plano de recuperação de Áreas degradadas - prad, córrego santo antônio, aparecida de goiânia,...

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O projeto teve o intuito de subsidiar as informações necessárias para recomposição floristica de um trecho da Área de Preservação Permanente do Córrego Santo Antônio.

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  • PLANO DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS

    A&C MATERIAL CONTRUO LTDA REA DE PRESERVAO PERMANENTE DO CRREGO SANTO ANTNIO,

    APARECIDA DE GOINIA - GO

    GOINIA, ABRIL DE 2012

  • PLANO DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS

    TRILHA - TECNOLOGIAS AMBIENTAIS LTDA

    Telefax: (62) 3092-6383 / E-mail: [email protected]

    Rua C-72, Qd. 157, Lt. 02, Casa 01, Setor Sudoeste

    Goinia GO

    Responsveis tcnicos:

    Ademar Brito da Mota

    Bilogo CRBio: 80044/04 D

    Marco Y. M. Minami

    CREA: 15.361/D-GO

    GOINIA, ABRIL DE 2012

  • SUMRIO

    1 APRESENTAO ............................................................................................................. 4 2 INTRODUO .................................................................................................................. 7 3 FUNDAMENTAO METODOLGICA ...................................................................... 8

    4 FUNDAMENTAO LEGAL .......................................................................................... 9 5 INFORMAES CADASTRAIS ................................................................................... 10

    5.1 Identificao do Contratante ..................................................................................... 10 5.2 Identificao da rea fonte do estudo ...................................................................... 10 5.3 Empresa Consultora Responsvel ............................................................................ 10

    5.4 rgo Ambiental Avaliador ..................................................................................... 10 6 CARACTERIZAO DA REA ................................................................................... 11

    6.1 Diagnstico Ambiental do Meio Fsico .................................................................... 13

    6.1.1 Clima ........................................................................................................................ 13 6.1.2 Temperatura .............................................................................................................. 14 6.1.3 Umidade Relativa do Ar ........................................................................................... 15 6.1.4 Precipitao .............................................................................................................. 16 6.1.5 Geologia ................................................................................................................... 17

    6.1.6 Geomorfologia .......................................................................................................... 17 6.1.7 Pedologia .................................................................................................................. 18 6.1.8 Hidrografia................................................................................................................ 19

    6.2 Diagnstico Ambiental do Meio Bitico .................................................................. 19 6.2.1 Flora .......................................................................................................................... 22 6.2.2 Fauna ........................................................................................................................ 23

    7 CARACTERIZAO DA REA E IDENTIFICAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ......................................................................................................................... 24

    8 RECOMPOSIO FLORISTICA ................................................................................... 25 8.1 Adubao .................................................................................................................. 29

    8.2 Combate a formigas e cupins ................................................................................... 30 8.3 Manuteno .............................................................................................................. 30

    8.4 Replantio ................................................................................................................... 30 8.5 Coroamento .............................................................................................................. 30 8.6 Roagem ................................................................................................................... 31 8.7 Cronograma das atividades de implantao e manuteno ...................................... 31

    9 CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................... 32 10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................. 33 11 ANEXO ............................................................................................................................ 36

  • 4

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    1 APRESENTAO

    O presente estudo ambiental foi elaborado com o objetivo de propor um conjunto

    de aes a serem desenvolvidas, a partir do diagnstico atual de um trecho da rea de

    Preservao Permanente do Crrego Santo Antnio no municpio de Aparecida de Goinia,

    Gois.

    Atendo-se s exigncias das autoridades municipais, o empreendedor contratou a

    equipe tcnica da TRILHA - TECNOLOGIAS AMBIENTAIS, para proceder quanto ao

    desenvolvimento do Plano de Recuperao de reas Degradadas com o intuito de recuperar

    as caractersticas naturais da rea em questo.

    O projeto apresenta um diagnstico ambiental da rea, criando a base necessria

    para a realizao de um plano de recuperao de rea degradada, com o intuito de mitigar os

    danos ambientais existentes a partir da recomposio florstica da rea.

    Com base no Plano Diretor de Aparecida de Goinia, institudo pela Lei

    Complementar N 004 de 30 de Janeiro de 2002, temos:

    Art. 1 O Planejamento Municipal Sustentvel visa o pleno

    desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade e tem

    por fim garantir e estabelecer normas de ordem pblica e interesse

    social que regulem o uso da propriedade urbana e rural em prol do

    bem coletivo, de forma a diminuir as desigualdades de acesso aos

    bens pblicos e privados, protegendo o Meio Ambiente,

    principalmente os ativos hdricos, ordenando o uso e a ocupao do

    territrio e integrando a populao no processo de planejamento de

    forma a garantir o desenvolvimento sustentvel.

    1 Para efeito desta Lei, considera-se desenvolvimento sustentvel

    aquele que direciona a interao entre o ambiente natural e o

    ambiente antropizado, de forma a torn-los solidrios para a garantia

    da qualidade de vida dos cidados, sem prejuzo da disponibilidade

    dos recursos naturais, em condies de uso para as geraes futuras,

    preservando a biodiversidade.

    2 O Plano Diretor o instrumento bsico, essencial e prioritrio

    do processo de Planejamento Municipal Sustentvel, para direcionar

    a atuao dos agentes pblicos e privados na gesto territorial do

    municpio.

  • 5

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Neste contexto, o Cdigo de Zoneamento Urbano de Aparecida de Goinia,

    institudo pela Lei 005 de Janeiro de 2002, estabelece que:

    Pargrafo nico. Consideram-se como rea de Preservao

    Permanente: I-As Faixas bilaterais contguas aos cursos dgua

    permanentes e temporrios, com largura mnima de 50 (cinqenta)

    metros, a partir das margens ou cota de inundao para todos os

    crregos; de 100 (cem) m para o Rio Meia Ponte e os Ribeires das

    Lajes e Dourados, desde que tais dimenses propiciem a preservao

    de suas plancies de inundao ou vrzeas;

    Sendo assim, o Cdigo Florestal Brasileiro, institudo pela Lei N 4.771 de 15 de

    Setembro de 1965, esclarece que:

    Art. 2. Consideram-se de preservao permanente, pelo s efeito

    desta Lei, as florestas e demais formas de vegetao natural situadas:

    a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua desde o seu nvel

    mais alto em faixa marginal cuja largura mnima seja:

    1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'gua de menos de 10 (dez)

    metros de largura;

    No que diz respeito Poltica Florestal do Estado de Gois, instituda pela Lei N

    12.596 de 14 de Maro de 1995:

    Art. 20 - A vegetao nativa e formaes sucessoras de domnio

    privado no sujeitas ao regime de utilizao limitada e ressalvadas as

    de preservao permanente, so suscetveis de explorao,

    observadas as restries estabelecidas nas alneas "a" e "b" do artigo

    16 do Cdigo Florestal, Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965,

    assim como a averbao do Registro de Imveis competente, prevista

    no 2 do mesmo artigo.

    Neste contexto, a recomposio da rea de Preservao Permanente do Crrego

    Santo Antnio, est em consentimento com as Legislaes Federais, Estaduais e Municipais.

    Ainda assim, de acordo com o PARECER JURDICO n 004/2012 da Secretaria Municipal

    do Meio Ambiente, Coordenao de Fiscalizao Ambiental, o aumento da rea de

    Preservao Permanente de 30 (trinta) para 50 (cinquenta) metros impossvel, pois:

    Neste sentido, qualquer tentativa de mudana desse ato torna-se

    impossvel, pois, seria uma violao da coisa ento consolidada e

  • 6

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    uma agresso clusula ptrea da Constituio Federal, mesmo

    porque o empreendimento j se encontra com suas estruturas

    levantadas, ou seja, construdo, o que acarretaria em um onerao

    muito grande ao empreendedor caso o mesmo modifique

    consideravelmente o local, colocando em risco o direito de

    propriedade que o requerente detm.

    Resumidamente o PARECER JURDICO n 004/2012 dispe que a rea de

    Preservao Permanente alvo deste estudo deve ter 30 (trinta) metros assim como licenciado

    anteriormente pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado de Gois,

    sendo assim os clculos e informaes levantados neste PRAD esto relacionados

    recomposio florstica de 30 metros da APP do Crrego Santo Antnio.

  • 7

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    2 INTRODUO

    O presente Plano de Recuperao de reas Degrada, refere-se s reas de

    preservao permanente da empresa A&C Material de Construo LTDA que est

    parcialmente degrada localizada margem direita do Crrego Santo Antnio, no municpio de

    Aparecida de Goinia, Estado de Gois.

    A caracterizao do projeto, a descrio das atividades e o diagnstico ambiental

    presente neste PRAD, tm as especificaes necessrias recuperao de parte das atividades

    naturais da rea.

    O objeto em estudo torna-se instrumento importante na mitigao de impactos

    negativos existentes sobre a rea, uma vez que prope os critrios a serem adotados na

    execuo das aes de recomposio da rea de Preservao Permanente da Propriedade.

    O presente documento tcnico foi elaborado conforme diretrizes da SEMARH,

    sendo o rgo que solicitou incialmente o PRAD e estabelece orientaes tcnicas para a

    implantao e execuo pelo Proprietrio. O objetivo deste projeto consiste em estabelecer as

    aes visando restaurar as caractersticas originais da vegetao da APP. Constam neste

    projeto a caracterizao do local, as especificaes tcnicas para execuo do mtodo citado,

    operacionalizao e de execuo de atividades.

  • 8

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    3 FUNDAMENTAO METODOLGICA

    A estrutura metodolgica correspondente foi traada com o intuito de contemplar

    todos os aspectos necessrios para o desenvolvimento do PRAD. O fluxograma a seguir

    expressa os critrios metodolgicos utilizados.

    FUNDAMENTAO

    METODOLOGICA

    FUNDAMENTAO LEGAL

    INFORMAES CADASTRAIS

    STATUS ATUAL

    HIDROGRAFIA

    LOCALIZAO

    DIAGNSTICO AMBIENTAL

    DESCRIO DO EMPREENDIMENTO

    DIAGNSTICO SITUACIONAL DA REA

    CARACTERIZAO DA REA

    IDENTIFICAO E CARACTERIZAO DOS

    ASPECTOS AMBIENTAIS

    IDENTIFICAO E CARACTERIZAO

    DOS ASPECTOS AMBIENTAIS

    GERENCIAMENTO DOS ASPECTOS

    AMBIENTAIS

    MEDIDAS MITIGADORAS PARA OS

    POSSVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS

    DIAGNSTICO AMBIENTAL

    SNTESE CONCLUSIVA

  • 9

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    4 FUNDAMENTAO LEGAL

    As bases legais referentes recuperao abrangem os nveis Municipal, Estadual e

    Federal por meio de Leis, Decretos e Resolues que estabelecem critrios e exigncias para a

    devida implementao do projeto. O fluxograma a seguir exprime a base legal associada ao

    PRAD.

    LEGISLAO

    MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

    Constituio Federal

    LEI N 4.771/65

    Institui o Cdigo

    Florestal

    LEI N 6.938/81

    Poltica Nacional do

    Meio Ambiente

    LEI N 9.985/00

    Sistema Nacional de

    Unidades de Conservao

    (SNUC)

    Constituio Estadual

    LEI N 12.596/95

    Politica Florestal do

    Estado de Gois

    LEI N 14.245/02

    Defesa Florestal do Estado

    de Gois

    Constituio Municipal

    LEI COMPLEMENTAR

    N 2.245/2002

    Diretrizes estratgicas do

    Plano diretor

    LEI COMPLEMENTAR

    N 2.247/2002

    Criao do COMDAS

    LEI COMPLEMENTAR

    N 004/2002

    Institui o Plano Diretor

    LEI N 14.247/02

    Sistema Estadual de

    Unidades de Conservao

    LEI N 14.386/03

    reas de Proteo

    Ambiental

    RESOLUO CONAMA

    303/02

    Parmetros, definies e

    limites da APP.

    LEI COMPLEMENTAR

    N 005/2002

    Dispes sobe

    Zoneamento Urbano de

    Aparecida de Goinia

  • 10

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    5 INFORMAES CADASTRAIS

    5.1 Identificao do Contratante

    RAZO SOCIAL A&C Material de Construo LTDA

    CNPJ 05.583.020/0001-56

    ENDEREO Rua Alameda Dona Rosalina Melo Veiga, S/N, Qd. 118, Lts.

    25/26, Bairro Parque Veiga Jardim, Aparecida de Goinia - GO

    FONE (62) 3518-2908

    5.2 Identificao da rea fonte do estudo

    CURSO HDRICO rea de Preservao Permanente do Crrego Santo Antnio

    LOCAL Margem direita do Crrego, dentro da propriedade A&C.

    REA 1.715,57 m

    5.3 Empresa Consultora Responsvel

    RAZO SOCIAL Trilha Tecnologias Ambientais Ltda

    CNPJ 12.083.884/0001-74

    RESP. TCNICO Marco Y. M. Minami CREA: 15.361/D-GO

    RESP. TCNICO Bilogo Ademar Brito da Mota CRBio 80044/04 - D

    ENDEREO Rua C-72, Qd. 157, Lt. 02, Casa 01, Setor Sudoeste, Goinia GO

    TELE-FAX (62) 3092 6383

    EMAIL [email protected]

    5.4 rgo Ambiental Avaliador

    RGO LICENCIADOR Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida de Goinia - SEMMA

    ENDEREO Rua Antnio Batista Sandoval APM 04, Centro, Aparecida de

    Goinia - GO

    FONE (62) 3545-5934

  • 11

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    6 CARACTERIZAO DA REA

    De acordo com CMF (2006) Aparecida de Goinia, importante municpio da

    Regio Metropolitana de Goinia, um dos maiores plos da indstria de transformao do

    Estado de Gois e o principal produtor e fornecedor de britas e areia industrial para utilizao

    na construo civil. Este fato, somado a um expressivo contingente populacional, tem levado

    a uma ocupao desordenada em grande parte do seu territrio e, consequentemente,

    provocado uma forte presso sobre seus recursos naturais e meio ambiente, comprometendo a

    qualidade de vida de sua populao

    Figura 1-Mapa dos limites territoriais do municpio de Aparecida de Goinia. Fonte: Caracterizao do meio fsico, dos recursos minerais e hdricos do municpio de aparecida de Goinia

    (2006).

  • 12

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Assim Aparecida de Goinia assume a segunda colocao econmica do

    Aglomerado Urbano de Goinia, composto por 08 municpios, dos quais fazem limites

    territoriais com a capital, os municpios de Goianira, Nerpolis e Goianpolis, ao norte;

    Abadia de Gois e Aparecida de Goinia, ao sul; Senador Canedo a leste; e Trindade a oeste

    (IBGE, 1999, IPLAN, 1992).

    De acordo CMF (2006) a cidade de Aparecida de Goinia sofreu um crescimento

    econmico associado instalao de inmeras indstrias atradas por incentivos fiscais. Este

    forte crescimento populacional associado ao desenvolvimento econmico e falta de uma

    poltica de planejamento territorial urbano ocasionou o surgimento de diversos problemas

    sociais e de uso e ocupao do solo, caractersticos de grandes centros urbanos.

    O municpio apresenta uma economia baseada nos setores de servios

    (principalmente comrcio) e indstrias, com destaque para os gneros alimentcios e extrao

    mineral (insumos bsicos para a construo civil), enquanto o setor agropecurio incipiente

    (CMF, 2006).

    A inexistncia de uma poltica de controle da expanso urbana territorial facilitou

    a proliferao de diversos loteamentos regulares e irregulares, sem a infraestrutura necessria

    para o bem-estar da populao, tais como: vias pblicas sem manuteno, ausncia de

    saneamento bsico (gua encanada e esgoto) e rede pluvial, transporte pblico ineficiente,

    iluminao pblica precria, deficincia de equipamentos pblicos (escolas, postos de sade,

    praas, quadras esportivas, etc.), entre outros (CMF, 2006).

    Neste contexto e com o intuito de identificar os principais aspectos ambientais

    APP do Crrego Santo Antnio, na Regio Noroeste de Aparecida de Goinia, tendo com

    objetivo o diagnstico geral do meio Fsico e Bitico da APP existente na propriedade.

    A rea localiza-se na Avenida Escultor Veiga Valle, esquina com a Rua Rosalinda

    Mello Veiga, Qd. 118, Lts. 25/26, Setor Veiga Jardim, dentro da propriedade da empresa

    A&C Material de Construo.

  • 13

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    6.1 Diagnstico Ambiental do Meio Fsico

    6.1.1 Clima

    Conforme GOINIA (2002), o clima da regio metropolitana de Goinia, o que

    inclui Aparecida de Goinia, rea alvo deste estudo, segundo a classificao de Keppen, do

    tipo Aw, tropical mido, caracterizado por duas estaes bem definidas: um inverno seco e

    um vero com chuvas torrenciais.

    De acordo com GOINIA (2002) a regio onde est inserido o municpio est sob

    o domnio de um anticlone tropical, no qual a direo centrfuga dos ventos assegura certa

    estabilidade climtica. No entanto comum ocorrerem linhas de instabilidade tropicais que

    geram ao longo do ano alteraes no regime pluviomtrico e nas variaes trmicas.

    O perodo de temperaturas mais elevadas nos meses de setembro, outubro,

    novembro e dezembro quando as temperaturas oscilam entre 29C e 31C, muitas vezes

    chegando a mais de 35 C. Nos meses de junho e julho ocorrem as temperaturas mais baixas,

    com as mdias das mnimas oscilando entre 13 C e 18 C. (GOINIA, 2002)

    Os perodos midos, compreendidos entre fins de setembro e meados de abril, o

    de maiores ndices pluviomtricos ocorrendo nos meses de dezembro a maro, uma

    precipitao mdia acima de 250 mm, o perodo seco vai de abril a setembro poca em que a

    precipitao mdia dos meses menos chuvosos (junho a agosto) fica abaixo de 10 mm.

    (GOINIA, 2002).

    A umidade relativa do ar apresenta uma variao sazonal significativa, chegando a

    valores extremamente baixos no perodo seco, contribuindo para uma grande amplitude

    trmica diria com diferenas de temperaturas que podem chegar a 10 C durante o dia e a

    noite. No perodo das chuvas os ndices de umidade se elevam chegando a ndices superiores

    a 60%. (GOINIA, 2002)

  • 14

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Figura 2-Esquema do mecanismo de circulao celular na Amrica do Sul nos meses de

    janeiro e julho.

    Fonte: Adaptado de Barros, 2003.

    6.1.2 Temperatura

    O elemento temperatura do ar apresentou leve aumento em seus valores referentes

    ao ano de 2008 em relao aos advindos da Normal Climatolgica, evidenciando um aumento

    na temperatura do ar no tempo decorrido entre os dois recortes temporais de dados analisados.

    Conforme visto no Grfico 01, os valores de temperatura mnima referentes aos

    dados de 2008 apresentaram geralmente aumento na casa de 1C em relao aos dados da

    Normal Climatolgica. A temperatura mxima apresentou aumentos que variam desde 1C a

    4,2C conforme visto na mdia mensal de setembro. Ressalta-se que as mais representativas

    alteraes verificadas no elemento temperatura do ar diz respeito ao incremento nos valores

    das mdias mensais de temperatura mxima verificado, sobretudo, nos meses do final do

    inverno e meados da primavera.

  • 15

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Grfico 1-Temperatura do ar Normal Climatolgica (61-90) VS Dados de 2008.

    6.1.3 Umidade Relativa do Ar

    Em contrapartida ao elemento temperatura do ar, os valores de umidade relativa

    de 2008 apresentaram um declnio em relao aos valores apresentados pela Normal

    Climatolgica (61-90), justificando a teoria de uma mudana na condio climtica da regio

    por conta do processo de desenvolvimento urbano.

    Grfico 02: Umidade relativa do ar Normal climatolgica (61-90).

  • 16

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Conforme pode ser visto no Grfico 02, os valores de umidade relativa do ar de

    2008 estiveram sempre abaixo aos valores da Normal Climatolgica, declnio que varia desde

    0.8 % - mdia mensal de maro a 12,8% - na mdia de novembro.

    Convm ressaltar que os menores declnios so verificados nos meses

    representativos da estao vero e meados do outono janeiro (3,5%), fevereiro (2,4%),

    maro (0,8), abril (2%) e maio (3,3%) - enquanto os maiores declnios dos valores de umidade

    relativa do ar ocorrem nos meses do inverno e incio da primavera junho (6,4%), julho

    (9,1%), agosto (10,2%), setembro (10,4%) e novembro (12,8%). Destacando que os maiores

    declnios nos valores de umidade relativa do ar (isto , maior alterao).

    6.1.4 Precipitao

    Os valores de precipitao referentes ao ano de 2008 no apresentaram alterao

    evidente em comparao aos valores levantados pela Normal Climatolgica (61-90). De

    janeiro a abril meses caractersticos da estao vero e incio do outono (estao chuvosa)

    houve aumento nos totais mensais, em contrapartida, nos meses compreendidos entre outubro

    e dezembro meses constitutivos da estao primavera e vero houve declnio dos totais

    mensais. Todavia, conforme no Grfico 03 que segue, verifica-se que os aumentos vistos nos

    meses da estao chuvosa foram mais elevados que os declnios ocorridos na estao seca.

    Grfico 03: Precipitao mensal Normal Climatolgica (61-90) VS dados de 2008.

  • 17

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Contudo a regio onde se encontra a rea de estudo, conforme as tendncias

    climticas, as possibilidades de enchentes seriam mnimas. Assim evitando os riscos de

    deslizamentos das encostas e prejuzos populao. Pois os riscos ambientais no esto

    relacionados somente com eventos climticos, mas sim com vrias questes de atividades

    antropicas e caracterizao Biogeogrfica.

    6.1.5 Geologia

    Conforme CMF (2006) geologia do municpio de Aparecida de Goinia

    integralmente representada por um conjunto de rochas metamrficas, denominadas de Grupo

    Arax (Lacerda Filho et al., 1999). So rochas formadas a cerca de 1 bilho de anos, por

    complexos processos geolgicos.

    Na regio em estudo, o Grupo Arax caracterizado por xistos e quartzitos. Os

    xistos so rochas ricas em micas (muscovita, biotita e clorita), sendo constitudas por quartzo,

    granada e mais raramente feldspatos e turmalina. Os quartzitos so rochas ricas em quartzo e

    podem conter concentraes variveis de micas (muscovita). Por serem mais facilmente

    alterados pelos agentes do intemperismo (variao de calor, infiltrao de gua, ao do vento

    e eroso), os xistos ocupam as reas rebaixadas do relevo e afloram, principalmente nos

    principais crregos da rea do municpio, incluindo a APP de Crrego Santo Antnio.

    6.1.6 Geomorfologia

    De acordo CMF (2006) a diviso geomorfolgica da regio metropolitana de

    Goinia est baseada fundamentalmente no grau de dissecao do relevo. So identificveis

    03 (trs) unidades principais: Regio da Serra da Areia, Regio das Chapadas e Regio do

    Vale do Meia Ponte.

    Segundo CMF (2006), A Regio da Serra da Areia localiza-se no quadrante

    sudoeste do municpio e representada pela serra homnima e adjacncias. Constitui um

    padro de relevo forte ondulado apresentando mxima amplitude de altitude com cotas na

    ordem de 760 a 999 metros. Os processos de transporte sobrepem-se aos de pedognese

    (formao de solos e manto de intemperismo) e acumulao, apresentando, por isso,

    densidade de drenagens elevada.

    Na Regio das Chapadas, formao onde est localizado a rea em estudo, o

    relevo apresenta padro suave ondulado, com predomnio de Latossolos Vermelhos e

  • 18

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Vermelho-Amarelos nas reas aplainadas e Cambissolos Hplicos nas vertentes de drenagens

    mais encaixadas. A dissecao desta unidade aumenta em direo a leste, com cotas na ordem

    de 840 a 720 metros. Nesta unidade geomorfolgica, a densidade de drenagem baixa e os

    processos de intemperismo e pedognese superam o transporte, tratando-se de um

    compartimento estvel do ponto de vista geodinmico (CMF, 2006).

    A Regio do Vale do Meia Ponte localiza-se na poro leste do municpio e

    inclui, o vale do Rio Meia Ponte e os baixos cursos dos crregos Santo Antnio e das Lages.

    O padro de relevo ondulado, com declividades moderadas e cotas inferiores a 720 metros.

    Os Cambissolos so os tipos de coberturas mais comumente observadas, sendo que os

    Latossolos ocupam alguns trechos de padro de relevo tabular, entre os vales de drenagem

    (grotas e crregos perenes).

    6.1.7 Pedologia

    As classes de solos predominantes no municpio de Aparecida de Goinia so:

    Latossolos Vermelhos Distrficos; Latossolos Vermelho-Amarelos Distrficos; Cambissolos

    Hplicos Ta Distrficos; Gleissolos Hplicos Distrficos; Neossolos Flvicos Tb Eutrficos;

    Neossolos Quartzarnicos rticos; Neossolos Litlicos Distrficos/Psamticos; Organossolos

    Msicos; e Plintossolos Ptricos Concrecionrios Distrficos (CMF, 2006).

    A ocorrncia dos solos no municpio de Aparecida de Goinia classificados com

    base no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (Embrapa/CNPS, 2006 e IBEG, 2007).

    A metodologia utilizada no Diagnstico, para a caracterizao das classes de solos foram

    usados somente os parmetros macroscpicos, como cor, estrutura, textura, observados em

    cupins e formigueiros, no tendo sido realizado o levantamento dos componentes qumicos.

    Assim, os solos foram classificados apenas nos dois primeiros nveis categricos do sistema

    de classificao da Embrapa/CNPS (2006).

    Conforme ROMO (2006) os Latossolos Vermelho-amarelos, apresentam as

    maiores distribuies no municpio.

    So caracterizados por apresentar textura variando de argilosa mdia e cascalhenta

    e estarem assentados sobre terrenos de relevo plano, suave-ondulado, ondulado e forte-

    ondulado do Planalto Dissecado de Goinia, do Planalto Embutido de Goinia e dos

    Chapades de Goinia, tanto em rochas do Complexo Granultico Anpolis-Itauu quanto do

    Arax Sul de Gois.

  • 19

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Os solos predominantes na rea so os Latossolos Vermelho-amarelo, mas na rea

    de fundo de vale h uma predominncia dos Cambissolo Hplico.

    6.1.8 Hidrografia

    A maior parte da rede hidrogrfica do municpio de Aparecida de Goinia

    apresenta um sentido de drenagem de oeste para leste, representado pelos crregos Santo

    Antonio e Lajes, sendo que parte da poro oeste drenada para o mesmo quadrante, atravs

    dos crregos da Mata e Rodeio, afluentes do Rio Dourados, sendo o Rio Meia Ponte o

    exutrio de todo fluxo superficial.

    O controle estrutural evidente na maior parte das drenagens, com exceo do

    baixo curso dos crregos Santo Antnio, das Lages e do Rio Meia Ponte. O padro retilneo

    no paralelo das drenagens gerado em virtude da grande variao de direes das falhas e

    fraturas, enquanto os sistemas no retilneos so marcados pelo padro meandrante em zonas

    de baixa energia.

    Com exceo do Rio Meia Ponte, que apresenta vazo mnima (no perodo seco)

    superior a 10 m3/s, os demais cursos fluviais so de baixa vazo com descarga inferior a

    1m3/s na maior parte do ano. Apesar das restritas vazes a maior parte da rede de drenagem

    perene.

    Sendo assim, o Crrego Santo Antnio alvo desse estudo esta inserido na

    Microbacia Hidrogrfica do Rio Meia Ponte.

    6.2 Diagnstico Ambiental do Meio Bitico

    O bioma Cerrado ocupa uma rea de aproximadamente 2.000.000 Km, 22% da

    superfcie do Brasil, sendo o segundo maior em extenso, aps a Amaznia (Oliveira-Filho &

    Ratter, 2002). A rea desmatada para o cerrado at o ano de 2002 era de 54,9% da sua rea

    original (cerca de 1,58 milhes de hectares). Considerando a degradao deste bioma e o

    conseqente desaparecimento de espcies, a sua biodiversidade ainda bastante expressiva e

    conspcua. Dados reunidos de vrios autores sugerem que, dependendo do grupo taxonmico

    considerado, a porcentagem de espcies brasileiras que ocorrem no cerrado pode representar

    algo entre 20 e 50%, alm de possuir um significativo nmero de endemismos para vrios

    grupos de animais e plantas (Machado et al., 2004).

  • 20

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Guimares (1999) afirma que por um lado o Cerrado tem uma inestimvel riqueza

    cultural e biolgica, por outro, est sofrendo os impactos da transformao econmica que

    vem ocorrendo, desconsiderando os efeitos prejudiciais para o meio ambiente global e para a

    sociedade atual e futura. O Cerrado oferece um servio de escala mundial, pouco lembrado no

    cenrio da poltica ambiental, que sua contribuio para o seqestro ou estoque de Carbono.

    A vegetao nativa do Cerrado, graas ao sistema de razes profundas, permite que o carbono

    seja estocado no solo, em vez de subir atmosfera, o que contribuiria para o aumento do

    efeito estufa. Por isso, conservar o Cerrado prestar um servio para todo o planeta e para as

    geraes futuras.

    O Bioma Cerrado que representava cerca de 23% do territrio brasileiro,

    compreende tipos vegetacionais e espcies de fauna e flora endmicas e caracteriza-se por

    apresentar trs grandes tipos de fitofisionomias: Formaes Florestais (predominncia de

    espcies arbreas, com formao de um dossel contnuo ou descontnuo), Formaes

    Savnicas (rvores e arbustos espalhados sobre o estrato graminoso, sem a formao de dossel

    contnuo) e Formaes Campestres (reas com predomnio de espcies herbceas e algumas

    arbustivas, faltando rvores na paisagem), que apresentam vrios subtipos (Ribeiro & Walter,

    1998).

    Para Ribeiro & Walter (1998) as fitofisionomias do bioma Cerrado que tem

    predominncia de espcies arbreas, formao de dossel contnuo ou descontnuo e

    subdividido em mata ciliar e mata galeria (associadas aos cursos de gua), mata seca e o

    cerrado (ocorrem nos interflvios, em terrenos bem drenados). Especificamente:

    Mata Ciliar - acompanha os rios de curso de mdio e grande porte; a vegetao no forma

    galerias, geralmente ocorre sobre terrenos acidentados, se diferencia da mata galeria pela

    composio florstica e pela deciduidade;

    Mata Galeria acompanha os rios de pequeno porte e crregos do planalto Central,

    formando corredores fechados; localiza-se nos fundos de vale ou nas cabeceiras de drenagem,

    onde os cursos de gua no escavaram um canal definitivo; pode ser subdividida em mata de

    galeria inundvel e no-inundvel;

    Mata Seca so as formaes florestais caracterizadas por vrios nveis de plantas

    caduciflias durante a estao seca; depende das condies qumicas e fsicas e da

    profundidade do solo;

  • 21

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Cerrado apresenta aspectos xeromrficos, a altura mdia do estrato arbreo varia de 8 a

    15 metros, com cobertura arbrea que pode variar de 50 a 90%; em sua maioria, os solos desta

    vegetao so profundos e bem drenados, pertencentes s classes dos Latossolos.

    As formaes Savnicas caracterizam-se pela presena de rvores e arbustos

    espalhados sobre um estrato graminoso, sem formao de dossel contnuo e englobam quatro

    tipos fitofisionmicos principais: Cerrado no sentido estrito, o Parque Cerrado, o Palmeiral e

    a Vereda.

    Cerrado no sentido estrito (sensu stricto) caracteriza-se pela presena dos estratos arbreos

    e arbustivo-herbceos definidos, com as rvores distribudas aleatoriamente sobre o terreno

    em diferentes densidades; pode ser divido ainda em Cerrado Denso (cobertura de 50 a 70% e

    altura mdia de cinco a oito metros, correspondem forma mais densa e alta do Cerrado

    sentido restrito); Cerrado Tpico (cobertura arbrea de 20 a 50% e altura mdia de trs a seis

    metros, correspondem a uma forma comum e intermediria entre cerrado denso e cerrado

    ralo); Cerrado ralo (cobertura arbrea de 5 a 20% e altura de dois a trs metros e a forma mais

    baixa e menos densa do cerrado sentido restrito) e Cerrado rupestre (cobertura de 5 a 20%

    com altura mdia de dois a quatro metros ocorre em ambientes rochosos);

    Parque Cerrado caracteriza-se pela ocorrncia de rvores que se concentram em locais

    com pequenas elevaes, algumas imperceptveis, conhecidas como murundus;

    Palmeiral ocorre tanto em reas bem drenadas quanto em reas mal drenadas, com a

    presena marcante da palmeira arbrea;

    Vereda caracteriza-se pela presena de uma nica espcie de palmeira (o Buriti) e

    circundada por um estrato arbustivo-herbceo caracterstico.

    As Formaes Campestres apresentam predomnio de espcies herbceas e

    algumas arbustivas, sem rvores na paisagem. Englobam trs tipos fitofisionmicos

    principais: Campo Sujo, Campo Rupestre e o Campo Limpo.

    Campo Sujo caracteriza-se pela presena marcante de arbustos e subarbustos por entre o

    estrato herbceo. Apresentam trs subtipos: Campo Sujo Seco (onde o lenol fretico

    profundo), Campo Sujo mido (lenol fretico alto) e o Campo Sujo com Murunduns;

    Campo Rupestre diferencia-se do Campo Sujo pelo substrato, composto por afloramento

    de rochas, e pela presena de endemismo florstico; geralmente ocorrem em altitudes

    superiores a 900 m, em reas de ventos constantes;

  • 22

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Campo Limpo presena de raros arbustos e ausncia completa de rvores, geralmente

    encontrada em reas de encosta, nas chapadas, circundando as veredas e nas bordas das matas

    de galeria que apresentam vrios subtipos.

    6.2.1 Flora

    A tipologia vegetal pr-existentes nas reas cogitadas recuperao, ou seja, a

    cobertura natural, antes de sua ocupao por pastagens e posterior ocupao urbana a Mata

    de Galeria. As Matas de Galeria normalmente so formadas por indivduos de grande porte

    semelhantes aos existentes no Cerrado, nas Matas Deciduais e Semideciduais, logo podem

    ser caracterizados com zona de transio entre estas fitofisionomias, contudo possuem

    indivduos exclusivos, normalmente adaptados s regies alagadias e com uma maior

    demanda de nutrientes. Contudo, a regio atualmente caracterizada em sua maior parte por

    gramneas invasoras e indivduos arbreos introduzidos (Leucaena spp.) afetando parte da

    APP.

    Figura 3: Espcies invasoras: Leucaena spp ao fundo e Brachiaria sp.

    No foram encontradas partes descampadas com caractersticas erosivas, mas sim

    cobertura com gramneas: Capim brachiara (Brachiaria sp).

  • 23

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Figura 4:Vista Geral da rea a ser recomposta observa-se a grande predominncia de

    espcies invasoras.

    6.2.2 Fauna

    A rea em estudo e as reas vizinhas possuem pequena poro de cobertura

    vegetal representativa por se tratar de uma APP, oferecendo o mnimo suporte adequado para

    abrigo e alimentao da fauna local. Parte da fauna pode ser detectada com as caracterstica

    do bioma em que est inserido.

    Dentro das listagens de espcies de fauna que comumente ocorrem na regio

    metropolitana de Goinia, foi possvel detectar a presena de alguns indivduos nas Chcaras

    Rasmussen.

    Avifauna: Coruja-buraqueira (Athene cunicularia); Joo-de-barro (Furnarius rufus);

    quero-quero (Vanellus chilnses); pssaro-preto (Gnorimopsar chopi); tiziu (Volatina

    jacarina); Periquito-verde (Brotegeris tirica); Rolinha (Columbina talpacoti); Gara-

    branca (Casmerodius albus); Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura); e o Curicaca

    (Theristicus caudatus).

    Mastofauna: Mediante vestgios (fezes e rastros) foi identificada a Capivara

    (Hydrochoerus hydrochaeris) e o provavelmente o Pre (Cavia spp.). Contudo de acordo

    com relato dos proprietrios comum encontrar Morcegos (da Ordem Chiroptera),

  • 24

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Queixada (Tayassu pecari) ou Cutia (Tayassu tajacu), Paca (Agouti paca), Gamb

    (Didelphis spp.) e Tatus (da Famlia Dasypodidae).

    Com relao aos invertebrados so os comumente encontrados no Municpio;

    Quadro 1: Txon de Invertebrados que podem ser encontrados nas remediaes da rea de

    Preservao Permanente do Crrego Santo Antnio.

    Diviso Taxonmica (ORDEM) Nome popular

    Diptera Moscas e pernilongos

    Coleoptera Besouros e Joaninhas

    Heteroptera Barbeiros e percevejos

    Homoptera Cigarras

    Hymenoptera Formigas, abelhas e marimbondos

    Isoptera Cupins

    Ortoptera Grilos e Gafanhotos

    Molluscidae Caramujos e caracis

    Lepdoptera Borboletas e mariposas

    Aracnidae Aranhas

    7 CARACTERIZAO DA REA E IDENTIFICAO DOS IMPACTOS

    AMBIENTAIS

    A rea localiza-se nos fundos da A&C Material de Construo, rea urbana do

    municpio de Aparecida de Goinia. Limita-se com o Crrego Santo Antnio e a Avenida

    Escultor Veiga Vale. As reas edificadas encontram-se fora da rea de Preservao

    Permanente, conforme a legislao ambiental vigente a lei 6.817/2008.

    De acordo com a visita in loco observou-se que a maior propriedade utilizada

    como rea de estocagem para materiais de construo, esta margeia a rea de Preservao

    Permanente mas no a invade. Na parte posterior APP est o Galpo utilizado para o

    comrcio de materiais para construo e que encontra-se na Esquina da rua Rosalinda Mello

    Veiga com a Avenida Escultor Veiga Valle. Ainda na visita no foram identificados, na rea

    da propriedade a existncia da formao de processos intempereis como eroso e

    assoreamento, talvez isso esteja associado declividade do terreno e a manuteno do

    proprietrio o que limita este tipo de ao. Contudo s margens da Avenida Escultor Veiga

    Valle, nas remediaes da ponte, a instalao da galeria pluvial realizada pela prefeitura deu

  • 25

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    origem formao de um processo erosivo que interfere diretamente na APP do Crrego

    Santo Antnio.

    Figura 5: Processo erosivo s margens da Avenida Escultor Veiga Valle, proveniente

    da obra realizada pela prefeitura.

    8 RECOMPOSIO FLORISTICA

    A proposta de desenvolver a recomposio florstica na rea de APP do Crrego

    Santo Antnio tem por objetivo proporcionar condies para a reabilitao das funes

    naturais do ambiente deturbado.

    Para este plano, sugere-se a aplicao da chamada ecologia da restaurao, a

    qual concebe a recuperao ambiental como a reaproximao, o quanto possvel, das

    condies originais de flora, fauna, solo, clima e recursos hdricos. A cessao permanente

    dos distrbios o ponto inicial na recuperao de reas e ecossistemas degradados ou

    perturbados. Devem-se eliminar as causas localizadas na rea em recuperao, sejam elas:

    cultivo, eroso, fogo, plantas indesejveis, disposio de resduos entre outras, e em terrenos

    adjacentes. Nesta rea de APP, h algumas das evidncias mencionadas; as quais so

    regulamentadas de acordo com Lei 4.771/65, Resoluo Conama n 303 e 302/02 e Lei

    12.296/95.

    Os trabalhos de recomposio florstica buscam reabilitar ambiental e

    paisagisticamente as reas alteradas. Para atingir a este objetivo preciso que se promova

  • 26

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    uma reintegrao daquela parcela afetada com o seu entorno, a vegetao a ltima fase da

    recuperao, entretanto sem dvida aquela que mais se destaca, pois de sua efetivao ir

    depender a integrao visual e final da rea anteriormente afetada. Por esta razo a definio

    das espcies a serem utilizadas deve ser cuidadosa e direcionada ao objetivo descrito, porm

    sempre buscando a sua efetivao, ou seja, que o conjunto das espcies se desenvolva

    harmonicamente com o ambiente de insero.

    Por isso a recomenda-se inicialmente a recuperao natural da rea, de acordo

    com algumas linhas de pesquisa, a simples proteo da rea a ser recuperada evitando a

    circulao de pessoas e equipamentos podem gradativamente recuperar as caractersticas

    naturais de uma rea. Neste contexto, observando a existncia de parte da vegetao natural

    na APP, prope-se inicialmente a instalao de cercas ou muros e a limpeza peridica da rea,

    alm do controle da espcie invasora denominada Leucena (Leucaena spp.) que foi

    identificada no local a ser recuperado. A Leucena uma espcie extremamente competitiva e

    pode prejudicar o desenvolvimento de espcies endmicas e menos adaptadas, porm como a

    Leucena esta contribuindo para estabilidade do solo, no recomendado que sejam retirados

    todos os indivduos desta espcie, apenas os mais novos. Sendo assim, a permanncia das

    Leucenas de grande porte contribuiro para estabilidade do solo e a retirada das mais jovens

    favorecer o desenvolvimento de indivduos vegetais naturais da regio.

    Contudo, caso no seja aceita a recuperao por isolamento, a seleo das

    espcies que sero utilizadas na recomposio vegetal convencional deve ter como ponto de

    partida os indivduos pr-existentes na rea. Dessa forma, garante-se que a recomposio

    ocorrer a partir do germoplasma original da regio, reduzindo o risco de introduo de

    espcies ou populaes exgenas.

    As espcies selecionadas esto listadas no quadro 02 e so classificadas como

    Pioneira, Secundria ou Climcicas. Por tratar-se de espcies do que provavelmente existiram

    na regio, fica estabelecido a prioridade nas mesmas para recuperar a rea objeto, bem como o

    disposto na Lei Federal 4.771 de 15 de setembro de 1965, que institui a Poltica Florestal e d

    outras providncias.

    Quadro 2: Lista de Espcies que podem ser utilizadas na recomposio da rea.

    Famlia Nome cientfico Nome vulgar Ocorrcia

    Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. pau-pombo P/S

    Annonaceae Xylopia emarginata Mart. pindaba P

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    Apocynaceae Aspidosperma cylindrocarpon Mll. Arg. peroba-rosa C

    Apocynaceae Aspidosperma subincanum Mart. guatambu S

    Bignoniaceae Jacaranda cuspidifolia Mart. caroba S

    Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa (mart. ex DC.) Standl. ip-roxo P/S

    Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sandwith ip-branco C

    Bignoniaceae Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson ip-amarelo P

    Bombacaceae Chorisia speciosa A. St.-Hil. paineira-rosa P

    Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand almescla P

    Burseraceae Protium sprunceanum (Bent.) Engl. breu S

    Caesalpinoideae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr garapa C

    Caesalpinoideae Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. pata-de-vaca S

    Caesalpinoideae Copaifera langsdorffii Desf. pau-d'-leo C

    Caesalpinoideae Hymenaea courbaril (Hayne) Y. T. Lee &

    Langenh.

    jatob-da-mata P

    Caesalpinoideae Sclerolobium paniculatum (Mart. Ex. Tul.)

    Benth.

    carvoeiro S

    Cecropiaceae Cecropia pachysthachya Trcul embaba P

    Combretaceae Buchenavia tomentosa Eichler mirindiba P

    Combretaceae Terminalia argentea Mart. & Succ. capito-do-

    campo

    P

    Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. sangra-d'-gua P

    Flacourtiaceae Casearia sylvestris Sw. erva-de-tei P

    Guttiferae Calophyllum brasiliensis Camb. landim P

    Icacinaceae Emmotum nitens (Benth.) Miers sobre S

    Lecythidaceae Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze jequitib-

    branco

    S

    Lecythidaceae Cariniana rubra Gardner ex Miers jequitib-

    vermelho

    C

    Malphiguiaceae Byrsonima sericea DC. Murici-da-

    mata

    S

    Melastomataceae Tibouchina sp. quaresmeira P/S

    Meliaceae Cedrela fissilis Vell. cedro P/S

    Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer marinheiro P

    Mimosoideae Albizia niopoides (Benth.) Burkart var.

    niopoides

    angico-branco S

    Mimosoideae Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record farinha-seca S

    Mimosoideae Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. angico-do-

    cerrado

    P

    Mimosoideae Anadenanthera peregrina (L.) Speg. angico-

    vermelho

    P

    Mimosoideae Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong tamboril C

    Mimosoideae Inga cylindrica (Vell.) Mart. ing P

    Mimosoideae Inga edulis Mart. ing-de-metro P

    Mimosoideae Inga marginata Willd. ing P

  • 28

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    Mimosoideae Inga vera Willd. Subsp. affinis (DC.) T.D.

    Penn.

    Ing-banana P

    Myrsinaceae Rapanea guianensis Aubl. pororoca P/S

    Myrtaceae Virola sebifera Aubl. virola C

    Palmae Scheelea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret bacuri S

    Papilionoideae Dipteryx alata Vogel baru S

    Papilionoideae Erythrina crista-galli L. mulungu C

    Papilionoideae Machaerium aculeatum Raddi jacarand-

    bico-de-pato

    S

    Papilionoideae Platymiscium floribundum Vogel feijo-cru P

    Polygonaceae Triplaris americana L. pau-formiga C

    Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. mamica-de-

    porca

    S

    Sapindaceae Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. pitomba P/S

    Sapotaceae Pouteria torta (Mart.) Radlk. guapeva P/S

    Sterculiaceae Guazuma ulmifolia Lam. mutamba S

    Conforme o estipulado no Quadro 3, cujos dados foram julgados pela densidade

    de indivduos levantados na rea, as espcies pioneiras totalizaro cerca de 60,0% dos

    indivduos a serem plantados, as espcies secundrias perfaro cerca de 25,0% e as espcies

    clmax preenchero cerca de 15,0%.

    Quadro 3: Distribuio de espcies.

    Alinhamento Distribuio de espcies

    Fileira 1 P P P P P P P P P P P

    Fileira 2 P S P C P S P C P S P

    Fileira 3 P P S P C P S P C P P

    Fileira 4 P S P C P S P C P S P

    Fileira 5 P P S P C P S P C P P

    ltima fileira P P P P P P P P P P P

    O plantio dever ser realizado atravs de mudas adquiridas nos diversos viveiros

    da regio e plantadas em covas previamente preparadas. O plantio de todas as espcies dever

    ser realizado observando o cuidado de se colocar as mudas das espcies clmax prximo de

    quatro ou mais exemplares de espcies pioneiras ou secundarias; o objetivo de favorecer o

  • 29

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    crescimento rpido e proporcionar o solo sombreamento necessrio ao desenvolvimento das

    espcies climcicas.

    Os indivduos arbreos devem ser plantados em alinhamentos, distando entre si

    (3,5 x 3,5 metros). As espcies pioneiras so as que germinam com maior insolao

    apresentando um crescimento mais acelerado quando comparada as demais. As secundrias

    so aquelas que se desenvolvem com uma taxa menor de insolao, utilizando a sombra

    proporcionada pelas pioneiras. As espcies clmax se desenvolvem em condies com o

    mnimo de insolao possvel, praticamente quando os indivduos pioneiros e secundrios

    praticamente se desenvolveram.

    Para identificar a quantidade de mudas, foi dividida a rea total (0,1715 ha) pelo

    espaamento adotado para as mudas (12,25 m), totalizando 140 mudas.

    Ponto a ser reflorestado Tamanho da rea em m Quantidade de mudas

    rea total 1.715,57 m 140

    8.1 Adubao

    importante que a calagem do solo seja realizada com antecedncia ao plantio,

    variando de um a dois meses antes. J a adubao fosfatada poder ser feita nas covas, no

    momento do plantio.

    Como as reas a receberem o plantio de mudas fruto de rea j antropizada e

    invadida por espcies exgenas, importante considerar a infertilidade do solo. Assim uma

    roagem pode ser realizada, caso existe indivduos invasores, onde a matria vegetal dever

    ficar no solo para cumprir o ciclo dos nutrientes, devolvendo ao mesmo, parte dos nutrientes

    retirados durante seus ciclos de vida.

    Devido rea a ser reflorestada apresentar solo bastante descaracterizado e

    instvel h carncia de nutrientes adequados para suprir as mudas a serem plantadas. Assim,

    sugerido a adubao orgnica, qumica e calagem, onde:

    Orgnica: 10 litros de esterco animal curtido por cova;

    Qumica: 150g de NPK (4-14-8);

    Calagem: 300g por cova, utilizando calcrio dolomtico.

  • 30

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    8.2 Combate a formigas e cupins

    O reflorestamento de reas degradadas sem o combate de insetos que afetam a

    vegetao pode levar a perda total da vegetao plantada, principalmente quando a vegetao

    ainda formada por mudas, as quais so mais frgeis e suscetveis ao ataque de formigas e

    cupins. Portanto, importante o combate a estes insetos na rea a ser reflorestada utilizando

    formicida e cupinicida em isca ou em p.

    8.3 Manuteno

    A manuteno deve ser realizada a fim de combater pragas em potencial, replantar

    as espcies que no obtiveram sucesso no primeiro plantio, coroamento e adubao. A

    roagem da rea recomposta tambm essencial para o sucesso da recuperao da rea, visto

    que a roagem aps o plantio essencial para a sobrevivncia das mudas, pois o crescimento

    acelerado do capim braquiria Braquiaria sp e da Leucena Leucaena spp.existentes na

    rea bastante rpido, limitando a absoro de luz pelas mudas quando em estgio de

    crescimento avanado.

    8.4 Replantio

    O replantio das mudas que no obtiveram sucesso no plantio dever ser feito num

    prazo de 30 dias aps o plantio que dever ser realizado em perodo chuvoso, a fim de que

    seja aproveitado esta estao para o estabelecimento das mesmas. Aproximadamente 20% de

    mudas podero supostamente ser perdidas, devendo ser replantadas. Portanto, necessrio

    garantir aproximadamente 28 mudas a mais para o replantio, caso necessrio.

    8.5 Coroamento

    O coroamento deve atingir um raio de 60 centmetros 1,0 metro no entorno da

    muda, a fim de evitar a competio por espcies invasoras, visto que o ambiente de clareiras

    propicia a proliferao de cips e espcies rasteiras daninhas. Esta atividade dever ser

    realizada at dois anos aps o plantio, onde a competio interespecfica das mudas e das

    espcies local j no apresenta risco para o desenvolvimento das mudas.

  • 31

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    8.6 Roagem

    A roagem das espcies daninhas pode ser realizada junto com o coroamento,

    evitando tambm a competio com a vegetao plantada. importante lembrar que a

    vegetao cortada na roagem pode permanecer no local, a fim de que propicie umidade e

    tambm matria orgnica para as mudas.

    8.7 Cronograma das atividades de implantao e manuteno

    Posterior aprovao desde estudo, caso a SEMA solicita a recomposio

    florstica por plantio e no recuperao natural, o memento adequado para o inicio das

    atividades seria a prxima esto chuvosa que comear em meados de Outubro de 2012,

    sendo assim:

    Tabela 4: Cronograma de Implantao 2012.

    Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Combate

    formigas

    X X X

    Abertura covas X X

    Roagem X X

    Plantio X X

    Coroamento X X

    Tabela 1: Cronograma de Implantao e Manuteno 2013 e 2014.

    Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Combate

    formigas

    X X X X X X X X X X X X

    Abertura covas X X X

    Roagem X X X X X

    Replantio X X X X X

    Coroamento X X X X X X X X X X X

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    9 CONSIDERAES FINAIS

    Os resultados obtidos mediante levantamento in loco sugere duas medidas a serem

    adotadas para recomposio de uma parte da margem esquerda do Crrego Santo Antnio em

    Aparecida de Goinia. A primeira proposta seria a proteo e limpeza peridica da rea,

    proporcionando a recomposio natural, esta alternativa alm de ser menos onerosa para o

    proprietrio pode promover ganhos ambientais considerveis, tendo em vista que a

    recomposio natural exige menos interferncias ao local favorecendo a recuperao mais

    dinmica das caractersticas ecolgicas. A segunda proposta a recomposio florstica

    controlada ou o replantio, que estabelece uma metodologia para recuperao da rea com a

    utilizao de mudas nativas da regio, esta alternativa demanda de um tempo maior para a

    recuperao das caractersticas naturais da rea, tendo em vista as interferncias que sero

    feitas no terreno durante a manuteno da rea.

    A partir da aprovao de uma das propostas apresentadas neste Projeto, ser dado

    incio s atividades pertinentes execuo. Ser necessrio o acompanhamento por

    profissional habilitado pra execuo e a ateno quanto ao cronograma de atividades

    planejadas, considerando o investimento para recuperao, assim como os riscos de

    mortalidade das mudas. Entretanto, o benefcio proporcionado pelos servios prestados pela

    recuperao e conservao da APP do Crrego Santo Antnio so imensurveis.

    A recuperao e conservao da APP demonstra o compromisso dos Proprietrios

    com a manuteno da biodiversidade e dos processos ecolgicos. Em mdio e longo prazo,

    essas aes de preservao ambiental refletiro na garantia que o proprietrio desenvolve suas

    atividades em consonncia com a lei e premissas de sustentabilidade aplicveis as atividades

    realizadas em sua propriedade.

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    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CASSETI, V. Geomorfologia do Municpio de Goinia-GO. Boletim Goiano de Geografia,

    UFG, 12 (1): 65-85. 1992.

    COMDATA - Cia. de processamento de dados do municpio de Goinia. (2010). MUBDG

    Mapa Urbano Bsico Digital de Goinia. CD-ROM Profissional Verso 22 Parte

    integrante do SIGGO V13. Prefeitura de Goinia.

    CARACTERIZAO DO MEIO FISCO, DOS RECURSOS MINERAIS E HDRICOS

    (CMF) Municpio de Aparecida de Goinia GO. Srio Geologia e Minerao 4. Governo

    do Estado de Gois, Secretaria de Indstria e Comrcio, Superintendncia de Geologia e

    Minerao. (2006).

    FONSECA, C. E. F.; RIBEIRO, J. F.; SOUZA, C. C.; REZENDE, R. P. & BALBINO, V.K.

    Recuperao da vegetao de matas de galeria: estudos de caso no Distrito Federal e Entorno.

    In: RIBEIRO, J. F.; FONSECA, C. E. F. & SOUZA SILVA, J. C. (Org.). Cerrado:

    caracterizao e recuperao de matas de galeria. Planaltina: Embrapa CPAC, 2001. p.

    815-867.

    GOINIA, Prefeitura. Secretaria Municipal de Planejamento. Departamento de Ordenao

    Scio-econmico. Radiografia Scio-econmica do Municpio de Goinia. / Secretaria

    Municipal de Planejamento. 1. ed. Goinia : SEPLAM, 2008.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA IBGE. Diretoria de

    Geocincias Coordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais Manuais Tcnicos

    em Geocincias. Manuel Tcnico de Pedologia. Rio de Janeiro, 2007, RJ. 2 Edio

    IPLAN - Instituto de Planejamento Municipal / IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica / UFG - Universidade Federal de Gois. (1991). Mapa de solos. Carta de Risco

    de Goinia, Goinia, 2002

  • 34

    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    MORETON, L. C. Programa Levantamentos Geolgicos Bsicos do Brasil: Goinia -

    Folha SE. 22-X-B-IV. Estado de Gois. Escala 1: 100.000. CPRM/DNPM. Braslia, 1994.

    ROMO, Patrcia de Arajo. Modelagem de terreno com base na Morfometra e em

    Sondagens Geotcnicas Regio de Goinia - GO. XXIV, 166 p., 297 mm (ENC/FT/UnB,

    Doutor, Geotcnica, 2006). Tese de Doutorado - Universidade de Braslia. Faculdade de

    Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.

    SALOMO, F.X.T. Eroso e a ocupao rural e urbana. In: 3o Curso de Geologia de

    Engenharia Aplicada a Problemas Ambientais. AGAMA-DIGEM: So Paulo/SP. pp. 44-71.

    (1992).

    SEPLAN - Zoneamento Ecolgico-Econmico da rea do Aglomerado Urbano de

    Goinia - Dambrs, L. A.; Oliveira A. B.; Del'Arco J. O.; Santos L. M. dos; Almeida, F. J.;

    Bezerra V. M. A.; Furlanetto D. A.; Ferreira E. F.

    Carta de Risco de Goinia. 2008. Instituto de Tecnologia do Centro Oeste - ITCO.

    Goinia, Lei Complementar n. 031 de 29 de dezembro de 1994. Dispe sobre o Uso e a

    Ocupao do Solo nas Zonas Urbanas e de Expanso Urbana do Municpio de Goinia e

    estabelece outras providncias urbansticas.

    Guimares, P. W. 2000. Cerrado e Desenvolvimento: Tradio e Atualidade In: Luz, C. &

    Dayrell, C. 2000. VI Encontro Nacional da Rede Cerrado de Organizaes No

    Governamentais, 1999. Max Grfica e Editora Ltda. Montes Claros-GO.

    Lorenzi, H. 1998. rvores Brasileiras: manual de identificao e cultivo de plantas

    arbreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP, Editora Plantarum, v:1, 2 ed.

    Lorenzi, H. 1998. rvores Brasileiras: manual de identificao e cultivo de plantas

    arbreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP, Editora Plantarum, v:2, 2 ed.

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    PRAD A&C MATERIAL DE CONSTRUO LTDA

    Machado, B.R.; Neto, M.B.R.; Pereira, P.G.P.; Caldas, E.F.; Gonalves, D.A.; Santos, N.S.;

    Tabor, K. & Steininger, M. 2004, Estimativas de perda de rea do Cerrado brasileiro.

    Relatrio tcnico no publicado. Conservao Internacional, Braslia, DF.

    Ribeiro, J. F.; Walter, B., T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: Sano, S.M; Almeida,

    S.P. Cerrado:ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA - CPAC. 1998.

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    11 ANEXO

    ___________________________________

    ADEMAR BRITO DA MOTA

    Bilogo

    CRBio: 80044/04 - D

    ___________________________________

    MARCO Y. M. MINAMI

    Engenheiro Ambiental

    CREA: 15.361/D-GO