jornal meia ponte - ano 5 - edição 4 - abril / 2012

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Greve dos professores divide colégios da região Desunião e conflitos marcaram a greve dos professores na região. O Balneário Meia Ponte esteve parado durante os 50 dias da manifestação. O Genesco parou somente em fevereiro e o Amália não aderiu ao movimento [3] Praça Wellington da Silva Miranda entregue à população Balneário ja conta com agência da Caixa Econômica Jovens morrem em confronto com a Polícia Militar Moradores do Recanto do Bosque e região comemoram benfeitorias, mas lamentam falta de acabamento na infra-estrutura da praça. Os dois lados de uma festa cristã Igreja abandona área doada Religiosos festejam o renascimento de Jesus, enquanto os comerciantes obtêm bons lucros com artigos pascoais. [5] Prefeitura repassou o local para uma comunidade evangélica em 2006. O prazo para construção expirou há mais de três anos. [7] Unidade está funcionando desde o dia 14 de março, na Avenida Genésio de Lima Brito. [4] Todos os jovens envolvidos no caso moravam na região do Jardim Balneário Meia Ponte. [3] Ano 5 - Edição 4 - Abril de 2012 Distribuição Dirigida WWW.MEIAPONTE.COM.BR Adriana Viana Adriana Viana Leonardo Boff Uma das característica principais do atual momento é a aceleração do tempo. O espaço terrestre praticamente o conquistamos. [6] Elder Dias “Eu não vivo do salário de senador, mas tenho pena da- quele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com a estrutura que temos aqui.” [6] Gerliézer Paulo A descrença da sociedade na classe política é algo evidente, muitas são as adjetivações aos homens e mulheres que ocupam os cargos públicos. [2] Opinião

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Jornal comunitário do Jardim Balneário Meia Ponte, Recanto do Bosque, Parque das Flores e bairros vizinhos na região norte de Goiânia.

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Greve dos professores divide colégios da região

Desunião e conflitos marcaram a greve dos professores na região. O Balneário Meia Ponte esteveparado durante os 50 dias da manifestação. O Genesco parou somente em fevereiro e o Amália nãoaderiu ao movimento [3]

Praça Wellingtonda Silva Mirandaentregue à população

Balneário ja contacom agência daCaixa Econômica

Jovens morrem em confronto coma Polícia Militar

Moradores do Recanto do Bosque eregião comemoram benfeitorias, maslamentam falta de acabamento nainfra-estrutura da praça.

Os dois lados deuma festa cristã

Igreja abandonaárea doada

Religiosos festejam o renascimento de Jesus,enquanto os comerciantes obtêm bons lucroscom artigos pascoais. [5]

Prefeitura repassou o local para umacomunidade evangélica em 2006. O prazo paraconstrução expirou há mais de três anos. [7]

Unidade está funcionando desde o dia14 de março, na Avenida Genésio deLima Brito. [4]

Todos os jovens envolvidos no casomoravam na região do JardimBalneário Meia Ponte. [3]

Ano 5 - Edição 4 - Abril de 2012 Distribuição DirigidaWWW.MEIAPONTE.COM.BR

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Leonardo Boff

Uma das característica principais do atual momentoé a aceleração do tempo. O espaço terrestre praticamenteo conquistamos. [6]

Elder Dias

“Eu não vivo do salário de senador, mas tenho pena da-quele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com aestrutura que temos aqui.” [6]

Gerliézer Paulo

A descrença da sociedade na classe política é algoevidente, muitas são as adjetivações aos homens emulheres que ocupam os cargos públicos. [2]

Opinião

No último mês, o Jornal Meia Ponte voltou a circular fazendoa cobertura dos acontecimentos do Jardim Balneário, Re-canto do Bosque, Parque das Flores, Barravento e bairros

vizinhos. Agora apresentamos para você a quarta edição do in-formativo da nossa região.

Como matéria de capa deste mês, nós trazemos a greve dosprofessores da rede estadual de ensino. Nos três colégios daregião houve um misto de atitudes. O Jardim Balneário MeiaPonte esteve em greve durante os 50 dias. O Genesco Ferreirade Bretas parou por 21 dias. Já o Amália Hermano Teixeiraseguiu com as aulas normalmente.

Neste mês de abril, os cristãos comemoram a páscoa. O JornalMeia Ponte apresenta uma matéria que mostra a visão decatólicos, evangélicos e também o lado comercial da data quecelebra a ressurreição de Cristo. Em outro texto, relatamos comofoi a inauguração da agência Caixa Econômica Federal, no Bal-neário.

A prefeitura de Goiânia cedeu uma área de dois mil m², noParque das Flores, a Igreja Luz Para os Povos. O prazo para aconstrução está expirado há mais de três anos. Os moradoresvizinhos à área querem que a igreja ou a prefeitura façam algumaobra no local. Veja em que pé está esta a situação através nossaspáginas.

Após trocar tiros com a polícia, dois jovens foram mortos eoutros dois foram presos. Todos eles viviam no Jardim BalneárioMeia Ponte. O quarta edição do Jornal Meia Ponte apresentauma matéria sobre o fato.

A Academia Arte e Saúde promoveu o primeiro torneio interinode karatê de 2012. Os alunos da entidade se preparam para de-fender o bairro em competições estaduais e regionais. A prefeiturade Goiânia inaugurou a Praça Wellington da Silva Miranda(Japão), no Recanto do Bosque. Os moradores gostaram daobras, mas questionam a falta de acabamento.

Opiniões – O jornalista Elder Dias, em seu artigo desta edição,comenta uma frase do senador Ciro Miranda (PSDB-GO), queafirmou no Congresso Nacional, que tem dó de seus colegas quesão obrigados a viver com R$ 19 mil mensais. O bacharelandoem direito, Almir Fernandes Neto, sana as principais dúvidassobre pensão alimentícia.

O teólogo Leonardo Boff discorre sobre o processo de aceleraçãoque o mundo está passando. A cada dia o homem quer ser maisrápido. A interferência na natureza também está acelerada emdemasia.

A quarta edição do Jornal Meia Ponte está em tuas mãos caroeleitor. Leia e aprecie sem moderação.

OpiniãoEditorial

Greve dos professores

Para participar da coluna Espaço Cidadão é fácil. Entre em contato pelo telefone 3945 2355 ou pelo e-mail [email protected]

e deixe sua mensagem. Críticas, sugestões, elogios e reclamações são permitidas,desde que, o autor se identifique.

Espaço cidadão

Um morador do Residencial Maria Lourença, que não se identificou,colocou uma placa na pequena mata que fica na última rua do bairro –Rua Embratel, protestando contra o descaso da prefeitura para com olocal. O texto diz: “Nossa matinha está esquecida”.

A descrença da sociedade na classepolítica é algo evidente. Em qualquerroda de bate papo que o tema políticasurge, já se tornou natural que os cidadãosfaçam as mais pejorativas adjetivaçõesem relação aos homens e mulheres queocupam os cargos públicos, fruto do pro-cesso eleitoral.

Devemos ressaltar que a descrençacitada não é algo gratuito. Os políticosbrasileiros, em sua maioria, ao longo dahistória fizeram por merecer as pejora-tivas adjetivações que recebem. E elesnão param, continuam trabalhando in-cessantemente para que a cada dia queesta classe se torne mais desacreditada.Diante disto, não podemos eximir a nossaculpa. É bom lembrar que todos eles fo-ram eleitos por nós para estes cargos.

O que preocupa não é a revolta da po-pulação contra os políticos corruptos,mas, sim a generalização e a opção peloafastamento do tema. Ao invés de pro-curar conhecer mais para criticar deuma forma mais embasada, o cidadãoopta pela ruptura. Precisamos nos inte-ressar e inteirar das coisas públicas.Odiar a política é o mesmo que odiar asnossas relações. Tudo, envolvendo maisde uma pessoa, é política.

As soluções para a segurança pública,saúde, educação, moradia e outros de-

pendem da política. Como o cidadãopode odiar isto, se melhores condiçõesde vida passam necessariamente pelaesfera política.

Você, eleitor, sabe quantos vereadoresa cidade de Goiânia tem? Sabe quais equem são eles? Conhece seus projetos?Sabe em quê cada um deles votou durantea última legislatura? Se você respondeupositivamente a todas as perguntas, pa-rabéns, pois é um cidadão que exerce asua cidadania. Caso contrário, talvez sejahora de se informar mais sobre comoatuam nossos representantes, até paraque possa cobrá-los de forma mais pro-funda, fugindo do senso comum de que‘todo político é ladrão’.

Nós, cidadão, não podemos permitire, principalmente, aceitar que o nossotítulo eleitoral seja mais valioso que anossa carteira de identidade. Infelizmente,esta é a nossa realidade atual e temos anossa relevante parcela de culpa nestasituação. Se os políticos se lembram denós somente em período eleitoral, nóstambém lembramos deles somente nestaépoca.

Portanto, vamos nos preparar mais.Conhecer mais o sistema e os nossos re-presentantes. Afinal, este ato simples faztoda a diferença nas nossas vidas e nade milhões de brasileiros.

Gerliézer Paulo

[email protected]

A nossa culpa na degradação da classe política

Fatos e Notas

A prefeitura de Goiânia fez umaintervenção na Avenida Genésiode Lima Brito, em frente aParóquia Nossa SenhoraAparecida. A partir de agora, osmotoristas que tiveramtrafegando no sentindo Balneário– Finsocial poderão fazerconversão à esquerda.

As fortes chuvas que caíram emGoiânia no final da tarde, do dia27 de março geraram transtornose cenas inusitadas. No canteirocentral da Avenida Goiás Norte,uma pequena árvore caiu. O que mais chamou a atenção foio volume de água que inundou avia, na divisa do Recanto doBosque com o Balneário MeiaPonte. Dois carros, que tentaramatravessar a enxurrada, foramabandonados no local. O nível daágua estava acima das rodas dosveículos.

O Colégio Estadual Genesco Ferreira de Bretas, no Recanto do Bosque,é a única instituição pública de ensino que funciona em período integralna região. Por determinação da Secretaria Estadual de educação, ohorário de término das aulas foi alterado de 17h30 para às 15h30. Amudança tem preocupado os pais, que normalmente trabalham até às18h. A alegação da Secretaria é que os filhos estavam ficando poucotempo ao lado dos genitores.

Durante a inauguração da Agên-cia da Caixa Econômica Federal, noJardim Balneário Meia Ponte, o se-cretário municipal de assuntos co-munitários, José Nelto, afirmou quelutará para que em 2012 a Prefei-tura de Goiânia aprove um projetopara a transformação do Posto deSaúde do bairro em um Centro deAtendimento Integral à Saúde(CAIS).

A Igreja Luz para os Povos,do Jardim Balneário Meia Pon-te, realiza, em sua sede, naAvenida Genésio de Lima Brito,no dia 28 de abril, o eventointitulado Ação da Luz. A co-munidade local terá acesso amédicos, enfermeiros, cabelei-reiros, advogados e outros pro-fissionais.

Mudança no trânsito

Temporal

Novo horário de aulas

Cais no BalneárioIgreja realizaprojeto social

Protesto no Maria Lourença

Eu queria que reforçassem a se-gurança nesta região. Os roubos acasas estão muito recorrentes poraqui. Estão roubando a luz do dia.Na minha casa já entraram duasvezes.

Ricardo Soares Carrijo, bombeiro,28, morador do Parque das Flores

Eu gostaria de saber por que aAv. Genésio Lima Brito, de frenteao condomínio descendo para oRecanto do Bosque nunca foi am-pliada. Esta avenida é de duas pistas,mas só tem uma. Eu pago impostode avenida, mas não tenho duaspistas.

Por isto, não posso fazer a calçadada minha porta porque é imensa.

Queria saber se algum dia vai tersolução.

Lindinalva Bernardes, moradorado Jardim Balneário Meia Ponte

Minha bronca é sobre o trans-porte coletivo, sou moradora doresidencial das Acácias e acho quedevíamos fazer um abaixo assinadopedindo mais ônibus para nossaregião e mais linhas também. Eugostaria muito de saber por queos ônibus andam em comboio, de-moram a passar e passam de doisem dois, às vezes até de três. Porquê?

Maria Barbosa, moradora do Re-sidencial Acácias

Direção Geral: Gerliézer Paulo. Reportagens: Gerliézer Paulo. Diagramação:João Spada. Colaboradores: Adriana Viana, Elder Dias, Almir Neto, LeonardoBoff e Paulo Henrique SantosContato: (62) 3945 2355. [email protected]ção: Jardim Balneário Meia Ponte, Recanto do Bosque, Setor Barravento,Residencial Maria Lourença, Chacáras Rio Branco, Parque Balneário, Parque dasFlores, Parque das Nações, Mansões Goianas, Jardim Ipê, Residencial Itália,Residencial das Acácias, Residencial Humaitá, Jardim Fonte Nova, José Viandelie Residencial BelvedereTiragem: 5 mil exemplares

02 Goiânia, abril de 2012

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Colégios estaduais da região divididosdurante greve dos professores

O Balneário Meia Ponteesteve parado duranteos 50 dias damanifestação. OGenesco parousomente em fevereiro eo Amália não aderiu aomovimento

No segundo semestre do anopassado, o governo estadual lançouo programa Pacto pela Educação.No discurso, o principal objetivoera pagar o piso salarial nacional(R$ 1.451) a todos os professoresgoianos. Em 2012, quando a Se-cretaria Estadual de Educação (Se-duc) quis implantar uma das di-retrizes previstas no projeto, quemudava o Plano de Carreira e Sa-lários (PCS), esbarrou no descon-tentamento do Sindicato dos Tra-balhadores em Educação de Goiás(SINTEGO), que declamou greveda categoria.

Os professores ficaram dividi-dos. A maioria seguiu trabalhan-do, enquanto aproximadamente10% da categoria paralisaramas atividades. Entre os três colé-gios da região, apenas o JardimBalneário Meia Ponte ficou pa-rado durante os 50 dias da greve.A paralisação no Genesco Ferreirade Bretas durou do dia 8 até 29de fevereiro. Já no Amália Her-mano Teixeira, as aulas seguiramnormalmente.

O SINTEGO queria manter o quevinha acontecendo anteriormente,40% de aumento para quem pos-sui mestrado e 50% para doutores.O governo do Estado alegava que30% deste bônus já haviam sidoincorporados ao salário base e,portanto, pagaria 10% aos mestrese 20% aos professores que têmdoutorado.

A professora de português,Adriane Guimarães, conta que comas mudanças feitas, ela perdeuaproximadamente 30% do salárioque recebia anteriormente. Adria-ne revela que possui duas gradua-ções e três pós. Ela alerta que oprejuízo financeiro não o que maispreocupa. “Se o professor pararde estudar, o ensino cai de quali-

dade. Com isto, quem perde é todaa sociedade.

A diretora do Colégio AmáliaHermano Teixeira, Maria de Fátimados Santos Costa, considera que agreve foi justa, pois o governotenta retirar benefícios conquis-tados pelos professores ao longoda história. “Isto é um retrocesso,”reclama. Maria de Fátima temeque com a decisão, os professorespercam o estímulo em seguir es-tudando. A diretoria demonstraconstrangimento por ter traba-lhado enquanto a categoria estavaparada.

Uma professora, que pediu paranão ser identificada temendo re-presálias, afirma que praticamenteninguém era contra a greve. “Mui-tos estão trabalhando por que estaé a única fonte de renda que tem.Se o governo corta o ponto, estaspessoas passam muitas necessi-dades,” explica. A Secretaria Esta-dual de Educação cortou os pontosde quem aderiu à greve.

A greve da educação foi sus-pensão no dia 27 de março, apósuma reunião entre os grevistas eo governador Marconi Perillo(PSDB), que prometeu 10% dereajustes para os professores dascategorias P3 e P4, 40% para mes-tres e 50% para doutores. A titu-laridade voltará com novos per-centuais a serem definidos poste-riormente por uma comissão for-mada com membros do governoe do SINTEGO. Os professores farãouma nova assembléia no dia 20para avaliarem se as promessasdo Estado foram cumpridas.

Reposição – No dia 30 de marçofoi realizada uma reunião entre aSEDUC, o SINTEGO e o MinistérioPúblico, na qual ficou definida areposição das aulas. Os alunos dosperíodos matutino e vespertinoterão aulas ao sábado no mesmoturno que estudam. Já aqueles quefrequentam os colégios à noite,farão aulas nas tardes de sábado.

As aulas de reposição começamno dia 14 de abril tanto para oscolégios que ficaram parados du-rante toda a greve como para aque-les que por períodos menores. Aprevisão é que até o final de no-vembro todas as escolas que ade-riram à greve já terão reposto asaulas.

Na noite do dia 9 de março, doisjovens foram mortos e outros doisforam presos após confronto coma Polícia Militar, na Avenida Peri-metral Norte, próximo ao PostoGato Preto. Eles já vinham sendomonitorados pelo serviço de in-teligência da PM, que os procuravapor receptação de veículos rou-bados em Goiânia. Os quatro in-divíduos eram menores de idadee moradores do Jardim BalneárioMeia Ponte.

Polícia mata dois e fere outros dois em confronto na Perimetral NorteTodos os jovensenvolvidos no casomoravam na região doJardim Balneário MeiaPonte

Em seu depoimento à PolíciaCivil, o sargento Gilberto de Quei-roz relatou que já vinha perse-guindo os ocupantes do veículodesde o final do mês de fevereiro,quando os viu conduzindo umHyunday I30. De acordo com ele,um dia antes havia tentando in-terceptar o veículo no Jardim Bal-neário Meia Ponte. Não obteve su-cesso.

Na noite do confronto, Gilbertorelatou que ao tentar render osindivíduos, que estavam desta vezem um Toyota Corolla, na rótulado Supermercado Atacadão, naAvenida Perimetral Norte, foi re-cebido a tiros. O agente contouque após disparar nos pneus do ocarro em que estavam os adoles-centes, o veículo se chocou contraa grande de uma empresa. O con-

dutor ficou desacordado no vo-lante, enquanto os demais fugirampara um matagal. Um deles foipreso e os outros dois morreramem uma rua paralela à AvenidaPerimetral Norte depois de trocartiros com agentes do Grupo de In-tervenção Rápida Ostensiva (Giro).

Com os criminosos foram en-contradas dois revólveres, calibre38, e uma arma de brinquedo. Apolícia não revelou quem era odono Corolla, em que estava ogrupo.

Os dois jovens presos não re-velaram nada sobre crime à PolíciaCivil. Um deles optou pelo silêncioe outro se limitou a dizer que nãosabia que se tratava de um carroroubado e que apenas aceitou umconvite dos colegas para ‘dar umavolta’ no veículo.

Cartaz fixado no portão de entrada do Colégio Estadual Jardim Balneário Meia Ponte

03Goiânia, abril de 2012

Uma pequena placa com o nome‘caixa’ escrito em sentido verticalindica a presença da Caixa Econô-mica Federal (CEF) no Jardim Bal-neário Meia Ponte. Para o banco setrata apenas de mais uma agência.Afinal, são mais de 2200 espalhadaspor todo o Brasil. Somente em Goiâ-nia existem outras 31 unidades. Jápara o bairro é o marco de um novotempo, pois se trata da primeiraagência bancária da região.

No dia 14 de março foi inauguradaa agência de número 3641 da CaixaEconômica Federal, que fica na Ave-nida Genésio de Lima Brito, próximaa praça da feira, do Jardim BalneárioMeia Ponte. O atendimento ao pú-blico começou um dia depois. Oevento contou a participação do su-perintendente regional interino daCEF, Cleomar Dutra e com os fun-cionários que assumiram a unidade.

Caixa Econômica Federal inaugura agência no Balneário

Unidade estáfuncionando desde odia 14 de março, naAvenida Genésio deLima Brito

Além destes, políticos, liderançasde bairro, religiosos e comercianteslocais também marcaram presen-ça.

Cleomar afirma que a inaugura-ção da agência do Balneário fazparte de um plano de expansão daCaixa Econômica de Federal. Desdeo final do ano passado, o pagamento

da folha de servidores do Estado éfeito pela Caixa. O superintendeconta que este fato está acelerandoa abertura de novas unidades nacapital e também no interior.

Rosenilda Alves é a gerente geralda agência do Balneário. Ela contacom o apoio de dois outros gerentes,um para pessoa física e outro para

A prefeitura de Goiânia, atravésda Companhia de Urbanização deGoiânia (Comurg) e da Agência Mu-nicipal de Obras (Amob) construiua Praça Wellington da Silva Miranda(Japão), na Avenida Tropical, noResidencial Recanto do Bosque. Aárea de 12 mil m² conta com pistapara caminhada, parquinho combrinquedos infantis, estrutura paraginástica, bancos e lixeiras. Estaera uma antiga reivindicação dosmoradores do bairro.

A construção da praça foi quasetoda realizada durante o Mutirão

Prefeitura entrega praça no Recanto do BosquePopulação da regiãocomemora benfeitoria,mas lamenta falta deacabamento naconstrução

da Prefeitura, realizado no iníciodo mês de março no bairro. O localjá está liberado para a comunidade.A grama plantada nos canteiroscentrais é que ainda não coloriu oespaço de verde, mas, em períodode chuva, isto não deve demorarmuito a acontecer.

Lorena Bonfim, 28, há três anosmora próximo a Praça Wellingtonda Silva Miranda. Ela comemora aconstrução. “Gostei muito. Aqui eraum matagal terrível. Melhorou bas-tante,” festeja. A moça conta que ofilho Wender, 7, é um amante dolocal. A busca pelos brinquedos doparquinho é intensa. Nos finais desemana, chega a se formar fila decrianças para brincar nos equipa-mentos.

Nem tudo é alegria. O eletrotéc-nico, Wolf Klaus, 52, reclama dafalta de acabamento na construção.“Eles deveriam cercar os canteiros

pessoa jurídica, além de dois aten-dentes de caixa. Das seis pessoasque trabalham na unidade, quatrodelas são moradoras da região. Ro-senilda conta que o banco dá aoportunidade de funcionários secadastrarem para as novas vagasque surgem. Foi isto que aconteceuno processo de escolha dos servi-

dores que trabalham na unidadedo bairro.

O gerente de pessoa jurídica,Alessandro Nascimento, 31, nasceuno Balneário Meia Ponte. No bancodesde 2005, ele revela que não ima-ginava que um dia trabalharia emuma agência no bairro onde cresceu.O bancário explica porque optoupela transferência para esta unidade.“Decidi vir pra cá porque sou filhodo bairro e enxergo um grande po-tencial de crescimento nesta região,”justifica.

A unidade funcionará de formaprovisória próxima a praça da feiraaté que a o prédio em frente aoMercado Canoeiro, onde será a agên-cia definitiva seja construído. A pre-visão é que a mudança seja feita nofinal deste ano.

A Caixa Econômica Federal pre-tende cadastrar vários estabeleci-mentos comerciais da região paraque estes possam receber faturas deágua, luz, telefone e outras. A intençãodo banco é desafogar os atendimentosna agência temporária recém-inau-gurada no bairro. A Drogaria Angélicae o Supermercado Supersid serãoos dois primeiros pontos de atendi-mentos a funcionar.

com meio-fio. Com a chuva, a terraestá cobrindo a pista de caminhada,”exemplifica. Este não é o único pro-

blema apontado pelo morador. Eledenuncia que após a construçãoda praça alguns motoristas, tanto

de carro como de motocicletas, es-tão utilizando a pista de caminhadacomo atalho.

A funcionária pública, AnáliaSousa, 40, conta que antes da cons-trução da praça fazia suas cami-nhadas em pista no ResidencialBrisa da Mata. Ela afirma que mu-dou de local porque a filha gostamuito de andar de bicicleta e anova praça é melhor para as peda-ladas da criança. Assim como Wolf,a morada critica a não construçãode meio-fios nos canteiros.

Mesmo com a construção da pra-ça, a área pública no local aindatem um grande espaço desocupado.A prefeitura ainda não divulgou oque pretende fazer no que restou.A moradora Lorena Bonfim apenaspede que seja rapidamente edificadaalguma obra no local. Ela teme aação de marginais por conta doabandono.

Da esquerda para a direita, José Nelto, Gilka Ferreira, Cleomar Dutra, Rosenilda Alves e Geovani Antônio descerram placa

Crianças brincam no parquinho da Praça Wellington da Silva Miranda

04 Goiânia, abril de 2012

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Aconteceu no dia 18 de março,o 1º Torneio Interno de karatê de2012, da Academia Arte e Saúde,no Jardim Balneário Meia Ponte.O evento contou com a partici-pação de aproximadamente 40atletas, que foram divididos poridade e sexo em diversas cate-gorias. A competição serviu comopreparação para a próxima etapado Campeonato Goiano da mo-dalidade, que será disputada nosdias 14 e 15 de abril, no SESCdo Faiçalville.

O proprietário e professor daAcademia Arte e Saúde, Marce-lino Melo, avalia o desempenhodos lutadores no torneio interno.“O nível técnico foi bom. Isto éimportante, pois se trata de umapreparação para eventos exter-nos, como o Campeonato Goianoe a Copa Goiás,” lembra. De acor-do com o sensei, os atletas EmivalSousa e Vitor Hugo Barbosa são

No domingo, dia 8 de abril, oscristãos comemoraram a páscoa.Esta é a data mais importante parao cristianismo. É celebrada a res-surreição de Cristo. As igrejas, ca-tólicas e evangélicas, normalmenterealizam uma programação todaespecial para festejar a volta doMessias à vida. Mas nem só de re-ligiosidade vive a páscoa. Esta éuma data expressiva para o comér-cio. As vendas dos ovos de chocolaterepresentam uma parcela significana receita do mês para os comer-ciantes que trabalham com estesprodutos.

No domingo de ramos, que marcao início da semana santa, as comu-nidades católicas da região fizeramas tradicionais procissões, percor-rendo as principais ruas de seusrespectivos bairros. Entre os evan-gélicos, este ritual não é realizado.Normalmente, apenas na sexta-feira da paixão e no domingo depáscoa, as igrejas fazem celebraçõesespeciais, lembrando a morte e aressurreição de Cristo.

O pastor da Igreja Assembléiade Deus, do Setor Alto do Vale, Vil-mair Honório, fala sobre o signifi-cado da páscoa para os evangélicos.“É a comemoração da libertaçãodo povo de Israel (judeus), do Egito,comandados por Moisés.” O padreEleno Marques de Araújo, vigárioda Igreja Nossa Senhora Aparecida,no Jardim Balneário Meia Ponte,apresenta a versão dos católicos

ResultadosKata

Até 10 anos – Daniel Silva, Caio Pereira eArtur Pimenta10 a 12 anos – Bruno Carvalho, PedroRamalho e Lorraine Rocha13 a 17 anos – Gabriel Barbosa, VivianeSantos e Thais StefaniAdulto – Paulo Sérgio, Vitor HugoBarbosa e David RosaMaster feminino – Liduína Leal, 68 anos.

Kumitê

7 e 8 anos – Marcos Carvalho, Igor Pereirae Artur Neto8 a 10 anos – Alejandro Carvalho, VitorHugo Benevides e Vitor Anderson10 e 11 anos – Caio Pereira, BrunoRamalho e João Gabriel11 a 13 anos – Guilherme Aires, Daniel Silva12 e 13 anos Feminino – Viviane Santos,Thais Stefani e Geovana Rocha15 a 17 anos – Emival Sousa, GabrielBarbosa e Igor PereiraAdulto – Vitor Hugo Barbosa, PauloSérgio e Carlos Antônio

Academia de karatêrealiza torneio internoKaratecas usamcompetição comopreparação paradisputas estaduais damodalidade

os que estão em melhores condiçõesde conquistarem bons resultadosnos torneios estaduais.

A participação do público no tor-neio foi boa. Os assentos reservadosao lado do tatame para pais e apai-xonados pelo karatê ficaram lotados.Foram disputadas competições dekata e kumitê. Confira no quadro, osresultados de todas as categorias.

Igrejas e comérciocelebram a páscoa

Religiosos festejam orenascimento de Jesus,enquanto oscomerciantes obtêmbons lucros com artigospascoais

para a data. “Nós celebramos a li-bertação de toda a humanidade. Éa passagem da morte para a vida.”

Enquanto nas igrejas, a semanasanta é marcada por orações, lei-turas bíblicas, procissões, cele-brações especiais e outros ritos,no comércio os olhos estão volta-dos para um produto específico:ovo de páscoa. Supermercados,lojas de varejo, casas especializa-das em chocolate, bancas de ca-melôs e feirantes, entre outros,investem pesado e adquirem gran-des estoques de ovos. Eles sabemque a tentação e a busca pelosovos são enormes. “Nos últimosdias que antecedem a páscoa, aprocura é enorme. Todos os anosnós disponibilizamos os ovos paraatender aos nossos clientes” afirmaJanete Rosa dos Santos, gerentedo Magazine Ana Luiza.

Padre Eleno e pastor Vilmairconcordam que a páscoa comercialnada tem a ver com a religiosa,porém, admitem que ela estejadentro das próprias igrejas. Elenodiz que muitas das vezes quemcome os ovos sequer sabem deseu significado, enquanto o pastorconsidera a prática prejudicial,pois no entender dele, adultera acultura cristã.

A figura do coelho da páscoafoi trazida ao Brasil por imigrantesalemães, no início do século XVIII.O animal simboliza fertilidade. Noantigo Egito, o mamífero repre-sentava o nascimento, uma novavida. Era considerado o símboloda lua. Talvez por isto, tenha sidoescolhido como símbolo pascal,pois, era a lua, na antiguidade,que determinava a data do do-mingo de páscoa.

Fiéis católicos fazem procissão pelas ruas do Recanto do Bosque

Karatecas iniciam uma das lutas que movimentaram o torneio interno

05Goiânia, abril de 2012

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Uma das característica prin-cipais do atual momento é aaceleração do tempo. O espaçoterrestre praticamente o con-quistamos. Mas o tempo con-tinua sendo o grande desafio:poderemos dominá-lo? A cor-rida contra ele se dá em todasas esferas, a começar pelo es-porte. Em cada olimpíada bus-ca-se superar todos os temposanteriores, especialmente naclássica corrida dos cem me-tros. Os carros devem ser cadavez mais velozes, os aviões eos foguetes têm que superar avelocidade da geração anterior.No agronegócio se utilizampromotores químicos de cres-cimento para encurtar o tempoe lucrar mais. A internet é dealtíssima fluidez e sem cabos,pois, para ganhar tempo, tudoé feito via satélite E a acelera-ção atingiu especialmente asbolsas. Quanto mais rapida-mente se transferem capitaisde um mercado para outro,acompanhando o fuso horário,mais se pode ganhar. Comonunca antes “tempo é dinhei-ro”.

Logicamente, em todo esseprocesso há um elemento li-bertador pois o tempo foi, emgrande parte, vivenciado comoservidão. Não podemos detê-lo. Por outro lado produz umimpacto sobre a natureza quepossui seus tempos e ciclos. Oimpacto não é menor sobre asmentes das pessoas que sesentem atordoadas, particu-larmente as mais idosas, per-dendo os parâmetros de orien-tação e de análise daquilo queestá ocorrendo no mundo ecom elas mesmas. Vale a penaessa irrefreável corrida? Paraonde estamos fugindo?

Ai daqueles que não seadaptam aos tempos. Em ter-mos de trabalho são ejetadosdo mercado pois suas habili-dades ficaram obsoletas. Osque se resignam, perdem o rit-mo do tempo e são considera-dos preconcemente envelhe-cidos ou simplesmente retar-datários. Isso pode ocorrercom países inteiros que nãoincorporam os avanços da tec-

no-ciência. Todos são obriga-dos rapidamente a se moder-nizar e a ser emergentes.

Para onde nos levará essacorrida contra o tempo? Elesempre nos ganha pois nãopodemos congelá-lo. Ele sim-plesmente passa devagar ouacelerado como nos grandestúneis de aceleração de partí-culas.

Mas importa considerarque há tempos e tempos. Otempo natural do crescimentode uma árvore gigante podedemorar 50 anos. O tempo tec-nológico de sua derrubada coma motoserra pode durar apenas5 minutos. Quanto tempo pre-cisamos para crescer em ma-turidade, sabedoria e conquis-tar o próprio coração? Às vezesuma vida inteira de 80 anos écurta demais. O tempo interiornão obedece ao tempo do re-lógio. Precisamos de tempopara trabalhar nossos conflitosinteriores que às vezes nos ob-rigam a parar.

Uma reflexão do mestrezen Chuang-Tzu de 2.500 anosatrás nos parece muito inspi-radora. Ele conta que haviaum homem que ficava tão per-turbado ao contemplar suasombra e tão mal-humoradocom suas próprias pegadasque achou melhor livrar-se deambas. O método foi da fuga,tanto de uma quanto de outra.Levantou-se e pôs-se a correr.Mas sempre que colocava o péno chão aparecia a pegada e asombra o acompanhava sema menor dificuldade.

Atribuiu o seu erro ao fatode que não estava correndocomo devia. Então pôs-se acorrer velozmente e sem parar,até que caiu morto por terra.O erro dele, comenta o Mestre,foi o de não ter percebido que,se apenas pisasse num lugarsombrio, a sua sombra desa-pareceria e caso ficasse parado,não apareceriam mais suas pe-gadas.

Não é isso que hoje se im-põe fazer? Dar uma parada?Aqui reside o segredo da feli-cidade e da ansiada paz inte-rior.

O que é Pensão Alimentícia?É uma prestação assistencial,

geralmente mensal, paga em di-nheiro ou em outros benefícios,por alguém que tem responsabili-dade sobre outra pessoa, recebidapor quem tem necessidade de ajudapara se manter.

Quem pode receber?Tem o direito de receber Pensão

Alimentícia os filhos, ex-cônjuges,ex-companheiros de união estável,dentre outros. Atualmente, ex-côn-juges e ex-companheiros somentetem o direito a receber alimentoscaso fique comprovado que nãotem condições manter o padrãode vida que havia durante a relação,ou se for incapaz.

Durante a gravidez, a mãe temdireito a receber os chamados Ali-mentos Gravídicos, que tem comofinalidade custear os gastos decor-rentes da gravidez, mesmo que opai negue a paternidade da crian-ça.

Os filhos têm direito a receberalimentos desde o nascimento atécompletar a maioridade, ou seja,até completar 18 anos. Caso estejacursando faculdade, o filho tem di-reito à pensão até os 24 anos ou,em alguns casos, até terminar ocurso. Em caso de necessidadesespeciais, não há limite de idade.

Vale lembrar que a pensão é de-vida ao filho, e não ao seu respon-sável. Isso significa dizer que casoo pai, ou outro parente tenha aguarda do filho, a mãe será obrigadaa pagar pensão alimentícia ao fi-lho.

Qual deve ser o valor da pen-são?

O valor será determinado pelojuiz observando a possibilidade fi-nanceira de quem vai pagar, e anecessidade de quem vai recebera pensão.

Não há nenhuma regra deter-minada em lei, porém atualmenteo valor médio da pensão gira emtorno de 30% do valor do saláriode quem vai pagar. Porém, essevalor pode ser maior, ou menor,caso essa pessoa tenha constituídonova família, tenha outros filhos eoutros gastos comprovados.

Da mesma maneira, a necessi-dade de quem vai receber tem que

considerar o padrão de vida, e anecessidade de gastos com educa-ção, alimentação, lazer, entre outros.Inclusive a pensão pode ser deter-minada não em dinheiro, mas, porexemplo, no pagamento da escolado filho, ocasião na qual o paga-mento será feito diretamente à es-cola.

Quando há alteração na neces-sidade de recebimento ou na pos-sibilidade de pagamento, como porexemplo, o devedor ficar desem-pregado ou então receber um au-mento salarial, é possível revisaro valor da pensão judicialmente,com o objetivo de diminuir ou au-mentar o valor a ser pago.

O que fazer em caso de nãopagamento?

Para ter direito a receber e podercobrar pensão alimentícia, é ne-cessário ajuizar uma Ação de Ali-mentos, mesmo que haja acordoentre quem vai pagar e quem vaireceber a pensão. Isso é necessário,pois somente assim será possívelcobrar através de uma Ação deExecução de Alimentos, os valoresque porventura não vierem a serpagos por quem tinha essa obri-gação.

Através dessa ação, o devedorserá obrigado a pagar os valoresem atraso, sob pena de ter decre-tada sua prisão, ou ter suas contaspenhoradas. Vale lembrar que aprisão do devedor não quita o valordo débito, podendo inclusive havernova prisão caso a prestação con-tinue a não ser paga.

Quando se encerra o direitoà Pensão?

Quando o filho atinge a maiori-dade, ou termina o curso de gra-duação, ou quando o ex-cônjugese casa novamente ou não temmais a necessidade de ajuda, o de-vedor da pensão não pode sim-plesmente deixar de efetuar os pa-gamentos, sob pena de ser alvo deuma ação de execução da pensão.

Nos casos em que se encerra odireito à pensão, o devedor deveobter autorização judicial para dei-xar de efetuar os pagamentos.

Colaborou: Dr. Washington deSouza Filho, advogado, OAB11.849/GO

“Eu não vivo do salário de senador, mas tenho penadaquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidoscom a estrutura que temos aqui.” A frase foi dita nasemana passada, pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO) quase como um lamento, após votar a favor doprojeto que extingue o 14º e o 15º salários para parla-mentares. Um episódio que ganhou repercussão nacionale que colocou mais um senador de Goiás em situaçãonada agradável diante da opinião pública.

Primeiramente, é preciso conhecer melhor a históriado protagonista. Nascido em São José do Rio Preto (SP),Cyro Miranda Gifford Júnior, de 66 anos, é empresário ecomerciante em Goiânia. Foi eleito primeiro suplentede Marconi Perillo em 2006 e assumiu o cargo em 17de dezembro de 2010, assim que o titular renuncioupara poder tomar posse como governador, em 2011. Li-gado aos movimentos empresariais, Cyro foi dirigenteclassista da Associação Comercial e Industrial do Estadode Goiás (Acieg) e da Associação Pró-DesenvolvimentoIndustrial do Estado de Goiás (Adial) e do Fórum Em-presarial, entre outras entidades. É, com certeza, umhomem muito bem-sucedido e que, como ele própriosalientou, não precisa mesmo dos vencimentos de par-lamentar para o padrão de vida que leva.

Para quem é grande empresário, como o próprioCyro Miranda, o salário de senador da República émesmo uma merrequinha. Possivelmente, em sua ativi-dade de origem ele ganhe em um dia o que demora ummês para receber como congressista. O que não ficoubem foi dizer que tem pena de senador que precisadesse vencimento, até porque essa figura virtualmentenão existe: afinal, praticamente todos os seus colegastêm outras fontes de renda, seja em seu próprio nomeou geridas por sua família. Dizem por aí que alguns têmrenda até com nome de pessoas distantes de seu convívio

ou mesmo que não conheçam pessoalmente. Mas creioque seja só boato, claro.

Ao senador reclamante, é bom esclarecer que o “lí-quido” não é o “certo”: o correto é dizer que um senadorem Brasília tem R$ 19 mil à disposição, livre de gastoscom saúde, com telefone, com gráfica, com transporte,com alimentação, com auxiliares e outras estruturas amais. Fora a verba indenizatória e o fato de seu trabalhoproduzir algo efetivo para a sociedade apenas durantetrês dias da semana (às segundas e sextas-feiras muitosse dão o direito de atender suas bases, o que, no fim, éuma atividade eficaz para si mesmo e não para o conjuntoda população). Mesmo assim, isso é pouco para a maioriaabsoluta dos senadores.

Em entrevista ao Jornal Opção no mês passado, o se-nador Pedro Taques (PDT-MT) declarou que essas ajudasde custo são necessárias e que ele, um ex-procurador daRepública destacando-se em seu primeiro mandato, nãoteria como atender a todas as suas despesas apenascom o salário e tendo ainda de pagar todas as despesasque são impostas a quem passa a viver em Brasília etem de se deslocar a seu Estado de origem. Concordo,embora haja outros países em que tais benesses seriamconsideradas verdadeiras mordomias: quem já viu noYoutube um conhecido vídeo sobre como é a vida de umparlamentar na Suécia entenderá o que eu quero dizer.Porém, a cultura do Brasil é outra e esse aspecto deveser observado, embora não endossado.

Mas a discussão deve ser vista por outro ângulo: re-clamar de salário não é o que a população espera de umsenador. Primeiro, porque 99% da população vive commenos do que o que um deles ganha; segundo, porque,no imaginário dessa mesma população, é justamente osalário alto que causa indignação — ingenuamente,grande parte acha que é esse alto vencimento que os

torna ricos; e, o mais importante, o eleitor pressupõeque tal pessoa esteja ali, exercendo um mandato, paraservir à Nação e não para brigar por contracheque.Marconi Perillo — na verdade, a pessoa que ganhou osvotos e deu as condições para que hoje Cyro Miranda setornasse senador — tanto queria o cargo que fez umacampanha milionária, que se tornou a mais cara doPaís. Para ser um dos campeões de votos do Congressoem 2006, Marconi arrecadou e gastou R$ 3,5 milhões.

Ora, se há tamanho empenho em captar recursos nacasa dos sete dígitos, é possível deduzir que seja pelacausa, não pelo salário: os R$ 19 mil líquidos vezesmultiplicados por 13 meses — porque o 13º salárioainda é direito dos parlamentares (Cyro deve estar felizpor seus colegas menos afortunados) — dão R$ 247mil anuais; como o mandato de senador tem oito anos,ao fim da dupla legislatura ele terá recebido R$ 1,976milhão. A campanha de Marconi/Cyro custou, segundoo que foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE),R$ 3,55 milhões. Seria um “prejuízo” de quase R$ 1,6milhão, se o objetivo fosse salário

Repito: se o objetivo de se eleger fosse receber salário,a conta ficaria no vermelho. Mas, obviamente, não é porisso que os nossos excelentíssimos senadores estão lá.Quando alguém se elege à Casa legislativa mais importantedo País, ele quer é se doar, doar sua vida pela causapátria, tornar-se voz de toda uma população, passar ase ocupar dos mais importantes problemas da Nação eviver plenamente a luta pela democracia. Nada mais doque isso. O Senado tem sempre dado provas de sua se-riedade, quanto mais nos últimos tempos. Basta observara vida decente, impoluta e reta de todos os seus membros,bem como a coerência do discurso com a prática decada um deles. Ou estaria eu sendo muito inocente,puro e besta?

Que pena, senador!

Elder Dias

[email protected]

Leonardo Boff

Teó[email protected]

Almir Fernandes de

Souza Neto

Bacherel em Direito; Pós-graduado em Direitodo Trabalho e Processo [email protected]

Para onde estamos fugindo? Principais dúvidas sobre Pensão Alimentícia

06 Goiânia, abril de 2012

Os moradores do Parque das Flo-res quando passam pela esquinadas ruas FL 09 com FL 03, próximaa Avenida Nerópolis, vêem apenaso alicerce do que é pra ser umcentro comunitário. A área que eradestinada a um obra pública foi ce-dida à Associação Evangélica Be-neficente da Região do Jardim Bal-neário Meia Ponte, que é coman-dada pela Igreja Luz Para os Povos,do Balneário. O imbróglio já duramais de cinco anos.

A área foi cedida à igreja atravésda lei municipal 8478, de 18 de se-tembro de 2006, de autoria do ex-prefeito, Iris Rezende (PMDB). Alegislação previa que a entidade ti-nha um ano para iniciar e dois paraconcluir a obra, que seria um centrocomunitário. O tempo expirou e aedificação não evoluiu. Passadosmais de cinco anos da aprovaçãoda lei, existe apenas o alicerce aban-donado em meio ao matagal.

A Polícia Civil de Goiás (PC) im-plantou em maio de 2008 a Dele-gacia Virtual. Através da internet,o cidadão pode registrar a ocor-rência de delitos mais simples comofurto de objetos, celulares e docu-mentos. Além de outras ocorrênciascomo perda ou extravio de docu-mentos pessoais e desaparecimentode pessoas.

Desde a implantação, o númerode registros virtuais tem crescidoa cada ano. O gerente de desenvol-vimento de sistemas e escrivão daPC, Ricardo Vilaverde de Oliveira,explica que os registros são enca-minhados para a delegacia da áreae imediatamente são lançados nabase de dados da polícia. Não háprazo entre a data do fato e o re-gistro da ocorrência. Segundo Ri-cardo, a maioria das ocorrências éperda ou extravio de documentos.

Para fazer o Boletim de Ocorrên-cias através da rede mundial de com-putadores, o internauta deve acessaro site www.policialcivil.go.gov.br, de-pois clicar em Delegacia Virtual e

posteriormente escolhere preencher uma das cin-co opções de ocorrências- furto de objetos, furtode celular, furto de do-cumentos, perda ou ex-trativo de documentose/ou objetos e desapa-recimento de pessoas.Existe também uma al-ternativa que é para oacompanhamento de Bo-letim de Ocorrência já ca-dastrado. Caso o registronão seja aprovado, a PCinformará através de uma mensagemeletrônica o motivo da recusa.

Feito o registro da ocorrência, ointernauta receberá no e-mail ca-dastrado a validação da denúnciae as instruções para a impressãodo Boletim de Ocorrência, no prazode 24 horas. Na mesma mensagemserá informada a delegacia queficou responsável pelo caso.

A polícia orienta àqueles queperderam ou tiveram documentosfurtados a encaminharem cópia

do boletim de ocorrência para aCâmara de Dirigentes Lojistas –CDL, localizada na rua 9, no SetorOeste. A medida é importanteporque caso alguém tente utilizaro documento furtado a tentativade fraude é imediatamente de-tectada. O computador utilizadopara registro é monitorado du-rante o preenchimento dos dadosda ocorrência. Caso haja comu-nicação falsa de crime a pessoapode responder criminalmente.

Área doada à igreja está abandonadaPrefeitura repassou olocal para umacomunidadeevangélica em 2006. Oprazo para construçãoexpirou há mais de trêsanos

O atual pastor da Igreja Luz Paraos Povos, do Jardim Balneário MeiaPonte, Fernando Pires, reforça aintenção da entidade em construirno local. O religioso afirma que aintenção é levantar o galpão até ofinal deste ano. Fernando conta quea obra está sendo erguida com doa-ções, por isto, é difícil seguir fiel-mente um cronograma.

A dona de casa, Cirleide Pereirade Brito, 35, mora em frente a áreadoada à igreja. Ela afirma que nãotem nada contra a doação, apenasgostaria que alguma coisa fosseconstruída rapidamente no local,de preferência, uma praça com apa-relhos para exercícios físicos. Casonada seja edificado na área, a donade casa pede que pelo menos sejafeita uma limpeza.

O bombeiro, Ricardo Soares Car-rijo, afirma que a região tem poucomovimento e que a área em estadode abandono facilita a ação dosbandidos. O motoboy, Theofledoda Silva Bessa, 42, reforça o discurso,dizendo que praticamente todas ascasas que ficam em volta da áreapública já foram roubadas. O pastorFernando rechaça a teoria. “Lá (naárea) sempre foi um local abando-nado, hoje estamos lá, então nósmovimentamos a região. Eu nãocreio que haja perigo para os mo-radores,” defende.

Delegacia Virtual recebe registro deBoletins de Ocorrências pela internet

Área doada a igreja está tomada pelo mato

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Casa, 3 quartos, 1 suíte, banheirosocial e demais dependências, lajee cerâmica. Fone: 3292 9777 /9977 6051. CF: 7933.Casa no Balneário. Fones: 91101922 / 8185 8399.Lote na esquina das ruas MariaPestana e Leduína Tonese. Fones:9977 6051 / 3292 9777.Lote, na FL 46, Res. Itália. Fones:3536 3770 / 9632 1526.Casa, no Res. Itália. 3 quartos, 1suíte, banheiro social, sala, cozinha,área de serviço, dispensa e gara-gem. Fone: 3292 9777 / 99776051. CF: 7933.Lote na Rua Alcidia Santana, Qd.06, Residencial das Acácias. Fones:8474 7233 / 3210 2660.Galpão, na Rua do Filatelista, Qd.13, Maria Lourença. Tratar: 35364362 / 8442 8963.Casa, na Rua do Filatelista, MariaLourença. Fones: 3536 4362.Lote de esquina, na Av. G, Res.Recreio Panorama. Fones: 35363770 / 9632 1526.Casa com 2 quartos, 1 suíte, naAv. G. Res. Recreio Panorama. Tra-tar: 9289 2219.Casa, na Av. G, Qd. P-4, Res. RecreioPanorama. Fone: 3235 6800.Lote 364 m2, de esquina, na partealta do bairro. Ótimo preço. Fone:3292 9777 / 9977 6051. CF: 7933.Lote de esquina, na Rua Erondina,Qd. 11 – Barravento. Fones: 92858559 / 8418 0930.Casa, na Rua FN 49, Qd. 16 – Jd.Fonte Nova. Fones: 8408 6594 /9237 / 9261.Casa, na RB 15, Alto do Vale.Tratar: 3193 1817 / 8449 9896.Casa, na Av. Oriente, Qd 09, Re-canto do Bosque. Tratar: 32051800 / 8423 6344.Casa, na Av. Oriente, Qd. 09, Re-canto do Bosque. Fone: 99296503.Lote de esquina, Av. Francisco Al-ves, no Recanto do Bosque. Fones:3087 1610 / 8495 2451.

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VeículosGol G-5, 10/10, 1.0 básico, flex,pneus novos e IPVA pago. 38 milKM rodados. Tratar: 9124 1006.Verona GLX 90/90, vinho, embom estado. Fone: 8422 5718.Siena Fire, 06/07, prata, completo.Tratar: 3636 3830 / 8179 1668.

EmpregosContrata-se pedreiro e ajudantepara trabalhar com acabamento.Falar com Paraíba. Fone: 92487937 / 8146 4714.

Solução – O prazo para conclusãoda obra está vencido há três anose meio. O pastor Fernando Piresdiz que foi feito um acordo entre aassociação e alguns vereadores queprorrogou o período para a cons-

trução do centro comunitário. Deacordo com o pastor, o vereadorGeovani Antônio (PSDB) seria o re-presentante do legislativo nesteacordo. O parlamentar nega a in-formação e vai mais além. “Eu quero

revogar a lei. A igreja não cumpriuos prazos estipulados,” diz.

Enquanto uma solução práticanão é tomada, os moradores seguemcom um vizinho indesejado, o ma-tagal.

07Goiânia, abril de 2012

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08 Goiânia, abril de 2012