o ponte velha | abril de 2016

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RESENDE E ITATIAIA - Abril de 2016 Nº 240. ANO XXI - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] www.pontevelha.com O estado democrático de direito é que permite que os Cabos eleitorais começem o esclarecedor e inadiável debate político! Meu candidato promete construir um shopping na Nova Conquista. Em vez de areia disse que vai usar lama ou es- cória... Qual...! O meu já combinou com uma fábrica de asfalto... Vai asfaltar da Serra do M até o Abrigo Rebouças passando por Bulhões Minha candidata faz filantropia na associação de moradores e vai dar mil cestas básicas... vai ter cesta (até) prá cachorro! A criança diz o que faz, o velho diz o que fez, e o idiota o que vai fazer. Barão de Itararé Um jornal proativo e inclusivo, que declara suas doações, é a favor da democracia, do estado de direito e do devido processo legal; e é contra tergiversação, o superfaturamento, a procrastinação e a pipoca doce.

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Page 1: O Ponte Velha | Abril de 2016

RESENDE E ITATIAIA - Abril de 2016Nº 240. ANO XXI - JORNAL MENSAL

DISTRIBUIÇÃO [email protected]

www.pontevelha.com

O estado democrático de direito é que permite que os Cabos

eleitorais começem o esclarecedor e inadiável debate político!

Meu candidato promete

construir um shopping n

a Nova Conquista.

Em vez de areia disse qu

e vai usar lama ou es-

cória...

Qual...! O meu já combinou com uma fábrica de asfalto... Vai asfaltar da Serra do M até o Abrigo Rebouças passando por Bulhões

Minha candidata faz filantropia na associação de moradores e vai dar mil cestas básicas... vai ter cesta (até) prá cachorro!

A criança diz

o que faz, o

velho diz o

que fez, e o

idiota o que v

ai fazer.

Barão de Itararé

Um jornal proativo e inclusivo, que declara suas doações, é a favor da democracia, do estado de direito e do devido processo legal; e é contra tergiversação, o superfaturamento, a procrastinação e a pipoca doce.

Page 2: O Ponte Velha | Abril de 2016

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2 - O Ponte Velha - Abril de 2016

Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho

Reg. 12 . 923Concepção gráfi ca: Afonso PraçaEdição eletrônica: Lila Almendra

Edição: Marcos Cotrim24-98828. 5997

24- 99301 . [email protected]

www.pontevelha.com

Expediente

Joel Pereira

Publicação do Instituto Campo Bello

No Tempo do Fio do BigodeDaniel da Cunha

14673758/0001-03

PoliticályaFernando António de Castro Maia

Como assim? A Câmara está pagando 18 vereadores? São dezessete. Um vai ter que devolver, e quem auto-rizou, vai ter que se explicar.

Como assim? Até agora não inauguraram o prédio novo? Não estava marcada a inauguração para setembro do ano passado?

Como assim? Estão falando que a investigação da Câmara já está suspeitando de mais nove vereadores, seis servidores e 15 empresas envolvidos nos es-quemas. Somando-se aos três afastados, temos 12, maioria confortável para barrar qualquer tentativa de CPI, Comissão de Ética, e outros que tais.

Como assim? A cidade está um lixo, buraco para todos os lados, não tem a desculpa das chuvas, e a prefeitura não tem dinheiro? Só as vias prin-cipais estão sendo cuidadas. Andem por dentro dos bairros. Manejo, Vila Julieta, Santa Ce-cília. Grande Alegria, Itapuca.

Como assim? Não existe uma lei autorizativa que permite que a prefeitura arrume as calçadas e mande a conta para os do-nos? Elas continuam uma arma-dilha em cada esquina. Pobres dos cadeirantes, dos idosos, dos defi cientes visuais. Deve ser porque não dá para pas-tilhar as calçadas, com pedri-nhas, com pedrinhas de brilhan-tes, para o meu amor passar.

Aliás, e a propósito...

Com relação aos 17 verea-dores, três estão afastados de suas funções desde outubro, se não me engano. Pela lei, nosso município então está contando com 14 vereadores. Além de ser número par, não tinha que há muito tempo ter dado posse aos suplentes? Veja que não estou sugerindo cassar os três, mas não podem receber, manter assessores, sem prestar um minuto de tra-balho. Até porque uma lista de presença é assinada nas ses-sões e dependendo do número de faltas até o salário é des-contado. Pode isso, Arnaldo?

Daniel da Cunha nasceu em 20/06/1928 e passou para o Oriente Eterno em 05/02/1980. Morou, durante toda sua vida, na Fazenda Ribeirão Raso (Boca do Leão – Resende/RJ), propriedade de seu pai, Joaquim “Lelé” Ferreira da Cunha. Primeiro mo-rou na sede da fazenda, e, depois de adulto, no Sítio Taperão, desmembrado da Ribeirão Raso, havido por herança. Ali, Daniel viveu ao lado de sua esposa, Maria Luiza da Concei-ção Cunha (19/09/1925 a 07/08/2007), e do Paulo, fi lho do casal.

Morava numa casinha de pau a pique, que ajudou a construir, como operoso servente do pedreiro Bene-dito Lacerda de Almeida, o Binditim. Era uma casinha de fi lme, com total apro-veitamento dos recursos naturais. A madeira roliça, tirou do mato, assim como o bambu e o cipó para as amarrações. Comprou apenas as telhas, dobradiças, ripas, e tábuas para fazer as esquadrias. A água vinha de uma grota, bombeada para a porta da cozinha por um carneiro hidráulico. Desto-ando da harmonia reinante, a iluminação era provida por lamparinas a querosene.

Tio Daniel tinha um espí-rito jovem e divertido, em razão do que seus sobrinhos gostavam de visitá-lo. Sua lida começava às 5h da matina. Ordenhava as vacas, e depois fazia outros serviços até a hora do almoço. Apartava as vacas, e ... estrada. Sempre a cavalo, porque entendia que um sitiante não podia andar a pé. Montado nem que seja num porco, costumava dizer! Sair com ele era diversão cer-ta, embora ele nunca andasse à toa, pois estava sempre assuntando um negócio ou outro:– Negócio, sobrinho, é opor-tunidade e informação. Agora mêmo tô quereno trocá umas vaca faiada numas vaca de leite; tô quereno vendê uma junta de boi de carro; quero apanhá um animar novo. Então, a gente pre-cisa divurgá o que tá quereno ...

Essa divulgação passava pelas vendas da região, por ani-madas rodas de conversa, de bebida e de jogo de truco.Eleitor cativo de seu amigo Antenor Ferreira, nunca fez política partidária, mas milita-va na política da Cooperativa Agropecuária de Resende, mais conhecida como Com-perativa de Leite, orgulho dos ruralistas resendenses. Infelizmente, as cooperativas foram todas a pique. Desde que um malfadado governo suprimiu delas a isenção de imposto de circulação de mercadorias, a grande maio-ria quebrou. Hoje o produtor rural vive à mercê de multi-nacionais que remuneram o leite muito mal.

A Assembleia Geral de apreciação das contas da Co-operativa, sempre acabava em festa. Após o encerramento tinha um almoço ou um coquetel. Mesmo a prestação de contas era uma solenidade concorridíssima. Daniel não perdia uma. Em um deter-minado exercício, a Coope-rativa contratou um médico para atender as famílias dos cooperados, às quintas feiras. Após a demonstração dos balanços e lucros e perdas, o mestre de cerimônias fran-queou a palavra aos coope-rados que desejassem falar. Daniel foi um dos primeiros a levantar o braço. Estava indignado de o médico só atender às quintas-feiras, e logo foi se posicionando:

– Seguinte forma: algum dos colegas comperados têm dia certo prá fi cá doente? É a prigunta que eu faço. Se a gente não tem dia certo prá ficá doente, como pode a Comperativa colocá um mé-dico prá atendê somente nas quinta. Eu não concordo, e por esse motivo eu voto con-tra a aprovação das contas, e peço aos companheros que me acompanhem a minha decisão!

Foi aquele burburinho, aquele tumulto ... O mestre de cerimônias, habilmente, pediu um intervalo para o café, durante o qual a Dire-toria em peso se empenhou em convencer o Sr. Daniel de que a oferta do médico não era a atividade principal da Cooperativa; que era uma liberalidade; que por conta disto pediam que ele recon-siderasse a não aprovação das contas. Depois de muito custo, foi retomada a reunião, com as explicações do mestre de cerimônias, que havia che-gado a um acordo com o Sr. Daniel da Cunha, e que, dali em diante, o médico atende-ria duas vezes por semana: às terças e quintas-feiras. Expli-cação dada, Daniel reconside-rou seu voto pela aprovação das contas, sendo aclamado pelos seus pares.

Daniel partiu muito moço, deixando saudades entre seus amigos e seus colegas coope-rados!

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Abril de 2016 - O Ponte Velha - 3

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Espécies de rios1- Para perceber o Rio

das Pedras descendo da Mantiqueira a gente não pode se ater só ao som da queda mais forte e próxima da pedra onde estamos sentados. Há muitos outros sons, de quedas de todos os tamanhos, em diferentes distâncias, cordas mais graves e mais agudas de uma orquestra, e ainda os instrumentos de sopro das cigarras, dos grilos, de intervenções de pios que parecem aleatórias mas são precisas. Os pequenos bichos terão noção da harmonia? Provavelmente sim, na forma da consciência deles.

A essa música corresponde o balé do vento com as ramagens do samambaiaçu e com as pequenas folhas das grandes árvores, que caem em rodopio e delizam na água em contraponto à sustentação das borboletas. De repente, um pássaro arremete em velocidade razante acompanhando as curvas do rio, por entre as pedras. O susto no espetáculo! Animais que só existem por causa da mata que só existe por causa do rio que só existe por causa da mata que só existe por causa dos animais que a polinizam. Tudo isso é a verdade do rio. E ainda o silêncio, a solidão de quem assiste.

Assim também acontece com a realidade social. Uma palavra de ordem, um conceito de alguma ideologia, é pouco. É como ouvir só a queda dágua mais próxima da pedra em que estamos sentados. Fascismo, democracia, devido

processo legal, doações declaradas, populismo inclusivo, imprensa golpista, imperialismo ianque... É tudo pouco. É tudo em meio a uma balbúrdia que não permite ouvir o todo, não permite sentir o cheiro do todo (o cheiro, como se sabe, não é matéria da “ciência” social).

Há uma grande música sendo tocada, há uma reforma política em pleno andamento na vontade das pessoas, que se re� ete na política, que um dia tomará sua forma institucional. Há uma grande aula. Câmaras são pressionadas por todo o Brasil, vereadores e funcionários baixam seus salários, são afastados e indiciados; gente nova se anima a entrar na política sentindo apoio no Ministério Público. Se debate política em casa. Um espírito de mais honestidade, de gente mais “adulta” no poder, de superação de posições unidimensionais de “esquerda” e “direita” vai sendo gerado no micro, eclode meio anárquico, em algum momento toma forma institucional. O poder sempre emana do povo, nem precisava estar escrito. Fora

é sempre também dentro. É assim que reza o Tao. Ou não, como diria o Caetano Veloso...

2- Leio na revista Carta Capital (a Veja do PT, como a sacaneiam os “coxinhas”) entrevista com o sociólogo francês Serge Letouche sobre o conceito do decrescimento, essa ideia pós moderna que surge como possibilidade de futuro para um mundo ameaçado pela ideia de crescimento se limite. Ele diz que prefere a expressão “acrescimento sustentável”, que seria crescer com a qualidade do ar, da água, da alimentação; uma “abundância frugal”, uma “sobriedade feliz”; uma socidade fundada na ideia de convivialidade em oposição à ideia de mercado.

Foi nesse ponto que eu questinonei, pois mercado é a própria convivialidade. Mercado é troca entre as pessoas, é um conceito muito elástico, que vai da saúde à doença. Mercado é, por exemplo, quando meu � lho que está morando numa república na cidade mineira de Incon� dentes dá comida e abrigo à

cachorra de um vizinho que viajou e a deixou na rua, e depois, quando da volta do vizinho, ganha deste, espontâneamente, um vidro de ghee (manteiga clari� cada) produzida pelo próprio. Mercado é a expressão da diversidade humana, da imponderável riqueza que brota das relações. Não devemos pensar o conceito apenas como a doença “dos judeus de Wall Street”, para a qual o único remédio seria o corticóide de um Estado onipotente que acabasse com o mercado e desse então às pessoas “tudo o que elas precisam...” - remédio que mata a doença e, junto, a saúde, o próprio vigor das relações.

Porque a doença não é o mercado, é o gigantismo, a acumulação da riqueza a ponto de se tornar acumulação de abstração (dinheiro é abstração, e vira mercadoria). A questão então é o “espírito” que domina o mercado. Esse ponto é abordado por Letouche quando lhe perguntam se o capitalismo estaria em crise. Ele responde, � loso� camente, com outra pergunta: “O que é mesmo o capitalismo?” E

Ulisses embe-beda o ciclope Polifemo para fugir de sua caverna

Há uma grande música sendo tocada, há uma reforma política em pleno andamento na vontade das pessoas, que se re� ete na política, que um dia tomará sua forma institucional. Há

uma grande aula.

Animais que só existem por causa da mata que só existe por causa do rio que só existe por causa da mata que só existe por causa dos animais que a polinizam. Tudo isso é a verdade do rio. E ainda o silêncio, a solidão de

quem assiste.

cita o pensador Max Weber: “o capitalismo é, antes de tudo, um espírito”. Seria o capitalismo o espírito de uma humanidade adolescente? Que pisa fundo no acelerador para vivenciar sua potência (técnica) e sua vontade de poder? A crise desse espírito seria o amadurecimento da espécie, tornada então adulta? Seria o estabelecimento de um mercado consciente do mal do gigantismo? (as crianças sabem que o gigante é mau, e tem um olho só) e da beleza da convivialidade, da maravilha inesgotável das coisas “banais”?

O rio do mercado correria então leve e solto, como a saúde no organismo, com alguma correção aqui e ali para evitar acumulação de sangue num só ponto (tumor), como corrigimos no século passado o regime de águas do Paraíba porque o rio inundava frequentemente grande parte de Resende.

PS: Queira Deus que, por causa da o� shore do Panamá, o Messi não seja obrigado a jogar com tornozeleira eletrônica; se for, que a coloquem no pé direito.

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4 - O Ponte Velha - Abril de 2016

Dr. Rafael Procaci

Cirurgião-Dentista CRO/RJ 20333Especialista em Ortodontia e Ortopedia FacialClínica Santo Inácio - Rua Eng. Jacinto l. Filho 140, Bairro Barbosa Lima - Resende, RJTel: (24) 3355.8383 - 999484899

ITATIAIA em Pauta

Francisco de Goya,Cronos devorando um fi lho1819-1823

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo de Resende, fi rmou termo de ajustamento de conduta com a Câmara Municipal de Itatiaia para a redução de cargos em comissionados (CCs) e realização de concurso público. A Casa Legislativa tem 60 dias para apresentar projeto de lei adequando seu quadro de servidores, propondo a extinção das vagas de comissionados dissociadas das funções de direção, chefi a e assessoramento.

Atualmente, a Câmara de Itatiaia tem 130 cargos de funcionários não concur-sados. Pelo TAC, o número terá que ser limitado a 60, no máximo. O compro-misso acordado inclui, ainda, a obrigação de lançar edital de convocação para concurso público para preencher as vagas criadas pela reestruturação do quadro de servidores no prazo de 90 dias a contar da sanção da lei. Em caso de des-cumprimento, o TAC prevê multas e a responsabilização dos agentes públicos e particulares envolvidos, inclusive nas esferas criminal e de improbidade adminis-trativa. O SEPE, Sindicato dos Professores, reivindica seu protagonismo como denunciante em 2013.

(Com Jornal Beira Rio (http://jornalbeirario.com.br/portal/?p=39104)

Lagoa do Padre se vingará em inocentes?

No dia 2 de março de 2016, o PSOL ITATIAIA entrou com uma representação no Ministério Público de Tutela Coletiva, questionando as obras de terrapla-nagem que estão sendo realizadas no terreno junto ao bairro Jardim Itatiaia.Segundo o teor da representação, “essas obras provocam danos irreparáveis ao meio ambiente afetando diretamente as turfeiras de grande importância à biodiversidade garantindo benefícios, entre outros, como a regulação ao ciclo e fornecimento de água; áreas úmidas; reduto de vida de várias espé-cies; local de refúgio, alimentação e reprodução de várias aves residentes e migratórias, [...] pouco conhecidas e respeitadas. Essa área, por apresentar muita umidade, deve certamente possuir reservas de águas subterrâneas, o que deve ser comprovado após estudo técnico. É possível observar que, no próprio pátio da fábrica existem poças de água que resistem dias mesmo com sol escaldante e nítida presença em dias úmidos e principalmente chuvosos.”

A “lagoa” ou brejo serve de bacia de dispersão que infi ltra as enchentes no lençol freático, regulando as cheias e pevenindo inundações. Desta forma, se o Estudo de Impacto Ambiental feito pelo Inea (como aqui foi noticiado) para auto-rizar a intervenção não contiver um estudo hidrológico, não se poderá saber se a vazão do córrego que alimenta a lagoa excederá a capacidade de escoamento.

Ou seja, além das dimensões histórico-cultural e ambiental, a questão parece implicar num provável dano social. O moradores da Vila Niterói, na Linha Velha Norte, temem que o aumento do volume de água devido à ca-nalização torne as enchentes ainda mais prejudicias do que têm sido. O sis-tema de esgotamento das águas pluviais que passa por baixo da Dutra e do antigo leito da ferrovia é subdimensionado para a função, uma vez que é feito de pedras e data do tempo da construção da ferrovia, inaugurada em 1875!

Do outro lado desse dreno, a caixa coletora construída ao tempo do gover-no Almir Dumay encontra-se danifi cada há anos. As enchentes têm solapado o alicerce de algumas casas, e os moradores apostam numa tragédia na próxima temporada de chuvas. Alegam que já chamaram a Defesa Civil, que recomendou--lhes “procurar a Prefeitura”, do que, segundo eles, nada de efetivo resultou.

A quantidade de água que passa por baixo do leito da antiga ferrovia já au-mentou com a canalização feita para abrir-se a Av. Industrial Alda Bernardes em 2015, e a da Lagoa do Padre agravará, certamente, o problema, que expõe nossa infeliz incapacidade de dotar Itatiaia de um plano habitacional. (MCB)

Na edição passada do Ponte Velha, trouxemos a notícia de que o vereador Man-tovani (Jabá) pediu explicações sobre a canalização do curso d’água que forma a história Lagoa do Padre, na antiga Fazenda Cabreúva, onde se implantou a IBR--LAM. Procurado, o vereador disse-nos que não obteve resposta por escrito, e lembrou que o número da licença do Ineia não consta da placa no canteiro da obra.

Mantovani lamentou que as leis ambientais sejam tão rigorosas para o “povo miúdo” e tão permissivas para os poderosos.

Câmara Municipal vai cortar comissionados

Pré-candidatura de radialista representa mudança?

Animador de um programa de rádio há cinco anos, o “Ao Seu lado”, voltado para a discussão política da cidade e região, Lucas disse ter ganho “profundo entendimento de toda necessidade de Itatiaia”.

Somam-se aos pré-candidatos vereador Dudu Guedes, ao Vice Edmar Barbosa, a Eduardo Sancler e ao candidato do Prefeito Ypê, ainda desconhecido.

Substituição do ônibus que transporta universitáriosMoradores e estudantes reclamam e denunciam o uso de ônibus com defeito para o transporte escolar da Prefeitura Municipal de Itatiaia. Superlotados, transportando até 70 estudantes univer-sitários que relataram indignados problemas durante o trajeto comprometendo a aula dos mesmos.O ônibus vem apresentando vários problemas e trafega em estado precário desde o ano passado e não foram realizados os conser-tos necessários. Além de problemas com a manutenção, quando chove, o teto está vazando água, e quebrando seguidas vezes colocando em risco a vida de seus ocupantes.

O radialista Lucas Mello (à esquerda na foto) lançou sua pre-candidatura tendo como companheiro de chapa o pintor e professor Rafael Fioratto. Ao Diário do Vale, revelou: “Eu estava no PV (Partido Verde) e recebi um convite do PHS (Partido Humanista da Solidariedade), através do presidente do diretório estadual do partido, Sandro Mattos, que também é prefeito de São João do Meriti.O objetivo de Mattos é incentivar o crescimento da sigla no Sul Fluminense, e o lançamento de candidaturas a prefeito nos municípios é um caminho para atingir essa meta.”

O vereador Imberê Moreira Alves (foto) solicitou a substituição imediata do ônibus escolar: “Há co-branças sobre defeitos detectados, goteiras, até problemas mecânicos, fatores que podem por em risco a vida dos estudantes, por isso, solicito a imediata substituição do mesmo”, fi nalizou. (Com CMI)

Mais uma fábrica em ItatiaiaFoi assinado dia 21 de março o protocolo de intenções para a instalação da fábrica fi nlandesa de produtos

para refrigeração, Luvata HTS do Brasil, em Itatiaia. Maurício Magalhães, gerente geral da Luvata, disse que Itatiaia foi escolhida para sediar mais uma de suas unidades fabris em virtude das condições de logística.

A Luvata é uma empresa de fabricação de produtos de refrigeração para climatização de ambientes, clima-tização móvel, armazéns frigorífi cos, processos industriais trocares de calor para ar condicionados de avião, etc. Possui 35 plantas em 13 países das Américas, Europa e Ásia, com 6.400 funcionários e tem clientes no Brasil, como a Toshiba, MAN, Cummins. Para a instalação em Itatiaia, serão investidos 35 milhões de reais.

Inicialmente, no Brasil, a empresa produzirá coolers industriais. De acordo com o cronogra-ma da empresa, a previsão é alugar um galpão em agosto desse ano, iniciar o recrutamento de profi ssionais em abril de 2017 e produzir as primeiras unidades para teste em junho de 2017. Além disso, estão previstas, no total, 200 oportunidades de emprego. “Nossa empresa precisa de mão-de-obra específi ca, de engenharia e para a produção e iremos trabalhar com parcerias com instituições de ensino para capacitação”, explicou o gerente geral, Maurício Magalhães.

O Prefeito Ypê comentou que sua meta é fazer da Prefeitura “um órgão facilitador para a vinda de grandes empresas para Itatiaia. O objetivo é criar empregos e principalmente melhorar a renda das famílias.” Importa perguntar se já se tem números sobre os itatiaienses empregados nas empresas aqui implantadas, e se os benefícios fi scais compensam os passivos sociais e ambientais. (MCB/ Com PMI)

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Page 5: O Ponte Velha | Abril de 2016

Abril de 2016 - O Ponte Velha - 5

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Francisco de Goya,Cronos devorando um fi lho1819-1823

hoje ondeA crise das crises

hoje rompi as fronteiras de mim

hoje olhei o mundo

hoje, com meus novosvelhos olhos reconhecidos.

hoje dancei(em minha cabeça)

dança mestiçade sol e de lua

para as árvores e grades da rua (olhei-as)

hoje dei dois passos para trás

compasso sem memória

hoje quis viver mais

e aprender a sere estar em paz

mari biolchini@biolchinimari

Não adianta mais bradar sobre a crise política. A crise, a maior de todas, é indubi-tavelmente moral. Não há como mudar a política se não conseguimos distinguir o que são valores . A cor-rupção nada mais é que o abandono das virtudes em favor do vício. O que é a corrupção senão a troca de caminhos? Abdica-se do cor-reto em favor do ilícito. A verdade é que nos confron-tamos, a todo momento, no espelho de nossas atitudes. Como escolher o caminho dos justos em um mundo onde as referencias para percorre-lo se esvai em um manto de iniquidades?

Nossos representantes nos representam? O que de fato esperamos deles? Hoje o dis-curso do trabalho se resume em exploração, e os defenso-res desta tese não trabalham, mas vivem do trabalho dos outros, parasitas. São “ex-perts” em retórica vazia. Se auto-entitulam defensores do povo e não vêem por isso nenhum problema em se apropriar dos recursos oriun-dos do trabalho alheio.

Reproduzimos à exaustão uma discussão anacrônica entre direita e esquerda, entre povo e elite, entre ex-ploradores e explorados. Os porta-vozes desta discussão porém carecem de qualquer fundamento que lhes dê qualquer credibilidade.

Saindo do campo das diva-gações e entrando em nosso município, o que se vê hoje é todo o tipo de articulação a fi m de manter impunes os denunciados pelo minis-tério público no escândalo da Câmara de Vereadores. Sindicâncias inconclusas, conselho de ética capenga, prazos dilatados, certeza de esquecimento da população. O fato é que vemos gente em cargos públicos que enriqueceu em oito anos na defesa dos interesses de nosso povo.

A esperança reside na competente atuação de um promotor de justiça, Dr. Fabiano Cossermelli e sua equipe. O processo que se iniciou na Promotoria da Tutela Coletiva, agora ganha corpo na Promotoria Cri-minal. E o melhor, o mes-mo promotor se deslocou de uma promotoria para a outra, a fi m de dar seguimen-to ao processo. Nada disso

porém terá o efeito preten-dido se a população assim não o quiser. É necessário e urgente dar um basta ao comportamento doloso de algumas autoridades eleitas.

O período eleitoral já começou, mesmo que não ofi cialmente. O dinheiro dos “barrigas vazias” (como são denominados, por um certo vereador de muitos manda-tos, seus eleitores despossu-ídos) já está reservado, pois mandatos nunca estiveram tão ameaçados. É o mo-mento em que os políticos profi ssionais afi am seus discursos fora de palanque e fazem suas promessas e acordos de bastidores. Isso só acontece porque muitos vêem no político a solução de seus problemas pessoais. São poucos os que acreditam nas soluções coletivas e na propriedade do dinheiro pú-blico. Para a grande maioria o voto não tem valor e sim preço. Políticos e eleitores chafurdam na lama das conveniências ao ponto de ser impossível distingui-los. É nessa lama moral que pre-tendemos fundar uma cidade melhor? Esta contradição não tem nada de ideológi-ca, não tem fundamento, é apenas fruto de uma cultura perversa, individualista e da ausência de valores. Como diriam meus avós em outros dias: “Só Deus, fi lho. Só Deus.” É a Ele que devemos apelar ou pedir perdão?

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6- O Ponte Velha - Abril de 2016

Encontro no Espaço Z lembra centenário de nascimento do ex-governador Badger da Silveira

Convidado pela Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, o jornalista Flávio Collistet proferiu na noite do dia 30 de março último, no auditório do Espaço Z (Resen-de), uma palestra sobre o centenário de nascimento do ex-presidente da Câmara Municipal de Resende e ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Badger da Silveira. Em artigo escrito especialmente para o Jornal Ponte Velha, Collistet lembra algumas informações destacadas em sua palestra e outros passos da história de Badger.

No dia 10 de março de 1916, a atual cidade de Bom Jesus do Itabapoana ainda era um distrito de Itaperuna, no norte fl uminense. Foi no então distrito que exatamente nesta data nasceu Bad-ger da Silveira, fi lho do casal Boanerges Silveira e Maria do Carmo Teixeira, a dona Biluca, que teve cinco fi lhos, entre eles, Roberto da Silveira, outro ex-governador do estado do Rio de Janei-ro, nascido sete anos depois do irmão Badger, ou seja, em 1923. Os dois irmãos (Roberto e Badger) se mudaram para Niterói com o objetivo de estudar Direito na faculdade daquele município. Conseguiram se formar advogados, mas a polí-tica acabou atraindo-os anos depois, principal-mente em razão do entusiasmo pelo trabalhis-mo que se propagava em praticamente todo o país, sob a liderança de Getúlio Vargas. Badger e Roberto ajudaram a fundar o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) no território fl uminense. A trajetória política de Badger da Sil-veira tem ligação direta com a trajetória política do irmão Roberto. Com a derrubada do Estado Novo na década de 1930, Roberto da Silveira ocupou seu primeiro cargo público de grande visibilidade: ofi cial de gabinete do interventor do estado do Rio de Janeiro, Lúcio Meira. Em 1947, ele (Roberto da Silveira) se elegeria depu-tado estadual, tendo sido reeleito para mais um mandato na Assembléia Legislativa, precisamen-te no período de 1951 a 1954, quando se licen-ciou da atividade parlamentar e passou a ocupar a titularidade da Secretaria estadual do Interior e Justiça na administração do então governador Amaral Peixoto. Numa época em que o vice-governador era eleito separadamente do governador, Rober-to Silveira ganhou pelo voto popular a vice-go-vernadoria do estado fl uminense, no pleito cujo candidato vitorioso a governador foi Miguel Couto. Isto em 1954. Quatro anos depois Ro-berto da Silveira seria eleito governador para um mandato de quatro anos (1959- 1963). Porém, a morte aos 38 anos de idade, em um aciden-te de helicóptero no município de Petropólis, interrompeu prematuramente o seu mandato de governador. Enquanto Roberto da Silveira trilhava os primeiros passos da sua carreira política na década de 1940, o irmão Badger da Silveira era nomeado delegado de polícia para atuar em Re-sende, cidade na qual conheceu Renê Ferraiolo, com quem se casou, na Igreja do Rosário, numa celebração realizada pelo padre José Sandrup. Renê Ferraiolo era fi lha de uma das famílias tradicionais do Município na época (um dos membros da família, José Ferraiolo, tinha sido prefeito da cidade por duas vezes, a primeira de

05 de agosto de 1936 a 13 de novembro de 1937, e a segunda de 14 de novembro de 1937 a 03 de agosto de 1943). Eleito vereador em Resende na década de 1950, Badger da Silveira se tornou presidente da Câmara Municipal de Resende em 1951, primeiro ano do mandato do então prefeito João Maurício de Macedo Costa. Foi neste período que Resende recebeu uma das visitas do presidente da Repúbli-ca, Getúlio Vargas, correligionário de Badger. Com a morte do ex-governador Roberto da Silveira em 1961, começaram as articulações dentro do próprio PTB visando à escolha do nome do partido com vistas às eleições para governador, em 1962. Inicialmente, três nomes foram venti-lados: Paiva Muniz (secretário estadual de Trans-porte), Augusto de Gregório (secretário estadual de Fazenda) e Álvaro Fernandes (presidente da Assembléia Legislativa). Mas nenhum deles se consolidou. Veio então a decisão interna do PTB: o candidato seria alguém da família de Roberto da Silveira, visto principalmente a grande comoção popular que a morte do ex-governador ainda cau-sava.

Dessa maneira, nasceu a escolha do ex-presidente da Câmara Municipal de Resende, Badger da Sil-veira, para concorrer ao governo estadual. Antes, ele tinha sido secretário estadual de Educação na administração do irmão Roberto e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Badger da Silveira disputou a eleição de governador do Rio de Janeiro em 1962 com outros quatro candidatos. Venceu o pleito por uma pequena diferença sobre o segundo colocado, o deputado federal e lendário político da Baixada Fluminense, Tenório Cavalcanti. Badger recebeu 260.841 votos (33,5 por cento dos votos válidos) contra 224.734 de Tenório Cavalcanti (28, 9 por cento). O mandato do governador eleito Badger da Silveira começou em 31 de janeiro de 1963 e iria até 31 de janeiro de 1967. Mas ele fi cou apenas um ano e quatro meses no exercício do cargo. No dia 02 de maio de 1964, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro cassou o seu man-dato, acusando-o de ligações com o comunismo, a mesma acusação que teve infl uência direta na derrubada do presidente da República João Gou-lart, de quem Badger era um dos aliados principais. A ditadura militar começava a vigorar no Brasil. Nos 16 meses em que foi governador do Rio de Janeiro, Badger da Silveira esteve em Resende várias vezes para inaugurar obras ao lado do então prefeito, Oswaldo Rodrigues (foto), um dos nomes históricos do PTB da cidade, entre elas a pavimentação da Avenida General Affonseca (Manejo); o grupo escolar Roberto da Silveira, no bairro Paraíso, hoje uma escola administrada pela prefeitura; e a Rua Noel de Carvalho (Centro Histórico). O governador cassado não quis saber mais de política, nem mesmo em 1979, quando teve os seus direitos políticos recuperados. Voltou a residir em Niterói, depois da cassação, e sobreviveu dos honorários pelos serviços de advogado. Em 1981, se aposentou do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, função da qual havia se licenciado para se candidatar ao governo fl uminense em 1962. No dia 09 de maio de 1999, o ex-presiden-te da Câmara Municipal de Resende e ex-governa-dor Badger da Silveira faleceu no Hospital Adven-tista, no Rio de Janeiro, com 83 anos de idade. O velório do seu corpo ocorreu na Câmara Municipal de Niterói e o sepultamento nesta mesma cidade. Até os dias de hoje, Badger da Silveira é lembrado como um dos mais ilustres nomes da vida política de Resende.

Flávio Collistet

Badger da Silveira

Badger dicursa em Resende. Atrás, à sua direita, Oswaldo Rodrigues

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rendo, em primeiro lugar, a formação de professores para o ensino e o aperfeiçoamento do idioma em toda e qualquer interação entre os integrantes do “povo”, para que este, em magnitude, possa exercer o seu poder, como previsto no parágrafo único do titulo I, art. I da Constituição Fede-ral: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos...”

Professores estimulam e motivações surgem afl orando vocações que superam óbices inerentes a toda e qualquer profi ssão ou atividade huma-na. Inúmeras são as formas de reconhecer méritos, dedicação e valores, encobertos nas singelas e discretas atuações educativas. Unem educador e educando este imprescindível processo que, como resultado, “garante” o desenvolvimento nacional (Art. 3º, Título I). Em síntese, sem esse casamento de necessidades e missões não se pode alimentar a imensa Nação com profi ssionais que ensinem a língua, ressaltan-do sua beleza, musicalidade com palavras que permitem que a usemos afetivamente na comunicação com outros filhos do mesmo Criador.

Uma nação evolui com a evolução da sua língua e seu infi ndável uso científi co,

A importância do Curso de Letras“O primeiro curso de Letras no Brasil foi criado na Universidade de São Paulo em 1934. Entre seus objetivos: preparar candidatos ao magistério do ensino secundário, normal ou superior.”Antes de sua criação, porém, falava-se um bom português e cantava-se o hino nacional em bom português. Escrevendo sobre a dimen-são política da língua, o professor Correa Neto chama atenção para o sentido estratégico dos cursos de letras.

O curso de Letras, com ob-jetivos, entre outros, de forma-ção de professores do idioma falado em nossa Nação, pode e deve ser considerado como um curso prioritário, pois, na nossa visão e na de muitos outros, é um dos fatores que fortalece os fundamentos do Estado brasileiro, em particu-lar, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. Assim o entendemos, pois a língua, como um meio de comuni-cação oral e escrita, favorece o entendimento e a união entre os seres humanos. De-senvolvem atitudes, valores e o sentimento cultural da nacionalidade pela aceitação das diversidades. Fortalece a coesão de um povo, maior riqueza da democrática Nação brasileira. Com o uso e o aper-feiçoamento da língua herdada dos portugueses, enriquecida pelos índios, negros e outros construiu-se essa destacada nacionalidade. A língua de Ca-mões, Fernando Pessoa, Ma-chado de Assis e outros tantos, com sua riqueza histórica e cultural, da qual não podemos dissociá-la, é por nós revisada e favorece a aceitação das diversidades, desenvolvendo com criatividade a percepção humana, sobretudo o senti-mento nacional de liberdade. Por isso foi aceita sem trau-mas a nossa independência, estabelecendo uma norma para os notáveis momentos de evolução histórica. A aceitação inicial da destacada importância do curso de Le-tras e da atuação dos profi ssio-nais envolvidos no processo de aprendizagem, da valori-zação, de aperfeiçoamento da língua em suas múltiplas utilizações permite que sejam sugeridas estratégias para atingir e fortalecer as metas anteriormente apresentadas.

Estabelecer objetivos para fortalecer o nosso idioma é imprescindível, por ser a lín-gua portuguesa a língua ofi cial do Brasil (Cap. III – art.13 da Constituição Federal), reque-

poético e sobretudo, afetivo de amor à Pátria.

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colabo-ração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualifi cação para o trabalho.”

Prover a sociedade com docentes é a principal me-dida para atingir os objeti-vos mencionados na nossa Constituição. A premência da divulgação deste texto justifi ca a razão do não apro-fundamento no tema que, por ser de elevada importância, merece estudos e reflexões por parte de todos e, princi-palmente, daqueles que são cônscios das pessoais respon-sabilidades como integrantes do valoroso povo brasileiro.

Valorizam os feitos, os mé-ritos de nossos antepassados, a nossa história, a riqueza intelectual e moral devem ser retransmitidas por todos, através da língua que fala-mos e que temos por obri-gação aperfeiçoar, exercendo a cidadania em plenitude.

Estevão Alves Correa [email protected]ólogo e mestre em educação

Luis Vaz de Camões1524-1580

A viagem do Dr. UlissesA volta de Ulisses (Odis-

seu) a Ítaca, sua Pátria, e a sua amada Penélope tem sido usada como emblema para ilustrar diversos tipos de “via-gem”. Uma “Odisseia” indica uma viagem difícil como a do idealizador do cavalo de Troia.

Odisseu, homem de “cur-vo pensar”, aprendeu ardua-mente a lidar com as margens, as exceções, os mistérios que humilham a razão; não subs-tituindo o pensamento pela vontade ou pelas paixões, mas alargando sua abrangên-cia com o apelo ao sagrado.

Numa dessas viagens - uma prosaica viagem entre Resende e Rio de Janeiro - certo amigo deparou-se com um acidente, em que a vítima estava perdendo sangue, ten-do uma artéria se rompido. Ao lado, um médico estava imobilizado pelo dilema cien-tífi co: ou seguia as leis que aprendeu na universidade, que lhe impunham assepsia para qualquer intervenção, ou estancava a hemorragia com o que tivesse em mãos.

Meu amigo tomou o que estava mais à mão, o dedo, e fi cou segurando até chegar o socorro. Foi “contra” a lei? agrediu a norma? fugiu à regra?

Conheci uma pessoa que adorava matemática e de-testava português porque a regra tinha muitas exceções; as normas gramaticais eram insuportavelmente “falíveis”. Isso me ajudou a compre-ender que certas esferas da realidade não podem ser tratadas cientifi camente; tam-bém percebi que falar uma língua, cultivar sua norma culta (perdão pelo truísmo), é um gesto político. Tem a ver com as fronteiras da rea-lidade e a soberania nacional!

O termo sertão deriva de desertão. Nossos sertanistas, quando empurraram a fron-teira de Tordesilhas para o po-ente, defi niram limiares de lín-gua, cultura e nacionalidade. Tordesilhas era tão artifi cial quanto os limites do Parque Estadual da Pedra Selada, de-senhados pelo olho onisciente do Google. Concluí que o tal amigo detestava a língua por-

Marcos Cotrim

tuguesa e amava a matemática porque tinha nojo da vida. E tudo que vive nasce... isto é, tem a ver com natureza e suas imprecisões. Ora, nada mais misterioso, diverso e surpreen-dente que a natureza. É preciso ter olhos para ver, e não GPS

Não por acaso, o cego Tirésias orientou Odisseu na viagem de retorno. Os gregos amavam as leis, e se defrontaram com duas for-mas antagônicas de produzi--las: ou deriva-las de uma lei maior “não escrita”, natural; ou concebê-las por conven-ção ou arbítrio. Célebre é a tragédia Antígona, de Sófocles que expõe as opções envolvi-das na questão de justiça, que exige interrogar a realidade, e não os manuais de legislação.

Benditos os que aprendem a retornar... Por mais pródigos que sejam, a linguagem da realidade os purifi ca da hybris, da fuga à escala humana, feita para ouvir as musas, fi lhas de Zeus e Memória. Mas o Es-tado Democrático de Direito não tem memória; sucateia nossas referências políticas de anteontem! É a destruição da política real pela hybris legal.

Desde a Const i tu ição de1988, a do Dr. Ulisses, o jogo esquerda/direita não enxerga mais a realidade, só leis escritas. As palavras não mais signifi cam coisas reais. O sangue jorra, mas discute-se o “devido processo legal” e os “trâmites burocráticos”, fac-tóides democráticos que falam mais alto que as necessidades mais contundentes da nação.

O conceito de nação remete a natureza também. Indica onde se nasce e para onde se volta; é a primeira camada de solidarie-dade, que se realiza na família e na língua pátria. Nossa cor-rupção política seria espelho da corrupção da linguagem?

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8 - O Ponte Velha - Abril de 2016

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Em 1985, o grupo de Teatro Boca de Cena, com apenas 3 anos de vida, resolveu montar uma peça que foi o divisor de águas de sua história: Aurora da Minha Vida. Seu autor, Naum Alves de Souza, um dos mais importantes do teatro brasileiro.

Pré-Simpósio Resende de História

14 de Maio | Espaço Z8 às 17h

Eixos temáticos

- A mulher na formação do Vale do Paraíba- A presença da mulher na arte e cultura do Vale do Paraíba- A mulher e a educação- Mulher e sociedade

Se você se interessa pela memó-ria e preservação da cultura do Vale do Paraíba, ou tem tra-balhos nesta área, participe!

Inscrições até 5 de maio:

http://www.iev.org.br/simposio

Mais informações:3354.6927

Realização: PMR / Casa da Cultura / Insti-tuto de Estudos Valeparaibano

Apoio:Academia Resendense de História Instituto Campo Bello

A Faculdade de Engenharia de Resende – FER, mantida pela As-sociação Educacional Dom Bosco – AEDB teve alta conceituação em avaliação realizada, no mês de março, pelo Ministério da Educação. Numa escala de 1 a 5, a FER recebeu nota 4. Segundo o parecer da comissão de avaliação do MEC, a Faculdade de Engenharia da AEDB supera os requisitos mínimos de qualidade para funcionamento. Criada em 1998, depois de aprovada pelo Ministério da Educação, a Faculdade de Engenharia passou ago-ra por nova avaliação, tendo em vista o processo de re-credenciamento pelo MEC, que é feito periodicamente.

Curso de Engenharia Civil reconhecido pelo MEC- Ainda em março, a AEDB recebeu outra comissão do MEC, para ava-liação do curso de Engenharia Civil, tendo em vista seu reconhe-cimento. Implantado em 2011, o curso foi reconhecido agora pelo MEC, tendo recebido, também, o conceito muito bom (nota 4, na escala de 1 a 5).

Engenharia da Dom Bosco recebe conceito muito bom na avaliação do MEC

Morreu Naum Alves de Souza

Quis o destino que o Naum viesse a Resende assistir à nossa montagem e, depois de sair bastante satisfeito com o que viu (duas gêmeas - Kiria e Karla - no papel das gêmeas!), acabou virando um querido amigo, mantendo contato conosco até recentemente.

A 10 de abril último, Naum faleceu, para surpresa de todos, com 73 anos. Coincidência: no mesmo dia em que estreiei uma peça para crianças depois de mais de 30 anos. Sem sa-ber - só soube de sua morte minutos antes de entrar em cena - estava prestando homenagem ao querido amigo. (Zé Leon)

Peça para crianças estreia com sucesso

O grupo Ciranda de Ideias, junto da JLZ Soluções Criativas e aTerra Brasilis Produções Artísticas, apresentou domingo e apresentará no dia 17, o espetáculo teatral e musical infantil Ciranda das Flores. Com texto de Helena Ritto e Fabio Brandi Torres, a atração tem como elenco Veri Vasques, Zé Leon (que tam-bém dirige) e Marco Esch, que conta a história de um semeador e uma jardineira.

Dicas Gourmet Vão aqui três dicas de lugares deliciosos, que podem ser acessados a pé por moradores de alguns trechos de Jardim Brasília, Alvorada e Manejo.

Um deles, inaugurado há poucos meses, é a Forneria Artezian, pizzaria do maior bom gosto, nos dois sentidos, capitaneada por Fernando Couri, proprietário e pizzaiolo. Uma grande a agradável varanda de madeira, um atendimento atencioso, bonitos quadros nas paredes. Fica na rua Armando Fajardo, 100, na Vila Elizabeth, naquela subida da casa do Ton Kneip.

O segundo, que já faz sucesso há tempos, é o Uai, Su!, que fi ca naquele largo do começo da Alvorada, onde há o posto de gasolina. De uns tempos para cá, além dos já famosos caldos das noites, eles passaram a servir um almoço com comida caseira de primeira linha, feita com a supervisão da Suely. É um lugar onde se almoça com tranquilidade, por um preço bem acessível e em meio a muita árvore.

E, por fi m, duas quadras atrás do Uai, Su!, a meio caminho entre Alvorada e Manejo, tem a Toca do Peixe, onde se deve ir numa sexta ou num sábado à noite para saborear porções de camarão e peixe acompanhados de uma boa bagaceira e de uma cerveja bem gelada. São, todos os três, nota 10. Quem garante é o Ponte Velha.

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Na semana passada participei do primeiro evento dessa oportuna iniciativa política denominada “Re-sende em Debate”. O tema foi Saúde e contou com uma palestra do Dr. Álvaro Machado, ex-vereador de Resende e ex-secretário de Saúde de Itatiaia. Em segui-da, foram feitas perguntas e apresentadas propostas para um programa de governo relacionado ao tema.

A maioria das propostas era voltada para a melhoria dos sistemas e das estruturas, de forma a se proporcionar menos demora no atendi-mento, facilitar a realização de exames, agilizar procedi-mentos e outras providências importantes para a saúde da população.

Compartilhei com os presentes meu entendimen-to de que é fundamental, também, atuar no sentido da prevenção das doenças por meio de ações de comuni-cação, educação e melhoria da qualidade ambiental, uma vez que muitas enfermida-des decorrem da falta de informação, da alimentação desequilibrada, do modo de vida sedentário e dos efeitos da poluição.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, ano passado, um estudo sobre os custos econômicos da poluição do ar na Euro-pa. Naquele bloco de países, considerados desenvolvidos, mortes prematuras e doen-ças causadas pelo ar poluído geram um prejuízo anual de US$ 1,6 trilhão, valor equivalente a um décimo do Produto Interno Bruto da União Europeia em 2013. Segundo a OMS, “os im-pactos da poluição do ar na saúde dos europeus geraram 600 mil mortes prematuras em 2010”.

Os cálculos não incluem outras modalidades de poluição, como ausência de tratamento de esgotos, con-

taminação por agrotóxicos, stress por poluição sonora e tantos outros fatores de degradação ambiental que impactam diretamente, de forma negativa, o bem estar e a saúde das pessoas, sobretudo quando vivem nas cidades.

Ar, água e saúde se re-lacionam diretamente com Meio Ambiente, que por sua vez, enquanto política, relaciona-se com tudo o mais, visto que somos par-te de uma grande rede de fatores climáticos, biológi-cos, sociais, culturais etc.

Essa constatação re-força a necessidade de superar dois entraves quase crônicos relacionados às políticas públicas: a notória descontinuidade de projetos em andamento no caso de mudanças de governo e a precária integração entre os diversos órgãos da admi-nistração. Apesar de alguns

avanços, ainda é relativamen-te comum a ocorrências de atitudes pouco sinérgicas e até mesmo confl itantes entre diferentes secretarias de um mesmo governo.

Voltando ao tema am-biental e focando na pro-teção do meio ambiente enquanto função de governo, é mais que oportuno ter em pauta ao menos três demandas: sustentabilidade ambiental - no seu sentido mais amplo; continuidade dos bons projetos e; integra-ção administrativa. Esses três aspectos são hoje funda-mentais como pilares que devem nortear o bom debate político e, consequentemen-te, inspirar os candidatos a gestores públicos.

Caso contrário, corremos o risco de apenas continuar fazendo mais do mesmo (ou quase), mudando os atores, mas sem grandes alterações no enredo e nos resultados.

Em debate, Saúde, Meio Ambiente e maisLuis Felipe Cesar

Alguém aí? Onde estão todos?As consciências ainda respiram?

A perplexidade é tanta antes do desfechoque as ruas imaculadas parecem se aquietarno olho do furacão, na eminência do caos:

Ah! Teriam conseguido eviscerara esperança e desossar a liberdade

impondo silêncio à maioria?Espocam ameaças, estas sim tonitruantes,

orquestradas pelos violentos à fibria da justiça.Oh Deus! Não permita

que corrosivos poderes humanos sufoquem a verdade das ruas sem culpa.

Ruas Sem Culpa Somavilla

Gravura de Erasmus Francisci zu Nürnberg (1627-1680)

Hummmmmmaqui,como diz o Herbert Felipe, é na base do Cartola: “Ensaboa, mulata,

ensaboa...”

Ô maiada, será que a Lava-jato chega aqui nas Agulhas negras?

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10 - O Ponte Velha - Abril de 2016

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João Alberto StagiA Mentira com

Responsabilidade- XXXIndependence Day

Lorde Horatius Nelson, o divisor de águas turvas

Quem me conhece sabe que os norteamericanos não me são simpáticos, a começar por usarem o termo “americanos” só para si, como se os demais países da América não fossem também americanos.

Mas independente da simpatia, ou até mesmo da antipatia, há de se reconhecer que eles são capazes de produzir certos bens de consumo, sabem, e acima de tudo, produzir fi lmes que são merecedores de aplau-sos; ou por sua beleza na produção ou pelas mensa-gens que transmitem, apesar da hiperexaltação de seu nacionalismo.

No fi lme Independence Day, é mostrada uma civilização alienígena que busca ocupar o planeta terra para esgotar todos os seus recursos, e quando tiver usado até o limite, partiram para outros planetas que ofereçam condiçõespara serem ocupados e totalmen-te sugados. A luta pela sobrevivência permitiu ou obrigou que certos segredos, até então bem guarda-dos, fosse revelados, e a união de todos e o sacrifício de muitos foram capazes de imedir a destruição dos planeta.

Mas por que estou escrevendo isso, quando me pediram para escrever sobre algo que venho dizendo desde 1988, quando fui candidato a prefeito, e conti-nuei dizendo todas as vezes em que fui candidato?

Eu prefi ro ter na nossa cidade 10 empresas de 500 empregados ou 500 empresas de 10 em-pregados, do que uma com 5.000 empregados.

Sempre que me perguntavam o porquê, eu dizia, e continuo dizendo, que essas grandes empresas só se instalam onde se oferecem muitos benefícios, longo período de incentivos fi scais (renúncia de receita do Estado!), e sempre que acontece uma crise são as que mais alimentam a crise, seja com desemprego, seja com exigência de maiores incentivos.

Basta verifi car quanto as grandes empresas trans-nacionais obtiveram de benefícios públicos desde o início da industrialização do Brasil.

Pelo fato de serem grandes empregadoras, sempre usam como “ameaça” para obtenção de recursos, o desemprego ou até mesmo irem embora. Deveriam

ser contabilizados todos os benefícios obtidos pelas mesmas e, para saírem, teriam que devolvê--los.

Nossa região vem sofrendo nas última dé-cadas esse tipo de exploração. Algumas dessas “grandes empregadoras” fecharam suas portas e sumiram, deixando para nós os problemas causados. Resende, Itatiaia e Porto Real passaram, e ainda passam, por momentos de grande euforia, ao receberem grandes galpões de montadoras e fábricas. Mas ainda não se percebe que estamos favelizando nossa região e exaurindo nossos recursos.

Até quando seremos enganados pelas “luzes da ribalta”? Parecemos mariposas em torno da lâmpada. Espero que o mais rápido possível che-guemos ao nosso “Independence Day”.

Na possibilidade de asilo na Itália, Lula de-verá abrir naquele país a rede de massas “Tríplex Pizza”, em parceria com Cicciolina, e máfia local prepara cafofo confortável e aconchegante para receber o hóspede ilustre

Com a recente divulgação da escapada, isto é, do possível pedido de asilo político de Lula na Itália, onde sua família possui descendentes (do ramo de Mussolini, provavel-mente), o país europeu entrou em polvorosa com a expectativa da abertura de uma nova rede gourmet que atenda os paladares mais exigentes da nação, a rede Tríplex Pizza. Prevista para possuir sede em Roma e fi liais em Gênova, Veneza, Florença e até no Vaticano, a rede terá como carro chefe algo que os ita-lianos adoram e no qual os políticos brasileiros são especialistas: pizza. E ninguém menos importante para abrir o negócio para Lula, isto é, com Lula, do que a famosíssima Cicciolina, que já foi deputada no país, dentre outras ocupações. A nova sócia, que conhece como ninguém as exigências linguísticas, isto é, de paladar da nação, deverá dar todo apoio moral, fi nanceiro e sentimental para o ex-presidente poder gerenciar a rede sem cair na rede, ou ainda, sem sair de sua rede pendurada na varanda de seu quadríplex recentemente adquirido nos arredores do Coliseu. Os dois devem percorrer o país numa busca pela qualidade ideal do leite a ser usado para o queijo das pizzas, e essa viagem leitosa deve render muitos momentos românti-cos, isto é, muitos momentos econômicos que irão ajudar nas decisões gerenciais da empresa. Enfi m, tudo deverá começar e acabar em pizza, e o povo brasileiro, por aqui, levando a cala-bresa na traseira, quer dizer, comendo calabresa de primeira. Por outro lado, a máfi a local fez a reforma de um muquifo à beira-mar na Sicília, em que espera receber com toda a atenção aquele que no meio mafi oso italiano é chamado cari-nhosamente de “Professore Lula”. Uma adaptação importante foi feita na adega do prédio, que, além dos bons vinhos italianos e uísque escocês de excelente qualidade duvidosa, recebeu um esto-que de aguardentes branquinhas marvadas brasileiras para aten-der o fi no gosto etílico do ex-mandatário da nação tupiniquim.

Krishna Simpson

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Abril de 2016- O Ponte Velha - 11

Posto AvenidaBob`s

Seu carro agradece e seu paladar tambémCREDIBILIDADE

Esta invocação é uma Prece MundialExpressa verdades essenciais.

Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como

forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada

frequentemente de maneira altruísta, atitude de-dicada, amor puro e pensamento concentrado.

A Grande Invocação

Desde o ponto de Luz na Mente de Deus,que afl ua Luz às mentes dos homens.

Que a Luz desça à Terra.

Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que afl ua Amor aos corações dos homens.

Que aquele que vem volte à Terra.

Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie

as pequenas vontades dos homens.O propósito que os Mestres conhecem

e a que servem.

Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra

o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra.

Unidade de Serviço para Educação IntegralAv. Nova Resende, 320 – sala 204

CEP: 27542-130 – Resende RJ – BrasilTels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

Martha Carvalho Rocha

Carta convite

Compadre, depois que você me propôs enfeitar o campo, dançando um minueto nos salões da Corte Francesa de Luís XI, eu posso comentar por aí, sem zelos, sem maiores preocupações, até sobre os mistérios que não são de domínio público. Posso sair dizendo que o meu fogão à lenha não é grego, mas que tem lá... o seu caráter inaugural. Inventar que trago o corpo desabitado como um voto de pobreza extrema.

Que faltam fl ores no meu camarim, e um piano para ser de-dilhado. Posso refogar um feijão com alho na medida. Fazer um arroz bem soltinho, cozido em fogo brando – pouca brasa...

Refogar também verduras recém colhidas na horta e, de vés-pera, preparar um doce em calda e ambrosia, com ovos frescos e receita da minha mãe. Quero, compadre, que você me saiba como uma virtuose nos ritos da vida doméstica! Que compromis-sada com a estética, prezo rotina simples e silenciosa.

O mundo se resume, então, em

mesa posta pra domingos com jarra de fl ores no centro. Com as coisas normais sendo bonitas em sua normalidade... E chá, muito chá... de erva cidreira, laranja da terra, pétalas de rosas brancas.

Bem, se inventar não tem me-didas, escolho, ainda, um espelho veneziano, oval, brilhando placi-damente... Adornos de porcelana, quadros, um tapete, oratório, a nada fi car despido, então.

Enfi m, compadre, eu mandei uma carta convite para você vir pro almoço, jantar e, fi cando para a cerração da madrugada, café da manhã do dia seguinte.

A carta convite pode até de-morar para chegar-lhe às mãos, pois que foi enviada à moda da roça – com mensageiro em cavalo lento. Ele ora pega caminho largo, ora pega caminho estreito. E vai que o cavaleiro das mensagens resolve se refrescar no ribeirão? Arrumar capim seco, fazendo touceira, para descansar? Ou escolhe se arranchar no povoado, pra trocar de montada, por animal bem calçado e de crina lustrosa?

Arreio novinho, esporas daquelas de riscar o chão, mostrando valen-tia. E põe tempo nisso...

Eu, compadre, celebrei pou-co o meu excesso. Faltou-me, talvez, uma ligeireza de alucina-ção. Quando você chegar, vou exceder-me! Colocarei um vesti-do brocado, longo, com cauda, e tudo, tirado do fundo do baú, para dançarmos no salão de baile do hotel fazenda da minha famí-lia. Salão que não existe mais... não existe mais... Tinha orquestra e tudo e era muito iluminado! Deus, como ele era iluminado... Cavalheiros convidando as damas pra dançar, com as devidas reve-rências.

Na volta do baile, poderemos assistir um Fellini, em branco e preto, seco – dispensando efeitos especiais em “Noites de Cabíria”.

Pela manhã, teremos um des-fi le de galinhas d’angola, que crio. Você já reparou a fl euma? Ajus-tadas no vestir e no calçar, lem-brando-me as distintas senhoras arrumadas para as antigas missas aos domingos.

Até breve.

Ilustração de Sérgio Lúcio in Por Serras e Vales do Espírito Santo

Page 12: O Ponte Velha | Abril de 2016

12 - O Ponte Velha - Abril de 2016

Fala, Zé Leon: Foi dada a largada

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Agora que acabaram os prazos de fi liação, temos na mesa os prová-veis candidatos a Prefeito. PSDB, PMDB, PSD, PDT, REDE, DEM e PT do B já se lançaram e estão na rua. Deixei de fora o PPS. Esse quer é ser vice.PSDB – Noel de Carvalho. Já sai de casa com 18 mil votos. Por mais desastrosa que tenha sido a sua campanha em 2012, fez 16 mil. E dessa vez não é plebiscito, o BRA (bloco dos rechuanistas arrependi-dos) está com ele, e muitos servido-res, principalmente os das antigas, rezam pela sua volta.PMDB – Mário Rodrigues, candi-dato do Governo, pessoa querida por todos, mas vai depender da máquina para ter alguma chance, pois a rejeição de seu amado mestre é enorme na cidade.PSD – Doutor Diogo, outro cama-rada excepcional, como médico e ser humano. Daí a queimar etapas e se lançar prefeito vai uma gran-de distância. Falta-lhe carisma e oratória.PDT – Luís Fernando de Oliveira Pedra. Seria o candidato do povão, da velha política, mas não sei se seu nome resiste aos escândalos da Câ-mara, mesmo inocente de qualquer acusação.REDE – Doutor Julianelli. Elegeu-se na raspa do tacho como deputado

pelo PSOL, graças a forte legenda puxada pelo Marcelo Freixo, e na pri-meira oportunidade mudou de partido. Bem na classe média, não sei se o povo em geral vai entender essa atitude.PT do B – Célio Laureano, ami-go, vizinho de Engenheiro Passos, sonha com a possibilidade de ser visto como a terceira via. Nem só de sonhos vive o homem.DEM- EdisonLouroza... Ah, o Louroza!

Como diria nos bons tempos o Toninho Capitão: Quem viver, verá.

Ah... essas mulheres

Tenho acompanhado pela Globo-news, sempre que posso, os debates que estão rolando na comissão que está decidindo que mandará para o plenário o relatório encaminhando o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidanta, quer dizer, presidenta. Aliás, das muitas postagens que recebo no meu face, uma que adorei. Miguel Falabella, travestido

de Caco Antibes, dizendo: “Não bas-ta ser petista. Tem que falar “presi-denta”, “mortandela” e “Não vai ter golpe’”. Bem, voltando às sessões. É um bate boca, uma baixaria, deputa-dos envolvidos até o pescoço tam-bém em escândalos, mas uma coisa tem me chamado atenção: a delica-deza que toma conta da TV quando uma deputada pede a palavra. Pena que não guardei o nome, mas duas fofurinhas, ambas em primeiro man-dato, se posicionando, calou toda a comissão. Jandira Fegalli à parte, que essa é trator de esteira, até a Bené e a Gleisi Hoffman, mesmo defenden-do o indefensável, mostram que as mulheres são muito mais equilibradas que os homens. Mulheres, venham candi-datas. Ocupem a Câmara Municipal com sua ternura. Quer dizer, mas deixem uma vaguinha para mim.

Chrysley de Paiva Pimenta e Soraya Balieiro na entrega do Prêmio Mulher Cidadã 2016

Mulher cidadã 2016

A Câmara Municipal de Resende homenageou três mulheres que obtiveram destaque em sua área de atuação com a entrega do Prêmio Mulher Cidadã 2016. A solenidade fez parte das homenagens do Poder Legislativo ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8/3.

Os nomes das agraciadas foram indica-dos e aprovados pelos próprios vereadores. São elas: a professora Chrysley Pimenta (foto acima) – indicada pela presidente em exercício da Câmara – vereadora Soraia Balieiro (PSB); a presidente do Conselho Fundacional para a Infância e Adolescência de Resende (Confiar), Maria Virgínia de Mello – indicada pelo vereador Tisga (PPS), e a adminis-tradora de empresas Aline Barboza – indicada pelo vereador Caloca (PMDB).

Com atuação na área da Educação, Chrysley Pimenta é professora das Fa-culdades Dom Bosco (AEDB) e diretora adjunta do Colégio Resende Anglo. Além de ter quase 40 anos de experiência profi ssional, a agraciada é formada em Letras (Português/Inglês) pela AEDB e Pós-Graduada em Ciências da Educação, Supervisão Escolar e Docência Superior.

Entre os títulos já recebidos por Chrys-ley estão: o de Acadêmica da ARDHIS (Academia Resendense de História); Honra ao Mérito por mais de 30 anos de serviços em prol da Educação, concedido pela AEDB, e Professor Emérito, con-cedido pela própria Câmara de Resende.

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