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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RH E O SEU CONTEXTO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS Por: Rogério Matuck Auad Orientador Carlos Cereja

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RH E O SEU

CONTEXTO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

Por: Rogério Matuck Auad

Orientador

Carlos Cereja

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Rio de Janeiro

2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RH E O SEU

CONTEXTO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Pós-Graduação “Lato Sensu” em

Gestão em Recursos Humanos.

Por: Rogério Matuck Auad

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que sempre esteve ao meu

lado.

Aos meus diversos professores pelo

estímulo e atenção que me concederam

durante o curso.

Aos Colegas de curso pelo incentivo e

troca de experiências e conhecimentos.

A todos os meus familiares e amigos

pelo apoio, compreensão e colaboração.

A todos os meus colegas de trabalho na

empresa, que sempre me incentivaram

e compartilharam seus conhecimentos e

experiências.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família. Meus pais e irmão.

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METODOLOGIA

A presente pesquisa emprega dados bibliográficos com base histórica

contemporânea, com dados coletados em bases lineares, dispostos de forma a

auxiliar na melhor interpretação das informações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - Gestão de Pessoas 11

CAPÍTULO II - Planejamento Estratégico de RH 22

(no contexto atual do Mundo dos Negócios)

CAPÍTULO III – RH como Parceiro Estratégico 43

CONCLUSÃO 50

BIBLIOGRAFIA 51

INDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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INTRODUÇÃO

A Gestão de Pessoas e o Planejamento Estratégico de RH serão

abordados neste trabalho como forma de definir a sua utilização dentro do

contexto do mundo dos negócios.

No capítulo I será abordado a definição de Gestão de Pessoas, os

desafios da implantação da Administração de Recursos Humanos e a

importância do RH como parceiro de estratégias empresarias. Será destacada

também a importância do papel do profissional de RH e do planejamento de

RH nos resultados estratégicos.

No capítulo II será abordado o Planejamento Estratégico de RH e sua

metodologia no contexto atual do mundo dos negócios. Será definido seu

conceito, reflexões diversas do Planejamento Estratégico e como utilizá-lo,

tipos de estratégias e sua importância para as organizações. Serão também

analisados os vetores de mudança no mundo dos negócios como: Emprego e

Relações de Trabalho, Globalização & Competição, Tecnologia e Inovação,

Novas Demandas do Cliente

No capítulo III será abordada a importância de Recursos Humanos

como Parceiro Estratégico e como colocá-lo em prática.

Hoje a organização é vista como um sistema aberto por boa parte dos

autores, perspectiva esta que permite entender a interação indivíduo X

organização num contexto mais amplo.

Cabe ressaltar, entretanto, que muitas empresas ainda trabalham com o

modelo antigo, encarando as relações no trabalho dentro de uma ótica

mecanicista, priorizando apenas os objetivos econômicos, mesmo que isto

venha a refletir-se na integração e na produtividade.

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A mentalidade do empresário nacional, que externa um comportamento

imediatista de um modo geral, é reflexo da realidade do país. Os empresários

convivem, há muito tempo, com um clima de insegurança.

Todo este contexto se apresenta como um desafio à área de Gestão de

Pessoas, seus profissionais e o Planejamento Estratégico de RH, posto que

estes têm como missão intermediar as relações indivíduo X organização,

procurando coordenar os interesses de ambas as partes.

O primeiro objetivo da Gestão de Pessoas deve ser o de integrar o

indivíduo à empresa; não através de técnicas manipulativas para levar o

indivíduo à “vestir a camisa da empresa” ou participar de algumas palestras de

indução, porém, um trabalho sério, conseqüente, que obedeça a um

planejamento global, que envolva a direção da empresa, o “staff” de R.H., as

Chefias e os Funcionários.

É preciso acabar com a idéia de que as pessoas da organização

constituem um problema só da área de Gestão de Pessoas. O problema de

gerenciamento de pessoas é de TODOS. T

Todas as Chefias têm seus funcionários, portanto, administram

pessoas. É impossível pensar a gestão de pessoas dissociada dos objetivos

organizacionais; ou trabalhá-la sem o envolvimento e o comprometimento de

todos.

Evolução da Gestão de Pessoas no Brasil

1900/30 - (Influência da imigração e da não-intervenção do Estado).

1930:

* Revolução de Getúlio Vargas

* Legislação Trabalhista

* Criação do Ministério do Trabalho

* Bases do Sindicalismo e dependência ao Ministério do Trabalho

* Seção de Pessoal e Chefe de Pessoal

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Nossos empresários adotam os princípios da Administração Clássica -

mecanicismo nas práticas de pessoal

1956/1960:

* Governo de JK

* Advento das empresas estrangeiras

* Criação das Relações Industriais

1963/64:

* Movimento populista

* Revolução

* Afastamento das lideranças radicais

* Controle operário

1973:

* Projeto Impacto

* Clima de euforia

* Crise do petróleo

* Preocupação com R.H.

* Transição da Adm. de Pessoal para Adm. de R.H.

* Evolução na técnica de Cargos e Salários, Treinamento e Desenvolvimento

de Pessoal.

* Comportamentalismo como abordagem administrativa

1978:

* Greves

* Luta pela reposição salarial

1979:

* Abertura política

* Reconhecimento das reivindicações

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Evolução Histórica do modo de gerenciar pessoas

Fases

Organização

Indivíduo

Fatores de Incentivo

Eficiência

Modelo de Poder

Visão Tradicional

Adm. Clássica

Sistema mecanicista Org. formal

Ser racional

Tarefa=Remuneração

Monetários Coordenação +

Controle=Resulta-

dos

Autoritário

Relações Humanas

Sistema social = pessoas, grupos e relações

Ser emocional e social, dotado de necessidades

Psicossociais Valores Humanos

/Exigências

organizacionais

Paternalista

(afetivo)

Motivação Behavioris

mo

Sistema social coordenado, visando objetivos cooperação

Ser racional, emocional e social: Resultados = necessidades

Recompensas mistas

Motivar, atuando

sobre emoções e

necessidades

Motivação cooperativo

Participação Sistema social onde indivíduos compartilham responsabilidades por objetivos. Sistema aberto

Ser racional emocional e social/necessidade = co-responsável pelo trabalho

Recompensas mistas responsabilidade compartilhada

Participação.

Utilização máxima

do potencial individual

Colaborativo participativo

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CAPÍTULO I

GESTÃO DE PESOAS

1.1 - O Profissional de RH

Antes de conceituar área de Gestão de Pessoas e Planejamento

Estratégico, devemos contextualizá-la num âmbito maior, para que possamos

entendê-la em sua complexidade. A Gestão de Pessoas é uma área

relativamente nova. No nosso país, particularmente, ela tomou impulso nas

últimas décadas.

Podemos definir Gestão de Pessoas. “Gestão de Pessoas é o campo da

Administração que se dedica ao estudo das Relações no Trabalho, procurando

conciliar os interesses indivíduo X empresa, na consecução dos objetivos da

organização, do indivíduo e da sociedade, através do planejamento,

coordenação e direção de seus diferentes subsistemas”.

Podemos definir RH como sendo uma acessoria tendo papel estratégico

de consultoria na empresa e que irá trabalhar para o alcance da empresa de

seus objetivos sem esquecer-se do valor humano integrando o indivíduo na

organização.

Existe um consenso generalizado entre os profissionais de Recursos

Humanos, empresários e o mercado, de que este novo milênio será a grande

oportunidade da área contribuir e agregar valor aos Resultados da Empresa.

As pessoas serão, sem dúvida nenhuma, o grande diferencial

competitivo das organizações que quiserem sobreviver num mercado cada vez

mais complexo veloz, globalizado e exigente.

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A qualidade dos Recursos Humanos é um ativo das empresas (há

necessidade de investimento) que necessita estar demonstrado nos balancetes

e balanços pelos Resultados que foram alcançados. Resultados estes que as

empresas, na sua maioria, não medem e/ou não valorizam adequadamente.

Para que a área de Recursos Humanos possa transformar-se num

centro de Resultados e não de custo, necessita que seus objetivos e

estratégias estejam claros dentro da organização e que suas ações cotidianas

estejam direcionadas para tal fim.

Devemos levar em consideração algumas questões reflexivas que,

necessariamente, devem transitar nas mentes dos profissionais da área de

Recursos Humanos, bem como dos empresários, para que a mesma se torne

definitivamente integrada aos resultados do negócio.

Caberá à área de RH o importante papel de implementar, através de

ações concretas, uma nova filosofia de trabalho, ou seja, o Gerenciamento por

Resultado através das pessoas. Isto implica obrigatoriamente mudar cultura,

atitudes, quebra de paradigmas das pessoas através de uma nova forma de

realizar o trabalho e o relacionamento interno.

As mesmas ferramentas que usávamos no passado recente não servem

mais para serem aplicadas num mundo que se transforma diariamente.

Os profissionais da área e os empresários (principalmente) devem

mudar as concepções que têm sobre as pessoas, pois elas podem e devem

dar resultados ao negócio, através de idéias criativas e inovadoras que

somente o ser humano é capaz de ter.

Idéias que possam contribuir, de forma eficaz, para a redução de custos,

melhoria de processos, ambiente de trabalho, produtividade, qualidade,

integração entre áreas, atendimento ao cliente no intuito de atingir,

plenamente, os objetivos traçados pela empresa.

Não podemos esquecer de que as máquinas não dão idéias. As

pessoas têm esse poder único e muitas empresas, lamentavelmente, não

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aproveitam e nem estimulam a participação das pessoas. Vamos resgatar esse

lado positivo, fortalecendo as organizações, para que possam competir

adequadamente no mercado.

Com certeza, as pessoas são o diferencial competitivo naquelas

organizações onde isso é parte integrante da filosofia de negócios escrita e

verdadeiramente praticada.

E, finalmente, a área de RH tem um papel importante e extraordinário a

desenvolver junto às pessoas no sentido de que, cada vez mais, seremos

Parceiros do Risco, obrigando todos a mudar, radicalmente, a forma de agir e

pensar o negócio onde atuamos.

Aquelas pessoas que esperam apenas que o final do mês chegue para

que seu salário “caia” no seu bolso, definitivamente, estão ou estarão fora

desta nova realidade econômica que estamos vivendo.

Pessoas não comprometidas com o negócio podem gerar, num mercado

extremamente competitivo, a descontinuidade do negócio. Se sua empresa

estiver com essa realidade de pensamento, aja rapidamente (se houver

tempo), pois o negócio poderá sucumbir.

O empresário precisa dar as condições necessárias e investir

fortemente na área de Recursos Humanos, para que a mesma possa preparar

as pessoas para a busca constante, por Resultado, como única forma capaz

de desenvolver e manter o negócio. Nunca é demais lembrar que - Resultado é

só através de Pessoas.

Na medida em que novos vetores de mudança e de pressão por mais

competitividade e de criação de valor nas organizações tornam-se mais fortes

e presentes, novos papéis de RH são exigidos.

Assim a análise da transição de... para passa a ser simplista e primária,

pois os papéis que devem ser assumidos e exercidos pelo RH são, na

verdade, complexos, múltiplos e interdependentes.

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Ulrich, David propõe um “Modelo de Múltiplos Papéis” (Scheneider,

Francesca, Manual de Gestão de Pessoas, páginas 14 a 17, 2005) para a

Gestão de RH, com o objetivo precípuo de criar valor e obter resultados para

organização como um todo.

Este modelo descreve as metas focadas pelo RH e os quatro papéis

principais que os profissionais da área de RH devem desempenhar para ajudar

a gerar e manter uma organização competitiva, conforme segue abaixo”:

• Múltiplos papéis de RH na construção de uma organização

competitiva

• Administração de Estratégias de Recursos Humanos

• Administração da Transformação e Mudanças

• Administração da Infra-estrutura da Empresa

• Administração da Contribuição dos Funcionários

RH deve, ao mesmo tempo, ter foco em estratégica de longo prazo e

foco operacional de curto prazo, ou seja, ter uma visão e execução estratégica

de construção das bases competitivas da empresa no futuro, sem perder de

vista a rotina e o cotidiano operacional que sustenta a empresa no momento

presente.

Da mesma forma, as atividades de RH devem englobar desde a

administração de processos (ferramentas e sistemas de RH) até à

administração de pessoal tradicional.

O RH deve considerar o resultado a ser alcançado na definição de sua

atuação. Nesta concepção, o RH teria papéis estabelecidos conforme a meta a

ser cumprida em quatro metáforas, como se segue:

Parceiro Estratégico: O RH torna-se parceiro estratégico quando

participa ativamente do processo de definição da estratégia empresarial e, com

isso, desdobra e alinha suas estratégias e práticas empresariais às estratégias

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do negócio da empresa. O processo de identificação das prioridades das

ações de RH é chamado de Diagnóstico Organizacional, através do qual a

organização levanta suas forças e fraquezas.

Especialista Administrativo: a criação e manutenção de uma infra-

estrutura organizacional tem sido o papel tradicional de RH, ou seja, prover e

administrar com eficiência processos de fluxo e gestão de pessoas na

organização. Neste ponto, o RH deve buscar a melhoria contínua de seus

processos e atividades visando melhorar sua eficiência administrativa, por

meio de tecnologias de gestão como reengenharia e racionalização dos

processos, simplificação, redução de custos e eliminação de desperdícios.

Com isso, o RH pode aumentar sua eficiência e descobrir e

implementar novas e melhores maneiras de realizar as coisas. O exemplo de

Ulrich (Scheneider, Francesca, Manual de Gestão de Pessoas, páginas 17 a

20, 2005) para esta metáfora é a criação dos Serviços Comuns de RH, “que

são compartilhados com divisões ou áreas de negócio e que buscam maior

efetividade dos serviços prestados.”

Defensor dos Funcionários: com o advento da sociedade do

conhecimento ou do Capital Intelectual, cada vez mais o foco das organizações

está voltando-se para as pessoas e sua capacidade contínua de contribuição

para a geração de valor para as organizações.

Mais do que nunca, o RH não deve, mesmo sendo mais estratégico,

perder uma de suas atribuições mais nobres, que é a de gerir de forma

integrada e participativa a contribuição dos funcionários.

Isto implica um RH capaz de reconhecer, envolver-se e atender as

demandas, preocupações, anseios e necessidades dos funcionários, bem

como prover meios e condições propícias que levem as pessoas a darem sua

máxima contribuição para o sucesso da organização. Neste papel, o RH deve

buscar constantemente melhorar a competência, desempenho e compromisso

dos funcionários.

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Para tanto, RH deve criar e gerir atividades e mecanismos capazes de

ouvir, responder e encontrar maneiras de atender as demandas variáveis das

pessoas, dotando-as de recursos e meios para que possam realizar seu

trabalho da forma requerida e com os resultados esperados.

Agente de Mudança: O RH deve atuar na gestão da transformação e da

mudança. A transformação implica em mudança cultural da organização e das

pessoas. Nesta dimensão, o RH atua como catalisador das mudanças,

identificando, implementando e conduzindo processos cruciais de mudança no

interior das empresas.

O RH deve, portanto, buscar como resultado melhorar e aumentar a

capacidade para mudar de uma organização. O conhecimento e a

competência para a mudança são fatores essenciais para o gerenciamento da

mudança.

Lidar e valorizar as tradições e história da empresa e, ao mesmo tempo,

focar e conduzir as pessoas em direção ao futuro planejado é uma atividade

paradoxal que o RH deve dominar, para garantir a implementação e

consecução efetiva da mudança organizacional.

Ser um parceiro empresarial significa, exercer com habilidade e

flexibilidade exigidas, conforme o estágio de maturidade e competitividade do

negócio, os quatro múltiplos papéis de RH: parceiro estratégico, especialista

administrativo, defensor dos funcionários e agente de mudança.

O novo papel de RH, portanto, não se limita a mudar de foco

operacional para estratégico, mas sim de identificar, aprender e dominar os

papéis múltiplos e complexos que o RH deve executar na empresa, tanto em

nível operacional quanto estratégico, bem como nas dimensões de processo e

de pessoas.

Sob esta perspectiva, RH deve focar sua atenção nas metas e

resultados a serem alcançados, com vistas à obtenção de geração de valor

real adicionado à empresa, seus produtos e serviços.

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A combinação inteligente, coerente e alinhada dos papéis múltiplos de

RH com os propósitos e objetivos estratégicos da empresa deve dar suporte ao

sucesso organizacional de forma sustentada.

1.2 - Os Desafios da ARH

Podemos considerar a intermediação do indivíduo com a organização

como sendo um dos principais objetivos da Gestão de Pessoas.

Para enfrentar os novos desafios impostos pelo mundo dos negócios

nesta virada do milênio, as empresas precisam gerar novas capacidades

organizacionais. Estas devem ser decorrentes da redefinição e redistribuição

das práticas e funções de RH. Gerentes de linha e profissionais de RH

precisam juntos, criar essas novas capacidades.

Para que isso aconteça, os gerentes de linha devem focalizar as

seguintes metas:

• Compreender a capacidade organizacional como uma fonte

fundamental de competitividade.

• Participar ativamente do processo de conceber organizações

competitivas.

• Perceber as implicações organizacionais dos desafios

competitivos.

• Dedicar tempo e energia à melhoria da capacidade

organizacional.

Por seu lado, os profissionais de RH precisam alcançar as seguintes

metas:

• Focar as questões de RH como parte de uma equação da

empresa competitiva.

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• Articular em termos empresariais o motivo pelo qual o RH é

importante, começando pelo valor empresarial.

• Entender como os desafios competitivos ditam as atividades de

RH.

Assim, se as estratégias futuras para a criação de valor devem provir da

função de RH, novos papéis terão de ser definidos para os profissionais de

RH. Nos últimos anos, tais papéis dos profissionais de RH eram encarados em

termos de transição, como:

• do operacional para o estratégico.

• do qualitativo para o quantitativo.

• do policiamento para a parceria.

• do curto prazo para o longo prazo.

• do administrativo para o consultivo.

• do foco na função para o foco no negócio.

• do foco interno para o foco externo concentrado no cliente.

• do reativo para o preventivo.

• do foco na atividade para o foco nas soluções.

Mais recentemente, o tipo de transição do operacional para o

estratégico passou a ser considerado simplista e reducionista, pois os papéis

assumidos pelos profissionais de RH são múltiplos e não singulares.

Eles devem desempenhar simultaneamente papéis operacionais e ao

mesmo tempo papéis estratégicos. Precisam ser ao mesmo tempo polícia e

parceiros. Assumir a responsabilidade por metas qualitativas como

quantitativas no curto e no longo prazo.

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Para os profissionais de RH adicionarem valor para empresas cada vez

mais complexas, precisam desempenhar papéis cada vez mais complexos e,

às vezes, até mesmo paradoxais.

1.3 – O Planejamento de Recursos Humanos

A Gestão de Pessoas nas empresas desempenha importantes fatores

como valorizar o ser humano como talento, buscar produtividade e compor

talentos e preparar as organizações para mudanças captando, formando e

criando talentos para tornar a empresa competitiva.

As diretrizes de pessoal são o ponto de partida para a realização da

programação de toda a Administração de Recursos Humanos. Por seu

intermédio, promovemos a integração da empresa, com as seguintes funções

básicas: provisão, aplicação, manutenção, desenvolvimento e controle de

recursos humanos.

O papel de elaboração das diretrizes de Recursos Humanos envolve os

seguintes elementos essenciais: a diretoria, as gerências e chefias e o staff de

recursos humanos.

A Diretoria tem presença marcante na Administração de Recursos

Humanos, porque define a filosofia, as diretrizes, além de ter responsabilidade

para fornecer os meios necessários à consecução dos programas e apoio

político para prosseguir com a programação, e acompanhar os resultados

planejados.

As gerências e as chefias são, efetivamente, as praticantes da

Administração de Recursos Humanos, porque representam os clientes dos

serviços prestados pelo staff de Recursos Humanos.

O staff de Recursos Humanos é o órgão especializado e competente,

que tem a incumbência de assessorar toda a empresa em assuntos de

pessoal.

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As diretrizes de Recursos Humanos são orientações globais de longo

prazo brotadas da realidade, da cultura e da base institucional da empresa.

Há necessidade de um consenso dos segmentos básicos da

organização sobre suas proposições, para que tenham condições de

implantação.

A elaboração de diretrizes exige a compreensão e a aceitação da

organização como um sistema e do papel moderno da Administração de

Recursos Humanos. No conceito sistêmico, os problemas de pessoal são

vistos em uma moldura maior.

A alta administração, de acordo com pesquisas realizadas, apresenta

distorções que dificultam a tarefa de elaboração das diretrizes como: falta de

uma filosofia de trabalho, de uma perspectiva adequada em cada área e de

convergência de objetivos.

Uma das soluções para reduzir essas distorções é a adoção do

planejamento estratégico. Trata-se de uma opção válida para o planejamento

de pessoal e para a empresa.

A contribuição desse tipo de planejamento é no sentido dele induzir o

administrador a reformular sua mentalidade, passando a ter melhor

compreensão da função administrativa e da missão da empresa.

Esse planejamento força a alta administração a optar por novas

abordagens e por uma maneira diferente e qualitativa de conduzir os negócios

e a tratar o ecossistema da organização a nível estrutural e integrado.

É utópica a implantação de um projeto de Recursos Humanos

dissociado do processo estratégico da organização. Vinculá-lo à estratégia da

empresa é um dos caminhos viáveis para que a área seja conduzida

proveitosamente.

A administração utiliza o Planejamento de Recursos Humanos para

garantir que venha a ter o número correto de tipos de pessoas no lugar certo e

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na hora certa, que são capazes de concluir as tarefas que realizarão os

objetivos organizacionais.

O planejamento de recursos humanos segue três passos: (1) avaliação

dos recursos humanos correntes, (2) avaliação das necessidades futuras de

recursos humanos, (3) desenvolvimento de um programa para satisfazer

necessidades futuras de recursos humanos.

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Capítulo 2

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RH NO

CONTEXTO ATUAL DO MUNDO DOS NEGÓCIOS

2.1 – RH e seu Contexto no Mundo dos Negócios

O planejamento estratégico é o processo que realmente mobiliza as

pessoas e a empresa para construir seu futuro. Mas, sua implantação e

perfeito desenvolvimento só terão eficácia se forem guiados por profissionais

que estejam em perfeita harmonia com a empresa, que consigam traçar e

mapear o perfil adequado de colaboradores e as barreiras a serem

enfrentadas.

O planejamento é um conjunto de idéias construídas e que precisam ser

colocadas em prática. Para isso, as idéias precisam transformar-se em ações,

e as pessoas do nosso relacionamento são fundamentais.

O planejamento estratégico é o processo que realmente mobiliza as

pessoas e a empresa para construir seu futuro. Mas, sua implantação e

perfeito desenvolvimento só terão eficácia se forem guiados por profissionais

que estejam em perfeita harmonia com a empresa, que consigam traçar e

mapear o perfil adequado de colaboradores e as barreiras a serem

enfrentadas.

O contexto atual do mundo dos negócios configura-se como um painel

delineado e marcado por aceleradas, complexas e significativas mudanças em

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todas as dimensões do ambiente humano – social, econômico, cultural,

político, religioso, entre outras.

As macro-mudanças, neste ambiente, pontuadas por rupturas e

turbulências de velocidade antes nunca vistas, têm provocado impactos

profundos na sociedade como um todo e, por conseguinte, na gestão das

empresas.

No mundo dos negócios, os reflexos e impactos decorrentes dos

grandes vetores de mudança são ainda mais presentes e notáveis, do quais

destacamos:

Globalização & Competição: o que um dia foi propalado como uma

tendência do final do século XX, hoje está consolidada como um processo

inexorável de globalização da economia, negócios e mercados, capitais e

investimentos, produtos e serviços, informação, profissionais e talentos, enfim,

constituindo um ambiente de extrema e acirrada competição que se dá numa

arena de escala e amplitude globais.

Este modelo de competição global impõe regras próprias como a

transformação de alguns tipos de produtos e serviços em commodities e com

preços globais, atuação e capacidades em nível mundial, agilidade no

atendimento ao cliente e inovação tecnológica.

O desafio competitivo que a globalização coloca é o de criar

capacidades organizacionais globais como a de movimentar talentos, idéias e

informação no mundo todo, gerando produtos e serviços competitivos, bem

como considerando a diversidade e especificidade local, o que demanda

competências como flexibilidade e agilidade na atuação das empresas.

Novas Demandas do Cliente: o cliente de hoje se transformou e está

muito mais exigente em termos de diversificação de produtos e serviços,

qualidade e preço, bem com está mais consciente de seus direitos,

prerrogativas e poder de compra e cobrança enquanto consumidor. O cliente

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passa a ser um dos focos principais das organizações de alta “performance” e

com visão estratégica.

Tecnologia e Inovação: o avanço e a velocidade das inovações

tecnológicas são assustadores. Os ciclos de desenvolvimento e lançamento de

novos produtos diminuem a cada dia. As novas tecnologias impulsionam e

aceleram os vetores de mudança ambiental, bem como os ciclos de vida de

produtos e serviços e o próprio desenvolvimento do ser humano.

A tecnologia alavanca as grandes transformações da sociedade,

quebrando paradigmas das ciências e do conhecimento humano, gerando

progresso e evolução do homem.

“A tecnologia transformou e revolucionou os conceitos tradicionais de

tempo, espaço, distância e velocidade, "tornando o mundo menor, mais

próximo e mais veloz" (Ulrich, Os Campeões de RH, 2009.)

O trabalho em si está sendo transformado com o advento de novas

tecnologias, como o trabalho em casa, em lugares dispersos, em trânsito, no

cliente ou em outro lugar, mas sempre conectado à empresa por meio da

telecomunicação.

Conhecimento & Capital Intelectual: no final do século XX, o

conhecimento ou capital intelectual emerge e é apontado como o ativo mais

valioso de uma organização.

Muitas empresas competem e se diferenciam no mercado pelo valor

agregado de seu conhecimento que repousa nos sistemas de informação da

organização ou nos seus próprios funcionários.

“Emprego e Relações de Trabalho: a própria definição de emprego hoje

está sendo questionada, em virtude dos novos modelos e estrutura de

organização como rede de empresas” (M. Castel - A Sociedade em Rede e M.

Malone – A Corporação Virtual), empresas virtuais, terceirização, condomínios

de empresas, etc.

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Ao lado disso, o aumento do desemprego em nível mundial e a exclusão

crescente de pessoas por questões tecnológicas e educacionais, tem levado

ao aumento de atividades consideradas como trabalho, mas sem vínculo

empregatício.

Com isso, tem crescido o número de pessoas que trabalham de forma

autônoma, como prestadores de serviço, trabalho temporário, subcontratados

e indivíduos que "abrem seu negócio próprio".

Este quadro aponta para uma mudança de proporções semelhantes nas

relações de trabalho em si, uma vez que estes profissionais, que trabalham de

forma autônoma, não gozam das prerrogativas e proteções do direito

trabalhista.

Reestruturação Industrial & Tecnologia de Gestão Organizacional: para

fazer frente aos vetores de mudança no ambiente, as empresas estão

buscando alternativas e formas de se estruturar e serem mais competitivas.

Para tanto, muitas vêm adotando reestruturações nas suas

organizações e implementando ferramentas e tecnologias de gestão tais como

programas de redução e enxugamento de estrutura e níveis hierárquicos

(downsizing e reengenharia), Gestão da Qualidade Total (TQM), Lean

Enterprise (J. Womack), Learning Organization (P. Senge), Gestão por

Competências (J. Dutra, M. Teresa Fleury), entre outros.

Todo este cenário e contexto, resultado de profundas e bruscas

mudanças no ambiente externo e interno das organizações, têm causado

profundo impacto no ambiente das empresas, constituindo um conjunto de

fatores e vetores de pressão que as obrigam a buscar alternativas e novas

oportunidades de negócios, o que exige, entre outras coisas, um pleno

exercício da criatividade, inovação, rapidez na tomada de decisão e da

maximização de seus serviços e competências.

Esta dinâmica competitiva torna cada vez mais os recursos humanos o

fator diferencial de competição e sucesso no mercado, seja na forma de capital

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intelectual, tecnologia, prestação de serviços ou outra qualquer, que na sua

essência tem origem e fundamento nas pessoas.

2.2 - Conceito de planejamento estratégico

São muitas as empresas brasileiras que aproveitam algum modismo de

mercado. Elas esquecem, não sabem ou resolvem simplesmente não aplicar

uma ferramenta fundamental: o planejamento.

A busca desesperada pelo lucro é tão grande que os empresários

esquecem – ou põem de lado – fatores importantíssimos para o seu sucesso.

Portanto, para que o tempo investido nesta ferramenta fabulosa

chamada planejamento seja bem empregado, é importante estabelecer o

modelo de empreendimento e, mais do que isso, olhar o lado humano,

esquecendo um pouco o conceito de que qualquer modelo computacional ou

software resolverá todos os problemas. Somente a partir disto, poderão definir-

se os valores, a missão, o trabalho e o modelo de atuação da empresa no

mercado.

Nos dias atuais, garantir que a equipe, os companheiros, os amigos e as

pessoas do relacionamento, evoluam juntos, não deixando ninguém para trás,

é sem dúvida o mais importante em nossas vidas. E o mesmo vale para as

empresas. Com o trabalho conjunto de um profissional de planejamento e de

recursos humanos, fica muito mais fácil fazer isto tudo.

As empresas precisam voltar-se mais para o lado humano das

organizações, não esquecendo nunca que nós somos movidos pelo contato e

que precisamos de atenção, sejamos nós funcionários, clientes ou

fornecedores.

Toda empresa é parte integrante do seu ambiente. Enquanto os níveis

mais baixos da empresa (nível operacional) estão relacionados com os seus

aspectos internos, a tarefa dos níveis mais elevados (nível estratégico) é

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estudar e mapear as oportunidades e ameaças que o ambiente impõe à

empresa.

Assim, o conhecimento objetivo sobre o ambiente é fundamental para o

processo estratégico, no sentido de se obter a adequada compatibilidade entre

a empresa e as forças externas que afetam direta ou indiretamente seus

propósitos, objetivos, desafios, metas, estratégias, políticas, estrutura,

recursos, planos, programas, projetos, procedimentos, etc., e para alcançar os

resultados desejados é necessário que a empresa os decomponha até que

sejam transformados em ações e resultados.

Toda empresa possui, implícita ou explicitamente, missão, propósitos,

macroestratégias, macropolíticas, objetivos, desafios, estratégias, políticas

projetos.

Para podermos entender melhor como funciona a metodologia da

estratégia podemos ter como referência um trabalho feito sobre a Metodologia

de Elaboração do Planejamento Estratégico.

2.1.1 - Reflexão teórica

Toda empresa ambiciona alcançar o sucesso, na forma de maiores

vendas e bons resultados socioeconômicos. É para esse efeito que as

organizações adotam estratégias que possam proporcionar aos seus clientes

mais valor do que a concorrência, aproveitando as potencialidades dos

recursos à sua disposição.

Na busca da estratégia mistura-se pensamento lógico com

intuição, não como algo sobrenatural e sim quanto à capacidade de acessar

experiências.

A estratégia bem sucedida depende de ser única – diferente.

Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para

fornecer uma combinação única de valor.

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Estratégia significa exercer atividades diferentes dos rivais ou exercer

atividades semelhantes de um modo diferente.

Sabe-se que a sobrevivência de qualquer empresa depende, em

primeiro lugar, da sua capacidade de interação com o meio envolvente. São

exemplos: a importância de melhorar o ambiente de trabalho e a prescrição do

número de subordinados que os administradores deveriam ter.

Acredita-se que, um dos primeiros passos para a formulação de uma

estratégia consiste na identificação das tendências do meio envolvente

contextual e transacional e no reconhecimento das suas implicações para o

segmento para os quais se planeja.

Em seguida, devem ser analisadas, de uma forma dinâmica, as

condições de cada segmento do mercado-alvo. Desta forma conseguir-se-á ter

uma visão completa do enquadramento do negócio e dos desafios que se

colocam a todos os concorrentes.

Cada vez mais fica evidente que as empresas precisam operar

globalmente. Portanto, uma vez definidas as orientações estratégicas para o

país de origem, a empresa deve analisar a possibilidade de transpor as suas

operações para outros mercados geográficos.

Para esse efeito, convém enquadrar o processo de internacionalização

da organização com a sua atuação no mercado doméstico, como maneira de

garantir o aproveitamento das competências e vantagens competitivas já

desenvolvidas ao longo do tempo.

No momento, é necessário verificar se a atuação nos mercados

externos deve ser adaptada para aumentar a penetração comercial ou se pode

ser estandardizada para explorar economias de escala e de experiência.

É igualmente importante definir a opção de internacionalização que

melhor conjuga as vantagens da integração global com os proveitos da

adequação local.

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Mas, jamais o nível da internacionalização da empresa deve evoluir

“descasado” das tendências do mercado e das suas competências internas,

pois são atributos que irão contribuir para o reforço da sua competitividade nos

mercados internacionais.

Uma vez definidas as principais opções da organização ao nível da

estratégia, o núcleo básico do processo de desenvolvimento estratégico é o ser

humano. Isto porque, enquanto na administração estratégica o foco da análise

é a organização como um todo, no caso específico do desenvolvimento

estratégico o sistema é o indivíduo.

É a partir do indivíduo que se pode chegar aos grupos e à organização

como um todo, bem como ao seu ambiente externo.

Por isso dizemos que a gestão de forma dinâmica ao longo do tempo e

de tal maneira que desenvolvimento empresarial deve ser efetuado de uma

forma dinâmica ao longo do tempo e de tal maneira que considere as funções

da administração e das pessoas como um instrumento facilitador do alcance

dos objetivos estabelecidos, pois é assim que a empresa conseguirá se

posicionar no mercado, crescer e se perpetuar.

Neste sentido, a estrutura organizacional necessita ser bastante

dinâmica, principalmente quando são considerados seus aspectos informais

provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte de seu esquema.

2.1.2 - Delineadores ambientais

Os delineadores ambientais ou diagnósticos estratégico correspondem à

primeira fase do processo de planejamento estratégico e procura responder à

pergunta básica “qual a real situação da empresa quanto aos seus aspectos

internos e externos?”, verificando o que a empresa tem de bom, de regular ou

de ruim no seu processo administrativo.

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O diagnóstico pode ser interno e externo à empresa. Pode-se afirmar

que as projeções completam o diagnóstico, uma vez que, combinando-se os

dois, obtém-se a projeção-base, que corresponde a uma estimativa futura, com

base na situação atual.

O diagnóstico, que corresponde a uma análise estratégica, apresenta

algumas premissas básicas, a saber:

• deve-se considerar o ambiente e suas variáveis relevantes no

qual está inserida a empresa;

• este ambiente proporcionará à empresa oportunidades que

deverão ser usufruídas e ameaças que deverão ser evitadas;

• para enfrentar esta situação ambiental, a empresa deverá ter

pleno conhecimento de seus pontos fortes e dos pontos fracos;

• este processo de análise interna e externa deverá ser integrado,

contínuo e sistêmico.

O diagnóstico estratégico deve ter enfoque no momento atual, bem

como no próximo momento, no próximo desafio, a fim de se constituir na

dimensão crítica para o sucesso permanente.

2.1.3 - Componentes do diagnóstico estratégico

O diagnóstico estratégico apresenta determinados componentes, que

são apresentados a seguir:

• pontos fortes são as variáveis internas e controláveis que

propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao

seu ambiente;

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• pontos fracos são as variáveis internas e controláveis que

provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação

ao seu ambiente;

• oportunidades são as variáveis externas e não controláveis pela

empresa, que podem criar condições favoráveis para a empresa,

desde que a mesma tenha condições e/ou interesse de usufruí-

las;

• ameaças são as variáveis externas e não controláveis pela

empresa que podem criar condições desfavoráveis para a

mesma.

Os pontos fortes e fracos compõem a análise interna da empresa,

enquanto as oportunidades e ameaças compõem sua análise externa.

Os pontos fortes e fracos representam as variáveis controláveis,

enquanto as oportunidades e as ameaças representam as variáveis não

controláveis pelo executivo. Fica evidente que o problema maior são as

variáveis sobre as quais não se tem controle.

Após o estabelecimento dos pontos fracos (internos) e das ameaças

(externas), deve-se estabelecer as questões críticas, que representam

aspectos controláveis com maior ou menor dificuldade.

Naturalmente, os pontos fracos representam aspectos controláveis e,

caso o executivo não saiba, de momento, com resolver o problema, deverá

envidar todos os esforços para identificar a solução, sem o que este ponto

fraco poderá criar sérios problemas para a empresa.

Para a execução do diagnóstico estratégico é necessário ter acesso a

uma série de informações; estar preparado para fazê-lo; saber que

informações são desejadas; quais as informações pertinentes e como obtê-las.

Essas fontes de informações podem ser: internas à empresa ou

externas à empresa.

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O conjunto de informações externas e internas à empresa forma o

sistema de informações global da empresa. Naturalmente, deste total o

executivo deverá saber extrair as informações gerenciais, que realmente a

empresa precisa para ser eficaz.

2.1.4 - Variáveis externas

A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a

empresa e seu ambiente tem termos de oportunidade e ameaças, bem como a

usa atual posição produto-mercado e, prospectiva, quanto à sua posição

produto-mercado desejada no futuro.

O executivo deve identificar os componentes relevantes do ambiente e,

em seguida, analisar quanto à situação de oportunidades ou ameaças para a

empresa.

Deve-se considerar que as oportunidades certas serão escolhidas se:

• o foco residir na maximização de oportunidades e não na

minimização das ameaças e de riscos;

• todas as principais oportunidades forem analisadas conjunta e

sistematicamente;

• compreenderem quais oportunidades se adaptam à atividade da

empresa;

• houver equilíbrio entre oportunidades (mediatas e de longo

prazo).

O impacto de uma oportunidade ou uma ameaça pode ser muito forte

para a expectativa de uma empresa.

Portanto, uma oportunidade devidamente usufruída pode proporcionar

um aumento dos lucros da empresa, enquanto uma ameaça não administrada

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pode acarretar diminuição nos lucros previstos, ou mesmo prejuízos para a

empresa.

2.1.5 - Tipos de oportunidades e ameaças

As oportunidades e ameaças ambientais podem ser classificadas

conforme o quadro a seguir:

Classificação das oportunidades e ameaças ambientais

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Naturais

De evolução

Sinérgicas

De Inovação

Naturais

Aceitáveis

Inaceitáveis

Oportunidades Naturais: são as incorporadas à natureza da empresa.

Oportunidades de Evolução: são proporcionadas à empresa através da

formação e consolidação gradativa de condições e circunstâncias que tenderão

concretizar uma vantagem definida e concreta. Neste caso, o que vai distinguir

uma empresa com ações estratégicas de outra é a sua faculdade de perceber

com a necessária sensibilidade e antecedência o surgimento das condições

necessárias à geração da oportunidade.

Oportunidades Sinérgicas: proporcionam situações complementares e

adicionais para a empresa. Normalmente, provocam modificações na estrutura

organizacional e exigem novo setor de conhecimento.

Oportunidades de Inovação: normalmente modificam as características

econômicas fundamentais e a capacidade da empresa; requer grande esforço,

recursos de primeira classe, dispêndios em P&D e/ou grande investimento de

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tecnologia de ponta; apresentam grande nível de risco para a empresa; são

capazes de criar uma nova indústria em vez de apenas um produto adicional.

Ameaças Naturais: são incorporadas à natureza da empresa.

Ameaças aceitáveis: são as que a empresa permite aceitar, sendo

importante analisar até que ponto a situação é aceitável.

Ameaças inaceitáveis: são as que a empresa não se permite aceitar

devido a sua incapacidade em explorar uma situação de êxito quando esta

ameaça existir.

2.2 - Missão

Antes que as organizações determinem objetivos elas precisam

estabelecer uma missão ou propósito global. Somente depois de estabelecida

a missão básica é que os objetivos, estratégias, programas, políticas e planos

específicos podem se encaixar.

Um aspecto essencial da missão de uma organização é identificar as

pessoas que serão os usuários finais dos serviços ou produtos. Todos os tipos

de organizações precisam estabelecer uma meta.

A noção de que as organizações podem ter uma missão reflete a visão

de que elas são mais simples que sistemas técnicos e administrativos. Elas

são instituições, com personalidade e propósito.

Declarar missão de uma organização é declarar sua razão principal e

transcendental de existir. É identificar a função que a firma desempenha para a

sociedade, bem como seu caráter básico e sua filosofia.

A principal virtude de se pensar claramente sobre a missão de uma

organização é que, conhecendo e sendo capaz de articular valores e

propósitos essenciais, contribui-se para a aquisição e manutenção da

integridade ou unificação da organização.

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São diversas as maneiras para se definir a missão, porém existem

alguns pontos comuns que devem ser sempre considerados: segmentos-alvo,

tecnologia, escopo-geográfico, benefícios demandados x benefícios oferecidos,

crenças e valores dos dirigentes. Mas, acima de tudo é necessário que a

missão tenha certa flexibilidade, a fim de acompanhar as mudanças

ambientais.

A missão da organização visa orientar a sua atuação futura, enquanto

os objetivos norteiam a evolução do seu desempenho competitivo. Ela deve

ser entendida como uma identificação a ser seguida, mas nunca algo

específico a ser alcançado.

No estabelecimento da missão de uma empresa, alguns cuidados

devem ser tomados:

• não simplesmente explicar o que estão fazendo, pois tais

definições não cumprem a sua finalidade básica, ou seja, a de

provocar decisões de mudanças;

• não relacionar diretamente com os produtos e serviços

oferecidos, pois reduz, em muito, a amplitude da missão da

empresa;

• não procurar definições curtas e objetivas em excesso, pois este

aspecto pode prejudicar a sua clareza e entendimento. Não

estabelecer também definições longas, que podem prejudicar a

sua assimilação;

• não estabelecer uma frase definitiva para a missão da empresa,

pois esta não está isenta das mudanças no tempo e nas

circunstâncias internas e externas à empresa. A finalidade não é

apenas definir a missão, mas tornar-se capacitado a defini-la e

redefini-la sempre que for necessário, dento de um processo

contínuo de observação e pensamento. Portanto, o importante é

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que se tenha sempre uma definição, então ter uma definição

para sempre.

Conseqüência da falta de missão: a falta de um sentido claro dos

valores básicos e do caráter de uma companhia, a missão, facilita aos

administradores caírem numa tendência oportunística: a busca de planos

tentadores e esquemas que podem exigir competências diferentes daqueles

que a organização possui e que podem levar à dissipação dos recursos e a

outras conseqüências em detrimentos dos interesses das organizações.

2.3 – Meta

É o passo ou etapa perfeitamente quantificada e com prazo e

responsável por alcançar os desafios e objetivos da empresa.

O planejamento através de metas nada mais é do que identificação

clara e a descrição detalhada e precisa do objetivo a ser atingido.

Quando estabelecemos as metas, estamos estimulando e influenciando

nossos empregados, através da motivação e do desempenho. Na sua

elaboração devemos fixar as prioridades, segundo uma ordem de importância

para a empresa.

2.4 – Estratégias

A finalidade das estratégias é estabelecer quais serão os caminhos, os

cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados

os objetivos e desafios estabelecidos.

O conceito básico de estratégia está relacionado à ligação da empresa e

seu ambiente. E nesta situação, a empresa procura definir e operacionalizar

estratégias que maximizam os resultados da interação estabelecida.

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A estratégia deverá ser sempre uma opção inteligente, econômica e

viável. E, sempre que possível original e até ardilosa; dessa forma, constitui-se

na melhor arma de que pode dispor uma empresa para otimizar o uso de seus

recursos, tornar-se altamente competitiva, separar a concorrência, reduzir seus

problemas e otimizar a exploração das possíveis oportunidades.

2.4.1 – Alguns tipos de estratégias

Estratégia de sobrevivência: Este tipo de estratégia deve ser adotado

pela empresa quando não existe outra alternativa, ou seja, apenas quando o

ambiente e a empresa estão em situação inadequada ou apresentam

perspectivas “negras”.

Os tipos que se enquadram na situação de estratégia de sobrevivência

são:

• redução de custos: consiste na redução de todos os custos

possíveis para que a empresa possa subsistir;

• desinvestimento: desinvestir para não satisfazer o todo e manter

apenas o negócio original;

• liquidação de negócio: é uma estratégia usada em último caso,

quando não existe outra saída, a não ser fechar o negócio.

Estratégia de manutenção: A estratégia de manutenção é uma postura

preferível quando a empresa está enfrentando ou espera encontrar

dificuldades, e a partir dessa situação prefere tomar uma atitude defensiva

diante das ameaças. A estratégia de manutenção pode apresentar três

situações:

1. Estratégia de estabilidade: esta estratégia procura,

principalmente, a manutenção de um estado de equilíbrio ameaçado

ou, ainda, o seu retorno em caso de sua perda.

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2. Estratégia de nicho: neste caso, a empresa procura dominar um

segmento de mercado que ela atua, concentrando o seu esforço e

recursos em preservar algumas vantagens competitivas.

3. Estratégia de especialização: a empresa procura conquistar ou

manter liderança no mercado através da concentração dos esforços

de expansão numa única ou em poucas atividades da relação

produto/mercado. A principal vantagem é a redução dos custos

unitários pelo processamento em massa. A principal desvantagem é

a vulnerabilidade pela alta dependência de poucas modalidades de

fornecimento de produção e vendas.

Estratégia de crescimento: normalmente, o executivo procura, nesta

situação, lançar novos produtos, aumentar o volume de vendas, etc.

Estratégia de inovação: a empresa está sempre procurando antecipar-se

aos seus concorrentes através de freqüentes desenvolvimentos e lançamentos

de ovos produtos e serviços;

Estratégia de internacionalização: a empresa estende suas atividades

para fora do seu país de origem;

Estratégia de joint venture: trata-se de uma estratégia usada para entrar

em novo mercado onde duas empresas se associam para produzir um produto.

Normalmente, uma entra com a tecnologia e a outra com o capital;

Estratégia de expansão: o processo de expansão da empresa deve ser

planejado; caso contrário, podem ser absorvidas pelo Governo ou outras

empresas nacionais ou multinacionais.

Estratégia de desenvolvimento: o desenvolvimento da empresa se faz

em duas direções principais. Pode-se procurar novos mercados e clientes,

diferentes dos conhecidos atualmente, ou procurar novas tecnologias

diferentes daquelas que a empresa domina. A combinação desses dois eixos

(mercadológico e tecnológico) permite ao executivo construir novos negócios

no mercado.

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2.5 – Formulação da estratégia

Para a formulação de estratégias, devem-se considerar inicialmente três

aspectos:

• a empresa, com seus recursos, seus pontos fortes, fracos, bem

como a sua missão e objetivos;

• o ambiente, em sua constante mutação, com suas oportunidades

e ameaças;

• a integração entre a empresa e seu ambiente visando à melhor

adequação possível, estando inserido neste aspecto a amplitude

de visão dos administradores da empresa.

As estratégias são formuladas com base nos objetivos e desafios

estabelecidos, na realidade identificada no diagnóstico estratégico e

respeitando a missão, os propósitos e a cultura da empresa.

A essência da formulação de estratégias consiste em lidar com a

concorrência. Portanto, o executivo deve conhecer as forças que controlam a

concorrência num setor industrial.

2.6 - Controle e avaliação

O papel desempenhado pela função de controle e avaliação no

processo de planejamento é acompanhar o desempenho do sistema, através

da comparação entre as situações alcançadas e as previstas, principalmente

quanto aos objetivos e desafios, e da avaliação das estratégias e políticas

adotadas pela empresa. Neste sentido, a função controle e avaliação é

destinada a assegura que o desempenho real possibilite o alcance dos

padrões que foram anteriormente estabelecidos.

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Controle pode ser definido como uma função do processo administrativo

que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura

medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de

realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou

reforçar esse desempenho ou interferir em funções do processo administrativo,

para assegurar que os resultados satisfaçam às metas, aos desafios e aos

objetivos estabelecidos.

O produto final do processo de controle é a informação. Portanto, o

executivo deve procurar estabelecer um sistema de informação que permita

constante e efetiva avaliação dos objetivos, desafios, estratégias e projetos.

Antes de iniciar o controle e avaliação dos itens do planejamento

estratégico deve-se estar atento a determinados aspectos de motivação,

capacidade, informação e tempo.

Entretanto, deve-se estar ciente de que existe dificuldade natural na

avaliação dos resultados efetivos do planejamento estratégico, ou seja, o que

realmente mudou e em que a empresa realmente melhorou a partir da adoção

do planejamento estratégico.

2.6.2 - Análise dos desvios

Para que o executivo possa efetuar de maneira adequada o controle e

avaliação do planejamento estratégico, é necessário que compare o realizado

com o esperado. Portanto, devem-se identificar, dentro de um critério de

coerência , os vários usuários das comparações estabelecidas.

As comparações podem apresentar algumas situações:

• se o desvio apresentado estiver dentro das “fronteiras do que era

esperado”, o executivo não deve preocupar-se;

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• se o desvio exceder um pouco as “fronteiras do que era

esperado”, o executivo deverá continuar a sua ação, mas com

alguns ajustes que possibilitem retornar à situação adequada, ou

seja, estar dentro da fronteira que delineava o que era esperado

ou possível de ser esperado acontecer;

• se o desvio exceder em muito as “fronteiras do que era

esperado”, o executivo deverá interromper as ações até que as

causas sejam identificadas, analisadas e eliminadas.

2.6.3 - Ação corretiva

Esta ação corresponde às medidas ou providências que são adotadas

para eliminar os desvios significativos que o administrador detectou, ou mesmo

para reforçar os aspectos positivos que a situação apresenta.

Entretanto, qualquer que seja a metodologia de execução do controle e

avaliação no processo de planejamento estratégico na empresa, o executivo

deverá Ter em mente que o sistema de controle e avaliação deve:

• estar focalizado em pontos críticos, para evitar perda de tempo e

aumento de custo;

• estar bem explicitado para facilitar o seu entendimento e

aceitação pelos vários elementos da empresa;

• ser rígido e preciso, mas ao mesmo tempo apresentar alguma

flexibilidade, tendo em vista que a empresa está no ambiente que

normalmente é incerto, dinâmico e flexível;

• ser realista e operacionalizável; pois deve produzir informações

rápidas e corretas para o processo decisório e posterior ação por

parte dos administradores, tendo em vista reconduzir o processo

ao estado desejável, sempre que os desvios forem identificados;

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• apresentar um custo de realização menor do que os benefícios

que consegue proporcionar para a empresa; para tanto, pode

basear-se no princípio da exceção;

• ser ágil e proporcionar medidas de correção de maneira rápida;

para tanto, deve basear-se em padrões de controle claros,

definidos e precisos;

• ter objetividade, de forma que sempre desencadeie uma ação

corretiva ou de reforço ao processo

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Capítulo 3

RH COMO PARCEIRO ESTRATÉGICO

3.1 – Planejamento e RH como parceiros estratégicos

Segundo Cristiano Ceccatto (Cristiano Cecatto Consultor especialista

em logística e desenvolvimento organizacional. (Fonte: www.mrg.com.br)” é

impressionante o número de empresas brasileiras que aproveitam algum

modismo de mercado. Elas esquecem, não sabem ou resolvem simplesmente

não aplicar uma ferramenta fundamental: o planejamento.”

A busca desesperada pelo lucro é tão grande que os empresários

esquecem – ou põem de lado – fatores importantíssimos para o seu sucesso.

O planejamento estratégico é o processo que realmente mobiliza as

pessoas e a empresa para construir seu futuro. Mas, sua implantação e

perfeito desenvolvimento só terão eficácia se forem guiados por profissionais

que estejam em perfeita harmonia com a empresa, que consigam traçar e

mapear o perfil adequado de colaboradores e as barreiras a serem

enfrentadas.

Portanto, para que o tempo investido nesta ferramenta fabulosa

chamada planejamento seja bem empregado, é importante estabelecer o

modelo de empreendimento e, mais do que isso, olhar o lado humano,

esquecendo um pouco o conceito de que qualquer modelo computacional ou

software resolverá todos os problemas. Somente a partir disto, poderá definir-

se os valores, a missão, o trabalho e o modelo de atuação da empresa no

mercado.

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Nos dias atuais, garantir que a equipe, os companheiros, os amigos e as

pessoas do relacionamento, evoluam juntos, não deixando ninguém para trás,

é sem dúvida o mais importante em nossas vidas. E o mesmo vale para as

empresas. Com o trabalho conjunto de um profissional de planejamento e de

recursos humanos, fica muito mais fácil fazer isto tudo.

O planejamento é um conjunto de idéias construídas e que precisam

ser colocadas em prática. Para isso, as idéias precisam transformar-se em

ações, e as pessoas do nosso relacionamento são fundamentais.

As empresas precisam voltar-se mais para o lado humano das

organizações, não esquecendo nunca que nós somos movidos pelo contato e

que precisamos de atenção, sejamos nós funcionários, clientes ou

fornecedores.

O RH deve focar sua atenção nas metas e resultados a serem

alcançados, com vistas à obtenção de geração de valor real adicionado à

empresa, seus produtos e serviços. A combinação inteligente, coerente e

alinhada dos papéis múltiplos de RH, com os propósitos e objetivos

estratégicos da empresa, devem dar suporte ao sucesso organizacional de

forma sustentada.

Ser estratégico, conforme implica que o RH deve prover à organização

uma vantagem competitiva através de pessoas e processos organizacionais,

assumindo, com isso, um valor "estratégico".

Ser estratégico, por sua vez, implica que os profissionais de RH devem

ser hábeis o bastante para ter e manter uma conversação estratégica

significativa e relacionada ao cliente de uma perspectiva de negócios (e não

somente de uma perspectiva de RH).

O RH torna-se hábil para estabelecer parcerias com clientes internos

para entregar valor para seus clientes externos quando:

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• Integra e assimila informações sobre o negócio;

• Antevê as implicações das informações de negócios e os seus

impactos nas pessoas;

• Formula e gera soluções organizacionais e de pessoas que

aumentem as probabilidades de o negócio implementar seus

objetivos estratégicos e alcançar as necessidades dos clientes.

Weiss postula um modelo de estrutura de RH que está alinhado com o

de Ulrich, (ULRICH, Dave – Weiss, Donald – Os campeões de RH, Capítulo 1,

O papel do profissional de RH, Páginas 8 a 12) no qual propõem que os

profissionais de RH têm três papéis primários, quais sejam:”

• Parceiros Estratégicos: papel de resposta efetiva para o cliente

interno local.

• Donos de Processos: papel de eficiência e efetividade na

companhia de forma abrangente, por meio do gerenciamento dos

processos de RH.

• Conselheiro de Estratégias de RH: inclui os papéis de parceiro

estratégico e dono de processos. Tem como objetivo balancear

as necessidades de resposta ao cliente interno local com as de

eficiência e efetividade.

Weiss sintetiza os trabalhos e funções de RH, em um diagrama

triangular que indica o valor da contribuição de RH para o negócio, alocando

em três pilares:

• Processos-Chave de Pessoas

• Processos de Adição de Valor à Organização

• Processos de Transformação do Negócio

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Segundo Weiss, ( Scheiner, Francesca (2005) – Manual de Gestão de Pessoas, páginas 22 a 27) os processos-chave de pessoas são aqueles encontrados tipicamente em muitas organizações de RH e consistem em papéis de serviços relacionados ao ciclo de vida do funcionário na organização, desde admissão, desenvolvimento, relações com o empregado, remuneração até a demissão.

Todas estas funções são importantes e necessárias para o “ciclo de vida

organizacional" das pessoas. Entretanto, elas não são suficientes para

adicionar valor para o direcionamento estratégico da empresa para o cliente

externo.

“Assim, Weiss aponta que para gerar e adicionar valor às estratégias da

organização, os processos de RH devem incluir ações como:”

• Capacitar as pessoas e a organização através do desdobramento

e utilização dos sistemas de tecnologia;

• Criar um ambiente de aprendizado que reflita os maiores

direcionadores e preocupações da alta administração da

empresa;

• Prover competência em aconselhamento e serviços de

consultoria organizacional para os gerentes de linha. RH deve

ajudar os gerentes de linha a entregar mais valor para os clientes

externos.

Já no nível de Transformação do Negócio, os profissionais de RH

devem desenvolver parcerias com os executivos seniores para estabelecer e

alcançar os objetivos estratégicos e planejar as estratégias organizacionais e

de pessoas antes dos problemas se levantarem.

Com este processo, RH reduz os riscos estratégicos de uma cultura

inflexível e rígida, iniciativas não alinhadas à estratégia, inabilidade de

implementação da estratégia e falta de conhecimento sobre o melhor

investimento e retorno sobre capital humano.

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Os profissionais de RH devem ser parceiros estratégicos para alavancar

e entregar transformação do negócio da seguinte forma:

• Parceiros estratégicos participando ativamente da formulação das

estratégias;

• Parceiros estratégicos desenvolvendo e consolidando

relacionamentos para assegurar o comprometimento dos

executivos nos processos de transformação do negócio;

• Parceiros estratégicos tendo acesso direto e relações estreitas

com os membros da equipe executiva. A comunicação e a

informação de nível estratégico em tempo real são fundamentais

para o sucesso de processos de transformação do negócio.

Como parceiros estratégicos, a área de RH precisa estar totalmente

integrada com as estratégias da empresa, considerar a empresa e o cliente

externo na direção de suas estratégias e operações, concentrando o foco de

suas entregas de valor, tendo como objetivo principal o cliente externo assim

como todos os executivos e a organização como um todo. Assim, o RH passa

de uma condição de suporte, a de elemento estratégico para o sucesso do

negócio e parte integrante da equipe diretiva da empresa.

3.2 - O Planejamento em prática

O planejamento estratégico tem como uma de suas funções o

estabelecimento da visão do negócio que ocorrerá quando estratégias não

convencionais forem consideradas.

Quatro componentes são fundamentais para a escolha de uma boa

estratégia: clientes, fornecedores, concorrentes e a empresa.

Uma estratégia pró-ativa freqüentemente começa com objetivos de

negócio e com requisitos de serviço aos clientes.

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Cada elo da empresa deve ser planejado e balanceado com todos os

outros, em um processo integrado de planejamento. O projeto do sistema de

gestão e controle deverá completar o ciclo de planejamento da empresa.

Existem vários níveis de planejamentos. Porém, todos devem ser

capazes de responder aos questionamentos de: o quê? quando? como?

onde?, seja no nível estratégico, tático ou operacional.

O planejamento estratégico é considerado como sendo o de longo

alcance. Devido ao período de execução maior, o planejamento estratégico

opera com dados que são, freqüentemente, incompletos e imprecisos.

O planejamento tático envolve um horizonte de tempo intermediário,

geralmente um ano ou menos. Já o planejamento operacional é considerado

pela tomada de decisão de curto prazo. Nesse último tipo de planejamento, é

comum encontrarmos dados muito acurados e precisos e seus métodos devem

ser capazes de manipular um grande volume de dados.

Nos próximos anos, as empresas que não forem capazes de ter um

planejamento e visão clara de como se diferenciar uma das outras, serão

facilmente aniquiladas pelos concorrentes.

Quando consideramos os valores em ordem de importância para uma

empresa, qual deve ser a qualidade mais importante e fundamental? No que

se baseia a missão da empresa? E como as empresas levam e encaram essa

missão? O que as pessoas da organização consideram como sua função na

vida e no trabalho? Como elas exercem isso?

Mesmo em épocas pré-históricas, quando os seres humanos eram

apenas caçadores, havia necessidade de buscar essas respostas e de

implantar um planejamento adequado. E até hoje, observamos como é difícil

respondermos com clareza essas questões tão importantes na nossa vida

pessoal e profissional.

As respostas para essas questões devem ser alcançadas quando o

empresário utiliza o planejamento adequado, seguindo a orientação de um

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profissional de planejamento e de RH, responsáveis pelo mapeamento dos

melhores caminhos e dos funcionários certos para executar o planejamento em

ação.

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CONCLUSÃO

Com o término das pesquisas para o planejamento estratégico,

podemos dizer que a formulação da estratégia empresarial deve ter sempre

início numa visão comercial, sendo primeiro determinados quais os produtos

que produz e comercia (no caso uma empresa prestadora de serviços no ramo

de transporte aéreo).

Podemos, então, concluir que uma boa estratégia bem implementada

trará sucesso à organização. Entretanto, uma boa estratégia mal implementada

acumulará uma série de problemas antes de oferecer algum resultado positivo.

Também uma estratégia inadequada, implementada de forma a tentar

contornar-se as suas deficiências, atravessará um momento desgastante para

a empresa até que se prove o fracasso definitivo.

O planejamento estratégico deve considerar a empresa como um todo

e não apenas um de suas partes. É para esse efeito que as organizações

adotam estratégias que possam proporcionar aos seus clientes mais valor do

que a concorrência, aproveitando as potencialidades dos recursos à sua

disposição.

Concluímos que a estratégia é essencial ao sucesso de qualquer

organização, uma vez que define a natureza da relação entre a empresa, os

clientes e a concorrência.

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BIBLIOGRAFIA

SCENEIDER, Francesca. Manual de Gestão de Pessoas, 2005. Páginas 17 a

20, 22 a 27.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das

organizações. São Paulo: Atlas, 2004.

Bohlander, Snell, Sherman (2003). Administração de Recursos Humanos. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2004

CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas

organizações. Rio de Janeiro: Campus, capítulo 3, 1999.

ULRICH, Dave. (1998). Os campeões de recursos humanos: inovando para

obter os melhores resultados. São Paulo: Ed. Futura. 2003.

ULRICH, Dave (2009). A nova organização do futuro. Capítulo 1 – Estratégia e

Visão: Definindo o Rumo da Organização, Páginas 3 a 61.

WEISS, Donald – ULRICH, Dave - (1999). O papel do profissional de RH.

Capítulo 1 , páginas 8 a 12.

Sousa, Maria José; Duarte, Teresa; Sanches, Pedro e Jorge Gomes (2006).

Gestão de Recursos Humanos – Métodos e Práticas. Lisboa: LIDEL, Edições

Técnicas, Lda.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos na Empresa. Ed. Altlas. São

Paulo.1991. 2ª edição

TEIXEIRA, Gilnei – SILVEIRA,Aristeu – NETO, Carlos – OLIVEIRA, Gercina,

Gestão Estratégica de Pessoas (2209), FGV.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

METODOLOGIA 5

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I 11

GESTÃO DE PESSOAS

1.1–O papel do profissional de RH 11

1.2 – Os desafios de ARH 17

1.3 – O planejamento de Recursos Humanos 19

CAPÍTULO II 22

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RH

2.1 – RH e seu contexto no Mundo dos Negócios 22

2.2 – Conceito de planejamento estratégico 26

2.1.1 – Reflexão teórica 27

2.1.2. – Delineadores ambientais 29

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2.1.3 – Componentes do diagnóstico estratégico 30

2.1.4 – Variáveis externas 32

2.1.5 – Tipos de oportunidades e ameaças 33

2.2 – Missão 34

2.3 – Meta 36

2.4 – Estratégias 36

2.4.1 – Alguns tipos de estratégias 37

2.5 – Formulação da estratégia 39

2.6 – Controle e avaliação 39

2.6.1 – Análise de desvios 40

2.6.3 – Ação Corretiva 41

CAPÍTULO III 43

RH COMO PARCEIRO ESTRATÉGICO

3.1 – RH como parceiro Estratégico 43

3.2 – O Planejamento em prática 47

CONCLUSÃO 50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 51

ÍNDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: