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Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CÓRREGO DO MEIO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE GOIÁS

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Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CÓRREGO DO MEIO

MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE GOIÁS

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

O diagnóstico foi realizado do dia 16 de junho de 2010 e foi planejado no intuito de conhecer, através de uma visão geral, as condições ambientais do Córrego do Meio.

Equipe: Ministério Público: Perita Ambiental Adriane Chagas Oficial de Promotoria Sr. Vicente Flávio

Secretario de Promotoria Sr. Demmer Rodrigues Articuladores Sociais: Nazaret Candida e

Antonino de Paula.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Estratégia Adotada - grau de degradação do córrego

●Conhecer algumas nascentes do Córrego do Meio●Área Urbana onde passa o Córrego do Meio●Área bem preservada do Córrego do Meio●Foz do Córrego do Meio

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. Dirson Vieira– extração de argila

Extração de argila em APP sem a utilização de técnicas adequadas. Área de aproximadamente 4 ha.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. Dirson Vieira – APP degradada

APP degradada e sem vegetação nativa. Barragem artificial sem APP de 15 metros, conforme Resolução CONAMA 302/2002.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Pesque-pague Sr. José Chaad

Pesque-pague inserido em APP. Verificar licenciamento ambiental para atividade.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Pesque-pague Sr. José Chaad

Córrego do Meio sem mata ciliar exigida por lei. Plantio de mudas nativas na área. Acesso do gado ao curso d'água.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sra. Maria Rosa Martins

Atividade econômica desenvolvida com sustentabilidade ambiental.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira Área Semi-urbana – Sr. Robson Gomes e Sra Aparecida Machado

Córrego do Meio sem APP e com o uso de pastagem até ás margens.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Prop. Sr. Lourival Vaz e Sr. Paulo Vaz

Margens do córrego do Meio assoreadas e sem mata ciliar. Pastagem até às margens do curso d'água.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Aras RodoarteEquinos em APP (nascente)

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Prop. Sr. Mauro Manata

Isolamento de área de nascente (60 metros) e plantio de mudas nativas do cerrado.

Aumento da quantidade de água após os trabalhos de conservação de solo e isolamento do gado.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. Leonardo Manata

Início de isolamento de área de nascente Barragem artificial sem mata ciliar e acesso a gado

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. José Diniz Maricatu

Barragem artificial sem APP e promovendo o acesso do gado.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. José Diniz Maricatu

Córrego do Meio sem mata ciliar e com processos erosivos intensos (assoreamento).

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Propriedade Sr. José Diniz Maricatu

Foz do córrego do Meio desembocando no rio Meia Ponte.

Rio Meia Ponte com vegetação (mata ciliar) restrita, largura inadequada (50 metros Código Florestal).

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

Foi verificado em todas as propriedades vistoriadas que, embora algumas existem a faixa de vegetação marginal ao longo do córrego do Meio esta não possui, na maioria dos pontos avaliados os trinta (30) metros obrigatórios para aquele corpo hídrico. De 30 metros para os cursos d'água menos de 10 metros de largura (Código Florestal).Por isso, que é imprescindível que ações de recuperação ambiental sejam planejadas a curto, médio e longo prazo, de forma a promover uma melhor condição ambiental ao córrego do Meio, ao rio Meia Ponte e aos habitantes do município de Santo Antônio de Goiás. O rio Meia Ponte deve possuir uma APP de 50 metros (Código Florestal – Lei 4771/65) . De 50 metros para os cursos d'água de 10 a 50 metros de largura.

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

RECOMENDAÇÕES:1.Os proprietários que desenvolvem atividades potencialmente

degradadoras ao meio ambiente devem cessar suas atividades até que se obtenha a licença ambiental e cumpra com as exigências técnicas pertinentes da mesma.

2.Elaborar um PRAD (Plano de Área Degradada) que proporcione a recuperação da bacia do Córrego do Meio.

3.Promover atividades educativas junto à comunidade afim de despertar interesse pela preservação do Córrego do Meio.

4.Solicitar a fiscalização da Semarh no córrego do Meio para que a mesma faça

cumprir o exigido pela legislação ambiental.

LEMBRANÇAS, SAUDADES...Meu coração parou nas encruzilhadas do tempo na incerteza de não saber aonde ir.Este coração cheio de esperança nunca se cansa de caminhar. Ora ama, ora aquece, ora revolta. Mas dá volta por cima, volta ao seu lugar e continua a caminhadaNeste coração certeiro trago guardada lembranças dos velhos tempos.O bule companheiro da chaleira, servia às visitas. Hoje, serve de enfeite para as visitas que chegam. No tempo ficaram esquecidos como a panela de ferro, o fogão caipira...A viola pendurada na parede é lembrança presente de um passado que não volta. O tempo modernizou tudo. Só não modernizou o meu coração. Ele continua preso nas alavancas do passado, como aquela cunha prensada pela vigota da casa de pau-a-pique.

Às margens do córrego onde brincávamos de Tarzan, pendurados naqueles cipós, hoje limpas estão, as quais sujam a consciência do homem. O tempo leva tudo! Só não leva a lembrança e a saudade.O córrego, ah! Córrego que afligia os corações das mães. O sumidouro e o redemoinho que engolia tudo, hoje assoreado,mal encobre meus pés.

A viola pendurada na parede, é lembrança presente de um passado que não volta. A foice substituída pelas máquinas. Enquanto a enxada ainda é de muita utilidade. A carpideira, a matraca nem se fala. De tão velhas penduraram-se no tempo.

A porteira quando batia no moerão que a segurava, anunciava a chegada de alguém.As munhecas do ralo e do moinho, viravam peças de brinquedo nas mãos da molecada. Todos queriam rodá-las.O ferro de brasa muito servia. Mas às vezes atrapalhava, quando suas cinzas viravam plumas e caíam nas roupas brancas.As coisas singelas, tempos difíceis, foram substituídas pela tecnologia que muito ajudou. Mas com ela tudo vai se acabando.O avanço tecnológico não será uma estaca fincada no peito das futuras gerações que só conhecerão a fragrância das flores através dos vidros embalados pela tecnologia?Às vezes volto a falar coisas que as outras pessoas não falam.Falar da simplicidade, da coragem, da virtude... Da sabedoria que os idosos carregam nos olhares sofridos, adquirida nas cadeiras do tempo.Oh! Velhos tempos... De ar limpo, natureza pura! Queria mergulhar em tuas águas. Sentir teu orvalho, o cheiro fresco de tuas matas virgens... Fazer de mim verdadeira poetisa sonhadora, e em meio à tecnologia, alimentar saudades das lembranças que me rodeiam.

Santo Antonio de GoiásNazareth Cândida de Freitas

Projeto Ser Natureza – Comarca de Goianira

O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente

(Ghandi)