ton. e Parnarama 10872 ton. Aliado a esse quadro, têm-se a exploração ilegal da madeira e desmatamento de palmeiras de babaçu.

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A situação dos municípios no que concerne ao desmatamento e focos de queima pode ser observada abaixo:

Tabela I : Desmatamento e focos de queima no Território

Município Bioma F o c o s d e queima(2009)

Amazônia Cerrado Caatinga

Área Desmatado até 2008

Área Desmatado até 2008

Área Desmatado até 2008

Afonso Cunha 371,35 7,91 3Aldeias Altas 1941,51 111,32 71Buriti 1580,63 116,99 24Caxias 5224,02 224,19 312Codó 912 444,2 4363,32 386 195Coelho Neto 975,45 49,71 32Coroatá 2264,71 238,13 85Duque Bacelar 317,21 7,67 14Fortuna 154,1 267,8 695,75 88,21 43Lagoa Mato 1289,25 110,24 31Matões 1759,83 77,20 97,791 5,117 37Parnarama 3067,19 273,36 422,358 26,454 74Peritoró 745,55 87,85 27São João 1438,60 136,44 143SenAlexCosta 426,80 42,90 34Timbiras 1486,30 68,38 47Timon 1361,97 23,52 49

Várias fábricas potencialmente poluidoras estão implantadas no Território, entretanto, nesse trabalho serão destacadas duas dessas por serem citadas e denunciadas por poluição, por resíduos sólidos jogados nos rios e igarapés.Itapecuru Agroindustrial Cimento Nassau, empresa do Grupo João Santos sediada em Codó e, como maioria da indústria de cimento caracteriza-se pelo consumo intensivo de energia, na forma de calor, utilizado para a produção de clínquer, e na forma de energia elétrica que é consumida em todo o processo industrial para movimentar máquinas, fornos e moinhos.3 Toda a região do entorno da fábrica recebe volumes constantes de material particulado e de produtos da combustão e de resíduosA empresa Primo Schyncariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes, iniciou a fabricação em Caxias em 2002 e produz 180 produtos, também como todo o setor cervejeiro caracteriza-se como consumidor de grande quantidade de água, e de energia, grande a vazão de efluentes gerados, com valores elevados de carga orgânica e sólidos em suspensão, odores da ETE, geração de efluentes (álcalis, ácidos de limpeza).3 O processo de produção de cimento na maioria das indústrias brasileiras é constituído das seguintes etapas: moagem e homogeneização das matérias primas – calcário (94%), a argila (4%) e óxidos de ferro e alumínio (2%) – para obtenção da farinha crua; clinquerização da farinha crua em fornos rotativos; resfriamento do clínquer; moagem do clínquer e adição de gesso para obtenção do cimento.

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4.4 Dimensão Sociocultural Educacional

4.4.1 A dinâmica populacionalO Território dos Cocais foi homologado em 14 de outubro de 2003, sendo composto por 12 municípios. Conforme Censo Demográfico de 2000, a população total era de 463.806 habitantes, sendo 316.738 habitantes da zona urbana (68,29%) e 147.068 habitantes da zona rural (31,71%).Com a nova composição do Território em 2008, foram incluídos mais cinco municípios (Codó, Coroatá, Peritóró, Senador Alexandre Costa e Timbiras), totalizando 17 municípios, com uma população de 721.396 habitantes, sendo 354.881 habitantes na zona urbana (49,89%) e 363.534 habitantes na zona rural (50,39%). Apesar dos acréscimos em número absolutos, o Território continua com alto índice de urbanização, ou seja, a sua composição não teve alterações significativas.

Tabela II: População residente por situação do domicílio, e percentual da população rural.

EspecificaçãoPop. Total Pop. Urbana. Pop. Rural Percentual

pop.rural2000 2007 2000 2007 2000 2007 2000 2007

Maranhão 5.651.475 6.118.995 3.364.070 3.757.797 2.287.405 2.361.198 40,47 38,59Território 463.806 721.396 316.738 359.881 147.068 363.534 31,71 50,39

Fonte: SEPLAN/IMESC, 2009

Os municípios mais populosos são Caxias, Timon e Codó que juntos contribuem com 55 % da população do Território (Gráfico III). São habitantes na zona urbana 363.534 com o percentual de 68,87% e 354.881 habitantes na zona rural (31,71%), sendo que os municípios de Matões e Parnarama seguem a dinâmica anterior e mantêm a população rural maior que a urbana (Gráfico III).

Fazendo um comparativo dos dados populacionais do Estado e do Território, observa-se que as mudanças no Território ficaram abaixo da média do Maranhão.A taxa de urbanização para o Território variou de 53% para 57%, enquanto que para o Maranhão a taxa variou de 60% para 61%. A taxa de crescimento anual do Território também ficou menor que a media do Maranhão, já a densidade demográfica registrada no Território, foi bem maior que a registrada no Estado, ficando proporcionalmente bem maior do que o ocorrido em 2000. A leitura da Tabela III permite constatação da análise acima.

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Gráfico III : População dos municípios do Território Cocais em 2007

Tabela III: População residente, taxa de urbanização, taxa média de crescimento anual e densidade demográfica

ESPECIFICAÇÃOPopulação. Residente Taxa urban. Taxa média

cresc. AnualDens. Demog.

2000 2007 2000 2007 2000/2007 2000 2007Maranhão 5.651.475 6.118.995 0,60 0,67 0,15 17,00 18,43Território 463.806 721.396 0,53 0,57 0,22 22,17 23,88

Fonte: SEPLAN/IMESC, 2009

Ampliando a análise para o conjunto do Território, destacam-se dois municípios que apresentaram queda na taxa de urbanização no período de 2000/2007, foram Fortuna e Lagoa do Mato, todos os demais apresentaram incremento na taxa de urbanização. Uma leitura Na Tabela 32 (Anexos) permite uma visualização da taxa de urbanização para o conjunto do Território.Quase todos municípios que apresentaram incremento na densidade demográfica no período de 2000/2007, com exceção dos municípios de Codó, Fortuna e Timbiras, os municípios Timon, Duque Bacelar e Afonso Cunha apresentaram maior incremento, e, o município de Fortuna apresentou queda na densidade demográfica no período, fenômeno de desurbanização (Gráfico IV). Uma leitura na Tabela 31 (Anexos) permite uma visualização da densidade demográfica para o conjunto do Território.

Um Território com alto índice de urbanização, esse dado remete a uma mudança na dinâmica da importância do setor primário para a região, o setor terciário passa a ter uma importância maior que a agricultura. Fazendo uma leitura por município, verifica-se que 35,29% deles possuem mais de 50% da população na zona rural, destacando-se Lagoa do Mato com 59,8 %, São João do Sóter com 63,28 %, Parnarama com 64,92 %, Matões com 58,4%, Peritoró com 60,87%, Duque Bacelar com 52,31%. Esses dados comprovam que no Território existem municípios com características

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rurais e municípios com características urbanas. Os maiores percentuais de urbanização foram verificados em Timon e Coelho Neto, o primeiro pode ser associado à proximidade da capital do Estado do Piauí e o segundo pode ser associado à implantação das empresas do Grupo João Santos que adquiriam grandes áreas de terra e impulsionaram a migração de pessoas da área rural e trabalhadores de outros municípios para as atividades da cana de açúcar.

Gráfico IV : Densidade demográfica dos municípios do Território Cocais em 2000 e em 2007

4.4.2 Situação de SaúdeConforme pode ser observado na Tabela 34 (Anexos), são 350 estabelecimentos de saúde entre públicos e privados, com 2.395 leitos hospitalares para atender uma população de 721.396 habitantes.

Gráfico V: Estabelecimentos de saúde nos anos 2006 e 2008

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A Organização Mundial de Saúde estabelece um mínimo de 4,5 leitos/1000 habitantes, a média alcançada no Território dos Cocais é de 3,32 leitos/1000 habitantes, os leitos são insuficientes pelas normas da OMS. Quatro municípios estão dentro dos parâmetros; seis municípios, incluindo Caxias e Timon, que possuem hospitais de alta complexidade não atingem ao mínimo estabelecido pela OMS, e a situação mais grave é observada em sete municípios: Afonso Cunha, Aldeias Altas, Duque Bacelar, Lagoa do Mato, Matões, Peritoró e São João do Sóter que não possuem leitos. No caso de Coelho Neto todos os hospitais são privados. Buriti Bravo e Coroatá apesar de atingirem os padrões da OMS na relação leitos por habitantes, no indicador número de profissionais por habitantes, apresentam os piores desempenhos no Território, que traduz o modelo de saúde vigente, com atuação voltada para medidas curativas, em detrimento das medidas preventivas e das demandas da população.Em relação à área rural além das questões já levantadas, as distâncias entre áreas onde estão situados os estabelecimentos de saúde e as comunidades rurais, os meios de transporte, a regularidade e as condições das estradas dificultam o atendimento.

4.4.3 Atendimento sanitário4

O estudo propositivo realizado em 2007 apontava a gravidade do “problema sanitário existente em todo o Território, vem comprometendo a qualidade de vida da população e pode estar contribuindo para alguns casos de doenças. Geralmente o atendimento sanitário é oferecido somente na sede dos municípios o que pode ser mais grave em relação à zona rural. Pelo Gráfico VI e Tabela 35 (Anexos) observa-se no Território que o atendimento é deficitário, apenas 58% dos domicílios são atendidos por ligações ativas de água , 11% domicílios são atendidos por rede de esgoto e 35% por coleta de lixo. Entre os municípios verificam-se que 12 possuem rede de distribuição de água, os demais, que são Coroatá, Lagoa do Mato, Matões, Parnarama São João do Sóter e Senador Alexandre Costa não possuem rede de distribuição de água. As ligações ativas representam 70% do total de domicílios que estão ligados em rede, sendo que na área rural muitas casas se abastecem em cacimbas, riachos e outras fontes.

4 Água potável,esgoto tratado e lixo

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Gráfico VI: Atendimento sanitário

Analisando o desempenho do Território em relação à coleta e tratamento de esgotos, observa-se que os 305 m³ de esgotos dia coletados, não tem nenhum tratamento (Tabela IV), sendo que o destino mais provável são as fontes de água. Destaca-se que os municípios de Caxias, Coelho Neto, Lagoa do Mato, Matões, Parnarama São João do Sóter, Senador Alexandre Costa e Timon não possuem o serviço de rede de esgoto, conforme dados do IMESC (2010).

Tabela IV : Rede coletora de esgotos no Território Cocais em 2000

Extensão da rede coletora separadora convencional (km)

Volume de esgoto coletado por dia

(m³)

Volume de esgoto tratado por dia (m³)

Maranhão 921 62.454 11.200Território 35 305 0

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (2009)

Em relação à coleta de lixo e o tratamento de resíduos, foram registrados 305 veículos coletores de resíduos no Território e 215 unidades de destinação de resíduos, sendo 210 vazadouros a céu aberto (lixão) e cinco aterros controlados (Tabela V). Comparando esses dados aos do Estado, onde 74 % das unidades de destinação de lixo são vazadouros a céu aberto, no Território são 84% das unidades são lixões. Por outro lado, nenhum município dispõe de aterro sanitário ou outro tipo de tratamento de lixo. O destino final são os cursos d’água que acabam poluídos. Ao lembrarmos que uma parte substancial da água disponibilizada para uso humano e animal vem de poços e cursos d’água. Aqui se reafirma as preocupações do PTDRS original que associou o aparecimento de doenças de veiculação hídrica como a diarréia, a falta de um atendimento sanitário adequado, o que indica a necessidade de investimentos em todos os setores que garanta os serviços de atendimento sanitário a população do Território.

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PTDRS do Território Cocais30

Tabela V: Destinação do lixo no Território Cocais- 2000

Unidade de destinação final do lixo coletadoTotal Vazadouro a céu

aberto (lixão)Aterro

controladoAterro sanitário

Maranhão 3.386 2.512 97 740Território 251 211 5 0

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (2009)

4.4.4 Situação da EducaçãoComparando os dados do Brasil, do Maranhão e do Território, observa-se que é elevado o índice de analfabetismo, enquanto no país a taxa de analfabetos na faixa de 15 anos a mais é de 12,36% e no estado é 23,39%, no Território essa taxa sobe para 38,96%. Em relação ao analfabetismo funcional, o Território tem 62,16% entre a população de 15 anos a mais (Tabela VI).

Tabela VI: Situação do analfabetismo no Brasil, Maranhão e no Território Cocais no ano de 2000

População (15 anos ou

mais)

Analfabetos(15 anos ou mais)

Analfabetos funcionais

(15 anos ou mais)

Taxa (%) analfabetos funcionais

Brasil 121.011.000 14.954.000 33.067.000 27,3Maranhão 3.655.000 855.000 1.637.000 44,8Território 430.174 167.596 239.487 62,16

Fonte: MEC/INP

Por outro lado merece destacar a desigualdade de tratamento entre os segmentos, especialmente entre a população urbana e rural. O município de Caxias, por exemplo, tem um dos menores índices de analfabetismo da população de 15 anos, ao analisar essa faixa etária da população da área urbana, o índice de analfabetismo equivalente a 26,2%, no mesmo município para essa faixa etária da população rural, esse índice sobe para 58,0% ficando entre os mais altos índices do Território (Tabela 36 dos Anexos). No Território, o menor índice de analfabetismo é do segmento “população de cor branca” com 35,16 e o maior índice é do segmento “população localizada na área rural” com 53,35% (Gráfico VII).

Esse dado é bastante esclarecedor das diferenças de oportunidades dos grupos sociais desses municípios e justifica um maior investimento na área rural onde se concentra o maior índice de analfabetismo.Conforme manifestação de representantes do Colegiado Territorial em oficinas realizadas para qualificação do PTDRS, o setor educacional na área rural encontra-se comprometido no que diz respeito à qualidade do ensino, estrutura básica das escolas, ao número de escolas, a qualificação dos professores/as, a falta de cursos profissionalizantes voltados para a agricultura familiar, e, principalmente pela ineficácia do sistema multisseriado que resulta em elevado índice de evasão escolar (8,63%) bem acima da média nacional de 6,9 %.

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PTDRS do Território Cocais31

Gráfico VII: Taxa de analfabetismo da área rural e urbana do Território Cocais

Na Tabela VII e no Tabela 37 (Anexos) pode ser observado que foram registrados no Território, 3.192 estabelecimentos de ensino no ano de 2008, entre públicos e privados com 277.759 pessoas matriculadas, assim distribuídas: 1.567 estabelecimentos de ensino fundamental; 801 estabelecimentos de pré-escola; 99 estabelecimentos de ensino médio; 634 estabelecimentos de educação de jovens e adultos. Em relação ao ensino médio profissionalizante tem registro de dois estabelecimentos em Coroatá; um em Codó e um estabelecimento em Peritoró.

Tabela VII :Número de escolas, matriculados e evasão escolar no Maranhão e no Território do Cocais no ano de 2008

Nº de estabelecimentos

Matriculados/as 2006 Evasão

rural UrbanaMaranhão 791.365 1.365.020Território 3.192 84.968 185.671 8,63

Fonte: MEC/INP

Apenas 10 municípios apresentam matrículas em creches, em 67 estabelecimentos; 16 municípios apresentam matrículas no ensino médio, sendo que o único município que não tem registro de matrícula em ensino médio em 2008 é o município de Afonso Cunha; 10 municípios apresentam matrículas de ensino de educação especial, em 20 estabelecimentos (Tabela 38) e (Gráfico VIII). Os números identificam a relação aluno matriculado/escola, a média no Território é de apenas 87 alunos/as matriculados por escola.

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PTDRS do Território Cocais32

Gráfico VIII: Matrículas no Território Cocais em 2008

79,45 % das matrículas foram efetivadas na área urbana e apenas 36,36 na área rural no ano de 2006 conforme pode ser observado no Gráfico IX.

Gráfico IX: Comparativo das matrículas na área rural e urbana, em 2008

Importante destacar a formação de docentes no Território, 47,21% docentes tem formação superior, 52,14 % com nível médio e 0,66% docente apenas com nível fundamental, sendo que Caxias é o município com maior número de docente com nível superior, e no município de Codó não tem docente com nível fundamental (Gráfico 10).

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Gráfico 10: Formação de docentes do município do Território Cocais

4.4.5 IDH-MDe acordo com os indicadores de realizações usados nesse trabalho, o Território de Cocais se apresenta com índice de desenvolvimento humano de 0,56, os municípios apresentaram IDH-M entre 0,495 e 0,655 (Gráfico 11).

Gráfico 11: IDH do Maranhão e do Território Cocais

Na dimensão renda média, o Território atingiu 0,465. O pior desempenho foi observado no município de Matões (0,401) e os melhores desempenhos nos municípios de Timon e Caxias (0,548). Na dimensão longevidade, o menor índice ficou com 0,515, no município de Matões e o maior índice 0,656, em Timon, ficando a média do Território em 0,567. Em educação o menor índice é de 0,587,

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PTDRS do Território Cocais34

no município São João do Sóter e o maior índice é 0,761 no município de Timon, ficando a média do Território em 0,608 (Tabela 39 dos Anexos) .

Todos os indicadores têm valores menores que os indicadores do Estado do Maranhão, que se apresenta com os piores índices do Brasil (Tabela VIII), sendo que o indicador que mais influi negativamente é a renda.

Tabela VIII: IDH do Estado Maranhão e no Território Cocais no ano de 2000

IDH) IDHM-R IDHM-L IDHM-L

Território 0,560 0,465 0,567 0,608Estado 0,683 0,570 0.696 0,784

Fonte: PNUD, 2000

Pela aferição do IFDM4 as condições de qualidade de vida nos municípios do Território são piores que a aferição do PNUD, o município de São João do Sóter aparece como o penúltimo município do Brasil, entre os 10 municípios com os piores desempenhos.

Aqui vale considerar que os índices de desenvolvimento têm como base o censo do IBGE do ano de 2000, e, provavelmente entre os anos 2000 e 2010 teve municípios com desempenhos que não foram registrados. Além de questionar a base de dados utilizados para aferir o IDH-M, VEIGA (2008), considera que os indicadores são insuficientes para aferir o desenvolvimento dos municípios e assim aconselha.

“O usuário do IDH-M precisa ser enfaticamente aconselhado a não se ater a média aritmética de seus três ingredientes e verificar qual a disparidade entre os índices que o compõem. No mínimo saber quais as distancias relativas entre o índice de renda e os outros dois (de educação esperança de vida)”

4.5 Dimensão Socioeconômica

4.5.1 Estrutura Fundiária do Maranhão e do Território Cocais5

Pelos dados do Censo Agropecuário 1995/96, IBGE (Convênio INCRA/FAO), quando da elaboração do PTDRS (2004) foi constatado concentração fundiária no Maranhão e no Território dos Cocais (Gráfico 12). Na Tabela IX pode ser observado que a Categoria de Proprietário no Território representava 19,16% dos Estabelecimentos (3.612), ocupando 93,23% da Área (301.093 ha) e a

4 É um sistema trabalhado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro a partir de dados dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho5 Sendo o PDTRS destinado especialmente aos produtores e produtoras rurais além de atores dos demais segmentos existentes nos municípios que compõe o Território dos Cocais, faremos aqui uma breve explicação dos dados apresentados, com o objetivo de facilitar a leitura das tabelas e gráficos. Vamos a elas:

1. Existem no Brasil duas fontes de dados que ajudam a entender nossa Estrutura Fundiária. Uma é proveniente dos Dados Cadastrais do INCRA e outra é os dados do IBGE;

2. Os dados cadastrais do INCRA, utiliza a categoria de Imóveis Rurais e apresenta a distribuição do espaço fundiário entre os detentores da terra (pro-prietários e posseiros) e os dados do IBGE apresenta como os produtores rurais (proprietários, ocupantes, arrendatários e parceiros) ocupam o espaço fundiário;

3. O texto “Brasil agrário, retratado pelo Censo Agropecuário 2006 – Nota de Esclarecimento” nos ensina que Estrutura Agrária é a forma de acesso à propriedade da terra à exploração da mesma, indicando a relação entre os proprietários e não proprietários, a distribuição das culturas pela superfície da terra e a Estrutura Fundiária refere-se à organização das propriedades rurais quanto a número, tamanho e distribuição;

4. O mesmo texto acima citado, ensina ainda que Imóvel Rural é de área contínua quer seja ou passa ser destinado à exploração agrícola, pecuária, extra-tiva vegetal,florestal ou agroindustrial,independente de sua localização na zona urbana ou rural do município;

5. Um imóvel rural dividido, explorado em parceria ou arrendado, ocupado por mais de um produtor com área definida, constitui-se em um estabeleci-mento agropecuário.

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PTDRS do Território Cocais35

Categoria de Não Proprietários representava 80,84% dos Estabelecimentos (15.242), ocupando 6,77% da Área (27.853 ha).

Tabela IX: Percentual do estabelecimento e área sobre o total do Território e do Maranhão

ESPECIFICAÇÃOTerritório Maranhão

Estabel Área Estabel. ÁreaProprietário 14,72% 92,49% 31,81% 93,41%Não proprietário 85,28% 7,51% 68,19% 6,59%Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Censo Agropecuário 1995/96, IBGE. Convênio INCRA/FAO

Portanto, o Território reproduzia a concentração fundiária existente no Maranhão, uma vez que, os Proprietários representavam 14,72% dos Estabelecimentos (3.940), ocupando 92,49% da Área (778.991 ha) e os Não Proprietários representavam 85,28% dos Estabelecimentos (22.832), ocupando 7,51% da Área (63.290 ha).

Gráfico 12: Estabelecimentos e área segundo a condição do produtor, participação no Território e no Maranhão em 1995

Usando das mesmas variáveis, a partir do Censo Agropecuário 2006 – Versão Preliminar, foi feito um confronto da condição do Produtor para o Maranhão, para o período 1996/2006. Para tanto, apresenta-se a Tabela 10, que para o Maranhão, no período analisado, tem um acréscimo no numero de estabelecimentos de proprietários de 6.150.

Tabela 10 : Percentual do estabelecimento e área segundo a condição do produtor e o total do Maranhão

ESPECIFICAÇÃO1995 2006

ESTABEL ÁREA ESTABEL. ÁREAPROPRIETÁRIO 31,81% 93,40% 21,52% 91,82%NÃO PROPRIETÁRIO 68,18% 6,59% 72,45% 6,93%ASSENTADO* - - 6,02% 1,24%

Fonte: Extraído do Censo Agropecuário 1995/96, IBGE. Convênio INCRA/FAO e Censo Agropecuário 2006, Agricultura Familiar.Preliminar.(*) A categoria de Assentado não era computada quando a elaboração do Censo Agropecuário de 1995/1996..

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Enquanto a área apresentou queda de 119.596 há; a categoria de não proprietários teve queda de 103.995 estabelecimentos e acréscimo de 122.561 há, o que pode ser visto através da Tabela 42 (Anexos). Esse dado comprova a manutenção da estrutura fundiária concentrada no Maranhão ao longo de décadas.

Para fazer o confronto da realidade do Território, foi feita uma atualização e sistematização dos dados e análise da estrutura fundiária através dos Dados Cadastrais do INCRA de 2005, (Tabela 11) e (Tabela 45 dos Anexos).

Tabela 11: Estrutura fundiária do Maranhão, segundo a categoria do imóvel rural

CATEGORIA DO IMÓVEL N° Imóvel % Área %Não Classificado 2.603 2,35 230.433,90 0,84Minifúndio 58.261 52,55 1.861.534,30 6,79Pequena Propriedade 34.351 30,98 4.637.414,90 16,92Média Propriedade 11.478 10,35 5.789.724,20 21,12Grande Propriedade 4.171 3,76 14.894.317,50 54,33TOTAL 110.864,00 100 27.413.424,80 100

Fonte: INCRA/DF/DFC - Apuração Especial Nº 00588 - SNCR - Dez/05

Percebe-se que não houve mudanças significativas na estrutura fundiária do Estado do Maranhão, uma vez que a grande propriedade representa 3,76% dos Imóveis e ocupa 54,33% do total da área, enquanto que o minifúndio representa 52,55% do total de imóveis e ocupa 6,79% do total da área. Fazendo uma analise mais detalhada da Tabela III observa-se que somando a área ocupada pelo minifúndio e a pequena propriedade, ainda é menor que a área ocupada pela grande propriedade. O Gráfico 13 ilustra a análise acima.

Gráfico 13: Estrutura Fundiária do Maranhão em 2005

52,55%

6,79%

30,98%

16,92%

10,35%

21,12%

3,76%

54,33%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

% I

VE

IS E

ÁR

EA

Minifúndio Pequena Propriedade Média Propriedade Grande PropriedadeCATEGORIA DO IMÓVEL

Nº IMÓVEL ÁREA

Fonte: Cadastro do INCRA/DF/DFC - Apuração Especial Nº 00588 - SNCR - Dez/05

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PTDRS do Território Cocais37

Segue uma análise dos mesmos dados do INCRA (2005) sistematizados e consolidados para o Território (Tabela 12)

Tabela 12: Estrutura fundiária do Território Cocais, segundo a categoria de imóvel rural

CATEGORIA DO IMÓVEL N° Imóvel % Área %Minifúndio 162 1,85 4.610,80 0,22Pequena Propriedade 3.902 44,57 117.982,00 5,72Média Propriedade 3.021 34,51 365.942,10 17,75Grande Propriedade 1.272 14,53 549.706,20 26,66Total 398 4,55 1.023.827,20 49,65

Fonte: INCRA/DF/DFC - Apuração Especial Nº 00588 - SNCR - Dez/05

Observa-se que segue a tendência de concentração fundiária presente em todo o Maranhão, uma vez que a grande propriedade representa 14,53% dos imóveis e ocupa 26,66% do total da área, enquanto que o minifúndio representa 44,57% dos imóveis e ocupa 5,72% da área. Assim como na realidade para o Maranhão, o somatório da área ocupada pelo minifúndio e a pequena propriedade ainda não alcança o total da área da grande propriedade. Uma ilustração dessa realidade pode ser vista no Gráfico 14.

Gráfico 14: Distribuição percentual de imóveis e área no Território Cocais INCRA/2005

Fonte: Dados Cadastrais do INCRA/DF/DFC - Apuração Especial Nº 00588 - SNCR - Dez/05

Fazendo uma leitura para o conjunto do Território, destaca-se os municípios de Caxias, Matões, Timon e Coroatá, onde registra-se a maior ocorrência de minifúndio, com 25,47%, 19,01%, 13,71% e 12,97%, respectivamente, e que somados, vem representar 71,17% dos minifúndios do Território. Essa mesma categoria em relação á área ocupada, representa, 23,32%, 17,97, 10,32% e 13,36%, respectivamente, que somados vem representar 64,89% do total de área de minifúndios do Território.Analisando a pequena propriedade para o conjunto do Território, verifica-se que Caxias, Codó, Coroatá e Parnarama são os municípios que agrupam o maior número de imóveis dessa categoria com 26,25%, 15,39%, 12,25% e 8,87%, respectivamente. Esses imóveis uma vez somados representam 62,76% do total das pequenas propriedades do Território. Já a área ocupada por esses Imóveis representa respectivamente 24,15%, 16,22%, 13,43% e 7,88% do total da área

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PTDRS do Território Cocais38

das pequenas propriedades, que somadas, representam 61,68% do total da área ocupada pelas pequenas propriedades do Território.A média propriedade é representada por Caxias, Codó, Coroatá e Parnarama, com 25,94%, 18,08%, 9,83% e 9,51% do total de Imóveis respectivamente. E a área ocupada representa 24,06%, 18,98%, 10,84% e 8,69%, respectivamente. As propriedades de tamanho médio somadas são de 63,36% do total de Imóveis e a área ocupada totalizam 62,59%.A grande propriedade esta representada pelos municípios de I Caxias, Codó, Coroatá e Parnarama, com 23,86%, 18,34%, 13,82% e 12,81% do total de Imóveis e a área ocupada por eles, representa 19,49%, 17,52%, 13,18% e 14,44% , respectivamente. Esses municípios vêm representar 68,84% do total de imóveis na categoria de grande propriedade do Território, ocupando 64,65% da área das grandes propriedades. O Território, mantém a concentração fundiária, seguindo a tendência do ocorrido para todo o Estado.

4.5.2 A Dinâmica da Agricultura Familiar no Maranhão e no TerritórioNúmero de Estabelecimentos e Área no Estado e no Território.Nos dados apresentados pelo Censo Agropecuário Preliminar de 2006, no período de 1995 a 2006, o Maranhão perdeu 79.493 estabelecimentos e houve um acréscimo de 2.424.138 ha na área ocupada. Isso representa uma queda de 21,59% nos estabelecimentos e um acréscimo de 19,29% na área ocupada. O Gráfico 15 a seguir ilustra a análise acima.

Gráfico 15 : Confronto dos dados estabelecimentos e área no Maranhão. 1995/2006

-21,59

19,29

-25,00

-20,00

-15,00

-10,00

-5,00

,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

ESTABELECIMENTOS ÁREA (HÁ)

Fonte: Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

Procurando confrontar o mesmo indicador (número de estabelecimentos e área) e analisando a dinâmica da agricultura familiar no Maranhão (INCRA/FAO.1995 e Censo Agropecuário de 2006-Preliminar), constata-se a predominância da agricultura familiar em todo o Maranhão.No ano de 1996 pelos dados aqui apresentados, os estabelecimentos familiares (294.605) representavam 80,01% do total de estabelecimentos (368.191) no Maranhão e ocupavam 5.431.000 ha (43,24%) do total do Maranhão que era de 12.560.692 ha. No mesmo período (1996) os estabelecimentos da agricultura familiar no Território representavam 78,93% (21.130) do total (26.772), ocupando uma área de 275.106 ha (32,66%) do total (842.278 ha).

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PTDRS do Território Cocais39

Comparando os dados anteriores com o de 2006, observa-se que os estabelecimentos familiares continuam com maior representação no Maranhão sendo 91,31% (262.089), para o total de 287.037 estabelecimentos. Esses estabelecimentos ocupam uma área de 4.519.305 ha, que representa 34,79% do total (12.991.448 ha).Quanto ao Território, a representação é de 91,10% dos estabelecimentos (34.257) sobre o total de 37.602. A área ocupada representa 26,36% (275.301 ha) do total de 1.044.322 ha. As Tabelas 42 e 43 (Anexos) e Gráfico 15 ajudam a visualizar as mudanças acima destacadas, por município em todo o território.

Analisando detidamente os dados acima, constata-se que para o Estado do Maranhão, entre 1996 e 2006 deixaram de existir 81.154 estabelecimentos, ao mesmo tempo em que houve um incremento de área de 430.756 há. Já o Território, no mesmo período, teve um acrescimento de 10.830 estabelecimentos e acréscimo de 202.044 ha. A Tabela 46 (Anexos), proporciona uma leitura completa da dinâmica da agricultura familiar no Território.

Utilização das TerrasNo que diz respeito à utilização das terras, no Maranhão os estabelecimentos voltados para o cultivo das culturas permanentes reduziram em 10.599 unidades (24,45%) enquanto que as áreas destinadas a essa atividades apresentaram um incremento de 433.382 ha (537,83%). As culturas temporárias também apresentaram queda no número de estabelecimentos em 168.177 (49,22%) e também houve redução na área dessa atividade em 235.028 ha (6,19%). A atividade de pastagem apresentou um incremento no número de estabelecimento de 3.392 unidades (4,53%) e na área utilizada em 852.139 ha ou 16,05%. As matas e florestas tiveram o número de estabelecimentos acrescido de 15.696 unidades (30,07%) e a área de 1.765.998 ha ou 61,41%. A Tabela 13 e o Gráfico 16 ilustram essa variação da utilização da terra no período analisado para o Maranhão.

Tabela 13: Utilização da terra segundo os estabelecimentos e área - variação no Maranhão. 1995/2006.

ESPECIFICAÇÃO1995/2006

Estabelecimento ÁreaLavouras Permanentes -,24,45 537,83Lavouras Temporárias -49,22 -6,19Pastagens 4,93 16,05Matas e Florestas 30,07 61,41

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006..Versão Preliminar.

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PTDRS do Território Cocais40

Gráfico 16: Utilização da terra no Maranhão, variação no número de estabelecimentos e área. 1995/2006

-24,45%

537,83%

-49,22%

-6,19%

13,85%

-17,73%

29,76%

-12,00%

-50% 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% 350% 400% 450% 500% 550%

LavourasPermanentes

LavourasTemporárias

Pastagens

Matas e Florestas

Estabelecimentos Área

Fonte: SIDRA/IBGE

Outra leitura da utilização da terra no Maranhão pode ser feita a partir da participação relativa de cada atividade sobre o total. Assim, verifica-se na Tabela 14 que as lavouras permanentes não apresentaram grande variação na sua representação para o conjunto de atividades do estado, quando em 1995/1996 essa atividade representava 11,78% do total de estabelecimentos, ocupando 0,64% da área total do estado. Já em 2006, essa mesma atividade representa 11,35% dos estabelecimentos e a área passou a representar 3,43%. Portanto, foi muito mais significativa a alteração ocorrida na área da atividade do que propriamente no número de estabelecimentos. Já a lavoura temporária teve sua participação reduzida no número de estabelecimentos (92,80% para 30,24%) como também na área (60,10% para 23,78%). A pastagem teve um maior número de estabelecimentos dedicados à atividade (20,36% para 42,28%) como também passaram a usar um maior número de área (27,14% para 41,13%). As matas e florestas aumentaram sua participação no número de estabelecimentos (14,18% para 22,90%), como também na área (23,52% para 30,98). Para ajudar a visualização dessa mudança na participação das atividades, apresenta-se a Tabela VI e o Gráfico 17.

Tabela 14: Utilização da terra segundo a participação das atividades no total Maranhão. 1995/2006.

ESPECIFICAÇÃO1995 2006

Estab Área Estab ÁreaLavouras Permanentes 11,78 0,64 11,35 3,43Lavouras Temporárias 92,80 30,24 60,10 23,78Pastagens 20,36 42,28 27,14 41,13Matas e Florestas 14,18 22,90 23,52 30,98TOTAIS

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

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PTDRS do Território Cocais41

Gráfico 17: Utilização da terra no Maranhão, participação sobre o total. 1995/2006

11,7892,80

20,3614,18

0,6430,24

42,2822,90

11,3860,10

27,1423,52

3,4323,78

41,1330,98

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00

Estabel

Área

Estabel

Área

1995

2006

Lavoura Permanente Lavoura Temporária Pastagem Matas e Florestas

Fonte: SIDRA/IBGE

Observa-se na Tabela 15, para o Território, no período 1995 a 2006:a) Cultura temporária e permanente - queda na área de 35.899 há (- 56,84%);b) Pastagem - queda na área ocupada de 168.354 há (-70,29%);c) Matas e florestas - queda na área ocupada de 156.171 há (-68,65%).

Tabela 15: Utilização da terra segundo os estabelecimentos e área, variação no Território.1995/2006.

ESPECIFICAÇÃO1995/2006

Números Absolutos Números RelativosCultura temporária e permanente - 35.899 ha - 56,84%Pastagens - 168.354 ha - 70,29%Matas e florestas - 156.171 ha - 68,65%

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

Parte dessa queda na área das atividades deve-se em parte, a nova composição do Território, não somente a situação especifica de cada município que já estava compondo o território. Mesmo assim, deve ser vista com cautela quando da definição das metas do PTDRS qualificado.Uma análise detalhada do Território a partir dos municípios, pode ser feita com os dados da Tabelas 50 e 51 dos Anexos.

Pessoal OcupadoAnalisando a ocupação da mão-de-obra, observa-se que enquanto o Maranhão teve uma perda de 340.271 em número de pessoas ocupadas entre 1995/2006, e o Território apresentou um incremento de 46.110, com a nova composição ou seja, com a inclusão de cinco novos municípios.Nos dados do Censo Agropecuário de 2006 para o Território, verifica-se que, do total de pessoas ocupadas nas atividades agropecuárias (135.475), 63,16% trabalham com culturas temporárias;

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PTDRS do Território Cocais42

1,15% com horticultura e fruticultura; 1.551 1,14% com culturas permanentes e 22,32% estavam ocupadas com a pecuária (Tabela 52 dos Anexos).

Área colhida, quantidade produzida e produtividade das culturas temporáriasEm relação à dinâmica do uso da terra no Maranhão e no Território, observa-se que as culturas tradicionais, apresentaram incremento na área colhida, com destaque para a mandioca, que apresentou maior incremento entre 1996/2008, sendo de 115.779 há equivalente a 108,47% (Tabela 16).O incremento na área colhida resultou em aumento na quantidade produzida de mandioca de 1.114.872 toneladas (181,20%). Todos os demais produtos, arroz, feijão e milho, também apresentaram incrementos não só na área colhida como na quantidade produzida.Em relação à produtividade, o milho destacou-se com incremento de 123,25%, resultado da variação de 608,67 kg/ha em 1996, para 1.358,83 kg/ha em 2008. As demais culturas também apresentaram incremento na produtividade.

Tabela 16: Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura temporária, Maranhão. 1996/2008.

CULTURA TEMPORÁRIA

Área Colhida (Ha) Quant Produz (Ton)Produtiv

Var %

Variação Absoluta (Kg/Ha)N° % N° % 1996 2008

Arroz 57.658 14,07 130.61223,53 8,29 1.354,51

1.466,86Feijão 22.644 35,79 17.763

85,46 36,58 328,53448,70

Mandioca 115.779 108,47 1.114.872181,20 34,89 5.764,02

7.775,15

Milho 64.735 22,45 304.243173,37 123,25 608,67

1.358,83Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

Conforme pode ser visto na Tabela 16, no Território dos Cocais todos os produtos apresentam a mesma tendência ocorrida no estado, tendo a mandioca o maior incremento de 219,70% (+ 7.406 toneladas). Em relação à quantidade produzida observam-se, mais uma vez, que o Território acompanha a tendência do Estado, apresentado um incremento na quantidade em todas as culturas, com destaque para a mandioca, com 459,08%. Em produtividade apesar de todos os produtos apresentarem variação positiva, o milho se destacou com incremento de 80,63% acompanhado do feijão (78,36%) e da mandioca (74,88%).

Tabela 17 : Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura temporária no Território Cocias no período de 1996/2008.

LAVOURA TEMPORÁRIA

Área Colhida (ha) Quant Produz (Ton)Produtiv

Var %

Variação Absoluta (Kg/Ha)

N° % N° % 1996 2008

Arroz 21.082 55.60 32.18069,73 9,08 1.217,05

1.327,60Feijão 2.425 38,48 1.783

146,99 78,36 192,48343,30

Mandioca 7.406 219,70 63.706459,08 74,88 4.116,58

7.198,94

Milho 21.226 75,18 24.439216,43 80,63 399,94

722,42Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

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PTDRS do Território Cocais43

Fazendo uma comparação com a variação na área colhida do Maranhão e do Território, observa-se que o arroz, a mandioca e o milho, não acompanharam a dinâmica do Estado, ou seja, todos com variações acima da media (Tabela 17).

Tabela 18: Variação na área colhida de cultura temporária para o Maranhão e o Território Cocais no período de 1995/2006.

LAVOURA TEMPORÁRIAMaranhão Território

Área % Área %Arroz 57.658 14,07 21.082 55.60Feijão 22.644 35,79 2.425 38,48Mandioca 115.779 108,47 7.406 219,70Milho 64.735 22,45 21.226 75,18

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

A quantidade produzida das principais lavouras temporárias acompanha a tendência para a média do Estado, tendo a mandioca, o milho e o feijão apresentado os maiores incrementos relativo, no período analisado. A leitura da Tabela 50 (Anexos), permite a reflexão por município da variáveis aqui analisadas.

Tabela 19: Variação na quantidade produzida de lavoura temporária no Maranhão e Território dos Cocais no período de 1995/2006.

LAVOURA TEMPORÁRIAMaranhão Território

Toneladas % Toneladas %Arroz 130.612 23,53 32.180 69,73Feijão 17.763 85,46 1.783 146,99Mandioca 1.114.872 181,20 63.706 459,08Milho 304.243 173,37 24.439 216,43

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

Área colhida, quantidade produzida e produtividade das culturas permanentesA produção de cultura permanente, mas, com pouca importância econômica, produtos como coco da baia, limão, mamão e manga, só aparecem com dados de produção em 2006. Assim, a análise é baseada nos frutos com maior freqüência e permanência nos dois anos de coleta, a banana e a laranja.Na Tabela 20 observa-se que a banana teve queda na área colhida, mas, uma elevação de 136,13% na quantidade produzida. Já a laranja, apresentou queda na área colhida e na quantidade produzida. A leitura da Tabela 51 (Anexos) permite a análise por município das variáveis aqui apresentadas.

Tabela 20: Área colhida, quantidade produzida e produtividade da cultura permanente no Território Cocais no período de 1995/2006.

LAVOURA PERMANENTEÁrea Colhida (ha) Quant Produz

(Ton)Variação Absoluta (Kg/

Ha)N° % N° % 1996 2008

Banana (Toneladas) -29 -4,82 1.364136,13 1.667,22

4.136,36

Laranja (Toneladas) -66 -57,39 -5.800-9.429 53.487

7.163Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006..Versão Preliminar.

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PTDRS do Território Cocais44

Efetivo do RebanhoFazendo o comparativo dos dados do efetivo do rebanho no período entre 1996/2006 para o Maranhão e o Território, observa-se que o Território apresenta a tendência de crescimento do rebanho bovino com incremento de 177.808 no número de cabeças (103,24%). Em relação aos suínos, tanto no Maranhão quanto no Território houve diminuição no número de cabeças. O Território apresentou uma queda de 92.555 cabeças (43,64%). O efetivo de caprinos e ovinos, para o Território, também apresentou um incremento no numero de cabeças, sendo 12.718 equivalente 25,02% e 6.947 equivalente a 48,65%, respectivamente (Tabela 21). O efetivo de galináceos apresentou incremento no numero de cabeças de 122.270 (15,66%) e de 82.382 (37,81%), respectivamente. A Tabela 52 (Anexos) apresenta a variação ocorrida em cada município do Território.

Tabela 21: Variação do efetivo do rebanho no Maranhão e no Território, no período de 1996/2007.

REBANHOMaranhão Território)

N° % N° %Bovino (cabeças) 2.673.684 67,93 177.808 103,24Suíno(cabeças) -445.822 -23,09 - 92.555 43,64Caprino(cabeças) 67.824 21,79 12.718 25,02Ovino(cabeças) 79.792 54,49 6.947 48,65Galos,Galinhas(cabeças) -144.954 -4,49 204.652 49,47

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar..

Produção AnimalPara esse item foram utilizados os dados consolidados do Território. Observa-se queda da produção animal no período de 1996/2008 para o Território, em todos os itens disponíveis pelo IBGE, com variações negativas acima da média do Estado (Tabela 22).

Tabela 22: Variação da produção animal Maranhão/Território, 1996/2008.

PRODUCAO ANIMALTerritório

N° %Leite de Vaca ( Litros) + 3.466 102,48Ovos de Galinha (Mil dúzias) + 682 35,48

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

Produção Extrativa VegetalNo período de 1996/2008 o Território apresentou incremento na produção de carvão vegetal de 201,31%, e na produção de lenha teve um incremento de 21,12%. A madeira em tora apresentou queda de 36,52%. A produção de oleaginosas tendo o babaçu como principal produto, apresentou incremento de 47,34% e a carnaúba teve uma queda de 92,31% na produção, no período analisado (Tabela 23).Tabela 23: Variação da quantidade produção extrativa vegetal Território (1996/2008)

PRODUTO EXTRATIVOTerritório

N° %Carvão Vegetal (Ton) 30.529 201,31Lenha (M³) 28.818 -99,69Madeiras em Tora (M³) - 9.657 -98,08Babaçu – amêndoa (Ton) 4.751 -9,84

Fonte: SIDRA.IBGE e Censo Agropecuário 2006.Versão Preliminar.

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PTDRS do Território Cocais45

Uma Análise do PIB do Maranhão e do Território e Pib per CapitaPara traçar um perfil da renda do Território, apresenta-se a Tabela 24. O Pib total do Território que em 2002 representava 7,86 do PIB do Maranhão em 2007 passou a representar 7,45 e, que essa participação do PIB do Território para o Estado não implicou em grandes mudanças.Por outro lado, o PIB per capita do Território que representava 54,99% do valor do PIB per capita do Maranhão em 2002, passou a representar 55,04% em 2007.

Tabela 24: PIB a preço de mercado corrente, população e PIB per capita. Maranhão/Território, 2002/2007

MUNICIPIO ESPECIF.ANOS

2002 2003 2004 2005 2006 2007

PIB do TerritórioMil 1.214.686 1.439.822 1.649.665 1.894.642 2.301.937 2.355.374População 701.895 686.115 701.735 717.842 724.114 748.706Per Capita 1.730,58 2.098,51 2.350,84 2.639,36 3.178,97 3.145,93

PIB do MaranhãoPIB 15.448.774 18.483.300 21.604.577 25.334.591 28.620.246 31.606.026População 5.858.618 5.940.079 6.021.504 6.103.327 6.184.538 6.118.995Per Capita 2.636,93 3.111,63 3.587,90 4.150,95 4.627,71 5.165,23

Território/MaranhãoPIB Mil 7,86 7,79 7,64 7,48 8,04 7,45População 3,52 3,50 3,48 3,46 3,44 3,83PEr Capita 54,99 53,60 53,28 54,93 61,48 55,04

Fonte: Produto Interno Bruto dos municípios do estado do Maranhão, série 2002 a 2006/IMESC.2008

Em termos monetários, o PIB per capita do Território que era de R$ 1.730,58 em 2002, saltou para R$ 3.145,93 em 2007. Isso representa um acréscimo nominal de 81,78% para os cinco anos.Uma leitura atenta às Tabelas 54 a 59 (Anexos), onde estão apresentados os dados do PIB por município, permite afirmar que o perfil da estrutura da renda dos municípios não apresentou grandes alterações. Comparando apenas o ano de 2002 com o ano de 2007, os quatro municípios com o maior PIB per capita em 2002 (Caxias, Coelho Neto, Timon e Codó) somados o valor total do PIB (R$ 856.623,00), representavam 70,52% do PIB gerado no Território (R$ 1.214.686,00). Em 2007, os quatro maiores PIB per capita (Caxias, Timon, Codó e Coelho Neto) somados o valor total do PIB (R$ 1.737.916,00), representavam 73,78% do PIB gerado no Território (R$ 2.355.373,82). Observa-se ainda que o município de Coelho Neto, no período analisado, perde lugar para Timon e Codó.Fazendo uma leitura do PIB por setor na Tabela 25, observa-se que, em se tratando de Território, o setor agropecuário que em 2002 representava 6,83% do total do PIB do setor para o estado, em 2007 passa a representar 5,28%. O PIB do setor industrial que em 2002 representava 9,30% do total do PIB do setor do estado passa a representar em 2007, equivalente a 9,17%. Entre 2002 e 2007 não ocorreu mudanças no PIB do setor de serviços (7.95%).

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PTDRS do Território Cocais46

Tabela 25: PIB do setor agropecuário, indústria e serviços a preço de mercado corrente, Maranhão/Território- 2002/2007

MUNICIPIO ESPECIF.ANOS

2002 2003 2004 2005 2006 2007

PIB do TerritórioVa agro 156.326 193.570 252.139 232.044 247.052 278.124Va ind 219.942 298.322 303.645 381.259 541.349 463.794Va serv 754.519 846.770 966.093 1.128.703 1.313.571 1.430.158

PIB do MaranhãoVa agro 2.289.955 3.015.664 3.576.759 4.065.451 4.277.157 5.270.864Vina ind 2.365.909 3.190.001 3.421.951 3.929.361 5.031.801 5.058.847Va serv 9.490.413 10.864.013 12.693.352 14.875.023 16.396.519 17.990.915

Território/ MaranhãoVa agro 6,83 6,42 7,05 5,71 5,78 5,28Va ind 9,30 9,35 8,87 9,70 10,76 9,17Va serv 7,95 7,79 7,61 7,59 8,01 7,95

Fonte: Produto Interno Bruto dos municípios do estado do Maranhão, serie 2002 a 2007/IMESC.2009

Empresas e cooperativas As principais indústrias presentes no Território que respondem pelo PIB indústria são as cervejarias Schincariol, duas usinas de álcool sendo uma do Grupo Santos, instalada em Coelho Neto e da TG Agroindustrial em Aldeias Altas; a fábrica de cimento Nassau instalada em Codó, diversas cerâmicas concentradas principalmente em Timon, e o município de Caxias continua se destacando como o maior centro comercial do Território. A preocupação expressada pelo Colegiado é quanto à implementação de uma infraestrutura agroindustrial que possa ser gerida pelos agricultores (as) familiares..Assentamentos, agricultura familiar, quilombolas e pescadoresFazendo um comparativo dos dados do INCRA/SR12 do SIPRA, Tabelas 26 e Tabela 27, verifica-se que no período compreendido entre a elaboração do PTDRS (2004) e sua Qualificação (2010), 49 novos assentamentos foram criados no Território, com o incremento de 8.496 famílias beneficiárias das ações de Reforma Agrária e o incremento de 220.749,34 ha no processo produtivo das respectivas famílias. Considera-se que no período analisado houve uma nova composição do Território, com cinco novos municípios o que contribuiu para esse novo perfil de assentamento no Território.

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PTDRS do Território Cocais47

Tabela 26: Total de Assentamentos Criados no Território até 2005

MUNICIPIOS2005

N°PA’S N° fam Área (há)Afonso Cunha 0 0 0,00

Aldeias Altas 0 0 0,00

Buriti Bravo 4 249 12.184,28

Caxias 18 1.195 83.677,48

Coelho Neto 0 0 0,00

Duque Bacelar 0 0 0,00

Fortuna 1 603 21.476,00

Lagoa do Mato 2 170 4.784,00

Matões 1 65 1.600,00

Paranarama 3 423 14.737,00

Sao Joao do Soter 6 516 16.455,82

Timon 2 385 8.383,32TOTAIS 37 3.606 163.297,90

Fonte: SIPRA/SR12/MA .JAN 2006.

Tabela 27: Total de Assentamentos criados no Território em 2010

MUNICIPIOS2009

N°PA’S N° FAM ÁREA (Há)Afonso Cunha 0 0 0,00

Aldeias Altas 0 0 0,00

Buriti Bravo 6 766 21.002,99

Caxias 17 2.422 81.459,89

Codó 15 2.553 59.708,96

Coelho Neto 1 15 204,70

Coroatá 22 1.568 47.734,39

Duque Bacelar 0 0 0,00

Fortuna 2 1.891 83.179,94

Lagoa do Mato 0 0 0,00

Matões 1 72 1.600,00

Parnarama 5 753 31.183,59

Peritoró 8 1.019 30.843,92

São João do Sóter 5 554 15.138,77

Senador Alex Costa 0 0 0,00

Timbiras 2 119 3.606,77

Timon 2 370 8.383,32TOTAIS 86 12.102 384.047,24

Fonte: SIPRA/SR12/MA .jan 2010.

Segundo os dados do SIT (2007), o Território conta ainda com 224.094 pescadores artesanais e aproximadamente 1038 famílias quilombolas que somados aos 34.257 estabelecimentos de agricultores familiares atualmente no Território (IBGE, 2006) é o total de produtores e produtoras, potencialmente tomadores do crédito Pronaf6 no Território.Segundo o Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem mais de 500 comunidades quilombolas no Estado do Maranhão, distribuídas em 134 municípios, nesse trabalho foram levantadas 53 no Território Cocais (Tabela 28).

6 Antes de conclusão das oficinas de qualificação o banco de dados do PRONAF não se encontrava disponível , segundo consta no SIT, devido ao período eleitoral. Assim, essa análise não é apresentada, por não dispor de dados atualizados para os novos municípios, que passaram a integrar o Território.

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PTDRS do Território Cocais48

Tabela 28: Comunidades quilombolas no Território Cocais

Município ComunidadeCaxias Conceição, Jacarezinho,Volta Redonda, Santo Antonio das

Mandigas, Santa Velha,Zinga, Engenho Dagua, Quilombo, Trabalhosa,Lavras, Jaboti, Olho Dagua do Raposo, Nazaré do Bruno, Pedra/Mocambo, Mimoso, Lagoa dos Pretos, Santa Cruz, SãoFelix, Usina Velha, Soledade*, Mimoco*, Jenipapo* Mandacaru dos Pretos

Codó Matoes dos Moreiras*, Eira dos Coqueiros*, Matoes da Rita, Mata Virgem*,Santa Joana*, Mocorongo*, Santo Antonio dos Pretos*, Cipoal dos Pretos*, Bom Jesus*, Todos os Santos*, Mata Virgem, Boqueirão dos Vieiras*, Santa Rita dos Matões*; Pitoró dos Pretos*

Coroatá São Francisco*Coelho Neto Barro Vermelho, Cruz,São PedroMatões Mandacaru dos Pretos*, Assubiante, Lagoa do Boi,

Cana Brava das Mocas, Mocambo de FerroParnarama Brejo de São FelixPeritoró Lagoa Grande, Resfiado, São Benedito do Elcias*,

Sossego*, Conceição de Salazar*, São Benedito Barros*,Peritoró dos Pretos*, Lago Grande

São João do Soter Canta Galo, Centro Novo, Conceição(Mocambo), Santa Filomena, Jacarezinho, Morada Nova, Cipó dos Cambaias*, Cipó,Santo Antonio dos Mandigas, Zacarias II*

Timon MonteiroAldeias Altas Laranjeria e Boa Vista*

Fonte: FCP/2010; INCRA (2009); ITERMA (2005)

Em relação às comunidades quilombolas, tem-se que historicamente os locais de moradia, trabalho e circulação desses grupos tem sido negligenciado no que diz respeito ao oferecimento de serviços e infraestrutura básica e número baixo de comunidades com o processo de regularização fundiária concluída o que repercute sobremaneira para a superação das dificuldades.

4.6 Dimensão Político Institucional

4.6.1 Uma análise organizacional do Território a partir dos atores institucionaisO espaço definido como Território Cocais se insere em três regiões, a primeira, ecológica, pois, tem representação dos três principais biomas do Brasil: Amazônia, Cerrado e Caatinga; a segunda puramente geográfica, baseada em características socioeconômicas e que o distingue em duas macrorregiões (Leste Maranhense e Centro Maranhense) e cinco microrregiões: Coelho Neto, Codó, Caxias, Chapadas do Sul Maranhense e Presidente Dutra. A terceira, feita pelo Colegiado Territorial, dividiu o território em três pólos como forma de dinamizar o funcionamento do próprio Colegiado e facilitar a liberação dos projetos propostos.

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PTDRS do Território Cocais49

Microrregiões Leste Maranhense Centro MaranhenseCaxias Buriti Bravo, Caxias, Matões,

Parnarama, São João do Sóter,Timon,

Codó Codó, Coroatá, Peritoró, Timbiras

Coelho Neto Afonso Cunha, Aldeias Altas, Coelho Neto, Duque Bacelar

Presidente Dutra Fortuna, Senador Alexandre Costa

Chapadas do Alto Itapecuru Lagoa do Mato

PÓLO I: Peritoró, Timbiras, Coroatá e Codó; PÓLO II: Buriti Bravo, Fortuna, Lagoa do Mato, Matões e Parnarama; PÓLO III: Caxias, Aldeias Altas, São João do Sóter e Alexandre Costa; PÓLO IV: Coelho Neto, Afonso Cunha, Duque Bacelar e Timon;

4.6.2 A Organização do ColegiadoA organização social no Território do Cocais é diversificada tanto no que diz respeito às esferas de atuação, interesses e necessidades de sua população, quanto na forma jurídica que assumem7. Neste sentido encontram-se grupos informais e formais desempenhando papéis de representação e/ou assessoria que se expressam por meios de associações, cooperativas, sindicatos, ONGs, movimentos de igreja, partidos políticos que no PTDRS original foram nominados os talentos sociais do território, pelas suas finalidades, produtiva, econômica, ambiental, política, capacitação, representação, que surgiram da necessidade de promover: a organização interna dos grupos, mediação com o poder público e a sociedade, acesso a políticas públicas variadas (crédito, assistência técnica, infraestrutura), participação nos espaços de consulta e decisão (conselhos, fóruns, comitês) e que refletem a heterogeneidade do CODETER.O Colegiado é composto por 85 membros sendo cinco por municípios, tem sede no município de Caxias, cedida pela Secretaria de Agricultura com uma secretaria administrativa, com duas pessoas de apoio, sendo um assessor territorial e uma secretária cedida também pela Secretaria de Agricultura de Caxias. Possui regimento interno. Porém há que se ressaltar, que as instâncias públicas municipais marcam maiores presenças no CODETER e demais conselhos.

4.6.3 As estruturas de poder no Território A situação das administrações municipais varia em função do tamanho das populações, áreas territoriais, antiguidade, dotação de recursos financeiros, das demandas e necessidade da população organizada e do projeto político das administrações eleitas. Nesse sentido tem-se num extremo, municípios com poucas secretarias, apenas os setores básicos como: administração, saúde, educação e agricultura e no outro extremo, municípios que possuem uma segmentação maior, que além das secretarias básicas contam ainda com outras secretarias que atuam nos setores de meio ambiente, cultura, assuntos institucionais, turismo, esportes, pesca.

7 Foram identificados nos municípios que compõe o território os seguintes tipos de organizações e espaços de participação: Sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais (CONTAG e FETRAF), sindicatos e colônias de pescadores, associações de assentamento, associações de produtores, associações de moradores, associações quilombolas, associações e clubes de mães, associações e cooperativas de artesãs, associa-ções de pais de casas familiares rurais, agrícola, grupos de jovens, associações e grupos de defesa do meio ambiente, pastorais (criança, terra, família), delegacia dos agentes comunitários.

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Nos municípios mais novos essas secretarias não contam com a infra-estrutura necessária (corpo técnico, instalações físicas, veículos, garantia de orçamento) para um funcionamento efetivo, o que em última instância não contribui para o enfrentamento dos problemas ou o investimento na melhoria da qualidade de vida da população, suas ações em grande medida dependem de repasses e programas dos governos estadual e federal. O governo estadual atua no território a partir dos seguintes órgãos estaduais: ITERMA, a AGED e a AGERP.Da esfera federal atuam as instituições financeiras: Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal e INCRA. No entanto, os órgãos federais têm ações apartadas em relação aos espaços de consulta e deliberação, incluindo o CODETER. Não tendo sido registrada a participação de nenhum desses órgãos nas reuniões de planejamento do PTDRS.No âmbito dos espaços de interlocução e diálogo entre governo e sociedade civil, destacam-se os conselhos municipais de saúde, educação, segurança alimentar, e cultura; o Consórcio Intermunicipal e, o Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODETER), espaços privilegiados de mobilização e articulação das organizações e instituições do território, especialmente em proposições de investimentos.Em relação aos conselhos, enquanto espaço de exercício da cidadania e de decisões, observa-se um distanciamento das atribuições constitucionais, entretanto, tem se convertido em importante espaço de aprendizagem que permite a seus integrantes a possibilidade de obtenção de instrumentos de compreensão, intervenção e controle das dinâmicas sociais, econômicas e políticas que os afetam. No âmbito da sociedade civil os grupos se configuram com caráter informal e formal desempenhando papéis de representação e/ou assessoria que se expressam por meios de sindicatos, colônias de pescadores, associações rurais e urbanas, grupos de jovens, grupos de teatros, movimento das quebradeiras de coco, igrejas, fóruns e conselhos (tutelares, assistência social, saúde, trabalho); associações culturais; associação de criadores; consórcio intermunicipal.Contudo, apesar da diversidade e dos processos de aprendizagem e ação possibilitados, observa-se uma fragilidade da organização social do território nos seguintes aspectos: dificuldade de produzir, sistematizar e repassar informações para a coletividade; dificuldade para organizar e otimizar as agendas de trabalho conjunto; baixa capacidade de reivindicação aos governos municipal, estadual, federal.

Foi possível identificar os seguintes programas mantidos pelo Governo Federal através de algum dos ministérios:

o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, pelo qual foram realizados três mutirões;

o Programa Bolsa família, pelo qual foram atendidas 104869 famílias;o Beneficio de Prestação Continuada - BPC da pessoa idosa com 1.177 atendidas o Beneficio de Prestação Continuada da Pessoa com deficiência com 3.695 pessoas

atendidas; o Programa Saúde da Família, com 246 equipes implantadas;o PETI, 8458 crianças e adolescentes atendidoso CREAS com 550 pessoas atendidas

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A Visão de Futuro dos Representantes do Território

OTerritório de Cocais utiliza os recursos naturais e culturais de forma consciente e responsável com as futuras gerações. Seu desenvolvimento repousa sobre bases sustentáveis de atividades

familiares centrado na agricultura, na criação de pequenos, médios animais e grandes animais, especialmente na bovinocultura de leite, pesca artesanal, extrativismo vegetal, agroindústria, industrialização e ecoturismo, desenvolvidos com tecnologia apropriadas, assistência técnica e comercialização associada que dinamizam a economia e geram trabalho e renda. O acesso a terra, infraestrutura, capacitação, formação profissional, informação e articulação de políticas públicas favorecem o protagonismo e o desenvolvimento de seus talentos humanos e sociais num exercício permanente de cidadania”.

A visão de futuro proposta no PTDRS original foi mantida nessa revisão. O Colegiado do Território Cocais entende que é necessário mudanças, que incluem entre os principais pontos: a) mudança estratégica na condução política dos municípios, incluindo as relações microrregionais entre os prefeitos e entre as câmaras legislativas, o que levará, obrigatoriamente, a um redirecionamento das ações públicas; b) melhor articulação da sociedade civil; c) uma nova ordem econômica regional, definida pela redução da concentração da terra, maior participação dos empresários na vida dos municípios e, inserção da agricultura familiar no mercado. Nesse sentido os programas prioritários os seguintes programas: Agricultor e Agricultora com Terra; Incentivo às Culturas Tradicionais; Desenvolvimento da Fruticultura; Melhoramento da Criação de Animais; Extrativismo; Ambiente sustentável; Fortalecimento das institucionalidades do Território; Aperfeiçoamento do Modelo de Gestão Pública.

5.A

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Todos os fatores descritos no diagnóstico têm sido tratados de alguma forma, pelas diversas

instituições que atuam na região, entretanto, para alcançar os objetivos propostos nesse plano há que ser reestruturada a conjuntura atual, deve haver um avanço para além recursos de infraestrutura, apoiados pelo MDA se faz necessário o comprometimento do poder público regional com a implantação deste Plano, com estabelecimento de

agenda de articulação e encaminhamento dos programas e políticas para a efetivação de mudanças estruturais e conseqüentemente a redução das desigualdades sociais demonstradas no diagnóstico. O PTDRS qualificado aponta caminhos exequíveis para as propostas, para isso propõe suplantar a condição de planejamento e execução de forma isolada para ações coletivas em todas as áreas. A interinstitucionalidade é uma das principais características a ser fomentada em todas as instâncias, complementada pela regionalização das ações, significando que tudo que for implantado deve aproveitar as condições biofísicas e humanas regionais para um desenvolvimento integral, rompendo definitivamente as fronteiras geográficas municipais e partidárias. Outra característica importante é a multidisciplinaridade, definida como um pacto entre secretarias municipais que devem disponibilizar seus técnicos melhor capacitados, de modo a compor com representantes dos órgãos das três esferas e de organizações não governamentais, câmaras setoriais, relacionadas aos diversos temas trabalhados no plano, no sentido de propor e encaminhar às câmaras de vereadores, secretarias estaduais e ministérios federais, políticas públicas que garantam a efetivação dos programas propostos.

Dinâmica de elaboração e cenário para o desenvolvimento sustentávelA definição dos programas propostos para este plano seguiu dois caminhos, paralelos e, ao mesmo tempo, conseqüentes. O primeiro caminho está referenciado pelo PTDRS original e o Documento Síntese, de onde se aproveitou grande parte das propostas, especialmente as que não foram implementadas. O segundo caminho seguiu as propostas definidas nas oficinas pelos representantes do Colegiado Territorial.

6. O

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O cenário para a implantação desse Plano tem algumas mudanças em relação ao cenário anterior, uma mudança negativa ambiental e social está relacionada com o aumento da degradação ambiental que pode ser verificado no aumento da área desmatada, e no assoreamento dos principais rios das bacias do Itapecuru e Parnaíba no Território e que merece por parte dos governos estadual e municipais, atenção de forma a minimizar os efeitos desses impactos.Por outro lado, as políticas territoriais implementadas pelo atual Governo Federal criam expectativas favoráveis em função da participação de um número maior de representantes da sociedade civil, assim como exige maior responsabilidade do poder público local.

6.1 Dimensão Ambiental

6.1.1 Programa: Ambiente Sustentável

Análise situacional Conforme já discorrido no Diagnóstico com a exploração dos recursos naturais do Território, vem ocorrendo uma ruptura dos ecossistemas locais com a substituição por completo da vegetação nativa para o uso alternativo do solo. Uma combinação de fatores econômicos e sociais condiciona esse processo de exploração do meio ambiente que resulta na sobre-utilização dos recursos hídricos e florestais.Destaca-se como agravante a degradação das bacias hidrográficas, em ordem variável de importância, que vão desde o desmatamento das suas margens, do barramento dos leitos dos rios, da erosão dos solos nas proximidades dos rios secundários, da adoção de práticas agrícolas não apropriadas, da contaminação da água, das construções nas proximidades das margens, da retirada de areia dos leitos e de argila das proximidades, da localização das unidades industriais e controle de efluentes e esgotos domésticos inadequados, enfim, devido à falta de uma gestão adequada dos recursos hídricos.Por outro lado, o uso sustentável e a valorização dos recursos florestais como geradoras de emprego e renda, produtoras de bens e de serviços ambientais, constituem a forma mais apropriada de se promover a proteção do patrimônio florestal e da beleza cênica. O desmatamento, autorizado ou não, promove a retirada das frutíferas nativas da região que possuem, além de grande importância ambiental, um referencial alimentar e econômico, pois parte dessas frutas são utilizadas na alimentação dos membros das famílias rurais e peri-urbanas, além de serem comercializadas para ajudar na composição da renda familiar.Um dos desafios para o desenvolvimento sustentável dos municípios dos Cocais é dinamizar as atividades agropecuárias, comércio, serviços, indústrias e o turismo; é planejar e manejar de forma integrada os recursos naturais, a ocupação do solo e uso de recursos hídricos, considerando-se o aprimoramento dos sistemas produtivos e as peculiaridades geoambientais. É por esses motivos que o PTDRS está propondo um programa de sustentabilidade ambiental.

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Objetivo: Compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e qualidade de vida, articulando as ações e atividades ambientais dos diversos órgãos e entidades que atuam no Território e promovendo a recuperação das áreas degradadas e buscando desenvolvimento sustentável norteado pelos princípios da agroecologia.

Objetivos específicos: o Incentivar a criação de coletivo ou conselho jovem pelo meio ambiente ou rede de juventude

pelo meio ambiente8;o Criar um espaço de discussão ambiental e de elaboração de proposta de políticas;o Apoiar e incentivar a recuperação das matas ciliares de todos os rios do Território e a

revitalização das bacias hidrográficas;o Promover e apoiar as iniciativas de recuperação de áreas degradadas na área rural e

rearborização das áreas urbanas e peri-urbanas;o Aumentar a distribuição de água dos municípios;o Atender os domicílios adotando técnicas para a destinação e tratamento adequados dos

resíduos sólidos;o Prevenir e reprimir a extração predatória dos recursos florestais com o apoio das populações

extrativistas e dos órgãos ambientais competentes.

Projeto I: Criação da política e do sistema municipal de meio ambienteMeta:Todos os municípios do Território com a política e sistema municipal de meio Ambiente criados, ao final de cinco anos.

Projeto II: Criação de Coletivo JovemMeta:Todos os municípios do Território com coletivos pelo meio ambiente criados e articulados com outros coletivos ao final de cinco anos.

Projeto III: Criação de fórum permanente de discussão ambiental Meta: Criação de um fórum permanente de discussão ambiental no Território

Projeto IV: Recuperação de mata ciliarMeta: Implantação de cinco projetos de recuperação de mata ciliar, ao final de cinco anos no Território.

Projeto V: Recuperação de áreas degradadasMeta: Implantação de cinco projetos para recuperação de áreas degradadas, ao final de cinco anos no Território.

8 Foram identificados nos municípios que compõe o território os seguintes tipos de organizações e espaços de participação: Sindicatos de trabalhadores e trabal-hadoras rurais (CONTAG e FETRAF), sindicatos e colônias de pescadores, associações de assentamento, associações de produtores, associações de moradores, associações quilombolas, associações e clubes de mães, associações e cooperativas de artesãs, associações de pais de casas familiares rurais, agrícola, grupos de jovens, associações e grupos de defesa do meio ambiente, pastorais (criança, terra, família), delegacia dos agentes comunitários

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Projeto VI: Recuperação de áreas degradadasMeta:Implantação de cinco projetos para recuperação de áreas degradadas, ao final de cinco anos no Território.

Projeto VII: Qualidade de água e saneamento básico Meta: 100% dos domicílios não atendidos pela rede de distribuição de água serão atendidos, o que corresponde a 44.940 domicílios atendidos com rede de distribuição de água, ao final de cinco anos.

Projeto VIII: Domicílios com rede de esgotoMeta:100% dos domicílios não atendidos pela rede de esgoto dos municípios serão atendidos, o que corresponde a133.140 domicílios atendidos com rede de esgoto, ao final de cinco anos.

Projeto IX: Coleta seletiva de lixo. Meta: 100% dos domicílios atendidos com coleta seletiva de lixo, em todos os municípios, ao final de cinco anos.

Projeto X: Usina de reciclagem Meta: Uma usina de reciclagem de lixo implantada em cada pólo9 do Território ao final de cinco anos.

Projeto XI: Aterro SanitárioMeta: Um aterro sanitário implantado em cada pólo do Território ao final de cinco anos.

Resultados esperados para o programa “Ambiente sustentável”o Aumento de jovens atuando na área ambiental;o Estabelecido fluxo de informação sobre legislação, projetos implantados no Território e

espaço de elaboração de proposta para mitigação de impactos;o Melhoria das condições sanitárias dos municípios e da saúde das populações;o Ampliação da base florestal e mitigação das mudanças climáticas mediante enriquecimento

das matas e plantios nas áreas degradadas e matas ciliares.

Estratégia de implementação dos programas do Eixo Ambiente Sustentável Na primeira etapa será feito um diagnóstico do patrimônio natural da região, usando as informações já existentes nas secretarias de meio ambiente dos municípios, contando ainda, com dados da UEMA e do IMESC e de outras fontes. Para que a população esteja acompanhando a execução do programa, apoiando inequivocamente, será ministrado um conjunto de capacitações em educação ambiental, especialmente voltado para crianças, jovens e educadores que serão potenciais replicadores das propostas do programa.

9 PÓLO I: Peritoró, Timbiras, Coroatá e Codó; PÓLO II: Buriti Bravo, Fortuna, Lagoa do Mato, Matões e Parnarama; PÓLO III: Caxias, Aldeias Altas, São João do Sóter e Alexandre Costa; PÓLO IV: Coelho Neto, Afonso Cunha, Duque Bacelar e Timon;

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Ao considerar os resíduos sólidos, como um problema crucial, é fundamental que cada pólo instale um aterro sanitário e uma usina de reciclagem.

Modelo de gestãoEsse programa será acompanhado pelo CODETER, através do seu Núcleo Diretivo com apoio técnico da Câmara Temática do Meio Ambiente. A responsabilidade pelas ações municipais caberá às Secretarias de Meio Ambiente. Se necessário, devem ser contratados consultores especialistas em recursos hídricos, manejo de florestas e resíduos sólidos. A Câmara Temática será responsável por definir as atividades técnicas e os projetos necessários para o bom andamento do programa.

6.2 Dimensão Sociocultural Educacional

6.2.1 Programa: População Saudável

Análise SituacionalConforme as análises do PTDR original, EP e informações do CODETER, a situação da saúde no Território, em geral, o atendimento à saúde da população é de baixa qualidade, centrando-se principalmente em procedimentos curativos e diretivos aos tratamentos das doenças, são comuns a malária, hanseníase, tuberculose, diabetes, pneumonia, dengue.Os recursos que são utilizados para executar os programas de saúde são quase todos oriundos do Governo Federal e chegam aos municípios com programações definidas para a execução, não cabendo às prefeituras redirecionar para ações específicas,os municípios menores têm dificuldades de contratar/fixar profissionais da área e não dispõem de ambulância para deslocamento dos/as doentes.

Objetivo:

Objetivos específicoso Estender o acesso à saúde a todos os habitantes da área rural do Território;o Ampliar todos os programas de saúde, inclusive o PSF e melhorara qualidade de

atendimento; o Melhorar a estrutura física das unidades hospitalares e adquirir um UTIpara cada município.

Projeto I: Saúde PreventivaMeta: Todos os programas de saúde preventiva existentes no país sejam desenvolvidos na área rural, em todos os municípios, ao final de cinco anos.

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Projeto II: Saúde CurativaMetas:

o Garantia de todos os programas de saúde curativa para área rural, em todos os municípios ao final de cinco anos;

o Ampliação da estrutura (física, equipamentos e pessoal) pequenas unidades nos municípios e uma melhoria da infra-estrutura e serviços de atendimento hospitalar em todos os municípios e dos hospitais pólos e regionais de alta complexidade existentes em Caxias, Codó e Coroatá, com a formalização convênios com o Estado;

o Todos os municípios do Território com UTI móvel ao final de cinco anos.

Resultado esperado do Programa “População Saudável”:Melhoria da saúde e conseguintemente da qualidade de vida da população.

Estratégia de implementação dos programas do Eixo SaúdeO programa de saúde e atendimento sanitário deverá ser tratado de forma paralela especialmente os relacionados ainfra-estrutura para que as ações possam ser postas em prática e alcançar a qualidade de vida das populações. É necessário que o CODETER possua uma equipe técnica capaz de elaborar os projetos necessários para que os municípios consigam acessar essas estruturas. No caso dos hospitais e aterros sanitários que terão perspectivas regionais, há a necessidade de que as prefeituras estejam devidamente articuladas para conseguir a execução desses projetos.Outrossim, todas as atividades propostas nos outros programas devem estar permanentemente monitoradas para que os resultados não criem impactos negativos sobre a saúde da população da região. Essa Câmara Temática deverá, então, estar em permanente sintonia com as outras Câmaras e secretarias municipais para acompanhar e avaliar cada projeto em execução.

Modelo de gestãoEsse programa será coordenado pela Câmara Temática de Desenvolvimento Social que será responsável pela elaboração dos projetos. Ao nível municipal essa Câmara será apoiada pelas Secretarias de Municipais de Saúde e Conselhos Municipais de Saúde. As ações de articulação serão feitas pelo Núcleo Diretivo. A responsabilidade pela implantação dos projetos será das Prefeituras Municipais

6.2.2 Programa: Educação no Campo para o combate ao analfabetismo rural

Análise situacionalAs políticas de educação estabelecidas a partir do governo central e estadual não foram seguidas por políticas municipais, assim é que o calendário e o currículo estabelecido para as escolas da “área rural” são o mesmo da “área urbana”, a esses dois fatores são claros geradores do principal problema apresentado pelas escolas da zona do interior: o abandono, tanto por parte do jovem que está situado na segunda fase do ensino fundamental (5a a 9aano) quanto daqueles jovens e adultos que freqüenta, mas turmas de educação de jovens e adultos (EJA). Em princípio, a

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falta de estrutura nessas secretarias aliada a pouca qualidade dos recursos humanos disponíveis inviabiliza a promoção de mudanças de grande porte. Deve ser levado em conta, ainda, que as políticas gerais nem sempre encontram nos municípios as condições ideais para serem postas em prática, em função da pouca qualificação dos recursos humanos e da infra-estrutura existente.

Nessa situação sente-se uma premente necessidade de renovação da educação rural. Isso implica mudar o modelo existente para romper com os problemas citados. Claro está que isso não pode ser feito apenas pelas secretarias de educação dos municípios com a pequena estrutura que dispõem. Há a necessidade de se formar um amplo leque de parcerias, incluindo-se instituições que possuam experiências acumuladas em educação rural e desenvolvimento. As discussões com o Colegiado Territorial apontam na direção das escolas da região que utilizam a pedagogia de alternância como sendo o referencial para o desenvolvimento desse programa.A pedagogia da alternância consiste em proporcionar aos alunos, principalmente os jovens, um tipo de escola onde ele passe apenas um período alternado com outro período na propriedade dos seus pais. Assim o calendário é adaptado às necessidades da região de acordo com o tipo de cultura e criação mais utilizada. O currículo é trabalhado em função da realidade local. Há integração entre o ensino básico e a formação profissional. Esse tipo de escola promove uma dupla valorização: das pessoas a partir de sua situação de vida e dos recursos de um território a partir de um diagnóstico proveniente de pesquisa participativa.

Objetivo geralEstabelecer um novo modelo de educação rural que reverta o quadro de analfabetismo vigente e da baixa qualificação de jovens e adultos fortalecendo a auto-estima da população e a identidade local.

Objetivos específicosValorizar os processos educativos populares com base nos conhecimentos e valores das populações, especificidades do Território tendo a pedagogia de alternância como referência;Promover a universalização do ensino fundamental a partir de uma proposta curricular contextualizada;Proporcionar maior acesso, melhor atendimento, melhorar a estrutura, a orientação pedagógica e a capacitação de professores/as do pré-escolar ensino médio nas escolas públicas;Instituir o ensino profissionalizante associado à educação formal e popular para ampliação da educação escolar das famílias agricultoras e pescadoras;Ampliar programas ou cursos sobre a agricultura familiar no ensino superior e criar cotas para jovens rurais;Promover a interação qualificada com o mundo digital;Capacitar professores e criar condições para o ensino de portadores de deficiência.

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Projeto I: Eliminação do Analfabetismo no CampoMeta: Redução em 50% do analfabetismo no campo, ao final de cinco anos, ampliando todos os programas de alfabetização, especialmente os que utilizam a pedagogia da alternância.

Projeto II: Territórios DigitaisMeta: Todos os assentamentos, escolas, comunidades tradicionais, sindicatos e casas familiares rurais do Território cobertas com Casas Digitais ao final de cinco anos.Projeto III: Pré- escola Meta: Todos os povoados de todos os municípios atendidos com ensino pré-escolar ao final de cinco anos.

Projeto IV: Construção, Reforma e Ampliação das Escolas do TerritórioMeta: 50% das comunidades rurais e dos assentamentos da Reforma Agrária do Território atendidas por escolas pólos criados por critério de quilometragem em raio de 10 km, para o ensino infantil, fundamental, médio e tecnológico ao final de cinco anos.

Projeto V: Acesso à educação superior pública e de qualidade Meta: 30% dos alunos, agricultores (as) familiares ou filhos (as) matriculados no ensino médio, em cada município, com vagas garantidas no ensino superior.

Projeto VI: Capacitação de professores e condições para o ensino de portadores de deficiênciaMeta: 10 professoras/ores com capacitação em libras e braile em cada município, ao final de cinco anos.

Resultados esperados para o programa “Educação no Campo para o combate ao analfabetismo rural”

o Elaborada uma proposta pedagógica específica para as escolas rurais já instituídas do território;

o Redução do número de analfabetos/asna área rural inclusive os portadores/as de deficiência;o Acesso de agricultores e agricultoras familiares a tecnologias digitaiso Acesso de agricultores e agricultoras familiar ao ensino superior.

Estratégia de implementação e modelo de gestãoCom a coordenação da Câmara Temática de Educação, as secretarias municipais de educação farão o levantamento de todas as escolas da região analisando as condições ambientais, econômicas e sociais dos locais onde cada uma esteja implantada, formulando um mapa regional que permita classificá-las. Em seguida, sem fugir às determinações das leis federais e estaduais, devem ser elaborados planos pedagógicos adequados às condições de cada escola.A responsabilidade pelo acompanhamento desse programa ficará com a Câmara Temática de Educação.

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A coordenação geral feita pelo CODETER inclui a definição das linhas gerais e a articulação com instituições parceiras e com prováveis novas participantes do programa. Quando houver necessidade a Câmara Temática contratará profissionais especializados que, através de consultorias, exercerão funções que não possam ser executadas por profissionais do CODETER.

Em nível dos municípios a coordenação será feita pelas secretarias municipais de educação que deverão ter o apoio de outras secretarias e/ou instituições locais sempre que houver necessidade, sendo que a fiscalização e o acompanhamento dos projetos devem ser feitos pelo Conselho Municipal de Educação.

6.2.3 Programa: Assistência social

Objetivo: o Implantar um centro de referência especializado de assistência social para atendimento aos

agricultores e agricultoras, bem comas suas famílias em seus direitos violados;o Implantar um centro de referência de assistência social quilombolas;o Implanta um centro de atendimento psicossocial para atender os agricultores e agricultoras,

bem como, as famílias acometidas por problemas psicossociais.

Projeto I: Implantação de Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)

Meta:Implantação de CREAS em todos os municípios, ao final de cinco anos.

Projeto II: Implantação de CRAS quilombolas

Meta: Implantação de CRAS em todos os municípios, ao final de cinco anos.

Projeto III: Implantação de Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS)

Meta: Implantação de um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) em todos os municípios, aofinal de cinco anos.

Resultado esperado:o Enfrentamento e superação das desigualdades de raça, gênero e geração com proteção as

vítimas;o Enfrentamento e superação dos problemas psicossociais ocasionados pelas drogas e por

outras causas.

6.2.4 Programa: Mulher

Análise situacional/justificativa O Território não foge ao caráter transversal de violência contra mulheres e conseqüentemente de

violação de direitos humanos inerente a várias sociedades. Os abusos variam de remuneração

desigual do trabalho, violência doméstica, estupros, a negação de participação na vida social e

política, fenômeno que acaba sendo legitimado pela sociedade brasileira.

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Mulheres nas mais diferentes faixas etárias sofrem violência física e/ou sexual, perpetradas

diariamente.

Na busca de soluções para esses problemas foram criadas as delegacias especiais da mulher

e outros espaços de oportunização do exercício da cidadania. As delegacias tiveram grande

receptividade por parte das mulheres que começaram a denunciar as agressões das quais são

vítimas e conseqüentemente visibilizar o fenômeno da violência de gênero. É nesse sentido e da

garantia dos direitos dos demais conquistados pelas mulheres na Constituição Federal que são

propostos os programas e projetos que seguem.Objetivo geral:

Objetivos específicos:o Articular as ações e atividades dos diversos órgãos e entidades que trabalham com mulher

no Territórioo Criar unidades para atendimento às mulheres em situação de violência.

Projeto I: Centro de Referência da Mulher

Meta: Criação de um centro de referência e atendimento psicossocial e jurídico as mulheres em situação de violência, em todos os municípios, ao final de cinco anos.

Projeto II: Criação da Delegacia Territorial da Mulher

Meta: Criação de uma delegacia territorial da mulher, ao final de cinco anos.

Projeto III: Criação de secretarias, conselhos e fóruns municipais da mulher

Meta: Criação da secretaria da mulher, do conselho e do fórum municipal da mulher em todos os municípios, ao final de cinco anos.

Resultado esperado do Programa Mulher:o Melhoria da organização e empoderamento das mulheres do Territórioo Melhoria do atendimento às mulheres em situação de violência com proteção às e as devidas

penalizações.

Modelo de gestãoEsse programa será coordenado pela Câmara Temática de Desenvolvimento Social que será responsável pela elaboração dos projetos. As ações de articulação serão feitas pelo Núcleo Diretivo. A responsabilidade pela implantação dos projetos será das Prefeituras Municipais.

6.2.5 Programa: Cultura

Análise situacional/justificativa Os indicadores de exclusão cultural no Brasil são altos: mais de 70% dos brasileiros e brasileiros não freqüentam cinema, nunca freqüentaram museus; nunca freqüentaram exposição de arte; nunca

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assistiram a espetáculo de dança, embora participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios são constitucionais e direitos humanos. No Território esses indicadores são potencializados especialmente nos municípios considerados menores e os mais novos. Portanto se faz necessário conhecer, valorizar e se compromissar com as culturas e os seus estatutos e estabelecer diálogos entre estado, o mercado e sociedade civil no sentido de implantar os programa e projetos estabelecidos nesse PTDRS.

Objetivo geralPotencializar as ações culturais das populações como forma de direito à livre expressão, promovendo o acesso das culturas aos meios de expressão e difusão, integrando os diversos setores.Objetivos específicos

o Aprimorar os processos de valorização e divulgação das expressões culturais das comunidades rurais a democratização do acesso aos bens culturais;

o Garantir acesso ao lazer e ao consumo de bens e serviços culturais, imprescindíveis para ma cidadania;

o Garantira produção e o acesso a conteúdos culturais adequados a infância e juventudeo Implantar o programa “Segundo Tempo” democratizando o acesso ao esporte, promovendo

o reforço escolar e o complemento nutricional.

Projeto I: Criação da Política Municipal e do Sistema Municipal de Cultura

Meta: Todos os municípios do Território com Política e Sistema Municipal de Cultura criados, ao final de cinco anos.

Projeto II:Democratização e valorização da cultura

Meta: Aporte para promoção de estudos e pesquisas sobre bens patrimoniais e expressões culturais bem como, para eventos, em todos os municípios.

Projeto III:Programa Segundo Tempo

Meta: Todos os municípios do Território com o programa implantado ao final de cinco anos.

Resultados esperados:o Desenvolvimento do mercado de consumo de bens e serviços culturais e apoio aos grupos

que produzem cultura;o Promoção de atividades culturais, dinamizando a cultura local e proporcionando o acesso

aos bens e eventos culturais;o Melhoria do desenvolvimento e da qualidade de vida das crianças, adolescentes e jovens.

Estratégia de implementação dos programas do Eixo e modelo de gestãoO MINC criou o Plano de Desenvolvimento Territorial da Cultura para realizar o planejamento da gestão cultural com o propósito de reverter o quadro de exclusão cultural. As prefeituras municipais devem articular os organismos gestores desse plano e de outros nos níveis federal e estadual com a mesma finalidade, bem como buscar a parceria das empresas privadas. Esse programa será coordenado pelo CODETER, a elaboração implantação dos projetos será de responsabilidade das prefeituras municipais.

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PTDRS do Território Cocais63

6.3 Dimensão Socioeconômica

6.3.1 Programa: Agricultor e agricultora com Terra

Objetivo geral

Objetivos específicoso Assentar todos os agricultores e agricultoras sem terra do Território;o Promover a gestão ambiental dos assentamentos de Reforma Agrária e das comunidades

tradicionais;o Melhorar a assistência técnicas nos assentamentos e comunidades tradicionais.

Projeto I: Para Garantir nossa TerraMeta: Assentamento de 20% ao ano, em cada município das famílias arrendatárias, parceiras, ocupantes e de trabalhadores/as sem terra.Projeto II: Gestão ambiental dos assentamentosMeta:Garantia de licenciamento ambiental de todos os assentamentos do Território, garantia de financiamento para recuperação das áreas degradadas.

Projeto III: Melhoria da assistência técnicaMeta: Aumento do efetivo de técnicos/as nos assentamentos e comunidades tradicionais para que cada técnico acompanhe no máximo 100 famílias.

Resultados esperados:o Garantia da terra para os agricultores e agricultoras do Território;o Melhoria da qualidade ambiental dos assentamentos e das comunidades tradicionais;o Melhoria da produção das famílias assistidas.

Eixo: Agricultura Sustentável

6.3.2 Programa: Incentivo às culturas tradicionais.

Análise situacional/justificativaA agricultura familiar do Território Cocais é baseada na produção de mandioca, milho, feijão, arroz e extrativismo, criação de pequenos, médios e até bovinos. Essas atividades são produzidas em propriedades rurais de pequeno e médio porte. A infraestrutura é deficitária no que concerne ao armazenamento, transporte e saneamento básico. Além de tudo isso tem ainda problemas relacionados ao crédito e assistência técnica.

Como já foi mostrada no diagnóstico, a produção não tem sido capaz de garantir a economia e a segurança alimentar das famílias produtoras, obrigando à busca de rendas extras obtidas de diversas atividades fora das comunidades e assentamentos.

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Parte porque a área plantada é insuficiente para garantir uma produção dentro do que necessitam as famílias, e parte porque a produção e a produtividade estão bem abaixo do que seria possível alcançar com a implantação ou implementação de técnicas mais adequadas.

É necessário portanto, adotar estratégias sustentáveis para o sistema de produção vigente. A construção de novo paradigma deve estar sedimentada na participação dos agricultores, na discussão e na resolução dos problemas, na transição para a agroecologia, mas, também na efetiva participação do poder público através dos órgãos diretamente envolvidos com a produção agropecuária.Esse programa inclui nos seguintes projetos: culturas alimentares, horticultura e fruticultura com atenção para o resgate de espécies cultivadas e consumidas tradicionalmente e que estão em risco de extinção.

Objetivo geralEstimular as atividades tradicionais da agricultura familiar, com mecanismos de agregação de valor, aporte de tecnologias adequadas e instrumentos de comercialização que garanta a segurança alimentar das famílias e melhoria da capacidade produtiva das culturas tradicionais.

Objetivos específicoso Estabelecer o aumento das áreas com cultivadas com arroz, milho,feijão e mandioca, assim

como o aumento da produção e da produtividade dessas culturas;o Desenvolver ou utilizar tecnologias de produção, beneficiamento integral e mecanismos de

comercialização;o Utilizar tecnologias de melhoramento de roçado, de capoeira e técnicas de fertilização de

solos e de controle do uso e manejo do fogo.

Projeto I: Diversificação dos sistemas de cultivo e agregação de valor aos produtos da mandioca.

Metas do projeto: 100% dos estabelecimentos dedicados as culturas temporárias com aporte de tecnologias de produção; mecanização da colheita; beneficiamento integral para obtenção de farinhas, tiquira, ração, tapiocas; mecanismos de comercialização e agregação de 10% no número de estabelecimentos a cada ano, no Território o que corresponde a 12.751 estabelecimentos, ao final de cinco anos.Projeto II: Diversificação dos sistemas de cultivo de arroz, milho e feijão.Metas do projeto: 100% dos estabelecimentos dedicados as culturas temporárias com aporte de tecnologias de produção, beneficiamento e mecanismos de comercialização das culturas arroz, milho e feijão, com agregação de 10% no número de estabelecimentos a cada ano, no Território o que corresponde a 12.751 estabelecimentos, ao final de cinco anos.

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Resultados esperados para o Programa “Incentivo as culturas tradicionais”.o Aumento da capacidade produtiva dos estabelecimentos de agricultura familiar com a

diversificação dos sistemas de cultivo, beneficiamento e comercialização dosprodutos e subprodutos;

o Aumento da produtividade de todas as culturas;o Ampliada a produção e a de comercialização de arroz, milho,feijão e mandioca.

6.3.3 Programa: Implantação de unidade de produção e beneficiamento de sementes e mudas

Objetivo geralDotar o Território de condições produtivas de sementes e mudas reduzindo assim os custos de insumos nos estabelecimentos de agricultura familiar.

Objetivos específicoso Criar bancos de sementes com espécies locais, visando disponibilizar aos agricultores

sementes adaptadas e de boa qualidade;o Reduzir a dependência e os custos de insumos na produção da agricultura familiar;o Potencializar a produção de frutas e de essências madeireiras no Território com a produção

de mudas.

Projeto I: Produção e beneficiamento de sementes

Meta do projeto: Implantação de uma unidade de produção e beneficiamento de sementes no Território, ao final de cinco anos.

Projeto II: Produção de mudas

Meta do projeto: Implantação de uma unidade de produção de mudas no Território ao final de cinco anos.

Resultados esperados do Programa “Implantação de unidade de produção e beneficiamento de sementes e mudas”

o Aumento da capacidade produtiva e redução custos de insumos nos estabelecimentos de agricultura familiar, com a produção de sementes e mudas.

6.3.4 Programa: Desenvolvimento da fruticultura

Objetivo geral:Melhorar a renda e qualidade da alimentação das famílias com o aumento da oferta de frutíferas no Território.

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Objetivos específicos o Dinamizar as cadeias produção de frutíferas já evidenciadas no Território; o Incentivar o pomar produtivo com resgate de frutíferas tradicionais: fruta pão, goiaba, sapoti,

pitomba, imbu, banana, cajá, siriguela, mamão, abacaxi, limão, laranja, lima, tangerina, ata, araticum e outras;

o Sensibilizar as famílias para a importância o pomar produtivo com resgate de frutíferas tradicionais e apoiar o planejamento de cada pomar;

o Incorporar vitaminas e sais minerais na alimentação das famílias, e, conseguintemente melhoria da alimentação familiar.

Projeto I: Desenvolvimento da cadeia de produção das frutíferas

Meta: 100% dos estabelecimentos dedicados às culturas permanentes com aporte para o desenvolvimento de cadeias de produção de frutíferas, com agregação de 10% no número de estabelecimentos a cada ano, no Território o que corresponde a 874 estabelecimentos ao final de cinco anos.

Projeto II: Pomar produtivo com frutíferas tradicionais

Meta do projeto: 100% dos estabelecimentos dedicados as culturas permanentes com aporte para implantação ou desenvolvimento de pomares com foco no resgate de frutas nativas (fruta pão, goiaba, sapoti, pitomba, banana, cajá, imbu, siriguela, mamão, abacaxi, limão, laranja, lima, tangerina, ata), podendo ser implantadas novas espécies ao final de cinco anos.

Resultados esperados:o Ampliação da capacidade produtiva dos estabelecimentos de cultura permanente com

criação e/ou dinamização de cadeias de produção de frutíferas;o Resgate dos pomares, quintais produtivos e espécies frutíferas, para melhoria da alimentação,

renda da agricultura familiar e mitigação das alterações climáticas;o Potencialização da produção e produtividade dos cultivos.

6.3.5 Programa: Desenvolvimento de horticultura (olericultura)

Objetivo:Desenvolver pólos de produção de olerícolas e ornamentais.

Objetivos específicos: o Garantir incremento da alimentação dos agricultores familiares com a implantação de hortas

orgânicas;o Incrementar hortas nos quintais das famílias nas áreas peri-urbanas e nas escolas.

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Projeto I: Pólos de olerícolas e ornamentais

Meta do projeto: 100% dos estabelecimentos que desenvolvem atividade de horticultura com aporte para o desenvolvimento ou dinamização de olerícolas e ornamentais e de pólos de produção e comercialização, com acréscimo de 3% ao ano, de estabelecimentos em cada município, que corresponde a 178 estabelecimentos, ao final de cinco anos.

Resultado esperado do Programa: Melhoria da alimentação e renda com a produção de hortaliças e ornamentais.

Estratégia de implementação do programa do Eixo Agricultura SustentávelO referencial do programa é desenvolvimento dos projetos com a participação efetiva das famílias que serão beneficiadas em todas as etapas até o monitoramento das atividades. A produção deverá ser baseada na dinâmica do cultivo tradicional sob a forma do roçado. O referencial para o aumento da produtividade deve ser baseado nas técnicas cientificamente comprovadas para o Território. Concomitantemente a essas mudanças técnicas, outras tecnologias deverão ser implementadas para fomentar o aumento da produção e da produtividade, tais como cobertura do solo, uso de leguminosas, uso de sementes adaptadas melhoradas, redução do uso do fogo.No caso dos pomares e hortas o local para a instalação deve ser próximo de fonte de água, fácil acesso, terreno plano e bem drenado. Devem ser evitados os ventos fortes com a implantação de cercas vivas ou quebra-ventos com plantas de crescimento rápido. Cada família deve escolher o sistema de produção que quer utilizar, podendo ser semeadura em canteiros quando as culturas são plantadas e colhidas no mesmo local e/ou semeaduras em sementeiras, com o uso de copinhos feitos de papel, para posterior plantio, sendo as mudas produzidas no viveiro.A adubação será orgânica com material proveniente do galinheiro e/ou da pocilga, ou de outra fonte. A horta deverá ser irrigada duas vezes por dia, de manhã e à tarde. As capinas devem ser feitas sempre que aparecer plantas estranhas. A adubação de cobertura deve ser feita com a utilização de esterco animal distribuído sobre o solo ou misturado na água. Na semeadura direta deve ser realizado também o raleamento, ou seja, a eliminação das plantas menos desenvolvidas. No controle de pragas e doenças deve se queimar ou enterrar os restos de culturas contaminadas e usar produtos naturais. Também deve ser realizada a rotação de culturas com o plantio de outra espécie de outra família após a colheita de uma cultura, para diminuir a retirada dos mesmos nutrientes e reduzir o ataque de pragas e doenças.Depois do plantio, o solo deverá ser coberto com uma camada de capim seco para assegurar a umidade. O trato cultural está relacionado a capina manual sempre que houver necessidade. Os canteiros deverão ser irrigados através de regadores manuais, duas vezes por dia pela manhã e pela tarde. Em relação ao controle de pragas e doenças deverá ser feito o controle biológico, principalmente, através da alternância e do espaçamento das plantas nos canteiros.

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Modelo de gestãoOs programas produtivos deverão ser desenvolvidos pelas secretarias de agricultura e acompanhados pela Câmara Temática de Produção que atuará nos projetos acima descritos. O trabalho dessa Câmara terá o apoio técnico fundamental das equipes da Secretaria de Estado de Agricultura das que fará o acompanhamento dos projetos desde a fase inicial de implantação. A organização interna dos produtores será feita em parceria com as associações locais.

6.3.6 Programa: Melhoramento da criação de animais

Análise situacional/justificativaNo Território destacam-se caprinos, ovinos, bovinos suínos, que são explorados tanto extensivamente como na forma semi-intensiva; nessa forma estão em condições bastante aceitáveis de instalações. É necessária a adoção de medidas para melhorar a produção e a renda advinda dessa atividade. A opção passa por uma mudança no modelo de criação para um sistema mais adequado às condições biofísicas da região, mantendo ou melhorando os níveis de produção e produtividade. É a proposta dos projetos apresentados.

Objetivo geralPotencializar a criação de animais, aperfeiçoando os sistemas de criação de forma a gerar maior produção e mais renda para as famílias do Território.

Objetivos específicoso Estabilizar o tamanho do rebanho de acordo com as áreas de pasto existentes adequando

ao modelo de agricultura familiar;o Definir um modelo de criação de bovinos de leite que esteja mais adequado às condições

agroecológicas da região e que possibilite o aumento da oferta de leite no Territórioo Recuperar as áreas de pasto que estão degradadas e fomentar o suporte forrageiro;o Aperfeiçoar as instalações e o manejo (reprodutivo, sanitário, e alimentar) das criações de

modo a aumentar a produção e a produtividade;o Racionalizar a produção e dar opções de comercialização dos produtos e subprodutos;o Aumentar a oferta de proteína animal, sem aditivos químicos e com menor teor de gordura;o Reduzir a dependência de insumos externos na produção animal com o aproveitamento de

recursos e resíduos disponíveis no Território;o Desenvolver e organizar a produção de mel no Território.

Projeto I: Melhoramento da criação de caprinos, ovinos e suínos

Meta do projeto: 100% dos estabelecimentos de agricultura familiar que desenvolvem a atividade de criação animal em 2011, com aporte para melhoramento dos sistemas de criação e comercialização de caprinos, ovinos e suínos, agregando 5% de novos estabelecimentos que corresponde a 915 estabelecimentos,ao final de cinco anos, no Território.

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Projeto II: Melhoramento do sistema de produção e comercialização bovinocultura de leite

Meta do projeto: 100 % dos estabelecimentos de agricultores familiares que desenvolvem a atividade em 2011, com melhoramento dos sistemas de produção e comercialização bovinocultura de leite, o que corresponde a 3.661 estabelecimentos ao final de cinco anos.

Projeto III: Incentivo a pisciculturaMeta do projeto: 20 estabelecimentos de agricultores familiares de cada município do Território com aporte para a produção de piscicultura (alevinos, produção, beneficiamento e comercialização de pescado) o que corresponde a 340 famílias, ao final de cinco anos.

Projeto IV: Melhoramento do sistema de criação, beneficiamento e comercialização de galinha caipira.

Meta do projeto: 20 estabelecimentos de agricultores familiares de cada município do Território com aporte para o melhoramento do sistema de criação, beneficiamento e comercialização de galinha caipira, o que corresponde a 340 famílias, ao final de cinco anos.Projeto V: Desenvolvimento da meliponicultura e da apicultura

Meta do projeto: 20 estabelecimentos de agricultores familiares de cada município do Território com aporte para o desenvolvimento da meliponicultura ou apicultura,o que corresponde a 340 famílias, ao final de cinco anos.

Projeto VI: Implantação de unidades de produção e armazenagem de ração animal

Meta: Implantação de cinco unidades de produção e armazenagem de ração animal nos pólos municipais do Território, ao final de 5 anos.

Resultados esperados do Programa “Melhoramento da criação de animais”:o Melhoramento do sistema de criação e comercialização de pequenos animais da agricultura

familiar o que consequentemente terá efeito positivo na renda dos criadores/as;o Aumento da oferta carne, leite e mel no Território e melhoria da renda dos agricultores/as

familiares.

Estratégia de implementação dos programas do Eixo PecuáriaAs secretarias de agricultura dos municípios iniciarão as atividades desse programa, e, dependendo do interesse das famílias, será integrada à criação de aves, caprinos/ovinos e de melíponas, podendo ainda haver outros. A proposta é construir um sistema agrosilvopastoril, utilizando como referência as áreas de vegetação originais, compreendido como necessário para o equilíbrio ambiental, buscando uma produtividade crescente e auto-sustentada do sistema produtivo.

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Ainda na fase de planejamento serão definidas as capacitações a serem feitas pelas equipes técnicas e as atividades coletivas de troca de informações como oficinas e seminários, contemplando teoria e prática, necessárias para que as famílias tenham condições de efetivar o que foi estabelecido no planejamento.Para a criação de ovinos e caprinos devem ser construídas instalações que tenham como objetivo abrigar os animais durante alguns horários do dia. É recomendável uma instalação com piso ripado, elevado do solo, que pode ser dividida em baias para facilitar o manejo. Os animais não devem ter acesso a parte de baixo do piso ripado, onde se localizam as fezes, que serão destinadas a adubação das culturas agrícolas. Por isso, esse local deve ser cercado. O tamanho do aprisco vai depender do número de animais da criação e sua localização deve ser bem escolhida para facilitar o acesso das pessoas e dos animais. Dentro do aprisco, caprinos e ovinos devem ter acesso a cochos, bebedouros e saleiros. O material a ser utilizado na construção do aprisco será rústico, coletado na própria área, tendo-se em mente que o aprisco deve oferecer conforto aos animais.

A pastagem é essencial na caprino/ovinocultura. O ovino apresenta um hábito de pastejo rente ao solo, e por isso são mais indicadas pastagens baixas, mas pode ter um manejo alimentar parecido com o dos caprinos. A lotação de pastagens depende diretamente da qualidade do pasto. Por terem o hábito de caminhar muito, esses animais precisam de cercas para delimitação de espaço e para controle do rebanho.

A criação de melíponas indígenas sem ferrão será feita em caixas rústicas, produzidas na própria comunidade. Como as melíponas indígenas são bastante dóceis e de fácil manejo, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que as colméias sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de melíponas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos. Para a formação do meliponário, serão aproveitados materiais do próprio lote (madeiras e palhas), com tamanho a ser definido de acordo com o número de colméias (colônias) a ser trabalhada. As colônias serão capturadas na natureza e transferidas para as caixas somente para formar o plantel inicial, pois uma vez formado esse plantel, serão utilizadas técnicas de divisão de colônias que permitirá o crescimento do plantel até o limite necessário.

Em alguns casos pode ser possível a criação de abelhas com ferrão. Nesse caso, será necessária a aquisição de equipamentos de proteção. O apiário deve ficar em local onde haja bastante pasto apícola e distante de pessoas e animais. Em cada apiário devem ser instaladas 10 colméias. As colônias serão capturadas na natureza ou através de armadilhas no próprio apiário.Após a montagem do sistema serão trabalhadas formas de comercialização e agregação de valor aos produtos apresentados neste subprograma.Para a reestruturação do sistema, os animais devem passar a viver totalmente no sistema semi-intensivo. Aqui, o fundamental vai ser a estabilização do rebanho. Para isso, dentro do sistema silvipastoril proposto serão construídas cercas para limitar a presença dos animais em alguns espaços e apriscos com divisões adequadas, além do estabelecimento de piquetes nas pastagens

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para melhor aproveitamento das forragens e controle das verminoses e implantação de forrageiras. Para concluir a implantação do sistema serão adquiridos animais com genética de raças leiteiras. Para as famílias que já possuem esses animais será importante a estabilização e a melhoria de qualidade do rebanho já no primeiro ano de implantação do projeto, com a comercialização sistemática e planejada de todos os animais que possuam mais de um ano, até que a área destinada à criação alcance a capacidade de suporte real de 10 animais/ha. Essa quantidade de animais será mantida até que o pasto possua condições de aumentar sua capacidade de suporte.

Para os bovinos, para a estabilização de animais de acordo com a área de pastagem será utilizada a medida Unidade Animal (UA) por hectare de pasto, diminuindo o pisoteio de animais na pastagem para não sobrecarregar o solo. Com a implantação do sistema silvipastoril e descarte de animais acima de 36 meses que apresentem baixo desempenho produtivo, haverá mais opções de alimento para o gado resultando em ganho de peso. É essa situação atual que o programa pretende corrigir de forma a alcançar as condições necessárias para o equilíbrio ambiental local. Para tanto se faz necessário trabalhar em duas frentes: a primeira que corresponde a estabilização e melhoria da qualidade do rebanho, e a segunda que remete à recuperação dos solos e das pastagens.A estabilização e a melhoria de qualidade do rebanho serão feitas a partir do primeiro ano de implantação do programa, com a comercialização sistemática e planejada de todos os animais que possuam mais de 36 meses. Nessa direção, no caso das famílias que possuam reprodutores, estes deverão trocar esses animais por outros de melhor capacidade genética.Na segunda etapa cada área produtiva será dividida em três unidades (piquetes) de acordo com a área, de forma que os bovinos não sejam prejudicados com a falta de alimento no período de escassez. Para isso, será necessário que se faça complementação nutricional com alimentos volumosos encontrados no lote, qual sejam a mandioca e o milho. Os produtores que não fazem suplementação mineral devem passar a fazer a partir do momento que assumirem a entrada no programa, sendo esses suplementos enriquecidos com micro e macro minerais e vitaminas que previnam deficiências de prenhez e dificuldades de parto, assim como ataques de sarnas e carrapatos, desta forma reduzindo os custos com vermífugos e carrapaticidas. Um dos piquetes será isolado e nele serão plantado leguminosas como leucena e guandu com objetivo de recuperação inicial dos solos e outras árvores que possam ser fontes de alimentação animal, além de garantir sombras para os animais nos períodos de maior intensidade solar. Os outros dois piquetes entrarão em um processo de rodízio. No que se refere à alimentação hídrica a solução é criar pontos estratégicos para a construção de bebedouros coletivos (açudes, tanques, poços) para que as áreas mais distantes também possam ser contempladas com água para os animais. Será necessária a prevenção às doenças infecto-contagiosas obedecendo ao calendário oficial do serviço oficial de defesa agropecuária através das vacinações contra febre aftosa e brucelose, incluindo também botulismo, carbúnculo sintomático (manqueira) e raiva. A vacinação será feita utilizando o curral coletivo, na agrovila. Pode-se solicitar o acompanhamento de técnicos da AGED e da ATES na execução destas atividades. No manejo reprodutivo deve ser definida uma relação macho/fêmea e que seja observado a apresentação de cio pelas fêmeas, momento que o reprodutor será introduzido para que ocorra uma monta controlada.

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Em longo prazo, reduz-se a quantidade de machos no rebanho para priorizar a produção leiteira com um plantel previamente selecionado no intuito de facilitar a transição de bovinos de corte para bovinos de leite.A criação de galinha caipira terá como referencial a instalação de um galinheiro feito com recursos naturais disponíveis nos lotes ou nos próprios quintais, tais como restos de madeira, estacas, ripas, palha de babaçu. Tal instalação deverá ter uma área útil dimensionada de modo a proporcionar boa ventilação, luminosidade, drenagem, facilidade de acesso e disponibilidade de água. Terão duas divisões internas, uma destinada à fase de reprodução e outra para a terminação. O piso deve ser revestido com uma camada de palha, distribuída de forma homogênea, podendo-se utilizar vários materiais como casca ou sabugo de milho triturado ou casca de arroz. Essa cama deverá ser substituída periodicamente e será utilizada como adubação orgânica para os plantios. Um espaço no entorno da construção será cercado para funcionar como área desestressante e de pastejo. Ali serão plantadas gramíneas e leguminosas que servirão como alimento primordial. Essa área deve ser cercada com material semelhante ao utilizado no galinheiro, mas que seja capaz de evitar a entrada de predadores. A seleção das matrizes pode ser feita com base no plantel já existente, do qual são aproveitadas fêmeas em fase de pré-postura, filhas de matrizes de conhecido desempenho produtivo. Já os reprodutores deverão ser provenientes de outros plantéis, que apresentem boa capacidade reprodutiva, adaptabilidade ao ambiente e ao sistema de manejo empregado, além de um porte compatível com o das matrizes, possibilitando o estabelecimento de um plantel não consanguíneo e capaz de atingir altos índices de produtividade. A alimentação proposta prevê a integração com os outros subsistemas de modo que possam ser aproveitados todos os resíduos oriundos da atividade agrícola como frutas, casca de mandioca, milho entre outros.Para a suinocultura, a criação deve ser instalada com duas matrizes, como a relação matriz – reprodutor gira em torno de 10:1, o reprodutor deve ser coletivizado entre cinco famílias. Nesse caso as instalações devem ser construídas com duas áreas: uma pocilga e uma área desestressante. Essa segunda área deve ser construída nos espaços onde já esteja instalado o pomar, ser plantada com gramíneas e leguminosas e possuir pequenos tanques de cimento para que os animais possam se banhar durante o dia. A construção deve ser feita com a utilização de materiais existentes na área, sendo adquirido apenas o indispensável. As instalações devem ser mantidas higienizadas sendo as fezes recolhidas diariamente indo para a compostagem, ou para o viveiro, ou ainda para o pomar, a horta ou o horto medicinal. A água dos tanques deve ser mantida limpa e em quantidade suficiente para todos os animais. Todos os bácoros devem receber ferro nos primeiros dias após o nascimento.A área destinada ao pastejo das aves e dos suínos será inicialmente preparada a partir da introdução de mudas de frutíferas e de espécies de leguminosas produzidas no viveiro, seguidas de gramíneas que servirão de alimentação aos animais.

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6.3.7 Programa: Extrativismo sustentável

Análise situacional/justificativaUm dos potenciais econômicos do Território é o extrativismo, existe uma diversidade de produtos da natureza já explorados, utilizados na alimentação das famílias e comercializados na época de safra e outros a serem explorados.Assim como um dos problemas já apresentado no Diagnóstico para o Território que o processo de transformação do ambiente local, com o desmatamento de áreas para o plantio de monocultivos, parte desses recursos naturais, que constitui a base do extrativismo no meio rural, encontra-se, ameaçado. Nesse sentido, um projeto de extrativismo deve ser implantado para garantia de manutenção do ambiente local sem desmatamentos e renda para as famílias a partir dos produtos extraídos da natureza.Objetivo geralConsolidar um modelo de desenvolvimento socioeconômico sustentável, com base no extrativismo e centrado no fortalecimento da agricultura familiare no uso racional dos recursos naturais existentes.

Objetivos específicoso Melhorar a renda das famílias extrativistas e reduzir o desmatamento no Território;o Aproveitar os recursos naturais do Território, melhorar a saúde das famílias e reduzir a

dependência de fármacos químicos;o Melhorar a renda das famílias extrativistas e reduzir o desmatamento da palmeira babaçu

no Território.Projeto I: Frutos da terra, incentivo ao desenvolvimento de cadeias produtivas,beneficiamento,banco germoplasma e plantio de espécies nativas como o bacuri, pequi e outros.

Meta do projeto: Implantação de uma unidade de beneficiamento de frutas nativas, em cada município, ao final de cinco anos.

Projeto II: Implantação de Unidades de beneficiamento de babaçu.

Meta do projeto: Implantação de uma unidade de beneficiamento integral de babaçu,em cada município, ao final de cinco anos.

Projeto III: Resgate de plantas medicinas, incentivo as hortas, beneficiamento e comercialização de plantas medicinais.

Metas: Implantação de uma unidade de horta medicinal e beneficiamento por município ao final de cinco anos.

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Resultados esperados do Programa “Extrativismo sustentável”o Aumento da renda das famílias, especialmente das mulheres extrativistas e mitigação das

alterações climáticas;o Redução da dependência dos fármacos industrializados pelos agricultores e agricultoras

familiares que tradicionalmente utilizavam medicina natural.

Estratégia de implementação do programa do Eixo Extrativismo SustentávelO referencial para esse programa é a inserção no “Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), que busca estruturar arranjos produtivos sustentáveis, por meio de um conjunto de iniciativas que valorizem os conhecimentos dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares.

Suas ações envolvem o assessoramento técnico, capacitação e organização social, além do acesso ao crédito, desenvolvimento de infra-estrutura produtiva, promoção comercial e inserção dos produtos extrativistas no mercado, criando as oportunidades de preços justos frente às diferenças regionais e à realidade dos extrativistas, ordenando a cadeia produtiva no aspecto da oferta e demanda, promovendo aumento do interesse de diversos setores como a indústria de fármacos, cosméticos, higiene pessoal, fibras, conferindo maior competitividade aos produtos” (CONAB, 2010).

Modelo de gestãoOs projetos deverão ser desenvolvidos pelas secretarias de agricultura e acompanhados pela Câmara Temática de Produção que atuará nos projetos acima descritos. O trabalho dessa Câmara terá o apoio técnico fundamental das equipes da Secretaria de Estado de Agricultura das que fará o acompanhamento dos projetos desde a fase inicial de implantação. A organização interna dos produtores será feita em parceria com as associações locais.

6.3.8 Programa: Turismo socialmente responsável

Análise situacionalAs manifestações culturais desenvolvidas nas comunidades tradicionais incluem danças típicas e festas comunitárias, em períodos específicos e incentivam uma culinária e um artesanato próprio da região, à exceção dos festejos tradicionais do São João e do carnaval.É com a finalidade de intensificar e ampliar a diversificação das economias da região, como fator de dinamismo e desenvolvimento para a região que este programa deve ser compreendido. As atividades aqui propostas englobam o ecoturismo, o turismo rural e o turismo religioso, além do fortalecimento do artesanato e a valorização das manifestações culturais será fundamental à própria dinâmica do desenvolvimento regional.Para isso será necessário que as manifestações culturais sejam vistas com uma perspectiva de riqueza regional, pois só assim elas podem ser apresentadas de forma sistêmica dentro e fora do território, e não só em períodos especiais, mas durante todo o ano.

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Dessa forma, essa riqueza que vem sendo deixada de lado pela juventude, pode se tornar uma atividade econômica e estimular a manutenção por parte dos mais jovens.Propostas inovadoras como as contidas nesse programa deverão estar articuladas com outras que estão sendo ou serão desenvolvidas nos outros programas apresentados nesse plano. Assim, o ecoturismo, o turismo rural, a produção de artesanato são atividades que exploram o patrimônio natural e cultural da região, exigem uma articulação com a produção agropecuária feita de forma sustentável o que de certa forma tangencia todos os programas.

Objetivo geral Promover o desenvolvimento das atividades turísticas, valorizando as manifestações culturais da região e fomentando atividades que permitam a diversificação das economias rurais e incremento da renda, o fortalecimento da cultura regional e a integração das iniciativas do poder público com as do setor produtivo.Objetivos específicos

o Criar na área rural dos municípios infra-estrutura básica que permita a instalação de pequenos negócios familiares relacionados ao turismo, às comidas tradicionais e ao artesanato local;

o Elaborar um diagnóstico das manifestações culturais identificando todo o patrimônio material e imaterial do território;

o Identificar e estimular a produção artesanal das unidades familiares no sentido da melhoria da qualidade do produto, organização da produção e acesso ao mercado

o Fomentar o turismo rural e o ecoturismo como atividades econômicas das comunidades tradicionais onde houver condições naturais;

o Garantir a preservação dos recursos naturais utilizados nas atividades culturais e lazero Garantir nos municípios condições para apresentação permanente dos produtos da cultura

regional.

Projeto I: Criação da Política e do Sistema Municipal de TurismoMeta:Todos os municípios do Território com Política e Sistema Municipal de Turismo criados ao final de cinco anos.

Projeto II: Incentivo ao artesanato feito em casaMeta: Dinamização de 20 unidades de artesanato a cada ano, em cada município do Território.

Resultados esperados:o Aumento do fluxo ecoturismo, turismo rural e turismo religioso no Território;o Melhoria da qualidade do artesanato no Território e conseqüente aumento da renda dos

artesãos e artesãs;o Instalação de espaços para comercialização do artesanato, em cada um dos municípios do

Território; o Implementação de um circuito cultural com as festas tradicionais existentes na grade cultural

do Território.

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Estratégia de implementação e modelo de gestãoA lógica deste programa é relacionar as atividades culturais existentes como atividades econômicas, estimulando a valorização e relacionando com outras atividades que permitam a diversificação das economias rurais. Para isso, as secretarias de cultura e de turismo dos municípios com apoio do CODETER farão um levantamento das áreas onde possam ser desenvolvidos os projetos desse programa bem como, um levantamento das manifestações culturais dos municípios, identificando a condição atual de cada uma. Esse diagnóstico procurará identificar, também, as comidas típicas da região que podem estar disponíveis num cardápio a ser apresentado durante as programações culturais que podem ser implantadas num circuito regional.Usando esse documento como referência a Câmara Temática do Turismo e Cultura juntamente com as secretarias municipais de agricultura e de infra-estrutura estabelecerão um cronograma para a definição de projetos de infra-estrutura básica necessária nos locais onde serão implantadas as atividades.Isso definido será preciso caracterizar a responsabilidade pela execução das ações a nível local, devendo ser feitas reuniões com associações de moradores para que nas áreas rurais ou urbanas onde possam ser instalados esses projetos, sejam constituídas estruturas para administração das atividades.

6.4 Dimensão Político Institucional

6.4.1 Programa: Fortalecimento das institucionalidades do Território

Análise SituacionalA partir de 1989, com o processo de municipalização estabelecido pela Constituição, o governo federal repassa para os municípios um conjunto de atribuições. Foram municipalizados os serviços de saúde, o ensino fundamental e a assistência técnica. Como os municípios não conseguiam promover aumento da arrecadação para dar cabo dessas novas funções, o governo federal criou um conjunto de fundos e programas de apoio, mas que, de acordo, com as prefeituras não são suficientes para que esses serviços cheguem a todos os moradores das zonas rural e urbana. Soma-se a isso, a dificuldade de recursos humanos capacitados para a implantação e/ou execução desses programas e de programas definidos pelos próprios municípios. Assim, na medida em que há maior quantidade de ações a serem desenvolvidas mais há necessidade de mão-de-obra capacitada. Desta forma, como muitas vezes os municípios não conseguem arcar com os salários exigidos por profissionais melhores qualificados, os programas ficam sob a orientação de técnicos, com pouca experiência, que não conseguem usar os recursos disponíveis na região para criar condições locais possibilitando que os moradores deixem a condição de simples beneficiários para se transformarem em protagonistas. Com isso, os municípios que estavam em condições de maior precariedade, mesmo com esses tipos de projetos, continuaram na mesma situação.O MDA apresentou a proposta de criar espaços geográficos onde se concentram os municípios com menor nível de desenvolvimento, apoiando-os para que a desigualdade seja reduzida em relação aos municípios onde as condições sociais são melhores.

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PTDRS do Território Cocais77

Esse programa, conhecido como Território da Cidadania, estabeleceu oito territórios no Maranhão, sendo um deles o Território do Cocais sobre o qual este Plano está sendo apresentado.A dinâmica de funcionamento do Território passa por uma estrutura de coordenação que inclui um Colegiado Territorial onde estão representados os dezesseis municípios, sendo que cada município possui oito representantes neste Colegiado – quatro representando o poder público e quatro representando a sociedade civil. Desde a sua criação, no entanto, esse Colegiado tem tido dificuldades para desenvolver suas funções, considerando a falta de recursos físico-financeira que permitam a dinamização de todas as suas funções.É no sentido de consolidar o Colegiado Territorial e todas as suas instâncias que esse programa está sendo proposto.

Objetivo:Reestruturar os conselhos municipais e consolidar o Colegiado Territorial como forma permitir uma atuação mais segura em relação à aplicação de políticas setoriais de origem pública, privadas e não governamentais, de modo a fomentar a melhoria de qualidade de vida às populações do território

Objetivos específicos:o Garantir os recursos necessários para o bom funcionamento do Colegiado Territorial em

todas as suas instânciaso Garantir a capacitação par todos os membros dos conselhos o Melhorar a atuação das organizações sociaiso Assegurar as condições necessárias para a implementação da segunda etapa do Plano

Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável dos Cocais.

Projeto I: Capacitação continuada e estruturante dos conselhosMetas:

o Aporte para realização de duas capacitações por ano para todos as instancias do Colegiado e membros dos conselhos municipais;

o Capacitação até dezembro de 2011, os técnicos das secretarias municipais que terão a responsabilidade de executar os programas em cada município.

Projeto II: Institucionalização e estruturação do CODETER e conselhos

Meta: Garantia para realização de eleições, posse do conselho e atuação efetiva dos conselhos em todos os municípios ao final de dois anos, bem como, estruturação do CODETER.Instalação do escritório do Colegiado Territorial até dezembro de 2011.

Projeto III: Fortalecimento das organizações sociais

Meta: Garantir a capacitação e recursos para as organizações da sociedade civil em todos os municípios ao final de cinco anos.

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PTDRS do Território Cocais78

Resultados esperados para o programa “Fortalecimento das institucionalidades do Território”o Atuação qualificada dos conselhos municipais e CODETERo Atuação qualificada das organizações da sociedade civil.

6.4.2 Programa II: Aperfeiçoamento do modelo de gestão pública

Objetivo:o Aperfeiçoar o modelo de gestão pública de modo a compatibilizar o desenvolvimento que

vem ocorrendo nos municípios com o desenvolvimento sustentável.

Projeto 1: Aperfeiçoamento do modelo de gestão pública

Metas:o Implantação do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização em todos os

municípios ao final de cinco anos;

o Reestruturação ou criação das secretarias da agricultura, meio ambiente, turismo e cultura em todos os municípios ao final de cinco anos.

Resultado esperado do programa “Aperfeiçoamento do modelo de gestão pública”:o Aprimoramento do processo de gestão pública.

Estratégia de implementação dos programas do Eixo Político - Institucional Para a atuação qualificada do Colegiado Territorial é necessário que os governos municipais, o governo estadual, os órgãos estatais e as empresas que atuam na região o reconheçam como tal. Concomitantemente, o Núcleo Diretivo trabalhará pela implementação dos diversos programas e projetos que devem ser elaborados em parceria com as prefeituras municipais através das suas várias secretarias. É necessário a estruturação física do escritório, com a disponibilização de recursos humanos necessários e a instalação de móveis e equipamentos que dê condições de trabalho ao Núcleo Diretivo.As reuniões das câmaras temáticas propiciarão a base técnica para que o Núcleo Diretivo planeje a elaboração dos projetos de investimento ou faça a correção de rumos para permitir sempre um bom andamento daqueles que já estão em execução. Periodicamente a plenária do CODETER continuará acontecendo para deliberar sobre as atividades do próprio CODETER e do território como um todo.Sistematicamente o Núcleo Diretivo estará se articulando com as diversas secretarias estaduais, com a Delegacia do MDA, com órgãos estatais, empresas, ONGs e movimentos sociais com o objetivo de garantir as boas relações no Território e como forma de monitorar projetos que essas instituições estejam desenvolvendo ou queiram desenvolver.

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PTDRS do Território Cocais79

Modelo de gestãoA coordenação executiva do programa será feita pelo Núcleo Diretivo do CODETER que estará em constante contato com todas as organizações governamentais e não governamentais que compõem o CODETER para prestar contas de todas as atividades. Segue quadro da composição do Colegiado em 2010.

Composição do Colegiado Núcleo Diretivo

AfonsoCunha

Secretaria Municipal de Saúde

Secretária Municipal de Agricultura

Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais (STTR)

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS)Associação do Povoado Boa Esperança

Aldeias Altas Secretaria Municipal de Educação

Secretária Municipal de Agricultura

STTR

ASA Maranhão

Associação Ambientalista de Aldeias Altas

Buriti Bravo Secretaria Municipal de Saúde

Secretária Municipal de Agricultura Petrônio da Silva Coelho

STTR Raimundo Nonato Ferreira de Sousa

Associação dos Produtores Rurais de Buriti Bravo

Associação dos Moradores e Amigos do Balseiro

Codó Secretaria Municipal Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Jaqueline Barros

Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Urbanismo

STTR

Associação dos Agricultores (as) do Assentamento Cit Novo HorizonteAfro Vermelho

Caxias Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Pecuária

Manoel Rodrigues Silveira Neto

Coordenadoria de Desenvolvimento Agrário

STTR

Associação dos Prodotures Agrícola da Comunidade de Rodagem-PA Conceição MocamboAssociação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Atoleiro

Coroatá Secretaria Municipal de Agricultura

Instituto de Meio Ambiente

STTR

Associação dos Produtores Rurais do Povoado Flor do Dia Associação dos Produtores Rurais da Vila Dr. Clauns-PA. Vale Bekaa.

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Coelho neto Secretaria Municipal de Educação e Cultura

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

CMDRS

Movimento de Mulheres de Coelho Neto

Duque Bacelar Secretaria de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura

Assoc dos Produtores Rurais de Duque Bacelar

STTR

Colônia de Pescadores Z-90

Fortuna Secretaria de Meio Ambiente

Secretaria de Desenvolvimento

STTR

Associação de Moradores de Fortuna

Associação dos Pequenos Produtores de Fortuna

Lagoa Do Mato:

Secretaria de Assistência Social

Departamento de Agricultura

STTR

Associação dos Pequenos Agricultores do Povoado TinguisAssociação Comunitária

Matões Secretaria Municipal de Educação

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

Fórum da Economia Solidária

Associação dos Produtores Rurais de Matões

Parnarama Secretaria Municipal.de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

Pastoral da Criança

Associação dos Moradores do Bairro Terra Nova

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PTDRS do Território Cocais81

Peritoró Secretaria Municipal de Saúde

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR Maria Raimunda Carvalho de Sousa

Associação dos Produtores Rurais de Peritoró

Coordenação da Juventude- Ass. Cult e Recreativa Esperança

São João do Sóter

Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

Assoc dos Produtores Rurais de São João do Sóter Ângelo Carlos Gomes Ferreira

Assoc. de Pais da Casa Familiar Rural

Senador Alexandre Costa

Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

Assoc dos Produtores Rurais de Senador Alexandre CostaPastoral da Criança

Timbiras Secretaria Municipal de Educação

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR Luis Henrique da Silva Sales

Ass. das Extrativista de Timbiras- ASSEXTIM

Associação das Mães Solteiras e Separadas de Fato

Timom Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura

STTR

Coletivo (Movimento) de Mulheres de Timon

Associação de Moradores do Lugar São Miguel

Estadual

Federal MDA, INCRA, CONAB, ELETRONORTE,COODEVASF, BNB, CEF

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PTDRS do Território Cocais82

O termo processo tem muitas utilidades - no latim procedere indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere)). É uma seqüência de ações que objetivam atingir uma meta. É usado para criar, projetar, transformar, produzir algo.

Pois bem, a qualificação do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável é parte de um processo iniciado no ano de 2003 com o governo democrático e popular. E como todo processo, avança! A partir desse período, as políticas sociais no Brasil foram retomadas de forma expressiva e programas como Luz para Todos; Bolsa Família; investimentos na agricultura familiar (PRONAF) e o Programa de Desenvolvimento Territorial resultaram em melhorias para as populações, especialmente no meio rural. ECHEVERRI, ao fazer uma análise dessa nova abordagem territorial rural assim expressa:

“A política de desenvolvimento rural e de apoio à agricultura familiar do Brasil apresentou uma mudança significativa a partir do ano de 2003, devido ao seu caráter explicitamente territorial, com adoção de uma estratégia que implicou na criação de uma estrutura institucional e de um conjunto de processos de gestão da política pública que marcou um novo rumo às políticas de desenvolvimento agrário...A ascensão de uma visão política, que privilegia os direitos e a gestão participativa, se encontrou com processos sociais de enorme significado e força política para dar como resultado a elaboração de uma política que significa um passo importante na construção de novos caminhos de institucionalidade pública.” (ECHEVERRI, p.82, 2010).

A experiência do desenvolvimento territorial rural trouxe consigo a possibilidade de re-planejar, re-avaliar e re-construir sonhos futuros e se constituiu num ir para frente na construção do desenvolvimento que se pretende sustentável, participativo. E nesse caminhar o PTDRS é um instrumento valioso a ser explorado. Contudo, um processo é sempre algo inacabado, principalmente, quando tratamos de um processo social, em que um conjunto de variáveis está em jogo – poder, política, organização, grupos políticos, capital econômico, capital social, enfim. E no caso do PTDRS, sem dúvida está incompleto, pois é impossível apreendermos tamanha complexidade de uma realidade social e histórica de uma só empreitada. Porém, está implícito aqui o avanço dessa política de desenvolvimento territorial que apresenta alguns elementos importantes desde a sua constituição, apontados por ECHEVERRI (2010) como, a adoção de um novo enfoque de caráter territorial, integral e multisetorial; a criação de uma pasta destinada à formulação e execução da política de desenvolvimento territorial, a Secretaria de Desenvolvimento Territorial – SDT; a adoção de diretrizes e critérios da estratégia territorial; a definição de áreas de resultado como orientadoras da gestão da política; a delimitação dos territórios, do conceito à ação; a criação dos colegiados territoriais e a gestão social como elemento fundamental da política, em que se estabelecem as competências dos níveis territoriais, se destacando aqui o papel dos planos territoriais.

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ões

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Portanto, esse documento trata do momento presente e é resultado do contexto histórico e atual do Território, com seus avanços, suas fragilidades, suas descontinuidades e, sobretudo a luta de atores sociais que acreditam na mudança na transformação social, a exemplo dos integrantes ativos do Colegiado Territorial.

Finalmente, esperamos que o resultado aqui apresentado siga o seu processo!

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PTDRS do Território Cocais84

BARRETO, L. Cerrado Norte do Brasil. Pelotas: USEB, 378 p.CARNEIRO, M.S.www.jornalpequeno.com.br, consultado em 31.03.2010.

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7. B

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Ref

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PTDRS do Território Cocais85

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PTDRS do Território Cocais86

A

NE

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An

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MAPA 1: Classificação climática do Maranhão e do Tritório

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MAPA 2: Precipitação pluviométrica do Maranhão e do Território

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MAPA 3: Temperatura média do ardo Maranhão e do Território

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MAPA 4: Umidade relativa do ardo Maranhão e do Território

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MAPA 5 : Bacias hidrográficas

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MAPA 6 : Geologia

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MAPA 7 : Geomorfologia

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MAPA 8 : Solos do Maranhão e do Território

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Tabela 29: Formação geológica, solos e recomendações para preparo de solo

Formação geológica Classe de solos Municípios que ocorrem Recomendações para preparo de solo

Itapecuru L a t o s s o l o s , plintossolos

TimbirasCodó Aldeias Altas Coelho Neto Afonso Cunha Peritoró, Duque Bacelar, Senador Alexandre Costa, São João

cobertura morta

Pedra de Fogo e Motuca l a t o s s o l o s v e r m e l h o -a m a r e l o s distróficos

Codó Timon, Buriti Bravo, Coelho Neto, Caxias, Aldeias Altas , São João, Matões, Lagoa do Mato, Parnarama, Afonso Cunha, e Duque Bacelar.

plintossolos, Timon, Caxias, Aldeias Altas,Afonso Cunha, Coelho Neto, Duque Bacelar

Podzólicos Buriti Bravo, Lagoa do Mato, Caxias e Matões, Peritoró, Coroatá,Codó, Timbiras Senador Alexandre Costa

areias quartzosas Aldeias Altas, São João do Sóter, Caxias

Cambissolo Coelho Neto, Caxias, Afonso Cunha, Aldeias Altas, Timon, São João do Sóter, Matões, Parnarama, Fortuna, Duque Bacelar

Formação Codó Codó, Timbiras Senador Alexandre Costa

rotaçaõ de cultura e pantio direto

Formação Sardinha Buriti Bravo todas as culturas Formação Motuca e Pedra de Fogo

l a t o s s o l o s v e r m e l h o -a m a r e l o s distróficos

Formação Sambaíba, Corda, Barreiras

Caxias, Afonso Cunha, Aldeias Altas, Timon, São João do Sóter, Matões, Parnarama, Fortuna

e x t r a t i v i s m o e criação de meliponicultura

Fonte: (MOURA, 2004)

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PTDRS do Território Cocais96

Tabela 30: População residente total, urbana, rural

Especificação2000 2007

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Maranhão 5.651.475 2.812.681 2.838.794 6 118

995 3 021

226 3 052

375Afonso cunha 4.680 2.255 2.425 5 651 2 841 2 810

Aldeias altas 18.827 7.375 11.452 21 645 11 147 10 429

Buriti Bravo 21.446 14.886 6.560 22 279 11 091 11 047

Caxias 139.756 103.485 36.271 143 197 69 155 73 780

Codó 110 574 53 828

56 429

Coelho Neto 42.214 34.747 7.467 44 031 21 878 22 149

Coroatá 60 589 30 021 30 441

Duque Bacelar 9.413 4.173 5.240 10 384 5 265 5

101

Fortuna 14.596 9.128 5.468 14 486 7 252 7

082

Lagoa do Mato 9.446 2.695 6.751 10 225 5 239 4

986

Matões 26.433 9.479 16.954 28 278 14 324 13 879

Parnarama 32.469 11.007 21.462 34 912 17 596 16 903

Peritoró 19 017 9 463 9

542

São João do Soter 14.834 4.442 10.392 16 592 8 453 8

074

Senador Alexandre Costa 9 071 4 540 4

525

Timbiras 26 132 13 026 12 934

Timon 129.692 113.066 16.626 144 333 69 762

73 423

TOTAL TERRITÓRIO463.806 316.738 147.068

721 396

354 881

363 534

TERRITÓRIO/MARANHÃO8,21 9,42 6,43 11,78

13,22 9,50

Fonte: Extraído do Censo Demográfico IBGE 2000 e Contagem da População 2007.

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PTDRS do Território Cocais97

Tabela 31: Variação da população e densidade demográfica dos municípios do Território Cocais

Município Área(Km²)

População total Variação População

(2000/ 2007)

Densidade demográfica

2000 2007 2000 2007Afonso Cunha 371,2 4.680 5 651 20,75 12,6 15,22Aldeias Altas 1.942,1 18.827 21 645 14,97 9,7 11,66Buriti Bravo 1.582,5 21.446 22 279 3,88 13,6 14,08Caxias 5.223,9 139.756 143 197 2,46 26,8 27,41Codó* 4.364,4 111146 110 574 -0,51 25,5 25,34Coelho Neto 975,5 42.214 44 031 4,30 43,3 45,14Coroatá* 2.263,8 55676 60 589 8,82 24,6 26,76Duque Bacelar 317,9 9.413 10 384 10,32 29,6 32,66Fortuna 694,9 14.596 14 486 -0,75 21 20,85Lagoa do Mato 195,2 9.446 10 225 8,25 48,4 52,38Matões 1.858 26.433 28 278 6,98 14,2 15,22Parnarama 3.487,1 32.469 34 912 7,52 9,3 10,01Peritoró* 747,6 17336 19 017 9,70 23,2 25,44São João Sóter 1.438 14.834 16 592 11,85 10,3 11,54Sen. Alex Costa* 426,4 8571 9 071 5,83 20,1 21,27Timbiras* 1.486,4 26401 26 132 -1,02 17,8 17,58Timon 1.740,5 129.692 144 333 11,29 74,5 82,93Território 30.211 682936 721 396 5,63 23,08 23,88

FONTE: SIT/MDA, 2010 (www.mda.gov.br), a partir dos dados do IBGE, 2007*municípios que não integravam o Território em 2000

Tabela 32: Taxa de urbanização e taxa média de crescimento anual dos municípios do Território Cocais

Município Percentual de urbanização

2000 2007Afonso Cunha 48,18 54,2Aldeias Altas 39,17 50,12Buriti Bravo 69,41 72,03Caxias 74,05 75,8Codó 67,56 68,92Coelho Neto 82,31 83,84Coroatá 60,02 67,42Duque Bacelar 44,33 47,69Fortuna 62,54 61,97Lagoa do Mato 28,53 40,2Matões 35,86 41,6Parnarama 33,90 35,08Peritoró 37,65 39,13São João do Soter 29,94 36,72Sen. Alexandre Costa 57,68 62,32Timbiras 52,85 60,58Timon 87,18 88,27Total

FONTE: IMESC

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PTDRS do Território Cocais98

Tabela 33: Evolução da população do território cocais maranhenses e taxa de urbanização 2000 A 2007

Evolução da composição municipal e territorial do Território dos Cocais de 2004 a 2010

Municipios em 2004

População em 2000

Tx de Urbanização Municipios em 2010

População em 2007

Tx de Urbanização

Afonso Cunha 4.680 0,48 Afonso Cunha 5.651 0,54Aldeias Altas 18.827 0,39 Aldeias Altas 21.645 0,5Buriti Bravo 21.446 0,69 Buriti Bravo 22.279 0,72Caxias 139.756 0,74 Caxias 143.197 0,76Coelho Neto 42.214 0,82 Coelho Neto 44.031 0,84Duque Bacelar 9.413 0,44 Duque Bacelar 10.384 0,48Fortuna 14.596 0,63 Fortuna 14.486 0,62Lagoa do Mato 9.446 0,29 Lagoa do Mato 10.225 0,26Matões 26.433 0,36 Matões 28.278 0,42Parnarama 32.469 0,34 Parnarama 34.912 0,35São João do Sóter 14.834 0,3 São João do Sóter 16.592 0,37Timon 129.692 0,87 Timon 144.333 0,88

Municipios Inseridos em 2008

Codó 110.574 0,69Coroatá 60.589 0,67Peritoró 19.017 0,39Senador Alexandre Costa 9.071 0,62Timbiras 26.132 0,61

463.8060,53

721.396 0,57Fonte: IBGE - Cidades (2010)

Tabela 34: Número de estabelecimentos, leitos, médicos no Território do Cocais no ano de 2007

Municípios Nº de hospitais

Leitos/1000 habitantes

Médicos/1000 habitantes

Habitantes/agentes de saúde

Equipes de saúde da família em 2009

Afonso Cunha 2 0,00 0,43 141 2Aldeias Altas 10 0,00 1,17 197 9Buriti Bravo 7 11,89 0,28 250 5Caxias 85 2,39 1,32 47 51Codó 48 6,04 1,18 140 12Coelho Neto 16 1,92 0,82 167 27Coroatá 22 8,08 1,11 156 19Duque Bacelar 9 0,00 0,64 173 3Fortuna 17 3,49 0,27 121 7Lagoa do Mato 5 0,00 0,32 205 4Matões 12 0,00 0,64 163 11Parnarama 14 2,86 0,55 152 14Peritoró 7 0,00 0,29 188 7S. João Soter 10 0,00 0,13 202 7Sen AlexCosta 4 14,00 0,58 119 3Timbiras 9 2,95 0,49 196 8Timon 73 3,22 1,58 131 57Total 350 3,32 1,02 136,89 246

FONTE: IIMESC (Anuário Estatístico 2010), DATASUS (2002)

Page 99: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais99

Tabela 35: Número de domicílios com atendimento sanitário no Território

Municípios Domicílios Distribuição de água Rede de esgoto

Coleta de lixoLigações Ligações

ativasAfonso Cunha 954 298 212 201 10Aldeias Altas 4.164 1.818 1.159 1.021 545Buriti Bravo 4.975 4.141 2.932 3.218 291Caxias 31.880 33.869 26.662 00 14018Codó 25.078 23.671 19.035 1.673 12804Coelho Neto 8.985 4.754 1.328 00 4001Coroatá 13.063 00 00 3.542 4654Duque Bacelar 1.795 1.105 829 682 00Fortuna 3.310 2.741 1.935 2.238 666Lagoa do Mato 2.065 00 00 00 00Matões 5.715 00 00 00 163Parnarama 7.096 00 00 00 793Peritoró 4.093 2.610 1.112 1.511 64São João do Soter 3.380 00 00 00 05Sen Alex. Costa 1.995 00 00 00 109Timbiras 5.800 4.035 3.405 3.481 919Timon 29.386 36.480 26.185 00 14905Total 153.734 120.583 88.399 17.567

FONTE: IIMESC (Anuário Estatístico 2010), SNIS

Tabela 36: Situação do analfabetismo no Brasil, Nordeste, Maranhão e nosmunicípios do território Cocais no ano de 2000

População (15 anos ou

mais)

Analfabetos(15 anos ou mais)

Analfabetos funcionais

(15 anos ou mais)

Taxa (%) analfabetos funcionais

Brasil 121.011.000 14.954.000 33.067.000 27,3Nordeste 32.767.000 7.946.000 14.032.000 42,8Maranhão 3.655.000 855.000 1.637.000 44,8Afonso Cunha 2.764 1.167 1789 64,7Aldeias Altas 11.413 5.601 7695 67,4Buriti Bravo 12.969 4.938 7811 60,2Caxias 90.702 30.776 43795 48,3Coelho Neto 25.989 9.303 41877 59,9Codó 69.855 28.376 15113 58,2Coroatá 34.918 14.380 22184 63,5Duque Bacelar 5.482 2.550 3343 61Fortuna 9010 3580 5076 56,3Lagoa do Mato 5.964 2.426 4168 69,9Matões 16.189 7.226 10921 67,5Parnarama 19877 8885 13125 66Peritoró 10.798 4.879 7497 69,4S João do Soter 9.131 4.435 6418 70,3Sen. Alex Costa 5.168 2.369 3315 64,1Timbiras 15.658 7.520 10825 69,1Timon 84287 21171 34535 41

FONTE: Mapa do analfabetismo do Brasil (INEP, 2002); IMESC(2010)

Page 100: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais100

Tabela 37: Número de escolas,matriculados e evasão escolar no Território doCocais no ano de 2008

Municípios Nº de escolas Matriculados/as Evasão

Afonso Cunha 39 2045 7,17

Aldeias Altas 197 10105 7,2

Buriti Bravo 196 8765 11,35

Caxias 509 50676 7,8

Coelho Neto 79 15967 8,42

Codó 411 39440 9,59

Coroatá 209 21993 9,32

Duque Bacelar 96 4545 6,87

Fortuna 59 5426 6,88

Lagoa do Mato 44 3598 11,4

Matões 121 11751 9,38

Parnarama 213 12344 6,42

Peritoró 207 9780 9,24

São João do Soter 142 6360 8,75

Senador Alexandre Costa 59 3969 5,32

Timbiras 115 8971 14,9

Timon 496 55098 6,77

Total 3.192 277.759 8,63FONTE: IBGE (www.ibge.gov.br) a partir dos dados do Censo Escolar (INEP, 2008)

Tabela 38: Matricula inicial por nivel e modalidade de ensino – 2008

Municípios Creche Pré-escola

Fundamental Ensino médio

Educação especial

Jovens e

adultos

Médioprofissionalizante

Afonso Cunha 00 411 1593 00 00 41 00Aldeias Altas 649 723 5978 612 19 2.124 00Buriti Bravo 00 1.464 4.947 128 00 1.069 00Caxias 566 4.090 31951 803 441 5.592 00Coelho Neto 1204 2.796 25164 5316 152 4.737 00Codó 00 1.365 1157 2.016 111 1.318 71Coroatá 51 2.363 15165 2.776 107 1.391 14Duque Bacelar 00 847 2.823 471 00 404 00Fortuna 00 587 3.958 694 74 113 00Lagoa do Mato 00 497 2.319 430 00 352 00Matões 267 909 7.831 1.441 8 1.235 00Parnarama 458 1.565 7.979 1.305 9 1.028 00Peritoró 303 1.152 5.258 1.027 00 2.021 19SJoão do Soter 206 736 4.100 644 46 728 00Sen Alex Costa 71 784 2.477 423 00 214 00Timbiras 00 832 6.053 1.110 00 976 00Timon 175 6.706 34024 5.424 256 8.513 00Total 3.950 27827 172777 33010 1223 31856 104

FONTE:MEC/INEP

Page 101: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais101

Tabela 39: IDH-M, IDH-R, IDHM-L, IFDM do Território

Municípios IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-L IFDM

Afonso Cunha 0,558 0,423 0,595 0,655 0,4574Aldeias Altas 0,549 0,448 0,583 0,617 0,4650Buriti Bravo 0,583 0,466 0,631 0,653 0,5701Caxias 0,614 0,548 0,561 0,712 0,4442Coelho Neto 0,588 0,515 0,545 0,705 0,4838Codó 0,558 0,497 0,526 0,651 0,4594Coroatá 0,556 0,472 0,551 0,646 0,4937Duque Bacelar 0,540 0,445 0,545 0,631 0,4751Fortuna 0,568 0,504 0,538 0,663 0,4788Lagoa do Mato 0,550 0,421 0,598 0,631 0,4951Matões 0,495 0,401 0,515 0,631 0,4391Parnarama 0,558 0,425 0,615 0,633 0,4485Peritoró 0,537 0,461 0,551 0,600 0,4719São João do Soter 0,523 0,427 0,556 0,587 0,3483Sen. Alex. Costa 0,534 0,470 0,526 0,605 0,4782Timbiras 0,524 0,431 0,551 0,590 0,4409Timon 0,655 0,548 0,656 0,761 0,5634Território 0,560 0,465 0,567 0,608 -Estado 0,683 0,570 0.696 0,784 -

Fonte: PNUD (2002); FIRJAN ()

Tabela 40: Variação do IDH dos municípios do Território Cocais

Município IDH 2000 Ranking Maranhão 2000

Afonso Cunha 0,558 148Aldeias Altas 0,549 163Buriti Bravo 0,583 100Caxias 0,614 52Coelho Neto 0,588 93Codó 0,558 146Coroatá 0,556 152Duque Bacelar 0,540 177Fortuna 0,568 126Lagoa do Mato 0,550 162Matões 0,495 129Parnarama 0,558 147Peritoró 0,537 182São João do Soter 0,523 197Sen. Alexandre Costa 0,534 188Timbiras 0,524 196Timon 0,655 12

FONTE: Índice de Desenvolvimento Humano (PNUD, 1991/2000)

Page 102: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais102

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PTDRS do Território Cocais103

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PTDRS do Território Cocais104

Tabela 43 : Total de estabelecimentos e área segundo a condição familiar e não familiar.Território dos Cocais e Maranhão.1996

MunicipioTotal Familiar Não familiar

ESTAB ÁREA ESTAB ÁREA ESTAB ÁREAAfonso Cunha

575 34.231 547 2.040 28 32.191Aldeias Altas

2.414 63.350 2.348 32.009 66 31.341Buriti Bravo

2.219 84.505 2.098 32.010 121 52.495Caxias

7.632 237.361 4.658 65.649 2.974 171.712Coelho Neto

1.217 37.189 1.135 9.140 82 28.049Duque Bacelar

1.024 25.188 1.003 9.205 21 15.983Fortuna

2.559 35.949 1.052 11.046 1.507 24.903Matões

3.117 90.734 2.770 46.060 347 44.674Paranarama

4.053 159.009 3.732 40.720 321 118.289Timom

1.962 74.762 1.787 27.227 175 47.535TERRITÓRIO

26.772 842.278 21.130 275.106 5.642 567.172MARANHÃO 368 191 12 560 692 294.605 5.431.001 73.586 7.129.691

Fonte: IBGE (1995/1996)

Tabela 44: Total de estabelecimentos e área segundo a condição familiar e não familiar.Território dos cocais e maranhão. 2006

Condição do produto

Total Familiar Não familiarEstab Área Estab Área Estab Área

Proprietário 8.094 958.958 6.543 215.320 1.551 743.639Assentado s/ titul 2.263 13.006 1.717 7.958 546 4.573Arrendatário 10.418 34.167 9.951 31.532 467 2.631Parceiro 2.015 11.073 1.911 3.677 104 7.289Ocupante 7.707 27.118 7.336 16.814 371 9.668Produtor s/ terra 7.105 0,00 6.799 0,00 306 0,00Total território 37.602 1.044.322 34.257 275.301 3.345 767.800Total maranhão 287.037 12.991.448 262.089 4.519.305 24.948 8.472.143

Fonte: IBGE (1995/1996)

Tabela 45: utilização da terra no Território e do Maranhão

Municípios Total Lav.perman. E temporaria.

Pastagens natural e artificial

Matas naturais Lavouras em descanço e

produtivas não utlizadas

Afonso Cunha 34.231 4.372 10.055 7.192 9.924Aldeias Altas 63.350 3.904 16.779 17.065 20.932Buriti Bravo 84.506 8.285 19.354 41.703 12.470Caxias 237.361 14.504 71.631 57.954 85.035Coelho Neto 37.189 5.408 3.056 7.901 19.810Duque Bacelar 25.188 2.442 6.298 2.834 12.662Fortuna 35.950 4.595 13.109 6.683 11.339Matões 90.734 7.840 17.036 11.568 52.806Paranarama 159.009 7.730 63.547 37.282 47.559Timom 74.762 4.069 18.626 37.314 13.339TERRITÓRIO 842.280 63.149 239.491 227.496 285.876MARANHÃO

12.560.692 821.827 5.310.553 2.875.775 3.057.367 Fonte: Censo Agropecuário 1995/96, IBGE.

Page 105: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais105

Tabela 46: Estabelecimentos agropecuários e área por utilização da terra pela agricultura familiar Território dos Cocais e Maranhão

MunicípiosTotal Lavoura permanente Lavoura temporária

ESTAB ÁREA ESTAB ÁREA ESTAB ÁREAAfonso Cunha

368 8.593 6 124 8 99Aldeias Altas

1.387 57.375 32 281 1.196 1.853Buriti Bravo

1.331 86.511 66 249 1.098 2.896Caxias

5.589 160.114 485 2.573 4.310 15.147Codó

6.727 133.184 126 574 3.914 6.656Coelho Neto

1.201 54.902 6 3 961 1.217Coroatá

3.037 84.740 127 235 1.477 11.874Duque Bacelar

1.016 37.566 34 61 852 1.178Fortuna

569 27.046 102 360 412 2.958Lagoa do Mato

1.564 58.061 77 224 1.086 4.255Matões

2.511 55.261 169 383 2.099 4.300Paranarama

3.635 139.709 40 272 2.993 6.382Peritoró

800 24.529 14 99 175 683São J do Sóter

1.509 11.696 19 161 1.058 2.070Senador A. Costa

1.129 15.321 67 384 352 1.762Timbiras

2.797 54.455 21 228 1.788 2.748Timom

2.432 35.266 356 1.004 1.724 2.223TERRITÓRIO

37.602 1.044.329 1.747 7.215 25.503 68.301MARANHÃO

287.037 12.991.448 29.209 127.024 161.499 746.120 Fonte: Censo Agropecuário do IBGE/2006

Page 106: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais106

Tabela 47: Estabelecimentos agropecuários e área por utilização da terra pela agricultura familiar Território dos Cocais e Maranhão

MunicípiosPastagens Matas e/ou florestas Sistemas agro florestais

ESTAB ÁREA ESTAB ÁREA ESTAB ÁREAAfonso Cunha

8 305 0 0 0 0Aldeias Altas

74 2.158 84 4.072 51 2.532Buriti Bravo

231 3.926 132 9.724 82 3.235Caxias

423 4.993 466 10.367 175 3.306Codó

286 7.823 230 5.443 89 2.990Coelho Neto

89 2.917 45 121 61 2.896Coroatá

540 12.670 191 4.123 166 5.158Duque Bacelar

90 858 97 2.742 47 411Fortuna

232 4.790 111 2.378 90 1.841Lagoa do Mato

541 9.846 236 5.434 138 3.234Matões

183 2.979 140 3.120 126 5.530Paranarama

292 6.657 130 3.342 234 3.734Peritoró 83 2.507 23 586 6 47São J do Sóter

55 703 105 1.844 4 255Senador A. Costa

143 2.733 103 2.062 67 1.934Timbiras

225 4.308 176 10.754 31 1.643Timom

166 964 426 5.213 58 1.487TERRITÓRIO

3.661 71.137 2.695 71.325 1.425 40.233MARANHÃO

86.698 1.937.817 50.296 1.022.430 21.202 452.172 Fonte: Censo Agropecuário, IBGE/2006

Tabela 48: Total de pessoal ocupado em 1995

Municípios Total Total de homens

Homens menores de

14 anos

Total de mulheres

Mulher menores de 14 anos

Afonso Cunha 2.044 1.153 326 891 292Aldeias Altas 8.927 5.365 1.039 3.562 783Buriti Bravo 5.795 4.436 261 1.359 41Caxias 27.959 19.784 2.143 8.175 1.271Coelho Neto 6.613 4.853 615 1.760 622Duque Bacelar 4.790 3.654 463 1.136 290Fortuna 5.641 3.995 357 1.646 77Matões 9.626 6.181 717 3.445 324Paranarama 10.121 6.712 941 3.409 630Timom 7.849 5.503 579 2.346 364TERRITÓRIO 89.365 61.636 7.441 27.729 4.694MARANHÃO 1.331.864 893.225 127.051 438.639 84.568

Fonte: Censo Agropecuário do IBGE/1995

Page 107: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais107

Tabela 49 : Pessoal ocupado em 2006

Municípios Total

Lavoura Temporária

Horticultura e

fruticultura

Lavoura permanente

Pecuária e criação de outros animais

Afonso Cunha 4.193 1.703 99 0 1.198Aldeias Altas 6.066 3.590 4 2 1.720Buriti Bravo 4.825 3.492 75 54 821Caxias 16.873 11.135 185 374 2.680Codó 28.623 15.283 573 296 8.057Coelho Neto 3.111 2.636 56 8 402Coroatá 9.932 6.610 56 81 1.700Duque Bacelar 3.591 3.244 2 2 328Fortuna 3.747 2.369 0 7 1.227Lagoa do Mato 6.837 3.062 2 120 2.565Matões 11.953 8.441 23 206 2.103Paranarama 11.856 8.619 15 32 2.158Peritoró 2.226 833 6 23 1.032São J do Sóter 4.489 4.182 0 27 220Sen. A. Costa 3.037 1.700 0 5 664Timbiras 7.062 4.525 0 23 1.381Timom 7.054 4.143 464 291 1.994TERRITÓRIO 135.475 85.567 1.560 1.551 30.250MARANHÃO 991.593 530.995 15.076 21.994 287.702

Fonte: IBGE, 2006

Page 108: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais108

Tabela 50: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Unidade da Federação e

Município

Lavoura temporária

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida (Toneladas)

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Maranhão

Arroz (em casca) 409.747 467.405 409.747 467.405 555.006 685.618Feijão (em grão) 63.269 85.913 63.269 85.913 20.786 38.549Mandioca 106.743 223.077 106.743 222.522 615.269 1.730.141Milho (em grão) 288.310 353.045 288.310 353.045 175.485 479.728

Afonso Cunha

Arroz (em casca) 682 673 682 673 841 821Feijão (em grão) 18 121 18 121 9 38Mandioca 65 100 65 100 246 600Milho (em grão) 121 492 121 492 96 300

Aldeias Altas

Arroz (em casca) 2.757 3.022 2.757 3.022 3.266 3.687Feijão (em grão) 395 420 395 420 76 126Mandioca 410 485 410 485 2.219 2.910Milho (em grão) 1.493 2.166 1.493 2.166 741 1.321

Buriti Bravo

Arroz (em casca) 2.879 3.076 2.879 3.076 4.152 3.768Feijão (em grão) 1.148 763 1.148 763 312 235Mandioca 51 365 51 365 260 2.226Milho (em grão) 2.399 2.310 2.399 2.310 1.047 1.409

Caxias

Arroz (em casca) 10.788 8.050 10.788 8.050 12.711 13.484Feijão (em grão) 987 598 987 598 209 216Mandioca 1.095 620 1.095 620 3.297 4.340Milho (em grão) 7.629 6.025 7.629 6.025 2.673 6.115

Codó

Arroz (em casca) 8.922 8.542 8.922 8.542 10.715 10.421Feijão (em grão) 868 730 868 730 129 224Mandioca 203 4.600 203 4.600 1.218 36.800Milho (em grão) 5.907 6.902 5.907 6.902 1.990 4.210

Coelho Neto

Arroz (em casca) 1.222 1.825 1.222 1.825 1.583 2.226Feijão (em grão) 158 291 158 291 41 89Mandioca 195 340 195 340 765 1.870Milho (em grão) 957 1.260 957 1.260 366 762

Coroatá

Arroz (em casca) 6.876 6.576 6.876 6.576 9.072 8.023Feijão (em grão) 728 563 728 563 140 173Mandioca 582 682 582 682 2.328 4.160Milho (em grão) 4.155 4.668 4.155 4.668 1.561 2.824

Duque Bacelar

Arroz (em casca) 1.144 1.466 1.144 1.466 1.134 1.774Feijão (em grão) 132 58 132 58 18 21Mandioca 128 240 128 240 564 1.440Milho (em grão) 629 980 629 980 206 598

Fortuna

Arroz (em casca) 3.657 3.900 3.657 3.900 4.356 6.240Feijão (em grão) 838 250 838 250 150 150Mandioca 512 835 512 835 2.445 6.513Milho (em grão) 3.545 4.600 3.545 4.600 2.223 6.900

Continuação da Tabela 50: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Page 109: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais109

Continuação da Tabela 50: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Unidade da Federação e Município

Lavoura temporária

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

(Toneladas)1996 2008 1996 2008 1996 2008

Lagoa do Mato

Arroz (em casca) 0 3.546 0 3.546 0 3.901Feijão (em grão) 0 300 0 300 0 132Mandioca 0 50 0 50 0 475Milho (em grão) 0 1.060 0 1.060 0 901

Matões

Arroz (em casca) 5.150 3.405 5.150 3.405 6.180 4.086Feijão (em grão) 647 1.100 647 1.100 92 330Mandioca 337 1.060 337 540 1.397 3.672Milho (em grão) 4.313 3.382 4.313 3.382 1.594 1.319

Parnarama

Arroz (em casca) 7.535 4.500 7.535 4.500 9.418 6.075Feijão (em grão) 1.362 1.160 1.362 1.160 200 415Mandioca 280 420 280 420 1.400 2.850Milho (em grão) 5.576 3.830 5.576 3.830 1.874 1.532

Peritoró

Arroz (em casca) 0 2.150 0 2.150 0 2.683Feijão (em grão) 0 225 0 225 0 69Mandioca 0 300 0 300 0 1.650Milho (em grão) 0 1.480 0 1.480 0 888

São João do Soter

Arroz (em casca) 0 3.350 0 3.350 0 4.087Feijão (em grão) 0 235 0 235 0 71Mandioca 0 250 0 250 0 1.750Milho (em grão) 0 2.844 0 2.844 0 1.721

Senador Alexandre Costa

Arroz (em casca) 0 2.744 0 2.744 0 4.116Feijão (em grão) 0 538 0 538 0 218Mandioca 0 80 0 80 0 857Milho (em grão) 0 2.530 0 2.530 0 2.403

Timbiras

Arroz (em casca) 4.141 0 4.141 0 3.894 0Feijão (em grão) 227 205 227 205 65 64Mandioca 456 370 456 370 1.808 2.220Milho (em grão) 2.622 2.713 2.622 2.713 623 1.641

Timon

Arroz (em casca) 2.103 2.174 2.103 2.174 2.506 2.935Feijão (em grão) 617 1.170 617 1.170 106 425Mandioca 298 500 298 500 1.284 3.250Milho (em grão) 1.572 2.218 1.572 2.218 472 887

TERRITÓRIO DOS COCAIS

Arroz (em casca) 37.917 58.999 37.917 58.999 46.147 78.327Feijão (em grão) 6.302 8.727 6.302 8.727 1.213 2.996Mandioca 3.371 11.297 3.371 10.777 13.877 77.583Milho (em grão) 28.234 49.460 28.234 49.460 11.292 35.731

Page 110: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais110

Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente

Unidade da Federação e

MunicípioLavoura permanente

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Maranhão

Total 30.611 37.932 30.611 37.927 - -Abacate (Toneladas) 19 598 19 598 272 7.058Banana (cacho) (Toneladas) 13.054 10.690 13.054 10.690 11.703 114.269Café (em grão) (Toneladas) 13 - 13 - 6 -Castanha de caju (Toneladas) 11.437 19.101 11.437 19.101 4.046 6.534Coco-da-baía (Mil frutos) 2.255 2.309 2.255 2.309 5.705 7.308Goiaba (Toneladas) - 14 - 14 - 111Laranja (Toneladas) 1.493 1.210 1.493 1.210 65.815 7.917Limão (Toneladas) 173 236 173 236 11.532 705Mamão (Toneladas) 86 381 86 381 817 5.346Manga (Toneladas) 856 861 856 856 23.629 3.811Maracujá (Toneladas) 22 65 22 65 1.063 335Tangerina (Toneladas) 71 50 71 50 3.430 218

Afonso Cunha

Total 20 19 20 19 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 15 15 15 15 4 96Castanha de caju (Toneladas) 3 2 3 2 1 1Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Ton) 1 1 1 1 43 5Limão (Ton) 0 0 0 0 0 0Manga (Ton) 1 1 1 1 46 4Tangerina (Ton) 0 0 0 0 0 0

Aldeias Altas

Total 18 15 18 15 0 0Abacate (Ton) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Ton) 10 10 10 10 17 64Castanha de caju (Ton) 0 0 0 0 0 0Coco-da-baía (Mil frutos) 1 1 1 1 3 3Laranja (Ton) 2 2 2 2 195 11Limão (Ton) 0 0 0 0 0 0Manga (Ton) 5 2 5 2 115 6Tangerina (Ton) 0 0 0 0 0 0

Page 111: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais111

Continuação da Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente

Unidade da Federação e

MunicípioLavoura permanente

Variável X AnoÁrea plantada

(Hectares)Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Buriti Bravo

Total 981 4.584 981 4.584 0 0Abacate (Ton) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Ton) 29 29 29 29 45 234Castanha de caju (Ton) 922 4.533 922 4.533 408 1.655Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Ton) 17 17 17 17 721 73Limão (Ton) 0 0 0 0 0 0Manga (Ton) 13 5 13 5 301 15Tangerina (Ton) 0 0 0 0 0 0

Caxias

Total 115 96 115 96 0 0Abacate (Ton) 1 0 1 0 41 0Banana (cacho) (Ton 73 50 73 50 23 339Castanha de caju (Ton) 9 15 9 15 4 4Coco-da-baía (Mil frutos) 4 15 4 15 12 45Laranja (Ton) 14 11 14 11 514 56Limão (Ton) 0 0 0 0 0 0Manga (Ton) 14 5 14 5 339 20Tangerina (Ton) 0 0 0 0 0 0

Codó

Total 263 215 263 215 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 94 51 94 51 71 371Castanha de caju (Toneladas) 122 113 122 113 55 35Coco-da-baía (Mil frutos) 1 2 1 2 4 6Laranja (Toneladas) 8 30 8 30 594 218Limão (Toneladas) 5 0 5 0 235 0Manga (Toneladas) 29 19 29 19 584 63Tangerina (Toneladas) 4 0 4 0 340 0

Coelho Neto

Total 32 29 32 29 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 23 25 23 25 13 132Castanha de caju (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 1 2 1 2 55 17Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 8 2 8 2 171 8Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Page 112: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais112

Continuação da Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente

Unidade da Federação e

MunicípioLavoura permanente

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Coroatá

Total 48 26 48 26 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 9 8 9 8 12 70Castanha de caju (Toneladas) 8 4 8 4 3 2Coco-da-baía (Mil frutos) 3 3 3 3 11 9Laranja (Toneladas) 18 10 18 10 1.282 50Limão (Toneladas) 3 1 3 1 157 2Manga (Toneladas) 7 0 7 0 138 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Duque Bacelar

Total 9 9 9 9 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 6 6 6 6 3 28Castanha de caju (Toneladas) 2 2 2 2 1 1Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 1 1 1 1 40 5Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Fortuna

Total 46 32 46 32 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 13 10 13 10 14 95Castanha de caju (Toneladas) 19 19 19 19 4 7Coco-da-baía (Mil frutos) 0 2 0 2 0 6Laranja (Toneladas) 4 1 4 1 221 10Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 10 0 10 0 282 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Lagoa do Mato – MA

Total 0 27 0 27 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 0 9 0 9 0 112Castanha de caju (Toneladas) 0 6 0 6 0 2Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 0 12 0 12 0 146Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Page 113: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais113

Continuação da Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente

Unidade da Federação e

MunicípioLavoura permanente

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Matões

Total 189 190 189 190 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 54 18 54 18 21 122Castanha de caju (Toneladas) 94 160 94 160 32 43Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 41 12 41 12 1.081 46Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Parnarama

Total 64 73 64 73 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 44 8 44 8 21 45Castanha de caju (Toneladas) 0 22 0 22 0 7Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 20 8 20 8 472 32Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 35 0 35 0 107Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Peritoró

Total 0 29 0 29 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 0 15 0 15 0 88Castanha de caju (Toneladas) 0 3 0 3 0 1Coco-da-baía (Mil frutos) 0 0 0 0 0 0Laranja (Toneladas) 0 5 0 5 0 27Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 6 0 6 0 24Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

São João do Soter – MA

Total 0 53 0 53 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 0 23 0 23 0 144Castanha de caju (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Coco-da-baía (Mil frutos) 0 25 0 25 0 73Laranja (Toneladas) 0 3 0 3 0 16Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 2 0 2 0 8Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Page 114: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais114

Continuação da Tabela 51: Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente

Unidade da Federação e

MunicípioLavoura permanente

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Área colhida (Hectares)

Quantidade produzida

1996 2008 1996 2008 1996 2008

Senador Alexandre Costa – MA

Total 0 34 0 34 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 0 11 0 11 0 104Castanha de caju (Toneladas) 0 14 0 14 0 4Coco-da-baía (Mil frutos) 0 1 0 1 0 3Laranja (Toneladas) 0 8 0 8 0 66Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Timbiras

Total 34 32 34 32 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 17 18 17 18 11 110Castanha de caju (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Coco-da-baía (Mil frutos) 12 12 12 12 46 40Laranja (Toneladas) 1 2 1 2 92 13Limão (Toneladas) 1 0 1 0 96 0Manga (Toneladas) 3 0 3 0 43 0Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Timon

Total 454 487 454 482 0 0Abacate (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Banana (cacho) (Toneladas) 62 10 62 10 23 95Castanha de caju (Toneladas) 273 418 273 418 72 117Coco-da-baía (Mil frutos) 13 10 13 10 39 51Laranja (Toneladas) 39 8 39 8 779 17Limão (Toneladas) 0 0 0 0 0 0Manga (Toneladas) 67 41 67 36 1.306 191Tangerina (Toneladas) 0 0 0 0 0 0

Território dos Cocais – MA

Total 2273 5950 2273 5945 0 0Abacate (Toneladas) 1 0 1 0 41 0Banana (cacho) (Toneladas) 449 316 449 316 278 2249Castanha de caju (Toneladas) 1452 5311 1452 5311 580 1879Coco-da-baía (Mil frutos) 34 71 34 71 115 236Laranja (Toneladas) 167 133 167 133 6089 808Limão (Toneladas) 9 1 9 1 488 2Manga (Toneladas) 157 118 157 113 3325 446Tangerina (Toneladas) 4 0 4 0 340 0

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal

Page 115: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais115

Tabela 52 - Efetivo dos rebanhos por tipo de rebanhoVariável = Efetivo dos rebanhos (Cabeças)

Município Tipo de rebanho Ano1996 2008

Afonso Cunha - MA

Bovino 3.605 1.935Suíno 7.480 3.171Caprino 947 1.330Ovino 66 54Galos, frangas, frangos e pintos 9.740 5.594Galinhas 5.245 3.286

Aldeias Altas - MA

Bovino 9.045 7.177Suíno 32.456 8.482Caprino 6.045 3.183Ovino 692 812Galos, frangas, frangos e pintos 66.179 24.632Galinhas 32.521 6.225

Buriti Bravo - MA

Bovino 22.083 30.393Suíno 15.272 2.173Caprino 2.558 1.080Ovino 726 215Galos, frangas, frangos e pintos 38.450 19.389Galinhas 17.074 7.539

Caxias – MA

Bovino 34.857 43.592Suíno 59.235 21.906Caprino 17.543 12.516Ovino 5.646 4.847Galos, frangas, frangos e pintos 213.607 217.408Galinhas 71.203 86.329

Codó – MA

Bovino 0 45.879Suíno 0 12.908Caprino 0 6.339Ovino 0 1.946Galos, frangas, frangos e pintos 0 92.399Galinhas 0 34.175

Coelho Neto - MA

Bovino 4.534 3.695Suíno 8.018 2.551Caprino 2.620 2.952Ovino 442 408Galos, frangas, frangos e pintos 29.429 7.584Galinhas 11.051 2.981

Coroatá – MA

Bovino 0 30.522Suíno 0 3.970Caprino 0 3.553Ovino 0 1.534Galos, frangas, frangos e pintos 0 119.704Galinhas 0 44.210

Duque Bacelar - MA

Bovino 4.508 3.695Suíno 8.939 5.216Caprino 2.396 2.953Ovino 267 608Galos, frangas, frangos e pintos 13.356 11.481Galinhas 7.256 6.743

Fortuna – MA

Bovino 14.530 27.909Suíno 5.939 5.901Caprino 694 920Ovino 128 906Galos, frangas, frangos e pintos 49.855 55.185Galinhas 12.723 14.630

Page 116: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais116

Município Tipo de rebanho Ano1996 2008

Lagoa do Mato – MA

Bovino 0 17.869Suíno 0 2.070Caprino 0 5.236Ovino 0 1.583Galos, frangas, frangos e pintos 0 51.733Galinhas 0 17.811

Matões – MA

Bovino 15.008 11.499Suíno 22.756 8.817Caprino 4.477 3.472Ovino 623 1.186Galos, frangas, frangos e pintos 72.008 39.651Galinhas 24.003 16.990

Parnarama – MA

Bovino 49.386 74.507Suíno 34.314 15.701Caprino 6.298 5.742Ovino 565 960Galos, frangas, frangos e pintos 98.233 68.747Galinhas 24.558 20.244

Peritoró – MA

Bovino 0 14.184Suíno 0 2.576Caprino 0 2.297Ovino 0 435Galos, frangas, frangos e pintos 0 9.139Galinhas 0 3.977

São João do Soter - MA

Bovino 0 3.586Suíno 0 896Caprino 0 614Ovino 0 562Galos, frangas, frangos e pintos 0 7.188Galinhas 0 2.477

Senador Alexandre Costa - MA

Bovino 0 9.450Suíno 0 3.709Caprino 0 391Ovino 0 283Galos, frangas, frangos e pintos 0 24.587Galinhas 0 6.192

Timbiras – MA

Bovino 0 12.145Suíno 0 6.367Caprino 0 3.246Ovino 0 1.118Galos, frangas, frangos e pintos 0 27.755Galinhas 0 11.894

Timon – MA

Bovino 14.669 11.996Suíno 17.696 13.136Caprino 7.251 7.723Ovino 5.125 3.770Galos, frangas, frangos e pintos 189.954 120.905Galinhas 12.124 14.437

Território dos Cocais

Bovino 172.225 350.033Suíno 212.105 119.550Caprino 50.829 63.547Ovino 14.280 21.227Galos, frangas, frangos e pintos 780.811 903.081Galinhas 217.758 300.140

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal

Page 117: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais117

Tabela 53 - Quantidade produzida na extração vegetal por tipo de produto extrativoVariável = Quantidade produzida na extração vegetal

Unidade da Federação e

MunicípioTipo de produto extrativo

Ano

1996 2008

Afonso Cunha - MA

7.1 - Carvão vegetal (Toneladas) 506 3557.2 - Lenha (Metros cúbicos) 0 40.9527.3 - Madeira em tora (Metros cúbicos) 0 188.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas) 143 118

Aldeias Altas - MA

5.2 - Carnauba (Toneladas) 2 07.1 - Carvão vegetal (Toneladas)

2.245 1.3517.2 - Lenha (Metros cúbicos) 5.295 2.9788.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas)

1.616 1.058

Buriti Bravo - MA

7.1 - Carvão vegetal (Toneladas)525 350

7.2 - Lenha (Metros cúbicos) 25.935 15.5187.3 - Madeira em tora (Metros cúbicos) 971 5368 - Oleaginosos (Toneladas) 511 3818.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas)

511 381

Caxias/MA

5.2 - Carnauba (Toneladas) 5 05.3 - Piaçava (Toneladas) 0 77.1 - Carvão vegetal (Toneladas)

3.764 1.1457.2 - Lenha (Metros cúbicos) 61.039 31.3777.3 - Madeira em tora (Metros cúbicos)

2.910 7888.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas)

4.576 1.493

Codó - MA

4.1 - Carnauba (cera) (Toneladas) 0 15.2 - Carnauba (Toneladas) 0 15.3 - Piaçava (Toneladas) 0 17.1 - Carvão vegetal (Toneladas)

0 2.2077.2 - Lenha (Metros cúbicos) 0 8.5277.3 - Madeira em tora (Metros cúbicos)

0 1.3008 - Oleaginosos (Toneladas) 0 3.2658.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas)

0 3.265

Coelho Neto - MA

5.2 - Carnauba (Toneladas) 6 07.1 - Carvão vegetal (Toneladas)

989 7337.2 - Lenha (Metros cúbicos) 3.000 9.9748 - Oleaginosos (Toneladas) 351 3108.1 - Babaçu (amêndoa) (Toneladas)

351 310

Page 118: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais118

Continuação da Tabela 53: Quantidade produzida na extração vegetal por tipo de produto extrativo

Variável = Quantidade produzida na extração vegetal

Unidade da Federação e

MunicípioTipo de produto extrativo

Ano

1996 2008

Coroatá - MA

7.1 - Carvão vegetal (Ton)0 1.075

7.2 - Lenha (M³) 0 4.0258 - Oleaginosos (Ton) 0 2.5568.1 - Babaçu (amêndoa) Ton)

0 2.556

Duque Bacelar - MA

7.1 - Carvão vegetal (Ton)509 358

7.2 - Lenha (M³ 1.000 6.2298 - Oleaginosos (Ton) 124 1198.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton)

124 119

Fortuna

7.1 - Carvão vegetal (Ton)1.445 1.661

7.2 - Lenha (M³) 6.000 7.0107.3 - Madeira em tora (M³)

2.890 08 - Oleaginosos (Ton) 298 3208.1 - Babaçu (Ton)

298 320

Lagoa do Mato

7.1 - Carvão vegetal (Ton)0 4.646

7.2 - Lenha (Me³) 0 13.1347.3 - Madeira em tora (M³)

0 2.3738 - Oleaginosos (Ton) 0 748.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton)

0 74

Matões

7.1 - Carvão vegetal (Ton)2.371 2.564

7.2 - Lenha (M³) 4.685 4.9617.3 - Madeira em tora (M³)

0 1348 - Oleaginosos (Ton) 1.006 5018.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton)

1.006 501

Parnarama

7.1 - Carvão vegetal (Ton)1.971 26.184

7.2 - Lenha (M³) 11.662 2.4107.3 - Madeira em tora (M³)

0 4308 - Oleaginosos (Ton) 916 5008.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton)

916 500

Page 119: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais119

Continuação da Tabela 53: Quantidade produzida na extração vegetal por tipo de produto extrativo

Variável = Quantidade produzida na extração vegetal

Unidade da Federação e

MunicípioTipo de produto extrativo

Ano

1996 2008

Peritoró - MA

7.1 - Carvão vegetal (Ton)0 561

7.2 - Lenha (M³) 0 5478 - Oleaginosos (Ton) 0 8788.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton)

0 878

São João do Soter

7.1 - Carvão vegetal (Ton) 0 6797.2 - Lenha (M³) 0 1.8037.3 - Madeira em tora (M³) 0 2198 - Oleaginosos (Ton) 0 1.0838.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton) 0 1.083

Senador Alexandre Costa

7.1 - Carvão vegetal (Ton) 0 2657.2 - Lenha (M³) 0 3498 - Oleaginosos (Ton) 0 4018.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton) 0 401

Timbiras

7.1 - Carvão vegetal (Ton) 0 6197.2 - Lenha (M³) 0 5388 - Oleaginosos (Ton) 0 1.4258.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton) 0 1.425

Timon

7.1 - Carvão vegetal (Ton) 840 9417.2 - Lenha (M³) 17.843 14.9457.3 - Madeira em tora (M³) 19.672 10.9888 - Oleaginosos (Ton) 495 3058.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton) 495 305

Território dos Cocais – MA

5.2 - Carnaúba (Ton) 13 15.3 - Piaçava (Ton) 0 87.1 - Carvão vegetal (Ton) 15165 456947.2 - Lenha (M³) 136459 1652777.3 - Madeira em tora (M³) 26.443 16.7868.1 - Babaçu (amêndoa) (Ton) 10036 14787

Nota:Os municípios sem informação para pelo menos um produto da extração vegetal não aparecem nas listas. Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura

Page 120: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais120

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Page 121: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais121

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Page 125: Ptdrs cocais2

PTDRS do Território Cocais125

Tabela 60: Detalhamento da meta para domicílios com rede de distribuição de água para o período 2011 a 2015

Municípios Domicílios não

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Fonte: (www.imesc.org.br)

Tabela 61: Detalhamento da meta para domicílios com rede de esgoto para o período 2011 a 2015, por município por estabelecimento

Municipios Domicílios não

atendidos

Domicílios a serem atendidos/ano Total Domic

%Unid2011 2012 2013 2014 2015

Afonso Cunha 761 152 152 152 152 152 760 100Aldeias Altas 129 26 26 26 26 26 130 101Buriti Bravo 1.582 316 316 316 316 316 1580 100Caxias 31.935 6387 6.387 6387 6387 6387 31935 100Codó 25.127 5025 5.025 5025 5025 5025 25125 100Coelho Neto 7.345 1469 1.469 1469 1469 1469 7345 100Coroatá 9.559 1912 1.912 1912 1912 1912 9560 100Duque Bacelar 1.135 227 227 227 227 227 1135 100Fortuna 1.082 216 216 216 216 216 1080 100Lagoa do Mato 1.944 389 389 389 389 389 1945 100Matões 5.796 1159 1.159 1159 1159 1159 5795 100Parnarama 7.182 1436 1.436 1436 1436 1436 7180 100Peritoró 2.635 527 527 527 527 527 2635 100SJoão do Sóter 3.378 676 676 676 676 676 3380 100Sem. Alex Costa 1.879 376 376 376 376 376 1880 100Timbiras 2.344 469 469 469 469 469 2345 100Timon 29.331 5866 5.866 5866 5866 5866 29330 100TERRITORIO 133.144 26.628 26628 26628 26.628 26.628 133.140 100

Fonte: (www.imesc.org.br)

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PTDRS do Território Cocais126

Tabela 62: Detalhamento da meta, assentamento, por município por estabelecimento pelo período 2011 a 2015

Municípios N° estab*

Area (ha)*

Meta/produtor/ano beneficiado com acesso a terra

Total

2011 2012 2013 2014 2015 Estab AreAfonso Cunha 357 196 71 71 71 71 71 355Aldeias Altas 1135 1.282 227 227 227 227 227 1135Buriti Bravo 861 1.877 172 172 172 172 173 861Caxias 3.431 11.958 686 686 686 686 687 3431Codó 5.086 4.507 1017 1017 1017 1017 1018 5086Coelho Neto 967 704 193 193 193 193 195 967Coroatá 1924 11.593 385 385 385 385 384 1924Duque Bacelar 838 821 168 168 168 168 166 838Fortuna 140 1.101 28 28 28 28 28 140Lagoa do Mato 908 3.913 182 182 182 182 180 908Matões 1739 2.622 348 348 348 348 347 1739Parnarama 2879 5.520 576 576 576 576 575 2879Peritoró 562 129 112 112 112 112 114 562S João do Sóter 1057 1.526 211 211 211 211 213 1057Sem. Alex Costa 756 369 151 151 151 151 152 756Timbiras 2384 2.356 477 477 477 477 476 2384Timon 973 1.549 195 195 195 195 193 973TERRITORIO 25.997 52.023 5199 5199 5199 5199 5201 25997

(*) Número de estabelecimentos de não proprietários e de produtores sem área da agricultura familiar e área dos estabelecimentos agropecuários.

Tabela 63: Detalhamento das metas (culturas tradicionais e mandiocultura) por município por estabelecimento, para o período 2011 a 2015

Municpios N° estab*

Area (ha) *

Meta/estab/ano Total2011 2012 2013 2014 2015 Esta Area

Afonso Cunha 8 99 1 1 1 1 0 4 99Aldeias Altas 1.196 1.853 120 120 120 120 118 598 1.853Buriti Bravo 1.098 2.896 220 220 220 220 220 549 2.896Caxias 4.310 15.147 431 431 431 431 431 2155 15.147Codó 3.914 6.656 391 391 391 391 393 1957 6.656Coelho Neto 961 1.217 96 96 96 96 97 481 1.217Coroatá 1.477 11.874 147 147 147 147 151 739 11.874Duque Bacelar 852 1.178 85 85 85 85 86 426 1.178Fortuna 412 2.958 41 41 41 41 42 206 2.958Lagoa do Mato 1.086 4.255 108 108 108 108 111 543 4.255Matões 2.099 4.300 210 210 210 210 210 1050 4.300Parnarama 2.993 6.382 299 299 299 299 301 1497 6.382Peritoró 175 683 17 17 17 17 20 88 683SJ do Sóter 1.058 2.070 106 106 106 106 105 529 2.070Alex Costa 352 1.762 35 35 35 35 36 176 1.762Timbiras 1.788 2.748 179 179 179 179 178 894 2.748Timon 1.724 2.223 172 172 172 172 172 862 2.223TERRITORIO 25.503 68.301 2550 2550 2550 2550 2551 12751 68.301(*) Número de estabelecimentos de agricultores familiares e área dos estabelecimentos destinadas a lavouras temporárias em 200

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PTDRS do Território Cocais127

Tabela 64: Detalhamento da meta de desenvolvimento da cadeia de produção das frutíferas, por estabelecimento no período de 2011 a 2015

Municpios N° estab*

Area (ha) *

Meta/estab/ano Total

2011 2012 2013 2014 2015 ESTAB AREAAfonso Cunha 6 124 1 1 1 0 0 3 124Aldeias Altas 32 281 3 3 3 3 4 16 281Buriti Bravo 66 249 6 6 6 6 9 33 249Caxias 485 2.573 97 97 97 97 97 243 2.573Codó 126 574 13 13 13 13 11 63 574Coelho Neto 6 3 1 1 1 0 0 3 3Coroatá 127 235 13 13 13 13 12 64 235Duque Bacelar 34 61 3 3 3 3 5 17 61Fortuna 102 360 10 10 10 10 11 51 360Lagoa do Mato 77 224 8 8 8 8 7 39 224Matões 169 383 17 17 17 17 17 85 383Parnarama 40 272 4 4 4 4 4 20 272Peritoró 14 99 1 1 1 1 3 7 99S. J do Sóter 19 161 2 2 2 2 2 10 161Alex Costa 67 384 7 7 7 7 6 34 384Timbiras 21 228 2 2 2 2 3 11 228Timon 356 1.004 36 36 36 36 34 178 1.004TERRITORIO 1.747 7.215 175 175 175 175 174 874 7.215

(*) Número de Estabelecimentos de agricultores familiares e área dos estabelecimentos destinadas a lavouras permanentes em 2006.

Tabela 65: Detalhamento da meta por município, por estabelecimento no período de 2011 a 2015 Municípios N°

estab*Area (ha) *

Meta/estab com pomar/ano Total2011 2012 2013 2014 2015 estab area

Afonso Cunha 6 124 1 1 1 1 2 6 124Aldeias Altas 32 281 6 6 6 6 8 32 281Buriti Bravo 66 249 13 13 13 13 14 66 249Caxias 485 2.573 97 97 97 97 97 485 2.573Codó 126 574 25 25 25 25 26 126 574Coelho Neto 6 3 1 1 1 1 2 6 3Coroatá 127 235 25 25 25 25 27 127 235Duque Bacelar 34 61 7 7 7 7 6 34 61Fortuna 102 360 20 20 20 20 22 102 360Lagoa do Mato 77 224 15 15 15 15 17 77 224Matões 169 383 34 34 34 34 33 169 383Parnarama 40 272 8 8 8 8 8 40 272Peritoró 14 99 3 3 3 3 2 14 99São J do Sóter 19 161 4 4 4 4 3 19 161Alex Costa 67 384 13 13 13 13 15 67 384Timbiras 21 228 4 4 4 4 5 21 228Timon 356 1.004 71 71 71 71 72 356 1.004TERRITORIO 1.747 7.215 347 347 347 347 359 1.747 7.215

(*) Número de Estabelecimentos de agricultores familiares e área dos estabelecimentos destinadas a lavouras permanentes em 2006.

Tabela 66: Detalhamento da meta (pólos hortícolas) por estabelecimento, no período de 2011 a 2015

Municpios N° est* Meta/estab com pomar/ano Total2011 2012 2013 2014 2015 estab

Afonso Cunha 6 1 0 0 0 0 1Aldeias Altas 88 3 3 3 3 1 13Buriti Bravo 21 1 1 1 0 0 3Caxias 272 8 8 8 8 9 41Codó 368 11 11 11 11 11 55Coelho Neto 21 1 1 1 0 0 3Coroatá 52 1 1 1 1 3 8Duque Bacelar 6 1 0 0 0 0 1Fortuna 16 1 1 0 0 0 2Lagoa do Mato 3 1 0 0 0 0 1Matões 25 1 1 1 1 0 4Parnarama 14 1 1 0 0 0 2Peritoró 5 1 0 0 0 0 1São J do Sóter 0 1 1 1 1 1 5Sem. Alex Costa 0 1 1 1 1 1 5Timbiras 1 1 0 0 0 0 1Timon 220 7 7 7 7 5 33TERRITORIO 1.118 42 37 35 33 31 178

(*) Número de Estabelecimentos de agricultores familiares que desenvolvem atividade de horticultura em 2006.

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PTDRS do Território Cocais128

Tabela 67: Detalhamento da meta,(criação de caprinos, ovinos e suínos) por município por, estabelecimento, no período de 2011 a 2015

Municípios N° estb*

Area (ha) *

Criação/comercializaçãocaprinovinosuinocultura/

Ano

Total

2011 2012 2013 2014 2015 estab areaAfonso Cunha 8 305 1 1 0 0 0 2 305Aldeias Altas 74 2.158 2 2 2 2 3 11 2.158Buriti Bravo 231 3.926 12 12 12 12 10 58 3.926Caxias 423 4.993 21 21 21 21 22 106 4.993Codó 286 7.823 14 14 14 14 16 72 7.823Coelho Neto 89 2.917 4 4 4 4 6 22 2.917Coroatá 540 12.670 27 27 27 27 27 135 12.670Duque Bacelar 90 858 5 5 5 5 3 23 858Fortuna 232 4.790 12 12 12 12 10 58 4.790Lagoa do Mato 541 9.846 27 27 27 27 27 135 9.846Matões 183 2.979 9 9 9 9 10 46 2.979Parnarama 292 6.657 15 15 15 15 13 73 6.657Peritoró 83 2.507 4 4 4 4 5 21 2.507S.JoãoSóter 55 703 3 3 3 3 2 14 703SenAlex Costa 143 2.733 7 7 7 7 8 36 2.733Timbiras 225 4.308 11 11 11 11 12 56 4.308Timon 166 964 8 8 8 8 10 42 964TERRITORIO 3.661 71.137 183 183 183 183 183 915 71.137(*) Número de Estabelecimentos de agricultores familiares e área de pastagens em 2006.

Tabela 68: Detalhamento da meta, (bovinocultura de leite) por município, estabelecimento, no período de 2011 a 2015

Municípios N° estab*

Area (ha) *

Meta/estab prod e comerc bovinocultura de leite/ano

Total

2011 2012 2013 2014 2015 Estab AreaAfonso Cunha 8 305 2 2 2 2 0 8 305Aldeias Altas 74 2.158 15 15 15 15 14 74 2.158Buriti Bravo 231 3.926 46 46 46 46 47 231 3.926Caxias 423 4.993 85 85 85 85 83 423 4.993Codó 286 7.823 57 57 57 57 58 286 7.823Coelho Neto 89 2.917 18 18 18 18 17 89 2.917Coroatá 540 12.670 108 108 108 108 108 540 12.670Duque Bacelar 90 858 18 18 18 18 18 90 858Fortuna 232 4.790 46 46 46 46 48 232 4.790Lagoa do Mato 541 9.846 108 108 108 108 109 541 9.846Matões 183 2.979 37 37 37 37 35 183 2.979Parnarama 292 6.657 58 58 58 58 60 292 6.657Peritoró 83 2.507 17 17 17 17 15 83 2.507S. João Sóter 55 703 11 11 11 11 11 55 703Sen. Alex Costa 143 2.733 29 29 29 29 27 143 2.733Timbiras 225 4.308 45 45 45 45 45 225 4.308Timon 166 964 33 33 33 33 34 166 964TERRITORIO 3.661 71.137 733 733 733 733 729 3.661 71.137

(*) Número de Estabelecimentos de agricultores familiares e área de pastagens em 2006.