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RELATÓRIO & CONTAS 2016

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RELATÓRIO & CONTAS

2016

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

ÍNDICE

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ..................................................................................... 3

A CCAM EM NÚMEROS ............................................................................................................... 4

ÁREA GEOGRÁFICA DA CAIXA DO NOROESTE ...................................................................... 8

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO ......................... 9

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO.......... 12

INFORMAÇÃO DE GESTÃO ...................................................................................................... 16

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ...................................................................... 57

PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DE CAPITAL ........................................................................ 59

BALANÇO E CONTAS ................................................................................................................ 62

ANEXO ÀS CONTAS ................................................................................................................... 68

RELATÓRIO ANUAL DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS ........................ 116

PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS ......................................... 120

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO .............................. 123

ORGANIZAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE ........................................................................... 126

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO DA CCAM DO NOROESTE ................................ 128

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ANUAL DAS POLITICAS DE REMUNERAÇÃO .................... 148

MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS ELEITOS PARA O TRIÉNIO 2016/2018 ................... 154

COLABORADORES ................................................................................................................... 158

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ..................................................................................... 164

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CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

A CCAM EM NÚMEROS

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL.

AGÊNCIAS

Distrito Concelho Localidade Nº

Funcionários Local

Viana do Castelo

Arcos de Valdevez 4970-465 Arcos de Valdevez 3 Rua Soares Pereira, nº130

Caminha 4910-133 Caminha 3 Av. Manuel Xavier

4910-387 Vila Praia de Âncora 3 Rua 5 de Outubro, nº 7

Melgaço 4960-551 Melgaço 5 Lg. Hermenegildo Solheiro, nº 1

Monção 4950-427 Monção 3 Av. 25 de Abril, Bl. 3, R/C Esq.

Paredes de Coura 4940-529 Paredes de Coura 3 Rua Conselheiro Miguel Dantas, nº32

Ponte da Barca 4980-628 Ponte da Barca 3 Rua Diogo Bernardes, nº2

Ponte de Lima

4990-058 Ponte de Lima 4 Passeio 25 de Abril

4990-448 S. Julião de Freixo 3 Largo da Feira

4990-643 S. Martinho da Gandra 1 Lugar do Terreiro

Valença 4930 678 Valença 3 Av. Miguel Dantas, ED. Avenida, Lj 2 R/C

Viana do Castelo

4900-557 Abelheira - Viana do Castelo 6 Praça Dr. António Feio Ribeiro da

Silva

4905-386 Barroselas 2 Rua dos Reis Magos, 205 - Loja 1

4935-573 Castelo do Neiva 3 Av. Central, R/C- Lugar de Santiago

4935-169 Darque 2 Rua do Pinheiro Manso, nº 17 - r/c Esq

4900-557 Viana Castelo Sede Administrativa

30 Praça Dr. António Feio Ribeiro da Silva

Vila Nova de Cerveira

4940-275 Vila Nova de Cerveira 3 Av. Heróis do Ultramar

Braga Barcelos

4750-297 Barcelos – Sede Social 9 Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro

4755-266 Macieira de Rates 3 Avenida Central - Ed. Senhor dos Passos, 750

4750-437 Carapeços 2 Urbanização da Fariota, Lugar de Pereiro

4755-552 Vila Sêca 2 Lugar da Gandra

4775-237 Silveiros 3 Rua Principal, nº 1855, Loja 9- Edifício Magnólias

4750-154 Arcozelo 2 Av. Nª Sr.ª de Fátima, 175

TOTAL……………………………22 AGÊNCIAS

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2016 2015 Var. %

VOLUME DE NEGÓCIOS (euros)

Activo líquido total 547.446.178 494.231.134 10,77%

Activo líquido médio 520.838.656 479.095.747 8,71%

Depósito a prazo na Caixa Central 164.019.121 135.034.839 21,46%

Crédito total concedido 338.999.122 316.201.190 7,21%

Crédito líquido concedido 323.225.648 301.639.985 7,16%

Imobilizado líquido 21.245.160 20.863.237 1,83%

Depósitos totais 433.019.536 414.559.451 4,45%

Depósitos à ordem 126.317.073 109.401.314 15,46%

Depósitos a prazo e de poupança 306.702.463 305.158.137 0,51%

Volume de negócios 772.018.658 730.760.641 5,65%

Depósito a prazo na Caixa Central / Activo líquido 29,96% 27,32%

Crédito líquido concedido / Activo líquido 59,04% 61,03%

Crédito total concedido / Depósitos totais 78,29% 76,27%

Crédito líquido concedido / Depósitos totais 74,64% 72,76%

Imobilizado líquido / Activo líquido 3,88% 4,22%

Depósitos à ordem / Depósitos totais 29,17% 26,39%

Depósito a prazo e de poupança / Depósitos totais 70,83% 73,61%

RESULTADOS CONSOLIDADOS (euros)

Margem financeira 11.419.210 10.613.773 7,59%

Comissões líquidas 4.899.635 4.586.501 6,83%

Produto bancário 18.384.843 16.598.749 10,76%

Custos de estrutura 9.785.999 8.985.178 8,91%

Custos com pessoal 4.908.618 4.310.542 13,87%

Resultado antes de impostos 3.838.331 2.368.617 62,05%

Margem financeira / Activo líquido médio 2,19% 2,22%

Custos com pessoal / Custos de estrutura 50,16% 47,97%

Custos com pessoal / Custos totais 16,65% 13,95%

COLABORADORES E BALCÕES

Nº de funcionários 101 101 0,00%

Nº de agências 22 23 -

Activo líquido / Nº de funcionários 5.420.259 4.893.378 10,77%

Depósitos totais / Nº de funcionários 4.287.322 4.104.549 4,45%

Volume de negócios / Nº de funcionários 7.643.749 7.235.254 5,65%

Volume de negócios / Nº de balcões 35.091.757 31.772.202 10,45%

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2016 2015 Var. %

RENTABILIDADE (euros)

Cash flow 7.690.156 7.171.169 7,24%

Resultado do exercício 2.929.643 1.926.214 52,09%

Cash flow / Activo líquido médio 1,48% 1,50%

Resultado do exercício / Activo líquido médio 0,56% 0,40%

Resultado do exercício / Capital próprio médio 7,13% 4,99%

Resultado antes de impostos / Activo líquido médio 0,74% 0,49%

Resultado antes de impostos / Capital próprio médio 9,34% 6,13%

Produto bancário / Activo líquido médio 3,53% 3,46%

Rácio de eficiência 57,08% 58,15%

Custos com pessoal / Produto bancário 26,70% 25,97%

SOLVABILIDADE (euros)

Provisões totais 20.729.253 18.879.179 9,80%

Amortizações acumuladas 6.752.506 6.490.975 4,03%

Capital próprio 42.507.673 39.659.840 7,18%

Capital próprio médio 41.083.756 38.621.774 6,37%

Provisões p/crédito vencido / Crédito concedido bruto 3,17% 4,09%

Crédito vencido / Crédito total concedido 3,91% 6,59%

Crédito com incumprimento / Crédito total 3,85% 5,99%

Crédito com incumprimento, líquido / Crédito total, líquido -0,84% 1,45%

Crédito em risco / Crédito total 5,95% 9,39%

Crédito em risco, líquido / Crédito total, líquido 1,36% 5,01%

Capital próprio / Activo líquido 7,76% 8,02%

Imobilizado líquido / Capital próprio 49,98% 52,61%

Imobilizado líquido / Fundos próprios 53,57% 51,62%

Rácio de solvabilidade 12,71% 13,23%

Rácio de Adequação de Fundos Próprios 12,71% 13,23%

Rácio de Adequação de Fundos Próprios de Base 12,65% 12,33%

Rácio Core Tier I 12,65% 12,33%

Rácio Core Tier II 0,06% 0,90%

Fundos próprios 39.658.914 40.416.016 -1,87%

Grande risco 3.965.891 4.041.602 -1,87%

Limite de grande risco 9.914.729 10.104.004 -1,87%

Limite agregado de grande risco 317.271.312 323.328.128 -1,87%

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

ÁREA GEOGRÁFICA DA CAIXA DO NOROESTE

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL E DE

SUPERVISÃO

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Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão

Cumpre-nos enviar a todos os Associados uma mensagem, com um resumo das situações que

caracterizaram o ano de 2016, na CCAM do Noroeste.

Tratou-se de um início de mandato deste Conselho Geral e de Supervisão, algo atípico, uma vez

que embora as eleições tenham sido realizadas em Dezembro de 2015, só passados 6 meses, no

mês de Junho de 2016, foi possível a tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, após o rigoroso

escrutínio do Banco de Portugal, dando cumprimento às novas exigências regulamentares.

Posteriormente foi ainda necessário proceder a uma alteração, no seio dos membros do CGS.

No ano de 2016, não obstante a continuação da crise económica e os constrangimentos da

actividade bancária em especial, mesmo assim a CCAM do Noroeste conseguiu apresentar um

resultado positivo de 2.929.643,19 euros, atingindo um Volume de Negócios superior a setecentos

e setenta milhões de euros e um Activo Liquido no montante de 547.446.178 euros.

Durante este ano comemoramos os 100 anos da ex-Caixa de Arcos de Valdevez (30 de Abril), com

um Jantar de Gala, onde prestamos homenagem aos Ex-Presidentes das ex-Caixas, Colaboradores

e ex-Colaboradores, cerimónia realizada no Arcos Hotel Nature & SPA, nos Arcos de Valdevez.

Para além deste evento, esta Caixa levou a cabo o denominado “CA Noroeste ao Vivo” que se

caracterizou por um conjunto de espectáculos musicais apresentados em diversos concelhos,

nomeadamente Barcelos, Monção, Arcos de Valdevez e Viana do Castelo, por onde passaram

concertos, recitais de piano e espectáculos de vídeo mapping.

Outro dos eventos em que participamos, é o denominado Ciclo de Conferências do Noroeste,

onde a CCAM do Noroeste, em parceria com a APHVIN/GEHVID – Associação Portuguesa de

História da Vinha e do Vinho e o Rotary Clube de Viana do Castelo, promove um ciclo de 12

conferências, sobre diversas temáticas, a decorrer desde Outubro de 2016 e que irão terminar em

Julho de 2017.

Para além destes eventos mais relevantes, continuaram a ser muitas e variadas as manifestações,

participações e comparticipações em que colaboramos ao longo de 2016, todas elas tendo por

objectivo dar a conhecer e promover a CCAM do Noroeste, nesta região, nomeadamente a sua

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consistente actividade financeira, económica e participação social que esta Caixa tem desenvolvido,

promovendo a ajuda ao investimento e ao bem-estar das comunidades onde estamos inseridos.

Todos estes eventos têm como objectivo primeiro, dar notoriedade e promover a imagem da CCAM

do Noroeste, CRL como uma Instituição financeira forte e credível, capaz de proporcionar bons

serviços, mas também de devolver uma parte dos seus resultados às populações onde está

inserida, nomeadamente através da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, para onde propomos

serem canalizados 292.000 euros em 2017, mas relativos aos resultados de 2016.

Congratulamo-nos por esta Caixa continuar a ocupar os lugares cimeiros nos diversos indicadores

económicos e no cumprimento dos diversos rácios determinados pela Caixa Central, entre as Caixas

que integram o denominado Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mutuo.

Não podemos terminar sem deixar os nossos agradecimentos ao Conselho de Administração

Executivo pela atenção e competência colocados na administração desta Caixa, bem com a todos

os Colaboradores, que em maior ou menor grau contribuíram para este resultado.

Agradecimentos extensíveis ao nosso Revisor Oficial de Contas e à Caixa Central de Crédito

Agrícola, seus Departamentos e Colaboradores, pelo sempre pronto e competente apoio técnico e

ajuda concedidos, para o pleno cumprimento da nossa missão.

Agradecemos ainda aos restantes membros de Órgãos Sociais, Conselho Consultivo e todos os

Associados e Clientes em geral, que nos ajudaram a cumprir a nossa missão de supervisão e

fiscalização. Também um agradecimento especial a todos os membros dos órgãos sociais que

terminaram o seu mandato.

O NOSSO MUITO OBRIGADO

Barcelos, 16 de Fevereiro de 2017

Presidente Conselho Geral e de Supervisão

José Júlio Faria Costa

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EXECUTIVO

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Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Executivo

Prezados Associados,

Podemos caracterizar o exercício de 2016 com um ano de afirmação da Caixa, no qual o seu

posicionamento é reforçado tendo em conta o cumprimento dos objectivos sociais e das metas

financeiras estabelecidas.

Como mais adiante se evidenciará, foram realizados e dinamizados múltiplos eventos pela região,

que ajudam a unir a instituição às pessoas e a muitos dos seus anseios, nomeadamente ao de um

desenvolvimento equilibrado.

Celebrámos com dignidade o centenário da fundação da Caixa de Arcos de Valdevez, numa alegre

iniciativa, na qual homenageámos os colaboradores mais antigos e distinguimos os últimos

presidentes vivos das caixas que se diluíram através de várias fusões na actual Caixa do Noroeste.

Dada a experiência bastante positiva do evento Sons do Centenário realizado em 2015, no ano

transacto fizemos circular pelos vales que compõem a Caixa (Minho, Lima e Cávado) quatro

concertos de apoio a instituições particulares de segurança social nossas clientes.

No dia 23 de Agosto realizou-se em Monção uma festa especialmente dedicada aos associados.

Nesta solene ocasião aproveitamos a oportunidade para homenagear os associados com mais de

50 anos de associação, como manifestação de agradecimento pela constância da sua ligação à

Caixa.

Para além de apoios a várias iniciativas do campo cultural promovidas pelos municípios e pela

Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima, mantivemos em estreita ligação com a Fundação Caixa

Agrícola do Noroeste, apoios a um leque alargado de iniciativas de âmbito desportivo, cultural e

filantrópico.

Como instituição cooperativa que privilegia os valores da responsabilidade social e da solidariedade

promovemos várias acções de divulgação do microcrédito e no âmbito do protocolo com a

Associação Nacional do Direito ao Crédito foram concedidos financiamentos a diversas iniciativas.

Dentro dos mesmos princípios, outros financiamentos foram feitos ao abrigo de diversas linhas,

com destaque para o FINICIA.

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A especial dedicação às causas não financeiras não retirou atenção à verdadeira missão da Caixa,

que se consubstanciou num acréscimo de 2.627 clientes, cujo total passou de 65.234 em 2015

para 67.861 em 2016.

O activo líquido teve um crescimento de 10,8% passando de 494.231 M€ em 2015 para M€ 547.446

em 2016. Dada a especificidade das actividades permitidas pelo Regime Jurídico e como tem

acontecido em anos anteriores, o crescimento nas rubricas de crédito e de depósitos a Caixa Central

justificam o crescimento daquela magnitude. No passivo é de realçar não só o crescimento dos

recursos de clientes mas também os valores alocados pelas linhas TLTRO (Linha do BCE de

refinanciamento de longo prazo).

Devemos notar ainda o comportamento da evolução do número de novos associados, que de forma

consistente fomos admitindo ao longo do ano. No final de 2016 a caixa registava 12.513

associados, quando em Dezembro de 2015 eram 11.741. Esta evolução também se reflecte no

aumento do capital por subscrição de capital em 944 mil euros. Por outro lado e essencialmente a

pedido dos associados foram resgatados durante 2016 o montante de 375 mil euros do capital

social.

O resultado líquido teve um forte crescimento (mais 52%) quando comparado com o resultado de

2015. A margem financeira foi fortemente afectada pela redução das taxas activas e passivas,

tendo crescido cerca de 7,6% , taxa menor que a do crescimento da actividade. O produto bancário

teve também um crescimento de cerca de 10,8% o que evidencia uma contribuição maior da

margem complementar na formação do produto.

Os custos com pessoal teriam um crescimento residual, não fora a dotação que se teve que fazer

para o Fundo de Pensões, para os quais registámos cerca de 400 mil euros exigidos já em 2017

mas de pensões asseguradas desde 2016. Os gastos gerais administrativos não tiveram

crescimento significativo. Devemos realçar a menor exigência de correcções dos activos por

imparidade quando comparado com o ao anterior. Esta menor exigência no que diz respeito ao

crédito a clientes cifrou-se em menos 914 mil euros.

A todos os colaboradores, sem os quais estes resultados não seriam obtidos, queremos reconhecer

o compromisso com a instituição, o entusiasmo e perseverança pelo desempenho demonstrado.

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Um reconhecimento muito especial à colega Maria Goreti Costa que se reformou em 2016 a quem

agradecemos os muitos anos de dedicação à Caixa de Barcelos e do Noroeste e desejamos muitas

felicidades para o futuro.

Queremos também mostrar o nosso agradecimento aos nossos sócios e clientes e àqueles a quem

de forma directa ou indirecta, através da confiança manifestada, nos ajudaram a cumprir a nossa

missão e nos compromete ainda mais, na prossecução dos objectivos estratégicos superiormente

aprovados.

Como nota final queremos manifestar o nosso agradecimento aos titulares dos órgãos sociais que

terminaram os seus mandatos efectivamente em 2016 e que foram presididos pelo Dr Sebastião

Camilo de Oliveira Ramos (Mesa da Assembleia Geral) e Avelino Meira do Poço (Conselho Geral e

de Supervisão), dos quais sempre tivemos todo o apoio para o desenvolvimento da estratégia que

temos prosseguido.

Barcelos, 8 de Março de 2017

O Presidente do Conselho de Administração Executivo

José Gonçalves Correia da Silva

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

INFORMAÇÃO DE GESTÃO

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i. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em

2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de

crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento

superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos

4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de

4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a

economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que,

com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter

sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo

crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das

exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na

componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o

ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se

perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de

posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França

(a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na

Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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“insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na

Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais

disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que

poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações

comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de

2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no

final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em

níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos

4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração

média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os

0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0%

definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta

recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público

como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a

encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a

estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de

quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano,

estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo

fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma

contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços

ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências

potencialmente muito disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que

poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que

se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia.

Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017,

pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em

França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da

política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à

livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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1.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível

das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último

trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo

semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que

o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015

(1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de

entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos

homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito

afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no

início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o

investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no

final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos

sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais

contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e

incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa)

que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público

para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de

capital fixo por parte das administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de

desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de

melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de

2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado

no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5%

registados em 2015.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€

face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as

emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil

M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€).

Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€

concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do

PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado

no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação

a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do

Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da

administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no

OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá

atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão

Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de

Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental

português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo

de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de

receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas

adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao

Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice

orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos

portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em

termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a

CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP

e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou

a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do

BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%);

o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo

de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos

à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016,

o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para

essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que

em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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24

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016

face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%),

mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total

reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas

regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a

empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que

representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes

particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim,

tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da

agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível

verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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26

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias

extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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1.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE

reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de

estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a

Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os

índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas

superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta

magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor

recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices

accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de

Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica

resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow

Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.

Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco

surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em

termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante

positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com

o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em

Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo

que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas

monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a

negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores

desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o

Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene,

caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais

moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final

de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva

descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano

apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo

do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados

das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular,

liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de

US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas,

como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O

Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para

o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação.

Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o

ano a valorizar 9,33% em 2016.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017,

conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos

12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate

observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a

dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada,

exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro.

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da

dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os

1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade,

registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos,

os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%,

registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo

em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico,

nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de

2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

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31

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017

A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em

França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para

2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a

concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas

internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem

parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente

dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza

quanto à evolução económica mundial para os próximos anos.

O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca

nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário

nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;

ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;

iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a

confiança dos stakeholders; e

iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para

atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;

ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e

iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos

os stakeholders.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

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ii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA

(SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar

ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de

Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados

em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de

constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma

relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma

evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho

e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte

dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens

duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de

2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de

alavancagem da economia (famílias, SNF5 e sector público) e à redução homóloga do crédito

concedido (-2,7%).

4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco

de Portugal (Dez.2016).

5 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

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Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros

face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano

anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra

resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis

para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira

e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015

para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das

taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume

de depósitos superior ao registado no período homólogo.

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração

dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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36

Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem

financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes

às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência

com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para

as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de

euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de

euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

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vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros

qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos

gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros);

e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de

euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0

milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o

agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros,

respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais

de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os

gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha

registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos

serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às

avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos)

e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à

publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e

outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros

(ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer

5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria

ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma

redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que

representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento

da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento

dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais

eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito

e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

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Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço

das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido

registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o

Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do

SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016,

contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4%

(284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento

de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de

recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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39

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou

um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém

da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto

do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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40

2.1.2 Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança;

os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao

Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM

se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o

bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como

“A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi

premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de

Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação

do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas,

donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do

“Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo

financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência

em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo

das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia

portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a

Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de

entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM)

apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo,

distribuída com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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41

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma

agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo

Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência,

realizada em Outubro de 2016, contou

com a presença de diversas entidades

locais, entre elas o Presidente do

Governo Regional da Madeira, Miguel

Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência

representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca

Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região,

revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em

três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo

oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de

Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento

Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete)

e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar

na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento

Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em

2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano

consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo

Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de

um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento,

representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de

transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média

de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A

evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço

B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com

iguais períodos de 2015.

No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de

1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de

mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções

em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões

de transacções.

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Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos.

O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de

transacções.

Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento

a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a

crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado

do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e

parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de

Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o

objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções

comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no

facebook no final de 2016.

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira,

constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000

telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

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Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de

patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como

sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona”

no Rali Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro

Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de

Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais,

o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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CONTEXTO INTERNO

Resultados

A Caixa obteve no exercício de 2016 um resultado líquido de 2.930 mil euros (mais 52%

que em 2015) em grande parte devido à menor necessidade de correcções aos valores

do crédito registado em balanço pela via das imparidades, apesar de ligeiro crescimento

mas margens financeiras e complementar.

Não obstante o crescimento da actividade, reflectido no crescimento dos depósitos a

prazo na Caixa Central (mais 22%) e no crédito a clientes (mais 7,2%) os juros

respectivos tiveram um decréscimo de 8,7%. Este comportamento de descida de taxas

influenciou porém e positivamente os custos dos recursos que reduziram 53,8%, apesar

do crescimento de 4,4% dos recursos de clientes e de 35,4% nos refinanciamentos do

BCE (TLTRO). O efeito conjugado traduziu-se num crescimento da margem financeira

em 7,6%.

O saldo de comissões, componente muito importante para a formação do resultado teve

um crescimento de cerca de 6%. Continuamos a assistir a um contributo relevante das

comissões obtidas pelo esforço comercial da Caixa, nomeadamente pelo cumprimento

de objectivos de colocação de seguros nos nossos clientes.

Os custos com pessoal crescem cerca de 13,9% fundamentalmente devido à dotação

para o fundo de pensões, cujo agravamento derivou de um colaborador que se reformou.

Os gastos gerais administrativos têm um crescimento de 6,7% em boa parte devido ao

pagamento de avenças e honorários, depois recuperados mas contabilizados noutra

rubrica.

Actividade

O rácio de transformação dos depósitos em crédito passou de 76.5% em 2015 para

78,4% em 2016, mantendo-se ainda nos termos das regras do grupo, uma grande

capacidade de crescimento em crédito.

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A carteira de crédito a empresas mostra uma estrutura diversificada por sectores

económicos e no que diz respeito a particulares continuamos a assistir a um significativo

peso do crédito à habitação.

O crédito vencido teve um significativo decréscimo passando de 20.825 m€ em 2015

para 13.243m€ em 2016 (menos 57,3%), todavia, as provisões aumentaram

globalmente cerca de 1.200 m€. Este aumento resulta da nova metodologia do cálculo

das imparidades dos activos, feito agora com base estatística sobre toda a classe de

crédito e não só sobre o vencido.

Os activos não correntes detidos para venda, quase exclusivamente imóveis, tiveram

uma redução de cerca de 1 milhão de euros. Assistimos a menos entradas do que saídas,

evidenciando que a diminuição do crédito vencido não foi por contrapartida desta

rubrica. Ainda nesta rubrica está agora contabilizado o valor do imóvel onde funcionou

a Caixa na Rua de Aveiro-Viana do Castelo, agência encerrada em 30 de Setembro de

2016 e que se prevê venha a ser adquirida pela Fundação Caixa Agrícola do Noroeste,

para sua sede.

Em outros activos tangíveis estão reflectidos a 31 de Dezembro cerca de 900 mil euros

referentes às obras então em curso da nova agência de Paredes de Coura, entretanto

inaugurada no passado dia 24 de Fevereiro

Capital

O capital social da Caixa ascendeu em 31 de Dezembro de 2016 a 29.869 mil euros, dos

quais provêem da acumulação de resultados e são pertença da própria Caixa cerca de

68% do total. O capital representado por títulos pertencentes aos associados são cerca

de 9,5 milhões de euros tendo havido um acréscimo de 467 mil euros no capital

directamente detido pelos associados. (c.f. nota 35 do anexo às demonstrações

financeiras).

As reservas, que também representam acumulação de resultados, no montante de cerca

de 10 milhões de euros, tiveram um acréscimo de cerca de 1.510 mil euros resultantes

da aplicação dos resultados. (c.f. nota 36 do anexo às demonstrações financeiras).

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No início do ano de 2016 a Caixa contava com 11.741 associados activos. Considerando

os movimentos correntes ao longo do ano de 2016, registamos a saída de 4 associados

por falecimento/cessação de actividade e outras situações de saída (48 exclusões e 285

pedidos de demissão), finalizando o ano de 2016 com 12.513 associados activos.

Sócios Sócios Activos em 2015 11.741 Falecimento / Cessação de Actividade 4 Exclusão 48 Pedido Demissão 285 Outros/Regularização 7 Admissões 950 Sócios Activos em 2016 12.513

Eficiência

O rácio de eficiência (calculado como a soma dos custos com pessoal, gastos gerais

administrativos e amortizações a dividir pelo produto bancário), foi de 57,8%, cumprindo

o normativo da Caixa Central (menor que 60%) devido ao aumento do produto bancário

em 10,76%. Em 31 de Dezembro de 2016 a Caixa do Noroeste contava com 22 Agências,

estando uma integrada nas instalações da Sede Administrativa.

Solvência

No final de 2016, os fundos próprios totais atingiam o montante aproximado de 39,7

milhões de euros.

O rácio coreTier I (calculados com os capitais de primeiro nível) atingia os 12,65%, que

demonstra uma elevada qualidade de solvabilidade da Caixa, bastante acima dos níveis

mínimos exigidos regulamentarmente.

Capital Humano

Durante o exercício a Caixa continuou a apostar mais no desenvolvimento profissional

dos colaboradores do que no aumento dos seus efectivos. O quadro de pessoal tem uma

idade média de 44,37 anos e com uma antiguidade média de 18,23 anos.

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O compromisso e a motivação que são pilares estratégicos para a gestão de pessoas

devem estar ligados também à formação. A Caixa proporcionou em 2016 um total de

6.015 horas de formação aos seus colaboradores (formação profissional), para além de

apoiar os colaboradores na frequência de licenciatura em Gestão Bancária.

Certificação da Qualidade

Na sequência da auditoria de concessão concluída em Maio de 2012 pela APCER e da 1ª

auditoria de acompanhamento realizada em Abril de 2013, no âmbito da Norma NP EN

ISO 9001, a CCAM do Noroeste obteve e mantém a certificação do Sistema de Gestão

da Qualidade por si implementado e baseado nos oito princípios da qualidade

Este objectivo alcançado e mantido pela Caixa teve como propósito principal assegurar,

de uma forma eficaz, eficiente e sistematizada, a satisfação das expectativas dos seus

Associados e Clientes relativamente aos produtos e serviços por si fornecidos, e dos seus

Colaboradores no que respeita ao ambiente e condições de trabalho proporcionados.

O Sistema de Gestão da Qualidade implementado

proporciona melhores condições para a satisfação dos

objectivos estratégicos da Caixa e para o cumprimento

da Política da Qualidade por si estabelecida,

optimizando, harmonizando e sistematizando processos, definindo claramente

responsabilidades e tarefas, fomentando e gerindo indicadores da qualidade, e

melhorando assim a sua capacidade de resposta aos novos desafios que o mercado e a

crescente exigência de qualidade dos clientes impõem, actuando numa óptica de

melhoria contínua.

A Caixa entende ainda que a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade por si

implementado reforça a sua imagem de competência e a credibilidade, e aporta

vantagens competitivas ao diferenciar pela qualidade do serviço fornecido.

EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO Área Comercial

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No ano de 2016 os resultados comerciais alcançados foram muito positivos, sendo

notório o empenho da estrutura comercial da Caixa do Noroeste, que cumpriu 20

variáveis de objectivos (num total de 24):

Importa referir que os valores mencionados nas variáveis ‘negócio internacional’ e nos

produtos de seguros do ramo real (‘CA Automóvel’, ‘CA Habitação’, ‘CA Saúde’, ‘CA

CliniCard’ e ‘Outros produtos de seguros não vida’), são relativos à produção nova no

ano.

A actividade desenvolvida pela caixa em 2016 proporcionou a sua manutenção no 1.º

lugar no ranking das Caixas considerado o valor do seu activo, o volume de recursos dos

Clientes e o produto bancário, que apresentaram a variação relativa homóloga de 10,8%,

4,5% e 10,8%, respectivamente. Já no que concerne ao crédito total concedido a

Clientes, não obstante a variação relativa homóloga de 7,2%, a Caixa ocupou o 2.º lugar.

Objectivo Real DiferençaGrau Realização

Objectivo

1 01. Depósitos à Ordem 110.275.405 126.106.368 15.830.963 114,36%

2 02. Depósitos a Prazo e Poupanças 304.451.315 306.336.774 1.885.459 100,62%

3 03. Capital Social 9.169.699 9.310.655 140.956 101,54%

4 04. Crédito à Habitação 87.001.500 94.142.298 7.140.798 108,21%

5 05. Crédito Pessoal 9.432.364 11.001.446 1.569.082 116,64%

6 06. Outro Crédito a Particulares 33.208.946 32.641.619 -567.327 98,29%

7 07. Crédito à Tesouraria 46.903.221 43.966.932 -2.936.289 93,74%

8 08. Crédito ao Investimento 139.349.035 150.247.767 10.898.732 107,82%

9 09. Leasing Mobiliário 1.456.235 1.693.388 237.153 116,29%

10 10. Leasing Imobiliário 3.040.880 3.035.840 -5.040 99,83%

11 11. Adesões Online Particulares 11.131 12.044 913 108,20%

12 12. Adesões Online Empresas 2.749 2.924 175 106,37%

13 13. TPA 549 602 53 109,65%

14 14. Negócio Internacional 19 17 -2 89,47%

15 15. Fundos Mobiliários 7.827.239 8.068.538 241.299 103,08%

16 16. Fundos Imobiliários 2.117.116 2.508.156 391.040 118,47%

17 17. CA Automóvel 144.893 153.061 8.168 105,64%

18 18. CA Habitação 39.613 49.239 9.626 124,30%

19 19. CA Saúde 29.881 41.852 11.971 140,06%

20 20. CA Clinicard 33.307 61.728 28.421 185,33%

21 21. Outros Produtos 255.562 282.124 26.562 110,39%

22 22. Seguros/Capitalização 3.533.767 4.153.252 619.485 117,53%

23 23. Seguros/Risco 1.260.188 1.261.236 1.048 100,08%

24 24. Fundos/Pensões 253.954 321.099 67.145 126,44%

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A quota de mercado da Caixa na sua área geográfica de actuação atingiu os 8,4% e

10,8%, respectivamente nos depósitos e no crédito.

Captação de Recursos

A actividade de captação de recursos, de balanço e fora de balanço, saldou-se por um

crescimento de 3,9%, influenciado pelo volume captado sob a forma de recursos de

Clientes, fundos de investimento mobiliário e fundos de investimento imobiliário, cujas

rubricas registaram uma variação homóloga de 4,5%, 16,8% e 39,4%, respectivamente.

Crédito Concedido

A carteira de crédito a Clientes, antes da imparidade, totalizou € 338.999.122 em 31 de

Dezembro de 2016, que compara com € 316.201.190 em 31 de Dezembro de 2015, em

linha com a estratégia de apoio ao tecido empresarial e reflectindo também o aumento

registado no crédito a particulares.

O crédito à habitação, também por força do contributo da rede de promotores, aumentou

a sua proporção na carteira global de crédito, para cerca de 28%, atingindo o valor de

€ 94.142.295.

No que concerne à qualidade do crédito, o rácio de crédito vencido bruto há mais de 90

dias atingiu os 3,77%, que representa uma diminuição de 36,3% relativamente ao

registado em 2015, ano em que se cifrou em 5,92%. Adicionalmente, referira-se que o

rácio de crédito vencido líquido de provisões registou uma variação negativa de 70,5%

(2,64% em Dezembro de 2015 versus 0,78% em Dezembro de 2016), que reflecte o

esforço que a Caixa teve ao nível da dotação de imparidades.

Seguros Ramo Real e Vida

Indicador 2015-12-31 2016-12-31 Variação período

homólogo Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 414.559.451 433.019.536 4,45 % Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 8.690.563 5.716.056 -34,23 % Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 6.907.901 8.068.541 16,80 % Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management) 1.799.810 2.508.157 39,36 %

Seguros de Capitalização CA Vida 44.564.621 45.798.681 2,77 % TOTAL 476.522.347 495.110.971 3,90 %

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O projecto de Bancassurance resulta de um protocolo estabelecido com as Companhias

de Seguro do Grupo Crédito Agrícola, a CA Seguros e a CA Vida, com o objectivo de

potenciar a captação para as Seguradoras de Clientes da Caixa do Noroeste.

Como podemos verificar no quadro supra, a Caixa cumpriu os objectivos em todas as

variáveis de seguros, o que lhe permitiu maximizar a remuneração de mediação auferida,

dados os modelos de extra comissionamento em vigor assentes no cumprimento dos

objectivos de produção. Em 2016, as remunerações de mediação totais ascenderam a €

917.988.

Área de Suporte Técnico e Operacional

Pese embora as continuadas mudanças no sector e nas condições do mercado, no

aumento de obrigações de carácter legal (incremento de tarefas de reporte e de serviço

junto dos clientes e incorporação de novas funções no cumprimentos de normas e

regulamentos comunitários), contamos com a dedicação e empenho de todos os

colaboradores, contribuindo largamente para o sucesso e para o desenvolvimento da

Caixa.

No ano a que nos reportamos, manteve-se a constância e foram igualmente alcançados

os objectivos propostos pela Área de Suporte Técnico e Operacional:

- Organização da Área de Contabilidade, Reporte e Fiscalidade – processamento,

contabilização e reporte periódico da informação financeira. Contínua formação

e adaptação às exigências legais, operacionais e de mercado em conformidade

com os desafios de Basileia II e III; Ajustamento às exigências da União Bancária

Europeia e o actual enquadramento legal e regulamentar da actividade bancária,

com as constantes transformações e adaptações/actualizações que o sector

bancário tem sentido, a implementação de Basileia III os requisitos prudenciais

no contexto europeu (Mecanismo Único de Supervisão), materializados na Capital

Requirements Directive (CRD IV) e Capital Requirements Regulation (CRR)

aplicável a instituições de crédito. A CRR mandatou a Autoridade Bancária

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Europeia (EBA) para propor normas técnicas de implementação (ITS -

Implementing Technical Standards) relativas a definições e requisitos de reporte

uniformes: Common Reporting (COREP) e Financial Reporting (FINREP), pelo que

no decurso do corrente ano foram desenvolvidos os reportes periódicos,

envolvendo partilha de informação do Grupo Crédito Agrícola com a EBA,

compreendendo o tratamento de milhares de atributos e validações, de acordo

com os regulamentos e Directivas europeias. Considerando este cenário, a Banca

e Instituições de Crédito depara-se com um elevado grau de exigência e nível de

qualidade, relativamente à prestação de informações em tempo útil, mantendo-

se a necessidade de continuar a fomentar a formação do pessoal nesta Área face

aos novos desafios que surgem.

- Acompanhamento da situação do património da Caixa, dando a maior atenção à

gestão, manutenção e venda dos imóveis resultantes de processos de

recuperação de crédito. Refira-se neste âmbito que durante o ano de 2016 foram

adquiridos, em resultado desses processos, 128 prédios distribuídos entre 39

rústicos e 89 urbanos, no valor total de € 3.554.612,27. Por sua vez e no que

toca à alienação de património, foram vendidos 61 imóveis, 16 rústicos e 45

urbanos, no valor total de € 4.577.793,77.

- Continuamos com obras de manutenção, conservação e melhoria, nas diversas

instalações da Caixa, procedendo à uniformização e melhoria, na imagem de cada

uma dessas instalações;

- Construção da nova Agência de Paredes de Coura com conclusão em Fevereiro

de 2017. Neste ano, com o encerramento da Agência de Viana do Castelo

promoveu-se a remodelação desse espaço, para utilização pela FCAN – Fundação

Crédito Agrícola do Noroeste;

- Tarefa de licenciamento para a nova Agência de Castelo do Neiva;

- Realização de obras de adaptação na Zona Automática de Viana do Castelo

(AEVC) para a instalação do equipamento automático de atendimento Balcão24;

- Continuação da política de instalação de equipamentos ATM’s em locais

estratégicos. No concelho de Viana do Castelo, na FCAN e AEVC, no concelho de

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Monção, em Ceivães e no concelho de Ponte de Lima, em Fontão. No concelho

de Barcelos procedemos à deslocalização da ATM instalada na Várzea para a

Junta de Freguesia de Galegos (Santa Maria);

- Análise da rentabilidade das ATM’s no sentido de procurar a sua melhor

rentabilidade, com eventual implementação de acções que permitam rentabilizar

algumas, que pela sua localização apresentam resultados negativos.

- Interlocução com a CA Informática e CA Serviços nos projectos de modernização

e reformulação de agências;

- Adjudicação de diversos projectos de Arquitectura e licenciamento, para a

recuperação de imóveis detidos pela Caixa por recuperação de crédito;

Adicionalmente ainda foram desenvolvidos outras iniciativas, nomeadamente:

- Acompanhamento do cumprimento das normas e regulamentos do Banco de

Portugal e da legislação portuguesa, decorrentes da celebração do contracto com

o Banco de Portugal no âmbito da Recirculação de Notas de Euro;

- Workflow de concessão de crédito da Caixa Central;

- Gestão Frota de Viaturas (renovação da frota de viaturas);

- Gestão de Facturas e Controlo de Custos;

- Gestão da Facturação Automática (incluindo os serviços da Caixa Central);

- Levantamento da situação dos contractos de assistência e manutenção dos

equipamentos da Caixa (sistemas de segurança, ar condicionado, comunicações,

equipamentos, etc.);

- Levantamento dos Seguros da Caixa e adequação aos riscos associados;

- Gestão Documental e Arquivo;

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- Gestão dos Contratos de Cofres de Aluguer;

- Sistema Biométrico de Gestão de Acessos e Registo de Ponto;

- Desenvolvimento da Aplicação e Implementação do Modelo de Análise de

Rentabilidade dos Clientes e Agências.

Gabinete de Comunicação e Imagem

Eventos organizados pelo Crédito Agrícola - Caixa do Noroeste 2016

• Apresentação do Livro “Pontes Ferroviárias do Alto Minho”, que decorreu

no dia 16 de janeiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Barcelos.

• Jogo de futsal: Caixa do Noroeste x Santa Luzia FC (6 de fevereiro) – Jogo

realizado no âmbito do protocolo entre o clube e a Caixa do Noroeste, que

decorreu no Pavilhão Municipal de Monserrate e contou com a presença de

alguns colaboradores da Caixa.

• Almoço da Lampreia (27 de fevereiro) – Convívio em Ponte da Barca, com a

presença de vários órgãos sociais de diversas Caixas do Grupo CA e também de

alguns colaboradores da Caixa do Noroeste.

• Festa 100 anos da Agência de Arcos de Valdevez (30 de abril) - Jantar de

Gala e Homenagem aos Ex-colaboradores, colaboradores e Ex-Presidentes, no

Arcos Hotel Nature & SPA.

• “CA Noroeste ao Vivo” - O Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste iniciou um

conjunto de espetáculos musicais no âmbito do projeto “CA Noroeste ao Vivo”.

02 setembro – Recital de Piano com Constantin Sandú - Salão Nobre da Câmara

Municipal de Barcelos

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03 setembro – Espetáculo de Video Mapping - Paços do Concelho de Barcelos,

em parceria com a Câmara Municipal de Barcelos

21 outubro – Concerto Maria João e Mário Laginha - Cine-Teatro João Verde,

Monção

19 novembro – Concerto Duo Gutkin & Queener - Casa das Artes, Arcos de

Valdevez

16 dezembro – Recital de Piano com Pedro Burmester - Igreja da Sagrada

Família, Viana do Castelo.

• 8.ª Taça Crédito Agrícola - Gil Vicente FC x União da Madeira (23 de julho)

- O União da Madeira venceu o Gil Vicente por 1-0 e conquistou da oitava Taça

Crédito Agrícola.

• 3.º Torneio Eurocidade – CA -Caixa do Noroeste - Hóquei em Patins (9

e 10 de setembro) - O Valença HC organizou a 3.ª edição do Torneio

Eurocidade – CA - Caixa do Noroeste de Hóquei em Patins, contando

com a presença do FC Porto, HC Liceo da Coruña e OC Barcelos.

• III Taça CA Hóquei em Patins – Juventude Viana x OCBarcelos (23 de

setembro) - A Juventude Viana conquistou a III Taça Crédito Agrícola do

Noroeste.

• Almoço de S. Martinho (12 de novembro) – Convívio realizado em Viana do

Castelo, com a presença de vários órgãos sociais e também de alguns

colaboradores da Caixa do Noroeste.

Eventos Patrocinados (de grande dimensão) 2016

• Festival Gastronómico “Sabores da Lampreia” - Valença (11,12 e 13 de

março) – O Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste foi patrocinador oficial deste

festival e esteve presente no local com um stand de ativação de marca.

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• Meia Maratona de Barcelos (3 de abril) – Evento organizado pela Associação

Amigos da Montanha, que contou com o apoio do Crédito Agrícola – Caixa do

Noroeste.

• Festa do Alvarinho e do Fumeiro – Melgaço (22 a 24 de abril) – À

semelhança dos anos anteriores, este certamente teve o Crédito Agrícola – Caixa

do Noroeste como patrocinador oficial.

• II Feira do Emprego de Viana do Castelo (29 de abril) – Pelo segundo ano

consecutivo, o Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste associou-se a esta iniciativa

não como entidade empregadora, mas como entidade bancária capaz de

apresentar soluções financeiras para jovens empreendedores, tendo estado no

local com um stand de ativação de marca.

• Feira do Alvarinho – Monção (1 a 3 de julho) - À semelhança dos anos

anteriores, este certamente teve o Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste como

patrocinador oficial, que esteve no local com um stand de ativação de marca.

• Festival Jazz na Praça da Erva (11 a 13 de agosto) – O Crédito Agrícola –

Caixa do Noroeste foi o patrocinador oficial deste evento organizado pela Eventos

David Martins, com o apoio da Câmara Municipal de Viana.

• Festival Vilar de Mouros (25 a 27 de agosto) - O Crédito Agrícola – Caixa do

Noroeste associou-se a esta iniciativa como patrocinador oficial do Festival,

colocando um ATM no recinto e um stand para ativação de marca e oferta de

brindes.

• ExpoBarcelos (21,22 e 23 de outubro) – Pelo segundo ano consecutivo, este

certamente teve o Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste como patrocinador oficial,

que esteve no local com dois stands de ativação de marca.

• Feira 100% Alto Minho (2,3 e 4 de dezembro) - Pelo segundo ano

consecutivo, este certamente teve o Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste como

patrocinador oficial, que esteve no local com um stand de ativação de marca.

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Parcerias 2016

• Lançamento da Revista Vinho Verde – História e Património, no dia 5 de

março. Esta publicação foi apoiada juntamente com a CA Seguros.

• Conferência “Viana e a Floresta”, em parceria com o Rotary Clube de Viana

do Castelo, que decorreu no dia 8 de março, no auditório da Sede Administrativa

do Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste.

• Jantar – debate sobre “Segurança Alimentar” organizado pelo Rotary Clube

de Viana do Castelo, no dia 10 de maio, que decorreu no auditório da Sede

Administrativa do Crédito Agrícola - Caixa do Noroeste.

• Lançamento do livro “Anamnese e Prospetiva”, do autor Alberto A. Abreu

(18 de junho), com o apoio do Crédito Agrícola - Caixa do Noroeste.

• Ciclo de Conferências do Noroeste

O Crédito Agrícola – Caixa do Noroeste iniciou um ciclo de 12 conferências sobre

diversas temáticas, em parceria com a APHVIN/GEHVID – Associação Portuguesa

de História da Vinha e do Vinho e o Rotary Clube de Viana do Castelo, a decorrer

de outubro 2016 a julho 2017.

07 outubro – “Gestão da Paisagem Cultural na bacia do Rio Lima: o momento da

ação”

03 novembro – O Cardeal Saraiva – Um limiano ilustrado ao serviço de Portugal

02 dezembro – A casa nobre e a sua nobre função

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

De acordo com os Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste e com o

Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos

obrigatoriamente à reserva legal, no máximo 5% para reserva para educação e formação

cooperativas e para mutualismo e no máximo 10% para reserva destinada à Fundação

Caixa Agrícola do Noroeste.

Consequentemente, o Conselho de Administração Executivo propõe a seguinte aplicação

dos resultados líquidos do exercício no montante de € 2.929.643,19:

- 2.400.000,00 a) Para reserva legal b) Para reserva para remuneração a atribuir ao capital social

previsto no código cooperativo -

125.000,00

c) Para reserva para educação e formação cooperativas - 60.000,00

d) Para reserva para mutualismo - 39.062,31

e) Para reserva para a Fundação Caixa Agrícola do Noroeste - 292.000,00

f) Resultados transitados - 13.580,88

2.929.643,19

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DE CAPITAL

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PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DOS TÍTULOS DE CAPITAL

Mantendo a política de remuneração do capital social seguida nos últimos anos pelas

Caixas do Alto Minho e de Barcelos e como forma de estimular a participação dos

associados nos destinos da Caixa Agrícola do Noroeste, o Conselho de Administração

Executivo propõe que:

a) O capital social realizado até ao dia 31/12/2015 tenha uma remuneração bruta

de 1% (em termos de juro) durante o ano 2016;

b) O capital realizado durante o exercício de 2016 tenha uma remuneração bruta

de 1% (em termos de juro) durante o ano de 2016, mas proporcional ao prazo

que decorre entre a data de realização e 31/12/2016;

c) A remuneração seja incorporada em títulos de capital.

NOTA FINAL

O Conselho de Administração Executivo deseja expressar o seu reconhecimento às

pessoas e entidades que de alguma forma foram importantes para se alcançarem os

resultados apresentados, destacando-se muito em especial:

• Os associados e clientes pela confiança que continuaram a manifestar no seu

relacionamento com a Caixa;

• Para além do mais um reconhecimento muito especial aos membros do

Conselho Geral e de Supervisão pela compreensão e colaboração exemplar

que obtivemos no decurso do exercício económico. Igual reconhecimento à

Mesa da assembleia Geral e aos membros do Conselho Consultivo.

• As entidades de supervisão, a Caixa Central, a Fenacam e aos Órgãos de

fiscalização (Conselho Geral e de Supervisão e Revisor de Contas) pela

atenção que dispensaram a esta Caixa;

• As empresas do grupo Crédito Agrícola, pelo apoio que prestaram à Caixa;

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• Todos os colaboradores da Caixa, pelo empenho, esforço e competência que

sempre demonstraram ao longo do ano, no exercício das suas funções.

Barcelos, 8 de Março de 2017

O Conselho de Administração Executivo

José Gonçalves Correia da Silva

-

Presidente do Conselho de Administração Executivo

José Carlos Manuel Lay Alves

-

Administrador Executivo

Júlio Orlando da Costa Soares

-

Administrador Executivo

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

BALANÇO E CONTAS

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

31/12/2015Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31/12/2016 31/12/2015

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 3 472 761 - 3 472 761 3 655 224 Recursos de bancos centrais 22 - -Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 6 682 959 - 6 682 959 3 192 746 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - -Activos financeiros detidos para negociação 7 - - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - - - Recursos de outras instituições de crédito 25 59 351 410 25 216 998Activos financeiros disponíveis para venda 9 1 091 769 2 494 1 089 275 1 089 023 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 433 019 536 414 559 451Aplicações em instituições de crédito 10 164 019 121 - 164 019 121 135 034 839 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -Crédito a clientes 11 338 999 122 15 773 475 323 225 648 301 639 985 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - -Investimentos detidos até à maturidade 12 321 525 - 321 525 - Derivados de cobertura 14 - -Activos com acordo de recompra 13 - - - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -Derivados de cobertura 14 - - - - Provisões 30 3 010 077 2 714 534Activos não correntes detidos para venda 15 21 604 477 1 876 774 19 727 703 20 786 625 Passivos por impostos correntes 20 - 518 591Propriedades de investimento 16 - - - - Passivos por impostos diferidos 20 4 679 8 553Outros activos tangíveis 17 17 694 037 6 664 694 11 029 343 10 677 071 Instrumentos representativos de capital 31 - -Activos intangíveis 18 176 253 87 812 88 441 58 650 Outros passivos subordinados 32 5 716 056 8 690 563Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 10 127 376 - 10 127 376 10 127 516 Outros passivos 33 3 836 748 2 862 604Activos por impostos correntes 20 127 172 - 127 172 - Total do Passivo 504 938 505 454 571 294Activos por impostos diferidos 20 3 415 906 - 3 415 906 3 182 554Outros activos 21 4 161 407 42 459 4 118 948 4 786 901 Capital 35 29 869 140 29 299 825

Prémios de emissão 35 - -Outros instrumentos de capital 36 - -Reservas de reavaliação 36 (347 264) (111 874)Outras reservas e resultados transitados 36 10 056 154 8 545 675Lucro do exercício 36 2 929 643 1 926 214Dividendos antecipados - - Total do Capital 42 507 673 39 659 840

Total do Activo 571 893 885 24 447 708 547 446 178 494 231 134 Total do Passivo e do Capital 547 446 178 494 231 134

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da SilvaJosé Carlos Manuel Lay Alves

Júlio Orlando da Costa Soares

(Montantes expressos em Euros)

31/12/2016

O anexo faz parte integrante destes balanços.

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Juros e rendimentos similares 37 13 192 848 14 453 600Juros e encargos similares 38 1 773 638 3 839 827

Margem financeira 11 419 210 10 613 773

Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 11 004Rendimentos de serviços e comissões 40 5 369 811 5 059 379Encargos com serviços e comissões 41 470 176 472 878Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - -Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - -Resultados de reavaliação cambial 44 7 868 13 587Resultados de alienação de outros activos 45 182 490 (55 269)Outros resultados de exploração 46 1 875 624 1 429 154

Produto bancário 18 384 842 16 598 749

Custos com pessoal 47 4 908 618 4 310 542Gastos gerais administrativos 48 4 877 381 4 674 636Amortizações do exercício 17 e 18 708 960 666 223Provisões líquidas de reposições e anulações 30 310 401 262 735Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 3 251 494 4 165 523Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - -Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 489 658 150 475

Resultado antes de impostos 3 838 331 2 368 617

Impostoscorrentes 20 1 145 914 1 437 402diferidos 20 (237 226) (994 999)

Resultado líquido do exercício 2 929 643 1 926 214

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da SilvaJosé Carlos Manuel Lay Alves

Júlio Orlando da Costa Soares

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 31/12/2016 31/12/2015

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31/12/2016 31/12/2015

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimento de juros e comissões 18 562 660 19 512 979Pagamento de juros e comissões (2 243 814) (4 312 705)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (9 358 890) (8 975 076)Contribuições para o fundo de pensões (427 109) (10 102)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (908 688) (442 403)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 1 883 492 1 442 741

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 7 507 651 7 215 434

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda 253 1 088 500Aplicações em instituições de crédito 28 984 282 11 210 030Crédito a clientes 24 837 514 20 769 739Investimentos detidos até à maturidade 321 525 -Activos não correntes detidos para venda (817 210) 2 733 493Outros activos (299 385) 1 290 025

53 026 978 37 091 787Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito 34 134 411 23 711 515Recursos de clientes e outros empréstimos 18 460 085 4 312 790Outros passivos 437 178 (9 414)

53 031 674 28 014 891

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 7 512 347 (1 861 461)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 1 148 435 2 920Recebimento de dividendos (15) (11 004)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas (140) 943 104

Caixa líquida das actividades de investimento 1 148 280 935 021

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 569 315 783 925Diminuição de capital - -Variação de passivos subordinados (2 974 507) (1 616)Variação de reservas (651 125) (634 008)

Caixa líquida das actividades de financiamento (3 056 317) 148 301

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 3 307 750 (2 648 181)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 6 847 970 9 496 152Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 10 155 720 6 847 970

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da SilvaJosé Carlos Manuel Lay Alves

Júlio Orlando da Costa Soares

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 28.515.900 171.047 8.720.488 (54.541) 8.665.947 230.815 37.583.708

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (66.602) (66.602) - (66.602)Aplicação do resultado do exercício de 2014:

Transferência para resultados transitados - - - 82.129 82.129 (54.541) 27.588Reserva legal - - 47.000 - 47.000 (47.000) -Distribuição de dividendos - - (190.210) - (190.210) (69.000) (259.210)Reserva para educação e formação cooperativas - - (23.935) - (23.935) (5.000) (28.935)Reserva Fundação - - - - - (23.000) (23.000)Reserva para mutualismo - - 274 - 274 (274) -Outras Reservas - - 32.000 - 32.000 (32.000) -

Aumento de capital 1.141.615 - - - - - 1.141.615Reembolso de capital (357.690) - - - - - (357.690)Reservas de Reavaliação - (282.920) - (928) (928) - (283.848)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2015 - - - - - 1.926.214 1.926.214

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 29.299.825 (111.874) 8.585.616 (39.942) 8.545.675 1.926.214 39.659.840

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (51.070) (51.070) - (51.070)Aplicação do resultado do exercício de 2015:

Transferência para resultados transitados - - - 39.942 39.942 (39.942) -Reserva legal - - 1.054.769 - 1.054.769 (1.054.769) -Distribuição de dividendos - - 403.378 - 403.378 (577.000) (173.622)Reserva para educação e formação cooperativas - - 21.468 - 21.468 (60.000) (38.532)Reserva Fundação - - - - - (190.000) (190.000)Reserva para mutualismo - - 4.508 - 4.508 (4.508) -Outras Reservas - - - - - - -

Aumento de capital 944.070 - - - - - 944.070Reembolso de capital (374.755) - - - - - (374.755)Reservas de Reavaliação - (235.390) - 37.489 37.489 - (197.901)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2016 - - - - - 2.929.643 2.929.643

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 29.869.140 (347.264) 10.069.737 (13.583) 10.056.154 2.929.643 42.507.673

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da SilvaJosé Carlos Manuel Lay AlvesJúlio Orlando da Costa Soares

Outras Reservas e resultados transitados

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

Page 67: RELATÓRIO & CONTAS 2016RELATÓRIO E CONTAS DE 2016 ... Ponte da Barca 4980-628 Ponte da Barca 3 Rua Diogo Bernardes, nº2 Ponte de Lima 4990-058 Ponte de Lima 4 Passeio 25 de Abril

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DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

31/12/2016 31/12/2015

Resultado individual 2 929 643 2 929 643Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (51 070) (51 075)Outros movimentos - -Total Outro rendimento integral do exercício (51 070) (51 075)Rendimento integral individual 2 878 573 2 878 568

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da SilvaJosé Carlos Manuel Lay Alves

Júlio Orlando da Costa Soares

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

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ANEXO ÀS CONTAS

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1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L. (adiante designada por CAIXA ou CCAM do Noroeste) é uma instituição de crédito constituída em 10 de Dezembro de 1994 sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da CAIXA a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A CAIXA forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. À data a que se reporta esta informação, a CAIXA opera através da sua sede social situada na Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro em Barcelos, da sua sede administrativa localizada na Praceta Dr. António Feio Ribeiro da Silva em Viana do Castelo e através de uma rede de 22 agências situadas nos concelhos de Arcos de Valdevez, Barcelos, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira. A agência de Viana do Castelo encerrou em 30 de Setembro de 2016. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E

PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da CAIXA foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: 2.1.1. Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor; 2.1.2. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

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2.1.3. No provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; 2.1.4. Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo adoptado o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”; 2.1.5. Foi permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da Norma IAS 19 – Benefícios de Empregados, dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da CAIXA têm direito após o período activo de trabalho.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal n.º 4/2005 de 21 de Fevereiro e n.º 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. A CAIXA adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros, Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão do capital (nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016 encontram-se pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso n.º 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro

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de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução n.º 4/96.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: 2.3.1. Especialização dos exercícios A CAIXA adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. 2.3.2. Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. 2.3.3. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a CAIXA exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a CAIXA exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na IAS 21. 2.3.4. Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.

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A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. 2.3.5. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. 2.3.6. Provisão para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: 2.3.6.1. Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. A CAIXA classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a CAIXA abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. 2.3.6.2. Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso n.º 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,

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relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

a. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; b. Estarem em incumprimento há mais de seis meses, nas operações com

prazo inferior a cinco anos, doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos e vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

• Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

2.3.6.3. Provisão para risco país Quando existente, destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

• Das participações financeiras; • Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado

de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; • Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo

15º do Aviso n.º 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; • Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que

cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. A CAIXA não tem qualquer provisão constituída para esta finalidade à data a que se reporta este relatório. 2.3.6.4. Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

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Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. 2.3.7. Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. 2.3.7.1. Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a CAIXA optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com

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base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. 2.3.7.2. Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. 2.3.7.3. Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, tendo sido objecto de decisão da CAIXA mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. 2.3.7.4. Empréstimos e contas a receber

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De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso n.º 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. 2.3.7.5. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. 2.3.7.6. Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). À data em análise assim como à data de comparação, a CAIXA não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM. 2.3.7.7. Imparidade em activos financeiros A CAIXA efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros, registando os respectivos ajustamentos, para além dos que resultam das provisões para crédito de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto 2.3.4.

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de

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desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. 2.3.8. Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. 2.3.8.1. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

2.3.8.2. Derivados de cobertura Trata-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da CAIXA. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a CAIXA prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

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• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a CAIXA reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. 2.3.8.3. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. 2.3.9. Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela CAIXA com o objectivo de obtenção de

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rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. 2.3.10. Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela CAIXA para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil estimada

Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da CAIXA, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. 2.3.11. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da CAIXA. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. 2.3.12. Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados

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como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano

após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. 2.3.13. Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da CAIXA, de acordo com o IAS 37 (nota 30). 2.3.14. Benefícios de empregados

A CAIXA subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da CAIXA com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a CAIXA integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..

De acordo com os estatutos da CAIXA, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

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• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A CAIXA regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso acima referido. Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões. Os ganhos e perdas actuarias resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo

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numa rubrica de desvios actuariais e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor. De acordo com o método do corredor os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do valor actual das responsabilidades totais ou do valor do fundo, dos dois o maior, reportados igualmente ao início do ano, são imputados a resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Os ganhos e perdas actuarias acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resultados. 2.3.15. Prémios de antiguidade Nos termos do ACTV, a CAIXA assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente. A CAIXA determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades 2.3.16. Impostos sobre os lucros A CAIXA é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e

passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro

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tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a CAIXA tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 2.3.17. Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da CAIXA em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 959.327 euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB. O montante total dos ajustamentos, levado à conta de resultados transitados, foi anulado no exercício de 2008 no âmbito da aplicação da distribuição de resultados de 2007. 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da CAIXA resultaram de operações efectuadas em Portugal. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, não tem aplicação a segmentação dos resultados da CAIXA por linhas de negócio, pois o mesmo foi exclusivamente Banca Comercial. 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica é composta por moedas nacionais e moedas estrangeiras conforme o quadro seguinte discrimina, sendo que as moedas estrangeiras foram valorizadas de acordo com a cotação das respectivas divisas no final do mês.

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31-12-2016 31-12-2015Caixa

Moedas nacionais 3.366.050 3.361.157 Moedas estrangeiras 106.711 294.067

3.472.761 3.655.224

De acordo com o Regulamento n.º 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. No caso da CCAM do Noroeste, a base de incidência das reservas mínimas é exclusivamente constituída pelos depósitos de clientes, que, conforme analisado na nota 26 representam 432.653.847 euros (413.711.833 euros em 2015). O depósito junto do Banco Central é constituído conjuntamente para o SICAM pela Caixa Central, a partir dos depósitos mantidos pela CAIXA naquela central (nota 10). 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO As disponibilidades em outras instituições de crédito dizem respeito quase em exclusivo aos saldos na conta junto da Caixa Central. Fazem parte ainda os cheques que aguardam cobrança em compensação.

31-12-2016 31-12-2015Disponibilidades em Instituições de Crédito no País

Depósitos à ordem 4.453.869 1.428.517Cheques a cobrar 2.229.091 1.764.229Outras disponibilidades - -

6.682.959 3.192.746

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não existem operações desta natureza. 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem operações desta natureza. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

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Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Títulos Instrumentos de dívida 1.086.905 1.086.905 Empréstimo subordinado-Obrigações CA Vida 1.086.905 1.086.905 Instrumentos de capital 4.864 4.612 Epralima 249 249 Adega Cooperativa de Melgaço 2.494 2.494 Regielima 1.000 1.000 Fundo Compensação de Trabalho 1.121 869Juros a receber - -Imparidade (2.494) (2.494)

1.089.275 1.089.023

A Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A. (CA Vida) procedeu a uma emissão de obrigações “OBRIGAÇÕES CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A. – 1ª EMISSÃO 2015”, que visa reforçar a solvência da empresa, capacitando-a para desenvolver a sua actividade no cumprimento dos requisitos prudenciais estabelecidos pela recente regulamentação, nomeadamente, pelo Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade Seguradora e Resseguradora, aprovado pela Lei n.º 147/2015 de 9 de Setembro e pelo Regulamento Delegado (UE) 2015/35 da Comissão de 10 de Outubro de 2014.

Foram atribuídas à CCAM do Noroeste 1.086 obrigações de valor nominal de 1.000 euros. A Lei nº 70/2013, de 30 de Agosto estabeleceu o regime jurídico do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT), aplicável às admissões de trabalhadores a partir de 1 de Outubro de 2013. Foi igualmente publicada a Portaria nº 294-A/2013, de 30 de Setembro, que regulamenta este regime. 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Em outras instituições de crédito 163.482.325 134.228.719 Depósitos a prazo 161.982.325 132.728.719 Aplicação Subordinada 1.500.000 1.500.000Juros a receber 536.796 806.120

164.019.121 135.034.839

A Aplicação Subordinada visa reforçar os capitais permanentes e os fundos próprios da Caixa Central, revestindo a natureza de divida subordinada. Tem uma vida de 7 anos, contados a partir de 28 de Março de 2013, sendo reembolsada no dia 28 de Março de 2020. O empréstimo vencerá juros a uma taxa anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações diárias da taxa Euribor (Base 30/360) a 6 meses, durante o mês anterior a cada período semestral de contagem e arredondada à milésima de ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida de 3,75% durante todos os catorze períodos semestrais de contagem de juros.

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Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015Até três meses 49.800.000 54.650.000Entre três meses e um ano 106.500.000 72.396.394Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos 7.182.325 1.500.000Mais de cinco anos - 5.682.325

163.482.325 134.228.719

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Crédito interno 320.075.049 291.400.738

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 713.470 531.559Empréstimos 273.666.434 246.662.618Créditos em conta corrente 16.088.293 17.814.828Descobertos em depósitos à ordem 1.421.646 1.318.209Locação financeira 1.856.593 1.686.797Créditos ao consumo 21.328.612 18.386.727Papel comercial a desconto 5.000.000 5.000.000

Crédito externo 5.849.007 4.190.241Empréstimos 5.207.213 3.802.655Descobertos em depósitos à ordem 872 9Créditos ao consumo 640.922 387.577

Juros a receber 761.623 619.229Receitas com rendimento diferido (929.214) (834.134)Total crédito não vencido 325.756.465 295.376.074Crédito vencido 13.041.415 20.359.436Juros e despesas de crédito vencido 201.242 465.681Total crédito e juros vencidos 13.242.657 20.825.117Crédito antes de Imparidade/Provisões 338.999.122 316.201.190ProvisõesPara crédito e juros vencidos (10.737.332) (12.921.350)Para crédito de cobrança duvidosa (5.036.143) (1.639.855)Total de Provisões (15.773.475) (14.561.205)Crédito Líquido 323.225.648 301.639.985

A Caixa Central celebrou um contrato de organização, colocação, garantia de subscrição, registo e agente pagador do programa de emissões de papel comercial, com a GALP ENERGIA, SGPS, SA nos termos do qual a Caixa Central organizou o Programa de Emissões de Papel Comercial da GALP ENERGIA, SGPS, SA, no montante máximo de 140.000.000 euros e pelo prazo de seis anos, ao abrigo do qual presta os serviços de Organizador, Colocador, Garante de Subscrição, Agente Pagador e Instituição Registadora.

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A CAIXA participou na subscrição do Programa referido adquirindo para o efeito uma parcela do papel comercial emitido em cada uma das suas emissões, no montante de 5.000.000 euros. Esta operação constitui uma forma de colocação de excedentes, numa aplicação de prazo total longo com uma rentabilidade interessante, perante um nível de risco considerado baixo. Em Julho de 2016, a CAIXA celebrou um contrato de subscrição no Programa de Emissões de Papel Comercial da IMO HEALTH – INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS UNIPESSOAL, LDA., com prazo de cento e oitenta meses, a contar da data da Primeira Emissão e montante global máximo de 80.000.000 euros), organizado pela Caixa Central. A CAIXA comprometeu-se a subscrever 1,875% por cada emissão do referido programa até ao montante de 1.500.000 euros. Esse compromisso está reflectido na rubrica “Passivos Contingentes e Passivos” (nota 34). Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais do crédito concedido apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 18.464.927 24.488.962Entre três meses e um ano 20.348.394 22.352.026Entre um ano e cinco anos 45.587.665 39.542.435Mais de cinco anos 239.354.856 207.614.741Indeterminado 15.243.280 22.203.026

338.999.122 316.201.190

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a CAIXA dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 2.911.654 euros e 2.620.274 euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (nota 30). 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Titulos detidos até à maturidade 319.000 -De dívida pública portuguesa Obrigações do Tesouro (OTRV MAIO 21 - 2,20%) 10.000 - Obrigações do Tesouro (OTRV AGOSTO 21 - 2,05%) 309.000Juros a receber 2.525 -

321.525 -

A República Portuguesa lançou em 26 de Abril uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) de 350 milhões de euros de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável “OTRV MAIO 2021” (OTRV). O juro é semestral e postecipado pago em 19 de Maio e 19 de Novembro de cada ano, calculado a uma taxa variável e igual à Euribor 6 meses acrescida de 2,20%, mas nunca inferior a 2,20% (mínimo). O reembolso do capital, ao seu valor nominal, acontece na respectiva data de vencimento, ou seja, em 19 de Maio de 2021.

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A República Portuguesa lançou a partir de 14 de Novembro uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) de 500 milhões de euros de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável “OTRV NOVEMBRO 2021” (OTRV). O juro é semestral e postecipado pago em 30 de Maio e 30 de Novembro de cada ano, calculado a uma taxa variável e igual à Euribor 6 meses acrescida de 2,00%, mas nunca inferior a 2,00% (mínimo). O reembolso do capital, ao seu valor nominal, acontece na respectiva data de vencimento, ou seja, em 30 de Novembro de 2021. O preço de subscrição é de €1.000 por cada OTRV, o que corresponde ao respectivo valor nominal unitário. 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não existem operações desta natureza. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não existem operações desta natureza. 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica expressa o valor dos 359 imóveis que em 31 de Dezembro de 2016 eram propriedade da CAIXA e apresentavam as características de “disponíveis para venda”:

31-12-2016 31-12-2015Activos não correntes detidos para venda 21.604.477 22.346.376

Imóveis - por recuperação de crédito 21.050.574 22.073.756Outros imóveis 358.490 * 102.657Outros - por recuperação de crédito 195.413 169.963Outros - -

Imparidade (1.876.774) (1.559.751)Imóveis - por recuperação de crédito (1.811.870) (1.515.731)Outros imóveis (56.384) (35.501)Outros - por recuperação de crédito (8.520) (8.520)

19.727.704 20.786.625

Em Setembro de 2016, encerrámos a agência de Viana do Castelo e transferimos o valor do imóvel para a rubrica “Outros imóveis detidos para venda”. O movimento desta rubrica durante o exercício de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

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Valor Imparidade Utilização Dotações Reposições Valor Imparidade LíquidoImóveis - por recuperação de crédito 22.073.756 (1.515.732) 3.554.612 (4.577.794) 140.618 (675.220) 238.463 21.050.574 (1.811.870) 19.238.704Outros imóveis 102.657 (35.501) 255.833 - - (20.883) - 358.490 (56.384) 302.106Outros - por recuperação de crédito 169.963 (8.520) 25.450 - - - - 195.413 (8.520) 186.894Outros - - - - - - - - - -

22.346.375 (1.559.753) 3.835.895 (4.577.794) 140.618 (696.103) 238.463 21.604.477 (1.876.774) 19.727.704

Valor Imparidade Utilização Dotações Reposições Valor Imparidade LíquidoImóveis - por recuperação de crédito 19.760.859 (1.711.753) 4.799.228 (2.486.332) 439.834 (446.486) 202.675 22.073.756 (1.515.732) 20.558.024Outros imóveis 102.657 (35.501) - - - - - 102.657 (35.501) 67.156Outros - por recuperação de crédito 154.463 (8.520) 15.500 - - - - 169.963 (8.520) 161.444Outros 1.350 - - (1.350) 1.350 (1.350) - - - -

20.019.329 (1.755.774) 4.814.728 (2.487.682) 441.184 (447.836) 202.675 22.346.376 (1.559.751) 20.786.625

31-12-2015 31-12-2016Imparidade

31-12-2014 Imparidade 31-12-2015

Aquisições

Aquisições

Alienações

Alienações

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não existem operações desta natureza. 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido

Imóveis 11.040.216 (2.515.658) - - - (249.517) (23.973) - (256.250) 7.994.816

De serviço próprio 10.003.112 (1.780.848) - - - (203.899) (23.973) 109.557 (256.250) 7.847.700

Terrenos 1.504.505 - - - - - - - (58.129) 1.446.376

Edificios 8.498.607 (1.780.848) - - - (203.899) (23.973) 109.557 (198.121) 6.401.324

Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 1.037.103 (734.812) - - - (45.618) - (109.557) - 147.116

Outros imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 5.652.348 (3.866.929) - 805.558 - (459.013) - - (124.329) 2.007.635

Mobiliário e material 967.172 (559.089) - 79 - (77.196) - - - 330.965

Máquinas e ferramentas 304.947 (269.403) - 1.837 - (12.292) - - (365) 24.725

Equipamento informático 338.565 (318.728) - 4.544 - (13.914) - - - 10.467

Instalações interiores 1.260.413 (754.638) - 1.308 - (102.648) - - 417 404.851

Material de transporte 698.639 (474.753) - 658.808 - (58.059) - - (124.381) 700.255

Equipamento de segurança 619.337 (354.979) - 4.631 - (47.487) - - - 221.502

Outro equipamento 1.463.275 (1.135.339) - 134.350 - (147.418) - - - 314.869

Equipamento em locação financeira 20.805 (20.805) - - - - - - - -

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 20.805 (20.805) - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis 13.730 (200) - 39.316 - - - - - 52.847

Património artístico 13.530 - - 39.316 - - - - - 52.847

Outros 200 (200) - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 353.566 - - 620.480 - - - - - 974.046

17.080.665 (6.403.593) - 1.465.355 - (708.530) (23.973) - (380.580) 11.029.343

AmortizaçõesAlienações e

abatesDescrição Aquisições Regulariz.

Imparidade

31-12-2015

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31-12-2015

Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido

Imóveis 11.659.731 (2.471.387) - - - (259.397) - (6.046) (398.345) 8.524.556

De serviço próprio 10.459.852 (1.729.005) - - - (201.858) - (1.977) (304.749) 8.222.264

Terrenos 1.564.203 - - - - - - - (59.698) 1.504.505

Edificios 8.895.649 (1.729.005) - - - (201.858) - (1.977) (245.052) 6.717.758

Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 1.199.879 (742.382) - - - (57.539) - (4.069) (93.596) 302.292

Outros imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 5.683.886 (3.668.968) - 229.439 - (406.390) - (6.457) (46.091) 1.785.420

Mobiliário e material 970.440 (489.763) - 10.215 - (81.046) - (1.453) (312) 408.083

Máquinas e ferramentas 312.455 (256.498) - 1.127 - (20.711) - (829) - 35.544

Equipamento informático 331.214 (305.546) - 7.350 - (12.709) - (472) - 19.836

Instalações interiores 1.417.942 (786.098) - - - (107.604) - (948) (17.518) 505.775

Material de transporte 737.120 (465.617) - - - (26.047) - - (21.569) 223.887

Equipamento de segurança 637.495 (344.524) - 24.691 - (46.274) - (338) (6.693) 264.358

Outro equipamento 1.277.219 (1.020.922) - 186.056 - (112.000) - (2.417) - 327.937

Equipamento em locação financeira 20.805 (20.805) - - - - - - - -

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 20.805 (20.805) - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis 13.730 (196) - - - (4) - - - 13.530

Património artístico 13.530 - - - - - - - - 13.530

Outros 200 (196) - - - (4) - - - -

Activos tangíveis em curso 269.701 - - 116.415 - - - (32.549) - 353.566

17.647.853 (6.161.356) - 345.854 - (665.792) - (45.052) (444.436) 10.677.071

AmortizaçõesAlienações e

abatesDescrição Aquisições Regulariz.

Imparidade

31-12-2014

Mantem-se em curso um total de 974.046 euros, dos quais 870.998 euros referente às futuras instalações da agência de Paredes de Coura, a inaugurar em início de 2017, e 70.709 euros referente às futuras instalações da agência de Castelo do Neiva. 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados 88.135 (87.382) - - - (431) - - - 323

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso 57.896 - - 30.222 - - - - - 88.118

146.031 (87.382) - 30.222 - (431) - - - 88.441

Imparidade

31-12-2015Descrição Aquisições

Alienações e abates

Regulariz.Amortizações

31-12-2015

Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados 88.135 (86.951) - - - (431) - - - 754

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - 57.896 - - - - - 57.896

88.135 (86.951) - 57.896 - (431) - - - 58.650

Imparidade

31-12-2014Descrição Aquisições

Alienações e abates

Regulariz.Amortizações

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

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Valor de Valor debalanço balanço

31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015 31-12-2015Caixa Central 2,94% 8.900.580 - 8.900.580 -CA Seguros & Pensões SGPS 0,93% 1.190.365 - 1.190.365 -CA Vida 0,00% 50 - 50 -CA Seguros 0,00% 59 - 59 -CA Informática 0,54% 36.322 - 36.322 -Fenacam 0,00% - - 140 -

10.127.376 - 10.127.516 -

Imparidade ImparidadeEmpresa

Participação efectiva (%)

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Sector de Activo Situação Resultadoactividade líquido líquida líquido

Caixa Central Instituição Crédito 7.964.474.055 229.398.823 (9.278.580)CA Seguros & Pensões SGPS Seguros 137.184.439 137.183.231 9.495.152CA Vida Seguros 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836CA Seguros Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365CA Informática Serviços de Informática 16.832.400 7.230.047 235.720

Empresa

*todos os valores são provisórios; não foram ainda auditados.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes:

31-12-2016 31-12-2015Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 3.415.906 3.182.554Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (4.679) (8.553)Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar 127.172 -Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar - 518.591

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2016 foi o seguinte:

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Saldo em Adopção da Variação em Variação Saldo em31-12-2015 IAS 39 Resultados Reservas 31-12-2016

Activos tangíveis e imparidade - - - - -Activos intangíveis - - - - -Prémio de antiguidade 149.721 - 110.742 - 260.463Encargos com saúde (SAMS) 2.300 - 422 - 2.722Provisões não aceites fiscalmente: - -

Provisões para crédito vencido 2.684.321 - 65.002 - 2.749.323Provisões para riscos gerais de crédito 298.577 - 59.103 - 357.680Provisões para riscos bancários gerais - - - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - -Provisões para imóveis 21.511 - (380) - 21.132Provisões para outras aplicações 2.829 - (1.717) - 1.113Provisões para outros riscos e encargos 23.292 - 182 - 23.474

Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (8.553) - 3.874 (4.679)Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - -

3.174.001 - 237.226 - 3.411.227 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2016 31-12-2015

Impostos correntes 1.145.914 1.437.402 Imposto sobre lucro 1.116.812 1.393.950 Correções de imposto de exercícios anteriores 29.102 43.452 Restituição de impostos de exercícios anteriores - -

Impostos diferidos (237.226) (994.999) Registo e reversão de diferenças temporárias (237.226) (994.999)

Total de impostos reconhecidos em resultados 908.688 442.403

Lucro antes de impostos 3.838.331 2.368.617

Carga fiscal 23,67% 18,68%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da CAIXA relativas aos anos de 2012 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião do Conselho de Administração Executivo, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue:

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Taxa de Taxa deimposto imposto

Resultado antes de impostos 3.838.331 2.368.617Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 23,85% 915.615 24,42% 578.467Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 2,93% 112.426 39,19% 928.144Diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais positivas 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas (2,67%) (102.563) (4,90%) (115.956)Multas e penalidades 0,04% 1.512 0,02% 367Reintegrações e amortizações não aceites 0,03% 1.245 0,01% 229Donativos não aceites 0,18% 6.749 0,26% 6.185Perdas relativas a exercícios anteriores 0,23% 8.695 0,18% 4.299Outras diferenças permanentes 3,38% 129.647 -1,03% (24.288)Benefícios Fiscais (0,13%) (5.000) (2,06%) (48.845)Outras deduções à colecta 0,00% - 0,00% -Tributação autónoma 1,26% 48.488 2,76% 65.348Imposto corrente sobre o lucro do exercício 29,10% 1.116.812 58,85% 1.393.950Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos (6,18%) (237.226) (42,01%) (994.999)Custo com imposto do exercício 29,10% 1.116.812 58,85% 1.393.950Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,76% 29.102 1,83% 43.452Impostos correntes sobre lucros 29,85% 1.145.914 60,69% 1.437.402

Montante Montante

31-12-2016 31-12-2015

O apuramento definitivo do IRC relativo a 2015 comportou uma correcção de 29.102 euros para mais em relação à estimativa considerada no encerramento das contas. A CAIXA, à data de 31 de Dezembro de 2016, tem a situação regularizada perante a Segurança Social e a Administração Tributária. 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Outros activos 1.237.430 982.957Bonificações a receber 10.725 2.200Devedores diversos 1.197.873 952.398Numismática e medalhística 28.832 28.359Despesas com encargo diferido 96.302 109.913Fundo de Pensões - 51.070Fornecedores 91.420 56.879Outros 4.881 1.964Valores a regularizar 2.827.676 3.735.227Operações activas a regularizar 2.807.772 3.565.390Outras 19.904 169.837Imparidade – Outros activos (42.459) (41.195)Devedores diversos (42.459) (41.195)

4.118.948 4.786.901

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não existem operações desta natureza.

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23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não existem operações desta natureza.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem operações desta natureza. 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Recursos de instituições de crédito no país 59.346.678 25.213.260

Depósitos a prazo 59.346.678 25.213.260Descobertos - -

Juros a pagar 4.731 3.73859.351.410 25.216.998

O montante de 59.346.678 euros constante nesta rubrica, refere-se a depósito a prazo constituído no âmbito das linhas de refinanciamento TLTRO do BCE, com prazo de vencimento de 30 dias. Este valor encontra-se remunerado a uma taxa fixa anual de 0,20%. No âmbito desta linha de crédito são consideradas as operações de crédito concedido a Sociedades não financeiras e as operações de crédito concedido a particulares com excepção dos destinados à aquisição de habitação. Durante o ano de 2016, esta aplicação teve um ritmo de rápido de crescimento em virtude da elevada concessão de crédito por parte da CAIXA.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015Até três meses 59.346.678 25.213.260Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

59.346.678 25.213.260

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2016 31-12-2015Recurso de clientes 432.653.847 413.711.833 Depósitos 432.443.143 413.572.239

À ordem 126.106.368 109.260.190 A prazo 183.097.757 185.842.041 De poupança 123.239.017 118.470.008

Outros recursos de clientes 210.705 139.595 Cheques e ordens a pagar 208.247 134.618 Outros 2.457 4.977Juros a pagar 365.689 847.618

433.019.536 414.559.451

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015Até três meses 248.519.883 232.259.095Entre três meses e um ano 179.897.567 175.874.847Entre um ano e três anos 1.914.871 3.977.801Entre três e cinco anos 994.829 818.997Mais de cinco anos 1.115.993 641.499

432.443.143 413.572.239

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não existem operações desta natureza. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não existem operações desta natureza. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não existem operações desta natureza. 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da CAIXA durante o exercício de 2016 e 2015 foi o seguinte:

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Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 anulações 31-12-2016

Provisões específicas: 14.561.205 11.519.739 (8.268.245) (4.055.994) 2.016.770 15.773.476Créditos de cobrança duvidosa 1.639.855 5.410.594 (2.014.306) - - 5.036.143Crédito e juros vencidos 12.921.350 6.109.145 (6.253.939) (4.055.994) 2.016.770 10.737.332Provisões gerais: 2.714.535 858.532 (548.132) (14.858) - 3.010.078Riscos gerais de crédito 2.620.274 839.869 (548.132) (358) - 2.911.654Outros riscos e encargos 94.260 18.663 - (14.500) - 98.423Imparidade 1.603.439 1.002.563 (512.903) (147.398) - 1.945.699Títulos e participações financeiras 2.494 - - - - 2.494Activos não correntes detidos para venda 1.559.751 696.104 (238.463) (140.618) - 1.876.774Activos tangiveis - 23.973 - - - 23.972Outros activos 41.194 282.485 (274.441) (6.780) - 42.459

18.879.178 13.380.834 (9.329.280) (4.218.250) 2.016.770 20.729.253

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 anulações 31-12-2015

Provisões específicas: 13.883.426 12.639.558 (8.474.036) (4.540.366) 1.052.622 14.561.205Créditos de cobrança duvidosa 1.754.603 1.760.414 (1.874.672) - (490) 1.639.855Crédito e juros vencidos 12.128.824 10.879.144 (6.599.364) (4.540.366) 1.053.112 12.921.350Provisões gerais: 2.743.803 783.494 (6.599.364) (210.773) (81.366) 2.714.535Riscos gerais de crédito 2.449.542 772.722 (520.624) - (81.366) 2.620.274Outros riscos e encargos 294.260 10.773 - (210.773) - 94.260Imparidade 1.897.536 463.705 (313.229) (443.193) (1.378) 1.603.439Títulos e participações financeiras 9.879 - (7.385) - - 2.494Activos não correntes detidos para venda 1.755.775 447.836 (202.675) (441.184) - 1.559.751Outros activos 131.882 15.868 (103.169) (2.009) (1.378) 41.194

18.524.766 13.886.758 (15.386.628) (5.194.332) 969.878 18.879.178

Reforços Utilizações Transferências

Reforços Utilizações Transferências

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “provisões para créditos de cobrança duvidosa” inclui provisões registadas acima dos mínimos exigidos pelo normativo do Banco de Portugal no montante de 3.754.859 euros, para fazer face a potenciais problemas na recuperabilidade de créditos para os quais existem indícios de imparidade. 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não existem operações desta natureza. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Outros passivos subordinados 5.664.000 8.605.500 Títulos de Investimento 2011 - 10º Cupão: 4,000% - 2.941.500 Títulos de Investimento 2011 / Soliditas - 10º Cupão: 3,811% 4.593.000 4.593.000 Títulos de Investimento 2012 / Fraternitatis - 8º Cupão: 3,311% 1.071.000 1.071.000Juros a pagar 52.056 85.063

5.716.056 8.690.563

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Valor Data de Juro emQuant. nominal venc. vigor em Data de Saldo Reemb. Saldo

unitário dos juros 31-12-2016 venc. 31-12-2015 31-12-2016Tit. Inv./2011 5883 Euro 500 03-mar 4,0000% 30-09-2016 2.941.500 2.941.500 - -Tit. Inv./2011 9186 Euro 500 02-abr 3,8110% 02-04-2017 4.593.000 - - 4.593.000Tit. Inv./2012 2142 Euro 500 02-abr 3,3110% 02-04-2018 1.071.000 - - 1.071.000

8.605.500 2.941.500 - 5.664.000

Descrição Moeda Emissões

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 analisa-se como segue:

31-12-2016 31-12-2015Até três meses - -Entre três meses e um ano 4.593.000 -Entre um ano e três anos 1.071.000 8.605.000Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

5.664.000 8.605.000

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Responsabilidades com pensões 461.234 86.015Credores e outros recursos 1.211.202 846.106Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 198.761 224.901Contribuições para a Segurança Social 77.857 70.847Imposto sobre o Valor Acrescentado 64.982 29.798

Cobranças por conta de terceiros 5.698 5.570Contribuições para outros sistemas de saúde 13.385 13.208Fornecedores 320.375 201.833Credores diversos 530.143 299.950Encargos a pagar 1.377.642 1.315.755

Provisão para férias e subsídio de férias 549.067 567.135Prémio de desempenho 250.000 160.000Prémio de antiguidade 511.633 513.182

Por gastos gerais administrativos 66.942 75.438Receitas com rendimento diferido 48.223 50.630Comissões sobre garantias prestadas 48.223 49.269Outras - 1.361Valores a regularizar 738.447 564.098

3.836.748 2.862.604

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

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31-12-2016 31-12-2015Garantias prestadas e outros passivos eventuais 10.921.967 12.947.634Garantias e avales prestados 10.004.985 10.785.950Outros passivos eventuais 916.981 2.161.684Créditos dados em garantia - Ao BdP - -Créditos dados em garantia - À CCCAM - -Garantias recebidas 1.051.863.576 950.642.281Garantias pessoais 537.202.345 505.306.280Garantias reais 514.661.230 445.336.001Compromissos perante terceiros 33.314.572 27.501.902Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 20.656.938 16.510.405Tomada firme - papel comecial Imohealth (nota 11) 1.500.000 -Compromissos revogáveis 11.157.633 10.991.497

Responsabilidades por prestação de serviços 2.716.806 2.820.872Depósito e guarda de valores 2.011.504 2.303.059Valores recebidos para cobrança 705.302 517.814Outras contas extrapatrimoniais 17.124.070 16.752.475Créditos abatidos ao activo 11.163.147 10.974.779Juros vencidos 1.010.877 1.360.830Despesas de crédito vencido 2.689.754 2.345.180Locação Financeira 2.260.291 2.071.686

1.115.940.990 1.010.665.164

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO O capital da CAIXA é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura do capital social da CAIXA é a seguinte:

31-12-2016 31-12-2015Títulos de capital ordinário 9.504.915 9.037.620Títulos de capital por incorporação de reservas 20.364.225 20.262.205

29.869.140 29.299.825

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da CAIXA só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

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36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

De acordo com os Estatutos da CCAM e com o Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos obrigatoriamente à reserva legal, no mínimo outros 20% deverão ser afectos a uma reserva especial para reforço da situação líquida das Caixas que tenham sido objecto de procedimentos de recuperação ou saneamento (alínea b do n.º2 do artigo 44º do Dec-Lei 320/97 de 25/11), pelo menos 2,5% deverá ser afecto à reserva para educação e formação cooperativa, no máximo 5% para reserva para mutualismo e no máximo 10% para donativo destinado à Fundação da CCAM. 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Reservas de reavaliação (347.264) (111.874)Imobilizado 49.048 86.537Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (396.312) (198.411)Outros instrumentos de capital 10.056.154 8.545.675Reserva legal 8.930.000 7.875.236Reserva p/ formacão e educação cooperativa 90.746 69.278Reserva para mutualismo 54.017 49.509Reserva para remuneração de títulos 690.222 286.844Reservas Livres 304.750 304.750Resultados transitados Resultados transitados aprovados 37.489 11.133 Diferenças de alteração políticas contabilisticas (51.070) (51.075)Lucro do exercício 2.929.643 1.926.214 12.638.533 10.360.015

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31-12-2016 31-12-2015Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 3.793 6.422Aplicações em instituições de crédito no país 1.362.792 2.599.465Juros de crédito a clientes 10.547.503 11.056.376 Crédito interno 10.406.978 10.939.936 Desconto e outros créditos titulados por efeitos 48.635 58.870 Empréstimos 7.900.330 8.351.119 Créditos em conta corrente 700.192 781.220 Descobertos em depósitos à ordem 429.613 475.136 Locação Financeira 44.756 31.213 Créditos ao consumo 1.133.783 1.082.277 Papel comercial a desconto 149.670 160.101 Crédito externo 140.524 116.440 Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos 119.725 106.774 Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem 560 114 Créditos ao consumo 20.240 9.551Juros de crédito vencido 1.243.000 790.431Juros de títulos de investimento subordinados - -Juros de empréstimo subordinado Obrigações CA Vida 33.123 905Juros de investimentos detidos até à maturidade 2.637 - Títulos de dívida emitidos por residentes - - Amortização Desconto Obrigações do Tesouro 2.637 -

13.192.848 14.453.600

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Juros de recursos de outras instituições de crédito 79.403 55.505Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.390.386 3.442.589Juros de passivos subordinados 303.848 341.733Outros juros e encargos similares - -

1.773.638 3.839.827

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos CA Vida, SA 12 11.000 CA Seguros, SA 3 4

15 11.004

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas - garantias e avales 353.415 373.906Por compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros 285.589 287.709Por serviços prestados 3.672.284 3.353.363

Depósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 25.675 21.488Transferência de valores 42.886 45.995Gestão de cartões 2.497 1.811Anuidades 248.669 190.446Operações de crédito 1.328.379 1.185.068Outros serviços prestados Comissão interbancária - cartões 906.164 785.527 Comissão colocação e comercialização 917.988 905.216 Outras comissões 200.026 217.813

Outras comissões recebidas 1.058.523 1.044.400 Manutenção de conta 334.665 319.055 Cheques e ordem de levantamento 285.546 298.403 Mora ou contencioso 332.741 328.079 Outras comissões 105.571 98.864

5.369.811 5.059.379

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2016 31/12/2015Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 7 533 6 898Operações de crédito - -Gestão de Consórcios 3 284 3 542Cobrança de valores - 74Administração de valores - -Transferência de valores 113 220 125 903Cartões 238 619 225 929Outros 107 521 110 531

470 176 472 878

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Não existem operações desta natureza.

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2016 31-12-2015Perdas em diferenças cambiais (26.967) (68.202)Ganhos em diferenças cambiais 34.835 81.790

7.868 13.587

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Resultados em activos não financeiros (33.439) (88.656)

Mais-valias realizadas - outros activos tangíveis 1.365 5Menos-valias realizadas - outros activos tangíveis (34.803) (88.661)

Resultados em activos não correntes detidos p/venda 215.929 33.387Ganhos realizados 326.394 80.969Perdas realizadas (110.465) (47.582)

182.490 (55.269)

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Outros rendimentos de exploração 3.219.077 2.676.381Reembolso de despesas 517.642 533.681Recuperação de créditos incobráveis 1.008.757 165.479Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 1.159.350 622.611Rendimentos da prestação de serviços diversos 307.890 150.444Outros ganhos e rendimentos operacionais 225.439 1.204.165 Ganhos em acções - CA Vida - 943.104Outros encargos de exploração (1.343.813) (1.247.226)Quotizações (1.659) (31.554)Donativos (98.526) (72.825)Contribuições para o Fundo Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (4.185) (47.266)Contribuições para o Fundo de Resolução (67.504) (38.709)Anulação de juros vencidos (901.953) (745.941)Outros encargos e gastos operacionais (118.245) (206.399)Impostos (151.742) (104.533)

1.875.264 1.429.154

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47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Salários e vencimentos 3.607.797 3.444.242

Órgãos de Gestão e Fiscalização 433.756 463.878Empregados 3.174.041 2.980.364

Encargos sociais obrigatórios 1.295.812 860.034Fundos de Pensões 427.109 * 10.102Encargos relativos a remunerações

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 679.258 669.754SAMS 149.499 145.834Outros 39.946 34.344

Outros custos com pessoal 5.009 6.265Indemnizações contratuais 2.081 2.419Outros 2.927 3.846

4.908.618 4.310.542

* Acréscimo de responsabilidades de cerca de 405.000 euros, relativo ao valor apurado com a reforma de uma colaboradora. O número médio de colaboradores da CAIXA em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Chefias e gerência 15 15Quadros técnicos 5 5Administrativos 66 67Programa Optimização RH 7 5A termo 7 7Auxiliares de limpeza 1 2

101 101

As remunerações dos membros dos Órgãos de Administração, de Fiscalização e dos Colaboradores (ao abrigo do Aviso 10/2011 do Banco de Portugal) analisam-se como segue:

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Remumeração Rem. Var. TotalAvelino Meira do Poço (Presidente) (**) 6.000 - 6.000 14.400Alberto Gerpe Saraiva de Menezes (**) 3.000 - 3.000 7.200Alfredo Ferreira da Silva (**) 3.000 - 3.000 7.200Alvaro Viana Gomes Barbosa (*) 7.000 - 7.000 7.200Américo Gonçalves Cunha (**) 3.000 - 3.000 7.200Eduardo Maria de França Machado (*) 6.600 - 6.600 7.200João José Lopes Gonçalves (**) 22.663 - 22.663 48.213Joaquim Alfredo Afonso Pinheiro (*) 7.800 - 7.800 7.200Joaquim Martins Mariz (**) 3.000 - 3.000 7.200José Júlio Faria Costa (*) 27.500 - 27.500 -Luis Manuel Santos Fernandes Ramos (*) 6.200 - 6.200 7.200Manuel Joaquim Domingues (**) 3.000 - 3.000 7.200Miguel Pereira Gomes (*) 4.800 - 4.800 -Vitor António Gonçalves Barrocas (**) 3.000 - 3.000 7.200

106.563 - 106.563 134.613(*) Membros efectivos Eleitos em Dezembro de 2015 para o triénio 2016/2018 - Inicio de funções em Junho de 2016

(**) Término de funções em Junho de 2016

Remumeração Rem. Var. TotalJosé Gonçalves Correia da Silva (Presidente) 149.038 16.000 165.038 136.276José Carlos Manuel Lay Alves 86.485 8.000 94.485 80.152Júlio Orlando da Costa Soares 84.242 8.000 92.242 73.903José Júlio Faria Costa (***) - 8.000 8.000 33.764

319.765 - 359.765 324.095(***) Término de funções em Setembro de 2015 (os valores constantes referem ao desempenho de 2015)

Remumeração Rem. Var. TotalServiços de auditoria 20.000 - 20.000 20.000Outros serviços - - - -

20.000 - 20.000 20.000

Remumeração Rem. Var. TotalRaúl Dias da Silva 51.713 2.000 53.713 57.103

51.713 2.000 53.713 57.103

Remumeração Rem. Var. TotalJosé Fernandes do Souto 46.223 1.200 47.423 45.799

46.223 1.200 47.423 45.799

Remumeração Rem. Var. TotalSónia Isabel Correia Ferreira 75.029 2.750 77.779 71.270

75.029 2.750 77.779 71.270

Gestão de Riscos31-12-2016

31-12-2015

Auditoria Interna31-12-2016

31-12-2015

31-12-2015Revisor Oficial de Contas

Compliance31-12-2016

31-12-2015

31-12-2016

Conselho de Administração Executivo

Conselho Geral e de Supervisão 31-12-2015

31-12-2015

31-12-2016

31-12-2016

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48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Com fornecimentos 347.729 361.896

Água, energia e combustíveis 222.432 213.756Material de consumo corrente 58.155 79.415Publicações 406 530Material de higiene e limpeza 2.386 2.939Outros fornecimentos de terceiros 64.350 65.257

Com serviços 4.529.652 4.312.740Rendas e alugueres 89.695 89.523Comunicações 390.040 341.680Deslocações, estadas e representação 204.649 444.112Publicidade e edição de publicações 397.819 304.102Conservação e reparação 255.102 331.660Transportes 29.048 32.353Seguros 85.440 103.515Serviços especializados

Avenças e honorários 677.441 472.944Judiciais contencioso e notariado 80.694 30.831Informática 1.232.994 1.225.311Segurança e vigilância 5.719 31.604Limpeza 81.853 80.579Informações e bancos de dados 16.852 14.221Consultores e auditores externos 43.444 50.910Outros serviços especializados

Serviços Multibanco 367.134 338.730Avaliadores externos 79.070 50.428Outros serviços de terceiros 492.657 370.237

4.877.381 4.674.636

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106

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (nota 19), a CAIXA consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da CAIXA incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas Cx. Central Total Associadas Coligadas Cx. Central TotalActivosDisponibilidades em outras instituições de crédito - - 4.453.869 4.453.869 - - 1.428.517 1.428.517

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 1.086.905 - - 1.086.905 1.086.905 - - 1.086.905

Aplicações em instituições de crédito - - 164.019.121 164.019.121 - - 135.034.839 135.034.839- -Investimentos 1.190.474 36.322 8.900.580 10.127.376 1.190.474 36.462 8.900.580 10.127.516

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos 631.009 22.223 7.951 661.183 578.213 19.813 17.550 615.576

PassivosPassivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 59.351.410 59.351.410 - - 25.216.998 25.216.998

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 55.113 33.454 88.567 - 68.489 99.449 167.938

CustosJuros e encargos similares - - 79.403 79.403 - - 55.505 55.505

Encargos com serviços e comissões - - 266.413 266.413 - - 295.349 295.349

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -- -

Custos com pessoal 32.402 - - 32.402 28.642 - - 28.642

Gastos gerais administrativos 84.557 1.644.406 93.105 1.822.068 102.767 1.889.528 63.931 2.056.225- -Outros resultados de exploração - - - - 50 29.751 - 29.801

ProveitosJuros e rendimentos similares 33.123 - 1.366.585 1.399.708 905 - 2.605.888 2.606.793

Rendimentos de instrumentos de capital 15 - - 15 11.004 - - 11.004

Rendimentos de serviços e comissões 917.988 - 112.217 1.030.205 891.837 - 132.969 1.024.806

Outros resultados de exploração 1.025 - 173.925 174.950 972.699 - 2.397 975.096

ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

Associadas: CA Seguros, S.A.; CA Vida, S.A.Coligadas: CA Informática, S.A.; CA Serviços, S.A.; CA Seguros e Pensões, SGPS, S.A.

31-12-2016 31-12-2015

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 50. PENSÕES DE REFORMA

A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos

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benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013. Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações são: Reconhecimento • Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas

actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;

• Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".

Apresentação • Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes,

custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

• Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);

• Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano.

Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

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Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

01-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 409.209

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 245.182

A.2.1. Tábua de mortalidade 36.726

A.2.2. Pressupostos financeiros 208.456

A.3. Responsabilidades IAS 19 654.391

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 481.810

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo Pensões (A.3. - A.4.) 172.581

01-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 413.563

B.2. Com licenças sem vencimento -

B.3. Com pré-reformados -

B.4. Com pensões em pagamento 85.996

B. Total 499.559

01-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 332.310

C.2. Com licenças sem vencimento -

C. Total 332.310

De acordo com o Aviso n.º 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima

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identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 N.º anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1. Alteração da tábua de mortalidade 31.480 9 anos 2016

A.2.2. Alteração dos pressupostos

financeiros

166.765 7 anos 2014

A.2.3. Excesso de cobertura em PCSB 58.081 7 anos 2014

B. Encargos com saúde (SAMS) 428.193 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a: - Alteração dos pressupostos financeiros; - Excesso de cobertura em PCSB. Ficaram ainda por diferir em 2015 e 2016, os valores respeitantes a: - Alteração da tábua de mortalidade; - Encargos com saúde (SAMS). Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no actual exercício é

o seguinte:

31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 3,498

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 47,572

2016 TOTAL 51,070

* Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na

adopção da IAS 19.

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110

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM do Noroste com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2016

F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 2.588.508

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 1.327.992

F.2 Com licenças sem vencimento 49.656

F.3 Com pré-reformados -

F.4 Com pensões em pagamento 1.210.861

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O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM do Noroeste é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 61.180

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 2.806

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 280.158

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados 110.609

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

169.549

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas -

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 344.144

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM do Noroeste foi o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 2.172.958

H.1 (+) Contribuições efectuadas 291.669

H.1.1 Pela CCAM do Noroeste 249.791

H.1.2 Pelos empregados 41.878

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 86.843

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 60.558

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 47.549

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 42.963

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 63.698

H.5.1 Por reformas antecipadas 13.912

H.5.2 Outros 49.786

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11.469

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 2.532.274

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016

(H.7.2016 – A.4.2015) 359.316

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O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 2.258.973

G.1 (+) Custo do serviço corrente 61.180

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 19.301

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 41.878

G.2 (+) Custo dos juros 53.378

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 290.145

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas -

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 63.698

H.5.1 Por reformas antecipadas 13.912

H.5.2 Outros 49.786

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11.469

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 2.588.508

K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 – F.2015) 329.535

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso n.º 12/2001 do Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte:

F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 2.588.508

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* -

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 2.519.626

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

* Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2015 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2015 -198.410

RI.ano Desvios actuariais gerados em 2016 – Ganhos e perdas actuariais -197.902

RI.2016 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2016 -396.312

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113

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no activo 456.572

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 56.611

N.2015 Total 513.183

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no activo 449.984

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 61.650

N.2016 Total 511.634

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo -6.587

O.2. Com licenças sem vencimento 5.039

O. Total -1.549

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Não existem operações desta natureza.

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A CCAM do Noroeste está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CAIXA efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas agências da CAIXA. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CAIXA recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CAIXA e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os

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valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CAIXA nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem 2016

Ramos Não Vida

CA Seguros

355.691

478.143

447.476

48,7%

Ramo Vida

CA Vida

383.405

409.204

455.724

49,6%

Fundos de Pensões

CA Vida

8.353

12.054

14.788

1,6%

Total 747.449 899.401 917.988 100,0%

A CAIXA não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CAIXA.

53. FUNDOS PRÓPRIOS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da CCAM do Noroeste.

Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da CAIXA apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

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115

A Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Executivo

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 2013 2014 2015 2016

Fundos Próprios totais 37.749.182 42.382.949 40.416.016 39.658.914

Common equity tier 1* --- 37.326.564 37.655.406 39.476.542

Tier 1* 32.550.329 37.326.564 37.655.406 39.476.542

Tier 2 6.101.090 5.056.280 2.760.610 182.372

Posição em risco de activos e equivalentes 470.137.704 479.235.863 506.835.795 559.557.326

Requisitos de fundos próprios 260.120.294 281.033.859 305.427.403 312.132.680

Crédito 231.857.548 251.964.528 274.208.393 277.504.544

Operacional 28.262.746 29.069.331 31.219.010 34.628.136

CVA --- --- --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- 13,3% 12,3% 12,6%

Tier 1 * 12,5% 13,3% 12,3% 12,6% 0,3 P.P

Tier 2 2,3% 1,8% 0,9% 0,1% -0,8 P.P

Total* 14,5% 15,1% 13,2% 12,7% -0,5 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

---

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV /

CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

-93,4%

10,4%

2,2%

1,2%

10,9%

Δ 15/16

-1,9%

---

4,8%

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

RELATÓRIO ANUAL DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS

FINANCEIRAS

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Relatório ANUAL da Comissão para as Matérias Financeiras

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL

Exercício de 2016

l - Introdução

A Comissão para as Matérias Financeiras (CMF) da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo do

Noroeste CRL (CCAM do Noroeste), constituída no âmbito do Conselho Geral e de

Supervisão (CGS) e cujos actuais membros foram nomeados na reunião do CGS realizada

em 15 de Junho de 2016, vem apresentar o relatório anual da sua acção fiscalizadora,

elaborado para cumprimento, nomeadamente, do disposto no n.º 2 do artigo 31º dos

Estatutos e do n.º 4 do artigo 444º do Código das Sociedades Comerciais.

Nos termos das disposições legais, regulamentares e estatutárias aplicáveis, compete à

CMF o desempenho entre outras, das seguintes funções:

• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte, assim como a situação de quaisquer bens ou valores possuídos pela sociedade a qualquer título;

• Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

• Dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;

• Fiscalizar a eficácia dos sistemas de gestão de riscos, de controlo interno e de auditoria interna;

• Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira;

• Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Caixa Agrícola;

• Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no

tocante à prestação de serviços adicionais.

II – Actividades desenvolvidas

Para o desempenho das suas actividades, a CMF reuniu regularmente com o Presidente do

Conselho de Administração Executivo e obteve do Revisor Oficial de Contas as informações

necessárias e consideradas adequadas para o desempenho das suas funções.

Ao longo de 2016, as conclusões das reuniões realizadas foram apresentadas ao CGS.

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No desenvolvimento efectivo das suas funções, a CMF solicitou e obteve as informações e

esclarecimentos relevantes para o efeito, as quais incluíram, designadamente, as

verificações julgadas oportunas e adequadas sobre o cumprimento dos estatutos e dos

preceitos legais e regulamentares aplicáveis, não se deparando com qualquer

constrangimento à sua actuação.

Ao longo do exercício, a CMF desenvolveu, especificamente, as seguintes actividades:

Supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira

A CMF apreciou as principais políticas contabilísticas aplicadas, de acordo com as normas

IAS/IFRS com os ajustamentos definidos pelo Banco de Portugal, bem como os aspectos

em discussão a elas referentes, em particular aquelas com impacto ao nível das

demonstrações financeiras da CCAM do Noroeste.

A CMF acompanhou regularmente as maiores exposições de crédito e imparidades da CCAM

do Noroeste.

Com base na informação disponibilizada, a CMF apreciou as demonstrações financeiras

trimestrais, os resultados e os principais indicadores financeiros. Analisou também

periodicamente os rácios de liquidez, de eficiência e de solvabilidade da CCAM do Noroeste.

Com referência ao final do exercício, a CMF apreciou o Relatório de Gestão e Contas

elaborado pelo CAE e a Certificação Legal das Contas emitida sem reservas ou ênfases.

Tendo em consideração o resultado dos trabalhos efectuados, a CMF recomendou ao CGS

a emissão de parecer favorável sobre o Relatório de Gestão e Contas da CCAM do Noroeste,

que inclui as demonstrações financeiras, do exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

Fiscalização da eficácia dos sistemas de gestão de riscos, de controlo interno e

de auditoria interna

A CMF acompanhou os trabalhos de elaboração do Relatório de Controlo Interno da

responsabilidade do CAE - com o contributo da Auditoria Interna e Compliance Monitor - e

do parecer do CGS, remetidos ao Banco de Portugal.

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Fiscalização da actividade do Revisor Oficial de Contas

A CMF analisou as conclusões do trabalho de auditoria às demonstrações financeiras do

exercício de 2016, realizado pelo Revisor Oficial de Contas.

A CMF analisou as conclusões relativas ao Sistema de Controlo Interno apresentadas pelo

Revisor Oficial de Contas no seu parecer sobre o processo de preparação e divulgação de

informação financeira.

A CMF fiscalizou a independência do Revisor Oficial de Contas.

III — Agradecimento

A CMF expressa o seu agradecimento aos Órgãos Sociais e aos Serviços da CCAM do

Noroeste com que contactou, por toda a colaboração prestada no exercício das suas

funções.

Barcelos, 8 de Março de 2017.

Joaquim Alfredo Afonso Pinheiro

José Júlio Faria Costa

Miguel Pereira Gomes

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

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PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

AO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE CRL

1. A Comissão para as Matérias Financeiras, nos termos do n.º 2 do Artigo 31º dos

Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL, informou regularmente

o Conselho Geral e de Supervisão dos trabalhos desenvolvidos e conclusões obtidas

quanto à acção fiscalizadora que desenvolveu relativamente ao exercício de 2016.

2. No cumprimento das suas competências, a Comissão para as Matérias

Financeiras apreciou o relatório de gestão e as contas referentes ao exercício de 2016

elaborados pelo Conselho de Administração Executivo e a Certificação Legal das Contas

apresentada pelo Revisor Oficial de Contas sobre as demonstrações financeiras, emitida

sem reservas ou ênfases.

3. A Comissão para as Matérias Financeiras debateu e examinou o relatório de

gestão e contas com o Conselho de Administração Executivo e com o Revisor Oficial de

Contas, solicitando todas as informações e esclarecimentos considerados pertinentes

para o desempenho das suas funções, as quais incluíram, designadamente, as

verificações julgadas oportunas e adequadas sobre o cumprimento dos estatutos e

preceitos legais aplicáveis.

4. Os subscritores declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação

financeira analisada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas

aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da

situação financeira e dos resultados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste,

CRL e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do

desempenho e da posição da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL,

contendo uma descrição apropriada dos principais riscos e incertezas com que se

defronta.

5. Em conclusão e em resultado dos trabalhos efectuados, a Comissão para as

Matérias Financeiras recomenda ao Conselho Geral e de Supervisão a emissão de parecer

favorável sobre o relatório de gestão e contas da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

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Noroeste, CRL relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016, elaborado pelo

Conselho de Administração Executivo.

Barcelos, 8 de Março de 2017.

Joaquim Alfredo Afonso Pinheiro

José Júlio Faria Costa

Miguel Pereira Gomes

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE

SUPERVISÃO

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE

SUPERVISÃO

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo do Noroeste CRL

Exercício de 2016

Senhores Associados:

No cumprimento da alínea d) do artigo 29º dos Estatutos e da alínea h) do n.º 1 do

artigo 441º do Código das Sociedades Comerciais, vem o Conselho Geral e de Supervisão

da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL, apresentar o seu

relatório e dar parecer sobre o relatório de gestão e contas apresentados pelo Conselho

de Administração Executivo, respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

1. No exercício das suas funções, compete ao Conselho Geral e de Supervisão

acompanhar e fiscalizar a actividade da Cooperativa e os actos do Conselho de

Administração Executivo através dos elementos da contabilidade bem como de outras

informações e esclarecimentos obtidos.

2. O Conselho Geral e de Supervisão reuniu formalmente ao longo de 2016, quinze

vezes, visando com este acompanhamento periódico a avaliação da gestão que estava

a ser desenvolvida.

3. Ao longo do ano o Conselho Geral e de Supervisão foi sempre mantido informado

pelo Presidente do Conselho de Administração Executivo de todos os factos considerados

relevantes.

4. A Comissão para as Matérias Financeiras prestou ao Conselho Geral e de

Supervisão as informações e esclarecimentos relevantes sobre o desempenho das suas

funções, as quais incluíram, designadamente as verificações julgadas oportunas e

adequadas sobre o cumprimento dos Estatutos e preceitos legais aplicáveis.

5. No âmbito das suas competências, o Conselho Geral e de Supervisão recebeu o

o Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2016, preparado pelo Conselho de

Administração Executivo, acompanhado do Parecer favorável emitido pela Comissão para

as Matérias Financeiras, tendo igualmente apreciado a Certificação Legal das Contas

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125

elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, sobre as demonstrações financeiras e com cujo

teor concorda.

6. O Conselho Geral e de Supervisão apreciou e adoptou o parecer da Comissão

para as Matérias Financeiras e emite Parecer favorável sobre o Relatório de Gestão e

Contas do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2016, propondo a respectiva aprovação

pela Assembleia Geral.

7. O Conselho Geral e de Supervisão dá o seu acordo à proposta de Aplicação dos

Resultados e de Afectação de Reservas do Conselho de Administração Executivo.

8. O Conselho Geral e de Supervisão propõe à Ex.ma Assembleia Geral que aprove

a remuneração do capital nos termos apresentados pelo Conselho de Administração

Executivo.

9. Finalmente e em face do atrás exposto o Conselho Geral e de Supervisão deseja

deixar expresso o seu reconhecimento de apreço pela forma dedicada, empenhada e

profissional como desenvolveram a sua actividade ao longo do exercício quer da parte

do Conselho de Administração Executivo, quer da globalidade dos Colaboradores.

Barcelos, 8 de Março de 2017.

O Conselho Geral e de Supervisão,

José Júlio Faria Costa Eduardo Maria França Machado

Álvaro Viana Gomes Barbosa

Joaquim Alfredo Afonso Pinheiro

Miguel Pereira Gomes

Luis Manuel Santos Fernandes Ramos

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

ORGANIZAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE

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MODELO DE ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DO NOROESTE

Assembleia Geral

Conselho Geral e de Supervisão

Conselho de Administração Executivo

Área Administrativa e Financeira

Back Office de Operações

Contabilidade, Reporte e Fiscalidade

Gestão de Património Não Corrente Detido para Venda

Gestão de Recursos Humanos

Sistemas de Informação

Área Comercial

Agências

Gestores de Empresa

Seguros

Área de Crédito

Comité de Crédito

Análise de Risco de Crédito

Acompanhamento do Crédito

Back Office de Crédito

Recuperação de Crédito

Serviços Externalizados

Jurídico, Contratação, Solicitadoria (Escrituras), Avaliações

Comissão de Recursos Humanos

Secretariado e EconomatoComissão de Controlo Interno e Gestão

dos Riscos

Gestão da Qualidade, Atenção ao Cliente, Organização e Processos

Comissão Comercial

Monitor de Compliance, Gestão de Riscos e Controlo Interno

Comissão de Ativos não Produtivos

Planeamento de Gestão Comissão da Qualidade

Gabinete de Comunicação e Imagem

Auditoria Interna Conselho Consultivo

Revisor Oficial de Contas

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO DA CCAM DO

NOROESTE

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Estrutura e Práticas de Governo Societário da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL.

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL adopta o modelo de governação,

constituído pelo Conselho de Administração Executivo, Conselho Geral e de Supervisão,

Revisor Oficial de Contas e Conselho Consultivo.

Os membros dos Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela

Assembleia Geral, para um mandato de três anos, sendo que os actuais Órgãos Sociais

foram eleitos na Assembleia Geral de 26 de Dezembro de 2015 e iniciado funções, o

Conselho Geral e de Supervisão em 24 de Maio de 2016 e o Conselho de Administração

Executivo em 15 de Junho de 2016.

2. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

2.1. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os

Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os

seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa

Agrícola para o exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Deliberar a forma de distribuição dos excedentes;

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130

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central

e de organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor

oficial de contas, administradores, gerentes, mandatários ou membros

da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Geral e de Supervisão e do

Conselho Consultivo;

� Deliberar a alteração dos Estatutos.

3. Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo é composto por um número de membros

efectivos, no mínimo de três.

Actualmente o Conselho de Administração Executivo é composto por três membros, com

mandato para o triénio 2016/2018.

3.1. Competências do Conselho de Administração Executivo

As competências do Conselho de Administração Executivo decorrem da Lei, competindo-

lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

• Administrar e representar a Caixa Agrícola em juízo e fora dele, activa e

passivamente, podendo contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou

transigir em processos, comprometer-se em árbitros, assinar termos de

responsabilidade e, em geral resolver acerca de todos os assuntos que não

caibam na competência e, em geral, resolver acerca de todos os assuntos que

não caibam na competência de outros órgãos;

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131

• Contratar os trabalhadores da Caixa Agrícola, estabelecendo as respectivas

condições contratuais, exercer em relação aos mesmos o correspondente poder

directivo e disciplinar;

• Constituir mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de

actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos;

• Adquirir quaisquer bens ou direitos e, com o consentimento prévio do Conselho

Geral e de Supervisão, alienar ou onerar esses mesmos bens;

• Com o consentimento prévio do Conselho Geral e de Supervisão, decidir sobre a

aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado

permanente da Caixa Agrícola;

• Elaborar, para apreciação do Conselho Geral e de Supervisão e votação pela

Assembleia Geral, uma proposta do relatório de gestão e as contas do exercício.

3.2. Reuniões do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado

um total de cinquenta e duas reuniões em 2016.

3.3. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

Executivo

O Conselho de Administração Executivo deliberou a distribuição de pelouros entre os

seus membros da seguinte forma:

Dr. José Gonçalves Correia da Silva (Presidente):

• Presidência e Representação da Caixa;

• Recuperação e Contencioso;

• Planeamento e Controlo de Gestão;

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• Controlo Interno / Gestão dos Riscos / Compliance;

• Gestão da Qualidade e Atenção ao Cliente;

• Gabinete de Apoio ao Associado.

• Risco de Crédito

Dr. José Carlos Manuel Lay Alves:

• Suporte Técnico à Actividade.

• Suporte Operacional à Actividade.

Dr. Júlio Orlando da Costa Soares:

• Área Comercial.

4. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete ao Conselho Geral e de Supervisão

e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da Lei e dos Estatutos.

4.1. Conselho Geral e de Supervisão.

O Conselho Geral e de Supervisão é composto por um número de membros efectivos,

superior ao número de administradores executivos, no máximo de quinze, estando

obrigatoriamente cada Vale (Cávado, Lima e Minho) representado em número igual de

membros, sendo atribuído ao seu Presidente voto de qualidade

Actualmente o Conselho Geral e de Supervisão é composto por seis membros efectivos

e três suplentes, com mandato para o triénio 2016/ 2018.

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4.1.1. Competências do Conselho Geral e de Supervisão

� Designar, suspender e destituir os administradores executivos, incluindo o

administrador que servirá de presidente do Conselho de Administração Executivo;

� Dar consentimento prévio ao Conselho de Administração Executivo para a aquisição,

alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da

Caixa Agrícola;

� Definir a estratégia geral, nomeadamente as politicas de gestão de riscos a seguir

pelo Conselho de Administração Executivo;

� Dar parecer sobre a proposta do relatório de gestão e contas do exercício;

� Dar parecer sobre o plano de actividades e do orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Aplicar aos associados as sanções previstas na Lei e nos Estatutos;

� Propor à Assembleia Geral a forma de distribuição dos excedentes anuais;

� Vigiar pela Observância da Lei e dos Estatutos da Caixa Agrícola;

� Fiscalizar as actividades do Conselho de Administração Executivo;

� Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a

regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de

suporte, assim com a situação de quaisquer bens ou valores possuídos pela Caixa

Agrícola a qualquer título;

� Verificar as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela Caixa

Agrícola conducentes a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

� Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno

e do sistema de auditoria interna;

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134

� Receber as comunicações de irregularidades apresentadas pelos Associados,

Colaboradores da Caixa Agrícola ou outros;

� Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação da informação financeira;

� Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Caixa

Agrícola;

� Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante

à prestação de serviços adicionais.

4.1.2. Reuniões do Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado,

em 2016 um total de quinze reuniões.

4.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se

designados para o cargo:

Efectivo: Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associado, SROC, Lda inscrita na OROC sob o

n.º 28, com sede na Rua da Torrinha n.º 228 H, 6.º Andar, Sala 1, Porto, pessoa

colectiva n.º 501 381 171, representada por Dr. Carlos Teixeira.

Suplente: Paula Saraiva & Manuel Pereira, SROC, inscrita na OROC sob o n.º 79, com

sede na Rua da Torrinha, n.º 228 H, 6.º Andar, sala 4, Porto, pessoa Colectiva n.º 502

427 850, representada por Ana Paula Monteiro Barbeitos Saraiva e Silva.

5. Conselho Consultivo.

O Conselho Consultivo é composto por um número de membros não superior a trinta,

mas nunca inferior a onze, designados pelo Conselho Geral e de Supervisão, de entre

associados não representados no Conselho Geral e de Supervisão e na Mesa da

Assembleia Geral.

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135

Actualmente o Conselho Consultivo é composto por trinta membros com mandato para

o triénio 2016/2018.

5.1. Competências do Conselho Consultivo

• O Conselho Consultivo é o órgão de consulta, apoio e participação na definição

das linhas gerais e de actuação da Caixa Agrícola;

• Poderá formular recomendações ou pareceres à Assembleia Geral ou aos demais

Órgãos Sociais da Caixa Agrícola, sem carácter vinculativo, por sua iniciativa ou

quando solicitado.

5.2. Reuniões do Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em

2016 um total de três reuniões.

6. Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste,

CRL.

6.1. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização (MOAF)

1. Em 26 de Dezembro de 2015, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL, apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de

Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em

cumprimento do disposto no número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições

de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de

31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de

Outubro.

2. Nos termos e para os efeitos do n.º 4 do Art.º 16.º do Aviso do Banco de Portugal

n.º 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos

em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

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136

A) DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

MÚTUO DO NOROESTE, CRL.

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada

de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e

a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida,

a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e

delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do

Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014,

teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que

não sejam incompatíveis com a nova redacção do RGICSF e que não devam, por

isso, considerar-se revogadas pela mesma;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-

Lei nº 157/2014.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime

legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de

remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos

como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de

fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita

Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes

remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos

Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis

de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como

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137

são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os

interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de

capita.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA

todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos

na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que

as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas,

houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência

ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da

presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os

seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar

a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos,

valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos

de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da

remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional

relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de

Administração ou de Fiscalização e os critérios para a componente variável da

remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e adaptado ao risco

da Instituição, bem como no cumprimento das funções para além do exigido.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

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138

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida

pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo

à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua

aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a

compõem, consta das secções seguintes da presente Política;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos

Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não

sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer

remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-

E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável

da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do

Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente

consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em

que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as

tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede

de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da

Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita

natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração

e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos

negócios sociais.

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139

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

(CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO )

A remuneração dos Membros do Conselho Geral e de Supervisão, tendo em

consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste

exclusivamente numa componente fixa:

- Uma remuneração mensal de € 600,00 (seiscentos euros) para cada Vogal e de

€ 1.200,00 (mil e duzentos euros) para o Presidente.

- As despesas de transportes necessárias para estarem presentes nas reuniões

serão compensadas até ao limite dos quantitativos estabelecidos para os

servidores do Estado.

Acresce a esta remuneração e a todos os titulares, a atribuição de telemóvel para uso

no exercício das mesmas funções.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

(CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO)

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Órgão de Administração consiste:

A) Remuneração Fixa:

Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da

legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L:

- Atribuir a remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da

retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, de forma que

estes titulares mantenham um estatuto remuneratório idêntico ao que detinham

enquanto trabalhadores, sendo encargo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste

C.R.L todos os custos já suportados enquanto estes titulares eram seus trabalhadores.

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140

B) Remuneração Variável

O Banco de Portugal define que a remuneração dos Administradores que exerçam

funções executivas deve integrar uma componente variável, cuja determinação dependa

de uma avaliação de desempenho realizada pelos órgãos competentes da Instituição, de

acordo com critérios mensuráveis pré-determinados, que considere, para além do

desempenho individual, o real crescimento da Instituição.

Pelo que os Administradores Executivos, em conjunto, terão uma remuneração variável

equivalente a 2,5% sobre os resultados líquidos do exercício anterior, após a sua

aprovação pela Assembleia Geral, tendo como limite máximo e global o montante de €

40.000,00 (quarenta mil euros), e desde que esses resultados líquidos sejam superiores

a um milhão de euros

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º

do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos, designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente

variável da remuneração, é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da

Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se

baseie o direito a uma componente variável da remuneração são os seguintes:

b.1) O cumprimento dos rácios e limites prudenciais, a evolução dos mesmos

rácios e limites, o cumprimento de objectivos e os resultados obtidos.

c) A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a

avaliação do desempenho individual e a avaliação do desempenho do Órgão de

Administração como um todo com os resultados globais da Instituição;

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141

d) Como é usual no SICAM, não será diferido o pagamento de qualquer parte da

componente variável da remuneração dos Administradores Executivos, pelo que é

inaplicável a alínea b) do nº 2 do art. 115º-E do RGICSF.

5.1.2 Quanto à aquisição do direito à componente variável da remuneração,

malus e clawback

a) Apenas se considerará que os Administradores Executivos são titulares de um direito

adquirido à componente variável e ao seu pagamento quando a mesma componente for

sustentável à luz da situação financeira da Instituição e fundamentada à luz do

desempenho da mesma, do Conselho de Administração Executivo e de cada

Administrador Executivo;

b) As regras constantes da presente secção serão aplicadas tendo em conta o facto de

não ser diferido o pagamento de qualquer parcela da componente variável da

remuneração.

c) Sem prejuízo da legislação civil e laboral aplicável, a componente variável da

remuneração será alterada nos termos das alíneas seguintes, por aplicação dos

mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback), caso o desempenho da

Instituição regrida ou seja negativo, tendo em consideração tanto a remuneração actual

como as reduções no pagamento de montantes cujo direito ao recebimento já se tenha

constituído nos termos das alíneas a) e b);

d) A decisão de aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback)

apenas poderá incidir sobre Administradores executivos relativamente aos quais seja

demonstrado, em sede da respectiva avaliação, que participaram ou foram responsáveis

por uma actuação que resultou em perdas significativas para a Instituição, considerando-

se sempre significativas as perdas que impliquem o incumprimento de rácios ou limites

prudenciais a que a Instituição esteja vinculada, ou que deixaram de cumprir os critérios

de ínsitos na Política Interna de Selecção e de Avaliação dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CCAM, designadamente a idoneidade;

e) Os mecanismos de redução (malus) e reversão (clawback) serão aplicados nos termos

do nº 10 do art. 115º-E do RGICSF, ou seja, o primeiro corresponderá ao regime através

do qual a Instituição poderá, em sede de avaliação do desempenho, reduzir total ou

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142

parcialmente o montante da remuneração variável que haja sido objecto de diferimento

(se aplicável) e cujo pagamento ainda não constitua um direito adquirido, nos termos

das alíneas a) e b), e o segundo corresponderá ao regime através do qual a Instituição,

em sede de avaliação do desempenho, reterá o montante da remuneração variável cujo

pagamento já constitua um direito adquirido;

f) A decisão de aplicar os referidos mecanismos cabe ao órgão competente para a

avaliação dos Administradores Executivos, conforme definido na alínea a) da secção

5.1.1 supra.

5.1.3 Quanto ao rácio entre a componente fixa e a componente variável da

remuneração

a) Em caso algum poderá a componente variável exceder a componente fixa da

remuneração.

5.1.4 Disposições gerais

a) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível

atribuir remuneração variável em acções ou em opções, pelo que são inaplicáveis os nºs

3, 4 e 5 do art. 115º-E do RGICSF;

b) Para além da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos

não são atribuídos ou atribuíveis quaisquer prémios anuais ou outros benefícios

pecuniários a que alude a alínea h) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

c) Os Administradores executivos terão direito a auferir uma remuneração sob a forma

de participação nos lucros quando se verifiquem os seguintes pressupostos:

c.1) Desde que esses resultados líquidos sejam superiores a um milhão de euros

recebem o equivalente a 2,5% sobre esses resultados líquidos, após a sua aprovação

pela Assembleia Geral, tendo como limite máximo e global o montante de € 40.000,00

(quarenta mil euros).

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143

d) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas

funções;

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer

contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de

destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-

aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou

indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo

desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de

igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos

relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável

o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

f) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações

pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação

de domínio ou de grupo:

A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo CRL pagou em senhas de presença ao

Presidente do Conselho de Administração Executivo, as suas presenças nas reuniões do

Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo CRL, cargo

que desempenha em representação da Caixa de Crédito Agrícola do Noroeste CRL.

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de

reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados

como remuneração.

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de

remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de

risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas

modalidades de remuneração

j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu

primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá

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144

em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que

em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção

pela Instituição, diferimento e reversão;

k) Não é conferido em caso algum o direito a remuneração variável garantida

B) MONTANTE ANUAL DE REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS MOAF DA CCAM DO

NOROESTE, CRL, NO EXERCÍCIO DE 2016 (c.f. nota 47 do anexo às demonstrações

financeiras)

C) MONTANTE E TIPOS DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL AUFERIDA PELOS MOAF,

SEPARADOS POR REMUNERAÇÃO PECUNIÁRIA E OUTROS TIPOS, DE FORMA

AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o

exercício de 2016, este tipo de remuneração não é aplicável.

D) DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE PARTE DA REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS

MOAF, AINDA NÃO PAGO, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o

exercício de 2016, este tipo de remuneração não é aplicável.

E) CASO O PAGAMENTO DE PARTE DA REMUNERAÇÃO DOS MOAF TENHA SIDO

DIFERIDO, MONTANTES DA REMUNERAÇÃO DIFERIDA QUE SEJAM DEVIDOS, QUE

TENHAM SIDO PAGOS OU QUE TENHAM SIDO REDUZIDOS DEVIDO A AJUSTAMENTOS

INTRODUZIDOS EM FUNÇÃO DO DESEMPENHO INDIVIDUAL DOS RESPECTIVOS

TITULARES, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o

exercício de 2016, este tipo de remuneração não é aplicável.

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145

F) NÚMERO DE NOVAS CONTRATAÇÕES EFECTUADAS EM 2016, PARA O EXERCÍCIO DE

CARGOS NOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO OU DE FISCALIZAÇÃO, DE FORMA

AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

No decorrer do exercício de 2016, eleição realizada em Dezembro de 2015, para o

exercício de cargos nos órgãos de administração ou fiscalização da CCAM do Noroeste,

tomaram posse os actuais membros para o Conselho Geral e de Supervisão que nos

termos estatutários designaram os membros do Conselho de Administração Executivo.

G) MONTANTE DOS PAGAMENTOS QUE TENHAM SIDO EFECTUADOS OU SEJAM

DEVIDOS ANUALMENTE EM VIRTUDE DA CESSAÇÃO ANTECIPADA DE FUNÇÕES DOS

MOAF, NÚMERO DOS BENEFICIÁRIOS DE TAIS PAGAMENTOS E MONTANTE DO MAIOR

PAGAMENTO EFECTUADO A UMA PESSOA INDIVIDUAL:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o

exercício de 2016, este tipo de remuneração não é aplicável.

6.2. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no n.º 3 do Art.º 16.º do Aviso do Banco de Portugal

n.º 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

i. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de

Portugal n.º 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo

com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um

complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência

de reajustamento remunerativo casuístico.

ii. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções

cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

iii. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base

num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a

qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

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146

iv. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão

de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma

idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração

valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa

dos colaboradores.

v. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, bem

como o seu limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho

de Administração Executivo.

vi. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os

resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem

verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade,

designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com

clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da

instituição e a criação de valor a longo prazo.

vii. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo

por base o desempenho do ano transacto.

viii. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração,

porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e

de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento

visaria prosseguir.

ix. Atento o disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º

10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso

auferiram as seguintes remunerações (c.f. nota 47 do anexo às demonstrações

financeiras):

- Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada – não

aplicável;

- Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções

resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos

titulares – não aplicável;

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147

- Número de novas contratações efectuadas no ano a que a informação respeita

– não foi efectuada qualquer nova contratação no exercício de 2016;

- Montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de

rescisão antecipada de contracto de trabalho com Colaboradores, número de

beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um

Colaborador individual – não foram efectuados quaisquer pagamentos no

exercício de 2016;

- Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade (ou seja,

montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada

área de actividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011) - (c.f. nota

47 do Anexo às Demonstrações Financeiras).

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148

● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ANUAL DAS POLITICAS DE

REMUNERAÇÃO

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149

Relatório com os resultados da avaliação anual das políticas

de remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Noroeste CRL.

(Estrutura Responsável pela Elaboração: Comité de Remunerações)

Senhores Associados:

A. Enquadramento

A Política de Remuneração que vigorou na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Noroeste, CRL (doravante Caixa Agrícola) durante o ano de 2016 seguiu o disposto na

legislação e regulamentação vigentes à data da sua formulação, ou seja, o Regime Geral

das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tendo em conta as

alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e diplomas

subsequentes, o Regulamento (UE) nº 575/2013, do Parlamento e do Conselho, e o

Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, que se considera parcialmente em vigor, na

parte em que não contraria as normas introduzidas a partir dos referidos Decreto-Lei nº

157/2014 e Regulamento (UE) nº 575/2013. A mesma política foi elaborada atentas as

características e a regulamentação específicas da Banca Cooperativa e o princípio da

proporcionalidade, legalmente previsto, tendo a Política de Remuneração dos Membros

dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para o ano de 2016 sido aprovada na

Assembleia Geral de 26 de Dezembro Março de 2016.

As Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização e de Colaboradores da Caixa Agrícola para o ano de 2016 seguiram os

princípios orientadores que já tinham presidido à Politica de Remuneração para o ano

de 2015, tendo-se em consideração o enquadramento legal das políticas de remuneração

introduzido a partir da entrada em vigor dos sobreditos Regulamento (UE) nº 575/2013

e Decreto-Lei nº 157/2014.

O presente Relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares previstas

no nº 6 do art. 115º-C do RGICSF, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº

157/2014 e no Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, tendo em atenção que:

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150

- O nº 6 do art. 115º-C do RGICSF dispõe que “a implementação da política de

remuneração deve ser sujeita a uma análise interna centralizada e independente, com

uma periodicidade mínima anual, a realizar pelo comité de remunerações, se existente,

pelos membros não executivos do órgão de administração ou pelos membros do órgão

de fiscalização, tendo como objecto a verificação do cumprimento das políticas e

procedimentos de remuneração adoptados pelo órgão societário competente”;

- O nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 determina que “no desenvolvimento da

avaliação referida no número anterior devem participar de forma activa as unidades

responsáveis pelo exercício das funções de controlo da instituição”, sendo que, por um

lado, a referência feita ao Decreto-Lei nº 104/2007 no nº 1 daquele art. 14º do Aviso nº

10/2011 deve agora considerar-se como uma referência ao art. 115º-C, nº 6, do RGICSF,

e, por outro lado, deve considerar-se que o referido nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011

continua a aplicar-se, nos termos acima referidos.

O período de referência deste relatório é o que decorre de 1 de Janeiro a 31 de

Dezembro de 2016.

A avaliação efectuada pressupõe a análise das Políticas de Remuneração em vigor

na Caixa Agrícola e da sua implementação, em especial quanto ao respectivo efeito na

gestão de risco de capital e de liquidez da Instituição.

A mesma avaliação teve ainda em consideração quanto estabelecido no Estatuto

Remuneratório do SICAM relativamente aos valores das remunerações dos Membros dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização, porquanto a Assembleia Geral da Caixa

Agrícola deliberou sobre a fixação daqueles valores já após a entrada em vigor do

referido Estatuto, pelo que as remunerações assim fixadas se encontram sujeitas ao que

nele se encontra disposto, nos termos do número dois do seu artigo 40º.

Foi pois avaliada a conformidade das remunerações fixadas aos Membros dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização com o Estatuto, tendo-se apurado que

inexistem violações a reportar.

Relativamente às demais normas contidas no Estatuto Remuneratório, cumpre

assinalar que nos termos do número 1 do seu citado artigo 40º o prazo concedido para

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151

a adaptação às mesmas das práticas e políticas remuneratórias da Caixa Agrícola ainda

se encontrava em curso no final de 2016.

Assim, a presente avaliação não aferiu do cumprimento das demais normas do

Estatuto Remuneratório do SICAM, sendo certo que as mesmas não foram tidas em

consideração na formulação das políticas de remuneração vigentes em 2016, que foram

concebidas e aprovadas muito antes da entrada em vigor do mesmo Estatuto.

B. Intervenientes

Em concordância com as disposições legais e regulamentares acima citadas, as

unidades responsáveis pelo exercício das funções de controlo da Caixa Agrícola

participaram de forma activa no processo de avaliação, em articulação entre si e sob a

orientação da entidade responsável pela avaliação.

C. Política de Remuneração de Órgãos Sociais e Colaboradores em vigor no ano de

2016.

A Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização para o ano de 2016, aprovada pela Assembleia-Geral, encontra-se

integralmente reproduzida no Relatório e Contas da Caixa Agrícola referente ao exercício

de 2016, documento esse que será apresentado aos Associados da Caixa Agrícola na

primeira Assembleia Geral Ordinária do ano de 2017 e do qual constarão igualmente as

características essenciais da Politica de Remuneração dos Colaboradores, em

cumprimento dos deveres de informação, quantitativos e qualitativos, consagrados no

normativo aplicável.

Foi dado pleno acesso aos documentos estruturantes das Políticas de Remuneração

para efeitos da elaboração do presente relatório de avaliação.

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152

D. Descrição do Processo de elaboração do Relatório

Para efeitos da elaboração do presente relatório foram consultados e analisados os

seguintes documentos e adoptados os seguintes procedimentos:

As deliberações das Assembleias-Gerais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Noroeste C.R.L, de 25 de Março de 2010, 18 de Dezembro de 2010, 25 de Março de

2011, 29 de Dezembro de 2012,e 21 de Dezembro de 2013, 28 de Março de 2015 e 31

de Março de 2016;

As decisões do Conselho Geral e de Supervisão no que concerne ao pagamento da

remuneração variável aos membros do Conselho de Administração Executivo;

A informação prestada pela Área de Gestão de Recursos Humanos no que concerne

à remuneração dos Colaboradores e ao sistema em vigor de avaliação de desempenho

(SAGE);

O Conselho de Administração Executivo informou qual o critério que teve em

consideração para a decisão da remuneração variável dos colaboradores e para as

promoções, quer as obrigatórias nos termos do ACTV, quer as facultativas, tendo

igualmente comunicado da sua decisão de ainda não ter efectuado na totalidade as

promoções por mérito, previstas no art.º 16 do ACTV.

O Processo adoptado teve por objectivo determinar com toda a exactidão possível

qual o teor das políticas de remuneração vigentes na Caixa Agrícola para, em função de

tal determinação, não só avaliar o grau de cumprimento das mesmas, mas também

verificar se as mesmas se mostram adequadas aos objectivos que prosseguem e

conformes à legislação e regulamentação aplicáveis, nos termos acima referidos, e

despistar eventuais desvios ou insuficiências no processo de execução da Política de

Remuneração, com efeitos na gestão global de riscos da Caixa Agrícola.

Note-se que as remunerações são processadas por via de uma aplicação (CAMRH),

transversal a todo o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo e gerida centralmente

pela Caixa Central, que reúne um conjunto de mecanismos de controlo específicos.

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153

E. Conclusões

Devidamente analisadas as Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização e dos Colaboradores, não foram detectadas quaisquer

desconformidades com o normativo aplicável e, devidamente analisada a implementação

das mesmas Políticas, não foram identificados desvios ou incumprimentos relativamente

a quanto aprovado, conforme melhor explicaremos infra.

As Políticas de Remuneração de Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização e de Colaboradores que vigoraram no período a que se reporta o presente

relatório não são susceptíveis de induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de risco,

considerando-se adequadas à prossecução de objectivos relacionados com a boa gestão

de riscos e de capital.

A estrutura de remunerações não incentiva a assunção excessiva e imprudente de

riscos e é compatível com os interesses a longo prazo da instituição.

Não se identificaram insuficiências ao nível da política, práticas e procedimentos de

remuneração implementados pela Caixa Agrícola.

Não se observaram deficiências estruturais e/ou organizacionais que se possam

traduzir em riscos para a Caixa Agrícola, quer ao nível financeiro, quer no âmbito das

normas, legislação e regulamentação em vigor.

Barcelos, 8 de Março de 2017.

Eduardo Maria França Machado

Álvaro Viana Gomes Barbosa

Luís Manuel Santos Fernandes Ramos

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS ELEITOS PARA O

TRIÉNIO 2016/2018

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL ORGÃOS SOCIAIS – TRIÉNIO 2016/2018

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente JOSÉ MARIA COUTINHO DE ALMEIDA Sócio nº 14200906379 Vale do Lima

Vice-presidente MARCELINO ANTONIO PEREIRA DE ABREU Sócio nº 10400003191 Vale do Cávado

Secretário RUI ALBERTO RODRIGUES DA CRUZ Sócio nº 14200901504 Vale do Minho

CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

Presidente JOSÉ JÚLIO FARIA COSTA Sócio nº 14200000003 Vale do Cávado

Vogal ÁLVARO VIANA GOMES BARBOSA Sócio nº 14200601223 Vale do Lima

Vogal EDUARDO MARIA FRANÇA MACHADO Sócio nº 10400002938 Vale do Cávado

Vogal JOAQUIM ALFREDO AFONSO PINHEIRO Sócio nº 14200401778 Vale do Minho

Vogal LUÍS MANUEL SANTOS FERNANDES RAMOS Sócio nº 14200901923 Vale do Minho

Vogal MIGUEL PEREIRA GOMES Sócio nº 14200906330 Vale do Lima

Suplente JOÃO NUNO FERREIRA NOVAIS Sócio nº 14200911638 Vale do Cávado

Suplente MARIA ERMELINDA MIRANDA RIBEIRO JAQUES Sócio nº 14200912586 Vale do Lima

Suplente MARIA ODETE RORIGUES DIAS Sócio nº 14200913365 Vale do Minho

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Presidente JOSÉ GONÇALVES CORREIA DA SILVA Sócio nº 14200000511

Vogal JÚLIO ORLANDO COSTA SOARES Sócio nº 14200909387

Vogal JOSÉ CARLOS MANUEL LAY ALVES Sócio nº 14200301542

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL

CONSELHO CONSULTIVO – Triénio 2016/2018

CONSELHO CONSULTIVO

Presidente Avelino Meira do Poço Viana do Castelo

Vice-Presidente Elísio Fernando Moreira Brandão Viana do Castelo

Vogal Adega Cooperativa Regional de Monção Monção

Vogal Alberto Gerpe Saraiva de Meneses Arcos de Valdevez

Vogal Alcides José Pires Viana do Castelo

Vogal Alfredo Ferreira da Silva Barcelos

Vogal Américo Gonçalves da Cunha Barcelos

Vogal António Júlio Mota Miranda Ponte de Lima

Vogal APPACDM – Associação Portuguesa Pais Amigos do Cidadão Deficiente Mental Viana do Castelo

Vogal Bernardo Antero Pereira Silva Barbosa Viana do Castelo

Vogal Carla Cristina Barbosa Pereira Paredes de Coura

Vogal CAVCC - Cooperativa Agrícola de Viana do Castelo e Caminha Viana do Castelo

Vogal Cesário Ferreira Gomes Arcos de Valdevez

Vogal Daniel Fernandes Domingues Monção

Vogal Francisco Manuel Bastos Durães Ferreira Valença

Vogal João José Lopes Gonçalves Ponte de Lima

Vogal Joaquim Martins Mariz Barcelos

Vogal José Adolfo Coelho Costa Azevedo Ponte de Lima

Vogal José Amândio Brito Lago Arcos de Valdevez

Vogal José Gomes Santos Novais Barcelos

Vogal Luis Ramos Casanova Barcelos

Vogal Manuel Araujo da Costa Barcelos

Vogal Manuel Augusto Miranda Senra Barcelos

Vogal Manuel Joaquim Domingues Melgaço

Vogal Maria Alberta Mimoso Martins Ponte de Lima

Vogal Mário Torres Santos Viana do Castelo

Vogal Sebastião Camilo Oliveira Ramos Vila Nova de Cerveira

Vogal Sebastião da Rocha Barbosa Ponte da Barca

Vogal Silvério José Alves Carvalho Vila Nova de Cerveira

Vogal Vítor António Gonçalves Barrocas Caminha

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157

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Efectivo:

CARLOS TEIXEIRA, NOÉ GOMES & ASSOCIADO, SROC, LDA., inscrita na OROC sob o nº 28, com sede na Rua da Torrinha, nº 228 H, 6º Sala 1, 4050 – 610 Porto, pessoa colectiva nº 501 381 171, representada por Carlos Manuel Duarte Teixeira, Revisor Oficial de Contas nº 541.

Suplente:

PAULA SARAIVA & MANUEL PEREIRA, SROC., inscrita na OROC sob o n.º 79, com sede na Rua da Torrinha, nº 228 H, 6º, Sala 4, 4050 – 610 Porto, pessoa colectiva nº 502 427 850, representada por Ana Paula Monteiro Barbeitos Saraiva e Silva, Revisor Oficial de Contas nº 678.

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

COLABORADORES

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AGÊNCIAS

Serviços Administrativos (Viana do Castelo)

Ana Maria Loureiro Martins

António Manuel Alves da Silva

Carla Susana Barbeitos de Sousa

Carlos Alberto Lourenço Fernandes

Carlos Manuel de Sousa Rocha

Catarina Alexandra Pinto Correia Pires

Cidália Barbosa Costa

Cláudia Filipa Moreira Rocha (*)

Cláudia Raquel Costa Rego (*)

Cláudia Oliveira de Sá

Cristina Maria Creio Costa Caldas Viana

Daniela Patrícia da Costa Silva Gonçalves de Moura

Fernando Gonçalves Lopes

Gabriela Maria Barbosa Lajinha Viana

Helena Isabel Pereira de Melo

João Alexandre da Costa Oliveira (**)

José Fernandes do Souto

Judite da Conceição da Cruz Labandeiro

Maria da Conceição Lopes Jácome de Carvalho

Marlene Eliana Ilha Arriscado (**)

Mónica Marques dos Santos Carteado

Natália Maria Pereira da Silva (*)

Nicole Catarina Ferreira Machado (*)

Nuno Virgílio Gonçalves da Rocha

Paula Cristina Alves Pereira de Sá

Pedro António Fernandes Inglês (**)

Raul Dias da Silva

Rui Fernando Teixeira da Silva Sousa

Sónia Edith Vieitas de Barros Soares

Sónia Isabel Correia Ferreira

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Arcos de Valdevez

Joaquim Manuel Loureiro Rodrigues

Jorge Alberto Ferraz Cacheira Alves

José Torcato Peixoto Fernandes

Caminha

Alberto Dionísio Martins Conde

Iolanda Susana Freitas de Barros Coelho

Nuno Miguel Silva Gomes

Melgaço

José Augusto Domingues

Cristina Carina Domingues

Marco Paulo Carvalho de Sousa (*)

Sandrina Dias Mota (*)

Susana de Sousa Ferreira

Monção

António Adão Teixeira da Silva

João Paulo Lourenço Gomes

Laura Maria Rodrigues da Silva Soares

Paredes de Coura

Fernando Jorge Moreira Lima Viana

Maria Elisabete Barbosa da Costa

Sónia da Rocha Monteiro

Ponte da Barca

Paulo Jorge Pereira Araújo

Joaquim Manuel Varela de Sousa

José Manuel Martins de Sousa

Ponte de Lima

Américo José Fernandes

Gentil José Amorim Gonçalves

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João José Lopes Gonçalves

José Carlos Oliveira Martins

Valença

Jorge de Moura Rodrigues

Cátia Filipa Torres Gomes Correia

Cláudio Ferreira da Silva Nicolau

Vila Nova de Cerveira

Guilherme da Silva Rodrigues

José Carlos Segadães Barroso

Rui Manuel Ribeiro da Purificação

São Julião de Freixo

Joaquim Fernando Casa Nova Fonte

José Pedro Fraga de Moura

Maria da Costa Pereira (***)

São Martinho

Luís Manuel Luciano Vieira Caçador

Barroselas

António Adelino de Sousa Sampaio de Morais

Dinis Manuel da Silva Rodrigues

Castelo do Neiva

João Pedro Soares Balinha

Anabela Maria Abreu Ramos Seixas

Ângela Sofia da Costa Silva Gonçalves de Moura

Abelheira

Bruno Ricardo da Costa Magalhães

Catarina Mafalda Peixoto Rodrigues Cambão

Cristina Isabel Góis Sala

Paulo Alexandre Simões Pereira da Silva

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Sandra Isabel de Melo Sárria Marques da Silva Teixeira

Tânia Denise Pinto da Costa (*)

Darque

Ana Paula Gonçalves Barreiro Miguel

Maria Manuel Gomes de Oliveira

Vila Praia de Âncora

Victor Manuel Dantas Martins

Fabrício Cardoso Franco (*)

Laurence Karine Perez Lages Ramalhosa

Barcelos (Serviços Administrativos)

Carlos Alberto Carvalho Brito

Carlos Filipe Carvalho Abreu

Mónica Alexandra Pereira Correia

Barcelos

Sónia Alexandra Pereira da Costa e Silva

Joel Fernando Abreu Areia (*)

José Augusto Caravana Martins

Luísa Micaela Novais Gomes de Sousa

Maria Madalena da Silva Figueiredo Matos

Micael da Costa Carvalho (*)

Macieira de Rates

Paulo César de Araújo Vasconcelos

Alberto Magno Miranda Campinho

Carla Elisa Gomes Barbosa

Vila Seca

Daniel Ramos Araújo Loureiro

Alberto José da Silva Castro Forte

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163

Carapeços

Cristiano David da Silva Correia

Ricardo Manuel Garrido Azevedo

Silveiros

Rui Manuel Gomes Garrido

Marco Paulo Oliveira de Carvalho

Maria Olívia Neves Vale Rosendo

Arcozelo

Rui Manuel Coelho Esteves

Zélia Cristina Pereira Dias

Programa de Optimização de RH

João Mário da Cunha Pinto (Ponte de Lima)

Laurinda Conceição Cunha Fernandes Rodrigues (Viana do Castelo)

Maria Carmélia Fernandes Silva (Vila Sêca)

Paula Alexandra Delgado Amaro Amorim (Viana do Castelo)

Paulo Jorge Godinho Guimarães da Silva (Serviços Administrativos)

Paulo Sérgio Carvalho Marques Santos (São Julião de Freixo)

Rui Alberto Rodrigues da Cruz (Vila Nova de Cerveira)

(*) Contrato a Termo

(**) Estágio Profissional

(***) Auxiliar de Limpeza

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● RELATÓRIO E CONTAS DE 2016

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Opinião Auditámos as demonstrações financeiras anexas de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L., que compreendem o balanço em 31 de dezembro de 2016 (que evidencia um total de 547.446.178 euros e um total de capital próprio de 42.507.673 euros, incluindo um resultado líquido de 2.929.643 euros), a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio e a demonstração dos fluxos de caixa relativas ao ano findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações financeiras que incluem um resumo das políticas contabilísticas significativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L. em 31 de dezembro de 2016 e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa relativos ao ano findo naquela data de acordo com as normas de contabilidade ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.

Bases para a opinião A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas responsabilidades nos termos dessas normas estão descritas na secção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras” abaixo. Somos independentes da Entidade nos termos da lei e cumprimos os demais requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Estamos convictos de que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião.

Matérias relevantes de auditoria As matérias relevantes de auditoria são as que, no nosso julgamento profissional, tiveram maior importância na auditoria das demonstrações financeiras do ano corrente. Essas matérias foram consideradas no contexto da auditoria das demonstrações financeiras como um todo, e na formação da opinião, e não emitimos uma opinião separada sobre essas matérias.

Consideramos de relevância para a auditoria a análise da carteira de crédito concedido, da sua recuperabilidade, do controlo sobre as garantias associadas e a apreciação dos

procedimentos para a valorização das eventuais imparidades existentes na mesma.

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Responsabilidades do órgão de gestão e do órgão de fiscalização pelas demonstrações

financeiras O Conselho de Administração é responsável pela:

- preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da Entidade de acordo com as normas de contabilidade ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal;

- elaboração do relatório de gestão nos termos legais e regulamentares aplicáveis incluindo o relatório sobre estrutura e practicas de governo da Caixa;

- criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude ou erro;

- adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; e

- avaliação da capacidade da Entidade de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.

O Conselho Geral de Supervisão, como órgão de fiscalização, é responsável pela supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira da Entidade.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras A nossa responsabilidade consiste em obter segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro, e emitir um relatório onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurança mas não é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA detetará sempre uma distorção material quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores tomadas com base nessas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemos ceticismo profissional durante a auditoria e também:

- identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras, devido a fraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião. O risco de não detetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco de não detetar uma distorção material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;

- obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da Entidade;

- avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das

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estimativas contabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;

- concluímos sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto da continuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade às suas atividades. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no nosso relatório para as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras ou, caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião. As nossas conclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório. Porém, acontecimentos ou condições futuras podem levar a que a Entidade descontinue as suas atividades;

- avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras, incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transações e acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada;

- comunicamos com os encarregados da governação, incluindo o órgão de fiscalização, entre outros assuntos, o âmbito e o calendário planeado da auditoria, e as conclusões significativas da auditoria incluindo qualquer deficiência significativa de controlo interno identificado durante a auditoria;

- das matérias que comunicamos aos encarregados da governação, incluindo o órgão de fiscalização, determinamos as que foram as mais importantes na auditoria das demonstrações financeiras do ano corrente e que são as matérias relevantes de auditoria. Descrevemos essas matérias no nosso relatório, exceto quando a lei ou regulamento proibir a sua divulgação pública;

- declaramos ao órgão de fiscalização que cumprimos os requisitos éticos relevantes relativos à independência e comunicamos todos os relacionamentos e outras matérias que possam ser percecionadas como ameaças à nossa independência e, quando aplicável, as respetivas salvaguardas.

A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS E REGULAMENTARES

Sobre o relatório de gestão Dando cumprimento ao artigo 451.º, n.º 3, al. e) do Código das Sociedades Comerciais, somos de parecer que o relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre a Entidade, não identificámos incorreções materiais.

Sobre os elementos adicionais previstos no artigo 10.º do Regulamento (UE) n.º 537/2014 Dando cumprimento ao artigo 10.º do Regulamento (UE) n.º 537/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, e para além das matérias relevantes de auditoria acima indicadas, relatamos ainda o seguinte:

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- Fomos eleitos auditores da Entidade pela primeira vez na assembleia geral de acionistas realizada em 25 de Março de 2010 para um mandato compreendido entre 2010 e 2012, que foi renovado para 2013 e 2015 e, na assembleia geral de acionistas realizada em 26 de dezembro de 2015, para o mandato de 2016 a 2018.

- O órgão de gestão confirmou-nos que não tem conhecimento da ocorrência de qualquer fraude ou suspeita de fraude com efeito material nas demonstrações financeiras. No planeamento e execução da nossa auditoria de acordo com as ISA mantivemos o ceticismo profissional e concebemos procedimentos de auditoria para responder à possibilidade de distorção material das demonstrações financeiras devido a fraude. Em resultado do nosso trabalho não identificámos qualquer distorção material nas demonstrações financeiras devido a fraude.

- Confirmamos que a opinião de auditoria que emitimos é consistente com o relatório adicional que preparámos e entregámos ao órgão de fiscalização da Entidade em 8 de Março de 2017.

- Declaramos que não prestámos quaisquer serviços proibidos nos termos do artigo 77.º, número 8, do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e que mantivemos a nossa independência face à Entidade durante a realização da auditoria.

- Informamos que, para além da auditoria, não prestámos à Entidade quaisquer outros serviços.

Porto, 8 de Março de 2017

Carlos Manuel Duarte Teixeira (ROC nº 541) em representação de

CARLOS TEIXEIRA, NOÉ GOMES & ASSOCIADO, SROC, LDA. (N.º 28) (inscrita na CMVM sob o n.º 20161383)